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Felipe Teles de Arruda Apresentação Caso 09/05/2014

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Felipe Teles de Arruda

Apresentação Caso

09/05/2014

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N. P. O. 60 anos, branca, casada , aposentada (coordenadora de

RH) , natural e procedente de São Paulo, Evangélica

Identificação

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Dor na Barriga há 2 dias

Queixa Principal

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Paciente refere dor localizada em HCD, contínua, sem irradiações, de inicio súbito há cerca de 2

dias, intensidade 5(0-10), latejante sem fatores de melhora ou piora, associada a náuseas e 3 quadros de êmese com restos alimentares no dia anterior e 1 quadro no dia da internação.

HPMA

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Nega febre , astenia, sudorese Tosse após ingesta alimentar.

ISDA

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• HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA• DIABETES MÉLITOS

• COLECISTITE• TVP HÁ 10 ANOS MIE

• HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA 2010• MIOMA UTERINO

Antecedentes pessoais

Nega Alergias Nega tabagismo Suspensão do etilismo há 1 ano ( 4 copos vinho/dia 10 anos)

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2 filhos 31 e 35 anos , nega HAS, DM, CA Pai falecido aos 63 anos – IAM – HAS, DM Mãe falecida aos 83 anos – Ca mama Irmão 58 anos -Ca de Faringe ( em tto)

Antecedentes Familiares

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Omeprazol 20 mg Aldactone/ espironolactona 100 mg

Citoneurin 5000 Atenolol 25 mg

Furosemida 40 mg Carbamazepina 20 mg

Insulina NPH – 20 UI C/A/J Insulina Regular – 10 UI C/A/J

Medicações em uso

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BEG, AAA, LOTE, eupneica, corada, hidratada, Aparelho cardiovascular: BRNF2TSS

Aparelho respiratório: MVPBSRA Abdominal: globoso RHA +, normoativos, palpação superficial e profunda sem dor, DB -, esplenomegalia

Varizes em MMII

Exame Físico

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28 /11/2013 – TC Abd- Hepatopatia crônica Nódulo no seguimento VIII

direito medindo 1,3 cm suspeito de CHC

Colelitíase

Exames Complementares

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17/04/2014 – USG ABD TOTAL URGÊNCIA –

formação cística lobo hepático direito 2 cm

calculo biliar aumento baço

Admissão 17/04/2014

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  17/04/2014 19/04 23/04/2014 27/04/2014 29/04/2014Eritrócitos 3,8 - 5,0 4,37 4,48 4,42 4,47 3,85Hemoglobina 11,5 – 15,5 12,6 13,0 12,9 12,8 11,1Hematócrito 35 – 46 37,4 38,1 37,9 39,3 31,9VCM 82-96 85,6 85,0 85,7 85,7 82,9HCM 28-32 28,8 29,0 29,2 28,6 28,8CHCM 32-36 33,7 34,1 4,0 33,4 34,8RDW até 15 13,8 13,5 13,6 13,5 13,3Alter. Eritrocitárias Normais Normais Normais Normais NormaisLeucócitos 3,5 – 10,5 3,63 3,71 4,42 4,23 3,96           Neutrófilos totais 50-80 61,4 62,3 66,4 64,1% 59,3%Segmentados 58 – 70 61,4 62,3 66,4 64,1% 59,3%Linfócitos 20 -42 21,5 22,6 19,0 20,1% 21,0%Monócitos 2 - 12 11,8 10,8 9,3 10,9% 14,1%Eosinófilos 1 - 5 4,7 4,0 4,8 4,7% 5,1%Basófilos 0 - 1 0,6 0,3 0,5 0,2% 0,5%           Neutrófilos totais 2000 - 8000

2229 2311 2935 2711 2348

Segmentados2000 - 7500

2229 2311 2935 2711 2348

Linfócitos 1000 - 4500 780 838 840 850 832Monócitos 200 - 1000 428 401 411 461 558Eosinófilos 50 - 5000 171 148 212 199 202Basófilos 0 - 200 22 11 22 8 20somatória 100% 100% 100% 100% 100%Plaquetas 130 - 450 63 56 58 69 50VPM 7,5 – 11,5 11,2 fL 10,9 fL 10,4 fL 11,4 fL 11,7 fL

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  17/04/2014

19/04/2014

23/04/2014

27/04/2014

29/04/2014

Hematócrito 35 – 46

37,4 38,1 37,9 39,3 31,9

Monócitos 2 - 12 11,8% 10,8% 9,3% 10,9% 14,1%Eosinófilos 1 - 5 4,7% 4,0% 4,8% 4,7% 5,1%Linfócitos 1000 - 4500

780 838 840 850 832

Plaquetas 130 - 450

63 56 58 69 50

VPM 7,5 – 11,5 11,2 fL 10,9 fL 10,4 fL 11,4 fL 11,7 fL

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  17/04/2014 19/04 23/04/2014 27/04/2014 29/04/2014 30/04/2014Peptídeo 1,10 – 4,40     1,46      Glicose   260 152   353  HbA1c 4 – 6     9,8%      Proteínas totais 6 – 8     6,8      Albumina 3,5 – 5,5     4,0      Globulina 1 - 3     2,8      Amilase28 a 100

64          

BT 0,2 – 1,2 0,6   0,5 0,5 0,4  BD 0,1 – 0,4 0,3   0,2 0,2 0,2  BI 0,1 – 0,8 0,3   0,3 0,3 0,2  FA 40 -130     109   107  Lipase 13 - 60     66   62  Amilase 28 -100     60   64  TGO 8 – 33 42   42   37  TGP 4 – 36 37   35   32  Creatino fosfoquinase (ck) 25 a 170 191          Creatinina 0,4 – 1,2 1,0 1,1 1,3 1,1 1,4  Ureia 15 a 45 46 49 61 46 53  Gama Glutamil transfeerase 5 - 38     298     312Magnésio 1,6 - 2,6         1,7  Sódio 134 a 144 134 138   134 134  Potássio 3,5 a 5,5 4,1 4,5   4,7 4,5  Ferro 40-150         134  Ferritina 13 -150         183  PCR até 5 4,8     2,4    Ativi de protrombina 70- 100% 70% 77%     73%  Tempo 11 = 100% 14,6 13,2     14,2  INR 1,28 1,20     1,25  Tempo de tromboplastina parcial ativada

27,0 seg 27,4 seg     28,8 seg  

CEA não fumante até 3,4Fumante até 5

        4,90  

CA -19-9 <37         < 2  Alfa feto proteína Até 9         745,40  

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  17/04/2014

19/04/2014

23/04/2014

27/04/2014

29/04/2014

30/04/2014

Glicose   260 152   353  HbA1c 4 – 6     9,8%      

    66   62  TGO 8 – 33 42   42   37  TGP 4 – 36 37   35   32  Creatino fosfoquinase (ck) 25 a 170

191          

Ureia 15 a 45 46 49 61 46 53  Gama Glutamil transfeerase 5 - 38

    298     312

Ferritina 13 -150         183  CEA não fumante até 3,4Fumante até 5

        4,90  

Alfa feto proteína Até 9

        745,40  

Lipase 13 - 60

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  29/04/2014

Epstein barr IgM Não Reag.Epstein barr IgG >1,0 Reag. 24,43Rubeola IgM Não Reag.Rubeola IgG > 9,9 Reag. 67,6Toxo IgM Não Reag.Toxo IgG > 2,9 Reag. 6,0HEP B Antigeno HBs Não Reag.HEP B Anticorpos HBe Não Reag.HEP B Anticorpos HBs Não Reag.HEP B Anticorpostotais HBc

Não Reag

HEP C Anticorpos totais Não Reag.HEP A Anticorpos IgM Não Reag.HEP A Anticorpos totais > 20,00

Reag. >60,00

HTLV I / II, Anticorpos Não Reag.Citomegalovírus, IgM Não Reag.

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02/05/2014 RM – Lesão Nodular lobo hepático direito seguimento VIII – 6.0 cm, hipervascular com clareamento na fase tardia. Trombose tumoral da porção distal do ramos portal direito bem com de seu seguimento anterior, que se encontra, envolvido pela lesa hepática.

Exames Complementares

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Hoje 23º DIHHD : #hepatocarcinoma ( cirrose hepática por álcool)# colelitiase# DM de difícil controle ( com acompanhamento com endócrino)# protocolo para transplante hepático (realizado todos exames pré-operatórios)Controles enfermagem 24 hΔ FC: 74-81 Δ FR: 16-18 Δ PA: 110*60/ 120*80 Δ TEMP: 35,4 – 36,8 Δ DX 122 - 268

Evolução

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HPMA: Paciente refere redução do quando de tosse após ingestão de alimentar com dieta pastosa hipogordurosa para DM liquidificada, persistindo a dor de leve intensidade em RCB e náuseas, Relata aumento de 2 kg ( 68 Kg para 70 Kg) evacuações +, flatos +, diurese +.EXAME FISICO: BEG, AAA, LOTE, eupneica, corada, hidratada. Aparelho cardiovascular: BRNF2TSS Aparelho respiratório: MVPBSRA Abdominal: globoso RHA +, normoativos, palpação superficial e

profunda sem dor, DB –CONDUTA: Aguardando Quimioembolização

Evolução

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Felipe Teles de Arruda

Obrigado

09/05/2014

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1963 1° tx hepático starzlQuanto menor a expectativa de sobrevida mais rápido txEua – UNOS (united network for organ sharing)

tx hepático

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serão classificados por critério de gravidade clínica, de acordo com os valores de MELD/PELD, priorizando-se o de maior pontuação e considerando o tempo em lista

caso empate, respeitando a compatibilidade ABO.

O valor de MELD mínimo aceito para inscrição em lista será 11 (onze). Os potenciais receptores inscritos com MELD igual a ou menor que 10 pontos ou PELD menor que ou igual a 5 pontos receberão status SEMIATIVO,

16 anos e igual ou inferior a 70 anos

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MELD = 3,78[Lg bilirrubina sérica (mg/dL)] + 11,2[Lg INR] + 9,57[Lg creatinina sérica (mg/dL)] + 6,43

BILIRRUBINA: 0,4INR: 1,25CREATININA: 1,4

NO BRASIL PACINTE ENTRA NA LISTA DE TX COM MELD MAIOR OU IGUAL A 11

MELD = 12avaliar a gravidade da doença hepática crônica.

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Paciente com hepatocarcinoma recebe 20 ponto no MELD COM ELEVAÇÃO PROGRESSIVA COM O TEMPO.

Se MELD = 40 ou mais — significa que há risco de  100% de mortalidade em 3 meses. Se MELD =  30 a 39 — significa que há risco de  83% de mortalidade em 3 meses. Se MELD = 20 a 29 — significa que há risco de  76% de mortalidade em 3 meses. Se MELD = 10 a 19 — significa que há risco de  27% de mortalidade em 3 meses. Se MELD  =  <10 — significa que há risco de  4% de mortalidade em 3 meses.

Paciente com hepatocarcinoma podem receber um tx somente se obedecerem aos critérios de Milão.

MELD = 12 + 20 = 32

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Paciente cirrótico com:Nódulo único < 5 cm, ou

Até 3 nódulos < 3 cmAusência de metástases ou invasão do pedículo

vascular hepático

Critérios de Milão

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Child-Turcotte-Pugh avaliar o prognóstico da doença hepática crônica

Critério 1 ponto 2 pontos 3 pontos

Bilirrubina total (mg/dl) <2 2-3 >3Albumina sérica (g/dl) >3,5 2,8-3,5 <2,8TP (s) / INR 1-3 / <1,7 4-10 / 1,71-2,20 >10 / >2,20Ascite Nenhuma Leve Severa

Encefalopatia hepática

NenhumaGrau I-II (ou suprimidacom medicação)

Grau III-IV(ou refratária)

Pontos Classe Sobrevidaem 1 ano

Sobrevidaem 2 anos

5-6 A 100% 85%7-9 B 81% 57%10-15 C 45% 35%

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1. Cirrótico, Child-Pugh A Hepatocarcinoma – respeitando os critérios de irressecabilidade neste

grupo: MELD > 10, Na+ < 135, ressecções de mais de dois segmentos ou tumores múltiplos (mais de 1 nódulo em segmentos distintos).

1. MELD 322. NA 134

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OBS.: Cirróticos Child A, sem hipertensão porta e com nódulo de

localização periférica, podem ser tratados por ressecção segmentar.

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3 – 6 nl> 10 hipertensão portal> 12chance de romper

Ms + esplenica = porta

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Fígado Órgão central do metabolismo; É a maior glândula do corpo humano, Pesa ±1500g; 1500 ml de sangue por minuto circulam através do fígado; Armazena e ativa vitaminas e sais minerais;• Forma e excreta a bile;• Converte a amônia em uréia.

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Cirrose Processo difuso de fibrose e formação de

nódulos, acompanhando-se freqüentemente de necrose hepatocelular.

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Cirrose

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Ascite – acúmulo de líquido na cavidade abdominal.

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Complicações da Cirrose

Eritema palmarCabeça de medusa (umbigo)AsciteDistribuição alterada de pelosAtrofia testicularIcteríciaContusõesPerda muscularEncefalopatiaVarizes EsofágicasHipertensão

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Varizes Esofágicas

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Encefalopatia hepática

Excesso de produtos tóxicos provenientes da alimentação

e do próprio fígado, que deveria eliminá-las.

A encefalopatia surge quando o fígado torna-se incapaz de

eliminar ou transformar esses tóxicos pela destruição das

suas células

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Encefalopatia Hepática

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Estágio SintomasI Confusão leve, agitação, irritabilidade, distúrbio

do sono, atenção diminuída

II Letargia, desorientação, tontura

III Sonolência despertável, fala incompreensível, confusão, agressão quando acordado

IV Coma

Estágios de encefalopatia hepática

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ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Hipóteses:

Amônia: Fígado incapaz de converter a amônia em uréia – tóxica para o cérebro;

Neurotransmissor Alterado: Desequilíbrio de aminoácidos (AA).

CÉREBRO - altos níveis de aa aromáticos - AAA -fenilalanina, triptofano e tirosina levam à formação de falsos neurotransmissores, os quais parecem produzir a encefalopatia.

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ENCEFALOPATIA HEPÁTICA A amônia livre favorece o transporte

dos AAA para dentro do SN; Pacientes portadores de doença

hepática terminal têm proporções relativamente elevadas de AAA;

Como tratar? Formulações enterais e parenterais com baixos níveis de AAA

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ENCEFALOPATIA HEPÁTICA A amônia livre favorece o transporte

dos AAA para dentro do SN; Pacientes portadores de doença

hepática terminal têm proporções relativamente elevadas de AAA;

Como tratar? Formulações enterais e parenterais com baixos níveis de AAA