Ficha Pedagógica - Plantio Direto - Pr

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  • 7/25/2019 Ficha Pedaggica - Plantio Direto - Pr

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    ASSOCIAO REGIONAL DAS CASASFAMILIARES RURAIS

    ARCAFAR

    CASA FAMILIAR RURAL DE PROLA D'OESTE - PARAN

    PLANTIO DIRETO

    FICHA PEDAGGICA

    ELABORADA POR: ENG AGRNOMA DIRCE MARIA SLONGO.

    REVISADA POR: ENG AGRNOMO MARCOS ALCIDES FURLAN, TC. AGROPECURIAEVANDRO GINDRIMonitores da CFRProla DOeste - PR

    NOME DO JOVEM: ____________________________________ Data: ____/____/____

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    INTRODUO E CONCEITOS

    1. O QUE PLANTIO DIRETO

    Plantio Direto ou Plantio na Palha, o plantio das culturas com o mnimo revolvimentodo solo e manuteno de uma boa camada de massa vegetal sobre o solo.

    O uso intensivo e mau manejo dos recursos naturais, muitas vezes seguidos da prticade monoculturaou sucesso contnua de culturas (soja-trigo, soja-milho safrinha, arroz arroz, milho-milho, soja-pousio, etc.) com conseqente diminuio da fertilidade do solo ealterao de suas propriedades fsicas, qumicas e biolgicas, tem contribudo ao longo dosanos para o processo de degradaoda matria orgnica e diminuio do potencial produtivodas culturas.

    Sistemas que integrem plantas de cobertura e rotao de culturas, e que, alm deproteger o solo, promovam melhoria nas condies ambientais e efeitos favorveis aodesenvolvimento dos cultivos comerciais, devero ser constantes no manejo dos sistemasprodutivos. Assim, recomendvel que o sistema de plantio direto e as rotaesdesenvolvidas sejam adaptadas regionalmente, levando em considerao as condies de

    solo e clima, a vocao das reas da propriedade, as condies scio-econmicas einteresses do produtor rural, e que acima de tudo, alm de tecnicamente factvel, sejamecologicamente equilibradase economicamente viveis.

    O PLANTIO DIRETO SOBRE COBERTURAS PERMANENTES DO SOLO , SEMDVIDA, O PARADIGMA MAIS COMPLETO CONSTRUDO AT HOJE PARA ODESENVOLVIMENTO PLANETRIO DE UMA AGRICULTURA SUSTENTVEL,PRESERVADORA DO MEIO AMBIENTE, MANEJADO DE MODO MAIS BIOLGICOPOSSVEL. Eng Agr Lucien SguyCIRAD-CA.

    Alguns autores no consideram o Plantio Direto na Palha como uma tcnica, mas simuma Filosofiade trabalho, na qual so empregadas vrias tcnicas conservacionistase demanejo.

    O PLANTIO DIRETO NA PALHA NO S UMA TCNICA DIFERENTE, MAS SIMUMA QUESTO DE SOBREVIVNCIA. FRANKE DIJKSTRA.

    Vamos lembrar como o sistema de plantio de nossa propriedade? Quais as dificuldades quetemos nesse sistema? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Em nossa Propriedade feito Plantio Direto? Como? Por qu? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    PLANTIO DIRETO NO MUNDO: Um total de 67 milhes de hectares com SPD

    85 % esto na Amrica13 % esto na Austrlia02 % esto no restante do mundo (frica, Europa e sia)

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    HISTRICOEVOLUO DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO

    NO BRASIL E NO MUNDORolf Derpsch

    Eng. Agr M.Sc., Consultor, Assuno, Paraguai

    INCIO DO PLANTIO DIRETO

    A partir da inveno do 2,4-Dna dcada de 40 e da Atrazina,e a inveno do Paraquatna dcada de 50, avanam as pesquisas com Plantio Direto na Europa e nos Estados Unidos.Com base nas investigaes de Shirley Phillips e outros pesquisadores, foi gerada suficienteinformao para que o agricultor Harry Young desse incio, no ano de 1962, o Plantio Direto nasua propriedade em Herndon, Kentucki, Estados Unidos.

    As primeiras pesquisas registradas no Brasil foram realizadas no Estado do Paran, em1971,na Estao Experimental de Londrina do Instituto de Pesquisa Agropecuria Meridional(IPEAME), sob acompanhamento do Eng. Agr. Francisco Terasawa,pela Misso AgrcolaAlem (GTZ). No ano de 1972 os trabalhos foram estendidos para a Estao Experimental do

    IPEAME em Ponta Grossa, pelo Eng. Agr. Milton Ramos, que gerou a primeira publicaosobre Plantio Direto no Brasil. Resultados de trabalhos realizados anteriormente no Rio Grandedo Sul no foram registrados em documentos, publicaes ou informes de pesquisa.

    A observao, pelo Agricultor Herbert Bartz, das parcelas de Plantio Direto de trigoinstaladas na Estao Experimental de Londrina, no ano de 1971, despertou o interesse desteem realizar um teste na sua propriedade. Assim, em 1972, instalada uma parcelademonstrativa de Plantio Direto de trigo na Fazenda Rhenania do Sr. Bartz. Como resultado, aparcela demonstrativa de plantio direto sempre mostrou um melhor desenvolvimento e uma cormais verde do que o preparo mnimo do resto da fazenda. Com isso o Sr. Bartz ficou toentusiasmado, que a perda quase total do trigo, por causa da geada, no o desanimou, paraviajar Inglaterra e aos Estados Unidos, e comprar uma mquina de Plantio Direto, e iniciar o

    Plantio Direto de soja nesse mesmo ano de 1972. Assim Herbert Bartz tomou-se o pioneiro dosistema no Brasil e na Amrica Latina. Apesar das dificuldades iniciais (havia disponveissomente 2,4-D e Paraquat para o controle de inos), Herbert Bartz levou a frente tecnologia,e a pratica ininterruptamente h 30 anos.

    A partir do ano de 1976 o IAPAR iniciou trabalhos intensivos de pesquisa sobre plantiodireto. Essas pesquisas serviram para esclarecer muitas dvidas que, inicialmente, existiamquanto ao sistema no Brasil. As Pesquisas levaram a reconhecer, que os adubos verdes soelementos essenciais no SPD e assentaram as bases para o crescimento sem precedentes douso de adubos verdes no Brasil. IguaImente as pesquisas feitas em diferentes partes do mundoforam fornecendo paulatinamente evidncias claras de que o plantio direto um sistema commuitas vantagense raras desvantagensquando comparado com o sistema convencional.

    O CICLO DO CARBONO EM SISTEMAS AGRCOLAS

    O carbono (C) e um importante elemento da constituio dos seres vivos. As plantas,por exemplo, quando descontada a gua, possuem aproximadamente 40% do seu pesocomposto pelo C. Este elemento, essencial a vida no planeta, encontra-se distribudo nanatureza em vrios reservatrios, sendo os principais: oceanos, atmosfera, biosfera e o solo.

    Na natureza o carbono est sendo constantemente ciclado. O solo considerado oprincipal reservatrio temporrio de carbono no ecossistema (Bruce et al., 1999). Na mdia, osolo contm 2,5 vezes mais carbono do que a vegetao e 2 vezes mais carbono do que aatmosfera (Batjes, 1998). No agroecossistema as plantas so o elo de ligao entre o carbonoque se encontra na atmosfera, na forma de CO2e o carbono que se encontra no solo, na formade matria orgnica (MO). Dependendo das prticas agrcolas que so utilizadas o solo ir agircomo um dreno ou uma fonte de CO2para a atmosfera(Amado & Santi, 2000; S, 2001).

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    2. IMPORTNCIA DO PLANTIO DIRETO OU PLANTIO DIRETO NA PALHA.

    POTENCIAL DO SISTEMA PLANTIO DIRETO BRASILEIRONO SEQESTRO DE CARBONO E NA MELHORIA DA

    QUALIDADE AMBIENTALTelmo J, C, Amadol & Lcio Debarba2

    'Eng. Agr", Doutor, Pesq. CNPq, UFSM2 Eng. Agr", Doutorando, UFRGS

    O efeito estufa

    O efeito estufa um processo natural e essencial a vida no planeta. Os gases quecompem a atmosfera permitem que a radiao solar atinja a superfcie da terra, pormbloqueiam parcialmente a radiao infravermelha que refletida pelo planeta. Graas a isso, atemperatura mdia da superfcieda terra mantida prxima a 15C, criando condies quepermitem a existncia de vida. Porm, a intensificao do efeito estufa na terra que temgerado apreenso na sociedade. A concentrao na atmosfera de dixido de carbono (CO2),

    metano (CH4) e xido nitroso (N2O), entre outros gases que podem causar efeito estufa, temaumentado nas ltimas dcadas como conseqncia da industrializao, desmatamento,queimadas, atividades agrcolas e do consumo de combustveis fsseis. O gs carbnico, porexemplo, teve sua concentrao aumentada em quase 30% desde a revoluo industrial.

    O dixido de carbono considerado o principal gs responsvel pelo efeito estufa,devido a sua grande concentrao na atmosfera. Cerca de 40 a 45% do CO 2, originrio daao do homem (origem antrpica), emitido para a atmosfera provm da combusto depetrleo e do carvo. Este fato faz com que os pases industrializados sejam os principaisresponsveis pelo aumento da concentrao de CO2, na atmosfera. Neste contexto, o Brasil,por ainda se encontrar em processo de industrializao (baixa emisses) e possuir extensasreas apresenta, atravs do seu setor primrio, potencial para ser um importante dreno

    mundial deste gs.

    MUDANAS CLIMTICAS ASSOCIADAS AO EFEITO ESTUFA

    Na dcada 70, os cientistas relacionaram o aumento da concentrao de CO 2, aoprocesso de aquecimento do planeta. Em 1988, as Naes Unidas criaram o PainelIntergovernamental sobre Mudanas Climticas (IPCC), reunindo 2500 cientistas para estudaro fenmeno. No seu primeiro relatrio, em 1990, o IPCC previu que o nvel de CO, dobraria em100 anos e que a temperatura global se elevaria de 1,5 a 4,5C. Estas previses esto sendoconfirmadas, sendo a dcadade noventa, considerada a mais quente do ltimo mIlnIo.

    Atualmente, h intenso debate sobre as conseqncias do efeito estufa, entre estas,destaca-se a elevao do nvel dos oceanos. Segundo tcnicos da NASA (USA) o aumento datemperatura poder se refletir na intensificao do ciclo hidrolgico sendo previstas ocorrnciasde anomalias climticas, como inundaes alternadas com seca. Do ponto de vista biolgico, oaumento da temperatura poder encurtar o ciclo das culturas e representar antecipaes naspocas de semeadura e de colheita. Haver, tambm, maior risco de salinizao do solo eincidncias de pragas e ervas daninhas. Em pases situados nos trpicos, como o Brasil,poder haver uma reduo de at 10% no potencial produtivo por conta da maior evaporao econseqente estresse hdrico s plantas (Amado & Reinert, 1999).

    A preocupao com as possveis conseqncias ocasionadas pelo efeito estufa temlevado os pesquisadores a revisarem o ciclo do carbono em sistemas agrcolas visandoselecionar sistemas de manejo que minimizem a emisso de gases-estufa.

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    O Plantio Direto ou Plantio Direto na Palha, tem uma importncia muito grande emnosso pas, pois o nosso clima sendo ________________________, no h necessidade derevolvermos o solo, para ocorrer o degelo, como feito na Europa, de onde nossosantepassados trouxeram a tecnologia.

    3. O plantio direto tem vrios objetivos vamos citar quais so:

    - Aumento da matria orgnica do solo e seus benefcios;- Aumento da cobertura e infiltrao da gua no solo;- Maior armazenamento de gua no solo, proporcionando maior tolerncia das culturas averanicos, reduzindo o risco da atividade agrcola;- Melhoria da fertilidade do solo, devido melhoria das condies fsicas, qumicas ebiolgicas e, conseqente, melhoria de produtividade e renda do produtor;- Menor desgaste de mquinas, pois as operaes exigem menor esforo;- Ganho de tempo na instalao da prxima cultura, muito importante no caso dasegunda safra;- Fixao de carbono, contribuindo para a reduo das taxas de emisso de CO2;

    - Maior tempo para o produtor se dedicar a outros aspectos do sistema de produo.- ______________________________________________________________________- ______________________________________________________________________- ______________________________________________________________________

    4. Para o agricultor alcanar sucesso com Plantio Direto ele deve levar em conta algunsrequisitos bsicos quando for iniciar, vamos descrever quais so eles:- Conscientizao da adoo do Sistema de Plantio Direto;- Orientao tcnica especializada e independente.- Iniciar em pequenas reas;- Fazer um bom preparo convencional do solo;- Eliminao de depresses e sulcos de eroso na lavoura (sistematizao da rea);- Eliminar possveis focos de eroso;- Diminuio da infestao com ervas daninhas;- Instalar ou reformar os sistemas de conservao de solo (terraos e curvas de nvel);- Eliminar camadas compactadas (p-de-grade e p-de-arado);- Amostrar o solo de maneira correta;- Correo de acidez e fertilidade;- Definir uma rotao de culturas que seja a mais rentvel possvel. incluindo adubos verdes;- Plantar, primeiro, culturas que possibilitem formar uma boa camada de palha na superfcie;- Utilizar mquinas e equipamentos adequados para a implementao do sistema;

    Analisando os requisitos acima, em quais temos facilidade e quais temos dificuldade paraadotar em nossa propriedade? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    5. Atravs do mapa vamos localizar quais os estados mais desenvolvidos em relao aoSistema de Plantio Direto. Qual o estado que iniciou o Plantio Direto?

    Qual o estado pioneiro na adoo do sistema de plantio direto? _______________.

    Vamos descrever quais os estados que tem a maior rea com o sistema de plantio direto noBrasil?_________________, _______________ha._________________, _______________ha_________________, _______________ha_________________, _______________ha

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    6. ALTERAES NAS PROPRIEDADES DO SOLO.Com o desenvolvimento do sistema de plantio direto ou plantio na palha ocorre acmulo dematerial orgnico na superfcie do solo, desencadeando um aumento considervel na atividadebiolgica do solo, alm de promover alteraes significativas nas caractersticas fsicas equmicas do solo.

    a) Vamos descrever como ocorrem as alteraes biolgicas do solo?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) As alteraes fsicas do solo?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________c) As alteraes qumicas do solo?

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    7)PREPARO DO SOLO.

    O preparo do solo reduzido. Consiste na semeadura direta sem qualquer operao sobre osrestos de cultura anterior. Efetua-se uma pequena movimentao de solo, apenas nos sulcosonde so distribudos as sementes e o adubo, ou suficiente para dar uma boa cobertura paragerminao das sementes. Vamos citar quais as vantagens utilizando esse tipo de preparo desolo. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    8) No quadro abaixo podemos fazer comparao de operaes de preparo do solo em trssistemas.

    OperaoPreparo

    convencionalCultivo mnimo Plantio direto

    Lavrao/escarificao 1 0 ou 1 0

    Gradeao 2 ou menos 0 ou 1 0Semeadura 1 1 1Pulverizao 0 ou mais 0 ou 1 1Cultivo p/limpeza 2 ou mais 1 ou 2 0TOTAL 6 ou mais 2 a 6 2

    9) Pelo fato de suprimir a arao e gradeao, evita-se formao de torres na superfcie dosolo. Quais as vantagens que ocorre em relao ao plantio convencional?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    10) Abaixo temos um quadro comparativo do nmero de horas de trabalho em dois sistemasdistintos de cultivo. Dados por hectare.

    PRTICAS PLANTIO CONVENCIONAL PLANTIO DIRETON.de operaes Total de horas N. de operaes Totalhoras/ha

    Lavrao 1 2,00 - -Gradeao pesada 1 2,00 - -

    Gradeao leve 1 1,00 - -Plantio convencional 1 0,66 - -Pulverizaes 1 0,33 3 0,99Capina 1 0,66 - -Semeadura direta - - 1 0,8TOTAIS 6 6,65 4 1,79

    Custos variveis de produo para a cultura da soja orgnica sob plantio direto/ha, em 04/02.

    COMPONENTESDO CUSTO

    UNIDADE Quan/haPreo/unid.

    (R$)

    SOJA ORGNICAValorR$/ha

    Participao%

    A CUSTO DE IMPLANTAO DO ADUBO VERDE 45,36 6,60Calagem c/ dolomtico Hora/ha 0,24 18,60 4,46 0,64Calagem c/ calctico Hora/ha 0,24 18,60 4,46 0,64Fosfatagem natural Hora/ha 0,24 18,60 4,46 0,64Grade leve Hora/ha 0,29 22,50 6,52 0,94Semeadura adubo verde Hora/ha 0,24 18,60 4,46 0,64Semente adubo verde Kg 60 0,35 21,00 3,05

    B INSUMOS 286,84 41,70Sementes de Soja Kg 70 1,00 70,00 10,17Sulfato de Potssio Kg 100 0,76 76,00 11,04Fosfato Natural (1) Ton. 1 295,00 59,00 8,57Inoculante Lquido Dose 4,2 3,10 13,02 1,89Micronutrientes (Co/Mo) Litro 0,1 56,82 5,62 0,81Dipel (lagarta) Kg 0,4 44,00 18,00 2,61Baculovrus Dose 2 2,50 5,00 0,72Biofertilizante (Super Magro) Litro 12 1,00 12,00 1,74Calcrio Dolomtico (1) Ton. 3 27,00 16,20 0,02Calcrio Calctico (1) Ton. 2 30,00 12,00 0,01

    C SERVIOS 355,67 51,70

    Plantio de soja Hora/ha 0,8 29,70 23,76 3,45Pulverizaes Hora/ha 0,6 26,10 15,66 2,27Roada para capina Diria 4 50,00 200,00 29,07Colheita Hora/ha 0,77 95,00 74,15 10,77Transporte - - - 42,10 6,12TOTAL: CUSTOS INDIRETOS (A+B+C) = Despesas Gerais 687,87 100,00TOTAL: CUSTOS DIRETOS (B+C) 642,51 93,40

    PRODUO (Kg/ha) 2.400PREO MERCADO (R$)US$ 15,00/Saca 60 Kg 34,97RECEITA 1.398,80

    RECEITADESPESAS (R$/Hectare) 710,931Custo dividido por 5 anos.

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    11) COBERTURA DO SOLO.

    A cobertura morta proporciona uma proteo de superfcie do solo evitando o impactodireto da chuva sobre a terra, impedindo o escorrimento superficial da gua (enxurrada),evitando a eroso e permitindo a infiltrao da gua que ser armazenada, e em pocas deestiagem estar disponvel para a planta. Atravs do quadro abaixo, podemos observar quanto

    num solo coberto ou seja com o plantio direto, a capacidade de infiltrao da gua superiorao plantio convencional.

    Tempo TRATAMENTOSHora Mato Campo Plantio Direto Convencional

    mm mm mm mm1 136,8 96,1 113,1 48,02 92,9 66,3 78,9 33,03 82,6 83,0 74,5 31,54 82,0 52,7 62,7 25,55 77,0 51,8 61,0 24,06 75,0 46,7 54,8 23,07 73,0 44,2 51,5 22,08 73,0 42,5 50,4 21,09 72,3 41,6 49,5 20,5

    Mdias 84,9 56,1 66,3 27,6

    12) Atravs do quadro abaixo, podemos observar quantas toneladas de solo perdido quandono fazemos um manejo do solo correto.

    Grfico 01- Perda de solo por eroso (toneladas/ha) sob trsmtodos de manejo de solo e dos restos de culturas em trigo e soja.

    13) Sabemos da importncia das espcies vegetais para o Plantio Direto. Vamos citar quaisso as mais usadas, e alguns caractersticas.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________14) Quantas toneladas de palha voc acharia ideal para uma boa cobertura do solo? Por qu?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4

    15

    6

    25

    2 3 3

    8

    1 2 1 3

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    soja 76/7 trigo 77 soja 77/8 total

    convencional

    cultivo mnimo

    Plantio Direto

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    15) CONTROLE DE INOS.Para obter um bom controle de inos, o primeiro passo fazer uma boa identificao dasplantas daninhas e a escolha correta dos herbicidas adequados para seu controle. Alm docontrole das invasoras com herbicidas, necessrio lembrar que os mtodos biolgicos dediminuio de infestantes devem sempre fazer parte do sistema.

    a) Como devemos proceder para o controle dos inos?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b) E o controle biolgico do que consiste?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    16) Rotao de Culturas.O desenvolvimento e a produtividade de uma cultura so influenciados pelas espcies deplantas cultivadas anteriormente. Por esse motivo, ao planejar uma eficiente rotao deculturas devemos levar em conta a influncia que determinada espcie sobre o rendimento dacultura que lhe segue.

    a) Para obter o mximo de efeitos, quais so os parmetros a seguir.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b) No quadro abaixo vamos fazer uma rotao de culturas.Primeiro ano Segundo ano Terceiro anoInverno Vero Inverno Vero Inverno Vero

    Gleba A Legum.Gleba BGleba C

    17) CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS.Os tratamentos fitossanitrios so idnticos ao do sistema convencional, mas podemos

    alternar espcies cultivadas, para interromper o ciclo de desenvolvimento de pragas e doenas.

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    SISTEMA DE PLANTIO DIRETO EM AGRICULTURA ORGNICA:Desafios e perspectivas

    MoacirRoberto Darolt Eng. Agr., Dr., IAPAR - Ponta Grossa, PR

    O objetivo deste artigo discutir as possibilidades de se utilizar o sistema de plantiodireto em agricultura orgnica, observando principais entraves e possveis solues que vm

    sendo utilizadas por agricultores. Neste sentido, foram levantados alguns indicadores tcnicose econmicos que possam servir de comparao entre os sistemas orgnico e no orgnico.

    Desafios, Contradies e Dificuldades

    Fazer plantio direto sem o uso de herbicidas um dos grandes desafios da atualidadepara a pesquisa, assistncia tcnica e agricultores. Uma das principais criticas de quemdefende o plantio direto a de que os agricultores orgnicos costumam revolverdemasiadamente o solo. Em nosso trabalho de pesquisa com produtores orgnicos,verificamos que ainda grande o uso de implementos como a rotativa que movimentamexcessivamente o solo, o que no est totalmente de acordo com os princpios

    orgnicos(DAROLT, 2000). De outro lado, os agricultores orgnicos criticam os usurios dosistema plantio direto pelo uso exagerado de herbicidas, a grande dependncia de empresasqumicas, a possibilidade de contaminao das fontes de gua com agroqumicos e o uso desementes transgnicas.

    Em verdade, a melhor sada para atender os preceitos da sustentabilidade seria aprtica do Plantio Direto seguindo os princpios orgnicos. Muitos agricultores que tmtrabalhado com plantio direto no sentido de reduzir a utilizao de agroqumicos, j seaproximam em certa medida - do iderio da agricultura orgnica. Para se tornaremefetivamente orgnicos ser necessrio que a unidade de produo passe por um perodo deconverso.

    O processo de mudana do manejo convencional para o orgnico conhecido como

    converso. Segundo as normas brasileiras, para que um produto receba a denominao deorgnico, dever ser proveniente de um sistema onde tenham sido aplicados os princpiosestabelecidos pelas normas orgnicas por um perodo varivel de acordo com a utilizaoanterior da unidade de produo e a situao ecolgica atual, mediante as anlises eavaliaes das respectivas instituies certificadoras.

    Entretanto, para evitar arbitrariedades e distores, as normas brasileiras estipulam umperodomnimo para a produo vegetal de culturas anuais, como olercolas e cereais porexemplo, de 12 meses sob manejo orgnico. No caso de culturas perenes, a propriedadedever cumprir um perodo de converso de 18 meses em manejo orgnico. Para atender alegislao do mercado internacional o prazo mais dilatado, sendo 24 meses para culturasanuais e um perodo de converso de 36 meses para culturas perenes. Vale lembrar que osperodos de converso acima mencionados podero ser ampliados pela certificadora emfuno do uso anterior e da situao ecolgica da propriedade.

    O principal entrave tcnico do perodo de converso , sem dvida, o controle deinvasoras. O que deve ser compreendido que as invasoras devem ser manejadas como parteintegrante do sistema. Nesta perspectiva, a tarefa no elimin-las indistintamente, mas definiro limiar econmico da infestao e compreender os fatores que afetam o equilbrio entreinvasoras e culturas comerciais. Vale lembrar que em agricultura orgnica evita-se o termo"erva daninha", pois todas as plantas teriam uma funo natureza.

    No existem receitas ou pacotes prontos em agricultura orgnica, e a cada safra aestratgia de controle de invasoras pode ser alterada em funo de variveis como clima, nvel

    de infestao, quantidade de cobertura, variedade utilizada, mercado etc. A seguir vamosdemonstrar o caso da soja orgnica em plantio direto, como parmetro de avaliao ecomparao.

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    Estudo de Caso: Soja Orgnica em Plantio Direto

    Para este estudo foram selecionadas quatro propriedades que esto trabalhando comsoja orgnica em plantio direto nos estados do Paran e Santa Catarina. A partir de umlevantamento expedito de carter qualitativo e quantitativo foram obtidos indicadores deproduo fsica e econmicos. Optou-se por selecionar alguns indicadores que pudessem ser

    comparados com valores mdios regionalizados do plantio direto no orgnico.O material bsico deste texto, foi obtido por meio de levantamento junto aos agrIcultoresque esto no processo de converso para agricultura orgnica, sendo certificados pelo InstitutoBiodinmico (IBD). No caso do sistema no orgnico empregaram-se como base as planilhasde custo de plantio direto de soja fornecidas pela Fundao ABC, de Castro, PR e Embrapa deRondonpolis, MS.

    Inicialmente, destacamos algumas diferenas entre a produo orgnica e a noorgnica sob sistema de plantio direto (Tabela 1). Em termos de preparo de solono existemdiferenas entre os dois sistemas, sendo recomendado o uso de implementos que faam umcorte eficiente da palha e movimentem o mnimo possvel o solo na linha de plantio. No caso daadubao, alm de diferenas tcnicas, existem abordagens distintas. No sistema orgnico o

    que se busca no simplesmente a nutrio da planta, mas sobretudo a melhoria daalimentao do solo e do sistema. A fertilizao orgnica baseada na matria orgnica e emfertilizantes minerais naturais pouco solveis. O aporte de elementos fundamentais (P,K, Ca,Mg) feito com uso de farinha de ossos, rochas modas, semisolubilizadas ou tratadastermicamente (fosfatos naturais, sulfato potssio etc.), sendo estimulado o uso de calcrio. Nocaso dos microelementos (Bo, Fe, Zn, Cu, Mn etc.) tem-se procedido a sua utilizao na formaquelatizada, por meio da fermentao da matria-pnma em soluao de gua, esterco e aditivosenergticos, conhecidas como biofertilizantes (supemagro, biogel etc.).

    De uma maneira geral, os mtodos empregados para o manejo de pragas e doenas nosistema orgnico podem ser sintetizados em trs grandes pontos: I) aumento da resistnciadas plantas (manejo adequado,espcies adaptadas e biofertilizantes); 2) controle biolgico euso de feromonios; 3) proteo fisica, repelentes e tratamentos curativos a base de produtosnaturais.

    No manejo das invasoras em sistema orgnico o princpio da precauo deve serprivilegiado.Portanto, recomenda-se o uso de prticas que evitem a ressemeadwa deinvasoras; a manuteno de uma boa quantidade de palha; o uso de plantas com efeitoaleloptico; o plantio em poca adequada (antecipado para ganhar a concorrncia com asinvasoras); o uso de mquinas que permitam um bom corte da palha (com pouco revolvimentode solo na linha e deposio da semente em contato com o solo). A formao da coberturamorta realizada sem herbicida de dessecao. Normalmente, utiliza-se o rolo-faca ousimplesmente um tronco de madeira para acamar o material na fase de gro leitoso para

    frente. O rebrote ocorre, mas a cultura plantada em poca recomendada vence a competio.O mtodo qumico utilizado para o controle em ps-emergncia substitudo, na maior partedas vezes, por mtodos manuais combinados com mecnicos, como o caso do uso deroadeiras. Como veremos na tabela 2, a mudana do mtodo qumico pela roada apresentapouca diferena em termos de custos, na maior parte dos casos. E interessante destacar quej existem empresas especializadas em roadas (beira de estrada) que fazem o servio emtempo definido pelo cliente. No caso da compra do equipamento existe possibilidade depagamento logo no segundo ano, gerando mais empregos no campo.

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    18) CONSERVAO DE SOLOSCom o Plantio Direto evita-se a movimentao excessiva do solo pelo maquinrio

    agrcola, a queima repetida dos restos de cultura, a ao dos raios solares e o impacto dasgotas de chuva. Sendo assim o que vai ocorrer com um solo de plantio direto.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    19) IMPORTNCIA DA VIDA DO SOLO.Solo algum produtivo sem a vida, porque o que lhe d o seu potencial de produo a

    bioestrutura, a mobilizao dos nutrientes, a fixao de nitrognio do ar. A planta durante todaa sua vida vive em intima relao com os microorganismos do solo. Tudo isso depende emgrande parte da vida do solo. Para termos vida no solo, dependemos de certos fatores. Quaisso eles?

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    20) O manejo dos microorganismos do solo se faz, criando um ambiente que lhe favorvel,como quando se cria um ambiente apropriado, para os microorganismos ativos, na produode comestveis como queijo, vinho, cerveja e outros. Quais so esses meios que voinfluenciar os microorganismos do solo.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    21) EQUIPAMENTOS UTILIZADOS.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    ESPCIES QUE APRESENTAM EFEITO SUPRESSOR E/OU ALELOPTICOS DIFERENTES INVASORAS (INOS).

    PLANTAS QUE APRESENTAM EFEITOSUPRESSOR OU ALELOPTICO

    INVASORAS CONTROLADAS

    Mucuna, Crotalaria juncea, Feijo-de-porco TiriricaAveia-preta Papu

    Mucuna (preta e cinza) Pico-preto, pico-branco, amorosoCenteio e aveia-preta Evitam por muitos meses o desenvolvimento

    do Papu.

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    Azevm anual GuanxumaErvilhaca comum Plantada antes do milho eficiente no com

    trole do PapuCrotalaria juncea Diversas invasorasPalha de trigo Mata-pasto (Cassia tora)Cravo-de-defuntos Corda-de-viola, Caruru, Carrapicho-beio-de-

    boi, Melo-de-so-caetano e Amendoim-bravo

    TABELA 1 PRINCIPAIS DIFERENAS ENTRE A PRODUO ORGNICA E NOORGNICA SOB PLANTIO DIRETO.CARACTERSTICAS SISTEMA DE CULTIVO

    NO ORGNICO ORGNICOPreparo do solo Mnimo revolvimento de solo

    na linhaMnimo revolvimento de solo na linha

    Adubao Uso de adubos qumicosaltamente solveis (Uria,Super Simples, Cloreto K,

    NPK, etc.)

    Uso de adubos orgnicos (esterco,biofertilizantes, compostos, adubos

    verdes, rochas naturais modas)

    Controle de pragas edoenas

    Uso de produtos qumicos(inseticidas, fungicidas,

    nematicidas)

    A base de medidas preventivas eprodutos naturais pouco txicos(Baculovrus, iscas, armadilhas)

    Controle de invasoras Uso de herbicidas ou controleintegrado (incluindo qumico)

    Controle integrado (mecnico,cultural, biolgico) e curativo (capinas

    e roadeira)Possveis Sintomas aoMeio Ambiente

    Contaminao das guas poragroqumicos

    Contaminao das guas porcoliformes (em caso de uso excessivo

    de esterco)Custos de Produo Tende a aumentar Tende a diminuirProdutividade (exemplosoja)

    Mdia Regional*(2880 Kg/hectare)

    Nos dois primeiros anos (em mdia,15 abaixo **). Aps o terceiro ano

    tende a ficar na mdia, compossibilidade de crescimento.

    Preo pago ao produtor(soja)

    US$ 8,62/saca** US$ 15,00-18,00/saca**

    Particularidades No exige certificao Exige certificao para receber o seloorgnico.

    NOTA: * Fundao ABC, CastroPR; ** Mdia das propriedades acompanhadas; ***Folha SP (20/04/02)