76
1

portugues cba aluno

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: portugues cba aluno

1

Page 2: portugues cba aluno

2

GOVERNO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL

COLETÂNEA DE TEXTOS: LÍNGUA PORTUGUESACICLO BÁSICO DE ALFABETIZAÇÃO

CURITIBA

2005

Page 3: portugues cba aluno

3

Depósito legal na Fundação Biblioteca Nacional, conforme Decreto Federal n.1825/1907, de 20de dezembro de 1907.

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.

Catalogação no Centro de Documentação e Informação Técnica da SEED - Pr.

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Departamento de Ensino Fundamental.

Coletânea de textos: língua portuguesa, Ciclo Básico de Alfabetização / Paraná.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento deEnsino Fundamental. - Curitiba: SEED - Pr., 2005. - 73p.

1. Leitura. 2. Exercícios. 3. Escrita. 4. Língua portuguesa. 5. Ortografia. 6. Gramática.I. Ilkiu, Dalva Catarina. II. Rocha, Dirlei Terezinha da. III. Duarte, Denise Schirlo. IV.Porto, Márcia Flamia. V. Ciclo Básico de Alfabetização. VI. Caderno do aluno. VII Título.

CDU 373.31:806.90 (816.2)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃODepartamento de Ensino FundamentalAvenida Água Verde, 2140Telefone: (0XX)41 3340-1712 Fax: (0XX)41 3243-0415www.diaadiaeducacao.pr.gov.br80240-900 CURITIBA - PARANÁ

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAIMPRESSO NO BRASIL

PRINTED IN BRAZIL

Page 4: portugues cba aluno

4

GOVERNO DO PARANÁ

Roberto Requião

Governador

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Mauricio Requião de Mello e Silva

Secretário

DIRETOR GERAL

Ricardo Fernandes Bezerra

SUPERINTENDENTE DA EDUCAÇÃO

Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde

CHEFE DO DEPARTAMENTO

DE ENSINO FUNDAMENTAL

Fátima Ikiko Yokohama

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Lilian Ianke Leite

ORGANIZADORES

Dalva Catarina Ilkiu

Dirlei Terezinha da Rocha

Denise Schirlo Duarte

Marcia Flamia Porto

ASSESSORIA PEDAGÓGICA

Sonia Glodis de Medeiros

Marlene Aparecida Comin de Araújo

Page 5: portugues cba aluno

5

DEP. DE ENSINO FUNDAMENTAL

Colaboradores

NRE Cianorte

NRE União da Vitória

Tema: Moradias

Denise Schirlo Duarte

Dalva Catarina Ilkiu

Zitue Mukai

Adriana Gregório dos Santos Sá

Célia Aparecida Moraes Marques

Denise Cristina Henrique Oliveira

Elisangela Cacilda Miranda

Ieda Maria Castiglioni

Leonor Capucho da Silva

Lídia Maria Granado dos Santos

Luzinete Damas Fiorderize Demito

Maria Helena de Melo Catelão

Monica Fernandes

Neuza Maria Paio

Otília Maria Pesquero Scremin

Patrícia Massulo dos Santos

Rosana Pimentel de Castro Grespan

Silvia Vilela de Oliveira Rodrigues

Sueli de Souza de Oliveira

Valquiria Aparecida de Souza

Valderes de Lourdes Gigliolli Bondan

Vera Márcia Munhoz Tormena

Adriana Train Ribeiro De Camargo

Serafina Borsuki

Sonia Froelich

Márcia Cristina Iarniowy

Ivoneide S. Schneider Mohr

Zoleine S.Witrouski

Ivonete G. Contin

Nilce T. Dambroski

Marcela Chamee Sydol

Acir Batista Moreira

Delamar A. S. Corrêa

Evanira Maria Costa De Souza

Maria Regina Martins

Ilustração : Cilse Maria Jaskiu

Douglas Klaus Bindemam

NRE Ibaiti

NRE Jacarezinho

Tema: Comunicação

Marilda Tironi da Silva

Heloísa Helena Garcia Larini

Leni Pescarolo Martins

Márcia Augusta Flóride

Nadiva Ferreira Cavassani

Nazilda Bueno Vieira

Rosângela G. Tonetti

Sônia Castilho Tavares de Oliveira

Sônia Garcia Justo

Wanda Maria Marcolin de Medeiros

Zélia Maria Horta Garcia

NRE Assis Chateubriant

Tema: História em Quadrinho

Marcia Flamia Porto

Dirlei Terezinha RochaRamira Francisca BotelhoElita Inês SchimittLuzia Cegato MalaquiasSilvana Cristina Flores da SilvaMárcia de Lourdes Morales MarcatoMarisa Knopik DechechiVera Lucia de Jesus Malfato da SilvaRosa de Lourdes Brussolo ParmagnaniRita Maria Decarli BottegaHelena Miyoko Miura da CostMarlene Felizardo Vieira

Vilma Rinaldi Bisconsini

NRE Cornélio Procópio

NRE Dois Vizinhos

Tema: ÁguaGustavo Konrad JúniorAparecida de O. BassiArlete A. de OliveiraEloísa de Fátima P. SoaresFernando Aparecida P. BailJocimara de Socorro RochaMaria Aparecida FuzzaMaria Caversan ShirayshiValéria Cristina O. CardosoClaudete Campanhoni AmadoriDanila Rosane SchmitzEcilda de AndradeIvonete Duarte RufattoLeda Maria Ferrari CostaLuzia SebemMaria AntonelloMarisa StolarskiMaritânia Dambrós SehnemMarlei MoserOsnir João AlvesRonaldo ThibesVera Lúcia de Jesus

Vilma Ferrareze Rafagnin

NRE Guarapuava

NRE Pitanga

Tema: Identidade

Arlete Justuis Grande

Ivani Regina Paglia GaioskiLúcia ViviurkaMaurícia Carla PittnerSirlei de Jesus de Oliveira HeyDilcéia Camargo MachadoIrene Isabel Kwaczynski

Equipe: SME Guarapuava

DEF/SEED

Tema: Trânsito

Dirlei Terezinha RochaMárcia Flamia Porto

DIAGRAMAÇÃO E ARTEIsabel Cristina Cordeiro Pinto

REVISÃOFrancisco Johnscer Neto

NRE Área norteTema: História da Escrita

Marcia Flamia Porto

Agnes Cordeiro

NRE Francisco Beltrão

NRE Laranjeiras do Sul

Tema: Poesia

Izolete A. Schineider

Iara Kamplhorst

Margarete Caetano Plananto

Ivã Marlei Demarchi

Teresinha Elenir Roos

Maria de Fátima I. Niclotte

Marlene Cardoso Ghizzi

Ana Lúcia Bottega

Evanize E. B. Gesser

Ivonete da Silva Manica

Agilda T. Furlan

Emília de C. Dornerles

Clicélia H. Becker

NRE Maringá

NRE Telêmaco Borba

Tema: Animais

Marcia Flamia Porto

Dirlei Rocha

Elaine Sinhorini Arneiro Picoli

Ana Tereza Tebet Viana da Mata

Elizabete Francisco Dalosse

Inesa Nahomi Matssuzawa

Luiza Marcondes da Mata

Márcia A. Marussi Silva

Maria Alice Dias de Souza

Marta H. R. Chote

Maria Fernandes Martins

Telma Regina dos Santos

Valderes de Fátima C. Arali

Celenir Conceição Sutil Bueno

Jussara Ribas Mothes

Joana D‘Arc Lopes

Maria Antônia Heil

Roseline de Jesus Pedroso

Sandra de Souza Ribeiro Barbosa

NRE Londrina

NRE Irati

Tema: Brincadeiras

Sandra Elaine Luppi

Lindamar Fátima T. de Carvalho

Adriana Luppi Pezarini

Alice F. Polak

Ana Luiza Gaspar

Dorotéia I. Miskalo

Dulcemara T. K. Benato

Rita M. Zamlorenzi

Page 6: portugues cba aluno

6

Estimado aluno

Ler, escrever e calcular são operações de raciocínio

muito importantes para todos nós. Elas permitem que

a aventura humana e as incertezas que a envolvem

sejam compreendidas em sua complexidade, preparando-

nos, quando praticadas conscientemente, para enfrentar

problemas e buscar alternativas para superá-los.

As Orientações Pedagógicas sugeridas neste Caderno

foram elaboradas para favorecer a inteligência de nossos

alunos, numa demonstração clara de que é possível

organizar coletivamente conhecimentos fundamentais

que garantam as oportunidades de desenvolvimento

escolar para todas as crianças paranaenses. Esse esforço

comprometido de nossos professores com a qualidade

do ensino e da aprendizagem nas Salas de Contraturno

do CBA, o rigor metodológico com que pensaram cada

tópico do Caderno e o cuidado com a sua apresentação

gráfica dão provas do entusiasmo desse ofício.

Nosso desejo é ver as atividades da Sala de

Contraturno transformadas em experiências pedagógicas

de qualidade, de modo que o tempo de estudar e de

aprender ganhe novo sentido, se expanda e se renove

a cada dia.

Mauricio Requião

Secretário de Estado da Educação

Page 7: portugues cba aluno

7

APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO

Caro Aluno

Este Caderno, que ora entregamos a você,aluno da Sala de Contraturno do CBA, é acomprovação da capacidade criativa deprofessores do Ensino Fundamental da RedePública do Paraná. Essa coletânea de textos ,faz parte de um caderno com orientações que foiidealizado, durante várias etapas, num ricoprocesso de produção coletiva, coordenado peloDepartamento de Ensino Fundamental e pelosNúcleos Regionais de Educação ao longo dosúltimos dois anos.

Seu objetivo é proporcionar aos alunos aleitura de textos diversificados que, somado aomaterial entregue ao seu professor e outrosexistentes na escola, possa contribuir para seuaprendizado na Sala de Contraturno.

Temos certeza de que este material – nãosó pela qualidade de seu acabamento editorial,mas principalmente pela originalidade de suaprodução – irá auxiliá-lo a superar dificuldadesde leitura, escrita.

Um abraço.

Fátima Ikiko YokohamaChefe do Departamento de Ensino Fundamental

Page 8: portugues cba aluno

8

Page 9: portugues cba aluno

9

Caro aluno.

Você tem em suas mãos uma coletânea de textos que

fazem parte de um caderno com orientações pedagógicas.

São diferentes textos (poéticos, informativos,

narrativos, charges, cartuns, pinturas, fábulas, publicitários,

mapas, entre outros) que abordam várias temáticas. Esses

textos foram retirados de revistas, jornais, livros, sites da

internet, etc.

Pretendemos que este material contribua, nos

momentos de discussão e leitura, abrindo seus horizontes,

incentivando a pesquisa e a busca contínua de informações

significativas para sua vida e para o prosseguimento de

seus estudos.

Abraços

Equipe pedagógica -DEF e NRE.

Page 10: portugues cba aluno

1010

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Page 11: portugues cba aluno

1111

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

UNIDADE 01

História da escrita .................................................. 12

UNIDADE 02

Poesia ................................................................... 18

UNIDADE 03

Animais.................................................................. 30

UNIDADE 04

Brincadeiras .......................................................... 39

UNIDADE 05

Identidade............................................................. 46

UNIDADE 06

Moradia ................................................................. 50

UNIDADE 07

Comunicação ......................................................... 57

UNIDADE 08

História em quadrinhos .......................................... 64

UNIDADE 09

Água ..................................................................... 69

UNIDADE 10

A criança no trânsito .............................................. 72

Page 12: portugues cba aluno

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

12

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Na mão do escriba, a vareta finariscava o tablete de argila úmido,deixando traçados pequenos sinaisem forma de cunha. Depois determinada a carta, caderno oudocumento, era preciso deixar secar.O sistema de escrita cuneiforme (apalavra vem do latim cuneos, quequer dizer justamente cunha) é, aoque tudo indica, o mais antigo domundo.

Papiro

para poder ser cortado.Para fabricar o material sobre o qual se escrevia, só se

aproveitava, de toda a planta, o caule. Os filamentos gordurososde caule eram postos para secar ao sol de modo a formaremlâminas. Essas tiras eram coladas e prensadas, constituindo-seassim o rolo. Inicialmente se escrevia na direção indicada pelasfibras, no direito, pois, do outro lado, o verso, as fibras eramdispostas em colunas.

O papiro (Cyperus papirus) éuma planta ciperácea que floresceno verão. Planta típica dasmargens e alagados do delta doNilo, foi a principal responsávelpela difusão da escrita hierática.Suas hastes eram cortadas emtiras, depois trançadas,comprimidas e secas, originandoas lâminas do material usadocomo suporte da escrita. Ospapiros eram escritos com tintapreta e vermelha, delicadamentecoloridos, dispostos em rolos comaté 15 m de comprimento.

O papiro tinha que serproduzido em um local próximo aopântano em que eram apanhadasas plantas, pois devia estar fresco

Jean, George. A escrita, memória doshomens. Ed. Objetiva.

JEAN, George. A escrita, memória doshomens São Paulo: Objetiva, 2002. p. 15.

O FASCINANTE mundo do Antigo Egito. Egitomania , São Paulo:Planeta, v.2, 1997.

Page 13: portugues cba aluno

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

13

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O pergaminho, espécie de papelfeito de pele de ovelha, foi o materialmais usado para escrever, na IdadeMédia. Era usada para escrever a parteexterna da pele da ovelha, da qual seraspava a lã.

O pergaminho era usado pelosmonges, que copiavam à mão ostextos sagrados e obras gregas eromanas da “Antiguidade”.

O uso do pergaminho foi superadoquando o papel, feito de celulose, setornou popular.

Pergaminho

O papel foi inventado naChina há mais ou menos 2100anos. Os chineses colocavamcascas de amoreira ou bambuna água. Depois que elasamoleciam, eram batidas atévirarem uma pasta. Com essapasta, eles faziam folhas lisase finas.

Por volta do século XII, osespanhóis conheceram o papel.Depois a idéia se espalhou portoda a Europa. No final doséculo XVII, o papel veio paraa América.

Gutemberg foi o primeiro amecanizar a impressão.

Papel

JEAN, George. A escrita, memória dos homens São Paulo: Objetiva, 2002. p. 15.

Page 14: portugues cba aluno

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

14

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Escribas

Os escribas eram os responsáveis pela distribuiçãodos bens da lavoura e dos rebanhos entre os cidadãosque não produziam comida. Com o tempo, isso foilhes dando um poder imenso, principalmente porquesó eles sabiam decifrar os registros.

No Egito, como na Mesopotâmia, saber ler eescrever era, ao mesmo tempo, privilégio e poder.Os escribas eram os mestres da escrita e por isso,os mestres do ensino. O ensino era apreendido pela

escrita.Eles desdobravam o

rolo de papiro com amão esquerda eenrolavam-no com adireita, à medida que opapiro era coberto cominscrições. Trabalhavammuitas vezes sentados,com o papiro presoentre os joelhos sobreseu avental. Paradesenhar os símbolos,eles usavam umavarinha de caniço de 20centímetros. A tintapreta era composta deuma mistura de pó defuligem e água, juntocom goma-arábicapara fixar.

JEAN, George. A escrita, memória dos homens São Paulo: Objetiva, 2002. p. 15.

Page 15: portugues cba aluno

unidade 01unidade 01unidade 01unidade 01unidade 01 história da escritahistória da escritahistória da escritahistória da escritahistória da escrita

15

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal

Page 16: portugues cba aluno

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

unid

ade

01

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

histó

ria d

a es

crita

16

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Como surgiu o lápis

Os povos do mundo antigo usavam pincéis ou canetasfeitas com penas de ganso. Até que, em 1564, na Grã-Bretanha, uma tempestade derrubou uma grande árvore,deixando suas raízes expostas. Mas, além dos blocos de terra,havia entre as raízes uma substância negra e brilhante, fácilde raspar com as unhas. Era uma “fatia” de uma mina degrafita. Os pastores locais passaram a usar pedaços dessasubstância para marcar suas ovelhas. Logo as varetas degrafita já estavam sendo vendidas aos comerciantes, que asutilizavam na marcação de suas mercadorias.

Claro que as primeiras varetas de grafita tinham suasimperfeições: sujavam as mãos e quebravam-se à toa. Oproblema foi resolvido enrolando-se um cordão em torno davareta e desenrolando-o à medida que a grafita ia segastando.

Em 1761, um artesão da Alemanha, que também eraquímico nas horas vagas, misturou grafita em pó asubstâncias como enxofre, antimônio e resinas. O resultadodisso foi a modelagem de varetas bem mais resistentes doque a grafita pura.

Tempos depois, os franceses acrescentaram argila àgrafita, cozinhando a mistura num forno. Desse processo,nasceu a vareta mais rígida do mundo. Só faltava um invólucromais apropriado.

Willian Monroe, um marceneironorte-americano, venceu mais esseobstáculo. Construiu uma máquina capazde produzir ripas de madeira estreitase padronizadas, com cerca de 15 cm a18 cm de comprimento. Em cada ripa erafeita uma espécie de pequena canaletaonde se colocava o cilindro fino degrafita moldada. Depois colava-se asduas partes da madeira, ajustando-asem volta da grafita. Assim nasceu o lápismoderno.

O lápis usado atualmente, com o comprimentopadronizado de 18 cm, pode desenhar uma linha de 55 Kmde extensão e escrever uma média de 45 mil palavras.

Jornal Curitibinha. Curitiba, fevereiro, 1999. Ano V. P.4.Jornal da Secretaria Municipal da Educação.

Page 17: portugues cba aluno

unidade 01unidade 01unidade 01unidade 01unidade 01 história da escritahistória da escritahistória da escritahistória da escritahistória da escrita

17

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal

Um

a “ca

rta e

nig

mática

” para

você

“trad

uzir”.

Page 18: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

18

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Esta meninatão pequeninaquer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem rémas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fámas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no arnão fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véue diz que caiu do céu.

Esta meninatão pequeninaquer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,e também quer dormir como as outras crianças.

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo . Rio de Janeiro: Nova Fronteira,2002. p. 24.

A bailarina

Page 19: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

19

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

JOSÉ, Elias. Lua no brejo . Porto Alegre: Mercado Aberto.

Casa e seu dono

ESSA CASA É DE CACOQUEM MORA NELA É O MACACO.

ESSA CASA TÃO BONITAQUEM MORA NELA É A CABRITA.

ESSA CASA DE CIMENTOQUEM MORA NELA É O JUMENTO.

ESSA CASA É DE TELHAQUEM MORA NELA É A ABELHA.

ESSA CASA É DE LATAQUEM MORA NELA É A BARATA.

ESSA CASA É ELEGANTEQUEM MORA NELA É O ELEFANTE.

E DESCOBRI DE REPENTEQUE NÃO FALEI EM CASA DE GENTE.

Page 20: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

20

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O CACHORRO BATATINHAQUER APRENDER A LATIR

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:I, I, I, I, I, I, I, I .

O CACHORRO BATATINHAATÉ PENSA QUE LATIU

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:IU, IU, IU, IU, IU, IU, IU,IU.

O CACHORRO BATATINHAQUER LATIR, ACHA QUE ERROU

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:OU, OU, OU, OU, OU, OU, OU, OU.

O CACHORRO BATATINHAVAI LATIR MESMO OU NÃO VAI?

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:AI, AI, AI, AI, AI, AI, AI, AI.

O CACHORRO BATATINHALATE LENTO QUE NEM SEI...

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:EI, EI, EI, EI, EI, EI, EI, EI.

O CACHORRO BATATINHAATÉ PENSA QUE APRENDEU.

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:EU, EU, EU, EU, EU, EU, EU.

O CACHORRO BATATINHASONHA QUE LATE AFINAL.

ABRE A BOCA, FECHA OS OLHOS:MIAU, MIAU, MIAU, MIAU.

Batatinha aprende a latir

CAPARELLI, Sérgio. A jibóia Gabriela . Porto Alegre: L&PM, 1984.

Page 21: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

21

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Piá, não me maltrata não!Eu levo você pro marVer as ondas ver as praiasVer os peixinhos do mar

O menino malvadoTapera machucouE já morre morrendoA coitada falou:

- Piá, não me maltrata não...Eu levo você pro céu...E nunca ninguém não cansaDe ver as coisas do céu...É um sítio bonito mesmoBeiradeando o trem-de-ferroLá você acha a sua genteQue faz muito que morreuAssegura em minhas penas,Vamos embora com Deus...

Pia pia

ANDRADE, Mario de. Poesias completas . São Paulo: USP, 1987.

Page 22: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

22

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A araraÉ uma ave raraPois o homem não páraDe ir ao mato caçá-laPara pôr na salaEm cima de um poleiroOnde ela fica o dia inteiroFazendo escarcéuPorque já não podeVoar pelo céu.

E se o homem não páraDe caçar arara,hoje uma ave rara,Ou a arara someOu então muda seu nomePara arrara.

Raridade

Gaiola abertaAberta a janelaO pássaro despertaA vida é bela

A vida é belaA vida é boa

Voa, pássaro, voa.

Pássaro livre

PAES, José Paulo. Olha o bicho . São Paulo: Ática, 1989.

MURALHA, Sidónio. A dança dos pica-paus . Curitiba: Global, 1976.

Page 23: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

23

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Olha a rolinha

Olha a rolinha,Doce, doce,Ela voou,Doce, doce,Caiu no laço.Doce, doce,Embaraçou-se,Doce, doce.

Domínio popular. In CAPARELLI,Sérgio. Tigres no Quintal. PortoAlegre: Kuarup. 1993

Leve, breve, suave,Um canto de aveSobe no ar com que principiaO dia.Escuto, e passou...Parece que foi só porque escuteiQue parou.

O canto

PESSOA, Fernando. In CAPARELLI, Sérgio. Tigres no quintal . Porto Alegre: Kuarup, 1993.

Page 24: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

24

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Sei que o mundo é mais que a casa,Mais que a rua, que a escola,Mais que a mãe e mais que o pai.

Vai além do horizonte,Que eu desenho no caderno,Como linha reta e preta,Se separa azul de verde.

Sei que é muito, sei que é grande,Sei que é cheio, sei que é vasto.

Me disseram que é uma bola,Que flutua pelo espaçoAtirada pelo chuteDe um gigante poderoso:Vai direto para o gol,Que ninguém sabe onde é.

Mas para mim o que mais contaÉ este mundo que eu conheçoE cabe direitinhoBem no meu pé.

Esse pequeno mundo

BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco íris . São Paulo: Moderna, 1984

Page 25: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

25

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Vai correndo, manso, manso, o rio,Por entre as pedras rolando;Quase se podem escutarAs trovas que vai cantando.

Desce morros, corta campos,Sempre contente a seguir:Tem um encontro marcado,Não pode, a ele, fugir.

Às vezes, chega um menino,Pra em suas águas brincar,– Que pena! Diz o regato.

O rio

1ª Fase do Ensino FundamentalMarco Saliba, Helaine Fernandes.

Se esta rua fosse minha,Eu mandava ladrilhar:Não para automóvel matar gente,Mas para a criança brincar.

Se esta mata fosse minha,Eu não deixava derrubar.Se cortarem todas as árvores,Onde é que os pássaros vão morar?

Se esse rio fosse meu,Eu não deixava poluir.Joguem esgotos noutra parte,Que os peixes moram aqui.

Se este mundo fosse meu,Eu fazia tantas mudançasQue ele seria um paraísoDe bichos, plantas e crianças.

Paraíso

PAES, José Paulo. Poemas para brincar . São Paulo: Ática,

Page 26: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

26

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O que foi feito dos pássarosQue cantam na minha janelaE da aquarela que a naturezaPintou sobre o teto?Sob o vidro vejo somente asfaltoPreto e fumegante,Se movendo como eles,Ladeado de edifício.Rua estreita abarrotada de veículos,Vomitando fumaça,Rangendo, granindo, confusos;Confusos rugindoA esbarrar uns nos outrosSem saber aonde ir.Que foi feito dos pássaros queCantavamE da minha janelaQue tinha o teto a estamparA aquarela da natureza?

O que foi feito dos pássaros?

ANDRADE, Roberto Ribeiro de. Paulus, 1985.

Page 27: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

27

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O relógio

Passa, tempo, tic-tacTic-tac, passa, horaChega logo, tic-tac,

Tic-tac, e vai-te emboraPassa, tempoBem depressa

Não atrasaQue já estouMuito cansado

Já perdiToda a alegria

De fazerMeu tic-tacDia e noiteNoite e dia

Tic-tacTic-tac

Tic-tac…

MORAES, Vinícius de. Arca de Noé poemas infantis . São Paulo:José Olímpio, 1986. p.41.

Page 28: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

28

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O sapateiro

MURRAY, Roseana. Artes e ofícios . 2.ed. São Paulo: FTD, 1991. p.30.

Sapatos de todos os tipos,empilhados, usados, manchados,na oficina do sapateiro.

Quantas calçadas andaramesses sapatos,quantas festas, quantos rumos,e, sobretudo,quantas encruzilhadas?

Indiferente a tantas histórias,o sapateiro martela, cola,bate sola o dia inteiro.

Então, cansado, fecha a portada oficina, atravessa a rua,E vai para casa com seu sapato furado,que santo de casa não faz milagre.

Page 29: portugues cba aluno

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

unid

ade

02

poes

iapo

esia

poes

iapo

esia

poes

ia

29

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Lá vai São FranciscoPelo caminhoDe pé descalçoTão pobrezinhoDormindo à noiteJunto ao moinhoBebendo água do ribeirinho.

Lá vai São FranciscoDe pé no chãoLevando nadaNo seu surrãoDizendo ao ventoBom dia, amigoDizendo ao fogoSaúde irmão

Lá vai São FranciscoPelo caminhoLevando ao coloJesuscristinhoFazendo festaNo menininhoContando históriasPros passarinhos.

São Francisco

MORAES, Vinícius de. A Arca de Noé. São Paulo: Companhia das

Letras, 1993. p14.

Francisco de Assis era italiano, filho de nobres. Nasceu no final doséculo XII e morreu em 1226 (século XIII). Revoltado em ver tantasinjustiças na sociedade, despojou-se de seus bens materiais emtroca de uma vida humilde, dedicada aos pobres e à natureza.

Page 30: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

30

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Com um lindo saltoLento e seguroO gato passaDo chão ao muroLogo mudando de opiniãoPassa de novoDo muro ao chão

E pisa e passaCuidadoso, de mansinhoPega e corre, silenciosoAtrás de um pobre passarinhoE logo páraComo assombradoDepois disparaPula de lado

Se num noveloFica enroscado ouriça o pêloMal humorado um preguiçosoÉ o que ele éE gosta muitoDe cafuné

E quando à noiteVem a fadigaToma seu banhoPassando a língua pela barriga.

O gato

MORAES, Vinícius de. A Arca de Noé. São Paulo:Companhia das Letras, 1993.

Page 31: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

31

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A vespa, ou marimbondo,tem corpo esbelto, de cor

amarela vistosa, com faixas negras;seu tórax e seu abdômen estão unidos

por uma “cintura de vespa” bem fininha. Aabelha é mais peluda, tem corpo maisgorducho, de cor mais escura que o da vespa.Somente a abelha é que produz mel. Ao sentir-se ameaçada, a abelha dá picadas, mas isso emgeral a condena à morte: de fato, seu ferrãotem ranhuras que dificultam sua retirada. Porisso quando a abelha enfia o ferrão na peledo animal e depois quer afastar-se o ferrão

não sai mais e lhe arranca uma parte dabarriga. Já a vespa tem o ferrão liso,

que sai com facilidade. (...)

Qual a diferença entre abelha e vespa?

PRIMEIRA enciclopédia os animais dos campos e dosjardins .São Paulo: Maltese, 199? p.14.

Page 32: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

32

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A cigarra passou todo o verão cantando, juntando seus

grãos.

Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa de

formiga pedir que lhe desse o que comer.

A formiga então perguntou a ela:

– E o que é que você fez durante todo o verão?

– Durante o verão eu cantei – disse a cigarra.

E a formiga respondeu:

– Muito bem, pois agora dance!

ROCHA, Ruth. Fábulas de esopo . São Paulo: FTD, 1993. p.23.

A cigarra e a formiga

Page 33: portugues cba aluno

unidade 03unidade 03unidade 03unidade 03unidade 03 animaisanimaisanimaisanimaisanimais

33

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal

Cof! C

of!

A fo

rmig

aperg

unto

u:

Page 34: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

34

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Do ovo...Do ovo da galinhanasce o pintinho,do pintinho cresce o galo,que vai cantar no terreiroou, então, cresce a galinha,que põe ovo no galinheiro.Eu também nasci de um ovo,só que muito diferente...

Como começou a sua vida !

MORAES, Antonieta Dias de. O ovo . São Paulo: Global, 1982.

Os três leões

Numa determinada floresta havia três leões. Um dia, o macaco,representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com todaa bicharada da floresta e disse:

– Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais,mas há uma dúvida no ar: existem três leões fortes. Ora, a qualdeles nós devemos prestar homenagem? Quem, dentre eles, deveráser o nosso rei?

Os três leões souberam da reunião e comentaram entre si:– É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido. Uma

floresta não pode ter três reis, precisamos saber qual de nós seráescolhido. Mas como descobrir?

Page 35: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

35

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam,pois eram muito amigos. O impasse estava formado. De novo, todosos animais se reuniram para discutir uma solução para o caso. Depoisde usarem técnicas de reuniões do tipo “brainstorming”, eles tiveramuma idéia excelente. O macaco se encontrou com os três felinos econtou o que eles decidiram:

– Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadorapara o problema. A solução está na Montanha Difícil.

– Montanha Difícil? Como assim?– É simples, ponderou o macaco. Decidimos que vocês três

deverão escalar a Montanha Difícil. O que atingir o pico primeiroserá consagrado o rei dos reis.

A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensafloresta.

O desafio foi aceito. No dia combinado, milhares de animaiscercaram a Montanha para assistir a grande escalada.

O primeiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O segundotentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O terceiro tentou. Nãoconseguiu. Foi derrotado.

Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual delesseria o rei, uma vez que os três foram derrotados?

Foi nesse momento que uma águia sábia, idosa na idade egrande em sabedoria, pediu a palavra:

– Eu sei quem deve ser o rei!!!Todos os animais fizeram um silêncio de grande expectativa.– A senhora sabe, mas como? todos gritaram para a águia.– É simples – confessou a sábia águia – eu estava voando entre

eles, bem de perto e, quando eles voltaram fracassados para ovale, eu escutei o que cada um deles disse para a montanha.

Page 36: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

36

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O primeiro leão disse:– Montanha, você me venceu!O segundo leão disse:– Montanha, você me venceu!O terceiro leão também disse:– Montanha, você me venceu, por enquanto! Mas você,

montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu estou crescendo.– A diferença – completou a águia – é que o terceiro leão teve

uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim émaior que seu problema: é rei de si mesmo, está preparado paraser rei dos outros.

Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiroleão que foi coroado rei entre os reis.

Moral da história

Não importa o tamanho dos problemas ou dificuldades que vocêtenha. Seus problemas, na maioria das vezes, já atingiram o clímax,já estão no nível máximo – mas você não. Você ainda estácrescendo. Você é maior que todos os seus problemas juntos. Vocêainda não chegou ao limite do seu potencial. (La Fontaine)

Autor desconhecido.

Disponível em www.amareiavida.blogs.sapo pt/acesso 12/6/05

Page 37: portugues cba aluno

unidade 03unidade 03unidade 03unidade 03unidade 03 animaisanimaisanimaisanimaisanimais

37

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal

SU

PE

RIN

TE

RE

SS

AN

TE

, Mundo E

stranho. jun. 2003. p.36.

Po

leiro

ele

trizan

te

Page 38: portugues cba aluno

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

unid

ade

03

anim

aisan

imais

anim

aisan

imais

anim

ais

38

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

É o beija-flor, também conhecido como colibri. A menor espéciede beija-flor do mundo mede 5 centímetros de comprimento e pesa6 gramas.

O beija-flor é um animal muito leve e extremamente ágil. Elebate as asas cerca de 80 vezes por segundo e é a única ave quepode voar para trás ou ficar parada no ar.

O colibri tem uma língua bem comprida para retirar o néctardas flores, seu alimento predileto. Ele é um animal muito comilão,chegando a visitar mais de 1500 flores por dia, além de comerpequenos insetos e o açúcar de frutas.

Existe no mundo mais de 300 espécies de beija-flor. Eles formama maior família de pássaros do mundo. Esta grande variedadeconstitui uma riqueza para o mundo animal.

Eles são encontrados nas três Américas, desde o Alaska até asflorestas tropicais brasileiras.

www.saudeanimal.com.br/beijaTexto adaptado de beija-flor. Autor Dr. Zalmir Silvino Cubas. Acesso 12/6/05

Qual o menor pássaro do mundo?

O jabuti vive no solo de terra firme das florestas. Alimenta-sede frutas maduras caídas no chão, raízes, insetos, larvas e restosde carcaças deixadas por outros animais.

A jabota (fêmea do jabuti) escolhe um ninho de folhas secas ecoloca mais ou menos 12 ovos que eclodem dois meses depois. Osfilhotes nascem amarelinhos e com o casco mole.

Das espécies da nossa fauna, o jabuti é um dos mais ricos emlendas, onde sempre aparece como herói, inteligente e cavalheiro.Vence o coelho na corrida, engana o jacaré e a onça, mede forçascom a anta e supera até o mitológico curupira. Mas essas qualidadesdificilmente caberiam ao lento e tímido jabuti.

Ele pode viver mais de 100 anos e medir até 70 cm. Quandoameaçado, encolhe a cabeça e as patas dentro do casco e espera aameaça ir embora.

BRASIL – Centro de instrução de Guerra na selva. Jabuti. Nosso Amiguinho , São Paulo, jun. 2001.p.11.

Jabuti

Page 39: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

39

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

(...)Vovô chega com um pacote e não o larga para nada.– Vovô, que embrulho é esse?– Isso não é um embrulho. É o meu cofre, onde guardo

os meus segredos.Vovô abre o seu embrulho e vai retirando as coisas

que estão lá dentro.Vai me mostrando coisas que guarda a vida toda: uma

coleção de tampinhas de cerveja, um álbum de figurinhasdo Carlitos, uma coleção do Tico-Tico, dois times de futebolde botão com goleiros feitos de caixinhas de fósforo, umaporção de piões, ferrinhos de jogar finca, um carrinho movidoa corda e que não cai da mesa, um papagaio feito compapel chinês, arcos e flechas de bambu, um diabolô, umbilboquê, um tabuleiro de damas e um jogo de xadrez,além de outras coisas mais.

Não vejo nenhum segredo em nada daquilo. Para mimsão lembranças do seu tempo de menino.

Fico meio sem graça. Coleções eu também tenho. Éverdade que nunca soltei papagaio, nem nunca jogueifutebol de botão, assim como ignoro como se joga pião ediabolô.

Depois de algum tempo eu convido o vovô para jogarvideogame. Coitado, nunca vi ninguém mais sem jeito. Nãoconsegue fazer nenhum ponto. Parece que não entende asregras do brinquedo.

Ele se cansa de me ver jogar e me convida para brincarde pião, me entrega o pião e eu fico sem saber o quefazer.

Ele pega outro pião, passa a fieira em volta dele, fazum gesto rápido com a mão e o pião está ali rodando,rodando. Já preparou outro e logo outro, e três piões juntos

Troca de segredos

Page 40: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

40

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

SIMÕES, Ronaldo. A troca de segredos . Belo Horizonte: Lê, 1995.

se movimentam. Na hora de ir embora, ele me pedeemprestado o videogame e eu lhe digo:

– Pode levar, mas deixe um de seus piões comigo.Ele me entrega e eu fico horas treinando.Passam-se os dias. Fico sabendo que o vovô está

ganhando disparado de seus amigos no videogame. Eleainda não sabe que que na próxima semana vai haver umcampeonato de pião na escola e eu sou o favorito, poisdescobri todos os segredos do pião.

(...)

Atirei o pau no gato

ATIREIO PAU NO GATO-TO

MAS O GATO-TONÃO MORREU-RREU-RREU

DONA CHICA-CA-CAADMIROU-SE-SE

DO BERRÔ, DO BERRÔ,QUE O GATO DEU.

MIAU!!!!

Page 41: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

41

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

CADÊ O TOUCINHO QUE TAVA AQUI?O GATO COMEU.CADÊ O GATO?FOI NO MATO.CADÊ O MATO?FOGO QUEIMOU.CADÊ O FOGO?ÁGUA APAGOU.CADÊ A ÁGUA?BOI BEBEU.CADÊ O BOI?FOI AMASSAR O TRIGO.CADÊ O TRIGO?GALINHA ESPALHOU.CADÊ A GALINHA?FOI BOTAR OVO.CADÊ O OVO?O FRADE COMEU.CADÊ O FRADE?FOI REZAR MISSA.CADÊ A MISSA?ESTÁ NO ALTAR.CADÊ O ALTAR?ESTÁ NO SEU LUGAR.

O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA.O PEITO DO PÉ DE PEDRO É PRETO.VOCÊ SABIA QUE O SÁBIO SABIA QUE O SABIÁ SABIA ASSOBIAR?

Trava-língua

Domínio Popular.

Page 42: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

42

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

FutebolCândido Portinari

Cândido Portinari, filho de pais italianos, nasceuno interior de São Paulo em 1903. Desde muito cedojá gostava de desenhar, mas não dispensava seujogo de futebol. Foi estudar no Rio de Janeiro e sesaiu tão bem que ganhou bolsa para estudar naFrança. Seus quadros e painéis são admirados nomundo todo. Portinari é considerado um dos maisimportantes pintores brasileiros. Ele morreu em1962.

PORTINARI, João Cândido. Futebol, 1935. Óleo sobre tela, 97x130 cm.Reprodução autorizada por João Cândido Portinari. Imagem acervo do Projeto Portinari

Page 43: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

43

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A bela bolarola:a bela bola de Raul.Bola amarela,a da Arabela.A do Raul,azul.Rola a amarelae pula a azul.A bola é mole,é mole e rola.A bola é bela,é bela e pula.É bela, rola e pula,é mole, amarela, azul.A de Raul é de Arabela,e a de Arabela é de Raul.

Jogo de bola

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo . Editora Nova Fronteira, 2002.

Fazendo uma pipa

As pipas funcionam da mesma maneira que os pára-quedas.Quando você solta uma pipa ao vento, o ar comprimido debaixodela faz com que ela suba e voe. As pipas são feitas de materiaisbem leves e, por isso ficam facilmente no ar.

MATERIAL: Papel de seda de 1 metro por 75cm, varetas finas,um rolo de barbante, fita adesiva, cola, tesoura, agulha e linha.

Faça uma estrutura com varetas em forma de cruz. A medidaexata não é importante, mas uma das varetas deve ser duasvezes maior que a outra. Amarre-as com barbante. Agora ligueas pontas das varetas com barbante ou varetas menores paraque adquiram a forma desejada.

Page 44: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

44

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Coloque a estrutura sobre o papel de seda e recorte-ocuidadosamente ao redor, deixando uma margem de 3 ou 4 cmem volta. Dobre o papel para cima, cobrindo as varetas, e coleou costure as dobras.

Faça uma cauda para sua pipa usando um pedaço de barbantecom mais ou menos o dobro do tamanho da pipa. Depois amarredois fios na vareta comprida – um abaixo e outro acima doponto de cruzamento. Ligue as duas pontas e amarre-as norolo de barbante.

FAZENDO A PIPA VOAR: Num dia de vento, você só precisasegurar a pipa ao vento. Quando você a soltar, ela subirá,empurrada pelo ar. (Não se esqueça de desenrolar o barbantepara impedir que a pipa desça.) Se não estiver ventando, vocêpoderá empinar a pipa correndo na direção de uma brisa epuxando-a atrás de você. Quando você corre, o ar se comprimecontra a pipa e faz com que ela suba.

WALPOLE, Brenda. Ciência divertida – ar . São Paulo: Melhoramentos. 2000. p.27.

Page 45: portugues cba aluno

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

unid

ade

04

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

asbri

ncad

eiras

brinc

adeir

as

45

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Deixando a bola e a petecaCom que inda há pouco brincavam,Por causa de uma boneca,Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: “É minha!”- “É minha!“ a outra gritava;E nenhuma se continha,Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)Era a boneca. Já tinhaToda a roupa estraçalhada,E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela,Que a pobre rasgou-se ao meio,Perdendo a estopa amarelaQue lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,Voltando à bola e à peteca,Ambas, por causa da briga,Ficaram sem a boneca...

BILAC, Olavo. Palavras de encantamento . São Paulo:Moderna. v.1, p.60.

A boneca

Page 46: portugues cba aluno

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

46

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Às vezes nem eu mesmosei quem sou.Às vezes sou“o menino queridinho”,às vezes sou“moleque malcriado”.Para mimtem vezes que sou rei,herói voador,caubói lutador,jogador campeão.Às vezes sou pulga,sou mosca também,que voa e se escondede medo e vergonha.Às vezes eu sou Hércules,Sansão vencedor,peito de aço,goleador!Mas o que me importao que pensam de mim?Eu sou quem sou,eu sou eu,sou assim,sou menino.

Identidade

BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. São Paulo: Moderna, 1984. p.89.

Page 47: portugues cba aluno

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

47

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Gente tem sobrenome

Toquinho e Elifas Andreato. CD Canções dos Direitos das Crianças. Movieplay. 2002.(Fragmento)

Todas as coisas têm nome

Casa, janela e jardim

Coisas não têm sobrenome

Mas a gente sim

O Jô é Soares, Caetano é Veloso

O Ari foi Barroso também

Entre os que são Jorge

Tem um Jorge Amado

E o outro que é o Jorge Bem

Quem tem apelido

Dedé, Zacarias, Mussum

E a Fafá de Belém

Todas as flores têm nome

Rosa, camélia e jasmim

Flores não têm sobrenome

Mas a gente sim

Tem sempre um nome

E depois do nome

Tem sobrenome também

(...)

Page 48: portugues cba aluno

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

48

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

No retrato que me faço– traço a traço –às vezes me pinto nuvem,às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisasde que nem há mais lembrança...ou coisas que não existemmas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco– pouco a pouco –minha eterna semelhança,

no final, que restará?Um desenho de criança...Terminado por um louco!

QUINTANA, Mário. Apontamentos de história sobrenatural. 1976.Disponível em www.vicoso.com.br/leibr/mq_autoretrato

O auto-retrato

Page 49: portugues cba aluno

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

unid

ade

05

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

identi

dade

49

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Não tinha jeito! O Chico nãogostava do nome dele e pronto...

– Mãe, por que você foi escolhero nome de Francisco para mim? Eunão gosto desse nome porque viraChico e o João falou que Chico énome até de macaco.

A mãe dele não sabia direito oque responder. Afinal, quando ela erapequena, também não gostava deseu nome. As crianças viviamfazendo gozação:

– Ivete canivete põe no fogo ea mão derrete!

Foi pensando nisso que ela argumentou:– Sabe Chico, quando a gente é pequeno, a gente não gosta

do nome. Acho que isso acontece com todo mundo...O Chico nem deixou que ela terminasse:– Com todo mundo, nada. O João gosta do nome dele. Ele já

me falou. O meu é que é feio. De hoje em diante o meu nome vaiser Pli, como você me chama. Esse eu acho bonito! Falou convicto.

De fato, desde que Chico era pequeno, sua mãe o chamavacarinhosamente de Pli. E, por isso, o pai e a Joana – que era amoça que cuidava dele – também passaram a chamá-lo assim. Eele adorava. Nunca ninguém tinha feito gozação com esse nome.Ao contrário de Chico, que sempre vinha com uma brincadeirinhabesta:

– Chico, cara de penico! – incomodavam seus amiguinhos naescola.

No começo ele até que não ligava muito. Mas, com o passar dotempo, cada vez mais gente ficava falando isso. Até gente grande!Ele tinha vontade de falar um daqueles palavrões bem feios. Àsvezes até falava. E falava com gosto. Ora! Que coisa mais chataera aquilo. Será que ninguém percebia que enchia o saco?

BRENTAN, Salete. Revista Alegria . São Paulo. n.60, 1978.

O nome feio

Page 50: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

50

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Todos nós precisamosDe um lugar para morar.Não importa se o lugar éUma casa grandeOu uma casinha pequena.O importante é queA gente se sintaProtegido, confortávelE contente em casa.

Sonia era uma menina feliz...Tinha um lar. Era muito bonito o lugar onde morava.Ficava um pouco longe da cidade. E por ficar distante, eraamplo. Sua casa era grande, tinha jardim e quintal, umquarto só para ela. Seu irmão dormia no outro (...)

SILVEIRA, Lúcia Mello da. A menina e a natureza e outras histórias . Rio de Janeiro:Eldorado. 199?.

Page 51: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

51

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A casa

Era uma casamuito engraçadanão tinha tetonão tinha nadaninguém podiaentrar nela nãoporque na casanão tinha chãoninguém podiadormir na rede

MORAES, Vinícius de. A Arca de Nóe. Rio de Janeiro:Companhia das Letrinhas. 1986. p.41.

porque na casanão tinha paredeninguém podiafazer pipiporque peniconão tinha alimas era feitacom muito esmerona rua dos bobosnúmero zero.

Podemos dizer que nossoplaneta é como uma imensacasa que abriga uma grandefamília. Tudo o que acontece noPlaneta Terra acaba interferindona vida das pessoas que nelehabitam.

Buscando entender comoacontece o relacionamentoentre homem e a natureza,alguns cientistas criaram, em1869, uma nova ciência. Essaciência recebeu o nome deecologia que, em grego,significa estudo da casa. A ecologia faz parte da biologia que estudaas relações entre os seres vivos, habitantes do Planeta Terra, nossacasa, e o meio ambiente.

Page 52: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

52

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Você já pensou onde e como as pessoas moravam antigamente?Os primeiros seres humanos não moravam num lugar só, eles

se deslocavam de um lugar a outro para coletar frutos, caçar epescar. Faziam seus abrigos no chão ou nas árvores apenas parapassar a noite.

As primeiras casas foram as grutas ou cavernas que encontravamabandonadas pelos animais. O deslocamento se repetia comfreqüência porque precisavam procurar mais caça e alimentos parasua sobrevivência.

Quando passaram a criar animais ficavam um tempo bem maiorno mesmo lugar. Foi então que eles começaram a construir suasmoradias. No decorrer dos anos, outras formas de construções foramaparecendo de acordo com as necessidades e possibilidades demateriais existentes.

SOUZA, Oralda A. Aventura do aprender . Curitiba: Base, 1996.

Habitação hoje e ontem

Tipos de casas

Os tipos de casas variam de acordo com o clima e o ambienteonde são construídas. Desde que surgiu, o homem sentiunecessidade de se abrigar do sol, das chuvas, do vento, da neve edos animais ferozes.

O homem primitivo se abrigava nas cavernas, dentro dasmontanhas. Ali ele se refugiava e se encontrava em segurançacontra os perigos.

Os índios moram nas florestas e matas. Suas casas sãoconstruídas de madeira e sapé e são chamadas ocas.

Page 53: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

53

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Geralmente, o crescimento das cidades acaba originando umasérie de problemas sociais e ambientais. A habitação é um dosgraves problemas sociais existentes em todas as grandes cidades.As moradias das áreas centrais são bem mais caras, por isso nãopodem ser compradas pela maioria da população. Por essa razão,as pessoas que têm menos recursos se instalam, geralmente, nasmargens de córregos, na periferia das cidades, nas favelas ou noscortiços.

Como os grandes centros urbanos estão continuamentecrescendo, o valor dos imóveis também vai aumentando. Isso fazcom que a população de menos recursos vá se afastando mais da

região central.

Existem outros tipos de casas, como iglus, que são as casasdas regiões geladas, e as palafitas, que são construídas em cimade lagos ou rios.

Os materiais que o homem utiliza para a construção de suascasas são madeira, tijolos, barro, pedra, sapé, cimento, areia, ferro,etc.

A casa é de grande importância para o homem, pois é onde elevive em segurança com sua família.

BATITUCI, Graça, GONZALEZ, Conceição. Maneira lúdica de ensinar . São Paulo: Fapi, 1.ed.

Grandes cidades

Equipe de Língua Portuguesa

Page 54: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

54

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Na casa de meu avô

Além do jardim florido

Plantado pelo seu Júlio

Além de ter um cachorro

Dengoso mas furioso

Das conversas lá no quarto

Do tio Nená que é tantã

Do piano da vovó

Tocando misterioso

De tantos livros bonitos

Da comida da Geralda

Na casa do meu avô

Ou melhor, na casa ao lado

Mora uma certa pessoa

Que se chama Isildinha.

Ah como é boa essa vida

Na casa do meu avô!

Bem melhor do que sorvete

Mais gostoso que bombom

Que refresco, chocolate

Bolo, bala, caramelo.

Ah como é doce essa vida

Na casa do meu avô

AZEVEDO, Ricardo. A casa de meu avô . São Paulo: Ática, 1998.

A casa de meu avô

Page 55: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

55

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A casaNão tem asas,Mas a janela tem.É líricaA janela,Que a poesia revela,Mostrando o cata-vento da distância,Flor amarela.É trágica,MostrandoAs agonias da favela.Quando nela me afundo,Eu penso que a janelaÉ o olho mágicoDo mundo.

DINORAH, Maria. Cantiga de estrela . Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.

Tem gente que não tem casaMora ao léu debaixo da ponteNo céu, a lua espiaEsse monte de genteNa ruaComo se fosse papel

Gente tem que ter onde morarUm canto, um quarto, uma camaPara no fim do diaGuardar o seu corpo cansadoCom carinho, com cuidadoQue o corpo é a casa dos pensamentos

MURRAY, Roseana. In: Casas. Ed. Formato. 1ªEdição. 1994. P.12.

Sem casa

Olho mágico

Page 56: portugues cba aluno

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

unid

ade

06

morad

iamo

radia

morad

iamo

radia

morad

ia

56

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Era uma casa muito engraçadaEra de lona e não de tábuaEsta casinha chama barracoQuem mora nela é quem não tem terra.

Quem tem uma casa no assentamentoMorou primeiro no acampamentoHoje tem horta pro seu sustentoPorque produz o seu alimento.

Eu sou criança e quero escolaNela aprender e brincar de bolaSou Sem Terrinha já sei lutarQuero o direito de estudar

Na minha escola vou aprenderA contar as histórias do meu povoSemear as sementes do amanhãE também colher

Eu sou colona, eu sou criançaTenho orgulho e esperançaQue todo mundo tenha saúdeCuide da vida e da naturezaCuidar da vida e cuidar da terraPorque a terra é nossa riqueza...

História de uma criança sem terra

ROSANE (14 anos), Rio Grande do Sul (Poema premiado no ConcursoNacional Feliz Aniversário MST, 1999.

Page 57: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

57

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Antes do surgimento da escrita, o homem contavaa sua história, acontecimentos e fatos da vidacotidiana através da oralidade.

A partir da criação da escrita, a história produzidapelo homem foi registrada, o que possibilitou serconhecida por todos os que na sociedade atual,dominam a leitura e a escrita.

Através da escrita são registrados desde fatoshistóricos, acontecimentos diários, até ossentimentos dos homens.

Atualmente, o homem, na tentativa de secomunicar com os pontos mais longínquos douniverso, tem enviado mensagem sobre a suaexistência e sobre o seu planeta para outros seres,que porventura vivam em outros planetas.

VARGAS, Susana. Doce de casa . São Paulo: Record, 1988. p.20.

FICA NO ALTODE UMA MESASEMPRE QUE TOCAEU FICO ACESA.

É QUE O TIRRRIMME DEIXA ASSIMSEMPRE PENSANDONUMA SURPRESA

Page 58: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

58

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

– ALÔ, O TATU TAÍ?– NÃO, O TATU NUM TÁ.

MAS A MULHER DO TATU TANDOÉ O MESMO QUE O TATU TÁ.

CIÇA. O livro de trava-língua . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

Tatu

Mal tocava o telefone,Lili corria pra atender:Só sabia falar: – Alô! Alô!Qual é o seu nome?E ficava naquele alô alô danado,Sem chamar quem foi chamado.

Um dia, foi atender,Como sempre assanhadinha,E saiu daquele alô, alô:– Aqui é a Lili. Aí, quem fala?A fala falou grosso,Do outro lado da linha:– Quem fala é o fantasminha!Hahahahá, é o fantasminha!

Agora, se o telefone toca,Lili nem se tocaOu fica meio encolhidinha.Tem vontade de atender, mas...E se for o fantasminha?!

Lili e o telefone

JOSÉ, Elias. Caixa mágica de surpresa.São Paulo: Paulus, 1984.p.9.

Page 59: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

59

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O atacante do Fluminense Romário, mesmo perto de penduraras chuteiras, continua fazendo sucesso no futebol mundial. OBaixinho foi indicado para receber o prêmio Gold Foot 2004, dojornal italiano La Gazzeta dello Sport. Ele concorre com Ronaldo,Beckham, Figo, Zidane, Davids, Hermán Crespo, Oliver Kahn, PaoloMaldini e Nedved. Em 2003, Roberto Baggio foi o premiado. Ovencedor, que será escolhido por um júri especial e votos pelainternet, deixará a marca de seus pés, dia 2 de agosto, em umadas principais avenidas de Monte Carlo, pois o evento é patrocinadopelo Principado de Mônaco.

GAZETA DO POVO , Curitiba, 20 abr. 2004.

Romário concorre a prêmio

Saiba mais

O jornal é um dos meios de comunicação. Atravésdele, as notícias são impressas e transmitidas para osleitores.

Uma notícia jornalística tem duas partes: manchetee texto.

As manchetes são escritas nos jornais com letrasmaiores e têm como objetivo atrair a atenção do leitor eresumir a notícia. No texto da notícia observamosos seguintes elementos:

– Quem? – pessoas– O quê? – fato– Onde? – lugar– Por quê? – causa– Quando? – tempoNotícia: relato de fatos ou acontecimentos atuais, de

interesse e importância para a comunidade, capaz de sercompreendido pelo público.

Reportagem: é uma notícia maior detalhada. Oassunto é tratado com maior profundidade. Geralmenteaparece dividida em blocos cada um deles com umsubtítulo. Numa reportagem o jornalista emite sua opiniãoe faz interpretação dos fatos.

Page 60: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

60

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

JORNAL DA TARDE, 22/08/90. P.32. Editoria Geral.

O jacaré do rio Tietê de-

monstra estar vivendo muito

bem nas águas poluídas. Ele

reapareceu ontem por volta de

11 horas entre as pontes da

Vila Maria e Guilherme – o mes-

mo local onde tentaram captu-

rá-lo na terça-feira passada –

quando se acreditava que pu-

desse ter realmente chegado

ao rio Pinheiros, depois de um

percurso de 32 quilômetros.

Saiu da água, arrastou sua cal-

da sobre a lama e foi tomar sol

numa pequena extensão de

areia. Quem o viu primeiro foi

Adelmo Alves da Rocha, um

ajudante de caminhão, que cha-

mou a TV Manchete. A emisso-

ra transmitiu imagens do Tei-

moso – apelido que ganhou por

não se deixar salvar das águas

poluídas – ao vivo, por quase

uma hora, até ele mergulhar

novamente no turvo Tietê.

Adelmo Alves da Rocha tra-

balha próximo ao local e se tor-

O jacaré passou o dia tomandosol e posando para a TV

Das águas sujas do Tietê voltou a emergir o bicho queinquieta a cidade e o trânsito.

nou uma espécie de guardião

do animal. Todos os dias,

quando tem algum tempo

vago, atravessa as pistas e vai

para a margem do rio verificar

se ele reapareceu. “ Tenho dei-

xado carne para ele. Anteon-

tem ele mexeu no alimento”

afirma. Adelmo garante que o

animal até costuma sair da

água durante a noite, e às ve-

zes de dia. “ Quando não tem

ninguém por perto, como hoje,

ele sai para tomar sol”. Preo-

cupado com a sobrevivência

do jacaré, Adelmo se empenhaem vigiar o local.

O Tietê parece incomodarmenos o jacaré, que as tenta-

tivas de capturá-lo. Todos afir-mam querer salvar o animal eevitar que morra devido à po-luição. Mas, enquanto os poli-ciais declaravam que ele nãoresistiria mais que alguns dias

dentro da água, o jacaré voltoua surpreender, saindo da água

para tomar sol. (...)

Page 61: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

61

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Um livroé uma beleza,é caixa mágicasó de surpresa.

Um livroparece mudo,mas nele a gentedescobre tudo.

Um livrotem asaslongas e levesque, de repente,levam a gentelonge, longe.

Um livroé parque de diversõescheio de sonhos coloridos,cheio de doces sortidos,cheio de luzes e balões.

Um livroé uma florestacom folhas e florese bichos e cores.É mesmo uma festa,um baú de feiticeiro,um navio pirata no mar,um foguete perdido no ar,é amigo e companheiro.

Caixa mágica de surpresa

JOSÉ, Elias. Caixa mágica de surpresa . São Paulo: Paulus, 1984. p.9.

Page 62: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

62

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Campinas, 01 de setembro de 2.002.

Querida Joana.

Estou com muitas saudades de você. Não vejoa hora do feriado chegar para estarmos juntos.Eu vou adorar ficar uns dias aí com vocês. Só depensar nos passeios que faremos já fico ansiosa.

Organize com a turma bons passeios. Tambémquero ir ao cinema, assistir aquele filme brasileiroque está em cartaz (dizem que é ótimo).

Antes que eu esqueça, o meu endereço mudou.Anote em um lugar seguro para não perdê-lo:

Rua Presidente Prudente, 200Campinas – São Paulo/SPCEP 04134.048

Um beijo, Marcela.

Abrir uma carta,o coração batendo,é precioso ritual.O que terá dentro?Um convite, um aviso,uma palavra de amorque atravessou oceanospara sussurrar em meu ouvido?

São como conchas as cartas,guardam o barulho do mar,o ar das montanhas.Para mim os carteirossão quase sagrados,unicórnios ou magosno meio dessa vida barulhenta.

MURRAY, Roseana. Artes e Ofícios. São Paulo: FTD, 1990. p.50.

Os carteiros

Page 63: portugues cba aluno

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

unid

ade

07

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ãoco

munic

ação

comu

nicaç

ão

63

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Bosque das Flores, 10 de junho

Querido papai,

Queria muito que você estivesse aqui comigo e com a mamãepara eu poder contar pessoalmente a aventura que vivi. Mas entendoque a vida de lenhador leva você, muitas vezes, a estar longe dagente, tudo bem... mas sinto tantas saudades!

Sabe, pai, passei por momentos de grande medo! Imagina queeu fui levar uns doces pra vó Joana, que estava doente, e quasefui comida por um lobo!

Nossa, só de lembrar fico arrepiada! Calma, se estou contandoa história é porque sobrevivi, não fique preocupado.

Voltando aos doces... Eu estava no caminho e encontrei umlobo que disse que morava na floresta e conhecia um caminho maisrápido para eu chegar até a casa da vovó. Ele não parecia mau, atéme ajudou a colher algumas flores e carregou um pouco a minhacesta.

Quando eu cheguei à casa da vovó, percebi que ela estava umpouquinho estranha, mas quando é que eu ia imaginar que não eraela?

Pensando bem, hoje eu sei que aqueles olhos tão grandes,aquele nariz enorme e aquelas orelhas esquisitas não poderiamser mesmo da vovó, mas na hora ... sei lá ... não percebi nada eainda cheguei bem pertinho.

Foi nesse momento que o lobo pulou em cima de mim. Eu, quesou bem espertinha, corri para fora e comecei a gritar bem alto.Por sorte, um caçador que passava por perto ouviu os meus gritos.Que herói ele foi, papai!

Atirou no lobo, procurou a vovó na casa toda e a encontrouamarrada no armário. Depois ela me contou que o lobo a escondeulá para nos comer mais tarde. Já viu que coisa horrível?

Não fique preocupado, pois aquele lobo já não vive mais.Espero que você possa estar aqui muito em breve para nós

dois rirmos bastante dessa história.

Um beijo cheio de saudades.

De sua filha, Chapeuzinho Vermelho.

Page 64: portugues cba aluno

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

histór

ia em

qua

drinh

oshis

tória

em q

uadri

nhos

histór

ia em

qua

drinh

oshis

tória

em q

uadri

nhos

histór

ia em

qua

drinh

os

64

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Você sabia:As histórias em quadrinhos também sofreram com acensura. Nos anos 50, foram proibidas nos EUA as HQ’sde terror. No Brasil, na década de 70, autores nipo-brasileiros começaram, na editora Edrel, em São Paulo,a produzir mangás eróticos, que foram censurados.De onde vem a palavra ‘gibi’? O termo significa‘moleque’, ‘garoto’. Em 1939, foi lançada uma revistaem quadrinho chamada Gibi e o nome generalizou-sede tal forma que abrange hoje qualquer revista emquadrinho e ganhou espaço no dicionário.A alta do índice de Aids na França levou à criação deuma campanha na qual o Super-Homem e Mulher-Maravilha aparecem como se estivessem com o HIV. Amensagem a ser passada é a de que todos são frágeis,e não invulneráveis, como os heróis das HQ’s.

Page 65: portugues cba aluno

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

histór

ia em

qua

drinh

oshis

tória

em q

uadri

nhos

histór

ia em

qua

drinh

oshis

tória

em q

uadri

nhos

histór

ia em

qua

drinh

os

65

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Os balões, além de organizar as falas e nos dizerquem as recita na cena, podem também reforçardramaticamente a narrativa pelo seu próprio desenho.Cada um tem a sua função. Os balões foram surgindoà medida que as HQ’s foram se aperfeiçoando. Veja oque expressam alguns deles.

A linguagem dos balões das HQ’s

Page 66: portugues cba aluno

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

unid

ade

08

histór

ia em

qua

drinh

oshis

tória

em q

uadri

nhos

histór

ia em

qua

drinh

oshis

tória

em q

uadri

nhos

histór

ia em

qua

drinh

os

66

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

SCHLICHTA, Consuleo B. Educação Artística . Curitiba.: Módulo, 1996.

Onomatopéias

São palavras que imitam os sons das coisa. Exemplo: Bater deuma porta, telefone tocando, som de um apito, etc.

Page 67: portugues cba aluno

unidade 08unidade 08unidade 08unidade 08unidade 08 história em quadrinhoshistória em quadrinhoshistória em quadrinhoshistória em quadrinhoshistória em quadrinhos

67

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal

Page 68: portugues cba aluno

unidade 08unidade 08unidade 08unidade 08unidade 08 história em quadrinhoshistória em quadrinhoshistória em quadrinhoshistória em quadrinhoshistória em quadrinhos

68

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal

Page 69: portugues cba aluno

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

água

água

água

água

água

69

Água que nasce na fonte serena do mundoE que abre um profundo grotãoÁgua que faz inocente riachoE deságua na corrente do ribeirãoÁgua escura dos riosQue levam a fertilidade ao sertãoÁguas que banham aldeiasE matam a sede da populaçãoÁguas que caem das pedrasNo véu das cascatas, roncos de trovãoE depois dormem tranqüilasNo leito dos lagos,No leito dos lagos,Águas dos igarapés, onde Iara, Mãe D’Água,É misteriosa cançãoÁgua que o sol evaporaPro céu vai emboraVirar nuvens de algodão(...)

ARANTES, Guilherme. Sony Music Crisálida. (fragmento)

Planeta água

Page 70: portugues cba aluno

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

água

água

água

água

água

70

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O Brasil detém hoje 2/3 das reservas de águapotável do planeta. Seus sistemas hídricos sãoriquíssimos, mas toda essa riqueza está seriamenteameaçada. Os rios estão secando, contaminados poragrotóxicos e atingidos pelo desmatamento e pelodesconhecimento e prática de uma políticaambientalista.

Sabe-se que 70% da superfície da Terra sãocobertos pela água. Desse total, 98% é salobra,inadequada para a agricultura ou para beber. A maiorparte da água fresca do planeta está presa nas calotaspolares e geleiras ou armazenada debaixo da superfícieda terra.

Cerca de 73% da água fresca utilizada pelahumanidade são destinados à agricultura. De 65% a70% da água em uso se perdem através deevaporação, vazamentos e outros desperdícios. Com20% da população mundial, a Europa tem 7% dasreservas de água. A Ásia, com 60% da população doglobo, detém 31% das reservas.

Água

Page 71: portugues cba aluno

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

unid

ade

09

água

água

água

água

água

71

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Chama o Alexandre!Chama!Olha a chuva que chega!É a enchenteOlha o chão que chove com a chuva...

Olha a chuva que encharca a gente.Põe a chave na fechaduraFecha a porta por causa da chuva.Olha a rua como se enche!

Enquanto chove, bota a chaleirano fogo: olha a chama! Olha a chispa!Olha a chuva nos feixes de lenha!

Vamos tomar chá, pois a chuvaé tanta que nem de galochase pode andar na rua cheia!

Chama o Alexandre!Chama!

Enchente

MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo.Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2002, p. 73.

Page 72: portugues cba aluno

7272

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Criança menor de 10 anos deve ficarsempre sentada no banco traseiro e como cinto de segurança. Não mexa nosequipamentos do veículo, pois você podemovimentar o carro e não saber comocontrolá-lo. Não fique em pé entre osbancos dianteiros. Não coloque o braçonem a cabeça para fora da janela. Nunca

jogue nada para fora do carro, isso pode atrapalhar quemvem logo atrás e causar acidentes.

No carro de seus pais

Antes de atravessar a rua,procure uma faixa de pedestre,olhe sempre para os dois ladospara ver se vem algum veículo eatravesse em linha reta. Nãocorra ao atravessar a rua.

Ao atravessar a rua e na saída da escola

Entrar e sair do ônibus, só seele estiver totalmente parado.Não coloque a cabeça ou o braçopara fora da janela. Evite ficar empé com o ônibus em movimentoe evite conversar com omotorista, porque isso podedistraí-lo e tirar a atenção dotrânsito. Se sua condução escolartiver cinto de segurança, use-osempre! Conte aos pais se no caminho o motoristacorre muito, dá freadas bruscas ou grita com você.

No ônibus escolar

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

ito

Page 73: portugues cba aluno

7373

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

A criança não deve andar de bicicletanas ruas, pois não conhece direito asregras do trânsito e pode causaracidentes. Ande sempre pela ciclovia,ou então em locais sem perigo detrânsito como parques e praças. Nãoande sobre as calçadas. Verifiquesempre os freios da bicicleta. Utilizecapacete.

De bicicleta

Quando for soltar pipa ou brincar de outras coisas, fique longedas ruas. Você pode se distrair e não observar os veículos. Nuncabrinque atrás ou embaixo de um carro, ônibus ou um caminhãoparado. Na hora de sair, o motorista pode não ver você.

Quando a bola cair na rua, não corra atrás dela. Peça para algumadulto ir pegá-la, ou observe antes os dois lados se vem algumcarro.

Nota: Os textos desta unidade, apresentados acima, são de autoria do DETRAN/PR e asimagens são do “A Caminho da Escola” ( Governo Federal/Ministério da Educação/CONTRAN

Brincando na rua

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

ito

Page 74: portugues cba aluno

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

ito

74

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

Como uma criança pode se proteger de umacidente com bicicleta, skate ou patins

Ao andar de bicicleta, skate ou patins, um dos maiores perigossão as lesões na cabeça, que podem levar à morte ou deixarseqüelas permanentes. A maneira mais efetiva de reduzir lesõesna cabeça é usar o capacete. Esta única regra pode reduzir o riscode lesões na cabeça, inclusive traumatismo craniano, em até 85%.

• Compre um capacete que atenda aos padrões de qualidade.

• O tamanho é essencial. O capacete deve ser confortável eaconchegante, nunca apertado. Também não pode ficar solto,balançando de um lado para o outro.

• Tenha certeza de que está usando o capacete corretamente,centrado na parte de cima da cabeça e as tiras ajustadas eafiveladas sob o queixo.

Saiba mais

• Uma bicicleta apropriada e com manutenção em dia ajuda naprevenção: os pneus firmes e devidamente cheios, os refletoresdevem estar seguros, os freios funcionando perfeitamente e asmarchas movendo com facilidade. Os pés devem alcançar o chãoenquanto o ciclista estiver sentado no assento da bicicleta.

Page 75: portugues cba aluno

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

unid

ade

10

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

itoa

crian

ça n

o trâ

nsito

a cri

ança

no

trâns

ito

75

Secretaria de Estado da Educação do Paraná / Departamento de Ensino Fundamental

O Departamento de Estra-das e Rodagem do Paraná(DER-PR) mantém escolasde trânsito em seis cidadesdo Estado: Cascavel, Curi-tiba Maringá, Francisco Bel-trão, Ponta Grossa e Lon-drina.

Conheça uma ESCOLA DE TRÂNSITO

As escolinhas de trân-sito, como são carinho-samente chamadas,oferecem atividadespara alunos da 4ª sériedo Ensino Fundamental.

As crianças passam meio períodona unidade, onde vivenciamsituações comuns enfrentadas nodia-a-dia do trânsito. Elasparticipam de peças de teatro,palestras e orientações dadas pormonitores e policiais.

Por ano, as seis unidades do DERrecebem cerca de 120 mil alunos,atendendo mais de 1200 escolas.O aprendizado adquirido nasescolinhas de trânsito tem umimpacto positivo nas crianças e,conseqüentemente, nos futurosadultos.

Fonte: Texto adaptado da Revista DETRÂNSITO – DETRAN/PR n.4. ano II. julho 2002.p.2Fotos da Escola de Trânsito/DR Curitiba

Page 76: portugues cba aluno

unidade 10unidade 10unidade 10unidade 10unidade 10 a criança no trânsitoa criança no trânsitoa criança no trânsitoa criança no trânsitoa criança no trânsito

76

Secre

taria

de E

stad

o d

a E

du

caçã

o d

o P

ara

ná /

Dep

arta

men

to d

e E

nsin

o F

un

dam

en

tal