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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Produção Didático-Pedagógica - Professor PDE/2012

Titulo Estratégias para resolução de problemas na eletrodinâmica

Autor Carlos Francisco Tassi

Escola de Atuação Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli

Município da Escola

Grandes Rios – PR

Núcleo Regional de Educação

Ivaiporã – PR

Professor Orientador

Prof. Dr. Edson Laureto

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Londrina – UEL

Área do Conhecimento

Física

Produção Didático-Pedagógica

Unidade Didática

Publico alvo. Alunos do 3º Ano do Ensino Médio

Localização Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli, Avenida Brasil, 974 – Centro – Grandes Rios - PR.

Apresentação O presente material didático pedagógico foi elaborado no formato de Unidade Didática, e será desenvolvido com alunos do 3° ano A do Ensino Médio Regular do Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli, Ensino Fundamental e Médio, no município de Grandes Rios, no primeiro semestre de 2013, com o tema “Estratégias para a Resolução de Problemas na Eletrodinâmica”. Essa produção tem como objetivo buscar novas Estratégias para Resolução de Problemas na Eletrodinâmica, visando melhorar o processo de ensino/aprendizagem desse conteúdo, apresentando novas formas de aplicação das atividades. Espera-se que os alunos possam compreender a relação entre a teoria e pratica, pois, inicialmente, vendo os equipamentos, e após, trabalhar com interpretação de texto e a resolução de problemas literais e numéricos. As atividades procuram oportunizar as discussões em grupo, permitindo que haja uma melhor compreensão da situação-problema estudada.

Palavras-chave Estratégia, Problemas, ENEM, Eletrodinâmica, Aprendizagem.

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1 APRESENTAÇÃO

O presente material didático pedagógico foi elaborado no formato de

Unidade Didática, e será desenvolvido com alunos do 3° ano A do Ensino Médio

Regular do Colégio Estadual Comendador Geremias Lunardelli, Ensino Fundamental

e Médio, no município de Grandes Rios, no primeiro semestre de 2013, com o tema

“Estratégias para a Resolução de Problemas na Eletrodinâmica”.

Essa produção tem como objetivo buscar novas Estratégias para

Resolução de Problemas na Eletrodinâmica, visando melhorar o processo de

ensino/aprendizagem desse conteúdo, apresentando novas formas de aplicação das

atividades.

Espera-se que os alunos possam compreender a relação entre a teoria e

pratica, pois, inicialmente, vendo os equipamentos, e após, trabalhar com

interpretação de texto e a resolução de problemas literais e numéricos. As atividades

procuram oportunizar as discussões em grupo, permitindo que haja uma melhor

compreensão da situação-problema estudada.

2 INTRODUÇÃO

Na atualidade, os alunos do ensino médio aparentam estar desanimados

ou desmotivados para as atividades escolares em geral. Na disciplina de Física

apresentam muita dificuldade na compreensão dos conteúdos, pois encontram muita

dificuldade na resolução de cálculos na forma literal e também na forma numérica

No entanto, é grande a dificuldade relacionada à interpretação de textos, a qual é

necessária para a compreensão dos conteúdos apresentados, suas leis e teorias, e

qual a sua aplicação na realidade do dia a dia, pois somente desta maneira a

disciplina terá sentido.

Considerando a falta de habilidade da maioria dos alunos com relação à

interpretação de textos científicos e a resolução de problemas e, por conseqüência,

seu desinteresse pela disciplina de Física, o presente trabalho busca identificar

como a metodologia de interpretação de textos científicos e a resolução de

problemas, podem tornar as aulas de Física mais dinâmicas e interessantes,

levando o aluno do ensino médio à construção do conhecimento físico cientifico.

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O objetivo geral é explorar estratégias que facilitarão a compreensão do

conteúdo e também a resolução de problemas aplicados em Física.

Para isso, procurar-se-á:

- Identificar o prévio conhecimento dos alunos em relação à interpretação

de textos científicos.

- Perceber qual o grau de dificuldade ou facilidade na resolução de

problemas com cálculos matemáticos.

- Demonstrar que é possível aprender Física mais facilmente, se tiverem

maior facilidade na interpretação de textos científicos e na resolução de

problemas.

3 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM FÍSICA

A Física como estudo da natureza tem origem em tempos remotos, mas

somente passou a ser descrita a partir de Euclides, Ptolomeu e Aristóteles, e com

Galileu Galilei, a Física deu um grande passo, passando a ter uma nova forma de

conceber o universo, utilizando a matemática para descrever os fenômenos físicos.

O ensino de Física é relativamente recente no Brasil, se tornando

disciplina a partir de 1837, com a fundação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.

Naquela época, a disciplina de Física se baseava somente na transmissão oral de

informações, buscando preparar os alunos para os exames que permitiam a

continuação dos estudos.

A disciplina de Física deve permitir que os alunos compreendam os

conceitos, as leis e teorias e que entendam a ocorrência de fenômenos físicos

naturais e a utilização de tecnologias.

Segundo o site Educador Brasil Escola,

a Física é a ciência que busca entender e descrever os fenômenos que ocorrem na natureza. É difícil falar qual é o campo de atuação da Física, pois ela não tem delimitações e está sempre em contínua evolução, buscando descrever e desvendar novos fenômenos da natureza. No cotidiano, por mais que passem despercebidos, os fenômenos físicos estão sempre presentes. A Física, de um modo geral, está presente em todas as atividades do homem, sempre com a preocupação de estudar e compreender os fenômenos naturais. (SILVA, 2012).

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Mas, na escola, é de praxe que a teoria e os conceitos físicos sejam

relegados a um segundo plano, e que o foco seja na resolução de problemas

matemáticos. No entanto, é justamente a resolução de problemas a fonte de maior

dificuldade entre os alunos do Ensino Médio, pois, para sua resolução, é necessária

a interpretação e a correta compreensão do problema para a extração adequada dos

dados nele apresentados.

Para Sayonara Salvador Cabral da Costa e Marco Antonio Moreira

(2000),

a resolução de problemas em sala de aula é uma habilidade pela qual o indivíduo externaliza o processo construtivo de aprender, de converter em ações, conceitos, proposições e exemplos adquiridos (construídos) através da interação com professores, seus pares e materiais instrucionais.

Já Cláudia de Oliveira Lozada (2006) diz que

a resolução de problemas consiste em sua maioria na aplicação de fórmulas sem aparente relação com o conceito físico, constituindo-se em mecanização de procedimentos, propagando-se o que se tem denominado de “matematização” do Ensino de Física. Este processo de “matematização” verificado em nossas escolas nas aulas de Física, caracteriza-se pela excessiva ênfase na apropriação de conceitos matemáticos para resolver problemas de Física, sem conexão com os fenômenos físicos em estudo.

Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná para a

disciplina de Física, consta que:

o professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de Física, mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e extrapole a simples substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza (PARANÁ, 2008).

Para Arden Zylbersztajn (1998),

à distância entre a importância que a resolução de problemas tem para a disciplina e a postura docente de não investir didaticamente nesta área, jogando a culpa na falta de pré-requisitos teóricos, o que acaba levando a uma ênfase na quantidade de problemas a serem resolvidos, em detrimento da qualidade dos mesmos e dos processos de resolução e discussão; ou no que diz respeito às grandes dificuldades dos estudantes de transferirem o que aprenderam para novas situações.

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Por outro lado, pode-se argumentar que é ilusório esperar que os alunos

aprendam perfeitamente a teoria antes, para depois aplicá-la aos problemas.

Estamos tratando de um processo concomitante e interdependente, pois, ao mesmo

tempo em que a teoria é necessária para resolver problemas, ela também é

aprofundada e assimilada através da resolução de problemas, e o mesmo pode ser

dito com relação aos procedimentos matemáticos aplicados à disciplina de Física.

4 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Neste trabalho, serão utilizadas as seguintes estratégias para dar

orientação ao processo de resolução de problemas e facilitar a aprendizagem:

A primeira estratégia leva o aluno a compreender e familiarizar-se com os

conceitos, leis e princípios da Física, garantindo-lhes o entendimento dos seus

significados no mundo vivencial, nos equipamentos e procedimentos tecnológicos.

A segunda estratégia consiste em desenvolver nos estudantes a

habilidade para manipular os conceitos fundamentais da física, através da

interpretação de textos e a resolução de problemas, de forma literal e também

numérica e de aplicá-los na análise de situações conceituais.

O modelo proposto aborda as dificuldades frequentemente encontradas

pelos estudantes na resolução de problemas, as quais são pontuadas em seis

etapas: (i) a compreensão do conteúdo (através de leitura e interpretação de textos);

(ii) o problema; (iii) a compreensão do problema; (iv) a elaboração de um plano de

ação; (v) a resolução do problema; e (vi) a comprovação do resultado.

Procura-se, por meio dessas tarefas, possibilitar ao aluno compreender e

construir os conceitos sobre corrente elétrica, tensão, potência e resistência elétrica.

Para realizá-las, os alunos, em alguns momentos, estarão

individualmente, e em outros momentos, estarão organizados em pequenos grupos

e, deverão discutir com os colegas, resolvê-las e, em seguida, colocar suas

conclusões no grande grupo, envolvendo toda a classe. Assim, terão a oportunidade

de expor suas ideias, ouvir a de seus colegas, interagindo com a turma, por meio do

diálogo e do respeito.

As atividades descritas a seguir foram baseadas no texto da referência

Grupo de Reelaboração do Ensino de Física (2006).

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5 ATIVIDADES

5.1 ATIVIDADE 1

Na aplicação da Unidade Didática, iniciaremos com a apresentação de

alguns aparelhos elétricos resistivos, por exemplo, um chuveiro elétrico e lâmpadas

incandescentes de diversas potências. O chuveiro será desmontado, e apresentado

as partes do mesmo para os alunos, dando maior ênfase ao resistor (popularmente

conhecido como resistência) e nas lâmpadas, mostrar o que é o resistor, mas,

chamando a atenção principalmente para a potência. A observação direta desses

aparelhos permite, já de inicio, que os alunos possam identificar as partes que

compõem esses aparelhos e as condições necessárias para o perfeito

funcionamento dos mesmos. Já, neste momento, devem surgir perguntas

relacionadas à Eletrodinâmica, que envolvem os conceitos de corrente elétrica,

tensão, potência e resistência elétrica. Nesta etapa os alunos ainda não conhecem

os conceitos específicos da eletrodinâmica, mas como eles aparecem já podem ser

associados ao seu funcionamento. O objetivo inicial é fazer com que os alunos

percebam que a potencia e a resistência tem relação em como uma lâmpada ser de

40W, 60W ou 100W, ou porque no chuveiro tem a posição inverno ou verão.

5.2 ATIVIDADE 2

Visando conhecer as condições de funcionamento dos aparelhos

elétricos, será pedido para os alunos realizem uma pesquisa nos aparelhos elétricos

que existem em suas casas e também na escola, onde devem constar os dados

fornecidos pelos fabricantes dos aparelhos, exigidas para o seu perfeito

funcionamento.

Com a organização desses dados possibilitará uma visão das grandezas

físicas relevantes no estudo dos aparelhos resistivos.

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Estes dados estarão dispostos em uma tabela, como no modelo abaixo:

APARELHO TENSÃO POTÊNCIA FREQUÊNCIA CORRENTE

EL. OUTRAS

INF.

Chuveiro

Rádio

Maquina de lavar

Calculadora

Aparelho de som

Lâmpada

Liquidificador

TV de Tubo

TV de LCD

TV de LED

Computador

Impressora

listar outros aparelhos se os tiverem

Após a realização da coleta de dados, será feito o levantamento e a

organização das informações coletadas pelos próprios alunos, esta pesquisa além

de permitir a introdução do conteúdo da Eletrodinâmica, permite ao aluno vivenciar o

conhecimento dos conteúdos através de objetos concretos; o que lhe permitirão

fazer alguns questionamentos como: porque tem aparelho que funciona em 110V e

outro em 220V? Porque uma lâmpada é 40W, outra 60W e outra 100W? O que é

frequência? Qual a diferença entre a energia da pilha ou bateria com a energia

elétrica das nossas casas?

Estas dúvidas são importantes para que o aluno se interesse mais por

este assunto e lhe permitirá a ampliação do seu conhecimento.

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5.3 ATIVIDADE 3

Esta atividade a ser feita é a classificação dos aparelhos encontrados em

seus devidos grupos. Mas, neste momento trabalharemos somente com os

Aparelhos Resistivos, que reúnem elementos em comum, pois produzem

essencialmente aquecimento quando de seu funcionamento. Como representantes

desse grupo escolheremos as lâmpadas e chuveiros, para dar continuidade em

nossas atividades.

As lâmpadas incandescentes são usualmente constituídas de um

filamento encerrado em um bulbo de vidro onde há um gás à baixa pressão. O

filamento é normalmente feito de tungstênio, pois esse material apresenta alto ponto

fusão. Essas lâmpadas de filamento, classificadas no grupo dos resistivos, podem

apresentar diferentes potências quando submetidas à mesma tensão. Ao

examinarmos um conjunto de lâmpadas produzidas para operarem na mesma

tensão, mas com potências diferentes e que sejam procedentes de um mesmo

fabricante, notamos que as lâmpadas de filamentos mais espessos desenvolvem

maior potência.

Nos chuveiros, as ligações inverno/verão também correspondem, para

uma mesma tensão, a distintas potências. Neste caso, a espessura do fio enrolado

(resistor) comumente chamado de "resistência" é uniforme. Nota-se, no entanto que

as ligações inverno/verão são obtidas usando-se comprimentos diferentes do

resistor. Na ligação "inverno" utiliza-se um pequeno pedaço do condutor enrolado,

enquanto que na ligação "verão" usa-se um pedaço maior deste mesmo fio.

Nas lâmpadas de mesma tensão, tais fios apresentam espessuras

diferentes para as diferentes potências. Nos chuveiros é o comprimento do fio

enrolado que muda ao passar da ligação de "verão" para "inverno".

5.4 ATIVIDADE 4

Nesta atividade, será feito o estudo da teoria sobre o tema eletrodinâmica,

onde os alunos farão a interpretação dos textos, com auxilio de questões pré-

elaboradas e também produzir novas questões.

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Texto 1 - Conceitos fundamentais de Eletrodinâmica

Analisando o chuveiro e as lâmpadas, percebemos que existe algo em

comum nesses aparelhos: neles existe um fio. Esse fio é a “resistência” do chuveiro,

ou o filamento da lâmpada. Tais fios são feitos de um material denominado metal.

Um metal, assim como toda a matéria do Universo, é composto de átomos. Átomos

são os constituintes da matéria. Por sua vez, um átomo é constituído de um núcleo e

de elétrons em torno desse núcleo. O núcleo é composto de prótons e nêutrons. Na

nossa discussão sobre metais, não vamos nos preocupar com a estrutura atômica,

muito menos com a estrutura nuclear. O que importa é ter a ideia de que o fio

metálico é constituído de átomos, que possuem núcleos e elétrons em torno desses

núcleos. Nos metais, vários desses elétrons se movimentam aleatoriamente ao

longo do volume do fio. Neste movimento, eles se chocam uns contra os outros e

com os núcleos dos átomos. A energia responsável por esse movimento caótico

está relacionada com a temperatura do fio. A esse fenômeno damos o nome de

agitação térmica.

Isso tudo acontece no fio da “resistência” do chuveiro, ou no filamento da

lâmpada, mesmo quando o chuveiro e a lâmpada estão desligados. E quando um

chuveiro (ou uma lâmpada) é ligado?

O que observamos é que a água que sai do chuveiro fica aquecida, e o

filamento da lâmpada acende, ou seja, produz luz. Além disso, o bulbo (vidro que

reveste o filamento) da lâmpada também fica quente (não vá tocar numa lâmpada

incandescente acesa que você vai queimar a sua mão!). Isso acontece por que

quando ligamos um chuveiro ou uma lâmpada, permitimos que passe pelo fio

metálico algo que conhecemos como corrente elétrica.

A corrente elétrica nada mais é que um fluxo de elétrons. Podemos fazer

uma analogia com o fluxo de água que sai de uma mangueira ligada a uma torneira

(fonte de água), ao abrirmos a torneira. Da mesma maneira, existe um fluxo de

elétrons através do fio metálico quando o fio está ligado a uma fonte de energia

elétrica.

Sendo a corrente elétrica definida pelo fluxo de elétrons, a relação

matemática que determina a corrente é

i = Q/∆t (Eq. 1)

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onde o símbolo Q expressa a carga elétrica total que atravessa uma seção reta do

fio, em um intervalo de tempo ∆t. Por seção reta (ou seção transversal) queremos

dizer a área de um corte transversal no fio, como ilustrado na Figura 1. Usando

novamente a analogia com a água na mangueira, isso seria equivalente à

quantidade de água que passa pela boca da mangueira (na boca, a mangueira foi

cortada transversalmente, certo?).

Figura 1 – Representação de um corte transversal feito em um pedaço de fio metálico, com indicação de sua seção reta.

Se Q é a carga elétrica total, e cada elétron possui uma carga elétrica

conhecida, a qual designaremos por qe, então:

Q = N. qe (Eq. 2)

onde N é o número de elétrons que atravessa a área da seção reta do fio. O símbolo

qe indica a carga elétrica de cada elétron, a qual vale 1,6x10-19 C. A letra C indica a

unidade de carga elétrica, denominada Coulumb (lê-se “cúlumb”).

Aqui entra outro aspecto importante: para o aparelho “funcionar”, ele

precisa estar conectado a uma fonte de energia elétrica. Você irá perceber que o

chuveiro está conectado à instalação elétrica da sua casa por meio de fios que

também são metálicos (esses fios normalmente estão encapados com uma proteção

de plástico ou borracha). A lâmpada está conectada a um soquete, e ao soquete

estão conectados fios que passam pelo interruptor na parece, e que também são

ligados à instalação elétrica da residência (geralmente estes fios ficam escondidos

dentro das paredes).

Portanto, a energia elétrica vem através dos fios e cabos metálicos que

compõem a instalação elétrica da sua casa. Se você acompanhar essa instalação,

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verá que ela começa em um poste instalado próximo a algum muro da sua casa, e

que esse poste está conectado, também por meio de cabos metálicos, à rede

elétrica da rua. Essa rede traz a energia elétrica desde a fonte, que são as usinas

produtoras de energia elétrica (no Brasil, a principal fonte de energia elétrica são as

usinas hidrelétricas). O estudo das fontes de energia elétrica, e de como a energia

elétrica é produzida, é outro assunto. Para entendermos o porquê de existir uma

corrente elétrica em um aparelho ligado, vamos simplesmente considerar que a

energia elétrica é estabelecida por uma grandeza física que denominamos diferença

de potencial. É por causa da diferença de potencial, que é criada lá na fonte de

energia elétrica, que é possível estabelecer uma corrente elétrica em um fio

metálico. A diferença de potencial (ddp) é medida em volts (símbolo V). Em nossas

casas temos a possibilidade dessa ddp ser 110 V ou 220 V. A ddp também é

conhecida por tensão (observação: na rede elétrica das ruas, essa tensão é muito

maior, da ordem de milhares de volts).

O porquê dos valores da ddp ou da tensão serem 110 ou 220 V é uma

outra história. O que nos importa é que, ao conectar o aparelho na instalação

elétrica, os cabos e fios ficarão sujeitos a uma diferença de potencial ou tensão

elétrica.

Vamos agora lembrar que, em um fio metálico, os elétrons estão se

movendo aleatoriamente. Mas quando o fio está submetido a uma ddp, o movimento

dos elétrons passa a ser ordenado, isto é, o movimento passa a ter um sentido

preferencial. O movimento dos elétrons em um sentido preferencial é o que constitui

a corrente elétrica.

Resumindo, é a diferença de potencial, ou a tensão elétrica, produzida na

usina e trazida até a instalação elétrica das nossas casas pelas linhas de

transmissão, que provoca a corrente elétrica necessária para o funcionamento dos

aparelhos elétricos, como chuveiros e lâmpadas. Como já mencionado, a unidade de

tensão elétrica é o Volt, simbolizado pela letra V. Já a corrente elétrica é dada em

Amperes, simbolizada pela letra A. É importante salientar que não é só pelos fios

metálicos que a corrente elétrica pode passar. Se segurarmos um fio (ou uma peça

metálica qualquer) que estiver conectado a uma fonte de energia elétrica (uma

tomada ou uma bateria, por exemplo), é possível que o nosso corpo seja percorrido

por uma corrente elétrica. Dependendo do seu valor (ou seja, da sua intensidade),

poderemos sentir os efeitos dessa corrente, que pode inclusive ter sérias

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consequências (no Anexo você encontrará um texto sobre os efeitos fisiológicos da

corrente elétrica).

Nas especificações de chuveiros e lâmpadas, nos deparamos com outra

grandeza: a potência, dada em Watts (símbolo W). A potência elétrica está

relacionada com o quanto o chuveiro irá aquecer a água que passa por ele, ou à

intensidade luminosa de uma lâmpada (é fácil perceber que uma lâmpada de 40 W

ilumina menos que uma lâmpada de 100 W). Essa grandeza física está diretamente

relacionada com a tensão e como a corrente elétrica. A potência é definida pelo

produto da tensão pela corrente. Matematicamente, podemos expressar isso como:

P = U.i (Eq. 3)

onde designamos por U a ddp, por i a corrente elétrica e por P a potência. Perceba

que a unidade W é justamente o resultado da multiplicação de Volt por Ampere, isto

é:

1 W = 1 V x 1 A, ou W=V.A

Assim, uma vez que seja aplicada a um aparelho uma ddp fixa (110 ou

220 V), a potência que esse aparelho fornece (denominamos isso de potência

dissipada) é diretamente proporcional ao valor da corrente elétrica que passa pelo

aparelho. Mas então, por que alguns aparelhos fornecem (ou consomem) maior

potência que outros? O que tem de diferente entre uma lâmpada de 40 W e outra de

100 W?

O que está por trás disso é outra grandeza física, denominada resistência

elétrica, representada pela letra R. A resistência elétrica de um fio é definida pela

razão entre a ddp aplicada e a corrente elétrica produzida:

R = U/i (Eq. 4)

Microscopicamente, a resistência elétrica está relacionada com a

“dificuldade” que os elétrons enfrentam para percorrer a extensão do fio metálico.

Isso basicamente envolve as colisões que os elétrons têm entre si e com os átomos

que compõem o material do fio. Equacionar esse problema é geralmente bastante

complexo, mas em termos gerais, a resistência elétrica está relacionada com três

parâmetros: dois são geométricos, o comprimento e a área transversal do fio, e o

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outro que é uma propriedade específica do material, denominada resistividade.

Esses parâmetros são combinados para definir a resistência elétrica como:

R = ρρρρ.l/A (Eq. 5)

onde o símbolo ρ (lê-se “rô”) representa a resistividade, l é o comprimento do fio, e A

é a área da seção transversal. A área da seção reta (ou transversal), como indicado

na Figura 2, está relacionada com a espessura ou bitola dos fios, tanto os usados

nas instalações elétricas quanto aos que compõem os aparelhos. A resistência

elétrica é dada em Ohms (lê-se “ôms”), cujo símbolo é a letra grega Ω.

Figura 2 – Indicação das grandezas comprimento e área da seção transversal de um pedaço de fio.

O que a Eq. 5 quer dizer? Podemos observar que, uma vez que a

resistividade do material seja constante, a resistência vai depender diretamente do

comprimento l, e inversamente da área A. Ou seja, quanto maior o comprimento do

fio, maior a resistência do fio; e quanto mais grosso o fio, menor a resistência do fio.

Agora faça uma conexão dessas informações com a Eq. 4. A corrente elétrica será

dada em termos de uma ddp U fixa. Assim, reescrevendo a Eq. 4 como i = U/R,

teremos uma corrente elétrica maior quando a resistência elétrica R for menor.

Agora lembre-se da Eq. 3, que relaciona a potência P com a corrente elétrica. Para

diminuir a resistência, podemos, por exemplo, encurtar o fio, o que aumenta a

corrente e, portanto, também aumento a potência (é o que se faz para aquecer

maior a água na posição “inverno” ou “quente” do chuveiro). A espessura do

filamento de uma lâmpada de 100 W é maior do que o filamento de uma lâmpada de

40 W (procure comparar lâmpadas do mesmo fabricante!). Quanto maior a

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espessura, maior a área transversal A e, portanto, menor a resistência R. Diminuindo

R aumentamos a corrente i, o que faz aumentar a potência P.

Se formos analisar a nossa “conta de luz”, veremos que o consumo de

energia é dado em kWh. Que unidade é essa? O que está sendo cobrado na conta?

Essa unidade é lida como “quiloWatt-hora”. Já vimos que o Watt é a

unidade de potência elétrica. O “quilo” vem da multiplicação de 1 Watt por 1000,

assim como um quilograma equivale a mil gramas, ou um quilômetro equivale a mil

metros. A multiplicação do “quiloWatt” pela grandeza “hora” indica que a potência

está sendo multiplicada por um fator de tempo. É justamente isso que define a

energia elétrica consumida:

E = P.∆t (Eq. 6)

ou seja, a energia elétrica E consumida por um aparelho é a potência

dissipada pelo aparelho vezes o tempo em que o aparelho fica ligado. No caso do

consumo doméstico, essa potência é dada em Quilowatts, e o tempo é dado em

horas (1 hora = 60 minutos = 60x60 segundos = 3600 segundos).

No quadro a seguir fornecemos as grandezas que apresentamos nesse

estudo.

GRANDEZA FÍSICA SÍMBOLO UNIDADE

Resistência elétrica R Ohm (Ω)

Corrente elétrica I Ampere (A)

Diferença de potencial ou tensão elétrica

U Volt (V)

Potência P Watt (W)

Energia elétrica E quiloWatt-hora (kWh)

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As expressões matemáticas que relacionam essas grandezas são listadas

a seguir:

i = Q/∆t (Eq. 1)

Q = N.qe (Eq. 2)

P = U.i (Eq. 3)

R = U/i (Eq. 4)

R = ρ.l/A (Eq. 5)

E = P.∆t (Eq. 6)

Convém destacar que a resistividade elétrica é uma propriedade

específica de cada material. Assim, o cobre possui uma resistividade própria, assim

como o ferro e o alumínio. No entanto, a resistividade também varia com a

temperatura do material. Em geral, quanto maior a temperatura, maior é o valor da

resistividade do metal.

Texto 2 - CHOQUE ELÉTRICO NO CORPO HUMANO

(extraído de: GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA - GREF. Física 3 : Eletromagnetismo. 5. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006).

a) Efeitos da corrente elétrica no corpo humano

O corpo humano é muito sensível à corrente elétrica. Isso ocorre porque

as atividades musculares, incluindo-se a respiração e os batimentos cardíacos, são

controladas por correntes elétricas internas. A corrente elétrica de origem externa

pode resultar em graves descontroles, tais como paralisia respiratória, fibrilação

ventricular ou parada cardíaca. Os principais efeitos da corrente elétrica pelo corpo

humano são resumidos na tabela a seguir. Os resultados apresentados deduzidos

de experiências com animais e eventuais acidentes e, assim, devem ser entendidos

como bastante aproximados.

A fibrilação ventricular é um dos efeitos mais graves, porque pode levar à

morte em poucos minutos, podendo ser induzida por uma corrente tão baixa quanto

50µA aplicada diretamente no coração. A fibrilação ventricular se caracterizada por

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movimentos de contração não coordenados dos ventrículos, resultando o

desaparecimento do bombeamento sanguíneo. O que torna a fibrilação ventricular

particularmente perigosa é que, uma vez iniciada, ela raramente cessa

espontaneamente, devendo o batimento cardíaco normal ser restaurado com auxílio

através de técnicas de desfibrilação.

No caso de corrente elétrica nas partes menos vitais do corpo (por

exemplo, entre os dedos polegar e indicador da mesma mão), os valores de corrente

toleráveis certamente são bem maiores que os indicados na tabela, mas neste caso

podem ocorrer graves queimaduras. (GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO

DE FÍSICA, 2006).

Efeitos da Corrente Elétrica no Corpo Humano

Corrente elétrica* (60Hz) duração Efeitos mais grav es**

0 a O.5mA qualquer nenhum

0.5 a 2mA qualquer limiar de percepção

2 a 10mA qualquer dor

contração muscular

descontrole muscular

10 a 25mA minutos contração muscular

dificuldade respiratória

aumento da pressão arterial

25 a 50mA segundos paralisia respiratória

fibrilação ventricular

inconsciência

50 a 200mA mais de um

ciclo cardíaco

fibrilação ventricular

Inconsciência

paralisia respiratória

marcas visíveis

acima de 200mA menos de um

ciclo cardíaco

fibrilação ventricular

inconsciência

marcas visíveis

acima de 200mA mais de um

ciclo cardíaco

parada cardíaca reversível

inconsciência

queimaduras

*As faixas de valores para a corrente elétrica são muito aproximadas e devem praticamente ser consideradas como ordens de grandeza . ** Grande probabilidade de ocorrência.

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b) Corrente elétrica entre uma das mãos e a terra

A corrente elétrica que circula pelo corpo é dada pela lei de Ohm: i = U/R

onde R é a resistência do corpo correspondente à porção do corpo que faz parte do

circuito elétrico e pode variar enormemente dependendo basicamente dos seguintes

fatores:

- acoplamento entre a mão do indivíduo e o condutor, que depende essencialmente do estado de umidade da pele e área de contato;

- frequência da corrente elétrica; - resistência elétrica interna associada ao percurso da corrente no corpo, que usualmente é bem menor que a resistência associada ao contato entre a pele e o condutor;

- acoplamento entre os pés do indivíduo e o piso; - acoplamento entre o piso e a própria terra. Como medida de prevenção contra choque elétrico, nunca se deve tocar

em um condutor sem isolamento adequado e muito menos agarrar o condutor, pois,

em caso de choque, a contração muscular poderá resultar em aperto ainda maior do

condutor pela mão.

Sapatos com sola de borracha grossa ou piso com bom revestimento

isolante constituem uma boa proteção adicional contra choque elétrico entre a mão e

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a terra, no caso de tensão doméstica (= 120V - 60Hz) e ambientes secos. No caso

de ambientes molhados, tais proteções podem ser completamente inúteis.

No caso de tensões altas (≥ 500V) a descarga elétrica pode ocorrer

através de rachaduras ou fissuras no isolante, ou ainda pela superfície do mesmo

dependendo de umidade, sujeira ou outros fatores. Isto significa que no caso de

altas tensões, sapatos ou pisos isolantes comuns podem ser cuidados inúteis,

mesmo em ambientes relativamente secos.

c) Choque elétrico entre uma das mãos e a outra

Esta situação é muito mais perigosa que a anterior. Isto porque todos os

cuidados de isolamento em relação à terra tornam-se completamente inúteis e, além

disso, a corrente elétrica passa diretamente pelo coração, podendo-se presumir que

a corrente (total) para provocar fibrilação ventricular é menor neste caso.

Um cálculo estimativo simples mostra o perigo do caso acima. A

resistência do corpo entre as mãos muito suadas pode ser tão baixa quanto 2000Ω.

Pegando-se um em cada mão, os fios de uma tomada comum da rede doméstica

(120V entre fase e neutro), a corrente elétrica pelo corpo em tais condições poderá

ser:

i = U/R = 120V/2K Ω = 60mA.

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Esta corrente é suficiente para provocar paralisia respiratória ou fibrilação

ventricular.

O exemplo acima demonstra claramente que é falsa a idéia de que

tensões relativamente baixas, tais como a rede elétrica doméstica, sejam seguras.

A regra básica de prevenção contra choque elétrico entre as duas mãos

consiste em NUNCA USAR AS DUAS MÃOS SIMULTANEAMENTE em pontos

diferentes de um circuito elétrico. Por exemplo, nunca se deve pegar dois fios

(mesmo isolados) com mãos diferentes, nunca manusear aparelhos diferentes

simultaneamente, com uma mão em cada um etc. Técnicos que trabalham em

instrumentos com alta tensão costumam dizer que "deve-se trabalhar com uma das

mãos no bolso".

O manuseio do multímetro deve ser feito com cuidado. Apesar de as

pontas de prova serem isoladas, nunca devem ser manuseadas com mãos

diferentes simultaneamente.

d) Ligação de instrumentos à "terra"

Toda instalação elétrica (mesmo a doméstica) deveria ter um terminal

para ligação à "terra" (ou simplesmente um fio terra), de forma que todas as tomadas

elétricas tivessem um terceiro pino para esta ligação.

O "terra" é construído enterrando-se, no local da instalação, condutores

em terra úmida juntamente com sais e outras substâncias para garantir alta

condutância elétrica entre os condutores e a terra propriamente dita.

Como medida de segurança, todas as caixas metálicas dos instrumentos

e blindagens de fios devem ser ligados ao fio terra.

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O aterramento das carcaças metálicas coloca todas elas num mesmo

potencial elétrico, que é o mesmo que o da terra no local da instalação. Este

procedimento apresenta grandes vantagens tais como:

- prevenção de choque elétrico entre a mão do operador e o piso, pois a caixa de cada instrumento está com o mesmo potencial que o piso. Particularmente perigoso é um chuveiro elétrico de carcaça metálica não aterrada;

- prevenção de choque quando o operador manusear simultaneamente instrumentos diferentes, pois os instrumentos estão num mesmo potencial;

- prevenção de faíscas entre instrumentos quando eles se tocam. Instrumentos mais sensíveis podem ser danificados por tais faíscas, quando as carcaças tiverem potenciais diferentes.

Além das vantagens acima, um bom "terra" pode ser uma referência

elétrica estável para a realização de medidas, e interferências externas (ruídos) nas

medidas diminuem quando as caixas dos instrumentos são aterradas (blindagem).

Texto 3 - Etapas para a resolução de problemas

1) Ler e interpretar o enunciado

A leitura cuidadosa e a interpretação correta do enunciado é um passo

fundamental para a resolução de um problema de Física. Não adianta nada você

saber todas as relações matemáticas envolvidas, conhecer todas as grandezas

físicas relacionadas com a questão, ter um domínio profundo do conteúdo. Se você

não entender o que o enunciado está dizendo, não será possível resolver o

problema. Portanto, uma leitura atenta e uma interpretação correta do enunciado é

essencial para a resolução.

2) Fazer um esquema

Uma dica é, sempre que possível, fazer um desenho representando a

situação colocada pelo enunciado. Não precisa ser uma obra de arte, basta um

simples esquema (usando formas primárias, como círculos, retângulos, setas) para

construir uma imagem daquilo que o enunciado está dizendo. Isso ajudará você a

perceber se realmente entendeu o que está descrito no enunciado. E lembre-se do

velho ditado: mais vale uma imagem do que mil palavras...

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3) Coletar os dados (verificar as unidades e fazer as conversões, quando

necessário) e identificar a(s) incógnita(s).

Uma vez entendido o enunciado, é hora de fazer uma lista dos dados que

o problema está fornecendo. Geralmente, na situação que o enunciado coloca,

existe uma série de valores para diversas grandezas. Identificá-las corretamente é

outro ponto essencial. É importante também você atribuir um símbolo a cada uma

dessas grandezas. Por exemplo, indicar o tempo pela letra t, a massa de um corpo

pela letra m, a corrente elétrica pela letra i, e assim por diante. Em diversas

situações será necessário usar, além de um símbolo, um sub-índice para diferenciar

dois valores de uma mesma grandeza física. Por exemplo, o problema envolve dois

corpos, um de massa m1 e outro de massa m2. Ou um evento ocorre em um instante

inicial t i e outro evento no instante final tf. Essa diferenciação é importante para, no

momento de substituir valores nas equações, não cometermos o erro de atribuir um

valor indevido a uma determinada grandeza.

Também é preciso estar atento às unidades. As unidades precisam ser

coerentes. Por exemplo, um deslocamento é de 1 quilômetro, e outro é de 200

metros. Se for preciso somar esses deslocamentos, não poderemos simplesmente

somar os números, ou seja, 1+200 = 201. É preciso colocá-los na mesma unidade

(ou fazer a “conversão” de unidades). É recomendável que se use sempre o Sistema

Internacional de Unidades (SI). Neste sistema, o tempo é dado em segundos (s), a

distância em metros (m), a massa em quilogramas (kg), etc. Enfim, feita a lista de

dados, a conversão das unidades, e identificando a incógnita, teremos condições

para elaborar um plano de resolução para o problema.

4) Aplicar as equações para obter o valor da incógnita (seja ele numérico ou literal)

Para resolver o problema, precisaremos aplicar uma ou algumas

equações, até determinar o valor da incógnita. Para isso, é aconselhável elaborar

um plano. Qual equação usarei primeiro? Para determinar qual grandeza? Isso vai

servir pra quê? Onde quero chegar? Obviamente, todas as “contas” deverão ser

feitas com o objetivo de determinar um valor (seja numérico ou literal) para a

incógnita. Mas isso geralmente não é um processo direto, onde basta substituir

valores em uma equação e pronto, já está lá o valor da incógnita. Às vezes nos

deparamos ainda com problemas que pedem mais que uma incógnita, e o valor da

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segunda incógnita depende do valor da primeira. Assim, um planejamento ajudará a

resolução do problema. Como tudo na vida, quando se planeja, a chance de dar

certo é bem maior.

5) Fazer uma revisão da solução para detectar possíveis erros

Executamos então todos os passos: lemos e entendemos o enunciado,

fizemos um esquema para visualizar melhor à situação, construímos uma lista dos

dados, convertemos as unidades quando foi necessário, identificamos a incógnita

(ou as incógnitas), elaboramos um plano para a resolução, aplicamos esse plano

usando as equações adequadas, e encontramos o valor para a incógnita (ou

incógnitas). Terminado o trabalho? NÃO! É muito importante fazer uma revisão. Uma

análise cuidadosa dos passos executados na resolução do problema pode identificar

eventuais erros cometidos. É nessa hora que encontramos aquelas pequenas falhas

(por exemplo, uma troca de sinal que não foi feita, ou uma potência de dez que não

foi devidamente efetuada) que acabam resultando numa resposta errada, mesmo

que o procedimento da resolução tenha sido o correto. Portanto, sempre que

terminar de resolver um problema, faça uma revisão do que foi feito. Pode ter

certeza, vai valer a pena.

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APLICAÇÕES – RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE ELETRODINÂMI CA

Problema 1

Enem 2011 - Questão 59 Amarelo

Em um manual de um chuveiro elétrico são encontradas informações

sobre algumas características técnicas, ilustradas no quadro, como a tensão de

alimentação, a potência dissipada, o dimensionamento do disjuntor ou fusível, e a

área da seção transversal dos condutores utilizados.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Especificação

Modelo A B

Tensão (V~) 127 220

О 0 0

2440 2540

4400 4400

Potencia

(Watt)

Seletor de Temperatura

Multitemperaturas

5500 6000

Disjuntor ou Fusível (Ampère) 50 30

Seção dos Condutores (mm2) 10 4

Uma pessoa adquiriu um chuveiro do modelo A e, ao ler o manual,

verificou que precisava ligá-lo a um disjuntor de 50 ampères. No entanto, intrigou-se

com o fato de que o disjuntor a ser utilizado para uma correta instalação de um

chuveiro do modelo B devia possuir amperagem 40% menor.

Considerando-se os chuveiros de modelos A e B, funcionando à mesma

potência de 4400 W, a razão entre as suas respectivas resistências elétricas, RA e

RB, que justifica a diferença no dimensionamento dos disjuntores, é mais próxima

de:

A) 0,3.

B) 0,6.

C) 0,8.

D) 1,7.

E) 3,0.

Resposta: Alternativa A

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Resolução:

Podemos calcular a potencia dissipada por:

Chuveiro A Chuveiro B

PA = UA2 PB = UB

2

RA RB

Sendo as potencias dissipadas pelos chuveiros iguais, temos:

PA = PB

UA2 = UB

2

RA RB

(127)2 = (220)2

RA RB

RA = 16129 = 0,33

RB 48400

Então, a razão é aproximadamente de 0,3

Problema 2

Enem 2010 - Questão 84 Azul

Quando ocorre um curto-circuito em uma instalação elétrica, como na

figura, a resistência elétrica total do circuito diminui muito, estabelecendo-se nele

uma corrente muito elevada.

O superaquecimento da fiação, devido a esse aumento da corrente

elétrica, pode ocasionar incêndios, que seriam evitados instalando-se fusíveis e

disjuntores que interrompem essa corrente, quando a mesma atinge um valor acima

do especificado nesses dispositivos de proteção.

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Suponha que um chuveiro instalado em uma rede elétrica de 110 V, em

uma residência, possua três posições de regulagem da temperatura da água. Na

posição verão utiliza 2 100 W, na posição primavera, 2 400 W, e na posição inverno,

3200W. (GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA, 2006. Adaptado).

Deseja-se que o chuveiro funcione em qualquer uma das três posições de

regulagem de temperatura, sem que haja riscos de incêndio. Qual deve ser o valor

mínimo adequado do disjuntor a ser utilizado?

A) 40 A

B) 30 AC) 25 A

D) 23 A

E) 20 A

Resposta: Alternativa B

Resolução:

Extraindo os dados temos:

U = 110V

P1 = 2100W

P2 = 2400W

P3 = 3200W

i = ?

Então: i = P 2100 2400 3200

U 110 110 110

i = 19A 21,8A 29A

O disjuntor mais adequado a ser utilizado deve ser de 30A.

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Problema 3

Enem 2009 - Questão 19 Azul

A instalação elétrica de uma casa envolve várias etapas, desde a

alocação dos dispositivos, instrumentos e aparelhos elétricos, até a escolha dos

materiais que a compõem, passando pelo dimensionamento da potência requerida,

da fiação necessária, dos eletrodutos*, entre outras.

Para cada aparelho elétrico existe um valor de potência associado.

Valores típicos de potências para alguns aparelhos elétricos são apresentados no

quadro seguinte:

Aparelhos Potência (W)

Aparelho de som 120

Chuveiro elétrico 3.000

Ferro elétrico 500

Televisor 200

Geladeira 200

Rádio 50

*Eletrodutos são condutos por onde passa a fiação de uma instalação elétrica, com a finalidade de protegê-la.

A escolha das lâmpadas é essencial para obtenção de uma boa

iluminação. A potência da lâmpada deverá estar de acordo com o tamanho do

cômodo a ser iluminado. O quadro a seguir mostra a relação entre as áreas dos

cômodos (em m2) e as potências das lâmpadas (em W), e foi utilizado como

referência para o primeiro pavimento de uma residência.

Potência da Lâmpada (W) Área do

Cômodo (m2) Sala/copa/cozinha Quarto, varanda e corredor

Banheiro

Até 6,0 60 60 60

6,0 a 7,5 100 100 60

7,5 a 10,5 100 100 100

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Obs.: Para efeitos dos cálculos das áreas, as paredes são desconsideradas.

Considerando a planta baixa fornecida, com todos os aparelhos em

funcionamento, a potência total, em watts, será de:

A) 4.070.

B) 4.270.

C) 4.320.

D) 4.390.

E) 4.470.

Resposta D

Para resolver este problema devemos somar a potencia de todos os

aparelhos da seguinte forma:

Aparelho Potencia

Aparelho de som 120W

Chuveiro 3000W

Ferro Elétrico 500W

Televisor 200W

Geladeira 200W

Radio 50W

Lâmpada da cozinha 100W

Lâmpada do Banheiro 60W

Lâmpada do Corredor 60W

Lâmpada da Sala 100W

Total 4390W

Com todos os aparelhos em funcionamento, a potencia total será de 4390 W.

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Problema 4

Vestibular ITA - 1997

A casa de um certo professor de Física do ITA, em São José dos

Campos, têm dois chuveiros elétricos que consomem 4,5kW cada um. Ele quer

trocar o disjuntor geral da caixa de força por um que permita o funcionamento dos

dois chuveiros simultaneamente com um aquecedor elétrico (1,2kW), um ferro

elétrico (1,1kW) e 7 lâmpadas comuns (incandescentes) de 100W. Disjuntores são

classificados pela corrente máxima que permitem passar. Considerando que a

tensão da cidade seja de 220V, o disjuntor de menor corrente máxima que permitirá

o consumo desejado é então de:

a) 30 A

b) 40 A

c) 50 A

d) 60 A

e) 80 A

Resposta: Alternativa D Resolução:

Para resolver este problema, primeiro precisamos extrair os dados que

são apresentados:

Aparelho Transformação Potencia

Chuveiro 1 4,5kW x 1000 4500W

Chuveiro 2 4,5kW x 1000 4500W

Aquecedor Elétrico 1,2kW x 1000 1200W

Ferro Elétrico 1,1kW x 1000 1100W

7 lâmpadas de 100W 7 x 100 700W

Total 12000W

Após esses cálculos temos:

P = 12000W i = P 12000 i = 54,5A

U = 220V U 220

i = ?

Então, o disjuntor de menor corrente máxima será de 60A.

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Problema 5

Vestibular UEL 2011

As baterias de íon-lítio equipam atualmente vários aparelhos eletrônicos

portáteis como laptops, máquinas fotográficas, celulares, entre outros. As baterias

desses aparelhos são capazes de fornecer 1000 mAh (mil mili Ampère hora) de

carga. Sabendo-se que a carga de um elétron é de 1,60 x 10-19C, assinale a

alternativa que representa corretamente o número de elétrons que fluirão entre os

eletrodos até que uma bateria com essa capacidade de carga descarregue

totalmente.

a) 0,62 x 10-18

b) 1,60 x 10-16

c) 5,76 x 1013

d) 3,60 x 1021

e) 2,25 x 1022

Resposta: Alternativa E

Resolução:

Iniciamos a resolução pela extração dos dados:

e = 1,6 x 10-19

i = 1A

t = 1h = 3600s

Q = ?

n = ?

Para encontrarmos o numero de elétrons, precisamos do valor de um

elétron e a carga; como não temos a carga, mas temos a corrente e o tempo, dá

para calcular a carga, e depois o numero de elétrons.

Q = i x t Após: n = Q/e

Q = 1 x 3600

Q = 3600 n = 3,6 x 103

Q = 3,6 x 103C 1,6 x 10-19

n = 2,25 x 1022 elétrons

O numero de elétrons é de 2,25 x 1022.

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AVALIAÇÃO

A avaliação é parte importante do processo de ensino e aprendizagem,

pois é através da avaliação que percebemos a evolução ou a progressão de nossos

alunos. A avaliação deve ser trabalhada de forma a verificar qual o nível de

conhecimento prévio por parte dos alunos sobre certo assunto, e a partir daí,

trabalhar o conteúdo nas formas descritas, para propiciar o seu desenvolvimento e

compreensão desses conteúdos. Após a realização das atividades avaliativas, deve-

se analisar os resultados para verificar se ouve falhas durante o processo, e poder,

rapidamente, corrigir as falhas encontradas para permitir que o aluno possa se

apropriar do conhecimento que lhe foi anteriormente apresentado e, a partir do

conhecimento, buscar novos conhecimentos.

Com a aplicação dos métodos anteriormente citados, espera-se que os

alunos sejam capazes de compreender e familiarizar-se com os conceitos, leis e

princípios da Física, em particular relacionados com o tópico eletrodinâmica, e

entender seus significados no mundo onde vive.

Também desenvolver suas habilidades para manipular os conceitos

fundamentais da Física, através da interpretação de textos e a resolução de

problemas, tanto na forma literal e quanto na forma numérica, e conseguir aplicá-los

em situações do seu dia a dia.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Está claro que a utilização de várias estratégias para a resolução de

problemas no estudo da Física, especialmente na eletrodinâmica, tem auxiliado na

compreensão do conteúdo por parte dos alunos, pois permite aos mesmos

ampliarem seus conhecimentos sobre o conteúdo e as formas de resolver estas

situações problema.

Avaliar não é uma tarefa fácil, pois há muitas maneiras de resolver um

problema; alguns alunos aprendem com certas metodologias, enquanto outros

sentem grandes dificuldades. Para isso, deve-se investigar qual o conhecimento

prévio do aluno, para se utilizar a melhor metodologia possível de modo a atender

todos os alunos, agindo conforme seu grau de desenvolvimento intelectual e seu

compromisso com o conteúdo aplicado, tendo em contrapartida uma participação

mais ativa dos alunos.

A maneira como se tem tradicionalmente trabalhado os conteúdos de

Física em sala de aula não tem sido muito eficiente, geralmente despertando pouco

interesse dos alunos pela Física. Acreditamos que por meio das atividades aqui

propostas, obteremos um maior interesse por parte dos alunos pelos conteúdos da

disciplina de Física.

Portanto, buscar estratégias para se trabalhar a resolução de problemas

se faz necessário, pois o aluno, compreendendo melhor o conteúdo, qual sua

utilidade e sua aplicabilidade, assimilará melhor estas informações que lhe serão

úteis não só nos estudos, mas em sua vida cotidiana.

Para que isto ocorra, o professor deve incentivar os alunos a fazer

questionamentos e reflexões sobre as várias formas de aplicação dos conteúdos na

prática, e explorar as estratégias para resolução desses problemas. Pois o aluno só

constrói, desenvolve e transforma sua forma de entender o mundo que o rodeia se

isso for relevante e contextualizado em sua vida. Neste sentido, acreditamos que

relacionar a resolução de problemas na eletrodinâmica com aparelhos e

instrumentos do seu dia a dia, como proposto neste trabalho, proporcionará uma

melhor compreensão dos conteúdos e uma facilitação da sua aprendizagem.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Exame nacional do ensino médio : Questão 19 Prova Azul. Brasília, 2009.

_______. Ministério da Educação. Exame nacional do ensino médio : Questão 84 Prova Azul. Brasília, 2010.

_______. Ministério da Educação. Exame nacional do ensino médio : Questão 59 Prova Amarela. Brasília, 2011.

COSTA, S. S. C. da.; MOREIRA, M. A. A resolução de problemas como um tipo especial de aprendizagem significativa. 2000. disponível em: <www.fsc.ufsc.br/cbef/port/18-3/artpdf/a1.pdf>. Acesso em: 26 maio 2012.

GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA - GREF. Física 3 : Eletromagnetismo. 5. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

INSTITUTO TECNOLÓGICO DA AERONÁUTICA – ITA. Vestibular 1997 . Disponível em:<www.ebah.com.br/content/ABAAAen40AD/>. Acesso em: 10 nov. 2012.

LOZADA, Cláudia de Oliveira. Alternativas de modelagem matemática aplicada ao contexto do ensino de física: a relevância do trabalho interdisciplinar entre matemática e física. 2006. Disponível em:<www.sbem.com.br/files/ix_enem/.../ CC19292253859T.doc>. Acesso em: 24 maio 2012.

PARANÁ. Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares de Física para a Educação Básica . Curitiba: 2008.

SILVA, Marco Aurélio da. Resolução de problemas no ensino de Física. Disponível em:<http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/resolucao-problemas-no-ensino-fisica.htm>. Acesso em: 26 maio 2012.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Comissão Permanente de Seleção. Concurso Vestibular 2012 : Questão 58 Prova 1. 2012. Disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/2012/provas-gabaritos/fase-1/>. Acesso em: 10 nov. 2012.

ZYLBERSZTAJN, Arden. Resolução de problemas: uma perspectiva Kuhniana. 1998. Disponível em:<www.fsc.ufsc.br/~arden/problkuhn.doc>. Acesso em: 25 maio 2012.