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FCM 208 Física (Arquitetura)
Estruturas e constituintes da Materia
Prof. Dr. José Pedro Donoso
Universidade de São Paulo
Instituto de Física de São Carlos - IFSC
Classificação dos Materiais
Metais : São resistentes e boms condutores de eletricidade. Muitas de suas
propriedades são atribuidas ao grande número de eletrons não localizados.
Polímeros : materiais sintéticos, compreendem os plásticos e borrac has. São
compostos orgánicos e possuem longas moléculas todas emar anhadas
Cerâmicos : óxidos, nitretos ou carbetos, são compostos com element os
metálicos e não metálicos. Inclui também os minerais argi losos, cimento e
vidros. São duros, porém muito quebradizos.
Compósitos : materiais reforçados com fibras ou partículas. A matrix pode ser
polímérica, metálica ou cerâmica.
Biomateriais : empregados para implantes no corpo humano. Não devem
produzir substâncias tóxicas e devem ser bio - compatíve is
Características dos materiais
Sistemas cristalinos : possuem estrutura regular, periodicidade e ordem de
longo alcance. Os átomos se ordenam em estruturas de diferentes simetrias:
cúbicas, tetragonal, ortorrômbica, etc
Sistemas Poliméricos : (plásticos) estrutura na forma de cadeias.
Fases cristalinas e amorfas
Sistemas amorfos : (vidros) São sistemas desordenados. Estruturas sem
regularidade (não periódicas). Possuem ordem de curto al cance
Argilas e cerâmicas : materiais inorgánicos, não moleculares e não
metálicos
Compósitos : materiais reforçados com fibras ou partículas.
Matrix de polímero, metálica ou cerâmica.
Callister, Ciência e Engenharia de Materiais. Uma introdução (Editora LTC)
Os materiais e suas densidades
Propriedades dos materiais
- mecânicas (resistência, dureza, elasticidade)
- elétricas (condutividade, resistividade elétrica, comportamento dielétrico)
- térmicas (capacidade calorífica, expansão térmica, condutividade térmica)
- óticas (absorção, transmissão, refrigência e trasparência)
- acústicas (absorção acústica)
- magnéticas (diamagnetismo, paramagnetismo, ferromagnetismo)
- nucleares (emissão radioativa)
Leituras recomendadas:W.D. Callister: Ciência e Engenharia de Materiais (Editora LTC)
W.F. Smith: Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais (McGraw Hill)
D.A. Askeland, P. Phulí, The Science and Engineering of Materials (Thomson)
Propriedades mecânicas dos materiais : dureza
Dureza é uma medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (uma pequena impressão ou um risco). Em 1822, o mineralogista Friedrich Mohs propôs uma escala de dureza para os minerais naturais:
1 – Talco 2 – Gesso 3 – Calcita
4 – Fluorita 5 – Apatita 6 – Ortoclásio
7 – Quartzo 8 – Topázio 9 – Safira ou corundum
10 – Diamante
Ao longo dos anos foram desenvolvidas técnicas quantitativas, como os ensaio de
dureza de Rockwell e de Brinell, e os ensaios de microdureza de Knoop e Vickers
Callister, Ciência e Engenharia de Materiais (Editora LTC)Coleção Conhecer Atual: Ciências (Editora Nova Cultura)
Sólidos cristalinos
Estes sólidos possuem ordem de longo alcance, pois conservam a regularidade da
estrutura que se repete indefinidamente em todas as direções.
A menor unidade de um cristal é a célula unitária que, ao ser colocadas uma ao lado
da outra num arranjo periódico, reproduzem todo o cristal.
Os arranjos que os átomos formam no cristal são chamados de rede cristalina.
Também pode-se formar um sólido policristalino constituído por muito pequenos
monocristais dispostos de forma desordenada dentro do material.
O parâmetro de rede mede a dimensão da célula unitária. Nos cristais iônicos, por
exemplo, este parâmetro varia entre 4 Å no LIF até 7.4 Å no RbI
Unidade: angstrom, 1 Å = 10-8 cm = 10-10 m = 10 nm (nanometro)
Tem uma estrutura chamada de
cúbica de faces centradas, na
qual cada íon tem 6 vizinhos mais
próximos com a carga oposta.
A maioria dos cristais iônicos,
como LiF, KCl e AgCl, possui
esta estrutura.
Alguns elementos, como prata, o
alumínio, o ouro, o cálcio, o
cobre, o níquel e o chumbo,
também cristalizam com esta
estrutura.
O parâmetro de rede (ou seja, a
dimensão da célula) deste cristal
é de 5.6 Å (56 nanometros).
Cristal de cloreto de sódio, NaCl
Coleção Conhecer Atual: Ciências(Editora Nova Cultura, 1988)
Shriver & Atkins, Química Inorganica (Bookman, 2008)
Estruturas de sólidos cristalinos
Estrutras
cristalinas
Shriver & Atkins, Química Inorganica (Bookman, 2008)
Wurtzita →
← Perovskita
← NiAs
Esfalerita →
D.A. McQuarrie, P.A. Rock, General Chemistry (3rd edition. Freeman 1991)
O cristal de cloreto de sódio, NaCl tem
uma estrutura cúbica de faces centradas
Outros sistemas cristalinos como CsCl,
CuZn e o CaS, e elementos como o bário,
o césio, o ferro, o potássio, o lítio, e o
sódio, cristalizam com a estrutura cúbica
de corpo centrado na qual cada íon tem 8
vizinhos mais próximos com a carga
oposta.
Estrutras cristalinas do cobre, do tugstênio, do latã o e do ouro
Em alguns sólidos covalentes, a estrutura
cristalina é determinada pela natureza direcional
das ligações.
A figura mostra a estrutura cristalina que adota
o carbono no grafite, com camadas planares
separadas por 3.35 Å
Estrutura do grafite
Como consequência das fracas ligações
interplanares, a clivagem interplanar é
fácil, o que dá origem às excelentes
propriedades lubrificantes da grafita
Ela é usada frequêntemente como
elemento de aquecimento em fornos
elétricos
Cristal muito compacto onde cada átomo de carbono
une-se a outros quatro iguais situados nos vértices de
um tetraedro regular.
O diamante é conhecido como o elemento de maior
dureza e os de uso industrial são sintetizados a 2000oC
e pressões de 70 kbar usando catalisadores metálicos.
O diamante é isolante elétrico, sem cor e
muito refrigente (que desvia os raios
luminosos) propriedade que lhe confere grande brilho.
O maior diamante natural encontrado atéagora tem um tamanho de 3160 carat
(1 carat equivale a 0.200 g).
Estrutura do diamante
Coleção Conhecer Atual: Ciências (Editora Nova Cultura)
W.D. Callister, Ciência e Engenharia de Materiais. Uma introdução (Editora LTC)
D.F. Shriver, P.W. Atkins, Química Inorganica (Bookman, 2008)
W.F. Smith: Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais (McGraw Hill)
L.H. Van Vlack, Princípios de Ciência dos Materiais (Editora E. Blucher, 1970)
D.A. Askeland, P. Phulí, The Science and Engineering of Materials (Thomson)
J.W. Hill & D.K. Kolb, Chemistry for changing times, 7th edition (Prentice Hall 1995)
Referências bibliográficas