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1 02. Editorial Luta e Luto pela Educação! 03. Política Sindical Fórum Sindical: espaço de reflexão 03. Abordagem Mais uma vez, o Governo desrespeita a Lei e o Magistério 04. Curtas 04 e 05. Ação Análise de Regimento Escolar é tema de estudo da Sessão de setembro APASE participa do Seminário Nacional de Políticas para o Ensino Médio 06 a 09. Fórum Sindical 10. Fala Supervisor Caros colegas Supervisores Supervisora questiona Governador 10. Acontece 11. Jurídico 12. Cultura & Lazer E ainda... Ano XX nº 191 - outubro de 2009 Filiado à FESSP-ESP Sessão de Estudos Dia 27 de outubro, 9 horas - Sede APASE - Inscrições até 23/10 Coordenação: Maria Tereza Namen Abdal S. Cunha Processo de Autorização de Escola Abertura Mostra com Arte 2009 e Comemoração Dia do Supervisor e do Sindicato-APASE Dia 13/11, abertura da XI Mostra com Arte que integra as comemorações do Dia do Supervisor de Ensino e 28 o Aniversário do Sindicato. Atenção, até 06/11, fazer a inscrição gratuita para a festa de confraternização e os interessados em participar da mostra, enviar sua produção artística e artesanal. Inscrições na sede do Sindicato, telefone 11 3337-6895. Aproveite esta oportunidade de encontrar amigos, cultivar afetos e fortalecer nossa união sindical. Págs. 11 e 12. Alfa Tenho pena, muito pena, desses homens que governam um país de analfabetos. Pobres homens letrados! Ignorantes... não dessas letras que falam só ao papel, que passivo tudo aceita - que essas eles dominam. Mas... ignorantes das letras escritas com pó de estrelas, no quadro negro do céu, na escolinha “Do Infinito”. Porque, se lá estudassem, logo, logo, saberiam como é que se lê: servir. Como é que se escreve: amar. E, lá pro meio do caderno, Por certo já escreveriam - embora em letra indecisa - dignidade, respeito e, quem sabe, bem comum; ao final da cartilha, leriam sem embaraço: “Vovô viu a uva” matar a fome do povo. Como prêmio ganhariam o Livro do Governante, de capa bem colorida, e o diplominha que habilita a pedir votos ao povo. Ao se empossarem, embargados de emoção, à guisa de juramento, leriam, para todos, do livrinho que ganharam, a sua primeira página: “Governar é educar o povo”. Porém só há um modo de fazê-lo: honrando, respeitando e dignificando O PROFESSOR. Com o poema Alfa, do livro Converso com verso, de Moacir Sacramento, da Casa do Poeta, em Conservatória, o Sindicato-APASE celebra o Dia do Professor. APASE promove mais uma edição de seu Fórum Sindical Colega Supervisor, responda enquete da capa do Suplemento de Legislação APASE SEMANA DA LUTA E LUTO PELA EDUCAÇÃO com Atos Públicos no Dia do Professor em todas as regiões do Estado. Todos, com braçadeiras pretas, pelo descaso para com o magistério. Página 5. Durante dois dias, os supervisores puderam mergulhar no universo do movimento sindical, desde sua criação, desenvolvimento, seus aspectos históricos e refletir a respeito de suas aplicações no atual cenário brasileiro. Momento ímpar, oferecido pelo Sindicato-APASE, destinado a capacitar os Conselheiros para melhor desempenho do papel de líderes sindicais a serviço da categoria e da educação. Acompanhe a cobertura completa do VI Fórum Sindical APASE nas páginas 6, 7, 8 e 9. Garantida a Aposentadoria Especial para o Suporte Pedagógico do Quadro do Magistério O julgamento da ADIN 3772, que trata da Aposentadoria Especial para o Suporte Pedagógico, está concluído pelo Supremo Tribunal Federal, não cabendo mais nenhum recurso

Filiado à FESSP-ESP Ano XX nº 191 - outubro de 2009 Moacir ... · PDF fileseus aspectos históricos e refletir a respeito de suas aplicações no atual cenário brasileiro. ... da

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1191 - outubro de 2009

02. Editorial�Luta e Luto pela Educação!03. Política Sindical�Fórum Sindical: espaço de reflexão03. Abordagem�Mais uma vez, o Governo desrespeita aLei e o Magistério04. Curtas04 e 05. Ação�Análise de Regimento Escolar é temade estudo da Sessão de setembro� APASE participa do SeminárioNacional de Políticas para o EnsinoMédio06 a 09. Fórum Sindical10. Fala Supervisor�Caros colegas Supervisores

�Supervisora questiona Governador

10. Acontece11. Jurídico12. Cultura & Lazer

E ainda...

Ano XX nº 191 - outubro de 2009Filiado à FESSP-ESP

Sessão de EstudosDia 27 de outubro, 9 horas - Sede APASE - Inscrições até 23/10

Coordenação: Maria Tereza Namen Abdal S. Cunha

Processo de Autorização de Escola

Abertura Mostra com Arte 2009 eComemoração Dia do Supervisor e do Sindicato-APASE

Dia 13/11, abertura da XI Mostra com Arte que integra as comemorações doDia do Supervisor de Ensino e 28o Aniversário do Sindicato. Atenção, até 06/11,fazer a inscrição gratuita para a festa de confraternização e os interessados emparticipar da mostra, enviar sua produção artística e artesanal. Inscrições nasede do Sindicato, telefone 11 3337-6895. Aproveite esta oportunidade deencontrar amigos, cultivar afetos e fortalecer nossa união sindical. Págs. 11 e 12.

A l faTenho pena, muito pena,desses homens que governamum país de analfabetos.Pobres homens letrados!Ignorantes...não dessas letrasque falam só ao papel,que passivo tudo aceita -que essas eles dominam.Mas...ignorantes das letras escritascom pó de estrelas,no quadro negro do céu,na escolinha “Do Infinito”.Porque, se lá estudassem,logo, logo, saberiamcomo é que se lê: servir.Como é que se escreve: amar.E, lá pro meio do caderno,Por certo já escreveriam -embora em letra indecisa -dignidade, respeitoe, quem sabe, bem comum;ao final da cartilha,leriam sem embaraço:“Vovô viu a uva”matar a fome do povo.Como prêmio ganhariamo Livro do Governante,de capa bem colorida,e o diplominha que habilitaa pedir votos ao povo.Ao se empossarem,embargados de emoção,à guisa de juramento,leriam, para todos,do livrinho que ganharam,a sua primeira página:“Governar é educar o povo”.Porém só há um modo de fazê-lo:honrando, respeitandoe dignificandoO PROFESSOR.

Com o poema Alfa, do livro Conversocom verso, de Moacir Sacramento, daCasa do Poeta, em Conservatória, oSindicato-APASE celebra o Dia doProfessor.

APASE promove mais uma ediçãode seu Fórum Sindical

Colega Supervisor,

responda enquete da capa

do Suplemento de

Legislação APASE

SEMANA DA LUTA E LUTO PELA EDUCAÇÃOcom Atos Públicos no Dia do Professor em todas asregiões do Estado. Todos, com braçadeiras pretas,

pelo descaso para com o magistério. Página 5.

Durante dois dias, os supervisores puderam mergulhar no universo do movimento sindical, desde sua criação, desenvolvimento,seus aspectos históricos e refletir a respeito de suas aplicações no atual cenário brasileiro. Momento ímpar, oferecido pelo

Sindicato-APASE, destinado a capacitar os Conselheiros para melhor desempenho do papel de líderes sindicais a serviço dacategoria e da educação. Acompanhe a cobertura completa do VI Fórum Sindical APASE nas páginas 6, 7, 8 e 9.

Garantida a Aposentadoria Especial para o

Suporte Pedagógico do Quadro do Magistério

O julgamento da ADIN 3772, que trata da Aposentadoria Especial para o Suporte Pedagógico,está concluído pelo Supremo Tribunal Federal, não cabendo mais nenhum recurso

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2 191 - outubro de 2009

Dentre as ideias do Banco Mundialpara políticas na América Latina

estão: ‘1-Reduzir ao máximo osdireitos; 2- Sanear as finançaspúblicas, privatizando setores deinfra-estrutura e sociais, como

educação e saúde, descentralizandoo Estado nacional; 3- investir emconjunto com o capital privado’.

C

Maria Cecília Mello SarnoDiretor-Presidente

GESTÃO 2008-2011

Rua do Arouche, 23, 1º andar - CEP 01219-001 São Paulo/SP Tel/Fax.:(11) 3337 6895 - site: www.sindicatoapase.org.bre-mail: [email protected]

APASESINDICATO DE SUPERVISORES DO

MAGISTÉRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO

APASESINDICATO DE SUPERVISORES DO

MAGISTÉRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Editorial

Periódico mensal de divulgação do Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São PauloEditor Responsável : Maria José Antunes Rocha da Costa e Maria Cecília Mello Sarno.As matérias publicadas, nesta edição, são de inteira responsabilidade dos autores.Jornalista Responsável e Editoração Eletrônica: Roselene de Jesus Stefanelli - MTb. 22.810Fotolito e Impressão: Taiga Gráfica e Editora LtdaTiragem - 4.800 exemplares

Diretoria Executiva:

Maria Cecília Mello Sarno - Diretor-Presidente

Severiano Garcia Neto - Diretor 1º Vice-Presidente

Márcia Delfim Borges - Diretor 2º Vice-Presidente

Irene Machado Pantelidakis - Diretor de Secretaria

Alcides Domingues - Diretor Geral de Finanças

André Alvino Guimarães Caetano - Diretor de Finanças

Eugênio Dodecézino Berto - Diretor de Organização Sindical

Rosangela Aparecida Ferini - Diretor de Assuntos Educacionais

Lourdes Gomes Macario - Diretor de Legislação e Normas

Maria José Antunes Rocha da Costa - Diretor de Comunicação

Domingas Maria do Carmo Rodrigues Primiano - Diretor de Cultura e Lazer

Suplentes da Diretoria Executiva:Tereza Maria dos Reis Toledo, Maria Aparecida Oliveira Duarte, Edgard Benedito Bueno, MagdalenaUssui e Maria José Poloni.

Conselho Fiscal:Vicente Diniz Filho - PresidenteNeli Cordeiro de Miranda FerreiraAlbertina de Fátima Esteves Passos

Suplentes do Conselho Fiscal:Maria Cecília Rios Furia, Nice Pastor Delacalle Apparecido e Maria Inês Sani Franco

Conselho Deliberativo:José Custódio de Matos - Presidente

Lilian Sargaço Richter - Vice-Presidente

Eliene Bonetti - Secretário

Conselheiros:

Grande São Paulo - Centro: T - Maria do Carmo Morando, S - Maria Fátima de Lima Lo Bello; Centro-

Oeste: T - Nereide de Miranda Marques Pereira, S - Elaine da Silva Orzari; Centro-Sul: Sônia Maria

Busnaro de Almeida, S - Maria do Carmo Rodrigues Del Bianco Pedroso; Leste 1: T - Eliana Albarrans Leite,

S - Lourdes Michel Rachid Chedid; Leste 2: T - Tuiti Tamandaré de Lima, S - Francisco Faria Souto; Leste

3: T - Regina Lopes Martins; Leste 4: T - Eliene Bonetti, S - Marcos Antonio Beck; Leste 5: T - Maria Clara

Paes Tobo, S - Suely Araes; Norte 1: T - Maria Cecília Soares da Anunciação, S - Claudia Eleutério Fedel

Gentil; Norte 2: T - Robinson Felix Augusto de Oliveira, S - Armando Josi Suda; Sul 1: T - Lilian Sargaço

Richter, S - Diego Antonio Arseni Brea Fernandez; Sul 2: T - Francisca Alves de Lima, S - Solange

Apparecida Landeiro Aguiar; Sul 3: T - Eliana Pahim Martins Gomes, S - Sílvia Ap. C. Reinke Barbachán;

Caieiras: T - Ana Maria Cesário Moraes, S - Rogério Carlos Gonçalves; Carapicuíba: T - Francisca Lídia

de Oliviera Herek, S - Cleunice dos Santos Benedetti; Diadema: T - Elisa Sonoe de Avila Ono, S - Leonira

Silvério Duarte; Guarulhos-Norte: T - Maria de Fatima Colaço Correia de Andrade; Guarulhos-Sul: T -

Vilma da Silva, S - Valdete Estevinho Rinaldi; Itapecerica da Serra: T - Levi de Freitas Sathler, S - Eliana

Selma de Carvalho Cremm; Itapevi: T - Maria Liêge Pereira Vilas Boas; Itaquaquecetuba: T - José da

Conceição Nogueira; Mauá: T - José Antonio Guariglia, S - Maria do Carmo Santana Alves; Mogi das

Cruzes: T - Araci Nunes Camargo, S - Marcia Strazzer de Novais; Osasco: T - Amazílio Abrão, S - Guido

José Foger; Santo André: T - Maria Antonia de Oliveira Vedovato, S - Ana Lúcia Daher Azevedo de

Moura; São Bernardo do Campo: T - Aparecida Antonia Demambro, S - Gilda Lúcia Pelegrini;

Suzano: T - Maria José do Nascimento, S - Valentim Paixão; Taboão da Serra: T - Maria Lúcia Lanza,

S - Graciete Galvão de Paula Leite.

Interior - Adamantina: T - Anita Alcoba Montialli, S - Maria da Penha Oliveira Schuindt; Americana:

T - Jairo de Carvalho, S - Célia Maria Benati Veríssimo; Andradina: T - Maria de Fátima Moisés Tobal,

S - Claudia de Oliveira Ferraz; Apiaí: T - Vanilsa Garcia Lara, S - Valkíria Rodrigues da Silva; Araçatuba:

T - Eunice Pinheiro Guimarães Turrini, S - Maria Aparecida Mazaro da Costa; Araraquara: T - Marilia

Cimini Vannuchi, S - Maria José Serra Vicente Zaccaro; Assis: T - Maria Julia de Araujo Simões, S -

Maria Sylvia Romano Penachini; Avaré: T - Rosemary Aparecida de Oliveira Mello, S - Ondina Natal

Lopes Peres; Barretos: T - Nelson Carlos Antunes, S - Cleovanir Ap. Tojeira F. Carlos; Bauru: T -

Maria Manoela Maschietto Brito, S - Cláudio Moreira; Birigui: T - Rosangela Maria Xavier

Bonfietti, S - Maria Noemi Gonçalves do Prado; Botucatu: T - Valdir Gonzalez Paixão Junior, S - Maria

Nazareth Gonçalves; Bragança Paulista: T - José Dujardis da Silva, S - Elenira Martins Sanches

Garcia; Campinas-Leste: T - Cleuza Aparecida Baroni; Campinas-Oeste: T - Clarete Paranhos da

Silva; Capivari: T - Rita de Cássia Kühne Império; Caraguatatuba: T - José Cláudio Tavares;

Catanduva: T - Márcia de Campos Barbosa; Fernandópolis: T - Rosângela Caparroz Garcia, S -

Deise Cristina Siqueli; Franca: T - Sônia Lúcia da Silva Rodrigues; Guaratinguetá: T - Terezinha M.

de Souza Alves Nunes, S - Leda Helena Galvão de Oliveira Faria; Itapetininga: T - Telma Elizabete de

Moraes, S - Dalva das Graças Mendes; Itapeva: T - Maria Alcione Marques da Silva Batista; Itararé:

T - Maria Aparecida da Rocha, S - José Maria Ferreira; Itu: T - Maria Zilda Cesarotto, S - Adriana

Ghizzi Mariano; Jaboticabal: T - Maria Dalva Bertani de Freitas, S - Edna Apparecida Soares de

Carvalho; Jacareí: T - Roselena Ferraz Barbosa, S - Cristina Helena Quina de Siqueira; Jales: T - João

Luís Sene, S - Errivaine Aparecida Ferreira; Jaú: T - Silvana Regina da Cruz Bueno R. Branco, S -

Maria Medianeira de Almeida Pacheco Fraga; José Bonifácio: T - Alexandre Benfati, S - Maria Aparecida

Laureano Buzato; Jundiaí: T - Dirlene Aparecida Tarício, S - Adão Aparecido Souza; Limeira: T -

Liliane Farkas Fegadolli; Lins: T - Ana Lúcia Zanotte, S - Nara Sílvia Bugano Gomes; Marília: T -

Ivanilde Elias Zamae, S - Sueli Milazotto Rici; Miracatu: T - Elisa Yossie Akamine; Mirante do

Paranapanema: T - Marisa Bezerra de Melo, S - Joceli Sevilha Gonçalves Barbeto; Mogi Mirim: T

- Josimeire Ricardo da Rocha, S - Kiyoko Akiyama; Ourinhos: T - Maria de Lourdes Carvalho Pocay;

Penápolis: T - Zilce Aparecida Maciel; Pindamonhangaba: T - Jurema Sílvia de Souza Alves;

Piracicaba: T - Sebastião Aparecido Ferreira; Piraju: T - Adelia Maria da Silva; Pirassununga: T -

Rita Ivonete Nassif Gimenez; Presidente Prudente: T - Carmen Dolores Fernandes Valente, S - Clóvis

de Almeida; Registro: T - Alencar Neves Gato, S - Ademilda Pereira Moreira Suyama; Ribeirão Preto:

T - José Custódio de Matos, S - Joacyr Borges de Oliveira; Santo Anastácio: T - Luciene Pereira

Barreto; Santos: T - Sandra Faria Fernandes, S - Irene Weller de Holanda; São Carlos: T - João

Batista Gasparin, S - Leila Leane Lopes Leal; São João da Boa Vista: T - Rosana Mendes, S - Helena

Leal Sampaio Delbin; São Joaquim da Barra: T - Maria Conceição Macedo Alves F. de Paula, S - Orsy

Nascimento Oliveira; São José do Rio Preto: T - Leila Maria Honsi Kerbauy, S - Marilda Machado

Tebar Palhares; São José dos Campos: T - Maria das Graças Maciel Pereira; São Roque: T -

Catarina da P. Albuquerque Quadros Altieri, S - Sônia Maria Favero; São Vicente: T - Ariadney Valente

Ferreira Pinto, S - Mariza Rodrigues Branco; Sertãozinho: T - ... ; Sorocaba: T - Vera Lúcia Bellucci

Provasi, S - Elza Yoshire Koizumi; Sumaré: T - Eunice Falasco, S - Heide Lambertucci; Taquaritinga:

T - Márcia Rita Mesquita F. Arruda, S - Chelsea Maria de Campos Martins; Taubaté: T - Miriam Martins

Inácio, S - Aldo de Aguiar; Tupã: T - Marilza Andrêo Corrêa Emed; Votorantim: T - Ivone de Jesus Lima

Francisco; Votuporanga: T - Waldira Antonia de Jesus, S - Rosemari Aparecida Frushio.

* Citado por José Luis Coraggio, p. 81, in Propostas do Banco Mundialpara a educação: sentido oculto ou problema de concepção, capítulo dolivro O Banco Mundial e as políticas educacionais, organizado por Líviade Tommasi, Miriam Jorge Warde e Sérgio Haddad, Cortez, 1996.

Luta e Luto pela Educação!Colegas, escrevo este editorial ainda sob influência das

discussões do VI Fórum Sindical APASE, realizado dias24 e 25 de setembro, em São Paulo, cujo tema foi Super-visão de Ensino: organização sindical e a (re)construçãode uma autêntica democracia. Todos sabem que estefórum é realizado para discutirmos especificamente asquestões sindicais corporativas, porém, também nessasquestões, o Sindicato tem a preocupação precípua de ofe-recer formação para seus filiados, por isso convidou para aspalestras renomados acadêmicos que estudam profunda-mente as questões sindicais, há muitos anos.

Para os seguintes temas propostos pelo Sindicato: 1-Aestrutura sindical como força de proposição de políticaspúblicas, 2-Um olhar crítico sobre a estrutura sindical e 3-Rompendo os entraves para uma organização sindicaltransformadora, foram convidados respectivamente osProfessores Doutores: José Antonio Segatto, CelsoFrederico e Márcio Pochmann. Todas as palestrascorresponderam às nossas expectativas e pudemosaprofundar conhecimentos, re-ver nossas reivindicações e, oprincipal, tivemos a certeza deque o caminho que o Sindicatovem trilhando – a opção pelaluta em prol da qualidade deensino, além da luta por melho-res condições salariais e de car-reira – é o mesmo caminho quevêm seguindo outros Sindicatos,hoje em dia; não só no Brasil,mas como uma tendência mun-dial. O Sindicato, como uma dasorganizações importantes da so-ciedade civil, e como mediador entre seus filiados e asinstâncias governamentais, tem papel importante tam-bém para a conquista de uma sociedade mais justa, logomais democrática.

Portanto, temos que levantar também a bandeira dainjustiça social, e lutarmos para a conquista de uma socie-dade menos desigual. No caso da educação, temos quedenunciar os desmandos que ainda persistem nas políticaspúblicas no Estado de São Paulo, comprometendo a qua-lidade de ensino oferecido nas escolas mantidas pelo Go-verno e, como consequência, dificultando a construção deuma sociedade democrática.

Exemplo mais eloquente do descaso dos governos deSão Paulo com a educação está no fato de que, mesmodepois de quatorze anos e nove meses do mesmo partidono Estado, ainda não temos um plano estadual da educa-ção. O que isso significa todos sabem: se há um plano temque ser seguido, sua execução é obrigatória para os gover-nos, que podem ser cobrados pelas omissões. Sem esseplano os improvisos tornam-se regra, qualquer oportunis-mo se encaixa no impacto que o Governo quer causar nasociedade, nas manchetes dos jornais de grande circula-ção, criando essa descontinuidade de políticas que temosenfrentado. Também é nossa obrigação acompanharmosa execução orçamentária com relação aos gastos com a edu-cação e informarmos à sociedade o que vem ocorrendo.

Como podemos observar, a função dos Sindicatos é

complexa e importante, pois acima de tudo temos a obri-gação de formar opiniões, além de encaminhar as deman-das dos filiados. Daí porque o Governo cada vez mais sedistancia dos Sindicatos, nega sistematicamente o diálo-go, não discute nossas reivindicações e nos desqualificafrequentemente com o argumento de que somos militan-tes partidários.

Outro momento importante do Fórum foi quandodiscutimos as nossas reivindicações e verificamos que ne-nhuma das que compunham a carta do ano passado foiatendida! O Governo contra seus funcionários – imagi-nem vocês que nos governos ditos de exceção que tive-mos, as Associações da época eram chamadas para discu-tir suas demandas e havia negociação. Agora, se os Sindi-catos são chamados é para ouvir que a política é essa queestá sendo divulgada, e que vai continuar assim porqueo Governador quer que continue dessa forma, portantonão há o que discutir.

Mesmo assim vamos encaminhar a nossa Carta deReivindicações, que já está bemgrande, e lutar por ela com oapoio de todos vocês.

A propósito, nossa Campa-nha Salarial 2009 deve ter seuápice na Semana da Luta e doLuto, que as entidades dos pro-fissionais da educação, por meiode seus filiados, estão organizan-do nas regiões do Estado, inclu-sive em São Paulo, Capital e Gran-de São Paulo, nos dias treze,quatorze e quinze de outubro,

quando todos devem usar uma braçadeira negra e expli-car para a população como o Governo Serra trata as ques-tões sociais, como a educação: com total desprezo. Todosos meios de divulgação, que cada município possui, de-vem ser utilizados. Nossa organização, com todos os pro-fissionais da educação, é de extrema importância, os comi-tês têm que funcionar agregando todos os que trabalhampara a educação no Estado de São Paulo. Nossas reivindi-cações são conhecidas por todos, a principal bandeira é arecomposição salarial com reajuste de 27,5% já!

Não podemos esquecer que o Governador, que nãodialoga conosco é uma pessoa extremamente difícil, ve-jam como a própria imprensa se refere à sua personalida-de: “José Serra (...) é egocentrado, dono da verdade, irascí-vel. E se acha no direito de telefonar para as pessoas – enão apenas subordinadas – no meio da madrugada. Só éSerrinha em campanha, ou no Twitter” (in Folha de SãoPaulo, 27/09/2009, Eliane Cantanhêde, pág.2.).

Não vamos esmorecer, a nossa união é a principal armapara a luta!

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Neila BarretoFiliada APASE - São Bernardo do Campo

Política Sindical

Abordagem

Severiano Garcia NetoDiretor 1º Vice-Presidente

Mais uma vez, o Governo desrespeita a Lei e o Magistério

Fórum Sindical APASE: espaço de reflexão

O Projeto de Lei Complementar 29/09encaminhado pelo Governo Serra, queestá servindo de desculpa para qualquertratativa de reajuste salarial, fere de pron-to o parágrafo único do artigo 25, da LeiComplementar 836/97 e o Sindicato-APASE, exigindo o cumprimento dessalegislação, luta pela retirada do mesmo.

Tal projeto, com a pretensão de insti-tuir um sistema de promoção para os inte-grantes do Quadro do Magistério, consti-tui-se muito mais num jogo de cena dogoverno para a opinião pública, afirmandoque se aprovado, o QM terá até 100% deaumento ao atingir a última faixa propos-ta. Quantos poderão atingir tal índice oprojeto não menciona, mas ao analisarmosas condições para participar do processo,constatamos que poucos chegarão lá. Já noinício, ao estabelecer quem poderá par-ticipar do processo, apresenta condiçõesdiferentes para o efetivo e para os está-veis, vinculando ao primeiro, tempo nocargo e, ao segundo, todo o tempo deserviço desde sua primeira vinculação àSecretaria de Educação. Por outro lado alei, que propõe a valorização pelo méri-to, interrompe o interstício para mudan-ça de faixa quando o interessado se afas-ta para estudar.

E os prejuízos na carreira não parampor aí. Os ingressantes só poderão mudarde faixa ao completarem o interstício nocargo e, se ingressaram longe de casa, aose remover terão que ter tempo na novaunidade para concorrer à promoção. Aaprovação em concurso público torna-seum ônus e, mais pesado quando o profis-sional é enquadrado no novo cargo, poisaí, será enquadrado no mesmo nível emque se encontra, mas na faixa inicial donovo cargo. Isso significa que, se ele jáhavia cumprido interstícios e demais exi-gências para promoção, ao ascender nacarreira, retroage à faixa inicial e a pro-moção já não vale mais.

O Projeto de Lei propõe também queo profissional ao substituir cargo de ou-tra classe, não importa o nível e faixa emque está enquadrado, seja designado nonível e faixa inicial da nova classe. Essadistorção surgiu na Lei Complementar836/97 e não foi corrigida pela Lei Com-plementar 958/04, editada com tal fim,que resolveu apenas o problema dos no-meados, permanecendo a distorção, emrelação aos designados.

Mas, mesmo mantendo a mudança denível conquistada com a Lei Complementar958/04 em relação ao nomeado, perpetra

nova injustiça, enquadrando-o na faixa inici-al. Sendo assim, o interessado provavelmentereceberá menos no novo cargo do que rece-bia no anterior, desconsiderando-se por com-pleto seu mérito de ascender na carreira.Reativa-se com isso o mecanismo perversoda LC 836/97: a Vantagem Pessoal. Que van-tagem é essa? A diferença entre o que erapago no cargo anterior e o que será pago nonovo cargo, aparece com essa rubrica, paranão configurar redução salarial. Vantagemmesmo só para o governo que, mesquinha-mente, se exime de fazer os corretosenquadramentos ao não permitir que sejamconsideradas para o novo cargo, todas as van-tagens já adquiridas no cargo anterior.

Uma outra distorção não corrigida pelaLei Complementar 958/04 e nem men-cionada neste projeto, é a não concessãode mais um nível, aos cargos de SuportePedagógico em Extinção. Esse nível foiconcedido pela lei citada aos cargos deSuporte Pedagógico, quando para corri-gir-se uma distorção da Lei Complemen-tar 836/97, criou-se o quinto nível paraessas classes. Esse quinto nível foi criadotambém para as classes de Suporte Peda-gógico em Extinção, porém, sem oconsequente enquadramento no nívelimediatamente superior, gerando grave

prejuízo para os detentores dos cargos emextinção de Coordenador Pedagógico,Orientador Educacional, Assistente deDiretor de Escola e Delegado de Ensino.

Pior de tudo é que o referido projetoignora totalmente os aposentados, quenão podem mais ser avaliados e o atualgoverno não apresenta a forma como te-rão sua revisão salarial.

A situação apresentada neste projetoé grave e indica que devemos nos prepa-rar para enfrentar mais uma batalha con-tra a perversidade que se pretende fazerpor meio dele, com o Magistério, comose não fossem suficientes o desrespeito àlei da database, a falta de uma políticanão extorsiva de retribuição ao magisté-rio, o não reajuste correto dos vencimen-tos há mais de uma década, a discrimi-nação constante do aposentado por meiode concessão de bônus, que nada mais édo que um arremedo de salário ao pesso-al da ativa, o não cumprimento de deci-sões judiciais sempre adiadas por medi-das protelatórias como no caso da GAM– Gratificação por Atividade de Magis-tério, dentre outras.

Realizamos mais um Fórum SindicalAPASE, não como uma atividade burocrá-tica conforme o título pode deixar passar,mas sim, como uma etapa substancial naformação de nossos quadros de militantes.

A política implementada pelo Sindi-cato, de dividir seus dois grandes even-tos em momentos distintos, com fins pre-cisos, tem demonstrado seu acerto. As-sim, no primeiro semestre do ano reali-zamos o já tradicional Encontro Estadu-al APASE, com foco na discussão dasgrandes questões educacionais.

No segundo semestre reunimo-nospara tratar da questão sindical, sem per-der, entretanto, a preocupação com a for-mação dos membros do ConselhoDeliberativo e Diretoria Executiva, seualvo. Formação voltada para oaprofundamento de estudos sobre o mo-vimento sindical, sua inserção no pano-rama político brasileiro e, particularmen-te paulista, e os rumos que daremos anossas lutas por melhores condições detrabalho e salariais.

Neste ano, tivemos três palestras quenos suscitaram profundas reflexões.

No primeiro dia, pela manhã, tive-mos o professor José Segatto, da UNESPde Araraquara, que explanou sobre a his-tória do movimento sindical dando par-ticular ênfase à inserção do funcionalis-mo público, com todas suas dificuldadesde organização.

Particular atenção, também, deve serdada ao fecho de sua participação quandonos lembrou da falta de esperanças de quemuitas vezes fomos tomados, quanto à ins-talação de um sistema democrático, duran-te os anos setenta, pois a Ditadura Militarnão dava mostra de arrefecer-se. Essa fasede nossa história passou, construímos oEstado de Direito em que vivemos hoje.

Isto nos faz refletir sobre a transitori-edade das coisas, inclusive deste momen-to de apatia que parece tomar conta demuitos de nós.

À tarde desse mesmo dia, o professorCelso Frederico, da USP, apresentou-nosum quadro geral do movimento sindicalno Brasil de hoje, enfatizando aprofissionalização dos quadros sindicais,em parte devido à tutela sindical inaugu-rada no Estado Novo e que teima em

manter-se nos dias atuais. Conclamou pelanecessidade de renovação nos sindicatos,aliás, coisa que é exemplar no Sindicato-APASE, uma vez que, desde o momentode sua fundação como AssociaçãoPaulista de Supervisores de Ensino, pro-curou criar mecanismos de renovação dedirigentes e ampla participação dos asso-ciados. Haja vista que, sem obrigaçõesde qualquer natureza, contamos com aquase totalidade dos supervisores em exer-cício, inclusive aposentados, espontane-amente filiados ao sindicato.

No segundo dia, fechando a série depalestras, tivemos o professor MarcioPochmann, da UNICAMP e presidentedo IPEA, falando-nos sobre alternativasde ação para enfrentar as dificuldades deuma participação democrática.

Como saldo destas palestras, foi pos-sível comparar a atuação de nossos prin-cipais partidos políticos e as nuances deatuação entre os dois campos que se agru-param ao seu redor: um progressista eoutro conservador, no que concerne àintegração das amplas camadas popula-res na vida pública e no usufruto das ri-

quezas produzidas pela nação, principal-mente na atuação do aparelho estatal ena sua distribuição.

As camadas populares não são, comoum dos campos procura ressaltar, o cen-tro das suspeitas quanto à sua própriahonestidade já que, a cada momento,precisam provar isto ou aquilo para teracesso às políticas de assistência social.

Muitas vezes não percebemos isto e,ingenuamente, deixamos nos levar portoda sorte de preconceitos contra o po-bre ou aqueles privados de instrução, es-quecendo que é entre os que sempredetiveram o poder e a riqueza em nossopaís que reside toda sorte de ardis paraobterem as benesses dos cofres públicos.

Concluímos reafirmando nossa Car-ta de Reivindicações pois, praticamente,em duas décadas do Governo PSDB, sótivemos arrocho salarial e discriminaçãopara com o aposentado. Melhor exem-plo do descaso com a educação básica,não há.

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4 191 - outubro de 2009Ação

Curtas

ASSEMBLEIA FESSP-ESP- SeverianoGarcia Neto foi o representante APASEna Assembleia Geral realizada pelaFederação dos Sindicatos dos ServidoresPúblicos no Estado de São Paulo, dia 14de setembro, em São Paulo, Capital.SABER 2009 - APASE esteve presentena palestra de abertura proferida porMário Sérgio Cortella e na mesa sobreSARESP desenvolvida pelo professordoutor Paulo Renato Souza. Arepresentação esteve a cargo de MariaCecília M. Sarno, Diretora-Presidente,e Irene M. Pantelidakis.REUNIÃO DIRETORIA APASE - Os

Análise de Regimento Escolar é temade estudo da Sessão de setembro

Em destaque, MariaCecília (à direita) abre a sessãoe apresenta Maria Tereza; aolado, parte do público presente.

A Supervisora de Ensino, Maria Tereza Namen Abdal S. Cunha, coordenou a Sessão deEstudos promovida pelo Sindicato-APASE, na manhã do dia 15 de setembro, cujo tema foi“Análise de Regimento Escolar”.

Com a presença de 72 supervisores, os trabalhos foram divididos em duas etapas. A primeira,com a explanação do assunto pela coordenadora e, na sequência, uma parte prática na qual osparticipantes foram divididos em grupos e realizaram um exercício.

Maria Tereza trouxe dois regimentos que vigoram nas escolas do Estado de São Paulo e, apartir de roteiros apresentados, um para ajudar na análise das escolas particulares e o outro, naanálise dos regimentos das estaduais, os participantes tiveram a oportunidade de exercitar o quefoi tratado conceitualmente no início da sessão.

“O supervisor precisa aprender a analisar, saber quais os apectos a serem verificados com maiscritério porque o regimento é o ato administrativo e normativo da escola e se ele não estiver bemescrito, bem montado, a escola não tem como trabalhar tão bem”, esclareceu Maria Tereza.

A próxima sessão de estudos, em 27 de outubro, será também coordenada por ela e irá tratarde “Processo de Autorização de Escola”. Faça sua inscrição até 23 de outubro.

Divididos em grupos, supervisores analisam regimentos e colocam emprática o conteúdo apreendido na primeira fase da sessão

O Sindicato-APASE esteve represen-tado por Celina Maria Aredes de Fariano “Seminário Nacional de Políticas parao Ensino Médio”, coordenado pelo MECpor meio da Diretoria de Concepções eOrientações Curriculares da Secretaria deEducação Básica, realizado em Brasília,no período de 22 a 24 de setembro, reu-nindo entidades da sociedade civil, auto-ridades educacionais, especialistas, pro-fessores e estudantes.

O Seminário foi desenvolvido por Ses-sões Plenárias, Salas de Pesquisas que di-

vulgaram os mais recentes estudos sobreo Ensino Médio e Salas Temáticas, cujofoco foi currículo e metodologia, desen-volvidas com a participação de estudantese professores e outros especialistas.

Buscou-se dar voz a todos os sujeitosenvolvidos no Ensino Médio procuran-do sistematizar “indicações para a cons-trução de novas políticas que assegurema inserção, a diversidade e a qualidadesocial” desse ensino, em especial, de umcurrículo adequado e pertinente a cadarealidade em que este ensino é ofertado.

APASE participa do Seminário Nacionalde Políticas para o Ensino Médio

A Universidade Estadual Paulista, Unesp,promoveu o X Congresso Estadual Paulistasobre Formação de Educadores, com o tema“Formação de Professores e a Prática Docente:Os Dilemas Contemporâneos”, de 30 de agos-to a 2 de setembro, em Águas de Lindóia, SãoPaulo, com o objetivo de analisar os problemasda formação contemporânea do professor, bemcomo a autonomia docente, a avaliação e a(des)valorização do trabalho docente, no atualcontexto da sociedade brasileira.

O Congresso teve seus trabalhos realizadospor meio de conferências, mesas-redondas, se-minários temáticos, minicursos e comunicaçõescientíficas e relatos de experiência sobre Forma-ção Inicial e Continuada, Gestão Educacional,Práticas de Formação, História e Organizaçãoda Categoria Docente, Dimensão Cultural, Ava-liação da Educação, Materiais Pedagógicos eTecnologias de Informação e Comunicação.

Na Conferência de Abertura, o professordoutor Antonio Joaquim Severino, “a partir daconcepção da educação como prática media-dora das práticas históricas mediante as quais

Congresso discute formação de educadoresos homens constroem sua existência pessoal esocial”, tratou da “formação e atuação dos pro-fessores nas mudadas condições econômicas,políticas e culturais da sociedade brasileira con-temporânea, decorrentes do processo deglobalização”. Com considerações histórico-so-ciais e pressupostos teóricos humanistas, opalestrante defendeu “a ideia de que só serãoasseguradas qualidade e fecundidade a essaprática se, além da presença de condições obje-tivas para a realização do processo educacional,(...) for garantido aos professores ao longo desua formação (...), um complexo articulado deelementos formativos, produzidos pelo culti-vo da subjetividade e que traduzam compe-tência epistêmica técnica e científica,criatividade estética, sensibilidade ética ecriticidade política”.

O Sindicato-APASE foi representado noCongresso por Maria Cecília M. Sarno, Dire-tora-Presidente, Irene M. Pantelidakis,Helenice Maria S. Muramoto, Helena Macha-do P. Albuquerque, Nobuco O. Shinzato, An-gélica Martins Magri e Eunice Pierotti.

membros da Diretoria Executiva reuniram-se na sede APASE, dia 23 de setembro, paratratar, entre outros temas, da CampanhaSalarial/2009, Sessões de Estudo, CONAE,Revista das Entidades e CertificaçãoOcupacional – Dirigente Regional.APASE CONSEGUE AUDIÊNCIAPARA DEBATER PLC 29 - OSindicato-APASE participou, em 22/09,de audiência com os DeputadosEstaduais Samuel Moreira, líder doPSDB, e Celso Giglio, da Comissão deFinanças, na ALESP, para discutir aminuta do PLC 29/09 (que trata dosistema de promoção do QM). Partici-param, também, representantes do CPP,UDEMO e APAMPESP.

Comunicado UNIMED

O Sindicato-APASE recebeu um comunicado de esclarecimento do presidente da Federaçãodas Unimeds, a respeito da Unimed Paulistana. Esclarece o documento que a medida decretadapela ANS não atinge as demais 79 cooperativas médicas que atuam no Estado de São Paulo,sob a marca Unimed. O sistema de intercâmbio mantido entre as Unimeds, pelo qual os“usuários de uma, em determinadas situações, contratualmente previstas, podem ser atendidosnas redes de serviços credenciados de outras, não sofrerá solução de continuidade nem o menorpercalço em razão da medida da ANS. Nenhum prejuízo, em suma, sofrerão os usuários dasUnimeds do Estado de São Paulo e do Brasil, porque tal medida, de caráter administrativo eprovisório, diz respeito apenas à administração da Unimed Paulistana”.

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5191 - outubro de 2009 Ação

Em 31 de agosto e 1º de setembro, osmembros do Conselho de Administraçãoda São Paulo Previdência, Rodolpho Mar-ques Filho (representante APASE), OsmarMarchese e Ângelo D’Agostini Junior visi-taram a Paranaprev, entidade gestora do Re-gime Próprio da Previdência dos Servido-res do Paraná. Essa visita faz parte do inter-câmbio com regimes previdenciários deoutros estados.

Foram dois dias de interação com osgestores da instituição que informaram so-bre o Plano Estratégico, metodologia utili-zada para o cálculo atuarial, Plano de Cus-teio vigente, relacionamento dos participan-tes do Regime Previdenciário com a Institui-ção e forma de recadastramento de servido-res em atividade, aposentados e pensionis-tas. Também foi esclarecida a forma de Con-vênios com os Poderes constituídos para quea Paranaprev possa atingir suas finalidades esobre sua Política de Investimentos autôno-

Conselheiros da SPPREV visitamPrevidência do Paraná

Magistério promove, em outubro,Semana da luta e luto pela educação

CCM/IAMSPE realiza seu VI EncontroEstadual, neste mês

A Comissão Consultiva Mista do Iamspe -CCM realizará seu VI Encontro Estadual, nosdias 26, 27 e 28 de outubro, em Socorro. Como tema "CCM 25 + 5, projetando o trabalhoaté 2014", a Comissão pretende debater, prin-cipalmente, a condução do seu trabalho nospróximos cinco anos, ou seja, até 2014, quan-do completará 30 anos de atividade. O eventoterá a participação dos representantes de sindi-catos, associações na CCM, bem como, demembros de suas comissões regionais e muni-cipais. O Sindicato-APASE estará presente comMaria Antonia de O. Vedovato, Maria Fátimade Lima Lo Bello e Ivanilde Elias Zamae, re-presentantes APASE na CCM.

Durante o evento, os temas colocados emdiscussão serão: "O papel da Frente Parlamen-tar em Defesa do Iamspe e a participação dofuncionalismo", por Roberto Felício, Deputa-do Estadual; "A Ouvidoria do Iamspe: quais asfunções e a mediação de conflitos na soluçãodos problemas", por Rosemary Silva, Ouvidorado Iamspe; "CCM 25 + 5, projetando o traba-lho até 2014", pelo Presidente da CCM, SylvioMicelli; "Conselho de Administração - a parti-cipação do Servidor e o exemplo do SPPrev",por Julio Bonafonte, Diretor de Previdênciada FESPESP. Haverá, ainda, a formação degrupos de discussão para a redação da "Cartade Socorro em defesa da saúde do funcionalis-mo público do Estado de São Paulo".

Nota Oficial sobre PLC 62/2008

A CCM/IAMSPE divulgou Nota Oficial,logo após aprovação do Projeto de Lei Com-plementar nº 62/2008, que permite que fun-dações de apoio a hospitais de ensino, entida-des de defesa de direitos de deficientes, de cul-tura e de esportes do Estado possam ser geridaspor Organizações Sociais. Entre os pontoslistados, a nota da CCM esclarece que o proje-to não atinge o Instituto, mas possibilita o con-trole, por organizações sociais, de hospitaispúblicos e, reiterou que “estará atenta a toda equalquer manobra que possa colocar em risco,a prestação do atendimento médico-ambulatorial feita pelo IAMSPE".

Novo endereço do site IAMSPE

O endereço do site do Iamspe muda nomês de outubro para www.iamspe. sp.gov.br.A troca é resultado da atualização tecnológicanos sistemas de informática do Instituto, quevoltam a ser desenvolvidos pela Companhiade Processamento de Dados do Estado de SãoPaulo (Prodesp). Por esse site pode se ter acessoà lista de nomes, endereços e telefones dosmédicos credenciados em todo Estado, inclu-sive na Capital e também o contato com hos-pitais, santas casas e Ceamas que compõem arede de atendimento do IAMSPE e oagendamento de consultas no Hospital do Ser-vidor, que agora são marcadas a cada 15 minu-tos, dependendo da especialidade.

ma, embora lastreada exclusivamente em tí-tulos públicos do Governo Federal e sofreos resultados já alcançados.

De outra partida, constataram como seprocessa a ação gerencial da entidade por meiodos Conselhos de Administração, Fiscal e Di-retor, este último correspondente à DiretoriaExecutiva. Ainda, houve destaque a respeitodas ações desenvolvidas por meio do Serviçode Assistência Social, do Comitê de Investi-mentos, da Gerência de Aplicações e Investi-mentos, do Planejamento Estratégico, doControle de Qualidade dos Serviços, dentreoutras, que devem merecer um estudo maisacurado para eventuais propostas deoperacionalização pela própria SPPREV.

A Paranaprev, com dez anos de existência,constitui-se em Serviço Social Autônomo compersonalidade jurídica própria; com efeito, oque existia em matéria previdenciária anterior-mente era o IPE (Instituto de Previdência doEstado do Paraná).

O Sindicato-APASE, em conjunto comas demais entidades do magistério, na in-cansável luta pela garantia dos direitos fun-damentais à ação supervisora, e na defesado magistério paulista, comunica que oato público referente à Campanha Salari-al-2009, previsto para o dia 25 de setem-bro, foi adiado para o dia 15 de outubro,durante a “SEMANA DA LUTA ELUTO PELA EDUCAÇÃO”. A mudan-ça da data ocorre, entre outros fatores, daintenção em reforçar a importância his-tórica do DIA DO PROFESSOR.

Nesta manifestação haverá mudançana estratégia de ação, quando em 15 deoutubro, os atos deverão ocorrer, simul-taneamente, em todas as regiões: Capi-tal, Grande São Paulo e Interior.

Os preparativos da Semana foramacordados com os Diretores e Conselhei-ros APASE em reunião com a AFUSE,APAMPESP, CPP e UDEMO, dia 15de setembro, na sede do CPP, que tratouinclusive da organização dos Atos Regio-nais. Ainda, Diretores das entidades efe-tuarão outras reuniões para os necessári-os acertos.

Trata-se de mais uma ação a ser so-mada às demais, para que o magistério,por meio de mobilização, faça frente àpolítica salarial desumana imposta a seus

profissionais por essa Administração.

Os Conselheiros deverão se articularcom os representantes das demais enti-dades da região para elaborar e executara programação regional da Semana, o queinclui a utilização de uma braçadeira deluto a partir do dia 13 e, ainda, a distri-buição de uma Carta Aberta à populaçãona manifestação pública no DIA DOPROFESSOR. Em São Paulo, na mesmadata, haverá grande Ato Público de repú-dio à política salarial do Governador, emfrente à Secretaria da Educação, na Pra-ça da República, às 14 horas.

Esta programação deve contemplar ascaracterísticas regionais e poderá ser dife-rente conforme as disponibilidades locais.A Carta Aberta e outras informações es-tarão disponibilizadas no site APASE.

Para o sucesso da “SEMANA DALUTA E LUTO PELA EDUCAÇÃO”,a atuação do Conselheiro regional e deseu representante é fundamental para ga-rantir a articulação, sensibilização emobilização com todas as entidades dosprofissionais da educação, tendo em vis-ta culminar com a presença de todos ossupervisores de ensino da região e de-mais integrantes do magistério no gran-de Ato Público de 15 de outubro, emtodas as regiões do Estado.

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6 191 - outubro de 2009Fórum

APASE discute a atuação e a organização sindical em seu VI FórumA sexta edição do Fórum Sindical APASE, ocorrida em 24 e 25 de setembro,

no San Raphael Hotel, na capital paulista, teve como tema Supervisão de Ensino:organização sindical e a (re)construção de uma autêntica democracia. O eventocontou com 73 Conselheiros/representantes inscritos, totalizando 58% das Diretoriasde Ensino presentes.Primeiro Dia - manhã

A mesa de abertura contou com a presença da Diretora-Presidente, MariaCecília Mello Sarno; do Presidente do Conselho Deliberativo, José Custódio deMatos; Presidente do Conselho Fiscal, Vicente Diniz Filho; e Diretor 1o Vice-Presidente, Severiano Garcia Neto, representando o Diretor de Organização Sindical,Eugênio Dodecézino Berto, ausente por motivo de saúde.

Dentre os pronunciamentosproferidos, Custódio e Severianoconclamaram aos Conselheirospresentes a se engajarem nas lutassindicais, aproveitando ao máximoesta oportunidade que seapresentava, cumprimentaramtodos pela presença e desejaramque o conteúdo assimilado, nestesdois dias, seja socializado entre osConselheiros que não puderamcomparecer.

O Presidente do Conselho Fiscal surpreendeu, em sua fala, pela delicadeza doestilo poético com o qual apresentou sua veemente mensagem; a pedidos, publicadano box abaixo.

O pronunciamento de Maria Cecília enfocou vários aspectos administrativosque ora prejudicam os profissionais e a eficaz ação supervisora na rede públicaestadual; a importância desta ação sindical na capacitação individual para umaatuação de liderança em todas as regiões do Estado, reafirmando a necessidade doenvolvimento de todos nas lutas APASE. Complementa o seu pensamento, o Editorialdesta edição, na página 2.

A palestra A estrutura Sindical comoforça de proposição de políticas públicasaconteceu em seguida, pelo professordoutor José Antonio Segatto, com acoordenação da mesa por Maria CecíliaSarno. O professor Segatto produziu umtexto sobre o tema, o qual está publicadona página 8.

Primeiro Dia - tarde

Este período foi totalmente destinado à reflexão do professor doutor Celso Fredericoque proferiu a palestra Um olhar crítico sobre a estrutura sindical. Suas consideraçõesa respeito do tema, da importância da política e da participação na vida sindical,foram relatadas à resportagem do Jornal APASE pouco antes de sua conferência.Acompanhe, a seguir, alguns dos pontos levantados por ele:

“Nós tivemos um momento que euacho que é de indefinição, talvez se possachamar de um projeto nacional. Teremoseleições no ano que vem, as forças jáestão em campo e, evidentemente, aeducação vai entrar como elementodesses projetos diferentes de nação queestão sendo gestados. Uma coisaimportante para a educação é lembrarque, até pouco tempo atrás, a educaçãoera considerada um trabalho impro-

dutivo. Com essas modificações no capitalismo, a exigência de mão-de-obraqualificada está mudando a função e a educação passa a estar ligada ao trabalhoprodutivo e isto muda completamente o perfil. Por isso, os políticos falam daimportância da educação, por exemplo, para os Tigres Asiáticos que deram umsalto, e como ela é fundamental. Por isso, eu acho que a questão educacional estáligada diretamente com a questão do desenvolvimento econômico e tecnológico.(...) A classe trabalhadora, no seu conjunto, precisa inventar formas de ter umaparticipação unificada, independente de categoria e dessas várias centrais sindicais.É preciso chegar a um conjunto de temas, propostas consensuais para ter umaparticipação global. Neste conjunto, claro que a educação tem suas reivindicaçõesespecíficas, a começar pela questão salarial, para resgatar a dignidade dessa profissãoque está tão machucada. A participação dos professores na vida sindical éfundamental para o futuro da categoria, o futuro de cada um dos professores. Euacho que todas as conquistas sociais estão sendo, aos poucos, retiradas e a tendênciaé sempre apenar os aposentados. Se não houver solidariedade entre os ativos,futuramente, eles pagarão por isso.”

Segundo Dia - manhã

A primeira atividade deste dia foi a palestra Rompendo os entraves para umaorganização sindical transformadora, proferida pelo professor doutor MárcioPochmann, com a coordenação de José Custódio de Matos. Dentre as valiosasconsiderações apresentadas, destacamos um trecho da entrevista cedida peloprofessor ao Jornal APASE, momentos antes de sua apresentação:

Aos Colegas

Vicente Diniz FilhoPresidente do Conselho Fiscal

Recebi, com muita honra, uma duplaincumbência dos companheiros APASE: re-presentar o Conselho Fiscal junto à mesa eproferir algumas palavras para nossos com-panheiros. Representar o Conselho Fiscalsignifica não só testemunhar a eficiência, apontualidade e a dedicação das colegasconselheiras, como também a elegância notrato dos problemas e a firmeza na soluçãodos mesmos. Ademais, eu deveria estar bo-nito, para retratar a elegância do grupo.

Confesso que foi uma missão difícilpara este velho professor. Mesmo me esfor-çando ao máximo no quesito elegância,juro que, ao sair de casa, ouvi da esposaalgo assim como: “Vai, velho, vai, ser‘gauche’ no Largo Arouche”.

E eu vim. Vim seguindo os meus pas-sos e verifiquei surpreso, que, pela repeti-ção dos caminhos, tantas vezes trilhados,eram meus passos que me conduziam: àPraça da República, à Praça da Sé, à Av.Paulista, Consolação e tantas ruas percor-ridas junto aos companheiros APASE, cla-

mando por dignidade, por respeito, pelaeducação, pela liberdade do povo, pelo fimda ignorância. Lembrei-me da maior con-sagração cívica de nossa história, quandonuma total comunhão de todas as catego-rias profissionais, do povo, autoridades,religiosas e políticas exigimos eleições dire-tas no país, que representava a conquistada liberdade, da vontade popular no go-verno do Brasil. Julgávamos que a demo-cracia traria a qualidade de vida mereci-da ao povo. Pensávamos poder mudar omundo; fomos deuses por 15 minutos.

Depois a realidade; uns permaneceramno Olimpo e se esqueceram dos compro-missos; outros voltaram à antiga porfia,aos eternos ideais, à gloriosa luta. O nossoobjetivo ainda não foi alcançado, mas achama de nosso ânimo continua acesa, nósainda não desistimos. Nossos passos conti-nuam firmes e, com sua beleza nunca se-remos “gauche” no Largo do Arouche.

foto público

Mais de 70 supervisoresacompanharam os dois dias de

trabalhos com palestras,discussões e produção da Carta.

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7191 - outubro de 2009 Fórum

Carta de Reivindicações“Esta é a primeira oportu-

nidade de um contato mais diretocom esta categoria. Já tenho algunsanos de estrada, de trabalho como movimento sindical, mas esta éa primeira vez que vou conversardiretamente com os supervisores,profissionais que representam umsegmento muito importantedentro do processo de ensino eaprendizagem da organização do ensino no Estado de São Paulo. Nossaexpectativa é um pouco a partir da realidade desse profissional, de podertrazer elementos que contribuam para uma melhor interpretação do que estáocorrendo hoje no mundo do trabalho e quais são as suas perspectivas paraos próximos anos, tendo em vista que a função da organização sindical é estarpreparada para enfrentar problemas pertinentes aos trabalhadores, asespecificidades do seu trabalho.

Estamos, na verdade, vivendo uma tradição muito grande do chamadotrabalho material para o imaterial, aquele cujo resultado não é tangível, masevidentemente gera riqueza. Essa riqueza não é contabilizada, mas éfundamental nesse passo de construção da sociedade pós-industrial. Naeducação, o trabalho dos supervisores de ensino, de certa maneira, estávinculado diretamente a este trabalho imaterial. Esse vem a ser, cada vezmais, um novo trabalho. Hoje, no Brasil, 70% dos postos de trabalho estãosendo criados no setor terciário da economia, na área de serviços. Istorepresenta, portanto, que esta realidade implicaria, em sendo ela predominante,uma reorganização no que tange à intervenção dos sindicatos. A predominânciado sindicalismo até o final do século XX, era composta por sindicatos quegovernavam os trabalhadores vinculados ao trabalho material. Agora, nósestamos diante de uma outra realidade. Essa novidade ainda não tem umpadrão de organização sindical, não está muito definido. A experiência deorganização sindical é aquela predominanemente realizada por trabalhadoresligados ao trabalho material. (...)

A experiência que nós temos de atuação dos sindicatos em relação aostrabalhadores pertence ao passado. Ela não nos serve mais para os dias dehoje. A atuação sindical precisa ser reinventada porque a classe trabalhadorado trabalho imaterial é uma outra classe. A sociedade pós-agrária, a sociedadeindustrial, o capitalismo, na verdade, condicionavam o trabalhador paraapropriar-se basicamente do resultado do esforço físico. (...) E o capitalismonão quer tão somente o trabalho físico, mas quer também o intelecto, ocoração. Nós estamos falando de trabalhos completamente diferentes. Mas aimpressão que eu tenho é que os sindicatos desconhecem essa realidade.Estão utilizando ferramentas que são apropriadas para uma realidade que nãoexiste mais. É como se estivéssemos tentando utilizar uma chave de fendapara pregar um prego. A chave de fenda é importante mas ela tem outrafunção. É necessário, nessas cirscunstâncias, conhecer melhor a realidadedesse trabalhador e, ao mesmo tempo, desenvolver condições mais apropriadaspara o exercício do trabalho sindical.”

Na página 9, a título de contribuição, encontram-se referências de algumasobras de autoria dos três palestrantes convidados.

Segundo Dia - tarde

O trabalho em grupo, programado para este momento, foi destinado aolevantamento e à discussão de itens da ação supervisora objeto de ajustespor parte do Governo, em especial, o disposto na minuta de decreto que

reorganiza a Secretaria de Estadoda Educação, ora em estudo narede. Esta discussão culminoucom a produção da Carta deReivindicações, publicada aseguir, já encaminhada aoSecretário da Educação e daGestão; ao Governador e àAssembleia Legislativa.

Os Supervisores de Ensino presentes no VI Fórum Sindical APASE, após ampla discussãosobre a importância de uma atuação sindical frente à atual situação em que se encontram ossindicatos e buscando mecanismos de superação de entraves que dificultam a propositura depolíticas públicas, reivindicam o que segue:

Com relação às Políticas Públicas para a área da Educação, reafirmam:

• Efetiva participação dos supervisores, como interlocutores qualificados na: � definição, formu-lação e avaliação das políticas educacionais do Estado de São Paulo; � definição de critérios eprioridades político-educacionais para a destinação de recursos financeiros às ações da Pasta, bemcomo no acompanhamento das aplicações, de modo a atender às necessidades pedagógicas dasescolas e aos princípios éticos que devem nortear o gerenciamento das verbas públicas; � implanta-ção e implementação dos projetos; � elaboração do Plano de Trabalho dos órgãos centrais e regionais,do calendário anual da Secretaria da Educação e dos Projetos Políticos Pedagógicos das UnidadesEscolares; �determinação de políticas públicas, tais como propostas curriculares, definição de matri-zes curriculares, tendo em vista a autonomia da escola.

Com relação à carreira, reafirmam:

• Realização sistemática de concursos públicos para o provimento dos cargos de supervisor,sempre que o percentual de cargos vagos atingir 10%.

• Construção de Plano de Carreira, com a participação das entidades do Magistério, que garanta: �os direitos aos ativos e inativos; � recomposição das perdas salariais; � respeito à data-base; � reajustesanuais; � extensão aos aposentados de todas as gratificações e incorporação ao piso salarial; � movimen-tação de pessoal com concursos anuais de remoção; � garantia de substituição do Supervisor de Ensinoquando de afastamento igual ou superior a 30 dias, independentemente de estar em período de estágioprobatório, sem qualquer prejuízo.

• Redução do tempo de contribuição e idade para aposentadoria do Suporte Pedagógico equipa-rando-o à docência.

• Revisão da evolução funcional, garantindo: � equalização do interstício para evolução funcio-nal do Supervisor de Ensino com o interstício do professor; � aproveitamento na totalidade dostempos de interstício dos cargos e funções anteriores; � consideração de pós-graduação em áreas daeducação e outras a ela relacionada; � correção das distorções de enquadramento do Suporte Peda-gógico no Plano de Carreira do QM e em suas alterações posteriores; � ampliação dos níveis doPlano de Carreira do QM do Suporte Pedagógico.

Com relação à atuação, reafirmam:

• Garantia da Gestão Democrática com: � criação de Conselhos de Diretorias de Ensino, com-postos por representantes dos diversos segmentos (servidores da educação no exercício do cargo emembros da comunidade escolar) para acompanhar e avaliar a execução e a implementação das açõesdas DEs; � estabelecimento de mecanismos democráticos, tendo em vista as políticas públicas deeducação, de avaliação da gestão regional, com propostas de definição de períodos de exercício paraDirigentes Regionais; � articulação negociada dos Planos da Diretoria de Ensino e Projeto Pedagó-gico das Unidades Escolares com o Plano da Secretaria da Educação; � melhores condições detrabalho, no que diz respeito ao pagamento de verbas de transporte e diárias, conforme prevê a Lei n.º10261/68 e aos recursos físicos, equipamentos de informática, materiais em geral; � participação daSupervisão de Ensino nos estudos com vistas à reorganização da SEE, assegurando amplo debate, emespecial no que tange às atribuições gerais desse profissional.

• Política de formação continuada, em serviço, para o Supervisor de Ensino, a partir de suasnecessidades, de modo a: � assegurar espaços, em seu local de trabalho, para pesquisa e grupos deestudo; � propiciar condições para sua participação em cursos de pós-graduação lato sensu e strictosensu (Mestrado e Doutorado), sem restrições quanto ao tempo de serviço; � Incentivar a participa-ção, sem prejuízo de qualquer natureza, em Congressos, Encontros, Simpósios, Colóquios, Sessões deEstudos e outros eventos no campo educacional, promovidos pelo Sindicato-APASE e entidadeseducacionais; � garantir a participação dos Supervisores de Ensino em todas as atividades deformação continuada oferecidas pela SEE.

Finalizando, o grupo de Supervisores de Ensino:

• reafirma o apoio ao perfil do Supervisor de Ensino descrito conforme documento elaborado pelaequipe constituída nos termos da Res. SE 65/2007, e protesta contra a publicação das Instruções Especiaisnº3/2008 que dispõem sobre o Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de Cargos deSupervisores de Ensino, pois as atribuições ao Supervisor de Ensino, ali previstas, restringem a atuaçãosupervisora no âmbito da SE, principalmente com relação ao conceito de Supervisão de Sistema.

• manifesta repúdio: � a qualquer mudança no Plano de Carreira sem prévia negociação com asentidades, conforme obriga o parágrafo único do artigo 25 da LC 836/97; � ao PLC n.º 29/2009,com veemência, que institui Sistema de Promoção aos Integrantes do QM/SE, por ser ilegal, excludentee mascara o debate necessário sobre o Plano de Carreira e sobre reajustes salariais; � a qualquerlegislação que altere as atribuições inerentes à Supervisão de Sistema sem a garantia de amplo debatecom os Supervisores de Ensino.

• reitera repúdio à atual política de gratificação salarial do governo que camufla o cumprimentoda legislação sobre retribuição salarial conforme estabelecido e que descaracteriza o Plano de Carreira.

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nais de profissões similares ou conexas, inclusive as profissões liberais, organizarem-se entre siem sindicatos, tendo por fim o estudo, a defesa e o desenvolvimento dos interesses gerais daprofissão e dos interesses profissionais de seus membros”. A organização era livre e registradacomo entidade civil desde que estivesse de acordo em “promover a harmonia dirimindodúvidas entre Capital e Trabalho”.

Com a reordenação do poder, em 1930, o governo passou a desenvolver uma política nosentido de institucionalizar as relações entre capital e trabalho. Assim, uma das primeiras medidasdo Governo Provisório de Vargas foi a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,com o objetivo de organizar e controlar as relações de trabalho e implementar uma política de “pazsocial”, procurando disciplinar e evitar os conflitos sociais e impor a colaboração e a harmonia entreas classes. Nos anos 1930/1943, foi estabelecida uma ampla e complexa legislação trabalhista, quefoi ampliada e sistematizada na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (1943). Essa legislaçãonão era extensiva aos trabalhadores rurais, sendo exclusiva aos urbanos.

Paralelamente, de 1931 a 1939, o governo criou uma estrutura sindical totalmente subor-dinada ao Estado. Sua intenção foi nítida: disciplinar e evitar conflitos sociais e impor a harmoniaentre as classes. Em 1939, pelo Decreto-Lei nº 1402, a legislação sindical que vinha sendo postaem prática desde 1931 ganhou sua configuração final e plena e seria complementada em 1940pela criação do imposto sindical. Essa estrutura sindical seria a mesma para as organizações dostrabalhadores e dos empresários e não era permitida a sindicalização dos servidores públicos e dostrabalhadores rurais. Em resumo, ela impunha o controle das entidades pelo Ministério doTrabalho, a unicidade e a verticalidade e a concepção de que o sindicato deveria ser um órgão decolaboração. Ela seria também mediada pela Justiça do Trabalho.

O que de fato se fez após 1930, foi recriar a sociedade civil por meio do Estado, subordinan-do-a a ele. As relações capital/trabalho foram regulamentadas via criação de uma estruturacorporativa. “Na proposta corporativista caberia ao Estado, através de sua elite dirigente, definirnovas formas de organização e de participação. Dentro dessa preocupação julgava-se que associedades deveriam ser organizadas não a partir de ideologias políticas, mas sim dos grandesramos da produção econômica, o que por sua vez definiria, no plano macro, os interesses maisamplos da sociedade”1. Dessa maneira, o Estado do “ponto de vista social e político, regulou asrelações sociais, absorveu no interior de suas estruturas os interesses sociais e se transformounuma arena de conflitos, todos eles politizados, mediados e arbitrados pelos seus agentes.”2

Essa estrutura corporativa sobrevive, com pequenas modificações, até hoje. No início dosanos 60 foi estendido o direito de organização sindical e os direitos da legislação presentes naCLT aos trabalhadores rurais. E, em 1988, na Constituição, foi retirada a exigência de estatutopadrão, abolido o poder de intervenção do Ministério do Trabalho nas entidades e o direito àsindicalização aos servidores públicos.

Muitos interpretaram o movimento sindical do pós-1930 como sendo um movimento

Organizações Sindicais, Estado eSociedade Civil no Brasil

José Antonio Segatto

O movimento sindical no Brasil acumula experiências que ultrapassam mais de um século.Ao longo desse largo processo histórico acumulou um importante patrimônio de conquistas,expressas não só em direitos sociais, mas também civis e políticas. Os limites e a extensão dessasaquisições e práticas não podem ser dissociados das complexas relações entre Estado e sociedadecivil no Brasil, nos diversos momentos da história brasileira desde fins do século XIX.

Num primeiro momento, que vai até os anos vinte do século passado, as relações de trabalhoforam reguladas pelo liberalismo expresso na Constituição de 1891 que afirmava a não interven-ção do Estado no mercado e nas relações de trabalho – sua regulamentação era vista comoatentatória à livre circulação de mercadorias, mais especificamente à compra e venda da força detrabalho. Por isso, a legislação trabalhista praticamente inexistia. Os conflitos derivados dasrelações de trabalho caíam na jurisdição do Código Penal, sujeito à criminalização e à constanteperseguição e repressão.

Somente a partir de 1919 é que a política do Estado sofre modificações face aos problemasnas relações de trabalho. Em função dessas mudanças, foram feitas diversas leis trabalhistas entre1919 e fins dos anos vinte. Elas foram frutos das pressões e movimentos reivindicativos queocorreram com grande intensidade entre 1917/19 e também pelo fato de o país ser signatário doTratado de Versalhes, que exigia a adoção de medidas legislativas no que diz respeito às relaçõesde trabalho.

Os movimentos reivindicativos foram, geralmente, organizados e dirigidos por entidades decaráter e projetos diversos e/ou muito heterogêneos. As associações mutualistas ou de socorromútuo foram as primeiras organizações classistas a serem criadas e surgem ainda no século XIX.

Essas formas primitivas de organização dos trabalhadores tiveram fins assistenciais e de ajudamútua em casos de doença, acidente, velhice e outros. Com o tempo, algumas ultrapassaram oassistencialismo e reivindicaram melhores condições de vida e de trabalho. Posteriormente, essasprimitivas formas de organização se desenvolveram e evoluíram para a formação de uniões e ligasoperárias que tinham por objetivo organizar a resistência dos trabalhadores contra a exploraçãopatronal – daí o nome de associações de resistência.

No início do século XX, muitas dessas uniões e ligas de resistência evoluíram e deramorigem aos sindicatos e, mesmo quando mantiveram a denominação original de liga, união ououtra, exerceram papel semelhante ao dos sindicatos. Entretanto, a primeira lei sindical, de1903, regulamentou a formação de sindicatos de profissionais da agricultura e de indústriasrurais. Os sindicatos urbanos só foram regulamentados em 1907, facultando “aos profissio-

ImpressõesLeila Maria Honsi Kerbauy,

São José do Rio Preto - “Achei mui-to interessante a palestra do pro-fessor Segatto, uma visão históri-ca que ele deu, que serve para agente conhecer um pouco mais afundo essas questões sindicais. Nosdeu subsídios, um conhecimentomais amplo, uma visão que enri-

quece inclusive a própria atuação da entidade. O queestá mudando hoje, essa visão atual que ele está nosdando do papel do sindicato, a necessidade de incor-porar essas mudanças. Estou achando excelente. Umprofessor que fala com conhecimento, que resgata umpouco da nossa história. Estou gostando muito. Acre-dito que, neste momento, a gente começa a ver umnovo caminho de atuação das próprias entidades. Éuma palestra para reflexão, ela permite essa reflexão,uma tomada de direção. Uma retomada, uma nova

direção, um novo direcionamento da própria atuaçãodessas entidades de classe. Estou achando muito bom.”

Maria Dalva Bertani de Freitas,Jaboticabal - “Estou gostando mui-to porque, além dessa parte sindi-cal que está sendo abordada e é onosso interesse maior, a apresen-tação está me fazendo lembrar deum período da minha vida, quan-do eu era criança, que eu vivi ogetulismo. Como o professor

Segatto focalizou bastante essa parte, eu achei muitointeressante. Também acredito que uma tomada deposição, a partir desta reunião, é possível. Passamosa entender melhor toda essa evolução do sindicalismono Brasil e tenho impressão de que nós também va-mos poder atuar no nosso sindicato de forma maispositiva, conhecendo melhor tudo isso.”

Sebastião Aparecido Ferreira, Piracicaba - “Acheibastante importantes as palestras porque, por exem-

plo, essa questão política estava umpouco esquecida. Foi importanteretomar esse tema, dar umaconscientização para a categoria,para os supervisores, já que real-mente há um nível de consciênciamuito baixo. Acho que é um pou-co complicado disseminar esse tipode conteúdo nas Diretorias de En-

sino, principalmente porque as DEs estão vivendo ummomento de muita tensão, de muito medo. A própriapolítica do Governo leva a isso. E, ainda, hoje foi le-vantada a questão... há pessoas que não querem parti-cipar para não descontar no Bônus. Mesmo assim, euainda acho que é possível o Conselheiro reunir o gru-po da Diretoria em algum momento e tentar conversarsobre essa questão política. Nós temos que ter espe-rança e luta. Não adianta, também, ter esperança eficar de braços cruzados. É esse o caminho, através daconscientização, da briga por espaço dentro da Dire-toria para discussão, etc que vamos conseguir dar umareerguida nessa consciência do supervisor.”

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manipulado, controlado e subordinado ao Estado e aos ditames de políticos governamentais.Dizem que, ao mesmo tempo em que atendia algumas das reivindicações dos trabalhadores(outorga da legislação trabalhista), procurava controlá-lo e manipulá-lo, impedindo sua organi-zação e intervenção autônoma e independente.

Um outro tipo de compreensão do processo histórico brasileiro no pós-1930 assinala que asrelações entre o movimento sindical não foram tão tranquilas como querem fazer crer determina-das explicações. Ao contrário, foram bastante tensas e nos anos 1950/60 caminharam progres-sivamente no sentido da autonomia. E, na medida em que foram conquistando-a, aumentou apressão sobre o(s) governo(s), procurando forçá-lo à realização de reformas estruturais.

Paralelamente, o movimento sindical aproveitou-se das instituições corporativas para seapoderar de agências estatais ou para-estatais e influir no aparato governamental, criando, inclu-sive, uma situação anômala, na medida em que começou a subverter as finalidades (de controlee subjugação) motivo de sua criação. Dessa forma, a estrutura sindical passou a ser utilizada comoinstrumento para favorecer o desenvolvimento das lutas e mobilizações. “O imposto sindical...criado para viabilizar a perpetuação no poder de lideranças pelegas, nas mãos de um sindicalismolivre se vira em poderoso instrumento de sua influência social. Todo esse processo se agrava coma expansão na sociedade da ideologia operária que atrai intelectuais e profissionais liberais, algunsem posições chaves no interior do Ministério do Trabalho, na Justiça do Trabalho e na Previdên-cia Social”.3

Outros afirmam que o Estado criou uma verdadeira engenharia institucional com a imposi-ção de uma “cidadania regulada”, que não é universal, pois incorpora somente “aqueles membrosda comunidade que se encontram localizados em qualquer uma das ocupações reconhecidas edefinidas em lei [...]. A cidadania está embutida na profissão e os direitos do cidadão restringem-se aos direitos do lugar que ocupa no processo produtivo, tal como reconhecido por lei [...]. Aregulamentação das profissões, a carteira profissional e o sindicato público definem, assim, trêsparâmetros no interior dos quais passa a definir-se a cidadania”.4

Se, por um lado, a legislação trabalhista e sindical atrelou o movimento operário/sindical aoEstado, criou uma estrutura corporativa, uma “cidadania regulada”, por outro, apresentou apossibilidade de manter os interesses dos trabalhadores na arena política através da intermediaçãodo Estado, instrumentalizando os sindicatos a enfrentarem a intensa exploração do patronato.

A indagação que pode e deve ser posta é: como se explica a longa sobrevida dessa estruturacorporativa? – quase sete décadas, com algumas mudanças que não alteraram sua essência. Foi,inclusive, nos seus elementos básicos, incorporada, com algumas inovações, à “ConstituiçãoCidadã” de 1988, como foi chamada. E, nas décadas de 1980/90, quando se colocou a questãoda reforma do Estado e, no seu bojo, a revisão da legislação trabalhista, da estrutura sindical, daJustiça do trabalho, qual foi a reação do movimento sindical? De resistência, defensiva e deconservação, contra ofensiva neoliberal que propugnava a mutilação e a subtração de direitos.Mas sem propor novas alternativas – mesmo de alargamento e de novos direitos -, agarrando-seà defesa da velha estrutura corporativa.

Nas últimas três décadas, pelo menos, o mundo e o Brasil em particular, passou por umprocesso de profundas transformações. A reestruturação do capitalismo, a globalização, a crise dosocialismo, as inovações técnico-científicas e outras, alteraram substancialmente as relações detrabalho com repercussões intensas e extensas nas formas de organização sindical e políticas e nosmovimentos reivindicativos dos trabalhadores. Modificaram-se “os padrões de sociabilidade,vida cultural e consciência, simultaneamente às condições de organização, mobilização e reivin-dicação. Os padrões de trabalho, organização e consciência que se haviam produzido e sedimentadono âmbito da sociedade nacional, são reelaborados ou abandonados, já que a nova divisãotransnacional do trabalho e produção, na fábrica, estabelece outros horizontes e limites desociabilidade”.5

Nesse quadro histórico aberto no último quartel do século, onde pode-se dizer que o capitalis-mo entrou mesmo numa nova fase, as antigas formas de organização sindical – e não só a corporativa– não teriam se tornado anacrônicas? No caso do Brasil, seria possível manter a estrutura sindicalreatualizada, reformada? É uma questão que o movimento sindical, mas não só ele, tem urgênciaem enfrentar – ou ele se reinventa ou definhará e corre sérios riscos de ficar à margem da história eo pior, junto com ele todos os que, para sobreviver, dependem da venda da força de trabalho.

1 D’Araujo, Maria Celina. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. In: Ferreira, Jorge & Delgado, Luciliade A. Neves (org.). O Brasil Republicano. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003, v. 2, p. 218.2 Draibe, Sonia. Rumos e metamorfoses. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985, p. 20.3 Vianna, Luiz Werneck. A classe operária e a abertura. São Paulo, Cerifa, 1983, p. 100.4 Santos, Wanderley Guilherme dos. Cidadania e Justiça. 3ª ed., Rio de Janeiro, Campus, 1994, p. 68-9.5 Ianni, Octávio. A era do globalismo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1996, p. 165.

Sugestões de leitura

� FREDERICO, C. ; Francisco Teixeira .Marx no século XXI. 1. ed. São Paulo:Cortez, 2008. 197 p.

� FREDERICO, C. . A sociologia dacultura - Lucien Goldmann e os debatesdo século XX. 1. ed. São Paulo: Cortez,2006. v. 1. 168 p.

� FREDERICO, C. . Crise do socialismoe movimento operário. São Paulo: Cortez,1995. 104 p.

� POCHMANN, M. . Qual Desenvol-vimento? Oportunidades e Dificuldades doBrasil Contemporâneo. 1. ed. São Paulo:Publisher Brasil, 2009. v. 1. 167 p.

� POCHMANN, M. . A Superter-ceirização do Trabalho. LTr: São Paulo - SP,2008. v. 1. 120 p.

� POCHMANN, M. (Org.); GUERRA,Alexandre (Org.); AMORIM, Ricardo(Org.); ALDRIN, R. (Org.) . TrabalhadoresUrbanos: Ocupação e Queda na Renda.São Paulo: Cortez Editora, 2007. v. 1.

� SEGATTO, J. A. (Org.); ZEVALLOS,E. A. (Org.). J. C. Mariátegui e o Marxismona América Latina. 1. ed. Araraquara:Laboratório Editorial, 2002. v. 1. 127 p.

� SEGATTO, J. A. (Org.); BALDAN,U. (Org.). Sociedade e literatura no Brasil.São Paulo: UNESP, 1999. v. 1. 220 p.

� SEGATTO, J. A. . Formação da ClasseOperária no Brasil. Porto Alegre: MercadoAberto, 1987.

José Antonio Segatto � SEGATTO, J. A. Reforma e Revolução:as vicissitudes políticas do PCB (1954/64). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1995. v. 1. 270 p.

� SEGATTO, J. A. (Org.). História daseleições: memória da democracia. São Paulo:DPH/SMC/Prefeitura do Município deSão Paulo, 1985.

� SEGATTO, J. A. (Org.). 1º de Maio:imagens e história do trabalho. São Paulo:DPH/SMC/Prefeitura do Município deSão Paulo, 1985.

� FREDERICO, C. (Org.). A esquerda e omovimento operario - Vol.III. AReconstrução (1978-1984). 1. ed. BeloHorizonte: Oficina de Livros, 1991. 356 p.

� FREDERICO, C. (Org.). A esquerda e omovimento operário - Vol II. A Crise do'Milagre Brasileiro'(1972-1977). 1. ed. BeloHorizonte: Oficina de Livros, 1990. 243 p.

� FREDERICO, C. (Org.). A esquerda eo movimento operário - Vol I. A resistênciaà ditadura (1964-1971). 1. ed. São Paulo:Novos Rumos, 1987. 348 p.

� POCHMANN, M. (Org.); FAGNANI,E. (Org.). Debates Contemporâneos -Economia Social e do Trabalho: Mercado deTrabalho, Relações Sindicais, Pobreza e AjusteFiscal. São Paulo: LTr, 2007. v. 1. 205 p.

� POCHMANN, M. Relações deTrabalho e Padrões de Organização Sindicalno Brasil. São Paulo: LTR, 2003. v. 1.

� POCHMANN, M. (Org.); OLIVEIRA,C. A. B. (Org.); MATTOSO, J. E. L.(Org.); OLIVEIRA, M. A. (Org.);SIQUEIRA NETO, J. F. (Org.). O Mundodo Trabalho: Crise e Mudança no Final doSéculo. São Paulo: Editora Página AbertaLtda., 1994. 671 p.

Celso Frederico

Marcio Pochmann

Agradecimentos

Aos expositores presentes ao Fórum, o agradecimento es-pecial do Sindicato-APASE: Daniel Roberto, da Géia;Anderson do Rosário, da Editora Vozes; e Marlon Nasci-mento, da Direcional Educador.

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10 191 - outubro de 2009Fala Supervisor

Colega aposentado, não se esqueça de efetuar, este mês, o seu recadastramento

obrigatório, em qualquer agência do Banco Nossa Caixa. Os funcionários ativos

devem acessar www.gestaopublica.sp.gov.br/recadastramentoanual

Dia 01 - Célia Ap. Vituli da Silva, Francisco A.Damito, Geny de Oliveira Ramos, Ivan Luiz A. deAndrade, Ludenger Fregolente, Maria do Carmo R.dos Santos, Robinson Felix A. de Oliveira, RosaVirgínia Muff Machado, Sulamita Ponzo de Menezes,Therezinha Vichiatti e Vilson Barcos Lindquist.Dia 02 - Benedicto Nunes, Darcy Borges GranieriMader, Deolinda Silva Pereira, Helena da AssumpçãoReis da Silva, Jair Sanches Vieira, Renata FernandesCrespo Cintra e Vanda Maria Zanini Toledo.Dia 03 - Édie Antonio Sandi, Helenice dos S.Carvalho, Leny Cescato, Maria Emilia D. Carreira,Maria José A. Rocha R. da Costa, Maria TherezinhaD. Fiorotti, Romualdo V. Poliseli, Rosangela M. XavierBonfietti, Sílvia Martins Rodrigues, Terezinha M.Canno Betoni e Wilson Ap. Pigozzi.Dia 04 - Alzira Ferreira Engler, Antonio do A. TibagyFilho, Celso de Castro Scafi, Cristina M. Salvador,Joaquim Bento Feijão, José Maurício Grothe, MariaAmália F. Alves, Maria Angélica Batista, Nalzira dosSantos e Neusa Falsarella Murakami.Dia 05 - Arlindo Roque Boufleuer, Elde SusanOliveira Basso, Eunice R. de Souza Pereira, JoanaCândida Moreira da Silva Prandi, Margareti de FátimaQuinteiro Carneiro da Silva, Maria do Rosário S.Bernardi Ribolla, Maria Izabel Cabana Zoricic, MariaNazareth Gonçalves, Mary Rose Cataldi Machado,Osni Edson Fernandes, Rosangela Aparecida PratesTavares Avila e Vera Maria Delício Pereira.Dia 06 - Adele Rodrigues de C. Vecchi, AugustoSpada Filho, Eliana Costa da Cruz de Negreiros, IltaIris da Silva Romanos, Lourdes de Fátima CaçadorBernardes Silva, Mário Nunes da Silva, Sebastião SilvaVieira e Sônia Cristina Alves Ferreira.Dia 07 - Carmem Lídia A. Miranda Budiski,

Acontece

Margareth Dias K. Paccini, Maria Ap. da Silveira MeloBrito, Maria do Rosário D. Heitzmann, Telma A.Marques Vieira e Valéria Márcia M. de Paula Martins.Dia 08 - Ana Maria Leonel Vieira dos Santos, CleideComi, Euvaldette Machado Silva, Hilda VieiraMaschietto, Mara Elisa Capovilla Martins de Macedo,Maria Aparecida Mazaro da Costa, Maria Cristina deMoraes Noronha e Yoshiko Okada de Moraes.Dia 09 - Aparecida Lourdes Mazza Lima, DeniseAparecida Ribas Faria, José Maria Pereira Alves,Neyliane Rocha da Silva de Souza, Reginaldo AmaralMiranda e Yolanda Limongeli Vianna.Dia 10 - Clarice Vieira Barsi dos Santos, DanielBarbosa de Andrade, Elaine Junqueira Golmia, Emíliada Silva Mendonça, Kimiko Oogui Makiyama,Lourdes Ap. Scalla Botelho, Maria Imaculada GarciaBedran Gauy e Mônica Aparecida Lima Nakamoto.Dia 11 - Ana Rosa Morghetti, Anna Maria QuadrosB. de Carvalho, Clélia M. Uchoa Falcão, Maria Ap.Cheruti, Nizi Rolim Prudente dos Santos, Raul Lobo,Renata Noely Barbuy Melchior e Toyoko Uzuba.Dia 12 - Celina M. Arêdes de Faria, Helena Ap.Lima de Macedo, Iracema Fernandes Trigo, JoãoBaptista Tiburcio de Almeida, Maria do Carmo SucissiBlodorn, Maria do Rosário Almeida Freitas, MariaSilvia do Livramento Barreto Vargas de Souza, RosauraAparecida de Almeida e Terezinha Yoshitake Hori.Dia 13 - Antonio Euflausino de Souza, Cristina deC. Mabelini Silva, Linda Alteparmakian, Magali Ap.Monteiro da Cruz, Márcia de Carvalho Gatti, MarleneScarciello de Campos, Nilce Signorini, Telma Tenóriode Assunção e Terezinha Aparecida Ferreira Costa.Dia 14 - Dalva Leite de Almeida, Hyleia BuenoCartes, José Vitório Manrique, Miriam de CarvalhoMatarazzo, Neide Cândido Braz da Silva, Rosangela

Porto Barros, Tereza de Jesus Coimbra Amed ZuleikaGirardi Rosa.Dia 15 - Adelina Messura Matheus, Lourival Mendes,Maria Ap. Fornari Destro, Maria de Lourdes Ceolim,Massako Suehiro e Yara Machado Branco Ramos.Dia 16 - Antonio Pupo, Déborah Elyana Lost Forni,Geralda Bueno Carpes, Maria do Rosário C. Laguna,Maria Teresa da Fonseca, Nereide Manginelli Lamas,Neusa Nogueira de Moraes, Roseli Terra OliveiraCosta, Silvinha Moreira Saad e Solange Teresa Galleti.Dia 17 - Denise Pinto Albino, Maria Nagilda Cesar,Osvaldo Nappi e Wilma Clarice Morlin.Dia 18 - Daisy Gregio, Domingas M. do CarmoRodrigues Primiano, Edvard de Oliveira, Iara R. dosReis Souza Mateus, Lenise Dolce de Lemos, MaudeAndrade do Amaral Moraes e Simone Helena Pessutti.Dia 19 - Cássia Regina Gasparin dos Santos, EusaBatista Vilar Silva, Flora Maria de Jesus, Janair PortoLoddi, José Claudio Tavares, José Farouk RaffoulMokodsi, Kazimira Deveikite Climachauska, MaraMuricy Melo, Maria Apparecida Bernardes Roberto,Marisson Pedro Camargo e Neusa Torres Cunha.Dia 20 - Cledenir Cordioli, Fernando Leandro deFigueiredo, Francelina Augusta de Almeida Lima,Izabel Alonso Gonçalves, João Evangelista Menezes,Júlio Carlos da Silva, Marilice Merchan Giaxa, OdilaAmélia Veiga e Suely de Castro Giglio Viscaíno.Dia 21 - Carlos Roberto Loureiro de Melo, CleydePião Ferraz, Dorothildes Mancinelli, Geralda Machadode Melo Lima Gregorutti, Laura Maria Teresa FilpiMauro, Therezinha Mercia Martins Romar, Vicentede Paula Brito e Yoko Komaki de Nomura.Dia 22 - Ana Márcia de Pauli Paglioni, José TosteBorges, Sérgio Vieira de Sousa e Sonia Aparecida SantosPinheiro do Carmo.Dia 23 - Ana Amélia Z. Copesco, Ana Isabel Fogaçade Camargo Barros, Ana Maria Ap. de Abreu GuedesPinto, Benedito Valter Boteca, Bernardina Lúcia deArêdes, Maria Emilia D’Annibale Orsi, Maria LuciaMorrone e Susete Prado de C. Mestrinelli.

Caros colegas Supervisores

Dia 24 - Bárbara Alves Prado, Esmeralda Barbará deOliveira, Ivone Silveira Sucena, Lizete Ap. Maróstega,Maria Helena Rossi, Marylena Calabretti, NazarethLemos Maldonado Peres e Odete Ferraz Pinassi.Dia 25 - Ana Maria Battistuzzo Teixeira Pinto,Enedina Maria Piffer, Heide Lambertucci, MariaCristina Tiburcio de Paula Eduardo, Neide Pereirade Sousa Servo, Sandra Gonçalves de Souza e SandraMara Bernardi Ortolan.Dia 26 - Adherbal R. González, Elizete Beirão da Rocha,Ivani Ruela de Oliveira Silva, Maria Izabel Capua Maia,Monica Ap. Freire Rodrigues, Neila Barreto, Raja BouAssi Peric e Rita de C. Pérez Monteiro.Dia 27 - Angela M. Furquim Carneiro, Dione BertiO’Connor Shirley, Heloisa Helena da S. Ramos, IolandaHirose de Oliveira, José Ramos de Brito, Maria daGloria Urbano Azenha, Neide Cunha, ReginaGiovanini Geraldino e Silvia Teresinha dos S. Moreira.Dia 28 - Edith Jandyra Caccia Rosalem, ElouiseDavis Horn Corsi, Josmarina Bueno Ferraz, MariaLígia Fernandes Branco, Maria Rachel de OliveiraMartins Ramos, Maria Regina Neves Pedroso Ramos,Marilda Aparecida Leme, Paula Marcia MeimbergMauad, Semiramis Saba Ruggiero, Sueli MilazottoRici e Vera Elisa Furlan Denipote.Dia 29 - Ana Claudia Fernandes, Manoel Vieira deCastro Neto, Maria Inês Gonçalves de Oliveira,Marilisa Cássia Roversi Zago, Neide Camargo Gigekedos Santos e Vera Lúcia Nocera Sugayama.Dia 30 - Antônio Astolpho, Edgard Benedito Bueno,Erivelto Domingos Filetti, Marli Rodrigues SiqueiraConstantino, Mirtes Cecília Crosara de CarvalhoPinto, Rosa Aparecida José Chimoni e Terezinha Mariade Souza Alves Nunes.Dia 31 - Antonio Joaquim Rocha, Áureo de AmorimBarros Netto, Edenilce Hortencia Jorge Elliott, JoanirFernandes Martinez, José da Fonseca Neto, LucilaZanardo Duran, Maria de Lourdes Xavier Leonardo,Narzira Zanelato do Lago, Neuza Aparecida Pereira eRosaly Aparecida C. A. Leme.

Honória Magalhães de PaulaSupervisora de Ensino - São Paulo

Durante esses meses de trabalho a favor da melhoriasalarial do aposentado do Quadro do Magistériopaulista, eu acho que vivenciei o provérbio popular: aunião faz a força.

Embora eu estivesse sozinha em muitas ações de-senvolvidas, eu sabia que representava o anseio demuitos que talvez não tivessem a condição necessáriapara executá-las, pela distância, pelo desconhecimen-to, ou até mesmo por questões de saúde e outros porconvicções pessoais.

Agradeço a todos que, de alguma forma, contribu-íram para que eu levasse adiante essa luta. Atirei emdiversas frentes, de diferentes formas a favor dessacampanha que é independente, suprapartidária e comretidão de propósito.

Agora é organizar o abaixo-assinado, fazer chegaràs mãos do Governador e aguardar o melhor resultadopossível. Obrigada a todos.

Desde junho, a colega Supervisora tem seus manifestos publica-dos no Jornal APASE. Com dedicação e persistência, ela vem conse-guindo mobilizar seus pares e agradece o apoio deles.

Supervisora de Ensino questiona Governador

Tereza Maria Reis ToledoSupervisora de Ensino - São Paulo

Senhor Governador SerraNão vou chamá-lo de Professor, como costumo

fazer, porque depois que o magistério, e os aposenta-dos em especial - apartheid, foram tão desprezadospor sua administração, acho que não gostaria de serconfundido conosco.

Também, não o chamo por Excelência, afinal vi-rou palavrão da língua portuguesa a partir dosdescalabros do Senado e o senhor não merece tanto.Pelo menos, o tratamento Senhor ainda não está com-prometendo tanto.

Tenho uma pergunta que não cala e vou fazê-laapesar de nunca receber respostas a não ser por meiode Projetos de Lei, etc... etc..., impostos e de mãoúnica. Não é permitida a discussão, não aceita su-gestões e os nossos representantes não são ouvidos.

As portas do Palácio do Governo foram fechadaspara o Magistério e para todo o funcionalismo públi-co estadual.

Lembro-me do Governador Montoro e o Senhor,como seu Secretário de Planejamento. Que saudade!Gostaria de saber por que só o magistério está sendo

maltratado? Afinal, temos sido bons cumpridores dasordens (senão somos processados). Talvez o que faltaé um pouco de espírito crítico. Se erramos tanto nes-ses últimos anos, como o senhor vem apregoando enos culpando pelas mazelas da educação paulista (mui-tas das suas medidas estão corretíssimas), por que os“mandantes” são premiados? Deparamo-nos com aindicação de três das últimas Secretárias da Educa-ção para o Conselho Estadual da Educação de SãoPaulo. Já pensou o estrago?

Professor é aquele que não esquece uma regraelementar da nossa sociedade – do prêmio e do cas-tigo - para que haja Justiça.

Mais uma pergunta: Por que o quarto mandantedos desmandos não foi indicado para o dito Conse-lho? Ele já teria feito a opção pela mudança de parti-do para carrear votos para opositores? Que figuraça!

Terei resposta desta vez?Em aguardo. Um abraço.

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11191 - outubro de 2009

Agenda outubro

Receitas Valor R$

TOTAL DO DEMONSTRATIVOSão Paulo, 31 de agosto de 2009Jorge Costa – CRC – 1SP132311/07 CONSELHO FISCAL: Vicente DinizFilho, Neli Cordeiro de M. Ferreira e Albertina de Fátima Esteves Passos.OBS: O Balancete de agosto foi analisado e aprovado pelo ConselhoFiscal na reunião de 25/09/2009.- Os documentos referentes aos balancetes estão à disposição paraanálise dos filiados, na sede deste Sindicato.

Contribuições de SóciosRendimentos de Aplicações FinanceirasReceitas EventuaisDespesas RecuperadasTotal das Receitas

DESPESASDespesas AdministrativasDespesas OperacionaisContas a pagarTotal das Despesas

DEPARTAMENTO JURÍDICOReceitas Custas JudiciaisDespesas Depto. JurídicoResultado Líquido Depto. Jurídico

ENCONTRO APASEReceitas Encontro APASEDespesas Encontro APASEResultado Líquido do Encontro

PLANO DE SAÚDE UNIMEDReceitas de ConveniadosDespesas de ConveniadosResultado Líquido Plano Unimed (*)

RESUMOSaldo Anterior(+) ReceitasSubtotal(-) Despesas(+) Resultado Líquido Unimed(-) Resultado Líquido Depto. Jurídico(-) Resultado Líquido Encontro APASESaldo Atual

DEMONSTRATIVO DO SALDOCaixaSantander - Ag. RepúblicaBanco Nossa Caixa S/A - Ag. V. BuarqueBanco Nossa Caixa S/A - Fundo Curto PrazoContas a receberIRRF a compensarINSS a compensar

86.742,94

613,20

139,95

-

87.496,09

29.714,02

31.414,99

-

61.129,01

977,00

6.705,56

(5.728,56)

-

678,90

(678,90)

240.402,43

240.490,21

(87,78)

194.066,06

87.496,09

281.562,1561.129,01

87,78

5.728,56

678,90

213.937,90

600,00

75.291,14

7.296,45

127.453,51

-

1.516,80

1.780,00

Às segundas - feiras, das 9 às 11 horas, e às quintas-feiras,das 14 às 16 horas - e-mail: [email protected]ão do Advogado APASE

Balancete referente agosto/2009

01 – Audiência Pública CONAE 2010 - ALESP

02 a 04/10 – CONAE 2010 - Anhembi

06 – Campanha Salarial - Coletiva Imprensa - sede

09 – Discussão da minuta de Decreto de Reorganização das DEs - sede

13 a 16 – Semana da Luta e Luto pela Educação - em todo o Estado

15 – Ato Público Magistério - Praça da República

23 – Reunião Diretoria e Conselho Fiscal – sede

26 – VI Encontro Estadual CCM/ IAMSPE - Socorro

27 – Sessão de Estudos - sede

27 – Comite de Ética em Pesquisa Científica - IAMSPE

29 – Reunião CCM/IAMSPE

Jurídico

213.937,90

Ações Ganhas em definitivo

Carmen Dalpino Ribeiro Mendonça e demaisautores, a seguir discriminados, após trânsitoem julgado, tiveram reconhecido o direito àincidência dos adicionais por tempo de serviçosobre a Vantagem Pessoal. Os interessadostiveram a sentença procedente da 4ª VFPrconfirmada na 1ª Câmara do Tribunal deJustiça. Autores: Eliana Pahim Martins Gomes,Ideovaldo Ribeiro de Almeida, José Dujardisda Silva, Maria Conceição Macedo AlvesFerreira de Paula, Maria Cristina Pirajá Martinsde Noronha, Maria Júlia de Araujo Simões,Orsy Nascimento Oliveira, Rita Maria Viegasde Brito e Vera Elisa Furlan Denipote o direitoa receber a incidência dos adicionais por tempode serviço sobre a vantagem pessoal. (1692)

Pleiteando inscrição nos termos da ResoluçãoSE 57/08:O Tribunal de Justiça, revertendo sentença de1ª instância da 12ª VFP, garantiu a NanciMolinari de A. Camargo o direito para, nostermos da Resolução SE 57/08, inscrever-se eparticipar das atribuições para substituirSupervisor de Ensino (1764)O Tribunal de Justiça, confirmando sentençade 1ª instância da 12ª VFP, garantiu a Mariade Fátima S. Guatelli o direito para, nostermos da Resolução SE 57/08, inscrever-se e

participar das atribuições para substituirSupervisor de Ensino (1779)Pleiteando o pagamento correto do artigo 129da Constituição Estadual:- Sentença de 1ª instância da 5ª VFP garantiua Ilio De Nardi, Ariadeney Valente F. Pinto,Braz Antonio da Silva, Braz Keichu Kiatake,Ilda Balbino de A. Braga, Ivone Matar Feuz,Leny Cescato, Maria Alba G.Kiatake, MariaInez Molento e Maria José H. De Nardi o direitoa receber a sexta-parte incidindo sobre asgratificações e vantagem pessoal. (1744)Pleiteando a incidência dos adicionais portempo de serviço sobre as vantagensincorporáveis:- Sentença de 1ª instância da 13ª VFP garantiua Maria Ap. da Cunha, Darcy Zambuzi deCampos, Gilda Morelli, Jane Fátima Paiva F.Bedran de Castro, José Manoel de L. Tavares,Maria Eneida F. Saliba, Marta Elizabete deAraujo, Nilda Therezinha V. Tavares, Sônia M.de S. Santa Cruz e Valdete Estevinho Rinaldio direito à incidência dos adicionais sobre todasas vantagens. (1820)Pleiteando a equiparação de vencimentos deDelegado para Dirigente Regional de Ensino:- Decisão do Tribunal de Justiça, revertendosentença de 1ª instância da 12ª VFP, garantiu aAntonio Admir Schiavo, Claudete T.Zimmermann, Elizabeth Janzon Nogueira, JacyIeda de Souza, João Luiz Sene, Maria Fides K.Monteiro, Maria Zilda Cesarotto, Nereida M.

Acontece

Nucci, Thelma A. Bóbbo e Vanilsa Garcia Larao direito a receber os proventos de Delegado deEnsino, com base nos vencimentos de DirigenteRegional de Ensino. (1759)Mandados de Segurança impetrados

Pleiteando atribuição de cargos nos termos daResolução SE 57/08, aos filiados APASE quese encontram no período de estágioprobatório:Processo 053.09.031963-2 – 9ª VFP – VâniaMaria SoaresProcesso 053.09.032957-3 – 3ª VFP –Margareti de Fátima Q. Carneiro da SilvaProcesso 053.09.033274-4 – 9ª VFP –Adelaide Maria Gomes Coelho GodoyProcesso 053.09.033768-1 – 12ª VFP – ÉricaCristina de Bessa NakanoProcesso 053.09.033991-9 – 13ª VFP –Rosângela Aparecida Prates Tavares ÁvilaProcesso 053.09.033992-7 – 14ª VFP –Rosângela Ruiz GomesProcesso 053.09.034695-8 – 2ª VFP –Márcia Monteiro ManzanoPleiteando atribuição de cargos nos termos daResolução SE 57/08, aos filiados APASE quese encontram no período de estágio probatório:Processo 114.09.058602 – 2ª VFP/Campinas– Evaldo Xavier da Cunha

Outras ações que estão sendo distribuídasconstarão da próxima edição.

Novos Filiados

Setembro/2009

O fortalecimento do Sindicato-APASEdepende, inicialmente, de sua filiação.

Parabéns pela adesão! A Luta é Nossa!

�Anna Theresa Debreix Graciottin�Edson Machado�Elisa Regina Mollica Vallese�Helenice Dias Martins Rocha�Ivete Picarelli�Luis Antonio Nunes�Márcia Pereira Marchesin�Márcia Suzana Pinto Zoccal�Marcos Pedro Rezende� Margareti de Fátima QuinteiroCarneiro da Silva�Marlene Aparecida Barchi Dib�Marta de Fátima Silva Forsan�Neyliane Rocha da Silva de Souza�Regina Littério de Bastos Ferrari�Solange Conceição Pires de Campos�Teresa Cristina Adami Latuf Ayres�Vanilda Aparecida Pereira da Silva Nota de Falecimento

Com pesar, noticiamos o falecimento dos Supervisores de Ensino filiados APASELúcia Helena Ninno de Aquino, dia 23/07/09, em Dois Córregos, SP

Luiz Walter Schlaich, dia 02/08/09, em São Paulo, SPÉdie Antonio Sandi, dia 01/09/09, em Lins, SP

Supervisora é notícia�Maria das Graças Marins Daemon, com 21 anos no magistério eapós passar pelas funções de professora, coordenadora pedagógico,diretora de escola e supervisora de ensino, desde janeiro, aceitou odesafio e tomou posse como Coordenadora Municipal de Educação deTaquarituba. O Sindicato cumprimenta-a pela dedicação na buscapor um ensino de qualidade e agradece a sua visita à sede APASE no

mês de agosto, cujo momento ganhou o registro acima.

A Diretoria do Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo

convida para a comemoração dos 28 anos APASE e o Dia do Supervisor de Ensino,

a ser realizada no dia 13 de novembro de 2009, às

15 horas, com a Abertura da XI Mostra com Arte, na sede APASE,

Rua do Arouche, 23, 1o andar, São Paulo, SP

A adesão é gratuita e deve ser feita até 06/11, pelo fone (11) 3337-6895,

para melhor organização do coquetel

Ações Ganhas

Mandado de Segurança Impetrados

Atenção

Page 12: Filiado à FESSP-ESP Ano XX nº 191 - outubro de 2009 Moacir ... · PDF fileseus aspectos históricos e refletir a respeito de suas aplicações no atual cenário brasileiro. ... da

12 191 - outubro de 2009

Canto Aberto

Editoria de Domingas M. do Carmo R. Primiano e Albino Astolfi NetoCultura & Lazer

Dicas do mês

Eu recomendo

*Conheça mais lendo: Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte) e vários autores -Boa companhia: poesia - São Paulo, Companhia das Letras - 3a reimp. 2008

Colaboração: Albino Astolfi Neto - Supervisor de Ensino de São Paulo

ExposiçãoCasas do Chile –Imagens, vídeos etextos representamobras da arquiteturachilena selecionadas detrês diferentes projetos.São 12 residências debienais do Chile; doconcurso mundial Elemental, com modelos demoradias sociais chilenas; do projeto 8 ao Cubo,no qual 64 arquitetos criaram oito conjuntosde oito casas. No Museu da Casa Brasileira, Av.Brigadeiro Faria Lima, 2705, 11 3032-3727/2564. De ter. a dom. das 10 às 18 horas. IngressosR$ 4. Grátis domingos e feriados. Até 18/10.

Cinema - Projeto Escola no Cinema – Temfilmes disponíveis para escolha do professor emarcação de sessões específicas para alunos doensino médio, a preço promocional. Maisinformações com Patrícia Durães (11) 3266-5115, [email protected].

Vida VivaA chuva permitiu construir um paralelo terra/

emoção captado em sua poética por DomingasMaria do Carmo Rodrigues Primiano.

Maria de Castro Cerqueira - Supervisor de Ensino - São Roque

Gota a gotaconta gotaa chuva tardiachegourolouencharcou.Caiugota a gota.

SaúdePlano de Assistência Médica Hospitalar Confed.das UNIMEDS - fone (11) 3337-6895GÉIA Consultoria e Corretora de Seguros - fone(11) 3666-0711AESP Odonto - fone (11) 2813-5656Educação:COGEAE/PUC-SP - Cursos, fone (11) 3670-3300Cultura e Lazer:APEL Turismo fone (11) 4508-6549

Com descontos ou preços especiais para filiados

Parcerias e Convênios APASE

US Tour fone (11) 3815-8262Club de Férias - hospedagens para filiados, emdiversas regiões do país, (11) 3101-0002/4002/5855Hotelaria:

San Raphael Hotel Largo do Arouche, 150,Centro, São Paulo fone: (11) 3334-6000Seguros Autos e residência

ALFAMARC Av. São Gabriel, 555, cj 410Jd. Paulista, São Paulo SP fone: (11) 3079-3977

Como era bomo tempo em que marx explicavaque tudo era luta de classescomo era simpleso tempo em que freud explicavaque édipo tudo explicavatudo clarinho limpinho explicadinhotudo muito mais assépticodo que era quando nascihoje rodado sambado piradodescobri que é preciso aprendera nascer todo dia

Ser e não ser: eis o que achoquando te vejodois olhos orelhasnariz boca bochechaeu me olho em ti

de repente num relancesomos um mesmo ser olhando

quando te encontrobraços pernasbarriga umbigoeu me espanto contigo

pelo tempo de um relâmpagosomos dois seres se entreolhando

Chacal (1951/ - RJ)*Um passeio em São Roque, cidade conhecida como a Terra do Vinho. Fundada em agosto de1657 por um devoto desse santo da Igreja Católica, o nobre capitão paulista Pedro Vaz deBarros, que lá se estabeleceu com sua família, começando o cultivo de trigo e uva. A chegadados imigrantes italianos e portugueses que cobriram as encostas dos morros com vinhedos einstalaram suas adegas contribuiu para a fama da cidade. Entre os pontos turísticos de SãoRoque, está o Sítio Santo Antonio (foto) construído, em 1681, por Fernão Paes de Barros,irmão do fundador. São duas contruções, a Casa Grande e a Capela, feitas emtaipa de pilão, com grande riqueza arquitetônica. O sítio serviu comoparada e pousada dos Bandeirantes, que desciam orio Tietê em busca de ouro e esmeraldas. O escri-

tor modernista Mário de Andrade adquiriue doou as construções

ao Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1947, dez anos apósserem descobertas e reconstruídas. Transformada em Estância Turística em 1990, São Roquetem muitos outros pontos de visitação como a Igreja Matriz, construída no século XVII, oCentro Cultural e Educacional Brasital (prédio construído em 1890 pelo industrial italianoEnrico Dell´Acqua, para abrigar uma das primeiras indústrias têxteis do Brasil), o MuseuDarcy Penteado, a Estação Ferroviária e a trilha ecológica Caminho das Águas. Distante 60Km de São Paulo, São Roque tem acesso pelas Rodovias Raposo Tavares e Castelo Branco.

Gota a gota

Gota a gotao choro mansocaiu,rolou,jorrouface abaixogota a gota,a contragosto.

Aconteceu

Cine Café APASE - O filme francês"Entre os Muros da Escola" foi a atraçãoda tarde de 16 setembro do Cine Café,com a participação das professoras TomoeTakahashi e Sueli Pinto Minatti. Ao lado,o grupo, momentos antes da exibição dofilme, com seus saquinhos de pipoca.

Passeio Expoflora - Mais uma vez,

Holambra recepcionou os participantes

do passeio promovido pelo Sindicato. Os

colegas passaram um dia alegre com

comidas típicas, artesanato, música,

brincadeiras e o colorido de suas flores.

Eventos

Cine Café APASE Especial -Dia 10 novembro, às 13h30, a sessãode cinema, com café da tarde, integraas comemorações do Dia do Supervisore Aniversário do Sindicato. Será exibidoo filme Fahrenheit 451, obra prima deFrançois Truffaut, que trata de futurohipotético, no qual livros e toda formade escrita são proibidos por um regimetotalitário, sob o argumento de quefazem as pessoas infelizes e impro-dutivas. O debate estará sob a coor-denação do Prof. Dr. Paulo Schettino,docente titular da UNISO, especialistaem literatura e audiovisual e semióticafílmica. Convidamos todos para esteevento relevante.

Comemoração - Dia do Supervisore Aniversário do Sindicato e início daMostra com Arte/09: dia 13/11, às 15h.,na sede APASE. Programação naedição de novembro.