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Ilda Paula dos Santos Sousa Ficha de Leitura de Construindo uma matriz de currículo, in Doll, William E. Jr. (2002) Currículo: uma perspectiva pós- moderna. Porto Alegre: Artmed

Ficha de Leitura PDC

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Ilda Paula dos Santos Sousa

Ficha de Leitura de

Construindo uma matriz de currículo, in

Doll, William E. Jr. (2002) Currículo: uma perspectiva pós-moderna. Porto Alegre: Artmed

Porto 2010

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“Investigar a estrutura e história de um assunto

nos fornece insights além daqueles encontrados nos livros didácticos”,

William e. Doll

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“Construindo uma matriz de currículo”, in Doll, William E. Jr. (2002) Currículo: uma perspectiva pós-moderna

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Ficha de Leitura de

“Construindo uma matriz de currículo”, in

Doll, William E. Jr. (2002) Currículo: uma perspectiva pós-moderna. Porto Alegre: Artmed, pp. 177-199.

Unidade Curricular: Processos de Desenvolvimento Curricular

Docentes: Professora Preciosa Fernandes

Professora Carlinda Leite

Discente: Ilda Sousa

Licenciatura em Ciências da Educação

3.º Semestre

Porto 2010

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3 Ilda Sousa

Título da Obra: Currículo: uma perspectiva pós-moderna.

Autor: William E. Doll

Data da Publicação:

Edição:

Local de Edição:

Editora:

Tradução:

Localização:

Cota:

N.º de páginas:

Capítulo: Capítulo 7 – Construindo uma Matriz de Currículo, pp. 177-199

Assunto: construção teórica de currículo

Palavras-chave: auto-organização, comunidade, currículo, avaliação, processo,

matriz, relações, transformação, transformativo, estrutura

Data da Leitura: Outubro de 2010

Área científica: Ciências da Educação

Sub-área científica: Teoria curricular

Observações:

Notas sobre o autor:

Nascido em 1930 nos Estados Unidos.

Professor Doll focuses on Curriculum Theory and Teacher Education at Louisiana

State University. He is on the Editorial Board of Education and Culture: The

Journal of the John Dewey Society. Professor Doll describes himself as "an aging

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“Construindo uma matriz de currículo”, in Doll, William E. Jr. (2002) Currículo: uma perspectiva pós-moderna

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post-modernist with an interest in complexity, Dewey, and spirituality".

http://www.uvm.edu/~dewey/Board/doll.html

Formação Académica:

o Ph.D. The Johns Hopkins University, l972 (Education)

o M. A. Boston University, l960 (Philosophy)

o B. A. Cornell University, l953 (Philosophy and History)

Publicações em Destaque:

o Chaos, Complexity, Curriculum, and Culture, ed. with J. Fleener, D Trueit,

J. St. Julien. Peter Lang (scheduled for 2005 publication, Chinese editions

scheduled for 2005/06);

o Internationalization of curriculum studies (2003), ed. with W. Pinar, D.

Trueit, H. Wang, Peter Lang (415 pages);

o Curriculum Visions (2002), ed. with N. Gough. Peter Lang (310 pages.)

(Chinese edition, 2004; Taiwan edition, 2005, Korean edition, 2005,

Persian edition, scheduled 2006);

o A Post-Modern Perspective on Curriculum (1993). Teachers College Press

(213pages). (Fourth printing, 2004) AESA, Critics Choice Award, 2002.

[Portuguese edition, 1996; Korean and Japanese editions, 1997; Chinese

editions, 1999, 2000, 2002, 2003, Hebrew edition, 2000.];

o "Keeping Knowledge Alive," Journal of Educational Research and

Development (in press), Taipei, Taiwan;

o "Method and Spirit," in Perspectives on Global Education, ECNU Chinese

publication, 2003;

o "Struggles with Spirituality," in Educational Yearning: The Journey of the

Spirit and Democratic Eduation, Thomas Oldenski and Dennis Carlson

eds., 2002. Peter Lang, pp. 10 – 21;

o "Beyond Methods: Teaching as an Aesthetic and Spiritful Quest," in

Passion and Pedagogy , Elijah Mirochnik and Debora Sherman eds., 2001

Peter Lang, pp. 127 – 151;

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o "Classroom Management," in Power, Knowledge and Education in the

Global Economy, David Gabbard ed., 2000. Lawrence Erlbaum, pp. 69 –

77;

o "Teaching Good," AERA Newsletter.

Resumo/ Argumento:

Estrutura: (organização da obra e o significado das suas partes)

Introdução/Apresentação:

Desenvolvimento:

Justifica o título deste capítulo “Construindo uma matriz de currículo” como a

intenção de enfatizar a natureza construtitva e não-linear do currículo pós-

moderno. Mobiliza Piaget, Prigogine, Dewey (mente como um verbo) e Bruner

(mente como instrumento de construção) para veícular a natureza construtivista e

não-linear, não-determinista, inacabado do currículo, logo emergente das

“interacções dos participantes”. Procura lançar as bases para uma construção

teórica do currículo que ultrapasse as propostas teóricas de Ralph Tyler. “Matriz”

porque sem início nem fim, mas sim com pontos de intersecção. Múltiplas

perspectivas de currículo na abordagem de uma teoria curricular de natureza

construtivista e emergente do contexto. Conceito de auto-organização, emerge

como conceito a partir da matemática do caos e da química; Doll (p. 179): a

ordem que emerge da turbulência é uma ordem auto-organizadora. Auto-

Organização = sistema perturbação (desequilíbrio) força propulsora para

redesenvolvimento (reequilibração); ver também página 182, final, “as

perturbações podem operar como força positiva quando a atmosfera ou estrutura

em que elas são percebidas é suficientemente confortável para que o sujeito não

se sinta pressionado a”ter sucesso” rapidamente, quando nesta atmosfera os

detalhes da anomalia podem ser estudados, e quando o tempo é suficientemente

longo para permitir a emergência de uma nova estrutura” (p.182). Analogia com

os pluri-direccionalidade da evolução das espécies com as múltiplas perspectivas

do currículo.

Conceito de autoridade pedagógica vs. auto-controle. O papel do professor num

currículo transformativo: primeiro entre iguais, de externo a parte integrante com o

aluno do processo de aprendizagem. Comunidade (aprendente) como expressão

de uma comunidade dialogante, interessada e crítica, em que os métodos,

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procedimentos e valores são desenvolvidos a partir da experiência. O diálogo

como “condição sine qua non de todo o processo” educativo (p. 185). O papel da

metáfora e do modo narrativo num currículo de natureza construtivista, não-linear,

aberto, contextualizado, localizado, situacional. Planear e executar (mobilizando

Dewey) são actividades conjuntas, integradas, não são actividades unilaterais,

sequenciais, seriais. A avaliação:

A proposta de matriz de currículo alicerçada nos quatro R’s: Riqueza, Recursão,

Relações e Rigor.

Educação transformativa como diferente de Educação progressista e de Educação

tradicional.

Conclusão:

O pensamento de Doll estrutura-se também a partir da rejeição do positivismo e

da lógica dominantes no paradigma moderno, posicionando-se claramente no

paradigma pós-moderno e sócio-construtivista do conhecimento. O grande aliado

e alicerce na estruturação do pensamento de Doll é, sem dúvida, a escola de

Dewey e a concepção sócio-construtivista de Bruner.

Autores/ Personagens/ Escolas de Pensamento:

Principais Autores Citados:

o Donald Oliver

o Ralph Tyler, (1902 – 1994)

o Joseph Schwab (1909 – 1988): professor de Educação e Ciências

Naturais;

The Practical: a Language for Curriculum, pub. (1970/ 1978ª)

o Jean Piaget

o Ilya Prigogine (1917 – 2003), químico russo-belga.

o John Dewey

o Jerome Bruner, “On the Perception of Incongruity: A Paradigm” (1949)

o Leo Postman, “On the Perception of Incongruity: A Paradigm” (1949)

o Lev Vygostky

o Stephen J. Gould (sobre conceito de auto-organização). “An Earful of Jaw”

(1990)

o Thomas Kuhn

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o Francis Bacon

o Frederick Taylor

o Herbert Kliebard

o Alfred North Whitehead, “cosmologia de processo”

o Hans Georg Gadamer, hermêutica filosófica;

o Richard Rorty, opõe-se ao “espectador analítico na filosofia”

o Stephen Toulmin (1922-2009), opõe-se ao “espectador analítico na

filosofia”

o Jim Cheney

o C. A. Bowers

Escolas de pensamento mencionadas no texto:

o Assume-se claramente como um pós-modernista;

o Recorre aos modelos não-lineares da física quântica e da matemática para

reforçar a natureza não-linear do currículo;

o Aponta o controle como imposição externa ligado ao pensamento

modernista, antropocênctrico;

o Escola de pensamento metafórico, narrativo, hermenêutico de Bruner, por

oposição ao pensamento lógico, analítico, positivista do paradigma da

ciência moderna.

o Metodologia científica de Dewey

o

Referências Histórico-culturais: (tempo, espaço, factos históricos,

contextualização)

Recursos de estilo e linguagem: (forma, conteúdo, nível de rebuscamento e de

profundidade científica, etc.)

Conceitos: (temas, problemáticas)

Conceito de construção de Bruner (p. 178)

Conceito de transformação (p. 179)

Conceito de interacção

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Conceito de auto-organização: auto-organização = sistema perturbação

(desequilíbrio) força propulsora para redesenvolvimento (reequilibração);

Conceito de autoridade pedagógica vs. Conceito de auto-controle (p. 183);

Conceito de auto-controle (p. 183) como emergente das interacções dentro de

parâmetros situacionais (quadro de referenciais, contexto);

Conceito de inteligência crítica de Dewey sobrejacente à ideia de ser humano

como competente no plano da intencionalidade (p. 186), de ser humano como

reflexivo-criativo, como ser humano auto-criador.

Pedagogia e epistemologia interactivas;

Teoria de complexidade no paradigma pós-moderno estruturada em conceitos

como o da auto-organização e o da transformação.

Conceito de comunidades sociais dinâmicas, no processo de avaliação (p. 190),

fundado no método de reflexão crítica ou método científico de Dewey.

Conceito de relações (no duplo sentido pedagógico e cultural);

Observações: Na edição trata-se de esclarecer se é a primeira edição ou não.

Nas observações podem colocar-se informações sobre a colecção de que a obra

faz parte, se tiver; o número de volumes da obra, se for uma obra editada em

volumes; Especificar se a ficha corresponde à totalidade ou a parte da publicação.