Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Brasil: uma vocação natural para a indústria química
País rico em petróleo, gás, biodiversidade, minerais e terras raras
FERTILIZANTES: A BUSCA DO PRODUTOR NACIONAL POR CONDIÇÕES DE IGUALDADE COM O PRODUTO IMPORTADO
Apresentação Abiquim / SinprifertCafé da Manhã da Frente Parlamentar da Química - Fertilizantes
27 de agosto de 2015
O SETOR DE FERTILIZANTES
FERTILIZANTES É O INSUMO QUE ISOLADAMENTE MAIS CONTRIBUI PARA O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA
Fonte: ANDA e CONAB
Área Plantada, Produção de Grãos e Consumo deFertilizantesBase 100 = 1992
Fonte IBGE 2002, Elab. MBAgro
O solo brasileiro demanda fertilizantes paragarantir produtividade tanto no curto como nolongo prazo.
269
317
100
149
199
21
993
199
41
995
199
61
997
199
81
999
200
02
001
200
22
003
200
42
005
200
62
007
200
82
009
201
02
011
201
22
013
201
4
Produção de Grãos Entregas de Fertilizantes
Área Plantada com Grãos
REPRESENTA 2% DO PIB DO AGRONEGÓCIO, SENDO 20% DOS INSUMOS E 6% DA RECEITA DA AGROPECUÁRIA
22 18 17 15 19 21 30 22 19 2164 63 67 72 74 77 67 82 85 76 69 79 88 83 91 103 124 128
172 170 180 180 178 187 209 233 231 209 204 229 263 243 270
303 295 317
251 252 239 246 248 246 261
268 282 282 290
303 310
299 318
314 302 307 251 247 250 251 249 253 272
283 293 283 286
305 321
308 328
341 331 340
738 731 736 749 750 763 830
884 907 865 869
937 1.013
954 1.026
1.081 1.051 1.092
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fertilizantes Outros Insumos Agropecuária Indústria Distribuição Total
Produto Interno Bruto do Agronegócio (R$ bilhões)
REQUER ALTA INTENSIDADE DE CAPITAL PARA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS OPERAÇÕES
NPK
NP Outros
Gás
N
Enxofre
S
RochaFosfática
P
Potássio
K
Amônia
Ácido Nítrico
Ácido Sulfúrico
Ácido Fosfórico
Uréia
Nitrato de Amônio
Sulf. de Amônio
MAP/DAP
TSP
SSP
KCl
Rec
urso
s N
atur
ais
Mis
tura
Con
sum
idor
es
MisturaDistribuição
DCP
NP
Ind.
Inic
ial –
Mat
éria
s
Ind.
Fin
al –
Fer
tiliz
ante
s In
term
ediá
rios
Produtos Agrícolas
EMBORA O BRASIL SEJA O LUGAR “IDEAL” PARA PRODUZIR, SÓ TEMOS AUMENTADO A IMPORTAÇÃO
0,8 0,8 0,7 0,8 0,8 0,7 0,8 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,7 0,5 0,7 0,9 0,8 1,3 1,1 1,2 1,8 1,7 1,4 1,5 2,3 1,9 1,9 2,2
2,8 2,8 3,2 3,5
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
1,3 1,3 1,4 1,4 1,5 1,5 1,5 1,8 1,9 1,7 1,8 2,1 2,0 1,8 2,0 2,0 2,2 2,1 2,0 0,4 0,7 0,8 0,7 1,1 1,1 1,3
1,9 2,1 1,3 1,3
2,2 1,7 1,1 1,5 2,3 2,3 2,8 3,2
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
0,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,3 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,3 1,9 2,2 2,0 2,0 2,6 2,5 2,7 3,6 3,9 3,1 3,1 4,1 4,0
2,1 3,8 4,6 4,5 4,7 5,6
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: ANDA
71%
18%
6%
81%
Nitrogenados (Mt N)
Fosfatados (Mt P2O5)
Potássio (Mt K2O) 6%
42%
Participação do Produto Nacional no Mercado Brasileiro cai desde os anos 90
Nacional Importado
12 15 14 15 15 19 20 26
34 39 43 50
60 55 63
77 79 83 80
1 1 1 1 2
1 1 2
3 3
3
5
11
4
6
10 10 10
9
13 16 15 16 16
20 22 28
37 41
45
55
71
59
69
88 89 93
89
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Balança Comercial Importação de Fertilizantes Balança Comercial SEM Import. Fertilizantes
DESDE 1996 JÁ IMPORTAMOS MAS DE US$ 80 BILHÕES EM FERTILIZANTES, GERANDO EMPREGO, RENDA E INVESTIMENTOS EM OUTROS PAÍSES
Balança Comercial (US$ bilhões)Além do efeito na balança comercial, dependência externa de fertilizantes reduz a competitividade do agronegócio brasileiro
Nos próximos 20 anos deveremos importar mais de US$ 300 bilhões se conseguirmos manter as operações existentes
* Crescimento de 3% ao ano a partir da base de 2014
EQUALIZAÇÃO DE CUSTOS RELACIONADOS À SAZONALIDADE, CAPITAL DE GIRO E ATENDIMENTO DE LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS
DOS PRINCIPAIS PAÍSES CONSUMIDORES, APENAS O BRASIL NÃO GARANTE ISONOMIA COMPETITIVA DO PRODUTO NACIONAL EM RELAÇÃO AO IMPORTADO� Brasil: os fertilizantes estão na lista de exceção do imposto importação de forma temporária há ~10 anos, incentivando
desta forma a importação
� China: altera os impostos de importação e exportação conforme sazonalidade (ex. importa MAP e exporta NP para o Brasil)
� EUA: competitividade resultante dos custos de energia, logística e tributária, permitem política de abertura econômica, contudo aplica taxas dumping quando necessário.
� Índia : proteção da indústria local que importa insumos e produz fertilizantes, bem como geração de caixa para subsídios aos agricultores
� Zona do Euro: proteção da indústria local de fertilizantes
PAÍS SAM3102.21.00
Uréia3102.10.10
SSP3103.10.10
TSP3103.10.30
MAP3105.40.00
DAP3105.30.10/90
NPK3105.20.00
NP3105.51.00
NP Outros3105.59.00
BRASIL4,0%, red.
temporária para 0%
6,0%, red. temporária para
0%
6,0%, red. temporária para
0%
6,0%, red. temporária para
0%
6,0%, red. temporária para
0%
6,0%, red. temporária para
0%
6,0%, red. temporária para
0%
4,0%, red. temporária para
0%
4,0%, red. temporária para
0%
CHINA 4%Cota: 4%
Exced.: 50%
4,0%, red. temporária para
1,0%
4,0%, red. temporária para
1,0%
4,0%, red. temporária para
1,0%
Cota: 4%Exced.: 50%
Cota: 4%Exced.: 50%
4,0%, red. temporária para
1,0%
4,0%, red. temporária para
1,0%
EUA 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
INDIA 5,0% 5,0% 7,5% 7,5% 5% 5% 5% 5% 5%
ZONA EURO 6,5% 6,5% 4,8% 4,8% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5% 6,5%
Tributação do Imposto Importação
CONSIDERAÇÕES SOBRE A RETIRADA DOS FERTILIZANTES DA LETEC (LISTA DE EXCEÇÃO DO II)
• Estimativa de impactos:
A) aproximadamente 0,31% sobre o custo total de insumos
B) IPCA máximo de 0,02%
• O aumento de custo para o agronegócio pode ser compensado através de:
A) Isenção do AFRMM para fertilizantes e insumos
B) Melhoria da qualidade e tecnologia do fertilizante
124427
7411082
0,22%
0,31%
0,09%
0,05%
0,04%0,39%
0
500
1000
1500
0,00%
0,10%
0,20%
0,30%
0,40%
0,50%
Insumos Agropecuária Indústria Agronegócio
PIB 2011 Acumulado na Cadeia (USD bilhões) Impacto Mínimo (%)
Impacto Estimado (%) Impacto Máximo (%)
Estimativa de Impacto da Retirada dos fertilizantes da LETEC:
CONDIÇÕES DE IGUALDADE NA COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO NACIONAL EM RELAÇÃO AO IMPORTADO
DOS PRINCIPAIS PAÍSES CONSUMIDORES, APENAS O BRASIL NÃO GARANTE ISONOMIA TRIBUTÁRIA ENTRE O PRODUTO NACIONAL E O IMPORTADO
� Brasil: ICMS sobre insumos utilizados na produção e nas vendas de fertilizantes entre 4% e 8,4% aplicado apenas ao produto nacional, retirando a competitividade frente ao produto importado que normalmente ou é isento ou diferido
� China: 13% para fertilizantes nacionais e importados com exceção da Nitrato de Amônio com alíquota de 17%, ambos de forma isonômica
� EUA: 0%
� Índia: entre 4,0% e 12,3% conforme região de comercialização, tanto para fertilizantes nacionais como importados de forma isonômica
� Zona do Euro: entre 5,0% e 27,0% dependendo do país, sendo aplicado tanto para fertilizantes nacionais como importados de forma isonômica
CONVÊNIO 100/97 CONFAZ IMPACTA A INDÚSTRIA NACIONAL DE FERTILIZANTES DE FORMA RELEVANTE E INCENTIVA A IMPORTAÇÃO
Alíquotas Resultantes da Convênio
100/97
DESTINO
Entradas Internas
Operações Internas
Sul / SudesteNorte Nordeste
Centro Oeste & Espírito Santo
Insumo/RA
Fert.Insumo
/RAFert.
Insumo/RA
Fert.Insumo
/RAFert.
OR
IGEM
SP Isenção Isenção 4,8 8,4 2,8 4,9 2,8 4,9 2,8 4,9
MG Diferimento Diferimento 4,8 8,4 2,8 4,9 2,8 4,9 2,8 4,9
PR Diferimento Diferimento 4,8 8,4 2,8 4,9 2,8 4,9 2,8 4,9
GO Isenção Isenção 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4
MT Isenção Isenção 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4
MS Isenção Isenção 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4
BA Diferimento 4,0 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4
RS Isenção Isenção 4,8 8,4 2,8 4,9 2,8 4,9 2,8 4,9
SC Diferimento Isenção 4,8 8,4 2,8 4,9 2,8 4,9 2,8 4,9
SE Diferimento 6,8 a 11,9 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4 4,8 8,4
� Insumos para fertilizantes e Ração Animal - redução de 60% da base de cálculo: ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, rocha fosfática e enxofre
�Fertilizantes - redução de 30% da base de cálculo: amônia, ureia, sulfato de amônia, nitro cálcio, MAP, DAP, cloreto de potássio, adubo simples e composto.
� Autoriza os Estados e o Distrito Federal a concederem reduções de base de cálculo ou isenção de ICMS às operações internas.
�O entendimento dos Estados é que as importações se equiparam as operações internas, logo se beneficiando da isenção ou diferimento concedido pelos estados, ou quando não, se beneficiam de diferimentos concedidos às importações.
CONSIDERAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO IGUALDADE NA COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO NACIONAL EM RELAÇÃO AO IMPORTADO
• Igualdade na carga tributária de ICMS para operações internas, interestaduais e importações (isonomia)
• Vedação da concessão do diferimento na importação , garantindo desta forma isonomia ao produto nacional
• O aumento de custo para o agronegócio pode ser compensado através de:i. Redução do ICMS sobre frete, preferencialmente para a mesma carga tributaria do produto
ii. Desoneração do PIS/COFINS sobre fretes
iii. Políticas Estaduais de liberação de crédito acumulado de ICMS pelo agricultor para compra de insumos (inclusive fertilizantes) e máquinas e equipamentos, incentivando o aumento de produtividade no agronegócio
iv. Redução de custos logísticos para entrega de fertilizantes, eliminando a “logística tributária”
• Encontra-se em andamento pelo Sinprifert um estudo econômico tributário detalhado, o qual poderá servir de base para elaboração de alternativas para mitigar os impactos para o agronegócio
POLÍTICAS PÚBLICAS E RESULTADOS ESPERADOS
POLÍTICAS PÚBLICAS INDISPENSÁVEIS PARA A INDÚSTRIA NACIONAL DE FERTILIZANTES
(i) Retirada dos 10 produtos intermediários para fertilizantes, bem como demais insumosrelacionados à cadeia, que integram a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul –LETEC
(ii) Reforma da tributação (ICMS) para o setor de fertilizantes
Nota: assim como no ICMS, o sistema atual de PIS e COFINS, que tributa os fretes e os
insumos indiretamente relacionados com o produto (ex.: embalagens), se traduz num
desbalanceamento para a cadeia de mistura e distribuição, gerando custos para o
agronegócio
(iii) Desoneração do IPI na produção do fosfato de cálcio De forma a garantir a competitividadeda produção do fosfato de cálcio nacional em relação ao produto importado, e sendo esse, umadas principais matérias primas básicas para a fabricação de fertilizantes, faz-se necessárioassegurar o beneficio da suspensão do imposto para os itens listados no capitulo 25 da Tabela deIncidência do IPI, mais especificamente a posição 25.10. Este benefício já está previsto no artigo29 da Lei 10.637/2002 para os itens listados no capítulo 31, onde congrega todos os fertilizantese a maior parte dos seus insumos.
(iv) Regulamentação do REIF, desonerando o desembolso financeiro de investimentos no Brasil, pois prevê a suspensão do PIS e da COFINS na compra de equipamentos e serviços em projetos de aumento de produção de fertilizantes
RESULTADO ESPERADO: CONDIÇÕES PARA INVESTIMENTOS E GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NO BRASIL
PARÂMETROCONSERVADOR OTIMISTAManutenção de capacidade +
Investimentos PrioritáriosManutenção de capacidade +
Portfólio de Investimentos Congresso de 2013
Investimento*(até 2030)
US$ 9,0 Bi US$ 13,0 Bi
Balança comercial**(a partir de 2030)
US$ 12,4 Bi/ano US$ 18,4 Bi/ano
PIB**(a partir de 2030)
US$ 3,1 B/ano US$ 4,6 B/ano
Empregos***(Geração até 2030)
4.700 diretos 10.480 diretos
* Valores apresentados no Congresso Brasileiro de Fertilizantes de 2013** Considera apenas valor do produto*** Estimativas preliminares de aumento de quadroFonte: IBGE, CEPEA, MAPA
Além de contribuir para a reativação de mais de 1,0 Mt de produção de fertilizantes e viabilizar acontinuidade da capacidade instalada atualmente, a implementação das propostas alavanca:
- Aumento da capacidade portuária de exportação (para cada 1 tonelada de fertilizantes é possívelexportar 4 toneladas de grãos)
- Incentivo para desenvolvimento de tecnologias de fertilizantes específicas para o solo brasileiro
OBRIGADO