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O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 54 nº 699 – Fevereiro de 2013 B rasil Presbiteriano Tardes animadas com histórias, músicas, brincadeiras e lanche gostoso são uma de- liciosa maneira de descrever o que é uma EBF, uma ótima ferramenta de evangeli- zação e edificação das crianças. Pensando nisso, a nossa Editora, juntamente com a Secretaria Geral do Trabalho da Infância, tem desenvolvido materiais de excelente qualidade, muito práticos e dinâmicos para a realização das escolas bíblicas de férias. Para este ano, a equipe preparou a EBF – A Fórmula Secreta PÁGINA 7 A hora é agora! Projeto tem como objetivo levar a esperança por meio da pregação do evangelho, alimento e água às regiões mais necessitadas do sertão pernambucano PÁGINA 8 Diante da dor que assolou a cidade de Santa Maria, RS, e todo o Brasil, a Congregação Presbiteriana em San- ta Maria e demais igrejas evangéli- cas da região prestam apoio aos fa- miliares e amigos entristecidos com a tragédia que resultou na morte de mais de 230 jovens na madrugada do último dia 27. Materiais bíblicos foram distribuídos e um momento de oração foi realizado em frente ao Hospital de Caridade, onde está a maioria dos vitimados que permane- cem internados na cidade PÁGINA 13 Solidariedade cristã

Fevereiro - 2013

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Fevereiro 2013

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O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 54 nº 699 – Fevereiro de 2013BrasilPresbiteriano

Tardes animadas com histórias, músicas,

brincadeiras e lanche gostoso são uma de-

liciosa maneira de descrever o que é uma

EBF, uma ótima ferramenta de evangeli-

zação e edifi cação das crianças. Pensando

nisso, a nossa Editora, juntamente com a

Secretaria Geral do Trabalho da Infância,

tem desenvolvido materiais de excelente

qualidade, muito práticos e dinâmicos para

a realização das escolas bíblicas de férias.

Para este ano, a equipe preparou a EBF – A

Fórmula Secreta PÁGINA 7

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Projeto tem como objetivo levar a esperança por meio da pregação do evangelho, alimento e água às regiões mais necessitadas do sertão pernambucano PÁGINA 8

Diante da dor que assolou a cidade de Santa Maria, RS, e todo o Brasil, a Congregação Presbiteriana em San-ta Maria e demais igrejas evangéli-cas da região prestam apoio aos fa-miliares e amigos entristecidos com a tragédia que resultou na morte de

mais de 230 jovens na madrugada do último dia 27. Materiais bíblicos foram distribuídos e um momento de oração foi realizado em frente ao Hospital de Caridade, onde está a maioria dos vitimados que permane-cem internados na cidade PÁGINA 13

Solidariedade cristã

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Fevereiro de 20132BrasilPresbiteriano

rramos, diz uma noti-nha frequentemente

publicada nas primeiras páginas de jornais e revis-tas. É que as publicações, em geral, cometem erros, que vêm, então, confessar e corrigir.

Os erros variam. Veja é um bom exemplo. Revista de enorme tiragem, feita com polpuda receita e bastante profissionalismo, ela publi-cou certa vez seu editorial referindo-se à “imagem ilus-trativa ao lado” que... não estava lá! Recentemente, a revista foi alvo de críticas e admitiu sua culpa por ter escrito que o leão é o rei da selva, quando se sabe que os leões não vivem na selva africana, mas na savana afri-cana, coisa bem diferente. Pior foi colocar os tigres

no mesmo mato, quando se sabe que o continente africano não é seu habitat natural.

Os problemas são mais complicados, às vezes. Pessoas que não estavam lá, onde quer que seja – ou não querem admitir – escrevem dizendo que a revista errou. Se pode provar o que afir-mou, a revista sustenta sua posição. Se não... erramos!

Seria ocioso afirmar que o BP erra. Você, lei-tor, já, digamos... descon-fiou disso. E certamente, se lembra do quadrinho O BP errou colocado estrategica-mente em algum cantinho por aqui. O motivo, porém, deste editorial mencionar humildemente assunto tão desagradável é o fato de as reações aos erros do BP

serem algumas vezes um tanto destemperadas. O lei-tor reage como se o BP fosse o único a errar. Ou, pior ainda, como se o erro tivesse sido proposital e visasse, por algum motivo inconfessável, prejudicá-lo. “Vou encerrar minha assi-natura!” “Ninguém mais na minha igreja vai ler esse jornal!” “Depois de tantos anos divulgando o BP, é isso que eu recebo!” “Que falta de respeito!”.

Isso me lembra um trecho do filme As Aventuras de Pi. Sobrevivente de um naufrá-gio (ver resenha na página 6), o menino vai se aguen-tando no meio do oceano em um bote com um enorme tigre. De repente, cai uma tempestade violenta, o barco é terrivelmente sacudido e

Pi afirma ser a tormenta uma manifestação de Deus. É o próprio Deus ali. Os raios e trovões, porém, assustam o tigre, que busca refúgio dentro do barco. Pi então se zanga com Deus e lhe per-gunta: “Por que você está assustando o meu amigo?” Há tempestades assustado-ras neste planeta desde que o mundo é mundo, mas Pi parece supor que só chove sobre ele e que tudo aquilo foi armado sob medida por Deus para atormentar seu companheiro de viagem.

“Por que o Brasil Presbiteriano está fazendo isso comigo?” Não é só com você, infelizmente. Erramos. Não foi intencional. Queira, por favor, aceitar as nossas desculpas. Faremos o possí-vel para reparar o equívoco.

EDITORIAL

Por que você está fazendo isso comigo?

Conselho de Educação Cristã e Publicações:

Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente)Domingos Dias (Vice-presidente)Gecy Soares de Macedo (Secretário)Alexandre Henrique Moraes de AlmeidaAndré Luiz RamosAnízio Alves BorgesMarcos Antônio Serjo da CostaMauro Fernando Meister

Conselho Editorial da CEP:

Ageu Cirilo de Magalhães Jr.Cláudio Marra (Presidente)Fabiano de Almeida OliveiraFrancisco Solano Portela NetoHeber Carlos de Campos Jr.Mauro Fernando MeisterTarcízio José de Freitas CarvalhoValdeci da Silva Santos

Conselho Editorial do BP:

Alexandre Henrique Moraes de AlmeidaAnízio Alves BorgesClodoaldo Waldemar Furlan Hermistem Maia Pereira da Costa Leandro Antônio de Lima

Edição e textos:

Camila CrepaldiSP 51.929

E-mail: [email protected]

Diagramação:

Aristides Neto

Impressão

Folhagráfica

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações

Ano 54, nº 699Fevereiro de 2013

Rua Miguel Teles Junior, 394Cambuci, São Paulo – SP

CEP: 01540-040

Telefone:(11) 3207-7099

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BrasilPresbiteriano

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Fevereiro de 2013 3BrasilPresbiteriano

RELATO

O apoio dos crentes ao trabalho missionário

stava linda aquela tarde de março de 1978. Eu

e minha esposa íamos para Vilhena. Pernoitamos em nossa primeira parada em Ourinhos, estado de São Paulo. A viagem foi reini-ciada na manhã de segunda-feira. Finalmente chegamos a Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso. Até ali, tudo muito bem. Dali pra frente não teríamos mais asfalto, mas o quase intran-sitável trecho do período das chuvas.

As mulheres e as crianças prosseguiriam de avião. Os homens, deveriam se equi-par da melhor forma possí-vel para enfrentar os 1.500 quilômetros de Cuiabá a Porto Velho, cheios de ato-leiros. A data de chegada, só Deus poderia saber. A estra-da era realmente terrível. Muitas vezes saíamos bem cedinho; gastávamos o dia todo na estrada e, à noite, tínhamos percorrido só 20 quilômetros!

Muitos motoristas não suportavam. Caminhonei-ros chegavam ao desespero vendo sua carga e seu cami-nhão se perderem naqueles atoleiros monstros. Eu me lembrava então da promes-

sa: “... eu, o Senhor teu Deus te tomo pela mão direita e te digo: não temas que eu te ajudo”.

Fortalecidos, avançáva-mos em direção à cidade, não nos importando com os infernais mosquitos-pól-vora, piuins, borrachudos, carapanãs e mucuins, ato-leiros e pântanos. O Senhor da Seara haveria de estar à nossa espera e nos daria, enfim, a paz de espírito que tanto desejávamos.

Finalmente chegamos a Vilhena! Parecia um sonho! Passava da meia noite, a luz já se havia apagado. A cidadezinha toda construí-da em madeira, muito feia, esburacada e lamacenta e ainda mergulhada naquela escuridão, tinha um aspec-to lúgubre. Começamos a procurar alguma coisa para comer, pois estávamos des-falecendo. Encontramos um barzinho iluminado por um lampião. O homem disse que poderia arranjar “qual-quer coisa”, era só esperar. Dirigi-me a um lavatório num canto e abri a torneira. Não saiu nada. O dono do estabelecimento riu e disse que o que eu estava procu-rando, ou seja, água enca-nada em Vilhena era luxo. Trouxe-nos então uma bacia

com uma água “cor de chá” na qual lavamos as mãos.

Amanheceu bonito o dia seguinte. Sol claro, cheiro de selva se misturando com o da madeira das constru-ções. O lugar nos pareceu menos feio do que na noite anterior. Começamos a des-carregar do carro a nossa “mudança”, malas com roupas, livros, instrumentos musicais e objetos de uso pessoal.

Estávamos ainda descar-regando, quando se aproxi-mou o homem que abaste-cia de água as casas. Trazia um burrinho puxando uma carroça com dois tambo-res. Não havia água enca-nada, esgoto, ou qualquer outra melhoria. A cidade estava vivendo seus pri-meiros anos. Aliás, vista de cima, Vilhena era mesmo um pequeno grupo de casas ordenadamente construídas, incrustada bem no meio da mata.

Mais tarde fomos conhe-cer o salãozinho que os irmãos já haviam construído para a igreja, bem na orla da mata e iluminado por lampi-ões. Conhecemos também o ranchinho ao lado, onde as crianças se reuniam. Conse-guimos alugar uma casinha, a qual a Junta de Missões pediu que comprássemos para ser a futura casa pas-toral. Era precária, porém nela já havia dois “bicos de luz” ligados e até uma torneira no quintal, de onde, de vez em quando saía água vinda de um poço artesiano. Efetuada a compra, minha esposa conseguiu rabiscar uma planta para algumas alterações, e a casinha ficou bem melhor.

Os primeiros meses foram difíceis demais. A saudade da família, dos irmãos da igreja, da nossa cidade... a difícil aclimatação, o calor, a falta de comunicação, entre outros eram fatores

negativos à nossa adapta-ção. Compramos um rádio com várias faixas de ondas, com o objetivo de sintoni-zar as nossas emissoras do sul. A decepção, no entanto, foi bem grande ao perce-bermos que só era possível ouvir emissoras do exterior, ou às vezes transmissões da empresa Radiobrás com programação voltada para a Amazônia.

********************

Passavam-se os dias e aumentava a ansiedade. Era uma experiência com-pletamente nova para nós. Éramos responsáveis por um vasto campo da Junta de Missões Nacionais. Por onde começar?

Enquanto aguardávamos respostas da parte de Deus, recebíamos as primeiras cartas de parentes e irmãos, e com elas as respostas para as nossas indagações. Como era gratificante saber, por meio das cartas, que muitos joelhos estavam dobrados em nosso favor e da obra missionária! Que seguran-ça podíamos sentir sabendo dessa retaguarda!

Era fundamental saber que não estávamos sozinhos em tão grande obra! Era confor-tador sabermos que irmãos de vidas consagradas e de orações fervorosas estavam conosco, ombro a ombro, na divina empreitada!

Luciano Breder

E

O Rev. Luciano Breder é pastor presbiteriano e ex-obreiro da Junta de

Missões nacionais da IPB.

Luciano e Dorcas Breder relatam em seu livro Para onde, Senhor, publicado pela Cultura Cristã, inspiradoras experiências no campo. Nesse trecho resumido eles mostram a impor-tância da intercessão dos irmãos.

“... eu, o Senhor teu Deus te tomo pela mão direi-ta e te digo: não temas que eu te ajudo”.

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Fevereiro de 20134BrasilPresbiteriano

ARTIGO

Homem e mulher, criados conforme o conselho do Trino Deus

Bíblia atesta que Deus faz todas as

coisas conforme o conse-lho da sua vontade (Ef 1.11): conforme o seu santo prazer e deliberação (Sl 115.3;135.6). Todos os seus atos, livres como são, constituem-se em mani-festações do seu sobera-no poder e da sua infinita sabedoria (Pv 3.19; Rm 11.33).

Jeremias escreve: “O Senhor fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabe-doria, e com a sua inte-ligência e s t e n d e u os céus” (Jr 10.12). No livro de Jó lemos: “Eis que Deus se mostra grande em seu poder!” (Jó 36.22). A Criação é resultado da vontade e do poder criador de Deus, revelando aspec-tos da grandeza de Deus (Gn 1.1,26-27; Sl 148.5; Is 44.24; Jr 32.17; Rm 1.20; 4.17; 2Co 4.6; Hb 11.3; Ap 4.11).

No relato da criação do homem, encontramos o registro inspirado: “Tam-bém disse Deus: Façamos o homem à nossa ima-gem, conforme a nossa semelhança....” (Gn 1.26). Deus se aconselha con-sigo mesmo e delibera. Aqui podemos ver a sin-gularidade da criação do homem; em nenhum outro relato encontramos esta forma relacional. Con-

forme acentua H. Bavinck (1854-1921), “Ao chamar à existência as outras cria-turas, nós lemos simples-mente que Deus falou e essa fala de Deus trouxe-as à existência. Mas quando Deus está prestes a criar o homem ele primeiro con-ferencia consigo mesmo e decide fazer o homem à sua imagem e semelhança. Isso indica que especial-mente a criação do homem repousa sobre a delibera-ção, sobre a sabedoria, bondade e onipotência de Deus. (...) O conselho e a decisão de Deus são mais claramente manifestos na criação do homem do que na criação de todas as outras criaturas”. Aqui temos o decreto trinitário que antecede o tempo e, que agora, se executa his-toricamente conforme o eternamente planejado.

O “Façamos” de Deus, conforme usado em Gêne-sis 1.26, indica que o homem foi criado após deliberação ou consul-ta, como explica Calvino (1509-1564): “Até aqui Deus tem se apresenta-do simplesmente como comandante; agora, quan-do ele se aproxima do mais excelente de todas as suas obras, ele entra em consulta”.

Calvino diz que Deus poderia ter criado o homem ordenando pela sua simples palavra, o que desejasse que fosse feito, “mas ele escolheu dar

esse tributo à excelência do homem, com o qual, em certo sentido, entraria em consulta a respeito de sua criação”. A quem Deus consulta?, perguntaríamos. Deus consulta a si mesmo: “...desde que o Senhor não necessita de conselheiro, não há dúvida de que ele consultou a si mesmo. (...) Deus não convoca con-selheiro alheio; daí nós inferimos que ele acha em si mesmo alguma coisa distinta; como, na verda-de, sua eterna sabedoria e poder residem nele”.

O fato de Deus ter criado o homem e consequente-mente a mulher, após deli-beração, tem dois objeti-vos na concepção de Cal-vino: 1) nos ensinar que o próprio Deus se encarre-gou de fazer algo grande e maravilhoso; 2) dirigir a nossa atenção para a dig-nidade de nossa nature-za. Assim, ele conclui: “Verdadeiramente existem muitas coisas nesta natu-reza corrupta que pode induzir ao desprezo; mas se você corretamente pesa todas as circunstâncias, o homem é, entre outras criaturas, uma certa pree-minente espécie da Divina sabedoria, justiça, e bon-dade, o qual é merecida-mente chamado pelos anti-gos de microcosmos ‘um mundo em miniatura’.”

Comentando Gênesis 5.1, Calvino diz que Moi-sés repetiu o que ele havia dito antes, porque “a exce-

lência e a dignidade desse favor não poderia ser sufi-cientemente celebrada. Foi sempre uma grande coisa, que o principal lugar entre as criaturas foi dado ao homem”.

Em Adão temos uma demonstração eloquente da justiça divina: “Adão foi inicialmente criado à imagem de Deus, para que pudesse refletir, como por um espelho, a justiça divina”.

O “façamos” de Deus é a Trindade deliberan-do sem a necessidade de nenhum conselho consul-tivo fora de sua própria natureza trina. É a exe-cução autodeliberada de Deus em criar o homem; deste modo, na criação em geral e do ser humano em especial, encontramos a concretização precisa do decreto eterno de Deus. O ser humano é o produto da vontade de Deus (Sl 135.6). Assim, a nature-za humana não foi criada por um insensível acaso, por uma catástrofe cós-mica ou por uma compli-cada mistura de gases e matérias. O ser humano foi formado por Deus de acordo com a sua sábia e soberana vontade (Gn 2.7; Rm 11.33-36; Sl 148.5). O poder de Deus “é a primei-ra coisa evidente na his-tória da criação (Gn 1.1)” (Stephen Charnock). E a criação do nada nos fala de seu infinito e incompreen-sível poder.

Contemplando a majes-tosa criação de Deus Davi escreveu: “Graças te dou, visto que por modo assom-brosamente maravilhoso me formaste; as suas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14).

Embora a Bíblia não declare o método usado por Deus, a ideia de uma evolução teísta está fora de questão. O texto de Gn 1.26,27 implica a criação do homem não a partir de seres criados, nem como resultado de uma suposta evolução de seres inferio-res. O verbo (bara’) usado em Gn 1.27, no “qal” é sempre teológico, apre-sentando Deus como o sujeito da ação, que do nada, pelo seu poder, faz vir à existência algo novo, que antes não exis-tia (Cf. Gn 1.1,21; 2.4; Sl 51.10;102.18; 148.5; Is 41.20; 48.6-7; 65.17, Am 4.13, etc.), contrapondo-se também, aos deuses pagãos (Ez 28.13, 15).

Homem e mulher, como criações secundárias (em termos de ordem, não de importância), foram for-mados com maestria e habilidade de matéria pre-viamente criada por Deus (Gn 3.19); entretanto, o homem recebeu direta-mente de Deus o fôlego da vida (Gn 2.7), passando ao mesmo tempo a ter uma origem terrena e celes-tial. “Isto nos persuade que, criação direta (ime-

Hermisten Maia Pereirada Costa

A

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Fevereiro de 2013 5BrasilPresbiteriano

Homem e mulher, criados conforme o conselho do Trino Deus Para ser pastor...sobre a matéria da Veja São Paulo

Veja São Paulo pu-blicou em 16 de

janeiro de 2013 na edição 2304, a matéria de capa “Profissão Pastor”. A cha-mada da matéria diz:

Acompanhamos um curso de formação de mão de obra evangélica

Em troca de dedicação integral, quem segue car-reira pode ganhar um salá-rio de até R$22.000 por mês.

Que impressão se tem ao ler uma chamada como esta? Que ser pastor, não importa onde, é um negó-cio, e até bom, afinal, são poucos os que ganham salários dessa monta no Brasil. Veja mostra mais uma vez parcialidade ao trazer a informação ao público, selecionando de forma maliciosa o que diz e dando um quadro falso a respeito da verdade como um todo. Não que o conte-údo da matéria em si seja mentiroso. Aliás, não tenho nem como avaliar, mas posso imaginar que seja fato. O que traz o arrepio a respeito, além do erro logo no começo, ao citar uma das pessoas com quem teve contato (“Que Deus abra o caminho contra as sílabas do maligno” – certamen-te deveria ser “ciladas”) é que a reportagem não passa de uma generalização. Ou

seja, além das igrejas men-cionadas, existem muitas outras, sérias e comprome-tidas com a formação aca-dêmica e pastoral dos seus ministros e que não fizeram e nem fazem do pastora-do uma profissão. Que se fizesse ao menos uma res-salva... mas, nada é dito. Que existem aqueles que fizeram de igrejas comér-cio, é fato. Que tornaram seus pastores comerciantes, não é o meu ponto aqui. Minha indignação é que o leitor, depois de ler a VEJA SP, olhe para todos os pas-tores da maneira como des-crito pela revista. Pois bem, para que se saiba, e isto já escrevi como carta para a revista, veja como é que se forma um pastor na Igreja Presbiteriana do Brasil:

1. Precisa ser mem-bro de uma igreja local há no mínimo 3 anos.2. Precisa se apresentar diante do Conselho da igre-ja e ser reconhecido por este como alguém vocacionado.3. O Conselho da igreja local deve testar este que aspira ao ministério pas-toral. É costume da minha igreja local enviar este jovem para um instituto bíblico antes de enviá-lo ao seminário (1 a 2 anos).4. Se aprovado, é envia-do ao presbitério, que o examina teologicamente e exige exames e atesta-dos físicos e psicológicos. Chega como aspirante e,

caso aprovado, torna-se candidato ao ministério.5. O presbitério deve enviá-lo a um seminário da denominação para um curso teológico que dura entre 4 e 5 anos (matutino ou noturno) no qual deve aprender, entre dezenas de disciplinas, as línguas hebraica e grega (as línguas originais em que o Antigo e Novo Testamentos foram majoritariamente escritos), a Bíblia e a arte da pre-gação. A entrada é feita por um exame vestibu-lar que testa a capacida-de intelectual e o conheci-mento geral do candidato.6. Durante o período de candidatura é designado ao candidato um tutor que deve acompanhar os aspectos diversos da vida espiritual, emocional e dos estudos do candidato, para que este mantenha um padrão digno do evangelho de Cristo.7. Depois do curso teoló-gico o candidato apresen-ta-se ao presbitério com seu diploma de Bacharel em Teologia e deve fazer uma série de exa-mes diante do presbitério (orais e escritos, incluin-do exegese e doutrina).8. Se o candidato for apro-vado, o presbitério pode licenciá-lo para pregar, ainda em um período de experiência que pode durar de um a dois anos.

9. O licenciado, depois desse período, é novamente

examinado pelo presbitério e então pode ser ordenado pastor.

Esse processo todo tem como finalidade testar se aquele que se apresenta como candidato ao minis-tério pastoral preenche os requisitos bíblicos para ser pastor, como os descritos em 2Timóteo 3.

Em um comentário a res-peito desses passos alguém chegou a dizer: “Assim, nem Jesus poderia ser pas-tor nesta igreja”. Ora, a questão é que não esta-mos examinando Jesus, mas homens que precisam, antes de mais nada, mostrar idoneidade ao transmitir a Palavra de Deus e trabalhar com a vida das ovelhas de Cristo.

Essa preparação tem um custo, que normalmente é arcado pela igreja, presbi-tério e o candidato. Agora, diferente dos ganhos pas-torais mencionados pela matéria da Veja SP, o salá-rio médio de um pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil está muito longe de 22 mil reais. Vamos con-vidar o repórter da Veja SP para ver se passa neste!

Os passos acima estão descritos na Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil e no Manual do Candidato.

diata), o homem recebeu a impressão da imagem divina; que na criação as pessoas divinas, cada uma efetuou uma obra distinta; e finalmente, que a criação do homem com referência ao seu destino se realizou pelo sopro do fôlego de Deus” (Abraham Kuyper).

Charnock (1628-1680) observa que o fato da cria-ção de Deus ter em si a capacidade de se propagar conforme a ordem divina: “Sede fecundos, multipli-cai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves” (Gn 1.22) – revela o poder do Criador. Por sua Pala-vra Deus cria o mundo e, segundo o exercício desse mesmo poder, capacita as suas criaturas a se pro-pagarem, tornando “o ser humano como co-criador criado”.

Homem e mulher, por-tanto, criados à imagem de Deus, tem a sua ori-gem física e metafísica em Deus, em quem somente podemos juntos nos ple-nificar para a sua própria glória. Parabéns, homens e mulheres presbiterianos. Vivamos em harmonia conforme o propósito de nosso Criador, vivencian-do em nossa cotidiani-dade a sua sabedoria em alegre obediência ao seu propósito.

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe pastoral da Primeira IP de São Bernardo do

Campo, SP.

Mauro Meister

A

Mauro Meister é Pastor, Professor de Antigo Testamento e Coordenador do programa de Mestrado em Divindade

da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

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Fevereiro de 20136BrasilPresbiteriano

Nova Fronteira lan-çou ano passado no

Brasil o livro As aventu-ras de Pi, de Yann Martel (Life of Pi, 2001), adap-tado para o cinema por David Magee e lançado em dezembro pela Fox, com Suraj Charma, Irrfan Khan e direção de Ang Lee.

O filme é um show de arte e criatividade em 3D. Lindo de morrer. Quanto ao enredo, trata-se da saga de Piscine Molitor Patel, conhecido desde a infância por Pi. O menino cresceu entre hindus, muçulmanos e católicos, mas foi educa-do por um pai racionalista que seguia a cartilha ilumi-nista francesa. Proprietário de um zoológico em Pondicherry, o pai insistia com os filhos, Pi e o primo-gênito Ravi, para que não se deixassem enganar pelas religiões. Pi, porém, a des-peito do discipulado do pai, alcança a juventude como um hindu-católico-muçul-mano, e assim vive as aven-turas que se seguem.

Com o zoológico falido, o pai de Pi decide ven-der os animais nos Estados Unidos e aceitar uma oferta de emprego no Canadá. A família embarca num car-gueiro com malas e animais para o Ocidente, mas uma tempestade afunda o navio

no Oceano Pacífico. Pi é o único sobrevivente, isto é, único humano, porque ficam também com ele num bote uma zebra com a perna quebrada, um triste orango-tango, uma ruidosa hiena, um rato e Richard Parker.

Richard Parker teria sido uma ótima ajuda, uma espé-cie de Sexta-feira para um solitário Robinson Crusoe, não fosse ele um... tigre de Bengala de uns 300 kg. Os outros ocupantes do bote logo acabam morrendo na própria luta pela vida, mas Pi e Richard vão conviver 227 dias antes de pisar sal-vos em terras americanas, após uma rápida parada numa ilha estranha.

O tema da religiosidade é anunciado desde o começo do filme. Ao escritor que

ouve a história contada por Pi é dito que ao final ele vai crer em Deus. O tema reli-gioso também se anuncia quando o escritor se admira de ver um hindu orando antes da refeição e dizendo amém, e é informado de que Pi é um hindu católico. Que é igualmente muçulmano vão demonstrar suas visitas a uma mesquita e algumas expressões que usa.

A religiosidade de Pi, então, é totalmente pós-moderna. Quando relata sua história aos japoneses da empresa proprietária do cargueiro afundado eles se recusam a crer. Ela lhes parece inverossímil. Pi então usa um truque e conta tudo de novo, dando aos mesmos personagens – o tigre, a hiena, o orangotango

Cláudio Marra

A

Sentido para a existênciaOu As Aventuras de Pi

RESENHA

e a zebra – nomes e papéis diferentes. Ao mencionar esse truque ao escritor que vai registrar sua aventura, Pi lhe pergunta qual versão prefere. O escritor afirma ficar com a última e Pi então lhe diz candidamente que “com Deus é assim”. Há muitas histórias ou dife-rentes versões da mesma história, mas não é preciso haver disputa a respeito. Todas as religiões levam a Deus. Escolha a sua versão, ou quantas preferir – elas poderão conviver pacifica-mente – e tudo bem.

Porque ele a define, o ser humano é o centro da reali-dade. Pi afirma ver Deus na tormenta e nos raios, mas logo quer saber de Deus por que ele assusta Richard Parker com seus raios e trovões. Há tempestades assustadoras desde que o mundo é mundo, mas Pi entende que tudo aquilo foi armado sob medida por Deus para atormentar seu amigo de Bengala. Num

outro exemplo de coloca-ção do indivíduo no cen-tro da realidade, Pi vinha convivendo tranquilamente com as exigências vegeta-rianas do hinduísmo, mas, para garantir a sua sobre-vivência, disputou com o tigre um grande peixe que acabou comendo.

Não há o transcendente nesse contexto porque a deidade acaba confundin-do-se com a natureza. Fora do próprio ser humano há apenas o que o rodeia. O jovem afirma que a presen-ça do tigre no barco salvou a sua vida, porque o fez ficar atento – para não ser devorado pelo felino – e, melhor ainda, lhe deu sen-tido para viver, por ter de alimentar seu voraz com-panheiro de infortúnio. Não exageremos, porém, o valor do que nos rodeia e daqui-lo que prezamos. Em sua aventura, Pi chega a uma estranha ilha cheia de suri-gatos, um local paradisíaco em que Richard encontra

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Fevereiro de 2013 7BrasilPresbiteriano

O Rev. Cláudio Marra, pastor presbiteriano, é professor de

Homilética no JMC e o Editor da Casa Editora Presbiteriana. Ele e sua esposa

Sandra têm três filhos adultos.

alimento em abundância e Pi encontra repouso. Trata-se, porém, de um local em que não devem permanecer. Ficar ali seria letal. Na cos-movisão do filme essa ilha parece ser emblemática de visões e respostas que o ser humano adota ao longo da vida, mas que deverão ser descartadas sem hesitação, sem apego. Pi reembarca com o tigre e agora vão ter nas costas mexicanas do continente americano, mas o jovem passa pela tristeza de ver partir seu amigo – como ele conside-rava Richard Parker – sem uma olhada de despedida e sem um rosnado de reco-nhecimento. Isso vindo de Parker, que fora considera-do o que dera sentido à vida de Pi, era decepção demais.

Encontre o sentido para a sua existência onde quiser, ensina o filme, mas não se apegue demais a nada. É claro que o filme denuncia a incoerência de sua própria ideologia, o que se vê em duas situações. Primeiro, quando Pi ainda era adoles-cente, seu pai lhe criticou o sincretismo, afirmando que quem crê em tudo não crê em coisa alguma. Nada se disse no filme mais ver-dadeiro do que isso. Ao contrário. A incoerência é denunciada numa segunda situação: depois de ouvir a impressionante história, o escritor afirma ser difí-cil saber o significado de tantos detalhes, ao que Pi pondera não ser importan-te saber o significado dos detalhes, porque fatos são fatos. Com essa declara-

ção Pi afirma – contra o que diz o filme todo – que existe uma verdade objeti-va independente de nossas opiniões. Pi não lhe per-gunta, porém, a respeito das duas versões apresentadas aos japoneses, “qual delas lhe parece verdadeira?”. Pergunta “qual você prefe-re?”. A questão da verdade não importa. Importa a sua escolha. É assim com Deus, diz Pi. Uma pessoa poderá ser racionalista como seu pai, ou hindu, muçulmana ou cristã.

A fé cristã foi apresentada de modo falho ao meni-no pelo padre católico. A explicação para o sincre-tismo de Pi não se encon-tra só aí, mas, significati-vamente, nada se diz do pecado humano, da justiça e santidade de Deus. Sem a má notícia da condenação, porém, a boa notícia do seu amor soará absurda. Pi procurava Deus por meio da diversidade das religi-ões, como se houvesse um caminho comum a todas elas. Essa busca refletiu a jornada do próprio autor, Yan Martel, canadense de 49 anos, que afirmou em entrevista ter escrito o livro à procura de um sentido e um caminho. Cristo nos ensina, porém, que não é por aí. Caminho é só ele, para Deus e então para uma vida que o glorifica, o que dá sentido à nossa existência.

EDUCAÇÃO CRISTÃ

A hora é agora

e você nasceu em um lar cristão é possível

que a EBF – Escola Bíblica de Férias – faça parte de suas recordações da infân-cia na igreja. Tardes ani-madas com histórias, músi-cas, brincadeiras e lanche gostoso eram, e ainda são, a alegria da turma.

A EBF é, sem dúvida, uma ótima ferramenta de evangelização e edificação das crianças. Seu alcance é grande, pois pode ser feita em igrejas de qualquer tamanho e em qualquer região. Pensando nisso, a nossa Editora, juntamente com a Secretaria Geral do Trabalho da Infância, tem desenvolvido materiais de excelente qualidade, muito práticos e dinâmicos para a realização das escolas bíblicas de férias.

Para este ano, a nossa equipe preparou a EBF – A Fórmula Secreta. No teatro de abertura de cada dia, as crianças acompan-ham a história de Josué, um menino curioso que gosta de experiências e seu tio avô, Marcelo, um químico aposentado que ama seu trabalho e também ama a Palavra de Deus. Por meio de experiên-cias, o tio levará Josué a conhecer várias formula-ções da ciência e também fórmulas para viver uma vida que agrada a Deus, até chegar à superfórmula

que, até então, era secre-ta para ele: reconhecer Jesus como seu Senhor e Salvador. Esse é o pano de fundo para as crianças aprenderem sobre Josué, o líder do povo de Israel, que enfrentou inimigos, liderou batalhas e esteve sempre firme no Senhor – e aprenderem sobre Jesus.

Que tal levar as crian-ças da sua região a con-hecerem essa superfór-mula? Lembre-se de que a primeira coisa que você deve fazer é conseguir o apoio da liderança da sua igreja (Pastor e Conselho, liderança da EBD), a par-tir da importância que eles atribuem à EBF para evangelização e edifi-cação das crianças. Em seguida, juntamente com a liderança, compartilhe esse plano com a igreja o mais cedo possível, por meio de palavras e notas no boletim e con-versas com pessoas-chave. Peça a algumas pessoas que já tiveram experiên-cias com EBFs que deem um breve testemunho em ocasiões oportunas. Faça convites e monte as equi-pes de trabalho. Como dividir o grupo e o que cada equipe deve fazer? Fique tranquilo, no nosso material você encontrará as atribuições das dife-rentes equipes, tudo bem explicadinho e com muitas dicas para você e a turma. Então, mãos à obra!

Lembrete: a EBF é um programa para quatro dias e pode ser adaptado para o uso na UCP, acampa-mentos ou escola domini-cal especial. E a CEP não tem só A Fórmula Secreta, não. As EBFs dos anos anteriores continuam disponíveis (Diário de Aventuras, Exploradores – Descobrindo Tesouros da Bíblia e Máquina do Tempo). É só examinar e... escolher!

Márcia Barbutti Barreto

S

Márcia Barbutti Barreto é Educadora e Editora Assistente da

Casa Editora Presbiteriana

Page 8: Fevereiro - 2013

Fevereiro de 20138BrasilPresbiteriano

MISSÕES

Projeto Solidariedade Rumo ao SertãoJerônimo Gusmão

O Ministério e Banda Rumo ao Sertão, desde

o Natal, promove o proje-to “Solidariedade Rumo ao Sertão”, em parceria com as Igrejas Presbiterianas do Presbitério Centro, com o apoio do Sínodo Central e da Sinodal Central de SAF, todos do Estado de Pernambuco.

O objetivo do projeto, além de levar a esperança por meio da pregação do evangelho, é levar alimen-to e água às regiões mais necessitadas do sertão per-nambucano, beneficiando principalmente a população da zona rural e os irmãos da igreja.

A primeira cidade a ser alcançada foi Manari, localizada no sertão do Moxotó, a 400 km da capi-tal. O município é aponta-do pela Organização das Nações Unidas – ONU e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, como o de pior Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Além disso, a cidade não tem mais que trezentos crentes para uma população de 18 mil habitantes.

Exatamente em Manarí está sendo implantada a primeira igreja pres-biteriana da região, atual Congregação Presbiteriana de Areias, sob o pastorado do Rev. Arnaldo Matias.

Esse projeto está sob a coordenação do Presbítero Jerônimo Gusmão, atual

Secretário Presbiterial de Missões, líder do Ministério e Banda Rumo ao Sertão, e do casal mis-sionário diácono Williams e Danúzia Pinheiro. O tra-balho pioneiro conta com o apoio e parceria da JMN da IPB, do Presbitério Centro de Pernambuco, da Igreja Presbiteriana do Jordão Alto e da IP do Rio de Janeiro.

As ações solidárias foram realizadas nos dias 27 a 30 de dezembro de 2012 e de 18 a 20 de janeiro de 2013. Na soma das duas opera-

ções foi possível levar três toneladas em alimentos e recursos para 35 cami-nhões-pipa. Nessa última operação foi iniciado o projeto “Poço Solidário”, o qual visa à perfuração de poços artesianos nas comunidades rurais mais atingidas pela estiagem. O primeiro poço já foi marca-do e deve ser perfurado nos próximos 30 dias, benefi-ciando no mínimo trinta famílias da zona rural de Manari.

O que foi realizado sig-nifica uma gota d’água em

pleno deserto, diante dos prejuízos causados pela estiagem na agricultura e na pecuária da região. Muitas famílias perderam tudo que tinham adquiri-do e juntado nos últimos trinta anos. O retorno das chuvas nesses últimos dias faz renascer a esperança do sertanejo por dias melho-res. Embora ainda seja muito forte o pecado da idolatria ao padre Cícero e outros tantos, pior que o sertão é um coração sem Jesus.

É gratificante levar água

e alimento aos que têm sede e fome. Todavia, a alegria maior é ver a conversão de alguns, como dona Anália, do Sítio Umbuzeiro, que ouvindo atentamente a pre-gação do evangelho, ren-deu-se aos pés de Cristo. Louvado seja o nome do Senhor!

Oremos para que Deus tenha compaixão desse povo.

Jerônimo Gusmão é presbítero da IP de Areias, Recife (PE). É Secretário de Missões do Presbitério Centro de Pernambuco e Líder do Ministério e

Banda Rumo ao Sertão.

Levando ao sertão cesta básica, água e, principalmente,a palavra de Deus

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Fevereiro de 2013 9BrasilPresbiteriano

ATENÇÃO

Pré-requisitos para se tornar ummissionário pela APMT

Para que o candidato seja aceito, apro-vado e enviado ao campo, são exigidos os seguintes pré-requisitos:

1. Enviar carta de apresentação da Igreja

ou do Presbitério, em caso de pastores, informando ser membro da IPB – Igreja Presbiteriana do Brasil e recomendando-o para o envolvimento no trabalho evangelís-tico e missionário transcultural;

2. Enviar Currículo Vitae (endereço com-pleto, telefones, e-mail, formação [com grade curricular] e, experiência profissional e religiosa) juntamente com a foto 3x4, sua e do cônjuge (se for casado); fotocópia autenticada de seus documentos (Certidão de Nascimento e/ou Casamento, RG, CPF ou CIC, Título Eleitoral, Certificado de Reservista, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Ministro [no caso de pasto-res], Passaporte, INSS, Imposto de Renda, Seguro de Vida, Cartão Nacional de Saúde (SUS) etc.) e dos familiares;

3. Enviar Laudo de Perfil Psicológico, seu, do cônjuge e dos filhos acima de 12 anos, fornecido por um profissional registrado e aprovado pela APMT. No laudo deverá conter as seguintes informações: traços de personalidade, levantamento de interesses, experiência eclesiástica, experiência profis-sional e levantamento de motivação para o trabalho missionário.

4. Laudo de saúde físico e odontológico do casal. Enviar os laudos informando que está em perfeitas condições para exercer o ministério em campo transcultural.

5. Enviar carta-testemunho contando sobre o chamado, seu e do cônjuge (se for casado). Informar caso esteja em parceria ou trabalhando com outra agência missionária.

6. Cursar um seminário ou instituto bíbli-co presbiteriano. Caso o candidato tenha cursado outro seminário ou instituto bíbli-co, seu currículo será avaliado para saber se é necessária complementação.

7. Fazer curso transcultural: CFM – Centro de Formação Missiológica da APMT. Curso modular de um ano. Informações: (11) 3207-2139 ou e-mail: [email protected]

8. Em cumprimento à resolução do SC/IPB (CE-96-168 – Doc. CLXVIII). Cursar o CTM – Centro de Treinamento Missionário no IBEL – Instituto Bíblico Eduardo Lane, em Patrocínio – MG. (34) 3832-6411. Curso de Implantação de Igrejas em aproximadamente 20 dias e geralmente em dezembro.

9. Carta de intenção que contenha a pretensão ministerial, quanto à atividade e campo de atuação. Após a análise da diretoria e/ou assembléia, o candidato irá adotar o Modelo de Elaboração de Projeto aprovado pela APMT. Solicite-nos e lhe enviaremos via e-mail ou correio, após a entrevista com a liderança. A política dos projetos missionários será em conformida-de com o planejamento global da APMT. Ao apresentar a carta de intenção, a APMT, em conjunto com o candidato, irá adequá-la ao projeto já definido.

10. Participar da Semana de Orientação (SO): encontro de aproximadamente cinco dias nos arredores de São Paulo – geral-mente no final de janeiro ou início de fevereiro – que visa informar o candi-dato sobre: Estatuto, Regimento Interno, Filosofia Missionária da IPB, Contrato Missionário e orientação sobre o relaciona-mento com a base.

11. Levantar o recurso financeiro neces-

sário tanto para o sustento pessoal, como para a realização do projeto missionário. Este item só será possível após a entre-vista com a Diretoria e/ou Assembleia da APMT, onde serão definidos o campo e o valor do sustento geral. Nessa ocasião você terá em mãos uma carta de autorização para fazer, junto às igrejas, o levantamento dos recursos.

12. Realizar estágio transcultural, coor-denado e/ou supervisionado pela APMT.

• A saída para o campo fica condi-cionada ao aprendizado do inglês no nível de proficiência definido pela escola ou um teste de proficiência determinado pela APMT.

• Será pré-requisito para o envio à escola de inglês na África do Sul a assinatura de um termo de responsabi-lidade quanto à frequência às aulas de inglês e submissão à liderança da Base África-Austral.

No que se refere às esposas de

missionários: Exigir-se-á das esposas dos missionários

os seguintes requisitos:

1. Perfil Psicológico;2. Semana de Orientação (SO);3. CTM (Opcional);4. Entrevista com Mesa Diretora e/ou

assembleia;5. Assinatura de contrato;6. Fazer as seguintes disciplinas no CFM:

Introdução à Missiologia; Vida e Caráter do Missionário; Comunicação Transcultural e Contextualização;

7. Estágio Transcultural.

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Fevereiro de 201310BrasilPresbiteriano

MÊS DE FEVEREIRO N A HISTÓRIA DA IPB

● Organização da IP de Niterói pelos Revs. Álvaro Reis e Franklin do Nasci-mento (1899).● Primeiro número do jornal Norte Evangélico, publicado em Garanhuns (PE) pelo Rev. Jerônimo Gueiros (1909).● Evangelista Waldemar Rose, da Mis-são Brasil Central, chega à Cidade Livre (Núcleo Bandeirante), para iniciar o tra-balho presbiteriano em Brasília (1957).● Instalação do Sínodo da Bahia, na IP da Mangueira, em Salvador (1976).

● Nascimento do Rev. William Alfred Waddell, missionário em São Paulo e na Bahia, fundador do Instituto Ponte Nova e do Instituto JMC, presidente do Mackenzie College (1862).

● Falecimento do ex-padre Rev. Antônio André Lino da Costa, no Rio de Janeiro (1913).● Instalação das extensões do Seminário de Campinas em Belo Horizonte e Goiânia (1983).

● Falecimento do presbítero Isidoro Manoel Martins, construtor do Internato Masculino da Escola Americana e do Seminário da Rua Maranhão (1903).● Organização do Presbitério de Barra do Piraí, mais tarde Presbitério Oeste Fluminense (1929).

● Falecimento do Rev. Albert Sidney Maxwell, fundador da Missão Evangélica Caiuá (1947).

● Organização do Presbitério de Niterói (Leste Fluminense), tendo como primeiro moderador o Rev. Erasmo Braga (1929).

● Instalação do Presbitério de Bauru, desdobrado do Presbitério de Botucatu (1944).● Falecimento do Rev. Cícero Siqueira, pastor das igrejas de Canhotinho (PE) e Alto Jequitibá (MG), mode-rador da Assembleia Geral (1963).

● Nascimento do Rev. George Wood Thompson, missionário pioneiro no Brasil Central (1863).● Inauguração do Instituto Teológico, em São Paulo, fundado pelo Rev. Eduardo Carlos Pereira (1893).● Promulgação do “Código de Disciplina” e dos “Princípios de Liturgia” da IPB, na Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo (1951).

● Lançamento da pedra angu-lar do Edifício Mackenzie, no bairro do Higienópolis, em São Paulo (1894).

● Organização da IP de Palmeiras, município de Matão (SP), pelo Rev. Herculano Ernesto de Gouvêa (1895).

● Rev. Francis Joseph Christopher Schneider chega a Salvador, para ini-ciar o trabalho presbiteriano na Bahia (1871).● Falecimento do Rev. Basílio Braga de Oliveira, antigo pastor da IP de São João da Boa Vista (1943).

● Instalação do Seminário Presbiteriano Brasil Central, em Goiânia (1991).● Falecimento do Rev. Samuel Barbosa, pioneiro presbiteriano no Espírito Santo, em São José do Calçado, aos 31 anos (1913).

32 5

10 13

19 20 21 22

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4● Organização da IP de Natal (RN), pelo Rev. William Calvin Porter, Rev. George Henderlite e presbítero Minervino Ribeiro Pessoa Lins (1896).

● Ordenação do Rev. Otá-vio de Souza, pai do Rev. João Emerick de Souza e de vários outros pastores (1915). Faleceu no mesmo dia e mês em 1957.

Falecimento do Rev. Harry Preston Midkiff, missionário no Paraná e Santa Catarina, fundador do Instituto Cris-tão de Castro, aos 99 anos (1983).

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Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB

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Fevereiro de 2013 11BrasilPresbiteriano

MÊS DE FEVEREIRO N A HISTÓRIA DA IPB

● Organização da IP de Canal, atual João Dourado (BA), pelo Rev. William Alfred Waddell (1905).

● Assassinato do crente Manoel Corrêa Villela (“Né Villela”), na vila de São Bento do Una (PE), ao defender o Rev. George William Butler (1898).● Inauguração das instalações do Instituto Presbiteriano Mackenzie no Lago Sul, em Brasília (1996).

● Ordenação do Rev. João Pereira Garcia, antigo pastor no interior e na capital de São Paulo, pri-meiro pastor da IP da Vila Mariana (1910).

● Fundação do Instituto de Cultura Religiosa, em São Paulo, pelo Rev. Miguel Rizzo Júnior (1938).● Ocupação do primeiro campo da Junta Mista de Missões Nacionais, em Tanabi (SP), na Alta Araraquarense (1941).

● Nascimento do Rev. Herculano de Gouvêa Júnior, professor do Seminário de Campinas (1891).

● Nascimento do Rev. Salomão Ferraz, pastor em São Paulo e na Bahia que mais tarde se tornou ministro episcopal e bispo católico (1880).● Falecimento do Rev. Antônio de Carvalho Silva Gueiros, pastor em Garanhuns-PE (1951).

● Reorganização da IP de São João Del Rei, organizada inicialmente em 1902 (1989).

● Nascimento do Rev. George Anderson Landes, fundador do trabalho presbiteriano em Botucatu e Curitiba, pai do Rev. Filipe Landes (1850).● Organização da IP de Guarapuava (PR), pelo Rev. Modesto Carvalhosa (1889).● Falecimento do Rev. Boanerges Ribeiro, ex-presidente do Supremo Concílio, em São Paulo (2003).

● Inauguração das instalações do Instituto Presbiteriano Mackenzie no Lago Sul, em Brasília (1996).

● Ordenação do Rev. Samuel Lenz de Araújo César, filho do Rev. Belmiro César, em Nova Friburgo (1920).● Instalação do Presbitério de Botucatu, funda-do pelo Rev. Coriolano de Assumpção, desmem-brado do Presbitério Oeste de São Paulo (1927).● Início das aulas do “Curso Universitário José Manoel da Conceição”, em Jandira (SP), funda-do pelo Rev. Dr. William Alfred Waddell (1928).● Falecimento do Rev. Francisco Palmiro Ruggeri em Rio Negro (PR); pastoreou igrejas no Triângulo Mineiro, Paraná e Santa Catarina (1934).

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14 17 18

● Organização da IP de Santos (SP), no pastorado do Rev. João Paulo de Camargo (1934).

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● Nascimento de D. Cecília Rodrigues de Siqueira, na Paraíba, esposa do Rev. Cícero Siqueira e líder do trabalho feminino da IPB; origem do Dia da Mulher Presbiteriana (1886).● Rev. John Rockwell Smith chega a São Paulo com três estudantes, marcando a trans-ferência do Seminário Presbiteriano de Nova Friburgo para a capital paulista (1895).

● Organização da 2ª IP do Recife, mais tarde Igreja da Boa Vista, fundada pelo Rev. Jerônimo Gueiros (1921).

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Fevereiro de 201312BrasilPresbiteriano

UPH

Projeto Mão na Massa

m primeiro lugar agradece-mos a Deus. Agradecemos

também aos irmãos e irmãs pela interseção em favor do projeto em Luanda–Angola, que visa a cons-trução do Seminário Teólogico da

Igreja Presbiteriana em Angola. Agradecemos a direção da CNHP e da AMPT na pessoa do Rev. Marcos Agripino. Bendizemos ao nosso Senhor Jesus que tem sus-tentado sua igreja nesse lugar.

A Confederação Nacional de Homens Presbiterianos, CNHP,

em parceria com a Agência Pres-biteriana de Missões Transcultu-rais, AMPT, aceitou o desafio e assumiu o compromisso de erguer um edifício em Luanda. O imóvel está localizado na província de Viana, bairro Luanda Sul, e a obra levou 40 dias (de 5 de novembro a 15 de dezembro de 2012).

Foram enviados à África os seguintes membros voluntários da CNHP: Pb. Paulo Ivo Nunes dos Santos, secretário de missões da CNHP e coordenador do Proje-to Mão na Massa; Pb. Edivaldo Silva Durães, construtor do Pro-jeto Mão na Massa. Junto com esses irmãos seguiram também o pedreiro Manoel Afonso Júnior e o serralheiro José Luiz Fernandes.

O edifício conta com dois pavi-mentos, o piso térreo tem sete salas, recepção e banheiros; o piso superior está dividido em duas suítes, duas salas de reunião, biblioteca, cozinha, área convi-vência, refeitório e uma sala para a direção. Ao todo são 630 metros quadrados de área.

Depois de quarenta dias em Luanda, aprendemos a gostar e entender melhor a cidade. Hoje podemos dizer que conhecemos

o modo de vida dos angolanos, uma população muito sofrida, que busca o sustendo diário com espe-rança e desejo de dias melho-res. Estamos mais familiarizados com suas tradições, costumes e as língua das etnias que vivem em Angola, como umbundo, kimbun-do, kikongo e muitas outras.

Durante a obra, contamos com a colaboração de muitos angola-nos. A construção do prédio do Seminário foi finalizada em 16 de dezembro de 2012, as chaves do edifício foram entregues ao Rev. Antonio Bento, presidente do Sínodo Geral da IP de Angola a quem agradecemos imensamente a colaboação.

Por fim, agradecemos cada conselho oferecido, cada oração, cada minuto dispensado em nosso favor, cada minuto que eles se dispuseram a nos ouvir, e também pela confiança, atenção e carinho desse povo.

Cada alma salva em Angola cul-minará na grande festa que conti-nuará no céu.

Pb. Paulo Ivo é Secretário de missões – Confederação Nacional de Homens Presbiterianos

(11) 4221.5728 – (11) 7717.7465Nextel: ID 7*11962 – Tim: (11) 96353.3387

[email protected]

Construindo em Angola, África

CONVOCAÇÃOPrezado irmão em Cristo,

Por ordem do Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Rev. Roberto Brasileiro Silva, convoco a Reunião Ordinária da Comissão Executiva do SC/IPB 2013.

Essa reunião ocorrerá nas dependências da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Campus “Rev. Boanerges Ribeiro”, tendo seu início no dia 18 de março de 2013, com o almoço que ali será servido. A reunião terá seu término no dia 22 de março.

Os presidentes de Sínodos que vierem de distância superior a 500 km, poderão se locomover via aérea, os demais, via terrestre. Todas as despesas serão res-sarcidas pela Tesouraria do SC/IPB, pelo que solicitamos entrar em contato pelo telefone (028) 3522 6488, para reservas das passagens aéreas e hospedagens.

Lembramos que todos os documentos deverão ser encaminhados a esta Secretaria Executiva com 30 dias de antecedência (18/02/13), confirmados pelo carimbo postal. Verifique o recebimento de seu documento pelo endereço eletrônico www.executivaipb.com.bricalvinus/ em correspondências, e para visualizar os documentos que estão prontos para subir à CE 2013, clique em ementário.

A Secretaria Executiva, autorizada pela CE-SC/IPB, utilizará o sistema eletrônico para agilidade e bom andamento dos trabalhos. Todos os presidentes de síno-dos que, por ventura, possuam iPad, solicitamos que os tragam.

Os documentos tratados nesta próxima CE-SC/IPB estarão disponíveis a tempo, através do Sistema iCalvinus.

Registramos nosso apreço e consideração em Cristo e despedimos orando para que Deus o cubra de ricas e preciosas bênçãos da sua graça.

Fraternalmente em Cristo,

Rev. Ludgero Bonilha MoraisSecretário Executivo do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do BrasilBelo Horizonte, 23 de outubro de 2012

Início da construção do Seminário

Paulo Ivo

E

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Fevereiro de 2013 13BrasilPresbiteriano 13

COMOÇÃO

Solidariedade cristã na tragédia de Santa Maria

Rev. César Pereira de Souza, pastor da Con-

gregação Presbiteriana em Santa Maria, supervisio-nada pela JMN/IPB, nos limites do Presbitério Vale dos Sinos (PRVS), e que completou recentemente os seus 20 anos de existên-cia, recebeu a informação sobre a tragédia na Boate Kiss em Santa Maria, atra-vés de uma irmã da Igreja que lhe ligou nas primeiras horas da manhã do dia 27 de janeiro e que já esta-va ciente pelas rádios da cidade de que se tratava de um fato que envolvia muitas vítimas. Nenhum dos membros da IP teve familiares envolvidos, mas alguns tiveram amigos e, outros, parentes de amigos.

Ele e sua esposa Cláu-dia Cristiane Silva Pereira foram ao Centro Despor-tivo Municipal, onde esta-vam as vítimas fatais e toda a logística de atendimento aos familiares, a fim de serem úteis aos familiares e amigos que sofriam.

O pastor relata: “Fiquei admirado com a solicitude do povo de Santa Maria em ajudar os familiares. Pro-fissionais de diversas áreas ofereciam os seus serviços, igrejas diversas, entidades filantrópicas, funcionários de empresas e instituições particulares, estudantes e

pessoas diversas, além do poder público. Também, contando com o auxílio de outras cidades, não falta-ram voluntários, não fal-taram recursos, não faltou um ombro amigo. É muito difícil saber o que falar a familiares e amigos entris-tecidos e angustiados. Com alguns apenas nos pomos ao lado e demos um abra-ço ou afago, com outros, pudemos dar alguma pala-vra de conforto”.

Desde a manhã até ao final da tarde do dia 28, dia seguinte à tragédia, todos os mortos de Santa Maria haviam sido enterrados, fora os que foram levados para serem sepultados em suas cidades de origem. A cidade encerrou aquele dia com uma grande passeata, com a participação estima-da de 30 mil pessoas, desde o local da tragédia até ao CDM, local onde foram identificadas as vítimas e velados alguns corpos.

Muitas instituições reli-giosas serviram durante aqueles momentos angus-tiantes dos primeiros dias. A Ordem de Minis-tros Evangélicos de Santa Maria reuniu seus pasto-res para atuar em diversas frentes, muitos dos quais, também foram cadastrados como capelães.

O Rev. César e sua espo-

sa, além de se oferecer e visitar famílias, distribuir literaturas doadas pela Sociedade Bíblica do Bra-sil, colocou as dependên-cias do templo à disposi-ção para acolher pessoas de outras cidades que, em visita a familiares interna-dos, porventura, necessi-tassem de um local para pousar e tomar banho.

“Muitos presbiterianos de diversas cidades do Brasil entraram em con-tato, a fim de demonstrar sua solidariedade aos cida-dãos de Santa Maria e para saberem como poderiam ajudar, dentre eles anôni-mos e pastores conhecidos nacionalmente e represen-tantes da IPB. Depois do agradecimento e de lhes relatar como via a tragé-dia, informava a eles que o momento exigia equilí-brio, e que era bom evitar desperdício de recursos e energia com deslocamen-tos, que o atendimento às famílias estava sendo bem coordenado pelas autori-dades das múltiplas esfe-ras de governo, inclusive com psicólogos, médicos e enfermeiros suficientes, e que evangélicos da cidade estavam se esforçando para dar atendimento espiritual. O Rev. Valdemir Alexan-dre, conhecido como pas-tor Miro, pastor da Con-gregação Presbiteriana de Jardim Monções, em Santo André (SP), e capelão conhecido no ABC e Gran-de São Paulo e que coor-

dena o Projeto Samuel, e o Rev. Márcio Alexan-dre, Diretor de Ministério da Rádio Transmundial e capelão, contataram e ofe-receram um treinamento de capelania hospitalar e esco-lar, que seriam ministrados no nosso templo, mas foi transferido para a Primeira Igreja Batista, por compor-tar um número maior de pessoas e ser um local mais central e de fácil acesso”, informou o Rev. César.

A Congregação Presbite-riana de Santa Maria, tam-bém participou de um ato de oração, na quarta-feira do dia 30, à noite, em fren-te ao Hospital de Caridade, onde está a maioria dos vitimados que permanecem internados na cidade, bem como de um culto público, promovido pela OMESM

e realizado na noite de 3 de fevereiro no Calçadão, local no centro da cidade muito frequentado pelos santamarienses.

O Presbitério Vale dos Sinos pretende mobilizar-se para promover ação con-junta das igrejas do presbi-tério, bem como de outras igrejas do Rio Grande do Sul do Brasil que se inte-ressarem para dar apoio à Congregação da JMN/IPB em Santa Maria, para ofe-recer consolo e esperança aos afetados por essa gran-de tragédia.

Continuemos a orar e pedir o socorro do nosso Senhor Jesus para as famí-lias enlutadas, pelas víti-mas internadas e seus fami-liares e amigos, bem como pelo povo de Santa Maria e demais cidades.

Distribuição de material bíblico e corrente de orações visam levar consolo e esperança aos que perderam pessoas queridas no incêndio

O

Congregação Presbiteriana em Santa Maria

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Fevereiro de 201314BrasilPresbiteriano14

ORDENAÇÃO

o dia 6 de dezembro de 2012 o cacique

Henrique Terena foi rece-bido como pastor presbite-riano no Presbitério Várzea Grande, MT. Ele já fora ordenado pastor no dia 15 de janeiro de 1984 na Igreja UNIEDAS da Aldeia Córrego do Meio, Buriti, Sidrolândia, MS. No ano de 1986 casou-se com a Corina e tem dois filhos: Elianai e Eliel.

O Rev. Henrique entregou sua vida a Cristo com 9 anos de idade, ao participar de um programa evangelístico para crianças que os missionários realizam na aldeia durante as férias. Seus pais já pro-fessavam a fé em Cristo. “Depois de me entregar a Cristo publicamente, come-cei a conhecer as Escrituras Sagradas. Na época já exis-tia na nossa aldeia o Novo Testamento em nossa língua materna e eu mesmo come-cei a ler. Isso me ajudou a entender e crescer na vida cristã. Acima de tudo pôde compreender o compromis-

so que temos de anunciar o evangelho a toda criatura, uma vez que conhecemos o verdadeiro evangelho”, con-tou Henrique, lembrando que seus pais se dedicaram a ensinar as Escrituras a toda a família com o compro-misso de amar e obedecer a Palavra de Deus. O culto doméstico e o ato de decorar versículos era um hábito na família dele.

Com todas as dificuldades de uma aldeia indígena e as limitações para poder estu-dar, Henrique precisou sair da aldeia e morar na cidade. Uma das maiores dificul-dades que ele enfrentou, e disse que ainda enfrenta, é aprender o português. Com muita luta e perseverança conseguiu vencer as dificul-dades e concluir o ensino formal.

Ao falar sobre seu cha-mado para o ministério, ele explicou: “Começou a arder em meu coração/barriga [na cultura Terena o sentimento não vem do coração, mas da barriga] o desejo de me dedicar mais na pregação da Palavra e estudo da mesma.

Em 1979 fui para uma esco-la bíblica onde pude me dedicar firmemente ao estu-do das Escrituras e o minis-tério cultural. Terminei meu curso bíblico em 1983”.

Para Henrique a graça e a soberania de Deus foram manifestadas de maneira maravilhosa sobre ele e sua família dando-lhes o pri-vilégio de servir em duas frentes de treinamento e capacitação de lideranças tribais no Brasil, o AMI (Centro de treinamento para indígena em Chapada dos Guimarães, MT) e o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas, que congrega 1.800 líderes e pastores de 83 etnias) e também na consultoria dos trabalhos de missões indígenas na América do Sul, América do Norte e Ásia.

Sobre seu status de minis-tro da IPB, o Rev. Henrique disse: “Para mim é um pri-vilégio muito grande fazer parte do quadro de ministros da IPB, pois isso me abre muitas portas em todo o ter-

ritório nacional e internacio-nal, para realizar com maior força e apoio o ministério que o Senhor me confiou”.

Na última reunião da dire-toria da APMT, em dezem-bro passado ele também foi recebido como candidato a missionário da APMT, começando assim a cum-prir os pré-requisitos para se tornar missionário da Agência. Para Henrique é muito importante fazer parte da APMT porque mesmo desde o processo de candi-datura, ele disse que já tem um acompanhamento pes-soal, pastoral e ministerial, o que lhe dá maior seguran-ça para continuar realizando o ministério.

Finalmente ele falou sobre o papel das igrejas brasilei-ras: “Creio que a igreja bra-sileira tem participado nos desafios da evangelização indígena de várias manei-ras, seja com o investimen-to financeiro, treinamentos, cursos, equipes médicas e

vários projetos, porém ainda é muito pouco diante de tanta necessidade que vemos diariamente” e acrescentou: “Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o minis-tério indígena e sobre o CONPLEI ou apoiar alguns de nosso projetos na área de: Tradução AITE, Escolas Teológicas, Consultas Missiológicas, Infanticidio, Festejando a libertação, AMEI (Associação de Mulheres Indígenas) e os CONPLEIs Regionais rea-lizadas anualmente, pode entrar em contato conosco que teremos prazer em aten-dê-los para sermos parceiros neste ministério”.

Atualmente a família mora no AMI e são mem-bros da Igreja Presbiteriana da Chapada dos Guimarães, MT.

Contato: [email protected]

Cacique Terena é pastor presbiterianoEmma Castro

N

Emma Castro é missionária e faz parte da equipe de comunicação da

APMT

Cacique Rev. Henrique Terena

Cacique e membros da diretoria da APMT

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Fevereiro de 2013 15BrasilPresbiteriano

PLANTAÇÃO DE IGREJAS

Uma nova IP em Chapadão do Sul, MS

eus tem sido gracio-so para conosco. Em

2009 viemos de Curitiba para desenvolver um sonho de missões urbanas no Mato Grosso. Comecei a traba-lhar em minha profissão na área da Gestão Ambiental e, paralelamente, desenvol-via um projeto de missões urbanas e com a distribui-ção de mensagens em DVD neste estado. Atuando em uma empresa do agronegó-cio como Diretor de Meio Ambiente, viajava para dar atendimento, treinamen-to, consultorias e soluções para os problemas ambien-tais da empresa, bem como realizava palestras para os cooperadores que somavam um mil e quinhentas pes-soas. Essa era a oportuni-dade que faltava para fazer missões, um campo vasto, aberto em que teriam de me ouvir. Sempre aproveitei as oportunidades e separa-va um momento para falar do amor de Deus para os funcionários.

Em apenas um ano e meio rodei 120 mil km e realizei centenas de proje-tos ambientais na empre-sa, sempre colocando o reino de Deus em primei-ro lugar em nossa ativida-de profissional. Tão logo fiquei conhecido entre os profissionais do agronegó-cio recebi convite do Dr.

Walter Jorge, engenheiro agrônomo do Iapar, para participar do Projeto com Cristo no Cerrado, um pro-jeto de evangelização do homem do campo por meio de distribuição de Bíblias idealizado pelo agricultor Alberto Schlatter. Esse pro-jeto nos abriu ainda mais o campo para a ação mis-sionária entre pessoas que ainda vivem sem Jesus no cerrado brasileiro.

Passamos não só a anun-ciar o evangelho da sal-vação, mas também a dis-tribuir Bíblias na grande

seara que é o cerrado. Com alguns convites para pasto-rear em tempo integral para o ano de 2012, fui desa-fiado pelo irmão Alberto Schlatter, evangélico de berço e filho de evangélicos sempre dedicados à obra do Senhor e ao presbiteria-nismo brasileiro, a plantar uma IP em Chapadão do Sul (MS). Alguns meses após nosso primeiro con-

tato telefônico, em uma das viagens profissionais a Chapadão do Sul, tive-mos o privilégio de almoçar com o senhor Alberto e sua esposa Terezinha Schlatter, missionários que tem atu-ado no cerrado brasileiro com diversos projetos de evangelização levando a Palavra de Deus aos rin-cões por onde têm passado. Conversamos longamente sobre o sonho de plantação da igreja nesta cidade.

Logo após o almoço rece-bi a visita de outra pessoa muito importante neste pro-cesso e que sonhava com uma Igreja Presbiteriana na

cidade, senhora Ana Lúcia Schlatter. Houve uma aben-çoada tarde de conversas e o Espírito Santo trouxe paz e muita alegria, além de uma simpatia mútua entre irmãos e o mesmo senti-mento quanto à plantação de nossa igreja neste muni-cípio. Fui para casa com um sentimento de grande ale-gria e desejo de iniciar esse grande projeto. Passamos

os próximos meses orando e buscando do Senhor da seara sua confirmação para este chamado. Esse desafio alargou nossas artérias mis-sionárias e me fez lembrar do primeiro missionário em nossa família Ferreira, meu bisavô Quirino Gomes, meu pai e mãe missioná-rios da JMN, Timótheo e Maria Ferreira, e de meu avô Evandro Pevidor, mis-sionários no reino de nosso Deus. Com grande paixão pela seara, abri mão dos outros convites e de minha profissão para iniciar uma IP nesta cidade.

Em julho de 2012 muda-mos para Chapadão do Sul e logo iniciamos os traba-lhos de visitas e os cul-tos sem lugar definido até este momento. Segue um breve relatório das ativida-des desde nossa chegada definitiva a Chapadão do Sul: 8 de julho: o primeiro culto da IP em Chapadão do Sul no refeitório da empre-sa Reunidas com a presença de 55 pessoas nesse primei-ro culto; 13 de julho: culto na Algodoeira da empresa

Reunidas com a partici-pação de todos os funcio-nários daquele setor e do escritório com uma média de 60 participantes.

De 29 de julho a 26 de agosto: Alugamos um salão de festas e passamos a nos reunir com uma frequên-cia média de 60 pessoas, sempre aos domingos. Dias 1 e 2 de setembro: inau-guração do templo da IP em Chapadão do Sul, com a pregação do Rev. Saulo de Melo de Maringá (na sábado) e do Presb. Antônio Cabrera (ex-Ministro da Agricultura) da IP São José do Rio Preto, com a pre-sença de 230 pessoas no sábado e 240 no domingo. Desde então o Senhor da seara tem sido generoso em abençoar os trabalhos de nossa igreja, e aqui estamos nós, sonhando em pastorear uma cidade, sonhando em ganhar uma cidade para o reino de nosso Senhor e Deus. Que ele tenha mise-ricórdia de cada um de nós.

O Rev. Alexandre Ferreira Pevidor é pastor da IPB, analista e perito

ambiental.

O testemunho de um fazedor de tendas

Alexandre Ferreira Pevidor

D

Durante o culto de inauguração

Fachada da novo templo

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Fevereiro de 201316BrasilPresbiteriano

AÇÃO SOCIAL

1a IP em Vilhena realiza Igreja em Ação

Presbiteriana em Programa Jovem Embaixador

lcançar a socieda-de abrindo as portas

da igreja para comunida-de, transmitindo amor de Deus, evangelizando e fazendo discípulos até os confins da terra, ouvindo, ajudando e aconselhando. Essa é a missão da Igreja.

Pensando e refletin-do a respeito, a 1ª IP em Vilhena, localizada no centro da cidade, realizou em dezembro de 2012, o projeto Igreja em Ação. De acordo com o Rev. Baltazar Lopes Fernandes, pastor da igreja, o evento foi divulgado com carro de som no Centro e nos

bairros São José e 5° BEC. Nessa primeira edição do projeto participaram cerca de 30 voluntários da igreja e foi oferecida uma exposi-

ção de artesanato feito por pessoas da terceira idade, além de palestras e almoço.

Algumas parcerias foram firmadas para concretiza-

ção do projeto, por exem-plo, com a Prefeitura de Vilhena. Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), estiveram presentes com a Unidade Móvel de Saúde oferecen-do atendimento médico e odontológico. Além disso, diversos profissionais aten-deram a comunidade com exames de hepatite B e C, Sífilis, diabete, HIV, vaci-nação antirrábica, febre amarela e gripe.

MISSÕES ENTRE OS RIBEIRINHOS

“Essa é primeira vez que realizamos esse evento em Vilhena, mas ele tem ocor-

rido no Rio Guaporé duas vezes por ano. A equipe da igreja distribui brinque-dos, roupas, kit de higiene pessoal e remédios para os ribeirinhos. Levamos os profissionais da saúde, membros da igreja, para realização dos atendimen-tos médicos e odontológi-cos, além da equipe com demais voluntários”, des-creveu o pastor. Ele ainda explicou que a ideia é rea-lizar essa atividade duas vezes ao ano a partir de 2013, envolvendo total-mente a comunidade. “Na próxima edição abrangere-mos outros bairros e aten-deremos um número maior de pessoas”, finalizou.

studante do IFMT (Instituto Federal de Educação de Mato Grosso), Michelly

de Jesus Teixeira, 18 anos, cursa o 4º ano do Ensino Médio Integrado em Eletrônica e cursa também Língua Inglesa no Centro de Línguas do IFMT.

O objetivo do Programa é beneficiar alunos brasileiros que são exemplos em suas comu-nidades no que se refere à consciência cidadã, excelência acadêmica e conhecimento da lín-gua inglesa, entre outros itens.

Michelly, membro da 2ª IP de Várzea Grande, no bairro Cristo Rei, foi escolhida entre 16 mil candidatos de todos os Estados brasileiros que se inscreveram em seleção feita pela Embaixada Americana.

Na viagem que aconteceu entre os dias 11 de janeiro e 3 de fevereiro os estudantes escolhidos visitaram escolas e projetos sociais em Washington. Depois, foram divididos em subgrupos para diferentes cidades america-nas, onde ficaram hospedados em casas de famílias locais para frequentarem aulas em colégios de ensino médio e participarem de atividades de voluntariado.

Todos os custos com viagem, hospedagem, alimentação e atividades educacionais, cultu-rais, sociais foram cobertos pelo Programa.

Diversos exames de prevenção foram realizados

Michelly de Jesus Teixeira

Flávia Rosane

A

A estudante Michelly de Jesus Teixeira, de Várzea Grande (MT) está entre os 37 jo-vens da rede pública de ensino escolhidos para representar o Brasil nos EUA

E

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Fevereiro de 2013 17BrasilPresbiteriano

MÚSICA

“Tocando para o Senhor” na 1a IP de Belém

ormar crianças, adoles-centes e jovens como

músicos evangélicos e pre-pará-los para serem agentes multiplicadores do ensino na evangelização por meio da música. Esses são os principais objetivos do pro-jeto social “Tocando para o Senhor”, desenvolvido desde 2010 pela 1ªIP de Belém. Em agosto daque-le ano, após a apresentação

da proposta e aprovação do Conselho, começava o tra-balho com o curso de Ini-ciação Musical com Flauta Doce. Em 2012, teve iní-cio também o Curso Livre de Violão, contando com a participação de jovens da igreja, todos comprometi-dos com a aprendizagem musical.

Desde o seu início, o pro-jeto teve à frente da coorde-nação o Rev. Carlos Alber-to Garcia, pastor titular da

1ªIP de Belém, o regente musical Caio de Menezes, a assistente social voluntá-ria Gildeni Gomes Vieira e os professores de música Sônia Brito de Castro (flau-ta doce) e Rogel da Silva (violão). Todos trabalhando com dedicação e compro-misso na evangelização por meio da música.

Ao longo do tempo em que vem sendo desenvol-vido, o projeto possibilitou mudança de comportamen-to na vida dos alunos. Jun-tos, eles têm a oportunidade de aprender música cristã e crescer no evangelho e na divulgação da Palavra de Deus. No final do ano pas-sado, o grupo de violão par-ticipou da Cantata de Natal da Igreja, junto com o Coral Maravilhosa Graça e outros instrumentistas. Foram duas

audições: uma num dos shoppings mais populares de Belém e outra no dia 25, durante o culto de Natal.

Para este ano, a expec-tativa é de continuidade dos cursos já existentes e

implantação de novas tur-mas, incluindo os cursos de Iniciação Musical em Tecla-do e Violino.

Rosilene Lameira

F

Rosilene Lameira é membro da 1ªIP de Belém

Projeto musical reúne crianças, adolescentes e jovens, formando novos talentos musicais para evangelização

Rev. Carlos Garcia recebendo o projeto

Alunos com o professor Rogel Silva

I Encontro de PastoresPresbiterianos e Esposas

‘‘Vivendo em Cristoe servindo aos

seus Profetas’’

13 a 16 de Maio de 2013Preletores:Rev. Roberto Brasileiro da SilvaRev. Wasdislau GomesElizabeth S. GomesRev. Guilhermino CunhaRev. Valdeci SilvaRev. Hernandes Dias Lopes

Local:

Caldas Novas - GO

Organização:

CNSAFs

Apoio:

SGTF

SecretariaGeral do TF

ConfederaçãoNacional de SAFs

Informações no site da SAF (www.saf.org.br)e Presidentes de Sinodais

Participação Especial - Grupo EMME

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Fevereiro de 201318BrasilPresbiteriano

Missão no Sertão Nordestino

Irmãos do Sínodo Oeste-Fluminense, RJ, foram convidados a olharem

como os crentes macedônios (2 Co. 8.3-8) a triste situação atual dos

irmãos nordestinos que passam pela maior seca dos últimos 50 anos.

Em alguns municípios do sertão nordestino choveu 70 milímetros em 14

meses. A vegetação está crestada e o rebanho está praticamente extinto.

Os que ainda resistem à longa estiagem estão agonizando. Os irmãos

atenderam ao apelo do Rev. Misael Ferreira de Oliveira que partiu para o sertão central do Ceará levando ajuda e esperança na Palavra de Deus. Nas regiões visitadas, ainda não choveu, e a situação só se agrava. Uma nova viagem já está sendo planejada. Oremos para que nos-so Deus nos abençoe nesse trabalho.

SAF faz doação à pediatriada Santa Casa de Guaçuí

No dia 24 de agosto de 2012, a Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF) da IP de Guaçuí esteve na Santa Casa de Misericórdia, opor-tunidade em que fez a doação de mantas, cobertores e Bíblias para o setor de pediatria, que, por sinal, está em novas instalações, com muita organização e higiene. Essa doação foi resultado do valor obtido com a venda dos trabalhos participantes do Concurso de Bordados promovido pela SAF. Contamos, ainda, com o apoio da fi rma Art Viva, que estampou o timbre da Santa Casa nas peças doadas. Rendemos graças a Deus por mais um trabalho cumprido, em nome de seu Filho Amado, Jesus. E que possamos ser sempre vasos de bênçãos em toda a nossa cidade.

Ednéa Lanes Silveira – Presidente da SAF 2012

Novo templo da IP de CuiabáUm plano eterno de Deus, sonhado pelos pastores Cabral e Ue-

dson, em execução por todos os membros da IPC. A obediência e fi delidade dos membros da IPC têm agradado a Deus e Ele tem multiplicado os recursos proporcionando a edifi cação dessa obra tão ousada. Soberanamente, Deus proveu um local especialmente belo, amplo, com vista privilegiada e posição estratégica para a construção do nosso novo templo. E da mesma forma, tem provido dia a dia, os recursos (humanos e materiais) para o desenvolvimento desse projeto. A obra foi levantada e coberta em praticamente dois anos e meio. Uma multidão de pessoas, inclusive anônimas, têm sido instrumento de Deus para a edifi cação do “Complexo So-cioeducacional e Religioso Presbiteriano”, o nosso Novo Templo. Acreditamos que Deus usará esta obra e todo esse espaço para a libertação, salvação e edifi cação de vidas e, nos dará a grande oportunidade de fazermos a diferença em Cuiabá.

Curso na IP de Canarana, MTA IP de Canarana está há seis anos pregando o evangelho de Jesus e servindo ao próximo nesta cidade. E entre os dias 26 e 29 de novembro ofereceu o curso produção de materiais de higiene e limpeza. O curso foi um sucesso! Cada aluno, no fi nal, pode levar para casa o seu “kit de limpeza”, que ele mesmo fez, com 17 tipos de materiais, desde o sabão de folha de mamão e os detergentes, até o sabão de fubá. A igreja agradece a professora Luzinete que com tanto carinho minis-trou o curso. O curso aconteceu a partir de uma parceria entre a Igreja Presbiteriana, a MultEtnos (Associa-ção de ação social) e o Sindicato Rural de Canarana (SENAR). A igreja quer buscar novos parceiros para continuar a oferecer outros cursos para nossa comunidade.

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Fevereiro de 2013 19BrasilPresbiteriano

“Gostaria de um estudo bíblico sobre arrebatamento”

Consultório Bíblico

Odayr Olivetti

O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - [email protected]

irei algo em resumo sobre o assunto da consulta.

1. No sentido escatológico, relativo aos fatos últimos e finais, a única passagem em que ocorre a palavra “arrebatamento” é a de 1Tessalonicenses 4.17, citada pelo amável consulente. Num contexto em que o apóstolo Paulo discorre sobre a condição dos que mor-rem em Cristo, fala ele da ressurreição dos crentes falecidos e, depois, dos que estiverem vivos por ocasião da segunda vinda de Cristo. Afirma ele, então, no versículo 17: “... depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arre-batados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”.

2. O contexto mostra que esse arrebatamento se dará no fim dos tempos, em seguida à res-surreição dos mortos. A igreja será arrebatada na vinda do Senhor, acompanhado de anjos e de manifestações cósmicas extraordinárias.

3. O que foi dito já seria suficiente para der-rubar as ideias fantasiosas dos que dizem que os crentes serão arrebatados ao passo que os não crentes ficarão na terra, e que os crentes arrebatados voltarão com o Senhor numa sua terceira vinda (!). Mas há uma frase no texto transcrito que estabelece a questão; é a seguin-te: “e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”.

Note o leitor os seguintes pontos: (1) Depois que Jesus ressuscitou e ascendeu ao céu, ele ficou ausente de nós. A Bíblia diz: “... enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor” (2 Co 5.6). (2) Quando Jesus voltar e nos levar para si, não estaremos mais ausentes

do Senhor; ou seja, ele não estará mais ausente de nós. – Estaremos para sempre com ele na glória celestial!

4. Nem a passagem acima transcrita nem nenhuma outra dão base para entender que os salvos serão arrebatados e os não salvos continuarão na terra. Toda a Bíblia fala do juízo de Deus, que ocorrerá quando da única segunda vinda de Jesus Cristo. Os salvos serão confirmados no juízo para adentrarem definitivamente a glória eterna, onde vão estar para sempre com o Senhor; os perdidos serão confirmados em sua condenação por não terem aceitado a obra redentora de Deus em Cristo. Todos, salvos e não salvos, vão ressuscitar, uns para a vida e outros para a condenação. Jesus declarou categoricamente: “...vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz [a voz do Filho do homem] e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem prati-cado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.28-29). Em Mateus 25.31-46 Jesus fala do juízo final sobre todas as nações, quando ele “separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, tendo como base para condenação ou salvação as obras boas ou más de uns e outros [Somos salvos pela graça, mas seremos julgados pelas evidências da nossa fé ou falta de fé; ou seja, por nossas obras; releia Jo 5.28,29.] Em Mateus 25.46 Jesus afirma: “... irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. Outras passagens falam também do tribunal que executará o juízo final, entre elas estas: Romanos 14.10; 2 Coríntios 5.10; 1 Pedro 4.5.

5. A parte final do capítulo 3 de 2Pedro fala como devemos viver enquanto aguardamos a

vinda de Cristo. Transcrevo os versículos 9 a 11:

“Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada;

pelo contrário, ele é longânimo para convos-co, não querendo que

nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.

Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual

os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os

elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão

atingidas. Visto que todas essascoisas hão de ser assim

desfeitas, deveis sertais como os quevivem em santoprocedimentoe piedade”.

D

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Fevereiro de 201320BrasilPresbiteriano

Para Vencer o Pecado e a Tentação - Kelly M. Kapic e Justin Taylor

“Os maiores escritores cristãos são aqueles que conseguem expor de modo mais eficaz aos seus leitores espirituais o conhecimento de Deus, de nós mesmos e da graça do nosso Senhor Jesus Cristo. Entre estes estão Agostinho, Calvino, Edwards e o puritano John Owen, que merecia ser mais bem conhecido. Os organiza-dores deste livro trabalharam arduamente para que todos pudessem ter acesso à incom-parável percepção de Owen sobre a guerra íntima do cristão contra o pecado. O resultado é verdadeiramente uma dádiva divina.” J. I. Packer, professor de Teologia no Regent College.O livro contém 400 páginas e custa R$55,30.

Suicídio e Eutanásia – Gary P. Stewart – William Cutrer – Timothy J. Demy – Dónal P. O’Mathúna – Paige C. Cunningham – John F. Kilner – Linda K. Bevington

Muitos em nossa sociedade defendem o suicídio, o suicídio assistido e a eutanásia como respostas aceitáveis diante de problemas físicos e emocionais

sem solução. Mas há alternati-vas a essa “cultura da morte” que sustentam a santidade da vida humana e buscam enfren-tar o problema da dor, medo e desespero com dignidade e compaixão. Algumas pergun-tas respondidas neste volume incluem:1. Qual é a diferença entre eutanásia ativa e passiva?2. Suicídio é pecado imper-doável?4. O que fazer se tenho impul-sos suicidas?O livro contém 96 páginas e custa R$12,00.

As Duas Naturezas do Redentor – Heber Carlos de Campos

Edificação para os que ensinam

no Corpo de Cristo, em esco-las teológicas ou em escolas dominicais. Uma igreja nunca será sadia se a sua crença sobre o Redentor não for sadia. O livro demonstra um esforço para ser leal à Escritura nas análises de textos sobre o Redentor dos filhos de Deus.O livro contém 544 páginas e custa R$64,00.

O Pastor Reformado e o Pensamento Moderno – Cornelius Van Til

De que modo a cosmovisão cristã poderá ser melhor proc-lamada e defendida? A fé cristã é com frequência ridiculariza-da. Diz-se que ela é contrária à ciência e que é contraditória. Atraentes substitutos são ofer-ecidos, muitas vezes, disfarça-dos com palavras da Escritura. Como poderá o pastor guiar seu rebanho em meio a tanta con-fusão? Ele precisará distinguir a verdade do erro. Necessitará, especialmente, habilitar-se para discernir se os livros que lê, e os que o seu povo lê, atêm-se ao cristianismo histórico. Precisará saber como avaliar suas razões. Por isso este livro é indispensável.O livro contém 216 páginas e custa R$47,00.

O caminho para a eternidade

Impedidos de prosseguir viagem devido a um bloqueio no meio de uma estrada deserta, cinco estranhos refugiam-se em uma lanchonete que parece aban-donada e invisível aos olhos de alguns. Um empresário inescru-puloso, uma solteira iludida, um casal prestes a se divorciar e uma jovem fugindo de casa ficam cara a cara com o dono desse estabelecimento, um acolhedor Nazareno, que lhes oferecerá as respostas para as questões mais angustiantes de seus corações e o direcionamento para uma mudança radical na vida deles.

As aventuras de Pi

Pi Patel é filho do dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família

decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o car-gueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobre-viver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espa-ço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala. Leia resenha desse filme na página 6.

Lincoln

Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, a história se passa durante a Guerra Civil norte-americana. Ao mesmo tempo em que se preocu-pava com o conflito, o 16º presi-dente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), tra-vava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão. Além de Daniel Day-Lewis o elen-co conta com Sally Field (Mary Todd, mulher do presidente), Tommy Lee Jones (Thaddeus Stevens, líder republicano e con-gressista da Pensilvânia, a favor da abolição), entre outros.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.brou www.facebook.com/editoraculturacrista

ou ligue 0800-0141963

Boa LeituraEntretenimento e refl exão

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