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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: A QUESTÃO DO LIXO COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Autor Nildo Coracini Junior

Escola de Atuação Colégio Estadual Bento Mossurunga - Ensino

Fundamental, Médio e Normal.

Município Umuarama

N.R.E. Umuarama

Orientador Prof. Dr. Jurandir Fernando Comar

I.E.S. UEM-Maringá

Disciplina/Área Ciências

Produção Didático-pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Não possui

Público Alvo 5ª série

Localização da escola de implementação

Colégio Estadual Bento Mossurunga - Ensino

Fundamental, Médio e Normal.

Av Aracaju, 1590 – Umuarama-PR

Apresentação:

O excesso de lixo produzido pela sociedade mundial é hoje uma das principais preocupações relacionadas à preservação ambiental em todo o mundo. O destino final do lixo, a coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos sólidos são de fundamental importância para o “crescimento sustentável”, um tema amplamente discutido na atualidade. Portanto, o objetivo da proposta é fornecer aos estudantes o conhecimento prático e teórico sobre os impactos do excesso de lixo no meio ambiente e a importância da coleta seletiva, armazenamento adequado e reciclagem do lixo no ambiente escolar. O projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Bento Mossurunga - Ensino Fundamental, Médio e Normal de Umuarama, envolvendo alunos de 5ª Série do Ensino Fundamental, no ano de 2011. Em concordância com os aspectos descritos acima, o presente projeto propõe algumas

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alternativas didático/pedagógicas para abordar a problemática da disposição do lixo dentro da disciplina de Ciências dentro do cotidiano de uma escola pública. O projeto tem a intenção de contribuir com a educação ambiental e, simultaneamente, utilizar a educação ambiental como foco para abordar assuntos curriculares da disciplina. Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da existência de várias possibilidades de abordagens com uso de estratégias e recursos em aula, entende-se que a opção por uma proposta que contemple o conhecimento prático e teórico sobre coleta seletiva, armazenamento e reciclagem do lixo no ambiente escolar pode ser usado como método de ensino na disciplina de Ciências.

Palavras-chave (3 a 5 palavras)

Impacto ambiental, lixo, educação ambiental, ambiente

escolar.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

NILDO CORACINI JUNIOR

A QUESTÃO DO LIXO COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE CIÊNCIAS

MARINGÁ – PR 2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL - PDE

NILDO CORACINI JUNIOR

A QUESTÃO DO LIXO COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Unidade Didática apresentada ao Projeto do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE.

Orientador: Prof.Dr. Jurandir Fernando Comar

MARINGÁ – PR 2010

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1 IDENTIFICAÇÃO

1.1 PROFESSOR PDE: Nildo Coracini Junior

1.2 ÁREA/ DISCIPLINA: Ciências

1.3 NRE: Umuarama

1.4 PROFESSOR ORIENTADOR: Prof. Dr. Jurandir Fernando Comar

1.5 IES VINCUMADA: UEM

1.6 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Bento Mossurunga - Ensino

Fundamental, Médio e Normal.

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos de 5ª Série do Ensino Fundamental.

TÍTULO: A QUESTÃO DO LIXO COMO PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE CIÊNCIAS 2 INTRODUÇÃO

O excesso de lixo produzido pela sociedade mundial é hoje uma das

principais preocupações relacionadas à preservação ambiental em todo o mundo. O

destino final do lixo, a coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos sólidos são de

fundamental importância para o “crescimento sustentável”, um tema amplamente

discutido na atualidade.

Desta forma, utilizar a disciplina de Ciências para abordar a questão do

destino do lixo produzido pela sociedade permite a conscientização dos alunos

sobre a importância de preservar o meio ambiente dentro do contexto de

“crescimento sustentável”.

Ainda, o termo biodiversidade e, conseqüentemente, o tratamento do lixo, é

um conteúdo estruturante da disciplina de Ciências que está incluído nas Diretrizes

Curriculares de Ciências para Educação Básica (DCEs, PARANÁ, 2008). De acordo

com essas diretrizes o docente é o mediador responsável pelo conhecimento

científico escolar dos alunos.

Deste modo, ao tratar da problemática do lixo, o professor de Ciências

precisa utilizar métodos diferenciados, que se tornem atrativos por parte dos alunos.

Também planejados com antecedência, no sentido de assegurar a interatividade no

processo ensino e aprendizagem e na construção de conceitos de forma significativa

pelos estudantes.

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De acordo com Segura (2001), a escola foi um dos primeiros espaços a

absorver a ambientalização da sociedade, tornando-se parcialmente responsável em

contribuir com a melhoraria da qualidade de vida da população, por meio da

informação e conscientização. Desta forma, a educação passa a ser parcialmente

responsável pelo aumento na qualidade de vida da sociedade. Assim, a estratégia

de utilizar as aulas práticas em Ciências para lidar com a questão do lixo permite

que os estudantes transmitam os conhecimentos adquiridos aos familiares e,

conseqüentemente, permite a expansão dos conhecimentos para a sociedade como

um todo.

Em adição, o desenvolvimento de aulas práticas, facilita a assimilação dos

conteúdos teóricos abordados pela disciplina. Ao lidar com a questão do lixo nas

aulas práticas, os alunos recebem a estimulante tarefa de ultrapassar os limites da

sala de aula para a prática no meio ambiente real, fato este que facilita o

aprendizado do conteúdo de Ciências.

Para contextualizar este tópico, pode ser utilizado o seguinte exemplo: o

incorreto armazenamento do lixo em locais próximos a mananciais hídricos pode

acarretar em contaminação deste por dejetos. Esta contaminação pode afetar a

qualidade da água e a flora/fauna deste local.

Um dos conteúdos abordados pela disciplina de Ciências na 5° série é a

“cadeia alimentar”. Desta forma, ao levar os estudantes para as aulas práticas em

um manancial hídrico é possível mostrar a importância do ambiente preservado para

manter as espécies que compõe a cadeia alimentar naquele local, desde algas

unicelulares, que se localizam na base da cadeia, até organismos superiores mais

complexos do topo da cadeia alimentar. Ou seja, a contaminação da água pode

eliminar um ou muitos componentes da cadeia alimentar, mas a eliminação de

apenas um componente acarreta em desequilíbrio em toda a cadeia naquele local.

Assim, diante da importância da organização do plano de trabalho docente e

da existência de várias possibilidades de abordagens com uso de estratégias e

recursos em aula, essa Unidade Didática busca contemplar o conhecimento prático

e teórico sobre coleta seletiva, armazenamento e reciclagem do lixo no ambiente

escolar.

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As atividades apresentadas nesta Unidade Didática são resultantes de

pesquisas desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional, da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná-PDE/PR, com a intenção de contribuir

com a educação ambiental e, simultaneamente, utilizar a educação ambiental como

foco para abordar assuntos curriculares da disciplina.

O objetivo é fornecer aos estudantes da quinta série do ensino fundamental

do Colégio Estadual Bento Mossurunga (Umuarama, PR), o conhecimento prático e

teórico sobre os impactos do excesso de lixo no meio ambiente e a importância da

coleta seletiva, armazenamento adequado e reciclagem do lixo no ambiente escolar.

2 REFLEXÕES SOBRE A PROBLEMÁTICA DO LIXO

O acentuado crescimento populacional no Brasil e no mundo, aliado a um

acelerado desenvolvimento industrial trouxeram, a partir do século XX, um aumento

na quantidade e composição do lixo produzido. Ao clássico lixo orgânico foram

sendo incorporados novos materiais, como o vidro, plástico, borracha, alumínio,

entre outros materiais de difícil decomposição. Normalmente, o material orgânico se

decompõe em dias ou meses, mas o plástico demora por volta de 100 anos e o

vidro, cerca de 1 milhão de anos. Desta forma, o impacto ambiental tanto em regiões

urbanas quanto rurais é grande, pois a quantidade de lixo só tende a aumentar. De

acordo com Rufino (2011), o crescimento populacional e o desenvolvimento

industrial trouxeram, a partir do século XX, aumento da quantidade de lixo e também

mudanças na sua composição. O impacto desse volume de lixo no meio ambiente

da é grande, pois seu incorreto armazenamento pode acarretar em contaminação do

solo e da água, além de causar problemas de saúde pública, devido à proliferação

de parasitas e desenvolvimento de doenças.

Nesse sentido, propostas de educação ambiental desenvolvida junto à

comunidade escolar visam difundir o conhecimento e promover os princípios da

sustentabilidade, na busca por mudanças de atitudes em relação aos problemas

econômicos, sociais e ambientais que cercam a gestão do lixo. Informar e orientar

sobre a cadeia de processamento do lixo são requisitos básicos para que haja

sustentabilidade (RUFINO, 2011).

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O desenvolvimento de atividades práticas com a cadeia de coleta e

processamento do lixo está inserido no aprendizado de Ciências e é recomendado

pelo Ministério da Educação (Diretrizes Curriculares de Ciências para Educação

Básica, DCE-Paraná, 2008). Entre as vantagens de utilizar a “questão do lixo” como

ferramenta de ensino podem ser destacados os seguintes pontos positivos: 1)

aplicação do tema abordado em aulas teóricas ao cotidiano escolar e familiar do

aluno; 2) reforço na assimilação dos conteúdos teóricos; e 3) promover a

conscientização dos alunos por meio da correlação de assuntos e problemas

atualmente discutidos pela sociedade mundial com os conteúdos desenvolvidos nas

aulas práticas.

O primeiro ponto positivo preconiza o uso da experimentação como forma de

aplicação dos conteúdos ao cotidiano prático do aluno, ou seja, mostrar as possíveis

aplicações dos temas estudados em sala de aula à vida escolar e familiar do

estudante. De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2008),

o professor deve adotar estratégias e propostas de atividades que coloquem o aluno

como centro da aprendizagem, deixando este de ser um mero receptor passivo das

informações para ser o elemento ativo de sua aprendizagem (PARANÁ, 2008).

O segundo ponto positivo foca o reforço no aprendizado das ementas

estudadas, ou seja, além de focar o cotidiano do aluno, as atividades com o

processamento do lixo é um exemplo da utilização de aulas práticas como forma de

assimilar os conteúdos teóricos desenvolvidos em sala de aula. A conciliação de

aulas teóricas de Ciências com aulas práticas é de senso comum para diversos

autores. Nardi (2003) afirma que as aulas práticas que priorizem o estabelecimento

de atividades centradas nos processos criativos e cognitivos, privilegiam a ação do

aluno enquanto construtor de seu próprio conhecimento. Ainda, como afirma Martins

(1996), os conteúdos escolares se consolidam e se ampliam na medida em que são

oferecidas situações específicas para os alunos exercitarem os conteúdos

aprendidos. Diante desta situação, o professor permite ao aluno adquirir novos

significados para os conceitos aprendidos durante o processo de aprendizagem

(MARTINS, 1996).

O terceiro ponto destaca como estratégia de ensino a utilização de aulas

práticas como mecanismo de conscientização dos estudantes para alguns temas e

problemas que são atualmente abordados, tanto pela sociedade brasileira quanto

pela sociedade mundial, como por exemplo, a importância da preservação

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ambiental, o excesso de lixo produzido e a contaminação de mananciais hídricos. De

acordo com Segura (2001), a escola foi um dos primeiros espaços a absorver a

ambientalização da sociedade, tornando-se parcialmente responsável em melhorar a

qualidade de vida da população, por meio da informação e conscientização. Desta

forma, a educação passa a ser parcialmente responsável pelo aumento na qualidade

de vida da sociedade e a questão do lixo e a educação podem ser associados à

promoção na qualidade de vida da população. Ao estudar a cadeia de

processamento do lixo no ambiente escolar, os estudantes podem levar para casa o

conhecimento adquirido que passa a ser incorporados no ambiente familiar e social.

Entende-se por “questão do lixo” os problemas acarretados pelo seu

armazenamento incorreto e as soluções para isto. Desta forma, o funcionamento

correto da cadeia de coleta seletiva, armazenamento e processamento do lixo é de

fundamental importância para reduzir os impactos causados pelo excesso de lixo

produzido. Assim, estudar a cadeia de processamento do lixo na disciplina de

Ciências permite a conscientização dos estudantes e da comunidade sobre a

questão do lixo.

O lixo descoberto ou jogado sem qualquer cuidado polui o meio ambiente,

espalhando sujeira pelas ruas e terrenos, deixando o ambiente com aspecto ruim,

entupindo bueiros, aumentando a ocorrência de enchentes, além de ser prejudicial à

saúde. Para evitar esses problemas, é necessária a conscientização ambiental com

a participação de toda a sociedade (RODRIGUES; CAVINATTO, 2003). O espaço

escolar precisa contribuir com a sua parcela, levando os alunos a compreenderem a

importância dos cuidados com a coleta adequada do lixo. Dentre os aspectos

positivos da coleta seletiva destacam-se o seu caráter educativo, a possibilidade de

mobilizar a comunidade escolar na busca de alternativas para a melhoria do meio

ambiente.

O correto manuseio do lixo desde a geração dos resíduos até o seu destino

final é denominado cadeia de processamento do lixo a qual pode ser subdividida nas

seguintes etapas: acondicionamento, recolhimento, transporte, armazenamento,

tratamento e disposição final dos resíduos gerados.

O acondicionamento dos resíduos para fins de coleta é uma fase integrante

do sistema de limpeza urbana, devendo ser compatível com os métodos e

equipamentos utilizados no recolhimento propriamente dito (PINTO, 1999). De modo

geral, esta atividade é de responsabilidade dos usuários, cabendo ao serviço público

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ou às concessionárias prestadoras de serviço apenas a determinação de padrões,

tipo ou métodos de acondicionamento e sua fiscalização.

O acondicionamento constitui uma etapa muito importante do processo de

remoção do lixo e deve ser feito em recipientes adequados. A escolha do recipiente

para o acondicionamento do lixo depende de vários fatores, tais como as

características dos resíduos, a quantidade e a localização do domicílio. Entretanto,

os principais recipientes destinados ao acondicionamento, conforme determina a

CETESB (1980, p. 95), são os seguintes: 1) vasilhame padrão; 2) sacos

descartáveis; e 3) recipientes herméticos e containeres.

Os vasilhames padrão são recipientes que seguem as normas previstas pela

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são destinados para

acondicionamento em domicílios e pequenos estabelecimentos comerciais. Os

sacos descartáveis são os recipientes mais utilizados na maioria das cidades

brasileiras e, apesar do custo mais elevado, apresentam inúmeras vantagens, pois

não são retornáveis e, portanto, evitam o mau cheiro dos vasilhames, reduzem o

tempo de coleta, não absorvem água da chuva, entre outros. Os recipientes

herméticos e os contêineres apresentam tampas adaptadas para o basculamento ao

veículo de recolhimento. As vantagens destes últimos é que evita o desprendimento

de poeira, o derramamento de líquidos, o esforço físico dos coletores (garis),

reduzem o tem pó de coleta e o custo operacional. A diferença entre os recipientes

herméticos e os containeres é que o último apresenta maior capacidade de

armazenamento e é içado por mecanismos hidráulicos ou pneumáticos.

Além dos recipientes utilizados no armazenamento do material a ser

recolhido, é de grande utilidade a construção de abrigos para estes em locais de

fácil acesso ao pessoal da coleta. Estes abrigos evitam a exposição dos resíduos na

via pública.

Em relação ao recolhimento e ao transporte do lixo, vários tipos de veículos

coletores, motorizados ou não, são destinados ao recolhimento e transporte dos

resíduos sólidos. Os veículos coletores atualmente são na sua maioria motorizados,

embora ainda sejam encontrados veículos que utilizam tração animal. Os veículos

motorizados, por sua vez, podem ser divididos em comuns e compactadores. Os

comuns podem ser subdivididos em tratores, coletor de caçamba aberto e coletor

com carrocerias tipo baú (RODRIGUES; CAVINATTO, 2003). Já os veículos

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compactadores, além do baú, apresentam o sistema que compacta o material na

carroceria e tem maior capacidade.

Já as etapas de armazenamento e tratamento dos resíduos no Brasil, de

acordo com Castilhos Jr. (1998), podem ser classificadas da seguinte forma: 1)

despejos a céu aberto; 2) aterros sanitários; 3) incineração; 4) reutilização e

reciclagem; e 5) compostagem.

Os dejetos a céu aberto é o processo mais antigo e ainda mais adotado nas

cidades brasileiras. Este método constitui-se no lançamento de resíduos em terrenos

baldios, utilizando depressões naturais do terreno, terrenos pantanosos, entre

outros, formando depósitos de resíduos sem qualquer controle sanitário. Este

processo se limita, simplesmente, a deslocar os resíduos sólidos de um lugar para o

outro. A utilização deste tipo de destinação de resíduos cria, em torno dos locais

utilizados para dejetos, comunidades de seres marginalizados, do ponto de vista

sanitário e social.

Os aterros sanitários utilizam princípios de engenharia para confinar resíduos

sólidos em uma menor área possível e, após atingir determinado volume, são

cobertos com camadas de terra. Este processo envolve a escolha da área, projeto

meticuloso, acompanhamento e controle especializado e constante, e ainda o

emprego de equipamentos próprios. Um dos principais problemas a ser controlado é

a possível contaminação de lençóis freáticos. Contudo, um aterro sanitário bem

conduzido resolve o problema de destinação sanitária dos resíduos sólidos, mas não

permite o reaproveitamento de nenhum material desses resíduos.

A incineração transforma o resíduo sólido a uma escória com volume em

torno de 20% e peso em 5% da matéria jogada à queima. De acordo com Castilhos

Jr. (1998), a escória, dada sua natureza inerte, não requer maiores precauções ou

cuidados sob o ponto de vista sanitário. Dentre todos os processos de destinação de

resíduos sólidos, a incineração apresenta o de custo mais elevado, tanto no que diz

respeito ao custo inicial, quanto ao custo operacional, devido à heterogeneidade dos

resíduos e da necessidade de pessoal especializado para o seu funcionamento.

A reutilização e reciclagem é o sistema mais moderno de tratamento, pois

permite o aproveitamento de toda a matéria existente nos resíduos sólidos, com

pequeno percentual de perda. ”Reciclar significa transformar os restos descartados

por residências, fábricas, lojas e escritórios em matéria-prima para a fabricação de

outros produtos” (RODRIGUES; CAVINATTO, 2003, p. 66). Desta forma, o lixo não é

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jogado fora, como um produto acabado, mas utilizado em um novo processo de

produção. Conforme Obladen et al. (1992), a reciclagem cumpre o seu papel quando

os resíduos, após submetidos a um processo de seleção e tratamento, transforma-

se em um novo produto capaz de ser comercializado no mercado. A crescente

redução das fontes de matérias-primas tem exigido um reaproveitamento ainda

maior dos principais componentes dos resíduos sólidos.

A compostagem é o processo de tratamento da fração orgânica dos resíduos.

Neste processo, a fração orgânica é submetida a um tratamento biológico do qual

resulta, como produto o material utilizado no recondicionamento e fertilização do

solo (FELLENBERG, 1980, p. 111). Esse material rico em colóides e micronutrientes

úteis recebe a denominação de composto, que contém elementos coloidais,

aglutinantes do solo que faltam nos fertilizantes sintéticos usuais. Por isso, este

adubo é particularmente indicado como corretivo para solos empobrecidos. Para que

ocorra a compostagem de forma adequada, é necessário que as pessoas realizem a

coleta seletiva do lixo, encaminhando o lixo orgânico para usinas de compostagem e

os resíduos sólidos para recicladores.

Alguns tipos de resíduos podem ser reutilizados para gerar energia. Desde o

início dos anos 1991, fábricas de cimento instaladas em alguns estados brasileiros

utilizam como combustível, em seus fornos, detritos de indústrias químicas e

petroquímicas. Além de economizar energia, que representa um terço do custo da

produção de cimento, essa solução evita a descarga direta de substâncias tóxicas

no ambiente. As cinzas também são reutilizadas posteriormente com matéria-prima.

Além destas, outras empresas seguem o mesmo caminho, reutilizando outros

resíduos (RODRIGUES; CAVINATTO, 2003).

Dentro da questão do lixo, um dos aspectos mais discutidos na atualidade é a

grande importância da reciclagem, tanto relacionado à conservação de recursos

naturais quanto de energia. Como exemplo, pode-se citar que cada tonelada de

papel reciclado evita a derruba de 60 pés de eucalipto com seis anos de idade e que

o volume de energia elétrica empregado na fundição de alumínio reciclado é apenas

5% do usado no beneficiamento do minério (OBLADEN et al., 1992).

Além da consciência ecológica, outro aspecto importante do tratamento e

aproveitamento do lixo é o fator social. A coleta de material reciclável constituiu-se

em muitos casos, a única fonte de renda dos catadores (JAMES, 1997). Segundo

Rodrigues e Cavinatto (2003), a catação é um processo já tradicional no Brasil, que

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ocupa uma posição de destaque mundial na recuperação de papel e papelão, à

frente de muitos países. Ainda hoje, o comércio de produtos recicláveis continua

sendo um bom negócio que movimenta a economia nacional e constitui como única

fonte de renda para muitas famílias.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) no uso das

atribuições com base no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999 estabeleceu

em seu Art. 1º o código de cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado

na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas

informativas para a coleta seletiva.

O Art. 2º afirma que “os programas de coleta seletiva, criados e mantidos

no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e

indireta, e entidades paraestatais, devem seguir o padrão de cores”, conforme

Quadro 1.

§ 1º Fica recomendada a adoção de referido código de cores para

programas de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas,

escolas, igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades

interessadas.

§ 2º As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até

doze meses para se adaptarem aos termos desta Resolução.

No Art. 3º tem-se que as inscrições com os nomes dos resíduos e

instruções adicionais, quanto à segregação ou quanto ao tipo de material, não serão

objeto de padronização, porém recomenda-se a adoção das cores preta ou branca,

de acordo a necessidade de contraste com a cor base.

QUADRO 1 - CÓDIGO DE CORES PARA OS DIFERENTES TIPOS DE RESÍDUOS

Padrão de Cores

AZUL Papel/papelão

VERMELHO Plástico

VERDE Vidro

AMARELO Metal

PRETO Madeira

LARANJA Resíduos perigosos

BRANCO Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde

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ROXO Resíduos radioativos

MARROM Resíduos orgânicos

CINZA Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação

Fonte: CONAMA (2011).

Para que a questão do lixo seja tratada na escola, Andrade Jr (2001) aponta a

necessidade de que os alunos sejam levados a compreender os aspectos que

interagem na natureza e a complexidade ambiental, para interpretar a interconexão

entre os diversos elementos que a compõem, como as dimensões sociopolíticas,

socioeconômica, histórica, cultural, biofísica e psicológica.

Por sua vez, Jacobi (2003) afirma que a educação ambiental voltada para

cidadania é um elemento determinante para um mundo mais sustentável. Para o

autor, a ação humana no ambiente com interesses egoístas e individuais, em busca,

sobretudo, do lucro fácil, tem instigado grandes alterações ambientais, trazendo

prejuízos para o solo, a água e o ar. Contudo, a perda maior tem sido para o próprio.

Para recompor o equilíbrio ecológico, cabe aos educadores contribuírem para ajudar

os alunos a avaliarem as suas atitudes, com o propósito definido de evitar a

degradação do meio em que vivem.

Rodrigues e Cavinatto (2003) comentam que as escolas são tradicionalmente

grandes consumidores de papel e papelão. O reaproveitamento da matéria prima

gerada pelo próprio local é muito importante, com o aproveitamento de todas as

embalagens de materiais didáticos ou da merenda escolar.

O aspecto principal de uma proposta de educação ambiental frente á temática

do lixo, está ligada ao trabalho educacional que envolve o esclarecimento a todos os

alunos, e às suas famílias sobre os critérios ecológicos, socioambientais e éticos,

com o desígnio de construir novas formas de pensar e compreender a complexidade

das interrelações entre o meio ambiente e sua realidade. Ao tratar da questão do lixo

é importante priorizar o a importância da reciclagem e tratamento, ampliando o nível

de conscientização da sociedade.

Ainda, os alunos precisam ser levados a perceber que a excessiva geração

de lixo pelo homem tem agravado os problemas ambientais e a educação ambiental

objetiva despertar a conscientização sobre a questão ambiental. Para trabalhar a

educação ambiental, o currículo escolar precisa tratar da relação do lixo com o meio

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ambiente, envolvendo atividades teóricas e práticas, como a separação e

recolhimento de lixo na escola e arredores,

Nesse sentido, propostas de educação ambiental voltadas para a questão do

lixo desenvolvido junto à comunidade escolar, precisa difundir o conhecimento e

promover os princípios da sustentabilidade, em busca de mudanças de atitudes em

relação aos problemas econômicos, sociais e ambientais que cercam a gestão do

lixo. Informar e orientar são requisitos básicos para que haja sustentabilidade. Sendo

assim, não há como esquecer o papel da escola e do educador nesse processo

(RUFINO, 2011).

3 PROPOSTAS DE ATIVIDADES

O projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Bento Mossurunga - Ensino

Fundamental, Médio e Normal de Umuarama, envolvendo alunos de 5ª Série do

Ensino Fundamental, no ano de 2011, a partir dos seguintes objetivos:

1 – Discutir o problema do excesso de lixo produzido pela sociedade no

contexto de preservação ambiental e crescimento sustentável.

2 – Preparo de material didático para o estudo da cadeia de processamento

do lixo desde a coleta seletiva até a reciclagem de resíduos sólidos.

3 – Implantar o sistema de descarte e coleta seletiva de lixo no ambiente

escolar do Colégio Estadual Bento Mossurunga, Umuarama, PR.

4 – Visita ao Centro de Triagem de lixo de Umuarama e à Cooperativa dos

catadores de lixo, localizados no Jardim Panorama, e ao “lixão” na saída para Maria

Helena-PR. Neste ponto, será possível vivenciar o armazenamento, separação e

reciclagem do lixo.

5 – Relacionar a cadeia de processamento do lixo com um conteúdo

curricular da disciplina de Ciências: a cadeia alimentar em um manancial hídrico e a

interferência pela contaminação ambiental com lixo não tratado.

Cada um dos cinco objetivos específicos propostos no projeto será conduzido

conforme as atividades propostas a seguir:

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ATIVIDADE 1

O EXCESSO DE LIXO PRODUZIDO NA SOCIEDADE E AS SUAS IMPLICAÇÕES

Inicialmente, será discutido o problema do excesso de lixo produzido pela

sociedade no contexto de preservação ambiental e do crescimento sustentável. O

conteúdo será ministrado como aula teórica. O conteúdo sobre o excesso de lixo e

as implicações na sociedade será mediado por meio de uma aula expositiva, com a

utilização de slides desenvolvidos no Power Point ou BrOffice (software livre), com

imagens representativas da temática abordada, tendo como base os pressupostos

teórico-práticos os livros abaixo relacionados:

BARBARA, J. Lixo e reciclagem. São Paulo: Scipione, 1997. RODRIGUES; F. L.; CAVINATTO, V. M. Lixo. De onde vem? Para onde vai? São Paulo: Moderna, 1997. GRIPPI, S. Lixo: reciclagem e sua história: guia para as prefeituras brasileiras. Rio de Janeiro: Intercência, 2001.

Será explicitado, dentre outros aspectos, que o excesso do lixo produzido

atualmente pela sociedade mundial e, principalmente, o seu destino final são

agravantes para depreciação do meio ambiente. O tratamento deste lixo é de grande

importância para manter a integridade da biosfera e, como consequência, garantir

uma boa qualidade de vida para todos os habitantes do planeta.

A coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos são recursos que podem

ser utilizados para a redução do volume de lixo a ser disposto em aterros ou lixões,

considerados como fontes passíveis de contaminação ambiental. Dentro deste

contexto, o destino final do lixo está incluído dentro do tema “desenvolvimento

sustentável”, um assunto amplamente discutido na atualidade pela sociedade

mundial.

O processo de reciclagem converte o lixo (industrial e doméstico) em

matéria-prima, evita a contaminação ambiental e reaproveita os recursos para novos

processos industriais. Ou seja, a reciclagem permite a redução da quantidade de lixo

produzido e auxilia na preservação da natureza, contribuindo para o crescimento

sustentável do planeta. Em adição, os programas de coleta seletiva que se

consolidaram vêm se mostrando também como recursos de geração de renda para

a manutenção e sobrevivência de muitas famílias.

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Segundo Rufino (2011), ao tratar a questão do lixo nas escolas, o

conhecimento deve desenvolver em cada indivíduo valores e capacidades que

permitam atitudes comportamentais e comunitárias coerentes com os pressupostos

da educação ambiental. É tarefa de cada cidadão desenvolver o associativismo,

difundir o conhecimento, sugerir técnicas e instrumentos, elaborar pequenos projetos

que inspirem o engajamento da comunidade, em favor da manutenção de sistemas

ambientais sustentáveis.

Para complementar as explicações e reflexões iniciais, os alunos assistirão o

vídeo:

“Lixo de Luiz Fernando Veríssimo”, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=a3qF8RuPB7g&feature=related.

Na sequencia, os alunos se reunirão em grupos para debater sobre:

Quais são os riscos que os lixões trazem à saúde?

Que medidas você mesmo pode tomar para reduzir o volume do lixo?

O lixo se origina de várias fontes pode vir de residências, de lojas, de indústrias, da escola, etc.

Faça uma lista dos produtos que em geral são encontrados no lixo: - domiciliar (residências); - comercial (estabelecimentos comerciais e de serviços como supermercados, restaurantes); - públicos (ruas, praças); - Na sua escola;

Pense: quais problemas cada tipo de lixo pode trazer?

O que é aterro sanitário?

Quais as vantagens dos aterros sobre os lixões?

O que é reciclar?

O que é coleta seletiva?

O que é incinerar?

Selecionar algumas amostras de produtos vendidos dentro de embalagens (alimentos, pasta de dentes, remédios). Observar criticamente esses produtos com as respectivas embalagens. Levar os alunos a discutir sobre: a embalagem é realmente necessária? Ela pode ser modificada para diminuir o volume de lixo no ambiente? Apontem sugestões.

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ATIVIDADE 2

ESTUDO DA CADEIA DE PROCESSAMENTO DO LIXO

Após as reflexões sobre o lixo, será trabalhada a cadeia de processamento

do lixo desde a coleta seletiva até a reciclagem de resíduos sólidos. O

funcionamento correto da cadeia de coleta seletiva, armazenamento e

processamento do lixo é de fundamental importância para reduzir os impactos

causados pelo excesso de lixo produzido

A aula será iniciada com algumas indagações feitas pelo professor:

Vocês separam o lixo em casa?

Como é feita essa separação?

Somente em material orgânico e reciclável?

Separação por tipo de lixo?

Existe coleta seletiva na sua região?

O que é feito do lixo descartado?

Quais são as alternativas para reduzir o acúmulo desenfreado de lixo inorgânico?

Como se deve separar o lixo e qual a correta destinação?

A partir destas reflexões será introduzida a questão da cadeia de

processamento do lixo, com destaque na importância e necessidade da coleta

seletiva e da importância de reciclar.

O professor providenciará livros, jornais, revistas, para pesquisas. A turma

será dividida em cinco grupos. Cada grupo deverá pesquisar sobre: 1)

despejos a céu aberto; 2) aterros sanitários; 3) incineração; 4) reutilização e

reciclagem; e 5) compostagem.

Sugere-se, também, pesquisas em sites da internet.

http://www.planetaplastico.com.br/literatura/literatura/coletaselet.htm.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/reciclagem/index.

shtml.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/coleta-

seletiva-2.php.

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http://www.suapesquisa.com/reciclagem/.

Sugestão de livros:

BARBARA, J. Lixo e reciclagem. São Paulo: Scipione, 1997. RODRIGUES; F. L.; CAVINATTO, V. M. Lixo. De onde vem? Para onde vai? São Paulo: Moderna, 1997. GRIPPI, S. Lixo: reciclagem e sua história: guia para as prefeituras brasileiras. Rio de Janeiro: Intercência, 2001.

Após as discussões e pesquisas, as diversas etapas da cadeia de

processamento do lixo serão expostas em diferentes quadros, sempre com

mediação do professor, para serem expostos em lugares estratégicos da escola.

Para auxiliar a elaboração dos quadros demonstrativos, os alunos assistirão a

dois vídeos para auxiliar nas reflexões:

E esse lixo que não some?, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=llnuvq9yJ8s&feature=related. Tia Cecéu – História lixo é no lixo, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=wXFNS9z3HAk&feature=related.

ATIVIDADE 3

SISTEMA DE DESCARTE E COLETA SELETIVA DE LIXO NA ESCOLA

A implantação do sistema de descarte e coleta seletiva de lixo no ambiente

escolar será realizada mediante a construção de sistemas de descarte de resíduos

utilizando código de cor, conforme determinação do CONAMA. Os sistemas de

descarte de lixo serão colocados em ao menos dois diferentes locais da escola.

Primeiramente, os alunos receberão um texto fotocopiado para leitura e reflexão

sobre a importância da coleta seletiva do lixo, a partir de algumas etapas.

SEPARAÇÃO DO LIXO RECICLÁVEL DO NÃO RECICLÁVEL

No cotidiano de nossas cidades, são produzidas milhares de toneladas de lixo. Há muito

tempo este resíduo é um dos grandes problemas que o poder público e a sociedade tem enfrentado, buscando soluções que nem sempre atendem as necessidades. Razão disso a degradação do meio ambiente, tais como as contaminações de nossos rios, a poluição do ar, ruas sujas, proliferação de insetos, ratos, etc, causando doenças.

A solução mais eficiente é a separação dos materiais recicláveis para o reaproveitamento, transformando o problema do lixo em solução econômica e social. Para que isto seja possível é preciso que todos participem colaborando com o programa de Coleta Seletiva. Seguindo os padrões CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) ao lixo pode ser separado na origem, facilitando todos os processos posteriores para a reciclagem. Desta forma, permite que toda

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empresa enquadrada no projeto de responsabilidade ambiental, atenda também as normas de qualidade ISO 1400.

2ª Etapa: Coleta seletiva: separação dos materiais que podem ser reciclados, na sua fonte geradora;

Importância da coleta seletiva: a cada 75 latas de aço, recicladas, preserva-se uma árvore que seria usada como carvão.

• Para cada tonelada de papel reciclado, evita-se a derrubada de16 a 30 árvores adultas, em média.

• A cada 100 toneladas de plástico reciclado, evita-se a extração de1 tonelada de petróleo e a economia em torno de 90% de energia.

• 10% de vidro reciclado economiza-se 4% de energia e reduz 10% no consumo de água. As vantagens da reciclagem são muitas, mas acima de tudo, ela melhora a qualidade de vida,

minimiza os efeitos da poluição no planeta, gera empregos e rendas, além de valorizar as empresas ambientalmente corretas.

Principais materiais recicláveis: papeis, plásticos, vidro e metal. Todos deverão ser separados e colocados em coletores ou sacos plásticos de preferência na cor padrão de cada material conforme resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

Materiais não-recicláveis Orgânico ou Úmido - São restos de comidas, cascas de frutas e legumes, etc.

Rejeitos - Lenços e guardanapos de papel, absorvente e papel higiênico, fraldas, papéis sujos, espelhos, cerâmicas, porcelanas, etc;

Resíduos Especiais - Pilhas e baterias. Resíduos Hospitalar - Curativos, gazes, algodão, seringas, etc Lixo Químico ou Tóxico - Embalagens de agrotóxico

Fonte: Adaptado de: http://www.planetaplastico.com.br/literatura/literatura/coletaselet.htm.

Refletir sobre o que pode ou não se reciclado com base no quadro abaixo que

será apresentado em Power Point ou BrOffice (Software livre):

O QUE PODE SER RECICLADO?

Vidro: Plástico: Metal: Papel :

Garrafas, frascos de molhos e condimentos,

potes de produtos alimentícios, frascos de

remédios, perfumes e produtos de limpeza,

cacos de qualquer uma das embalagens acima.

Potes (de todos os tipos), embalagens (de

detergente, shampoo, água sanitária, etc),

tampas (de todos os tipos), sacos (de leite, de

arroz, etc)

Latas, tampas (de refrigerante, cerveja,

conservas, etc), arames, grampos, fios, pregos,

marmitex, tubos de pasta dental, alumínio, cobre e

outros.

Revistas, jornais, papeis, caixas de papelão (de

todos os tipos)

O QUE NÃO PODE SER RECICLADO?

Vidro: Plástico: Metal: Papel :

Espelhos, vidros de janela e box de banheiro, vidros de automóveis, cristal,

lâmpadas, formas e travessas de vidro

temperado, ampolas de remédio.

Celofane, embalagens longa vida, espuma, embalagens a vácuo, fraldas descartáveis.

Pilhas normais e alcalinas, filtros de ar para veículos, latas

enferrujadas.

Papel higiênico, guardanapos com

comida, copos siliconizados, papel laminado, papéis

plastificados (embrulho de bolacha), papel

carbono.

Fonte: disponível em: http://www.freeway.tur.br/editor/web/verpagina.asp?cod=170&codm=0&lang=.

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Disponível em: http://www.suapesquisa.com/reciclagem/.

De acordo com a ilustração abaixo serão demonstradas as cores básicas

encontradas em todos os locais de coleta seletiva de lixo, conforme exigência do

Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/cores-da-reciclagem.php.

Na sequencia os alunos farão a seguinte reflexão:

Quais os principais tipos de lixo recicláveis produzidos na escola?

A escola produz lixo não-reciclável? Quais?

Há restos de alimentos da merenda na escola que não podem ser reciclados?

Há alguma forma de evitar prejuízos com o lixo orgânico? Quais?

O que podemos fazer para contribuir com a coleta seletiva do lixo na escola?

Preparação do material para coleta seletiva (latões serão pintados com as cores exigidas pelo CONAMA e colocados em dois pontos estratégicos na escola).

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ATIVIDADE 4

VISITA AO CENTRO DE TRIAGEM DE LIXO DE UMUARAMA E À

COOPERATIVA DOS CATADORES DE LIXO

Para vivenciar o armazenamento, separação e reciclagem do lixo, os alunos

farão uma visita ao Centro de Triagem de lixo de Umuarama e à Cooperativa dos

catadores de lixo, localizados no Jardim Panorama. Na oportunidade, os alunos

farão registros das atividades, inclusive, os ambientes serão fotografados, com

prévia autorização dos responsáveis.

Primeiramente, será explicado que as cooperativas de catadores no Brasil

vêm se expandindo rapidamente, podendo se tornar um negócio de futuro.

Atualmente, são encontradas nas grandes e pequenas cidades do interior, e sua

importância enquanto movimento social é cada vez mais reconhecido.

As cooperativas, via de regra, são pautadas com base na economia social

solidária, em que os meios de produção e também a renda gerada pelo processo

são distribuídas entre os catadores.

O principal objetivo das cooperativas fundadas neste molde é gerar trabalho,

renda e melhores condições de vida a uma parcela da população excluída, seguido

pelas questões ambientais e de preservação do meio ambiente. Algumas reflexões

servirão de subsídios para trabalhar os conhecimentos prévios dos alunos.

Vocês sabem se há programas de reciclagem implementados na cidade de Umuarama?

Que instituições, por exemplo, compram materiais recicláveis?

O que está sendo feito nesse sentido na cidade de Umuarama?

Qual a importância desse tipo de programa?

Vocês conhecem a cooperativa de catadores de lixo de sua cidade?

Assistir os vídeos Catadores de Lixo Parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=cE6t9dfK4RE.; e Catadores de Lixo Parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=t2Y_cWUFPR0&feature=related.

Após as reflexões inicias os alunos farão a visita, com posteriores discussões sobre o trabalho (em duplas)

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desenvolvido no local, com sugestões alternativas para aperfeiçoar o sistema.

O que você achou do Centro de Triagem?

E da cooperativa de catadores de lixo?

Quais as vantagens da cooperativa?

Que sugestões vocês dariam para aperfeiçoamento do sistema?

ATIVIDADE 5

CADEIA ALIMENTAR EM UM MANANCIAL HÍDRICO PADRÃO: UM

CÓRREGO

A aplicação da questão do lixo ao conteúdo curricular da disciplina de

Ciências será desenvolvida por meio de um estudo da cadeia alimentar em um

manancial hídrico padrão: um córrego. Após aula teórica, os alunos montarão uma

cadeia alimentar do local com as conseqüências de contaminação ambiental com

lixo não tratado.

Primeiramente, os alunos refletirão sobre aspectos importantes da cadeia

alimentar em um manancial hídrico. Será explicitado que todos os seres vivos

necessitam de energia para sobreviver. Essa energia é obtida a partir do alimento

que os seres vivos retiram do ambiente. Assim sendo, a matéria segue um fluxo

contínuo no ecossistema.

O fluxo de energia tem início no produtor, indo em direção ao decompositor,

passando por vários níveis tróficos. Os decompositores reciclam a matéria orgânica,

recomeçando o ciclo. A transferência desta energia, desde o produtor (organismo

autótrofo) até o decompositor, passando por uma série de consumidores é chamada

de cadeia alimentar ou cadeia trófica. A cada transferência, parte da energia

potencial da cadeia é perdida sob a forma de calor. Logo, quanto menor a cadeia

alimentar, mais energia haverá para os organismos envolvidos. As cadeias

alimentares estão interligadas em uma rede chamada rede alimentar ou rede trófica.

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Os alunos refletirão sobre a seguinte Figura 1.

Figura: Cadeia Alimentar Fonte: Disponível em: http://www.infoescola.com/biologia/cadeia-alimentar/.

Com base na Figura comentem:

Quem serve de alimento para quem?

Vocês conhecem outros exemplos do mesmo tipo de relação apresentada na figura?

Que exemplos são estes?

Será discutido com os alunos, os conceitos formais sobre níveis tróficos

(produtores, consumidores primários, secundários, terciários), fluxo de energia e

matéria em cada um dos níveis e o próprio conceito do que é uma cadeia alimentar.

Após as reflexões sobre a cadeia alimentar, como atividades complementares

serão desenvolvidas as seguintes atividades:

Assistir os vídeos: Cadeias alimentares-parte 1 e 2 http://www.youtube.com/watch?v=Oi2LZV6YNVU&feature=related. A História da cadeia alimentarhttp://www.youtube.com/watch?v=seAHtYc0WcA&feature=related.

Refletir em duplas: Identificar quem assume o papel de produtor, consumidor primário, secundário e terciário, no exemplo de cadeia alimentar. Qual o papel da cadeia alimentar de cada ser vivo no ambiente? Quais as implicações da degradação ambiental para os seres vivos?

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Visita a um córrego da região (nesse caso específico os alunos visitarão um córrego que passa dentro do Bosque do Índio na cidade de Umuarama).

Após a vivência montarão uma cadeia alimentar do local com as consequências de contaminação ambiental com lixo não tratado.

Ao final da proposta, será elaborado um painel temático com os resultados

das produções dos alunos:

Pesquisas sobre a cadeia de processamento do lixo;

Material para coleta seletiva (latões com as cores exigidas pelo CONAMA).

Sugestões para aperfeiçoamento do sistema de cooperativa da cidade.

Amostra da cadeia alimentar do córrego visitado com as consequências de contaminação ambiental com lixo não tratado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão de temas envolvendo a questão do lixo como proposta de

educação ambiental no ensino de ciências contribui para a preservação ambiental,

principalmente, por meio da informação e conscientização dos estudantes e,

consequentemente, da sociedade como um todo.

Além disto, o problema do lixo pode servir como uma ferramenta útil de ensino

para conteúdos abordados pela disciplina. De acordo com a proposta das Diretrizes

Curriculares da Educação Básica - (DCEs), Paraná (2008), a escola precisa fornecer

as informações de diversas fontes ajudando os alunos a interpretá-las, propiciando-

lhes um maior entendimento sobre determinados conceitos, fatos ou tecnologias.

Nesse sentido, as atividades apresentadas nessa Unidade Didática são relevantes

para mediar o processo de ensino e aprendizagem na disciplina.

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REFERÊNCIAS

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CETESB. Limpeza Pública. São Paulo: CETESB, 1980. 95p.

CONAMA. RESOLUÇÃO N° 275 DE 25 DE ABRIL 2001. Disponível em <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/codigo_de_cores/codigo_de_cores_para_os_diferentes_tipos_de_residuos.html> Acesso em 10 de mai. de 2011.

FELLENBERG, G. Introdução aos problemas da poluição ambiental. São Paulo: E.P.U.- EDUSP, 1980.

JACOB, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa. n. 118, p. 118-205,2003.

JAMES, B. Lixo e reciclagem. São Paulo: Scipione, 1997.

MARTINS, A. L. C; BEVILACQUA, H. E. C. DE R.; SHIRAKI, J. N. Horta: cultivo de hortaliças. São Pulo: Rettec Artes Gráficas, 2006.

NARDI, R. Educação em Ciências: da pesquisa à prática docente. São Paulo: Escrituras Editora, 2003.

OBLADEN, N. L., et al. Reciclagem de resíduos sólidos urbanos na região metropolitana de Curitiba. PUC - ISAM, 1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de ciências para a educação básica. Curitiba, 2008.

PINTO, M. S. A coleta e a disposição do lixo no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1989.

RODRIGUES, F. L; CAVINATTO, V. M. Lixo: de onde vem? Para onde vai? São Paulo: Editora Moderna, 2003.

RUFINO, J. O papel das escolas na questão do lixo. Disponível <emhttp://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/educacao-ambiental-int18.asp> Acesso em: 08 de fev. de 2011.

SEGURA, D. de S. B. Educação Ambiental na Escola pública: da curiosidade ingênua a consciência crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001.