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Ano lectivo 2009/2010 (Fevereiro) 33 Escola Secundária de Sampaio STC_7 – Sociedade, Tecnologia e Ciência, Unidade 7 Núcleo gerador: Saberes Fundamentais, Ciências Biológicas Formador: Carlos Trindade Cursos de Formação e Educação para adultos - EFA Clonagem e transgénicos: riscos e benefícios O que são transgénicos? São organismos geneticamente modifica-dos (OMG), cujo material genético foi alterado com uma tecnologia que permite a introdução de genes específicos de um organismo num outro a fim de o dotar de alguma qualidade que não possui e que o torna mais vantajoso. Vantagens Resistir à doença; Tolerância a herbicidas; Resistência a insectos; Menor acumulação de metais pesados; Maior resistência à durabilidade na estocagem e armazenamento; Alimentos mais nutritivos; Aumento na produção de alimentos; Desenvolvimento de espécies com características desejáveis; Redução do dinheiro gasto em pesticidas; Podem ser cultivados em solos que, normalmente, não estão aptos para ser cultivados Como se obtêm? Transgénicos são seres vivos criados em laboratório com técnicas de engenharia genética que permitem “cortar e colar” genes de um organismo noutro, mudando a forma do organismo e manipulando a sua estrutura natural a fim de obter características específicas. Não há limite para esta técnica; por exemplo, é possível criar combinações nunca imaginadas entre seres vivos muito distintos como animais e bactérias. Desvantagens: Riscos para a saúde humana Resistência das bactérias existentes no organismo humano a antibióticos; Alterações do sistema imunológico e em vários órgãos vitais; Alergias alimentares; Redução de substâncias benéficas, inclusive as que protegem contra o cancro; Evidências científicas de acção cancerígena; Problemas gastrointestinais. 1

Ficha07 clonagem transgenicos[1]

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Page 1: Ficha07 clonagem transgenicos[1]

Ano lectivo 2009/2010 (Fevereiro)

33 Escola Secundária de Sampaio

STC_7 – Sociedade, Tecnologia e Ciência, Unidade 7

Núcleo gerador: Saberes Fundamentais, Ciências Biológicas

Formador: Carlos Trindade

Cursos de Formação e Educação

para adultos - EFA

Clonagem e transgénicos: riscos e benefícios

O que são transgénicos?

São organismos geneticamente modifica-dos (OMG), cujo material genético foi alterado com uma tecnologia que permite a introdução de genes específicos de um organismo num outro a fim de o dotar de alguma qualidade que não possui e que o torna mais vantajoso.

Vantagens Resistir à doença; Tolerância a herbicidas; Resistência a insectos; Menor acumulação de metais pesados; Maior resistência à durabilidade na

estocagem e armazenamento; Alimentos mais nutritivos; Aumento na produção de alimentos; Desenvolvimento de espécies com

características desejáveis; Redução do dinheiro gasto em pesticidas;

Podem ser cultivados em solos que, normalmente, não estão aptos para ser cultivados

Como se obtêm?Transgénicos são seres vivos criados em

laboratório com técnicas de engenharia genética que permitem “cortar e colar” genes de um organismo noutro, mudando a forma do organismo e manipulando a sua estrutura natural a fim de obter características específicas. Não há limite para esta técnica; por exemplo, é possível criar combinações

nunca imaginadas entre seres vivos muito distintos como animais e bactérias.

Desvantagens:

Riscos para a saúde humana

Resistência das bactérias existentes no organismo humano a antibióticos;

Alterações do sistema imunológico e em vários órgãos vitais;

Alergias alimentares; Redução de substâncias benéficas,

inclusive as que protegem contra o cancro;

Evidências científicas de acção cancerígena;

Problemas gastrointestinais.

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Mas então qual é o problema? Se existem essas vantagens todas, porque se questiona tanto a utilização de OGMs?

O problema reside no facto de alguns dos genes introduzidos, neste caso no milho, poderem ter efeitos indesejados, prejudiciais e, acima de tudo, imprevisíveis. Isto porque a ciência não permite, ainda, prever todas as consequências que advêm da introdução de um gene “estranho” num organismo. Isto é fácil de perceber se explicarmos que só recentemente a ciência permitiu conhecer a totalidade da sequência de DNA de vários organismos.

E se, sem que o queiramos, o milho se tornar resistente a certos herbicidas, impondo-se no meio ambiente sobre outras espécies, alterando assim o equilíbrio natural?

Quais seriam as consequências se, ao alimentarmo-nos do milho, os genes que lhe introduzimos artificialmente se alojassem nas nossas células e tivessem um impacto na nossa saúde?

E se, brincando com o assunto, os genes artificiais fizessem com que o milho pudesse adquirir olhos e pernas e desatasse a correr pelo milheiral fora em direcção aos “eco-terroristas” usando as suas folhas para lhes cortar as jugulares?

Por outro lado, devemos ter presente que mesmo o milho “não-transgénico”, não é tão “não-transgénico” quanto isso. O milho que hoje utilizamos tem sido “domesticado” ao longo dos últimos seis mil anos! Ao longo deste tempo, muitos genes foram sendo seleccionados “artificialmente”, fazendo com que o “nosso” milho seja também “geneticamente modificado”, ainda que por um processo menos invasivo do que aqueles que são normalmente utilizados actualmente.

Adaptado de Tiago Fleming Outeiro in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=23668&op=all

Passado, presente e futuro da clonagem e os receios dos

clones humanos

O que é um Clone?

Um “clone”, por definição, é um organismo com o mesmo conteúdo genético que outro. Assim, gémeos verdadeiros são também “clones” uns dos outros. Algum de nós teme algum mal que possa advir de um grupo de gémeos? Em condições normais, não.

Mas então por que se fala tanto de clonagem da Dolly? O progresso da clonagem reprodutiva, a criação de animais com

idênticas características genéticas, revelou-se extremamente difícil e dispendioso. Houve sucesso com algumas espécies (cão, rato,

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cabra, porco, gado) e fracasso com outras (coelho, ratazana, macaco, gato). Contudo, mesmo os sucessos revelaram-se casos excepcionais em experiências cuja eficiência (número de embriões viáveis face ao número de óvulos usados) se situou a níveis inferiores a um por cento. Por exemplo, no caso da Dolly foram usados 430 óvulos de ovelha dos quais só um se desenvolveu com normalidade. Para além disso, verificou-se uma grande incidência de anormalidades nos animais clonados como o aparecimento inesperado de várias doenças e envelhecimento precoce. Clonagem humana em série para já só mesmo no dia 1 de Abril. Por outro lado, a clonagem terapêutica, que traz consigo a messiânica promessa de cura para doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, tem tido um desempenho parecido com a equipa inglesa de futebol: prometem ganhar tudo e acabam sempre por perder. Recentemente abalada pelo escândalo Hwang Soo-Suk, o cientista sul-coreano que confessou ter falsificado dados científicos após ter sido dado como o primeiro a conseguir clonar um embrião humano, esta é uma ciência em convalescença, desesperadamente necessitada de avanços significados para recuperar a sua credibilidade.

João Medeiros in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=3592&op=all

Clonagem Humana Podemos falar em clonagem humana para fins

reprodutivos e para fins terapêuticos. Qual a diferença? A clonagem reprodutiva tem por objectivo o

nascimento de crianças, enquanto que a clonagem terapêutica tem por objectivo a obtenção de tecidos ou órgãos destinados a fins médicos.

Alguns potenciais benefícios da clonagem humana:

a) A possibilidade de que, através da tecnologia da clonagem, se possa renovar a actividade de células danificadas, substituindo-as por células novas crescidas em cultura;

b) A capacidade de criar seres humanos com a mesma informação genética para actuarem como dadores de órgãos;

c) O beneficio de estudar a diferenciação celular ao mesmo tempo que a clonagem é estudada e desenvolvida;

d) Os casais inférteis terão a possibilidade de ter filhos com a informação genética de um dos pais e poderiam, assim, deixar de ser usadas as técnicas actuais de fertilização in vitro, produzindo, deste modo, indivíduos relacionados a eles mesmos;

e) Os cientistas esperam que as células estaminais humanas possam abrir caminho a novos tratamentos para doenças que de outra forma seriam incuráveis, tais como a doença de Parkinson, doenças cardíacas, doença de Alzheimer, paralisia, acidentes vasculares cerebrais e a diabetes. Esperam, assim, substituir as células danificadas do cérebro ou do corpo através da utilização de uma técnica de transplante de células estaminais. As células estaminais poderiam ser provenientes de embriões, de embriões clonados e talvez mesmo de adultos. Um embrião clonado a partir de células do doente teria a vantagem de ter o mesmo ADN. Assim, o risco de rejeição seria muitíssimo menor. Ao invés de inserir este embrião em uma mãe de aluguer, as suas células são usadas para produzir células-tronco que são capazes de evoluir para diversos tipos de células do corpo. Estas células-tronco podem, portanto, serem utilizadas para criar órgãos humanos, tais como corações,

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fígados e pele. Estas células-tronco também podem fazer crescer neurónios capazes de curar aqueles que sofrem de doenças como o mal de Parkinson, de Alzheimer... Como funciona a clonagem terapêutica:

1. O ADN é extraído de uma pessoa doente; 2. O ADN é então implantado no óvulo de uma doadora, desprovido de núcleo; 3. O óvulo então divide-se como uma fertilização típica e forma um embrião; 4. Células-tronco são removidas do embrião; 5. Qualquer espécie de tecido ou órgão pode ser formada a partir destas células-

tronco para tratar o doente.

Riscos e problemas que iria causar se se colocasse em prática estes novos avanços da Ciência:

A possibilidade de comprometer a individualidade – As crianças tornar-se-iam como qualquer outra comodidade que adquirimos: tamanho, cor e outros traços seriam predeterminados pelos pais. O mistério da individualidade humana seria uma coisa do passado. Para além disso, crianças que forem clones de pessoas que já faleceram poderão ser consideradas meramente a continuação da vida daqueles que já se foram. A perda da variabilidade genética; Um mercado negro de fetos pode surgir, de dadores “desejáveis” que queiram clonar-se a eles próprios, como estrelas de cinema, atletas e outros; A técnica da clonagem de mamíferos revela-se muito pouco eficaz em termos de sobrevivência dos embriões. A taxa de êxito registada nas cinco espécies de mamíferos até agora clonados varia entre os 3 e os 5 por cento; A tecnologia não está ainda bem desenvolvida, tendo uma baixa taxa de fertilidade (para clonar a Dolly foram produzidos 277 ovos, 30 começaram a dividir-se, 9 induziram a gravidez e apenas 1 sobreviveu); Envelheceriam rapidamente – os poucos clones que sobrevivem ao processo costumam não ter vida longa ou saudável; A grande maioria das tentativas de clonagem de um animal resultou em embriões deformados ou em abortos após a implantação. Muitos cientistas defende que os poucos animais clonados nascidos apresentam malformações que não são detectáveis através de exames ou de testes no útero como, por exemplo, deformações ao nível do revestimento dos pulmões. A maior parte da investigação publicada demonstra que a morte ou a mutilação do clone são os resultados mais prováveis da clonagem de mamíferos; As crianças poderiam morrer no parto, e, se isso não acontecesse, maioritariamente morreriam prematuramente; Normalmente, nascem com deficiências físicas ou malformações fatais, tais como, insuficiências respiratórias e imunológicas, problemas cardiovasculares, malformações renais e deficiências mentais; Até a chegada da Dolly, vários fetos morreram durante a gestação ou logo após o nascimento, e alguns desses tinham sérias anomalias. Clones que sobrevivem até o nascimento tendem a ser maiores do que o normal, por exemplo. Isso aconteceu tão frequentemente que, em quatro anos desde o nascimento de Dolly, os cientistas já cunharam um novo termo: large offspring syndrome, LOS, ou síndrome do filhote grande; Há sempre uma questão religiosa relativa à clonagem de seres humanos. Muitos acreditam que a criação de vida é assunto exclusivo do Criador. Eles acreditam que a vida

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é uma dádiva Divina, que deveria estar além dos poderes humanos. A Igreja acredita que a alma é criada no momento da concepção, e por isto o embrião merece protecção. Para aqueles que concordam com a Igreja, a tecnologia não aperfeiçoada da clonagem significa assassinato em massa; A clonagem de seres humanos pode causar graves efeitos nos nossos relacionamentos familiares. Um pai pode ter um filho idêntico a ele, e estar feliz com o facto, mas como isso afectará a relação entre filho e mãe? Ele crescerá e ficará igual a seu pai – o homem pelo qual ela se apaixonou e com quem se casou. O mesmo também vale para uma filha que nasceria fisicamente idêntica à sua mãe. Como isso afectaria o seu relacionamento com o seu pai? Ao analisar os prós e contras da clonagem humana, temos que pensar como isto afectaria outras pessoas em nossa sociedade. Um outro exemplo: um casal tem um filho clonado igual ao pai, e o casal eventualmente divorcia-se. A esposa agora odeia seu ex marido, mas seu filho é fisicamente idêntico ao homem que ela menospreza. Como é que isso irá influenciar o relacionamento destes?

Filipa Campos in http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/clonagemhumana.htm

Algumas questões acerca do assunto:

I. Que repercussões poderá ter a clonagem humana na nossa vida quotidiana?

Eu acho que isso não serve para nada não precisamos de pessoas iguais não é por sermos iguais que vai haver menos doenças que vai haver menos desgraças isso não serve para nada. Na minha opinião á muita coisa na ciência que só serve para gastar dinheiro á muita coisa desnecessária como por exemplo a colunagem

II. Tudo o que a Ciência nos permite realizar deve ser feito?

Não deverá ser tudo feito. Nem tudo o que a ciência permite fazer é utilizado para fazer o bem infelizmente existem pessoas que não pensão

III. Quais são as relações entre a Ciência e o poder (politico, económico, militar)?

Estão interligados porque é o poder que financia a ciência

IV. Poderá haver “Ciência sem consciência”?

Não tudo o que for feito na ciência ainda que não sirva para nada ou por mais simples que seja deve ser feito com cabeça tronco e membros não se deve fazer nada na ciência só porque sim

V. Um embrião é um ser humano ou apenas uma bola de células?

Um embrião é um ser humano.

VI. É correcto utilizar um embrião como uma "fábrica" de células estaminais?

Não. Porque o embrião é um ser humano, logo não serve e não é para ser usado como fabrica nem como cobaia

VII. Quando é que um embrião ou feto se torna num ser humano?

Para mim é assim que o espermatozóide entra no óvulo mas na lei é a partir do momento que se formou. O que é uma estupidez

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VIII. Será aceitável criar um embrião com a única intenção de o utilizar para investigação antes de o eliminar?

Não, um embrião já é um ser humano já é um ser com vida não se pode fazer só para experiencias ou investigações

IX. Como é que se sentiria se o seu ovo ou espermatozóides armazenados fossem misturados com um ovo ou espermatozóide completamente desconhecidos, criando um embrião com o único objectivo de investigação?

Não ficaria de maneira nenhuma porque já mais isso aconteceria na minha vida

X. Será que as vantagens desta investigação prevalecem sobre os custos?

Não. Pois Nada do que tenha a ver com experiencias em embriões vale o dinheiro gasto e esse tipo de experiencias deveriam ser consideradas como crime. Só DEUS tem o poder e o direito de decidir quem morre e que vive

XI. Será que as vantagens da investigação das células estaminais prevalecem sobre os danos que possam vir a ser causados?

Não nenhum dano causado pelas experiencias do homem tem desculpa. Podem sempre fazer experiencias através do cordão umbilical. Que não faz mal a ninguém

XII. Recorreria à clonagem se esta fosse a sua única possibilidade de ter um filho? E quem é que queria que soubesse?

Não recorreria á clonagem. Essa não é nem nunca vai ser a única possibilidade. DEUS cura tudo inclusive a esterilidade

XIII. Conseguiria identificar uma criança clonada?

Não a não ser que ele disse-se o que eu conhecesse o dador

XIV. Pode a nossa sociedade permitir o sofrimento dos primeiros clones humanos para colher os benefícios quando a clonagem estiver aperfeiçoada?

Não. E isso na minha opinião seria considerado crime.

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