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Jornal APASE Ano XXI nº 203 - Outubro de 2010 Filiado à FESSP-ESP 02. Editorial Continuando a luta... Sempre! 03. Política Sindical Dois terços de Supervisores comprometidos 03. Abordagem Algumas reflexões sobre o Ensino Médio 04 a 05. Ação e Curtas Assédio Moral é tema de palestra na Sessão de Estudos de setembro Conselho Deliberativo elege novo Presidente Alteração do Estatuto APASE continua em discussão 06 a 10. VII Fórum Sindical APASE 11. Em foco O que é mais importante para o bem-estar da população de um Estado? 12. Jurídico 13. Legislação 14. Fala Supervisor APASE somos todos nós Humildade que a “Intelligentzia” da Educação Paulista não tem 15. Acontece 16. Cultura & Lazer E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... E ainda... Sessão de Estudos Dia 27 de outubro, 9 horas - Sede APASE ECA: normas de conduta escolar para educador e educando OUTUBRO Coordenação Profa. Maria Claudia de Almeida Viana Junqueira* Inscrições até 25/10, pelo 11 3337-6895 ou [email protected] Dispensa de ponto autorizada pelo Despacho do Secretário, de 25/08, DOE 26/08/2010, pág. 26 *Mestre em Educação, Administração e Economia, estudiosa do assunto Mais uma edição do Fórum Sindical APASE que completa sete anos de abertura, compromisso e dedicação em defesa do movimento sindical e de sua importância no cenário democrático da sociedade brasileira. Em debate a Supervisão de Ensino e militância sindical: oportunidade de crescimento profissional, pessoal e caminho para a construção de uma sociedade justa e sua articulação com elementos da atualidade, a participação consciente e os desdobramentos na política salarial. Acompanhe a cobertura do evento nas páginas de 6 à10. Encarte: Suplemento Pedagógico “O Emprego das Tecnologias na Educação” é o tema do Suplemento encartado nesta edição, com artigos, entrevista, resenhas e dicas de livros sobre a aplicação das novas tecnologias e seus desenvolvimentos na educação Sete anos de Fórum APASE: supervisores reúnem-se para discutir o movimento sindical Do giz ao mouse, não importa a ferramenta, o professor continua essencial na formação e aprendizagem do educando Aos profissionais educadores, os cumprimentos pela garra, luta e dedicação de sempre. Parabéns pelo dia 15 de outubro! Supervisores presentes no primeiro dia do VII Fórum Sindical APASE, realizado na sede do Sindicato. 2011 - Eleições Sindicato-APASE Em maio do próximo ano, haverá pleito eleitoral para escolha de nova Diretoria do Sindicato. Participe desse processo. Concurso para Supervisor de Ensino válido até 2012 Resolução SE - 64, de 28/09 publicada no DOE de 29/09/2010, prorroga, por mais dois anos, a validade do Concurso Público para Supervisor de Ensino de 2008.

Filiado à FESSP-ESP Sete anos de Fórum APASE: supervisores … · 2014. 11. 6. · Estado de São Paulo apresenta superávits, que possibilita-riam oferecer reajustes anuais ao

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Jornal APASE

Ano XXI nº 203 - Outubro de 2010Filiado à FESSP-ESP

02. Editorial�Continuando a luta... Sempre!03. Política Sindical�Dois terços de Supervisores comprometidos03. Abordagem�Algumas reflexões sobre o Ensino Médio04 a 05. Ação e Curtas�Assédio Moral é tema de palestra na Sessãode Estudos de setembro �Conselho Deliberativo elege novo Presidente�Alteração do Estatuto APASE continua emdiscussão

06 a 10. VII Fórum Sindical APASE11. Em foco�O que é mais importante para o bem-estarda população de um Estado?12. Jurídico13. Legislação14. Fala Supervisor�APASE somos todos nós�Humildade que a “Intelligentzia” daEducação Paulista não tem15. Acontece16. Cultura & Lazer

E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...E ainda...

Sessão de Estudos

Dia 27 de outubro, 9 horas - Sede APASE

ECA: normas de conduta escolar paraeducador e educando

OUTUBRO

Coordenação Profa. Maria Claudia de Almeida Viana Junqueira*

Inscrições até 25/10, pelo 11 3337-6895 ou [email protected] de ponto autorizada pelo Despacho do Secretário, de 25/08, DOE 26/08/2010, pág. 26

*Mestre em Educação, Administração e Economia, estudiosa do assunto

Mais uma edição do Fórum Sindical APASE quecompleta sete anos de abertura, compromissoe dedicação em defesa do movimento sindicale de sua importância no cenário democráticoda sociedade brasileira. Em debate aSupervisão de Ensino e militância sindical:oportunidade de crescimento profissional,pessoal e caminho para a construção de umasociedade justa e sua articulação comelementos da atualidade, a participaçãoconsciente e os desdobramentos na políticasalarial. Acompanhe a cobertura do eventonas páginas de 6 à10.

Encarte: Suplemento Pedagógico“O Emprego das Tecnologias na Educação” é o tema do Suplemento encartado nesta

edição, com artigos, entrevista, resenhas e dicas de livros sobre a aplicação dasnovas tecnologias e seus desenvolvimentos na educação

Sete anos de Fórum APASE: supervisores reúnem-separa discutir o movimento sindical

Do giz ao mouse, não importa a ferramenta, o professor continuaessencial na formação e aprendizagem do educando

Aos profissionais educadores, os cumprimentos pela garra, luta e dedicação de sempre.

Parabéns pelo dia 15 de outubro!

Supervisores presentes no primeiro dia do VII Fórum Sindical APASE,realizado na sede do Sindicato.

2011 - Eleições Sindicato-APASEEm maio do próximo ano, haverá pleito eleitoral para escolha de nova

Diretoria do Sindicato. Participe desse processo.

Concurso para Supervisor de Ensino válido até 2012Resolução SE - 64, de 28/09 publicada no DOE de 29/09/2010, prorroga, por mais

dois anos, a validade do Concurso Público para Supervisor de Ensino de 2008.

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Jornal APASE

N

Maria Cecília Mello SarnoDiretor-Presidente

GESTÃO 2008-2011

Rua do Arouche, 23, 1º andar - CEP 01219-001 São Paulo/SP Tel/Fax.: (11) 3337 6895

site: www.sindicatoapase.org.br / e-mail: [email protected]

APASESINDICATO DE SUPERVISORES DO

MAGISTÉRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO

APASESINDICATO DE SUPERVISORES DO

MAGISTÉRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Editorial

Periódico mensal de divulgação do Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São PauloEditor Responsável: Maria José Antunes Rocha da Costa e Maria Cecília Mello Sarno.As matérias publicadas, nesta edição, são de inteira responsabilidade dos autores.Jornalista Responsável e Editoração Eletrônica: Roselene de Jesus Stefanelli - MTb. 22.810Fotolito e Impressão: Neo Graf Indústria Gráfica e Editora LtdaTiragem - 4.800 exemplares

Diretoria Executiva:

Maria Cecília Mello Sarno - Diretor-Presidente

Severiano Garcia Neto - Diretor 1º Vice-Presidente

Márcia Delfim Borges - Diretor 2º Vice-Presidente

Irene Machado Pantelidakis - Diretor de Secretaria

Alcides Domingues - Diretor Geral de Finanças

André Alvino Guimarães Caetano - Diretor de Finanças

Eugênio Dodecézino Berto - Diretor de Organização Sindical

Rosangela Aparecida Ferini V. Chede - Diretor de Assuntos Educacionais

Lourdes Gomes Macario - Diretor de Legislação e Normas

Maria José Antunes Rocha Rodrigues da Costa - Diretor de Comunicação

Tereza Maria dos Reis Toledo - Diretor de Cultura e Lazer

Suplentes da Diretoria Executiva:Maria Aparecida Oliveira Duarte, Edgard Benedito Bueno, Magdalena Ussui e Maria José Poloni.

Conselho Fiscal:Vicente Diniz Filho - PresidenteNeli Cordeiro de Miranda FerreiraAlbertina de Fátima Esteves Passos

Suplentes do Conselho Fiscal:Maria Cecília Rios Furia, Nice Pastor Delacalle Apparecido e Maria Inês Sani Franco

Conselho Deliberativo:Clarete Paranhos da Silva - Presidente

Lilian Sargaço Richter - Vice-Presidente

Eliene Bonetti - Secretário

Conselheiros:

Grande São Paulo - Centro: T - Maria do Carmo Morando, S - Maria Fátima de Lima Lo Bello; Centro-

Oeste: T - Nereide de Miranda Marques Pereira, S - Elaine da Silva Orzari; Centro-Sul: Sônia Maria

Busnaro de Almeida, S - Maria do Carmo Rodrigues Del Bianco Pedroso; Leste 1: T - Eliana Albarrans Leite,

S - Lourdes Michel Rachid Chedid; Leste 2: T - Tuiti Tamandaré de Lima, S - Francisco Faria Souto; Leste

3: T - Regina Lopes Martins, S - Margarida Masetto Manzano; Leste 4: T - Eliene Bonetti, S - Marcos

Antonio Beck; Leste 5: T - Maria Clara Paes Tobo, S - Suely Araes; Norte 1: T - Maria Cecília Soares da

Anunciação, S - Claudia Eleutério Fedel Gentil; Norte 2: T - Robinson Felix Augusto de Oliveira, S - Armando

Josi Suda; Sul 1: T - Lilian Sargaço Richter, S - Diego Antonio Arseni Brea Fernandez; Sul 2: T - Francisca

Alves de Lima, S - Solange Apparecida Landeiro Aguiar; Sul 3: T - Eliana Pahim Martins Gomes, S - Ismael

de Jesus Morales; Caieiras: T - Ana Maria Cesário Moraes, S - Rogério Carlos Gonçalves; Carapicuíba:

T - Francisca Lídia de Oliviera Herek, S - Cleunice dos Santos Benedetti; Diadema: T - Elisa Sonoe de Avila

Ono, S - Leonira Silvério Duarte; Guarulhos-Norte: T - Maria de Fatima Colaço Correia de Andrade, S -

Rosangela Aparecida Bessa; Guarulhos-Sul: T - Vilma da Silva, S - Valdete Estevinho Rinaldi; Itapecerica

da Serra: T - Levi de Freitas Sathler, S - Eliana Selma de Carvalho Cremm; Itapevi: T - Jurandir Monteiro

de Souza, S - Joana Regina Paes da Rocha; Itaquaquecetuba: T - José da Conceição Nogueira, S -

Juarez Bernardino; Mauá: T - José Antonio Guariglia, S - Maria do Carmo Santana Alves; Mogi das

Cruzes: T - Araci Nunes Camargo, S - Marcia Strazzer de Novais; Osasco: T - Amazílio Abrão, S - Guido

José Foger; Santo André: T - Maria Antonia de Oliveira Vedovato, S - Ana Lúcia Daher Azevedo de

Moura; São Bernardo do Campo: T - Aparecida Antonia Demambro, S - Luis Amauri Caratin; Suzano:

T - Maria José do Nascimento, S - Wilson Carlos Ribeiro; Taboão da Serra: T - Maria Lúcia Lanza, S

- Graciete Galvão de Paula Leite.

Interior - Adamantina: T - Anita Alcoba Montialli, S - Maria da Penha Oliveira Schuindt; Americana:

T - Jairo de Carvalho, S - Célia Maria Benati Veríssimo; Andradina: T - Maria de Fátima Moisés Tobal,

S - Claudia de Oliveira Ferraz; Apiaí: T - Vanilsa Garcia Lara, S - Valkíria Rodrigues da Silva; Araçatuba:

T - Maria Aparecida Mazaro da Costa, S - Jane Fátima P. F. B. de Castro; Araraquara: T - Marilia Cimini

Vannuchi, S - ; Assis: T - Maria Julia de Araujo Simões, S - Maria Sylvia Romano Penachini; Avaré: T

- Rosemary Aparecida de Oliveira Mello, S - Ondina Natal Lopes Peres; Barretos: T - Nelson Carlos

Antunes, S - Cleovanir Ap. Tojeira F. Carlos; Bauru: T - Maria Manoela Maschietto Brito, S - Cláudio

Moreira; Birigui: T - Rosangela Maria Xavier Bonfietti, S - Maria Noemi Gonçalves do Prado;

Botucatu: T - Valdir Gonzalez Paixão Junior, S - Maria Nazareth Gonçalves; Bragança Paulista: T -

José Dujardis da Silva, S - Elenira Martins Sanches Garcia; Campinas-Leste: T - Cleuza Aparecida

Baroni; Campinas-Oeste: T - Clarete Paranhos da Silva, S - Maria de Jesus F. M. T. da Gama; Capivari:

T - Rita de Cássia Kühne Império; Caraguatatuba: T - José Cláudio Tavares; Catanduva: T - Márcia

de Campos Barbosa, S - Rita de Cássia Baldan Batista; Fernandópolis: T - Rosângela Caparroz

Garcia, S - Deise Cristina Siqueli; Franca: T - Sônia Lúcia da Silva Rodrigues, S - Hugo César Tasso;

Guaratinguetá: T - Terezinha M. de Souza Alves Nunes, S - Leda Helena Galvão de Oliveira Faria;

Itapetininga: T - Telma Elizabete de Moraes, S - Dalva das Graças Mendes; Itapeva: T - Maria

Alcione Marques da Silva Batista, S - Márcio Nunes da Cruz; Itararé: T - Maria Aparecida da Rocha,

S - José Maria Ferreira; Itu: T - Adriana Ghizzi Mariano, S - Dalva do Rosário Klinke Ueda; Jaboticabal:

T - Maria Dalva Bertani de Freitas, S - Edna Apparecida Soares de Carvalho; Jacareí: T - Roselena

Ferraz Barbosa, S - Cristina Helena Quina de Siqueira; Jales: T - João Luís Sene, S - Errivaine

Aparecida Ferreira; Jaú: T - Silvana Regina da Cruz Bueno R. Branco, S - Maria Medianeira de

Almeida Pacheco Fraga; José Bonifácio: T - Cleusa Maria Alves Ribeiro, S - Maria Aparecida Laureano

Buzato; Jundiaí: T - Dirlene Aparecida Tarício, S - Adão Aparecido Souza; Limeira: T - Heide Lambertucci;

Lins: T - Ana Lúcia Zanotte, S - ; Marília: T - Ivanilde Elias Zamae, S - Sueli Milazotto Rici; Miracatu:

T - Elisa Yossie Akamine, S - Lourdes M. Baptista da C. Silva; Mirante do Paranapanema: T - Marisa

Bezerra de Melo, S - Joceli Sevilha Gonçalves Barbeto; Mogi Mirim: T - Josimeire Ricardo da Rocha,

S - Kiyoko Akiyama; Ourinhos: T - Sandra Regina Vieira; Penápolis: T - Zilce Aparecida Maciel, S -

João Segura; Pindamonhangaba: T - Jurema Sílvia de Souza Alves; Piracicaba: T - Sebastião Apa-

recido Ferreira, S - Luiz Carlos Marconi; Piraju: T - Adelia Maria da Silva, S - Margareti de Fátima Q.

C. Silva; Pirassununga: T - Marta de Fátima Silva Forsan, S -Maria Auxiliadora Pinto Schiavone;

Presidente Prudente: T - Carmen Dolores Fernandes Valente, S -Clóvis de Almeida; Registro: T -

Alencar Neves Gato, S - Ademilda Pereira Moreira Suyama; Ribeirão Preto: T - José Custódio de

Matos, S - Joacyr Borges de Oliveira; Santo Anastácio: T - Luciene Pereira Barreto; Santos: T -

Sandra Faria Fernandes, S - Irene Weller de Holanda; São Carlos: T - João Batista Gasparin, S - Leila Leane

Lopes Leal; São João da Boa Vista: T - Helena Leal Sampaio Delbin, S - Maria Cristina Marcon de

Carvalho; São Joaquim da Barra: T - Maria Conceição Macedo Alves F. de Paula, S - Orsy Nascimento

Oliveira; São José do Rio Preto: T - Leila Maria Honsi Kerbauy, S - Marilda Machado Tebar Palhares; São

José dos Campos: T - Sheila Roberti Pereira da Silva; São Roque: T - Catarina da P. Albuquerque

Quadros Altieri, S - Sônia Maria Favero; São Vicente: T - Ariadeney Valente Ferreira Pinto, S - Mariza

Rodrigues Branco; Sertãozinho: T - Glaucia Bertelli dos Reis, S - Adriana Aparecida C. do Prado ;

Sorocaba: T - Vera Lúcia Bellucci Provasi, S - Elza Yoshire Koizumi; Sumaré: T - Eunice Falasco;

Taquaritinga: T - Chelsea Maria de Campos Martins, S - Simone Andrela; Taubaté: T - Miriam Martins

Inácio, S - Aldo de Aguiar; Tupã: T - Marilza Andrêo Corrêa Emed, S - Ludenger Fregolente; Votorantim:

T - Ivone de Jesus Lima Francisco; S - Miriam Aparecida C. Pozatto; Votuporanga: T - Waldira Antonia

de Jesus, S - Rosemari Aparecida Frushio.

Continuando a luta... Sempre!

Nossa força conjunta, nosso espírito de luta continu-am mais fortes do que nunca. Acabamos de realizar o 7ºFórum Sindical e de renovar as nossas bandeiras de luta.

Mais uma vez ficou evidente, para todos os presentes,que a participação dos filiados nas atividades e apoiandoas demandas do Sindicato ainda é a forma mais democrá-tica e mais válida de luta. Também ficou claro que o Sindi-cato tem como função precípua ser corporativo; é sua ra-zão de ser, lutar pelos direitos de seus filiados. Porém, podee deve ter outras bandeiras sociais, como a melhoria daqualidade de ensino, a organização de formação continu-ada para os filiados, uma vez que a Secretaria da Educaçãonão oferece qualquer formação para os Supervisoresingressantes. Constatamos, ainda, que o orçamento doEstado de São Paulo apresenta superávits, que possibilita-riam oferecer reajustes anuais ao magistério; e que as dota-ções previstas, nos orçamentos,para aplicar em educação, podemser aumentadas. Todos esses da-dos nos indicam os caminhos quedevemos seguir, e que não pode-mos esmorecer.

Ao elaborar a Carta de Reivin-dicações, que é o documento quenos dá os parâmetros do que va-mos perseguir no período de umano, verificamos que a Carta ficacada vez maior: itens não são reti-rados e alguns mais são acrescen-tados a cada ano. O que isso sig-nifica? Significa que, ao longo dos7 anos em que se realiza o referidoFórum, praticamente não tivemosnossas reivindicações atendidas, anão ser pela realização do Concurso Público para preen-chimento de cargos de Supervisor de Ensino em 2008,pelo aumento do número de supervisores, pela chamadasistemática em sessão de escolha de vagas e as respectivasnomeações e pela prorrogação da validade do referidoConcurso até 2012, publicada no DOE de 29/09/2010,na data de fechamento da edição deste Jornal.

Diante dessa situação, podemos dizer que o nosso ca-minho ainda é longo e a nossa força e espírito de luta têmque continuar mobilizados até que consigamos nosso in-tento: a melhoria da qualidade de ensino, que pressupõemelhores condições de trabalho, reconhecimento dos pro-fissionais com salário justo para todos, prêmios e méritoscom critérios justos, em que todos possam ser premiados enão a minoria que a administração estipula para impressi-onar a mídia e a população. E, acima de tudo, ConcursosPúblicos para todos os cargos.

Estiveram representadas no Fórum 45 Diretorias deEnsino das 91 que existem no Estado, sendo 20 da Capi-tal e da Grande São Paulo e 25 do Interior, além de outrosSupervisores interessados no evento. A meta do Sindicatoé lutar para que cem por cento das regiões estejam repre-sentadas. Como já foi dito no evento, solicitamos que orepresentante, que esteve presente, entre em contacto coma Diretoria mais próxima, que não esteve, para relatar a

importância do que foi discutido.

Colegas, quando vocês receberem este Jornal, as elei-ções já terão acontecido. Teremos novo Governador noEstado de São Paulo e novos Deputados na AssembleiaLegislativa. Esperamos que todos os eleitores tenham sidoperspicazes e sensíveis o suficiente e que tenham sido elei-tos políticos mais atentos e comprometidos com as ques-tões sociais.

Se as pesquisas se confirmarem, teremos mais quatroanos do mesmo partido, no Estado. Ao todo serão 20anos do mesmo partido político. Portanto, temos, mais doque nunca, que ficar bem alertas, pois as políticas para aeducação pública no Estado de São Paulo, em todos essesanos, não têm atendido às necessidades da população.

Porém, nesse último Governo do Estado de São Pau-lo, especialmente os Sindicatos, fo-ram sistematicamente desqua-lificados principalmente pelo Sr.Governador, mas também peloChefe da Casa Civil, que concor-reu à vaga de Senador da Repú-blica. Para não sermos recebidos enão sermos ouvidos por eles, éra-mos chamados de “petistas” (comose esse adjetivo se aplicasse, indis-tintamente, a todos os militantessindicais), portanto “não dignos desermos recebidos e ouvidos”.Como se um Governador não ti-vesse que receber todos os cida-dãos, independente dos partidosaos quais eles pertencessem. Nesse

caso, sim, o Governo agiu como líder partidário que nãorecebe “a oposição”.

Agora, durante a propaganda eleitoral desses Senho-res, fiquei literalmente estupefata quando vi o ex-gover-nador dizer que é necessário valorizar os professores, quetemos que respeitar os aposentados, que já deram umavida para o engrandecimento da nação; a mesma pessoa,avessa a qualquer contacto, a não ser o dos assessores maispróximos; agora, cercado de pessoas, beijando a todos,inclusive criancinhas... Francamente, para quem conhe-ceu sua forma de agir, essas atitudes são, para dizer o míni-mo, contraditórias. Qual o verdadeiro Serra: o algoz dofuncionalismo público no Estado de São Paulo, ou essesimpático senhor que aparece na propaganda eleitoral? Eas promessas? Se ele reconhece como legítimo o que apre-goou na propaganda, por que não realizou tudo, quandofoi Governador do Estado de São Paulo?

Como sempre, a luta que nos espera é árdua, nãopodemos baixar a guarda, precisamos da força de todos!

* in Folha de São Paulo, 26/03/2010, Horror à política, Fernandode Barros e Silva, p.2.

“Sempre que a política nãose desenrola entre quatro

paredes, com atoresprevisíveis, Serra se revelainábil. Sua intransigência,

que pode sugerir umavirtude republicana, também

é um sinal de pendoresautoritários.”*

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Helenice Maria Sbrogio MuramotoSupervisora de Ensino - São Paulo

Eugênio Dodecézino BertoDiretor de Organização Sindical

Dois terços de Supervisores ComprometidosSim, foi este o índice de participação

dos representantes das 91 Diretorias deEnsino, no VII Fórum Sindical APASE. Nãodeixa de corresponder a número signifi-cativo, pois indica que a maioria atendeuao convite insistente da Diretoria Executi-va. Quantidade expressiva, tendo em vis-ta toda a orquestração de governantes eparte da sociedade em desacreditar,fragilizar, descaracterizar a atuação dossindicatos em geral.

Importa reconhecer a vontade, a dis-ponibilidade e a coragem dos presentesao evento, certamente sem prejuízo darotina de seus afazeres, mas talvez comdescontos por força dos critérios esdrúxulosdas famigeradas gratificações. Tiveram aconsciência de que o crescimento pessoale profissional, em ocasiões iguais a essas,valem muito mais que as migalhas des-contadas, além da satisfação por estaremcomprometidos com a construção de umasociedade humana e justa.

O sindicato não se resume à diretoriaou a seus órgãos estatutários, mas sim atodos seus filiados, onde reside de fato arazão e a força de sua existência.

Fazer-se ativo consiste em o sindicali-zado envolver-se nas atividades progra-

madas, cujas finalidades estão semprevoltadas para atender às necessidadescoletivas, e se preciso individuais, em de-fesa dos direitos e lutas por reivindicaçõesjustas e legais.

Os que compareceram ao VII FórumSindical APASE tiveram a oportunidade,de fato, de compartilhar ideias, debates,sugestões, análises sobre as questões queinteressam o educador em geral e demodo particular o Supervisor de Ensino.O tema desenvolvido e seus desdobra-mentos em palestras abordaram aspectosda formação político-sindical, da finalida-de e realidade dos sindicatos nos dias atu-ais, referindo-se, também, às circunstân-cias históricas e políticas que influem navida pessoal e profissional do supervisorde ensino como cidadão e educador.

As palestras foram riquíssimas paraesclarecer e reforçar o entendimento deque o “sindicalismo se constitui em orga-nização fundamental para lutar coletiva-mente por seus direitos”. “Cada sindicatoé peça chave para o desenvolvimento so-cial dos trabalhadores em qualquer áreaou segmento”.

Dados de pesquisa pelo professor eco-nomista mostram que o crescimento da

receita tributária no Estado de São Paulo,entre 2000 e 2009, foi de 47,9% e en-tre 2009 e 2010, de 13 %. E o aumento,reajuste de seu salário correspondeu a issotudo? No entanto, o gasto com pessoalda educação caiu, entre 2002 e 2010,de 12,7% para 9%. Nos governos de tur-no deste período, com a inflação de100%, os reajustes concedidos não che-garam a 50%.

Outro dado relevante para entender-mos porque se alega não ter verbas paraatender às reivindicações salariais domagistério reside no fato de que o Estadoaplica apenas 21% na Educação Básica,dos 30% do orçamento obrigatoriamenteprevistos pela Constituição Estadual.

Muitas outras informações, ideias esugestões foram apresentadas e debati-das calorosamente pelos participantes.

Como não há proposta concreta depolítica salarial para o magistério, apre-sentada pelos candidatos, mas tão somentegeneralizações de que iriam valorizar oprofessor, convém centrar forças em co-branças aos eleitos: exigir concurso públi-co para diminuir drasticamente o númerode professores contratados, pois pesqui-sas demonstram que esse é um dos fato-

res que comprometem a aprendizagem;outra luta deve ser para aumentar a ver-ba destinada à educação, que atualmentenão chega a 4% do PIB do Estado. Ver-bas existem, porque o governo tem sobrade R$ 5 bilhões, fora do limite providen-cial, em razão da lei de responsabilidadefiscal, para aplicar nos salários. Muitosoutros itens foram apresentados como de-safios para o magistério, dentre eles: aregulamentação de negociação coletiva dosetor público; remodelagem da carreirado Supervisor de Ensino; democratizaçãodas escolas com participação da socieda-de. São bandeiras defendidas não porcorporativismo, mas pela causa da edu-cação de qualidade.

Para as questões da categoria, comomedida concreta, resultado das reflexõese conclusões com base nas experiênciasdo dia a dia do Supervisor de Ensino e doaproveitamento dos temas debatidos, re-sultou a Carta de Reivindicações do VIIFórum Sindical APASE – 2010, a ser en-caminhada para as autoridades respon-sáveis. O sucesso do evento se deu por-que APASE Somos Todos Nós.

O Ensino Médio, de tempos em tem-pos, volta à berlinda, com questionamentossobre sua qualidade, geralmente relacio-nada a resultados obtidos por seus egres-sos em exames nacionais ou em vestibula-res ao ensino superior, mas, diversas ve-zes também em discussões sobre trabalhoe desenvolvimento econômico.

Pretende-se aqui destacar alguns pontosa serem considerados na análise do EnsinoMédio, para melhor compreendê-lo e che-gar a propostas de ação mais consequentes.

Primeiro ponto: considerar o Ensi-no Médio como parte e corolário daEducação Básica, nível da educaçãonacional ao qual se articula o Ensino Supe-rior. Analisar as questões relativas ao Ensi-no Médio relacionando-o às etapas que oantecedem e ao nível superior do qual de-pende e ao qual pode dar acesso. Os sig-nificados que essa etapa assume depen-dem das relações entre a educação esco-

Algumas reflexões sobre o Ensino Médio

Política Sindical

lar em seu conjunto e a sociedade, comsuas demandas e seus conteúdos culturaisforjados historicamente, dos quais é exem-plo a desvalorização do trabalho manual,herança de séculos de escravidão.

O segundo ponto é observar o fatode essa etapa escolar correspondera uma fase da vida dos estudantesem que há uma abertura para o so-cial, para as questões mais univer-sais e de identidade juvenil, ao mes-mo tempo em que precisam esco-lher caminhos profissionais. Isso dáuma especificidade para o Ensino Médio,na relação com o trabalho, a qual assumesignificados diversos conforme a situaçãode classe vivida pelos educandos.

Há estudantes que trabalham desde oEnsino Fundamental; outros só após a con-clusão dessa etapa da Educação Básica.Outros tantos, durante ou após o EnsinoMédio. Um número menor de jovens bra-

sileiros pode concluir os estudos superioresda profissão escolhida antes de entrar parao mercado de trabalho. Segundo dados doIBGE citados em matéria da Folha de SãoPaulo, em 18 de setembro de 2010, “me-nos da metade dos jovens no mercado detrabalho tem ensino médio”.

Um terceiro ponto, vinculado ao se-gundo, é a relação entre desigualda-de social, trabalho e educação. A de-sigualdade social é produzida nas relaçõescapital/trabalho, por meio das quais o capi-tal explora o trabalho, transformando-o emmercadoria que é contratada por hora, apreços de mercado. A força de trabalho,(assim comprada nas sociedades urbano-industriais de modo de produção capitalis-ta), ganha valor de remuneração de acor-do com o nível de instrução, pois nessas so-ciedades o conhecimento científico, tambémembutido na “máquina”, é o grande fatorde extração de mais-valia relativa e está pre-sente nas diversas revoluções internas dosistema capitalista. Dependendo das medi-das que afetam a organização da Educa-ção Básica e suas conexões com o EnsinoSuperior, a desigualdade social pode seraprofundada ou abrandada, ou combatida.

Numa perspectiva humanizadora, cabeafirmar, com J. Militão da Silva que “a es-cola tem por função precípua na socieda-

Abordagemde, selecionar, reproduzir e expandir osaber acumulado pela sociedade e, ao in-cluir o trabalho como princípio educativo,deve fornecer aos seus educandos oportu-nidade para conhecer a história do traba-lho humano, sua evolução, a forma atualde divisão do trabalho e dos seus resulta-dos, as questões relativas a salários, direi-tos, deveres, formas associativas etc.”

Trata-se de emancipação dos sujeitos,pelo domínio do conhecimento sistemati-zado, dos princípios científicos etecnológicos que presidem a produçãomoderna o que permite prepará-los parao exercício de profissões técnicas, desdeque atendida sua formação geral, pois en-tende-se, no espírito da legislação vigente,que a educação profissional propri-amente dita pode e deve articular-se à Educação Básica de diversosmodos, mas nunca substituí-la, difi-cultando a continuidade de estudos,afunilando, prematuramente, a formaçãopara uma determinada área profissionalou, mais grave ainda, para postos do mer-cado de trabalho em função de uma dadaconjuntura, o que pode aprofundar situa-ções de desigualdade social vividas peloseducandos em questão.

“A busca da identidade do ensino médio exige que se aprofunde a questão de como se concebe o trabalho nasociedade moderna e qual o papel que se atribui à instituição escolar. As relações entre trabalho e educação são

complexas e envolvem aspectos filosóficos, sociológicos, políticos, econômicos, demandando respostas a questões sobreque tipo de sociedade e de homem e, portanto, de escola a sociedade brasileira deseja formar.”

(Jair Militão da Silva - “O Ensino Médio e a educação Profissional”, in: Estrutura e Funcionamentoda Educação Básica – Leituras. São Paulo: Pioneira, 1998.)

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Jornal APASEAção

Agendada na última reunião daDiretoria Executiva e do ConselhoDeliberativo APASE, realizada emagosto, por conta da renúncia doPresidente do Conselho Deliberativo,professor José Custódio de Matos,foi realizada a Reunião Extraordiná-ria do Conselho para eleger seunovo comandante, dia 9 de setem-bro, na sede APASE.

Os 19 conselheiros presentes de-cidiram, por aclamação, empossar

Conselho Deliberativo APASE elege

seu novo presidente

Refletir sobre os conflitos no tra-balho do educador foi o intuito doprofessor José Roberto MontesHeloani na Sessão de Estudos pro-movida pelo Sindicato-APASE, dia09 de setembro, às 9 horas, na sededa entidade.

Com o título Profissionais daEducação e suas relações de tra-balho - Assédio Moral, a pales-tra, denominada “momento de refle-xão” por Heloani, teve como objetivotirar as dúvidas, expor as diversasformas de assédio moral e esclareceroutros tipos de violências que não seenquadram como assédio mas quese configuram como atos ilícitos e sãotão abusivas e prejudiciais quanto.

Para Maria de Fá-tima Colaço Correiade Andrade (foto aolado), DE GuarulhosNorte, presente naSessão, o tema é im-portante tambémpara o supervisor já

que ele lida com pessoas em um am-biente muitas vezes conflituoso. “Asescolas lidam com um rol muito gran-de de situações, uma gama muitogrande de pessoas que pensam esentem de maneiras diferentes.” Elaacredita que o supervisor pode agircomo mediador de maneira mais co-erente, mais apaziguadora, promo-vendo um ambiente mais harmonio-so e propício para o desenvolvimen-to de alunos e o desenvolvimento pro-fissional de todos. Maria de Fátimajá se deparou com casos de assédioem que intercedeu de maneira pon-tual, levando o assediador à reflexão.“Muitas vezes a pessoa não percebeque está assediando o outro. Existeaí um currículo oculto que promovede maneira sutil, muitas vezes, am-parado pela posição hierárquica, deassédio”, exemplifica.

Denúncia

O palestrante RobertoHeloani acredita que a ini-ciativa do Sindicato-APASEem trazer esse tema polê-mico e difícil é muito cora-josa. “Tem gente que nãogosta de mexer, prefere di-zer que não existe. Comorepresentante de uma ca-

Assédio Moral é tema de palestra na

Sessão de Estudos de setembro

tegoria, ter a coragem de trazer es-ses assuntos espinhosos é muito re-confortante pra mim, como cidadão,pesquisador e professor universitário,porque a gente não se sente sozinho”,declarou o professor que recentemen-te sofreu ameaças, em um Congres-so sobre o tema, realizado em Pal-mas, Tocantins. “Uma moça me dei-xou dois bilhetes dizendo que eu to-masse muito cuidado com que eu fa-lava,” esclareceu.

Para Heloani (fotoao lado) este tipo dereação é um sinal cla-ro de que a situaçãoainda está muito ruimsendo necessário con-tinuar denunciando,trabalhando e lutando contra isso. “Éclaro que gera um certo receio, maspor incrível que possa parecer (a ame-aça) acabou sendo um estímulo mai-or para mim”.

O Jornal APASE é o primeiro veí-culo a receber essa denúncia. No pró-ximo Congresso sobre Assédio Mo-ral que realizará em Mirante, Heloanifará uma denúncia pública sobre oocorrido.

DVDs das Sessões de Estudo

O Sindicato-APASE grava todas asSessões de Estudos e envia uma có-pia para cada Diretoria de Ensino. Pelacomplexidade da produção eotimização das mídias, as ediçõesmais recentes ainda não foram en-caminhadas. A última enviada peloCorreio, aos cuidados do represen-tante APASE de cada DE, foi a Sessãocoordenada pelo professor RodolphoMarques Filho e o Dr. Olyntho deLima Dantas, com o título A AçãoSupervisora e a dinâmica dasinstituições Auxiliares da Esco-la, realizada em março deste ano.

a Supervisora de Ensino, ClareteParanhos da Silva, como a nova Pre-sidente do Conselho Deliberativo,assumindo a par-tir daquele dia,dentro da gestão2008/2011.

Os cumprimen-tos à nova Presi-dente com votos demuito sucesso nes-sa empreitada.

A controvertida história de EmmaBovary, mulher insaciável, inteligen-te e bela, obrigada a casar com umapático e passivo médico, vivendo emum constante estado de opressão,foi exibida na tarde de 15 de setem-bro, na sede APASE, com a presençado professor Paulo Schettino, coor-denador do Cine Café.

Este marco da literatura francesa,de Gustave Flaubert, foi retratado empelícula por vários diretores. Schettinoaproveitou para comparações de es-tilos e análise das abordagens des-sa obra-prima da literatura realistaao apresentar duas versões france-

Cine Café APASE exibe clássico da

literatura e do cinema francês

sas, a do diretor Jean Renoir, de1933, e a de Claude Chabrol,de 1991, este último o escolhi-do para a exibição completa.

“Nosso foco de pesquisa éjustamente a relação cinema eliteratura, palavra e imagem.Dessa forma, estamos sempreprocurando nos filmes possíveis,em mais de cem anos de cine-ma, aqueles que tratam de lite-ratura e que sejam clássicos”,explicou Schettino logo após o

filme. Assim, durante o bate-papocom os participantes ele trouxe maisde dez títulos para a escolha das pró-ximas duas sessões.

Entre o lanche e a boa conversa,a votação foi feita e definida a exibi-ção, em 20 de outubro, do filme“Amar foi minha ruína” (Leave Her toHeaven), de 1945, clássico noir (vejadetalhes na página 16); e em 24 denovembro, “O Barco das Ilusões”(Show Boat), de 1951, romance mu-sical, ambos na sede, às 13h30.

Durante o lanche, os participantes ele-geram os filmes das próximas edições.

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SITE APASE - Há mais de um mês no ar, o novo site APASE tem recebidoinúmeras manifestações de usuários dando sua opinião sobre o conteúdoe forma de navegação. Mande também suas críticas e sugestões para oaprimoramento da comunicação virtual do Sindicato.ENCONTRO DE TECNÓLOGOS - Será em 16 de outubro, o IV EncontroEstadual dos Tecnólogos, promovido pelo Sindicato da categoria que terá aparticipação do representante APASE, Severiano Garcia Neto. Entre os te-mas em discussão as Diretrizes Curriculares dos cursos de tecnologia e asatribuições profissionais.

Curtas

Ação

A Comissão Consultiva Mista doIAMSPE realizará audiências públicasnas próximas semanas em Barretos(22/10) e Piracicaba (05/11) paradiscutir os problemas de atendimen-to que os servidores têm com o Ins-tituto nas respectivas regiões. A CCMjá realizou, apenas no ano de 2010,quase duas dezenas de audiênciaspúblicas em todo o Estado, além deter participado de reuniões promo-vidas por sindicatos e associações.

Para o presidente da CCMIAMSPE, Sylvio Micelli, a importânciadesses encontros é verificar a defici-ência do atendimento nas regiões ecolher reclamações, propostas e su-gestões para ampliação, descen-tralização e melhora no atendimen-to aos servidores, agregados e de-pendentes.

Além destas atividades, a CCM jáprepara seu VII Encontro Estadualque acontece nos dias 24, 25 e 26de novembro, no Anfiteatro "A"Nemésio Bailão”, no Hospital doServidor Público Estadual, no qual o

CCM/IAMSPE realizará audiências no

Interior e Encontro Estadual

Tendo por base a proposta de al-teração do Estatuto APASE publicadaem Encarte na edição de agosto doJornal APASE, com o objetivo deadequá-lo ao Código Civil Brasileiroe acatar as sugestões de filiados e decomissões designadas para a reda-ção de tal proposta, a Diretoria APASErecebeu contribuição de inúmeroscolegas por e-mail ou fax, que aten-deram ao chamado.

As sugestões recebidas já foramincorporadas à proposta divulgada,mas ainda há tempo de acolher assugestões dos colegas que, por ven-

Alteração do Estatuto APASEcontinua em discussão

foco principal será aprender comoutros Estados, como Rio Grande doSul e Minas Gerais, sobre a relaçãodo respectivos institutos e os servi-dores, pois em ambos os Estados háa contribuição paritária do Governoe dos servidores para o custeio dasaúde. Desse Encontro Estadual po-derão participar apenas delegadosindicados pelas associações e sindi-catos que integram a CCM.

O VII Encontro, segundo o presi-dente da CCM, será também opor-tunidade para se debater e explicitaras duas mais importantes bandeirasde luta da Comissão: obtenção demais recursos para o Instituto, me-diante a contribuição paritária doGoverno de 2%, a exemplo dos des-contos dos salários dos servidores ea implantação de um Conselho deAdministração do IAMSPE, compos-to por um Conselho Deliberativo eum Conselho Fiscal, que tenha aparticipação tripartite do Governo,funcionários do IAMSPE e funcioná-rios públicos.

tura, quiserem colaborar.Dada a relevância do assunto, a

Diretoria APASE pretende levar à dis-cussão com a categoria em Assem-bleias Gerais Deliberativas Extraordi-nárias, a serem realizadas nos dias27 de outubro e 26 de novem-

bro, ambas no período da tarde, nasede do Sindicato.

APASE reafirma o compromissosindical de todos os filiados na análi-se deste importante documento, doenvio de seu parecer ou sugestões ea presença nas Assembleias paradeliberar sobre as propostas.

O Sindicato-APASE participou do5o Fórum Internacional de Educação,com a presença de educadores,gestores, especialistas e pesquisado-res em educação do Brasil e da Amé-rica Latina, para debater o temaQualidade em Educação. Organiza-do pelo Instituto Brasileiro de Socio-logia Aplicada (Ibsa) e promovido pelaCâmara Temática de Educação daRMC, em parceria com a Unesco ediversas outras instituições, foi reali-zado nos dias 2 e 3 de setembro, noCentro de Convenções da Unicamp.

O evento reuniu cerca de 1.000participantes e contou com as repre-sentantes APASE, Maria Cecília MelloSarno e Irene Machado Pantelidakis.

Durante os dois dias do Fórumforam apresentadas seis mesas dediscussão e em cada uma, além dapalestra temática, havia relatos deexperiências sobre o assunto.

APASE destaca a apresentação dapalestrante uruguaia, Ana LauraMartinez, Coordenadora de Monito-ramento e Avaliação de Impacto

APASE participa do FórumInternacional de Educação

Social do Plano Ceibal, que consistena distribuição de laptop para cadaaluno de escolas públicas primárias.Segundo Ana Laura, o objetivo é pro-mover a justiça social ao incentivara igualdade de acesso à informaçãoe ferramentas de comunicação paratoda a população. Ao todo foram362 mil estudantes e 18 mil profes-sores beneficiados.

Para Cesar Callegari, presidentedo Ibsa e coordenador geral doFórum, o ponto principal do eventofoi reunir os educadores de várias re-giões do Brasil para compartilhar ex-periências entre si. Mas a novidadeeste ano foi a participação de confe-rencistas do exterior, possibilitandoa troca de experiências internacio-nais, porém, sem nunca perder a dis-cussão central: a qualidade em edu-cação básica, “já que o grande de-safio no país não está tanto na ofer-ta de vagas, e sim na elevação subs-tantiva da qualidade da educaçãooferecida a crianças, jovens e adul-tos”, pontua Callegari.

O Sindicato-APASE, encerrando aperegrinação junto aos candidatos àPresidência e ao Governo Estadual deSão Paulo, participou de encontros ereuniões durante mês de setembro.

No dia 2, representado porSeveriano Garcia Neto, o Sindicatoparticipou do encontro com sindica-listas e o candidato a GovernadorAloízio Mercadante (PT), no ClubeJuventus, em São Paulo.

A visita ao candidato à PresidênciaJosé Maria Eymael, ocorreu dia 8, nasede do Diretório Nacional do PSDC econtou com a presença APASE, na pes-soa de Irene Pantelidakis, e das repre-sentantes do CPP, Maria Lúcia Almeidae Loretana Panccera.

Os presidentes das entidadesAPAMPESP e CPP, além das represen-tantes APASE, Maria Cecília MelloSarno e Irene Pantelidakis foram re-cebidos por José Luis Ricca, um dosassessores do candidato a Governa-dor, Geraldo Alckmin, em 15 de se-tembro. No dia 29, foi a vez da coor-denadora da Campanha de Educa-ção do PSDB, Maria Helena Guima-

Eleições 2010: APASE realizaúltimos contatos com candidatos

rães de Castro, receber as entidades.O candidato do PSTU à presidên-

cia, José Maria, recebeu a presidenteAPASE, Maria Cecília Sarno e MariaLúcia Almeida, do CPP, na sede dopartido, dia 21. Neste mesmo dia,Irene Pantelidakis, participou do en-contro com os representantes doscandidatos à Presidência da Repúbli-ca, realizado no anfiteatro do SescConsolação e organizado por cincoinstituições não governamentais paradebater o tema “Presidenciáveis e aagenda para o desenvolvimento in-clusivo, democrático, justo e susten-tável do Brasil”.

Em todas as ocasiões o Sindciato-APASE entregou o documento elabo-rado conjuntamente pelas entidadesda educação contendo os principaispontos de reivindicação da categoria.

APASE reforça a importância deabertura desse contato com todos oscandidatos para o fortalecimento dofuturo diálogo com os possíveis re-presentantes, pelo bem da educação,dos educadores e, principalmente,dos educandos.

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Supervisores debatem a importância domovimento sindical na atual sociedade democrática

O VII Fórum Sindical APASE, realizado dias 23 e 24 de setembro, nasede APASE, abordou o tema Supervisão de Ensino e militância sindical:

oportunidade de crescimento profissional, pessoal e caminho paraa construção de uma sociedade justa, com a participação de 67 Conse-lheiros, Diretores APASE e Supervisores interessados. A discussão do tema demaneira substancial pelos palestrantes ressaltou, entre outros pontosnevrálgicos, a importância do posicionamento e participação sindical e pro-moveu a reflexão sobre o papel do sindicato como representante do coletivona correlação de forças entre a classe trabalhadora e o poder.

Primeiro dia - A mesa de abertura do Fórum contou com a participa-ção da presidência dos três órgãos sindicais APASE, Maria Cecília Mello Sarno- Diretoria Executiva; Clarete Paranhos da Silva - Conselho Deliberativo; VicenteDiniz Filho - Conselho Fiscal; e de Eugênio Dodecézino Berto, Diretor de Or-ganização Sindical e Maria Lúcia Prandi, Deputada Estadual paulista.

A seguir, foi realizada a mesa deestudos A dinâmica sindical naatualidade, com os professores Cel-so Frederico e Gisele Kemp GaldinoDantas.

Antes do início dos trabalhos, ospalestrantes, em entrevista ao JornalAPASE, destacaram:

- Gisele Dantas - “Penso que osprofissionais têm que se mobilizarpara colocar a sociedade a par doque está acontecendo na escola pú-

blica, porque as pessoas não estão sabendo, elas nãotêm consciência da realidade. (...) Para mim, o único ele-mento articulador da categoria é via Sin-dicato, não há outra possibilidade. Eu

acredito num posicionamento crítico. Acho que se deve mar-car território, que temos representantes e somos ativos eque estamos participando da história. Não podemos deixarque os outros tomem decisões por nós. Temos que nos unire mostrar a relevância do nosso trabalho e estarmos comopessoas comprometidas com a educação e olhando por ela.A nossa função, até mais do que outras, tem esse compro-misso de zelar pela educação pública.”

- Celso Frederico - “Hoje, diz-se que a Constituição engessa as rela-ções entre capital e trabalho. O que se coloca é uma tentativa de contrapor

aquilo que é legislado ao que é negociado como se a livrenegociação pudesse agir paralelamente à Constituição, aoque é legislado. Nesse sentido, há um movimento contraos direitos do trabalho e como o Sindicato é o órgão quedefende os trabalhadores, isto indiretamente vai contra ele.Há um esforço enorme de se esvaziar a força doSindicalismo. Um dos artifícios é valorizar as cúpulas sindi-cais, as centrais sindicais dando a elas todo o poder denegociação esvaziando o sindicato que tem o contato dire-to com a categoria. A educação não está fora do processo,

afinal ela sofre todo esse impacto das modificações do mundo do trabalho.O professor cada vez mais vai ter menos direito, esta é a lógica do capital.E a tendência é transformar o professor em pessoa jurídica de forma queele presta serviço, recebe por ele e não tem direito trabalhista, como 13o

salário e férias. (...) Eles têm condições de resistir e colocar sua posiçãoperante a sociedade. Certamente, precisam ter uma clara visão dos objeti-vos que têm pela frente e estes objetivos estão sempre ligados a esta ideiade um projeto para a nação.É isto que vai definir as lu-tas tópicas, a orientação sin-dical, e que Estado e edu-cação nós queremos.”

Após o intervalo para ocafé foi promovido o debatecom ampla participação dospresentes.

Eugênio, Maria Lúcia, Maria Cecília, Clarete e Vicente

durante a execução do Hino Nacional

Maria Cecília Sarno coordenou a

mesa de estudos na manhã do

primeiro dia.

Fórum Sindical

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No período da tarde, foi a vezdo professor José RobertoHeloani abordar o tema Parti-cipação Sindical: consciênciae atitude.

- José Roberto Heloani -“O sindicato hoje tem um papelno projeto global, no projeto dereestruturação produtiva ereestruração da área de servi-ços no mundo todo, um papelque eu diria incômodo. Qualseja, quando você fez uma reestruturação da forma de setrabalhar, quando você reestruturou efetivamente o pró-prio conceito de Estado como instituição, essa reestruturaçãonão conseguiu abarcar o sindicato. Porque o sindicato sem-pre teve o mínimo de autonomia, então até certo ponto osindicato é uma pedra no sapato daqueles que queremreestruturar o Estado e, obviamente, fazê-lo sem o sensocrítico. (...) Tentou-se cooptar o Sindicato várias vezes nahistória do Brasil. Inclusive, a própria lógica Getulista teveêxito em alguns anos e, na atualidade, o sindicato tenta, a duras penas, terum certo grau de autonomia. Ele não só deve continuar tendo essa autono-mia, caso contrário ele perde o senso crítico, ele perde a noção de história,como é extremamente importante que a gente participe efetivamente do sin-dicato porque sem ele nós completamos o projeto neoliberal do estado míni-mo, qual seja, não há mais mediadores, não há mais interlocutores, não hámais a possibilidade de você ter o contraditório. Você se restringe a umarelação capital-trabalho na qual o grande mediador é o próprio mercado.Ter essa noção de que o sindicato não é, e não pode ser, apenas existencialista.O sindicato, antes de mais nada é um interlocutor e no fiel da balança numacorrelação de forças, hoje extremamente complexa, é você salvaguardar osdireitos que ainda temos e que, se não atuarmos efetivamente em nível cole-tivo, nós vamos perder (...).”

Antes das conclusões dos trabalhos do primeiro dia, houve também odebate logo após o café da tarde.

Segundo dia - Na manhãdo segundo dia, o Doutor em Ci-ências Polít icas, AlexandreSampaio Ferraz levou o grupo auma reflexão sobre o tema A Po-lít ica do Magistério Paulistanos últimos anos.

- Alexandre Ferraz - O custoaluno e despesa da educação, naverdade deveria ser chamado degasto aluno, porque o que nós te-mos hoje é assim: o Estado gastaum determinado valor com os alu-nos, mas este não é o verdadeiro custo do aluno. Se pegar-mos entre as 10 melhores escolas, dentro do exame que opróprio Estado faz, o custo aluno é bem maior. Essas esco-las são, geralmente, fundações, sem fins lucrativos e temcusto aluno na ordem de 1.500 reais por mês. O Estadogasta, aproximadamente, 2.200 reais por ano, no ensinourbano de 1a a 4a série. Aí você vê a diferença que é o custoaluno. A mensalidade escolar desses colégios é em média1.500, mas chega a 1.700, 2.000 reais mensais. Ou seja,por ano, vai dar 17.000 reais, 20.000 reais. É quase dez vezes mais. Por aívocê começa a pensar quanto custa uma educação de qualidade. (...) A lógi-

A Presidente do ConselhoDeliberativo, Clarete Paranhos,

coordenou a mesa da tarde.

O Diretor de Organização Sindical,Eugênio Dodecézino Berto na coordenação

da mesa do segundo dia.

ca do Estado é de contenção de gasto.(...) A folha de pessoal corresponde a80% desse gasto ou mais, e ele tem outras prioridades, como por exemplo,fazer a reforma da Marginal do Tiête.”

O período da tardefoi destinado a trabalhosem grupos com o obje-tivo de elencar os itensque compuseram a Car-ta de Reivindicações. Acoordenação deste tra-balho ficou a cargo,além da Diretora-Presi-dente, Maria Cecília, daPresidente do ConselhoDeliberativo, ClareteParanhos da Silva e da Diretora de Secretaria, Irene Machado Pantelidakis,esta última responsável pela imediata estruturação das propostas da Cartaprojetada ao vivo para apreciação dos Conselheiros presentes.

Destaque para alguns dos grupos durante as discussões dos ítens daCarta de Reivindicações APASE.

Após o trabalho em grupo, foi realizada a plenária que aprovou a Cartade Reivindicações, publicada na página 8, que será encaminhada ao Gover-nador do Estado, aos Secretários da Educação e da Gestão e à AssembleiaLegislativa Paulista.

Encerrando as atividades do Fórum, Maria Cecília Mello Sarno agradeceua presença de todoscom o incentivo deque as reflexões des-te Fórum cheguematé aos colegas quenão puderam estarpresentes e que se-jam propulsoras davalorização dos pro-fissionais da educa-ção e de uma atua-ção sindical consci-ente e eficaz.

Fórum Sindical

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Jornal APASEFórum Sindical

Carta de Reivindicações 2010 Impressões

AgradecimentosAo Grupo Direcional, representado

pelo Coordenador do Departamento de As-sinaturas, João Elias Pereira, e divulgadoresda Revista Direcional Educa-dor, Marlon Nascimento eNilce Santos da Silva;

e à USTour Viagens e Turismo, por meio de suaproprietária, Supervisora de Ensino filiada APASE, SofiaHelena P. A. Ferraz Nunes, os agradecimentos do Sindi-cato-APASE pelo apoio e costumeira colaboração.

Elisa Sonoe de Ávila Ono - DE Diadema -Estou achando ótimo o Fórum. Esses encontros sãoexcelentes para o nosso conhecimento, para abrir osnossos olhos. Assim, poder, lá na Diretoria, passarpara os colegas, discutir, pois muitos, infelizmente,não querem vir ou não têm a oportunidade, até porconta das demandas da Diretoria. Acho excelente tanto para o meuconhecimento, para ampliar os horizontes, para ter uma visão maisampla e melhor do que está acontecendo nos bastidores, quanto parapassar aos colegas e multiplicar isso, inclusive nas escolas (...).

Maria Nazareth Gonçalves - DE Botucatu -Considerei as três palestras de ontem de excelente ní-vel. (...) Ficamos dentro de nossa rotina de trabalho evamos nos acomodando, não pensamos nessas ques-tões que ficam permeando a educação e que são im-portantes. Como por exemplo todo o histórico que oRoberto Heloani fez, o retrospecto da crise de 1930,como as coisas foram acontecendo dentro de uma vi-

são crítica. Tudo isso é importante para podermos analisar e entender oque está acontecendo hoje. (...) O que nós vamos levar daqui é essanecessidade de conversar com os nossos colegas mostrando como estáa nossa situação atual. (...) Tudo o que assisti nesses dois dias está sendomuito importante para me mobilizar a uma nova postura em relaçãoao meu papel dentro da supervisão (...).

Maria Alice Rosmaninho Perez - DE Centro Sul - Pensoque todo espaço que possibilita um debate é extremamente positivoporque permite o exercício da democracia, e isto é fundamental.Ele também agrega um valor interessante porque possibilita às pes-soas, aos participantes, o desenvolvimento da capacidade de refle-xão, de crítica e de autoavaliação que acho essencial e antecede atéqualquer tipo de discussão que se proponha. Então, nesse sentido,mais do que se discutir questões específicas de ordem de participa-ção ele também suscita a necessidadede que esta discussão sejaembasada para cada participante e aí ele remete à necessidadedele se aperfeiçoar, dele se autoavaliar e tb de trazer outros valorese conhecimentos para que possibilitem essa discussão e para queele possa participar (...).

Helena Leal Sampaio Delbin - DE São Joãoda Boa Vista - Achei muito propícia essa conversaque tivemos com todos que compareceram ao Fórum,principalmente por conta de estarmos às vésperasdas eleições. Todos os candidatos, de quaisquer par-tidos, colocam sempre a educação como prioridadee na verdade é só no discurso. (...) Para mim, oSindicato tem que ter essa perspectiva de lutar realmente, de estarvigilante, de cobrar dessas autoridades aquilo que eles propõemnos palanques. É muito oportuna essa discussão nesse momentohistórico que estamos vivendo. (...) Acho que o evento correspondeuem 100% ao momento histórico que estamos vivendo às vésperasdas eleições. É uma oportunidade muito grande para se refletir so-bre o discurso e para cobrarmos uma prática desses governantesque virão (...).

Com relação às Políticas Públicas para a Edu-cação, reafirma:- Efetiva participação dos supervisores, comointerlocutores qualificados na: �definição, formulaçãoe avaliação das políticas educacionais do Estado;�definição de critérios e prioridades político educacio-nais para a destinação de recursos financeiros às açõesda Pasta, bem como no acompanhamento das aplica-ções, de modo a atender às necessidades pedagógicasdas escolas e aos princípios éticos que devem nortear ogerenciamento das verbas públicas; �composição dosórgãos centrais; �elaboração de lista tríplice com oscredenciados no processo de certificação de DirigenteRegional de Ensino; �definição das estratégias paraimplantação e implementação dos projetos e cursos deformação; �elaboração do Plano de Trabalho dos ór-gãos centrais e regionais, do calendário anual da SEE –para os quais se deve dar total publicidade – e dosProjetos Políticos Pedagógicos das Unidades Escolares;e �determinação de políticas públicas, tais como pro-postas curriculares, definição de matrizes curriculares,tendo em vista a autonomia da escola.Com relação à Carreira, reafirma:- Realização sistemática de concursos públicos para oprovimento dos cargos de supervisor de ensino, sem-pre que o percentual de cargos vagos atingir 10%.- Reformulação imediata do Plano de Carreira,com a participação das entidades do Magistério,que garanta:�os direitos aos ativos e inativos; �recomposição dasperdas salariais; �respeito à data-base; �reajustesanuais; �extensão aos aposentados de todas as gra-tificações e incorporação ao piso salarial; �fim dapolítica de gratificações, incorporando-as ao saláriobase com aumento de percentual nas variações dosníveis das tabelas salariais; �movimentação de pes-soal com concursos anuais de remoção; �extensão atodos os integrantes do Q.M dos 25% de aumentosalarial obtido por 20% da categoria com a avaliaçãode mérito; e �revogação da LC nº 1097/2009, emrespeito ao princípio da isonomia.- Garantia de substituição do Supervisor de Ensinoquando de afastamento igual ou superior a 30 dias,independentemente de estar em período de estágioprobatório, sem qualquer prejuízo.- Redução do tempo de contribuição e idade paraaposentadoria do Suporte Pedagógico equiparando-o à docência, em respeito à Lei nº 11301/06 – Apo-sentadoria Especial.- Garantia de que as vantagens adquiridas (evolução,mérito e outras) não se percam, em caso de ascen-são na carreira.- Revisão da evolução funcional, garantindo:�equalização do interstício para evolução funcionaldo Supervisor de Ensino com o interstício do profes-sor; �aproveitamento na totalidade dos tempos deinterstício dos cargos e funções anteriores;�consideração de pós-graduação em áreas da edu-cação e disciplinas a ela relacionadas; �correção dasdistorções de enquadramento do Suporte Pedagógi-co no Plano de Carreira do QM e em suas alteraçõesposteriores; e �ampliação dos níveis do Plano de Car-reira do Q.M. do Suporte Pedagógico.Com relação à atuação, reafirma:- Garantia da Gestão Democrática com: �criaçãode Conselhos de Diretorias de Ensino, composto porrepresentantes dos diversos segmentos (servidores daeducação no exercício do cargo e membros da comu-

nidade escolar), para acompanhar e avaliar a execu-ção e a implementação das ações das DEs;�estabelecimento de mecanismos democráticos, ten-do em vista as políticas públicas de educação, de ava-liação da gestão regional, com propostas de defini-ção de períodos de exercício para Dirigentes Regio-nais; �articulação, com discussão democrática eparitária, dos Planos da Diretoria de Ensino e ProjetoPedagógico das Unidades Escolares com o Plano daSecretaria da Educação; �melhores condições detrabalho, no que diz respeito ao pagamento deverbas de transporte e diárias, conforme prevê aLei n. º 10261/68 e aos recursos físicos, equipa-mentos de informática, materiais em geral; e�participação da Supervisão de Ensino nos estu-dos com vistas à reorganização da SEE, assegu-rado amplo debate, em especial no que tange àsatribuições gerais desse profissional.- Garantia de exercer exclusivamente as funções ine-rentes ao cargo.- Garantia de pagamento por serviços extraordinári-os (sábados, domingos, noturno etc.).- Política de formação continuada, em serviço, para oSupervisor de Ensino, a partir de suas necessidades, demodo à: �assegurar espaços, em seu local de traba-lho, para pesquisa e grupos de estudo; �propiciar con-dições para sua participação em cursos de pós-gradu-ação lato sensu e stricto sensu (Mestrado e Doutora-do), sem restrições quanto ao tempo de serviço;�incentivar a participação, sem prejuízo de qualquernatureza, em Congressos, Encontros, Simpósios, Co-lóquios, Sessões de Estudos e outros eventos no campoeducacional, promovidos pelo Sindicato-APASE e enti-dades educacionais; �garantir a participação dosSupervisores de Ensino em todas as atividades de for-mação continuada oferecidas pela SEE.Finalizando, o grupo de Supervisores de Ensino:- Reafirma o apoio ao perfil do Supervisor de Ensinodescrito conforme documento elaborado pela equi-pe constituída nos termos da Res. SE 65/2007, eprotesta contra a publicação das Instruções Especiaisnº3/2008 que dispõem sobre o Concurso Público deProvas e Títulos para provimento de Cargos deSupervisores de Ensino, pois as atribuições aoSupervisor de Ensino, ali previstas, restringem a atua-ção supervisora no âmbito da SEE, principalmentecom relação ao conceito de Supervisão de Sistema.- Reafirma a necessidade de prorrogação dos con-cursos de ingresso.- Reivindica a garantia de suporte jurídico da SEE nadefesa do Supervisor de Ensino, quando estiver noexercício de suas funções.- Manifesta repúdio à: �qualquer mudança noPlano de Carreira sem prévia negociação com asentidades, conforme obriga o parágrafo único doartigo 25 da LC nº 836/97; �LC n. º 1097/09 –com veemência – que institui Sistema de Promoçãoaos Integrantes do QM/SE, por ser ilegal, excludentee por mascarar o debate necessário sobre o Planode Carreira; �ausência de diálogo e interlocução;�não aplicação dos 25% na Educação Básica;�qualquer legislação que altere as atribuições ine-rentes à Supervisão de Sistema sem a garantia deamplo debate com os Supervisores de Ensino; �atualpolítica de gratificação salarial do Governo, que ca-mufla o cumprimento da legislação sobre retribui-ção salarial conforme estabelecido, e quedescaracteriza o Plano de Carreira.

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Jornal APASEFórum Sindical

Reflexões sobre a Escola Pública e SindicalismoO texto a seguir é de autoria de Gisele Kemp Galdino Dantas, baseado na palestra que ela proferiu no primeiro dia do Fórum Sindical,

e foi especialmente redigido para esta edição do Jornal APASE.

Na trajetória de servidora públicavivenciei situações em que colegas detrabalho, em momentos de discussãosobre a participação nos sindicatos equestões de greve, posicionavam-se daseguinte forma:

“Eu não farei greve porque se elesganharem alguma coisa, eu saio no lu-cro, pois não terei nenhum tipo de des-conto e receberei os ganhos da mesmaforma.”

“Quanto de aumento o sindicato vaiconseguir para nós? ”

Eis o típico comportamento político dohomem comum: reduzido senso de rea-lidade que explica não apenas a exis-tência de um reduzido senso de respon-sabilidade, mas também a ausência deuma vontade eficaz. São, pois, os alie-nados. Esses profissionais estão transfe-rindo para outras pessoas o direito e odever de lutar pela transformação dasociedade em que vivem. Eis o queFreire denomina “aquele que perdeu seuendereço na História”

Além desses comportamentos so-mam-se ainda aqueles que se sentemgradativamente irritados com os colegasapáticos, cansados e por fim, descren-tes. No caso dos profissionais da educa-ção isso pode ser explicado como umsentimento de insignificância e impotên-cia vivenciada pelo indivíduo, ocasiona-da pela existência de uma massa passi-va e pelo momento histórico de “malva-dez neoliberal” dos últimos 16 anos nogoverno no Estado de São Paulo.

Grosso modo, a política neoliberalprega o antiestatismo. O neolibe-ralismo, na voz dos políticos práticos eno discurso da mídia, aparece comoum crítico dos privilégios, das desigual-dades. No caso, da educação há o es-forço de enfatizar que a questão cen-tral da crise de qualidade do ensinopúblico está na falta de profissionaismais bem formados e capacitados e namá administração, entre outras coisas.Com tal discurso, temos a apologia domercado e da empresa privada comoespaços de eficiência. Essa é a retóri-ca neoliberal e foi por essa via que che-gamos à pauperização de nossa clas-se, a categoria O, ao Artigo 5º, ao Bô-nus Mérito, ao que hoje é a CategoriaF, ao número limitado de faltas médi-

cas, ao “congelamento salarial”, a Pro-va Mérito etc.

E diante disso, o trabalhador demons-tra uma insegurança subjetiva e gene-ralizada, pois vivencia a precariedade domundo do trabalho. Há desestruturaçãoda existência, medo de se tornarsubproletariado. A dita política de valo-rização docente debilita a classe nãoapenas no aspecto objetivo, com a cons-tituição de um novo e precário mundodo trabalho, mas principalmente no as-pecto subjetivo. Imaginem a situação deum professor que não passou na provado Processo Seletivo Simplificado. Ima-ginem como isso desestruturou a suaexistência, quanto o aniquilou. Essa polí-tica é perversa, resultou namarginalização impiedosa desses profis-sionais. Isso é o Horror Econômico des-crito por Viviane Forrester:

Esses profissionais se acusam daqui-lo que são vitimas. Julgam-se com oolhar daqueles que os julgam, olharesse que adotam, que os vê comoculpados, e o que os faz, em segui-da, perguntar pela incapacidade(FORRESTER, 1997, p.12)Pensem o quanto é perverso também

um profissional da educação esperar obônus mérito. Lembra-me a música deGonzaguinha:

Você deve aprender a baixar a cabeçaE dizer sempre muito obrigadoSão palavras que ainda te deixam di-zer por ser homem bem disciplinadoDeve, pois, só fazer pelo bem dopatrão tudo que foi ordenadoPra ganhar um fuscão no juízo fi-nal e diploma de bem comportado.

Pois bem, o bônus mérito e a provamérito resumem-se a isso: um diplomade bem comportado.

Diante dessa realidade, há dificulda-des do sindicalismo em preservar ohorizonte da classe diante da nova eta-pa de acumulação flexível, em levantarobstáculos a desconstrução do trabalhodos profissionais de educação, pois aeducação é uma área promissora paraa acumulação de capital e está esterili-zada pelo controle do Estado. Por isso,mais do que nunca temos que lutar, poisos posicionamentos que citei anterior-mente geram paralisação da capacida-de de pensar criticamente, isto é, háperigo dessas pessoas se tornarem au-

tômatos, homens de cabeça de papelão.É importante ressaltar a necessidade

de conscientização de tais profissionaisde que não há neutralidade, pois elareforça o poder do opressor. Ou seja,há na sociedade atual e entre nós operigo da acomodação. Freire explicada seguinte forma a questão:

A integração resulta na capacidadede ajustar-se à realidade, acrescidaa de transformá-la a que se junta ade optar, cuja nota fundamental é acriticidade. Na medida que o homemperde a capacidade de optar e vaisendo submetido a prescrições alhei-as que o minimizam e as suas deci-sões já não são suas, porque resulta-dos de comandos estranhos, já nãose integra. Acomoda-se. Ajusta-se. Ohomem integrado é o homem sujei-to. A acomodação é um conceito pas-sivo. Este aspecto passivo se revelano fato de que não seria o homemcapaz de alterar a realidade, pelo con-trário, altera-se a si para adaptar-se.Daí que os homens indóceis, comânimo revolucionário, se chame desubversivos. De inadaptados (FREIRE,1992, p. 50).

Enfim, a nossa grande luta deve sera de superar os fatos que nos fazem aco-modados ou ajustados. É a luta pelahumanização. Temos que ter em menteque cabe a nós sermos esclarecidos, rom-pendo o que Kant denomina a nossaautoincupável menoridade. Nós é quetemos que buscar o esclarecimento.

Disso resulta ainda a constatação deque a descrença na possibilidade demudança e na ação do sindicalismo éum problema a ser enfrentado por to-dos nós. Há, pois, imperando umdeterminismo sem precedentes, a des-crença na possibilidade de construçãode uma outra realidade, isto é, existeuma incapacidade de se colocar comoagente histórico, capaz de participar ati-vamente da construção da história. Ouseja, os profissionais da educação aoanalisarem a situação da escola públi-ca demonstram criticidade, mas subsis-te um afastamento em relação à parti-cipação política, sindical e social, o querevela “falta de consciência para si”. Oprofissional da educação não se reco-nhece como sujeito histórico, comoagente e criador da realidade na qual

vive. Ele se encontra num estágio emque revela conhecer a sua situação real,mas não atua para modificá-la, aceitapassivamente o que vivencia. Nessesentido, não atingiu o conhecimentopara si, que significa o estágio de cons-ciência em que o indivíduo se junta aosoutros da mesma condição, organizan-do-se, mobilizando-se em torno de umprojeto de emancipação.

Por outro lado, sabemos que, histori-camente, a grande maioria das pessoasnão foi posta numa relação de reflexãodiante da sociedade, mas sim de repro-dução. Desse modo, se pensarmos emuma ação de emancipação dos profissi-onais da educação, deveremos lutar pelasuperação da neutralidade política, poiscaso contrário, estaremos contribuindopara a manutenção da culpabilização dosprofissionais da educação pelas maze-las educacionais, pela educaçãodesqualificada ofertada às camadas po-pulares e, como consequência disso, odescaso que nos levou à proletarizaçãoe à pauperização.

Outro problema a ser enfrentado é otipo de democracia a que somos expos-tos. É inegável o autoritarismo, a falta departicipação dos profissionais da educa-ção no direcionamento das questões re-lativas à educação. Mais do que isso, aspseudoparticipações que estão inseridasno que chamamos de “simulação demo-crática”. Os “atores sociais” são convida-dos para um jogo fraudulento. Tais cate-gorias ficaram muito visíveis na minhaDissertação de Mestrado, na qual eu es-tudei o Fórum “A escola dos nossos so-nhos”, pois houve toda uma encenaçãoda participação dos professores,supervisores, alunos e comunidade esco-lar para pensarem a escola que todos al-mejavam. Na realidade, todo o fórumserviu para legitimar a versão do PlanoEstadual de Educação do governo paulista,portanto, um simulacro. Eis uma recor-rente estratégia política utilizada para asustentação da ideologia dominante.

Chegamos, portanto, ao simulacrobaudrillardiano, em que há simulação:finge-se ter o que não se tem, no caso,finge-se estar a construir a escola públi-ca de qualidade para todos, mas há fal-sificação, a realidade se tornou, paulati-namente, menos importante, tenta-sefazer coincidir o real com o modelo desimulação. Assim está sendo a educa-

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Jornal APASEFórum Sindicalção pública paulista!

Neste ponto, penso atingir a dimen-são do que vivemos, tal como 1984, deGeorge Orwell, em que os três lemasdo Partido do grande Irmão eram:

Guerra é paz.

Liberdade é escravidão.

Ignorância é força.

Transmutados para a nossa realidade:

Proletarizar e pauperizar o profissio-nal da educação é valorizá-lo.A ditadura imposta é democracia.A educação desqualificada que temosdepois de 16 anos da “revoluçãoeducacional” é educação de quali-dade, a educação no Estado de SãoPaulo melhorou.

Isso é outro motivo pelo qual temosque desmascarar as estratégias de co-erção colocadas em prática na atualida-de. Quando um candidato ao ser questi-onado sobre a permanência de um mes-mo partido tanto tempo no governo es-tadual e a sua resposta é que foram es-colhidos pelo povo, mostra-nos exata-mente a real dimensão da realidade: amanipulação do povo, via mídia. Paraque o povo pudesse optar verdadeira-mente, ele teria que saber de maneiradefinida o que deseja defender. Essavontade clara teria de ser completadapela capacidade de observar e interpre-tar corretamente os fatos. É nesse pontoque a versão deturpada dos fatos é co-locada em prática pela mídia.

É por meio da imprensa que se in-culcam ideias, tais como a reportagemda Revista Veja, edição 2176, publicadaem 4 de agosto deste ano, intitulada:“Na educação a esquerda é elitista”,contendo, entre outras coisas, a ideia deque os candidatos ou governantes, aotratarem do tema educacional, se defron-tam com duas opções: se comprar a bri-ga e quiser mexer a fundo nas práticas

educacionais que nos levam ao atraso,vai suscitar uma violenta oposição aostrabalhadores da educação e seus sindi-catos, com greves, protestos” [...].

Assim, o discurso ao afirmar que osprofissionais da educação convencemo populacho e a intelligentsia de es-querda atua na verdade, viainculcação, das ideias proporcional-mente contrárias. Esse discurso é, narealidade, o discurso dos que apenasalimentam, alteram e atualizam o es-toque de imagens reiterando o sensocomum que permeia a sociedade.

Por isso, outro motivo pelo qual de-vemos nos unir: a luta pela descons-trução de representações do senso co-mum referentes aos profissionais daeducação. Aliás, a primeira vez queouvi tal ideia foi lendo Adorno,especificamente,“Tabus acerca do ma-gistério”. Nesse ensaio o autor afirmaser seu desejo tornar visíveis algumasdimensões da aversão em relação àprofissão de professor. Em síntese, épossível compreender quais as repre-sentações sedimentadas sobre o pro-fessor a partir do seguinte trecho:

“O professor se converte lenta, mas

inexoravelmente, em vendedor de

conhecimento, despertando até

compaixão por não conseguir apro-

veitar melhor seus conhecimentos

em benefício de sua situação mate-

rial” (ADORNO, 1995, p. 104).

Por fim, se nós não nos mobilizar-mos e personificarmos o sindicato, omaior mal possível se concretizará: amorte da escola pública. A história daeducação nos mostra o quanto ainda nãoavançamos na luta pela escola públicalaica, gratuita e de qualidade, o quantoela tem sido sucateada. Lendo o Mani-festo dos Educadores: mais uma vez con-vocados, redigido por Fernando Azeve-do, em 1959, é lastimável reconhecer

os problemas crô-nicos da educação:

Raio X do qua-dro sombrio daeducação no paísnessa época:

� a má arcaica,antiquada e defici-ente organizaçãodo ensino;� os problemas deedificações e ins-

talações escolares;� a má preparação cultural e pedagó-gica do professorado;� salários não condizentes com a altaresponsabilidade do papel social;� proliferação de escolas superiores demaneira desordenada, sem planejamen-to e sem critério algum;� rebaixamento de nível do ensino emtodos os graus.

Ao raio X da atualidade somam-seainda: o aviltamento aos profissionais daeducação via desconstrução da carreira(Quem quer ser professor contratado?),via prova mérito que conduz 80% dosprofessores paulistas a não promoçãosalarial, via invisibilização, digo, exclu-são dos aposentados a quaisquer possi-bilidades de recomposição salarial etc.

Contudo, penso ser proposital tal des-monte na educação, pois temos indíciosque o ápice do projeto neoliberal é trans-formar a escola num serviço público não-estatal, seguindo o receituário america-no. Vide o livro “A Reforma Educacionalde Nova York possibilidades para o Bra-sil”, que é uma apologia a tal ideia. Eisum trecho elucidativo:

“[...] as instituições que recebem

apoio da iniciativa privada, recebem

dinheiro público, mas são administra-

das pelo setor privado. Elas têm pa-

pel estratégico, já que são

catalisadoras de iniciativas pioneiras

na Educação da cidade”, ou então,

Em abril de 2007, a Secretaria de

Educação de Nova York anunciou pla-

nos de levar o princípio da autono-

mia a um novo patamar, eliminando

as dez diretorias regionais de ensino.

Aboliu-se o modelo tradicional em que

diretores eram obrigados a receber

supervisão e assistência técnica de

funcionários de uma diretoria ou su-

perintendência localizada em sua re-

gião geográfica. As próprias escolas

passaram a escolher e comprar os

serviços de assessoria que julgam

necessários para atingir as metas

exigidas pela secretaria (GALL &

GUEDES, 2009, p. 30).

Na realidade, o que vislumbramoscom tal proposta é uma ameaça à es-cola pública, é a mercadorização daeducação.

Conclusão: Precisamos enfrentar,com paciência e firmeza, os obstáculosque temos pelo caminho. Para isso, ne-cessitamos nos conscientizar de que so-

mos sujeitos na luta e não objetos, temosque disseminar a realidade da escola pú-blica e de seus profissionais e, principal-mente temos que arregaçar as mangas,pois a organização da nossa luta foi, é eserá por meio do sindicato. O sindicatoé uma força social ativa.

Por fim, como tática de resistência,eu sugiro o que Pierre Bourdieu propôscomo tática para enfrentar o neolibe-ralismo: atear o contrafogo, fogo

de encontro.

Que não abdiquemos, portan-

to, da nossa profissão, da escola

pública e da nossa possibilidade

de contestação, pois o futuro é pro-

blemático, não inexorável.

Referências

� ADORNO, T. W. Tabus acerca do ma-gistério. In: Educação e emancipação.

2. ed. São Pailo: Paz e terra, 2000.

� ALVES, G. Reestruturação pro-dutiva e crise do sindicalismo noBrasil. 417 f. 1998. Tese ( Doutorado)– Universidade Estadual de Campinas,Campinas/Sp.

� BAUDRILLARD, J. A sombra dasmaiorias silenciosas. São Paulo:Brasiliense, 2004.

� BORDIEU, P. Contrafogos: táticaspara enfrentar a invasãoneoliberal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1998.

� BOITO JR, A. Política neoliberale sindicalismo no Brasil. São Paulo:Xamã, 1999.

� CHAUI, M. Simulacro e poder:uma análise da mídia. São Paulo:Fundação Perseu Abramo, 2006.

� DANTAS, G.K.G. Representaçõessociais sobre a escola públicapaulista: do Fórum”A escola dosnossos sonhos” ao pesadelo do Pla-no estadual de Educação (Disserta-ção de Mestrado) – Faculdade de Filo-sofia e Ciências – Universidade EstadualPaulista, Marília, 2008.

� FORRESTER, V. O horror econô-mico. São Paulo: Unesp, 1997.

� FREIRE, P. A educação como prá-tica da liberdade. 21 ed. Rio de Ja-neiro: Paz e Terra, 1992.

� GALL, N; GUEDES, P.M. A refor-ma educacional de Nova York: pos-sibilidades para o Brasil. São Paulo:Instituto Fernando Braudel & FundaçãoItáu Social, 2009 (Coleção excelênciaem gestão educacional).

� GENTILI, P. A falsificação do con-senso: simulacro e imposição nareforma educacional noNeoliberalismo. Petrópolis, Rio de ja-neiro: Vozes, 1998.

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Jornal APASEEm foco

O que é mais importante para o bem-estar da população de um Estado?Seus recursos financeiros? Seu PIB? O tamanho de sua camada de pré-sal? Reservas de petróleo?

Solo fértil? Recursos hídricos? O tamanho e a qualidade de seu parque industrial? Recursos nuclea-res? Tecnologia? Sua cultura? Seus valores? A quantidade de tributos que arrecada?

De que vale todo este tipo de riqueza sem recursos humanos bem preparados?

Rui Barbosa, em 1822, escreveu: A produção [...] é um efeito da inteligência: está, por toda asuperfície do globo, na razão direta da educação popular. Todas as leis protetoras são ineficazes paragerar a grandeza econômica do país; todos os melhoramentos são incapazes de determinar a riqueza, senão partirem da educação popular, a mais criadora de todas as forças econômicas, a mais fecundade todas as medidas financeiras.1

Ele já sabia, há quase duzentos anos atrás, o que a maioria dos atuais governantes brasileiros,independente de partido ou esfera, “parecem” desconhecer.

Sem seres humanos preparados, os recursos financeiros são dilapidados, o PIB não crescecomo poderia, o pré-sal demora mais para se transformar em petróleo, o petróleo demora maispara se transformar em energia, o solo fértil não é bem aproveitado, os recursos hídricos sãodesperdiçados e/ou contaminados, os recursos nucleares se transformam em uma ameaça iminen-te e assustadora, a tecnologia é incipiente e/ou subutilizada, a Cultura empobrece, os valores sãoequivocados, as pessoas vivem mal... E o que prepara os seres humanos? Mais do que isto... o quenos torna humanos? E o que nos torna seres humanos de melhor qualidade?

Como já é sabido por quase todos, o ser humano não nasce - como os demais animais – coma quase totalidade de suas características, comportamentos e linguagem pré-determinados. Paranós humanos, a identidade, o jeito de ser, os hábitos e costumes, a forma de se comunicar e de seexpressar são resultado de um processo de construção contínua, que alia à nossa herança genéticaelementos culturais determinantes. Neste contexto, a educação é o processo que nos humaniza atodos. E, no sentido enunciado com maestria por Terezinha Rios2, a educação competente deveser bem feita, no que diz respeito aos aspectos técnicos, e nos fazer bem – a educadores eeducandos – contemplando as dimensões éticas e estéticas.

Assim sendo, é óbvio que a Educação deveria ser de fato prioridade de qualquer governo quepretenda de fato cumprir o seu papel: o de exercer o poder delegado a ele por toda a sociedade paragarantir a todos os seus cidadãos melhores condições de vida e de convivência, atendendo às suasnecessidades básicas: educação, alimentação, abrigo, saúde, segurança, emprego, lazer, cultura.

Não é necessário ter um Q.I. muito elevado para perceber que, em uma sociedade humano, oinvestimento em Educação deveria vir antes de todos os outros, já que investimento direto emEducação significa também investimento indireto, mas certo nos demais setores.

Pessoas bem educadas, bem formadas, bem preparadas - em geral - têm melhores condiçõesde empregabilidade, são mais eficientes e competentes em seu trabalho, cuidam melhor do meio-ambiente, de sua própria alimentação e saúde, são menos sujeitas à criminalidade, têm oportuni-dades ampliadas de contribuir para o desenvolvimento cultural, tecnológico e econômico dasociedade onde estão inseridas e de se sentir mais realizadas e felizes. No entanto... No entanto,aqui, os responsáveis pela administração do Estado “parecem” não perceber...

No Brasil, candidatos ao governo de todos os matizes apregoam a Educação como valor, mas,quando eleitos, investem pifiamente nela. Basta lembrar que, enquanto nossos vizinhos Argentinae Chile têm um gasto por aluno de 1,6 e 2,0 dólares e os Estados Unidos de 8,2 dólares, nosso gastoé de 0,80. Além disto, esta aí nossa taxa de analfabetismo para comprovar! Mesmo sendo prioridadeconstitucional, a erradicação do analfabetismo ainda não aconteceu: de acordo com a Síntese deIndicadores 2007 do IBGE, em 2006 tínhamos 14,4 milhões de analfabetos com mais de 15 anos.Isto sem levar em conta a taxa crescente de analfabetos funcionais!

Decorridos quase 10 anos de sancionada a Lei Federal 10.172/01, que estabeleceu o PlanoNacional de Educação, o qual colocava como meta inequívoca o fim do analfabetismo, e, compelo menos 16 anos de governos federais supostamente oriundos de partidos preocupados comas camadas menos favorecidas da população, continuamos devendo a milhões de brasileiros agarantia deste direito público subjetivo: Educação!

No entanto – vejam só! – “parece” que a miséria do país está diminuindo. Parte significativados milhões de “despossuídos” de outrora, se encontra hoje “possuída” – como nós - por outrostipos de fome: a fome de consumo e a fome das instituições de crédito. Hoje conseguem ter o seucelular, seu computador, viajar de avião... Todavia continuam – como nós - sem acesso a serviçospúblicos de qualidade: educação, saúde, segurança, transporte, cultura. Mas, se precisarem mui-

to, sempre podem endividar-se para pagá-los, como também fazemos “quase” todos nós. Aquestão é saber até que ponto esta transformação visa de fato o bem estar da população. ParaZygmunt Bauman, nas sociedades pós-modernas, o estatuto de cidadania é facultado apenasàqueles que são consumidores.

Assim, parece muito lógico que programas como o “bolsa-família” seja criado e implantadopor um partido e rebatizado, implementado, ampliado e tenha sua paternidade falsamentealardeada pelo seu “opositor”. E que a política econômica seja exatamente a mesma e a prioridadeprecípua de ambos os partidos seja garantir os pagamentos da dívida externa. Qual é mesmo adiferença entre eles? Talvez a voracidade e a capacidade de revestir de “legalidade” os seus camba-lachos pessoais... Sendo a voracidade maior nos recém-chegados ao poder e a capacidade deengodo muito maior nos mais antigos. Tudo muito triste.

No Estado de São Paulo especificamente, no que se refere à Educação, mesmo os recursosfinanceiros garantidos por lei são “subtraídos” dos educadores – os verdadeiros responsáveis pelaEducação - sob as mais diferentes rubricas: passam para as mãos de empresários do ramo dahotelaria, logística, gráfica, propaganda, telefonia, educação (com “e” minúsculo mesmo), em-preiteiros, fabricantes de armários, livros, computadores, cestos de lixo, sulfite, impressoras,prestadores de serviços etc... Tudo perfeitamente legal. E, analisando por este lado, dá para se teruma ideia do porquê – apesar do crescimento da arrecadação tributária no Estado de São Paulo tercrescido 47,9% no período de 2000 a 2009 (dados da Secretaria da Fazenda), os salários doMagistério cresceram... nada! Sim, porque gratificações, bônus e “que tais” não são salário. Sequerse constituem em reposição salarial, já que a inflação acumulada no período ultrapassou 100%!Além disto, as despesas com educação caíram de 15,1% do orçamento do Estado em 2002 para13% na LOA 2010 e o gasto com pessoal da educação em relação ao orçamento caiu de 12,7%para 9% no mesmo período.

É indiscutível que todos os suprimentos são necessários ao desenvolvimento da ação educativa.No entanto, se constituem tão somente em “meios” para que ela aconteça. Todos estes “meios”,sem a ação competente de gestores e docentes, acabam desperdiçados.

Como, do total de recursos financeiros destinados à Educação, resta o insuficiente para osrecursos humanos, os educadores necessitam submeter-se a duplas ou triplas jornadas (às vezesaté mais, se levarmos em conta a jornada de trabalho doméstico) para sobreviver com dignidade.

Como resultado, o tempo de estudo e preparo de aulas é drasticamente reduzido, a frequênciaa cursos, capacitações, orientações técnicas são subaproveitados e a vontade de utilizar os materiaispedagógicos e equipamentos disponíveis é sensivelmente diminuída.

Investindo maciçamente apenas em livros, computadores, merenda, reformas, equipamen-tos, curso, material impresso, transporte, hospedagem etc, destinando o mínimo impossível parao pagamento de salários e benefícios, o Estado de São Paulo vem conseguindo, apesar de ser omais “rico” da federação, manter os índices de desempenho da imensa maioria de seus alunosabaixo do adequado. Isto porque - como já escrevi em outra oportunidade - seres humanosexaustos, desmotivados, tristes, despreparados não aproveitam como poderiam todos os supri-mentos colocados à sua disposição. O que resulta em... desperdício de recursos públicos!

E, como se não bastasse tudo o que já foi lembrado, no Estado de São Paulo, os profissionais doMagistério público não têm sequer perspectivas! Sua carreira foi destruída, em flagrante desrespeitoao artigo 206 de Constituição Federal de 1988. Um exemplo significativo: vários colegas quepassaram no último concurso para Supervisores de Ensino – teoricamente o último degrau dacarreira – não assumirão seus cargos, pois terão seus salários diminuídos, se o fizeram.

Rui Barbosa já sabia que a Educação é a mais criadora de todas as forças. Urge que governantesdeixem de fingir que não percebem. Tratar os responsáveis pela educação de todos os cidadãos deum Estado com descaso e indiferença, com mentiras e subterfúgios, com desrespeito às leis eindignidade é comprometer a formação dos futuros profissionais de todas as categorias e deixar decumprir de fato o seu papel de promotor de políticas públicas que garantam o bem-estar dapopulação como um todo.

Os educadores precisam ter condições dignas para desempenhar seu papel basilar e educarcom competência a população, fazendo bem o seu trabalho, do ponto de vista técnico, ético eestético, com alegria! E a garantia destas condições é dever do Poder Público!

Maria Lucia Lanza - Supervisora de Ensino - DE Região de Taboão da Serra

1 PAIVA, 1987, p.72. - 2 RIOS, 2001, p. 24.3 Dados apresentados por Alexandre Sampaio Ferraz, economista e doutor em Ciências Políticas pela USP, no VII Fórum Sindical APASE, em 24 de setembro de 2010.

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Jornal APASEJurídico

Às terças-feiras, das 9 às 11 horasàs quintas-feiras, das 14 às 16 horasju r id i co@s ind ica toapase .org .br

Ações Ganhas

-O Tribunal de Justiça,confirmandosentença de 1ª instância, garantiu aFrancisco Arcângelo Damito, MariaConceição Macedo Alves Ferreira dePaula, Maria Helena Peixoto, MyriamJosé Chehoun Nassar, Nelson CarlosAntunes e Zilda Buzato Castaldin odireito a receber os proventos deaposentadoria, com base naremuneração do cargo de DirigenteRegional de Ensino e não naremuneração de Delegado de Ensino.(1703)

Pleiteando o pagamento corretodo artigo 129 da ConstituiçãoEstadual:- O Tribunal de Justiça ,confirmandosentença de 1ª instância, garantiu aCezira Bianchi, Edgard José Fiusa,Elza Yoshire Koizumi, Irma TherezinhaConstanzi Perez, João Ailton dosSantos, Lenita Maria Lini Fiusa, Mariade Carvalho Arruda Campos, Mariade Lourdes Zanardi Daolio, Raja BouAssi Peric e Vera Lucia Cioni o direitoa receber a sexta-parte incidindo

Advogado

APASE

Novas informações

sobre URV e GAM

Ultimamente, tanto nosso departamentoJurídico, quanto nossos filiados têm sido"bombardeados" por correspondênciasoriundas de escritórios de advocacia par-ticulares, convocando os servidores daRede Estadual de Educação a ingressa-rem com 2 ações, uma para garantir odireito ao recebimento de atrasados da

GAM, e outra, relativa a perdas na trans-formação de moeda (Cruzeiro Real para Real, com

passagem pela Unidade Real de Valor - URV).

Pois bem, na verdade, nada disto precisa ser feito com a urgência quevem sendo propagada.

Em primeiro lugar, no que concerne a GAM, se você já é filiado ao Sindi-cato-APASE, terá direito não só à implantação da GAM, como também, aosatrasados.

Na questão dos atrasados, pedimos atenção ao seguinte. A GAM é devi-da aos filiados APASE desde novembro de 2005, entretanto, se você se filiou,ou se aposentou, após esta data, o seu direito aos pagamento de atrasadosnasceu com sua filiação ou aposentadoria, logo, seus atrasados observarãoesta data.

Com isto, se você era aposentado e se filiou após novembro de 2005,nossa sugestão é de que procure nosso Departamento Jurídico munido dacópia de sua aposentadoria, e último demonstrativo de pagamento da ativae primeiro como aposentado.

Em relação à URV a questão é outra. Em tese, houve uma perda sala-rial entre novembro e dezembro de 1994, decorrente de transformaçãoda moeda.

Esta perda já foi reconhecida pelo Poder Judiciário, entretanto, ainda res-tam dúvidas acerca do benefício.

Isto porque há um processo que aguarda julgamento no STF, no qual seanalisa o pedido de revisão salarial decorrente da conversão, se há ou nãoprescrição (uma vez que as ações contra a Fazenda Pública, via de regra,prescrevem em 5 anos), e se há a possibilidade de se abater os reajustesconcedidos posteriormente, pelo Governo do Estado, da perda decorrenteda transformação monetária.

Com isto, inobstante estejamos elaborando as petições que, se for o caso,serão propostas futuramente, neste momento, estamos atentos ao julgamen-to do STF, para analisar se a ação é ou não, economicamente, interessantepara nossos filiados.

Se você conhece algum servidor que já ganhou a ação da URV e teveimplantada a diferença de pagamento, peça-lhe que nos encaminhe seu de-monstrativo de pagamento, para que possamos proceder a esta análise everificar, de forma definitiva, se existem diferenças devidas aos servidoresestaduais ou não.

PlantãoPlantãoPlantãoPlantãoPlantão

Ações Ordinárias distribuídas

Plei teando a equiparação de vencimentos de Professor deEducação Básica e Diretor de Escola para Diretor de Escola eSupervisor de Ensino:Processo encabeçado por Bárbara Alves PradoAutores: Adenir Aparecida da Silva,Cleonice Aparecida Gualdi Berto, ElisaMoraes Tavares, Francisco Faria Souto, Janete Teresinha Rando Paparella,Lourdes Mendes Rosa Colmanetti, Maria Angélica Ferreira Borges, Maria JoséAlmada de Oliveira, Therezinha de Jesus Ribeiro de Barros e Zarria dos Santos.

Pleiteando a extensão do pagamento da Gratificação por Atividadede Magistério -GAM- para pensionistas:Processo encabeçado por Ana Berenice de Campos ToledoAutores: Ana Maria dos Reis Toledo, Cleide Maria Fratantonio Perini, CristinaMartin Pozzetti, Lourdes Gomes Macário, Paula Gomes Macário, Lucila RamazziniPereira Arruda, Neise Barreto Bugni, Tereza Maria dos Reis Toledo, Alcina deToledo Mendes, Therezinha Apparecida Pissarra Scatena e Ruy Said Scandar.

Pleiteando a expedição de certidões de Licença Prêmio para servidorcontratado pela Lei 500/74:Autor: Ercio de Oliveira Pinto.

sobre as gratificações e vantagempessoal. (1810)

- O Tribunal de Justiça ,confirmandosentença de 1ª instância, garantiu aCleire Eliza Zabeo Pessini, AntoniaFloris Fernandes, Edna MerendiLopes, Enedina Scarmeloto Jardim,Fortunata Efraim, Lygia Ferraz , MariaAparecida Vaz, Maria Edna EstevesPereira, Myriam José Chehoun Nassare Nair de Oliveira Mattioli o direito areceber a sexta-parte incidindo sobreas gratificações e vantagem pessoal.(1693)

Pleiteando a isenção decontribuição ao IPESP:- O Tribunal de Justiça, confirmandosentença de 1ª instância, garantiu aCleuza Castilho Peres Franco,Nilthe Miriam Pirotta, Philomena deAlexandre Felix e Therezinha deCastro Castilho o direito à isenção decontribuição ao IPESP, no períodode.dezembro de 1998 a dezembro de2003. (1597)

Pleiteando a incidência dosadicionais por tempo de serviçosobre a Vantagem Pessoal:- O Tribunal de Justiça, revertendosentença de 1ª instância, garantiu aAntonio Carlos Machado,GilbertoNahás, Hilda Vieira Maschietto, IrmaTherezinha Constanzi Perez, LuizAlves de Lavor, Márcia Aparecida dosSantos Spinola Costa, Myriam José

Chehoun Nassar, Rosy ReginaPomerancblum, Sônia Maria de SousaSanta Cruz e Yara Neusa Andreoni odireito à incidência dos adicionaissobre a vantagem pessoal (1806)

Pleiteando a equiparação devencimentos de Delegado deEnsino para Dirigente Regionalde Ensino:

Ações que estão sendo propostas - Indenização de Licença-Prêmio;Equiparação de vencimentos Delegado de Ensino e Dirigente Regional de Ensinopara fins de cálculo do artigo 133; Devolução de Imposto de Renda Retido naFonte, quando do recebimento de indenização por férias e/ou licenças-prêmionão usufruídas; Incidência da sexta-parte sobre as gratificações e vantagem pessoal;Incidência dos adicionais sobre a vantagem pessoal; e outras a pedido de filiados.

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Jornal APASELegislação

Portaria 1.103/10, DOU 02/09/10 (pág. 49)Institui o Comitê de Governança do Exame Nacio-nal de Ingresso na Carreira de Docente.

Parecer CNE/CEB 13/10 (www.portal.mec.gov.br),homologado por Despacho do Ministro da Educa-ção, DOU 06/09/10 (pág. 03)Consulta acerca da inclusão do Empreendedorismocomo disciplina no currículo do Ensino Fundamen-tal, do Ensino Médio, da Educação Profissional e daEducação Superior.

Parecer CNE/CEB 14/10 (www.portal.mec.gov.br),homologado por Despacho do Ministro da Educa-ção, DOU 15/09/10 (pág. 09)Consulta sobre caso de alunos vindos do Japão ematriculados na Escola Municipal João Alves dosSantos.

Decreto 56.153/10, DOE 02/09/10 (pág. 01)Regulamenta a Lei nº 14.187, de 19 de julho de2010, que dispõe sobre penalidades administrativasa serem aplicadas pela prática de atos de discrimina-ção racial.

Resolução Conjunta SEDPCD/SELT/SEE 01/10,DOE 03/09/10 (pág. 30)

Dispõe sobre as Paraolimpíadas Escolares do Estadode São Paulo e dá providências correlatas.

Resolução SEE 62/10, DOE 20/08/10 (pág. 24)Altera dispositivos da Resolução SE nº 21, de 22,publicada em 23/3/2005 e republicada em 31/3/2005, que dispõe sobre a Evolução Funcional pelavia não acadêmica dos integrantes do Quadro doMagistério.

Despacho do Secretário, de 25/08/10, DOE 26/08/10 (pág. 26)Autoriza afastamento dos Supervisores de Ensino edemais educadores de suporte pedagógico, nos dias09/09/10 e 27/10/10, para participação em ativida-des promovidas pelo Sindicato APASE.

Portaria Conjunta SEE/SME 01/10, DOE 26/08/10 (pág. 25 e 26)Define parâmetros comuns para a execução do Pro-grama de Matrícula Antecipada do Ensino Funda-mental para o ano de 2011, na cidade de São Paulo,e dá outras providências.

Parecer CEE/CES 376/10, DOE 11/09/10(pág. 78)Consulta sobre validade de Certificados de GestãoEscolar.

Parecer CEE/CES 381/10, DOE 11/09/10

Atualizando o SAS - 10/2010

Pág. 47 – Atribuição de Classes/Aulas

Comunicado CENP, de 23/08/10 - Orienta as autori-dades educacionais responsáveis pela atribuição das aulasda disciplina Leitura e Produção de Textos.

Pág. 57 – Currículos

-Parecer CNE/CEB 13/10 - Consulta acerca da inclu-são do Empreendedorismo como disciplina no currícu-lo do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da Edu-cação Profissional e da Educação Superior.

-Comunicado CENP/DRHU, de 23/08/10 - OrientaSupervisores de Ensino e Diretores de Escola sobre pro-cedimentos quanto ao ensino de Língua Espanhola ofe-recida aos alunos da 1ª série do Ensino Médio.

Pág. 65 – Educação Artística e Física

Resolução Conjunta SEDPCD/SELT/SEE 01/10 - Dis-põe sobre as Paraolimpíadas Escolares do Estado de SãoPaulo e dá providências correlatas.

Pág. 77 – Formação de Professores/Profissionais deEducação

Parecer CEE/CES 376/10 - Consulta sobre validade deCertificados de Gestão Escolar.

Pág. 85 – Matrícula

-Portaria Conjunta SEE/SME 01/10 - Define parâmetroscomuns para a execução do Programa de MatrículaAntecipada do Ensino Fundamental para o ano de 2011,na cidade de São Paulo, e dá outras providências.

-Parecer CEE/CEB 382/10 - Consulta sobre ingressode alunos no Ensino Fundamental em Escolas com ca-lendário diferenciado e sobre idade de matrícula noperíodo de implantação da escola dos 9 anos - Delibe-ração CEE 73/08.

Pág. 87 – Penalidade e Sanções

Decreto 56.153/10 - Regulamenta a Lei nº 14.187, de19 de julho de 2010, que dispõe sobre penalidades ad-ministrativas a serem aplicadas pela prática de atos dediscriminação racial.

Pág. 94 – Reclassificação de alunos

Parecer CNE/CEB 14/10 - Consulta sobre caso de alu-nos vindos do Japão e matriculados na Escola Munici-pal João Alves dos Santos.

Legislação - Ementas das publicações do período de 16/08 a 15/09/2010

(pág. 78 e 79) Consulta sobre aplicabilidade do art. 1º da Resolu-ção CNE 01/2004 e dos incisos I e II do art. 4º doDecreto 6.872/2004.

Parecer CEE/CEB 382/10, DOE 11/09/10(pág. 79)Consulta sobre ingresso de alunos no Ensino Fun-damental em Escolas com calendário diferenciado esobre idade de matrícula no período de implantaçãoda escola dos 9 anos - Deliberação CEE 73/08.

Comunicado CENP/DRHU, de 23/08/10, DOE24/08/10 (pág. 20)Orienta Supervisores de Ensino e Diretores de Es-cola sobre procedimentos quanto ao ensino de Lín-gua Espanhola oferecida aos alunos da 1ª série doEnsino Médio.

Comunicado CENP, de 23/08/10, DOE 24/08/10(pág. 20)Orienta as autoridades educacionais responsáveis pelaatribuição das aulas da disciplina Leitura e Produçãode Textos.

Comunicado Cg, DOE 14/09/10 (pág. 32)Comunica as providências que a Secretaria da Edu-cação está tomando para solucionar possíveis proble-mas decorrentes da implementação do Programa deEficiência Energética, nas escolas estaduais.

Federal

Estadual

A íntegra da legislação pode ser encontrada nos sites: www.sindicatoapase.org.br, www.in.gov.br (Federal) e www.imesp.com.br (Estadual)

terça-feiradas 9 às 11 horas

mantida quinta-feiradas 14 às 16 horas

Advogado APASE

Atenção, filiados

Alterado o Alterado o Alterado o Alterado o Alterado o PlantãoPlantãoPlantãoPlantãoPlantão do do do do do

na sede do Sindicato-APASERua do Arouche, 23, 1o andar

de segunda-feira para

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Maria Antonia de Oliveira VedovatoSupervisora de Ensino - Santo André

Humildade que a “Intelligentzia”*da Educação Paulista não tem

“Para onde vai a Educação Paulista?” Eis apergunta pretexto em torno da qual sedesenvolveu toda a temática do XXIII EncontroEstadual do Sindicato APASE de 2009. Perguntapretexto sim, para não dizer de provocação àsautoridades da Secretaria da Educação do Estadode São Paulo, pois naquela época, todos nós doSindicato, já sabíamos para onde a EducaçãoPaulista caminhava.

Ia para onde hoje está, desacreditada edesmoralizada, apesar do esforço desmedidoda maioria dos profissionais que nela atuam.Só a nobre “intell igenzia” não sabia queesmolar recursos, à custa de cumprir ordens deagências financeiras internacionais e copiarmodelos al ienígenas, não trar iam bonsresultados às escolas públicas, imprescindíveisao atendimento majoritário das camadaspopulares. E assim optou...

Mas a obrigação de apresentar resultados,para esses agentes externos, fez com que asautoridades educacionais de plantão fossemdesrespeitosas com a comunidade escolar, que“apesar delas” e “a duras penas” vem seapropriando de um “saber pedagógico” e de um“saber fazer docente” concernente com nossarealidade. Foram desrespeitados supervisores,diretores, professores e alunos, quando obrigadosa acatar e desenvolver “currículo” pensado de cimae de fora, em desacordo, muitas vezes, com arealidade vivida por todos eles e que, em últimainstância, deve consubstanciar o projetopedagógico de cada escola.

Escolas foram inundadas com materiaispedagógicos de conteúdos, muitas vezes,duvidosos e não escolhidos pelos educadores.Criaram uma prática avaliativa desconectada doprocesso de ensino de cada escola. Valendo-nosde categorias, presentes em obras de Karel Kosike Georg Lukács, filósofos marxistas, dizemos, semmedo de errar, que os ilustres componentes de tal“intelligentzia”, “coisificaram”, “fetichizaram”,“reificaram” a “Avaliação Escolar”, agora com umfim em si mesma, ao desconsiderarem, sobremaneira, os atores do processo educacionaldesenvolvidos nas escolas.

Modelos educacionais foram realçados eimportados: da Espanha, da Finlândia, de NovaYork etc. Tudo se constituiu em motivo paradesqualificar alunos, educadores e escolaspúblicas, já tão espezinhadas em seus resultados,como de baixa qualidade, quando comparadas

Fala Supervisor

com as “altas notas” das escolas particulares.

Não contentes com a avaliação de alunospassaram a avaliar todos os profissionais:professores, diretores, supervisores, tudo no afãde retirar da administração o peso da inoperânciado sistema educacional. Creditaram, ao mesmotempo, à medição e ao mérito a salvação de todosos problemas da educação.

Mas parece que esses equívocos podem estarmais próximos do fim, graças à honestidadeintelectual e científica de quem evoluiu em relaçãoa convicções, que serviram, até agora, comoespelhos para nossas “inteligentes autoridades”.É o que ficou escancarado na matéria “Nota mais

alta não é educação melhor” do jornal OEstado de São Paulo, de 02/08/2010, numaentrevista com Diane Ravitch, ex-secretária-adjuntado Departamento de Educação dos EUA,pesquisadora da Universidade de Nova York eautora de vários livros de educação.

De defensora da reforma educacionalamericana, baseada em metas, testes padronizados,responsabilização do professor pelo desempenhodo aluno e fechamento de escolas mal avaliadas,a eminente autoridade intelectual muda de posiçãoe, humildemente afirma que “o sistema em vigornos Estados Unidos está formando apenas alunostreinados para fazer uma avaliação”.

Diz mais, “que o ensino não melhorou e queforam identificadas muitas fraudes no processo”.Tal matéria, interessantíssima por sinal, járepercutida no editorial da edição anterior destejornal, remete às conclusões, resultantes depesquisas empíricas, explicitadas no livro, de autoriada pesquisadora em questão, já publicado nosEstados Unidos, “The Death and Life of the GreatAmericam School System” e, que todos nós,educadores, deveríamos conhecer emprofundidade.

Tomara que os copis tas, de nossa“Intelligentzia”, também tomem conhecimentodessa evolução e copiem as lições de humildade ehonestidade, retratadas no livro e, voltem atrásem suas imitações desrespeitosas à comunidadeescolar, ao trabalho educacional e a todos os seusprofissionais.

* Categoria utilizada por Karl Mannheim,

sociólogo alemão, para designar os intelectuais.

Em nome do Conselho Fiscal do Sindicato-APASE, saudamos os companheiros presentes aonosso Fórum Sindical. É sempre motivo de alegrianos reencontrarmos em reuniões em que questõesde grande atualidade são discutidas, propiciandoaos trabalhadores da educação uma visão atuali-zada no enfrentamento dos nossos problemas dodia a dia, nas escolas, assim como uma visão maisabrangente e crítica da posição de nosso Sindica-to, frente aos problemas decorrentes da quadrapolítica atual.

Os membros do Conselho Fiscal, desde o co-meço da gestão, optaram por realizar as reuniõesmensais num sábado, dia em que são discutidoslivremente os problemas da entidade, expostastodas propostas e sugestões dos Conselheiros quesão encaminhadas aos canais competentes. Aopção por esta forma de trabalho nasceu natural-mente do grupo e nos deu a oportunidade de com-preendermos mais profundamente os propósitosde nossa entidade.

A frase, de rara sensibilidade: “APASE somostodos nós”, nos confere uma distinção sobre osoutros sindicatos. APASE é, mais que um grupo deprofissionais da educação, é uma fusão dos nos-sos sonhos e anseios. Não é um sindicato peque-no, pois mesmo os que não estão presentes, so-nham conosco os mesmos sonhos. Não é um sin-dicato agressivo, porque detém a força da razão.É um sindicato que está dentro de cada supervisor:com suas alegrias, seus ideais, seus esforços, suasvitórias, suas frustrações.

Assim como cada um de nós, não é um fenô-meno do IBOPE, não é uma unanimidade, mastambém não é o dono da verdade, não é o Gran-de Irmão impondo sua vontade. Antes, se ofereceao diálogo, ao trabalho conjugado em busca domelhor. Sentimos que APASE é como cada um denós, que APASE somos nós e que APASE é maiorque cada um de nós, pois tem em si os ideais dosque estão presentes, assim como os ideais dosimpossibilitados de comparecer e, principalmente,os ideais de luta e dedicação daqueles que já seforam e deixaram seus nomes nas páginas da his-tória APASE.

Muito obrigado e que todos tenham um ótimoaproveitamento do Fórum.

APASE somos todos nósDiscurso proferido pelo Presidente do

Conselho Fiscal APASE, na aberturado VII Fórum Sindical.

Vicente Diniz FilhoSupervisor de Ensino e Presidente do Conselho Fiscal

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O fortalecimento do Sindicato-APASE depende, inicialmente, de sua filiação.Parabéns pela adesão! A Luta é Nossa!

Receitas Valor R$

TOTAL DO DEMONSTRATIVOSão Paulo, 31 de agosto de 2010Jorge Costa – CRC – 1SP132311/07 CONSELHOFISCAL: Vicente Diniz Filho, Neli Cordeiro deM. Ferreira e Albertina de Fátima Esteves Passos.OBS: O Balancete de agosto foi analisado e aprovadopelo Conselho Fiscal na reunião de 24/09/2010.- Os documentos referentes aos balancetes estãoà disposição para análise dos filiados, na sededeste Sindicato.

Contribuições de SóciosRendimentos de Aplicações FinanceirasReceitas EventuaisDespesas RecuperadasTotal das Receitas

DESPESASDespesas AdministrativasDespesas OperacionaisContas a pagarTotal das Despesas

DEPARTAMENTO JURÍDICOReceitas Custas JudiciaisDespesas Depto. JurídicoResultado Líquido Depto. Jurídico

ENCONTRO APASEReceitas Encontro APASEDespesas Encontro APASEResultado Líquido do Encontro

PLANO DE SAÚDE UNIMEDReceitas de ConveniadosDespesas de ConveniadosResultado Líquido Plano Unimed

RESUMOSaldo Anterior(+) ReceitasSubtotal(-) Despesas(+) Resultado Líquido Unimed(-) Resultado Líquido Depto. Jurídico(-) Resultado Líquido Encontro APASESaldo Atual

DEMONSTRATIVO DO SALDOCaixaSantander - Ag. RepúblicaBanco Nossa Caixa S/A - Ag. V. BuarqueBanco Nossa Caixa S/A - Fundo Curto PrazoContas a receberIRRF a compensarINSS a compensar

90.689,65

752,36

368,50

-

91.810,51

36.803,94

31.006,31

-

67.810,25

480,00

6.174,44

(5.694,44)

-

630,55

(630,55)

266.895,29

268.913,33

(2.018,04)

241.406,81

91.810,51

333.217,3267.810,25

2.018,04

5.694,44

630,55

257.064,04

600,00

132.777,04

6.806,53

113.583,67

-

1.516,80

1.780,00

Balancete referente Agosto/2010

257.064,04

Colega aposentado, não se esqueça de efetuar, este mês, o seu recadastramento

obrigatório, em qualquer agência do Banco do Brasil. Os funcionários ativos devem

acessar www.gestaopublica.sp.gov.br/recadastramentoanual

Dia 01 - Célia Aparecida Vituli da Silva, FranciscoArcangelo Damito, Geny de Oliveira Ramos, IvanLuiz Aguiar de Andrade, Ludenger Fregolente,Robinson Felix Augusto de Oliveira, Rosa VirgíniaMuff Machado, Sulamita Ponzo de Menezes,Therezinha Vichiatti e Vilson Barcos Lindquist.Dia 02 - Benedicto Nunes, Carmen Silvia Bueno deOliveira, Darcy Borges Granieri Mader, DeolindaSilva Pereira, Helena da Assumpção Reis da Silva, JairSanches Vieira, Renata Fernandes Crespo Cintra eVanda Maria Zanini Toledo.Dia 03 - Helenice dos Santos Carvalho, Leny Cescato,Luciana Lucci de Oliveira, Maria Emilia DuarteCarreira, Maria José Antunes Rocha Rodrigues daCosta, Maria Therezinha Dario Fiorotti, RomualdoVicentin Poliseli, Rosangela Maria Xavier Bonfietti,Sílvia Martins Rodrigues, Terezinha Maria CannoBetoni e Wilson Aparecido Pigozzi.Dia 04 - Alzira Ferreira Engler, Antonio do AmaralTibagy Filho, Celso de Castro Scafi, Cristina MariaSalvador, Joaquim Bento Feijão, José Maurício Grothe,Maria Amalia Ferreira Alves, Maria Angélica Batista,Nalzira dos Santos e Neusa Falsarella Murakami.Dia 05 - Arlindo Roque Boufleuer, Elde SusanOliveira Basso, Eunice R. de Souza Pereira, JoanaCândida Moreira da Silva Prandi, Margareti de FátimaQuinteiro Carneiro da Silva, Maria do Rosário S.Bernardi Ribolla, Maria Izabel Cabana Zoricic, MariaNazareth Gonçalves, Mary Rose Cataldi Machado,Osni Edson Fernandes, Rosangela Aparecida PratesTavares Avila e Vera Maria Delício Pereira.Dia 06 - Adele Rodrigues de Carvalho Vecchi, AugustoSpada Filho, Eliana Costa da Cruz de Negreiros, IltaIris da Silva Romanos, Lourdes de Fátima CaçadorBernardes Silva, Mário Nunes da Silva, Sebastião SilvaVieira e Sônia Cristina Alves Ferreira.Dia 07 - Carmem Lídia Alves Miranda Budiski,Margareth Dias Kanthack Paccini, Maria Aparecidada Silveira Melo Brito, Maria do Rosário DevitteHeitzmann, Telma Antonia Marques Vieira e ValériaMárcia Masteguim Amorin.Dia 08 - Ana Maria Leonel Vieira dos Santos, CleideComi, Eteocles Arnoni, Euvaldette Machado Silva,

Hilda Vieira Maschietto, Lucimeire Gomes Mendonça,Mara Elisa Capovilla Martins de Macedo, MariaAparecida Mazaro da Costa, Maria Cristina de MoraesNoronha e Yoshiko Okada de Moraes.Dia 09 - Aparecida Lourdes Mazza Lima, DeniseAparecida Ribas Faria, José Maria Pereira Alves,Neyliane Rocha da Silva de Souza, Reginaldo AmaralMiranda e Yolanda Limongeli Vianna.Dia 10 - Clarice Vieira Barsi dos Santos, ElaineJunqueira Golmia, Emília da Silva Mendonça, KimikoOogui Makiyama, Lourdes Aparecida Scalla Botelho,Maria Imaculada Garcia Bedran Gauy e MônicaAparecida Lima Nakamoto.Dia 11 - Ana Rosa Morghetti, Anna Maria QuadrosBrant de Carvalho, Clélia Maria Uchoa Falcão, MariaAp. Cheruti, Nizi Rolim Prudente dos Santos, RaulLobo, Renata Noely Barbuy Melchior e Toyoko Uzuba.Dia 12 - Celina Maria Arêdes de Faria, HelenaAparecida de Lima, Iracema Fernandes Trigo, JoãoBaptista Tiburcio de Almeida, Maria do Carmo SucissiBlodorn, Maria do Rosário Almeida Freitas, RosauraAparecida de Almeida e Terezinha Yoshitake Hori.Dia 13 - Antonio Euflausino de Souza, Cristina deCassia Mabelini Silva, Liane de Oliveira Bayer, LindaAlteparmakian, Magali Aparecida Monteiro da Cruz,Márcia de Carvalho Gatti, Marlene Scarciello deCampos, Nilce Signorini, Telma Tenório de Assunçãoe Terezinha Aparecida Ferreira Costa.Dia 14 - Dalva Leite de Almeida, Hyleia BuenoCartes, José Vitório Manrique, Miriam de CarvalhoMatarazzo, Neide Cândido Braz da Silva, RosangelaPorto Barros e Tereza de Jesus Coimbra Amed.Dia 15 - Adelina Messura Matheus, Lourival Mendes,Maria Aparecida Fornari Destro, Maria de LourdesCeolim, Massako Suehiro e Yara Machado Branco Ramos.Dia 16 - Ana Cristina Barrinha, Antonio Pupo,Déborah Elyana Lost Forni, Geralda Bueno Carpes,Maria do Rosário Ceravolo Laguna, Maria Teresa daFonseca, Nereide Manginelli Lamas, Neusa Nogueirade Moraes, Roseli Terra Oliveira Costa, SilvinhaMoreira Saad e Solange Teresa Galleti.Dia 17 - Denise Pinto Albino, Maria Nagilda Cesar,Osvaldo Nappi e Wilma Clarice Morlin.Dia 18 - Daisy Gregio, Edvard de Oliveira, IaraRodrigues dos Reis Souza Mateus, Lenise Dolce deLemos, Maude Andrade do Amaral Moraes e SimoneHelena Pessutti.Dia 19 - Cássia Regina Gasparin dos Santos, EusaBatista Vilar Silva, Flora Maria de Jesus, Janair PortoLoddi, José Claudio Tavares, José Farouk RaffoulMokodsi, Kazimira Deveikite Climachauska, MaraRocha Muricy, Maria Apparecida Bernardes Roberto,Marisson Pedro Camargo e Neusa Torres Cunha.Dia 20 - Cledenir Cordioli, Fernando Leandro de

Figueiredo, Francelina Augusta de Almeida Lima,Izabel Alonso Gonçalves, João Evangelista Menezes,Júlio Carlos da Silva, Marilice Merchan Giaxa, OdilaAmélia Veiga e Suely de Castro Giglio Viscaíno.Dia 21 - Carlos Roberto Loureiro de Melo, CleydePião Ferraz, Dorothildes Mancinelli, Geralda Machadode Melo Lima Gregorutti, Laura Maria Teresa FilpiMauro, Therezinha Mercia Martins Romar, Vicentede Paula Brito e Yoko Komaki de Nomura.Dia 22 - Ana Márcia de Pauli Paglioni, José TosteBorges, Sérgio Vieira de Sousa e Sonia Aparecida SantosPinheiro do Carmo.Dia 23 - Ana Amélia Zuccolotto Copesco, Ana IsabelFogaça de Camargo Barros, Ana Maria Aparecida deAbreu Guedes Pinto, Benedito Valter Boteca,Bernardina Lúcia de Arêdes, Maria Emilia D'AnnibaleOrsi, Maria Lucia Morrone e Susete Prado de C.Mestrinelli.Dia 24 - Bárbara Alves Prado, Esmeralda Barbará deOliveira, Ivone Silveira Sucena, Leda Maria ZanardiMiguel, Lizete Aparecida Maróstega, Maria HelenaRossi, Marylena Calabretti, Nazareth LemosMaldonado Peres e Odete Ferraz Pinassi.Dia 25 - Ana Maria Battistuzzo Teixeira Pinto,Enedina Maria Piffer, Heide Lambertucci, MariaCristina Tiburcio de Paula Eduardo, Sandra Gonçalvesde Souza e Sandra Mara Bernardi Ortolan.Dia 26 - Adherbal Ramon González, Elizete Beirãoda Rocha, Maria Izabel Capua Maia, Monica AparecidaFreire Rodrigues, Neila Barreto, Raja Bou Assi Perice Rita de Cássia Pérez Monteiro.Dia 27 - Ana Claudia Sampaio dos Santos Ribeiro,Angela Maria Furquim Carneiro, Dione BertiO'Connor Shirley, Heloisa Helena da Silva Ramos,Iolanda Hirose de Oliveira, Maria da Glória UrbanoAzenha, Neide Cunha, Regina Giovanini Geraldinoe Sílvia Teresinha dos Santos Moreira.Dia 28 - Edith Jandyra Caccia Rosalem, Elouise DavisHorn Corsi, Josmarina Bueno Ferraz, Maria LígiaFernandes Branco, Maria Rachel de Oliveira MartinsRamos, Maria Regina Neves Pedroso Ramos, MarildaAparecida Leme, Paula Marcia Meimberg Mauad,Semiramis Saba Ruggiero, Sueli Milazotto Rici e VeraElisa Furlan Denipote.Dia 29 - Ana Claudia Fernandes, Manoel Vieira deCastro Neto, Maria Inês Gonçalves de Oliveira,Marilisa Cássia Roversi Zago, Neide Camargo Gigekedos Santos e Vera Lúcia Nocera Sugayama.Dia 30 - Antônio Astolpho, Edgard Benedito Bueno,Elsa Pereira Timoteo, Erivelto Domingos Filetti, MarliRodrigues Siqueira Constantino, Mirtes CecíliaCrosara de Carvalho Pinto, Rosa Aparecida JoséChimoni e Terezinha Maria de Souza Alves Nunes.Dia 31 - Áureo de Amorim Barros Netto,Edenilce Hortencia Jorge Elliott, Joanir FernandesMartinez, José da Fonseca Neto, Lucila ZanardoDuran, Maria de Lourdes Xavier Leonardo,Narzira Zanelato do Lago, Neuza Aparecida Pereirae Rosaly Aparecida C. A. Leme.

05 – Reunião de Pauta JornalAPASE – sede

20 – Cine Café APASE – sede

26 – Reunião Comitê de Éticaem Pesquisa - IAMSPE

27 – Sessão de Estudos “Eca:normas de conduta escolar paraeducador e educandos” – sede

– Reunião Diretoria Executivae Conselho Fiscal – sede

– Assembleia Geral Delibe-rativa Extraordinária – sede

28 – Reunião Ordinária daCCM/IAMSPE

30 – Reunião alunos UNICID -sede

Outubro

Acontece

�A Supervisora de Ensino, Maria Lúcia Morrone apresentou a Comunicação“Desafios na formação da supervisão de ensino mediante o paradigmade gestão educacional: Universidade-História, Formação e CompromissoSocial”, em 03 de setembro, tarde do terceiro dia do VII Colóquio de Pesquisasobre Instituições Escolares promovido pelo Programa de Pós-Graduação emEducação da Universidade Nove de Julho, UNINOVE da Água Branca. Assíduacolaboradora do Sindicato-APASE, Maria Lúcia, mais uma vez, contribui com aeducação paulista, em especial, ao papel da Supervisão de Ensino e com açõesdo Sindicato doando à Biblioteca APASE um CD com os anais do Colóquio, duasRevistas Científicas Eccos, volume 8, no 1 e 2/2006 e a publicação científica daárea da Educação, Dialogia, volume 8, no 1/2009, todas produções da UNINOVE.O material está à disposição dos filiados APASE.

Novos Filiados - Setembro/2010

�Cintia de Lima da Conceição �Eteocles Arnoni

Colega Supervisor,este espaço é seu

As seções Fala Superv isor ,Acontece e Cultura e Lazer sãoespaços dest inados às publ i -cações específicas de e para oscolegas supervisores filiados.

Portanto, a Editoria do JornalAPASE aguarda sua contribuição,opinião, relato de experiências,críticas, poemas, passeios eprogramas interessantes paradivulgação.

Fax: 11 3337-6895

[email protected]

Supervisora é notícia

Page 16: Filiado à FESSP-ESP Sete anos de Fórum APASE: supervisores … · 2014. 11. 6. · Estado de São Paulo apresenta superávits, que possibilita-riam oferecer reajustes anuais ao

16

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010

Jornal APASE

Canto Aberto

Dicas do mês

Eu recomendo...

*Conheça mais lendo: Coleção Melhores Poemas – Paulo Leminski (1944-1989) Seleção deFred Góes e Álvaro Marins – pág. 121; Global Ed. - São Paulo ; 6ª Edição, 2002 – 1ª Reimpr., 2005.

Colaboração: Nazareth Lemos Maldonado Peres - Supervisora de Ensino, São Paulo

Exposição29a Bienal Interna-cional de Arte de SP -São 850 obras de 159artistas espalhadaspelo Pavilhão daBienal. Dividindo oespaço com elas, aindahá teatro, dança,cinema e poesia, como no tema da Bienal, “Hásempre um copo de mar para um homemnavegar” (Jorge de Lima), e dos seis espaçostemáticos, os Terreiros. Espaços de convivência,reservados aos momentos de pausa do públicoe também às atividades diversas, comoperformances, projeções e leituras. Entre eles:“O outro, o mesmo” (Carlos Teixeira); “A peledo invisível” (Tobias Putrih); “Dito, não ditoe interdito” (Roberto Loeb e Kboco). Parquedo Ibirapuera, Portão 3, sem número, tel. 11

SaúdePlano de Assistência Médica Hospitalar Confed.das UNIMEDS - fone (11) 3337-6895GÉIA Consultoria e Corretora de Seguros - fone(11) 3666-0711AESP Odonto - fone (11) 2813-5656Educação:COGEAE/PUC-SP - Cursos, fone (11) 3670-3300Cultura e Lazer:APEL Turismo fone (11) 4508-6549

Com descontos ou preços especiais para filiados

Parcerias e Convênios APASE

US Tour fone (11) 3815-8262Club de Férias - hospedagens para filiados, emdiversas regiões do país, (11) 3101-0002/4002/5855Hotelaria:

San Raphael Hotel Largo do Arouche, 150,Centro, São Paulo fone: (11) 3334-6000Seguros Autos e residência

ALFAMARC Av. São Gabriel, 555, cj 410Jd. Paulista, São Paulo SP fone: (11) 3079-3977

A Lua no CinemaPaulo Leminski – (1944-1989 - PR)*

A lua foi ao cinema,passava um filme engraçado,

a história de uma estrelaque não tinha namorado.

Não tinha porque era apenasuma estrela bem pequena,

dessas que, quando apagam,ninguém vai dizer, que pena!

“E continuou a cami-nhar, sempre acompa-nhada pelos pássarosque se encantavamcom a flutuação doseu corpo ao andar”.Este é um trecho dolivro “Corpo Vivo”que deu origem ao es-petáculo Corpo Vivo – Carrossel das Espécies, nova criação de Ivaldo Bertazzo, apresentadopelos 17 bailarinos de sua Cia. TeatroDança que, com seus corpos, materializam todos osconceitos da obra no palco. São 30 anos de pesquisas sobre o corpo, sobre a reeducação do

movimento, sobre as características que assemelhame diferenciam o homem das demais espécies. Sãoconfrontações como a regeneração dos répteis, a vi-são da coruja, o radar do tubarão, a força de umtouro, o envelhecimento do homem que são apre-sentadas de maneira lúdica e bem humorado du-rante os 90 minutos de dança e música. Além dosbailarinos, no elenco estão o ator Rubens Caribé e acantora lírica Regina Elena Mesquita. Após o espe-táculo, impossível não concordar com o prefaciador

do livro, o médico Drauzio Varella. “O corpo humano éuma máquina desenhada para o movimento”, pontua.SESC Pinheiros, rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Pau-lo, tel. 11 3095-9400. Quinta a sábado, às 21h. Do-mingos, às 18h. R$ 30,00. Até 17/10.

Maria Lúcia Morrone - Supervisora de Ensino São Paulo

Cultura & Lazer - Domingas M. do Carmo Rodrigues Primiano

5576-7600. De sáb. a 4ª feira, das 9 às 19h,5ª e 6ª feira, das 9 às 22h. Até 12/12. Grátis.

Festival de Jardins do MAM - Aproveitandoa visita ao Ibirapuera, não deixe de ver as“obras-jardins” criadas no entorno da marquiseprojetada por Oscar Niemeyer. São novejardins criados por paisagistas franceses eartistas visuais brasileiros que exploram o temada alimentação do corpo e do espírito.Produzido pelo MAM, essa é primeira ediçãofora da França do Festival Internacional deJardins de Chaumont-sur-Loire. Parque doIbirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, portão3, tel. 11 5085-1300. Diariamente, das 5hàs 22h. Até 31/12. Grátis.

Eventos APASE - outubro/novembro

Vida Viva

Minha vida adolescente

Mais uma contribuição da filiada supervisora de ensino Nazareth LemosMaldonado Peres. Com este poema, dedicado à neta Marina, retrata um períododa juventude atual, seu dia a dia e o contato com as modernas redes sociais:

Cine Café APASE - “Amar foi minha ruína” (Leave Her to Heaven). Clássiconoir de 1945, será exibido na tarde de 20 de outubro, 13h30, sede APASE, econtará com a presença do professor Paulo Schettino para coordenar a sessão. Ofilme conta a história de Ellen Berent, uma mulher tomada por um ciúme doentio,por um amor possessivo, capaz de fazer qualquer coisa para manter o homem queama isolado de tudo e de todos e, assim, só ter olhos para ela. Baseado na obra deBen Ames Williams e realizado pelo cineasta John M. Stahl, com destaque para aatriz Gene Tierney (Ellen), com uma interpretação magnífica, que lhe valeu umamerecida indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Inscreva-se até 18/10.

Mostra com Arte - Participe! Traga suas produções artísticas, literárias,artesanais, culinárias etc. Prepare-se para apresentar toda a sua criatividade. Seráno dia 10 de novembro, 15 horas, a abertura da XII Mostra com Arte, juntamentecom a solenidade especial pelo Dia do Supervisor de Ensino e Aniversário do Sindicato-APASE. Inscreva-se até 05/11!

Era uma estrela sozinha,ninguém olhava pra ela,e toda a luz que ela tinha

cabia numa janela.

A lua ficou tão tristecom aquela história de amor,

que até hoje a lua insiste:- Amanheça, por favor!

Eu sou uma adolescente,Sou aluna do “Gallicho” (*)

E eu vivo bem contente,Com os amigos, no capricho.

De manhã vou estudar,À tarde vou ao “cursinho”,Porque logo vou prestarUm “belo” vestibulinho.

Mas, vou guardar para sempreAs lembranças que são boas.Pelo “Orkut” estar presente,

Com todas essas pessoas.

Eu nunca me esquecereiDos amigos que aqui fiz,

E assim, até poderei,Na Internet ser feliz!

(*) Escola Estadual Professor André Xavier Gallicho – DE-Leste 5, São Paulo, SP.

Aconteceu

Passeio Atibaia - Treze filiados e amigosAPASE foram conferir a 30a Festa das Flores eMorangos, no dia 11/09. Além do visualexuberante da mostra, as apresentações culturaisenriqueceram o sábado ensolarado.