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Figura 24. Hipsometria da Área de Influência Direta (AID) e Área Diretamente Afetada (ADA) do empreendimento.

5.1.3.2 Clinografia

A partir do Modelo Digital de Elevação obtido através da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão Tecnológica – EPAGRI foi possível calcular a declividade existe na bacia hidrográfica do Rio Tijucas. Observa-se uma predominância de baixas declividades de 10° a 25°, com poucas ocorrências de declividades superiores a 45° nas formações montanhosas existentes. A cidade de Bombinhas apresenta majoritariamente um relevo plano, com declividade de 0º a 10º, no entanto existem morrarias ao Sul do município, na parte Central e nos limites com o município de Porto Belo, em ambas as formações com declividades de 10º a 25º, e próximo aos cumes, a ocorrência de declividades entre 25º e 45º.

Porto Belo possui o predomínio de declividades entre 0º e 10º, havendo formações montanhosas ao Sul na divisa com Bombinhas, e a Oeste nos limites com Tijucas, onde a declividade está entre 10,1º a 25º, com pontos onde ocorrem declividades entre 25,1º a 45º.

Tijucas, assim como as demais cidades da Área de Influência Indireta apresenta um prevalecimento do relevo plano (0° a 10° de declividade) com existência de maiores declividades na porção interior, Norte, Sul e Sudoeste do município.

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Observa-se que o terreno destinado à instalação dos equipamentos para suporte a captação de água está em uma faixa plana, entre 0º e 10º. A partir da captação, o trajeto da adutora continua sem variações na declividade até se aproximar do Morro do Zimbros, onde a clinografia passa a variar entre 10,1º a 25º até chegar na área destinada a construção da Estação de Tratamento de Água. A figura abaixo indica a localização da ETA de Bombinhas, demonstrando o posicionamento do terreno sobre uma região com declividade entre 10,1 e 25º.

Figura 25. Clinografia da Área de Influência Direta – AID do estudo.

Destaca-se que o trecho da Estrada de Zimbros por entre o morro que dá acesso a ETA possui uma inclinação próxima a 25 graus (Figura 71), sendo um trecho de aclive em que serão necessários cuidados para prevenir desencadeio de processos erosivos na via.

Durante períodos chuvosos o escoamento superficial produzindo na estrada adquire velocidade com elevada energia potencial que poderá avariar as condições da via, causando impactos para o deslocamento de veículos.

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Figura 26. Clinografia no trecho final da adutora, em acesso à Estação de Tratamento da Água.

Pedologia 5.1.4

Através dos dados disponíveis no Atlas de Geodiversidade de Santa Catarina, disponibilizado pelo CPRM, foram elaborados os mapas de Pedologia da área de estudo. A Figura 27 mostra a distribuição das diversas formações ao longo da Área de Influência Indireta (AII), sendo estes: afloramentos rochosos, Cambissolos, dunas e areias das praias, Glei Húmico, Glei Pouco Húmico, Podzol, Podzólico Vermelho – Amarelo e solos Litólicos.

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Figura 27. Mapa de Pedologia da Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento.

Na Figura 28 detalhando a área de Captação de Água, fica evidente a inserção da área dentro do solo Glei Pouco Húmico, sendo um horizonte formado sob forte influência do lençol freático e regime de umidade redutor. Estes solos ocupam planícies aluviais, várzeas e áreas deprimidas, sendo solos hidromórficos, mal drenados e pouco profundos. Ainda de acordo com o CPRM são áreas sujeitas a cheias sazonais provocadas pelo extravasamento dos rios em períodos mais chuvosos. O relevo plano e lençol freático próximo à superfície conferem risco de alagamentos às escavações, podem ocorrer solos com baixa capacidade de suporte, sujeitos a adensamentos, recalques e rupturas de fundações.

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Figura 28. Mapa da Pedologia da Área de Captação de Água.

A área destinada a Estação de Tratamento de Água, está inserida sob um solo definido como Cambissolo, conforme a Figura 29. Cambissolos são caracterizados como rochas cristalinas, texturalmente homogêneas, com granulação média a grossa, possuindo alta resistência ao intemperismo físico-químico, alta capacidade de suporte e alta resistência ao corte e à penetração.

Predominam terrenos com relevos acidentados e declivosos com limitações à ocupação urbana. Apresenta dificuldades na execução de escavações e de perfurações devido à presença de blocos e matacões em meio aos solos e à profundidade bastante irregular do substrato rochoso. São terrenos sujeitos a movimentos de massa, queda de blocos e a erosão principalmente nos relevos mais declivosos. Em relevos mais acidentados, predominam solos pouco evoluídos com textura média a argilosa, sendo rasos a pouco profundos, moderadamente drenados. Nos relevos montanhosos são comuns extensas áreas de afloramentos de rocha.

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Figura 29. Mapa da Pedologia da área da Estação de Tratamento de Água.

Susceptibilidade à ocorrência de processos de dinâmica superficial 5.1.5

O aumento gradativo da população nos centros urbanos é um fenômeno mundial que possui sua ocorrência intensificada nos últimos 50 anos. O respectivo acontecimento está fortemente associado ao êxodo rural ocorrente nesta escala de tempo, assim como, o crescimento das cidades brasileiras que se inserem neste contexto.

O rápido crescimento destas cidades, juntamente com a falta de planejamento de políticas habitacionais pelos governantes proporcionou que as cidades brasileiras mantivessem uma ocupação desordenada, com a população “criando por si só suas políticas públicas de moradia”, resultando assim advindo de tais ações, grandes problemas associados à estabilidade de encostas, inundações e alagamentos em áreas urbanas.

Neste contexto, a área de ocupação do futuro empreendimento, deverá passar por uma breve análise da ocorrência de processos de dinâmica superficial, que por sua vez, possam vir a ocasionar acidentes à população próxima ao empreendimento.

Em síntese, a avalição das condições de dinâmica superficial do solo, proporciona a realização de uma verificação das potenciais alterações em que a camada superficial próxima à área afetada, buscando assim averiguar se a respectiva área em que o futuro empreendimento se encontra ou não em uma área de risco.

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Entre os processos de degradação do solo mais atuantes, um que se destaca está associado diretamente à erosão, que consiste em um desequilíbrio no solo e nas relações água/solo/cobertura vegetal, ocasionados de forma natural ou por intervenção antrópica.

Segundo Pruski (2006) o princípio da erosão se configura na incidência das precipitações, onde parte é interceptada pela vegetação, enquanto o restante atinge a superfície do solo, umedecendo os agregados do solo e reduzindo suas forças de coesão. Com a continuidade das chuvas ocorre à desintegração dos agregados em partículas menores, obstruindo os poros do solo, consequentemente provocando o selamento superficial. Além disso, o impacto da gota de chuva proporciona compactação, que associada ao selamento, reduz a taxa de infiltração da água.

Quando a intensidade da chuva passa a ser maior do que a taxa de infiltração, inicia-se o transporte das partículas desagregadas do solo pelo escoamento superficial.

Segundo (GONÇALVES, 2008), quando a quantidade de sedimentos contida no escoamento superficial é maior que sua capacidade de transporte, ou a velocidade de escoamento é reduzida pela rugosidade do solo, caules das plantas, resíduos de culturas, acréscimo da declividade da encosta, menor frequência do impacto das gotas de chuva (AGASSI, 1996) ou pelo maior acumulo de matéria orgânica, os sedimentos em suspensão podem ser depositados na superfície do solo, caso contrário, são transportados ao leito da bacia hidrográfica.

Em primeira instância para a análise dos riscos existentes na área próxima ao empreendimento, com base nos dados disponibilizados pelo Serviço Geológico Brasileiro – CPRM foi elaborado o mapa da Figura 30, sendo possível identificar três formações de solo predominantes na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, sendo estes: terrenos formados por rochas graníticas; terrenos formados por sedimentos inconsolidados e terrenos situados na faixa litorânea.

Os primeiros localizam-se na faixa montanhosa, estendendo-se desde o oceano até as escarpas dos maciços costeiros, e pelo interior dos municípios. Os terrenos inconsolidados formam-se entre as rochas graníticas e os terrenos litorâneos, estes por sua vez se situam na proximidade com o Oceano Atlântico.

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Figura 30. Susceptibilidade a risco na Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento.

Os terrenos formados por rochas graníticas, em geral conforme identificado o predomínio na área destinada a construção da Estação de Tratamento de Água (Figura 31), possuem um espesso manto de intemperismo onde é comum a presença de matacões. São suscetíveis a movimentos de massa do tipo escorregamentos e queda de blocos principalmente nos relevos mais dissecados.

Os terrenos formados por sedimentos inconsolidados presentes na área de estudo, são áreas planas e baixas sujeitas a alagamentos, inundações e cheias sazonais., possuem potencial para abatimentos e trincamento de obras, onde os solos apresentam baixa capacidade de suporte.

Nos terrenos situados na faixa litorânea, estão sujeitos a erosão costeira e eólica pela ação dos ventos causando danos à infraestrutura urbana. A remoção da vegetação das dunas fixas nestas áreas pode levar a remobilização pela ação dos ventos.

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Figura 31. Mapa da Área de Influência Direta (AID) próximo à Estação de Tratamento de Água.

Em consulta ao portal da Defesa Civil do Município de Bombinhas, foram encontrados diversos alertas de risco de deslizamentos de massa e áreas de escorregamento para o município, não havendo alertas específicos para a área do empreendimento.

Em termos práticos é possível concluir que a área em si, onde o empreendimento deverá se instalar, não apresenta um risco eminente a possíveis problemas associados à dinâmica superficial de solos, porém, se torna recomendável que durante a etapa de execução, seja realizado um acompanhamento de profissionais especializados, ou preparo adequado de terreno, frente a possíveis deslizamentos da morraria próxima.

Susceptibilidade a eventos de inundação gradual e enxurrada 5.1.6

De acordo com o Sistema Integrado sobre Desastres Naturais, do Ministério da Integração, os municípios da área de influencia do empreendimento possuem alguns registros pontuais de eventos relacionados a enchentes e enxurradas. Sendo este último o mais incidente.

Nos últimos dez anos foram registrados um evento de enchente no município de Tijucas no ano de 2011, decorrente das fortes chuvas que assolaram o estado no ano bem como, associado com evento de maré alta, culminando no transbordo do Rio Tijucas no centro da cidade. Em escala menor pode citar-se ainda eventual cheia do Rio Pereque, no município de Porto Belo.

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De acordo com o Plano De Contingência De Proteção E Defesa Civil, elaborado pela Defesa Civil de Tijucas em 2015, com fins de desenvolver no respectivo município respostas a deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, foi possível identificar a existência de uma área delimitada próximo ao empreendimento. A área localizada no bairro Itinga, é denominada SC_TIJ_SR_10_CPRM, esta delimitada na outra margem do Rio Tijucas e apresenta de acordo com o estudo, um alto risco a inundação de aproximadamente 4 casas e 16 pessoas, no entanto não abrange a área destinada a captação de água.

Entretanto, os eventos mais comuns são os de enxurrada (inundação brusca) que ocorrem em ambos os municípios em locais distintos do território. Em Tijucas foram os dados mias recentes registrados são de 2008, 2009, 2010 e 2011, Porto Belo em 2009 e 2011 (região Vila Nova e Perequê), e em Bombinhas, os últimos registros são referente aos anos de 2009, 2011 e 2016.

Destaca-se que trecho da adutora passara junto a praia de Porto Belo, o que impõem um risco maior à infraestrutura frente a eventos de ressaca do mar. Com isso, a concepção do projeto de engenharia deverá antever este fator buscando reforçar a estrutura contra tais eventos.

Diagnóstico do Meio Biótico 5.2

Cobertura Vegetal 5.2.1

Os climas regionais interagem com a biota e com a geologia para produzir unidades de

comunidades amplas, facilmente reconhecíveis e denominadas de Bioma (ODUM, 2010 apud

MARENZI, 2012).

Estes são categorizados conforme o clima, temperatura, pluviosidade e sazonalidade dos

ecossistemas, bem como, determinando a estrutura, função e adaptações das plantas, além da

interação com os animais e outros organismos que provavelmente nela ocorrem (GUREVITCH

et al, 2009; MARENZI, 2012).

O Bioma Mata Atlântica é constituído por um conjunto de formações florestais (Florestas:

Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila

Aberta) e ecossistemas associados como restinga, manguezais e campos de altitude, que se

estendiam, originalmente, por aproximadamente, 1.300.000 km² em 17 estados do território

brasileiro (MMA, 2015).

Contudo, os municípios de Tijucas e Bombinhas, por estarem situados no Estado de Santa Catarina, compreendem a classificação do Bioma Mata Atlântica sob a composição Florestal Ombrófila Densa, conhecida como Floresta Pluvial da Costa Atlântica ou apenas Floresta Atlântica, contendo as formações de Planícies Aluviais, Terras Baixas e Sub-montana, com uma diversidade em espécies arbóreas altas, medianas, arbustos e densas populações de epífitas e

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lianas, caracterizada por variação fitogeográfica causada pelo acompanhamento do relevo (ATLAS DE SANTA CATARINA, 1991).

As áreas costeiras, principalmente o âmbito das Terras Baixas, são os locais preferidos para o

assentamento humano, pois, propicia acesso para as rotas marítimas (PIATTO E POLETTE,

2012), além de proporcionar o estabelecimento e desenvolvimento da população.

Consequentemente, a este processo de ocupação, a paisagem do local passa a um processo de descaracterização e de artificialização frente à necessidade da ação humana sob a transformação

do que é natural (PIATTO E POLETTE, 2012).

A área de influência direta do empreendimento, abrange diferentes paisagens, que vão desde

áreas antropizadas, alteradas, silviculturas, pastagens e remanescentes florestais em bom estado

de conservação.

5.2.1.1 Flora – Caracterização da área de estudo

A área do empreendimento compreende as áreas onde serão implantadas a Captação de Água, Estação de Tratamento de Água (ETA) e a Adutora de Água Bruta (Figura 1).

Para a definição das áreas de amostragens levou-se em consideração o projeto preliminar para implantação da ETA de Bombinhas. Foram analisadas as áreas do projeto que não estavam em vias de acessos, mas que apresentavam fragmentos florestais. Sendo assim as duas áreas que apresentaram fragmentos florestais foram as áreas onde serão instaladas a Adutora de Água Bruta da Captação de Água do rio Tijucas até o encontro com a primeira via de acesso, e também a área onde se pretende instalar a Estação de Tratamento de Água (Figura 32 e Figura 33).

Figura 32. Local onde será implantada a adutora de água bruta no trecho próximo a captação da água no rio Tijucas, onde

será necessária a supressão da vegetação arbórea em Área de Preservação Permanente.

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Figura 33. Local onde será implantada a Estação de Tratamento de Água localizada no município de Bombinhas.

A Área 01 está localizada na região marginal do rio Tijucas, onde será instalada a captação de água e a adutora de água bruta, até o encontro com a primeira via de acesso (Figura 34).

Figura 34. Vista parcial da Área 1, região marginal do rio Tijucas.

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A Área 2 prevista para a Estação de Tratamento de Água está localizada no município de Bombinhas, esta área diferente da Área 1, já se encontra em um fragmento florestal mais denso, com maior quantidade de espécies arbóreas (Figura 35).

Figura 35. Área prevista para instalação da ETA em Bombinhas.

5.2.1.2 Metodologia

Foram utilizadas duas metodologias para o inventário florestal, sendo o método do censo e o método de amostragem.

Na Área 1 foi utilizado o método do censo, ou seja, foram coletados os dados de todos os indivíduos arbóreos presentes na área de estudo com Circunferência a Altura do Peito (CAP) igual ou superior a 12 cm. Esta metodologia foi escolhida, pois se tratava de um fragmento grande, porém com um número baixo de indivíduos, promovendo maior eficácia, precisão e processamento dos dados.

Para delimitar a área de amostragem foi utilizado o trajeto previsto para a adutora de água bruta que estava previamente marcada no terreno com estacas enumeradas (Figura 36), com base nessas marcações foram realizadas as amostragens de cinco metros para cada lado das marcações, totalizando uma faixa de 10 metros de largura ao longo do percurso da adutora de água bruta da captação de água do rio Tijucas, até o encontro com a primeira via de acesso (Figura 37).

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Figura 36. Estacas delimitando o trajeto da adutora de água bruta.

Figura 37. Delimitação da faixa de amostragem a partir da delimitação da adutora de água bruta.

Já na Área 2 foi utilizado o método de amostragem. Pelo procedimento de amostragem, observa-se apenas uma parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros, trazendo consigo um erro de amostragem aceitável. A amostragem é uma ferramenta fundamental para o levantamento de grandes ou pequenas populações, especialmente quando os resultados devem ser obtidos em um curto espaço de tempo, com menor custo e com precisão desejada.

A amostragem corresponde a uma parte da população, constituída de indivíduos que apresentam características comuns e, que identificam a população a que pertencem. É necessário que a amostra seja representativa da população, isso significa que, com exceção de pequenas discrepâncias inerentes à aleatoriedade presente no processo de amostragem, deve possuir as mesmas características básicas da população, no que se refere à variável a ser estimada.

Para este trabalho, a unidade amostral adotada foi retangular, medindo 10 x 20 metros cada uma, totalizando 200 metros quadrados (Figura 38). Foram instaladas e medidas três unidades amostrais, perfazendo uma amostra de 600 metros quadrados.

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Figura 38. Método por amostragem, delimitação das parcelas de 10 x 20 m.

Em ambas as áreas foram coletados os dados de Circunferência a Altura do Peito (CAP) (Figura 39), altura total e informações adicionais de todos os indivíduos arbóreos e arvoretas com CAP igual ou superior a 12 cm. Os dados foram armazenados em planilhas de campo para posterior digitalização (Figura 40). Todos os indivíduos amostrados foram identificados com numeração a fim de facilitar futuras vistorias (Figura 41).

Figura 39. Coleta de dados: Circunferência na Altura do Peito (CAP).

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Figura 40. Planilha de campo para armazenamento das informações.

Figura 41. Identificação dos indivíduos amostrados através de numeração.

As espécies que não foram identificadas em campo foram registradas com o auxílio de máquina fotográfica e/ou, quando possível, foram coletadas com o auxílio de um podão e tesoura de poda. A identificação se procedeu com referencial bibliográfico específico como livros, chaves dicotômicas, além de instrumentos virtuais, como sistema de base de dados de herbários, etc.

Para a coleta das informações utilizaram-se os seguintes instrumentos: trena de 30 metros, fita métrica, podão, facões, pranchetas e fichas de campo para anotações, GPS Garmin e máquina fotográfica digital.

5.2.1.3 Resultados

5.2.1.3.1 Área 1 – Trecho da adutora de água bruta entre a captação de água no rio Tijucas e a via de acesso

Esta área está localizada logo após o local previsto para a instalação da captação de água do rio Tijucas, no trajeto da adutora de água bruta. A área amostrada apresenta aproximadamente 4.020

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m² que, devido as características da vegetação do local conforme já citado, optou-se em realizar o levantamento do tipo censo. Devido ao uso do solo da região ser voltado principalmente para rizicultura, agricultura e pastagens, a vegetação encontra-se bastante alterada, criando áreas totalmente desprovidas de mata ou em estágios iniciais de regeneração.

Esta área em questão apresentou uma formação florestal com vegetação rasteira (gramíneas), com alguns indivíduos arbóreos entre a margem esquerda do rio Tijucas e uma faixa de Eucaliptos (Eucalyptus sp.) paralela ao rio (Figura 42).

Figura 42. À esquerda, vista de jusante para montante do rio Tijucas, e a direita faixa de Eucalyptus sp.

No censo realizado na área foram registrados 31 indivíduos arbóreos distribuídos em oito famílias (Tabela 8). Destes, 19 foram considerados nativos, apresentando uma riqueza de 8 espécies, divididas em 8 famílias botânicas, já os exemplares exóticos, apresentaram 12 indivíduos, distribuído em três espécies e duas famílias (Tabela 9).

Vale ressaltar que dentre as espécies exóticas está integrada a Goiabeira (Psidium guajava L.), que apesar de ser considerada naturalizada no Brasil, adotou-se como um táxon exótico neste estudo.

Tabela 8. Lista de indivíduos registrados na Área 1 (Adutora) localizada em Tijucas, com suas respectivas famílias.

Indivíduos Nome Popular Nome Científico Família

8 Urtiga-mansa Boehmeria caudata Urticaceae

2 Guamirim Calyptranthes sp. Myrtaceae

1 Guaçatunga Casearia obliqua Salicaceae

7 Eucaliptus Eucalyptus sp. Myrtaceae

1 Figueira branca Ficus sp. Moraceae

1 Jacatirão Miconia cinnamomifolia Melastomaceae

3 Silva Mimosa bimucronata Fabaceae -Mimosaceae

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Indivíduos Nome Popular Nome Científico Família

2 Capororoca Mirsine coreacea Myrsinaceae

4 Goiabeira Psidium guajava Myrtaceae

1 Salgieiro chorão Salix sp. Salicaceae

1 Aroeira Schinus terebinthifolia Anacardiaceae

Tabela 9. Lista das espécies nativas e exóticas encontradas na Área 1 (Adutora) localizada em Tijucas.

Espécies Nativa Exótica

Boehmeria caudata x

Calyptranthes sp. x

Casearia obliqua x

Eucalyptus sp. x

Ficus sp. x

Miconia cinnamomifolia x

Mimosa bimucronata x

Mirsine coreacea x

Psidium guajava x

Salix sp. x

Schinus terebinthifolia x

A quantificação dos indivíduos para cada espécie, seja ela nativa e/ou exótica, pode ser visualizada na Figura 43.

Figura 43. Quantificação das espécies nativas e exóticas registradas na Área 1 (Adutora) localizada em Tijucas.

Com relação a densidade absoluta, para este fragmento esta foi de 77,11 indivíduos/ha, Bohmeria caudata mereceu destaque apresentando a maior densidade relativa 25,8% (espécie nativa),

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enquanto que para os indivíduos exóticos Eucalyptus sp. obteve o maior valor desse parâmetro (22,58 %).

Ao analisar a dominância relativa, o táxon Ficus sp. apresentou o maior valor com 44%, já que esta espécie apresentou maior porte. Enquanto que para os exóticos se destacou Eucalyptus sp. com 28,7%. Esse mesmo padrão da dominância foi constatado para a porcentagem de cobertura (P.C.).

Nenhuma das espécies registradas encontram-se nas listas das espécies ameaçadas de extinção estadual (Resolução CONSEMA 51/2014) e federal (Portaria MMA nº443/2014), nem foram registradas espécies raras e/ou endêmicas.

Este fragmento apresentou pouca serapilheira, sub-bosque praticamente inexistente e dossel aberto, no geral a altura média das espécies nativas e exóticas foi de 5,4 metros, o DAP médio de 0,12 metros e a área média basal de 1,62 m²/ha. Considerando apenas as espécies nativas a área amostrada apresenta altura média das espécies de 4,2 metros, o DAP médio de 0,10 metros e a área basal média de 0,92 m²/ha.

Após comparar os dados deste fragmento com a Resolução CONAMA nº04/1994, esta área foi classificada em vegetação secundária em Estágio Inicial de Regeneração. Portanto será requerida a supressão de vegetação nativa em área urbana segundo a Instrução Normativa 24 da FATMA, para os 19 indivíduos nativos com um volume de 1,79 m³. Para as espécies exóticas, será necessário solicitar a Supressão de vegetação (espécies exóticas) em Áreas de Preservação Permanente, conforme a Instrução Normativa 43 da FATMA para os 12 indivíduos arbóreos com um volume de 2,01 m³.

5.2.1.3.2 Área 2 - Estação de Tratamento de Água de Bombinhas

Na área prevista para a implantação da Estação de Tratamento de Água foi realizado o levantamento de dados através do método de amostragem. Para tanto foram amostrados ao todo 600 m² distribuídos em três parcelas de 10 x 20 m.

A área apresentou uma formação florestal com agrupamentos arbóreos, formando diversos estratos, com serapilheira densa, vegetação rasteira (gramíneas) cobrindo grande parte da parcela e arbustos que tornam o terreno coberto e de difícil acesso (Figura 44).

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Figura 44. Vegetação presente nas parcelas amostradas na área da ETA.

Nas parcelas realizadas na área foram registrados 143 indivíduos arbóreos distribuídos em 23 famílias botânicas (Tabela 10). Destes, todos os exemplares foram considerados como espécies nativas.

Tabela 10. Lista de indivíduos registrados na Área 2 (ETA) localizada em Bombinhas, com suas respectivas famílias.

Número de

indivíduos Nome científico Nome popular Família

2 Alchornea triplinervia tanheiro Euphorbiaceae

4 Allophylus edulis Chal-chal Sapindaceae

4 Campomanesia xanthocarpa gabiroba Myrtaceae

1 Casearia decandra cafezeiro-do-mato Salicaceae

1 Casearia sylvestis chá de bugue Salicaceae

3 Cecropia pachystachya embauba Cecropiaceae

2 Citharexylum myrianthum tucaneiro Verbenaceae

1 Citronella gongonha Congonha Cardiopteridaceae

1 Clethra scabra carne-de-vaca Clethraceae

4 Clusia criuva mangue-formiga Clusiaceae

3 Erythroxylum sp. cocão Erythroxilaceae

3 Eugenia sp. Pitangueira brava Myrtaceae

7 Euterpe edulis juçara Arecaceae

2 Ficus arpazusa figueira Moraceae

3 Ficus cestrifolia figueira-da-folha-miúda Moraceae

6 Ficus sp. figueira Moraceae

2 Guapira opposita maria-mole Nyctagiaceae

4 Guarea macrophylla Camboatá Meliaceae

2 Hirtella hebeclada cinzeiro Chrysobalanaceae

2 Hyeronima alchorneoides licurana Phyllanthaceae

2 Inga sessilis ingá-macaco Fabaceae

3 Lochocarpus sp. Rabo-de-macaco Fabaceae

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Número de

indivíduos Nome científico Nome popular Família

1 Machaerium hirtum jacarandá-de-espinho Fabaceae

5 Machaerium sp. jacarandá Fabaceae

3 Miconia cabucu pixiricão Melastomataceae

3 Miconia cinnamomifolia pixiricão Melastomataceae

8 Miconia sp. jacatirão Melastomataceae

5 Myrcia sp. guamirim Myrtaceae

1 Myrceugenia sp. araçarana Myrtaceae

1 Myrcia splendens guamirim-da-folha-miuda Myrtaceae

1 Myrciaria delicatula camboim Myrtaceae

2 Myrsine coriaceae capororoca Myrsinaceae

6 Myrsine ferriginea Capororoca Myrsinaceae

1 Myrsine umbellata capororocão Myrsinaceae

3 Nectranda lanceolata canela amarela Lauraceae

1 Nectranda sp. Canela branca Lauraceae

3 Ocotea sp. canela Lauraceae

7 Pera glabrata tamanqueira Euphorbiaceae

14 Psidium cattleianum araça Myrtaceae

5 Psychotria nuda erva-de-rato Rubiaceae

4 Syagrus romanzoffiana jerivá Arecaceae

1 Trema micrantha grandiúva Canabaceae

2 Virola sp. bocuva Myristicaceae

4 Xylopia brasiliensis pindaíba Annonaceae

A quantificação dos indivíduos para cada espécie indicou que Psidium cattleianum foi a espécie que apresentou maior número de indivíduos (14 indivíduos), seguido por Myrsine umbrellata (9 indivíduos) e Miconia sp. (8 indivíduos) (Figura 45).

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Figura 45. Quantificação das espécies nativas e exóticas registradas na Área 2 (ETA) localizada em Bombinhas.

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Popularmente conhecida como Araçá o Psidium cattleianum é uma espécie característica da Mata Atlântica. Trata-se de um arbusto ou arvoreta que cresce principalmente em restingas e locais úmidos de capoeiras e planícies (LORENZI, H, 2002).

A espécie Myrsine umbrellata (capororocão) pertence à família Primulaceae, é uma espécie perenifólia, heliófita e possui potencial para arborização urbana e reflorestamento de áreas degradadas e pode chegar até 20 metros de comprimento (CARVALHO, 2006).

As espécies do gênero Miconia sp. estão concentradas principalmente em regiões litorâneas, da Serra do Mar e do Primeiro Planalto (GOLDENBERG, R., 2004), o que explica sua alta densidade no estudo

Com relação a densidade absoluta, para este fragmento esta foi de 2.383 indivíduos/ha, Psidium cattleianum mereceu destaque apresentando a maior densidade relativa 9,7%.

Já para a dominância relativa, Machaericus sp. apresentou o maior valor com 15,17%, uma vez que esta espécie apresentou um dos maiores portes.

Dentre as espécies registradas nas parcelas, a espécie Euterpe edulis encontra-se na lista das espécies ameaçadas de extinção federal (Portaria MMA 443/2014) sendo classificada como vulnerável. Foram registrados 7 indivíduos durante o levantamento florestal, a localização destes encontra-se na Figura 46.

Figura 46. Localização dos exemplares de E. edulis registrados na ETA de Bombinhas.

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Conforme o Art. 27 do novo Código Florestal (Lei 12.651/2012):

“Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.”

Como medida mitigadora será efetivado o Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal, a fim de manter a carga genética destes indivíduos na área em questão. Outra medida a ser tomada é a demarcação da área de supressão, a fim de evitar o corte desnecessário de espécies arbóreas e ameaçadas de extinção. Além disso, serão marcados e contados todos os exemplares arbóreos ameaçados de extinção que serão suprimidos, para fins de compensação ambiental.

Este fragmento apresentou uma quantidade considerável de serapilheira e sub-bosque presente. Na maior parte de sua extensão foi encontrado dossel fechado. A altura média das espécies foi de 5,71 metros, o DAP médio de 0,09 metros e a área basal média total de 22,8 m²/ha

A área total onde será instalada a ETA tem aproximadamente 6.900 m², em vistoria de campo constatou-se a presença de um tanque já existente, bem como áreas descampadas. Desta maneira a área a ser suprimida é de aproximadamente 5.130 m² (Figura 47).

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Figura 47. Área de estudo da ETA de Bombinhas, detalhe para a área sem vegetação arvórea.

Este fragmento florestal apresenta dados muito próximos ao limiar citado pela Resolução CONAMA 04/1994 para Vegetação Secundária em Estágio Médio de Regeneração, enquadrado, portanto neste Estágio Sucessional. Portanto será requerida a supressão de vegetação nativa em área urbana segundo a Instrução Normativa 24 da FATMA, para uma área aproximadamente de 5.134 m².

5.2.1.4 Volume total estimado para supressão

Através das informações obtidas em campo e posterior análise dos resultados, é possível estimar o volume total a ser suprimido nas áreas amostradas. Levando em consideração que na Área 1 localizada em Tijucas foi realizado o censo da área onde passará a adutora, e na Área 2 localizada em Bombinhas onde será a ETA foram realizadas as devidas amostragens e interpretações da área, os volumes a serem suprimidos constam na Tabela 11.

Tabela 11 . Volume a ser suprimido nas Áreas 1 e 2 amostradas.

Áreas Área Amostrada (m²) Volume da Área Amostrada (m³) Área Total a ser

Suprimida (m²) Volume Total (m³)

1 (Adutora) 4.020,00 3,802 4.020,00 3,802

2 (ETA) 600,00 5,769 5.134,00 49,363

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5.2.1.5 Considerações finais

A área onde será instalada a captação de água bruta e o trecho inicial da adutora de água bruta apresentou vegetação herbácea e arbustiva, com alguns indivíduos arbóreos ao longo do terreno, formando pequenos fragmentos em estágio inicial em APP, para a instalação da adutora de água bruta apresentou alguns indivíduos arbóreos. Esta vegetação encontra-se na beira do curso d´água, está inserida em Área de Preservação Permanente conforme a Lei 12.651/2012, entretanto, o empreendimento é caracterizado como interesse social segundo o Código Florestal e como utilidade pública conforme Resolução CONAMA nº 369/2006, assim, o órgão ambiental competente poderá autorizar a intervenção ou supressão desta vegetação.

Na área onde está prevista a Estação de Tratamento de Água conforme a análise dos dados coletados, o remanescente florestal registrado nesta área foi classificado como Vegetação Secundária em Estágio Médio de Regeneração, segundo a Resolução CONAMA 04/1994. Desta forma, será necessário solicitar a supressão de vegetação nativa em área urbana segundo a Instrução Normativa 24 da FATMA, para a área de aproximadamente 5.134,00 m² o qual foi estimado cerca de 49,36 m³ de volume.

Na da Adutora de Água Bruta, denominada neste estudo como Área 1 não foram registradas espécies endêmicas, raras e/ou ameaçadas de extinção segundo a Portaria MMA 443/2014 e Resolução CONSEMA 51/2014. Já na área da prevista para a ETA foi constado a presença de sete indivíduos da espécie Euterpe edulis, a qual encontra-se na lista das espécies ameaçadas de extinção federal (Portaria MMA 443/2014), classificada como vulnerável.

No caso de intervenção em APP, o órgão ambiental competente poderá estabelecer medidas compensatórias, a compensação poderá ser efetivada por meio da implantação de áreas verdes públicas ou privada no mesmo município, preferencialmente em parques naturais e/ou recuperação ou recomposição de APP na mesma sub-bacia.

Já a supressão de espécies ameaçadas de extinção, poderá ser autoriza pelo órgão ambiental, já que se trata de um empreendimento de utilidade pública, como medida mitigadora deverá ser efetivado o Programa de Salvamento de Germoplasma, a fim de manter a carga genética destes indivíduos na área em questão.

Outra medida a ser tomada é o Programa de Supressão de Vegetação, com a demarcação da área de supressão, a fim de evitar o corte desnecessário de espécies arbóreas e ameaçadas de extinção. Além disso, serão marcados e contados todos os exemplares arbóreos ameaçados de extinção que serão suprimidos, para fins de compensação ambiental, podendo ser adotado o plantio ou doação de mudas na proporção de 50:1, conforme Portaria 307/2016.

Fauna 5.2.2

O bioma Mata Atlântica é um “hotspot” mundial, ou seja, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do Planeta, foi também decretado Reserva da Biosfera pela Unesco e Patrimônio Nacional na Constituição Federal de 1988 (SOS MATA ATLÂNTICA, 2015)

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A fauna do bioma Mata Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes (MMA, 2015).

A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata Atlântica torna sua descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação (ADAMS, 2000), mas, apesar da carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma diversidade bastante alta.

Associada a Floresta Atlântica vive uma grande diversidade da fauna que mesmo em ambientes

reduzidos e fragmentados abriga mais de 1,6 milhões de espécies de animais, entre mamíferos,

anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis. No caso dos mamíferos, por exemplo, estão catalogadas

270 espécies, das quais 73 são endêmicas, e existem 849 espécies de aves, das quais 181 são

endêmicas. Os anfíbios somam 370 espécies, sendo 253 endêmicas, enquanto os répteis somam

200 espécies, das quais 60 são endêmicas, além de cerca de 350 espécies de peixes (MINISTÉRIO

DO MEIO AMBIENTE, 2014).

O município de Bombinhas é comtemplado por diversas formações biológicas em diferentes

aspectos ambientais que variam desde o ambiente marinho, comtemplando os costões rochosos e

as praias arenosas, este compondo um cenário heterogêneo de penhascos rochosos intercalados

por praias que imergem e emergem com a variação das marés. Possui um grande atrativo

turístico pelas belas praias e vegetação exuberante, as quais hospedam vários organismos

representantes da fauna e flora.

Portanto, ao longo da ocupação do município, algumas áreas foram ocupadas, restando

fragmentos destes ambientes em diversos estágios de sucessão, sendo a ocupação imobiliária,

caça, introdução de espécies exóticas e fragmentação do habitat, umas das principais ameaças a

este bioma.

5.2.2.1 Metodologia

Para realizar o diagnóstico da fauna terrestre, primeiramente, foi realizado um levantamento bibliográfico em sites de busca como Scielo, Google Scholar, acervos das bibliotecas da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de projetos e planos de manejo já desenvolvidos na região. Foram levantados os exemplares da fauna que ocorrem no município de Bombinhas e em regiões próximas, como Porto Belo e Itapema.

Também foi realizada uma visita in loco, onde foi realizada a metodologia de caminhamento percorrendo toda a área proposta para a implantação do empreendimento com o intuito de

observar os animais ali existentes e/ou de vestígios destes, como rastros, pegadas e fezes. Troncos,

pedras e tocas foram vasculhadas a procura de anfíbios e répteis. Utilizou-se equipamentos

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específicos para melhor visualização e registro dos animais, sendo estes: binóculo (10X25),

máquina fotográfica e GPS.

Guias de campo auxiliaram na identificação dos animais, como: Mamíferos do Brasil, guia de

identificação (REIS et al.,2010) e Guia dos Roedores do Brasil, com chaves para gêneros baseadas

em caracteres externos (BONVICINO et al., 2008) e o livro de Rastros de mamíferos silvestres brasileiros: um guia de campo (BECKER, 2013).

Para todas as espécies registradas foram observados os graus de ameaça a nível estadual

(Resolução CONSEMA 002/2011) e a nível federal (Portaria 444/2014).

5.2.2.2 Mastofauna

Os mamíferos formam um dos grupos de maior diversidade em espécies do mundo, pois,

habitam tanto a terra como o ar e a água, mas o declínio da diversidade faunística de mamíferos

deve-se principalmente a fragmentação de habitats, aliada a caça, ao comércio ilegal e ao

crescimento populacional desenfreado (RIBEIRO & TEXEIRA, 2012).

No Estado de Santa Catarina, Cherem e colaboradores (2004) registraram 152 espécies de

mamíferos nativos de ocorrência confirmada, 60 espécies de possível ocorrência e seis espécies

ou subespécies citadas, mas provavelmente não ocorrentes no Estado. Isto representa cerca de

30% da riqueza de mamíferos existente no Brasil, país que apresenta o maior número de espécies

de mamíferos do mundo (COSTA et al., 2005).

A região sul do Brasil é uma das menos conhecidas quanto à distribuição de sua mastofauna,

vários locais não possuem nenhum estudo de levantamento destas espécies e suas coleções

científicas apesar de promissoras, ainda mantêm um acervo pequeno de mamíferos (CÁCERES

et al., 2007). Os hábitos predominantemente noturnos da maioria das espécies de mamíferos

terrestres, as áreas de vida relativamente grandes e as baixas densidades populacionais dificultam

o estudo dessas espécies (SANTOS, 2006).

O estabelecimento de Unidades de Conservação (UCs) em áreas remanescentes da Mata

Atlântica tem se tornado uma das principais estratégias para a manutenção da biodiversidade.

Além da criação destas Unidades, também é necessário que sejam realizados estudos que

estabeleçam a real situação de conservação ambiental das mesmas, colaborando para o aumento

do conhecimento da biologia das espécies integrantes destas áreas. E o grau de ameaça em que se

encontram os mamíferos e sua importância nos processos ecológicos aponta à necessidade de

incluí-los nestes estudos ecológicos (ROCHA & DALPONTE, 2006; PARDINI et al., 2006).

O município de Bombinhas é um importante refúgio para estes animais, já que ainda possui

áreas verdes, além da implantação de áreas protegidas, como o Parque Natural Municipal

Costeira de Zimbros, sendo que a ETA está inserida nesta UC, Parque Natural Municipal da

Galheta e Parque Natural Municipal Morro do Macaco, além dos municípios vizinhos também

possuírem áreas protegidas próximas a estas UC.

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Foi feita uma listagem das espécies de possível ocorrência na região, baseado em referências

bibliográficas envolvendo os municípios de Itapema, Porto Belo e Bombinhas, segundo os

autores Cherem e colaboradores (2004), Cunha (2010), Instituto Çarakura (2010) e o Plano de

Manejo da APA Ponta do Araçá, que encontra-se próximo a área de estudo (Tabela 12).

Tabela 12.Mamíferos terrestres registrados no município de Bombinhas e cidades próximas.

Família Nome Científico Nome Popular

Categorias das espécies ameaçadas de extinção

RESOLUÇÃO CONSEMA

002/2011

PORTARIA MMA

444/2014

Didelphidae

Caluromys philander Cuíca-lanosa

Chironectes minimus Cuíca-d'água

Didelphis albiventris Gambá-de-orelha-branca

Didelphis aurita Gambá-de-orelha-preta

Gracilinanus

microtarsus Cuiquinha

Cryptonanus sp. Catita, quaiquita

Lutreolina

crassicaudata Cuíca-de-cauda-grossa VU

Metachirus

nudicaudatus

Cuíca-de-quatro-olhos-

marrom VU

Micoureus

paraguayanus Cuíca-cinza

Monodelphis

americana Cuíca-de-três-listras

Monodelphis iheringi Cuíca-de-três-listras

Monodelphis scalops Catita

Monodelphis sorex Catita

Philander frenatus Cuíca-de-quatro-olhos

Dasypodidae

Cabassous tatouay Tatu-de-rabo-mole

Dasypus hybridus Tatu-mulita

Dasypus novemcinctus Tatu-galinha

Dasypus septemcinctus Tatu-mirim

Euphractus sexcinctus Tatu-peba

Myrmecophagi

dae

Tamandua

tetradactyla Tamanduá-mirim

Noctilionidae Noctilio leporinus Morcego-pescador

Phyllostomidae

Chrotopterus auritus Morcego

Micronycteris

megalotis Morcego VU

Mimon bennettii Morcego

Anoura caudifera Morcego

Anoura geoffroyi Morcego

Glossophaga soricina Morcego

Carollia perspicillata Morcego

Artibeus fimbriatus Morcego

Artibeus planirostris Morcego

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Família Nome Científico Nome Popular

Categorias das espécies ameaçadas de extinção

RESOLUÇÃO CONSEMA

002/2011

PORTARIA MMA

444/2014

Artibeus lituratus Morcego

Artibeus obscurus Morcego

Chiroderma doriae Morcego

Platyrrhinus lineatus Morcego

Pygoderma bilabiatum Morcego

Sturnira tildae Morcego

Sturnira lilium Morcego

Vampyressa pusilla Morcego

Desmodus rotundus Morcego

Diphylla ecaudata Morcego EM

Furipterus horrens Morcego CR VU

Vespertilionida

e

Dasypterus ega Morcego

Eptesicus brasiliensis Morcego

Eptesicus diminutus Morcego

Eptesicus furinalis Morcego

Histiotus alienus Morcego CR

Histiotus montanus Morcego

Histiotus velatus Morcego

Lasiurus borealis Morcego

Lasiurus cinereus Morcego

Lasiurus egregius Morcego CR

Myotis sp Morcego

Myotis levis Morcego

Myotis nigricans Morcego

Myotis riparius Morcego

Myotis ruber Morcego

Eumops hansae Morcego

Molossus molossus Morcego

Molossus rufus Morcego

Nyctinomops

laticaudatus Morcego

Nyctinomops macrotis Morcego VU

Tadarida brasiliensis Morcego

Atelidae Alouatta guariba Bugio-Ruivo VU

Cebidae Cebus nigritus Macaco-prego

Canidae Cerdocyon thous Cachorro-do-mato,

graxaim

Felidae

Puma yagouaroundi Gato-mourisco;

Jaguarundi

Leopardus pardalis Jaguatirica EM

Leopardus tigrinus Gato-do-mato-pequeno

Leopardus wiedii Gato-maracajá VU

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Família Nome Científico Nome Popular

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002/2011

PORTARIA MMA

444/2014

Puma concolor Puma, onça-parda VU VU

Mustelidae

Lontra longicaudis Lontra

Eira barbara Irara

Galictis cuja Furão-pequeno

Procyonidae Nasua nasua Quati

Procyon cancrivorus Mão-pelada

Tapiridae Tapirus terrestris Anta EM VU

Tayassuidae Pecari tajacu Cateto VU

Tayassu pecari Queixada CR VU

Cervidae

Mazama americana Veado-mateiro EM

Mazama gouazoubira Veado-catingueiro

Mazama nana Veado-da-mão-curta VU VU

Leporidae Sylvilagus brasiliensis Tapeti

Sciuridae Guerlinguetus ingrami Serelepe, esquilo-brasileiro

Cricetidae

Abrawayaomys ruschii Rato-do-mato

Akodon montensis Rato-do-mato

Akodon paranaensis Rato-do-mato

Brucepattersonius

iheringi Rato-do-mato

Delomys dorsalis Rato-do-mato

Delomys sublineatus Rato-do-mato

Euryoryzomys russatus Rato-do-mato

Juliomys pictipes Rato-do-mato

Necromys lasiurus Rato-do-mato

Nectomys squamipes Rato-do-mato

Oecomys catherina Rato-do-mato

Oligoryzomys eliurus Camundongo-do-mato

Oligoryzomys

flavescens Camundongo-do-mato

Oligoryzomys nigripes Camundongo-do-mato

Oxymycterus judex Rato-do-brejo

Oxymycterus nasutus Rato-do-brejo

Oxymycterus quaestor Rato-do-brejo

Rhagomys rufescens Rato-do-mato

Sooretamys angouya Rato-do-mato

Thaptomys nigrita Rato-do-mato

Erethizontidae Sphiggurus villosus Ouriço-cacheiro

Caviidae

Cavia aperea Preá

Cavia fulgida Preá

Cavia magna Preá

Hydrochoerida

e

Hydrochoerus

hydrochaeris Capivara

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Família Nome Científico Nome Popular

Categorias das espécies ameaçadas de extinção

RESOLUÇÃO CONSEMA

002/2011

PORTARIA MMA

444/2014

Dasyproctidae Dasyprocta azarae Cutia

Cuniculidae Cuniculus paca Paca VU

Echimyidae

Kannabateomys

amblyonyx Rato-da-taquara

Phyllomys aff.

dasythrix Rato-de-espinho

Phyllomys medius Rato-de-espinho

Euryzygomatomys

spinosus Guirá-do-rio

Myocastoridae Myocastor coypus Ratão-do-banhado

Através do levantamento bibliográfico foram encontradas 115 espécies com possível ocorrência na região, onde 16 encontram-se na lista das espécies ameaçadas de extinção de Santa Catarina (Resolução CONSEMA 002/2011) e 7 na Portaria MMA 444/2014.

É valido salientar algumas espécies citadas no Plano de Manejo da Ponta do Araçá, foram

encontradas no Parque Natural Municipal Costeira de Zimbros, local onde se pretende instalar a

ETA, sendo elas: Mimon bennettii, Artibeus obscurus, Pygoderma bilabiatum, Sturnira lilium,

Eptesicus diminutus, Cebus nigritus, Lontra longicaudis, Eira barbara, Juliomys pictipes,

Hydrochoerus hydrochaeris, Dasyprocta azarae. Para este levantamento não foram englobados os mamíferos marinhos registrados na região, já

que o maior impacto do empreendimento será na área terrestre, mas é valido salientar que esta

região possui uma grande riqueza marinha, sendo um importante polo pesqueiro e de mergulho

autônomo.

Uma das observações apontadas no Plano de Manejo da APA Ponta do Araçá é a

desestruturação da comunidade de mamíferos, estando ausentes os predadores de topo e grandes

herbívoros, porém esta situação é a mesma que encontrada na maioria dos fragmentos florestais

da Mata Atlântica (CHIARELLO, 2000) e somente através de estratégias de conservação da

biodiversidade permitindo a efetividades das UC é possível reverter ou minimizar esta situação, mas chama a atenção o pequeno número de espécies cinegéticas registradas.

Durante o levantamento primário, foram encontradas algumas pegadas na área onde se

pretende instalar a ETA, a qual possuí um remanescente florestal em bom estado de conservação.

Estas pegadas encontravam-se em uma região aberta do remanescente florestal, com o solo

argiloso, na beira na estrada que dá acesso a Bombinhas.

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Figura 48. Local onde foram registradas as pegadas.

Foi registrada a pegada de um canídeo e um felino, sendo que a pegada de Canídeo,

possivelmente é de um cachorro doméstico, devido ao tamanho e a formato, além de existirem

algumas residências próximas a área. Além disso, o único canídeo registrado em áreas próximas

foi o Graxaim, sendo que a pegada desta espécie é distinta da encontrada (Figura 49).

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Figura 49. Pegada de canídeo registrada na área da ETA.

Já a pegada de felino, não foi possível identificar, sendo que na região da APA da Ponta do

Araçá, foi registrada a presença de Leopardus tigrinus, sendo que esta é considerada a menor

espécie de felino do Brasil, possui porte e proporções corporais semelhantes ao gato doméstico (Oliveira & Cassaro 2005). É tipicamente de áreas florestais, e necessita de condições mínimas de

conservação para sobreviverem no ambiente. A área de vida ainda é pouco conhecida, variando

de 1 a 25 km² dependendo da disponibilidade de recursos (Oliveira et al. 2008, 2010).

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Figura 50. Pegada de felino registrada na área da ETA.

Já na área onde será feita a captação de água bruta, a paisagem se encontra mais alterada, com a

presença de silvicultura de Eucalipto e poucas espécies arbóreas nativas no entorno (Figura 51).

Figura 51. Local onde será feita a captação de água bruta.

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Nesta área foi registrada a presença de pastagem com bovinos e também foi avistado uma

Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris).

Figura 52. Bovinos registrados na área de captação de água bruta.

No trajeto que será instalada a adutora de água bruta, a paisagem já se encontra antropizada, com a presença de residências, comércios, estradas (Figura 53), onde não foram registrados exemplares da mastofauna.

Figura 53. Locais onde irá passar a adutora de água bruta.

A área onde será instalada a ETA apresentou maior relevância para a mastofauna, por estar inserida no Parque Natural Municipal Costeira de Zimbros, e assim possuindo a paisagem mais preservada com formação florestal densa e com possibilidade de abrigar exemplares da mastofauna.

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5.2.2.3 Anfíbios

A classe Amphibia (anfíbios) corresponde ao grupo que engloba os animais conhecidos como Gymnophiona ou Apoda (cobras-cegas), Anura (sapos, rãs e pererecas) e Caudata ou Urodela (salamandras, que não ocorrem no sul do Brasil) (HADDAD, 2008).

O grupo das cobras-cegas é relativamente diversificado no país, com cerca de 30 espécies, e o grupo das salamandras é representado por apenas uma espécie conhecida, que ocorre na bacia Amazônica, já os sapos, rãs e pererecas possuem uma grande diversidade de espécies (HADDAD, 2008). Não foram encontrados trabalhos realizados com cobras-cegas para a região, portanto, serão descritos os trabalhos realizados com anuros.

No Brasil são conhecidos em torno de 875 espécies de anfíbios, sendo que para o Bioma Mata

Atlântica são encontradas 370 de anfíbios. Para o Estado de Santa Catarina foram registradas 110

espécies de anfíbios anuros, além de 12 espécies ainda não descritas e/ou com problemas

taxonômicos e 22 espécies com provável ocorrência, representando uma riqueza de 144 espécies.

As 144 espécies correspondem a 17% da riqueza de anuros do Brasil (830 espécies) e 35% da

riqueza de anuros para a Mata Atlântica (405 espécies; HADDAD & PRADO, 2005) (LUCAS,

2008).

Os anfíbios apresentam um ciclo de vida bifásico, com uma fase larval aquática e outra terrestre e são animais ectodérmicos, ou seja, sua temperatura corpórea depende da temperatura do ambiente (PIVA e SOARES, 2012).

Por conta dessas singularidades, a pele é muito delicada e extremamente permeável (RAMOS &

GASPARINI, 2004), o que confere a esses animais grande sensibilidade, reagindo rapidamente às

mudanças no meio onde vivem (impactos ambientais, presença de poluentes, pesticidas

agrícolas, chuva ácida, radiação, etc), são, portanto, bioindicadores de qualidade ambiental

(DUELLMAN & TRUEB, 1986; BEEBE, 1996). Os anfíbios constituem, dessa forma, um dos

grupos de animais vertebrados mais ameaçados mundialmente (COOPER et al., 2008).

A distribuição das espécies de anfíbios anuros nos diferentes ambientes pode estar relacionada

com a habilidade das espécies em ocupar locais com composição vegetal em distintos graus de

heterogeneidade, proporcionando distintos sítios de vocalização, locais para desova e

desenvolvimento larval (CARDOSO et al., 1989).

Em Bombinhas, as áreas naturais oferecem refúgio para diversas destas espécies de animais,

para realizar o levantamento secundário foram levadas em consideração as bibliografias de Lucas

(2008), Instituto Çarakura (2010), o Plano de Manejo da APA da Ponta do Araçá, o qual além do

levantamento primário, realizou o levantamento na Coleção Herpetológica da Universidade

Federal de Santa Catarina (CHUFSC, curador Prof. Dr. Selvino Neckel de Oliveira) (Tabela 13).

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Tabela 13. Anfíbios registrados no município de Bombinhas e regiões próximas.

Família Nome científico Nome popular

Categorias das espécies ameaçadas de extinção

RESOLUÇÃO CONSEMA

002/2011

PORTARIA MMA

444/2014

Brachycephali

dae

Ischnocnema guentheri Rã-do-folhiço

Ischnocnema henselii Rã-do-folhiço

Bufonidae Rhinella abei Sapo-cururuzinho

Centrolenidae Vitreorana uranoscopa Perereca-de-vidro V U

Craugastoridae Haddadus binotatus

Cycloramphid

ae

Proceratophrys boiei Sapo-de-chifres

Proceratophrys

subguttata Sapo-de-chifres

Hylidae

Aplastodiscus cochranae Perereca-marron

Aplastodiscus ehrhardti Perereca-verde V U

Bokermannohyla hylax Perereca-de-mata

Dendropsophus

berthalutzae Pererequinha

Dendropsophus microps Pererequinha

Dendropsophus minutus Pererequinha-do-brejo

Dendropsophus werneri Pererequinha-do-brejo

Hypsiboas

albomarginatus Perereca-verde

Hypsiboas bischoffi Perereca

Hypsiboas curupi E N

Hypsiboas faber Sapo-martelo

Hypsiboas poaju V U

Itapotihyla langsdorffii Perereca-castanhola

Phyllomedusa distincta Perereca-das-folhagens

Scinax catharinae Perereca-malhada

Scinax fuscovarius Perereca-de-banheiro

Scinax granulatus Perereca-do-gravatá

Scinax perereca Perereca-de-banheiro

Scinax rizibilis Perereca-risadinha

Trachycephalus

mesophaeus Perereca-grudenta

Hylodidae Hylodes meridionalis Rã-de-corredeira

Hylodes perplicatus Rã-de-corredeira

Leiuperidae

Physalaemus cuvieri Rã-cachorro

Physalaemus latiristriga Rã-rangedora

Physalaemus nanus Rãzinha-do-folhiço

Leptodactylida

e

Leptodactylus gracilis Rã-listrada

Leptodactylus latrans Rã-manteiga

Leptodactylus

notoaktites Rã-gota

Scythrophrys sawayae

Microhylidae

Chiasmocleis leucosticta Rãzinha-da-mata

Elachistocleis bicolor Sapo-guarda-de-duas-

cores

Através do levantamento bibliográfico foram registradas 38 espécies de provável ocorrência na região, sendo que 4 destas encontram-se ameaçadas de extinção, segundo a Resolução CONSEMA 002/2011.

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Das espécies encontradas, duas não foram levantadas como de provável ocorrência para a região estudada, sendo por isso consideradas novos registros para a região da Península de Porto Belo: Trachycephalus mesophaeus e Leptodactylus cf. engelsi. Esta última sendo considerada indicadora de ambientes florestais (SAITO et al., 2011).

Durante o levantamento primário, não foram registrados exemplares de anfíbios na área de estudo, isso possivelmente, deve-se, ao fato destes estarem mais ativos nas primeiras horas da manhã e ao entardecer. Embora não foram registrados anfíbios na área de estudo, esta área possui o potencial de abrigar estes exemplares, segundo as pesquisas bibliográficas apresentadas.

5.2.2.4 Répteis

Os répteis possuem em comum a ectodermia e pele recoberta com escamas, podem ser divididos em quatro ordens: Squamata (lagartos e serpentes), Chelonia (tartarugas, cágados e jabutis), Crocodilia (crocodilos, jacarés e gaviais) e Rhynchocephalia (tuataras). As tuataras são endêmicas da Nova Zelândia, desta forma, não serão citadas neste trabalho.

Para o estado de Santa Catarina ainda não há uma estimativa acurada quanto à composição da fauna de répteis, mas através do conhecimento dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Misiones (Argentina), Bernélis e colaboradores (2007) estimaram a existência de 110 espécies de répteis em Santa Catarina (nenhuma endêmica), divididas em cinco quelônios marinhos, quatro de água doce, um jacaré, seis anfisbenídeos, 18 lagartos e 76 serpentes.

Os répteis além de sua importância ecológica intrínseca são excelentes indicadores ambientais, já

que a maioria é especialista em habitats, ou seja, só consegue sobreviver em um ou em poucos

ambientes, necessitando de um ecossistema equilibrado (associação entre meio biótico e

abiótico) para manterem sua diversidade. Apesar disso, costumam receber menos atenção que os

demais vertebrados na elaboração de estratégias de conservação (BÉRNILS et al., 2004), sendo a

destruição de hábitats considerada como a principal ameaça ao grupo (DI-BERNARDO et al., 2003).

Existem poucos estudos referentes aos répteis no município de Bombinhas, desta forma, foram compilados os dados levantados pelo Instituto Çarakura (2010) e o Plano de Manejo da APA Ponta do Araçá, o qual levou em consideração, além dos dados primários, a Coleção Herpetológica da Universidade Federal de Santa Catarina (CHUFSC) (Tabela 14).

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Tabela 14. Répteis de possível ocorrência em Bombinhas e municípios próximos.

Família Nome Científico Nome Popular

Categorias das espécies ameaçadas de extinção

RESOLUÇÃO CONSEMA

002/2011

PORTARIA MMA

444/2014

Chelidae Hydromedusa tectifera Cagado pescoço de cobra

Leiosauridae Enyalius iheringii Iguaninha verde

Gekkonidae Hemidactylus mabouia Lagartixa

Anguidae Ophiodes fragilis Cobra de vidro

Ophiodes striatus Cobra de vidro

Teiidae Tupinambis merianae Teiú

Gymophthalmi

dae Ecpleopus gaudichaudii Lagartinho da Serra do Mar

Amphisbaenida

e

Amphisbaena

microcephala Cobra cega

Colubridae

Chironius exoletus Cobra cipó

Helicops carinicaudus Cobra d´água

Liophis miliaris Cobra d´água

Spilotes pullatus Caninana

Thamnodynastes sp. -

Dipsadidae

Dipsas albifrons Dormideira

Oxyrhopus clathratus Falsa coral

Sordellina punctata - V U

Taeniophallus

bilineatus Cobra cipó

Tropidodryas serra Cobra cipó

Xenodon neuwiedii Cobra veadeira

Elapidae Micrurus corallinus Coral verdadeira

Viperidae Bothropoides jararaca Jararaca

Bothrops jararacussu Jararacussu

Através do levantamento bibliográfico foram registradas 22 espécies de possível ocorrência na

região em estudo, sendo que somente uma foi considerada como ameaçada de extinção, segundo a Resolução CONSEMA 002/2011.

Em visita técnica a área de estudo, não foi registrado nenhum exemplar desta classe, já que estes

possuem grande potencial de camuflagem o que dificulta sua detecção em campo. Mas a área da

ETA possui características ideais para a ocorrência de répteis, conforme descrito nas pesquisas

bibliográficas.

5.2.2.5 Aves

As aves são a classe mais estudada da fauna, onde o status de conhecimento em Santa Catarina pode ser considerado satisfatório (AZEVEDO, 2005). Mesmo assim, se comparado com outros estados do país, Santa Catarina ainda carece de pesquisas atualizadas sobre levantamentos básicos por região e ambientes (AZEVEDO, 2005). Exemplo disso é a escassez de trabalhos que

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abordam a presença de aves migratórias, com poucas informações sobre os locais de paradas (GROSE & CREMER, 2015), que normalmente são na zona costeira (SICK, 1997).

Contudo, somente a Floresta Atlântica abriga em torno de 620 taxa sendo 181 endêmicas (MEYERS et al., 2000), e das mais de 100 espécies de aves ameaçadas de extinção no Brasil, 78, possivelmente, estão na Floresta Atlântica. Santa Catarina, por sua vez, é um dos estados, cujo, domínio fitogeográfico é recoberto por este Bioma em toda sua extensão, registrando um total de 596 espécies, sendo 337 em área de Floresta Atlântica (ROSÁRIO, 1996).

No entanto devido à fragmentação, atualmente essa formação vegetal é uma das mais ameaçadas do Brasil e do mundo, restando menos de 5% de sua cobertura original. Sua avifauna vem sofrendo ações indiretas, como perda de habitat, perseguição pela beleza das aves ou de seus cantos ou mesmo para a caça (BENCKE et al., 2006).

Para o levantamento bibliográfico foram levados sem consideração os estudos de Rosário (1996) e o Plano de Manejo da APA Ponta do Araçá (Tabela 15).

Tabela 15. Aves com provável ocorrência em Bombinhas e regiões próximas.

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Accipitridae

Accipiter bicolor Gavião-bombachinha-grande

Accipiter striatus Gavião-miúdo

Accipiter superciliosus Gavião-miudinho V U

Amadonastur lacernulatus Gavião-pombo-pequeno

Buteo brachyurus Gavião-de-cauda-curta

Elanoides forficatus Gavião-tesoura

Elanus leucurus Gavião-peneira

Geranoaetus melanoleucus Águia-chilena

Geranospiza caerulescens Gavião-pernilongo

Harpagus diodon Gavião-bombachinha

Harpia harpyja Gavião-real C R

Heterospizias meridionalis Gavião-caboclo

Ictinia plumbea Sovi

Leptodon cayanensis Gavião-de-cabeça-cinza

Morphnus guianensis Uiraçu-falso C R

Parabuteo leucorrhous Gavião-de-sobre-branco

Parabuteo unicinctus Gavião-asa-de-telha

Pseudastur polionotus Gavião-pombo-grande

Rupornis magnirostris Gavião-carijó

Spizaetus melanoleucus Gavião-pato E N

Spizaetus ornatus Gavião-de-penacho

Spizaetus tyrannus Gavião-pega-macaco V U

Urubitinga urubitinga Gavião-preto

Alcedinidae

Chloroceryle aenea Martinho

Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde

Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno

Chloroceryle inda Martim-pescador-da-mata E N

Megaceryle torquata Martim-pescador-grande

Anatidae Amazonetta brasiliensis Pé-vermelho

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Anas bahamensis Marreca-toicinho

Anas georgica Marreca-parda

Anas versicolor Marreca-cricri

Dendrocygna bicolor Marreca caneleira

Dendrocygna viduata Irerê

Nomonyx dominica Bico-roxo

Anhingidae Anhinga anhinga Biguatinga

Apodidae

Chaetura cinereiventris Andorinhão-de-sobre-cinzento

Chaetura meridionalis Andorinhão-do-temporal

Cypseloides fumigatus Taperuçu-preto

Streptoprocne biscutata Andorinhão-de-coleira-falha

Streptoprocne zonaris Andorinhão-de-coleira

Aramidae Aramus guarauna Carão

Ardeidae

Ardea alba Garça-branca-grande

Ardea cocoi Garça-moura

Botaurus pinnatus Socó-boi-baio

Bubulcus ibis Garça-vaqueira

Butorides striata Socozinho

Egretta caerulea Garça-azul

Egretta thula Garça-branca-pequena

Ixobrychus involucris Socoí-amarelo

Nyctanassa violacea Savacu-de-coroa

Nycticorax nycticorax Savacu

Pilherodius pileatus Garça-real

Syrigma sibilatrix Maria-faceira

Tigrisoma fasciatum Socó-boi-escuro C R

Tigrisoma lineatum Socó-boi

Bucconidae

Malacoptila striata Barbudo-rajado

Nonnula rubecula Macuru

Notharchus swainsoni Macuru-de-barriga-castanha V U

Nystalus chacuru João-bobo

Caprimulgidae

Chordeiles nacunda Corucão

Hydropsalis albicollis Bacurau

Hydropsalis forcipata Bacurau-tesoura-gigante

Hydropsalis longirostris Bacurau-da-telha

Hydropsalis torquata Bacurau-tesoura

Lurocalis semitorquatus Tuju

Caradriidae

Charadrius collaris Batuíra-de-coleira

Charadrius semipalmatus Batuíra-de-bando

Pluvialis dominica Batruiruçu

Pluvialis squatarola Batuiruçu-de-axila-preta

Vanellus chilensis Quero-quero

Cyanoloxia brissonii Azulão

Cyanoloxia glaucocaerulea Azulinho

Habia rubica Tiê-do-mato-grosso

Piranga flava Sanhaço fogo

Cathartidae

Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha

Cathartes burrovianus Urubu-de-cabeça-amarela

Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta

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Sarcoramphus papa Urubu-rei

Ciconiidae Ciconia maguari Maguari

Mycteria americana Cabeça-seca

Coerebidae Coereba flaveola Cambacica

Columbidae

Columba livia Pombo-domestico

Columbina picui Rolinha-picui

Columbina talpacoti Rolinha-roxa

Geotrygon montana Pariri

Leptotila rufaxilla Juriti-gemedeira

Leptotila verreauxi Juriti-pupu

Patagioenas cayennensis Pomba-galega

Patagioenas picazuro Pombão

Patagioenas plumbea Pomba-amargosa

Zenaida auriculata Pomba-de-bando

Conopophagida

e

Conopophaga lineata Chupa-dente

Conopophaga melanops Cuspidor-de-mascara-preta

Corvidae Cyanocorax caeruleus Gralha-azul

Cyanocorax chrysops Gralha-picaça

Cotingidae

Carpornis cuculata Corocochó

Lipaugus lanioides Tropeiro-da-serra E N

Phibalura flavirostris Tesourinha-da-mata E N

Procnias nudicollis Araponga

Pyroderus scutatus Pavó E N

Cracidae

Aburria jacutinga Jacutinga C R

Ortalis guttata Aracuã

Penelope obscura Jacuaçu

Penelope superciliaris Jacupemba V U

Cuculidae

Coccyzus melacoryphus Papa-lagarta-acanelado

Crotophaga ani Anu-preto

Dromococcyx phasianellus Peixe-frito-verdadeiro

Guira guira Anu-branco

Micrococcyx cinereus Papa-lagarta-cinzento

Piaya cayana Alma-de-gato

Tapera naevia Saci

Dendrocolaptid

ae

Dendrocincla turdina Arapaçu-liso

Dendrocolaptes platyrostris Arapaçu-grande

Lepidocolaptes falcinellus Arapaçu-escamado-do-sul

Sittasomus griseicapillus Arapaçu-verde

Xiphocolaptes albicollis Arapaçu-de-garganta-branca

Xiphorhynchus fuscus Arapaçu-rajado

Diomedeidae

Diomedea epomophora Albatroz-real V U

Diomedea exulans Albatroz-gigante V U

Thalassarche

chlororhynchos Albatroz-de-nariz-amarelo E N

Thalassarche chrysostoma Albatroz-de-cabeça-cinza V U

Thalassarche melanophris Albatroz-de-sombrancelha E N

Emberizidae

Ammodramus humeralis Tico-tico-do-campo

Emberezoides ypiranganus Canário-do-brejo

Embernagra platensis Sabiá-do-banhado

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Haplospiza unicolor Cigarra-bambu

Poospiza cabanisi Tico-tico-da-taquara

Poospiza nigrorufa Quem-te-vestiu

Poospiza thoracica Peito-pinhão

Sicalis flaveola Canário-da-terra

Sicalis luteola Tipio

Sporophila angolensis Curió

Sporophila caerulescens Coleirinho

Sporophila frontalis Pixoxó V U

Volatinia jacarina Tiziu

Zonotrichia capensis Tico-tico

Estrildidae Estrilda astrild Bico-de-lacre

Falconidae

Caracara plancus Caracará

Falco femoralis Falcão-de-coleira

Falco peregrinus Falcão-peregrino

Falco sparverius Quiriquiri

Herpetotheres cachinnans Acauã

Micrastur ruficollis Falcão-caburé

Micrastur semitorquatus Falcão-relógio

Milvago chimachima Carrapateiro

Milvago chimango Chimango

Formicariidae

Chamaeza campanisona Tovaca-campainha

Chamaeza ruficauda Tovaca-de-rabo-vermelho

Formicarius colma Galinha-do-mato

Fregatidae Fregata magnifiscens Tesourão

Fringillidae

Chlorophonia cyanea Gaturamo-bandeira

Euphonia chalybea Cais-cais

Euphonia cyanocephala Gaturamo-rei

Euphonia pectoralis Ferro-velho

Euphonia violacea Gaturamo-verdaeiro

Sporagra magellanica Pintassilgo

Furnariidae

Anabacerthia amaurotis Limpa-folha-miúdo

Anabazenops fuscus Trepador-coleira

Automolus leucophtalmus Barranquiro-de-olho-branco

Certhiaxis cinnamomeus Curutié

Cichlocolaptes leucophrus Trepador-sombrencelha

Furnarius rufus João-de-barro

Heliobletus contaminatus trepadorzinho

Lochmias nematura João-porca

Philydor atricapillus Limpa-folha-coroado

Philydor lichtensteini Limpa-folha-ocráceo

Philydor rufum Limpa-folha-de-testa-baia

Synallaxis frontalis Petrim

Synallaxis ruficapilla Pichororé

Synallaxis spixi João-teneném

Syndactyla rufosuperciliata Trepador-quiete

Xenops minutus Bico-virado-miúdo

Xenops rutilans Bico-virado-carijó

Grallariidae Grallaria varia Tovacuçu

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Hylopezus nattereri Pinto-do-mato

Haematopodida

e Haematopus palliatus Piru-piru

Hirundinidae

Alopochelidon fucata Andorinha-morena

Hirundo rustica Andorinha-de-bando

Petrochelidon pyrrhonota Andorinha-de-dorso-acanelado

Progne chalybea Andorinha-doméstica-grande

Progne tapera Andorinha-do-campo

Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa

Riparia riparia Andorinha-do-barranco

Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora

Tachycineta leucorrhoa Andorinha-de-sobre-branco

Icteridae

Agelaioides badius Asa-de-telha

Cacicus crysopterus Tecelão

Cacicus haemorrhous Guaxe

Crysomus ruficapillus Garibaldi

Gnorimopsar chopi Graúna/Pássaro-preto

Icterus pyrropterus Encontro

Molothrus bonariensis Vira-bosta

Psarocolius decumanus Japu

Pseudoleistes virescens Dragão

Sturnella superciliaris Polícia-inglesa-do-sul

Jacanidae Jacana jacana Jaçanã

Laridae

Chroicocephalus

maculipennis Gaivota-maria-velha

Larus atlanticus Gaivota-de-rabo-preto

Larus cirrocephalus Gaivota-de-cabeça-cinza

Larus dominicanus Gaivotão

Mimidae Mimus gilvus Sabiá-da-praia

Mimus saturninus Sabiá-do-campo

Momotidae Baryphthengus ruficapillus Juruva-verde

Motacillidae Anthus lutescens Caminhairo-zumbidor

Nyctibiidae Nyctibius griseus Mãe-da-lua

Odontophoride

a Odontophorus capueira Uru

Pandionidae Pandion haliaetus Águia-pescadora

Parulidae

Basileuterus culicivorus Pula-pula

Basileuterus

leucoblepharus Pula-pula-assobiador

Geothlypis aequinoctialis Pia-cobra

Parula pitiayumi Mariquita

Phaeothlypis rivularis Pula-pula-ribeirinho

Passeridae Passer domesticus Pardal

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus Biguá

Phoenicopterid

ae

Phoenicoparrus andinus Flamingo-grande-dos-andes

Phoenicopterus chilensis Flamingo-chileno

Picidae

Campephilus robustus Pica-pau-rei

Celeus flavescens Pica-pau-de-cabeça-amarela

Colaptes campestris Pica-pau-do-campo

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Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado

Dryocopus galeatus Pica-pau-de-cara-canela V U E N

Dryocopus lineatus Pica-pau-de-banda-branca

Melanerpes candidus Pica-pau-branco

Melanerpes flavifrons Benedito-de-testa-amarela

Piculus aurulentus Pica-pau-dourado

Piculus flavigula Pica-pau-bufador V U

Picumnus temmincki Pica-pau-anão-de-coleira

Veniliornis spilogaster Picapauzinho-verde-carijó

Pipridae

Chiroxiphia caudata Tangará

Ilicura militaris Tangarazinho

Manacus manacus Rendeira

Podicipedidae

Podicephorus major Mergulhão grande

Podilymbus podiceps Mergulhão-caçador

Tachybaptus dominicus Mergulhão-pequeno

Polioptilidae Pamphocaenus melanurus Bico-assovelado

Procellariidae

Calonectris borealis Bobo-grande

Fulmarus glacialoides Pardelão-prateado

Macronectes giganteus Petrel-gigante

Pachyptila belcheri Faigão-de-bico-fino

Procellaria aequinoctialis Pardela-preta V U

Pterodroma incerta Grazina-de-barriga-branca E N

Puffinus gravis Bobo-grande-de-sobre-branco

Puffinus griseus Bobo-escuro

Puffinus puffinus Bobo-pequeno

Psittacidae

Amazona vinacea Papagaio-de-peito-roxo E N

Aratinga leucophthalma Periquitão-maracanã

Brotogeris tirica Periquito-rico

Forpus xanthopterygius Tuim

Pionopsitta pileata Cuiu-cuiu

Pionus maximiliani Maitaca-verde

Primolius maracana Maracanã-verdadeira C R

Pyrrhura frontalis Tiriba-de-testa-vermelha

Triclaria malachitacea Sabiá-cica V U

Rallidae

Aramides cajanea Saracura-três-potes

Aramides saracura Saracura-do-mato

Fulica armillata Carqueja-de-bico-manchado

Gallinula galeata Frango-d’água-comum

Laterallus melanophaius Sanã-parda

Pardirallus maculatus Saracura-carijó

Pardirallus nigricans Saracura-sanã

Pardirallus sanguinolentus Saracura-do-banhado

Porphyrio matinica Frango-d’água-azul

Porzana albicollis Sanã-carijó

Rallus longirostris Saracura-matraca V U

Ramphastidae

Pteroglossus bailoni Araçari-banana

Ramphastos dicolorus Tucano-de-bico-verde

Ramphastos vitellinus Tucano-de-bico-preto

Selenidera maculirostris Araçari-poca

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Recurvirostrida

e Himantopus melanurus Pernilongo-de-costas-brancas

Rhinocryptidae

Eleosyitalopus indigoticus Macuquinho

Merulaxis ater Entufado

Psilorhamphus guttatus Tapaculo-pintado

Scytalopus speluncae Tapaculo-preto

Hemitriccus diops Olho-falso

Hemitriccus kaempferi Maria-catarinense V U V U

Hemitriccus orbitatus Tiririzinho-do-mato

Leptopogon

amaurocephalus Cabeçudo

Mionectes rufiventris Abre-asa-de-cabeça-cinza

Myiornis auricularis Miudinho

Phyllocartes oustaleti Papa-mosca-de-olheiras

Phylloscartes difficilis Estalinho

Phylloscartes eximius Barbudinho

Phylloscartes kronei Maria-da-restinga

Phylloscartes paulista Não-pode-parar

Phylloscartes sylviolus Maria-pequena

Phylloscartes ventralis Borboletinha-do-mato

Poecilotriccus plumbeiceps Tororó

Todirostrum

poliocephalum Teque-teque

Tolmomyias sulphurescens Bico-chato-de-orelha-preta

Rynchopidae Rynchops niger Talha-mar

Scleruridae Geositta cunicularia Curriqueiro V U

Sclerurus scansor Vira-folha

Scolopacidae

Actitis macularius Macário-pintado

Arenaria interpres Vira-pedras

Bartramia longicauda Maçarico-do-campo

Calidris Alba Maçarico-branco

Calidris canutus Maçarico-de-papo -vermelho

Calidris fuscicollis Maçarico-de-sobre-branco

Calidris melanotos Maçarico-de-colete

Calidris pusilla Maçarico-rasterio

Gallinago paraguaiae Narceja

Limosa haemastica Maçarico-de-bico-virado

Numenius phaeopus Maçarico-galego

Phalaropus tricolor Pisa-n’água

Tringa flavipes Maçarico-de-perna-amarela

Tringa melanoleuca Maçarico-grande-de-perna-

amarela

Tringa solitária Maçarico-solitário

Spheniscidae Spheniscus magellanicus Pingüim-de-magalhães

Sternidae

Gelochelidon nilotica Trinta-réis-de-bico-preto

Phaetusa simplex Trinta-réis-grande

Sterna hirundinacea Trinta-réis-de-bico-vermelho

Sterna hirundo Trinta-réis-boreal

Sterna tudeaui Trinta-réis-de-coroa-branca

Sternula supeciliaris Trinta-réiS-anão

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Thalasseus acuflavidus Trinta-réis-de-bando

Thalasseus maximus Trinta-réis-real

Strigidae

Asio clamator Coruja-orelhuda

Asio stygius Mocho-diabo

Athene cunicularia Coruja-buraqueira

Glaucidium brasilianum Caburé

Glaucidium minutissimum Caburé-muidinho

Megascops atricapilla Corujinha-sapo

Megascops choliba Corujinha-do-mato

Megascops

sanctaecatarinae Corujinha-do-sul

Pulsatrix koeniswaldiana Murucututu-de-barriga-amarela

Pulsatrix perspicillata Murucututu

Strix huhula Coruja-preta E N

Strix hylophila Coruja-listrada

Strix virgata Coruja-do-mato

Sulidae Sula dactylatra Atobá-grande

Sula leucogaster Atobá-pardo

Thamnophilida

e

Batara cinerea Matracão

Biatas nigrepectus Papo-branco

Drymophila ferruginea Trovoada

Drymophila malura Choquinha-carijó

Drymophila ochropyga Choquinha-de-dorso-vermelho

Drymophila squamata Pintadinho E N

Dysithamnus mentalis Choquinha-lisa

Dysithamnus stictothorax Choquinha-de-peito-pintado

Herpsilochmus

rufimarginatus Chorozinho-de-asa-vermelha

Hypoedaleus guttatus Chocão-carijó

Mackenziaena leachii Borralhara-assobiadora

Mackenziaena severa Borralhara

Myrmeciza squamosa Papa-formiga-da-grota

Myrmotherula gularis Choquinha-de-garganta-pintada

Myrmotherula unicolor Choquinha-cinzenta

Piryglena leucoptera Papa-taoca-do-sul

Tenura maculata Zidedê

Thamnophilus

caerulescens Choca-da-mata

Thamnophilus ruficapillus Choca-de-chapéu-vermelho

Thraupidae

Chlorophanes spiza Saí-verde

Cissops leverianus Tietinga

Conirostrum speciosum Figuinha-de-rabo-castanho

Dacnis cayana Saí-azul

Dacnis nigripes Saí-de-pernas-pretas

Hemithraupis ruficapilla Saíra-ferrugem

Lanio cristatus Tiê-galo

Lanio cucullatus Tico-tico-rei

Lanio melanops Tiê-de-topete

Orchesticus abeillei Sanhaçu-pardo

Orthogonys chloricterus Catirumbava

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Pipraeidea bonariensis Sanhaçu-papa-laranja

Pipraeidea melanonota Saíra-viúva

Pyrrhocoma ruficeps Cabecinha-castanha

Ramphocelus bresilius Tiê-sangue

Saltator fuliginosus Pimentão

Saltator maxillosus Bico-grosso

Saltator similis Trinca-ferro-verdadeiro

Schistochlamys ruficapillus Bico-de-veludo

Stephanophorus

diadematus Sanhaçu-frade

Tachyphonus coronatus Tié-preto

Tangara cyanocephala Saíra-militar V U

Tangara cyanoptera Sanhaçu-de-encontro-azul

Tangara desmaresti Saíra-lagarta

Tangara ornata Sanhaçu-de-encontro-amarelo

Tangara palmarum Sanhaçu-coqueiro

Tangara peruviana Saíra-sapucaia E N V U

Tangara preciosa Saíra-preciosa

Tangara sayaca Sanhaçu-cinzento

Tangara seledon Saíra-sete-cores

Tersina viridis Saí-andorinha

Threskiornithid

ae

Eudocimus ruber Guará C R

Mesembrinibis cayennensis Coró-coró

Phimosus infuscatus Tapicuru-de-cara-pelada

Platalea ajaja Colhereiro

Plegadis chihi Caraúna-de-cara-branca

Theristicus caudatus Curicaca

Tinamidae

Crypturellus noctivagus Jaó-do-litoral E N

Crypturellus obsoletus Inhambuguaçu

Crypturellus parvirostris Inhambu-chororó

Crypturellus tataupa Inhambu-chintã

Nothura maculosa Codorna

Tinamus solitarius Macuco V U

Tityridae

Myiobius barbatus Assanhadinho

Oxyruncus cristatus Araponga-do-horto

Pachyramphus castaneus Caneleiro

Pachyramphus

polychopterus Caneleiro-preto

Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto

Pachyramphus viridis Caneleiro

Schiffornis virescens Flautim

Tityra cayana Anhambé-branco-de-rabo-preto

Tityra inquisitor Anhambé-branco-de-bochecha-

parda

Trochilidae

Amazilia fimbriata Beija-flor-de-garganta-verde

Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul

Amazilia versicolor Beija-flor-de-banda-branca

Anthracothorax nigricollis Beija-flor-de-veste-preta

Aphantochroa

cirrhochloris Beija-flor-cinza

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Calliphlox amethystina Estrelinha-ametista

Chlorostilbon lucidus Besourinho-de-bico-vermelho

Clytolaema rubricauda Beija-flor-rubi

Colibri serrirostris Beija-flor-de-orelha-violeta

Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura

Florisuga fusca Beija-flor-preto

Hylocharis chrysura Beija-flor-dourado

Leucochloris albicollis Beija-flor-de-papo-branco

Lophornis chalybeus Topetinho-verde

Lophornis magnificus Topetinho-vermelho

Phaetornis eurynome Rabo-branco-de-garganta-rajada

Phaetornis pretrei Rabo-branco-acanelado

Phaetornis squalidus Rabo-branco-pequeno

Ramphodon naevius Beija-flor-rajado

Stephanoxis lalandi Beija-flor-de-topete

Thalurania glaucopis Beija-flor-de-fronte-violeta

Troglodytidae

Cantorchilus longirostris Garrinchão-do-bico-grande

Troglodytes musculus Corruíra

Trogon rufus Surucuá-de-barriga-amarela

Trogon surrucura Surucuá-variado

Trogon viridis Surucuá-grande-de-barriga-

amarela E N

Turdidae

Turdus albicollis Sabiá-coleira

Turdus amaurochalinus Sabiá-poca

Turdus flavipes Sabiá-una

Turdus leucomelas Sabiá-barranco

Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira

Tyrannidae

Attila phoebicurus Capitão-castanho

Attila rufus Capitão-de-saíra

Camptostoma obsoletum Risadinha

Cnemotriccus fuscatus Guaracavuçu

Colonia colonus Viuvinha

Conopias trivirgatus Bem-te-vi-pequeno

Contopus cinereus Papa-moscas-cinzento

Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela

Elaenia mesoleuca Tuque

Elaenia obscura Tucão

Elaenia parvirostris Guaracava-de-bico-curto

Empidonomus varius Peitica

Hirundinea ferruginea Gibão-de-couro

Knipolegus cyanirostris Maria-preta-de-bico-azulado

Knipolegus nigerrimus Maria-preta-de-garganta-

vermelha

Knopolegus lophotes Maria-preta-de-penacho

Lathrotriccus euleri Enferrujado

Legatus leucophaius Bem-te-vi-pirata

Machetornis rixosa Suiriri-cavaleiro

Megarynchus pitangua Neinei

Muscipipra vetula Tesoura-cinzenta

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Myiarchus swainsoni Irré

Myiodinastes maculatus Bem-te-vi-rajado

Myiopagis viridicata Guaracava-de-crista-alaranjada

Myiophobus fasciatus Filipe

Myiozetetes similis Bentevizinho-de-penacho-

vermelho

Phyllomyias fasciatus Piolhinho

Phyllomyias griseocapilla Piolhinho-serrano

Phyllomyias virescens Piolhinho-verdoso

Pitangus sulphuratus Bem-te-vi

Pyrocephalus rubinus Príncipe

Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno

Serpophaga nigricans João-pobre

Serpophaga subcristata Alegrinho

Syristes sibilator Gritador

Tyranniscus burmeisteri Piolhinho-chiador

Tyrannus melancholicus Suiriri

Tyrannus savana Tesourinha

Piprites chloris Papinho-amarelo

Piprites pileata Caneleirinho-de-chapéu-preto E N

Platyrhinchus leucoryphus Patinho-gigante

Platyrhinchus mystaceus Patinho

Tytonidae Tyto alba Coruja-da-igreja

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis Pitiguari

Hylophilus poicilotis Verdinho-coroado

Vireo olivaceus Juruviara

Através da pesquisa bibliográfica foram registradas 480 espécies, sendo que 36 encontram-se ameaçadas de extinção no estado (CONSEMA 002/2011) e 5 encontram-se na lista federal (Portaria MMA 44/2014).

Conforme o Plano de Manejo da APA Ponta do Araçá, alguns elementos característicos de matas bem preservadas e esperados para a região não foram encontrados, como é o caso de Tinamus solitarius (macuco), Procnias nudicollis (araponga), Odontophorus capueira (Uru), Chamaeza campanisoma (tovaca), Furnarídeos florestais, Psitacídeos. Tal fato pode estar relacionado com um processo histórico de ocupação e perturbação da área que provocou a perda de muitas espécies sensíveis a mudanças ambientais e alvos de caça.

Em visita técnica realizada na área de estudo foram registradas 14 espécies de aves, sendo algumas típicas de beira de rio, já que a adutora irá percorrer uma grande área abrangendo desde áreas abertas, alteradas, com presença de cursos d´água, entre outros. Acredita-se que o pequeno número de espécies avistadas, deve-se ao horário em que o levantamento foi realizado, além de ter sido realizado em períodos de chuva.

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Tabela 16. Espécies registradas na área de estudo, durante visita técnica.

FAMÍLIA NOME POPULAR ESPÉCIE

Tyrannidae Bem-te-vi Pitangus sulphuratus

Ardeidae

Garça branca grande Ardea alba

Garça-moura Ardea cocoi

Garça branca Egretta sp.

Cathartidae Urubu Coragyps atratus

Charadriidae Quero-quero Vanellus chilensis

Falconidae Carrapateiro Milvago chimchima

Furnariidae João-de-barro Furnarius rufus

Icteridae Vira-bosta Molothrus bonariensis

Laridae Gaivotão Larus dominicanus

Passerellidae Tico-tico Zonotrichia capensis

Phalacrocoracidae Biguá Phalacrocorax brasilianus

Thraupidae Canário-da-terra-verdadeiro Sicalis flaveolata

Threskiornithidae Tapicuru-da-cara-pelada Phimosus infuscatus

O número de espécies registradas na área de estudo foi considerado baixo, em relação ao número de espécies de possível ocorrência para a área e com registros bibliográficos em áreas próximas. Acredita-se que a área em estudo possua um bom potencial para ocorrência de aves, tanto marinhas como de áreas florestadas, já que existem diversos remanescentes florestais ao longo do trajeto da adutora e um importante fragmento vegetado na área da ETA.

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Figura 54. Algumas espécies de aves registradas na área de estudo, Egretta sp., Phimosus infuscatus, Ardea cocoi, Ardea alba,

Coragyps atratus.

Foi registrada uma ave de rapina, Milvago chimchima, sendo que algumas aves de rapina podem ser bons bioindicadores ambientais, a fim de observar o equilíbrio do ecossistema, mas para isso é necessário maiores estudos.

As aves possuem grande importância ecológica, já que são uns dos principais dispersores de sementes, além de controlar algumas populações de insetos, roedores, entre outros.