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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: O RAP na sala de aula: Art’eiros da prosa em versos no RAP

Autor: Maria José Palma Gomes Corrêa

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Padre José de Anchieta

Município da escola Jaguariaíva-PR

Núcleo Regional de Educação Wenceslau Braz-PR

Professor Orientador Professora Doutora Clóris Porto Torquato

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Ponta Grossa

Relação Interdisciplinar (indicar,

caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

Arte

Resumo: Na prática pedagógica tradicional, há uma resistência em aceitar as

variedades linguísticas como legítimas representantes de diversos

grupos sociais, étnicos e culturais. O que se privilegia é a língua

prescrita pela gramática normativa como norma padrão a todos os

falantes. Essa exclusão em relação à diversidade linguística, na

maioria das vezes, impede que o aluno desenvolva seu potencial

expressivo, requisitos básicos para a compreensão de seu próprio

valor e promoção de sua autoestima. Diante do exposto, percebe-se

a necessidade de a escola repensar os planejamentos curriculares e

reconhecer as variedades linguísticas, pois essas variedades não

contradizem um trabalho didático e nem impedem que o falante se

aproprie de outras variedades e de outros recursos linguísticos ao

longo de sua escolarização. Pretende-se com este projeto trabalhar

as canções (principalmente as letras) de RAP e outras linguagens

correlatas. O projeto será desenvolvido no 9º ano através da análise

linguística das canções para a compreensão do discurso que revela

o preconceito, a discriminação e a exclusão sofrida pela população

periférica e, principalmente, pelos afrodescendentes. Espera-se que

os alunos compreendam e que também produzam seus próprios

discursos conforme o contexto social em que vivem.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Variedades linguísticas; afrodescendentes; RAP

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Padre José de

Anchieta. Jaguariaíva-PR

MARIA JOSÉ PALMA GOMES CORRÊA

Unidade didática:

O RAP na sala de aula: Art’eiros da prosa em versos no RAP

Caderno pedagógico apresentado como parte complementar do Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE da Secretaria Estadual de Educação – SEED

em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de

Letras.

Orientadora: Profª Drª Clóris Porto Torquato

PONTA GROSSA 2012

APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática tem como objetivo uma proposta, aos alunos e

professores, de atividades de leitura, análise linguística e produção de canções de

RAP como uma variedade linguística legítima e muito presente na nossa sociedade.

O que se pretende não é negar a norma-padrão da língua, muito menos aprisionar o

aluno em uma variedade linguística, mas desenvolver um trabalho com outro

letramento. Esta proposta visa também a reflexão sobre o mito do monolinguismo já

que a língua por si só não existe, o que realmente existem são os falantes da língua

e, que, as canções de RAP estão entre as variedades cujos falantes denunciam

(através de seus motes), as desigualdades sociais, discriminação, preconceito e

exclusão das classes menos favorecidas.

A condição de excluído surge no discurso rapper como objeto de reflexão e

denúncia; mais uma vez (...) os rappers falam como porta-vozes desse universo silenciado

em que os dramas pessoais e coletivos desenvolvem-se de forma dramática. Chacinas,

violência policial, racismo, miséria e a degradação social dos anos de 1990 são temas

recorrentes na poética rapper. São reflexos da desindustrialização da metrópole e da

segregação urbana que dividiu a cidade em condomínios fortificados e bairros pobres.

(SILVA; SOUZA, 2011, p. 79).

Essa retrospectiva ao início dos primeiros movimentos rappers, que

denunciavam a segregação das classes sociais, estão ainda muito presente nos dias

atuais. O discurso que, a princípio, pode parecer um enfrentamento gratuito nada

mais é do que um movimento que denuncia e reivindica novas políticas públicas que

propiciem ao cidadão o direito de viver com dignidade e respeito. Daí a importância

de se desenvolver um trabalho com essa linguagem que circula fora dos muros da

escola para que ganhe sentido e seja entendida como porta-voz daqueles que

sobrevivem apesar das adversidades. Para garantir a inclusão dessa prática

discursiva lemos:

Os parâmetros curriculares nacionais, publicados pelo Ministério da

Educação ressaltam que: “os conteúdos de Língua Portuguesa devem manter relação

com o uso efetivo da linguagem socialmente construídos nas múltiplas práticas discursivas”.

(BRASIL, 1998, p. 39).

Portanto, não há como insistir numa modalidade única da língua

principalmente em um país de dimensão continental como o nosso cuja população é

entrelaçada por diversas etnias, grupos sociais e culturais diferenciados. É

importante que o aluno se conscientize da legitimidade das variedades e que reflita

sobre os discursos implícitos nos usos da língua e compreenda essa interação

verbal entre os sujeitos produtores e construtores da língua.

Nas palavras da Professora Ana Lúcia Souza: "todo uso da palavra envolve

ação humana em relação a alguém [...] Por mais simples que seja um enunciado, ele

sempre se dirige a alguém e carrega um posicionamento, uma ação frente à

realidade em que vive”. (SOUZA, 2011, p. 55).

Cabe à escola o comprometimento de que a sala de aula ofereça espaço

aos alunos para o pleno exercício de sua palavra como legítima e para que se torne

viva ao encontrar ressonância na palavra do outro.

Por isso, essas práticas concretas da língua que o aluno traz para a escola,

devem estar articuladas com o conteúdo curricular de Língua Portuguesa. A

educação só tem sentido quando possibilita ao educando o exercício e o

desenvolvimento de suas potencialidades e saberes.

Leitura e oralidade: refletindo sobre o preconceito.

Professor, faça a leitura do texto abaixo e, após a leitura, inicie um debate

sofre as implicações que o preconceito provoca nas pessoas que o sofrem.

Figura 1: havaina pobre Disponível em: aguinaldo-contramare.blogspot.com

Nas palavras de (MV BILL, 2005, p. 176),

O preconceito provoca invisibilidade na medida em que projeta sobre a pessoa um estigma que a anula, a esmaga e a substitui por uma imagem caricata, que nada tem a ver com ela, mas expressa bem as limitações internas de quem projeta o preconceito. Por isso, seria possível dizer que o preconceito fala mais de quem o enuncia ou projeta do que de quem o sofre, ainda que, por vezes, sofrê-lo deixa marcas.

Atividade escrita:

Professor, após a reflexão do conteúdo do texto, solicite aos alunos uma

produção textual respondendo a questão: O preconceito provoca em você alguma

imagem que contrasta com o aconchego, ou seja, com o conforto que lhe dá prazer?

Acrescente uma situação de desconforto sofrida ou presenciada por você diante de

uma relação preconceituosa. (mínimo de 10 linhas).

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Atividade 2. Conversando sobre RAP (duas aulas)

Professor, para realizar esta atividade, leve para a sala de aula texto

impresso sobre o surgimento do RAP. Realize a leitura do texto junto com os alunos

e, a partir da leitura, discuta com eles sobre essa manifestação cultural.

Aplique o questionário abaixo, com o objetivo de fazer uma sondagem sobre

o interesse e/ou conhecimento deles sobre as canções de RAP. O texto sobre o

surgimento do RAP está disponível em: www.suapesquisa.com.

1- Abordagem sobre o tema proposto:

a- Você costuma ouvir música com frequência?

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b- Qual (ais) estilo (os) você mais aprecia?

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c- As canções de RAP estão incluídas no seu gosto musical?

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d- Se afirmativo, por qual (ais) autor (es) e canções você tem preferência?

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e- Se você respondeu sim para a pergunta “c”, escreva se você já se identificou em

alguma canção que fala sobre a discriminação, o preconceito e a violência física ou

moral sofrida pela população menos favorecida.

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Atividade 3- Refletindo sobre os direitos garantidos na Constituição Federal e

a denúncia social presente no discurso dos movimentos rappers. (duas aulas)

Professor, leve para os alunos texto impresso sobre o artigo 3º, parágrafos:

I, II, III e IV da Constituição Federal onde estão registrados os objetivos do país

quanto à formação de uma sociedade igualitária. Também anote no quadro o

seguinte enunciado: “O discurso dos rappers que, a princípio, pode parecer um

enfrentamento gratuito nada mais é do que um movimento que denuncia e reivindica

melhores condições e oportunidades para que o cidadão alijado do processo possa

viver com dignidade e respeito”.

Professor, a atividade a seguir tem como objetivo um diagnóstico (avaliação

importante para a sequência das atividades), sobre o posicionamento do aluno em

relação aos direitos garantidos por lei e a real situação em que vive grande parte da

sociedade brasileira.

1 Reflexão sobre os textos lidos:

Você leu três parágrafos do artigo terceiro dos princípios fundamentais da

Constituição brasileira e leu também um texto que fala sobre a temática presente em

muitas canções dos rappers. Responda:

a- A lei por si só não deveria prover uma vida digna ao cidadão com seus direitos e

deveres garantidos? Então, por que surgem movimentos reivindicatórios desses

direitos?

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b- Na sua comunidade, ou na localidade onde você mora, você conhece pessoas

que vivem em condições precárias sem acesso à educação, saúde, trabalho e

moradia decente?

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c- O Brasil é um país com uma população descendente de africanos escravizados

bastante significativa. Esses africanos, praticamente, foram responsáveis pela

construção do país. Como você pode explicar a necessidade de se criar leis à parte

para que os direitos dos afrodescendentes sejam respeitados?

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d- Qual é a sua opinião sobre a política de cotas sociais, com recorte racial, para

negros ingressarem nas universidades?

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Atividade 4- Ouvindo RAP. (duas aulas)

Professor, apresente aos alunos o vídeo do rapper MV Bill: “Preto em

Movimento” e também a letra impressa para acompanhar a canção.

Objetivo: identificar na canção o orgulho negro e a importância de se lutar

por direitos iguais.

O vídeo está disponível em: www.youtube.com/watch?v=Z7QE6aB628 e a

letra disponível na rádio Uol.

1-Compreensão e interpretação do texto:

a- O que fala a letra da canção? Como você sabe isso?

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Preto em Movimento (MV Bill)

“Não sou o movimento negro”

“Sou o preto em movimento”

[...]

b- Nesses dois primeiros versos da canção “Preto em Movimento” do rapper MV

Bill, ocorre uma negação e uma afirmação. O que ele está negando? Qual o

significado da palavra “ movimento” em cada verso?

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c- O que o eu-lírico reflete na canção?

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“Eu não posso mais fugir” verso 9

d- Do que ele foge?

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“Tem que ser duas vezes melhor” verso 13

e- Melhor em relação a quê e a quem?

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f- Qual é o símbolo que a palavra “martelo” representa na canção?

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g- A palavra “melanina” está no sentido figurado e se refere a quê?

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“Ovelha branca da nação”

“Que renegou a pretidão”

h- Quem é a ovelha branca na canção?

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i- Por que o eu-lírico diz que a caminhada é diferente pra quem vem da negritude?

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1- Professor, para finalizar esta atividade, apresente o vídeo do rapper MV Bill. O

vídeo é uma entrevista concedida ao Repórter Rio onde ele conta sobre as

atividades que realiza na favela “Cidade de Deus” com a comunidade carente.

Objetivo: apenas visualização e audição para conhecer o trabalho que o rapper faz e

o porquê de ele dizer na canção que é um “Preto em Movimento”

Disponível em www.youtube.com/watch?v=JHbp_HrJ4

Atividade 5- O RAP dos Racionais (duas aulas)

Professor, inicie esta atividade solicitando uma pesquisa sobre a biografia do

rapper Mano Brow, integrante do grupo “Os Racionais”.

Objetivo: atividade de leitura para que os alunos conheçam parte da

trajetória de vida do rapper. Disponível em : pt.wikipedia.or/wiki/manobrow

Professor, leve para a sala vídeo e letra impressa sobre a música “Negro

Drama”. Explicar aos alunos que os rappers têm seu universo de referência, por isso

empregam termos e expressões que encontram sentido na periferia e, é nesse

espaço que a música tem que ser entendida.

1- Analisando e compreendendo o discurso na canção:

a- Na canção “Negro Drama”, há três elementos (palavras) que sustentam a

composição. Quais são elas? Como você sabe disso?

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b- Essas palavras representam um determinante na vida do eu-lírico. O que elas

determinam?

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c- Levando em consideração o verso “ Eu também não consegui fugi “disso”, a que

se refere a palavra “disso”?

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d- No verso “Eu sou mais um”, o eu-lírico da canção se refere a mais um o quê?

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e- No decorrer da canção, o eu-lírico conta a própria história e cita o filme “Forrest

Gump: um contador de histórias”. As histórias de vida de Forrest Gump e a do

rapper têm algo em comum? Se sim, o quê? Qual o contraste entre as histórias?

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f- “Floresta de concreto” e “torre de Babel” é uma linguagem figurada para retratar

uma imagem intimamente ligada à vida dele. A quem e a que ele está se referindo?

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g- No início da canção, o eu-lírico denuncia a luta pela sobrevivência e, nos versos

“Senhor de engenho” [...] “seu carro é bonito e eu não sei fazer” ocorre uma

complementação. Que denúncia social está relacionada a esses versos? Quem é o

senhor de engenho?

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h- “mas seu filho me imita” [...] “ginga e fala gíria, gíria não, dialeto”. Qual é o

estereótipo (imagem montada), que o jovem que fala gíria tem para grande parte da

sociedade?

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Atividade 6- Diário de um detento: composição do integrante dos Racionais

(Mano Brow) com a participação do ex-detento Jocenir, sobrevivente do

massacre ocorrido no Presídio do Carandiru em 1992. (duas aulas)

Professor, como complemento da atividade, solicite aos alunos que

pesquisem na internet textos que falem sobre a invasão do Presídio do Carandiru.

Para a atividade proposta, leve o vídeo e a letra impressa da canção e

explique que a composição deve ser entendida no contexto em que foi criada.

Objetivo: conhecer parte do episódio ocorrido no presídio, cuja invasão

resultou na morte de 111 detentos.

1- Compreensão e interpretação da canção:

a- Como o dia que antecedeu à invasão no presídio é descrito na canção?

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b- Pela descrição na canção, como era o dia a dia do detento no Carandiru?

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c- Nessa canção, o autor fala de um tipo de crime intolerável para os detentos e

que também é considerado hediondo pelo código penal. Como são tratados os

praticantes desse tipo de crime pelos companheiros de detenção?

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d- Quais as características psicológicas de um detento descritas na canção?

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e- [...] “minha vida não tem valor quanto seu celular, seu computador”. Esse

desabafo do personagem remete a que imagem presenciada através das grades do

presídio? Quem é o dono do celular e do computador referido em “seu celular, seu

computador”?

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f- Ao relatar a angústia que leva um detento a cometer suicídio, ele manda um

recado a alguém que está fora do presídio. Qual é a mensagem enviada e a quem é

endereçada?

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g- Ao relatar na canção o valor humano que é atribuído ao detento, ele demonstra

ter clareza e consciência de que não há preocupação das autoridades com a

reabilitação do homem privado da liberdade e seu retorno ao convívio social. Como

ele relata isso?

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h- Como é descrito o dia da invasão pelos policiais no presídio?

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i- Quem é a figura política citada na canção?

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Atividade 7- A arte no movimento Hip Hop, o grafite. (uma aula)

Professor, inicie esta atividade falando sobre o grafite, que é uma linguagem

visual utilizada por jovens admiradores do movimento Hip Hop.

Objetivo: Conhecer as habilidades dos alunos na arte de desenhar e pintar.

1- Atividade de sondagem sobre o conhecimento e/ou interesse dos alunos

por desenhos que possam ser utilizados para pintura em grafite.

a- O que você sabe sobre pintura em grafite que são desenvolvidas por jovens, em

paredes, muros e até exposições em galerias? ........................................................................................................................................

b- Gosta de desenhar? Se sim, quer apresentar um desenho para ser grafitado? ........................................................................................................................................

c- Qual é a diferença entre grafitar e pichar? ........................................................................................................................................

d- Conhece algum amigo que faz grafite? Quer convidá-lo para apresentar os

desenhos na sua sala para os colegas de turma? ........................................................................................................................................

e- Conhece algum(ns) termo(s) (vocabulário) empregado por grafiteiros? Se

conhece, escreva e dê o significado. ........................................................................................................................................

f- Qual é a origem da palavra “grafiti”?

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g- Qual é o significado da palavra “Hip Hop”?

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Atividade 8- Pesquisando e conhecendo a cultura Hip Hop e a arte de grafitar.

(uma aula)

Professor, agende uma aula para ser realizada na sala de informática.

Solicite aos alunos que pesquisem sobre a cultura Hip Hop (origem,

intencionalidade, objetivo), e o surgimento das primeiras pinturas em grafite (onde

eram feitas, material usado etc). Disponível em:

culturahiphop.arteblog.com.br/256831/grafite-arte-de-rua.

Atividade 9- Praticando a arte do desenho (uma aula)

Professor, utilize as letras abaixo para que os alunos possam iniciar a

atividade de desenhar. Inicie com letras e números e incentive-os a montar frases

com mensagens significativas. Exponha os desenhos no mural da escola.

Sites para pesquisas sobre outros grafites: pinchagrafite.blogspot.com.br

desenhos-dos-utentes.colorir.com/grafite.html

Figura 2: Grafite Disponível em: http://pinchagrafite.blogspot.com.br/

Atividade 10- O RAP em quadrinhos (oito aulas)

Produção de revista em quadrinhos com conteúdo das composições

características do RAP.

A atividade de desenho poderá ser feita em sala de aula ou na sala de

informática com o uso do Paint.

Objetivo da atividade: diversidade de gênero na escrita.

Professor, para iniciar esta atividade retome o conteúdo sobre sinais de

pontuação, discurso direto, tempos verbais no discurso e a linguagem

onomatopaica.

Passos para a confecção da revista de história em quadrinhos:

1º passo: Criar a letra do RAP (alunos), para ser colocada nos quadrinhos,

tema livre;

2º passo: especificar o número de quadrinhos necessários para acomodar

as falas;

3º passo: especificar o tamanho dos quadrinhos (calcular o tamanho pelo

conteúdo da fala);

4º passo: montar primeiro os quadrinhos;

5º passo: criar os personagens que desenvolverão as falas;

6º passo: escrever a história nos quadrinhos, empregar letra maiúscula e

cuidar para que fiquem uniformes;

7º passo: completar com desenhos que ilustrem as falas que estão

colocadas nos quadrinhos. (se não souber desenhar, faça colagem),

8º passo: dar um título para a revista.

Figura 3: Balõezinhos

Disponível em: http://www.google.com

Atividade 11- Produzindo canção e letra de RAP: (cinco aulas)

Professor, trabalhe a estrutura formal do gênero textual das canções de

RAP: versos, estrofes, rimas, ritmo, métrica, refrão. Explicar o que é “sample” e

orientar se pode ou não ser usado nas composições. Apresentar a lei sobre direitos

autorais e quais as sansões cabíveis no caso de plágio.” Lei nº 9610 de 1998”

Solicitar aos alunos que iniciem suas próprias composições. Peça que

anotem os temas que querem desenvolver. As produções podem ser em grupo ou

individual. Auxiliá-los com o emprego do vocabulário e sempre retomar o conteúdo

sobre a estrutura do texto.

Atividade 12- Apresentação das canções produzidas (quatro aulas)

Professor, solicite aos alunos que interpretem as canções produzidas para

os colegas de classe. Solicite que os alunos votem nas canções melhores

produzidas (na opinião deles).

Selecione, para uma apresentação formal com alunos compositores e

intérpretes, as canções mais votadas. Agende, com a Direção e Equipe Pedagógica

da escola, um evento em local apropriado, convidando pais e amigos dos alunos

para que apreciem as produções realizadas com RAP e história em quadrinhos.

Registre em fotos ou vídeos, para postar no site da escola. Solicite termo de cessão

de direitos autorais para outras utilizações das imagens.

Material necessário para realização de todas as atividades:

Computador com internet para pesquisas, TV multimídia, pen-drive, lápis,

borracha, régua, lápis para desenho, lápis de cor, papel sulfite para impressão de

material e desenho, cartolina, dicionários (inglês/português) para consulta dos

vocábulos.

REFERÊNCIAS:

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Editora

Loyola, 2011.

BAKTHIN, Mikhail. Tradução de Michel Lahud & Yara Frateschi Vieira. Marxismo e

Filosofia da Linguagem. São Paulo: Editora Hucitec, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Pârâmetros

curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo:

Parábola Editorial, 2009.

PARANÁ. Departamento de Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação

do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa.

Curitiba: DEB/SEED, 2008.

SOARES, Luiz Eduardo, MV Bill, Celso Athayde. Cabeça de Porco. São Paulo:

Editora Objetiva, 2005.

SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música,

dança, HIP-HOP. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

IMAGENS:

BALÕEZINHOS. Disponível em: http://www.google.com.

GRAFITE. Disponível em: http://pinchagrafite.blogspot.com.br.

HAVAINA POBRE. Disponível em: aguinaldo-contramare.blogspot.com.