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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: MEMÓRIAS CULTURAIS DE CASTRO E CURITIBA

Autor ANA MARIA NACHORNIK

Escola de Atuação ESCOLA ESTADUAL DONA CAROLA

Município da escola CURITIBA

Núcleo Regional de Educação CURITIBA

Orientador DR. DENNISON DE OLIVEIRA

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Disciplina/Área HISTÓRIA

Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA

Relação Interdisciplinar HISTÓRIA

Público Alvo PROFESSORA DE HISTÓRIA E ALUNOS DA 8ª SÉRIE D

Localização ESCOLA ESTADUAL DONA CAROLA

RUA SOLIMÕES, Nº 290, BAIRRO SÃO FRANCISCO, CURITIBA/PR.

Apresentação Justificativa: a principal meta é ensinar aos alunos, de forma lúdica, ou seja, brincando e aprendendo de uma maneira agradável e salutar, sobre os acontecimentos importantes ocorridos na história paranaense, quando a sede da Capital do Paraná foi transferida de Curitiba para Castro, devido a invasão dos revoltosos gaúchos, por causa da Revolução Federalista, também chamada de Revolução de 1894. E também ressaltar a existência de monumentos históricos centenários ainda existentes

nas cidades em questão, desde aquela data, para que sejam preservados e deixados como herança para as futuras gerações. Este tema é pouco conhecido e divulgado pela mídia e devido à falha no currículo escolar, não havendo menção destes acontecimentos nos livros didáticos oficiais, distribuídos aos educandos, pois o Ministério da Educação privilegia somente a História Geral, de outros povos, de outros continentes, com viés marxista, desvalorizando a história local, desprezando a história do povo paranaense e a história do país onde vivem.

Objetivo geral: Resgatar a história social, política e cultural da cidade de Castro durante o período em que foi, temporariamente, a capital interina do Paraná, em função de Curitiba ter sido ocupada pelos revoltosos gaúchos devido a Revolução Federalista.

Objetivos específicos: Destacar a importância do Paraná para a derrota dos revoltosos federalistas, bem como a preservação dos patrimônios históricos existentes desde o período estudado até os dias atuais.

Metodologia utilizada: explicação da importância do Projeto e abordagem resumida dos principais acontecimentos ocorridos durante a Revolução Federalista (principais causas e consequências), bem como utilização de gravuras, vídeo, passeio turístico, confecção de calendários, cartões postais e marcadores de páginas artesanais que serão guardados num portifólio educativo para que sejam mostrados aos demais alunos da Escola.

Palavras-chave REVOLUÇÃO FEDERALISTA, CURITIBA, CASTRO, CARTÃO POSTAL, CALENDÁRIO.

INTRODUÇÃO

Esta Unidade Pedagógica será aplicada na Escola Estadual Dona Carola, situada em Curitiba, aos alunos da 8ª série D, do Ensino Fundamental.

A principal meta é ensinar aos alunos de forma lúdica, ou seja, brincando e aprendendo de uma maneira agradável e salutar, estes acontecimentos tão importantes da história do Paraná.

As atividades foram feitas com base no Projeto de Intervenção Pedagógica, com o tema “Memórias Culturais de Castro e Curitiba”, sendo o título “Castro, Sede Temporária da Capital do Paraná, em 1894”, para que haja um maior conhecimento deste tema tão pouco explorado e conhecido pelos alunos e pela população em geral, pelo fato de que os educandos aprendem apenas nas séries iniciais, não mais sendo ensinada a História do nosso Estado nas séries seguintes e nem sequer no Ensino Médio. Também não consta este conteúdo nos livros oficiais, que são distribuídos aos alunos. Infelizmente, o Ministério da Educação privilegia somente a História Geral, a história de outros povos, de outros continentes, com viés marxista, desvalorizando a história local, desprezando a história do nosso país, e deixando de lado acontecimentos tão importantes ocorridos no Estado onde a maioria dos nossos alunos nasceram.

Então, para que essa falha seja minimizada na nossa Escola, a presente Unidade Pedagógica vem para suprir este déficit dos livros escolares, proporcionando uma aprendizagem agradável, de modo a despertar a curiosidade dos nossos alunos, com o intuito de que eles, ao observarem um monumento histórico, percebam o valor histórico dele e toda a trama ocorrida com povos que viveram em outros períodos na nossa história, tanto em Curitiba como nos demais municípios do Paraná e que também tenham um olhar diferenciado para as belezas históricas da cidade onde vivem e onde por ventura forem passear ou residir futuramente. Que se tornem verdadeiros guias turísticos de seus amigos e familiares, sendo os multiplicadores destas informações tão valiosas da vida dos nossos antepassados paranaenses, resgatando a história política, social e cultural dos municípios envolvidos nesta trama da Revolução Federalista.

RESUMO DA REVOLUÇÃO FEDERALISTA PARA A UNIDADE PEDAGÓGICA

Com a proclamação da República, surgiram muitas agitações e manifestações

em diversos lugares do Brasil, pois os membros da elite que haviam conquistado grandes privilégios durante o período imperial tiveram essas facilidades colocadas em risco.

Durante o governo do Marechal Floriano Peixoto surgiram dois movimentos contestatórios: a “Revolta da Armada” (Marinha) no Rio de Janeiro, e a “Guerra Civil ou Federalista”, nos três Estados do sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A Revolução Federalista começou no Rio Grande do Sul, após as eleições para o governo do Estado. Com a vitória de Júlio de Castilhos, do partido Republicano, apoiado pelo presidente Floriano Peixoto, os federalistas, partidários de Silveira Martins, inconformados com a derrota, iniciaram a invasão do Estado em 1893, com tropas vindas do território uruguaio, onde se haviam organizado. Teve início, então, a mais bárbara das revoluções brasileiras, ensanguentando, por longo tempo, vários estados do país.

O descontentamento com a política do Presidente Floriano Peixoto conduziu um grupo de caudilhos, como Gaspar Silveira Martins, Gumercindo Saraiva e seu irmão Aparício Saraiva, que durante o período imperial eram privilegiados, a criticar abertamente o governo republicano. As críticas passariam a um tom mais amargo, dando início à guerra civil.

Houve uma divergência: de um lado, Júlio de Castilhos, que defendia o governo de Floriano e um poder forte, centralizador, de outro, Gaspar Silveira Martins, que lutava por um poder descentralizado e autonomia dos Estados. O Marechal Floriano Peixoto suspeitava das tendências políticas monárquicas e parlamentaristas de Silveira Martins.

Os legalistas, adeptos de Floriano Peixoto, foram denominados “pica-paus”, devido à farda azul usada pelos republicanos e pelo barrete (espécie de boné) vermelho, parecendo uma ave de nome pica-pau, e os revoltosos federalistas eram chamados “maragatos”, termo usado na Espanha para denominar alguns ladrões que existiam na Província de Astorga, na Maragateria, os quais eram descendentes de mouros e muito temidos; daí esse termo acabou sendo usado no Uruguai, para onde alguns daqueles migraram, justamente do local de onde veio Gumercindo Saraiva.

Os principais líderes da Revolução Federalista eram: Saldanha da Gama (tendências monarquistas), Custódio de Mello (da Armada), Gumercindo Saraiva (planejava criar novo Estado independente, unindo o sul do Brasil ao Uruguai), Juca Tigre e Aparício Saraiva. Os federalistas queriam a renúncia do presidente Floriano Peixoto.

Também no Paraná, eram muitos os partidários dos federalistas que, em Paranaguá, para facilitar sua tomada, chegaram a apoiar os revoltosos.

A guerra, violenta, em pouco tempo assolou todo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde os revolucionários gaúchos declararam Florianópolis, então chamada de Desterro, de capital Provisória do Brasil. Em pouco tempo, o Paraná era atacado por três frentes, sendo Paranaguá, Tijucas e Lapa, invadidas e dominadas pelos rebeldes.

No dia 20 de janeiro de 1894 Curitiba ficou nas mãos dos invasores, pois o governador Vicente Machado, recuara estrategicamente para Castro, transferindo provisoriamente a sede da capital do Paraná para esta cidade, em 18/01/1894, pelo fato de Castro ser a cidade onde nasceu e mais próxima de São Paulo, além de ser o caminho por onde deveriam chegar as tropas republicanas. O general Pêgo Junior, comandante militar, também retirou-se de Curitiba em direção à Cerro Azul, depois para São Paulo, e, finalmente para o Rio de Janeiro, que era a capital da República, pois suas tropas ficaram em número reduzido devido às deserções, afinal, muitos soldados apoiavam os revoltosos e se ele permanecesse em Curitiba, o seu quartel seria tomado pelos soldados traidores, simpatizantes dos revoltosos.

Curitiba caiu fácil, pois informações telegráficas falsas anunciaram a marcha de milhares de rebeldes a Curitiba. Outro fator foi que o engenheiro francês, Maurício Leão Sounis, responsável pela construção da ferrovia Paranaguá-Curitiba (1880-1885) recebera telegrama do General Pêgo para dinamitar a Ponte São João e o Viaduto do Carvalho, pois conhecia bem esses locais e saberia onde colocar as bananas de dinamite para explodi-las, porém não cumpriu sua missão porque o trem parou antes destes locais, para reabastecer-se de água, já que as locomotivas eram a vapor e, quando o trem já estava partindo, o telegrafista da estação saiu correndo atrás do engenheiro com um telegrama dizendo que o governador Vicente Machado e o General Pêgo haviam fugido de Curitiba. Então o engenheiro Sounis decidiu não dinamitar os viadutos.

Quanto ao município de Castro, os revoltosos também tomaram a cidade, nomeando um prefeito federalista, juntamente com seis camaristas (vereadores). Mas nada de extraordinário fez esse governo em Castro e todas as funções públicas passaram para seus correligionários. Somente em 12 de abril de 1894 findou-se em Castro a revolução e Vicente Machado pode instalar oficialmente, no prédio da Câmara Municipal, a capital do Estado.

Na Lapa, travava-se uma batalha intensa para evitar a passagem dos federalistas. A cidade foi violentamente bombardeada pela artilharia federalista. O cerco tornava-se cada vez mais apertado, porém, Gomes Carneiro chegou a recusar propostas de rendição, feita por representantes da Comissão de Comércio de Curitiba. O coronel Gomes Carneiro resistiu bravamente aos ataques, sem aceitar rendição, até ser ferido e morto (09/02/1894). Dois dias depois, foi assinada a rendição da Lapa.

Em 21 de janeiro de 1894, o federalista Menezes Dória foi nomeado chefe do novo governo revolucionário e se destacou pela opressão e espoliação, pois os vitoriosos continuavam com festas e homenagens. O Barão do Serro Azul passou a integrar a nova comissão para levantar empréstimos de guerra, imposto pelo governo revolucionário, para evitar que Curitiba fosse saqueada, principalmente o comércio.

Até abril, o Paraná foi espoliado, oprimido e sacrificado, a população ficou atemorizada, diante da prepotência de um governo violento e irresponsável, o comércio e a indústria eram obrigados a contribuir com elevadas taxas, os criadores foram espoliados de seus animais, os agricultores, dos seus produtos, o roubo era feito abertamente, aumentando o número de sacrificados.

As batalhas do movimento federalista, travadas em solo paranaense, foram de extrema violência. O Marechal Floriano Peixoto não podia abastecer por mar suas tropas do sul, devido à sublevação instalada na Marinha, na baía da Guanabara e com isso, a situação de Floriano tornou-se muito difícil, pois teria que manter, na capital da República, poderosa força militar, para impedir um desembarque dos revoltosos, no Rio de Janeiro. Então, enquanto os federalistas conquistavam o Paraná, o Marechal Floriano organizava tropas em São Paulo para contra-atacá-los, ao mesmo tempo, conseguira adquirir e aparelhar, nos Estados Unidos, uma frota de guerra, a qual, no dia 13 de março de 1894, mudou a maré da guerra, vencendo as forças de Saldanha da Gama no mar e afastando dessa maneira o perigo de desembarque dos revolucionários no Rio de Janeiro ou em Niterói. Essa vitória naval, além do pânico que estabeleceu aos revoltosos federalistas, facultou a Floriano o envio para o sul de numerosa tropa e abundante material de guerra, até então retido no Rio de Janeiro, necessário que fora para a defesa da capital da República.

O governador federalista provisório, Menezes Dória, prevendo a derrota, fugiu para Montevidéu, outros chefes federalistas também se afastaram. A situação tornou-se de pânico entre os revoltosos e, quando mais eles precisavam de um comando que realmente unificasse seus chefes, suas tropas dividiram-se e, sem uma coordenação central, estraçalharam a revolução numa retirada (debandada) para os pampas, onde pretendiam oferecer séria resistência.

Curitiba, Lapa e Paranaguá foram evacuadas pelos maragatos, temerosos da aproximação das tropas legalistas provenientes de São Paulo, que nenhuma resistência séria encontraram no Paraná. Também foram derrotados em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

A morte do revoltoso Gumercindo Saraiva trouxe completo desânimo às tropas federalistas.

Com a reorganização das tropas legais e a vinda do general Ewerton Quadros, de Itararé para Curitiba, os revoltosos puseram-se em fuga, havendo o fuzilamento do Barão do Serro Azul e de mais cinco companheiros, no km 65 da estrada de ferro

Curitiba-Paranaguá, por ordem do comandante militar Ewerton de Quadros, acusados de traição ao governo de Floriano Peixoto.

No dia 29 de abril de 1894, o Dr. Vicente Machado restabeleceu a capital novamente em Curitiba, mas a revolução deixou marcas duradouras na política do Estado, que só seriam apagadas com a Revolução de 1930 e o governo de Getúlio Vargas.

A guerra civil, em território paranaense foi de grande crueldade e barbárie. Milhares de pessoas, soldados e civis, foram mortas por degolamento ou fuzilados; houve assaltos e destruição de hospitais, massacre de prisioneiros que se rendiam com promessa de vida e garantias, sendo depois impiedosamente exterminados, às centenas. Não se faziam prisioneiros, nem tampouco distinguiam-se as classes sociais. A população de vários vilarejos foi perseguida e morta. Foram enormes os prejuízos materiais causados à nação.

O Paraná desempenhou um papel decisivo e de grande importância nessa revolução sangrenta, pois proporcionou ao governo central do Marechal Floriano, na época o símbolo da República e da legalidade, o tempo suficiente para a aquisição no estrangeiro de uma esquadra, bem como para a organização, em São Paulo, das forças necessárias para deter e repelir o avanço federalista. A prolongada resistência da Lapa foi decisiva na concretização desses planos e impediu o ataque ao Estado de São Paulo, o qual desta forma teve o sossego e o tempo necessário para mobilizar-se.

Patrimônios culturais do século XIX ainda existentes em Castro e Curitiba:

Castro:

. Fazenda Capão Alto: Em 1870, o Barão do Monte Castelo construiu o Casarão que reflete o estilo dos casarões coloniais típicos das fazendas de café de São Paulo e Rio de Janeiro.

. Casa da Praça: em 1870 o ex-prefeito Pedro Novaes Rosa construiu, para a sua família, uma residência com taipa de pilão. Em 2000, essa residência começou a receber exposição de arte e tornou-se a Casa da Praça.

. Casa da Sinhara: casarão datado da primeira metade do século XIX. Atualmente é um museu com objetos e mobiliários que retratam o modo de vida das mulheres dos tropeiros, comumente chamadas de sinharas por seus escravos.

. Atual Casa da Cultura Emília Erichsen: foi o primeiro Jardim de Infância do Brasil, fundado em 1850, sob a responsabilidade da professora Emília Erichsen. Atualmente, além de Casa da Cultura é também o Arquivo Público Municipal, com diversos documentos históricos.

Curitiba:

. Pelourinho: marco de pedra, de 1693, ainda existente na Praça Tiradentes, vendo-se nitidamente a Cruz de Malta, símbolo do governo português.

. Igreja da Ordem: construída em 1737, é a mais antiga igreja de Curitiba, ainda existente nos dias atuais.

. Catedral Metropolitana de Curitiba: inicialmente era uma pequena capela de madeira, onde a Câmara Municipal de Curitiba, antes de construir sua sede própria, realizava suas sessões na igreja. A atual Catedral foi inaugurada em 1893.

. Cemitério Municipal: inaugurado em 1855, na chácara que pertenceu ao Padre Agostinho Machado Lima. Lá encontra-se até hoje o túmulo de Maria Bueno,assassinada em 27 de janeiro de 1893, sendo venerada pelo povo até hoje.

. Passeio Público: inaugurado em 08 de agosto de 1886. Na noite de 19 de dezembro de 1886, dia do 33º aniversário da instalação da Província do Paraná, foi instalada e acendida a primeira lâmpada elétrica em Curitiba. Os jornais destacaram o fato, ressaltando que a “lâmpada elétrica produziu uma luz firme e maravilhosa, mais um novo prodígio da ciência moderna – a luz elétrica”.

. Prédio da Antiga Farmácia Stellfeld, de 1857, foi um marco arquitetônico da época, erguido por artesãos alemães que conseguiram fazer um telhado sem pregos. Sua marca registrada é o relógio de Sol na fachada.

. Solar do Barão: construído em 1883, para servir de residência ao Barão do Serro Azul. Atualmente é o Centro Cultural Solar do Barão.

. Ruínas de São Francisco: com mais de duzentos anos, aproximadamente de 1809; construída por religiosos, mas que não acabaram a obra.

. Museu da Antiga Estação Ferroviária Federal: inauguração em 1882. Hoje é um museu, no Shopping Estação.

. Santa Casa de Misericórdia: inaugurada pelo Imperador D. Pedro II, no dia 22 de maio de 1880. A Santa Casa possui um relógio importado de Hamburgo, um dos mais antigos existentes na cidade e ainda em pleno funcionamento.

. Teatro Paiol: construído em 1874, como depósito de pólvora e munições. Em 27 de dezembro de 1971 foi inaugurado como teatro.

. Casa Edith: o mais antigo e tradicional endereço da cidade em vendas de chapéus e roupas masculinas. Está localizada na Praça Generoso Marques e em pleno funcionamento desde a sua inauguração, em 1879, até os dias atuais, pertencendo sempre aos mesmos familiares, herdeiros do seu fundador.

. Casa Vermelha: antiga loja, construída em 1891, hoje é espaço cultural da Fundação Cultural de Curitiba.

. Armazém Glaser, hoje Casa Glaser, sua inauguração foi em 04 de janeiro de 1887, situado na esquina das ruas Visconde do Rio Branco e Comendador Araújo. Um exemplo de negócio longevo, que continua nas mãos da mesma família, passando de geração em geração, sendo atualmente uma loja de artigos para presentes.

.Prédio histórico, construído em 1893, nas esquina das Ruas XV de Novembro com Monsenhor Celso(já pertenceu ao Banestado e atualmente é do Banco Itaú);era uma casa comercial “a do Cunha da Roupas feitas”.Curiosamente seu primeiro, seu primeiro proprietário o português Manoel Cunha teve o seu imóvel saqueado pelos revoltosos, mesmo fazendo parte da Comissão da Junta Comercial, e contribuído com o empréstimo de guerra, tendo ido a falência.

Atividade nº 1

Objetivo: Despertar o interesse dos alunos em conhecer melhor a vida, a coragem e a determinação destes personagens históricos.

Formar seis grupos de alunos e cada grupo irá pesquisar a biografia de um dos personagens que tiveram uma destacada participação na Revolução Federalista do Paraná, em 1894. E depois, colar a folha numa cartolina e colocar no mural da sala de aula para que todos possam ter acesso a essas biografias. Não esquecer de anotar as referências bibliográficas da pesquisa. São esses os principais personagens:

. Marechal Floriano Peixoto.

. General Antonio Ernesto Gomes Carneiro.

. General Antônio José Maria Pêgo Júnior.

. Dr. Vicente Machado da Silva Lima.

. Ildefonso Pereira Correa, o Barão do Serro Azul.

. General Francisco Raimundo Ewerton de Quadros.

Atividade nº 2

Objetivo: Estimular a aprendizagem dos alunos, através de uma atividade lúdica, sobre os principais acontecimentos referentes à Revolução ocorrida no Estado do Paraná, no final do século XIX.

Elabore um jogo de trilha pedagógica usando como obstáculos 10 perguntas (devendo-se saber a resposta) sobre os patrimônios históricos existentes em Curitiba e Castro, desde o início da Revolução Federalista e que ainda se encontram preservados até os dias atuais. Trabalhe em dupla, dividindo as tarefas com seu colega. Obs.: mostre as perguntas e as respostas à professora e, se for o caso, faça as alterações sugeridas por ela.

Para essa atividade, será necessário: 2 folhas de sulfite ou papel canson colorido (colar um ao lado do outro para ficar um tamanho maior), lápis preto, borracha, lápis colorido, cola, tesoura, dado e tampinhas de garrafa ou de pasta dental.

Nas folhas, previamente coladas na lateral mais larga, para formar um grande retângulo (aproximadamente 40 cm X 58 cm), desenhe uma trilha bem grande, no formato de um caracol ou de uma estrada sinuosa, dividida em 40 casas. Numere as casas da trilha de 1 a 40,

exceto as correspondentes aos números 3, 7, 10, 14, 18, 22, 25, 29, 32 e 36 (nestes números, serão escritas as perguntas). Pinte os números com lápis colorido ou recorte-os em papel colorido (de presente) e cole-os.

Depois da trilha pronta, é só sortear quem vai jogar o dado primeiro. Cada um deverá andar o número de casas indicado pelo dado e, se cair numa das perguntas, deverá responder corretamente, e se, acertar a resposta, joga novamente, mas se não acertar, fica uma vez sem jogar. O vencedor, ou vencedora, será quem chegar primeiro ao número 40.

Atividade nº 3

Objetivo: Identificar os principais personagens que fizeram parte desta trama revolucionária, as dificuldades nos meios de transporte e de comunicação, as vestimentas e os costumes da época.

Assistir o filme “O Preço da Paz” e depois responder as seguintes perguntas:

1) Qual foi o papel do Barão do Serro Azul, em Curitiba, com a chegada dos invasores federalistas? Por quê?

2) Por que os revolucionários federalistas exigiram um empréstimo de guerra da população curitibana?

3) Explique como foi a atuação dos revoltosos federalistas durante sua ocupação no Paraná.

4) Qual foi o motivo do fuzilamento do Barão do Serro Azul, no Km 65, da estrada de ferro que liga Curitiba à Paranaguá?

5) Qual a sua opinião a respeito desse fuzilamento?

6) Qual a razão do filme ter recebido o nome do “O Preço da Paz”?

7) Quem eram os maragatos e por que receberam esta denominação?

8) Quem eram os pica-paus e por que receberam esta denominação?

9) Quem foi o principal líder dos maragatos?

10) O Barão do Serro Azul era um revoltoso federalista? Justifique a sua resposta.

Atividade nº 4

Objetivo: Perceber a importância de se preservar os monumentos históricos para deixá-las como legado às futuras gerações.

Turismo histórico em Curitiba: organizar uma visita aos principais locais que ainda permanecem em Curitiba, desde a época da Revolução Federalista, aproveitando para fotografar esses patrimônios históricos.

Para esta atividade, elaborar um roteiro dos principais lugares a serem visitados.

Após a visitação, fazer um relatório do passeio turístico, com no mínimo 20 linhas, podendo ser em grupos de três alunos.

Sugestões de atividades: nesta visitação, poderá ser feita uma entrevista com algumas pessoas, para verificar se sabem que a cidade de Castro já foi a sede da capital do Paraná.

Também poderá ser feito uma visita ao município de Castro, para conhecer os principais patrimônios históricos, aproveitando para levar mudas de árvores nativas como homenagem aos antepassados que lutaram em defesa da nossa República.

Atividade nº 05

Objetivo: Perceber a importância das memórias culturais como forma de ter um aprendizado mais significativo e duradouro, despertando o interesse para pesquisar mais sobre o assunto estudado.

Produção de cartões postais dos locais visitados. Cada aluno escolhe um monumento histórico que mais despertou o seu interesse, escolhendo uma imagem e transformando-a em cartão postal. As imagens serão coladas em cartolina ou outro papel mais resistente (papel canson ou vergê), previamente recortados no tamanho de um cartão postal, sendo que na frente fica a gravura e no verso do cartão algumas informações a respeito do patrimônio escolhido.

Atividade nº 06

Objetivo: Ampliar o conhecimento e a reflexão sobre a presença da arte histórica na cidade onde vive.

Elaboração de três calendários para o ano de 2012.

Atividade em grupo: Cada grupo escolhe doze patrimônios históricos estudados (gravuras), alternando os de Curitiba com os de Castro e vai produzir um calendário para o ano de 2012. Estes calendários poderão ser feitos em papel canson, vergê ou cartolina, conforme a escolha dos alunos. Cada cartão deverá ter o seguinte formato: um no formato de uma flor, com doze pétalas, sendo que cada pétala corresponderá a um dos doze meses: no miolo da pétala, escrever uma mensagem. O outro calendário será no formato de um retângulo, com doze folhas, uma para cada mês do ano, perfuradas para colocar o espiral. E o terceiro calendário será feito no formato do mapa do Estado do Paraná, também com 12 folhas perfuradas para colocar o espiral, para facilitar o manuseio. Em cada mês, colocar uma das imagens escolhidas, além dos dias da semana e os do mês, além de uma frase homenageando os heróis que lutaram contra a Revolução Federalista e que estiveram em defesa de suas respectivas cidades. A primeira folha, que é a capa, será com a foto dos alunos participantes do projeto.

Atividade nº 7

Objetivo: Despertar o interesse dos alunos na confecção de um presente simples, prático e útil, unindo conhecimentos históricos e reciclagem das sobras dos papéis e materiais utilizados nas outras atividades.

Confeccionar um marcador de página artesanal, com as sobras dos papéis utilizados nos cartões postais.

Recortar o marcador no tamanho de 18,0 cm por 4,0 cm, aproximadamente. Colar uma gravura reduzida de um dos monumentos históricos de Curitiba ou de Castro, num lado do marcador, e no outro lado, escrever o nome, a cidade e a data da sua construção ou inauguração. Deixar o aluno usar a sua criatividade para enfeitar o marcador de página.

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