financiamento ong

8/2/2019 financiamento ong

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Oportunidades de Financiamento paraprojectos de Cooperao para o

Desenvolvimento das ONGD

& Criao de um Fundo de Preparao

de Projectos

Entregveis1.A - Anlise das linhas de financiamento1.B - Anlise das ONGD

Verso Final9 Outubro de 2009

Elaborado por:

TESE - Associao para o Desenvolvimento

Joo Rabaa, Joo Meneses e Henrique Gomes

Financiamento:

Fundao Calouste Gulbenkian, Fundao EDP e Fundao Portugal frica


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Acrnimos

Acrnimos

ADL Associao de Desenvolvimento Local

APD Ajuda Pblica ao Desenvolvimento

BAfD Banco Africano de Desenvolvimento

BAsD Banco Asitico de Desenvolvimento

BERD Banco Europeu de Reconstruo e Desenvolvimento

BID Banco Inter-Americano de Desenvolvimento

CD Cooperao para o Desenvolvimento

DfID Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido

ED Educao para o Desenvolvimento

FCG Fundao Calouste Gulbenkian

FED Fundo Europeu de Desenvolvimento

FEDP Fundao EDP

FPA Fundao Portugal - frica

IBRD Banco Internacional para a Reconstruo e Desenvolvimento (Grupo Banco Mundial)

ICSID Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Grupo BancoMundial)

IDA Associao de Desenvolvimento Internacional (Grupo Banco Mundial)

IFC Corporao Financeira Internacional (Grupo Banco Mundial)

IPAD Instituto Portugus de Apoio ao Desenvolvimento

IPSS Instituio Particular de Solidariedade Social

JICA Agncia Japonesa de Cooperao Internacional

MIGA Agncia Multilateral de Garantia ao Investimento (Grupo Banco Mundial)

OMS Organizao Mundial da Sade

ONG Organizao No Governamental

ONGD Organizao No Governamental para o Desenvolvimento

ONU Organizao das Naes UnidasOSC Organizao da Sociedade Civil

PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

PVD Pases em Vias de Desenvolvimento

TESE TESE Associao para o Desenvolvimento

UE/CE Unio Europeia / Comisso Europeia

UNICEF Fundo das Naes Unidas para as Crianas

USAID Agncia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional


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ndice

ndice

Sumrio Executivo ........................................................................................................................... 5

Enquadramento ................................................................................................................................ 8

1.A Anlise das linhas de financiamento ....................................................................................... 9

1.A.1 Definio e mbito ............................................................................................................ 9

1.A.2 Metodologia .................................................................................................................... 11

1.A.3 Principais Resultados ..................................................................................................... 13

(1) Que financiamentos esto (regularmente) disponveis para apoiar directamente asONGD Portuguesas a implementarem os seus projectos de CD? ........................................... 13

(2) Como funcionam os financiamentos? ................................................................................ 21

1.A.4 Concluses ..................................................................................................................... 24

1.B Anlise das ONGD ................................................................................................................ 25

1.B.1 Definies e mbito ........................................................................................................ 25

1.B.2 Medodologia ................................................................................................................... 26

1.B.3 Principais Resultados ..................................................................................................... 27

(0) Como se caracteriza a ONGD Portuguesa tpica? ........................................................... 27

(1) Quais as razes que limitam o acesso das ONGD a financiamentos? ............................... 29

(2) Quais as efectivas competncias para lidar com mais/melhores financiamentos? ............. 32

(3) Que formaes existem que podem apoiar as ONGD a ultrapassar essas limitaes? ..... 34

1.B.4 Concluses ..................................................................................................................... 40Concluso geral e prximos passos ............................................................................................... 42

Anexos ........................................................................................................................................... 44


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Sumrio Executivo

Oportunidades de Financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento das ONGD 5 / 49& criao de um Fundo de Preparao de Projectos Verso Final 9 Outubro de 2009

Sumrio Executivo

O presente documento apresenta as concluses preliminares do estudo elaborado pela TESE

Associao para o Desenvolvimento, no mbito do Grupo de Trabalho de financiamento do Frum

da Cooperao para o Desenvolvimento, destinado a identificar oportunidades de financiamento

para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento (CD), implementados por ONGD

Portuguesas, e avaliar a viabilidade da criao de um fundo sustentvel para apoiar as ONGD a

aceder e gerir novos e inovadores financiamentos. Este trabalho, financiado pela Fundao

Calouste Gulbenkian (FCG), Fundao EDP (FEDP) e Fundao Portugal frica (FPA), permitir

criar condies para aumentar o impacto, tanto em qualidade como em quantidade, da

interveno da cooperao portuguesa e, consequentemente, a relevncia do sector.

Este relatrio preliminar incide sobre: A) Anlise das linhas de financiamento nacionais e

internacionais disponveis para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento (CD) a

implementar por ONGD Portuguesas, B) Anlise das ONGD Portuguesas, com vista a

caracterizar as organizaes que sero potenciais beneficirias do fundo acima mencionado e a

identificao da oferta de capacitao especifica para estas organizaes.

Relativamente anlise das linhas de financiamento foram identificadas um total de 103 Linhasde financiamento provenientes de 70 instituies pblicas e privadas. Destas, 43 possibilitam o

acesso directo por parte de uma ONGD Portuguesa como entidade promotora, atravs de

candidaturas regulares para implementao de projectos de Cooperao para o Desenvolvimento.

Das 43, foi possvel identificar o envelope financeiro disponibilizado anualmente por 29 linhas de

financiamento que perfaz cerca de 5 mil milhes de Euros1, dos quais 75% provm de

organizaes dos E.U.A. O IPAD e o Programa para Actores No-Estatais da Comisso Europeia,

financiadores tpicos das ONGD representam apenas 5% deste envelope.

Relativamente anlise das ONGD Portuguesas, com base nos inquritos realizados e nas

reunies decorridas, conclui-se que a ONGD tpica2 tem uma pequena dimenso, contanto com

menos de 5 assalariados na sua sede, implementando menos de 5 projectos de CD anualmente,

1 O valor total do envelope financeiro disponibilizado anualmente apenas indicativo e deve ser tido em conta comalgumas reservas, pois i) nem todas as linhas de financiamento existentes foram analisadas, e ii) caber a cada ONGDobter e analisar informao especifica sobre os financiadores por forma a avaliar o seu alinhamento e a coerncia emrelao aos objectivos e princpios da ONGD

2

de notar que com tpica se refere ao mais frequente correspondendo tal a padro modelo onde no encaixamnecessariamente todas as organizaes.


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Sumrio Executivo


com um oramento total anual que no ultrapassa os 500.000. Concorrem predominantemente a

financiamentos do IPAD da Comisso Europeia e tm uma boa taxa de sucesso na aprovao das

suas candidaturas. Apresentam tambm um conjunto de competncias que indicam boacapacidade para gerir as suas actividades e os seus financiamentos actuais. Por outro lado, tm

conhecimento de outras fontes de financiamento aos quais no concorrem fundamentalmente por

falta de recursos para fazer identificao de projecto e elaborao das candidaturas e por terem

insuficientes dimenso e capacidade de gesto.

Quanto oferta de capacitao especifica que vise fortalecer as competncias das ONGD para

aceder a mais e melhores financiamentos, parece haver um desfasamento entre as

necessidades de formao identificadas pelas ONGD e a oferta em Portugal, nomeadamente

havendo um dfice de oferta nos temas relacionados com Financiamentos e relao com

doadores.

Apesar de se concluir que existe um conjunto de oportunidades de financiamento no utilizados

pelas ONGD, importa reflectir sobre as causas que limitam o acesso a essas oportunidades.

Cruzando a informao sobre as oportunidades de financiamento (1.A) e a realidade das ONGD

(1.B) apontam-se 5 factores que parecem destacar-se:

Desconhecimento das oportunidades No existe uma forma eficaz por exemplo atravsde uma pgina de Internet, de identificar as oportunidades de financiamento e acompanhar os

convites apresentao de propostas de projectos. H tambm uma grande diversidade de

processos de candidatura, que contribuem para dificultar o acesso e aumentam o custo de

investimento na elaborao de candidaturas.

Ausncia de uma estratgia de crescimento A diversificao de fontes de financiamento

passa por uma mudana de estratgia de muitas ONGD, que responda s mudanas do

paradigma actual de competio global e acesso universal a informao. A criao decapacidade para (re)definir estratgias, modelos e mbito geogrfico de actuao parece ser

chave no processo de acesso a financiamentos mais diversificados e de maior volume.

Distncia dos centros de deciso Apesar de uma tendncia para processos de atribuio

de financiamento cada vez mais claros e divulgados publicamente (na maior parte dos casos

na Internet), a presena continuada junto dos centros de deciso continua a ser chave para

acompanhar (e influenciar) as tendncias internacionais. Raras so as ONGD Portuguesas

que tm essa estratgia e muito menos as que parecem ter essa efectiva capacidade. A


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Enquadramento


Enquadramento

No mbito do Grupo de Trabalho de financiamento do Frum da Cooperao para o

Desenvolvimento, foi solicitado TESE a elaborao do presente estudo destinado a identificar

oportunidades de financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento (CD),

implementados por ONGD Portuguesas, e avaliar a viabilidade da criao de um fundo

sustentvel (potencialmente financiado atravs de uma parceria pblico-privada) a ser utilizado de

forma eficiente e eficaz para apoiar as ONGD a aceder e gerir novos e inovadores

financiamentos. Este trabalho, financiado pela Fundao Calouste Gulbenkian (FCG), Fundao

EDP (FEDP) e Fundao Portugal frica (FPA), permitir aumentar o impacto, tanto em qualidade

como em quantidade, da interveno da cooperao portuguesa e, consequentemente, arelevncia do sector.

Este fundo poder, posteriormente, ser alargado para passar tambm a beneficiar outras

organizaes da Sociedade Civil que implementem projectos de Cooperao para o

Desenvolvimento, como as Instituies Privadas de Solidariedade Social (IPSS), Associaes de

Desenvolvimento Local (ADL), Fundaes, entre outros.

Nesta fase 1 de Diagnstico, e tal como previsto no calendrio, procedemos a:

A. Anlise das linhas de financiamento nacionais e internacionais disponveis para

projectos de Cooperao para o Desenvolvimento (CD) a implementar por ONGD

Portuguesas. O resultado final desta anlise, constitui o Entregvel 1.A (Output),

B. Anlise das ONGD Portuguesas, com vista a caracterizar as organizaes que sero os

potenciais beneficirios do fundo acima mencionado. O resultado final desta anlise,

constitui o Entregvel 1.B (Output).

O presente documento constitui a verso final dos Entregveis 1.A e 1.B, que integrar o relatrio

intercalar entregue no dia 31 de Agosto.

Na fase 2 deste trabalho, ser desenvolvida uma proposta de Modelo de Funcionamento e

Gesto do Fundo, tendo por base as concluses da fase de diagnstico e incorporando as

concluses da anlise dos exemplos existentes de outros Fundos. A totalidade do estudo estar

concluda no final de Setembro de 2009.


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1.A Anlise das linhas de financiamento



1.A.1 Definio e mbito

A anlise das linhas de financiamento teve por objectivo responder s questes:

(1) Que financiamentos esto (regularmente) disponveis para apoiar directamente as ONGD

Portuguesas a implementarem os seus projectos de CD?

(2) Como funcionam os financiamentos?

Por uma questo de nomenclatura, foram adoptados as definies apresentadas na Tabela 1 para

os diferentes tipos de financiamentos.e financiadores.

Tabela 1 Definies adoptadas no mbito do Estudo.

Termo Definio Fonte

Subvenes As subvenes so contribuies financeiras efectuadas sob a forma deapoios a fundo perdido, concedidos a terceiras partes activas no domnioda ajuda externa. A entidade adjudicante concede subvenes paraprojectos ou actividades relacionadas com os respectivos programas deajuda externa.H duas categorias de subvenes: Para actividades: destinam-se a objectivos integrados em programas

de ajuda externa. Para funcionamento: financiam despesas de funcionamento de

organismos que perseguem objectivos de interesse geral dofinanciador ou contemplados nas suas polticas.

As subvenes baseiam-se no princpio do reembolso dos custos elegveis(custos realmente contrados pelos beneficirios e considerados

necessrios para realizar as actividades em questo). Os resultados daactividade so propriedade dos beneficirios. As subvenes estosujeitas a um acordo escrito, assinado pelas duas partes, e requeremgeralmente um co-financiamento pelo beneficirio. Uma vez que abrangemdomnios muito diversos, as condies especficas que devem serrespeitadas (elegibilidade, etc.) podem variar em funo do sector deactividade.

ComissoEuropeia3

Emprstimos Transferncias financeiras para as quais exigido um reembolso. OCDE CAD4

3http://ec.europa.eu/europeaid/work/funding/index_pt.htm

4http://www.oecd.org/document/32/0,3343,en_2649_33721_42632800_1_1_1_1,00.html#Loans


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Tabela 1 Definies adoptadas no mbito do Estudo.

Termo Definio Fonte

Agncia Bilateralde Ajuda PblicaaoDesenvolvimento

A maioria dos governos do Hemisfrio Norte possui agncias oudepartamentos - muitas vezes alojados nas respectivas embaixadas - quefornecem apoio financeiro s ONG e organizaes de base comunitria.

Para alm destas unidades ou agncias de Ajuda Pblica aoDesenvolvimento (APD), algumas embaixadas tambm gerem pequenosprogramas de subvenes a partir do escritrio do Embaixador ou deunidades de relaes externas. (ex.: IPAD, UE/CE, USAID, JICA, DfID)

BancoMundial5

Agncia dasNaes Unidas

Dado que vrios governos contribuem para as operaes das agnciasdas Naes Unidas, esses organismos designam-se multilaterais.

Frequentemente a ajuda multilateral est orientada para programas deapoio aos governos, mas muitas agncias da ONU trabalham em estreitacolaborao com as ONG. (ex.: UNICEF, PNUD, OMS)

BancoMundial6

BancoMultilateral deDesenvolvimento

Tambm so considerados multilaterais pois vrios governos contribuempara as suas operaes. Esses bancos podem ser globais ou regionais naincidncia geogrfica. Embora o seu principal negcio seja ofereceremprstimos e assessoria poltica a governos "clientes", muitas vezes osseus escritrios locais fazem pequenas doaes para ONG e organizaesde base comunitria. (ex.: Grupo Banco Mundial (IBRD, IDA, IFC, MIGA,ICSID), BID, BAfD, BAsD, BERD)

BancoMundial7

FundaoNacional/Internacional

As fundaes so entidades independentes no que toca s doaes paraONG e organizaes de base comunitria. Geralmente obtm os seusfundos a partir de doaes, benfeitores, empresas ou fundrainsigpermanente. (ex.: Calouste Gulbenkian, Aga Khan, Bill & Melinda Gates)

BancoMundial8

Outrasorganizaes

Organizaes que no se enquadram em nenhuma das categoriasanteriores.

n/a

5http://go.worldbank.org/L3OBEDPQO0

6http://go.worldbank.org/7RZ5FHPWQ0

7http://go.worldbank.org/T4HQ5BAB80

8http://go.worldbank.org/U6W4J2POL0


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1.A.2 Metodologia

Com vista a responder s duas questes definidas para esta etapa do Estudo, foi realizada umapesquisa na Internet de modo a identificar os financiamentos e detalhar a informao relevante

sobre os mesmos. Os resultados obtidos foram apresentados e debatidos com um grupo restrito

para o qual foram convidados representantes do Frum da Cooperao para o Desenvolvimento,

Fundao Calouste Gulbenkian, Plataforma das ONGD e Instituto Portugus de Apoio ao

Desenvolvimento.

O estudo foi limitado pela disponibilidade de tempo e pela informao disponvel na Internet.

Todavia considera-se que foi identificado um conjunto significativo de linhas de financiamento. Tal

incluiu:

As 10 maiores fundaes dos Estados Unidos da Amrica9, bem como as identificadas

pelo Development Education Exchange in Europe Project10;

As 5 maiores Fundaes Europeias11, bem como as identificadas pelo Development

Education Exchange in Europe Project8;

As Agncias Bilaterais dos 11 pases com maior volume de Ajuda Pblica aoDesenvolvimento em 200812 (valor efectivo para todos os destinatrios e sectores, a

preos correntes), para alm de Portugal e Sua. Partiu-se do pressuposto que os pases

com maior volume de ADP tero representaro mais oportunidades de financiamento

atravs das ONGD.

As linhas de financiamento identificadas foram triadas com base em 3 critrios:

Critrio 1 - Possibilidade de acesso directo por parte de uma ONGD Portuguesa como

entidade promotora13,

9 De acordo com o ranking da Foundation Center, tendo em conta o total de doaes disponvel nos dados financeirosmais recentes (25/06/2009) - http://foundationcenter.org/findfunders/topfunders/top100giving.html

10DEEEP Funding Opportunities, 2009 - http://www.deeep.org/fundingopportunities.html

11 De acordo com o United Nations Fund for International Partnerships (UNFIP), tendo em conta as despesas em junhode 2005 - http://www.un.org/partnerships/YStatTop20EUFdtnExp.htm

12 De acordo com o Query Wizard for International Development Statistics da OCDE - http://stats.oecd.org/qwids/

13 De notar que em vrias das linhas de financiamento excludas por este critrio, h ainda a hiptese de ONGDPortuguesas poderem ser parceiras no projecto/consrcio.


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Critrio 2 - Possibilidade de utilizao do financiamento para implementao de projectos

de Cooperao para o Desenvolvimento14,

Critrio 3 - Existncia de candidaturas regulares, isto , no uma iniciativa isolada/pontual.

S as que corresponderam a todos os critrios foram alvo de uma anlise detalhada das suas

caractersticas especficas. Sempre que possvel, para estas foi identificado o envelope financeiro

disponibilizado anualmente para projectos de CD a serem implementados por ONGD (entre outras

entidades).

14

Ficam assim excludos projectos de Educao para o Desenvolvimento, Ajuda Humanitria e projectos que nodecorram em Pases em Vias de Desenvolvimento (PVD).


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1.A.3 Principais Resultados

(1) Que financiamentos esto (regularmente) disponveis para apoiar directamente asONGD Portuguesas a implementarem os seus projectos de CD?

Foram identificadas um total de 103 Linhas de financiamento provenientes de 70 instituies

pblicas e privadas (ver Tabela 2).

Tabela 2 Resumo da totalidade das Linhas de financiamento identificadas.

103 Linhas de financiamento Pblicas e Privadas analisadas

46 Provenientes de Fundaes Nacionais ou Internacionais

43 Provenientes de Agncias Bilaterais de APDa

6 Provenientes de Bancos Multilaterais de Desenvolvimento

5 Provenientes de Agncias das Naes Unidas

3 Proveniente de outras Organizaes Internacionais

aincluindo dos 10 pases com maior volume de APD em 2008.

Das 103 linhas de financiamento identificadas, 43 linhas de financiamento cumprem os 3 critrios

definidos e foram assim analisadas em detalhe. Destas 43, apenas para 29 foi possvel identificar

com suficiente rigor o envelope financeiro disponibilizado anualmente para projectos de CD a

serem implementados por ONGD (entre outras entidades). A Tabela 3 resume a totalidade das

Linhas de financiamento identificadas e analisadas em detalhe.


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Tabela 3 - Matriz das Linhas de financiamento identificados e analisadas.

Pblicos (58) Privados (45)

Enquadra-se nombito do Estudo e

tm informaosobre a totalidade

do envelopefinanceiro anual

(29)

Agncias Bilaterais de APD

IPAD - linha de financiamento de projectos deapoio ao desenvolvimento

IPAD - Fundo da Lngua Portuguesa EC - Non-State Actors and Local Authorities in

Development EC - Thematic Programme for Environment and

sustainable management of natural resources,including energy (ENRTP)

EC - "Strengthening the role of civil society inpromoting human rights and democratic reform, insupporting the peaceful conciliation of groupinterests and in consolidating political participationand representation" European Instrument for

Democracy and Human Rights (EIDHR) EC - Youth in Action Programme (Action 3.2

Youth in the world: Cooperation with countriesother than the neighbouring countries of theEuropean Union)

EC - Investing in People Thematic Programme(2007 2013)

EC - Food Security Thematic Programme (2007 -2010)

NORAD - Norwegian Agency for DevelopmentCooperation (International Organizations andNetworks)

USAID - United States Agency for InternationalDevelopment

DfID - Department for International Development(UK) - Partnership Programme Arrangements

AFD - Agence Franaise de Developpement -Facilit dInnovation Stratgique pour les ONG(FISONG)

AFD - Agence Franaise de Developpement -Concours locaux de faible montant (CLFM)

Agncia Espanhola de Cooperao internacionalpara o Desenvolvimento (AECID) - ConvocatriaAberta e Permanente (CAP)

DfID - Department for International Development(UK) - Conflict, Humanitarian and Security Fund

L'Organisation internationale de la Francophonie Programme spcial de dveloppement (PSD)

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento

World Bank - Development Marketplace World Bank Japan Social Development Fund World Bank PostConflict Fund (PCF)

Fundaes Nacionais ou Internacionais

The MacArthur Foundation Program onGlobal Security and Sustainability

The Aga Khan Foundation Education;Rural Development; Civil Society; Cross-cutting issues (Human ResourceDevelopment, Community Participation,Gender and Development, Environment)

National Endowment for Democracy -Discretionary Grants

The King Baudoin Foundation - KingBaudouin International Development Prize

Bill and Melinda Gates Foundation - GlobalDevelopment and Global Health Programs

Ford Foundation The William and Flora Hewlett Foundation -

Global Development and PopulationPrograms

The David and Lucile Packard Foundation -Population and Reproductive HealthProgram

Fundao Portugal-frica

Outras organizaes

OPEC Fund for International Development(OFID- Grant Program).


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Enquadra-se nombito do Estudo,

mas no hinformao sobre a

totalidade doenvelope financeiro

anual

(13)


SDC - Swiss Agency for development andCooperation

EC-UN Joint Migration and Development Initiative

Agncias das NU The United Nations Democracy Fund (UNDEF) Global Environment Facilitys Small Grants

Program Global Environment Facility's Full-Sized (FSPs)

and Medium-Sized Projects (MSPs) International Fund for Agricultural Development -

Financing Facility for Remittances (FFR)

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Banco Africano de Desenvolvimento - African

Water Facility


Fundao Calouste Gulbenkian - Apoio aProjectos de Cooperao para oDesenvolvimento

The Sigrid Rausing Trust Civic andPolitical Rights Program, Womens RightsProgram, Minority Rights Program, Socialand Environmental Justice Program

The Scaife Foundations (CarthageFoundation and Sarah Scaife Foundation)

Anna Lindh Foundation Call for Long termprogrammes

Alcoa Foundation - Safe and healthychildren and families Area of Excellence;

Global Education and Workplace Skills Areaof Excellence

Open Society Initiative for Southern AfricaOSISA

Fondation de France - Sida, sant etdveloppement

SEM candidaturasregulares, isto ,so iniciativas

isoladas/pontuais(12)


ACP-EU Water Facility (ACP-EUWF) ACP-EU Energy Facility (ACP-EUEF) ACP-EU EduLink Programme JICA Japan International Cooperation Agency Netherlands - Ministry of Foreign Affairs - MDG3

Fund

Agncias das NU

The Frontlines Forum


World Bank - Education for All - Fast-trackInitiative FTI


German Marshall Fund

Outras organizaes

OECD - Organization for Economic Co-operationand Development


La Fondation AEDES Charities Aid Foundation The Atlantic Philanthropies


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SEM Possibilidadede acesso por parte

de uma ONGDPortuguesa como

entidade promotora(30)


ACP-EU EduLink Programme EC - The Euromed Youth Programme IV LOrganisation internationale de la Francophonie

Paix, dmocratie et droits de lHomme JICA Japan International Cooperation Agency BMZ - Ministry for Economic Cooperation and

Development (Germany) SIDA - Swedish International Development

Agency CIDA - Canadian International Development

Agency Cooperazione Italiana allo Sviluppo Netherlands - Ministry of Foreign Affairs - Policy

Framework for Strategic Alliances withInternational NGOs (SALIN) for 2006-2010


World Bank - Education for All - Fast-trackInitiative (FTI)

World Bank - Civil Society Fund

Outras organizaes

Fondo Galego de Cooperacin e Solidariedade


The Office Depot Foundation - Making aDifference in Childrens Lives; BuildingCommunities; Disaster Relief

The Trust for Civil Society in Central andEastern Europe (CEE Trust)

ERSTE Foundation - Social AffairesProgram; Culture Program; Europe Program

Allianz Cultural Foundation- Building Bridgesfor the Youth in Europe

The Robert Bosch Stiftung The Virtual Foundation European Cultural Foundation Artistic

Projects Grant Wellcome Trust AstraZeneca Foundation GlaxoSmithKline Foundation Lilly Endowment Inc. The Robert Wood Johnson Foundation The Andrew W. Mellon Foundation Silicon Valley Community Foundation Charities Aid Foundation The Atlantic Philanthropies Fondazione Monte dei Paschi di Siena Fondazione Cassa di Risparmio delle

Provincie Lombardi CARIPLO


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SEM Possibilidadede utilizao dofinanciamento paraimplementao deprojectos deCooperao para oDesenvolvimento(39)


EC - "Lifelong Learning" Programme EC - Europe for Citizens Programme EC - Grants and Contracts in the field of

Communications EC - LIFE+ (Financial Instrument for the

Environment) EC - DAPHNE III - Prevent and combat violence

against children, young people and women and toprotect victims and groups at risk

EC - Fundamental Rights and CitizenshipProgramme

EC - Prevention and fight against crime (ISECProgramme)

EC - Solidarity and Management of MigrationFlows Programme (European Refugee Fund,European Fund for the Integration of Third-countrynationals)

EC - Programme PROGRESS: Anti-discriminationand Diversity

EC - AMICUS Preparatory Action (Youth in Action)- CfP

EC - Intelligent Energy - Europe Programme (CfP) ESEC Prize 2009 for organised civil society JICA Japan International Cooperation Agency

Bancos Multilateriais de Desenvolvimento

World Bank - Education for All - Fast-trackInitiative (FTI)


Council of Europe - European Youth Foundation German Marshall Fund

Outras organizaes

OECD - Organization for Economic Co-operationand Development


Fundao EDP - Programa EDP Solidria The Charles Stewart Mott Foundation - Civil

Society Programme (Central/Eastern Europeand Russia Programme area)

Evens Foundation Joseph Rowntree Charitable Trust - Peace;

Racial Justice; Power and ResponsibilityProgrammes

Stefan Batory Foundation - Civic InstitutionsProgram and The East - East Program(Subprogram for European Integration)

The Open Society Institute (OSI) and theSoros foundations network Sustainability

of Human Rights and AccountabilityWatchdog NGOs in the European Union(The Human Rights and Governance GrantsProgram)

The Trust for Civil Society in Central andEastern Europe (CEE Trust)

ERSTE Foundation - Social AffairesProgram; Culture Program; Europe Program

Allianz Cultural Foundation- Building Bridgesfor the Youth in Europe

The Robert Bosch Stiftung Rockefeller Brothers Fund Western

Balkans (Democratic Practice, SustainableDevelopment)

European Programme for Integration andMigration

The Minor Foundation for Major Challenges European Cultural Foundation Artistic

Projects Grant AstraZeneca Foundation GlaxoSmithKline Foundation Lilly Endowment Inc. The Robert Wood Johnson Foundation Silicon Valley Community Foundation Charities Aid Foundation Fondazione Monte dei Paschi di Siena

As 29 Linhas de financiamento para as quais foi identificada informao sobre o envelope

financeiro, disponibilizam cerca de 5 mil milhes, para projectos de CD a serem implementados

por ONGD (entre outros). de salientar que 56% deste montante provm da USAID e 19%

provm do sector privado dos E.U.A, nomeadamente atravs de fundaes. Retirando estes dois

financiadores, o envelope financeiro disponibilizado reduz-se para cerca de 1.2 mil milhes.

A tabela abaixo (Tabela 4) apresenta valores dos envelopes financeiros de cada uma destas 29

Linhas de financiamento e ano da informao.


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Tabela 4 Envelopes financeiros conhecidos (valores aproximados) e ano de referncia.

Fonte de FinanciamentoEnvelope

Financeiro anual Ano de Referncia

USAID (EUA) 2.8 mil milhes Mdia anual

Bill and Melinda Gates Foundation - Global Developmentand Global Health Programs (EUA)

627 milhes Mdia anual (desde1994)

Ford Foundation (EUA) 246 milhes 2009

Comisso Europeia - Food Security Thematic Programme(2007 - 2010)

231 milhes 2009 (2007-2010)

Comisso Europeia - Non-State Actors and Local Authoritiesin Development

226 milhes 2009 (2007-2010)

The Aga Khan Foundation Education; Rural Development;Civil Society; Cross-cutting issues (Suca)

211 milhes Mdia anual

Comisso Europeia - Investing in People ThematicProgramme (2007 2013) 151 milhes 2009 (2007-2013)

Comisso Europeia - Thematic Programme for Environmentand sustainable management of natural resources, includingenergy (ENRTP)

120 milhes 2009 (2007-2010)

DfID - Partnership Programme Arrangements (Reino Unido) 104 milhes Mdia anual (desde2000)

AECID - Convocatria Aberta e Permanente (Espanha) 72 milhes 2009

The William and Flora Hewlett Foundation - GlobalDevelopment and Population Programs (EUA)

40 milhes 2009

World Bank Japan Social Development Fund 24 milhes Mdia anual (2000-2007)

Comisso Europeia - "Strengthening the role of civil societyin promoting human rights and democratic reform, insupporting the peaceful conciliation of group interests and inconsolidating political participation and representation"European Instrument for Democracy and Human Rights(EIDHR)

24 milhes 2008

NORAD (Noruega) 21 milhes 2009

The David and Lucile Packard Foundation - Population andReproductive Health Program (EUA)

20 milhes 2005

OPEC Fund for International Development (OFID- GrantProgram)

19 milhes 2008

DfID - Conflict, Humanitarian and Security Fund (ReinoUnido)

6.3 milhes Mdia anual

IPAD - Fundo da Lngua Portuguesa (Portugal) 5 milhes 2009

AFD - Facilit dInnovation Stratgique pour les ONG(Frana)

5 milhes Mdia anual (2007-2009)

The MacArthur Foundation Program on Global Security

and Sustainability (EUA)4.8 milhes 2009


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Tabela 4 Envelopes financeiros conhecidos (valores aproximados) e ano de referncia.

Fonte de FinanciamentoEnvelope

Financeiro anual Ano de Referncia

World Bank PostConflict Fund (PCF) 4.7 milhes Mdia anual (1997-2007)

AFD - Concours locaux de faible montant (Frana) 4 milhes 2007

World Bank - Development Marketplace 3.5 milhes 2009

IPAD - linha de financiamento de projectos de apoio aodesenvolvimento (Portugal)

2.8 milhes 2009

Comisso Europeia - Youth in Action Programme (Action 3.2 Youth in the world: Cooperation with countries other thanthe neighbouring countries of the European Union)

2.6 milhes 2009

National Endowment for Democracy - Discretionary Grants(EUA)

2 milhes 2008

L'Organisation internationale de la Francophonie Programme spcial de dveloppement (Frana)

906 mil 2008

Fundao Portugal-frica (Portugal) 272 mil Desde 1995 a 2007

The King Baudoin Foundation - King Baudouin InternationalDevelopment Prize (Blgica) 150 mil Anualmente

Para alm destes financiamentos reconhece-se ainda a existncia de outros que aqui no foram

analisados, dada a grande variabilidade dos procedimentos de acesso. Destacam-se contudo os

financiamentos directos do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) e os fundos das

Embaixadas para aces locais de cooperao para o desenvolvimento.

O Grfico 1 resume a anlise dos resultados apresentados.


20/49



Grfico 1 Resumo da anlise dos resultados.

103 linhas de financiamento identificadas

29 disponibilizam informao sobre o envelope

financeiro anual, num total de 5 mil milhes

91 linhas de financiamento COM candidaturas regulares, isto , no so

iniciativas isoladas/pontuais

65 COM possibilidade de acesso por parte de uma ONGD

Portuguesa como promotora

43 COM possibilidade de utilizao do financiamento paraimplementao de projectos de Cooperao para o

Desenvolvimento


21/49



Importa ressalvar que o nmero de linhas de financiamento e o valor indicado do envelope anual

disponvel deve ser analisado com algumas reservas. Por um lado, havero com certeza, outras

linhas de financiamento que no foram analisadas nem quantificadas, por outro lado, tambm inegvel que o acesso a estas linhas de financiamento deve ser acompanhado por um estudo

prvio do(s) financiador(es) por parte da ONGD, com vista a avaliar a coerncia do(s)

financiador(es) face aos objectivos e princpios da prpria ONGD.

O Anexo 4 a este documento (ficheiro Excel) rene informao de base sobre todas as linhas de

financiamento analisadas. Tal poder ser uma ferramenta til para uma primeira anlise, por

partes das IOMNGD, dos financiadores passveis de serem acedidas por ONGD Portuguesas para

implementao de projectos de CD, no invalidando a relevncia do estabelecimento de contactos

directos com o financiador, pesquisas de informao adicional sobre projectos apoiados

anteriormente etc.

(2) Como funcionam os financiamentos?

A tabela abaixo (Tabela 5) apresenta as Linhas de financiamento que, de entre as 43 analisadas

em detalhe, permitem oramentar custos de identificao de projecto e que no requerem co-

financiamento obrigatrio (ou no est definida a obrigatoriedade).

Tabela 5 Linhas de financiamento que permitem oramentar custos de identificao projecto e no

requerem co-financiamento obrigatrio.

Permitemoramentar custosde identificao de

projecto

No requerem co-financiamento obrigatrio

(ou no est definida aobrigatoriedade)

Agncias Bilaterais de APD 7 9

Agncias das Naes Unidas 2 2

Bancos Multilaterais de Desenvolvimento 2 3

Fundaes Nacionais ou Internacionais 4 11

Outras organizaes internacionais 0 0

As matrizes seguintes detalham a informao da Tabela 5.


22/49



Agncias Bilaterais de APDPermite oramentar custosidentificao de Projecto

No permite oramentar custosidentificao de Projecto (ou no

definido)

Co-financiamento obrigatrio

IPAD - financiamento projectos CD EC - NSA&LAEC - ENRTPEC - EIDHREC - Youth in ActionLOiF - PSDEC - Investing in PeopleEC - Food SecurityNORAD

Co-financiamento no obrigatrio (ouno definido)

IPAD - Fundo da LnguaEC-UN Joint Migration & DevelopmentAECID - CAPDfID - PPADfID - CHSFAFD - CLFM

SDCUSAIDAFD - FISONG

Agncias das Naes UnidasPermite oramentar custosidentificao de Projecto


definido)

Co-financiamento obrigatrioGEF - FSP & MSP IFAD - FFR

Co-financiamento no obrigatrio(ou no definido)

GEF SGP UNDEF

Bancos Multilaterais deDesenvolvimento Permite oramentar custos

identificao de Projecto


definido)

Co-financiamento obrigatrioBAfD AWF


WB - JSBF WB - Development MarketplaceWB - PCF


23/49



Fundaes Nacionais ouInternacionais Permite oramentar custos

identificao de Projecto


definido)

Co-financiamento obrigatrio

Sigrid Rausing TrustAnna Lindth Foundation

Fundao Calouste Gulbenkian - Apoio aProjectos CDOSISAFondation de France


Ford FoundationFundao Portugal-frica

MacArthur FoundationScaife FoundationsAga Khan FoundationNational Endowment for DemocracyAlcoa FoundationKing Baudoin FoundationBill and Melinda Gates FoundationWilliam and Flora Hewlett FoundationDavid and Lucile Packard Foundation

Outras OrganizaesPermite oramentar custosidentificao de Projecto


definido)

Co-financiamento obrigatrioOFID - Grant Program


Em anexo apresentam-se ainda os rankings dos financiadores (agncias bilateriais e fundaes

dos Estados Unidos da Amrica e Europa).


24/49



1.A.4 Concluses

Existe um envelope financeiro anual de, pelo menos, 5 mil milhes de Euros acessvel sONGD Portuguesas para implementao de projectos de cooperao para o desenvolvimento.

Existe um nmero significativo de Linhas de financiamento que no requerem co-financiamento

obrigatrio e permitem oramentar custos de identificao de projecto.

de salientar que 56% deste montante provm da USAID e 19% provm do sector privado dos

E.U.A, nomeadamente atravs de fundaes.

Excluindo estes financiamentos provenientes dos E.U.A, o envelope financeiro identificado

passa para 1.2 mil milhes de Euros. Cerca de 19% deste valor provm do IPAD (atravs dalinha de financiamento de projectos de cooperao para o desenvolvimento e do fundo da lngua

Portuguesa) e da Comisso Europeia (atravs do Programa de Actores No-Estatais e

Autoridades Locais).

Assim, considerando que as ONGD concentram grande parte do seu financiamento externo no

IPAD e na Comisso Europeia, considera-se que esto a captar uma parte significativamente

pequena dos potenciais financiamentos para o sector.

Importa ressalvar que o nmero linhas de financiamento e o valor indicado do envelope anual

disponvel deve ser analisado com alguma reserva: nem todas as linhas de financiamento

disponveis foram analisadas e haver sempre necessidade de avaliar a coerncia do financiador

face aos objectivos e princpios das ONGD.

Do contacto tido com as ONGD, reconhece-se que algumas destas oportunidades so do

conhecimento de algumas ONGD e que at algumas tentativas foram feitas no passado para

aceder, mas com sucesso relativamente limitado. Assim, importa perceber quais os factoresque,

de facto, limitam o acesso efectivo ao potencial de financiamento do sectoraqui identificado.

As concluses finais do presente documento, exploram esta questo cruzando a informao

recolhida em termos de identificao de oportunidades de financiamento e a realidade das ONGD

portuguesas analisadas no Capitulo 1.B.


25/49

1.B Anlise das ONGD


1.B Anlise das ONGD

1.B.1 Definies e mbito

A anlise das ONGD Portuguesas teve por objectivo responder s questes:

(0) Como se caracteriza a ONGD Portuguesa tpica?

(1) Quais as razes que limitam o acesso das ONGD a financiamentos?

(2) Quais as efectivas competncias para lidar com mais/melhores financiamentos?

(3) Que formaes existem que podem apoiar as ONGD a ultrapassar essas limitaes?

De notar que se procedeu identificao da oferta de formaes relevantes para as ONGD, uma

vez que se prev que o fundo a criar venha a ter uma componente de formao das ONGD, com

vista a fortalecer a sua capacidade para gerir mais e melhores financiamentos.


26/49

1.B Anlise das ONGD


1.B.2 Medodologia

Com vista a responder s questes (0) Como se caracteriza a ONGD Portuguesa tpica? (1)Quais as razes que limitam o acesso das ONGD a financiamentos? (2) Quais as efectivas

competncias para lidar com mais/melhores financiamentos?, foi realizado um inqurito por

questionrio s ONGD Portuguesas.

O IPAD tem 161 organizaes15 registadas como ONGD, das quais apenas 55 so associadas da

Plataforma Portuguesa das ONGD. A TESE enviou o questionrio para essas 55 ONGD, bem

como para a Assistncia Mdica Internacional (AMI), e obteve respostas de 17 organizaes.

Das 17 respostas obtidas incluem-se 12 das 27 ONGD financiadas, entre 2002 e 2004, pelo IPAD,

atravs do concurso para implementao de projectos de Cooperao para o Desenvolvimento

As respostas obtidas foram analisadas e foram calculadas as frequncias de cada resposta. Os

resultados foram apresentados e debatidos com um grupo restrito de ONGD, para o qual foram

convidados representantes da actual, bem como da anterior, direco da Plataforma Portuguesa

das ONGD.

Com vista a responder questo (3) Que formaes existem que podem apoiar as ONGD a

ultrapassar essas limitaes?, foi realizada uma pesquisa na Internet, apoiada por contactostelefnicos sempre que necessrio, de forma a identificar as instituies nacionais e internacionais

que promovem formaes nas reas relevantes. Foram identificadas 12 instituies que

anualmente organizam 68 cursos de formao (incluindo a Plataforma Portuguesa das ONGD).

15

Dados do IPAD de Maro de 2009(http://www.ipad.mne.gov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=111&Itemid=142)


27/49

1.B Anlise das ONGD


1.B.3 Principais Resultados

(0) Como se caracteriza a ONGD Portuguesa tpica?

Com base na anlise das respostas mais frequentes (moda) conclui-se que a ONGD Portuguesa

tpica:

Implementa 1 a 5 projectos de CD anualmente (71%);

Gere um total anual de proveitos entre 200.000,00 e 500.000 (35%);

Tem como fonte de financiamento o IPAD (88%);

Recebe um total de financiamentos para projectos de CD entre 200.000,00 e 500.000

(35%);

Em termos de recursos humanos, tem menos de 5 assalariados na sede (47%), menos de 5

expatriados (71%), menos de 5 quadros locais (35%)e conta com menos de 5 voluntrios

por ano (29%);

Tem menos de 2 assalariados envolvidos na elaborao de candidaturas a financiamentosexternos para projectos de CD (41%)

Tem necessidade de aceder a financiamentos externos para poder implementar as suas

actividades de CD (100%)

Os Grficos abaixo (2 a 4) apresentam as frequncias detalhadas.


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1.B Anlise das ONGD


0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

3.000.000

Frequncia

Total anual definanciamentos

/subsdios d edoadoresexternos parapro jectos de CD

Total de receitas/proveitos anuaisda o rganizao

Grfico 2 - Total de Proveitos vs Total Financiamentos externos para projectos de CD (mdia dos

ltimos 2 anos)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

50

Frequncia

Na sede

Expatriados

Locais

Nmero de

Voluntrios

Grfico 3 - Total de Recursos Humanos (mdia dos ltimos 2 anos).


29/49

1.B Anlise das ONGD


0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%80%

90%

100%

IPAD

Secto

r

privado/Fun

daes

ComissoEuropeia

/UnioEuropeia

Naes

Unidas

Parti

culares

Outras

organizaes

interna

cionais

Organismos

Pblicosde

pases

terceiros

Autarquias

Organismos

Pblicosde

outros

Estados-membros

daUE

Fundosprivados

noinstitu

cionais

Grfico 4 - Provenincia dos financiamentos/subsdios (mdia dos ltimos 2 anos).

(1) Quais as razes que limitam o acesso das ONGD a financiamentos?

Relativamente s razes que limitam o acesso das ONGD a financiamentos, com base na

anlise das respostas mais frequentes (moda), conclui-se que as ONGD Portuguesas:

Concorrem a financiamentos do IPAD, para projectos de CD (94%), mas tambm a

financiamentos do Sector Privado/Fundaes (88%) e da Comisso Europeia / Unio

Europeia (81%);

Tm uma taxa de aprovao das candidaturas a financiamentos entre os 51% e os 75%

(41%);

Consideram que as principais razes para as candidaturas no seram aprovadas so

insuficientes recursos alocados elaborao de candidaturas (41%) e envelopes

financeiros dos doadores demasiado "curtos" (41%);

Manifestam que lhes seria til ter acesso a mais fontes de financiamento (94%);


30/49

1.B Anlise das ONGD


Tm conhecimento de outras fontes de financiamento s quais no concorrem (82%),

nomeadamente de Outras fontes Europeias (47%) e Fundaes nacionais e

internacionais (41%);

No acedem a esses financiamentos por falta de recursos para fazer identificao de

projecto (53%), por falta de recursos para elaborar candidaturas (47%) e por terem

insuficientes dimenso e capacidade de gesto (47%);

Consideram que para ultrapassar essas dificuldades seriam benficas aces de formao

na rea daMonitorizao/Avaliao de projectos (24%)

Os Grficos abaixo (5 a 7) apresentam as frequncias detalhadas.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Monito

rizao/Avaliaode

projectos

Aces

soeMobilizaode

recursosfinanceirosparaa

realizaodeprojectos

Mark

etingsocialdasONG

ComunicaoeImagem

GestoePlaneamentode

Projectos/CicloProjecto

Gesto

financeiradoterceiro

sector(ONG)

Grfico 5 - Principais temticas sobre as quais as ONGD consideram necessitar de formao com

vista captao e gesto de mais e melhores financiamentos


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1.B Anlise das ONGD


0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

Insuficientes

recursos

alocados

elaboraode

candidaturas

Envelopes

financeirosdos

doadores

demasiado

"curtos"

Faltade

conhecimentos

tcnicosna

elaboraodo

projecto

Insuficientes

recursospara

adequada

identificaode

projecto

Inexistnciade

parceriaslocais

relevantes

Grfico 6 - Principais razes para a no aprovao de mais candidaturas a financiamentos.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Faltaderecursos

parafazer

identificao

Faltaderecursos

paraelaborar

candidaturas

Dimensoe

capacidadede

gesto

insuficientes

Dificuldadesem

co-financiaro

oramentodo

projecto

Dificuldadeem

estabelecer

parcerias

Desconhecimento

deEmpresas

Disponveisa

Financiar

Reduzida

interlocuo/

negociaocom

financiadores

Reduzida

presenano

terreno

Grfico 7 - Razes pelas quais as ONGD Portuguesas no acedem a mais fontes de financiamento.


32/49

1.B Anlise das ONGD


(2) Quais as efectivas competncias para lidar com mais/melhores financiamentos?

Relativamente s as efectivas competncias para lidar com mais/melhores financiamentos,

com base na anlise das respostas mais frequentes (moda), conclui-se que as ONGD

Portuguesas:

Possuem quadros de gesto com formao e experincia em Gesto do Ciclo de Projecto

(88%);

Produzem relatrios anuais (100%) e a grande maioria possui contabilidade organizada

(94%), e utiliza software especfico para contabilidade (88%) ver Grfico 7;

No realizam auditoria externa (apenas 17% o faz);

No possuem Manual de Gesto de Recursos Humanos (53%);

Possurem um responsvel financeiro e um responsvel de projectos bastante comum

(82%), mas no tm um responsvel logstico (apenas 24% tm) nem um responsvel de

Recursos Humanos (apenas 24% tm);

Tm um documento de estratgia definindo as orientaes quanto s reas, sectores oupases prioritrios de actuao (82%)


33/49

1.B Anlise das ONGD


0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Produzrelatrios

anuais(oramento

econtas)

Possui

contabilidade

organizada

Utilizasoftware

especficoparaa

contabilidadee

tesouraria

Mapade

indicadores

peridicopara

controlodegesto

Possuimapas

previsionaisde

controlode

tesouraria

AuditoriaExterna

Grfico 7 - Existncia de procedimentos de gesto de recursos financeiros.


34/49

1.B Anlise das ONGD

Oportunidades de Financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento das ONGD 34 / 49& criao de um Fundo de Preparao de Projectos Verso preliminar 31 Agosto de 2009

(3) Que formaes existem que podem apoiar as ONGD a ultrapassar essas limitaes?

Foram identificadas 13 organizaes que oferecem 69 cursos em temticas relevantes para as

ONGD (ver Tabela 6).

Tabela 6 - Instituies e cursos que oferecem.

Instituio formadora(PORTUGAL)

Cursos

ISU Instituto de

Solidariedade eCooperao Universitria

Gesto de Programas Voluntariado Formao Geral para o Voluntariado

Entrajuda Associaopara o Apoio a

Instituies deSolidariedade Social

GOS - Gesto de Organizaes Sociais GESTO DE SISTEMAS DE INFORMAO FINANAS PARA NO FINANCEIROS FUNDOS NACIONAIS E COMUNITRIOS I / WORKSHOP:

CANDIDATURAS A FUNDOS II CONTABILIDADE GERAL E ANALTICA PLANEAMENTO E CONTROLO DE GESTO COMUNICAO NAS ORGANIZAES

INTRODUO AO PLANEAMENTO ESTRATGICO I /WORKSHOP: PLANEAMENTO ESTRATGICO II TRABALHO EM EQUIPA I / LIDERANA E GESTO DE

EQUIPAS II INTRODUO AVALIAO DESEMPENHO I / WORKSHOP:

AVALIAO DESEMPENHO II GESTO DE RECURSOS HUMANOS GESTO DE VOLUNTRIOS

INA - Instituto Nacional deAdministrao, I.P.

DIPLOMA DE ESPECIALIZAO EM COOPERAO PARA ODESENVOLVIMENTO (DECODE)

CONTABILIDADE ANALTICA CONTABILIDADE BSICA PARA NO FINANCEIROS GESTO DE PROJECTOS CONCEPO E GESTO DE PROJECTOS GESTO DE RISCOS EM PROJECTOS TCNICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE ESTRATGIAS PARA UMA ESCRITA PROFISSIONAL EFICAZ OS PRINC.DA ESCRITA EFICAZ: COMO MELHORAR A

LEGIBILID. DOS DOCUMENTOS DIAGNSTICO DAS NECESSIDADES DE FORMAO


35/49

1.B Anlise das ONGD


16 Com base no programa de formaes previsto pela plataforma para 2009-2011.

Stone Soup

Comunicao e Marketing Financiamento sustentvel

Parcerias e redes sociais Gesto de Recursos Humanos e Desenvolvimento Humano Ciclo de Projecto Globalizao, Desenvolvimento e Ajuda Pblica ao

Desenvolvimento - Desafios e constrangimentos

Plataforma Portuguesadas ONGD16

Formao em tendncias actuais da Cooperao Internacional(modalidades da ajuda, polticas de cooperao multilaterais ebilaterais, agenda da coordenao e harmonizao)

Formao em Gesto de Projectos (de acordo com as regrasdefinidas em conjunto com o IPAD e com as regras definidas pelaUnio Europeia), preenchimento dos formulrios, quadros lgicos,relatrios de execuo e relatrios financeiros

Formao em avaliao (da organizao e de projectos) Formao em planeamento estratgico das organizaes

(misso, viso e valores base, opes estratgicas, desafiosinternos)

Formao em Gesto de Recursos Humanos, Liderana, gestode equipas e inovao social

Formao em parcerias, redes sociais e relacionamento com osstakeholders da organizao (compreender o ambiente externo,desafios externos)

Formao sobre questes legais, estatuto das ONGD e benefcios

fiscais a ele associado Formao em estratgias de comunicao e imagem Formao em tica e responsabilidade social

OGIMATECH Portugal -Consultoria Empresarial eInstitucional, SA

Introduo Gesto do Ciclo de Projecto (GCP). Identificao e Formulao de projectos segundo o Enfoque do

Quadro Lgico (EQL)

CENTROP WORKSHOP PARA O REFORO DE COMPETNCIAS EMCONSULTORIA INTERNACIONAL


36/49

1.B Anlise das ONGD


Das 69 formaes identificadas, 40 so dadas por organizaes portuguesas e as restantes 29

por organizaes europeias. H a ressalvar que a formao dada pela Entrajuda Associao

Instituio formadora(INTERNACIONAIS) Cursos

Mango - ManagementAccounting for Non-GovernmentalOrganisations

Strategic Financial Management for NGOs: Managing forFinancial Sustainability

Financial Management for Effective & Sustainable Programmes Practical Tools & Strategies for NGOs

Grant Management Essentials: How to Keep Your Donors Happy Field Accounting Essentials How to keep track of your activities Budgeting Essentials Everything you need to know about

budgeting for NGOs Budgeting for Project Proposals How to write budgets that win

funds

INTRAC In-house training(ex.: Programme Cycle Management,

Strengthening Coalitions and Networks, Participatory ProgrammeDesign)

Groupe URD Project evaluation: a tool for improvement Project management cycle

NMS - NGO ManagementSchool

Essentials of NGO Management Project Proposals for Results

Essentials of Fundraising Financial Management for Non-Finance Executives Monitoring and Evaluation Project Planning and Management with Logical Framework

Approach

BOND - British Overseas

NGOs for Development

Introduction to advocacy EU corridors of power Fundraising from trusts and foundations: persuasive writing Fundraising from charities and companies: relationship building Putting together a funding proposal Fundraising from institutions Fundraising from the public: supporter marketing Introduction to EC funding Fundraising for financial sustainability Working with Southern partners Monitoring and evaluation for accountability Introduction to project budgeting

Welcomeurope How to access European grants for projects in the ACP area


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1.B Anlise das ONGD


para o Apoio a Instituies de Solidariedade Social, sendo potencialmente teis para as ONGD,

focam-se predominantemente nas necessidades das IPSS. Por outro lado os cursos do INA -

Instituto Nacional de Administrao, I.P. so generalistas, no sendo especificamente orientadospara as ONGD e a Cooperao para o Desenvolvimento (com excepo do DECODE).

A Tabela 7 apresenta os cursos identificados agregados em 4 temas gerais: i) Advocacia e

campanhas, ii) Gesto de projectos/programas de CD, iii) Financiamentos e relao com doadores

e iv) Gesto eficaz de ONGD.


38/49

1.B Anlise das ONGD


Tabela 7 - Resumo das formaes analisadas.

Temas Formao N. cursos Nacionais Internacionais

Advocacia e campanhas 8 6 2

Gesto de projectos/programas de CD 17 8 9

Financiamentos e relao com doadores 13 2 11

Gesto eficaz de ONGD 31 24 7

TOTAL 69 40 29

Apesar de se considerar que existe uma oferta significativa de formaes relevantes para

fortalecer o desempenho das ONGD, temas como Financiamentos e relao com doadores so

ainda pouco frequentes em Portugal, sendo bastante mais frequentes os cursos que se destinam

melhoria e Gesto eficaz de ONGD.

Esta oferta no se conjuga necessariamente com a procura por parte das ONGD, de acordo com

os resultados do questionrio (Grfico 8).

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Advocacia ecampanhas

Gesto deprojectos/programas de

CD

Financiamentos erelao com doadores

Gesto eficaz deONGD

Freq

uncia

FrequnciaProcura

FrequnciaOferta

Grfico 8. Oferta de formao vs. Procura pelas ONGD


39/49

1.B Anlise das ONGD


No foi analisada a qualidade e a frequncia efectiva das formaes eventualmente poderia ser

interessante faz-lo, de forma a validar a informao recolhida, mas no no mbito deste estudo.


40/49

1.B Anlise das ONGD


1.B.4 Concluses

Em concluso, considera-se 4 elementos essncias que caracterizam as ONGD Portuguesastpicas:

As ONGD em Portugal so na sua maioria de pequena dimenso, com menos de 5

assalariados na sua sede. Tm menos de 5 expatriados, menos de 5 elementos locais e

menos de 5 voluntrios. Implementam no mximo 5 projectos de CD anualmente, com um

oramento total anual que no ultrapassa os 500.000.

A vasta maioria das ONDG portuguesas concorre predominantemente a financiamentos

do IPAD da Comisso Europeia e tm uma boa taxa de sucesso na aprovao das suas

candidaturas.

Consideram til o acesso a mais fontes de financiamento e tm conhecimento de outras

fontes de financiamento. No entanto, no concorrem fundamentalmente por falta de

recursos para fazer identificao de projecto e elaborao das candidaturas e por terem

insuficientes dimenso e capacidade de gesto.

Apesar das ONGD em Portugal apresentarem um conjunto de competncias que indicam

boa capacidade para gerir as suas actividades e os seus financiamentos actuais,

todavia, a sua pequena dimenso pode limitar a capacidade de acompanhar o aumento de

exigncias decorrentes do acesso a mais e melhores financiamentos.

No parece haver uma relao evidente entre o que as ONGD apontam como razes

para a no aprovao das candidaturas falta de recursos para elaborao de

candidaturas e as necessidades de formao indicadas Gesto de projectos/programas

de CD, quando seria de esperar uma maior procura de cursos relacionados com

Financiamentos e relao com doadores.

Em relao oferta de aces de formao que possam contribuir para um aumento de

competncias das ONGD conclui-se que

Existe uma oferta relevante de cursos de formao em temas potencialmente teis para as

ONGD, mas em Portugal temas relacionados com Financiamentos e relao com doadores

so ainda pouco tratados (apenas 15% da oferta existente).


41/49

1.B Anlise das ONGD


Parece haver um desfasamento entre as necessidades de formao identificadas pelas

ONGD e a oferta em Portugal, nomeadamente nos cursos relacionados com

Financiamentos e relao com doadores e Gesto eficaz de ONGD.

Assim, conclui-se que a criao de um mecanismo que permita s ONGD ter acesso a i) mais

recursos para a identificao e concepo de projectos de CD, e ii) formaes que possibilitem o

acesso e posterior gesto de novos e mais financiamentos, poder contribuir para um aumento

da dimenso (e da qualidade) do trabalho destas organizaes o que se traduzir num maior

impacto das suas actividades. Para alem disso, tal contribuir, tambm, para o alargamento da

interveno da sociedade civil, neste caso as ONGD, e para uma maior proeminncia e

visibilidade dos temas ligados Cooperao para o Desenvolvimento Internacional.


42/49

Concluso geral e prximos passos



Desta componente do trabalho conclui-se que existe de facto um conjunto significativo de

oportunidades de financiamento que, apesar de serem passveis de serem captados por ONGD

Portuguesas, de facto no o so. Essas oportunidades podem ser quantificadas em pelo menos 5

mil milhes de Euros em termos globais, sendo que 75% deste valor provem de entidades dos

E.U.A.

Por outro lado, em Portugal a ONGD tpica apesar de registar um currculo de interveno slido

na rea da Cooperao para o Desenvolvimento, e competncias e ferramentas de trabalho

apropriadas, tem uma dimenso relativamente reduzida e uma grande concentrao nasoportunidades de financiamento provenientes do IPAD e da Comisso Europeia (via Actores No

Estatais), que representam apenas 5% do envelope financeiro das oportunidades identificadas

neste trabalho.

Assim, importa explorar os factores que limitam o acesso efectivo ao potencial de financiamento

do sector aqui identificado. Cruzando a informao recolhida em termos de identificao de

oportunidades de financiamento (1.A) e a realidade das ONGD portuguesas (1.B.), apontam-se 5

factores que se parecem destacar, entre as causas que limitam o acesso a um maior volume e afontes mais diversas de financiamento: Desconhecimento das oportunidades Seguramente algumas das oportunidades de

financiamento existentes no so do conhecimento das ONGD, pois no existe uma forma

eficaz por exemplo atravs de uma pgina de Internet, de as identificar e acompanhar os

convites apresentao de propostas de projectos. H tambm uma grande diversidade de

processos de candidatura, que contribuem para dificultar o acesso e aumentam o custo de

investimento na elaborao de candidaturas.

Ausncia de uma estratgia de crescimento A diversificao de fontes de financiamento

passa por uma mudana de estratgia de muitas ONGD, que responda s mudanas do

paradigma actual de competio global e acesso universal a informao. A criao de

capacidade para (re)definir estratgias, modelos e mbito geogrfico de actuao parece ser

chave no processo de acesso a financiamentos mais diversificados e de maior volume.

Distncia dos centros de deciso Apesar de uma tendncia para processos de atribuio

de financiamento cada vez mais claros e divulgados publicamente (na maior parte dos casosna Internet), a presena continuada junto dos centros de deciso continua a ser chave para


43/49



acompanhar (e influenciar) as tendncias internacionais. Raras so as ONGD Portuguesas

que tm essa estratgia e muito menos as que parecem ter essa efectiva capacidade. A

participao em redes de plataformas internacionais e o envolvimento de organizaespblicas e privadas capazes de apoiar o exerccio dessa presena e lobby essencial.

Falta de escala e de reconhecimento (inter)nacional das ONGD Portuguesas Apesar de

vrias ONGD portuguesas terem j um Curriculum muito relevante de actuaes na rea da

Cooperao para o Desenvolvimento, ainda no atingiram uma dimenso e um grau de

reconhecimento, nomeadamente a nvel internacional, que facilite o acesso a novos

financiadores. Tal tambm agravado pela ausncia nos centros de deciso j referida. A

criao de parcerias entre ONGD portuguesas, bem como a associao a ONGD ou outras

entidades internacionais reconhecidas, poder ser uma forma de facilitar o acesso a novos

financiamentos. Tal poder passar pela identificao das vantagens competitivas (pelo seu

perfil, experincia nos pases de actuao, domnio da lngua/cultura locais etc) que possam

oferecer nestas parcerias.

Escassez de recursos manifesto que as ONGD portuguesas tm recursos escassos, o

que inevitavelmente as empurra para o ciclo limitador do crescimento, i.e. porque os recursos

so escassos, reduzida a capacidade de diversificar processos e arriscar em novos modelos

e oportunidade de financiamento, logo no ganham escala nem reconhecimento, nem

reduzem a vulnerabilidade financeira. Tal tem ainda como consequncia o no

reconhecimento das ONGD e do tema da Cooperao para o Desenvolvimento, da sociedade

em geral, do poder poltico ou at dos desempregados qualificados que necessitam que

encontram novas oportunidades. A criao de mecanismos que permitam mitigar o risco de

investimento para aceder a novos financiamentos poder contribuir para sair deste ciclo

limitador do crescimento.

Desta forma, conclui-se que uma ferramenta que articule componentes que respondam aos 5

pontos acima mencionados, poder contribuir para efectivamente alavancar o acesso a

mais e melhores financiamentos para projectos de CD a implementar por ONGD, bem como a

sua eficaz gesto e aplicao, aumentando assim o impacto deste sector.

Tal ser explorado no prximo passo deste estudo, onde se avaliar a viabilidade e o modelo de

actuao de tal ferramenta.


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Anexos


Anexos

1. Ranking de doadores bilaterais

2. Ranking de Fundaes Norte Americanas

3. Ranking de Fundaes Europeias

4. Lista e informao base sobre as linhas de financiamento analisadas (apenas em verso

electrnica)


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Anexos

Oportunidades de Financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento das ONGD i& criao de um Fundo de Preparao de Projectos Verso preliminar 31 Agosto de 2009

Anexo 1. Ranking de doadores bilaterais

Rank Country Total ODA in 2007 (USDmillion) Total ODA in 2008 (USDmillion)

1 United States* $21.786,90 $26.008,41

2 Germany* $12.290,70 $13.910,18

3 United Kingdom* $9.848,54 $11.408,71

4 France* $9.883,59 $10.956,92

5 Japan* $7.678,95 $9.362,15

6 Netherlands* $6.224,26 $6.992,50

7 Spain* $5.139,80 $6.685,91

8 Sweden* $4.338,94 $4.729,84

9 Canada* $4.079,69 $4.725,0810 Italy* $3.970,62 $4.443,59

11 Norway* $3.728,02 $3.967,19

12 Australia $2.668,52 $3.166,20

13 Denmark $2.562,23 $2.800,02

14 Belgium $1.952,83 $2.380,66

15 Switzerland* $1.689,16 $2.015,78

16 Austria $1.808,46 $1.681,00

17 Ireland $1.192,15 $1.324,50

18 Finland $981,34 $1.139,12

19 Greece $500,82 $692,87

20 Portugal* $470,54 $613,71

21 Luxembourg $375,53 $408,82

22 New Zealand $319,80 $346,32

23 Saudi Arabia $2.078,73 n/a

24 Korea $699,06 n/a

25 Turkey $602,24 n/a

26 Chinese Taipei $514,00 n/a

27 United Arab Emirates $429,41 n/a

28 Poland $362,84 n/a29 Other donors $255,32 n/a

30 Czech Republic $178,88 n/a

31 Israel $111,00 n/a

32 Kuwait $110,07 n/a

33 Hungary $103,49 n/a

34 Slovak Republic $67,20 n/a

35 Iceland $48,24 n/a

* Analisados no mbito do estudo.

Fonte: OECD - QWIDS - Query Wizard for International Development Statistics


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Anexos

Oportunidades de Financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento das ONGD ii& criao de um Fundo de Preparao de Projectos Verso preliminar 31 Agosto de 2009

Anexo 2. Ranking de Fundaes Norte Americanas

The list below includes the 100 largest U. S. grantmaking foundations ranked by total giving, based on themost current audited financial data as of June 25, 2009. Total giving figures include grants, scholarships,employee matching gifts, and other amounts reported as "grants and contributions paid during the year" onthe 990-PF tax form. Total giving does not include all qualifying distributions under the tax law, e.g., loans,program-related investments, and program or other administrative expenses (Fonte: The FoundationCenter).

Rank Name/(state)Total Giving

(USD)

As of FiscalYear End

Date

1. Bill & Melinda Gates Foundation (WA) 2.011.675.000 12/31/2007

2. AstraZeneca Foundation (DE) 612.000.000 12/31/2008

3. The Ford Foundation (NY) 526.464.000 09/30/2008

4. The William and Flora Hewlett Foundation (CA) 379.400.000 12/31/20085. GlaxoSmithKline Patient Access Programs Foundation (NC) 344.193.427 12/31/2007

6. Lilly Endowment Inc. (IN) 336.551.359 12/31/2008

7. The Robert Wood Johnson Foundation (NJ) 329.322.323 12/31/2007

8. The David and Lucile Packard Foundation (CA) 301.979.479 12/31/2008

9. The Andrew W. Mellon Foundation (NY) 300.198.561 12/31/2007

10. Silicon Valley Community Foundation (CA) 291.096.834 12/31/2008

11. Gordon and Betty Moore Foundation (CA) 290.694.047 12/31/2007

12. W. K. Kellogg Foundation (MI) 272.511.561 08/31/2008

13. The Annenberg Foundation (CA) 266.898.723 06/30/2008

14. Janssen Ortho Patient Assistance Foundation, Inc. (NJ) 259.736.936 12/31/2007

15. The Bristol-Myers Squibb Patient Assistance Foundation, Inc. (NY) 235.562.386 12/31/2007

16. John D. and Catherine T. MacArthur Foundation (IL) 231.856.772 12/31/2007

17. Walton Family Foundation, Inc. (AR) 218.864.851 12/31/2007

18. California Community Foundation (CA) 216.019.934 06/30/2008

19. Genentech Access To Care Foundation (CA) 215.418.960 12/31/2007

20. The Starr Foundation (NY) 207.284.873 12/31/2007

21. The Susan Thompson Buffett Foundation (NE) 202.684.478 12/31/2007

22. Greater Kansas City Community Foundation (MO) 192.905.943 12/31/2007

23. The Annie E. Casey Foundation (MD) 192.006.321 12/31/200724. The Bank of America Charitable Foundation, Inc. (NC) 188.236.685 12/31/2007

25. The Kresge Foundation (MI) 181.439.048 12/31/2008

26. Sanofi-Aventis Patient Assistance Foundation (NJ) 177.414.396 12/31/2007

27. Lilly Cares Foundation, Inc. (IN) 175.211.475 12/31/2007

28. The Lincy Foundation (CA) 170.728.247 09/30/2008

29. The Roche Patient Assistance Foundation (NJ) 170.175.708 12/31/2007

30. The New York Community Trust (NY) 166.053.450 12/31/2007

31. The Duke Endowment (NC) 164.837.762 12/31/2007

32. The Rockefeller Foundation (NY) 162.956.223 12/31/2007

33. Merck Patient Assistance Program, Inc. (NJ) 161.500.000 12/31/200734. Wyeth Pharmaceutical Assistance Foundation (NJ) 142.044.959 12/31/2007


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Anexos

Oportunidades de Financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento das ONGD iii& criao de um Fundo de Preparao de Projectos Verso preliminar 31 Agosto de 2009


(USD)


Date

35. The California Endowment (CA) 140.510.981 02/28/200836. Charles Stewart Mott Foundation (MI) 135.868.710 12/31/2007

37. Eli & Edythe Broad Foundation (CA) 127.304.000 12/31/2007

38. John S. and James L. Knight Foundation (FL) 121.267.122 12/31/2007

39. The T. Boone Pickens Foundation (TX) 120.425.524 12/31/2007

40. Robert W. Woodruff Foundation, Inc. (GA) 116.867.936 12/31/2008

41. The Chicago Community Trust (IL) 115.544.031 09/30/2007

42. Wal-Mart Foundation (AR) 110.895.707 01/31/2008

43. The Columbus Foundation and Affiliated Organizations (OH) 110.778.929 12/31/2007

44. Donald W. Reynolds Foundation (NV) 110.375.900 12/31/2008

45. Richard King Mellon Foundation (PA) 109.215.672 12/31/200746. Foundation for the Carolinas (NC) 106.345.459 12/31/2007

47. Carnegie Corporation of New York (NY) 101.314.879 09/30/2008

48. The Harry and Jeanette Weinberg Foundation, Inc. (MD) 99.570.742 02/29/2008

49. The Wachovia Foundation, Inc. (NC) 96.909.222 12/31/2007

50. The San Francisco Foundation (CA) 96.511.000 06/30/2008

51. Citi Foundation (NY) 96.422.843 12/31/2007

52. Doris Duke Charitable Foundation (NY) 95.711.333 12/31/2007

53. The Michael and Susan Dell Foundation (TX) 95.250.084 12/31/2007

54. The McKnight Foundation (MN) 93.643.806 12/31/2007

55. GE Foundation (CT) 91.486.393 12/31/2007

56. The Community Foundation for the National Capital Region (DC) 91.206.281 03/31/2008

57. Boehringer Ingelheim Cares Foundation, Inc. (CT) 90.200.348 12/31/2007

58. Tulsa Community Foundation (OK) 87.148.870 12/31/2007

59. Open Society Institute (NY) 83.442.116 12/31/2007

60. Genzyme Charitable Foundation, Inc. (MA) 82.315.884 12/31/2007

61. The JPMorgan Chase Foundation (NY) 78.932.087 12/31/2007

62. Boston Foundation, Inc. (MA) 78.664.000 06/30/2008

63. Communities Foundation of Texas, Inc. (TX) 76.888.000 06/30/2008

64. ExxonMobil Foundation (TX) 75.214.761 12/31/200765. The Community Foundation for Greater Atlanta, Inc. (GA) 74.491.445 12/31/2007

66. Ewing Marion Kauffman Foundation (MO) 74.166.806 12/31/2007

67. Alfred P. Sloan Foundation (NY) 72.474.880 12/31/2007

68. Arizona Community Foundation (AZ) 70.383.000 03/31/2008

69. The Cleveland Foundation (OH) 70.130.377 12/31/2007

70. The James Irvine Foundation (CA) 69.315.228 12/31/2008

71. The Wallace Foundation (NY) 68.770.717 12/31/2007

72. John Templeton Foundation (PA) 68.615.314 12/31/2007

73. W. M. Keck Foundation (CA) 67.889.763 12/31/2007

74. The Ave Maria Foundation (MI) 67.775.925 12/31/2007

75. Adelson Family Foundation (MA) 67.525.638 12/31/2007


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Anexos

Oportunidades de Financiamento para projectos de Cooperao para o Desenvolvimento das ONGD iv& criao de um Fundo de Preparao de Projectos Verso preliminar 31 Agosto de 2009


(USD)


Date

76. Houston Endowment Inc. (TX) 66.260.835 12/31/200777. The East Bay Community Foundation (CA) 65.176.217 06/30/2008

78. The Denver Foundation (CO) 65.127.294 12/31/2007

79. Wells Fargo Foundation (CA) 64.359.430 12/31/2006

80. The Brown Foundation, Inc. (TX) 64.308.170 06/30/2008

81. The Sherwood Foundation (NE) 63.225.776 12/31/2007

82. The Anschutz Foundation (CO) 63.076.654 11/30/2007

83. The William Penn Foundation (PA) 61.644.970 12/31/2007

84. Marin Community Foundation (CA) 60.802.431 06/30/2008

85. The Freedom Forum, Inc. (DC) 60.798.719 12/31/2007

86. The California Wellness Foundation (CA) 60.560.833 12/31/200787. Johnson & Johnson Family of Companies Contribution Fund (NJ) 58.734.462 12/31/2007

88. Greater Houston Community Foundation (TX) 58.380.000 12/31/2007

89. The Heinz Endowments (PA) 58.267.054 12/31/2007

90. AT&T Foundation (TX) 57.772.461 12/31/2007

91. Omaha Community Foundation (NE) 57.627.570 12/31/2007

92. The Seattle Foundation (WA) 57.603.017 12/31/2007

93. BP Foundation, Inc. (IL) 57.384.701 12/31/2007

94. Howard G. Buffett Foundation (IL) 57.123.103 12/31/2007

95. The Robert W. Wilson Charitable Trust (NY) 55.735.488 12/31/2007

96. The Burnett Foundation (TX) 55.119.137 12/31/2007

97. Richard and Rhoda Goldman Fund (CA) 53.581.755 12/31/2007

98. Lumina Foundation for Education, Inc. (IN) 53.394.000 12/31/2008

99. The San Diego Foundation (CA) 52.906.000 06/30/2008

100. Community Foundation for Southeast Michigan (MI) 51.279.257 12/31/2007


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Anexos

Anexo 3. Ranking de Fundaes Europeias

Top 20 European Foundations Ranked by Expenditure - as of June 2005 (Fonte: United Nations Fund forInternational Partnerships - UNFIP)

Rank Name of Foundation YearExpenditure

(EUR)

1. The Wellcome Trust (UK) 2003 806.000.000

2. Charities Aid Foundation (UK) 2004 294.600.000

3. Atlantic Philanthropies (Ireland) 2003 273.700.000

4. Fondazione Monte dei Paschi di Siena (Italy) 2003 162.400.000

5. Fondazione Cassa di Risparmio delle Provincie Lombarde (Italy) 2004 144.100.000

6. Stichting NOVIB (Netherlands) 2003 134.700.000

7. Campagnia di San Paolo (Italy) 2004 131.600.0008. Stifterverband fuer die Deutsche Wissenschaft (Germany) 2004 130.000.000

9. Fondation de France (France) 2003 116.700.000

10. Volkswagenstiftung (Germany) 2004 100.500.000

11. Fundacao Calouste Gulbenkian (Portugal) 2004 100.100.000

12. Fundacion ONCE (Spain) 2004 90.900.000

13. Fondazione Cassa di Risparmio di Torino (Italy) 2002 74.500.000

14. Bertelsmann Stiftung (Germany) 2002 63.000.000

15. Robert Bosch Stiftung GmbH (Germany) 2004 63.000.000

16. Deutsche Bundesstiftung Umwelt (Germany) 2003 51.000.000

17. Deutsche Bank Stiftung (Germany) 2001 45.000.00018. King Baudouin Foundation (Netherlands) 2004 41.100.000

19. Fondazione Cassa di Risparmio di Roma (Italy) 2004 33.200.000

20. Lloyds TSB Foundation for England and Wales (UK) 2001 32.300.000

Documents

financiamento ong