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7/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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O enunciado da norma praticamente auto-explicativo: ento as normas que regulam a actividadede um rgo s podem ser alteradas com a sua prpria
aceitao? Mas o absurdo, por mais ilustrativo queseja, no faz esquecer que a ilegalidade uma coisasria.
A competncia de reviso esta-tutria e o Conselho Cientfico:uma interferncia ilegal
FDUL 2.0FDUL UPGRADE: RENOVAR A TRADIO N: 2| DEZEMBRO DE 2011
REVISO ESTATUTRIAA FDUL 2.0 uma newsletter informal da Faculdade deDireito da Universidade de Lisboa, que tem como objectivooferecer escola um espao de discusso e de reflexolivres. A FDUL 2.0 est aberta, por isso, participao dequalquer membro da escola, sendo bem-vindas todas asintervenes que, de alguma forma, contribuam para melho-rar o seu funcionamento.
Editorial
amide referido, em contextos mais e menos informais,
que osactuais Estatutosda nossa Faculdade esto repletos
de ilegalidades. pouco relevante, para o propsito pre-
sente, se ou no efectivamente assim ou se so muitos ou
poucos os atropelos feitos ao direito aplicvel pela nossa
"little Constitution". H um caso, no entanto, em que oatropelo evidente, tendo ultrapassado todos os limites do
razovel: em causa est o artigo 97., n. 5, que determina
que as alteraes aos artigos relativos ao Conselho Cientfi-
co, os artigos 61. a 72., dependem de parecer favorvel
do prprio Conselho Cientfico.
Continua
Iniciou-se formalmente no dia
1 de Setembro o processo de
reviso estatutria. Foram
apresentados trs projectos, o
que demonstra bem a necessi-
dade de mudana sentida na
nossa comunidade.
Porque se trata de repensar e
definir as grandes orientaese a estrutura da Escola, este
nmero da FDUL 2.0 inte-
gralmente dedicado reviso
estatutria, numa tentativa de
fomentar a discusso destes
temas e para a qual todos
devemos contribuir.
http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=555http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=555http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=555http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=5557/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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Processo dereviso estatutria:
1 de Setembro de 2011: inicia-se o proces-so de reviso estatutria com a apresentaode uma proposta de alterao, cujo primeirosubscritor o Professor Doutor Jorge ReisNovais.29 de Setembro de 2011: apresentadauma segundo proposta, subscrita pelo Pro-fessor Doutor Antnio Menezes Cordeiro.10 de Outubro de 2011: apresentada umaterceira proposta, subscrita por pessoal nodocente e no investigador.14 de Dezembro de 2011: primeira reunio
da Assembleia da Faculdade em que se discu-te o processo de reviso estatutria. Criaode uma comisso, constituda pelos Professo-res Doutores Eduardo Paz Ferreira (na qua-lidade de Presidente), Antnio Menezes Cor-deiro e David Duarte; os Estudantes AfonsoScarpa e Hlder Correia; e o Funcionrio Car-los Ventura. A funo da Comisso preparara discusso e votao das alteraes naAssembleia.
E aqui que entra o desastrado artigo 97., n. 5, dos
Estatutos da Faculdade de Direito: na estrita medida em
que cria um parecer vinculativo (um parecer conforme,
em terminologia administrativista mais fina) em mat-
ria de alteraes estatutrias, a norma constante daque-
le artigo, pelo menos, atribui uma competncia conjunta
ao Conselho Cientifico de modificao estatutria e no
que lhe diz respeito. Ou, de outra perspectiva, impede,
ou permite que seja impedido, o exerccio de uma com-
petncia que, por normas superiores s dos Estatutos
da Faculdade de Direito, est atribuda exclusivamente
Assembleia da Faculdade. No preciso, em rigor,
muito mais. A norma do referido artigo 97., n. 5, dos
Estatutos da Faculdade de Direito claramente ilegal. E,
na sua qualidade de norma administrativa, sujeita aoregime dos desvalores jurdicos regulamentares, nula.
Por mais inconveniente que seja reconhec-lo, qualquer
parecer dado ao seu abrigo de nada vale.
David Duarte
No que de negativo nele se encontra, o enunciado da
norma praticamente auto-explicativo: ento as nor-
mas que regulam a actividade de um rgo s podem
ser alteradas com a sua prpria aceitao? Salvaguar-
dando as distncias e a margem de manobra dada pelos
lugares paralelos, como se o regime fiscal das empre-
sas s pudesse ser alterado se as mesmas nisso anus-
sem ou se, por lei parlamentar, a modificao do estatu-
to constitucional do Governo dependesse de parecer
favorvel do mesmo.
Mas o absurdo, por mais ilustrativo que seja, no faz
esquecer que a ilegalidade uma coisa sria. Como
sabido, uma das linhas bsicas do Regime Jurdico das
Instituies de Ensino Superior (RJIES) a de a organi-
zao das unidades orgnicas ser feita imagem daengenharia orgnica da instituio me. Por isso, quan-
do na unidade orgnica h um equivalente ao Conselho
Geral, tambm natural que as competncias deste
naquele se repliquem. E cabe ao Conselho Geral, natu-
ralmente, a competncia para alterar os estatutos da
universidade (artigo 82., n., 1, alnea c) do RJIES). No
caso da Universidade de Lisboa, os respectivos Estatu-
tos determinam que tem de existir em cada unidade
orgnica uma Assembleia de Faculdade (artigo 47., n.
1), que, como rgo de natureza deliberativa (e de ima-
gem parlamentar) o rgo que faz as vezes, aps os
estatutos iniciais, da Assembleia Estatutria. Isto signi-
fica, claro, que o rgo com competncia para alterar
os estatutos (tal como o determina, no caso dos da
Faculdade de Direito, a respectiva alnea h) do artigo
34.). Se claro, no RJIES, que o rgo da unidade
orgnica equivalente ao Conselho Geral da Universida-
de que competente para as alteraes estatutrias, e
se claro, nos Estatutos da Universidade de Lisboa, que
a competncia para promover alteraes estatutrias
da Assembleia da Faculdade, ento no restam quais-
quer dvidas que a competncia para alterar as normas
dos estatutos do rgo parlamentar da escola.
http://www.fd.ul.pt/FDUL/Destaque01.aspxhttp://www.fd.ul.pt/FDUL/Destaque01.aspxhttp://www.fd.ul.pt/FDUL/Destaque01.aspxhttp://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1MHB8gFeY_0%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1MHB8gFeY_0%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=kwWWRWUsZrU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=kwWWRWUsZrU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=kwWWRWUsZrU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1uFv2G70YmU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1uFv2G70YmU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1uFv2G70YmU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1uFv2G70YmU%3d&tabid=952http://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/177050.PDFhttp://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/177050.PDFhttp://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/177050.PDFhttp://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/177050.PDFhttp://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/177050.PDFhttp://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/177050.PDFhttp://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1uFv2G70YmU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1uFv2G70YmU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=kwWWRWUsZrU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=kwWWRWUsZrU%3d&tabid=952http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=1MHB8gFeY_0%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/FDUL/Destaque01.aspx7/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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locutores. A identificao dos enviusamentos cognitivos,
em particular dos acima expostos, possibilita romper
com o imobilismo e encetar o dilogo e a convergncia de
posies, qui atravs do recurso estratgico distor-
o comprovada empiricamente que a minha-ideia--
melhor-que-a-tua, ou seja uma sobreavaliao das nos-
sas ideias, ainda que s vezes o nosso contributo seja
mnimo, tal como reordenar palavras. Experimente:
rgo o Administrador Executivo o da Faculdade ao
subordinado Director de gesto administrativa e finan-
ceira.
brilhante a sua ideia, no ?
Ademais, vrios estudos indiciam que a institucionaliza-
o funciona um pouco como uma peneira, constituindo
uma mais-valia no combate s irracionalidades. Assim,
um qualquer projecto de reforma da FDUL necessita de
ser comeado pelos alicerces institucionais de modo ao
edifcio no colapsar com o acrescento de sucessivas
marquises ou a destruio de paredes.
A reviso estatutria , portanto, racionalmente, um pas-
so essencial para uma FDUL de excelncia, competitiva e
com futuro.
Rute Saraiva
Vrios dos ensinamentos empricos tirados de anos de
estudos em torno da Teoria Prospectiva e da Econo-
mia comportamental, relevam, por muito estranho
que possa parecer, para a discusso da reviso estatu-
tria na FDUL. (Pr)conceitos como o status quo bias,
o endowment effect ou a averso a perdas ajudam a
explicar o actual registo do debate estatutrio com
foras opostas entre o imobilismo e a revoluo,
ambas agarradas a propostas substanciais redigidas
com dedicao e esforo pessoal.
Com efeito, tanto uns como outros, sujeitos a uma
tendncia natural para a inrcia e a um apego irra-
cional ao trabalho desenvolvido, mostram relutncia
em abdicar do fruto do seu labor, atribuindo-lhe
inclusivamente um valor desproporcional no acom-
panhado nem compreendido pelas contrapartes. Mais,
a vivncia de certas experincias (ex. ter um determi-
nado estatuto associado a um qualquer grau acadmi-
co-profissional ou no subir na carreira por ausnciade concursos) instiga e fortifica as convices, condu-
zindo a um entrincheiramento posicional, do qual a
custo se abdica.
Contudo, como recorda Dan Ariely existe um lado
bom da irracionalidade, que comea com a prpria
percepo da racionalidade limitada dos vrios inter-
A reviso estatutria e aEconomiacomportamental
(Pr)conceitos como o status quo bias, o
endowment effectou a averso a perdas aju-dam a explicar o actual registo do debateestatutrio com foras opostas entre o imo-bilismo e a revoluo, ambas agarradas a
propostas substanciais redigidas com dedi-cao e esforo pessoal.
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A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no
prembulo dos seusactuais estatutosapresenta-se comouma Instituio aberta ao mundo, valorizando todas as
formas de internacionalizao e empenhando-se em
especial na cooperao com as Faculdades de Direito de
lngua portuguesa. Nos termos do art. 11. vigente, tais
desgnios sero concretizados, nomeadamente, atravs
da promoo das relaes com instituies europeias e
internacionais de ensino, de investigao, judicirias e de
prtica jurdica, pela participao em organizaes, redes
e outros espaos dentro e fora do mbito da Unio Euro-
peia e ainda pelo desenvolvimento da cooperao jurdi-
ca, em especial, com as instituies dos Estados e comu-
nidades de lngua portuguesa ou com ligao a Portugal.
No art. 80. preceitua-se que a Faculdade dispe de um
Centro de Arbitragem e de um Gabinete Jurdico, no se
enunciando, porm, as suas atribuies (e, por conse-
guinte, no se estabelecendo qualquer relao com a
internacionalizao realada no prembulo). Em moldes
diferentes referido, no artigo seguinte, o Instituto de
Cooperao Jurdica, cujas competncias se enunciam, e
que consistem na centralizao e desenvolvimento das
actividades de cooperao da Faculdade com instituies
internacionais, outros pases e comunidades. Os esforos
realizados sob a sua gide tm sido profcuos e reconhe-
cidos.
O contexto internacional tem vindo, todavia, a exercer
fortes presses sobre todo o universo universitrio, que
se v confrontado com o desafio reiterado de correspon-
der de forma mais acentuada s exigncias impostas pela
crescente interaco cultural, econmica e poltica. Por
sua vez, a abertura do procedimento de alterao dos
Estatutos da Faculdade de Direito mediante o Despacho
de 1 de Fevereiro de 2011 constituiu um impulso para
meditar sobre o incremento das respostas a este repto;
tal reflexo culminou na adopo da internacionalizao
e da abertura da escola comunidade como duas das
cinco linhas estruturais de modernizao da Faculdade.
Estes mesmos aspectos viriam pouco tempo depois, a ser
reconhecidos como essenciais e merecedores de estmu-
lo pelos rgos polticos nacionais e comunitrios (no
naturalmente por coincidncia, mas pela sua premncia
e adequao), o que potencializa convergncias de aco
oportunas e independentes de orientaes partidrias;
em Maio de 2011 publica-se o Decreto-lei n. 60/2011,
que cria a Rede Nacional de Centros de Arbitragem Insti-
tucionalizada (RNCAI).
O programa de assistncia econmica e financeira a Por-
tugal prev a aprovao de uma nova lei de arbitragem
voluntria at finais de Setembro de 2011 (objectivo
alcanado com dois meses e meio de atraso pela Lei n
Internacionalizao eabertura da Universidade
Continua
Assim o objectivo da internacionalizaointercepta-se com aqueloutro da abertura
da escola comunidade mediante a presta-o de servios, surgindo ainda como umavia no despicienda para incrementar ocomrcio externo dos mesmos.
O sinal de partida j foi dado cada dia quepassa assim um adiamento indesculpvelda transposio da meta.
http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=555http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=555http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=555http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xUvvCLoTnA0%3d&tabid=5557/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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63/2011 de 14 de Dezembro). Na comunicao social
comea a ser atribuda nfase arbitragem como meio de
resoluo de litgios. Um artigo de Miguel Poiares Maduro
no Jornal Pblico de 24 de Maio de 2011 considera a
abertura e efectiva internacionalizao do nosso ensino
superior como um atalho para atingir o objectivo da com-
petitividade, oferecendo servios de ensino superior diri-
gidos a toda a Europa e fora dela, opinio que diz ser cor-
roborada pela Organizao Mundial do Comrcio.
Na linha estrutural de mudana articulada noProjecto de
Alterao dos Estatutos cabe realar, para alm dos aspec-
tos salientes per se (vg. a vital oferta lectiva em ingls), a
janela de oportunidades proporcionada pelos Institutos de
Investigao tais como previstos no art. 72. e 74. do Pro-
jecto.
Efectivamente, a criao de uma ou mais destas associa-
es especialmente vocacionadas para o estudo do Direito
Comparado no mbito de uma estratgia de diversificao
de iniciativas, poderia no s promover os caractersticos
projectos de investigao autnomos como tambm estu-
dos ad hoc orientados para prestar apoio concreto, quer 1)
comunidade jurdica em geral, quer 2) aos Tribunais e
servios administrativos, crescentemente confrontados
com a aplicao do Direito estrangeiro (estudos essenciais,
portanto, ao funcionamento do Gabinete de Consultoria
Jurdica), quer finalmente 3) a um centro de arbitragem
especializado, gerido e organizado pelo Centro de Resolu-
o de Litgios conforme previsto no art. 59. g ) e 66. do
Projecto.
Na realidade, e face ao estatuto especial desde sempre
concedido ao Brasil e demais pases de lngua oficial por-
tuguesa, poder ter cabimento a proposta de servios de
arbitragem levados a cabo num pas neutro, mormente por
um rgo integrante da Faculdade de Direito de Lisboa (na
qual, eventualmente as partes at tenham alcanado algum
grau acadmico e adquirido uma familiaridade e confiana
privilegiadas) na resoluo de litgios entre os pases men-
cionados.
Ao Instituto de Direito Brasileiro competiriam mesm
tarefas de apoio neste mbito, nos termos do proposto n
2 do art. 62 do Projecto, sendo de frisar que, segundo o
dados da Cmara de Comrcio Internacional, o Brasil
actualmente o quarto pas que mais utiliza a arbitragem.
Assim o objectivo da internacionalizao intercepta-s
com aqueloutro da abertura da escola comunidad
mediante a prestao de servios, surgindo ainda com
uma via no despicienda para incrementar o comrci
externo dos mesmos.
O sinal de partida j foi dado cada dia que passa assim
um adiamento indesculpvel da transposio da meta.
Susana Malte
http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=511http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=FYCcNBblTPE%3d&tabid=5117/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
prope-se realizar uma alterao estatutria numa
fase bastante grave e complexa do Pas e, consequen-
temente, das Universidades. A este respeito, opor-
tuno recordar que as alteraes introduzidas pelo
RJIES provocaram uma mudana inaceitvel do
paradigma at ento vigente na Universidade de Lis-
boa e nas suas Unidades Orgnicas.
A centralizao e a hierarquizao dos servios numa
Unidade Orgnica recm criada (SPUL) indiciadora
de menor transparncia e prejudica a fiscalizao
dos actos que eram, at agora, escrutinados pelo con-
junto dos corpos (docentes, estudantes e funcion-
rios) de cada Faculdade, atravs de rgos prprios.
Ora, os trabalhadores no docentes da Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa entendem que
tudo dever ser feito para minimizar estes efeitos em
sede da reviso dos Estatutos agora iniciada, tal
como se prope na proposta de alterao estatutria
apresentada pelo corpo no docente.
A propsito, afigura-se oportuno recordar alguns
excertos do discurso do nosso Colega Lus Fernandes
proferido aquando da cerimnia de abertura do ano
acadmico:
- " ... no caso particular dos funcionrios pblicos,
no foram cumpridos os compromissos assumidos,
com resultados nefastos nas nossas carreiras ... para
acabarmos contratados e confiscados, chamados a
pagar decises erradas em que directamente no
participmos".
-"...a Universidade de Lisboa, tem de responder a um
todo de interesses que democraticamente englobe os
professores, os trabalhadores no docentes, os alu-
nos e a sociedade civil ...".
- "...corremos o risco de ao querer atingir o mximo
de eficincia perdermos muitos dos que com o seu
mrito podiam ajudar Portugal".
Carlos VenturaConceio Feiteiro
Alterao aos Estatutos da Faculdade de Direito
A centralizao e a hierarquizao dos servios numa Unidade Orgnica recm criada (SPUL)
indiciadora de menor transparncia e prejudica a fiscalizao dos actos que eram, at agora,
escrutinados pelo conjunto dos corpos (docentes, estudantes e funcionrios) de cada Faculda-de, atravs de rgos prprios.
7/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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Na pgina da Faculdade possvel encontrar uma
referncia ao Centro de Investigao da Faculdade de
Direito de Lisboa, que visa o desenvolvimento da
investigao das cincias jurdicas e disciplinas afins,
o aprofundamento dos estudos e da divulgao de
conhecimentos junto da comunidade cientifica e da
sociedade civil, o reforo da internacionalizao da
cincia jurdica portuguesa, a implementao da coo-
perao com instituies universitrias de Estados de
lngua oficial portuguesa, a realizao de estudos
habilitadores de reformas legislativas, administrati-
vas e judiciais, a promoo de debates, conferncias eseminrios sobre novos domnios do saber com inci-
dncia jurdica e ainda a publicao de uma revista
e/ou a divulgao por via digital de resultados das
investigaes.
Ora, tirando algumas iniciativas pontuais e a associa-
o da obra de alguns docentes ao dito Centro, a exis-
tncia do mesmo no tem deixado qualquer marca na
Faculdade, tendo sido, inclusive, acreditado pela FCT
como Suficiente: a um nvel, portanto, bastante infe-
rior quele atribudo a Centros de Investigao de
outras universidades. No quadro de um projecto de
actualizao da Faculdade, est neste momento em
cima da mesa no Conselho Cientfico a criao, por
parte dos diferentes Institutos, de Centros de Investi-
gao especializados ou na eventual transformao
dos prprios Institutos em Centros de Investigao.
Em causa estar a criao de uma estrutura que per-mita promover a investigao (podendo ser criada,
inclusivamente, a categoria autnoma de Investiga-
dor), o intercmbio activo de docentes, a participa-
o de estudantes nas actividades do Centro, a inte-
raco entre docentes em diferentes graus da carreira
Centros de investigao especializados
acadmica e tambm entre o Centro e a sociedade
civil (por exemplo, atravs de apoio jurdico), tendo
em vista fomentar a atractividade e competitividade
das diferentes reas jurdicas que compe a nossa
Faculdade, ideia que se insere numa estratgia de
reformulao do sistema cientfico nacional e de cria-
o de instituies de investigao cientfica eficazes e
com capacidade de resposta que conta j com mais de
uma dcada (cfr. Decreto-Lei n. 125/99, de 20 de
Abril).
A organizao de cada Centro estar a cargo, parece,
do respectivo Grupo, impondo-se em cada Centro um
nmero de doutores com currculo adequado, bem
como um Coordenador Cientfico. Cada Centro ter
ainda de integrar um Conselho Cientfico (composto
pelos investigadores doutorados) e uma comisso
externa de acompanhamento.
A aposta no empenho de todos os docentes afigura-se
essencial, porquanto a avaliao dos Centros assenta,
entre outros, na produo cientfica, na organizaodo trabalho, no acompanhamento de estudantes em
cursos ps-graduados, no nvel de publicaes em
peridicos reconhecidos e no currculo dos membros
do Centro. A centralidade da questo impe que seja
considerada na reviso dos estatutos.
Mariana Melo Egdio
7/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
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Notas sobre a revisoestatutria
Financiamento: a Escolaprestadora de servios
A participao dos Estudantes no dilogo e
discusso das questes fulcrais da nossa
Faculdade tem sido - e pauta-se por ser - o
mais responsvel e dinmica possvel. Como
do conhecimento geral e, se no o , deveria
ser, a nossa Faculdade encontra-se hoje face a
uma reviso dos seus estatutos, pela mo da
Assembleia de Faculdade.
Muito concretamente, quanto reviso Esta-
tutria, consideramos que esta dever ser um
momento de reflexo sobre o futuro da nossa
Escola, para que se torne mais competitiva, e
se aproxime das Faculdades de Direito de
topo.
Internacionalizao, aproximao ao merca-
do, redefinio dos planos de curso de licen-
ciatura e de mestrado, mais investigao,
busca de financiamento privado, so alguns
dos pontos que destacamos e que nos preo-
cupam, podendo, em parte, ser resolvidos
neste processo.
Acreditamos que a mudana no significa,
necessariamente, instabilidade e, por isso,
apelamos razoabilidade e conscincia dos
intervenientes para que todo este processo
decorra pacfica e eficazmente.
No mundo de hoje, essencial que tenhamos
uma estratgia bem definida para a Faculda-
de!
Afonso Scarpa
Gonalo Carrilho
Uma das propostas de reviso dos Estatutos prev a institu-
cionalizao da participao de entidades externas na vida da
Escola atravs da contribuio para o seu financiamento. Sob a
denominao promotores da Faculdade de Direito encon-
tramos, contudo, situaes muito distintas do mero patrocnio
de cursos ou disciplinas, prximas de uma lgica de mecenato.
De facto, esta proposta de reviso dos Estatutos pretende
acentuar a dimenso da Faculdade enquanto entidade poten-
cialmente prestadora de servios. Para alm da possibilidade
de se permitir a utilizao das instalaes mediante contrapar-
tidas financeiras, a Faculdade, enquanto centro de investigao
que e que, certamente, cada vez mais ser , tem condies
nicas e privilegiadas para obter financiamento prprio atra-
vs da actividade das suas unidades tcnico-cientficas ou
seja, a prestao directa de servios jurdicos no mercado.
A amplitude da concretizao desta alterao s clara quan-
do conjugada com as alteraes propostas que visam a efectiva
implementao de um Centro de Resoluo de Litgios (a
incluir centros de arbitragem e julgados de paz) e um Gabinete
de Consultoria Jurdica.
Ao nvel orgnico, a participao dos mais relevantes Promo-
tores seria assegurada no Conselho Consultivo, rgo cuja
criao sinal da abertura da Escola comunidade.
Numa altura em que o financiamento do ensino superior
mais que insuficiente, a Faculdade no pode desperdiar todoo potencial que tem de, autonomamente, obter receitas, o que
no deve estar dependente nica - nem sequer principalmente
- de mecenato, nem estar assente em meros interesses publici-
trios.
Helosa Oliveira
7/29/2019 FDUL 2.0 n. 2 - Reviso Estatutria
9/9
Textos de:
Afonso Scarpa ([email protected])
Carlos Ventura ([email protected])
Conceio Feiteiro ([email protected])
David Duarte ([email protected])
Gonalo Carrilho ([email protected])
Helosa Oliveira ([email protected])
Mariana Melo Egdio ([email protected])
Rute Saraiva ([email protected])
Susana Maltez ([email protected])
Comisso Editorial ([email protected])
Alexandra Leito ([email protected])
Dinamene de Freitas ([email protected])
Helosa Oliveira ([email protected])
Fotogafias de:Carla Amado Gomes ([email protected])
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]