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1 FGV DIREITO SP MESTRADO PROFISSIONAL DIREITO DOS NEGÓCIOS TURMA 4 (2016) MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÔNICO: INOVAÇÃO E DESAFIOS JURÍDICOS Bruna Jachemet Projeto de dissertação de mestrado apresentado ao Mestrado Profissional da FGV Direito SP Orientadora: Monica Steffen Guise Rosina SÃO PAULO 2016 São Paulo

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FGV DIREITO SP

MESTRADO PROFISSIONAL

DIREITO DOS NEGÓCIOS – TURMA 4 (2016)

MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÔNICO:

INOVAÇÃO E DESAFIOS JURÍDICOS

Bruna Jachemet

Projeto de dissertação de mestrado apresentado

ao Mestrado Profissional da FGV Direito SP

Orientadora: Monica Steffen Guise Rosina

SÃO PAULO

2016

São Paulo

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2016

SUMÁRIO

1 Delimitação do tema e tratamento pretendido 3

2 Formato do trabalho de conclusão 7

3 Principais questões ou problemas 7

4 Objetivos pretendidos, perspectivas de análise e resultados esperados 8

5 Justificação da relevância prática e do potencial inovador 9

6 Fontes de pesquisa e métodos de investigação 10

7 Familiaridade com o objeto, acessibilidade de informações e envolvimento pessoal 11

8 Literatura especializada e obras de referência 11

9 Sumário preliminar 14

10 Principais etapas e cronograma de execução 15

11 Estimativa das horas de dedicação necessárias à realização de cada etapa do trabalho 16

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1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E TRATAMENTO PRETENDIDO

O tema de pesquisa ora proposto é a inovação e seus desafios jurídicos no contexto

dos meios de pagamento eletrônico. Para tanto, a abordagem partirá da contextualização da

prática negocial e seu enquadramento legal e regulatório. Na sequência, serão feitos estudos

de caso que ilustram a inovação nos meios de pagamento eletrônico e, por fim, uma análise

dos desafios jurídicos inerentes a este mercado.

Inicialmente, cabe contextualizar o tema, definindo o que se entende por meios de

pagamento eletrônicos. Os meios de pagamentos eletrônico correspondem à rede através da

qual compradores e vendedores realizam negócios, utilizando-se da troca de “bits” por

“dinheiro” para pagamento (ASOKAN, 1998). Para que isso ocorra, há o desenvolvimento de

uma rede de tecnologia, a qual coliga as instituições participantes e que é organizada pelas

bandeiras. A estas redes filiam-se as instituições financeiras, que mantém relação contratual

com os compradores por meio do fornecimento de dispositivos de pagamento e prestação de

serviços correlatos; assim como instituições que mantém relação contratual com os

vendedores, por meio do fornecimento de tecnologia para recebimento de pagamentos.

As redes de pagamento eletrônico são, assim, desenvolvidas pelas bandeiras de

cartões, que licenciam duas marcas para a operação de empresas que emitem os cartões

(tradicionalmente, os bancos) e empresas que credenciam estabelecimentos comerciais,

proporcionando-lhes a tecnologia de aceitação de pagamentos com cartões (popularmente

conhecidas como “maquininhas”). Entre a bandeira e os emissores de cartões e entre a

bandeira e os credenciadores de estabelecimentos comerciais fica estabelecida uma rede de

contratos de licenciamento.

A rede de pagamentos também abrange outros atores. Os exemplos mais evidentes

talvez sejam os usuários finais (os portadores que realizam os pagamentos) e os

estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços (que recebem pagamentos pela

mencionada rede). Além destes, há também a atuação de outras partes, como as câmaras e

agentes de liquidação1, agentes de garantia2, facilitadores de pagamentos3, entre outros.

1 Em 2011, a Lei n. 10.214, definiu que o sistema de pagamentos brasileiro compreende as entidades, os sistemas

e os procedimentos relacionados com a transferência de fundos e de outros ativos financeiros, ou com o

processamento, a compensação e a liquidação de pagamentos em qualquer de suas formas. As câmaras de

compensação e liquidação são, nos termos da Resolução CMN nº 2.882, de 30 de agosto de 2001, as pessoas

jurídicas que exercem, em caráter principal, a atividade de serviços de compensação e de liquidação que

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Mais uma vez, existe uma rede contratual unindo todos estes atores, por meio da

qual são atribuídas as responsabilidades e distribuídos os riscos da operação. A este respeito,

o presente trabalho busca apreciar tal rede contratual, como forma de análise dos desafios

jurídicos trazidos pela tecnologia em si, qual seja, o pagamento eletrônico.

O mercado de meios de pagamento eletrônicos opera no Brasil há pelo menos seis

décadas, sem que houvesse uma regulamentação nacional estruturada, apenas regras esparsas

sobre assuntos específicos, conforme será abordado no item 10 deste projeto.

Em 2013, foi promulgada a Lei n. 12.865, a qual dispõe sobre os arranjos de

pagamento e as instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

Tal lei previu a denominação jurídica de cada um dos personagens das redes de pagamento e

previu o papel de cada um deles da seguinte forma:

I - Arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que

disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao

público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos

usuários finais, pagadores e recebedores; (Regras das bandeiras)

II - Instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável

pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca

associada ao arranjo de pagamento; (Bandeiras)

III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou

mais arranjos de pagamento, tenha como atividade principal ou

acessória, alternativa ou cumulativamente: [...] emissão de

instrumento de pagamento, gestão e prestação de serviços

relacionados às contas de pagamento, credenciamento a aceitação de

instrumento de pagamento; (Emissores e Credenciadores)

IV - Conta de pagamento - conta de registro detida em nome de

usuário final de serviços de pagamento utilizada para a execução de

transações de pagamento;

V - Instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de

procedimentos acordado entre o usuário final e seu prestador de

serviço de pagamento utilizado para iniciar uma transação de

pagamento; e

resultem em movimentações interbancárias e que envolvam pelo menos três participantes diretos para fins de

liquidação, dentre instituições financeiras ou demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do

Brasil. Os agentes de liquidação são, segundo a definição trazida pela mesma resolução, participantes diretos que

assumem a posição de parte contratante para fins de liquidação, no âmbito do sistema integrante do sistema de

pagamentos, perante a câmara ou o prestador de serviços de compensação ou outro participante direto. 2 Ainda de acordo com a Lei n. 10.214/2011, os agentes de garantia fornecem mecanismos e salvaguardas que

permitem às câmaras e aos prestadores de serviços de compensação e de liquidação assegurar a certeza da

liquidação das operações neles compensadas e liquidadas, como de contratos e de garantias aportadas pelos

participantes. 3 Nos termos do Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro de 2014, os facilitadores são “as

instituições que agora passam a ser denominadas de emissores de moeda eletrônica” . Também chamados de

subadquirentes, atuam no credenciamento de estabelecimentos comerciais sob a licença de adquirentes, ou seja,

dos credenciadores.

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VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou

sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de

pagamento.

Desde então, o Banco Central emitiu circulares para disciplinar as atividades do

Sistema de Pagamentos Brasileiro. Nota-se que as regras trazidas refletem, de uma forma

geral, a prática consolidada no mercado, cristalizando-a4. Tanto é assim que a regulamentação

reconhece a existência das regras das bandeiras e autoriza sua manutenção, desde que em

consonância com os princípios da regulamentação.

Tais regramentos, por outro lado, trouxeram mudanças que têm gerado a

necessidade de adaptação das empresas que atuam no mercado de meios de pagamento. Este é

o caso, por exemplo, das alterações às regras das bandeiras que ocorram após a aprovação dos

arranjos de pagamento, as quais dependerão de comunicação ou aprovação pelo Banco

Central, conforme o caso.

Dado tal contexto, sobrevém a indagação sobre em que medida a nova

regulamentação permitirá a o desenvolvimento de soluções de pagamento inovadoras. Por

inovação, no presente trabalho, entende-se novas formas de realizar pagamento eletrônicos,

seja por meio de diferentes dispositivos de pagamento ou de aceitação ou, ainda, novas

maneiras de interação entre os participantes da rede de pagamentos.

Para abordar a inovação nos meios de pagamentos, será feito um estudo de caso

sobre o uso de dispositivos vestíveis como instrumentos de pagamento eletrônico. As

tecnologias vestíveis (do inglês wearables) “são dispositivos de rede que podem coletar

dados, acompanhar as atividades e personalizar experiências com as necessidades e desejos

dos usuários” (THIERER, 2015, p. 1). Como dispositivos eletrônicos que se comunicam com

redes, são capazes de servir como instrumentos de pagamentos eletrônicos. Tanto o são que

recentemente foi feito o anúncio de lançamento de produtos que possibilitam pagamento

eletrônico por meio de anéis e pulseiras5. Casos como esse serão objetos de estudo do

4 Nos termos do Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro de 2013, “A partir de outubro de

2013, com a edição da Lei nº 12.865, os arranjos e as instituições de pagamento passaram, também, a integrar o

SPB. Tendo por base o arcabouço regulatório aplicável, a atividade de vigilância no Brasil abrange (i) a

autorização de funcionamento ou de alterações relacionados a IMF e arranjos; (ii) o acompanhamento das

atividades das infraestruturas, seja de forma indireta por dados coletados regularmente, ou diretamente, por

intermédio de inspeções in-loco; e (iii) as avaliações dos procedimentos adotados pelas infraestruturas em

relação às melhores práticas e padrões internacionais.” 5 Santander e Mastercard lançam pulseira contactless: https://www.dinheirovivo.pt/banca/santander-e-

mastercard-lancam-pulseira-contactless/

Visa lança anel de pagamento com funcionalidade NFC para ser utilizado pelos atletas patrocinados da Equipe

Visa nos Jogos Olímpicos Rio 2016: http://exame.abril.com.br/negocios/dino/noticias/visa-lanca-anel-de-

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trabalho, especificamente no que toca ao contexto de regulação e inovação nos meios de

pagamento eletrônico.

Os dispositivos vestíveis apresentam capacidade de comunicação com redes e,

assim, consistem um subgrupo da Internet das Coisas. A Internet das Coisas (internet of

things ou IoTs), por sua vez, “consiste nos protocolos e tecnologias relacionadas que

permitem que esses dispositivos se comuniquem através de canais de comunicações

electrónicas a criação de uma nova perspectiva sobre a concepção e utilização da Internet”

(DUTTON, 2013, p. 8).

Importante ressaltar que a conceituação de internet das coisas é ora feita a título de

esclarecimento apenas, eis que não será objeto do presente trabalho. O que se pretende é

avaliar a viabilidade regulatória da inovação por meio do uso de dispositivos vestíveis como

instrumentos de pagamentos.

Uma vez ultrapassadas a contextualização e o estudo de caso como previamente

mencionado, o presente trabalho estudará os desafios jurídicos da inovação nos meios de

pagamento eletrônico no contexto pós-regulação. Dada a amplitude dos impactos jurídicos e a

limitação da pesquisa, o objeto foi delimitado em um desafio jurídico específico: a

interoperabilidade.

A interoperabilidade é um dos princípios que regem a regulamentação ora

abordada. Por interoperabilidade, entende-se a capacidade de intercomunicação entre os

dispositivos e redes que compõem um sistema. De acordo com Gasser, não há definição

tamanho único de interoperabilidade, mas pode-se dizer que, “no sentido mais geral, no

contexto das tecnologias de informação, a interoperabilidade é a capacidade de transferir e

processar dados úteis e outras informações entre sistemas, aplicativos ou componentes”

(GASSER, 2012, 9. 5).

O principal objetivo da teoria da interoperabilidade, segundo o autor, é ajudar a

definir o nível ótimo de interconectividade e desenhar um caminho par alcança-lo. Isto porque

a interoperabilidade traz não só benefícios, mas também efeitos como “perda de diversidade,

preocupações cada vez mais prementes sobre os seus efeitos sobre privacidade e segurança

individual e o risco de bloqueio em tecnologias mais antigas e que dificultem a inovação”.

pagamento-com-funcionalidade-nfc-para-ser-utilizado-pelos-atletas-patrocinados-da-equipevisa-nos-jogos-

olimpicos-rio2016.shtml

Brasileiros criam pulseira que permite fazer pagamentos: http://link.estadao.com.br/noticias/inovacao,brasileiros-

criam-pulseira-que-permite-fazer-pagamentos,10000049874

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Por esta razão, o autor, usando os cartões de crédito como exemplo, afirma que “nem sempre

queremos que as coisas interoperem completamente”, mas que, às vezes, queremos freios em

interoperabilidade para evitar fraudes (GASSER, 2012, p. 4).

Ainda sobre a importância da interoperabilidade e em relação à internet das coisas,

Kominers ressalta que a preocupação tem origem na própria forma pela qual a tecnologia é

desenvolvida. Como muitos sistemas de internet das coisas são “desenvolvidos

separadamente, por diferentes empresas em diferentes padrões proprietários, não está claro

se e como interoperabilidade surgirá no nível sistêmico” (KOMINERS, 2012).

Por todo o exposto, o que se pretende ao final da pesquisa é entender em que

medida a regulamentação permite a instituição de modelos inovadores de meios de pagamento

eletrônico, bem como em que extensão a regulamentação demanda a efetivação do princípio

da interoperabilidade na dita inovação.

2 FORMATO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO

O formato do trabalho será de reflexão sobre a prática jurídica, com viés

exploratório sobra a prática de mercado e a regulação e, ainda, estudos de casos concretos.

Para tanto, serão estudadas as práticas gerais do setor e trazidos exemplos pontuais de

inovação, de forma a ilustrar a problemática do trabalho. O exame será exploratório e partirá

de um retrato do funcionamento do mercado, segundo as figuras e modelos previstos pelo

Banco Central. Na análise regulatória, a proposta busca entender como a prática atual e a pós-

regulação enquadram-se nas regras.

Quanto ao estudo de caso sobre pagamentos eletrônicos por meio de dispositivos

vestíveis, serão analisados os produtos lançados no Brasil para pagamento, com anéis e

pulseiras; assim como o possível enquadramento regulatório nacional dos smartwatches já

lançados no mercado global.

3 PRINCIPAIS QUESTÕES OU PROBLEMAS

As questões dizem respeito à adaptação das atividades desenvolvidas antes da

regulamentação às novas diretrizes, bem como ao enquadramento de soluções inovadoras às

regras vigentes.

O problema de pesquisa que se pretende responder com este trabalho é se a

regulamentação, ao cristalizar a prática de mercado corrente, viabiliza modelos inovadores de

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negócio. Diante da amplitude da questão, a análise será restrita ao estudo de caso do

pagamento por meio de dispositivos vestíveis.

De outro lado, no tocante aos desafios jurídicos, o que se pretende analisar é em

que medida a interoperabilidade deve ser implementada.

Portanto, duas são as questões centrais:

A regulamentação do sistema de pagamentos brasileiro permite o advento de

soluções inovadoras como o pagamento por meio de dispositivos vestíveis?

Qual é a extensão da obrigação de aplicação do princípio da interoperabilidade nas

atividades dos participantes do sistema de pagamentos brasileiro com relação a soluções

inovadoras de pagamento?

4 OBJETIVOS PRETENDIDOS, PERSPECTIVAS DE ANÁLISE E RESULTADOS

ESPERADOS

O objetivo da pesquisa é entender em que medida a regulação dos meios de

pagamento eletrônico permite a inovação, sob a perspectiva do estudo de caso de dispositivos

vestíveis como meios de pagamento. Adicionalmente, pretende-se demonstrar a extensão da

aplicabilidade do princípio da interoperabilidade, ainda sob a mesma perspectiva.

O resultado final esperado é o adequado enquadramento regulatório do problema,

mapear e jogar luz sobre os problemas que surgem a partir dos casos concretos.

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5 JUSTIFICAÇÃO DA RELEVÂNCIA PRÁTICA E DO POTENCIAL INOVADOR

A importância do tema reside principalmente na demanda de modernização dos

pagamentos, como demonstram as conclusões do relatório de vigilância do sistema de

pagamentos brasileiro de 2015:

A respeito da utilização dos canais de acesso pelos clientes das

instituições financeiras, cerca de 60% das transações foram realizadas

nos canais não presenciais (internet, telefones móveis e centrais de

atendimento). Destaque para os dispositivos moveis, canal em que a

quantidade de transações mais do que dobrou em relação a 2014,

atingindo 20% da quantidade total de transações de clientes, mesmo

percentual dos terminais ATM. Já o atendimento tradicional em

agências, postos de atendimento e correspondentes no pais continua

em queda, com 22% das transações realizadas nesses canais, em 2015.

A relevância também é evidenciada pela pujança econômica da indústria de

pagamentos eletrônicos, que ultrapassou o marco de um trilhão de reais no ano de 2015, como

também demonstra o mencionado relatório:

Em 2015, os faturamentos de R$678 bilhões com cartões de crédito e

de R$390 bilhões com cartões de debito representaram aumentos, em

relação aos valores do ano anterior, de cerca de 9% e de 12%,

respectivamente. Foram realizadas 5,7 bilhões de transações com

cartões de crédito e 6,5 bilhões de transações com cartões de débito

emitidos no país, cerca de 3% e 15% de crescimento em relação a

2014, respectivamente.

De outro lado, há a diversificação dos atores do mercado, especialmente pela

entrada das empresas de tecnologia no mercado financeiro, as denominadas Fintechs6. Neste

sentido, a regulamentação do Banco Central demanda que as regras dos arranjos de

pagamento prezem pela não discriminação entre seus participantes. Com isto, não só a entrada

de novos participantes é incentivada, como também são ditadas regras mais benéficas à

participação de múltiplos atores, propiciando a concorrência.

Esta diversificação também permite a capilarização das atividades. Isto porque, ao

incentivar a atuação diversificada dos participantes de arranjos de pagamentos e, por

6 O conceito de Fintechs é ora feito a título de esclarecimento apenas, eis que não será objeto do presente

trabalho. Na definição de Arner, o termo “Financial technology” ou “FinTech” “refere-se à utilização de

tecnologia para fornecer financeira soluções”. Aduz que “FinTech não é um desenvolvimento inerentemente

novo para a indústria de serviços financeiros” e descreve suas três etapas de evolução: FinTech 1.0, de 1866 a

1967, a indústria de serviços financeiros permaneceu; FinTech 2.0, de 1967 a 2008, desenvolvimento dos

serviços financeiros digitais tradicionais; FinTech 3.0, a partir de 2008, quando “novas empresas e empresas de

tecnologia estabelecidas começaram a oferecer produtos e serviços financeiros diretamente para as empresas e

o público em geral”. (ARNER, 2015, p. 3-6)

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consequência, favorecer a concorrência, permite-se que os serviços alcancem públicos ainda

não atendidos pelo sistema de pagamentos.

Tais aspectos revelam a relevância prática tema, em especial diante das

perspectivas de inovação no mercado de pagamentos eletrônicos. No que se refere à inovação,

a proposta é abarcar as novas tecnologias cujos lançamentos já foram divulgados, mas

também antever como a atual regulação é capaz de permitir a inovação, análise que será feita

a partir do estudo de caso ora proposto.

6 FONTES DE PESQUISA E MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO

A pesquisa partirá da análise legislativa e regulatória, permeada pelo aspecto

prático, isto é, pela observação direta da realidade.

Há pouca literatura jurídica específica sobre meios de pagamento eletrônico no

Brasil. Quando ela existe, limita -se a aspectos restritos como os direitos do consumidor de

cartão de crédito. Por esta razão, a presente pesquisa recorrerá a trabalhos de outras áreas do

saber, especialmente a Administração de Empresas e a Economia.

De outro lado, será feito uso de pesquisas em andamento sobre internet das coisas

e interoperabilidade, sobre as quais se dispõe de mais insumo.

A análise legislativa e regulatória terá por base os seguintes diplomas:

- Lei no 10.214, de 27 de março de 2001: Dispõe sobre a atuação das câmaras e

dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de

pagamentos brasileiro, e dá outras providências.

- Lei 12.865, de 9 de outubro de 2013 (Artigo 6º a Artigo 15): Dispõe, entre

outros, sobre os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento integrantes do Sistema

de Pagamentos Brasileiro (SPB).

- Resolução CMN 4.282, de 4 de novembro de 2013: Estabelece as diretrizes que

devem ser observadas na regulamentação, na vigilância e na supervisão das instituições de

pagamento e dos arranjos de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro

(SPB), de que trata a Lei no 12.865, de 9 de outubro de 2013.

- Circular BCB 3.765, de 25 de setembro de 2015: Dispõe, no âmbito de Arranjos

de Pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, sobre a compensação e a

liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito e sobre a interoperabilidade e altera a

Circular no 3.682, de 4 de novembro de 2013.

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- Circular BCB 3.735, de 2014: Disciplina as medidas preventivas aplicáveis aos

instituidores de arranjos de pagamento que integram o Sistema de Pagamentos Brasileiro

(SPB), com o objetivo de assegurar a solidez, a eficiência e o regular funcionamento dos

arranjos de pagamento.

- Circular BCB 3.721, de 2014: Dispõe sobre a obrigação de utilização, por

instituições financeiras e instituições de pagamento, de arquivos padronizados de agenda de

recebíveis.

- Circular BCB 3.682, de 2013: Aprova o regulamento que disciplina a prestação

de serviço de pagamento no âmbito dos arranjos de pagamentos integrantes do Sistema de

Pagamentos Brasileiro (SPB), estabelece os critérios segundo os quais os arranjos de

pagamento não integrarão o SPB e dá outras providências.

7 FAMILIARIDADE COM O OBJETO, ACESSIBILIDADE DE INFORMAÇÕES E

ENVOLVIMENTO PESSOAL

A autora é advogada regional de uma bandeira, ou seja, de uma instituidora de

arranjos de pagamento de origem americana e de operação global. Atuou na preparação do

regulamento da bandeira, submetido à aprovação do Banco Central; trabalha na

área contenciosa com a elaboração de contratos e com o consultivo geral da empresa.

Desde já, é importante ressaltar que a proposta de trabalho e eventuais conclusões

e proposições não refletem a opinião da empresa, mas, sim, da autora.

8 LITERATURA ESPECIALIZADA E OBRAS DE REFERÊNCIA

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9 SUMÁRIO PRELIMINAR

I. O Sistema de Pagamentos Brasileiro e sua rede contratual

1. Visão geral sobre a regulação pelo Banco Central

2. Composição dos Arranjos de Pagamentos

a. Bandeiras: Instituidor do arranjo

b. Emissores: Instituições financeiras e instituições de pagamento

c. Credenciadores: prestadores de serviço de rede e facilitadores de

pagamento

d. Câmaras e agentes de liquidação

3. Relações contratuais

a. Modelos de três partes e quatro partes

b. Contrato com portadores de cartões

c. Contrato de licença

d. Contratos de credenciamento de estabelecimentos comerciais

e. Contrato de liquidação

f. Contrato de domicílio bancário

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15

g. Contrato de interoperabilidade

h. Contrato de carteira digital

i. Instrumentos de garantia

i) Garantias exigidas pelo Banco Central

ii) Garantias exigidas pelo Instituidor do Arranjo de Pagamentos

iii) Garantias exigidas pelos credenciadores

II. Meios de pagamento eletrônico e inovação

1. Internet das coisas

a. Pagamentos com dispositivos vestíveis

III. Desafios jurídicos

1. Interoperabilidade

a. Pagamentos com dispositivos vestíveis

10 PRINCIPAIS ETAPAS E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

As principais etapas do trabalho de conclusão serão executadas de acordo com o

cronograma abaixo:

Principais etapas e cronograma de execução

Elaboração do anteprojeto de pesquisa 03/05/2016 a 05/07/2016

Elaboração da versão ao orientador do projeto de pesquisa 01/08/2016 a 16/08/2016

Elaboração da versão final do projeto de pesquisa 31/08/2016 a 14/09/2016

Elaboração da versão provisória do trabalho de conclusão

Pesquisa bibliográfica

Fichamento de obras de referência

Estudos de caso

Organização e preparação de rascunhos

Redação do texto

Consolidação do texto

Revisão final

15/09/2016 a 07/11/2017

Avaliação em seminário 21/12/2017

Elaboração da versão definitiva do trabalho de conclusão 22/12/2017 a 07/03/2018

Banca de avaliação Até 07/05/2018

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11 ESTIMATIVA DAS HORAS DE DEDICAÇÃO NECESSÁRIAS À REALIZAÇÃO

DE CADA ETAPA DO TRABALHO

As etapas da elaboração da versão provisória do trabalho de conclusão serão

executadas de acordo com o cronograma e estimativas de horas de dedicação necessárias à

realização de cada etapa do trabalho a seguir ilustrada:

Elaboração da versão provisória do trabalho de conclusão

Out/

2016

Dez/

2016

Jan/2

017

Fev/

2017

Ma/2

017

Abr/

2017

Mai/

2017

Jun/2

017

Jul/2

017

Ago/

2017

Set/2

017

Out/

2017

Nov/

2017

Pesquisa

bibliográfica e

fichamento 24h 24h 24h

Estudos de caso 24h 24h 24h

Redação do texto 30h 30h 30h

Consolidação do

texto 30h 30h

Revisão final 30h 30h