Upload
gbronstein
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
1/39
Finanas Internacionais
CBA RI
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
2/39
Apresentao
Objetivos
Fornecer uma viso do ambiente financeiro internacional Discutir as particularidades da Gesto Financeira Internacional
Apresentar intrumentos de Gesto Financeira Fnternacional
Avaliao Trs testes (descarta a pior nota) 30%
Uma prova final 70%
Bibliografia Eiteman, Stonehill e Moffett Administrao Financeira
Internacional
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
3/39
O Ambiente Financeiro InternacionalO Mercado de Cmbio
Introduo aos Derivativos Financeiros
Hedge CambialCusto e Estrutura de Capital
Oramento de Capital
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
4/39
A Atuao Internacional
A Empresa Multinacional
Possui operaes em diversos pases do mundo O controle pode pertencer a acionistas em diversos pases do
mundo
Buscam vantagens competitivas especficas nos diferentes
mercados: mo-de-obra, impostos, logstica etc.
Finanas Internacionais No tratam apenas da gesto financeira de empresas
multinacionais Empresas locais expostas a transaes internacionais:
importao/exportao, remessa de lucros, questes legais etc.
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
5/39
Por que estudar Finanas Internacionais?
Riscos Especficos
Risco cambial Risco poltico
Imperfeies de Mercado
Ampliao da Fronteira de Oportunidades
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
6/39
Riscos
Risco Cambial
Associado a variaes na taxa de cmbio Impacto no valor dos ativos, passivos, receitas, capital de giro
Risco Poltico Associado a instabilidade poltica
Macrorisco Poltico: associado a um pas ou regio especficos;afetam todas as firmas multinacionais que atual no pas/regio
Expropriao definio do preo justo
Barreiras entrada/sada de capitais
Disputas tnicas (social, tribal, religiosa)
Microrisco poltico: afeta uma firma ou segmento especficos Conflito de interesses
Corrupo (www.transparency.org)
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
7/39
Microrisco Poltico
Fonte: www.transparency.org
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
8/39
Imperfeies de Mercado
So barreiras que impedem a livre movimentao de
bens, servios e capitais entre os pases
Vantagens tributrias
Barreiras comerciais
Impedimentos legais (societrios)
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
9/39
Ampliao da Fronteira de Oportunidades
Economias de escala
Aumento de eficincia
Diversificao do risco
Vantagens comparativas
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
10/39
Teoria das Vantagens Comparativas (D. Ricardo)Pas A Pas B Total
Alocao dos fatores de produo
Alimentos 40.000 40.000 80.000
Tecidos 20.000 20.000 40.000
Produo por unidade de entrada
Alimentos 5 Kg/un. 15 Kg/un.
Tecidos 3 m/un. 4 m/un.
Produo total
Alimentos 200.000 600.000 800.000
Tecidos 60.000 80.000 140.000Consumo
Alimentos 200.000 600.000 800.000
Tecido 60.000 80.000 140.000
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
11/39
Teoria das Vantagens Comparativas (D. Ricardo)
Custo de Oportunidade Pas A Pas B
Alimentos 0,60 m/Kg 0,27 m/Kg
Tecidos 1,67 Kg/m 3,75 m/Kg
Vantagem comparativa Na ausncia de restries ou impedimentos ao comrcio, A deve se
especializar na produo de tecidos e B na produo de alimentos
Suponha que A desloque 20.000 unidades de produo para a
produo de tecidos e B deloque 10.000 unidades para a produode alimentos
Suponha tambm que A e B concordem em trocar 2,50 Kg dealimentos por 1m de tecido
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
12/39
Teoria das Vantagens Comparativas (D. Ricardo)Pas A Pas B Total
Alocao dos fatores de produo
Alimentos 20.000 50.000 70.000Tecidos 40.000 10.000 50.000
Produo por unidade de entrada
Alimentos 5 Kg/un. 15 Kg/un.
Tecidos 3 m/un. 4 m/un.
Produo total
Alimentos 100.000 750.000 850.000
Tecidos 120.000 40.000 160.000Consumo
Alimentos 225.000 625.000 850.000
Tecido 70.000 90.000 160.000
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
13/39
Breve histria do Sistema Monetrio Internacional
Padro ouro de 1870 at o incio da Primeira Guerra
A emisso de papel-moeda pelos bancos centrais era lastreadapor suas reservas de ouro
Havia livre convertibilidade entre papel-moeda e ouro
O comrcio de ouro era livre entre os pases e entre os cidados
Cada pas definia a taxa de converso de sua moeda em ouro As taxas de cmbio eram definidas a partir desta taxa de
converso
US$ 1 10 oz de ouro
1 25 oz de ouro 1 = 25/10 US$
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
14/39
Breve histria do Sistema Monetrio Internacional
Padro ouro de 1870 at o incio da Primeira Guerra
Desequilbrios nas taxas de cmbio eram automaticamentecorrigidos atravs do fluxo de ouro
5/oz Fr 10/ozFr 2/1
Fr 1,8/1
1.000 - 200 oz 200 oz Fr 2.000
1.000 Fr 1.800
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
15/39
Breve histria do Sistema Monetrio Internacional
Perodo entre Guerras 1915 a 1944
Fim do padro ouro com o incio da Primeira Guerra Fim da livre convertibilidade entre papel-moeda e ouro
Restries exportao de ouro
Flutuao das taxas de cmbio, desequilbrio da balana de
pagamentos e atuao de especuladores A Grande Depresso (1929) com reduo signicativa do
comrcio mundial
Introduo do padro ouro modificado em 1934
Aps a Segunda Guerra, o dlar surge como moeda dominantesubstituindo o ouro como padro de converso
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
16/39
Breve histria do Sistema Monetrio Internacional
O Acordo de Bretton Woods - 1944
Criao do FMI e do BIRD (Banco Mundial) Adoo do dlar como padro mundial
Limitao das flutuaes cambiais
Cmbio Fixo 1945 a 1973
Durante o perodo de reconstruo, nas dcadas de 1950 e1960, o sistema funcionou bem
A grande demanda por dlares forava dficits em conta-corrente sucessivos nos EUA Paradoxo de Triffin
Os EUA abandonam o sistema de converso em 1973
Cmbio Livre 1973 aos dias atuais
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
17/39
Principais regimes cambiaisRegime Descrio
Exchange Arrangements with No
Separate Legal Tender
A moeda de um outro pas circula livremente como nico meiode troca
O pas membro de um bloco econmico ou monetrio queutiliza uma moeda comum (Euro)
Currency Board
Converso livre da moeda local para outra moeda de referncia(geralmente US$)
Restries poltica monetria
Ex.: Argentina
Cmbio fixo A taxa de cmbio da moeda local fixa em relao moeda de
referncia Ex.: China
Cmbio fixo em bandas
horizontais (pegged rate withinhorizontal bands)
A taxa de cmbio da moeda pode variar dentro de uma faixa emrelao moeda de referncia
Ex.: Brasil em janeiro de 1999
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
18/39
Principais regimes cambiaisRegime Descrio
Crawling peg A taxa de cmbio da moeda local ajustada periodicamente em
pequenas quantidades em relao moeda de referncia Ex.: Brasil de 1994 a janeiro de 1999
Exchange rates within crawlingbands
A moeda local pode flutuar livremente, ao redor de umapequena faixa, em relao moeda de referncia
A faixa de variao ajustada periodicamente em valores pr-determinados ou em resposta a variaes de indicadores
conhecidosCmbio administrado semtendncia pr-anunciada
A autoridade monetria intervem ativamente no mercado decmbio sem anunciar a tendncia desejada
Cmbio livre A taxa de cmbio determinada pelo mercado A autoridade monetria atua para reduzir flutuaes indesejadas
Ex.: Pases desenvolvidos, Brasil
Fonte: site do FMI (http://www.imf.org/external/np/mfd/er/2004/eng/0604.htm) consultado em 8/11/2010
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
19/39
Ataques especulativos
So apostas sistemticas contra uma determinada
moeda
Funcionam bem principalmente contra economiasfracas, com dficits externos e cmbio fixo ou controlado
As concequncias de um ataque especulativo bemsucedido so catastrficas: queda significativa das
reservas externas, calote da dvida pblica, alta dastaxas de juros, falta de financiamento externos entreoutras
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
20/39
Como funciona um ataque especulativo1 Escolha um alvo (pas)
2 Divulgue suas vulnerabilidades
3 Alavanque-se contra a moeda local
4 Provoque o efeito manada
5 Espere a bomba explodir
6 Caia fora!
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
21/39
Como funciona um ataque especulativo1. Escolha um alvo (pas)
necessrio que a economia apresente vulnerabilidades (dficits em cc, baixo
nvel de reservas em moeda forte etc.) importante que apresente grande volume de remessas para o exterior (juros,
dividendos), o que implica uma grande dvida externa ou um grande volume deinvestimento externo
desejvel que o cmbio seja fixo ou administrado
2. Divulgue suas vulnerabilidades necessrio criar um clima de desconfiana, principalmentre para os credores e
investidores
Mesmo que essas fraquezas j existam h muito tempo
importante mostrar que o alvo a bola da vez
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
22/39
Como funciona um ataque especulativo3. Alavanque-se contra a moeda local
Alavancar significa utilizar recursos de terceiros ao invs de recursos prprios
para montar uma posio Por exemplo, se voc quiser apostar contra o drham emirati, voc toma um
emprstimo denominado em dhrams em um banco local e compra uma moedaforte (o dolar, por exemplo) a vista
Com a entrada em cena dos derivativos, voc simplesmente realiza uma
operao a termo contra a moeda local (mais sobre esse assunto mais adiante)
4. Provoque o efeito manada Tente trazer outros investidores com voc quanto mais investidores assumirem
a mesma posio, melhor
Ao mesmo tempo, reforce a sua posio contra a moeda local
A inveja uma arma poderosa ningum vai querer que voc ganhe sozinho!
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
23/39
Como funciona um ataque especulativo5. Espere a bomba explodir
Tentando defender a sua moeda, a autoridade monetria local tomar uma
posio contrria sua, possivelmente aumentando as taxas de juros locais e/ouvendendo as suas reservas
No entanto, as reservas cambiais do pas no duraro para sempre
Neste momento, mesmo aqueles que acreditavam na moeda local tentarodesesperadamente reverter suas posies, aumentando mais ainda a presso
No se esquea de deixar o seu advogado de sobreaviso
6. Caia fora! Quando as reservas acabarem ou o FMI entrar em cena, hora de pensar em
sair
No tenha muita pressa, porm at que algo seja feito, muita agu ir rolar
Neste momento, provavelmente o pas-alvo alterar o seu regime cambial oureceber algum socorro do FMI, o que apenas aumentar a sua agonia
Reverta as suas posies e saia de frias
Ah! Mantenha o seu advogado de sobreaviso!
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
24/39
Alguns exemplos recentes Crise da sia
Rpido desenvolvimento da regio a partir da dcada de1990
Bancos e empresas tinham acesso a crdito farto emUS$, e , causando uma bolha de crdito econsequente valorizao das moedas locais, como o
baht tailands A entrada de divisas somada ao cmbio fixo, provocou
uma apreciao na taxa real de cmbio e dficits
nominais em conta-corrente Consequncias: rpida diminuio das reservascambiais, desvalorizao do baht e rpido contgio naregio e na AL
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
25/39
Alguns exemplos recentes Crise da Rssia
Alto endividamento tanto por parte do governo como dasempresas privadas
Falta de investimentos
Com a crise da sia, houve um forte declnio nos preosdas commodities, carro-chefe das exportaes russas
Reverso do superavit em deficit
A Russia adotava cmbio fixo em bandas
Medo de uma desvalorizao da moeda chinesa e
consequente reduo nas exportaes russas Reduo das reservas cambiais e consequente
flutuao do rublo
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
26/39
Alguns exemplos recentes Crise da Brasileira
Cmbio administrado
Poltica de combate inflao atravs de juros altos Capital estrangeiro especulativo
Deficit em conta corrente
Em janeiro de 1999, aps forte ataque ao real, ogoverno muda o regime cambial para o de bandasexgenas
Aps a taxa de cmbio colar na banda superior, o
governo finalmente adota o regime de cmbio flutuantejuntamente com um aumento da taxa bsica de jurospara tentar restringir a sada de dlares
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
27/39
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
28/39
Fatores determinantes da taxa de cmbio
Abordagem do Balano de Pagamentos
Condies de Paridade
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
29/39
Balano de Pagamentos
o registro de todas as operaes que envolvemremessa e recebimentos de divisas
dividido em 4 grandes grupos Transaes Correntes so registradas as exportaes e
importaes de bens e servios e as transferncias unilaterais Conta de Capital e Financeira so registradas as operaes
financeiras e de investimento
Erros e Omisses este grupo registra, de forma indireta,
transaes no informadas ou classificadas erradamente
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
30/39
Balano de Pagamentos janeiro a maio de 2010
(US$ bilhes)Transaes Correntes -18,7
Balana Comercial 5,6
Exportaes 72,1
Importaes 66,5Servios e Rendas -25,8
Exportaes 15,1
Importaes -41,0
Transferncias Unilaterais 1,5
Conta de Capital e Financeira 34,4
Capital 0,4
Investimento Direto 3,5
Brasileiro -7,9
Estrangeiro 11,4
Investimento em Carteira 19,8
Outros Investimentos 10,8
Erros e Omisses -1,5
Resultado 14,2
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
31/39
Taxa de cmbio e Balano de Pagamentos
O resultado do Balano de Pagamentos representa osupervit (dficit) das transaes internacionais
O supervit (dficit) acrescentado (subtrado) dasreservas do pas
Dficits recorrentes representam consumo de reservas
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
32/39
Taxa de cmbio e Balano de Pagamentos Equao bsica
FXB Variao das reservas cambiais
X Exportaes I Importaes
CI Entrada de capitais
CO Sada de capitais FI Entrada de investimentos
FO Sada de investimentos
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
33/39
Taxa de cmbio e Balano de Pagamentos Cmbio fixo
Com a taxa de cmbio fixada, o resultado da balana de
pagamentos compensada pelas variaes nas reservas emmoeda estrangeira
Dficits recorrentes foram uma diminuio das reservas e,consequentemente, colocam presso na taxa de cmbio
Cmbio livre Os movimentos de compra e venda de moeda faro a taxa de
cmbio variar, fazendo com que a equao anterior se ajusteautomaticamente
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
34/39
Taxa de cmbio e condies de paridade So condies que relacionam taxas de cmbio (spote
futuras) e taxas de juros de duas moedas
Supem ausncia de custos de transao
Taxas de cmbio/juros for a dos valores de paridadeindicam possibilidade de arbitragem
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
35/39
Taxa de cmbio e condies de paridade Contratos futuros
Contratos firmados entre duas partes, onde uma das partes
promete vender e a outra promete comprar um determinadoativo por um preo pr-definido em uma data pr-definida
Exemplo: O contrato futuro de dlar americano, com vencimento emfevereiro de 2011, fechou hoje (3/12) cotado a R$1.699,000 porU$1.000
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
36/39
Taxa de cmbio e condies de paridade
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
37/39
Taxa de cmbio e condies de paridade Covered Interest Arbitrage (CIA)
1. Toma emprestado em moeda local
2. Converte para moeda estrangeira3. Aplica moeda estrangeira e vende contrato futuro
4. No vencimento entrega moeda estrangeira + rendimentos erecebe taxa futura
5. Paga emprstimo em moeda local
Condies de equilbrio
1
1
/
/
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
38/39
Taxa de cmbio e condies de paridade
R$ 1.700.000 US$ 1.000.000
US$ 1.001.248R$ 1.730.157
SR$/US$ = 1,70
iUS$ = 0,5% aa
FR$/US$ = 1,728
R$ 1.743.953
8/7/2019 Finanas Internacionais - CBA RI - parte 1
39/39
Outras teorias para a formao da taxa de cmbio Paridade do Poder de Compra (PPP)
Ausncia de custos de transao
Lei do Preo nico vlida
Bens idnticos devem ter o mesmo preo,
independentemente de onde esto sendo negociados
/