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 1 FUNDAMENTOS DA MEDICINA TIBETANA Volume II

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FUNDAMENTOS

DA

MEDICINA

TIBETANA

Volume II

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FUNDAMENTOS

DA MEDICINA

TIBETANA

de acordo com a obra rGyud-bzi 

Volume II

Elizabeth Finckh

Traduzido por:Williams Ribeiro de Farias

e Dra. Yeda Ribeiro de Farias

Editora Chakpori 

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Título original: Foundations of Tibetan Medicine Vol. II

 © 1978, Robinson and Watkins Books Ltd.

Direitos autorais adquiridos pelaEditora Chakpori

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PREFÁCIO

Durante toda sua história o Ocidente tem mostradouma saudável curiosidade e um vivo interesse nasabedoria e na filosofia do Oriente. O Tibete foi,especialmente, objeto de intensa especulação e suaposição extremamente isolada, aliada à política dedesencorajamento aos estrangeiros, seduziuimensamente a imaginação e o romantismo.

Mas foram também as pessoas no Ocidente,estudantes, cientistas, escritores, historiadores emédicos quem manifestaram uma qualidade admirávelde seriedade em suas tentativas de compreender omundo asiático. Estes esforços pioneiros para descobrir,

interpretar e avaliar o tesouro cultural do Tibete têmcrescido enormemente desde 1959, quando o país foiinvadido e ocupado pela China.

É no campo da medicina tibetana que os cientistasOcidentais têm realizado, recentemente, numerososprojetos, envolvendo a tradução e a interpretação dostextos e tratados médicos. Esta iniciativa deu origem àa maiores possibilidades de contato e comunicação doque o existente anteriormente no Tibete. Foi causado

também por um desejo de conservar e preservar amedicina tibetana como parte de uma rica herançacultural que está sendo atualmente influenciada pelaChina.

A Dra. Finckh é talvez a primeira médica Ocidentala traduzir e interpretar os principais textos da medicina

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tibetana para uma língua Ocidental. Ela tem o mérito de

haver estudado na Tibetan Medical School emDharamsala sob a experiente orientação de médicostibetanos em 1962. Foi com o auxílio destes médicosque os principais textos foram traduzidos e explicados.

A medicina tibetana hoje goza de um rápido ecrescente interesse e reputação entre os médicosOcidentais. A ciência da medicina tibetana e suapraticabilidade está agora sendo reconhecida.

Congratulo a autora pelos seus esforços diligentes

e louváveis para propagar a medicina tibetana e desejo-lhe todo sucesso e bem-aventurança em seu nobreempreendimento.

DALAI LAMA6 de Março de 1972

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ÍNDICE

PREFÁCIO..................................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO E AGRADECIMENTOS ............................................................................... 7 CAPÍTULO UM  O SISTEMA DA MEDICINA TIBETANA ............................ 11 ANATOMIA ................................................................................................................ 19 FISIOLOGIA................................................................................................................ 23 PATOLOGIA ............................................................................................................... 28 CAPÍTULO DOIS  DIAGNÓSTICO ................................................................. 32 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 32 A) BLOCO DE IMPRESSÃO ........................................................................................... 36 B) TRANSLITERAÇÃO DO TEXTO ................................................................................. 38 C) TRADUÇÃO DO TEXTO............................................................................................ 39 D) APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 44 E) MÉTODOS DIAGNÓSTICOS ...................................................................................... 51 

1. Observação ..................................................................................................... 54 2. Palpação .......................................................................................................... 60 3. Questionamento (Anamnese) ........................................................................... 72 

CAPÍTULO TRÊS  TERAPÊUTICA................................................................. 77 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 77 A) BLOCO DE IMPRESSÃO ........................................................................................... 81 B) TRANSLITERAÇÃO DO TEXTO ................................................................................. 83 C) TRADUÇÃO DO TEXTO............................................................................................ 84 D) APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 91 E) MÉTODOS DE TRATAMENTO................................................................................. 105 

1. Nutrição ......................................................................................................... 105 2. Comportamento.............................................................................................. 110 3. Medicamentos ................................................................................................ 115 4. Tratamentos ................................................................................................... 128 

CAPÍTULO QUATRO  TIPOS CONSTITUCIONAIS ..................................... 145 1. Natureza e temperamento em geral ................................................................. 146  2. Condições que geralmente dão origem às doenças .......................................... 147  3. As Características do Sistema......................................................................... 147 

 CAPÍTULO CINCO  O LIVRO RGYUD-BZHI................................................ 149 CAPÍTULO SEIS  PESQUISA NA MEDICINA TIBETANA ....................... 155 TÍTULOS DOS TRABALHOS ........................................................................................ 161 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 164 

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INTRODUÇÃO E AGRADECIMENTOS

Não há dúvidas sobre o fato da medicina tibetanater despertado grande interesse no Ocidente. Noentanto, precisamente por esta razão, seria muitoperigoso, particularmente em uma época como a nossana qual estamos prontamente dispostos a experimentaras práticas Orientais e “drogas milagrosas”, adotar sem

críticas, fragmentos separados do significativo Sistemade Medicina Tibetana ou levantar, precocemente, aquestão de sua aplicabilidade. Primeiramente, é deprimordial importância que os fundamentos teóricos damedicina tibetana e sua circunstância filosófica sejacuidadosamente estudada.

Nos Fundamentos da Medicina Tibetana, Volume1, apontamos para o fato de que, quando a acupuntura,um outro método de tratamento asiático que tem

adquirido reconhecimento acadêmico em universidadese que está sendo colocada em prática, foi introduzida noOcidente, diversos erros foram cometidos: o auxílio deSinologistas na tradução dos mais importantes trabalhosmédicos chineses foi solicitado tarde demais; estemétodo de tratamento foi colocado em prática cedodemais; muito tempo foi gasto com desnecessáriasespeculações filosóficas e, finalmente, não havia desdeo início qualquer terminologia médica adequada. Estes

erros não devem ser repetidos com a medicina tibetana.Portanto, nosso primeiro passo deve ser estabeleceruma terminologia médica realizada a partir das fontesdisponíveis e tornada clara com o auxílio eaconselhamento de médicos tibetanos e tibetologistas.

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Por esta razão, demos início no Volume 1 à

compilação de alguns fundamentos da medicinatibetana. O estudo destes fundamentos, um capítulosobre os autores, sobre importantes trabalhos médicos eum esboço do conteúdo do tratado padrão sobremedicina tibetana, o rGyud bzi  (Quatro Tratados), trazao leitor do Volume 1, através da transliteração, datradução e da apresentação dos textos, a organizaçãodo sistema da medicina tibetana o qual consiste de trêsraízes: a organização das partes do corpo, o diagnóstico

e a terapêutica. Através da tradução dos textos, foipossível chegar à terminologia médica e descobrir oprincípio da medicina tibetana – uma consistente divisãoem três partes  – e o fato de que a medicina tibetana éuma doutrina de constituição.

O objetivo deste volume é expandir a terminologiamédica, tomando novamente textos do rGyud bzi comobase. No Volume 1, os 88 termos da Raiz A =Organismo Doente e Saudável foram deduzidos (rGyud 

bzi , Parte I, Capítulo 3). Neste Volume, devemos nosconcentrar nos textos referentes às duas outras raízes,Diagnóstico = Raiz B e Terapêutica = Raiz C. Os blocosde impressão serão trabalhados da mesma forma queno Volume 1 (transliteração, tradução e apresentação)de modo a analisar por completo a terminologia médicaderivada dos textos e englobando as nove disciplinas damedicina tibetana. Ao todo, devemos então definir 283termos: 3 raízes, 9 troncos, 47 ramos e 224 folhas.

Para esquematizarmos a apresentação das novedisciplinas devemos utilizar o sistema da medicinatibetana como guia porque com seu auxílio, é possívelver claramente a estrutura da medicina tibetana.

O seguinte material será utilizado para brevesdescrições das nove disciplinas:

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1. Os trabalhos relacionados no apêndice Título dos

Trabalhos.2. P.A. Badmaev Glavnoe rukovodstovo po vracebnoj 

nauke Tibeta Zud si v novom perevode P. A.Badmaeva s ego vvedeniem, raz‟jasnjajuscim osnovy tibetskoj vracebnoj nauki. St. Petersburg, 1903.Conseguimos uma tradução alemã deste trabalhorusso que é uma tradução parcialmente resumida dasPartes 1 e 2 do rGyud bzi .

3. Csoma de Körös Analysis of a Tibetan Work  (em:

Journal of the Asiatic Society of Bengal , 4, 1835, págs.1-20)

4. Instrução oral e material escrito, as muitas tabelas dosmédicos tibetanos  – pelas quais devo agradecer aomeu professor tibetano, Yeshe Donden, e seusalunos, Jhampa Kelsang e Barry Clark.

5. Agradeço ao Prof. R. E. Emmerick pela gentileza depermitir que eu utilizasse sua tradução inglesa devários capítulos do rGyud bzi  ainda não publicada.

Utilizei os capítulos 4 e 5 (rGyud bzi , Parte 1) quaseque palavra por palavra de sua tradução porque seriapresunçoso e, além disso, quase impossível para mimtentar fazer minha própria tradução destes textosextremamente difíceis considerando meu atualconhecimento da língua tibetana que, apesar de termelhorado, é ainda insuficiente. Gostaria de expressarmeus agradecimentos ao Sr. Andrew Craston quetraduziu grande parte deste Volume.

Apesar de não estar dentro da abrangência destetrabalho descrever a prática da medicina tibetana – esteassunto será desenvolvido no Volume 3  – seránecessário discutirmos brevemente alguns métodosdiagnósticos e tratamentos externos. Gostaria deenfatizar que os métodos diagnósticos e terapêuticos

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podem ser aplicados satisfatoriamente apenas depois

que os princípios teóricos forem estudados em detalhese sob a completa supervisão de médicos tibetanos.

A medicina tibetana não é uma técnica qualquerque possa ser aprendida em um curso relâmpago. Umaaplicação prematura e sem críticas de certos métodospoderia resultar em um aniquilamento da medicinatibetana, transformando-a em um outro tipo de medicinaalternativa. Minha intenção ao escrever este livro étornar claro que a medicina tibetana, com todos seus

fascinantes e valiosos discernimentos, deve sercuidadosamente estudada e examinada, podendo destaforma ser preservada.

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Capítulo Um O SISTEMA DA MEDICINATIBETANA

Os tibetanos desenvolveram seu próprio sistemade medicina, individual e único, pois nenhum outrosistema de medicina é organizado desta maneira.

Quando observamos especificamente os númerosassociados a este sistema, devemos nos lembrar do fato

de que ele possui muitas e variadas influências, algumasparticularmente fortes, como a indiana, a chinesa e abudista. O caráter especial da medicina tibetana tornar-se-ia apenas aparente se as influências acimamencionadas, que também podem ter afetado osnúmeros do sistema, forem descritos em detalhes. Noentanto, como mencionado no volume 1, teremos quenos ocupar com este tópico em um próximo volume.

A medicina tibetana e os ensinamentos budistas

estão intimamente relacionados. Por esta razão,planejamos inicialmente relacionar os já conhecidosconceitos budistas aos números do sistema. Ainterpretação das muitas ocorrências desta correlaçãoseria na verdade fácil porque a correlação é bastanteóbvia. No entanto, nem todos os números podem serexplicados tão facilmente desta maneira. As seguintesconsiderações induziram-me a abandonar o planooriginal: aventurar-nos em qualquer um deles nos

desviaria do assunto principal deste livro ou, se adescrição fosse inadequada, não teríamos feito justiça àtremenda influência do budismo.

Entretanto, é possível explicar e esclarecer aestrutura do sistema, seus números, o caráter especial ea colorida diversidade da medicina tibetana, a qual está

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também profundamente enraizada na crença popular do

Tibete (crença em espíritos prejudiciais, consulta aoráculos, rituais mágicos, amuletos, métodos deproteção contra espíritos prejudiciais, etc.) através dadiscussão da antiga religião Bon do Tibete, doXamanismo e das tradições do Na-khi.

O sistema da medicina tibetana é retratada emanalogia com uma árvore. Nove troncos crescem dastrês raízes da árvore  – dois, três e quatro troncos,respectivamente, um fato que aponta para a religião Bon

com seu número sagrado nove. A crença e o medo deespíritos prejudiciais, as nove esferas do paraíso, osnove degraus da escada-dmu do paraíso para amontanha Yol ba, o banimento dos espíritos prejudiciaispelos monges Bon através de poderes mágicos, o fatoda menção das 404 doenças, os rituais da morte,conhecido como Bardo e sempre o número sagradonove: todos estes aspectos podem ter representado umpapel no desenvolvimento do sistema da medicina

tibetana.O Xamanismo assim como a religião Bom serãoapenas mencionados neste trabalho, embora tenhaminfluenciado o desenvolvimento do sistema. Sobre esteaspecto, podem-se citar os nove filhos xamãs, o jejumde nove dias, a colocação de nove árvores de faia, novepostes e nove tijelas de oferendas, as novecircumambulações da iniciação do xamã na qual eleescala a vidoeira, a cerimônia de nove dias de duração,

os nove ninhos da árvore xamã e os nove pássaros quepodem ser vistos. Esta grande e sagrada árvore xamãcom seus nove entalhes e o topo que alcança o nonoparaíso poderia ter influenciado a divisão em novepartes do sistema de medicina tibetana, que é damesma forma representado como uma árvore.

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Os Na-khi1, uma tribo dos antigos Ch‟iang, viviam

como nômades em suas pastagens no noroeste doTibete. Suas tradições são bastante singulares. Elesveneravam três paraísos, três terras e três zimbros. Umaltar era construído para o “sacrifício ao paraíso”; umzimbro era colocado no centro com um carvalho à direita(paraíso) e outro carvalho à esquerda (terra). Um ramode carvalho com duas bifurcações horizontais eracolocado à esquerda de cada árvore, e à direita, umramo de carvalho com dois entalhes horizontais. Uma

vara de álamo com quatro bifurcações no topo eraafixada atrás da árvore central. Uma pedra branca eracolocada na frente de cada árvore. Assim, em frente dosnove, 3 vezes 3 árvores, três tigelas de arroz eramoferecidas sobre o altar, em frente das quais estavam astrês pedras brancas. Há, portanto, uma grandesemelhança entre este exótico “sacrifício ao paraíso”,uma cerimônia envolvendo a disposição de noveárvores, duas das quais também revelam uma divisão

de duas e de quatro partes, respectivamente, e a árvoredo sistema tibetano.É uma pena que tenha sido necessário condensar

esta parte do livro e que tenha sido possível apenasmencionar aqui os pontos importantes. Um trabalhomais detalhado dos aspectos mencionadospreencheriam um livro completo e auxiliaria ademonstrar mais claramente a fascinante variedade damedicina tibetana e tornar mais fácil a explicação do

sistema.O sistema da medicina tibetana é particularmenteimportante por numerosas razões. A típica divisão emtrês partes, uma característica da medicina tibetana, éóbvia e reconhecível por todo o sistema. As relaçõesdas várias disciplinas umas com as outras podem ser

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vistas; por exemplo, o número de folhas para os

medicamentos é dado como cinqüenta, o quecertamente corresponde à grande importância destadisciplina na prática da medicina tibetana. Aprendemosatravés do sistema que todos os detalhes referem-seaos três tipos constitucionais. Finalmente, este sistemanos possibilita apresentar a medicina tibetana de umamaneira sistemática porque os nove troncoscorrespondem às nove disciplinas.

Gostaria de explicar agora o esquema que deverei

utilizar para a pesquisa das nove disciplinas. Na tabelaseguinte, o sistema completo está representado comraízes, troncos, ramos e folhas por meio dos quais ostermos empregados para descrever alguns dos troncossão apenas equivalentes e não traduções literais2. Asilustrações (A, B e C) foram incluídas para que o leitorpossa visualizar as raízes. Antes da apresentação decada disciplina, foi incluída uma ilustração do troncocorrespondente (Ilustrações I-IX). Neste Volume, as

ilustrações foram incluídas em escala real de forma quealguns nomes tibetanos escritos sobre as folhas podemser claramente reconhecidos e podem ser decifrados portibetologistas. Aos não-tibetologistas, estas ilustraçõesoferecem uma boa elucidação do sistema. Incluítambém uma breve descrição das duas disciplinas,Troncos I e II, os quais não são, na verdade, o objeto deestudo deste Volume3, de forma que a estrutura damedicina tibetana como um todo será evidente, ainda

que apenas de forma condensada. Portanto, podemosobservar que as disciplinas da medicina tibetanacorrespondem àquelas da medicina Ocidental e que amedicina tibetana está organizada de uma maneirabastante sistemática.

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O SISTEMA

Raízes Troncos Ramos FolhasRaiz A = Organização das partes do corpo e as bases dasdoençasOrganismo saudável I 3 25Organismo doente II 9 63rGyud bzhi , Parte 1, Capítulo 3 12 88Raiz B = DiagnósticoObservação III 2 6Palpação IV 3 3

Questionamento V 3 29rGyud bzhi , Parte 1, Capítulo 4 8 38Raiz C = TerapiaNutrição VI 6 35Comportamento VII 3 6Medicamentos VIII 15 50Tratamentos IX 3 7rGyud bzhi , Parte 1, Capítulo 5 27 98

47 224

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RAIZ A

Organização das partes do corpo eas bases das doenças

Organismo saudável Organismo doente

3 ramos 9 ramos25 folhas 63 folhas

I II

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RAIZ ATronco I = Organismo saudável

rnam par ma gyur pa 

Ramos Folhas nad  15

lus zungs  7dri ma  3

3 25

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ANATOMIA 

Na visão da maneira pela qual os sepultamentoseram conduzidos, os médicos tibetanos tiveramcertamente a oportunidade de realizar estudosanatômicos detalhados. No entanto, nenhuma tentativaparece ter sido feita para descobrir a verdadeiraestrutura anatômica do corpo. A anatomia tibetana

apresenta certas características típicas porque éprincipalmente orientada para as funções e não para osubstrato material. Esta é a razão pela qual, naapresentação da anatomia tibetana, um diagrama docorpo descrevendo todas as funções parece ser maisimportante do que a exata descrição dos órgãos porque,desta forma, as funções podem ser determinadas parapartes do diagrama. Este aspecto torna-se mais óbvioquando observamos as ilustrações anatômicas. Além

disso, os tibetanos afirmam que existem áreasintercorporais que são mais sutis que nosso substratoOcidental; são “campos de força” que formam canais deenergia os quais, em nossa maneira de pensarOcidental, são irreais. Termos como “canais vitais”, “fogodigestivo” e muitos outros aspectos mostram claramenteque não podemos igualar estes “órgãos” com outros daciência anatômica Ocidental. Esta é também a razãopela qual torna-se quase impossível definir estes

conceitos nos termos da medicina Ocidental. Podemosapenas observar que os médicos tibetanosdesenvolveram, de maneira bastante consistente, umaciência da anatomia que não podemos comparar com anossa anatomia Ocidental. Uma observação maiscuidadosa na anatomia tibetana, no entanto, ensina-nos

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que esta abordagem, que enfatiza as funções, é de

grande utilidade prática.É possível fazer apenas uma breve menção à

embriologia, que apesar de suas semelhanças com aembriologia indiana, difere desta última em váriospontos. A principal diferença é que, de acordo com aembriologia tibetana, os órgãos sólidos (don ) sãoformados na 12a semana e os órgãos ocos (snod ), na13a. A embriologia tibetana também estabelece que osêmen do pai forma os ossos, o cérebro e a medula

espinhal enquanto que o sangue da mãe forma osmúsculos, sangue, órgãos sólidos e órgãos ocos.

A anatomia é dividida nas seguintes quatro partes:

1) A organização das partes do corpoa) As quantidades: rLung  (vento), mKris pa  (bile) e Bad 

kan (fleuma) e todos as partes componentes do corpopodem ser relacionados uns com os outros de umamaneira específica, por exemplo, a quantidade de

rLung (vento) deve preencher a bexiga, a quantidadede mKris pa  (bile) preenche o saco escrotal e aquantidade de Bad kan (fleuma) equivale a três vezesas duas mãos cheias.

b) As partes do corpo: O corpo humano é formado por360 ossos, que são de 23 tipos diferentes, 12articulações grandes, 210 articulações pequenas, 16tendões, 900 fibras, 21.000 fios de cabelos e 11milhões de poros. Os tibetanos diferenciam os órgãos

em 5 órgãos sólidos (don ) – coração, pulmões, baço erins  – e 6 órgãos ocos (snod )  – intestino grosso,vesícula biliar, intestino delgado, estômago, bexiga ebsam se‟u. Existem também as nove entradas.

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2) O sistema de canais e suas conexões 4 

a) Canais de concepção (chag pa‟i rtsa). Estes canais ouveias possuem um caráter embrionário. Três canaisoriginam-se do umbigo: o primeiro canal expande-sede forma ascendente e o cérebro se desenvolve apartir daí; o segundo penetra no meio do corpo e ocanal vital desenvolve-se a partir daí; o terceiro canalexpande-se de forma descendente e os genitaisdesenvolvem-se a partir daí.

b) Canais da existência (srid pa‟i rtsa): O tibetanos

fazem diferença entre quatro grandes canais. O canalque forma os órgãos sensoriais está no cérebro e estácircundado por 500 pequenos canais. O canal quesustenta a memória e a consciência está no coração eé circundado por 500 pequenos canais. O canal queforma os elementos do corpo está no umbigo e écircundado por 500 pequenos canais. O canal queexecuta a reprodução está na região dos genitais e écircundado por 500 pequenos canais.

c) Canais de conexão („brel ba‟i rtsa): Na cabeça, ocanal vital escuro divide-se em 24 canais que supremos músculos e o sangue. Oito canais ocultos originam-se das partes inferiores do canal vital e suprem osórgãos sólidos e ocos. Há 16 canais visíveis quesuprem as articulações e 77 canais para circulaçãosangüínea. Há também 112 pontos vitais, 189pequenos canais de características variáveis, dosquais 120 canais menores se originam. São

destinados às áreas mediana e interna do corpo.Estes canais, por sua vez, dividem-se em 360 canaismenores ainda, que se dividem em 700 canais muitofinos que cobrem toda a superfície do corpo.

Assim como estes canais escuros, há um segundogrupo de caráter branco ou claro. Os 19 chamados

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canais de sustentação-água, dos quais 13 são

conectados com os órgãos sólidos e ocos, originam-se no cérebro e são canais ocultos. Seis canaisvisíveis são conectados com as articulações e delesse originam os 16 canais de sustentação-águamenores.

d) Canais vitais (tshe yi rtsa ): O primeiro canal passaatravés da cabeça e de todo o corpo. O segundocanal está conectado com a respiração. O terceirocanal é o canal principal e mantém o crescimento

corporal.

3) Pontos vitaisOs pontos vitais ou pontos críticos são assim

denominados porque se um destes pontos forprejudicado as consequências podem ser fatais. Há 302pontos vitais dos quais 96 são tão perigosos que a podeocorrer a morte se um deles for atingido. Dentre osdemais, 49 são perigosos também, mas médicos

experientes podem curar tais distúrbios. As lesões nos157 pontos restantes podem ser curadas. Faz-se umadistinção entre 7 tipos de pontos vitais: (1) carne = 45,(2) gordura = 8, (3) ossos = 32, (4) tendões e (5) fibras =14, (6) órgãos sólidos e ocos = 13, (7) vasos = 190.Estes pontos vitais estão espalhados pelo corpo inteiroda seguinte maneira: cabeça = 62, pescoço = 33, tronco= 95 e membros = 112. Se estes pontos vitais sãolesados, podem ocasionar vários distúrbios mais graves

ou menos graves. O tipo mais perigoso de lesão ocorrenos vasos, na gordura, nos órgãos sólidos e ocos; seestas partes do corpo são prejudicadas, asconseqüências são fatais. Na opinião dos médicostibetanos, é extremamente importante que sejamtomados cuidados especiais com os pontos vitais,

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particularmente com os vasos  – isto significa que o

método terapêutico da sangria deve levar emconsideração os pontos vitais dos vasos. Tenhoobservado freqüentemente como os pacientes tibetanosoferecem resistência quando uma amostra de sangue éretirada da veia na dobra do braço, quando feita damaneira ocidental, que normalmente utiliza esta veiapara tais amostras ou para injeções. A razão para talresistência é que este é um ponto que correspondeexatamente a um ponto vital.

4) EntradasHá uma diferença entre dois tipos de entradas doscaminhos de circulação: entradas internas e externas.As aberturas internas são: os constituintes do corpo (7),as impurezas (3), rLung da sustentação da vida (1) e oalimento (1) = 13 aberturas internas. As aberturasexternas são: narinas (2), ouvidos (2), olhos(2), boca (1),ânus (1), totalizando 12 aberturas.

As doenças ocorrem como consequência de errosde comportamento ou de nutrição porque os canaisnaturais do organismo estão bloqueados.

FISIOLOGIA

1) Partes do corpo que podem ser lesadas

Constituintes do corpo: o quilo (1) faz com que osoutros seis constituintes desenvolvam-se e étransformado em sangue; o sangue (2) umedece ocorpo, mantém a vida e é transformado em carne; acarne (3) recobre o corpo e transforma-se em gordura; agordura (4) torna o corpo lubrificado e é transformado

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em osso; o osso (5) sustenta o corpo e desenvolve-se

em medula óssea; a medula óssea (6) é importante paraa nutrição e é transformada em sêmen; o sêmen (7)realiza a fertilização e preserva a vida.

As impurezas são as fezes e a urina, resultantesda digestão do alimento, e o suor que amacia a pele.

O crescimento do corpo depende do suportemútuo dos constituintes corporais, das impurezas e dasbases das doenças. O calor combinado gerado porestes três fatores formam o chamado calor do fogo

digestivo o qual, por sua vez, produz saúde, vitalidade eenergia. Este fogo digestivo forma a base da digestão naqual, acima de tudo, a vesícula biliar representa parteativa.

Durante o processo digestivo, os alimentos e asbebidas são partidos em partes menores e decompostosno trato digestivo com o auxílio de rLung , mKris pa  eBad kan , os quais realizam várias funções. O processodigestivo é influenciado pelas qualidades do sabor.

Finalmente, a porção sólida do alimento transforma-seem fezes e a porção líquida transforma-se em urina. Oquilo é transformado em muco no estômago, sangue étransformado em bile na vesícula biliar, carne étransformada em impurezas, gordura em oleosidade,ossos em unhas, cabelos e dentes, e a medula ósseaem pele e fezes. O complexo processamento digestivodemora seis dias para completar-se.

2) Partes que lesam o corpoSe os três humores – rLung, mKris pa e Bad kan   – 

alteram-se de qualquer forma, por exemplo, quanto àquantidade ou localização no corpo, as funçõescorporais são perturbadas. Se os mesmos não se

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alteram e permanecem em equilíbrio, o corpo mantém-

se saudável. Os três humores possuem: tiposespecíficos, localizações, relações com o fogo digestivo,efeitos sobre o estômago, funções e características.

rLung  (vento): Sustentador da vida, Movimentoascendente, Penetrante, (acompanha o) Fogo eRemoção descendente são os cinco tipos. Estálocalizado abaixo do coração e do umbigo. Um rLung  forte torna o fogo digestivo irregular. Se rLung  édominante, o estômago está firme. As funções gerais de

rLung são: movimentar o corpo, influenciar a respiraçãopara dentro e para fora, manutenção do corpo econservação da clareza dos órgãos sensoriais. Asfunções específicas dos cinco tipos de rLung são muitase variadas e podem, até certo ponto, ser deduzidas apartir de seus nomes. As características são: áspero,leve, frio, aguçado, firme e móvel.

mKris pa (bile): Digestivo, Responsável pelo brilhodo quilo, Satisfação dos desejos, Permite a visão e

Clareador a cor da pele são os cinco tipos. Estálocalizado entre o coração e o umbigo. O fogo digestivotorna-se pungente por causa de um mKris pa  forte. SemKris pa  é dominante, o estômago fica macio. Asfunções gerais de mKris pa são: atua sobre a digestão,limpa a pele e produz uma compleição pura, um coraçãocorajoso e um estado feliz na mente em geral. Asfunções específicas são evidenciadas pelos nomesdados a eles. As características são: oleoso, pungente,

leve, malcheiroso, limpador e úmido.Bad kan  (fleuma): Sustentação, Decomposição,Responsável pelo paladar, Produtor de satisfação ePossibilita a flexão são os cinco tipos. Está localizadoacima do coração e do umbigo. Um Bad kan forte tornao fogo digestivo fraco e reduzido. Se Bad kan  é

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dominante o estômago não se torna nem macio nem

duro. As funções gerais de Bad kan são: fixa e une asarticulações, produz estabilidade ao corpo e à mente efornece resistência ao corpo. As funções específicas doscinco tipos são evidenciadas pelas suas denominações.As características são: oleoso, frio, pesado, embotado,macio, estável e adesivo.

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RAIZ A

Tronco II = Organismo doenternam par gyur pa

ramos folhas

rgyu  3rkyen  4„jug sgo  6gnas  3

lam  15ldang dus  9(na so, Yul,dus)„bras bu  9ldog pa‟i rgyu  12mdo don  2

9 63

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PATOLOGIA

A doutrina da doença é introduzida por umadescrição dos quatro precursores da morte. Faz-se umadiferenciação entre precursores distantes tais como asmudanças no caráter do paciente, seus sonhos, e osprecursores próximos, incertos e certos da morte.

A patologia em si é dividida de maneira sistemáticaem sete seções e estudá-la, Capítulo 3 do rGyud bzhi ,Parte 1, já traduzido, fornece-nos pontos de referênciasúteis. Com relação às causas (rgyu ), a distinção é feitaentre causas distantes, tais como os três “venenos”, e ascausas próximas. Nesta seção, nós tambémencontramos a importante passagem que estabeleceque, dentre os três humores, rLung (vento) é a causa detodas as doenças por sua influência sobre ambos, ocalor e o frio corporais. Com relação às causaspredisponentes (rkyen ), encontramos explicaçõesbastante longas sobre as influências do tempo, nutrição,

comportamento e demônios (ou estados mentaisprejudiciais). A terceira seção, as formas de entrada („jug sgo ), ensina-nos como, após terem sido lesados osconstituintes corporais e as impurezas, as entradasfinalmente se abrem e a doença toma seu curso. Aquarta seção, localização (gnas ), descreve quais partesdo corpo são afetadas. A próxima seção nos informa dascaracterísticas da doença. A redução e a elevação e,finalmente, o distúrbio completo dos humores, os

constituintes corporais e as impurezas são descritas juntamente com os vários sintomas. Aqui, descobrimosque, ao final, todas as doenças estão relacionadas como calor e o frio. Além disso, na sétima seção e na seçãofinal, antes da classificação das doenças (6), também

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lemos que as doenças possuem formas individuais e

que há inúmeras formas e tipos de doenças.A classificação em 4 x 101 doenças é típica da

medicina tibetana. Devo omitir outras divisões dentro dapatologia e mostrar a forma sistemática destaclassificação de maneira a demonstrar a estrutura das404 doenças, sem mencionar os nomes e os sintomas.

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Classificação das doenças

 

A. Três humoresrLung 

Tipo 1-20Localização: pele, carne, vasos, ossos 21-24

órgãos sólidos 25órgãos ocos 26órgãos sensoriais 27

Classes particulares: rLung 28-32rLung + Bad kan 33-37

rLung + mKris pa 38-4242mKris pa 

Tipo 1-4Localização: pele, carne, vasos, ossos 5-8

órgãos sólidos 9órgãos ocos 10órgãos sensoriais 11

Classes particulares: mKris pa 12-16mKris pa + rLung 17-21mKris pa + Bad kan 22-26

26Bad kan Tipo (simples) 1-6Localização: pele, carne, vasos, ossos 7-10

órgãos sólidos 11órgãos ocos 12órgãos sensoriais 13

Classes particulares: Bad kan 14-18Bad kan + rLung 19-23Bad kan + mKris pa 24-28

Tipo (complexo) 29-33

33101

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B. Predominâncias

Simples Elevação e  18Dois humores predominantes redução de  18Três humores predominantes humores  38

Superveniente 27101

C. LocalizaçõesRegião superior 18Região interna 19Região inferior Corpo  5

Região externa 20Interna e externa 37

Mente  2101

D. VariaçõesDoenças internas 48Ferimentos 15Febre e doenças quentes 19Pústulas 19

101A. Três humores 101B. Predominâncias 101C. Localizações 101D. Variações 101

Total de doenças 404 

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Capítulo Dois DIAGNÓSTICO

Sumário do CapítuloIntroduçãoA) Blocos de impressão do rGyud bzhi , Parte 1, Capítulo

4 – fólios 8a, 8b, 9a

B) Transliteração do textoC) Tradução do textoD) ApresentaçãoE) Métodos diagnósticos

1. Observação2. Palpação3. Questionamento

INTRODUÇÃONa transliteração, a divisão do texto em estrofes

de quatro linhas foi ignorada, como no Volume I. Osparênteses que foram incluídos na transliteração (8b1-9a1) mostram os fólios, as páginas e as linhas do blocode impressão. Os números que aparecem dentro decolchetes correspondem aos da tradução; em outraspalavras, os números [5]-[32] foram incluídos na

tradução de forma que os termos correspondentespossam ser encontrados sem dificuldades. Na traduçãodo texto, os termos são marcados por números, com III-V representando os troncos e 1-38, as folhas. Estaidentificação não foi de fácil realização e em algunscasos foi possível apenas com o auxílio de comentários.

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Dificuldades particulares surgiram na classificação do

Tronco V = Questionamento. Felizmente, no entanto, ainformação dos médicos tibetanos foi particularmenteútil. Portanto, foi possível realizar a identificação detodas as 38 folhas e os 8 ramos de forma que todos ostermos puderam ser definidos.

Na apresentação, foi impossível evitar em algumassituações o uso de termos retirados do texto original deuma forma gramatical ligeiramente diferente.

Os troncos da Raiz B = Diagnóstico

Tronco III ObservaçãoTronco IV PalpaçãoTronco V Questionamento

foi assim analisado. Após o bloco de impressão (A), atransliteração (B), a tradução (C) e a apresentação (D)vem uma descrição dos métodos diagnósticos (E),principalmente dedicada ao mais importante métododiagnóstico utilizado pelos médicos tibetanos, odiagnóstico pelo pulso.

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RAIZ B

Diagnóstico

Observação Palpação Questionamento

2 ramos 3 ramos 3 ramos6 folhas 3 folhas 29 folhas

III IV V

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A) BLOCO DE IMPRESSÃO

rGyud bzhi , Parte 1Capítulo 4Fólio 8a

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rGyud bzhi , Parte 1

capítulo 4Fólio 8bFólio 9a

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B) TRANSLITERAÇÃO DO TEXTO

de nas yang drang srong Rig pa‟i ye shes kyis „di skad ces gsungs so kye drang srong chen po nyon cig nad la blta reg dri bas yongs shes bya  [1](8b1) mig gis blta ba lce dang chu la brtag  [2]brtag pa „di ni mthong ba yul rig yin  [3]sor mos reg pa brda sbyor „phrin pa rtsa  [4]brtag pa „di ni dpyod pa don rig yin  [5]

ngag gis dri ba slong rkyen na lugs zas  [6]brtag pa „di ni thos pa (8b2) sgra rig yin  [7]rlung gi lce ni dmar zhing skam la rtsub  [8]mkhris lce bad kan skya sar mthug pos g-yogs  [9]bad kan skya gleg mdangs med „jam la rlon  [10]rlung gi chu ni chu „dra lbu ba che  [11]mkhris chu dmar ser rlangs che dri ma (8b3) dugs  [12]bad kan chu ni dkar la dri rlangs chung  [13]rlung gi rtsa ni rkyal stong skabs su sdod  [14]

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C) TRADUÇÃO DO TEXTO

Então novamente o sábio Rig pa‟i ye shes falou:  “Oh grande sábio, ouça-me! No caso das doenças,

elas podem ser reconhecidas completamente através daobservação, da sensação (do pulso) e doquestionamento.

Observar com os olhos e o exame da língua (I) eda urina (II)  – estes exames dão o conhecimento dolocal, por causa da observação.

Sentir com o dedo o (batimento do ) pulso (III-V)que transmite a informação  – [5] este exame dá oconhecimento do ponto principal, por causa dainvestigação.

Questionar com a voz as causas relacionadas (VI),as condições da doença (VII) e a alimentação (VIII)  – este exame fornece o conhecimento da fala, por causada audição.

A língua de (uma pessoa que sofre de uma doença

de) rLung é vermelha, seca e áspera (1).A língua de (uma pessoa que sofre de) mKris pa é

coberta com muco espesso e castanho-amarelado.[10] A língua de (uma pessoa que sofre de uma

doença de) Bad kan é cinza, grossa, sem brilho, lisa eúmida (3).

A urina de (uma pessoa que sofre de uma doençade) rLung  é semelhante à água (e apresenta) bolhasgrandes (4).

A urina de (uma pessoa que sofre de uma doençade) mKris pa é amarelo-avermelhada, (apresenta) muitovapor e (possui) cheiro picante (5).

A urina de (uma pessoa que sofre de uma doençade) Bad kan é branca, possui pouco odor e pouco vapor(6).

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O pulso de (uma pessoa que sofre de uma doença

de) rLung é flutuante, vazio e interrompido às vezes (7).

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Mkhris pa‟i rtsa ni mgyogs rgyas grims par „phar   [15]

bad kan rtsa ni bying rgud dal ba‟o  [16]

dri ba yang la rtsub pa‟i zas spyod kyi   [17]

(8b4) rkyen gyis g- yal „dar bya rmyang grang shum byed   [18]

dpyi dang rked pa rus tshigs ma lus na  [19]

gzer ba nges med „pho zhing stong skyugs byed   [20]

dbang po mi gsal shes pa „tshub pa dang   [21]

bkres dus na zhing snum bcud phan par nges  [22]

rno zhing tsha (8b5) ba‟i zas dang spyod lam gyis  [23]kha kha mgo na sha drod tsha ba dang  [24]

stod gzer zhu rjes na zhing bsil ba phan  [25]

lci la snum pa‟i zas dang spyod lam gyis  [26]

dang ga mi bde kha zas „ju ba dka‟   [27]

skyug cing kha mngal pho ba tshing ste sgreg  [28]

(8b6) lus sems lci la phyi nang gnyis ka grang  [29]

zos rjes mi bde zas spyod dro na „phrod   [30]

de ltar brtag thabs sum cu rtsa brgyad kyis  [31]

nad kun „khrul med nges par gtan la „bebs  [32]

zhes gsungs so 

bdud rtsi snying po yan lag brgyad pa (9a1) gsang ba man ngag gi rgyud las ngos „jin rtags kyi le‟u ste bzhi pa‟o 

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[15] O pulso de (uma pessoa que sofre de uma

doença de) mKris pa  bate rapidamente (e pulsa)sutilmente (8).

O pulso de (uma pessoa que sofre de uma doençade) Bad kan é profundo, fraco e lento (9).

(Quanto ao) questionamento, por causa dealimento e comportamento leve e áspero, (10):bocejos e tremores (11), espreguiçamento (12), calafrios(13), dores em todas as articulações da coxa e quadril

(14) [20], dores indefinidas que se movimentam (15),vômito (de estômago) vazio (16), os órgãos dos sentidosnão têm brilho (17), o conhecimento está embotado (18),há dor na hora da fome (19).

Alimento oleoso é certamente benéfico (20).

(Condições das doenças) por causa de alimento ecomportamento pungente e quente (21):gosto amargo (22), cefaléias (23), ondas de calor (24)

[25], dores na região superior (do corpo) (25), doresapós a digestão (26).(Alimento) frio (27) (é certamente) benéfico.

(Condições das doenças) por causa de alimento ecomportamento pesado e oleoso (28):falta de apetite (29), dificuldade em digerir o alimento(30), vômitos (31), (gosto ruim na) boca (32), distensãoabdominal (33), eructações (34), corpo e mente tornam-

se pesados (ambos) (35), sensação de frio dentro e forado corpo (36), [30] desconforto após comer (37).Alimento e comportamento mornos (38) são

certamente benéficos.

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Portanto, por meio dos 38 métodos de exame,

todas as doenças (podem) ser classificadas sem erro ecom certeza.” 

Assim expressou o sábio.Quarto capítulo sobre o diagnóstico do Tratado

Secreto da Instrução sobre os Oito Ramos da Essênciada Imortalidade.

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D) APRESENTAÇÃO

RAIZ BDiagnóstico ngos ‘dzin rtags 

Tronco III Observação blta Tronco III tem dois ramos:

1º ramo = língua (I) lce2º ramo = urina (água) (II) chu2 ramos

Estes dois ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Observação

Do 1º ramo nascem 3 folhas

Língua (I) lce

rLung (1) rlung vermelha dmar

seca skamáspera rtsub

Língua (I) lce

mKris pa (2) mkhris pa coberta com muco grosso e castanho bad kan skya sar

mthug pos g-yogs

Língua (I) lce

Bad kan (3) bad kan cinza skyagrossa glegsem brilho mdangs medmacia „jam úmida rlon

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Do 2º ramos nascem 3 folhas

Urina (II) chu

rLung (4) rlung semelhante à água chu „dra bolhas grandes lbu ba che

Urina (II) chu

mKris pa (5) mkhris pa amarelo-avermelhada dmar sermuito vapor rlangs checheiro quente 5 dri ma dugs

Urina (II) chu

Bad kan (6) bad kan branca dkarpouco cheiro dri chungpouco vapor rlangs chung

6 folhas

Estas 6 folhas contém detalhes específicos doTronco = Observação

RAIZ BTronco III = 2 ramos 

Ramo 1 = 3 folhasRamo 2 = 3 folhas

6 folhas

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Raiz B

Diagnóstico ngos ‘dzin rtags Tronco IV Sensação (do pulso do vaso) = Palpação reg pa Tronco IV tem 3 ramos:

1º ramo = rLung (III) rlung 2º ramo = mKris pa (IV) mkhris pa 3º ramo = Bad kan (V) bad kan 3 ramos

Estes 3 ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Sensação (do pulso do vaso) = Palpação

Do 1º ramos nasce 1 folha

rLung (7) rlung flutuante rkyalvazio stongcom interrupções skabs su sdod

Do 2º ramo nasce 1 folha

mKris pa (8) mkhris pa bate rapidamente, difunde-se(e bate) sutilmente

mgyogs rgyas grims par„phar  

Do 3º ramo nasce 1 folha

Bad kan (9) bad kan profundo byingfraco rgudlento dal ba

3 folhas

Estas 3 folhas contém detalhes específicos do Tronco =Sensação (do pulso do vaso) = Palpação

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RAIZ BTronco IV = 3 ramos 

Ramo 1 = 1 folhaRamo 2 = 1 folhaRamo 3 = 1 folha

3 folhas

RAIZ B

Diagnóstico ngos ‘dzin rtags Tronco V Questionamento dri ba 

Tronco V tem 3 ramos:

1º ramo = causas produtoras (VI) slong rkyen2º ramo = condições das doenças (VII) na lugs3º ramo = alimentação (VIII) zas

3 ramos

Estes 3 ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Questionamento

Do 1º ramo nascem 3 folhas

Causas produtoras (VI) slong rkyen

rLung (10) rlung leve yangáspero rtsub

mKris pa (21) mkhris pa pungente rnoquente tsha

Bad kan (28) bad kan 

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pesado lci

oleoso snum

Do 2º ramo nascem 23 folhas

Condições das doenças (VII) na lugs

rLung: rlung 1. bocejos e tremores (11) g-yal „dar  1. espreguiçamento (12) bya rmyang1. calafrios (13) grang shum byed1. dores em todas as articulações da

coxa e quadril (14)dpyi dang rked pa

rus tshigs ma lus na1. dores indefinidas que se movi-

mentam (15)gzer ba nges med

„pho 1. vômito (de estômago) vazio (16) stong skyugs byed1. os órgãos sensoriais não têm brilho (17) dbang po mi gsal1. conhecimento está embotado (18) shes pa „tshub pa 1. dor quando tem fome (19) bkres dus na

mKris pa mkhris pa 1. gosto amargo (22) kha kha

1. cefaléias (23) mgo na1. ondas de calor (=febre) (24) sha drod tsha ba1. dores na região superior (do corpo) (25) stod gzer1. dores após a digestão (26) zhu rjes na

Bad kan bad kan 1. falta de apetite dang ga mi bde1. dificuldade em digerir o alimento (30) kha zas „ju ba dka‟ 1. vômitos (31) skyug1. (gosto ruim na) boca (32) kha mngal1. distensão abdominal (33) pho ba tshing

1. eructações (34) sgreg1. corpo e mente tornam-se pesados (35) lus sems lci1. sensação de frio dentro e fora do

corpo (36)phyi nang gnyis ka

grang1. desconforto após comer (37) zos rjes mi bde

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Condições das doenças:

rLung 9 mKris pa 5Bad kan 9

23

Do 3º ramo nascem 3 folhas

Alimentação (VIII) zasrLung: rlung oleosa (20) snum

mKris pa: mkhris pa fria (27) bsil

Bad kan: bad kan morna (38) dro

29 folhas

Estas 29 folhas contém detalhes específicos do Tronco =Questionamento

RAIZ BTronco V = 3 ramos 

Ramo 1 = 3 folhas

Ramo 2 = 23 folhasRamo 3 = 3 folhas

29 folhas

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Os seguintes termos foram retirados do Capítulo 4

(Parte 1) do livro rGyud bzhi :Raiz do Diagnóstico = ngos „dzin rtags kyi rtsa ba  

Tronco III = Observação 2 ramos 6 folhasTronco IV = Palpação 3 ramos 3 folhasTronco V = Questionamento 29 ramos 29 folhas

8 ramos 38 folhas

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E) MÉTODOS DIAGNÓSTICOS

Um médico tibetano tenta chegar ao fundo dascausas de uma doença em particular através de umdiagnóstico claro e, ao mesmo tempo, descobrir o tipoconstitucional do paciente. Para diagnosticar osdistúrbios que foram causados por fatores prejudiciais, omédico começa a realizar os seguintes exames:

um exame geral do corpoum exame das partes afetadas do corpoum exame do abdome e da peletomada de temperatura do paciente  – através do exame

do pulso, etc.

Então, o médico realiza exames mais específicoscom uma observação e exame dos órgãos sensoriais,das secreções e excreções  – fezes, urina, escarro,

sangue e vômitos.Quando estes exames estiverem completos, ostrês métodos diagnósticos que foram analisados emnosso texto são aplicados: observação, palpação equestionamento.

Na descrição destes métodos a seguir, seráimpossível, evidentemente, denominar todos ossintomas que são típicos das várias doenças. Melhorque isso, esperamos que se torne claro que os métodos

diagnósticos são também organizados de uma maneirasistemática de acordo com os três humores  – rLung(vento), mKris pa (bile) e Bad kan (fleuma). Gostaria deadicionar também que tive inúmeras oportunidades,durante minhas visitas aos Himalaias em 1962 e 1967,de observar médicos tibetanos realizando tais exames.

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No entanto, uma avaliação exata da precisão dos

diagnósticos foi possível apenas alguns anos depois, em1970, quando o Dr. Yeshe Donden, meu professor,passou algum tempo como meu hóspede. Em meuconsultório ele foi apresentado a muitos de meuspacientes cujas patologias eu mesma já haviadiagnosticado com exatidão. Descobri que YesheDonden era capaz de chegar a um diagnósticoextremamente preciso sem questionar o paciente sobrequaisquer aspectos  – simplesmente através do exame

do pulso e um exame da urina.

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RAIZ B

Tronco III = Observaçãoblta 

ramos folhaslce 3chu 32 6

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1. Observação

Diagnóstico através do exame da língua

Na medicina chinesa, o exame da língua é osegundo método mais importante de diagnóstico depoisdo exame do pulso. Todas as regiões do corpo estão

relacionadas exatamente com as várias partes da línguade forma que as funções dos órgãos possam serinterpretadas. Tal distribuição precisa e metódica dosórgãos nas várias partes da língua não é encontrada namedicina tibetana. No entanto, o diagnóstico pelo exameda língua representa ainda assim um papel importantena medicina tibetana e seu valor pode ser avaliado pelogrande número de sintomas, característicos de váriasdoenças, relacionados à língua. Apesar disso, este

método não ocupa uma posição central como namedicina chinesa.Antes de realizar um exame detalhado, qualquer

tipo de partículas de alimento deve ser removido dalíngua. O exame deve, se possível, ser realizado à luzdo dia ou com ótima iluminação. Antes do exame, opaciente deve ser questionado sobre quais alimentos oubebidas ele tenha comido ou bebido.

Dedica-se uma atenção especial às seguintescaracterísticas:

1. Coloração da língua.2. Camada que recobre a língua.3. Natureza da língua.

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Nas doenças de rLung (vento), a língua apresenta-se:

vermelhasecaáspera

Nas doenças de mKris pa (bile), a língua apresenta-se:coberta com uma grossa camada de mucocastanho-avermelhado.

Nas doenças de Bad kan (fleuma), a língua apresenta-se:cinzagrossa

sem brilhomaciaúmida

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Diagnóstico através do exame da urina

Este método diagnóstico é considerado pelosmédicos tibetanos como particularmente importante.Isso é indicado pelo fato de que no livro rGyud bzhi  (Parte 4, Capítulo 2), as numerosas características dasvárias doenças são consideradas de uma maneiradetalhada e bastante exata.6 Este método é também degrande importância na prática da medicina tibetana.

Quando possível, o paciente a ser examinadodeve estar de estômago vazio ou, pelo menos, não teringerido grande quantidade de alimento. A micção damanhã é a melhor para o exame da urina  – à noite, oexame deve ser evitado porque a coloração da urina éafetada pelos gêneros alimentícios que o paciente tenhaingerido durante o dia. Yeshe Donden utilizou apenas aurina da manhã para realizar tal diagnóstico nospacientes que examinou em meu consultório.

A urina normal é descrita como segue: coloraçãoamarelo-esbranquiçada, exala quantidade normal devapor, não forma muitas bolhas e apresenta um odortênue.

Yeshe Donden pediu-me um recipiente em formade tigela, pequeno e limpo, para realizar o exame. Osmédicos tibetanos nos Himalaias também enfatizaramque o recipiente deve ser muito limpo. Em seguida, omédico requisitou uma vareta de madeira clara. A urina

a ser examinada é despejada dentro do recipiente eagitada com a vareta de madeira.Observei que o exame subsequente dura longo

tempo porque as seguintes características devem serregistradas:

1. Coloração

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2. Formação de vapor

3. Cheiro4. Formação de bolhas5. SedimentosTodas essas características são importantes, mas

a formação de bolhas e o sedimento parecem serparticularmente significativos.

Nas doenças de rLung  (vento) são formadasbolhas grandes e azuis.

Nas doenças de mKris pa  (bile) poucas bolhas

aparecem muito rapidamente.Nas doenças de Bad kan  (fleuma) as bolhas são

pequenas e azuladas.Nas doenças quentes há grande quantidade de

sedimento muito espesso.Nas doenças frias há pequena quantidade de um

sedimento muito ralo.Nas doenças de rLung , a urina possui as seguintes

características:

semelhante à águagrandes bolhas.Nas doenças de mKris pa , a urina apresenta as

seguintes características:amarelo-avermelhadacheiro forte.

Nas doenças de Bad kan , a urina apresenta asseguintes características:

branca

pouco odorpequena quantidade de vapor.

Yeshe Donden enfatizou particularmente que hácertas características que apontam para a presença de

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doenças fatais  – e que elas também são descritas no

rGyud bzhi como citado a seguir: – uma doença fatal de rLung  está presente quando aurina é quase azul escura na coloração e apresenta asuperfície ondulada; – uma febre fatal está presente quando a urina évermelho-escura e apresenta odor bolorento, e quandoestes sintomas não desaparecem mesmo após aprescrição de medicamentos para reduzir a febre; – uma doença fria fatal está presente quando a urina

não exala qualquer cheiro, apresenta a coloração quaseazul, não há qualquer sedimento nem formação debolhas, e ainda se esses sinais não desaparecem apósa prescrição da medicação correspondente.

O diagnóstico feito através do exame da urina, noqual os médicos tibetanos possuem domínio magistral, eo qual é realizado apenas com a utilização dos órgãossensoriais, deve encorajar-nos, médicos ocidentais, adesenvolvermos a sensibilidade de nossos órgãos

sensoriais, embotados pela nossa confiança eminstrumentos e equipamentos, de forma a colocar emprática métodos diagnósticos sensíveis como esse. Odiagnóstico através da urina praticado pelos médicostibetanos poderia ser de grande auxílio para nóstambém.

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RAIZ B

Tronco IV = Palpaçãoreg pa 

ramos folhasrlung 1

mkhris pa 1bad kan 1

3 3

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2. Palpação

Diagnóstico através do exame do pulso

Para os médicos tibetanos, as funções dos órgãosparecem ser mais importantes do que o conhecimentode sua estrutura anatômica fundamental. O diagnóstico

através do pulso é visto como o mais importante métododiagnóstico por causa da informação sobre as funçõesdos órgãos obtida dessa maneira. Em outras palavras,as funções orgânicas  – palpáveis em posições no pulso – tornam-se evidentes aos médicos tibetanos e são,portanto, uma clara indicação do tipo de terapia a seraplicada.

Ao reconhecermos o diagnóstico pelo pulsoutilizado nos métodos de tratamento asiáticos,

cometemos sempre o mesmo erro. Consideramos queos órgãos da anatomia ocidental são idênticos àperspectiva funcional dos órgãos na medicina asiática,em nosso caso, com os “órgãos” don  e snod . Estestermos tibetanos são apenas vagamente relacionadoscom os órgãos da anatomia ocidental.

Técnica

Os médicos tibetanos distinguem três posiçõesnas quais os pulsos devem ser sentidos:

os pulsos superiores (cabeça)os pulsos medianos (mão)os pulsos inferiores (pé)

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No entanto, a palpação na mão, ou seja, os pulsos

medianos, é a mais comumente praticada pelos médicostibetanos. O médico utiliza sua mão direita paraexaminar os pulsos da mão do paciente que fica do ladoesquerdo do corpo. A palpação é realizada com o dedoindicador (mtshon), o dedo médio (kan ma) e o dedoanelar (chag).

O exame real do pulso é realizado da seguintemaneira. O médico toma a mão do paciente e vira-a deforma que os sulcos do punho possam ser vistos

facilmente. Então o médico pega a outra mão dopaciente e coloca a falange distal desta mão sobre osulco proximal da outra mão. Assim, a posição do pulsoé indicado pela distância entre o relevo da falange dopolegar e o sulco da mão do paciente. O médico colocaseus três dedos acima relacionados sobre este ponto – eles devem estar dispostos em linha reta e não devemtocar uns nos outros. A pressão exercida sobre cada umdos três dedos é diferente, com o dedo indicador

exercendo a menor pressão.As posições do pulso parecem-me dispostasligeiramente mais para o meio do que as dos chineses.Normalmente, o exame do pulso não é realizado emambas as mãos ao mesmo tempo; nas mulheres o pulsoda mão direita é examinado primeiro, nos homens, opulso da mão esquerda. Após, os pulsos de ambas asmãos são examinados ao mesmo tempo. Algunsmédicos tibetanos  – aqueles com grande experiência  – 

examinam na verdade, desde o início, os pulsos deambas as mãos ao mesmo tempo. O tempo gasto pararealizar tal exame varia de acordo com a dificuldade dodiagnóstico no caso em questão. Primeiramente, omédico compara o pulso do paciente com sua própriarespiração: se 5 pulsações são contadas desde o início

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da inspiração ao final da expiração, o paciente não

apresenta nenhuma doença séria. No entanto, se maisou menos do que 5 pulsações são contadas, o examedo pulso irá certamente prolongar-se por um certotempo, uma vez que esse é um sintoma de distúrbios deuma natureza mais séria. Geralmente, um diagnósticopelo pulso leva entre 5 a 10 minutos, mas algumasvezes pode demorar-se mais.

A melhor hora do dia para o exame do pulso é pelamanhã. O paciente deve estar em jejum ou, pelo menos,

não deve ter comido ou bebido grande quantidade dealimento ou bebida. O paciente também deve estarrelaxado, se possível.

Os médicos tibetanos explicam o exame do pulsode maneira típica também: sobre as extremidades deseus três dedos palpadores, o médico descreve as seisposições que são palpadas. Dois órgãos sãorelacionados a cada extremidade dos dedos da mãodireita e esquerda.7 

Posições profundas e superficiais 

Superficial (pressão leve): todos os órgãos sólidos (don)Profunda (pressão forte): todos os órgãos ocos (snod)

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Topologia 

mão esquerda do paciente mão direita do médico 

mão direita do paciente mão esquerda do médico 

Mulher

Indicador (mtshon)don (direito) pulmões (glo ba) coração (snying)snod(esquerdo)

I intestino grosso (long ka) intestino delgado (rgyu ma)

médio (kan ma)don (direito) baço (mcher pa) fígado (mchin pa)snod(esquerdo)

II estômago (pho ba) vesícula biliar (mkhris pa)

anelar (chag)don (direito) rim esquerdo (mkhal g-yon) rim direito (mkhal g-yas)snod(esquerdo)

III bsam se‟u bexiga (lgang pa)

Homem

indicador (mtshon)don (direito) coração (snying) pulmões (glo ba)snod(esquerdo)

I intestino delgado (rgyu ma) intestino grosso (long ka)

médio (kan ma)don (direito) baço (mcher pa) fígado (mchin pa)snod(esquerdo)

II estômago (pho ba) vesícula biliar (mkhris pa)

anelar (chag)don (direito) rim esquerdo (mkhal g-yon) rim direito (mkhal g-yas)snod(esquerdo)

III bsam se‟u bexiga (lgang pa)

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Mão esquerda do paciente 

Mão direita do médico 

indicadormtshon  

1

2I

médiokan ma  

3

4II

anelarchag  

5

6

III

Mulher 12

pulmõesintestino delgado

glo balong ka

indicador I

34

baçoestômago

mcher papho ba

médio II

5

6

rim esquerdo

bsam se‟u 

mkhal g-yon

bsam se‟u anelar III

Homem 12

coraçãointestino delgado

snyingrgyu ma

indicador I

34

baçoestômago

mcher papho ba

médio II

56

rim esquerdobsam se‟u 

mkhal g-yonbsam se‟u 

anelar III

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Mão direita do paciente 

Mão esquerda do médico 

I1

2

indicadormtshon  

II3

4

médiokan ma  

III5

6

anelarchag  

Mulher 12

coraçãointestino delgado

snyingrgyu ma

indicador I

34

fígadovesícula biliar

mchin pamkhris pa

médio II

5

6

rim direito

bexiga

mkhal g-yas

lgang paanelar III

Homem 12

pulmõesintestino delgado

glo balong ka

indicador I

34

fígadovesícula biliar

mchin pamkhris pa

médio II

56

rim direitobexiga

mkhal g-yaslgang pa

anelar III

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Os órgãos na medicina tibetana estão divididos em

dois grupos:

5 órgãos sólidos: coração, fígado, pulmões, baço e rins6 órgãos ocos: intestino grosso, vesícula biliar, intestinodelgado, estômago, bexiga e bsam se‟u 

Esta classificação dos órgãos em grupos énotável. No Volume 1, descobrimos a distribuição dosdon e snod em rLung (vento), mKris pa (bile) e Bad kan

(fleuma):

rLung mKris pa Bad kan 

don  coração fígado baçorinspulmões

snod  intestino grossobsam se‟u 

vesícula biliarintestino delgado

estômagobexiga

As relações entre os três humores e os vários órgãospodem ser claramente observadas no caso dodiagnóstico através do exame do pulso:

Todos os órgãos sólidos (don) são palpados com olado direito da extremidade do dedo;

Todos os órgãos ocos (snod) são palpados com o

lado esquerdo da extremidade do dedo.

As diferenças entre os pulsos dos homens e dasmulheres são as seguintes:

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Posição I Mulheres mão esquerda do paciente e mão direita do médico

= pulmões (glo ba) e intestino delgado (long ka)mão direita do paciente e mão esquerda do médico= coração (snying) e intestino delgado (rgyu ma)

Homens mão esquerda do paciente e mão direita do médico= coração (snying) e intestino delgado (rgyu ma)mão direita do paciente e mão esquerda do médico= pulmões (glo ba) e intestino grosso (long ka)

Uma comparação entre os pulsos chineses e tibetanos 

Na medicina tradicional chinesa, os seguintesórgãos são definidos como:

Os cinco tsang = órgãos sólidos (Yin): fígado,coração, baço, pulmões, rins (circulação – sexo). Este

grupo de órgãos corresponde aos cinco don descritosno Volume 1. Os seis fu = órgãos ocos (Yang): vesícula biliar,

intestino delgado, estômago, intestino grosso, bexiga,triplo – aquecedor. Este grupo de órgãos correspondeaos seis snod como descrito no Volume 1.

A principal diferença:

Todos os grupos são interligados.Órgãos sólidos tibetanos (don): superficial.Órgãos ocos tibetanos (snod): profundo.Órgãos ocos chineses (fu): superficial.Órgãos sólidos chineses (tsang): profundo.

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Pulsos chineses mão esquerda do paciente mão direita do paciente 

coraçãointestino delgado I

pulmõesintestino delgado I

fígadovesícula biliar II

baçoestômago II

rinsbexiga III

circulação – sexotriplo-aquecedor = san chiao III

Chinês Tibetano Chinês Tibetano

mão esquerda do paciente mão direita do paciente 

I coraçãointestino delgado

coraçãointestino delgado

homens  

pulmõesintestino grosso

pulmõesintestino grosso

homens  pulmõesintestino grosso

mulheres  

coraçãointestino delgado

mulheres  II fígado

vesícula biliarbaçoestômago

baçoestômago

fígadovesícula biliar

III rins

bexiga

rim esquerdo

bsam se‟u mulheres  

Circulação-sexo

triplo-aquecedor =san chiao

rim direito

bexiga

rim esquerdobsam se‟u homens  

Uma comparação das posições das tomadas depulso mostra em quais aspectos o diagnóstico pelopulso tibetano e chinês diferem e assemelham-se. Seconsiderarmos as posições, encontramos que o

diagnóstico tibetano pelo pulso, até certo ponto, retratamais fielmente a estrutura anatômica real do corpoquando o baço é palpado sobre a mão esquerda,enquanto o fígado e a vesícula biliar são palpados dolado direito. Devemos adicionar também que não háfalta de lógica quando os rins, um par de órgãos, são

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palpados de ambos os lados, tanto na mão esquerda

quanto na direita.Devemos fazer alguma observação sobre o órgão

“bsam se‟u”. Este termo não aparece no texto onde osgrupos de órgãos, “don” e “snod” são relacionados(rGyud bzhi , Parte 1, Capítulo 3, Volume 1). Apesardisso, os tibetanos relacionam este órgão como um dosórgãos ocos (snod), o sexto nesse grupo. Bastanteestranho, no entanto, nas tabelas de pulsologia queexaminei enquanto estive com os médicos tibetanos,

este órgão é referido como “bsam se‟u” = vesículaseminal, na posição correspondente dos pulsosfemininos, o útero (mngal).

O fato de que a divisão dos órgãos em gruposdescrita acima é idêntica na medicina tibetana e chinesa(tsang  – Yin = don, fu  – Yang = snod), indica que ostibetanos muito provavelmente adotaram o diagnósticopelo pulso a partir dos chineses. É possível que com otermo “bsam se‟u”, os tibetanos tenham criado seu

equivalente ao órgão triplo-aquecedor chinês (chin sanchiao).

Notas históricas 

Na medicina antiga indiana, há também analogiasentre os três humores e certos órgãos, mas não há umaestrita divisão como na medicina chinesa. Por outrolado, a divisão dos órgãos tibetanos em “don” e “snod” é

quase idêntica à dos chineses. Portanto, podemosafirmar que, uma vez que os tibetanos utilizam essesgrupos de órgãos em seu diagnóstico do pulso, eles oadotaram dos chineses.

Está registrado que os primeiros livros tibetanossobre diagnóstico pelo pulso foram escritos por um

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médico tibetano, gYu thog pa Yon tan mgon po rnyingma. Esses livros foram entitulados “mngon shes gnad kyi „phrul „khar ” e “rtsa dpyad rig pa rab gsal sde gsal sde tshan lnga pa lag len pod chung ”. 

gYu thog pa Yon tan mgon po rnying ma (o maisvelho), foi contemporâneo do rei Khri srong lde btsan,que reinou de 755 até 797 D.C. A suposição de W. A.Unkrig (na Introdução da obra “Die tibetischeMedizinphilosophie” por C. von Korvin-Krasinski, págs.xxi-xxii, de que o conhecimento sobre o pulso e a

palpação pode ser atribuído a gYu thog pa Yon tanmgon po gsar pa (o mais novo), que viveu no século 11,está obviamente incorreta. Pelo fato de gYu thog pa Yontan mgon po rnying ma (o mais velho) ter escrito doislivros altamente respeitados sobre o diagnóstico tibetanopelo pulso, devemos admitir que o diagnóstico pelopulso já devia ser conhecido pelos tibetanos em suaforma atual desde os meados do século 8. Estasuposição é também sustentada pelo fato de que a

medicina tibetana floresceu exatamente nessa época.Um intercâmbio de idéias particularmente ativo entre osvários sistemas médicos estava em progressão naquelaépoca, como pode ser demonstrado pelo “Debate debSam yas”, ocorrido em 794 D.C., no qual participarammédicos da China, Índia, Pérsia, Nepal, Sinkiang,Kashmir e Afeganistão.

No entanto, a data exata das primeiras influênciaschinesas nesta esfera pode ser determinada apenas

quando alguns livros  – pelo menos vinte e quatro  – sobre diagnóstico chinês pelo pulso tiverem sidotraduzidos pelos Sinologistas. Apenas então serápossível determinar a diferença entre os diagnósticospelo pulso tibetano e chinês.8 

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RAIZ B

Tronco V = Questionamento dri ba  

ramos folhasslong rkyen 3

na lugs 23zas 33 29

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3. Questionamento (Anamnese)

Um questionamento correto do paciente éconsiderado uma maneira clara de reconhecer umadoença. Primeiramente, o médico pergunta aomensageiro que foi enviado pelo paciente:1) Quais as queixas gerais ou específicas de que sofre o

paciente;2) A quais tratamento ele já se submeteu;3) Quando o paciente ficou doente; e

4) Que médico já tratou do paciente.

Quando recebe as respostas a essas questões,um bom médico já deve ter uma idéia do que estáerrado com o paciente.

Quando questiona realmente o paciente, o médicoestá interessado em descobrir: que medicamentos ele játomou; se já foram realizados sangria ou outros métodosde tratamento; e finalmente, o que o paciente refere que

está errado consigo e o que comeu ou bebeu. Apósessas questões gerais o médico precisa observar osistema prescrito que possibilita diagnosticar tanto o queestá errado com o paciente como o tipo constitucional domesmo.

1. Causas Produtoras

Um médico tibetano sabe quais características daspotências dos medicamentos ou alimentos como causasprodutoras podem levar ao aparecimento de certascondições de doenças. Assim, ele pergunta ao paciente,primeiramente, se as condições leves e ásperas,

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pungentes e quentes, pesadas e oleosas  se

harmonizam com ele.Uma doença de rLung está presente se o paciente

responde que condições leves e ásperas não condizemcom ele.

O paciente está sofrendo de uma doença de mKris  pa  se ele responde que as condições pungentes equentes não condizem com ele.

O paciente sofre de uma doença de Bad   kan  seele responde que as condições pesadas e oleosas não

se harmonizam com ele.Estas são as três questões sobre as causas

produtoras.

2. Condições das Doenças

Sabedor de que há certas condições que levam àsdoenças, as quais estão relacionadas com os três tipos

constitucionais e suas patologias, o médico tibetanopergunta ao paciente se as seguintes condições estãopresentes:

1) bocejos e tremores,2) espreguiçamento,3) calafrios,4) dores em todas as articulações da coxa e quadril,5) dores indefinidas que se movimentam,6) vômito (de estômago) vazio,

7) os órgãos dos sentidos não têm brilho,8) o conhecimento está embotado,9) há dor na hora da fome.

Se esses sintomas estiverem presentes, o paciente éum tipo rLung e está sofrendo de uma doença de rLung .

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1) gosto amargo,

2) cefaléias,3) ondas de calor,4) dores na região superior (do corpo),5) dores após a digestão.

Se esses sintomas estão presentes, o paciente éum tipo mKris pa  e está acometido de uma doença demKris  pa .

1) falta de apetite,

2) dificuldade em digerir o alimento,3) vômitos,4) gosto ruim na boca,5) distensão abdominal,6) eructações,7) corpo e mente tornam-se pesados (ambos),8) sensação de frio dentro e fora do corpo,9) desconforto após comer.

Se esses sintomas estiverem presentes, o

paciente é um tipo Bad   ka n e está acometido deum distúrbio de Bad  kan .

Estas são as 23 questões sobre as condições dasdoenças (rLung = 9, mKris  pa = 5, Bad  kan = 9).

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3. Alimentação

Sabedor de que alimentos com característicasespecíficas podem acarretar uma melhora nascondições do paciente, o médico pergunta, finalmente,ao paciente:

1) Se ele melhora após a ingestão de alimentosoleosos. Se esse for o caso, o paciente é um tiporLung e está acometido de uma doença de rLung .

2) Se ele sente-se melhor após a ingestão de

alimentos que sejam frios. Se esse for o caso, opaciente é um tipo mKris  pa e está acometido deum distúrbio de mKris  pa .

3) Se ele melhora após a ingestão de alimentos quesejam mornos. Se esse for o caso, o paciente éum tipo Bad  kan e está acometido de um distúrbiode Bad  kan .Estas são as três questões sobre a alimentação.

Resumo

1. causas produtoras 3 questões2. condições das doenças 23 questões3. alimentação 3 questões

29 questões

Estas 29 questões são características típicas da

medicina tibetana e os médicos tibetanos costumamconduzir o questionamento dessa maneira sistemática.Pude observar freqüentemente como os médicos nosHimalaias eram capazes de restringir as possibilidadesde uma doença através destas questões especialmentedirecionadas e determinar também o tipo constitucional

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do paciente. No entanto, o fato é que existem

relativamente poucas pessoas que sejam definidamenterLung , mKris  pa e Bad  kan . A maioria das pessoas sãocasos mistos, sendo que as características dominantesdeterminam o tipo constitucional do indivíduo. Se, noentanto, as características forem demasiadamentemistas de forma a serem igualmente divididas entretodos os três tipos, são então relacionados em tiposmistos como “rLung -mKris   pa ” ou “Bad   kan -mKris   pa ”,por exemplo. O tipo de tratamento também é

direcionado a tais características.É difícil imaginar qualquer outra medicina tendo tal

sistema inteligente e sistemático de questionamentocomo a medicina tibetana. Certamente, os médicostibetanos colocam muita ênfase neste detalhado e exatométodo de questionamento. Diz-se que os médicos quepodem diagnosticar uma doença após um grupo dequestões são bem conhecidos e gozam de ótimareputação.

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Capítulo Três TERAPÊUTICA

Sumário do CapítuloIntroduçãoA) Bloco de impressão do rGyud  bzhi , Parte 1, Capítulo

5 – fólio 9a, 9bB) Transliteração do textoC) Tradução do textoD) ApresentaçãoE) Métodos de tratamento

1. Nutrição2. Comportamento3. Medicamentos4. Tratamentos

INTRODUÇÃOComo no capítulo anterior, os fólios, páginas e

linhas do bloco de impressão foram incluídos na

transliteração (9a2-9b4). Na tradução, os troncos estãonumerados de VI-IX e as folhas de 1-98.

Foi possível também neste caso identificar todasas 98 folhas e os 27 ramos, de forma que todas as 98folhas foram enumeradas consecutivamente.

Os 4 troncos da Raiz C = TerapêuticaVI NutriçãoVII ComportamentoVIII Medicamentos

IX Tratamentosforam, portanto, analisados e apresentados na mesmaordem como no capítulo anterior: Blocos de impressão(A), Transliteração (B), Tradução (C) e Apresentação(D). Os métodos terapêuticos (E) serão então descritosaqui.

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Descrições um pouco mais detalhadas estão

incluídas nos métodos terapêuticos que podem ser maisfacilmente aplicados no Ocidente  – moxabustão esangria.

Evidentemente, será possível trabalhar aquiapenas com os métodos mencionados no texto emquestão. O repertório completo de métodos detratamento é naturalmente muito longo e deverá sertrabalhado no Volume III. No entanto, esta descrição dealguns dos métodos torna mais óbvio uma vez que os

métodos em questão referem-se claramente aos tiposconstitucionais.

Deve-se também acrescentar que a cirurgia não foimencionada no sistema de medicina tibetana.Entretanto, uma breve descrição foi incluída nestevolume.

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RAIZ CTerapêutica

Nutrição Comportamento Medicamentos Tratamentos 

6 ramos 3 ramos 15 ramos 3 ramos35 folhas 6 folhas 50 folhas 7 folhas

VI VII VIII IX

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A) BLOCO DE IMPRESSÃO

rGyud bzhi , Parte 1Capítulo 5Fólio 9a

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rGyud bzhi , Parte 1

Capítulo 5Fólio 9b

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B) TRANSLITERAÇÃO DO TEXTO

de nas yang drang srong Rig pa‟i ye shes kyis skad ces gsungs so 

kye drang srong chen po nyon cig

(9a2) nad la gso bar byed pa‟i gnyen po ni [1]

zas dang spyod lam sman dpyad bzhi yin te [2]

rta bong „phyi ba lo sha sha chen dang [3]

„bru mar lo lar bu ram sgog skya btsong [4]

„o ma lca ba ra mnye zan chang dang [5]bur chang rus chang rlung nad can gyi (9a3) zas [6]

ba ra‟i zho dar mar gsar ri dvags sha [7]

ra sha skom sha gsar pa chag tshe dang [8]

skyabs dang khur tshod chab tsha chu bsil dang [9]

bskol grangs mkhris pa‟i nad kyi zas su btsad [10]

lug dang g-yag rgod gcan gzan nya yi sha [11]

(9a4) sbrang rtsi skam sa‟i „bru rnying zan dron dang [12]

„bri yi zho dar gar chang chu skol ni [13]

ba kan nad gzhi can gyis bsten par bya [14

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C) TRADUÇÃO DO TEXTO

Então, novamente, o sábio Rig pa‟i ye shes falouassim:

“Ouça, oh grande sábio! Para medidas que levemà cura no caso das doenças, existem quatro: nutrição,comportamento, medicamentos e tratamentos.

Os alimentos para uma pessoa que sofre dedoenças de rLung (I):cavalo (1), macaco (2), marmota (3), carne de um idoso (4),carne humana (5), óleo de gergelim (6), óleo envelhecido(7), açúcar mascavo (8), alho (9), cebolas (10).[5] (II): leite (11), sopa de cenoura e alho (12), líquidoextraído do açúcar cru (13), sopa de ossos (14).

A alimentação de uma pessoa que sofre de umdistúrbio de mKris pa (III) é:iogurtes de leite de vaca e cabra (15), manteiga (16),manteiga fresca (17), carne de veado (18), carne decabrito (19), carne fresca de animais de

desenvolvimento misto (20), cevada fresca (21), ervas“skyabs” (22), dente-de-leão (23),(IV): água quente (24), água fria (25),[10] (água) fervida e fria (26).

(Os seguintes alimentos) devem ser adotadospelas pessoas afetadas por Bad kan  (V) como base dadoença:carneiro (27), iaque selvagem (28), animais de caça(29), peixe fresco (30), mel (31), mingau quente de

grãos envelhecidos plantados em solo seco (32),(VI): iogurtes e manteiga da fêmea do iaque (33),cerveja forte (34), água fervida (35).

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rlung la dro sar yid „ong grogs bsten dzing [15]

mkhris pa‟i nad la bsil sar dal bar bsdad [16]

bad (9a5) kan nad la rtsol bcad dro sa bsten [17]

rlung la mngar skyur lan tsha snum lci „jam [18]

mngar kha bska bsil sla rtul mkhris pa‟i sman [19]

tsha skyur bska rno rtsub yang bad kan no [20]

ro nus de la sbyor ba zhi sbyang gnyis [21]

zhi byed rlung la khu ba (9a6) sman mar gnyis [22]

mkhris pa‟i nad la thang dang cur nis bsten [23]bad kan nad la ril bu tres sam sbyar [24]

lhu ba rus khu bcud bzhi mgo khrol te [25]

sman mar dza ti sgog skya „bras bu gsum [26]

rtsa ba lnga dang sman chen dag la (9b1) sbyar [27]

ma nu sle tres tig ta „bras bu‟i thang [28]

ga bur tsan dan gur gum cu gang phye [29]

btsan dug tshva sna rnams kyi ril bu dang [30]

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[15] No caso de (um distúrbio de) rLung (VII), o paciente

deve manter-se na companhia de pessoas agradáveis(36) em local aquecido (37).

No caso de (um distúrbio de) mKris   pa  (VIII), opaciente deve sentar-se calmamente (38) em um localfresco (39).

No caso de (um distúrbio de) Bad   kan  (IX), opaciente deve fazer caminhadas enérgicas (40) econservar-se em local aquecido (41).

No caso de rLung  (X): doce (42), azedo (43) e

salgado (44).(XI): oleoso (45), pesado (46) e suave (47).

Medicamentos para mKris   pa  (XII): doce (48),amargo (49), (e) adstringente (50).(XIII): frio (51), fraco (52) e embotado (53).[20] E (no caso de) Bad  kan (XIV): pungente (54), azedo(55) e adstringente (56), (XV): penetrante (57), áspero(58) (e) leve (59).

Quanto aos sabores (X-XII-XIV) e potências (XI-

XIII-XV) citados, há dois tipos de preparações: (tornar)calmo e (tornar) limpo.(Aqueles que) tornam calmo, nos casos de rLung ,

são de dois (tipos): sopas (XVI) (e) óleos medicinais.(XVII) Nos casos de distúrbios de mKris pa  o

paciente deve tomar xaropes (XIII) e pós (XIX). Deve-sepreparar pílulas (XX) (e) pastas (XXI) nos casos dedistúrbios de Bad  kan .

[25] Sopas: sopa preparada com ossos (60), os

quatro sucos (61), e a (sopa) “mgo khrol” (62). Óleos medicinais devem ser preparados comnardo (63), alho (64), as três frutas (65), as três raízes(66) e os acônitos (67).

N. do T.: Nardostachys jatamansi.

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  87

Xaropes de: rizoma de lírio florentino (68), “sletres” (69), Swertia chirata (70) e as frutas (71). 

Pós: cânfora (72), sândalo (73), açafrão (74) esuco resinoso do bambu (75).

[30] Pílulas: de acônito (76) e de vários tipos de sal(77).

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 88

tres sam se „bru da lis rgod ma kha [31]

tshva dang cong dzi bsregs pa‟i thal sman no [32]

sbyong byed (9b2) rlung gi nad la „jam rtsi ste [33]

mkhris pa bshal la bad kan skyugs kyis sbyang [34]

„jam rtsi sle „jam bkru „jam bkru ma slen [35]

bshal la spyi bshal sgos bshal drag dang „jam [36]

skyugs la drag skyugs gnyis su sbyar [37]

dpyad du bsku mnye hor gyi me btsa‟ dang [38]

rngul dbyung gtar ga chu yi „phrul „khor dang [39]dugs dang me btsa‟ rim bzhin dpyad kyis bcos [40]

de ltar gso thabs dgu bcu rtsa brgyad po [41]

(9b4) yengs med gus par brtson pas bsten byas na [42]

nad kyi „dam las myur du grol bar „gyur  [43]

zhes gsungs so

bdud rtsi snying po yan la brgyad pa gsang ba man ngag gi rgyudlas gso thabs kyi le‟u ste lnga pa‟o 

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Pastas: romãs (78), rododendros (79), “rgod ma

kha” (80) e medicamentos alcalinos à base de salqueimado (81) e pedra branca (82).

(Quanto às preparações que) purificam, nos casosde doenças de rLung  (XXII), (utilizam-se) enemasoleosos.

(Nos casos de) doenças de mKris pa  (XXIII):laxantes.

(Nos casos de) doenças de Bad kan  (XXIV), (sãotornadas) purificadas com eméticos.

[35] Enemas oleosos: (preparam-se) enemassuaves (83), enemas purgativos (84), purgativos quenão são fracos (85).

No caso dos laxantes (preparam-se): laxantesgerais (86), laxantes especiais (87), laxantes fortes (88)e fracos (89). No caso dos eméticos: duas (formas):eméticos fortes (90) e fracos (91).

Quanto aos tratamentos: (rLung ) (XXV):massagem com unção (92) e cauterização do tipo

mongol (93).(mKris pa ) (XVI): produção de suor (94), sangria(95) e a roda de água mágica (96).

[40] (Bad kan ) (XXVII): (tratamento com) calor (97)e cauterização (98).

(Através desses) tratamentos pode-se curar(doenças causadas por distúrbios de rLung, mKris pa eBad kan ) respectivamente.

Portanto, há 98 métodos de cura.

Aquele que confiar nos mesmos atentamente,respeitosamente e diligentemente será rapidamentelibertado do pântano da doença.” 

Assim falou ele.

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 90

Quinto capítulo sobre os métodos de cura do

Tratado Secreto da Instrução sobre os Oito Ramos daEssência da Imortalidade.

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  91

D) APRESENTAÇÃO

RAIZ CTerapêutica gso thabs

Tronco VI Nutrição zas Tronco VI possui 6 ramos:

1º ramo = alimentos para rLung (I) rlung zas2º ramo = bebidas para rLung (II) rlung skom3º ramo = alimentos para mKris pa (III) mkhris zas

4º ramo = bebidas para mKris pa (IV) mkhris skom5º ramo = alimentos para Bad kan (V) bad zas6º ramo = bebidas para Bad kan (VI) bad skom6 ramos

Estes 6 ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Nutrição

Do 1º ramo nascem 10 folhas

Alimentos para rLung (I) rlung zas 

1. cavalo (1) rta2. macaco (2) bong3. marmota (3) „phyi ba 4. carne envelhecida (4) lo sha5. carne humana (5)9 sha chen6. óleo de gergelim (6) „bru mar  7. óleo envelhecido (7) lo mar8. açúcar mascavo (8) bu ram9. alho (9) sgog skya10. cebolas (10) btsong

Do 2º ramo nascem 4 folhas

Bebidas para rLung (II) rlung skom 1. leite (11) „o ma 2. sopa de cenoura e alho (12) lca ba ra mnye zan chang3. líquido (extraído) do açúcar mascavo (13) bur chang

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4. sopa de ossos (14) rus chang

14 folhas

Do 3º ramo nascem 9 folhas

Alimentos para mKris pa (III) mkhris zas 1. iogurtes de vaca e cabra (15) ba ra‟i zho 2. manteiga (16) dar3. manteiga fresca (17) mar gsar4. carne de carneiro (18) ri dvags sha

5. carne de cabra (19) ra sha6. carne fresca de animais de reproduçãomista (20)

skom sha gsar pa

7. cevada fresca (21) chag tshe8. ervas “skyabs” (22) 10 skyabs9. dente-de-leão (23) khur tshod

Do 4º ramo nascem 3 folhas

Bebidas para mKris pa (IV) mkhris skom 1. água quente (24) chab tsha

2. água fria (25) chu bsil3. (água) fervida e fria (26) (chu) bskol grangs

12 folhas

Do 5º ramo nascem 6 folhas

Alimentos para Bad kan (V) bad zas 1. carneiro (27) lug2. iaque selvagem (28) g-yag rgod3. animais de caça (29) gcan gzan4. carne de peixe (30) nya yi sha5. mel (31) sbrang rtsi6. mingau quente de grãos velhos

cultivados em solo seco (32)skam sa‟i „bru

rnying zan dron

Do 6º ramo nascem 3 folhas

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Bebidas para Bad kan (VI) bad skom 1. iogurtes e manteiga da fêmea do

iaque (33)„bri yi zho dar  

2. cerveja forte (34) gar chang3. água fervida (35) chu skol

9 folhas

ResumorLung mKris pa Bad kan 

Alimentos  10 9 6Bebidas  4 3 314 12 9 = 35

Estas 35 folhas contém detalhes específicos doTronco = Nutrição

RAIZ C

Tronco VI = 6 ramos 

Ramo 1 = 10 folhasRamo 2 = 4 folhasRamo 3 = 9 folhasRamo 4 = 3 folhasRamo 5 = 6 folhasRamo 6 = 3 folhas

35 folhas

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RAIZ C

Terapêutica gso thabsTronco VII Comportamento spyod 

Tronco VII possui 3 ramos:

1º ramo = conduta para rLung (VII) rlung spyod2º ramo = conduta para mKris pa (VIII) mkhris pa‟i spyod 3º ramo = conduta para Bad kan (IX) bad kan spyod

3 ramos

Estes 3 ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Comportamento

Do 1º ramo nascem 2 folhas

Conduta para rLung (VII) rlung spyod 1. conservar-se em companhia

agradável (36)yid „on grogs bsten 

2. local morno (37) dro sa

Do 2º ramo nascem 2 folhas

Conduta para mKris pa (VIII) mkhris pa „i spyod  1. sentar-se calmamente (38) dal bar bsdad2. local frio (39) bsil sa

Do 3º ramo nascem 2 folhas

Conduta para Bad kan (IX) bad kan spyod 1. fazer caminhadas enérgicas (40) rtsol bcag2. local morno (41) dro sa

6 folhasEstas 6 folhas contém os detalhes específicos doTronco = Comportamento

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  95

RAIZ C

Tronco VII = 3 ramos 

Ramo 1 = 2 folhasRamo 2 = 2 folhasRamo 3 = 2 folhas

6 folhas

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RAIZ C

Terapêutica gso thabsTronco VIII Medicamentos sman Tronco VIII possui 15 ramos:

1º ramo = saborrLung (X)

rorlung

2º ramo = potênciarLung (XI)

nus parlung

3º ramo = sabormKris pa (XII)

romkhris pa

4º ramo = potênciamKris pa (XIII)

nus pamkhris pa

5º ramo = saborBad kan (XIV)

robad kan

6º ramo = potênciaBad kan (XV)

nus pabad kan

7º ramo = acalmarrLung (XVI)sopas

zhi byedrlung

khu ba8º ramos = acalmar

rLung (XVII)óleos medicinais

zhi byed

rlungsman mar9º ramo = acalmar

mKris pa (XVIII)xaropes

zhi byedmkhris pa

thang10º ramo = acalmar

mKris pa (XIX)pós

zhi byedmkhris pa

cur ni11º ramo = acalmar

Bad kan (XX)pílulas

zhi byedbad kan

ril bu

12º ramo = acalmarBad kan (XXI)pastas

zhi byedbad kantres sam

13º ramo = purificarrLung (XXII)enemas oleosos

sbyong byedrlung

„jam rtsi 14º ramo = purificar sbyong byed

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  97

mKris pa (XXIII)

laxantes

mkhris pa

bshal sman15º ramo = purificar

Bad kan (XXIV)eméticos

sbyong byedbad kan

skyugs sman

15 ramos

Estes 15 ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Medicamentos

Do 1º ramo surgem 3 folhasSabor rLung (X)

ro rlung 

1. doce (42) mngar2. azedo (43) skyur3. salgado (44) lan tshva (texto: lan tsha)

Do 2º ramo nascem 3 folhasPotência rLung (XI)

nus pa rlung 

1. oleoso (45) snum

2. pesado (49) lci3. suave (50) „jam 

Do 3º ramo nascem 3 folhasSabor mKris pa (XII)

ro mkhris pa 

1. doce (48) mngar2. amargo (49) kha3. adstringente (50) bska

Do 4º ramo nascem 3 folhas

Potência mKris pa (XIII)

nus pa mkhris pa 

1. fria (51) bsil2. grossa (52) sla3. embotada (53) rtul

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 98

Do 5º ramo nascem 3 folhas

Sabor Bad kan (XIV)

ro bad kan 

1. pungente (54) tsha2. azedo (55) skyur3. adstringente (56) bska

Do 6º ramo nascem 3 folhasPotência Bad kan (XV)

nus pa bad kan 

1. penetrante (57) rno2. áspero (58) rtsub3. leve (59) yang

Do 7º ramo nascem 3 folhasacalmar rLung (XVI)Sopas 

zhi byed rlung 

khu ba 1. sopa de ossos (60) rus khu2. os quatro sucos (61) bcud bzhi3. “mgo khrol” (62)11 mgo khrol

Do 8º ramo nascem 5 folhasacalmar rLung (XVII)Óleos medicinais 

zhi byed rlung 

sman mar 1. Nardostachys jatamansi (63) dza ti2. alho (64) sgog skya3. as três frutas (65) 12  „bras bu gsum 4. as quatro raízes (66) rtsa ba lnga5. acônitos (67) sman chen

Do 9º ramo nascem 4 folhas

acalmar mKris pa (XVIII)Xaropes 

zhi byed mkhris pa 

thang 1. rizoma de lírio florentino (68) ma nu

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  99

2. Tinospora cordifolia  sle tres

3. Swertia chirata (70) tig ta4. as (três) frutas (71) „bras bu (gsum) 

Do 10º ramo nascem 4 folhasacalmar mKris pa (XIX)Pós 

zhi byed mkhris pa 

cur ni 1. Cinnamomum camphora (72) ga bur2. sândalo (73) tsan dan3. Crocus sativus (74) gur gum4. Resina do bambu (75) cu gang

Do 11º ramo nascem 2 folhasacalmar Bad kan (XX)Pílulas 

zhi byed bad kan 

ril bu 1. acônito (76) btsan dug2. vários tipos de sal (77) tshva sna rnams

Do 12º ramo nascem 5 folhasacalmar 

Bad kan (XXI)Pastas 

zhi byed 

bad kan tres sam 1. Punica granatum (78) se „bru 2. rododendros (79) da li3. um medicamento muito quente (80)13 rgod ma kha4. medicamentos alcalinos à base de

sais14 tshva bsregs pa‟i

thal sman5. pedra branca (82)15 com zhi

Do 13º ramo nascem 3 folhaspurificar 

rLung (XXII)Enemas oleosos 

sbyong byed 

rlung „jam rtsi  

1. suave (83) sle „jam 2. purgativo (84) bkru „jam 

 N. do T.: Em “Formulário de Medicina Tibetana” por Bagwan Dash. 

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 100

3. purgativos não suaves (85) bkru ma slen

Do 14º ramo nascem 4 folhaspurificar mKris pa (XXIII)Laxantes 

sbyong byed mkhris pa 

bshal sman 1. laxantes gerais (86) spyi bshal2. laxantes especiais (87) sgos bshal3. laxantes fortes (88) drag bshal4. laxantes suaves (89) „jam bshal 

Do 15º ramo nascem 2 folhaspurificar Bad kan (XXIV)Eméticos 

sbyong byed bad kan 

skyugs sman 1. eméticos fortes (90) drag skyugs2. eméticos fracos (91) „jam skyugs 

50 folhas

Estas 50 folhas contém detalhes específicos doTronco = Medicamentos

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  101

RAIZ C

Tronco VIII = 15 ramos Ramo 1 = 3 folhasRamo 2 = 3 folhasRamo 3 = 3 folhasRamo 4 = 3 folhasRamo 5 = 3 folhasRamo 5 = 3 folhasRamo 6 = 3 folhasRamo 7 = 3 folhasRamo 8 = 5 folhasRamo 9 = 4 folhasRamo 10 = 4 folhasRamo 11 = 2 folhasRamo 12 = 5 folhasRamo 13 = 3 folhasRamo 14 = 4 folhasRamo 15 = 2 folhas

= 50 folhas

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 102

RAIZ C

Terapêutica gso thabs

Tronco IX Tratamentos (externos) dpyad Tronco IX possui 3 ramos:

1º ramo = tratamentos (externos)rLung (XXV)

dpyadrlung

2º ramo = tratamentos (externos)mKris pa (XXVI)

dpyadmkhris pa

3º ramo = tratamentos (externos)Bad kan (XXVII)

dpyadbad kan

3 ramos

Estes ramos correspondem aos detalhes gerais doTronco = Tratamentos (externos).

Do 1º ramo nascem 2 folhastratamentos (externos)rLung (XXV)

dpyad rlung 

1. massagem com óleo (92) bsku mnye2. cauterização tipo mongol (93) hor gyi me btsa‟ 

Do 2º ramo nascem 3 folhastratamentos (externos)mKris pa (XXVI)

dpyad mkhris pa 

1. indução da perspiração (94) rngul dbyung2. sangria (95) gtar ga3. roda de água mágica (96) chu yi „phrul „khor  

Do 3º ramo nascem 2 folhas

tratamentos (externos)Bad kan (XXVII)

dpyad bad kan 

1. (terapia) quente (97) dugs2. cauterização (moxabustão) (98) me btsa‟ 

7 folhas

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Estas 7 folhas contém detalhes específicos do

Tronco = Tratamentos (externos)

RAIZ C

Tronco IX = 3 ramos Ramo 1 = 2 folhasRamo 2 = 3 folhasRamo 3 = 2 folhas

7 folhas

Os termos a seguir foram retirados do Capítulo 5(Parte 1) do livro rGyud bzhi:

Raiz do Tratamento = gso byed thabs kyi rtsa ba Tronco VI = Nutrição 6 ramos 35 folhasTronco VII = Comportamento 3 ramos 6 folhasTronco VIII = Medicamentos 15 ramos 50 folhas

Tronco IX = Tratamentos (externos) 3 ramos 7 folhas

27 ramos 98 folhas

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RAIZ C

Tronco VI = Nutrição zas  

ramos folhasrlung zas 10rlung skom 4mkhris pa zas 9mkhris pa skom 3bad zas 6bad skom 3

6 35

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E) MÉTODOS DE TRATAMENTO1. Nutrição

Nutrição – Alimentos sólidos

Faz-se distinção entre os seguintes tipos dealimentos.

Grãos Grãos sem vagem: cevada, trigo, arroz, milho, trigo

sarraceno etc. Seu sabor é doce e como resultado desua ingestão, Bad kan (fleuma) é fortalecido e rLung(vento) é reduzido.

Grãos com vagem: lentilhas, ervilhas, gergelim,linhaça etc. À princípio, todo tipo de grão é pesadoquando fresco, mas leve quando seco. Os efeitos detodos estes diferentes grãos e suas qualidades quantoao sabor são descritos em detalhes.

Carne Animais cuja carne é comestível são divididos em oitogrupos a seguir:

Animais que vivem em solo seco: 1) Pássaros demontanhas que obtém seu alimento utilizando suasgarras e pequenos pássaros que usam seus bicos. 2)Animais de caça. 3) Animais de caça de grande porte. Acarne proveniente destes animais é fria, leve e áspera.

Animais que vivem tanto na água quanto em soloseco: 4) Animais predadores. 5) Pássaros que obtémseu alimento utilizando sua própria habilidade, porexemplo, abutres, corvos, etc. 6) Animais domésticos. Acarne proveniente destes animais possui tanto as

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características dos que vivem em solo seco como em

ambiente úmido.Animais que vivem em ambiente úmido: 7) Animais

que vivem em esconderijos ou covas. 8) Animais quevivem na água (gansos, lontras, peixes etc.) A carnedestes animais é oleosa, pesada e quente.

Estes são os oito tipos de animais.A carne seca e a carne que foi bem cozida são de

fácil digestão.

Óleos comestíveis Os seguintes tipos de óleos comestíveis são descritos:óleo de açafrão, óleo de gergelim, gordura de medulaóssea e gordura sólida.

Atribuem-se características específicas aos váriostipos de óleos. Eles são um importante gêneroalimentício para os tibetanos e são particularmentebenéficos para os idosos, para crianças frágeis e paratodas as doenças de rLung (vento).

Vegetais Os vários tipos de vegetais, suas características eefeitos são descritos com grande precisão. Todos ostipos de vegetais bloqueiam as entradas dos vasos.

Preparações Dedica-se grande atenção à preparação das variadassopas de arroz (rala, grossa e forte), às sopas de grãose às sopas de vegetais porque estas preparações sãoimportantes para muitas doenças quando está muito frio,particularmente quando são preparadas com gordura.

Nutrição – líquidos

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Os tibetanos possuem uma apreciação especial por

virtualmente todos os tipos de leite (de vaca, de cabras,de dri, de ovelhas etc.) assim como pelos váriosderivados do leite, como os queijos, os iogurtes emanteiga. Todos estes derivados possuemcaracterísticas particulares, assim como as possuem ossete tipos de água: água da chuva, água de rios, águade fontes, água de poço, soda e água que pinga dasárvores. A água proveniente das montanhas altas e aágua que recebeu o brilho do sol são particularmente

benéficas enquanto que a água estagnada e a águapútrida estimulam o desenvolvimento das doenças.

O álcool é utilizado para aqueles que sofrem desono agitado e cura doenças de Bad kan e mKris pa.Entretanto, o consumo excessivo de álcool não éconsiderado benéfico.

Incompatibilidade entre alimentos – dieta prejudicialFaz-se distinção entre os seguintes dois grupos:

Alimentos tóxicos Podem ser reconhecidos pela sua coloração, cheiro esabor; os sintomas que surgem após a ingestão de taisalimentos são: boca seca, sudorese, tremores eagitação.

Alimentos que são indigestos pois não podem ser ingeridos juntos Por exemplo, peixe e leite, leite e fruta, ovos e peixe,aves domésticas e iogurtes, (partes iguais de) mel eóleo, sopa de ervilhas e açúcar mascavo e iogurtes.

N. do T.: A fêmea do iaque.

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Outros erros dietéticos também estão incluídos

neste grupo. Por exemplo, não se deve conservar amanteiga por mais de dez dias em recipiente de bronzee não se deve ingerir alimento azedo com leite.

Hábitos alimentares sensatos e corretosA terceira e última seções estão relacionadas comhábitos alimentares sensatos. A cada ingestão dealimentos, é vital que a quantidade do mesmo estejacorreta. Se o alimento ingerido for leve, pode-se comer

até que o estômago esteja repleto. No entanto, se oalimento for pesado, deve-se comer até preenchermetade do estômago. Doenças de rLung surgem se aingestão de alimentos é insuficiente. Líquidos ingeridosapós uma refeição são bons para a digestão. À princípio,considera-se benéfica a ingestão no começo, no meio eno final de uma refeição. A água fria é consideradabenéfica se o paciente fica inchado após uma refeição.Consegue-se reduzir a gordura misturando mel e água.

Muitas instruções como estas são fornecidas maso mais importante é que o indivíduo deve alimentar-semoderadamente.

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RAIZ C

Tronco VII = Comportamentospyod  

ramos folhasrlung spyod 2

mkhris pa‟i spyod 2bad kan spyod 2

3 6

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2. Comportamento

Comportamento diário, contínuo

O primeiro tipo de comportamento diáriomencionado refere-se às medidas que podem prolongara vida. As pedras preciosas devem ser usadas comoamuletos e a má utilização do corpo, da mente e da faladeve ser evitado. A pessoa deve verificar o caminhopelo qual está indo e a cadeira na qual está se

sentando. São fornecidas instruções com relação aosono  – dormir durante o dia, por exemplo, piora asdoenças de Bad kan . Vários tipos de conselhos quanto àatividade sexual são dados, por exemplo, com relação àfreqüência e à época do ano, etc.

Nas pessoas tipo rLung , é benéfico friccioná-loscom óleo, enquanto os tipos Bad kan  devem fazerbastante exercícios e ginástica. Banhos regulares sãoconsiderados saudáveis, mas não se deve lavar a

cabeça com água morna. O banho não está indicado sea pessoa estiver com problemas digestivos.O segundo tipo de comportamento diário refere-se

à conduta a favor e contra o seu ambiente. Deve-semostrar respeito às pessoas mais velhas, deve-seapreciar seu vizinho e, em geral, atentar para as boasmaneiras. Regras de conduta severas a seremobservadas na vida cotidiana são mencionadas aqui. Oterceiro e último aspecto do comportamento diário

refere-se, finalmente, com questões relacionadas aolado religioso da vida. Aqui, a ênfase é, sobretudo, naconstante manutenção de seu corpo, mente e fala sobcontrole.

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Comportamento sazonal

Os tibetanos consideram seis estações do ano  – começo e final do inverno, primavera, (começo do)verão, estação chuvosa (final do verão) e outono  – cadauma delas durando 2 meses.

Começo do inverno: Durante este período do ano,quando não há muito para comer, deve-se ingeriralimentos doces, azedos e salgados. Deve-se friccionaro corpo com óleo e ingerir comida gordurosa; deve-se

usar roupas quentes e permanecer próximo ao fogo.Final do inverno: Se o frio for intenso, as mesmas

medidas acima devem ser adotadas, apenas de formamais extrema.

Primavera: Nesta época do ano, desenvolvem-sedoenças de Bad kan  e, portanto, deve-se ingeriralimentos com sabor amargo, penetrante e adstringente.Deve-se evitar alimentos ásperos, por exemplo, cevadaenvelhecida, mel e água fervida. Grande quantidade de

exercícios e massagens são benéficas.Verão (começo): Em geral, os efeitos do calordevem ser evitados  – em outras palavras, roupas levesdevem ser vestidas, deve-se permanecer na sombra,banhar-se em água fria etc. Os alimentos não devem sersalgados, penetrantes ou amargo, mas sim com sabordoce e leve, oleoso e frio.

Estação chuvosa (final do verão): O fogo digestivoesfria-se durante a estação chuvosa porque a terra está

saturada de água. Portanto, alimentos que estimulam ofogo digestivo devem ser ingeridos, ou seja, alimentoscom sabor doce, azedo e salgado e alimentos que sejamleves, mornos e oleosos. Deve-se beber álcool epermanecer em locais frios.

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Outono: Durante a estação chuvosa precedente, o

corpo sofreu resfriamento e podem ocorrer doenças demKris pa . Portanto, no outono, devem ser ingeridosalimentos com sabor doce, amargo e adstringente. Asroupas devem aquecer.

Estes aspectos podem ser resumidos da seguinteforma:

estação chuvosa einverno alimentos e bebidas devem aquecer

primavera alimentos e bebidas devem ser ásperos

verão e outono alimentos e bebidas devem ser friosoutono eprimavera tomar laxativos e eméticos

estação chuvosa enemas oleosos

Comportamento casual

Referimos aqui às necessidades naturais que nãodevem ser reprimidas, com o risco de se desenvolveremdoenças.

A repressão da fome natural tem comoconseqüência o surgimento de doenças, as quais podemser dominadas com a ingestão de alimentos leves,oleosos e mornos. As conseqüências da supressão dasede podem ser combatidas com métodos refrescantes;

a supressão dos vômitos, por jejum; a supressão dosespirros, por inalação de soluções ácidas e a supressãodo sono, por sopa de carne e bebida alcoólica.

Outros tipos de comportamento ocasional sãorelacionados e, finalmente, são fornecidos os seguintesconselhos gerais. No inverno, acumulam-se doenças de

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Bad kan  (fleuma) e, portanto, sua influência sobre o

corpo deve ser eliminada durante a estação das chuvas(final do verão). Durante essa estação, acumulam-se asdoenças de mKris pa  (bile) e sua influência sobre ocorpo deve ser eliminada no outono.

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RAIZ C

Tronco VIII = Medicamentos sman  

ramos folhasrlung sman ro 3rlung sman nus pa 3mkhris pa sman ro 3mkhris pa sman nus pa 3bad kan gyi sman ro 3bad kan sman nus pa 3

rlung bzhi byed 3rlung zhi byed 5mkhris pa zhi byed 4mkhris pa zhi byed 4bad kan zhi byed 2bad kan zhi byed 5rlung sbyong byed 3mkhris pa sbyong byed 4bad kan sbyong byed 2

15 50

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3. Medicamentos

Resumo da SeçãoComentários geraisClassificaçãoSabor dos medicamentosOs grupos de medicamentos e suas funçõesO sabor pós digestivoPotência dos medicamentosPreparações

Comentários gerais

Uma parte relativamente extensa da literaturamédica tibetana está relacionada com medicamentos,mas, infelizmente, até hoje nem um único livro foitraduzido, sendo responsáveis por isso as enormesdificuldade encontradas na determinação, tão precisa

quanto possível, da terminologia necessária. W.A.Unkrig16, um dos mais experientes nesta área, afirmaque é extremamente difícil determinar os equivalentebotânicos, latinos, dos medicamentos tibetanos.

No entanto, espera-se que esta terminologia nãopermaneça, como foi, um território inexplorado por muitotempo porque os tibetologistas17 começaram a cuidardeste assunto. Diversos livros18 novos estarãodisponíveis em breve para nos fornecer pontos de

referência importantes e definitivos, também.Nós podemos observar também a diferençaexistente entre as plantas e ervas que foram utilizadasno Tibete e aquelas que estão atualmente disponíveisaos tibetanos nos países onde estão exilados, nos quaisos médicos tibetanos não podem mais coletar as plantas

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e ervas que crescem nas montanhas extremamente

altas do Tibete. Este país, rico em plantas e minerais,importou espécies, tais como o ginseng da Coréia, emuitas outras, de países vizinhos enquanto exportavasubstâncias como o almíscar, o bórax etc.

Os medicamentos eram coletados em grandes oupequenas expedições de acordo com regras específicas.As expedições maiores ocorriam em agosto e setembroe, durante sua progressão, jovens médicos recebiaminstruções precisas relacionadas com as plantas e os

minerais. Normalmente, as frutas eram colhidas nooutono e as folhas, no verão; os ramos eram cortadosna primavera e as raízes, desenterradas no inverno. Apreparação das plantas ocorria então na “casa damedicina” (sman khang) = farmácia. 

Primeiramente, aplica-se calor moderado pararemover a água e depois as plantas são pulverizadasantes de serem transformadas em pílulas, pós oupastas. As pílulas são, freqüentemente, cobertas com

uma camada feita de várias substâncias. Finalmente, osmedicamentos líquidos são despejados em pequenosfrascos e as pílulas e pós envolvidos em papel erotulados de acordo. A substância na qual omedicamento é ingerido possui um papel importante e éconhecido como “cavalo do medicamento” (sman rta).Pode ser água, açúcar ou mel. Os medicamentosprontos para consumo podem conter até 30 a 40diferentes componentes e as formas de pílulas e pós

são as mais populares. Quase todo médico tibetano levaconsigo uma pequena farmácia em sua pequena bolsade medicamentos (sman khug ou sman rkyal), umapequena bolsa de couro, contendo até 50 tiposdiferentes de medicamentos. Os medicamentos sãoadministrados individualmente, a maioria pela manhã e à

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noite. A composição dos medicamentos e a preparação

das receitas médicas são tão variadas que suaenumeração preencheria alguns volumes.Freqüentemente, torna-se impossível determinar asquantidades exatas utilizadas na preparação dosmedicamentos – o fator importante é que as proporçõesestejam corretas e não a quantidade absoluta de cadaum dos componentes, porque a rica experiência que ostibetanos possuem permite que eles façam variações nacomposição dos medicamentos de acordo com as

necessidades de um indivíduo.Em qualquer tratamento que utilize medicamentos

tibetanos é possível encontrar algumas dificuldades noOcidente. Estes excelentes e sutis medicamentostibetanos seriam provavelmente menos eficazes seforem produzidos por métodos ocidentais; de qualquerforma, não é possível importar medicamentos tibetanosgenuínos por causa das leis farmacêuticas nos paísesocidentais e, indubitavelmente, com as novas leis19 

implantadas na Europa a produção de medicamentostibetanos no Ocidente tornaram-se consideravelmentemais difíceis. Além disso, deve ser ressaltado que osmedicamentos tibetanos podem ser utilizadossatisfatoriamente apenas se o tipo constitucional dopaciente for conhecido  – sem este conhecimento, não épossível qualquer tratamento. Uma aplicação prematuradestes extremamente preciosos medicamentos tibetanospoderia ser até mesmo perigosa, considerando-se

especialmente a atual tendência em direção às “drogasmilagrosas” da Ásia que mencionamos no início destelivro. Um exame cuidadoso e paciente e uma análisedeste rico repertório de medicamentos tibetanos sãonecessários para que nós no Ocidente possamosusufruir de seus benefícios também. Portanto, a

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apresentação dos medicamentos não deve servir para

anteceder a prática da medicina tibetana, mas antes,para ampliar seus fundamentos teóricos de uma maneirasistemática.

Classificação

Os mais importantes livros sobre farmácia foramescritos por bsTan „dzin phun tshogs. Este autor viveu

cerca de 1800 D.C. e escreveu muitos trabalhosmédicos altamente considerados os quais são tambémde particular valor uma vez que foram impressos noMonastério de sDe dge. Os blocos de impressão destemonastério são considerados particularmente confiáveis.

1. bdud nad gzhom pa‟i gnyen po rtsi sman gyi nus parkyang bshad gsal ston dri med shel gong. Títuloabreviado: dri med shel gong

2. bdud rtsi sman gyi rnam dbye ngo bo nus ming rgyaspar bshad pa dri med shel phreng. Título abreviado:dri med shel phreng

3. lag len gces bsdus

Evidentemente, seria impossível especificar todosos tipos de medicamentos mencionados nesta lista. Pelocontrário, isto confundiria o sistema que gostaríamos dedescrever com clareza. Assim, eventualmente, apenas

alguns tipos de medicamentos são mencionados.

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I- Pedras preciosas e metais  rin po che‟i sman A. Substâncias preciosas que não

podem ser fundidasmi bzhu ba‟i rin po

che „i sman diamante rdo rje pha lamturquesa g-yurubi pad ma ra ga

B. Substâncias preciosas que podemser fundidas

bzhu ba‟i ri po che‟i

prata dngulcobre zangs

II- Rochas e minerais rdo sman A. Substâncias minerais que podem ser

fundidasbzhu ba‟i khams kyi

rdomagnetita khab lenmercúrio mtshal

B. Substâncias minerais que nãopodem ser fundidas

mi bzhu ba‟i khamskyi rdo

carvão mineral rdo solcobre lig bu migcasco de tartaruga sbal rgyab

III- Areias medicinais sa sman 

A. Terra natural rang byung gi sapó de ouro gser byechumbo li khriíndigo rams

B. Terra manufaturada bcos pa‟i sa sman enxofre mu zitijolo so phagcascalho gyo mo

IV- Exudatos e secreções (especiarias) rtsi sman açafrão gur gumNardostachys jatamansi dza ti

almíscar gla rtsiV- Substâncias medicinais extraídas de árvores 

shing sman 

A. Frutos e sementes shing sman „bras bu B. Flores e shing sman me togC. Folhas lo maD. Ramos yal ga

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E. Tronco shing sman sdong po

F. Casca shing sman pags paG. Resinas e tshi ba thang chu

VI- Medicamentos à base de extratos fervidos 

thang sman 

VII- Plantas medicinais, ervas e sngo sman VIII- Medicamentos extraídos de seres sencientes 

srog chags sman 

Esta breve classificação foi extraída do livro de„Jam dpal rdo rje, que empregou principalmente o “dri 

med shel phreng”  e o “dri med shel gong” . (Ver títulosdas obras).A divisão clássica em 8 partes: rGyud bzhi  II,

capítulo 2038-40: rin po che yi sman dang sa rdo‟isman/shing sman rtsi sman thang sman sngo smandang/srog chags sman dang dbye ba brgyad du bshad// 

1) Medicamentos preciosos (rin po che yi sman);2) areias medicinais (sa yi sman);3) pedras medicinais (rdo sman);

4) árvores medicinais (shing sman);5) essências medicinais (rtsi sman);6) poções medicinais (thang sman);7) plantas medicinais (sngo sman);8) medicamentos à base de seres sencientes (srog

chags sman).

Sabor (ro) dos medicamentosNa preparação de um medicamento, o sabor20 é

de grande importância. Os médicos tibetanos fazemdistinção entre seis tipos de sabor (ro):

1. doce mngar ba2. azedo skyur ba3. salgado lan tshva ba

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4. amargo kha ba

5. penetrante tsha ba6. adstringente bska ba

Os tipos de sabor resultam dos efeitos doselementos – terra, água, fogo, vento e espaço – ou seja,da interação entre dois dos elementos da seguintemaneira:

doce = terra e água

azedo = fogo e terrasalgado = água e fogoamargo = água e ventopenetrante = fogo e ventoadstringente = terra e vento

Eles são classificados quanto à rLung  (vento),mKris pa (bile) e Bad  kan (fleuma) conforme segue:

rLung mKris pa Bad kandoce mngar ba  doce mngar  penetrante tsha ba azedo skyur ba  amargo kha ba  azedo skyur ba salgado lan tshva ba  adstringente bska ba  adstringente bska ba 

rGyud bzhi Parte 2, Capítulo 19 67-69 mngar skyur lan tsha tsha bas rlung „joms shing//  kha dang mngar dang bska bas mkhris pa sel// tsha skyur lan tshas bad kan sel bar byed// 

Doce, azedo, salgado, penetrante dominam rLung ,amargo e doce e adstringente removem mKris  pa ,penetrante, azedo, salgado removem Bad  kan .

( Diferenças: textos da Parte 1 e Parte 2 relativos a ro .)

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Como existem 6 qualidades de sabor, um total de

63 combinações é possível.As combinações são as seguintes:

1 qualidades de sabor não combinadas 62 combinações de 2 qualidades de sabor 153 combinações de 3 qualidades de sabor 204 combinações de 4 qualidades de sabor 155 combinações de 5 qualidades de sabor 66 combinação das 6 qualidades de sabor 1

63

Este número, sessenta e três, chama nossaatenção para certos conceitos dos ensinamentos dotridosha indiano.21 

Os grupos de medicamentos e suas funções

1. O grupo de sabor doce:

mel, açúcar, açafrão, alcaçuz, carne, aspargosO sabor doce é útil para pessoas idosas e crianças, paracurar ulcerações, para fortalecimento geral doorganismo e prolongar a vida.

2. O grupo de sabor azedo:manteiga, iogurtes, romã, figo, Emblica officinalis, etc.O sabor azedo estimula a digestão e o apetite.3. O grupo de sabor salgado:soda, sal-gema, alume, sal de chifre, salitre, etc.

O sabor salgado é utilizado quando o corpo estáenrijecido e nos casos de perda de apetite.4. O grupo de sabor amargo:uva-espim, figos, genciana, almíscar, etc.

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O sabor amargo põe fim aos vermes, fortalece a

memória e é benéfica para combater a sede, oenvenenamento e a febre.

5. O grupo de sabor penetrante:cebolas, alho, gengibre, pimenta preta, etc.O sabor penetrante é útil nos casos de edemas,

doenças da pele, anasarca e úlceras; estimula adigestão e age como purgante.

6. O grupo de sabor adstringente:tamarga, Emblica officinalis, sândalo, Terminalia

chebula, etc.O sabor adstringente cura ulcerações e limpa a pele.

O sabor pós-digestivo

O sabor pós digestivo dos medicamentos que sãoprincipalmente doces e azedos é doce.Com medicamentos azedos, há um sabor pós-digestivoazedo e com os amargos, pungentes e adstringentes, o

sabor pós-digestivo é amargo.Potência (nus pa) dos medicamentos

No que diz respeito à potência dos medicamentos,os seguintes tipos são relacionados:

1 oleoso snum pa2 pesado lci ba3 suave „jam pa 4 frio bsil ba5 fino sla ba6 embotado rtul ba7 penetrante rno ba8 áspero rtsub pa9 leve yang ba

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Estes tipos são classificados em rLung , mKris  pa eBad  kan como segue:

rLung mKris pa Bad kanoleoso snum pa frio bsil ba penetrante rno bapesado lci pa fino sla ba áspero rtsub pasuave „jam pa embotado rtul ba leve yang ba

rGyud bzhi Parte 2, Capítulo 20 4-5 nus pa lci snum bsil dang rtul ba dang// 

yang rtsub tsha dang rno ba rnam pa brgyad// 

Pesado (lci) (1), oleoso (snum) (2), frio (bsil) (3) eembotado (rtul) (4), leve (yang) (5), áspero (rtsub) (6),quente (tsha) (7) r penetrante (rno) (8) são os oito (tipos)de potência.

Na verdade: há oito tipos de potências.(Diferenças: texto da Parte 1 e Parte 2)

rGyud bzhi Parte 2, Capítulo 20 6-10 dang po bzhi pos rlung dang mkhris pa sel// „og ma bzhi yis bad kan sel bar byed//  yang rtsub bsil ba gsum gyis rlung skyed cing// tsha rno snum pa gsum gyis mkhris pa skyed// lci snum bsil rtul bzhi yis bad kan skyed// 

As quatro primeiros removem rLung e mKris pa.

O último dos quatro remove Bad kan.Leve, áspero, frio: estes três produzem rLung.Quente, penetrante, oleoso: estes três produzem mKris pa.Pesado, oleoso, frio, embotado: estes quatro produzem Badkan.

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Preparações

 

Sopas khu ba sopas de ossos rus khuos quatro sucos bcud bzhi“mgo khrol” mgo khrol

Óleos medicinais sman mar nardo dza tialho sgog skya

as três frutas „bras bu gsum as quatro raízes rtsa ba lngaacônitos sman chen

Estas 8 preparações aliviam as doenças de rLung

Xaropes thang rizoma de lírio florentino ma nuTinospora cordifolia sle tresSwertia chirata tig taas três frutas „bras bu gsum 

Pós cur ni cânfora ba bursândalo tsan danaçafrão gur gumresina de bambu cu gang

Estas 8 preparações aliviam as doenças de mkris pa

Pílulas ril bu acônito btsan dugvários tipos de sal tshva sna rnams

Pastas tres sam romã se „bru 

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rododendros da li

um medicamento muito quente rgod ma khamedicamentos alcalinos à base de sais tshva bsregs pa‟i thal

smanpedra branca cong zhi

Estas 7 preparações aliviam as doenças de Bad kan

Enemas oleosos  ‘jam rtsi  suave sle „jam purgativo bkru „jam purgativos não suaves bkru ma slen pa

Estas 3 preparações eliminam as doenças de rLung

Laxantes bshal sman laxantes gerais spyi smanlaxantes específicos sgos bshallaxantes fortes drag bshallaxantes suaves „jam bshal 

Estas 4 preparações eliminam doenças de mKris pa

Eméticos skyugs sman eméticos fortes drag skyugseméticos suaves „jam skyugs 

Estas 2 preparações eliminam as doenças de Bad kan

Esta apresentação sistemática indica claramenteque o tratamento é dirigido pelo tipo constitucional dopaciente. Portanto, apesar da natureza bastantecomplicada do objeto em questão, um esquema muitopreciso surgiu para a Terapêutica.

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RAIZ C

Tronco IX = Tratamentos dpyad  

ramos folhasrlung gi dpyad 2mkhris pa‟i dpyad 3bad kan dpyad 23 7

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4. Tratamentos

Resumo da SeçãoTipo-rLung

I- Unção com massagem bsku mnyeII- cauterização mongol hor gyi me btsa‟ 

Tipo-mKris paI- produção de suor rngul dbyungII- sangria gtar gaIII- a roda mágica de água chu yi „phrul „khor  

Tipo-Bad kanI- calor (tratamento) dugsII- Cauterização (moxabustão) me btsa‟ 

Estes são os sete tratamentos que serão descritosabaixo. No entanto, como não é objetivo deste Volumedescrever a prática da medicina tibetana, mas compilaruma terminologia médica partindo dos textos e mostrarclaramente que a medicina tibetana é um conhecimentode constituição, os tratamentos serão descritosresumidamente. A intenção desta descrição édemonstrar como certos tratamentos característicospara os três tipos constitucionais são distribuídos entreeles. Portanto, a descrição será realizada de acordo como acima mencionado sistema. Uma descrição um poucomais detalhada será fornecida para aqueles métodos detratamento que podem ser aplicados mais facilmente noOcidente – sangria e moxabustão.

Os comentários seguintes sobre os métodos detratamento são baseados principalmente nas instruçõesorais e escritas de meus professores tibetanos. Noentanto, eu recebi informações auxiliares de seusalunos, e sou particularmente grata ao Dr. Barry Clark,que está sendo instruído em medicina tibetana em

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Dharamsala. Ao descrever estes tratamentos, tentei

relatar o menos possível minhas próprias observações eexperiências, e seguir o livro rGyud bzhi  tão fielmentequanto possível.

Tipo-rLung

1. Massagem Indicações

Em geral, todas as doenças de rLung podem sertratadas desta maneira, mas a massagem éparticularmente benéfica na depressão, para pelesásperas, nas doenças que afetam o idoso, na insônia,na perda geral de vigor e na anemia.

Contra-indicaçõesA massagem não pode ser utilizada nos casos de

enrijecimento das pernas, problemas digestivos e perdade apetite.

PráticaA massagem é realizada friccionando-se as

respectivas partes do corpo, geralmente comsubstâncias gordurosas que curam certas doenças. Oóleo de gergelim é empregado na cura da insônia edoenças de rLung em geral; manteiga clarificada éempregada para melhorar a memória e a inteligência; amanteiga envelhecida por um ano, para doençasmentais; a gordura de cavalo e de macaco é utilizadapara doenças linfáticas e prurido; a gordura de lontra,nas doenças renais; a gordura de cachorro, paraferimentos causados por mordidas de cachorro; gordurade cabra, para as lesões de varíola, especialmente as

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faciais; gordura de abutre e de porco, para catarata;

almíscar e manteiga, para insônia durante o dia - ounoite - causada por febre. Um xarope feito de sulfato,levedura e manteiga cura ferimentos abertos, graves erecentes. Um xarope à base de cinzas de um certo tipode feijão misturado com leite de égua e macaca curaferimentos crônicos, infectados. Um xarope feito com ascinzas de pele de cobra queimada misturada comgordura de porco cura a deficiência de pigmentos napele.

Na fabricação destas misturas, grande número desubstâncias são também mencionadas, extraídas dachamada “farmácia asquerosa”, ou seja, cinzas de chifrequeimado, excreções de ratos, sujeira de cozinha, etc.

2 - Cauterização mongol Este é o segundo tipo de tratamento benéfico para

as doenças de rLung. Sementes de Carum carvi emanteiga (ou qualquer outra gordura) são queimadas e

esta mistura é colocada em uma manta de lã. É entãopressionada sobre a parte indicada do corpo através damanta de lã. Uma outra versão envolve a colocação deuma mistura de sementes de Carum carvi e sal em umpano, depois mergulha-se este pano em manteigaquente e trata-se as partes indicadas do corpo com estaespécie de compressa.

Tipo-mKris pa

1- Produção de suor Este método de tratamento pode ser empregado

para todas as doenças onde a sudorese é consideradanecessária. O método mais popular de induzir a

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transpiração é envolver todo o corpo do paciente em

muitas peças de tecido aquecido e deixá-lo permanecerenrolado até que suor suficiente tenha sido produzido.

2- Sangria Este método de tratamento é também benéfico

para todas as doenças de mKris pa. É um dos métodosconsiderados bastante efetivos e pode ser aplicado noOcidente. Esta é também a razão porque eu gostaria de

melhor descrever este método, uma vez que os detalhesextraídos do livro rgyud bzhi foram reproduzidos exata ecompletamente.

Indicações Doenças que afetam os indivíduos tipo-mKris pa,

doenças causadas por febre disseminada, edemas,gota, úlceras, doenças sangüíneas e linfáticas.

Contra indicaçõesGravidez, pacientes frágeis, pacientes suscetíveisa doenças mentais, crianças com menos de 16 anos ecom mais de 70 anos; é necessário grande cuidado comveias muitos salientes e agrupadas; à princípio, estemétodo de tratamento não deve ser utilizado em certasdoenças causadas por Bad kan e doenças que afetampacientes do tipo-rLung.

InstrumentosUm ferreiro muito experiente deve manufaturar osinstrumentos de ferro compacto e resistente. Eles devemser pontiagudos o suficiente para atravessar um fio decabelo flutuando no ar. Os instrumentos devem possuirsempre seis dedos (largura do dedo) de comprimento.

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Prática Antes de dar início ao tratamento, certas

preparações devem ser realizadas pois o sangue impurodeve ser separado do sangue puro. Isto é feito daseguinte maneira: entre três e cinco dias sãoadministradas decocções feitas com o suco dos trêsmirabólanos. Sem estas decocções, a febre e rLung seelevariam, o sangue puro seria eliminado e o sangueimpuro ficaria retido.

A ligadura apenas pode ser aplicada sobre ummembro quando o paciente tiver sido exposto a um calorintenso. Um pedaço de cordão fino deve ser utilizadocomo ligadura e aplicada em várias partes do corpo. Nacabeça, o cordão deve ser amarrado em torno do dorsoda cabeça de forma que as veias fiquem salientes. Como auxílio de uma pequena vareta, ambas asextremidades do cordão são puxadas cuidadosamente euniformemente. Os cordões empregados diagonalmente

sobre os ombros são usados para as veias do tórax. Umcordão é amarrado sob o queixo e em torno da laringepara fazer as veias dos olhos ficarem salientes. Umaligadura é aplicada para as veias sobre os ombros pormeio de uma corda amarrada abaixo das axilas. Demaneira similar, um cordão em torno do braço, acima dopunho é usado para as veias dos dedos, um cordãocolocado um dedo acima do joelho é empregado para aveia mais grossa da perna, e um cordão acima do

tornozelo para as veias dos pés.As ligaduras devem ser amarradas o suficientepara deixar a veia saliente, mas não demais quemachuque a pele. Após a aplicação da ligadura, as veiassão massageadas e batidas levemente. Deve-se entãoesperar um instante antes que o tratamento possa

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realmente começar. A veia em questão é empurrada

para o lado com o polegar e o sangue é então extraídocom com a ponta do instrumento mais adequado, trêsdedos (largura do dedo) abaixo da veia ligada. Ao todo,há cinco diferentes tipos de incisão, ou seja, incisãolateral, incisão direta, incisão ao longo da veia, etc. Cadaum destes métodos referem-se a um tipo de veia emparticular e sua localização. No entanto, o maisimportante aspecto de todas estas medidas conduzidasmuito cuidadosamente, é que a incisão na pele deve ser

 justamente tão longo quanto a incisão na veia.Os médicos tibetanos conhecem exatamente

quando interromper a retirada do sangue. A regra maisimportante é que quando aparecer sangue normal, decoloração suave, nenhuma única gota pode ser retirada.

Os pontos O trajeto das veias e a exata posição anatômica

dos vários pontos utilizados na sangria são descritos de

maneira extremamente detalhada. Cada pontocorresponde a sintomas específicos ou quadros clínicos.Durante meus períodos de estudo, tive com freqüência aoportunidade de observar os médicos tibetanosutilizando o método da sangria. Recebi tambéminstruções orais e, acima de tudo, mapas muitos bons demeu professor Yeshe Donden; no entanto, a prática é detal modo complicada que seria impossível abranger otópico de maneira compreensível neste livro. Portanto,

apenas algumas instruções gerais serão fornecidas aqui.Nas manchas dolorosas, deve ser utilizada a veia maispróxima. Nas febres elevadas, primeiro a veia larga edepois a fina deve ser tratada e vice-versa se a febrenão é muito elevada. Nas doenças muito graves, é

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aconselhável começar o tratamento com uma veia

principal e não com veias muitos pequenas.A amostra de sangue é cuidadosamente

examinada e as instruções sobre o diagnóstico sãodadas de acordo com as várias características, taiscomo: se o sangue está grosso ou fino e qual acoloração que tem a amostra. Assim, por exemplo, osangue fino e pálido está relacionado com doenças deBad kan. A quantidade de sangue retirado também éimportante.

Efeitos colaterais e complicações por erroMesmo o menor erro pode trazer sérias

conseqüências e, por esta razão, todo cuidado édirecionado para observar os possíveis erros. Pode serque não possa ser retirado sangue suficiente porque ocorpo do paciente não estava pré-aquecidocorretamente, ou o paciente pode ter ingerido muitoalimento antes do tratamento; o corte pode ter sido

muito pequeno ou a ligadura pode ter sido removidamuito cedo. É possível que não tenha sido retiradosangue impuro suficiente; o corte pode sangrardemasiadamente ou podem surgir edemas; a pele podeter sido muito lesada, ou o instrumento pode não estarafiado adequadamente. São mencionadas tambémmedidas para remediar estes erros.

Medidas pós sangria

Depois de realizada a sangria o paciente éinstruído a repousar. O ponto de onde o sangue foiremovido é massageado e depois coberto com curativo.

Benefícios 

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As vantagens deste método são múltiplas: as veias

são limpas, o sangue impuro é removido, a dor éaliviada, os edemas desaparecem, o paciente obesoperde peso e o magro ganha peso.

O método de sangria foi desenvolvido a um graude perfeição por médicos tibetanos e é uma terapiamuito eficaz. Este método tibetano tem pouquíssimarelação com o termo “sangria” normalmente utilizado.Geralmente, apenas poucas gotas de sangue, retiradosde pontos específicos, são suficientes para chegar ao

fundo de uma doença. No entanto, as extensaspassagens dedicadas aos possíveis erros e efeitoscolaterais indicam claramente que seja pouco provávelque este método de tratamento venha a ser utilizado noOcidente sem instruções exatas de médicos tibetanos. Oconhecimento detalhado dos canais, do curso dos vasose suas qualidades também é necessário. Ao todoexistem 77 vasos para “sangria” (21 localizados sobre acabeça e pescoço; 34 sobre os ombros, braços, mãos e

dedos; 18 sobre as pernas; 2 na área do estômago e 2nos genitais masculinos). A “sangria” também éarriscada nos 302 pontos que os médicos tibetanosdenominam “pontos vitais”, dos quais 190 estão sobreos vasos e portanto não podem ser utilizados para esteprocedimento. A aplicação da “sangria” nestes 190pontos levaria a sérios desequilíbrios.

3. A Roda de Água Mágica O terceiro método de tratamento das doenças

causadas por mKris pa não é tão misterioso como soa oseu nome. Na verdade, trata-se de um tipo dehidroterapia na qual os pacientes são colocados sob

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uma cachoeira ou mesmo mergulhados em banheira de

água fria.

Tipo-Bad kan

1. Terapias quentes Indicações 

Problemas digestivos, cólicas estomacais, dorcausada por febre. A princípio, os tratamentos quentes

são benéficos para todas as doenças de Bad kan.Contra-indicações

Icterícia crônica, envenenamento, obesidade.

Prática Estes tratamentos quentes em geral são feitos em

forma de compressas. Apesar do termo “dugs” (dugs pa= tornar quente) referir-se realmente a tratamentosquentes, outros tipos de compressas são na verdademencionados neste contexto os quais não aquecem nemsão quentes. Em certos tipos de febres e processosdolorosos, as compressas são feitas a partir deestômagos de animais preenchidos com água fria. Estemétodo que utiliza o “estômago de animal” parece ser muito popular e geralmente emprega-se o estômago decarneiro. Neste caso, o tratamento cura edemaspalpebrais, resultantes de lesões causadas por armas. Afebre acompanhada por cólicas estomacais pode sertratada com a aplicação de uma pedra fria retirada dasmargens de um rio.

As compressas quentes são administradas comosegue: sal aquecido para cólicas estomacais eproblemas digestivos; excrementos aquecidos de

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carneiro com cerveja de grãos para edema linfático nas

articulações. Nos casos de retenção urinária (causadapelos efeitos do frio), aplica-se uma mistura deexcrementos de pombo e o resíduo e sementestrituradas. A aplicação de tijolos aquecidos é benéficanos distúrbios frios. Musgo aquecido e grãos torradossão indicados para aplicação em forma de compressaspara as doenças do fígado.

2. Cauterização 

Há dois instrumentos utilizados neste método detratamento  – o cautério e a matriz de cauterização. Osmapas tibetanos informam-nos que estes instrumentospodem ser feitos de ouro, prata, cobre ou ferro. Noentanto, tenho visto com freqüência os médicostibetanos utilizarem apenas instrumentos de formasimples, feitos de ferro, contrastando com aquelesretratados nos mapas que são ricamente guarnecidoscom motivos decorativos retirados da medicina indiana.

Geralmente, há três orifícios na matriz de cauterização,que tem um formato de triângulo, pois a cauterizaçãonão é empregada apenas para tratar ulcerações, mastambém para queimar certos pontos do corpo quetambém podem ser tratados por meio de moxabustão.

A técnica utilizada na cauterização é muitosimples. Os pontos a serem tratados são marcados, amatriz é posicionada sobre a pele no local apropriado e,finalmente, o cautério, que foi aquecido ao fogo, é

aplicado sobre os orifícios na matriz sobre a pele. Aduração do tratamento depende, evidentemente, daextensão de pele que deve ser aquecida.

Apesar deste método de tratamento poder serbastante conveniente e apropriado para o tratamento deulcerações, é pouco provável que os pacientes

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ocidentais achem a cauterização particularmente

agradável, enquanto que o próximo método detratamento, moxabustão, poderia ser muito bem aplicadono Ocidente.

Moxabustão Indicações 

Problemas digestivos, tumores, edemas linfáticosque afetem a cabeça e as articulações, edemas,abcessos, perda de memória, doenças dos “canais”,

doenças linfáticas e diferentes tipos de febres. Aprincípio, o moxabustão está indicado para doenças queafetem os tipos Bad kan e rLung.Contra-indicações

Todas as doenças do sangue e febres causadaspor distúrbios de bile.Substância Utilizada

A substância utilizada para moxabustão, a “isca”(spra ba), é obtida a partir de um tipo de artemísia. A

planta deve ser coletada no oitavo dia do sétimo, oitavoe nono meses tibetanos. Após ser triturada, a substânciaé moldada em pequenas peças cônicas. O tamanhodestes cones varias de acordo com o tipo de doençasque será tratada. Podem possuir, por exemplo, otamanho da extremidade do quinto dedo para pontos dacabeça, dos membros e da região anterior do corpo, epode ter o tamanho da extremidade do dedo indicadorpara pontos localizados na coluna vertebral.

Prática1. Ferver: Mais de 20 moxas são aplicados sobre umúnico ponto. O tratamento dura cerca de 30 meses eestá indicado para tratamento de tumores e abcessos.

2. Queimar: Um número menor, apenas 15 moxas sãocolocados sobre um único ponto. As doenças de Bad

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kan, linfa e do coração podem ser tratadas desta

maneira.3. Aquecer: O ponto em questão é aquecido um pouco

utilizando-se apenas 6 moxas. As verminoses, aretenção urinária e a constipação podem ser tratadasdesta maneira.

4. Amornar: Nos pacientes ansiosos e especialmente emcrianças pequenas, o moxa deve ser removidoimediatamente após ter sido aplicado uma vez.

Se o tratamento com moxabustão tiver que ser

repetido sobre o mesmo ponto, o próximo moxa éaplicado e retirado quando dois terços do cone de moxa

 já estiver queimado. Este segundo moxa queima maisrapidamente e o calor deste dura mais tempo. O cone demoxa queimado não deve ser tocado com a mão, masremovido com uma agulha após molhar a cinza comsaliva. Se a extremidade do cone explode para fora, ésinal de que o tratamento foi particularmente benéfico. Omesmo acontece quando se observa uma pequena

marca redonda com pequenas bolhas. O estágio final dotratamento envolve a massagem sobre o ponto que estásendo tratado, após a remoção das cinzas. Osexercícios são benéficos para o paciente pois estimula acirculação do sangue. No entanto, o paciente não devebeber água gelada pois reduziria a eficácia dotratamento quente.Os pontos

Os médicos tibetanos diferenciam dois tipos de

pontos:1. Pontos dolorosos: Há pontos ou locais dolorosos quesão indicados para o distúrbio em si. A dor aumentaquando se aplica pressão.

2. Pontos específicos: Neste caso também, os médicostibetanos conhecem um grande número de pontos

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específicos, ou seja, pontos que possuem localização

anatomicamente precisa e possuem indicaçõesespecíficas. Os mapas que estudei e as instruçõesque recebi eram muito mais exatos do que aquelesrelacionados com a sangria. É também muito maisfácil tornar-se familiarizado com este método detratamento do que aprender o método da sangria, pelomenos para aqueles médicos que já estão habituadoscom a acupuntura. Nós temos praticado os métodosde moxabustão chineses e japoneses há trinta anos e,

portanto, não há qualquer problema em publicarmosaqui todos os mapas e pontos com suas indicações.No entanto, isto será assunto do Volume III e, sendoassim, ultrapassa os objetivos do presente Volume.Apesar disso, eu gostaria de mencionar os pontoslocalizados sobre a coluna vertebral porque éinteressante mostrar um comparação com os pontosda acupuntura. Quase todos estes pontos relacionam-se ao órgão sólido e oco correspondente e possuem

nomes, assim como todos os pontos específicos.Todos os pontos estão localizados  – como dizemos tibetanos  – “no topo” da coluna vertebral começandocom a primeira vértebra que pode ser encontradaquando a cabeça do paciente é curvada para frente epara baixo.

Ponto 1 = rlung gsang (vento)Tremores, dormir durante o dia, rigidez no

pescoço, surdez, problemas na fala, dores nacabeça.Ponto 2 = mkhris pa gsang (bile)

Doenças frias de mKris pa, dores em facadana região da vesícula biliar e dos pulmões.

Ponto 3 = bad kan gsang (fleuma)

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Doenças frias de rLung, dores pesadas no

coração e nos pulmões, cefaléias, distúrbiosna região superior do corpo.

Ponto 4 = glo ma gsang (lobo “posterior” do pulmão =“parte mãe”) 

Ponto 5 = glo bu gsang (lobo “anterior” do pulmão =“parte filho”) Em ambos os pontos: dores na região dospulmões, tosse contínua especialmente ànoite.

Ponto 6 = srog rtsa gsang (“canais vitais”) Tremores, distúrbios da fala, delírio,desmaio, falha da memória, doenças derLung e Bad kan.

Ponto 7 = snying gi gsang (coração)Os mesmos sintomas do Ponto 6.

Ponto 8 = mchin dri (diafragma)Ponto 9 = mchin pa‟i gsang (fígado) 

Para ambos os pontos: tumores do fígado,

dores na região hepática, eructação, vômitos,soluços, mau funcionamento do fígado.Ponto 10 = mkhris gsang (vesícula biliar)

Coloração amarela dos olhos associado aproblemas digestivos, refluxo de bile, tumorda vesícula biliar, cefaléias contínuas, perdado apetite.

Ponto 11 = mcher gsang (baço)Sensação de peso no corpo,

esplenomegalia.Ponto 12 = pho ba‟i gsang (estômago) Problemas digestivos causados noestômago, tumores na região do estômago,formação de massa sólida no estômago,doenças de bad kan abaixo do esterno.

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Ponto 13 = bsam se gsang (vesícula seminal; entretanto,o ponto está relacionado ao “ponto doovário”; a referência foi estabelecida antes daincerteza existente com relação aosignificado do termo bsam se‟u) Tumores do útero, delírio, doenças mentais,obstrução uretral causado por aumento doútero.

Ponto 14 = mkhal ma‟i gsang (rins) Dores na área da cintura, “frio” nos rins,

dificuldade na eliminação de água,dificuldades com a espermatogênese.

Ponto 15 = don snod spyi gsang (ponto geral para “don”e “snod”) Doenças frias de rLung.

Ponto 16 = long gsang (intestino grosso)Peristaltismo excessivo no intestino grosso,tumores, cólicas.

Ponto 17 = rgyu ma‟i gsang (intestino delgado) 

Doenças frias de rLung, tumores, excreçãode fezes com muco.Ponto 18 = lgang pa‟i gsang (bexiga) 

Retenção urinária resultante dos efeitos dofrio, particularmente causada por exposiçãodos joelhos ao frio.

Ponto 19 = khu ba‟i gsang (sêmen) Eliminação involuntária de sêmen.

Ponto 20 = thur sel rlung sgo‟i gsang (remoção de rLung

descendente)Flatulência, eliminação de fezes e muco.Desta maneira, numerosos pontos sobre todo o

corpo são nomeados e localizados e seus sintomasrelacionados são descritos com exatidão.

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De acordo com os médicos tibetanos, existem

grandes vantagens no uso de moxabustão como métodode tratamento. Em particular, o sistema digestivo éestimulado, os edemas são reduzidos, a memória émelhorada, os abcessos e ulcerações graves sãorapidamente curados e os tumores desaparecem.

O moxabustão é particularmente indicado nasdoenças de Bad kan, mas este método é tambémutilizado no tratamento de muitas outras patologiasquando outros métodos não obtém resultados.

Nós podemos estar certos agora de que omoxabustão é o método de tratamento que pode seraplicado com sucesso e sem quaisquer riscos noOcidente. No entanto, é necessário também umcompleto conhecimento de todos os pontos e seussintomas assim como ser iniciado e instruído porprofessores tibetanos.

Cirurgia

A cirurgia não é citada no sistema de medicinatibetana e é mencionada apenas em uma parterelativamente reduzida do livro rGyud bzhi . No Capítulo22 da Parte 2 encontramos uma descrição relacionadaprincipalmente com os instrumentos utilizados emprocedimentos cirúrgicos; as denominadas “doençasmenores” (encurtamento dos tendões, ferimentoscausados por armas de fogo e perfurantes, corposestranhos, etc.) toma grande parte da Parte 3 (Capítulos

44-62); os Capítulos 82-86, trata das lesões causadaspor armas de fogo ou ferramentas, lesões na cabeça,danos na área da garganta, ferimentos localizados notronco e lesões nas extremidades inferior e superior docorpo, estão relacionadas com a cirurgia assim como os

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métodos cirúrgicos de tratamento na Parte 4 (Capítulo

25).O relativamente pouco importante papel que a

cirurgia ocupa no livro rGyud bzhi  reflete-se na práticada medicina como um todo: a cirurgia apresenta umpapel subordinado aqui, também; não há evidências dequalquer conhecimento sobre as chamadas “cirurgiasmaiores” tanto na teoria como na prática; e as técnicascirúrgicas dos médicos tibetanos não podem serconsideradas como nada além do primitivo. É fato real

que todas as outras abordagens disponíveis serãotentadas apenas para evitar a necessidade do uso dacirurgia. Os médicos tibetanos possuem uma notávelhabilidade para criar alternativas possíveis. Isto estátambém relacionado com a crença tibetana de que,basicamente, qualquer cirurgia maior sobre o corpohumano não é natural. Mesmo as transfusõessangüíneas são realizadas apenas com relutância e, sepossível, de modo algum  – mesmo assim, os tibetanos

conhecem e praticam a auto-hemoterapia.Mesmo que os médicos tibetanos dificilmentepossam ser considerados experientes no campo das“cirurgias  maiores”, são certamente mestres nashabilidades das “cirurgias menores”: distorções eentorces, ulcerações, deslocamentos e sobretudofraturas são tratadas precisamente, com os médicosdemonstrando inteligência e tremenda habilidade paraimprovisar. Enquanto estive em Dharamsala, fui

freqüentemente surpreendida com sua rica experiêncianestes assuntos.

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Capítulo Quatro TIPOS CONSTITUCIONAIS

Como mostrei claramente na análise dos capítulosabrangidos pelo Volume 1, nós nos deparamos, em todaa medicina tibetana, com uma divisão em três partes.

Em outras palavras, todos os aspectos do sistemarefere-se aos três tipos – rLung (vento), mKris pa (bile) eBad kan (fleuma) – sendo, portanto, correto falarmos deuma doutrina da constituição. A análise dos capítulosque este volume abrange enriqueceram mais aterminologia médica e revelou com mais clareza ocaráter individual da medicina tibetana e, portanto, maiscaracterísticas dos três “humores”. Nem o diagnósticonem a terapêutica são possíveis sem o conhecimento

acerca do tipo constitucional do paciente  – semdeterminá-lo.Quando se descreve os três tipos, é praticamente

impossível mencionar todos os aspectos envolvidos maspode ser feita uma tentativa de relacionar algumas dascaracterísticas. Portanto, alguns aspectos típicos como oaumento e a redução das doenças e as qualidades dosabor (para mencionar apenas uma ou duas) terão queser excluídas, mesmo representando um papel vital na

caracterização.Os três grupos seguintes foram escolhidos pararelacionar as características dos três “humores” – rLung(vento), mKris pa (bile) e Bad kan (fleuma):

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1. Natureza e temperamento em geral

Estas características são descritas na Parte 2,Capítulo 6 do livro rGyud bzhi:  rLung : pequeno, gracioso, pele escura, sensível ao

frio, loquaz, vivo, comunicativo, aprecia rir e cantar,não dorme muito; seu tempo de vida é curto; suascaracterísticas são semelhantes às do abutre, docorvo e da raposa.

  mKris pa : tamanho médio, pele de coloraçãoamarelada, não suporta a fome ou a sede, possuisudorese fácil e abundante; talentoso e orgulhoso; seutempo de vida é médio; suas características sãosemelhantes às do tigre e do macaco.

  bad kan : rechonchudo e alto, pálido, corpo frio,suporta bem a fome e a sede, dorme profundamente,disposição amigável e agradável; a duração de suavida é longa; suas características são semelhantes àsdo leão e do carneiro guia.

Existe, é claro, na medicina tibetana um grandenúmero de divisões em tipos constitucionais. No entanto,raramente surgem tipos “puros”, ou seja, quase todos osindivíduos apresentam características mistas. Osmédicos tibetanos dividem tais “tipos mistos” nosseguintes sete grupos:

Tipos rLung, mKris pa e Bad kan puros 3Tipos que exibem características de todos os três 1

Tipos que exibem características pares:(rLung + mKris pa, rLung + Bad kan, mKris pa + Bad kan) 37

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2. Condições que geralmente dão origem às doenças

Estas características estão descritas na Parte 2,Capítulo 9, do livro rGyud bzhi.  rLung : vida desregrada, falta de sono, noites sem

dormir, trabalho intenso, diálogos longos quando comfome, choro veemente, vômitos freqüentes, perdas desangue. Preocupação e tristeza.

  mKris pa : dormir durante a tarde, esforço excessivoao levantar objetos pesados, movimentos excessivosem todos os aspectos  – especialmente quando otempo está morno. Aborrecimento.

  Bad kan : dormir durante o dia, repouso após asrefeições, permanência em locais úmidos, banhosdemasiadamente demorados, vestimentas muitoleves, comer em demasia e muito rapidamente.

3. As Características do Sistema

Nesta seção, foram relacionadas todas ascaracterísticas22 relacionadas com o diagnóstico e aterapia que foram obtidas através da análise dos textos.Todos os termos são organizados exatamente damesma maneira como os encontramos no Sistema, eaqui eles foram resumidos mais uma vez de forma quepossam ser mais facilmente memorizados.

Dando prosseguimento a este breve masimportante capítulo no qual o conhecimento daconstituição está sendo apresentado, gostaria deresumir o assunto que foi abrangido por este volume. NoVolume 1, descobrimos, inter alia, o princípio damedicina tibetana, ou seja: dependendo dos três

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aspectos  – bases da doença, constituintes corporais e

excreções  – estarem inalterados ou alterados, elespodem fazer com que o corpo permaneça saudável oupodem destruí-lo.

Com relação a este princípio e em vista doimportante papel desempenhado pelos tipos de sabores,a potência dos medicamentos e o aumento ou adiminuição dos três humores (para citar apenas algunsaspectos), a medicina tibetana não é muito diferente damedicina indiana. No entanto, através da tradução e da

análise dos textos estudados neste Volume, foi possíveldeterminar mais dos fundamentos teóricos da medicinatibetana exibindo características típicas como odiagnóstico através do exame do pulso, as vinte e novequestões sobre as causas das doenças (anamnese), adivisão em 4 X 101 doenças e os métodos de tratamentotibetanos, para citar apenas alguns. As brevesdescrições das nove disciplinas possibilitam-nosobservar agora a medicina tibetana como um todo, pelo

menos face às suas características principais eestrutura. Esta abordagem sistemática também significaque, em pesquisa posterior, será possível utilizar ostextos para realizar um estudo mais detalhado destasdisciplinas.

Com a ampliação da terminologia médica e adescrição das nove disciplinas, damos início à pesquisana medicina tibetana. No entanto, há um longo caminhopara seguirmos até que as portas se abram revelando a

essência da medicina tibetana, o “ConhecimentoÓctuplo”. 

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Capítulo Cinco O LIVRO RGYUD-BZHI

A parte final deste livro deve ser dedicada aotrabalho que assegurou uma posição de destaque namedicina tibetana, o qual não foi incorporado ao cânonelamaísta e cuja origem e autoria são desconhecidos  – olivro rGyud-bzhi , que é também o ponto inicial deste

estudo.

A estrutura do livro rGyud  

No Volume 1, a estrutura do livro foi descrita comosegue:

Parte 1 rtsa ba‟i rgyud 11 fólios 6 capítulosParte 2 btsad pa‟i rgyud 43 fólios 31 capítulos

Parte 3 man ngag gi rgyud 275 fólios 92 capítulosParte 4 phyi ma‟i rgyud 67 fólios 27 capítulos

396 fólios 156 capítulos

Assim, este livro é composto de quatro partes.Levanta-se então a questão se qualquer indicação

quanto à origem do livro pode ser obtida através dacomparação de sua estrutura com a estrutura dos

trabalhos mais importantes da medicina indiana. Caraka,Susruta e Vagbhata são considerados os maiseminentes médicos indianos e são também os autoresdos mais importantes trabalhos da medicina indiana,cuja estrutura será comparada aqui com aquela do livrorGyud-bzhi .

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Caraka-Samhita é composto de 8 partes

Susruta-Samhita é composto de 6 partesAstangahrdayasamhita de Vagbhata é composto de 6 partes

Nenhum dos trabalhos acima mencionados estáorganizado da mesma maneira que o livro rGyud-bzhi ,que tem quatro partes. É possível que os tibetanosescolham esta divisão em quatro partes para chamar aatenção (através da duplicação) para o “ConhecimentoÓctuplo” (os oito ramos do conhecimento médico) da

medicina tibetana.O Conhecimento Óctuplo

O título do livro rGyud-bzhi  contém as palavras“Conhecimento Óctuplo” = yan lag brgyad pa, que é naverdade o âmago de toda a medicina tibetana. Na Parte1, Capítulo 2 do livro este “Conhecimento Óctuplo” édefinido como

lus dang byis pa mo nad gdon// mtshon dug rgas dang ro tsa pa//.

Estes termos demonstram o “ConhecimentoÓctuplo”, que é apresentado na seguinte ordem na Parte3 do livro:

1 lus (corpo) 70 capítulos terapia geral2 byis pa (criança) 3 capítulos pediatria3 mo (mulher) 3 capítulos ginecologia

4 gdon (espíritos prejudiciais) 5 capítulos psiquiatria5 mtshon (lâmina) 5 capítulos cirurgia6 dug (veneno) 3 capítulos toxicologia7 rgas (velhice) 1 capítulo rejuvenescimento8 ro tsa pa ( potência sexual) 2 capítulos virilização

92 capítulos

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Os três trabalhos indianos estão organizados como

segue:

Caraka-Samhita Susruta-Samhita Vagbhata 23 1 terapia geral 1 cirurgia geral 1 terapia geral2 cirurgia supraclavicular 2 cirurgia supraclavicular 2 pediatria3 cirurgia geral 3 terapia geral 3 psiquiatria4 toxicologia 4 psiquiatria 4 cirurgia supraclavicular5 psiquiatria 5 pediatria 5 cirurgia geral6 pediatria 6 toxicologia 6 toxicologia7 rejuvenescimento 7 rejuvenescimento 7 rejuvenescimento8 virilização 8 virilização 8 virilização

Estas comparações revelam que a organização do“Conhecimento Óctuplo” no tratado de Vagbhata é maisparecido com aquele do livro rGyud-bzhi : das oitodisciplinas, oito ocupam o mesmo lugar em ambos oslivros nesta comparação.

Devemos acrescentar que a disciplina “Doençasdas Mulheres” aparece no livro rGyud-bzhi , mas emnenhum dos trabalhos indianos mencionados.

Como observamos acima, o “Conhecimento

Óctuplo” é apresentado na Parte 3 do livro rGyud-bzhi ,que é também a parte mais longa (275 fólios, 92capítulos). O erudito tibetano, Sangs rgya rgyas mtsho,escreveu comentários sobre todas as partes do livrorGyud-bzhi   em seu trabalho “Bai du rya sngom po ”. Ocomentário sobre a Parte 3 é particularmente longo (563fólios). O mesmo autor escreveu também um comentário(288 fólios) sobre a Parte 3 do livro rGyud-bzhi em seulivro “lHan thabs ”. Portanto, pode-se concluir que esta

terceira parte parecia ser particularmente interessanteou de difícil compreensão. Mais provavelmente, a Parte3 é assim importante em razão dos oito ramos. Amedicina Ayurvédica que constitui a base de todo o livroestá apresentada aí. Como a organização do“Conhecimento Óctuplo” do livro rGyud-bzhi  é mais

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semelhante com aquele existente no tratado de

Vagbhata, podemos admitir que os dois livros estãorelacionados em certa extensão.

Um outro fator sustenta esta suposição. Umcapítulo do “Conhecimento Óctuplo” é trabalhado emtextos paralelos. O Astangahrdayasamhita de Vagbhataestava, como é de amplo conhecimento, incluído nobsTan„ gyur . O terceiro capítulo da última seção(uttarasthana ) corresponde ao sétimo terceiro capítulo(Parte 3) do livro rGyud-bzhi . Em 1937, J. Filliozat

traduziu o capítulo correspondente do rGyud-bzhi  ecomparou a versão em sânscrito com a versãotibetana:24 “La concordance générale de ce chapitre avec etudiéplus haut de Vagbhata est evident.” 

Evidentemente, um único capítulo não pode provarqualquer coisa. Finalmente, é tarefa de tibetologistas, enão minha, resolver o problema da origem e da autoriado rGyud-bzhi . No entanto, é perfeitamente

compreensível que estas questões sejam levantadasaqui tendo em vista o fato de que minha pesquisa foifundamentada no livro rGyud-bzhi .

Tibetologistas

É bastante natural, no final deste livro, que sejafeita referência às opiniões daqueles tibetologistas queatentaram particularmente ao assunto da medicina

tibetana. Já foi mencionado no Volume 1 que duasautoridades sobre este assunto, W. A. Unkrig e C.Vogel, não duvidam da importância do rGyud-bzhi .

J. Filliozat também afirma que o livro rGyud-bzhi  domina a medicina tibetana e mongól e que existe umasemelhança entre este livro e o tratado de Vagbhata.

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“No entanto, não se pode afirmar que o autor do livro

rGyud-bzhi  baseou seu trabalho no de Vagbhata  – éperfeitamente possível que, na verdade, seja o inverso.Talvez possamos aceitar que ambos os textos estejambaseados, independentemente um do outro, em umafonte comum que esteja agora desaparecida. Estaquestão deve ser com certeza levantada mais uma vez.”(Tradução do francês.)

K. Lange, em seu livro “Die Werkw des RegentenSangs rgyas rgya mc‟o” (1653-1705)25, no qual ela

trabalha com a enciclopédia médica deste erudito (Bai du rya sngon po ), também afirma que até agora em todaa literatura médica tibetana e mongól, o livro rGyud-bzhi  tem sido relacionado como um estudo básico. Noentanto, é incompreensível o motivo pelo qual estetrabalho seja considerado como uma tradução tibetanade um original Indo-budista que tenha sidolamentavelmente perdido.

“Nós deveríamos portanto considerar o rGyud-bz hi

 – que não pode ser simplesmente compreendido por umnão-iniciado sem os comentários esclarecedores doVaidurya sngon po‟i P‟reng ba   – na versão escritadisponível, como um dos textos do século dezessete oudezoito escritos quando certas tradições antigas, eanteriormente apenas orais, foram primeiramentegravadas e então dogmatizadas.” (Traduzido do alemão) 

R. E. Emmerick, indubitavelmente a maior

autoridade sobre este material, tem dedicado particularatenção a esta questão26. No artigo em questão, elechega à conclusão de que permanecem trêspossibilidades:

“1. Devem ter existido dois Rin chen bzang po(14), um que viveu no século 8 e outro no século 11, o

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primeiro deve ter traduzido o Astangahrdayasamhita  de

Vagbhata e o outro, traduzido o comentário deCandranandana sobre ele. Isto explicaria a tradiçãotibetana que torna Rin chen bzangg po contemporâneo aJinamitra (15), que colaborou com Danasila no começodo século 9. Há também a tradição gravada no Blue Annals  (16) colocando Rin chen bzang po anterior aDanasila na sucessão da transmissão dos ensinamentosde Ravi-gupta.

2. Deve ter sido Gyu thog pa, o anterior, datado do

século 11, quem utilizou a tradução de Rin chen bzangpo do Astangahrdayasamhita  de Vagbhata. A tradiçãotibetana pode ter confundido os dois Gyu thog pas.Candranandana pode ter sido então contemporâneo dorei Abhimanyu II de Kashmir (que reinou entre 958-972D.C.) (17)

3. O Gyu thog pa, o posterior, pode ter recebido atradução feita por Vairocana do Astangahrdayasamhita  como na tradição tibetana escrita em sua biografia.

Neste caso Rin chen bzang po deve ter tomado conta datradução de Vairocana mais ou menos por inteiro. Nadaé conhecido na tradição indiana sobre a tradução deVairocana.” 

Portanto, gostaria de concluir expressando a espe-rança de que não apenas os mistérios que circundam orGyud bzhi sejam solucionados pelos tibetologistas, mastambém que este livro seja, um dia traduzido por inteiro

por estes estudiosos. Desta forma será possívelvoltarmos ao tópico para algo mais que os fundamentosteóricos que foram descritos neste livro  – a prática damedicina tibetana.

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Capítulo Seis PESQUISA NA MEDICINA TIBETANA

As seguintes traduções assim como resumos dolivro rGyud bzi estão disponíveis  – à parte os trabalhosem hindi e japonês mencionados na bibliografia queainda necessitam ser revisados.

1835 A. Csoma de Körös fez uma importante análise dolivro rGyud bzi   em seu trabalho “Análise de umtrabalho médico tibetano”. 

1898 P.A. Badmaev trabalhou com a Parte 1 e a Parte 2da versão mongól. Os nomes tibetanos infeliz-mente foram traduzidos apenas foneticamente.

1903 O mesmo autor escreveu um trabalho que é umresumo bastante sucinto da Parte 1 e da Parte 2

do rGyud bzi .1901 D. Ul‟janov, de acordo com W.A. Unkrig, fez umatradução inadequada da Parte 1 do rGyud bzi . (Poresta razão nós não mencionamos na Bibliografia apequena edição alterada de 1903).

1908 A. M. Pozdneev traduziu a Parte 1 e a Parte 2 dasversões mongól e tibetanade forma não reduzida.

1934 W. A. Unkrig traduziu do mongól: “Das Kapitel vom praktischen Arzt”  (Capítulo 31 da Parte 2) e “Zur 

Gegenwartsstellung der lamaistischen Heilkund und über ihr Instrumentarium (Capítulo 22 da Parte2).

1937 J. Filliozat traduziu o Capítulo 73 da Parte 3:“Chapitre du traitement des démons des enfants”  (In Documents tibétains  do livro Le Kumaratantra 

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de Ravana , páginas 123-142).

1954 J. Filliozat traduziu o Capítulo 3 da Parte 1(Asiática).

Dos trabalhos listados, a tradução russa (1908) porA. M. Pozdneev (da Parte 1 e Parte 2 do livro rGyud bzi )é a mais valiosa. A lista mostra que pouquíssimastraduções são disponíveis e que uma tradução do livrorGyud bzi  por inteiro não existe. Agora que podemosentrar em contato com médicos tibetanos no exílio, um

estudo da medicina tibetana a partir das fontes deve sertentado novamente (os trabalhos russos datam docomeço do século).

Este estudo deve começar com a terminologiamédica tibetana. Com relação a um outro métodoasiático de cura, a acupuntura, que vem adquirindoreconhecimento acadêmico, temos protelado o trabalhoconjunto com sinologistas para a tradução de trabalhosfundamentais chineses, e perdido muito tempo com

desnecessárias especulações filosóficas. Não devemosrepetir este erro com a medicina tibetana. Precisamosver a medicina tibetana a partir do tratado padrãotibetano, o rGyud bzi com real auxílio dos tibetologistase médicos tibetanos.

O volume 1 começa com uma pesquisa (estudo damedicina tibetana, história da medicina, autores,trabalhos médicos, conteúdo do livro rGyud bzi ) e entãofaz uma introdução a temas mais difíceis. Com a

tradução e apresentação do Capítulo 6 (Sistema) e atradução e apresentação do Capítulo 3 (Raiz A =organismo saudável e doente) fizemos um ponto departida na elaboração da terminologia médica. Esteestudo tem sido estabelecido de forma que a medicina

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tibetana possa continuar a ser sistematicamente

derivada e apresentada a partir das fontes.A continuação da análise vem a seguir:

Volume 2

Título: Fundamentos da Medicina Tibetana. Diagnóstico e Terapia de acordo com o livro rGyud bzi. (Título dotrabalho).

Capítulo 4 da Parte 1 do rGyud bzi . Blocos deimpressão, transliteração do texto, análise doDiagnóstico  (Raiz B = Tronco III, IV e V do Sistema).Capítulo 5 da Parte 1 do rGyud bzi. Blocos deimpressão, transliteração do texto, análise dos Métodos de Cura (Raiz C = Tronco VI, VII, VIII e IX do Sistema).

Terminologia médica de conceitos específicos,denominados: 3 Raízes, 9 Troncos, 47 Ramos e 224Folhas do Sistema de medicina tibetana.

Produção de um índice27 dos termos mencionados,consistindo de: caracteres tibetanos  – transliteração  – 

transcrição fonética – tradução para o inglês - português.Desta forma estará disponível uma nomenclaturaderivada das fontes para o estudo da medicina tibetana.

No volume 2 a estrutura28 do livro rGyud bzi  e oconhecimento óctuplo29 será discutido.

A apresentação completa do sistema de medicinatibetana, que não é encontrado em nenhum trabalhomédico indiano, levantará a questão sobre o motivo peloqual os médicos tibetanos criaram um sistema

independente e individual.A classificação das disciplinas individuais serãovistas a partir da apresentação das nove seções doconhecimento médico (Tronco I-IX). Na Terapêutica, porexemplo, o estudo mais extenso é sobre os

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medicamentos, o restante trata dos Métodos de

Tratamento (externo).Os números que aparecem no sistema serão

estudados e relacionados com aqueles utilizados nafilosofia budista. A interpretação dos números é umaextensa área de estudo; o número 9 em particular serádiscutido, pois é de suprema importância30. É possívelque certos números do Sistema apresentem algumarelação com os conceitos da teoria dos tridoshasindiana, a saber, com as qualidades dos sabores e a

elevação ou redução dos doshas; este fato pode sercomprovado com exemplos.

Os termos derivados dos textos serão comparadoscom conceitos conhecidos do budismo. Apenas em umcaso foi feita referência aos conceitos budistas (TroncoII, Ramo 1 = causas desencadeantes). Quandocontinuarmos a comparação entre os termos médicos eos conceitos oriundos do ensinamento budistapoderemos observar quão próxima está a ligação entre

a medicina tibetana e a filosofia budista.Concluindo, a origem e autoria do livro rGyud bzi  devem ser consideradas. No momento, podemosapenas arriscar uma possibilidade; pode ser que nocaso da Parte 3 do livro rGyud bzi    – o maiscompreensível e comentado (que também contém oconhecimento óctuplo) – um original em sânscrito tenhasido perdido em uma época bastante remota, masanteriormente traduzido por tibetanos, e as Partes 1, 2 e

4 tenham sido adicionadas depois. Talvez seja possívelneste ponto encontrar detalhes da autoria e origem dolivro rGyud bzi . As opiniões de tibetologistas sobre aquestão também serão citadas.

O Volume 2 conterá, portanto, a base para aterminologia médica necessária e ao mesmo tempo

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reunirá com a prática da medicina tibetana, exemplos do

que já foi apresentado no Volume 1.

Volume 3

Título: A prática da Medicina Tibetana. Uma vez estabelecida a terminologia médica,

tornar-se-á possível a descrição da prática da medicinatibetana. As diversas tabelas e painéis fornecidos porYeshe Donden puderam ser utilizados aqui, juntamente

com experiências reunidas pelos médicos tibetanos nosHimalaias, para a apresentação da prática da medicinatibetana – a área específica da autora. Agora é possívelafirmar que a medicina tibetana não possui apenasinteresse teórico mas, como experimentado no caso daacupuntura, pode ser aplicada com grande sucesso.

No Capítulo 1 são indicadas as influências quemarcaram a medicina tibetana, ou seja: as influênciaspré-budistas, o budismo tibetano, a antiga medicina

indiana e a antiga medicina chinesa, para mencionar asmais importantes.A medicina tibetana apresenta características

marcantes mas o impacto especial desta arte de curarpode tornar-se clara apenas quando as influênciasmencionadas forem mostradas individualmente.

Portanto, no final desta longa jornada, é possíveldizer:

Esta é a característica especial da medicina

tibetana.

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Transliteração

As palavras tibetanas não são traduzidasfoneticamente, mas uniformemente transliteradas deacordo com o Hamburger Transliterationsystem . (Ver M.Hahn: Lehrbuch der Klassischen Tibetischen Schriftsprache ). Este sistema está baseado em doisprincípios:

1 Os caracteres, que também são encontrados noalfabeto Devanagari, são transliterados da mesmaforma.

2 A transliteração deve dar uma tradução nãoambígua ao modelo.

Os 30 caracteres básicos são:

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TÍTULOS DOS TRABALHOS

A. Blocos de impressãoOs seguintes blocos de impressão foram usados

para este trabalho:

1) rGyud bzi (Título abreviado)bdud rtsi snying po yan lag brgyad pa gsang ba manngag gi rgyudEdição : Lhasa, Chak po ri. Volume : 396 fóliosTamanho do fólio : 58 x 10 cm. Área impressa : 51 x 7cm.Número de linhas : 6O bloco de impressão no qual o texto está baseado estáem minha posse.

2) Bai du rya sngon po (Título abreviado)gso ba rig pa‟i bstan bcos sman bla‟i dgongs rgyan rgyudbzi‟i gsal byed bai dur sngon po‟i malli ka (Parte 1)

Edição : Lhasa, Chak po ri. Volume : 40 fóliosTamanho do fólio : 58 x 10 cm. Área impressa : 51 x 7cm.Número de linhas : 6Os blocos de impressão foram analisados emDharamsala. Nenhuma referência particular a estetrabalho foi feita neste estudo que, no entanto, foi usadopara esclarecer o capítulo traduzido.

3) Glang thabs (Título abreviado)bdud rtsi snying po yan lag brgyad pa gsang ba manngag yon tan rgyud kyi glang thabs zug rnyu‟i tsha gdungsel ba‟i katpura dus min „chi zhags gcod pa‟i ra l griEdição : Lhasa, Chak po ri. Volume : 288 fóliosTamanho do fólio : 46 x 9 cm. Área impressa : 42 x 7 cm.

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Número de linhas : 6

O bloco de impressão está em meu poder e foiconsultado para esclarecer a terceira parte do rGyud bzi .

B. Reprodução dos Blocos de Impressão

1) cha lag bco brgyad  Bloco de impressão do monastério de Dga‟ ldan phuntshogs gling.Reproduzido pelo Professor Lokesh Chandra sob o título

Yuthok‟s Treatise on Tibetan Medicine. InternationalAcademy of Indian Culture, Sata-Pitaka Series, Indo-Asian Literatures, Vol. 72, New Delhi, 1968.Capítulo 16 (págs. 368-508): rgyud chung bdud rtsi snying po (Resumo do livro rGyud bzi) foi utilizado paraelucidar o Sistema.

2a) bdud  nad gzhom pa‟i gnyen po rtsi sman gyi nus parkyan bshad gsal ston dri med shel gong  

Título abreviado: dri med shel gong2b) bdud rtsi sman gyi rnam dbye ngo bo nus ming rgyas par bshad pa dri med shel phreng  Título abreviado: dri med shel phreng2c) lag len gces bsdus  Estes três trabalhos de bsTan „dzin phun tshogs foramreproduzidos po Tashi Yangphel Tashigang com o título:“Principles of Lamaist Pharmacognosy”. SmantrtsisShesrig Spendzod Series, Vol. 6, Ladakh, 1970

2) gso byed bdud rtsi‟i „khrul med ngos „dzin bzo rig melong du rnam par shar pa mdzes mtshar mig rgyan zhes bya ba bzhugs so  Reproduzido pelo Professor Lokesh Chandra sob o títuloAn Illustrated Tibeto-Mongolian materia medica of 

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 Ayurveda of „Jam dpal rdo rje of Mongolia. Da coleção

de Sua Santidade Z.D. Gomboev, com o Prefácio de E.Gene Smith. International Academy of Indian Culture,Sata-Pitaka Series, Indo-Asian Literatures. Vol. 82, NewDelhi, 1971.

Diagrama da Raiz A (fól. 16/17), diagrama da Raiz B (fól.20/21), diagrama da Raiz C (fól. 26/27,28/29): utilizadona apresentação do Sitema com a permissão doProfessor Lokesh Chandra.

As reproduções dos blocos de impressão estão emminha posse.

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BIBLIOGRAFIA

Vimos na Introdução que pouco da literatura deimportância relevante sobre o assunto da medicinatibetana está disponível. Não há qualquer livro sobre oassunto que  – baseado em fontes  – descreva amedicina tibetana, nem uma bibliografia, além da deRechung Rimpoche: Tibetan Medicine , Wellcome

Institute for the History of Medicine, Londres, 1973.W. A. Unkrig escreveu em sua Introdução: “Aquele

que deseja orientar-se neste tópico está sujeito aexaustivas pesquisas em jornais e referênciasocasionais em filmes de viagens e literatura etnológica.” 

A compilação de uma bibliografia portanto,apresenta um grande problema: alguns dos títulosmencionados foram conseguidos a partir dos seguintestrabalhos:

1. W. A. Unkrig forneceu algumas informações valiosas,na acima mencionada Introdução , sobre a literaturarussa e polonesa.

2. H. Laufer reuniu uma grande quantidade de materialaté 1900 (Beiträge zur Kenntnis der tibetischen Medizin ).

Esta bibliografia não pretende ser completa; noentanto, representa um começo.

Os livros que relatam a história e a religião doTibete devem ser incorporados em uma bibliografiaprópria para um trabalho posterior.

Nesta bibliografia, livros e trabalhos menosextensos foram listados juntos. Os números marginaismostram que os trabalhos de mesma autoria são menos

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abrangentes, mas não menos valiosos ao leitor.

Incluímos uma tradução (entre parênteses) de algunstítulos estrangeiros; foram adicionadas notas sobre oconteúdo de algum livro importante após o título.

As primeiras referências à medicina tibetana nostrabalhos sobre a História da Medicina:1867 - Th. A. Wise fez a primeira tentativa de esboçar a

medicina tibetana dentro do campo da históriada medicina. Este médico, dedicou um capítulopara a medicina, e neste  – de acordo com H.

Laufer  – repete o trabalho de A. Csoma deKörös Analysis of a Tibetan Medical Work quaseque palavra por palavra, adicionando o uso dasanotações de viagem de Turner e Huc comosuas fontes.

1875 - Uma breve referência é encontrada em H.Haeser.1893 - G. A. Liétard dedicou 1-5 colunas à medicina

tibetana;

1906 - M. Neuburger, uma página.De material recente dificilmente pode-se encontrarqualquer coisa sobre medicina tibetana na maioria dostrabalhos sobre História da Medicina.1. Badaraev B. B.  Dzejcxar Migczan . Pamjatnik, Tibetskoj Mediciny

(Russo) Novosibirsk, 1985.2. Badmaev, P.A.  O sisteme vracebnoj nauki Tibeta . I. St. Petersburg,

1898. (Sobre o sistema da ciência médica no Tibete.)Tradução das Partes 1 e 2 do rGyud bzi , resumoabreviado.

  Glavnoe rukovodstvo po vracebnoj nauke Tibeta Zud- si v novon perevode P.A. Badmaeva s ego vvdeniem,raz‟ jasnjajuscim osnovy tibetskoj vracebnoj nauki . St.

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Petersburg, 1903. (O trabalho padrão para o

conhecimento da medicina tibetana, rGyud bzi , emuma nova tradução por P.A. Badmaev, com umaintrodução do mesmo explicando as bases damedicina tibetana.) Tradução das Partes 1 e 2 dorGyud bzi. Em parte, trata-se de um resumo sucinto,contém desenhos extraídos de originais mongóis etibetanos.

2. Badmajeff, W.N.  Chi-szara-badahan . Warsaw, 1927.  Tajemnica Zdrowia . Warsaw, 1931. (O Segredo da

Saúde)  Medycyna tybetanska, jej istota, cele i sposoby 

dzialania . Warsaw, 1933. (Medicina tibetana, suanatureza, cuidados e métodos de prática).

  Na drogach zycia i zdrowia czlowieka . Warsaw, 1935.(Sobre os caminhos da vida e da saúde do homem).

  Vade mecum-kalendarz leczniczy na rok 1937 .Warsaw, 1935. Calendário médico.

  Lekarz Tybetansky . Warsaw, 1932-1936. (O MédicoTibetano). Jornal mensal.

  Medycyna Syntetyczna . Warsaw, 1936-1938.(Síntese Médica). Jornal de publicação trimestral.

3. Beckwith C.  The introduction of Greek medicine into Tibet in the 

seventh and eighth centuries . Journal of the AmericanOriental Society 99.2,297-313, 1979.

4. Beigel, H.  Ein Beitrag zur Medizin des tibestanischen 

Buddhaismus . Em: Weiner med. Wochenschrift , 13,1863, Col. 507-508, 523-524.

5. Bergemann, H.H.

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  Manramba: Der tibetiche Arzt, seine Ausbildung und seine Praxis . Em: Zahnärztliche Mitteilungen , 34,1943, págs. 200-202 e 219-221.

  Heilender Geschmack . Em: Zahnärztliche Praxis , 16,1963, págg. 192.

  Zahnärztliche Anschauungen und Massnahmen des Lama-Arztes . Em: Zahnärztliche Mitteilungen , 1,1964, págs. 25-28.

  Die Mutter des Arztes weilt im Paradies. Em: Deutsches Ärzteblatt  (Geschichte der Medizin), 41,1966, págs. 2383-2385.

  Die Bedeutung der lamaistischen Heilkunde. Em: Erfahrungsheilkunde , 10, 1967, págs. 321-328.

  Die Anatomie des Kopfes und der Mundhöle in der tibetischen Medizin des 17. Jahrhunderts . Em: Blätter für Zahnheilkunde , 28, 1967, pág. 135.

  Der Krankheitsbegriff in der Lehre des tibetischen Buddhismus . Em: Erfahrungsheilkunde , 11, 1968,págs. 418-421.

  A tibete gyógyito tudomány történetéböl . (Da históriada medicina no Tibete). Em: Orvosi hetilap.Hungarian Medical Weekly Journal , 109, 1968, págs.1885-1887.

  Die Psychiatrie des Lama-Arztes. Em: Deutsches Ärzteblatt , 11, 1969, págs. 732-735.

  Aus der tibetischen Heilkunde: maligne Tumoren. Em: Deutsches Ärzteblatt  (Geschichte der Medizin), 49,1972, págs. 3239-3242.

6. Brodowski, F.  Badmajeffowie-Medycyna Tybetu w zetknieciu z 

cywilizacja zachodu . Warsaw, 1932. (Os Badmajeffs – A Medicina do Tibete relacionada com a civilizaçãoOcidental).

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7. Burang, Th. (pseud.), ver Illion, Th.

8. Cai Jingfreng  A preliminary study of the early history of Tibetan 

medicine . (Chinês). Em: Journal of the History of Medicine . 10(1), 49-55, 1980.

9. Clark B.  The wish-fullfilling tree of Tibetan medicine . Em:

Tibetan Review . XIII.12, 19-24, 1978.10. Clifford T.  Tibetan buddhist medicine and psychiatry. The Di- 

amond Healing . Samuel Weiser, York Beach, 1984.11. Csoma de Körös, A.  Analysis of a Tibetan Medical work . Em: Journal of 

the Asiatic Society of Bengal , 4, 1835, págs. 1-20.12. Dakpa Nagwang  La folie d‟après un commentaire du Rgyud -bzhi, les 

quatreTantra . Em: Scientia Orientalis . 16, 31-39,1979.

13. Dash, Bhagwan  Ayurveda in Tibet. Em: The Tibet Journal . I.1. Library

of Tibetan Works and Archives, Dharamsala, 1976.  Tibetan medicine with special reference to Yoga Sa- 

taka . Library of Tibetan Works and Archives,Dharamsala, 1976.

  Saffron in Ayurveda and Tibetan Medicine . Em: The Tibetan Journal . I.2. Library of Tibetan Works andArchives, Dharamsala, 1976.

14. Davis S. L.  Health, Nutrition and Hygiene in Tibetan Settlements .

Em: Tibetan Review . XIII.7, 14-27, 1978.15. Donden, Yeshe

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  169

  The Ambrosia Heart Tantra . Library of Tibetan Worksand Archives, Dharamsala, 1977. O Tantra do CO- ração de Ambrosia , Editora Chakpori, Brasil.

  Health through Balance . Snow Lion Publications,Ithaca, 1986. Saúde Através do Equilíbrio , EditoraChakpori, Brasil.

16. Drakton, Jampa Gyaltsen  Astrology and the Tibetan art of healing . Em: Tibetan 

Review . XV. 2/3, 12 págs., 1980.17. Emmerick R. E.  A Chapter from the Rgyud-bzhi . Em: Asia Major .

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Léxico

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Ilustrações

P. A. BadmaevAs Três RaízesGlavnoe rukovodstvo po vracebnoj nauke Tibeta Zud-si v novon perevode P.A. Badmaeva s ego vvdeniem, raz‟  jasnjajuscim osnovy tibetskoj vracebnoj nauki . St.

Petersburg, 1903.

Lokesh ChandraOs Nove TroncosAn illustrated Tibeto-Mongolian materia medica of Ayur- veda of „Jam-dpal-rdo-rje of Mongolia . InternationalAcademy of Indian Culture, Sata-Pitaka Series, Indo-Asian Literatures, Vol. 82, New Delhi, 1971. Com a gentilpermissão do Professor Lokesh Chandra.

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NOTAS

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saudável” corresponde a este organismo inalterado e refere-se àembriologia, à anatomia e à f isiologia da medicina Ocidental.

O Tronco II apresenta a denominação “organismo doente”,sendo o termo tibetano “rnam par gyur pa” = alterado. O termo“organismo doente” corresponde a este or ganismo alterado e está sereferindo à patologia da medicina Ocidental.

O Tronco V apresenta a denominação “questionamento”, sendoo termo tibetano “dri ba” = questionar. A disciplina Ocidentalcorrespondente é a anamnese.

Quanto à “nutrição”, poderíamos substituir o termo “dieta”;“comportamento” corresponde à nossa disciplina “higiene”; a disciplina

“medicamentos” é a “farmacologia” na medicina Ocidental. Estastraduções simplificadas dos termos tibetanos possibilita-noscompararmos as disciplinas tibetanas com as nossas Ocidentais.

Nas Apresentações os termos são citados como aparecemgeralmente no texto: sem o sufixo; por exemplo, yang ao invés de yang ba , snum ao invés de snum pa .3 Considero importante incluir uma descrição resumida da anatomiaporque, se nada é conhecido sobre os “pontos vitais”, por exemplo, nãoestaria óbvio porque este termo é tão importante na terapia da sangria.4 Nesta passagem do livro rGyud bzhi  (Parte 2, Capítulo 4), nãoencontramos qualquer informação sobre as significativas “rodas” = „khor lo (chakras). Outra importante referência a elas: Bai du rya sngon po .

Estes „khor lo são particularmente significativos pois somente atravésdeles podemos explicar o fenômeno cosmológico correspondente, asutileza e as energias da medicina tibetana.Confesso que a demora na publicação deste livro deveu-se apenas àgrande quantidade de trabalho envolvido em minha prática médica, mastambém deveu-se à pesquisa intensiva e demorada que requisitou o

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assunto das “rodas”. O resultado desta pesquisa será publicado embreve.(Pode-se utilizar como referência um artigo que escrevi na Deutsche Zeitschrift für Akupunktur , Vol. 5/6, 1956, entitulado “Die Akupunktur imSpiegel der Chakras” .)5 No livro Bai du rya sngon po , encontramos o seguinte comentário: drima dugs te dri ma shin tu che ba/. Significa: cheiro quente é um cheiromuito forte.6 Diagnóstico através do exame da urina: Neste capítulo, as alteraçõesna urina são descritas em detalhes  – esta descrição detalhada indica agrande importância do diagnóstico da urina.7  Acerca das “extremidades dos dedos” ver: Rechung Rimpoche Tibetan Medicine , Londres, 1973, 93, 94. Yeshe Donden e Jeffrey Hopkins An Anatomy of Body and Diseases . Ver também: An Introdution to Tibetan Medicine , ed. Dawa Norbu, A Tibetan Review Publication, New Delhi,1976, 28, 29.Nagwang Dagpa, La sphygmologie tibétaine . Em: Les médecinesTraditionelles de l‟Asie, Strasbourg, 1979, 29. 8 Diagnóstico pelo exame do pulso: Detalhes deste método dediagnóstico são encontrados no livro rGyud-bzhi , parte 4, Capítulo 1.Uma análise precisa deste longo capítulo é importante, não apenas paraa prática da medicina tibetana visto que, aqui, são descritas todas asdiversas alterações nos pulsos que são típicas das doenças, mas

também porque o conhecimento deste importante capítulo é essencialpara comparar o diagnóstico pelo pulso tibetano e chinês.9 sha chen: De acordo com os médicos tibetanos de Dharamsala, carnede um herói que morreu em uma batalha.10 skyabs: De acordo com os médicos tibetanos de Dharamsala, um tipode dente-de-leão.11 mgo khrol: De acordo com os médicos tibetanos de Dharamsala, sopade cabeça de carneiro moída e envelhecida.12 „bras bu gsum: = os três mirabólanos: 

I. a ru ra = mirabólano chebula (Terminalia chebula)II. ba ru ra = mirabólano belerica (Terminalia bellerica)III. skyu ru ra = mirabólano emblica (Phyllanthus emblica).

13 rgod ma kha: uma preparação de substâncias ásperas (comunicadooral: R. E. Emmerick).14 tshva bsregs pa‟i thal sman: De acordo com os médicos tibetanos deDharamsala, cinza medicinal preparada com sal e quartzo.15 cong zhi: provavelmente CaCO3, um tipo de cal branco e cristalino.

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16 W. A. Unkrig: Zur Terminologgie der lamaistischen Medizin,besonders ihrer Arzneien . Em Forschungen und Fortschritte, 12, 20/21,1936, págs. 265-266.17 Professor R. E. Emmerick, Hamburg, em particular, está trabalhandonesta área.18 Eu vi um livro deste tipo na Inglaterra quando o Dr. T. Y.Tashigangpa, um médico de Ladakh, estava lendo um texto em umaconferência. O livro, que foi aparentemente publicado na China,continha aproximadamente 1.000 ilustrações de plantas providas denomes em tibetano, chinês e latim.19 De acordo com as leis do Conselho Europeu, evidências rígidas sãoexigidas com relação à eficácia terapêutica e inocuidade de quaisquernovos fármacos. Isto é o que dizem as novas leis farmacêuticas. NaRepública Federal da Alemanha, a nova Lei Farmacêutica entrou emvigor em 1 de janeiro de 1978. Um total de vinte países exigem estacomprovação, onze países aguardam-na e oito deles, não a exigem.Será difícil obter a necessária comprovação de eficácia com aspreparações herbáceas.20 A dificuldade encontrada com termos relacionados com “sabor” émostrada pelas traduções e comentários contidos em C.Vogel,Vagbhata‟s Astangahrdayasamhita (pág. 58)21 No livro Vagbhata‟s Astangahrdayasamhita escrito por L. Hilgenberg eW. Kirfel, as seguintes passagens são encontradas na discussão sobre

o aumento e a redução dos Doshas (pág. 62): “... Faz-se uma distinçãoentre 57 combinações de qualidades do sabor mas, ao todo, existem63... Há 25 possibilidades se estiverem aumentados desta forma...Portanto, 62 possíveis diferenças são ensinadas. A 63ª é a causa dasaúde.” No Volume I (Capítulo 3 do livro rGyud-bzhi ), foi apontado que oTronco “Organismo Saudável” tem 25 folhas e o Tronco “OrganismoDoente”, 63 folhas. O trecho fala basicamente que o vigor do corpoaumenta se estes 25 items estão em equilíbrio. Se saem desteequilíbrio, eles prejudicam o corpo e resultam em 63 doenças. Hánotáveis correspondências às figuras no livro de Vagbhata referentesaos Doshas.22 Todos os termos foram propositalmente repetidos nesta apresentação

de tal forma que eles poderão ser mais facilmente memorizados. Osparêntesis foram retirados em alguns termos mas mantidos em outros.A intenção deste painel é também apresentar ao leitor um tipo deresumo da terminologia médica. Uma terminologia médica completaserá incluída no próximo Volume, abrangendo não apenas os termosanalisados neste livro mas também os demais termos mencionados

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anteriormente. Serão organizados como segue: Caracteres tibetanos  – transliteração – transcrição fonética –– tradução portuguesa.23 C. Vogel: On Buston‟s view of the eight parts of Indian medicine . Em:Indo-Iranian Journal, 6 (3/4), 1963, pággs. 290-295.24 J. Filliozat: Chapitre du traitement des démons des enfants . Em: LeKumaratantra de Ravana, pággs. 123-142.25 K. Lange: Die Werke des Regenten Sangs rgyas rgya mtcho  (1653-1705). Akademie-Verlag Berlin, 1976, págs. 141-143.26 R. E. Emmerick: Sources of the Rgyud-bzhi . Em: Zeitschrift derDeutschen Morgenländischen Gesellschaft III, 2, 1977, págs. 1135-1142.27

No volume 1 a inclusão de um registro da terminologia médica foideliberadamente omitida, pois uma terminologia médica completa seráapresentada na Parte 2 do estudo. Um índice dos autores e detrabalhos médicos foi omitido, pois estes são facilmente distingüíveisnos seus respectivos capítulos.28 O rGyud bzi  dividido em quatro partes difere em sua estrutura dosgrandes trabalhos indianos dos médicos Caraka, Susruta e Vagbhata:nenhum dos trabalhos indianos está dividido em quatro seções. Talveztenha sido intenção dos tibetanos chamar atenção, com a divisão emquatro partes (duplicando-a), para o conhecimento em oito partes. Comrelação a esta estrutura os trabalhos indianos foram descritos em

detalhes e comparados com o rGyud bzi .29 O conhecimento dividido em oito partes  – isto já pode serdeterminado  – é descrito na terceira parte do livro rGyud bzi  (verSumário do livro rGyud bzi  e Referências). O conhecimento óctuplo éclaramente definido e difere da organização indiana no qual as doençasfemininas são colocadas em terceiro lugar.30 O número 9, entre outros, representa um importante papel na religiãonativa Bon.