FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA 2016

Título: Marina Colasanti e a Formação Leitora

Autor: Marlei Fátima Dupond Martelli

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.

Município da escola: Céu Azul – PR

Núcleo Regional de Educação: Cascavel – PR

Professor Orientador: Dra. Ruth Ceccon Barreiros

Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE – Cascavel

Resumo: Esta produção Didático-Pedagógica tem como objetivo a Formação Leitora por meio de estratégias de leitura que auxiliem na compreensão do texto, pautada na Concepção Interacional (dialógica), a partir do estudo do gênero Conto. Pretende-se, com a mesma, possibilitar ao aluno o acesso à Literatura Brasileira, despertando-o, por meio da literatura “Marina Colasanti”, para o prazer de ler e para a eficiência em leitura. A metodologia utilizada tem como foco a Estética da Recepção em que o leitor figura como um sujeito ativo que interage por meio da leitura literária, de debates e reflexões desenvolvidas após a obra lida, ampliando, assim, o horizonte de expectativas. Neste método, o aluno, como leitor, atribui sentido às suas leituras por meio de toda a bagagem prévia adquirida, seja ela relacionada aos aspectos linguísticos ou ao conhecimento de mundo e começa a interagir na sociedade da qual faz parte, tornando-se, assim, um leitor assíduo e proficiente.

Palavras-chave: Leitura; Literatura; Formação Leitora; Contos.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

Prezado (a) colega professor (a)!

“Ler um livro é desinteressar-se da gente deste

mundo comum e objetivo para viver noutro mundo. A

janela iluminada noite adentro isola o leitor da

realidade da rua, que é o sumidouro da vida

subjetiva. Árvores ramalham. De vez em quando

passam passos. Lá no alto estrelas teimosas

namoram inutilmente a janela iluminada. O homem,

prisioneiro do círculo claro da lâmpada, apenas

ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa de

seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma

outra dimensão, além do tempo e do espaço. No

tapete voador só há lugar para dois passageiros:

leitor e autor”.

Augusto Meyer

Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/?orientation=&image_type=&cat=education&colors=&q=&order=p

opular&pagi=41

A leitura é uma atividade interativa que produz sentido quando há a interação

entre o leitor e o conteúdo do texto, pois só existe compreensão à medida que o

leitor tem condições de completar as lacunas deixadas pelo autor do texto, com o

conhecimento prévio e as experiências por ele apresentadas.

O mundo da literatura é considerado o mundo onde tudo pode acontecer. O

leitor consegue imaginar situações diferentes do mundo real. Na literatura, a palavra

tem uma força capaz de simbolizar o mundo e as pessoas que nele vivem,

desempenhando assim, seu extremo poder de transformar.

A natureza literária de um texto concretiza-se pela relação estabelecida com

as palavras, com a leitura e com a situação de produção no contexto em que o texto

está inserido. A principal função do texto literário é trabalhar com a própria

linguagem, por meio da experiência trazida pelo escritor que possui uma realidade

social e histórica bem definida.

Para isso, esta Unidade Didática apresenta uma proposta de trabalho, por

meio de estratégias de leitura, com enfoque na concepção de linguagem que norteia

o ensino de Português. Tomamos a linguagem como fator social de interação, em

consonância com o Método Recepcional. Sobre a concepção interacional dialógica

Koch (2002), pontua que a leitura é a produção de sentidos que se concretiza com os

elementos linguísticos existentes no texto e na forma como ele é organizado. Esses

sentidos só podem ser construídos na interação sujeitos-texto com ênfase no

contexto, que é um conjunto de suposições que se baseiam no conhecimento dos

interlocutores.

O objetivo principal desta produção didática é possibilitar o acesso dos alunos

à literatura brasileira, despertando-os, por meio da literatura “Marina Colasanti”, para

o prazer de ler e para a eficiência em leitura, formando, com isso, novos leitores

capazes de interagirem na sociedade da qual fazem parte.

As atividades elaboradas são dirigidas aos alunos do nono ano do Ensino

Fundamental, etapa esta em que há a necessidade de despertar o gosto pela

Literatura Brasileira para uma possível apreciação deste tipo de leitura, facilitando o

ingresso ao Ensino Médio, fase em que essa leitura será predominante.

Apesar de o enfoque ser a leitura, não será possível realizar este trabalho sem

aliar a mesma com os eixos da oralidade e da escrita. Diante disto, todo o

encaminhamento está centrado na leitura, compreensão, produção e refacção de

textos do gênero Conto.

Esta proposta não está concluída, mas sim, em construção, pois poderá ser

complementada no processo de interação entre professores e orientador do GTR,

tornando-a cada vez mais aprimorada, ou seja, próxima do seu principal objetivo que

é a Formação de Leitores proficientes em Literatura.

Seja bem-vindo (a) a esta interação!

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

De acordo com as DCE– Diretrizes Curriculares da Educação Básica – a

prática de leitura “requer que se compreendam as esferas discursivas em que os

textos são produzidos e circulam, bem como se reconheçam as intenções e os

interlocutores do discurso”, (PARANÁ, 2008, p.57), pois a literatura está ligada

diretamente à vida social e mantem uma relação dialógica com outros textos.

Conforme consta nas Diretrizes,

o texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças, os valores etc., que o leitor traz consigo. (PARANÁ, 2008, p.59).

Diante disto, é importante destacar que o texto literário é aberto, mas não

escancarado, assim, não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas

aquelas que o texto permite. O leitor tem condições de atribuir significado ao que lê

e de dar vida à leitura, porque possui conhecimento prévio, linguístico e de mundo,

que lhe possibilita interagir com o texto.

Desta forma, seguindo a linha de estudo presente nas DCE, a literatura

oportuniza ao sujeito a interação, abordada pela Estética da Recepção e pela Teoria

do Efeito Estético, em que a subjetividade (autor/texto/leitor) foge do imediatismo e

admite que o leitor seja capaz de sentir e expressar o seu sentimento, ampliando,

assim, o universo de expectativas. O texto literário significa e também sugere os

limites da significação. As palavras se constroem na medida em que intensificam o

relacionamento do homem com o mundo das coisas e vão dando vida àquilo que

está sendo abordado nas obras.

Segundo Aguiar e Bordini, (1993, p.14), “A obra literária pode ser entendida

como uma tomada de consciência do mundo concreto que se caracteriza pelo

sentido humano dado a esse mundo pelo autor.” Assim, ocasionando uma interação

que pode ser simultaneamente criadora e receptiva, porque a literatura é uma forma

de comunicação que parte para a produção significante.

Ainda conforme as autoras, o texto literário não precisa apontar o objeto real e

nem referir-se ao contexto por possuir uma autonomia de significação. Ao ler o texto

literário, o leitor revive as mudanças representadas pelas personagens da ficção e

passa a aceitar esse mundo como se fosse possível para ele mesmo. Com isso, a

literatura dá liberdade ao leitor para reconstruir todo o universo simbólico com base

na sua vivência, como também, oportuniza a ele encontrar tudo aquilo que a

realidade não pode fornecer, sem precisar correr os riscos oferecidos pela aventura

real.

Por isso optamos pelo estudo da literatura fantástica, a qual consente ao leitor

fazer a sua interpretação por meio das percepções ambíguas que o texto apresenta,

pois o fantástico conduz à integração do leitor com o mundo das personagens.

(TODOROV, 1975).

Segundo o autor, "O fantástico é a hesitação experimentada por um ser que

só conhece as leis naturais, face a um acontecimento aparentemente sobrenatural."

(TODOROV, 1975, p.31) . Desta forma, o fantástico é a indecisão que o texto

provoca no leitor, porém, sem esta incerteza não há o fantástico, porque assim o

texto tende a se desvirtuar para o Estranho ou o Maravilhoso.

Ainda conforme o autor,

Num mundo que é exatamente o nosso, aquele que conhecemos, sem diabos, sílfides nem vampiros, produz-se um acontecimento que não pode ser explicado pelas leis deste mesmo mundo familiar. Aquele que o percebe deve optar por uma das duas soluções possíveis; ou se trata de uma ilusão dos sentidos, de um produto da imaginação e nesse caso as leis do mundo continuam a ser o que são; ou então o acontecimento realmente ocorreu, é parte integrante da realidade, mas nesse caso esta realidade é regida por leis desconhecidas para nós. (TODOROV, 1975, p. 30)

Desta forma, é possível que o leitor construa a sua interpretação em relação

ao texto, sem desvencilhar-se das informações contidas no mesmo. Oferece ao

leitor condições para que possa dar explicações simples aos fenômenos, não

sabendo muitas vezes se os fatos narrados são reais ou sobrenaturais. Esta variável

dos fatos só é possível devido à presença do insólito, característica essa que torna a

obra fantástica.

Para desenvolver este trabalho optamos pelo estudo de alguns contos da

escritora Marina Colasanti que evidencia em suas obras o universo fantástico, o qual

nos permite fazer uma reflexão por meio de uma viagem dentro de nós mesmos.

Também porque a autora aborda em seus contos os fatos cotidianos, os problemas

sociais brasileiros, o amor, a arte e a situação da mulher em que revela os abismos

da alma feminina, sem jamais deixar de lado a sensibilidade, uma das suas maiores

características.

Ainda porque, nesta fase dos anos finais do Ensino Fundamental, há muitos

conflitos existenciais que precisam ser resolvidos pelos jovens e que, com certeza,

são temas bastante instigantes que a autora apresenta.

Professor (a),

Vamos juntos conhecer as cinco fases do Método Recepcional que trata da metodologia eleita para o desenvolvimento desta Unidade Didática.

1º MOMENTO

DETERMINAÇÃO DO

HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

Fonte:https://pixabay.com/pt/photos/?orientation=&image_type=&cat=education&q=&colors=&order=

popular&pagi=16

Para que o leitor/aluno possa dar sentido à obra literária, num primeiro

momento, é preciso fazer um diagnóstico, verificando como está o grau de

entendimento leitor desse aluno. Nesta Unidade Didática isso foi feito por meio de

um levantamento da história de leitura dos alunos em que buscamos identificar a

forma como eles foram inseridos no mundo da leitura.

A partir desta investigação, tendo como foco a aplicação do Método

Recepcional, determina-se o horizonte de expectativas do aluno averiguando quais

são suas crenças, seus preconceitos, seus modismos, suas preferências de lazer e

trabalho, entre outros aspectos.

Nesta fase, o professor percebe quais são as preferências dos alunos quanto

aos gêneros discursivos e constata que os jovens preferem narrativas mais curtas

que possibilitam chegar ao desfecho com mais rapidez. Neste momento, os alunos

são questionados a respeito da escritora Marina Colasanti e sobre o gênero conto.

Responda oralmente:

1-Vocês conhecem Marina Colasanti?

2-O que sabem sobre ela?

3-Já leram ou ouviram uma obra desta escritora?

4-Vocês sabem o que são contos?

5-Leram algum conto? De que escritor?

6-Este gênero costuma ser encontrado em revistas,

jornais ou livros de literatura?

Professor (a), Após a conversa realizada com os alunos, é importante ler a biografia da escritora que se encontra disponível no site a seguir.

Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu em 26 de setembro de 1937, em Asmara, Etiópia.

Viveu sua infância na África. Depois seguiu para a Itália, onde morou 11 anos.

Chegou ao Brasil em 1948, e sua família se radicou no Rio de Janeiro, onde

reside desde então...

Fonte:http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID

=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=615391- Acesso em 26/09/2016.

Para saber mais sobre a escritora Marina Colasanti, sugerimos a consulta dos seguintes sites: Fonte:http://www.marinacolasanti.com/p/biografia.html Fonte:http://www.infoescola.com/biografias/marina-colasanti/

Atividades:

1- Complete a tabela com informações presentes na biografia da escritora:

ANO

FATO OCORRIDO

1937

1948

1952 e 1956

1958

1962

1968

1976

1970 e 1980

1992

1994

2- Una a 1ª coluna com a 2ª e conheça as principais obras da autora Marina

Colasanti:

A morada

Doze reis e a moça

Contos de

E por falar

do labirinto do vento

em amor

do ser

amor rasgados

a)

b)

c)

d)

2º MOMENTO

ATENDIMENTO AO

HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

Para atender ao horizonte de expectativas o professor promove entre os

alunos a leitura de dois contos da escritora em estudo “A moça tecelã” e “A mulher

ramada”. Estes contos costumam chamar a atenção dos alunos por abordarem

temas muito presentes na sociedade como, por exemplo, a submissão da mulher, a

necessidade da mulher traçar o seu próprio destino, entre outros. Depois da leitura é

interessante fazer, junto com os alunos, a análise dos textos com ênfase no

vocabulário, temática, estrutura, fantástico e na autora.

Findada essas atividades o professor deve observar a aceitação dos textos e

as visões apresentadas pelos alunos envolvidos. Dependendo das opiniões

apresentadas sugere-se que o professor conduza os alunos a outras pesquisas que

possam ampliar o conhecimento de mundo. Por exemplo, provavelmente aparecerão

visões machistas nos depoimentos, pois vivemos numa sociedade patriarcal em que

tudo deve partir do homem e primeiro aceito por ele.

Conto: A moça tecelã

Disponível em: http://www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp ou em https://www.dropbox.com/s/axo71r45wk1fvwh/A%20MO%C3%87A%20TECEL%C3%83%20-%20conto.pdf?dl=0 Disponível no livro: COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento/Marina Colasanti; ilustrações da autora. – 12. Ed. – São Paulo: Global, 2006.

Professor (a), Realizar a leitura do conto de diferentes maneiras auxiliará no entendimento do mesmo. Esta leitura poderá ser feita:

Silenciosamente; Oralmente pelo aluno; Oralmente pelo próprio professor.

Familiarizando-se com o vocabulário

Como forma de auxiliar sua compreensão, complete a cruzadinha com as

palavras que remetem aos significados a seguir. Para isso, consulte o conto “A Moça

Tecelã”. Mãos à obra!

1) Máquina para tecer

2) Formar um tecido, uma obra de tear ou outra trama com a passagem repetida de

um fio ou afim alternadamente por cima e por baixo de outros dispostos

perpendicularmente.

3) Naveta de máquina de costura. Naveta: Instrumento de madeira com o qual o

tecelão faz correr o fio sobre o tear.

4) Trabalho.

5) Mesclar; misturar.

6) Direito; correto; altivo.

7) Concluir; fazer remate dos pontos

5)

7) A

M

O

Ç

A

1) T

E

C

4)

2) E 6)

3) L

Ã

Atividades de compreensão

1- A trama toda gira em torno de dois personagens? Quem são eles?

Professor (a), Neste momento é bom relembrar com os alunos os tipos de narradores para que possam responder com clareza a próxima pergunta.

OS TIPOS DE NARRADORES

a) Narrador-Personagem: Aquele que participa da história e

relata o que ele está vivenciando. O foco narrativo é em 1ª

pessoa. O narrador aqui também é personagem da história.

b) Narrador-Observador: Aquele que não participa da história,

apenas presencia os acontecimentos e conta. O foco narrativo

é em 3ª pessoa.

c) Narrador-Onisciente: Aquele que não participa da história,

porém conhece o íntimo das personagens e do enredo. O foco

narrativo é em 3ª pessoa, mas às vezes utiliza-se da 1ª pessoa,

pois intromete-se na vida da personagem vivenciando os

sentimentos e emoções das personagens.

Fonte: Produzido pela pesquisadora.

2- O narrador é personagem, observador ou onisciente? Justifique:

3- Qual é a temática abordada no conto?

4- Existe no conto a presença de um elemento mágico que classifica o conto

como fantástico. Que elemento é esse?

5- Organize as frases a seguir e você terá a definição do que é um conto

fantástico.

A REALIDADE ALÉM DO HUMANO.

E AÇÕES QUE TRANSPASSAM

É A CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO IRREAL

COM SITUAÇÕES IMPROVÁVEIS

O CONTO FANTÁSTICO

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

COMO SE FOSSEM NORMAIS.

HÁ PRESENÇA DE MAGIA

AO LONGO DA NARRATIVA

FATOS ABSURDOS ACONTEÇAM

QUE DÁ MARGEM PARA QUE

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Professor (a), Explorar com os alunos as principais características do conto fantástico auxiliará na compreensão e análise do gênero em estudo. Para isso, trabalhe com eles o texto disponibilizado no link a seguir para conhecerem os elementos que fazem um conto ser caracterizado como fantástico.

Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3463648 Acesso em 23/08/2016.

6- O conto inicia-se de maneira tranquila, pois a personagem demonstra domínio

da situação, denotando, assim, um estado de equilíbrio. Porém, ao longo da

narrativa permeia um desequilíbrio. Em que momento isso acontece e por quê?

7- Quando a moça tecelã reestabelece a situação de equilíbrio? Nesse caso, a

mulher consegue retornar ao papel de sujeito de sua própria história?

Comente.

8- No conto encontram-se frases ditas pelo marido à moça tecelã como: “Exigiu

que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e

pressa para a casa acontecer.”, “Faltam as estrebarias e não se esqueça dos

cavalos!”, “...ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.” Que

características pode-se atribuir a esse personagem?

9- No decorrer do conto observa-se a inconstância na passagem do tempo e

consequentemente o amadurecimento da personagem principal. Explique como

isso ocorre.

10- O tear é uma metáfora da construção do tecido da vida em que a protagonista

tece a sua própria história priorizando a felicidade. Qual a visão que o conto

deixa sobre o casamento?

11- No conto observam-se dois tipos de mulher: a submissa e a com autonomia.

Explique em que momento cada uma delas está presente.

12- Para você, uma mulher deve ser submissa ao seu marido ou deve ter

autonomia diante das situações vividas com seu parceiro? Explique.

Professor (a), Está disponível outro conto da escritora Marina Colasanti para análise. Seguem as mesmas instruções quanto à leitura mencionadas no trabalho com o 1º conto.

Conto: A mulher ramada

Disponível em: https://www.dropbox.com/s/wwt6mt1c26fd0z2/A%20MULHER%20RAMADA%20-%20conto.pdf?dl=0

Disponível no livro: COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento/Marina Colasanti; ilustrações da autora. – 12. Ed. – São Paulo: Global, 2006.

Estudo do vocabulário

Após ler com atenção o conto, encontre no texto palavras que

remetem aos significados a seguir e complete a cruzadinha:

1- Perfil

2- Fileiras de pedras ou figuras esculpidas.

3- Imitar

4- Delgado; frágil

5- Espiga grande

6- Pequena árvore

7- Forma; configuração

8- Curvar

9- Tronco; caule

10- Pé ou haste da flor ou do fruto.

11-Órgão feminino dos vegetais

12- Órgão de certas plantas que contém gema ou botão que pode

originar nova planta.

13-Despedaçar

14-Imprevisto; inesperado; que acontece de repente.

15-Deslumbramento; fulgor; brilho intenso.

2) A

3) M

4) U

L

1)

H

5) E

8) R

R

6) A

M

13) A

15) D

9) A

C

12) O

11) L

A

14) S

A

10) N

T

7) I

Atividades de compreensão

1- Complete o quadro com as informações contidas no conto em análise:

Personagens:

Narrador: Personagem, Observador ou Onisciente

Foco Narrativo:

Elemento Mágico:

Tempo:

Espaço:

2- O jardineiro procura no transcorrer da narrativa podar a roseira, para torná-la ideal,

simbolizando nessa roseira a mulher ideal, sem deixá-la florescer com rosas que

escondam a perfeição das curvas e dos detalhes que ele picota. Diante dessa

atitude, como se pode caracterizar esse personagem? Quando o amor do jardineiro

com a Rosa mulher é correspondido?

3- O título “A mulher ramada” remete ao trocadilho entre as palavras “ramo” e “amor”

para mostrar a relação com o cuidado de um jardim e a conquista de uma pessoa.

Você concorda com essa relação de que o homem tem o direito de ter o domínio

sobre a mulher a ponto de moldá-la do jeito que imagina? Comente.

4- Como deve ser o relacionamento de um homem com uma mulher em sua opinião?

5- Você considera importante o zelo que o jardineiro tem com sua roseira, simbolizando

aqui a sua mulher? Ele procura respeitar os desejos dela?

6- O conto em análise pode ser caracterizado como sendo fantástico, pois mistura o

real com o imaginário. Transcreva uma passagem do texto em que há a presença do

fantástico.

Professor (a), Destacar as principais características do conto contemporâneo auxiliará o aluno na compreensão da estrutura dos textos analisados. Para isso disponibilizamos o site a seguir.

Fonte: https://recantodaspalavras.wordpress.com/conto/ - Acesso em 23/08/2016

7- Diante das características apresentadas sobre o conto contemporâneo, pode-se

concluir que os contos de Marina Colasanti enquadram-se como sendo

contemporâneos? Por quê?

Professor (a), Neste momento é importante apresentar para os alunos outro gênero (Tira) que também aborda um dos temas elencados pela escritora Marina Colasanti. A partir desta leitura espera-se que o aluno adquira consciência sobre os malefícios que as posturas radicais de algumas pessoas têm ocasionado em nosso contexto social.

A tira é uma sequência de quadrinhos que geralmente faz uma crítica aos valores sociais, satiriza e provoca muitas reflexões em relação a assuntos do dia a dia das pessoas. Esse gênero traz implícito o questionamento, a denúncia e a autocrítica. É organizado por meio da linguagem verbal que aparece dentro dos balões e da linguagem não verbal que são as imagens presentes na tira. Para que a análise se torne completa é necessário observar tanto a linguagem verbal quanto a não verbal.

Definição do gênero Tira adaptada pela pesquisadora a partir de fontes diversas.

Texto 1

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%A7

%C3%A3o++dom%C3%ADnio+p&tbm=isch&tbs=rimg:CU1FpTi3axIqIjhM429sGBtNwhloTtKK2WurZ7KSaUCHcUr2Chx8ICGp

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SCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016

1- Quando Hagar fala “Você tá de brincadeira, né?” ele está discordando da fala da

esposa ou ironizando a dúvida da filha? Justifique.

2- Segundo a ideia de Hagar, o marido, quem ocuparia o papel de ouvinte e de

discursante na tira?

3- Quanto à ideia exposta pelo Hagar na tira pode-se dizer que é esta que

prevalece na sociedade contemporânea? Justifique.

4- Em sua opinião, o papel de ouvinte e de discursante deveria ser sempre

direcionado conforme a ideia expressa na tira? Justifique.

Texto 2

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%

A7%C3%A3o++dom%C3%ADnio+p&tbm=isch&tbs=rimg:CU1FpTi3axIqIjhM429sGBtNwhloTtKK2WurZ7KSaUCHcUr2Chx8

ICGpwKa9lGCAG7NgwMO_133o7ajAIBU06Y80VioSCUzjb2wYG03CEczQJmj0bT0PKhIJGWhO0orZa6sRoIJeNix4ljwqEgln

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LhGNmeQioSCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016

5- Qual é a ideia explícita presente no texto 2?

6- Em sua opinião, é correto deixar todos os afazeres domésticos a cargo da

mulher enquanto o homem fica descansando? Justifique.

7- Na fala de Hagar “Que mulher! Ela não quer que eu machuque as costas!” o

marido ironicamente elogia a sua mulher. Em sua opinião, por que ele age

dessa forma?

Texto 3

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%A7

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SCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016

8- Por que Helga, a esposa de Hagar, constata que o marido pegou a estrada errada?

9- Para Helga, como seria a estrada da felicidade?

10- Esta tira tem características semelhantes ao conto “A Moça tecelã” em relação a

promessas feitas pelo marido antes do casamento? Justifique.

Texto 4

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%A7

%C3%A3o++dom%C3%ADnio+p&tbm=isch&tbs=rimg:CU1FpTi3axIqIjhM429sGBtNwhloTtKK2WurZ7KSaUCHcUr2Chx8ICGp

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SCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016

11- O que é viver em um conto de fadas?

12- Segundo a tira, o que é viver em um conto de terror?

13- Atualmente existem situações semelhantes a da tira em relação às promessas

feitas antes do casamento e o que realmente acontece após o mesmo. Em sua

opinião, Isso acaba afetando o relacionamento entre os casais? Justifique.

Texto 5

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%A7%C3%A3o++dom%C3%ADnio+p&tbm=isch&tbs=rimg:CU1FpTi3axIqIjhM429sGBtNwhloTtKK2WurZ7KSaUCHcUr2Chx8ICGpwKa9lGCAG7NgwMO_133o7ajAIBU06Y80VioSCUzjb2wYG03CEczQJmj0bT0PKhIJGWhO0orZa6sRoIJeNix4ljwqEglnspJpQIdxShESJBWiZSqhyoSCfYKHHwgIanAERnG4YEyXnK3KhIJpr2UYIAbs2ARoqKeBrsGnkMqEgnAw7_1fejtqMBGdJYLhGNmeQioSCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016

14- Hagar mostra-se muito preocupado com sua esposa Helga e ao perceber que

ela não está bem solicita que vá descansar. Você considera prudente essa

atitude? Justifique.

15- Você concorda com o fato de o Hagar empilhar a louça na pia para outro dia a

Helga lavar? Justifique.

16- Ao falar “Obrigado, Hagar... O que eu faria sem você?” Helga está feliz com a

atitude do marido? Por quê?

17- Qual seria a sua atitude se estivesse no lugar de Hagar?

18- Na sociedade contemporânea em que a mulher e o marido geralmente

trabalham fora ainda prevalece a sobrecarga do trabalho doméstico para a

mulher? Justifique.

Texto 6

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%A7

%C3%A3o++dom%C3%ADnio+p&tbm=isch&tbs=rimg:CU1FpTi3axIqIjhM429sGBtNwhloTtKK2WurZ7KSaUCHcUr2Chx8ICGp

wKa9lGCAG7NgwMO_133o7ajAIBU06Y80VioSCUzjb2wYG03CEczQJmj0bT0PKhIJGWhO0orZa6sRoIJeNix4ljwqEglnspJpQId

xShESJBWiZSqhyoSCfYKHHwgIanAERnG4YEyXnK3KhIJpr2UYIAbs2ARoqKeBrsGnkMqEgnAw7_1fejtqMBGdJYLhGNmeQio

SCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016

19- Você concorda com o fato de a mulher realizar todas as tarefas domésticas e o

marido ficar sentado descansando? Justifique.

20- Que sugestões você daria no caso da tira, para que tanto o homem como a

mulher pudesse poder descansar e ter momentos de descontração juntos?

21- Esta postura radical exercida pelo homem em todas as tiras analisadas pode

trazer malefícios para o contexto social do qual estamos inseridos? Justifique.

3º MOMENTO

RUPTURA DO HORIZONTE

DE EXPECTATIVAS

Após as leituras e discussões, o professor parte para a próxima fase em que

o aluno encaminha-se para a ruptura do horizonte de expectativas. Nesta fase,

espera-se que o aluno apresente um entendimento mais amplo sobre as temáticas

discutidas nos contos. Neste momento, o professor apresenta aos alunos outro

conto “Entre leão e unicórnio”, de Marina Colasanti, para que os mesmos possam

ampliar, ainda mais, o conhecimento prévio que possuem.

Professor (a), Vale destacar a necessidade de analisar mais um conto da escritora Marina Colasanti para que aconteça a ruptura do horizonte de expectativas. Seguem as mesmas instruções quanto à leitura mencionadas no trabalho com o 1º conto.

Conto: Entre leão e unicórnio Disponível em: https://www.dropbox.com/s/mwk2cbvci8bb3ys/ENTRE%20LE%C3%83O%20E%20UNIC%C3%93RNIO%20-%20conto.pdf?dl=0 Disponível no livro: COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento/Marina Colasanti; ilustrações da autora. – 12. Ed. – São Paulo: Global, 2006.

Brincando com sinônimos no caça-palavras

Encontre no Caça-Palavras os sinônimos das palavras e/ou expressões

listadas abaixo. Para isso você deverá retornar ao conto em análise “Entre leão e

unicórnio”. Em seguida, registre as palavras encontradas nos espaços

correspondentes aos respectivos significados. Atenção: As palavras podem ser

encontradas na horizontal, vertical, diagonal, de cima para baixo, da direita para a

esquerda, da esquerda para a direita.

A B C D F E F G H J A Z I A M I

J K L M U N O P Q R S T U V W Y

Z A B C L D E T E N I G K L M P

N R O P V I N H T L Q R S T U R

V E W X O Y O Z A B C D T E F E

G S H I J K R L M N O P E Q R T

S S T U V W I X Y Z A B D C D E

F O G H I J E K L O M N I O P X

Q N R S E T R U M V U W O X Y T

Z A A B T C E D O E F S S G H A

I R J K N L C M R N O P A Q R N

S T U V A W R X T Y Z A B R C D

D E F G R H A I A J K L M N O O

P Q C A R A C O L E A N D O R S

T U V W E X Y Z H A B C D E F G

H I J K L M N O A P Q R S T U V

1-Alaranjado:

2-Atrever-se:

3-Guarda de prisão:

4-Lençol que envolve um

cadáver:

5-Movendo-se em espiral:

6-Que causa tédio; fastidioso:

7-Permaneciam; ficarem

sepultados

8-Tomar por pretexto; alegar:

9-Cavalo de raça:

10-Produzir certo ruído:

11-Vagueando; sem destino

certo:

Atividades de compreensão

1- O conto inicia-se depois do “e viveram felizes para sempre”, ou seja, na noite de

núpcias em que ambos se conhecem completamente e tornam-se um só num elo

matrimonial. O que acontece de tão surpreendente nesta noite?

2- Qual foi a reação da rainha diante da situação?

3- O rei aceita o pedido da rainha? Que consequências isso traz para ela?

4- Ao se libertar do seu guardião, a rainha pode sonhar. Quais foram os sonhos que

ela teve?

5- A rainha soube lidar com essa liberdade? Que providência passa a tomar?

6- No conto temos um momento em que o homem domina a situação e outro em que

a mulher tem esse poder. Que momentos são esses?

7- Em sua opinião, para que haja harmonia no casamento é necessário que um tenha

domínio sobre o outro? Por quê?

8- Que características presentes no texto fazem alusão aos contos de fadas

tradicionais?

9- Como podemos caracterizar o leão e o unicórnio?

10- A autora deixa claro o que aconteceu com as personagens no final do conto?

Explique.

11- Nos contos de fadas tradicionais sempre temos um mesmo final “e viveram felizes

para sempre”. Neste conto, podemos afirmar que isso acontece também? Por

quê?

12- O conto em análise pode ser classificado como sendo fantástico? Justifique.

4º MOMENTO

QUESTIONAMENTO DO HORIZONTE DE

EXPECTATIVAS

Nesta fase realiza-se uma releitura dos contos analisados, comparando-os,

priorizando a temática abordada por cada um deles. Em seguida, faz-se uma

reflexão sobre os textos e uma análise crítica sobre os conhecimentos que a leitura

proporcionou. Desta forma, nesta etapa, o aluno deve ser questionado para refletir

sobre as dificuldades encontradas durante a leitura, lembrando que, ele utiliza todos

os seus conhecimentos de cunho religioso, político, cultural para poder superar os

problemas de entendimento encontrados no transcorrer do processo de leitura.

Ao realizar essas reflexões o aluno será capaz de avaliar o quanto avançou

na aprendizagem e dimensionar o quanto ainda é necessário avançar na direção de

uma formação de leitor proficiente.

1- A temática principal dos contos analisados é:

a) ( ) A infidelidade conjugal.

b) ( ) O desrespeito entre as pessoas.

c) ( ) O sentimento de posse do homem sobre a mulher/ A submissão da

mulher.

d) ( ) A ganância.

e) ( ) A amizade entre as personagens.

2- Relacione a 2ª coluna em relação à 1ª, considerando os temas abordados em

cada um dos contos trabalhados:

(A) A moça tecelã

(B) A mulher ramada

(C) Entre leão e unicórnio

( ) ( ) ( ) Submissão da mulher

( ) Consumismo desenfreado

( ) Inveja

( ) ( ) Egoísmo

( ) A necessidade da mulher traçar o seu próprio destino

3- Explique a atitude que o personagem masculino tem em relação à mulher nos

contos analisados:

A moça tecelã

A mulher ramada

Entre leão e unicórnio

4- Esse comportamento pode ser caracterizado como machista? Por quê?

5- Você é favorável a esse tipo de comportamento? Justifique:

6- Para que um relacionamento seja bem sucedido é preciso que haja entre os

casais:

a) ( ) harmonia

b) ( ) respeito

c) ( ) submissão

d) ( ) fidelidade

e) ( ) compreensão

f) ( ) arrogância

g) ( ) imposição

h) ( ) cumplicidade

7- No conto “A moça tecelã” a personagem destece o marido e restabelece sua

individualidade e felicidade. Você concorda com a atitude da moça tecelã?

Justifique:

8- Você considera importante a mulher e o homem terem sua própria

independência? Comente.

9- Nos contos “A moça tecelã” e “Entre leão e unicórnio” a tarefa de tecer está

presente na vida das personagens femininas. Dos significados listados a seguir

referentes à palavra TECER, qual deles está contextualizado nos textos em

análise.

a) ( ) Diz-se do trabalho da aranha;

b) ( ) Tramar, armar, inventar;

c) ( ) Fazer obra de tear;

d) ( ) Intrigar.

10- Além de tecer, quais eram os principais afazeres destinados à mulher nessa

época (século XVIII)? E como era sua condição de mulher? E hoje, que funções

ela desempenha na sociedade?

11- No conto “A mulher ramada” o jardineiro poda a sua roseira como se estivesse

moldando a sua mulher. Se pensada a mesma situação na vida real, essa

relação de posse é salutar ou pode interferir na felicidade plena de um casal?

Explique.

5º MOMENTO

AMPLIAÇÃO DO HORIZONTE DE

EXPECTATIVAS

Nesta fase o aluno toma consciência do que adquiriu e alterou em relação aos

seus conhecimentos de mundo, por meio da experiência tida com esta literatura,

aumentando assim a capacidade de decifrar e mudar sua forma de pensar sobre

determinados temas e de desvendar o desconhecido no texto.

Muito importante observar nesta fase o apreço desenvolvido, pelos alunos,

pela leitura após o trabalho com os contos anteriores.

Professor (a), Outro conto da escritora Marina Colasanti está disponível para que o aluno possa ampliar o seu horizonte de expectativas. Seguem as mesmas instruções quanto à leitura mencionadas no trabalho com o 1º conto.

Conto: À procura de um reflexo

Disponível em: https://www.dropbox.com/s/bexldq7ge8gtmdt/%C3%80%20PROCURA%20DE%20UM%20REFLEXO%20-%20conto.pdf?dl=0

Disponível no livro: COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento/Marina Colasanti; ilustrações da autora. – 12. Ed. – São Paulo: Global, 2006.

Ampliando o vocabulário

Encontre as palavras no caça-palavras e depois as relacione com os

significados enumerados abaixo. Para facilitar o seu trabalho, releia o conto “À

procura de um reflexo”:

A B C D F I D A L G U I A E F R G H I J

K L M N O P Q R S T U V W X Y E Z A B C

E Y E S V A I F G H I J K L M F N O P Q

R S T S U V W X Y Z K A Ç A H L I T S E

A B C D T E F G H I J K L M N U O P Q S

R S E S T R O N D A T U V W X X Y Z A T

B C D E F G O A I J K L M N O O P Q R E

R S T U V W X Ç Y Z Ç A B C D E F G H R

A I J K L M N F A R P A O P Q R S T U T

E V W S X Y Z Ç K D A B C D E F G H I O

T J K E M N O P Q R A S T O U V W O X R

E S T R Í D U L A W L M N S T Ç I S K A

H Y Z A B C D E C O R I S C O M O N P O

C R S F T U V S O M B R I O C D E A F G

O H I Ú J K L M N M O P Q R S T U M V W

C X Y N Z A B C O D E F G H I J K E L M

I N O E P V I S G O Q R S L A C E R A T

R U V N X Z W A B C D E F G H I J K L M

N O P Q R S T W V X Z B A C D E F G H I

J K L M A R Q U E J A N T E N P Q R S T

1- Plantas aquáticas:

2- Desprendimento; generosidade; nobreza:

3- Tranquilidade; sossego:

4- Movimento regular e retrógrado da maré que vaza:

5- Insinuar ou comentar indiretamente ou ironicamente:

6- Estridente:

7- Faísca elétrica; fuzilo:

8- Chamariz:

9- Tira rasgada e pendente:

10- Dilacera; rasga:

11- Severo; fúnebre:

12- Ofegante; respirando com dificuldade:

13- Despedaça-se:

14- Clama; vocifera; faz barulhos:

15- Evapora; dissipa:

16- Debruçada; jogada:

17- Agoniza:

Atividades de compreensão

1- A menina não consegue enxergar seu rosto no espelho, no momento de tecer as

suas tranças. Por que isso acontece?

2- A temática abordada no conto é a busca incessante de si próprio. Existe alguma

relação desse procedimento com o que acontece na sociedade contemporânea?

3- Em que momento da narrativa a menina encontra a sua identidade?

4-Renunciar a própria identidade na sociedade contemporânea está se tornando

uma atitude comum por inúmeras pessoas, principalmente pelos adolescentes,

para poderem agradar aos outros e, assim, serem aceitos na sociedade. Você

considera correto renunciar a própria identidade para contentar aos outros?

Justifique.

5- Em sua opinião, quais são as principais consequências quando uma pessoa opta

por não ser ela mesma?

6- A menina consegue lidar com os comentários desdenhosos feitos pelo lago? E

você, consegue trabalhar com esses tipos de comentários? Justifique a sua

resposta.

7- Considerando o enredo do conto que significados podem ser atribuídos:

a) Ao espelho:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

b) À caverna:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

c) À Dama dos Espelhos:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

8- No conto a personagem menina não busca a incorporação na sociedade porque

ela é feliz sozinha. Porém, seleciona algumas partes de si, pois não é capaz de se

aceitar por completo. E você, se aceita como é? Justifique a sua resposta.

9- Na nossa sociedade, muitas vezes, as pessoas deixam-se levar por influências

externas e passam a negar a sua própria identidade. Em sua opinião, por que isso

acontece?

10- Nos contos analisados de Marina Colasanti observou-se que a atitude da mulher

de buscar a felicidade está acima de tudo. De acordo com o seu ponto de vista, a

mulher está priorizando a sua autoafirmação e o seu autoconhecimento?

Comente.

Professor (a), É importante apresentar as Figuras de Linguagem e de Pensamento empregadas no conto “À procura de um reflexo” para auxiliar os alunos na execução da atividade que segue.

FIGURAS DE LINGUAGEM e FIGURAS DE PENSAMENTO

a) Prosopopeia ou Personificação: Qualidades e sentimentos humanos

atribuídos a seres inanimados.

Exemplos: O rio chora intensamente.

O gato instruiu o rato quanto à vida na cidade.

b) Hipérbato: Alteração quanto à ordem dos termos em uma oração.

Também conhecida como Inversão.

Exemplos: Bela é a vida.

Vivem em harmonia as pessoas amadas.

c) Paronomásia: Sons semelhantes reproduzidos nas palavras que

apresentam significados distintos.

Exemplos: “Exportar é o que importa.” Delfin Neto

Há soldados armados, amados ou não.

d) Antítese: Uso de palavras e/ou expressões que se opõem.

Exemplos: O amor é um contentamento descontente.

Depois de uma guerra pode haver paz.

e) Aliteração: Repetição de sons nas palavras que podem ser letras ou até

sílabas.

Exemplos: “Pedro pedreiro, penseiro

Esperando o trem.” (Chico Buarque de Holanda)

“Vozes, veladas, veludosas, vozes.” (Cruz e Sousa)

Fonte: Adaptado pela pesquisadora a partir da seguinte bibliografia: PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios / Paschoalin&Spadoto. __ São Paulo: FTD, 1989.

11- Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira, observando o emprego

das Figuras de Linguagem e de Pensamento nos fragmentos do conto em

análise “À procura de um reflexo”.

(A) Prosopopeia ou Personificação

(B) Hipérbato

(C) Paronomásia

(D) Antítese

(E) Aliteração

( ) “__ Imagem minha __ murmurou aflita __, onde está você?” (2º parágrafo)

( ) “__Como quer que eu saiba, se tantos vêm se procurar em mim? __ respondeu

o lago desdenhoso.” (5º parágrafo)

( ) “Flutuam as tranças louras, como algas.” (25º parágrafo)

( ) “[...] presente o rosto, ausente o que o rosto conhecia.” (1º parágrafo)

( ) “O medo, entre rochas, bateu asas.” (8º parágrafo)

( ) “Cochila quase a moça”. (34º parágrafo)

( ) “Estilhaça-se a luz. Estronda a gruta, enquanto dos cristais a prata se espatifa.

O ar estala, extingue toda a chama. Esverdinhando o rosto, as mãos engatinhando

o peito, a Dama estremece, se escarna, se esvai. Um grito se estrangula. E

estroçada no chão ela estertora.” (39º parágrafo)

( ) “Em cada remanso, em cada refluxo, em cada redemoinho procurou rosto ou

rastro.” (7º parágrafo)

( ) “Gotas pingavam do alto, gemendo nas poças em que o córrego parecia

desfazer-se.” (8º parágrafo)

( )”__De quem é este rosto, Senhora? __ pergunta a moça tentando controlar o

visgo do espanto.” (18º parágrafo)

6º MOMENTO

PRODUÇÃO TEXTUAL Agora o contista será você! Você, jovem criativo e ativo, está sendo

convidado a produzir um conto que contemple a principal característica da escritora

Marina Colasanti - o fantástico.

Tenha como ponto de partida as leituras efetuadas e produza um texto do

gênero Conto, levando em conta a estrutura da narrativa e as particularidades do

conto fantástico contemporâneo. Mãos à obra!

7º MOMENTO

REFACÇÃO TEXTUAL

Professor (a),

Neste momento é interessante sentarmos com os nossos alunos para corrigir junto com eles os textos produzidos. Assim, poderão reestruturá-los de maneira a atender a estrutura composicional, elementos discursivos e textuais e normativos que compõem o gênero conto.

Correção dos textos pelo professor;

Reescrita dos textos pelos alunos;

Leitura dos textos pela turma;

Digitação dos textos por alunos e professor.

8º MOMENTO

MONTAGEM DO LIVRO DE CONTOS

Professor (a), Agora é a hora de organizar o livro para que possa ser impresso. É imprescindível, neste momento, a participação dos alunos para a construção deste material, resultante de produção e leitura. Esta coletânea de contos será entregue a cada aluno e alguns exemplares fornecidos à biblioteca.

Confecção da capa

Sumário

Paginação

Dedicatória

Introdução

Organização dos contos com seus respectivos autores

Conclusão

9º MOMENTO

Cerimonial e coquetel para entrega do livro aos alunos do 9º ano, com a

direção da escola, equipe pedagógica e pais na Sala Múltipla do Colégio Estadual

Monteiro Lobato - EFMP.

LANÇAMENTO DO

LIVRO

REFERÊNCIAS

AGUIAR, V. T de. BORDINI, M. da Glória. Literatura: a formação do leitor: alternativas

metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 11ed. São Paulo: Hucitec, 2004.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins fontes, 2003. COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento/Marina Colasanti;

ilustrações da autora. – 12. Ed. – São Paulo: Global, 2006

CORTÁZAR, J. Valise de Cronópio. Trad. De Davi Arrigucci Júnior. São Paulo,

Perspectiva, 1974.In:GOTLIB. N. B. Teoria do Conto. São Paulo: Ática, 1991

KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto.

São Paulo: Contexto, 2010.

KOCH, IngedoreGrunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez,

2002.

LAJOLO, Marisa. O que é literatura.5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. PROPP, Vladimir. Morfologia do conto. Trad. De Jaime Ferreira e Vítor Oliveira. Lisboa,

Editorial Veja, 1978. In: GOTLIB. N. B. Teoria do Conto. São Paulo: Ática, 1991.

SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Tradução de Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. São Paulo, Perspectiva, 1975.O

SITES CONSULTADOS

http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=615391- Acesso em 23/08/2016 http://www.marinacolasanti.com/p/biografia.html– Acesso em 22/07/2016 http://www.infoescola.com/biografias/marina-colasanti/ - Acesso em 22/07/2016 http://www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp - Acesso em 22/07/2016 https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chromeinstant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=an%C3%A1lise+do+conto+A+mulher+ramada – Acesso 22/07/2016

https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/viewFile/2175-7917.2011v16n1p171/18375 – Acesso em 22/07/2016 http://alb.com.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem15/COLE_2387.pdf – Acesso em 22/07/2016 https://www.passeidireto.com/arquivo/19796150/analise-sobre-o-conto-a-procura-de-um-reflexo-do-livro-doze-reis-e-a-moca-do-lab – Acesso em 23/07/2016 http://doceobscuridade.blogspot.com.br/2012/09/contos-contemporaneos-ufrn-2013.html- Acesso em 27/07/2016 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/narracao-tipos-narrador.htm>. Acesso em 25 de agosto de 2016. http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3463648 - Acesso em 23/08/2016. https://recantodaspalavras.wordpress.com/conto/ - Acesso em 23/08/2016 http://www.coladaweb.com/portugues/figuras-de-linguagem-parte-1 - Acesso em 17/09/2016 https://www.google.com.br/search?q=tirinhas+do+hagar+e+helga+que+tratam+do+machismo+com+interpreta%C3%A7%C3%A3o++dom%C3%ADnio+p&tbm=isch&tbs=rimg:CU1FpTi3axIqIjhM429sGBtNwhloTtKK2WurZ7KSaUCHcUr2Chx8ICGpwKa9lGCAG7NgwMO_133o7ajAIBU06Y80VioSCUzjb2wYG03CEczQJmj0bT0PKhIJGWhO0orZa6sRoIJeNix4ljwqEglnspJpQIdxShESJBWiZSqhyoSCfYKHHwgIanAERnG4YEyXnK3KhIJpr2UYIAbs2ARoqKeBrsGnkMqEgnAw7_1fejtqMBGdJYLhGNmeQioSCQgFTTpjzT5WEXgfcDKevj0s&tbo=u Acesso em 28/10/2016