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FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · Prestação de Serviços (ICMS), Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de ... (ITCMD) e Imposto sobre Propriedade de

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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Autor VALDECIR ALVES

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL WALFREDO SILVEIRA CORREA

Município da escola ARAPONGAS - PR

Núcleo Regional de Educação APUCARANA - PR

Orientador ELIANE CLEIDE S. SZERNICS

Instituição de Ensino Superior UEL – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Disciplina/Área (entrada no PDE) EDUCAÇÃO FÍSICA – GESTÃO ESCOLAR

Produção Didático-pedagógica CADERNO TEMÁTICO

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o

professor PDE desenvolveu o

trabalho: professores, alunos,

comunidade...)

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS. VAI SER DESENVOLVIDO

ATRAVÉS DE GRUPO DE ESTUDOS

Localização

(identificar nome e endereço da

escola de implementação)

COLÉGIO ESTADUAL WALFREDO SILVEIRA CORRÊA

RUA: JAPIM Nº 483 – JARDIM BANDEIRANTES - ARAPONGAS

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos

e metodologia utilizada. A

informação deverá conter no

máximo 1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou Times

New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

Gestão democrática é participação, é busca de conhecimento e o

FNDE-Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, amplia os

debates e causa impactos no que se refere ao financiamento

educacional causando na gestão um conflito sobre os recursos e

aplicações. Analisar junto aos professores qual a visão sobre o

financiamento educacional, aplicações de recursos no

desenvolvimento da educação. Metodologia aplicada através de

pesquisas bibliográficas.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Financiamento, gestão, professores, verbas

2

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DO PARANÁ – SEED

Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento Educacional

VALDECIR ALVES

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL:

FUNDEF E FUNDEB

2011

3

INTRODUÇÃO

É desejo, direito e lei que todos tenham uma educação de qualidade e que

esta abranja todos os cidadãos do ensino público, portanto imprescindível que

tenhamos conhecimento do que seja o FUNDEB e sua importância, para que a tal

sonhada igualdade e qualidade de educação aconteçam.

O principio básico do FUNDEB é o disponibilizar um valor mínimo anual

nacional por matrícula no ensino fundamental das redes municipais e estaduais, o

que conforme o governo federal é suficiente para um padrão mínimo de qualidade na

educação.

Nesse contexto se faz necessário uma visão de gestão democrática na

educação do nosso país, na qual este estudo tem o objetivo principal uma reflexão

sobre o FNDE- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, na qual será

possível realizar debates de entendimento do assunto em questão.

O primeiro texto Financiamento da Educação no Brasil, nos tratá a

compreensão das políticas para o financiamento da educação no âmbito municipal,

estadual e federal.

A segunda intervenção será feita com analise no texto do FUNDEB e a

redenção da educação básica, que visa explicar os aspectos básicos do

financiamento da educação no Brasil.

Finalizando, será abordado o controle do financiamento e a aplicação dos

recursos FUNDEF- FUNDEB na educação bem como seu progresso no campo,

social e na melhoria da educação nos pais.

O FUNDEF e o FUNDEB são fundos que financiam a educação e uma

aplicação da política educacional que merece estudo. É necessário que os

profissionais da educação opinem sobre sua efetividade e sobre as perspectivas de

mudanças que objetivem a melhoria da qualidade da educação, já que é necessário

dar continuidade aos projetos iniciados pelo governo.

Diante de tudo isso questionou: como pode ser melhorado a educação no

nosso país no que se refere à melhoria dos indicadores de quantidade e qualidade

da educação básica?

Entendemos que mediante tantos questionamentos sobre o financiamento da

educação, os recursos podem garantir melhoria do espaço físico das escolas,

4

melhorias salariais, melhoria de recursos tecnológicos, melhoria da formação

continuada e, conseqüentemente, qualidade do ensino.

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INTRODUÇÃO

Como primeiro texto apresentamos a discussão de Silva, Isabelle Fiorelli e

Gouveia, Andreia Barbosa Gouveia. Financiamento da educação no Brasil: FUNDEB

e FUNDEF. IX semana da educação da UEL: política e gestão da educação:

questões em debate. Londrina: UEL, 2009.

Seu texto é apresentado na íntegra pela importância e esclarecimento da

analise realizada pelas autoras.

Financiamento da Educação no Brasil:

FUNDEF e FUNDEB

Andrea Barbosa Gouveia Isabelle FioreIli Silva

A compreensão da política para financiamento da educação é um

instrumento importante para a compreensão da política educacional, visto ser uma

forma de intervenção do Estado Nacional no âmbito das unidades federadas,

induzindo determinadas decisões e formatos de oferta educacional. As

determinações da Constituição de 1988 e a instituição de uma política de fundos na

década de 1990 São o grande marcos do financiamento educacional no Brasil nas

duas últimas décadas. Diante disso, objetiva-se no presente texto não só revisitar o

debate acerca do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental

c Valorização do Magistério (FUNDEF) e, em especial, considerar alguns de seus

impactos no Paraná, mas também apresentar a regulamentado do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorizado dos Profissionais

da Educado (FUNDEB).

A partir da Constituição Federal de 1988, os municípios brasileiros

passaram a ser entes federados constituindo o que ARAUJO (2005) chama de

federação tripartite. Além desta inovação a Constituição Federal (CF) de 1988

reafirma a vinculação de recursos para a educação e determina os percentuais de

aplicação para o conjunto dos entes federados (União, Estados e Municípios). O

percentual mínimo a ser aplicado em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

(MDE) pela União passa a ser de 18% da receita resultante de impostos, inclusive os

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decorrentes de transferências; a parcela dos estados, municípios e Distrito Federal

(DF) passa a ser de no mínimo 25% da receita resultante de impostos, inclusive

aqueles decorrentes de transferências.

Observe-se que a Constituição Federal, no seu artigo 212, estabelece duas

regras importantes: pela primeira, os recursos estão vinculados' especificamente à

manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE), o que delimita conceitualmente

em que tipo de despesas os recursos poderão ser aplicados. Tal conceituação é

explicitada nos artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

N°. 9394/1996. A segunda regra importante vincula os recursos à receita de

impostos de cada um dos entes; o inciso I do artigo 212 estabelece:

A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos

Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,

receita do governo que a transferir.

Tal mecanismo garante que não deve existir dupla contagem de recursos e

reafirma o fato de que os recursos da receita de impostos transferidos pertencem,

automaticamente, ao ente que recebe os recursos, o que garante certo grau de

autonomia tributária, também aos municípios.

Considerando-se, em especial, a segunda regra contida nas determinações

da Constituição de 1988, é pertinente observar a composição da receita de impostos

e sua distribuição entre os entes federados: Os impostos federais são de Importação

(LI.), Impostos de Exportação (I.E.), Impostos sobre renda e proventos de qualquer

natureza (I.R.), Impostos sobre produtos Industrializados (I.P. I), Impostos sobre

Operação Financeira (I.O. F), Impostos sobre grandes fortunas' (I.G. F) e Impostos

sobre propriedade Territorial Rural' (I.T. R).

Destes impostos federais alguns são repartidos com Estados e Municípios,

no caso do ITR esta repartição é feita de forma direta, 50% dos recursos pertencem

à União e 50% ao município em que está localizada a terra; no caso do TE, os

Estados e Distrito Federal ficam com 10% da receita de exportação gerada no seu

território. No caso dos recursos do IR e do IPI, a repartição é indireta, pois a soma

de tais impostos constitui a receita do Fundo de Participação dos Estados6(FPE) e

do Fundo de Participação dos Municípios'. (FPM). Esses recursos são repartidos

segundo o tamanho da população e a riqueza dos entes federados. Da parcela de

recursos que fica na União, 18% deve ser aplicado em MDE.

7

Os impostos estaduais são: Impostos sobre Circulação de Mercadoria e

Prestação de Serviços (ICMS), Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de

Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD) e Imposto sobre Propriedade de Veículos

Automotivos (IPVA). Desses impostos, constituem-se transferências aos municípios

o ICMS que é repartido ao meio entre o ente estadual e o município que gera a nota

fiscal e o IPVA que também tem sua receita repartida ao meio com o município que

gerou a arrecadação. Além dos impostos arrecadados pelo governo estadual,

compõe a receita estadual a parcela do FPM, a parcela do IPI exportação e, a partir

de 1997, o repasse da União por compensação de perdas de recursos do ICMS

devido à desoneração de impostos sobre exportação (Lei 87/1996), conhecida como

Lei Kandir. Desses impostos, o estado deve investir 25% em MDE.

A partir de 1998 os recursos do FPE, IPI exportação, Recursos da Lei 87/96

e do ICMS sofrem uma subvinculação; com a aprovação da Emenda Constitucional

N° 14, passa a ficar retido 15% do montante da receita destes impostos ao FUNDEF.

Os recursos deste fundo passam a ser redistribuídos segundo o número de

matrículas no ensino fundamental regular na rede estadual e em cada município do

estado.

Os impostos municipais são: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),

Impostos sobre Tramitação de Bens Imóveis (ITBI) e Impostos sobre Serviços de

Qualquer Naturezas (ISS). Pertence ainda aos municípios os recursos das

transferências federais (ITR; FPM; recursos da Lei 87/96) e das transferências

estaduais (IPVA e ICMS).

Desses impostos o município deve investir 25% na manutenção e

desenvolvimento do ensino. A partir de 1998, com a criação do FUNDEF, também há

uma subvinculação de parte dos recursos provenientes de transferências

pertencentes municípios; assim é retido no fundo 15% dos recursos do FPM e do

ICMS.

Cabe enfatizar que tais recursos ficam retidos em um fundo de

funcionamento estadual. Pode-se dizer que a subvinculação cria 26 fundos

estaduais mais o Fundo do Distrito Federal. A parcela de recursos que constitui o

FUNDEF é operada dentro de cada estado, e segundo a regulamentação da

Emenda Constitucional 14, feita pela Lei 9424/96, a União apenas participa do

financiamento do Fundo quando o valor mínimo por aluno no estado estiver abaixo

do fixado anualmente pelo presidente da República.

8

A tabela 1 apresenta, na primeira linha, os valores mínimos anuais definidos

por decreto do presidente da República e, nas demais linhas, os valores

efetivamente realizados nos diferentes estados brasileiros entre 1998 e 2006,

período de vigência plena do Fundef no país.

Observe-se que os estados que tiveram complementação da União ao longo

dos anos (células em cinza na tabela) são sempre aqueles estados mais pobres no

contexto brasileiro, o gasto anual por aluno do Fundef no Paraná esteve sempre

acima do mínimo nacional, por isso o estado não recebeu recursos de

complementação federal durante a vigência do fundo.

9

Observe-se ainda, a partir dos dados da tabela 1, que os recursos do Fundef

no Paraná cresceram em 211% entre 1998 e 2006, enquanto o mínimo nacional

cresceu 116% e a média de receita no conjunto dos estados cresceu 175%. Isso se

explica pelo crescimento da receita de impostos no estado do Paraná,

10

principalmente o ICMS, o que possibilita maior disponibilidade financeira para

educação.

Na regulamentação no uso dos recursos, cabe destacar a obrigatoriedade

de que 60%, no mínimo, dos recursos recebidos pela esfera estadual e pelos

municípios, deveriam ser aplicados em salário dos profissionais da educação que

estivessem em efetivo exercício. Tal mecanismo justifica-se por meio do objetivo do

fundo de garantir a valorização do magistério, além de desenvolver o ensino

fundamental.

Com isso, fica evidenciado o principal mecanismo de mudança no padrão de

financiamento, pós-constituição: a implementação do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério —

FUNDEF — por Emenda Constitucional (EC) N. 14, de dezembro de 1996, pela Lei

9.424/96, que vigorou de janeiro de 1998 até dezembro de 2006.

Esse fundo teve efeitos sobre a distribuição de responsabilidades em

educação e sobre as condições financeiras municipais, e efeitos indiretos sobre

outras etapas da educação básica, já que resultou na priorização do ensino

fundamental.

No contexto nacional, o FUNDEF foi responsável por uma intensa

municipalização da oferta de ensino fundamental (ARELARO, 2007); entretanto, no

caso paranaense, isso tem certa peculiaridade, pois o processo de municipalização

das séries iniciais do ensino fundamental foi mais intenso no início da década de

1990, antes da política de fundos, por iniciativa do governo estadual (SANTOS,

2001). De toda forma, o mecanismo do FUNDEF reforça a opção paranaense de

responsabilização dos municípios pela oferta de metade do ensino fundamental. Tal

movimento pode ser adequadamente observado no gráfico 1:

11

Gráfico 1: Percentual de participação de redes estaduais e municipais'7 na oferta de ensino

fundamental — Brasil e Paraná. Fonte: SIE-SEED/PR-FUNDEPAR; INEP/ MEC - Censo

Escolar (gráfico construído pela autora).

Podemos encontrar em estudos referentes ao FUNDEF no Paraná, uma

avaliação dos diferentes impactos nos municípios. Tais impactos dependem da

capacidade de arrecadação de impostos em cada cidade. Ou seja, municípios onde

o montante de 15% de contribuição para o fundo era maior que o montante que

retornou ano a ano, perdeu a capacidade de investimentos no ensino fundamental

em certa medida.

E aqueles municípios, que possuíam pouca capacidade de arrecadação de

impostos e cujo montante dos 15% de recursos para constituir o fundo era menor

que o montante que receberam, ganharam capacidade de investimentos no ensino

fundamental. Estudo de Souza sobre a implantação do FUNDEF no estado refere-se

a este movimento de perda/ganho de recursos e evidencia a situação inicial da rede

estadual de ganho com os recursos do fundo.

A receita do FUNDEF para a administração estadual foi superavitária (...),

porém há uma pequena queda entre 1999 e 2000 desse superávit, passando

de R$ 29.512503 para RS 5.744.638.0 mesmo não se pode dizer em relação

ao conjunto da administração municipal, não só porque a receita cresce entre

1998 e 1999 e diminui expressivamente em 2000 (-30%), mas porque dos

399 municípios existentes, 143 perdem recursos transferidos para o

FUNDEF, enquanto que os demais 256 municípios ganham segundo dados

de junho de 2001 SEED/PR (SOUZA, 2002).

A situação da rede estadual, com a consolidação do processo de

municipalização no estado, reverte-se e a rede estadual passa a perder recursos

para o FUNDEF a partir de 2001, como acontece na maioria dos estados brasileiros.

12

O funcionamento pleno do FUNDEF de 1998 a 2006 foi acompanho por

intenso debate sobre seus efeitos. Entre os principais efeitos destacados na

literatura (PINTO, 2000; DAVIES, 2006; ARELARO, 2007) estava à indução à

municipalização, desconsiderando-se as desigualdades de condições de

arrecadação entre as milhares de prefeituras, a utilização da municipalização como

forma dos estados economizarem recursos e desobrigarem-se do ensino

fundamental; o efeito de redução dos gastos com educação infantil, ou pelo menos

ampliação tímida deste gastos por parte das prefeituras e com Educação de Jovens

e Adultos por parte dos estados e municípios, uma vez que esses alunos não eram

contabilizados para receber recursos do FUNDEF.

Não obstante esses e outros limites, o FUNDEF provocou redistribuição de

recursos dentro de cada estado possibilitando certa equalização de condições de

financiamento da educação. A Emenda Constitucional N°. 14 previu o funcionamento

do FLTNDEF por dez anos; em 2006 foi aprovada nova reforma constitucional, com

a Emenda Constitucional No. 53, reconfigurando-se o fundo e definindo-se um

período de 14 anos de vigência. O fundo é, agora, chamado Fundo de Manutenção

e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação (FUNDEB), o qual entrou em vigor em abril cde 2007 com efeitos

retroativos a janeiro.

O FUNDEB é constituído pelos impostos que já compunham o FUNDEF e

agrega ainda recursos do IPVA, do ITCM e do ITR. Além de ampliar os impostos que

já compunham o fundo, a legislação ampliou também a alíquota a ser subvinculada,

passando a ser de 20%. O quadro 1 abaixo sintetiza a composição dos dois fundos:

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Quadro 1: Composição do FUNDEF e do FUNDEB Fonte: Emenda Constitucional n 14 e

Emenda Constitucional n 53.

Observe-se que a implementação do FUNDEB será gradual, tendo na

ampliação de recursos correspondência com a incorporação também gradual das

matrículas, da seguinte forma: o fundo continua a cobrir 100% das matrículas do

ensino fundamental que já estavam contempladas pelo FUNDEF, em 2007

incorpora-se 33% das matrículas da educação infantil, do ensino médio e da

educação de jovens e adultos; em 2008, incorpora-se 66% das matrículas da

educação infantil, do ensino médio e da educação de jovens e adultos e a partir de

2009, será incorporados 100% das matrículas.

Outro aspecto importante na composição do FUNDEB é a definição de um

patamar mínimo de participação de recursos da União. Esta participação começa

com um aporte de 2 bilhões e chega a 4,5 bilhões em 2009. A partir daí a União deve

garantir sua participação no fundo com 10% dos recursos anuais.

Ainda que isso represente certa ampliação de recursos, a previsão divulgada

pelo FNDE para 2007 e 2008 quanto à distribuição dos recursos da complementação

da União revela que tais recursos continuarão atingindo apenas os estados mais

pobres da federação, 8 estados em 2007 e 9 estados em 2008 (tabela 2).

14

Ainda que seja fundamental redistribuir recursos para os estados mais

pobres, e isso atenda a função supletiva da União, durante os anos de vigília do

FUNDEF, esta redistribuição não garantiu equalização real de condições de oferta do

ensino fundamental, pois em 1998 o valor mínimo anual foi de R$ 315,00 (dados da

tabela 1), valor destinado, por exemplo, ao Maranhão, e foi de R$ 901,00 (dados da

tabela 1) em Roraima; no final de vigência do FUNDEF, ou seja, em 2006, esta

diferença se mantinha, enquanto o valor mínimo aplicado no Maranhão era de

R$695, 00, em Roraima este valor era de R$ 2.302,00.

Com a implantação do FUNDEB. em 2007, o valor anual de recursos

estimado pelo FNDE para as séries iniciais do ensino fundamental urbano foi de R$

946, 29 nos oito estados da federação que receberão recursos adicionais da União e

de R$ 2242,56 em Roraima (dados da tabela 2), ou seja, o aporte de recursos

federais apesar de possibilitar a ampliar a abrangência da política de findos, mantém

as desigualdades regionais no país.

15

Por fim, vale ainda ressaltar unia outra peculiaridade do FUNDEB em relação

ao fundo anterior, qual seja, a questão da ponderação do tipo de matrícula para a

distribuição dos recursos. O modelo anterior de fundo previa originalmente 3

diferenciações de custo: séries iniciais do ensino fundamental, séries finais do

ensino fundamental e educação especial. Tal diferenciação não foi utilizada nos

primeiros anos.

16

De 2000 a 2004, a diferenciação foi estabelecida, com valores iguais para

séries finais do ensino fundamental e educação especial. A partir de 2005 ampliou-se

a diferenciação com aportes para o ensino urbano e rural. Esse movimento

relaciona-se com o debate sobre os custos diferenciados implicados em cada etapa

ou modalidade da educação básica e, ainda, nos custos de oferta em regiões

diferentes e em períodos de tempo diferentes. Este debate foi incorporado, em parte,

na regulamentação do FUNDEB. De uma diferenciação entre quatro formatos,

existente no último ano de vigência do FUNDEF, passou-se a uma diferenciação

entre 10 formatos.

A diferenciação entre custos considera como fator 1 a oferta de séries iniciais

do ensino fundamental urbano. A partir daí o custo varia de 0,70 a 1,30. Esta forma

de ponderar o custo do aluno por ano é interessante por reconhecer a diversidade

de contexto em que a educação básica brasileira é ofertada.

Nesse caso é um avanço o fato da política de financiamento incorporar a

existência de escolas indígenas, quilombolas, da diversidade de condições das

zonas urbanas e rurais, além do atendimento de tempo integral.

O problema ainda persistente nesta definição é que os estudos de custo

(VERHINE, 2006; PINTO; CARRERA, 2007) demonstram que educação infantil

17

exige mais recursos que o ensino fundamental, principalmente porque requer um

número de crianças por docente muito menor. Na definição para 2007 tal

peculiaridade não está expressa. Outro problema persistente é a incorporação da

matrícula de alunos na modalidade de EJA com 0,70 do custo do ensino

fundamental.

Os estudos referentes a custo demonstram que a EJA só tem sido mais

barata que o ensino fundamental regular, quando ofertada em condições mais

precárias, por exemplo, sem biblioteca, sem secretaria, que permanecem fechadas

nos períodos noturnos.

A definição de tais fatores de ponderação não é permanente. A lei 11.494/07

que regulamentou o FUNDEB estabeleceu que esta questão será matéria de

deliberação de uma "Comissão Intergovernamental de Financiamento para a

Educação Básica de Qualidade", comissão esta formada por representantes

regionais da UNDIME, do CONSED e do MEC. Esta opção retira do arbítrio

exclusivo do Ministério da Educação a fixação do valor gasto com aluno por ano,

entretanto, deixa, para a disputa entre atores governamentais, o debate sobre como

definir a distribuição de recursos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se considerar que o grande quadro de financiamento da educação

estabelecido pela Constituição Federal de 1988, ou seja, a vinculação da receita de

impostos e divisão de responsabilidades entre estados e municípios com

participação da União de modo supletivo, continua em vigor. Da mesma forma, é a

partir desse desenho que a política de fundos instituída nos anos de 1990 se impõe

e seus efeitos regulam a divisão de responsabilidades pela oferta de ensino

fundamental nos até 2006.

A aprovação do FUNDEB e sua vigência a partir de 2007, conquanto

mantenha a continuidade de um modelo geral, incorpora novidades suficientes para

que o tema do financiamento da educação continue na pauta cotidiana de

educadores, gestores e pesquisadores do campo educacional. É possível

reconhecer avanços na aprovação do FUNDEB, primeiro por garantir uma política de

financiamento para a educação básica, segundo, por assegurar aporte de recursos

da União e, terceiro, por reconhecer a diversidade do sistema educacional e a

18

necessidade de ponderar os custos dessas ofertas; entretanto, persistem desafios

não resolvidos.

Neste caso, a dificuldade de superar as desigualdades entre as regiões do

país parece ser a questão urgente, caso se pretenda realizar o princípio

constitucional do direito de todos a uma educação de qualidade.

A avaliação de quanto este novo fundo nos aproxima ou não da superação

deste desafio requer o acompanhamento contínuo em sua implantação e em seu

funcionamento, não apenas como atividade de pesquisa, mas principalmente pela

via do controle social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GOUVEIA, Andrea Barbosa. SILVA, Isabelle Fiorelli. IX semana da educação da

UEL: política e gestão da educação: questões em debate. Londrina: UEL, 2009.

P. 45- 59.

19

INTRODUÇÃO

O segundo texto fará uma análise sobre o FUNDEB, fundamentado em

DAVIES, Nicholas. FUNDEB: A redenção da Educação Básica. Edu. Soc. Campinas,

vol. 27, n96- especial, p.753-774, out. 2006.

Este trabalho pretende examinar de forma sintética alguns aspectos básicos

do financiamento da educação estatal no Brasil, focalizando especialmente a política

de fundo – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério (FUNDEF) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação Básica (FUNDEB) – apresentados pelos governos federais dos últimos

dez anos como a solução para tal financiamento.

FUNDEB: A REDENÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA?

Este trabalho pretende examinar de forma sintética alguns aspectos básicos

do financiamento da educação estatal no Brasil, focalizando especialmente a política

de fundo – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério (FUNDEF) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação Básica (FUNDEB) – apresentados pelos governos federais dos últimos

dez anos como a solução para tal financiamento.

É um fundo, embora sem este nome, porque reserva constitucionalmente

parte dos impostos para a educação. Seria, pois, necessário nessa polêmica o

esclarecimento sobre o sentido de fundos da educação. Provavelmente o sentido

atribuído pelos envolvidos na polêmica seja o de um fundo formalmente definido

como tal e vinculado a uma parte do sistema educacional, como o FUNDEF

(vinculado ao ensino fundamental regular), o FUNDEB (destinando à educação

básica, segundo a proposta de emenda constitucional aprovada pelo Senado, em

julho de 2006), ou o Fundo do Ensino Superior, previsto no anteprojeto da reforma

do ensino superior proposto pelo governo federal, em dezembro de 2004. Por isso,

os nossos comentários a seguir se limitarão ao FUNDEF e ao FUNDEB.

No caso dos fundos formais, um grande risco é de eles agravarem a

fragmentação da educação escolar, ao privilegiarem um nível de ensino (o ensino

fundamental regular, no caso do FUNDEF). Só uma perspectiva de totalidade,

20

abrangendo desde a creche até a pós-graduação, pode enfrentar alguns dos

problemas básicos da educação. Ora, a referência para uma educação de qualidade

para todos não pode ser o percentual mínimo dos impostos, mas sim no mínimo este

percentual.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n. 415, do FUNDEB, por sua

vez, encaminhada pelo governo federal ao Congresso em junho de 2005, embora se

apresentasse como um fundo de valorização dos profissionais da educação básica

deixava de fora os que atuam em creches e definia um percentual (pelo menos 60%)

só para os profissionais do magistério da educação básica, não mencionando os

demais trabalhadores da educação (funcionários das escolas).

O FUNDEF: uma breve avaliação Antes de examinar o FUNDEB, convém

fazer uma breve avaliação do FUNDEF, até porque a lógica dos dois é bastante

semelhante. Criado pela Emenda Constitucional n. 14 e regulamentado pela Lei n.

9.424, de dezembro de 1996, o FUNDEF passou a vigorar em 1º de janeiro de 1998

e tem vigência prevista até 31 de dezembro de 2006. Inspirado na orientação dos

organismos internacionais de priorização do ensino fundamental, o FUNDEF, apesar

de prometer desenvolver o ensino fundamental e valorizar o magistério,

praticamente não trouxe recursos novos para o sistema educacional brasileiro como

um todo, pois apenas redistribuiu, em âmbito estadual, entre o governo estadual e os

municipais, uma parte dos impostos que já eram vinculados à MDE antes da criação

do Fundo, com base no número de matrículas no ensino fundamental regular das

redes de ensino estadual e municipais.

Além de dar uma contribuição irrisória, sobretudo porque tanta propaganda

fez dos milagres que o FUNDEF é capaz de operar, o governo federal (tanto FHC

quanto Lula) não cumpriu o artigo da lei do FUNDEF (n. 9.424), que estabelece o

critério de cálculo do valor mínimo nacional, que serviria de base para o cálculo da

complementação federal.

É verdade que o valor fixado pelo governo para essa complementação,

ainda que ilegal e muito aquém das possibilidades financeiras do governo federal e

das necessidades educacionais da população, contribuiu para diminuir a miséria de

recursos educacionais de alguns municípios e estados mais pobres (do Nordeste e

do Pará), assim como a redistribuição do FUNDEF entre o governo estadual e os

municipais promoveu um nivelamento de recursos por matrícula dentro de cada

estado (porém não em termos nacionais), de modo que os governos com poucos

21

recursos e muitas matrículas em termos proporcionais ganhassem dos governos

com muitos recursos e poucas matrículas.

Segundo Bremaeker (2003, p. 32), num estudo sobre a influência do

FUNDEF nas finanças municipais em 2002, 39,3% (ou 2.185) dos 5.560 municípios

teriam perdido com o Fundo, ou seja, teriam recebido dele menos do que

contribuído. Estas perdas teriam sido maiores nos municípios com população menor,

porque eles dependem muito mais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)

do que os municípios de médio e grande porte, o que significa que os municípios

menores contribuem para o FUNDEF com uma proporção muito maior do FPM do

que os municípios de médio e grande porte.

De acordo com Bremaeker (2003, p. 34), a lógica do FUNDEF contraria a

lógica do FPM, visto que os municípios de pequeno porte demográfico estão

recebendo menos recursos pelo fato de possuírem (...) poucos alunos, mesmo que

sejam responsáveis por 100% dos alunos matriculados no seu município. FUNDEB:

solução ou apenas mais um remendo? FUNDEB, solução para os males do

FUNDEF ou apenas mais um remendo para os problemas do financiamento da

educação? É o que procuramos responder nas linhas seguintes, com uma breve

descrição e análise do FUNDEB, encaminhada como proposta de emenda

constitucional

O FUNDEB, a exemplo do FUNDEF, seria uma conta única de impostos

estaduais e federais pertencentes constitucionalmente ao governo estadual e

prefeituras de cada Unidade da Federação. Sem nenhum disfarce ou alegação de

dificuldade técnica, este IR dos servidores já é excluído pelo governo estadual do

Mato Grosso desde 2004, com a concordância do Tribunal de Contas (ver relatório

do TC sobre as contas estaduais de 2004 em: www.tce.mt.gov.br).

Tabela 1:

Composição provisória (nos dois anos iniciais) e definitiva (a partir do 3º ano)

do FUNDEB:

22

A dívida ativa de impostos e suas multas e juros de mora são indicados nas

propostas da lei de regulamentação do FUNDEB, porém não constam da PEC 415,

nem do substitutivo, nem da PEC do Senado.

Estas modificações foram mantidas na PEC do Senado, que estipulou que

as matrículas são presenciais. Isso significa que as matrículas municipais no ensino

médio não seriam levadas em conta na distribuição do FUNDEB, porque as

prefeituras não devem atuar prioritariamente no ensino médio, mas apenas na

educação infantil e no ensino fundamental.

Analogamente, as matrículas estaduais na educação infantil não seriam

contabilizadas na distribuição do FUNDEB, porque os governos estaduais devem

atuar prioritariamente no ensino fundamental e no ensino médio. No caso da EJA,

seriam consideradas as matrículas estaduais e municipais no ensino fundamental e

só as estaduais no ensino médio.

Tabela 2:

Distribuição provisória (nos dois anos iniciais) e definitiva (a partir do 3º ano)

do FUNDEB, segundo a PEC do Senado

A PEC 415 só contabilizava a pré-escola, mas o substitutivo inclui as creches,

inclusão mantida pela PEC do Senado.

Para os profissionais do magistério da educação básica, seria reservados

pelo menos 60% do FUNDEB, outro traço nada original e que representou um

retrocesso de uma PEC anterior do MEC (disponível em: www.mec.gov.br, em

agosto de 2004), que previa 80%, destinados, é verdade, a uma categoria mais

ampla, a dos profissionais da educação.

Algumas fragilidades do FUNDEB A principal fragilidade do FUNDEB, assim

como a do FUNDEF, é que traz poucos recursos novos para o sistema educacional

como um todo, uma vez que apenas redistribui 20% de grande parte dos recursos

que já são constitucionalmente vinculados à educação, entre o governo estadual e

23

as prefeituras, com base no número de matrículas na educação básica, o que

significa que uns governos ganharão, mas outros perderão na mesma proporção,

sobretudo quando não houver complementação.

Uma inconsistência do FUNDEB é que este se apresenta como da

educação básica, mas exclui a educação profissional, que, pela LDB e também com

base no Censo do INEP, faria parte da educação básica.

Se estiver correta a previsão da receita do FUNDEB, divulgada na página

virtual do MEC em 29/7/2005, a receita total (a página do Ministério não esclarece se

a complementação foi incluída nesta receita) seria de R$ 50,7 bilhões, que, divididos

pelo total atual de matrículas que comporiam o FUNDEB FUNDEB: a redenção da

educação básica?Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 753-774, out.

2006 (48,1 milhões, segundo a página do MEC, item FUNDEB, embora o Censo do

INEP de 2005 registre um número menor, de 47,6 milhões), daria um valor médio

nacional per capita (não confundir com o valor mínimo nacional previsto na PEC) de

R$ 1.054, valor inferior à média nacional do FUNDEF prevista para 2006 (R$ 1.165),

média calculada dividindo-se a previsão da receita total do Fundo em 2006 (R$ 35,2

bilhões) pelo total de matrículas no ensino fundamental (30,2 milhões). Ou seja,

embora o FUNDEB aumente a complementação na comparação com o FUNDEF, a

média nacional por matrícula do FUNDEB será inferior à do FUNDEF.

A indefinição destes critérios e, portanto, o não-compromisso claro do

governo talvez resultem do maior peso da chamada ―equipe econômica‖ (os

gerentes do superávit primário), que provavelmente foi responsável pela supressão,

na PEC 415, da previsão da extinção gradual (25% por ano) da Desvinculação da

Receita da União (DRU), extinção essa incorporada pelas PECs elaboradas pelo

MEC, em agosto e dezembro de 2004, e que iria recuperar para a educação, pelo

menos em âmbito federal, os 20% dos impostos subtraídos pela DRU da base de

cálculo dos impostos vinculados à MDE e correspondentes a cerca de R$ 5 bilhões

em 2006.

Tendo em vista o descumprimento sistemático da exigência legal de cálculo

do valor mínimo nacional, no caso do FUNDEF e, portanto, da complementação

devida, não há nenhuma garantia de que este ou os próximos governos federais vão

calcular o valor mínimo do FUNDEB de acordo com a lei de regulamentação, cuja

segunda versão, divulgada pelo MEC em novembro de 2005, não define os pesos

diferenciados para as matrículas dos vários níveis e modalidades de ensino.

24

Em relação à PEC 415, a do Senado foi um pouquinho menos sovina,

prevendo uma complementação de R$ 2 bilhões no primeiro ano, R$ 3 bilhões no

segundo, R$ 4,5 bilhões no terceiro, e 10% do total no quarto ano, valores estes que

seriam atualizados de acordo com o índice oficial da inflação. Estes 10% (cerca de

R$ 5 bilhões) são muito pouco porque correspondem ao que o governo federal tira

da educação com a DRU, que desvincula 20% dos impostos destinados a educa-

Entretanto, se o governo (tanto FHC quanto Lula) tivesse cumprido a lei do FUNDEF

(a 9.424), a complementação teria sido de vários bilhões anuais, como denunciado

pelo Tribunal de Contas da União, parlamentares e entidades sindicais e

governamentais outrora críticas do governo (sobretudo o de FHC), o que significa

que, provavelmente, mesmo os R$ 4,5 bilhões previstos de complementação para o

terceiro ano do FUNDEB estariam aquém do devido legalmente se o fundo fosse

apenas do ensino fundamental.

No primeiro ano, por exemplo, a complementação de R$ 2 bilhões

representará bem menos de 5% da receita total do FUNDEB, sendo os 95%

restantes contribuições dos estados e municípios. Mesmo no quarto ano, a previsão

de no mínimo 10% do FUNDEB continuará sendo muito pouco, tendo em vista a

maior participação do governo federal na receita tributária nacional (União, estados,

Distrito Federal e municípios). A aparente generosidade federal precisa ser tratada

com bastante cautela, para dizer o mínimo, pois a PEC 415 pretendia usar até 10%

do salário-educação na complementação, estimados em cerca de R$ 600 milhões

em 2005, o que não representaria nenhuma magnanimidade, pois o salário-

educação é vinculado integralmente à educação, não sendo sua utilização na

educação uma opção do governo, mas sim uma obrigação.

É verdade que o substitutivo eliminou a previsão deste uso do salário

educação, assim como a versão aprovada pelo Senado em julho de 2006. Quanto à

suposta valorização dos profissionais da educação, o FUNDEB contém vários

equívocos e inconsistências. Um é que, embora denominado de valorização dos

profissionais da educação básica, só vincula um percentual para os profissionais do

magistério, não os profissionais da educação, categoria mais ampla, que inclui os

trabalhadores FUNDEB: a redenção da educação básica? da educação não

envolvidos em funções tradicionalmente definidas como pedagógicas dentro da

escola.

25

A PEC não é muito precisa quanto aos que supostamente seriam valorizados

com o FUNDEB, pois emprega três expressões distintas para designá-los:

―trabalhadores da educação‖, ―profissionais da educação‖ e ―profissionais do

magistério‖. Uma é que o FUNDEB não representará a totalidade dos recursos

vinculados à educação, pois deixará de fora as seguintes receitas:

(a) o salário-educação, (b) 25% (ou um percentual maior, se previsto como

mínimo na Lei Orgânica) dos impostos municipais próprios (IPTU, ISS, ITBI) e do

imposto de renda (IR) dos servidores municipais, bem como 25% (ou um percentual

maior, se previsto como mínimo

na Constituição Estadual) do IR dos servidores estaduais, (c) 5% dos

impostos do FUNDEB que não entram na sua formação (ou a diferença entre os

20% dos impostos do FUNDEB e o percentual mínimo fixado pela Lei Orgânica ou a

Constituição Estadual, como é o caso de São Paulo, Rio Grande do Sul e outros).

Assim, o percentual mínimo de 60% não será significativo, porque não é baseado na

totalidade dos recursos da educação.

Só aqueles que ganharem terão mais condições de melhorar a remuneração

dos profissionais do magistério. Entretanto, não há nenhuma garantia de que isso

ocorra, como a experiência do FUNDEF demonstrou, pelo menos no estado do Rio

de Janeiro, em que 60% da receita do Fundo não resultou necessariamente em

melhoria salarial na mesma proporção dos ganhos que as prefeituras tiveram e têm

com o FUNDEF, pelo simples fato de que os governos já gastavam ou alegavam

gastar mais do que 60% antes do Fundo e, portanto, não se sentiam obrigados

legalmente a aumentar os salários pagos antes da sua implantação, em 1998.

Espertamente, muitas prefeituras no Rio de Janeiro, nas discussões e

negociações sobre melhoria salarial ou valorização do magistério, se limitaram aos

60% do FUNDEF, não levando em conta os demais recursos vinculados à MDE

(25% dos impostos não incluídos no FUNDEF e a parcela de 10% dos impostos não

incluída no Fundo, isso se o percentual mínimo da Constituição Estadual ou Lei

Orgânica for de 25%).

A propósito dos ganhos com o FUNDEB, ou seja, do montante que os

governos receberem a mais do que contribuírem, nada garante que serão

contabilizados corretamente, ou seja, como acréscimos ao percentual mínimo.

A prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, incluiu errônea e espertamente o

ganho de mais de R$ 2,5 bilhões com o FUNDEF, de 1998 a 2005, dentro dos 25% e

26

provavelmente continuará impunemente esta esperteza contábil após a implantação

do FUNDEB (Davies, 2006). O governo estadual de São Paulo, por sua vez, usou os

recursos do FUNDEF para pagar os inativos, embora eles (no mínimo 60%) só

pudessem ser usados para pagar os professores ou profissionais do magistério em

efetivo exercício.

Quanto ao potencial de ganhos e, portanto, de valorização da educação e

seus profissionais, é bom lembrar que, durante alguns anos pelo menos, a

probabilidade será de uma perda significativa ou diminuição dos ganhos de muitas

prefeituras em favor dos governos estaduais, pois, pelo menos com base no Censo

de 2005 (disponível em www.inep.gov.br), as matrículas municipais que comporiam o

FUNDEB cresceriam bem menos do que as estaduais.

A tabela a seguir mostra o aumento expressivo das matrículas estadual na

comparação com as municipais, se o FUNDEB tivesse sido implantado em 2006.

Este breve panorama permite algumas conclusões sobre o financiamento da

educação em geral e os fundos.

Uma é a de que os dois fundos (sobretudo o FUNDEF) praticamente não

trazem recursos novos para o sistema educacional como um todo, apenas

promovendo, com base no número de matrículas no ensino fundamental regular

(FUNDEF ou educação básica (FUNDEB), uma redistribuição, entre o governo

estadual e as prefeituras, de uma parte dos impostos já vinculados anteriormente à

MDE.

Os únicos recursos novos, pelo menos em termos do conjunto nacional das

redes estaduais e municipais, são a complementação federal, insignificante no caso

do FUNDEF (1% da receita nacional em 2006) e muito pequena no caso do

FUNDEB (menos de 5% da receita nacional no primeiro ano e 10% a partir do quarto

ano). No caso do FUNDEB, a complementação é totalmente neutralizada pelo fato

de o seu valor corresponder, no quarto ano, aproximadamente ao que o governo

federal tira da educação através da DRU (R$ 5 bilhões).

Os ganhos são significativos (1) para os governos que contribuam para os

fundos proporcionalmente menos do que os outros e cujas matrículas sejam

proporcionalmente maiores do que as dos demais governos no âmbito estadual e/ou

(2) para os governos que recebem a complementação.

Cabe ressaltar que, embora a lógica do FUNDEF e do FUNDEB seja

aparentemente democrática ao promover um nivelamento de recursos por matrícula

27

dentro de cada estado e, portanto, uma diminuição da desigualdade entre a rede

estadual e as redes municipais de cada estado, no caso do FUNDEF ela provocou

perdas significativas em mais de 2.000 municípios pobres e é provável que o mesmo

ocorra no FUNDEB, pois a lógica é a mesma.

Com relação à suposta valorização dos profissionais do magistério, da

educação ou dos trabalhadores da educação, conforme a variada nomenclatura da

PEC é bastante frágil a alegação de que isso acontecerá com a vinculação de pelo

menos 60% para sua remuneração.

Estes 60% não asseguram a valorização, pelo menos no sentido de melhoria

salarial, mesmo nos governos que ganham com o fundo, pelo fato de não serem

calculados sobre a totalidade dos recursos vinculados à educação, que são maiores

do que a receita do fundo, sobretudo nos governos com receita própria significativa

(alguns municipais) e/ou nos casos em que o percentual da Constituição Estadual ou

Lei Orgânica municipal for maior do que os 25% dos impostos previstos na CF. Além

disso, são nulas as chances de tal melhoria salarial ocorrer no caso dos milhares de

governos que perdem com os fundos.

Outra fragilidade dos fundos – na verdade, do financiamento da educação em

geral – é que a exigência constitucional de aplicação do percentual mínimo dos

impostos tem sido burlada sistematicamente. É verdade que essa desigualdade

parece ter sido atenuada pelo FUNDEF, porém apenas dentro de cada Estado, e não

no país como um todo, pois a distribuição dos recursos do FUNDEF e do FUNDEB

só se dá dentro de cada Unidade da Federação e a complementação para o

FUNDEF não foi suficiente para garantir este padrão de qualidade. Mesmo esta

atenuação das desigualdades precisa ser vista com muita cautela, uma vez que as

receitas adicionais (os ganhos) trazidas até hoje pelo FUNDEF e no futuro pelo

FUNDEB poderão ser desviadas para fins outros que não a manutenção e

desenvolvimento da educação e valorização dos profissionais da educação.

Recebido e aprovado em agosto de 2006.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DAVIES, Nicholas. FUNDEB: A redenção da Educação Básica. Edu. Soc. Campinas, vol. 27, n96- especial, p.753-774, out. 2006. Disponível em http://www.cedes.unincamp.br.

28

INTRODUÇÃO

Neste texto reuniu contribuições de vários autores como Konder (1992),

Davies (2001), onde será possível enfatizar o controle do financiamento e a

aplicação dos recursos FUNDEF- FUNDEB, na educação e seus progressos

significativos no campo social e na melhoria da educação no nosso país.

CONTROLE DO FINANCIAMENTO

A aplicação de recursos (FUNDEF – FUNDEB) na política educacional é um

trabalho de longo prazo em todo o ensino público e deve estar apto a garantir uma

educação de qualidade em todos os estados e municípios requerem uma práxis

reflexiva, competente, eficaz e eficiente.

Reflexão e ação, teoria e prática, tensionam-se e fecundam-se

respectivamente, ainda que seja na prática que as teorias são testadas,

reconstruídas e historicamente validadas. Todos os investimentos educacionais vêm

tendo resultados positivos e assim até o momento constituem a formação e

profissionalização do educador na perspectiva da práxis. Konder (1992) considera a

práxis uma:

[...] atividade concreta pela qual os sujeitos se afirmam no mundo,

modificando a realidade objetiva e, para poderem alterá-la transformando-se

a si mesmos. É a ação que, para se aprofundar de maneira mais conseqüente,

precisa de reflexão, do auto-questionamento, da teoria que remete à ação,

que enfrenta o desafio de verificar seus acertos e desacertos, cotejando-os

com a prática. (KONDER, 1992, p.115).

Davies (2001) diz que apesar da falhas o FUNDEF trouxe progressos

significativos ao campo social auxiliando na ampliação e na universalização do

Ensino Fundamental, na valorização do magistério, no processo de correção das

desigualdades e na sistematização da distribuição das verbas publicas.

Sendo assim, há uma nova reflexão sobre a importância do financiamento e

do acompanhamento da aplicação desse recurso para a melhoria da educação no

Brasil.

O FUNDEB que substitui o FUNDEF irá permanecer até 2021 e inclui na

redistribuição de verbas os outros níveis de ensino, na qual os Conselhos de

29

Acompanhamento e Controle Social tem como objetivo de controlar e analisar todo o

processo realizado com as verbas desse recurso que é destinada á educação.

A distribuição dos recursos do Fundeb segue os mesmos critérios adotados

pelo Fundef, ou seja, é baseado no número de alunos matriculados, mudando

apenas na contemplação de todas as matriculas de toda a educação básica Pública

e não somente do Ensino Fundamental, como acontecia com o Fundef.

De acordo com FNDE- Financiamento da Educação no Brasil (2007), para os

fins da distribuição dos recursos serão consideradas exclusivamente as matrículas

presenciais efetivas, conforme os dados apurados no Censo Escolar mais

atualizado, realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira), considerando as alterações aplicáveis. Os

coeficientes para distribuição de recursos do Fundeb, por etapa e modalidade de

ensino estão assim distribuídos:

Valor recebido por entidade por aluno matriculado

Creche: 0,80

Pré-escola: 0,90

Séries iniciais do ensino fundamental urbano: 1,00

Séries iniciais do ensino fundamental rural: 1,05

Séries finais do ensino fundamental urbano: 1,10

Séries finais do ensino fundamental rural: 1,15

Ensino fundamental em tempo integral: 1,25

Ensino médio urbano: 1,20

Ensino médio rural: 1,25

Ensino médio em tempo integral: 1,30

Ensino médio integrado à educação profissional: 1,30

Educação especial: 1,20

Educação indígena e quilombola: 1,30

Educação de jovens e adultos com avaliação no processo: 0,70

Educação de jovens e adultos integrada à educação profissional

de nível médio, com avaliação no processo: 0,70

Fonte: Censo de 2007 do INEP-MEC, DAVIES, 2007 p.36.

30

De acordo com o FNDE (2007) para a fiscalização e controle social do

FUNDEB foi criado um Conselho de Acompanhamento e Controle Social no âmbito

dos Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo uma medida obrigatória.

De acordo com o inciso IV do art. 24 da Lei nº 11.494/2007, o Conselho

Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB no Município deverá

ser composto por, no mínimo, nove membros, sendo:

2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo

menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educação ou órgão educacional

equivalente;

1 (um) representante dos professores da educação básica pública;

1 (um) representante dos diretores das escolas básicas públicas;

1 (um) representante dos servidores técnico-administrativos das

escolas básicas públicas;

2 (dois) representantes dos pais de alunos da educação básica pública;

2 (dois) representantes dos estudantes da educação básica pública,

um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.

A escolha dos representantes dos professores, diretores, pais de alunos e

servidores das escolas, deve ser realizada pelos grupos organizados ou

organizações de classe que representam esses segmentos, e comunicada ao Chefe

do Poder Executivo para que, por ato oficial, os nomeie para o exercício das funções

de Conselheiros.

Se no Município houver um Conselho Municipal de Educação e/ou Conselho

Tutelar, um de seus membros também deverá integrar o Conselho do FUNDEB. Na

legislação não existe um limite Maximo para a composição do conselho e deve ser

substituído sempre que um conselheiro deixe de fazer parte da integração.

Esse novo Fundo deve dar mensalmente uma publicidade dos recursos

recebidos e executados. A implementação do FUNDEB é gradativa conforme nos

mostra a tabela abaixo nos anos de 2007 até 2010:

Implementação gradativa do Fundeb

2007 2008 2009 2010

Impostos remanescentes

do Fundef 16,66% 18,33% 20% 20%

31

Impostos novos 6,66% 13,33% 20% 20%

Complementação da

União 2 bilhões 3 bilhões 4,5 bilhões 10%

Matrículas

Ensino

Fundamental

+ 1/3 das

demais

Encino

Fundamental

+ 2/3 das

demais

Toda

Educação

Básica

Toda

Educação

Básica

Fonte: FNDE(2007)

O financiamento da educação estabelecido pela Constituição Federal de

1988 e a divisão de responsabilidades entre municípios e estados incorporam

mudanças significativas no campo educacional, onde gestores, educadores possam

reconhecer avanços após a aprovação do FUNDEB por garantir uma política de

financiamento para a educação básica.

Em junho de 2010, aconteceram algumas mudanças, onde o Ministro da

Educação em uma comissão Intergovernamental do FUNDEB composta por

dirigentes municipais, estaduais com a competência de definir os fatores de

ponderação de cada modalidade do FUNDEB limitados pela Lei n° 11494/07,

estabeleceu um intervalo de 30% para cima ou para baixo para a variação dos

valores.

Nesta reunião ficou estipulado que em 2011 os fatores de ponderação terão

quatro alterações:

Mudanças no FUNDEB em 2011

Creche em tempo integral passa de 1,1 para 1,2

Pré-escola em tempo integral passa de 1,25 para 1,3

Ensino Fundamental em tempo integral passa de 1,25 para 1,3

EJA associado ao ensino profissionalizante passa de 1,0 para

1,2

Fonte: www.fnde.gov.br/index.php/fundeb-legislacao

De acordo com a Publicação na FNDE (2010) na Portaria Interministerial nº

1.459 de 30 de dezembro de 2010, os Ministros de Estado da Educação e da

32

Fazenda no uso de suas atribuições tendo em vista o disposto no art. 15 da Lei nº

11.494, de 20 de junho de 2007, e no art. 7º do Decreto nº 6.253, de 13 de novembro

de 2007, resolvem nos seguintes artigos:

Art. 1º Na operacionalização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB serão observados, no exercício de 2011, os parâmetros anuais estabelecidos na forma dos seguintes no Anexo III o seguinte: Art. 2º. O valor anual mínimo nacional por aluno, na forma prevista no art. 4º, §§ 1º e 2º, e no art. 15, IV, da Lei n° 11.494/2007, fica definido em R$ 1.722,05 (hum mil, setecentos e vinte e dois reais e cinco centavos), previsto para o exercício de 2011. (PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.459, 2010).

Mesmo persistindo desafios que precisam ainda ser superados,

principalmente no que se refere ao acompanhamento contínuo em seu

funcionamento e na representação da sociedade em que exerce seu papel de

cidadania, o FUNDEB desempenha uma função principal que é de atender o ensino

fundamental de forma ampla, onde os padrões mínimos de qualidade devem ser

observados e os professores valorizados com os recursos que a legislação destina

para essa finalidade.

CRONOGRAMA DO GRUPO DE ESTUDOS

DATA HORAS ASSUNTO-TEMA PALESTRANTES

20/08/2011 6 Aula Inaugural: Financiamento da Educação e Gestão Escolar

Profª Isabelle Fioreli Silva

03/09/2011 6 Estudos dos Textos: FUNDEF e FUNDEB

Profº Valdecir Alves

17/09/2011 6 FUNDEB- A Redenção da Educação Básica

Profº Valdecir Alves

01/10/2011 6 Controle do Financiamento

Profº Valdecir Alves

22/10/2011 8 Conclusão e Avaliação dos Temas Abordados

Profº Valdecir Alves

Carga horária: 32 horas

33

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministério da Educação, 1988. ______. Lei de diretrizes e bases da educacional nacional – nº 9.394, de 20/12/1996. São Paulo: Saraiva 1997. ______. Plano nacional de Educação. Brasília: Câmara dos Deputados, 2000. DAVIES, Nichola. O FUNDEF e as verbas da Educação. São Paulo: Xamã VM Editora, 2001. FARIA, de Wilson. Mapas Conceituais: Aplicações ao ensino, currículo e avaliação. São Paulo: EPU - Temas Básicos de educação e ensino, 1995. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: O QUE MUDA COM O FUNDEB? Disponível em <http://fnde.gov.br.arquivo fundeb. Disponível em 21 /jan/2011. FINANCIAMENTO NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Disponível em: http://www.google.com.br. Acesso em 18/dez/2010. KONDER, L. O futuro da filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Vozes, 1992. Janeiro: Achiamé, 1984. (Série Universidade, 20). (1922). _____Caderno de Pesquisa, São Paulo, n. 78, p. 17-26, ago. 1991. _____Cadernos Pedagógicos – disponíveis em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php.conteudo=98. LEGISLAÇÃO FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Disponível em: http://www.fnde.gov.br/index.php/fundeb-legislacao. Acesso em 13/02/2011. Políticas e Gestão da Educação. Ângelo Ricardo de Souza, Andréa Barbosa Gouveia, Taís Moura Tavares. Curitiba: UFPR, 2007. Vários Autores.BRASIL. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.459, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010.

Disponível em http://www.fnde.gov.br/index.php/arq-fundeb/portaria-1459-30-12-

2010/anexoiportariafundeb2011/. Acesso em 13/02/2011.

SEVERINO, A.J. Metodologia do trablho cientifico. São Paulo:Cortez, 1985.

34

VERHINE, R. E. ; MAGALHÃES, A. L. O impacto do FUNDEF no Brasil: resultado de um estudo comparativo realizado em rede nacional. Encontro Internacional da Sociedade Brasileira de Educação Comparada: Construindo a Identidade Latino Americana. Porto Alegre: SBEC. 2003.

35

ANEXOS

36

ATIVIDADES DO TEXTO 1 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL:

FUNDEF e FUNDEB

1. Algumas mudanças decorrentes da substituição do Fundef pelo Fundeb no âmbito

dos Estados e dos Municípios implica expectativas para que as alterações propostas pelo

Fundeb. A partir dos conhecimentos adquiridos o que muda com o FUNDEB?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

2. Explique sobre o grande marco que aconteceu com as determinações da

Constituição de 1988 no financiamento educacional no Brasil:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

37

ATIVIDADE DO TEXO 2- FUNDEB: A REDENÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA?

1 .O que significa FUNDEF e o FUNDEB?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2. Como o FUNDEF é redistribuído dentro de cada estado, entre o governo estadual e as

prefeituras?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

38

ATIVIDADE DO TEXTO 3 -CONTROLE DO FINANCIAMENTO

1. Quem administra o dinheiro do FUNDEB?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. O que pode ser pago com a parcela de 40% dos recursos do FUNDEB?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

39

INTRODUÇÃO

Nesta última etapa do trabalho serão aplicadas atividades retiradas da

Unidade II – Uma nova ordem: o Fundeb e a Educação - Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (MEC), na qual será possível perceber o

conhecimento adquirido sobre o tema abordado, bem como uma avaliação dos

envolvidos.

40

41