MUNDO NOVO

Mundo Novo - ARGUMENTO

Situação 1< A história começa com a natureza falante em gestos de puro frêmito, descortinando sua vibração.

Situação 2< Inicia-se a jornada de alguns índios de canoa. Chegam ao local sagrado dos totens e realizam um ritual de adoração aos seus Deuses e antepassados. Estes índios dançam e cantam; louvam e agradecem à sua existência e generosidade. Como saudação desse encontro com o primeiro Totem, eles pronunciam a frase Tyaindê Koema. Signi�cando na língua de sua tribo: Bom dia!

Situação 3< Uma chuva inesperada encharca a região e as palavras pronunciadas irão reverberar no tempo-espaço. (((Tyaindê Koema… Koema… Koema… Koema…)))

Depois da chuva, as águas correm suavemente .

Situação 4< Em um lugar qualquer num passado remoto, uma criatura humana entra em cena em meio a uma vegetação hostil, somada a escassez de água na região. Esse indivíduo trava uma batalha aliada aos seus instintos por sua sobrevivência e alento no planeta…

Situação 5< Exausto e com muita sede, o primata se encontra nesse cenário gris. Uma fruta de um cactus bem avermelhada lhe chama a atenção. É a primeira vez que ele percebe a presença das cores. Ele colhe essa iguaria e a leva a boca. Essa planta possui uma substância impregnada de alcalóides psicoativos, que reagem em sua mente e o levam a uma imersão nos sentidos. Há uma estranha realidade, como numa lucidez recém adquirida.

Ponto de virada 01}

Situação 6< Essa trajetória, entrelaçada pelas seguidas vezes que ele se nutre dessa subs-tância, emparelha sua existência com seu ego, lhe causando certo desatino, tanto quanto se re�ete em suas reações. Este Ser agora está evoluindo rápido e entra na aurora de conhecimentos e técnicas - Extraídos da

religação com seus protodeuses - estabelecidos pelo caminho inverso ao qual alguns índios em seus xamãs pensam também

tratar-se de deuses no "outro lado da linha". É um momento de despertar sua lucidez sobretudo.

Situação 7< Perante a condição tal qual o hommo sapiens agora parte para o status de um suposto hommo sapiens sapiens… Assim, acaba-se aí a sua pré-história; nasce para ele um Mundo Novo em possibilidades e descobertas.O primata rabisca em seu antebraço o mesmo desenho que o cacique faz na areia. Tratar-se-á de uma marca de conduta e respeito à natureza, adotada por ambos. Começa a registrar suas experiências através de pinturas nas rochas. Seus primeiros símbolos e sua comunicação começam a concatenar-se.

Situação 8< Dali por diante, começa pondo em prática suas novas técnicas, de como fazer e manter o fogo, polir a pedra, represar a água, observar o céu. A fome ainda maltrata-lhe o estômago e ele se vê na necessidade de caçar com destreza, otimizando seu esforço por meio de engenhoca concebida com o advento do "saber como".

O primata prepara estrategicamente sua armadilha.

Situação 9< A Criatura se afasta e �ca por traz de umas rochas. Enquanto espera pela sorte demorada, a noite cai e ele começa observar os astros celestes. Faz ligação entre os pontos (estrelas) e descobre desenhos de constelações. Adormece… tem pequeno alpha de sonho e acorda com um estalado forte. Já é dia novamente e ele corre para veri�car sua astúcia empregada em protótipo precário.

{Ponto de virada 02}

Situação 4< Em um lugar qualquer num passado remoto, uma criatura humana entra em cena em meio a uma vegetação hostil, somada a escassez de água na região. Esse indivíduo trava uma batalha aliada aos seus instintos por sua sobrevivência e alento no planeta…

Situação 5< Exausto e com muita sede, o primata se encontra nesse cenário gris. Uma fruta de um cactus bem avermelhada lhe chama a atenção. É a primeira vez que ele percebe a presença das cores. Ele colhe essa iguaria e a leva a boca. Essa planta possui uma substância impregnada de alcalóides psicoativos, que reagem em sua mente e o levam a uma imersão nos sentidos. Há uma estranha realidade, como numa lucidez recém adquirida.

Ponto de virada 01}

Situação 10< Lá, aprisionada em uma armadilha que ele constrói e aguarda intensamente sua possível preza, eis que surge exótica na produção, uma fêmea de sua espécie. Ferida e desacordada pelo sinistro dessa armadilha, ela somente irá tornar a si quando ele tratar dela com essa mesma substância, achando que por ter obtido melhoras com seu uso, tenta aliviar suas dores, ministrando em suas feridas e alimentando-a também. Ele passa a cuidar dessa criatura semelhante de maneira racional perante alguns princípios, quando ensaia um tratamento medicamentoso e curativo… Com o uso da substância, mesmo desacordada, ela irá chegar ao supra-sumo da inteligência e conseguinte, ao melhor domínio da interpretação dos fatores da vida e existência.

Situação 11< Ko-ema, agora personagem com nome que ele mesmo descobriu depois de balbuciar fonemas - na tentativa de falar a única palavra reverberada no tempo-espaço que entendeu com clareza (Ko-ema) - repete várias vezes para os interlocutores como se fosse seu nome e pensa estar respostando aos seus protodeuses, consolidando esse diálogo. Ela �nalmente acorda e o vê nesse transe de hiperestesia, ao qual ela agora também pertence e percebendo mais claramente a pronuncia, o auxilia numa dessas religações completando a frase Tyaindê Koema. (Ela parece também entender a tradução, gesticulando) Contudo, Koe-ma ao mesmo tempo em que �ca surpreso em vê-la recuperada e disposta, entende equivocadoque em vez dessa frase signi�car bom dia, conclui que Tyaindê é o nome dela. Algum critério na cabeça dele o faz pensar assim.

Situação 12< Em cima de uma laje com o por-do-sol emoldurando a paisagem do auto-oeste, o conjunto Ko-ema e Tya-indê está em contra-luz, na contemplação desse fenômeno como instante de um portal perene. Tya-indê pega na mão de Ko-ema. Eles se olham e tornam a mirar o crepúsculo, imaginando ser o amor, um in�nito comum. Unos, agora eles estão dançando seu primeiro Toré.

FIM.

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