11
CRISINFORMA | 1 Informativo do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz Conselho Executivo da Unitaid se reúne na Fiocruz Aisa/MS faz apresentação em reunião da Câmara Técnica PÁG. 4 mai / jun 2015 20 PÁG. 2 PÁG. 6 PÁG. 11 ICC avança em ações de cooperação internacional FOTO PETER ILICCIEV/CCS Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científica Acordo prevê a constituição de plataformas técnico-cientifica-educacionais, visando à futura implantação do Instituto Pasteur no Brasil FOTO PETER ILICCIEV/CCS FOTO PETER ILICCIEV/CCS

Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

  • Upload
    dangque

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

CRISINFORMA | 1

Informativo do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz

Conselho Executivoda Unitaid se reúne

na Fiocruz

Aisa/MS fazapresentação em reunião

da Câmara Técnica

PÁG. 4

mai / jun

2015

Nº20

PÁG. 2

PÁG. 6 PÁG. 11ICC avança em

ações de cooperaçãointernacional

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

Fiocruz, USP e Instituto Pasteurfecham parceria científica

Acordo prevê a constituição de plataformas técnico-cientifica-educacionais,visando à futura implantação do Instituto Pasteur no Brasil

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

Page 2: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

| CRISINFORMA2

destaques

Alexandre Almeida/FiocruzRondônia, César Guerra Chevrand/

CCS, Danielle Monteiro/CCS eFernanda Turino/Ascom IOC

Fiocruz, a Universidade de SãoPaulo (USP) e o Instituto Pas-teur se uniram para atuar deforma conjunta no Brasil, atra-

vés de plataformas técnico-cientifica-educacionais, visando à futura consti-tuição do Instituto Pasteur no Brasil. Asinstituições firmaram a parceria no dia8 de junho. As plataformas, que vãofuncionar como redes para o desenvol-vimento de conhecimento, estarão lo-calizadas no campus da USP, em SãoPaulo, e nos campi da Fiocruz no Brasil.A parceria foi assinada como parte doprimeiro simpósio científico sobre doen-ças infecciosas, biologia computacionale neurociências Fiocruz-Pasteur, queaconteceu nos dias 8 e 9 de junho, nocampus da Fiocruz em Manguinhos.

Durante a cerimônia de assinatu-ra do acordo, o presidente da Fiocruz,Paulo Gadelha, destacou que a coo-peração representa uma inovação, poissupera o desafio da complexidade dastrês instituições e do tempo necessáriopara a implantação de uma instituiçãocom o porte do Instituto Pasteur no Bra-sil. “Esse acordo já estabelece imedia-tamente ações de parceria e formas

de pesquisa e financiamento, e já apon-ta para a construção de um plano denegócios que terá, em um período má-ximo de um ano, todo o esforço neces-sário para a base para a construção doInstituto Pasteur no Brasil”, disse.

O presidente do Instituto Pasteur,Christian Bréchot, afirmou que a coo-peração vai reunir a expertise das trêsinstituições nos campos de pesquisa emmudanças climáticas, meio ambiente,genética e biodiversidade. Segundo ele,a parceria vai criar projetos que vão in-cluir estudos com enfoque na interco-nexão entre doenças não crônicas, comocâncer, diabetes e enfermidades neu-rodegenerativas, e doenças infecciosas,como mal de Chagas e malária. “NoBrasil, é visível a mudança no perfil dedoenças, que tem se deslocado de en-fermidades infecciosas para as não crô-nicas. E esse é o campo principal deatuação do Instituto Pasteur, onde, porexemplo, já iniciamos estudos focadosno câncer decorrente de doenças pro-vocadas por patógenos. Ao mesmotempo, observa-se no mundo o ressur-gimento de doenças infecciosas. É combase nesse contexto que pretendemosjuntos trabalhar. Essa cooperação vaicontribuir para o futuro da ciência, damedicina e da saúde pública”, disse.

Para o vice-reitor da USP, VahanAgopyan, o acordo representa um

A

momento histórico da união de trêsinstituições diferentes e ao mesmo tem-po complementares. “Para a USP, é umprazer trabalhar com o Pasteur e a Fio-cruz e, principalmente, desenvolverprojetos em conjunto a longo prazo quebuscam a inovação”, ressaltou.

Inicialmente serão criadas unida-des de laboratórios mistos entre as trêsunidades em São Paulo e Rio de Janei-ro, e uma plataforma mista. Os polosde pesquisa vão atuar nos campos dedoenças emergentes ou doenças ne-gligenciadas com potencial para novasepidemias, entre elas, dengue, Cha-gas, leishmaniose, malária e Chikun-gunya. Também vão trabalhar nas áre-as de doenças do sistema nervoso, emoutras causas de morbidez e de mor-talidade ligadas ao aumento de expec-tativa de vida e à urbanização (doen-ças cardiovasculares e respiratórias,hipertensão, diabetes e outras enfer-midades metabólicas), biodiversidadee microbioma, pesquisa translacionale computacional, e integração de es-tratégias para tratamento de megadados relacionados com a saúde e nabusca de soluções para a saúde.

O futuro Instituto Pasteur no Bra-sil pretende contribuir para soluçõesque visam o bem estar da população,com ênfase em saúde, por meio do de-senvolvimento de uma rede científica

O Instituto Pasteur no Brasil vai atuar como polo de pesquisas nos campos de enfermidadesnegligenciadas, doenças do sistema nervoso, biodiversidede, microbioma e pesquisa translacional.

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

Page 3: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

CRISINFORMA | 3

destaques

de pesquisa biológica, biomédica e bi-otecnológica de nível nacional, regio-nal e internacional, reunindo as com-petências complementares da Fiocruze da USP e as potencialidades da RedeInternacional dos Institutos Pasteur (RIIP).Membro associado da RIIP, a Fiocruz éuma das instituições mais reconheci-das no desenvolvimento de produtosde saúde, imunobiológicos, farmacêu-ticos e de diagnóstico, sendo moldadaseguindo os princípios do Instituto Pas-teur francês, com o qual mantém umaparceria histórica por mais de um sé-culo.

Após a assinatura do acordo, acomitiva do Instituto Pasteur visitou aFiocruz Rondônia para estreitar os la-

ços entre as instituições e conhecer otrabalho desenvolvido em pesquisas decampo e da equipe da Fundação noEstado de Rondônia. Na oportunidadeforam discutidas as perspectivas dedesenvolvimento de projetos conjuntose maior integração à Rede Internacio-nal dos Institutos Pasteur (RIIP). Duran-te a reunião, Christian Bréchot desta-cou a possibilidade de colaboração naárea de acidentes ofídicos, integraçãocom a Rede LeiSHield, hepatites B eDelta e especialmente o projeto quevem sendo realizado em parceria como ICB-5: o projeto Chronus, que buscadesenvolver um estudo de envelheci-mento na Amazônia e suas relaçõescom a exposição e doenças infeccio-sas na região.

A Fiocruz recebeu, em 30 de abril,a visita da presidente do Conselho deAdministração do Instituto Pasteur,Rose-Marie Van Lerberghe. Recepcio-nada pelo presidente da Fiocruz, Pau-lo Gadelha, no Castelo de Mangui-nhos, Rose-Marie esteve no Rio deJaneiro para discutir os termos do acor-do que prevê a instalação da unidadefísica do instituto francês no Brasil.

Visita da presidente do Conselho de Administração do Pasteur

SimpósioFiocruz-Pasteur

Realizado pelo Instituto Oswal-do Cruz (IOC/Fiocruz), o 1º SimpósioFiocruz-Pasteur reuniu pesquisadorese estudantes de diversos centros depesquisa para discutirem sobre doen-ças infecciosas, neurociências e bio-informática.

A cerimônia de abertura contoucom a participação de Wilson Savino,diretor do IOC e coordenador executi-vo do programa Fiocruz-Pasteur, Dani-el Scott-Algara, representante do Ins-tituto Pasteur, e Rodrigo Stabeli,vice-presidente de Pesquisa e Labora-tórios de Referência da Fiocruz.

Savino destacou que a parceriaentre a Fiocruz e o Instituto Pasteur éde longa data: “Ela vem desde a ori-gem da Fundação, uma vez que o pró-prio Oswaldo Cruz estudou lá. É muitoimportante que estes institutos conti-nuem a realizar pesquisas em saúde ea formar recursos humanos”. Daniel eStabeli chamaram a atenção para asfuturas possibilidades de intercâmbiode conhecimento que o evento pode-ria gerar, ainda mais após a oficializa-ção da cooperação franco-brasileiraque seria assinada horas mais tarde.Vinte e três palestras, divididas em cin-co mesas-redondas movimentaram osdois dias do Simpósio, em torno de te-mas como bioinformática, doenças in-fecciosas e neurociências. Leia maissobre o simpósio no site do IOC.

A presidente do Conselho deAdministração do Pasteur esteve reu-nida com a equipe da presidência daFiocruz e do Centro de Relações In-ternacionais em Saúde (Cris/Fiocruz),além de diretores de unidades técni-co-científicas. Responsável por defi-nir a estratégia global do Instituto Pas-teur, Rose-Marie Van Lerberghedeixou o encontro bem impressiona-da com a estrutura técnico-científicada Fiocruz e otimista com a parceriaque está sendo construída com a par-ticipação da USP.

Rose-Marie Van Lerberghe des-tacou ainda a identidade entre as mis-sões da Fiocruz e do Pasteur nas áre-as de pesquisa, ensino e saúdepública, e salientou a necessidade dese negociar um estatuto, um plano de

negócios e um modelo de governan-ça antes de se instalar uma unidadefísica do Instituto Pasteur no Brasil. “OPasteur é um instituto internacionalbaseado em Paris e as questões desaúde são cada vez mais globais. Porisso nós estamos sempre avaliandonovas possibilidades de parceria. AFiocruz já faz parte da Rede Internaci-onal de Institutos Pasteur e agora nósestamos trabalhando com a possibili-dade de criar uma unidade no Brasil.Para o Instituto Pasteur, o Brasil é es-tratégico pelas possibilidades de se tra-balhar saúde e ambiente. Nós preci-samos compreender as expectativasde cada lado para podermos avançarem nossas negociações”, pontuou apresidente do Conselho de Adminis-tração do instituto francês.

O presidente do Instituto Pasteur, Christian Bréchot, o presidenteda Fiocruz, Paulo Gadelha, e o vice-reitor da USP, Vahan Agropyan

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

Page 4: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

| CRISINFORMA4

destaques

Danielle Monteiro/CCS

Câmara Técnica de Coopera-ção Internacional se reuniu nodia 17 de junho e contou coma apresentação da cooperação

internacional da Escola Politécnica deSaúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fio-cruz), ministrada pela vice-diretora daunidade, Marcela Pronko, com apoio docoordenador de Cooperação Internacio-nal da unidade, Geandro Pinheiro.

A

Câmara Técnica de CooperaçãoInternacional debate capacitação paragestores em Relações Internacionais

FOTO PETER ILICCIEV/CCS

Page 5: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

CRISINFORMA | 5

destaques

À Câmara Técnica recebeucomo convidada a Assessora es-pecial do Ministro da Saúde eCoordenadora da Assessoria Inter-nacional em Saúde do Ministérioda Saúde, Juliana Vallini. Julianarealizou uma apresentação sobreas prioridades do Ministério daSaúde (MS) em cooperação inter-nacional e a atuação da AISA.

Como premissas da atuaçãoda AISA, foram levantadas: aideia de parceria nas definiçõesde prioridades; articulação comas estruturas do MS, como nocaso, a Fiocruz; integração e ar-ticulação com as realidades locaise as prioridades ministeriais dospaíses parceiros.

Abriu-se a possibilidade dea AISA ajudar a financiar açõesde cooperação prioritárias da Fio-cruz, ao mesmo tempo em que aAssessoria vai também demandara participação da Fiocruz em pro-jetos de cooperação iniciados peloMinistério. Comentou-se a utiliza-ção de mecanismos inovadores nacooperação, como a cooperaçãosul-sul-sul, a utilização de parcei-ros nacionais e a triangulação comorganismos internacionais, alémda cooperação por meio de redesde instituições de pesquisa, ensi-no e serviços de saúde.

Por fim, propôs-se a prepara-ção de um plano de trabalho con-junto entre Fiocruz e AISA de coo-peração para países prioritários, oque foi bem recebido pela coorde-nadora da AISA que já designouduas pessoas para trabalharem noplano, por parte da Assessoria.(Foto:Peter Illicciev/CCS)

Centro Colaborador da Organiza-ção Mundial da Saúde desde 2004 eSecretaria Executiva da Rede Internacio-nal de Educação de Técnicos em Saúde(Rets) há dez anos, a EPSJV/Fiocruz de-senvolve ações de cooperação Sul-Sulcom vistas à formação de trabalhadorestécnicos em saúde e o fortalecimento dasinstituições estruturantes dos países par-ceiros, por meio de programas planeja-dos em conjunto com as autoridades lo-cais e respeitando as agendas políticasde saúde daqueles países. Marcela re-forçou que as ações de colaboração daunidade são estruturantes, ou seja, bus-cam estruturar os sistemas públicos deformação para a saúde, visando à cons-trução com o outro e fazendo uso dossaberes locais e das experiências de cadaum dos países. “Nossas cooperações têmcomo princípios o processo coletivo deconstrução do conhecimento e o respei-to às especificidades históricas de cadapaís. Isso não quer dizer que não faze-mos cooperações ‘pontuais’, mas essanão é nossa política central”, explicou.

Uma das ações de destaque daEPSJV, segundo Marcela, é a pesquisaque vai mapear a oferta quantitativa equalitativa de formação de trabalha-dores técnicos em saúde nos paísesmembros da Rets, com previsão de tér-mino em 2017. “Também estamos de-senvolvendo estudos de monitoramen-to e avaliação das cooperações Sul-Suldas quais participamos”, revelou. En-tre as ações de cooperação internacio-nal implantadas este ano pela unida-de, está o curso de atualização paradocentes da educação profissional emsaúde, que será realizado em julho naGuiné Bissau; a cooperação bilateralcom Angola para formação de técni-cos em áreas prioritárias como radiolo-gia, técnicas laboratoriais e biossegu-rança; e a parceria com Cabo Verdepara a realização de cursos em biodi-agnóstico, biossegurança, controle qua-lidade, animais de laboratório, zoono-ses, histologia e citotecnologia.

Outras ações colaborativas, se-gundo ela, são o mapeamento do uni-verso de formação e trabalho dos téc-nicos em saúde no âmbito da Uniãodas Nações Sul-Americanas (Unasul) eo curso de formação para docentes detécnicos em saúde, em cooperaçãocom o Centro Universitário Paysandú,da Universidade da República, do Uru-

guai. “Ainda esse ano, vamos promo-ver os seminários virtuais Perspectivaintercultural na formação de técnicosem saúde, Vigilância em saúde e aten-ção primária: o território e as práticaslocais, e a Relação entre os Objetivosde Desenvolvimento Sustentável (ODS)e a formação técnica voltada para aten-ção primária em saúde”, adiantou.

O encontro também contou coma apresentação da cooperação interna-cional do Ministério da Saúde, ministra-da pela assessora especial e coordena-dora geral da Assessoria de AssuntosInternacionais em Saúde, Juliana Vallini.

Oficinas deDesenvolvimentoem CooperaçãoInternacional

Durante a reunião, o coordenadorgeral do Cris, Paulo Buss, apresentouaos integrantes da Câmara a propostados sete módulos das Oficinas de De-senvolvimento em Diplomacia da Saú-de, Ciência e Tecnologia e CooperaçãoInternacional, que visam à capacitaçãodos responsáveis e membros dos seto-res de Relações Internacionais das uni-dades da Fiocruz. A proposta surgiu naúltima reunião da Câmara Técnica ebusca a revisão das modalidades decooperação técnica de forma que se-jam mais estratégicas, com melhoresmecanismos de intercâmbio e de infor-mação, incluindo maior participação desetores externos à área da saúde, comoinstituições acadêmicas, centros de ex-celência, entidades de integração polí-tica regional e outros atores-chave, alémde agências de cooperação nacionais eorganismos internacionais.

As oficinas, que serão desenvol-vidas pelo Cris e integrantes da Câma-ra, serão divididas nos seguintes mó-dulos: Diplomacia e cooperação emsaúde; Saúde global: grandes desafioscontemporâneos; Desenvolvimento,C&T e saúde I: Governanças da saúdeglobal e regional; Desenvolvimento,C&T e saúde II: Governanças global eregional em saúde; Saúde e C&T nosprocessos de integração regional daALC; e Cooperação em saúde e C&Tna política externa do Brasil.

Juliana Vallini falapara os membrosda Câmara Técnica

Page 6: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

| CRISINFORMA6

Danielle Monteiro/CCS

Fiocruz foi sede, nos dias 3 e4 de junho, da reunião doConselho Executivo da Unitaid,organização internacional,

baseada em Genebra, Suíça, que atuapara encontrar novos métodos de pre-venção, diagnóstico e tratamento deHIV/Aids, tuberculose e malária, quesejam mais rápidos, baratos e eficazes.O objetivo do encontro foi discutir aagenda da organização, seu novo mo-delo cooperativo, suas áreas de inter-venção e os projetos que vai financiar.

Presente à abertura do evento, opresidente do Conselho Executivo daUnitaid, Philippe Douste-Blaz, reforçouque a Fiocruz é um exemplo enquantoinstituição para a saúde global. “Aampliação do acesso universal a medi-camentos, tratamento e diagnóstico éo principal objetivo da organização. Porisso, é absolutamente crucial para nósprestar apoio a esse tipo de trabalho.E já conseguimos importantes conquis-tas, como a redução em 80% do pre-ço de antirretrovirais pediátricos e em60% do de medicamentos contra HIVpara adultos em países em desenvolvi-mento”, destacou.

O diretor executivo da Unitaid,Lelio Marmora, disse que a coopera-ção entre a Fiocruz e a Unitaid é muitomais que uma parceria. “Nossa alian-ça com a Fundação é extremamente

importante e está ancorada em trêselementos: científico, pois a Fundaçãoé uma organização de referência eminovação e na busca de soluções naregião; político, pelo peso do Brasil naregião; e geopolítico, pois tem presen-ça dos Brics, no qual o papel da Fio-cruz é fundamental”, afirmou.

Segundo o embaixador do Minis-tério das Relações Exteriores da Fran-ça, Philippe Meunier, a parceria bila-teral com a Fiocruz na área da saúde émuito importante. “Durante esse en-contro, vamos tomar decisões prioritá-rias a fim de que a agenda da Unitaidseja mais eficaz e efetiva. Por meio daUnitaid, conseguiremos, inclusive, atin-gir os Objetivos do DesenvolvimentoSustentável”, declarou.

A representante das associaçõesdos portares de HIV, tuberculose emalária nos países integrantes da Uni-taid, Violeta Quiroga, destacou que aorganização investe em áreas que cla-mam por mais necessidades, como nocampo de tratamento pediátrico paracrianças portadoras de HIV. “O merca-do voltado a esse público está ficandomais reduzindo e, por isso, as compa-nhias farmacêuticas não querem maisinvestir nele. E essa é uma das áreasprioritárias de atuação da Unitaid, oque provoca um importante impactona vida de portares da doença”, disse.Já o presidente da Fiocruz, Paulo Ga-delha, afirmou que o encontro vai aju-

dar muito em termos de inovação, pro-dução e implantação de políticas pú-blicas. “A Unitaid pode ter certeza deque terá da Fiocruz tudo que for ne-cessário para suprir as necessidades emsaúde global”, disse.

O vice-presidente de Produção eInovação em Saúde, Jorge Bermudez,ressaltou que a Fiocruz, enquanto umadas maiores intuições de ciência, tec-nologia e saúde no mundo, tem muitoa contribuir no âmbito da Unitaid, umavez que investe em pesquisa, produçãoe ensino. Ele lembrou que a Fundaçãoestá discutindo junto à Unitaid quaisparcerias podem ser estabelecidas noscampos de pesquisa e entrega de me-dicamento, visando aos objetivos daprópria organização, que são o comba-te à Aids, tuberculose e malária nospaíses de baixa renda. Segundo Bermu-dez, a ideia é que sejam firmadas coo-perações em campos como a produçãode medicamentos. “Nós já temos tra-balhado na produção de um medica-mento para malária, o qual está emprocesso de pré-qualificação na Orga-nização Mundial da Saúde (OMS). Essee outros medicamentos poderiam serexportados e entregues na África ou empaíses da América Latina, por exemplo.Já iniciamos essa discussão com a Uni-taid para ver de que maneira a Fiocruzse capacitaria para se tornar um dosfornecedores de reativos e medicamen-tos para a organização”, revelou.

Conselho Executivo da Unitaid se reúne na FiocruzEncontro discutiu a agenda da organização, seu novo modelo cooperativo,suas áreas de intervenção e os projetos que vai financiar

destaques

A

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

Page 7: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

CRISINFORMA | 7

Danielle Monteiro/CCS

Fiocruz recebeu nesta quinta-feira (21) a visita de sua Alte-za Real, o Duque de Glouces-ter. O integrante da família

real britânica, que realiza compromis-sos reais em nome de sua prima, rai-nha Elizabeth II, esteve na Fundaçãopara conhecer o Programa de Hanse-níase da instituição, a fim de explorarpossibilidades de parcerias entre os doispaíses na área. Nos últimos anos, onúmero de casos de hanseníase noReino Unido vem aumentando.

Patrono de Estudos de Hansenía-se no Reino Unido, o Duque de Glou-cester visitou o Ambulatório de Hanse-níase, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), conheceu o trabalho do labo-ratório, a situação atual, os desafios eperspectivas no enfrentamento à do-ença no Brasil. O cônsul-geral do Rei-no Unido, Jonathan Dunn, que acom-panhou o príncipe durante sua visita àFundação, contou que a missão do en-contro é fortalecer as relações entre oBrasil e o Reino Unido. “Nossa ideia éunir pesquisadores, cientistas e médi-cos que lidam com essas doenças noBrasil e no Reino Unido e aliar o exper-tise dos dois países no enfrentamentoà doença. É uma questão de desen-volver novos medicamentos e trata-

mento, com o melhor que se pode ofe-recer”, afirmou o cônsul. “Gostaríamosde ampliar as cooperações que já temoscom a Fiocruz, principalmente com oFundo Newton (instituto britânico quevisa fomentar a pesquisa e a inovaçãoem países emergentes), que tem cercade 27 milhões de libras para gastar aquino Brasil, nos próximos três anos, parareforçar e estender as parcerias com osinstitutos que atuam em ciência, pesqui-sa e inovação”, adiantou Richard Porter,do Consulado britânico no Brasil.

Segundo o vice-presidente de Pro-dução e Inovação em Saúde, JorgeBermudez, a visita do Duque de Glou-cester pode abrir espaço para coope-rações de maior peso em hanseníasee outros campos. “Podemos firmar co-operações em outras doenças transmis-síveis, no fortalecimento dos sistemasde saúde, neurociência, oncologia e noacesso a novos produtos, que tambémsão um problema no Reino Unido e noBrasil por conta dos altos preços”, dis-se Bermudez.

Em sua primeira visita ao Brasil,o integrante da Família Real Britânicabusca compreender melhor o funcio-namento do sistema de saúde brasi-leiro e, em particular, discutir pontosem que possa haver cooperação nosnegócios, academia e filantropia. ODuque de Gloucester permanecerá no

Cooperação em hanseníasecom o Reino Unido

A

Brasil de 19 a 22 de maio para forta-lecer a já consolidada relação com oReino Unido na área da saúde. Am-bos países possuem sistemas univer-sais de saúde pública. Durante suaestadia no país, o Duque de Glouces-ter participou da Feira Hospitalar 2015e vai visitar o Complexo Estadual doCérebro, a Unidade de Pronto Aten-dimento (Upa) do Complexo do Ale-mão e o Centro de Operações da Pre-feitura. O Duque de Gloucester é omais novo neto do rei George V eQueen Mary. Ele sucedeu ao ducadode Gloucester , como o segundo du-que , pela morte de seu pai e de seuirmão mais velho, em 1974. Atual-mente é o 24º em linha de sucessãoao trono britânico.

Em visita à Fiocruz, integrante dafamília real britânica conheceu oPrograma de Hanseníase da insti-tuição para explorar possibilidadesde parcerias entre os dois países

FOTO PETER ILICCIEV/CCS

destaques

FOTO

PET

ER IL

ICC

IEV

/CC

S

Page 8: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

| CRISINFORMA8

curtas

A Fiocruz e o Instituto Na-cional de Saúde Pública da Gui-né B issau ( Inasa) ass inaramacordo para o desenvolvimen-to do plano estratégico de de-senvolvimento e expansão doinstituto. Desde 2006, a Fun-dação, em con junto com aRede de Internacional de Insti-t u t o s N a c i o n a i s d e S a ú d e(RINSP), apoia o Ministério da

Pesquisas sobreProgramas deResidência

No dia 27 de maio, a pesquisa-dora do Laboratório de Comunicaçãoe Saúde (Laces/Icict) e professora doPrograma de Pós-Graduação em In-formação e Comunicação em Saúde(PPGICS/Icict), Adriana Aguiar, apre-sentou no Ministério da Saúde (MS)os resultados preliminares da pesqui-sa Preceptoria em Programas de Re-sidência no Brasil e na Espanha: En-sino, Pesquisa e Gestão.

Nesta primeira etapa, foram co-letados dados sobre experiências epercepções de gestores de programase preceptores sobre temas como ensi-no aprendizagem nos serviços de saú-de, condições de trabalho, dificulda-des enfrentadas, além de identificadasnecessidades de apoio estratégico. Leiamais no site do Icict.

O Cris recebeu, em 12 de junho,uma missão do governo da Tailândiachefiada por seu vice-ministro de Re-lações Exteriores, Vitavas Srivihok,acompanhado do embaixador da Tai-lândia no Brasil, Pitchayaphant Char-nbhumidol, e o diretor geral do Minis-tério de Relações Exteriores paraAssuntos de América e Pacífico Sul,Songsak Saicheua, entre outros parti-cipantes. A visita à Fiocruz foi no sen-tido de reforçar as ações em diploma-cia em saúde entre os dois países, apartir de atuações conjuntas em diver-sas esferas e fóruns internacionais.

A intenção é ampliar nossas re-lações e cooperação no campo da bi-otecnologia, principalmente na produ-ção de vacinas e na pesquisa emmedicina tropical. A Tailândia já pos-sui cooperação nessas áreas comCuba e Costa Rica. No âmbito da di-plomacia em saúde foi lembrada a par-ticipação do Brasil e da Tailândia noFórum de Cooperação América Lati-na – Ásia do Leste (Focalal) e ressal-tada a possibilidade de cooperação daFiocruz com algumas instituições tai-landesas, tais como o Biotechnologi-cal Center – Biotec, a UniversidadeMahidol e o Halal Science Center, daUniversidade de Chulalongkorn. Foisugerido que os dois países indiquemáreas e especialistas nas áreas men-cionadas, para que a partir daí sejamefetuadas conversas entre eles e veri-ficadas as possibilidades futuras maisconcretas de cooperação.

O embaixador Charnbhumidol su-geriu que a Fiocruz e a Tailândia tra-balhem em três níveis: bilateral, regio-nal e global. Entretanto, ficou acordadoque será redigido um relato conceitualda reunião, que servirá de base paraum futuro Memorando de Entendimen-to entre as partes. O vice-ministro con-vidou formalmente a Fiocruz a partici-par do Congresso Mundial de MedicinaTropical de 201,5 que será realizadoem Bangkok no final desse ano.

Foto palavra-cha-ve: biotecnologia

Reunião de ministrosda Saúde do Mercosul

O ministro da Saúde, Arthur Chio-ro, juntamente com os ministros da Saú-de da Argentina, Paraguai, Venezuela eBolívia e os vice-presidentes do Chile edo Uruguai, além da diretora da Organi-zação Pan-Americana de Saúde (OPAS),Carissa Etienne, participaram da 37ª Reu-nião de ministros da Saúde do Mercosul,realizada na Fiocruz Brasília, no dia 11 dejunho. Na ocasião, foram assinados acor-dos sobre segurança no trânsito, tabagis-mo, obesidade e redução do uso de só-dio em alimentos processados, bem comoa criação de um banco unificado de infor-mação sobre doação de órgãos. Outrotema discutido foi a integração dos paí-ses para ampliar o acesso a medicamen-tos na região. Após a reunião, as autori-dades participaram de uma coletiva deimprensa, onde foram apresentados oscompromissos firmados durante o encon-tro. Leia mais no site da Fiocruz Brasília.

Cooperação com InasaSaúde da Guiné Bissau na im-plantação do Inasa.

O instituto foi inaugurado em2010. O secretário da Rede, FelixRosenberg, e o coordenador do Crispara África, Augusto Paulo Silva, es-tiveram na Guiné Bissau para parti-cipar da oficina para a elaboraçãodo plano estratégico visando o cres-cimento e desenvolvimento do Ina-sa nos próximos cinco anos.

Aliança embiotecnologiacom a Tailândia

Page 9: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

CRISINFORMA | 9

curtas

Toda a população da Finlândiatem acesso igualitário à educação, asescolas têm as mesmas condições emtodo o país, desde as cidades mais cen-trais até os lugarejos mais longínquos,o que faz com que o filho do PrimeiroMinistro e o filho do agricultor estudemnas mesmas instituições. De acordocom as avaliações internacionais, a Fin-lândia tem, hoje, o melhor sistema deeducação do mundo.

A descrição acima foi apresenta-da por Seija Mahlamäki-Kultanen, di-retora de treinamento da na Universi-dade Hämeenlinna de CiênciasAplicada da Finlândia, que participoude uma mesa-redonda sobre coopera-ção no 3º Fórum Mundial de Educa-ção Profissional e Tecnológica. O obje-tivo do debate era apresentar o

Fiocruz na Redede Popularizaçãoda Ciência

A pesquisadora do Nú-cleo de Estudos em DivulgaçãoCientífica do Museu da Vida(NEDC) Luisa Massarani foi re-eleita para a direção executi-va da RedPOP, a Rede de Po-pularização da Ciência e daTecnologia na América Latinae no Caribe. A eleição foi du-rante a Assembleia Geral daentidade, cujo 14º Congressoocorreu de 25 a 29 de maioem Medelín, na Colômbia, evale para o biênio 2016-2017.No evento, foi apresentado oprimeiro Guia de Centros e Mu-seus de Ciência da AméricaLatina e do Caribe, uma rela-ção com aproximadamente470 unidades do gênero daregião, editado em portuguêse espanhol. Em um ano e cin-co meses desde a posse na di-reção da entidade, o númerode membros da RedPOP do-brou; saltou de 32 em janeirode 2014 para 65 em maio de2015. Para Luisa, o guia mar-cou sua atual gestão.

Juntamente com Luisa Mas-sarani, farão parte da direção daRede como conselheiras a costa-riquenha Alejandra León-Castel-lá, a colombiana Claudia Aguirree a argentina Constanza Peder-soli. O representante da Unescona entidade é o argentino Ernes-to Fernandez. Para o 15º Congres-so, em 2017, foi escolhida a Uni-versidade de La Punta, naArgentina.

Fonte: Museu da Vida/Fiocruz

A organização alemã KfW - or-ganismo de fomento de cooperaçãointernacional - já começou a apor-tar parte dos recursos de 5 milhõesde euros comprometidos com o pro-jeto a ser implementado em municí-pios da fronteira Brasil/Uruguai vi-sando o fortalecimento dos sistemasde saúde e de combate à Aids dopaís limítrofe.

Cooperação Brasil-Finlândiana educação profissional

programa ‘Professores de Treinamen-to e Educação Vocacional para o Futu-ro’, uma parceria entre o Ministério daEducação e o CNPq que leva docentesdos Institutos Federais para conhecer osistema educacional finlandês e tentar“multiplicar” por aqui os bons resulta-dos. De acordo com a chamada públi-ca da Setec/MEC (nº015/2014), o “va-lor global estimado” aplicado naparceria foi de R$ 3,9 milhões, com 60vagas para financiamento de bolsaspara 60 vagas. Neste momento, já exis-te uma segunda turma-piloto de pro-fessores da rede federal de educaçãoprofissional e tecnológica que está emformação na Finlândia. Leia mais nosite da EPSJV/Fiocruz.

Fonte: EPSJV/Fiocruz

Projeto tripartite Brasil-Uruguai-Alemanha

A Fiocruz, além da gestão dos re-cursos e da coordenação do projeto peloCris, participará, por intermédio da Ensp,da capacitação técnica dos funcionári-os de saúde uruguaios das áreas do pro-jeto voltadas para o aprimoramento dosistema de informação e vigilância sa-nitária, segurança dos pacientes e aten-ção médica e para a promoção e parti-cipação social em saúde.

Page 10: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

| CRISINFORMA10

Seminários virtuaisda Rede Internacionalde Educação deTécnicos em Saúde

A Rede Internacional de Educa-ção de Técnicos em Saúde (Rets) pro-move, no dia 9 de julho, a partir das9h30 (horário de Brasília), seu 2º Se-minário Virtual. O evento, cujo temaserá “Vigilância em saúde e AtençãoPrimária: o território e as práticas lo-cais”, será apresentado pela professo-ra-pesquisadora Grácia Gondim e acon-tecerá no Auditório Joaquim AlbertoCardoso de Melo, da Escola Politécni-ca de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). O seminário será transmitidoon-line (www.fiocruz.tvq.com.br) emportuguês e em espanhol. O público-alvo são pesquisadores, estudantes eprofissionais do campo das ciências dasaúde.

Atendendo ao Planos de Traba-lho da RETS (2014 –2017), da Rets-Unasul (2014-2015) e da Rets- CPLP(2014-2017), a série de seminários, queserá oferecida pela Rede durante o anode 2015, busca ampliar a participaçãodas instituições formadoras de técnicosem saúde, através do uso de novastecnologias nos debates sobre temasidentificados como prioritários, garan-tindo uma maior articulação e coope-ração entre os membros das Redes demaneira a estimular o desenvolvimen-to de pesquisas que possam influir naeducação profissional e formulação depolíticas públicas dos países.

oportunidades de treinamento

Curso internacionalem micologia

A Coordenação de Pós-Gradua-ção Stricto Sensu e o Laboratório deMicologia do Instituto Nacional de In-fectologia Evandro Chagas (INI) estãocom inscrições abertas para o 3º CursoInternacional Molecular Methodologi-es for Epidemiology and Diagnosis ofSystemic Mycoses, coordenado pelosprofessores Bodo Wanke (INI) e Wie-land Meyer, da Universidade de Sid-ney (USYD). O curso, realizado noâmbito do Programa Ciência Sem Fron-teiras, acontecerá na Escola Politécni-ca de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), de 21 a 25 de setembro. Asaulas serão ministradas em inglês. Asvagas são limitadas. Para fazer a ins-crição é necessário enviar o CV Lattes,até 31 de julho, para o [email protected].

Pós-graduaçãopara estrangeiros

A Escola Nacional de Saúde Pú-blica (Ensp/Fiocruz) está com inscriçõesabertas para candidatos estrangeirosinteressados nos cursos de mestrado edoutorado dos programas de SaúdePública e Epidemiologia em SaúdePública - 2016. Os editais são direcio-nados aos candidatos dos países mem-bros da União das Nações Sul-Ameri-canas (Unasul), da Comunidade dePaíses de Língua Portuguesa (CPLP) epara os candidatos estrangeiros resi-dentes no Brasil com visto temporárioe não-oriundos destes dois acordos(Unasul e CPLP). Os editais para cadaperfil podem ser acessados na Plata-forma Siga Fiocruz. Mais informaçõesno site da Ensp.

Curso embiotecnologia devacinas e antivirais

Estão abertas, até o dia 15 dejulho, as inscrições para o primeiroCurso Internacional em Biotecnologiade Vacinas e Antivirais da Fiocruz Per-nambuco, que acontecerá de 10 a 14de agosto de 2015, no Recife.

São 20 vagas destinadas a estu-dantes dos Programas de Pós-Gradua-ção Stricto sensu de qualquer unidadeda Fiocruz ou de instituições de ensinosuperior - estes desde que orientadospor pesquisadores da Fiocruz. O cursovai discutir os principais aspectos rela-cionados ao desenvolvimento de vaci-

nas e novas terapias, sobretudo paraas doenças de etiologia viral que cau-sam grande impacto na saúde huma-na e animal. Coordenada pelo pesqui-sador do departamento de Virologia eTerapia Experimental (Lavite) LindomarJosé Pena, a capacitação contará coma presença do pesquisador da Univer-sidade da Geórgia (EUA), Ralph A. Tri-pp, referência mundial em vacinas enovas terapias antivirais. Mais informa-ções e inscrições acesse aqui.

CRISCRISCRISCRISCRISINFORMA#20

MAIO / JUNHOMAIO / JUNHOMAIO / JUNHOMAIO / JUNHOMAIO / JUNHODE 2015DE 2015DE 2015DE 2015DE 2015

ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpediente

Coordenadoria deComunicação Social

(CCS)

Edição e redação: Edição e redação: Edição e redação: Edição e redação: Edição e redação:Danielle Monteiro comapoio da Coordenaçãode Informação e Comu-nicação do Cris/Fiocruz

Projeto gráficoProjeto gráficoProjeto gráficoProjeto gráficoProjeto gráficoe edição de arte:e edição de arte:e edição de arte:e edição de arte:e edição de arte:Guto Mesquita eRodrigo Carvalho

Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia:Peter Ilicciev eArquivo CCS

Contato:Contato:Contato:Contato:Contato:Danielle Monteiro

Tel: (21) 3885-1065E-mail:

[email protected]

Page 11: Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científicaaulp.org/sites/default/files/Anexos/Centro de Relações... · as de doenças do sistema nervoso, em ... A Fiocruz recebeu,

CRISINFORMA | 11

entrevista

Danielle Monteiro/CCS

estabelecimento de cooperações para a produ-ção de insumos estratégicos voltados ao diag-nóstico de doenças, o fortalecimento das redesde pesquisa e a ampliação das ações de coo-

peração com institutos de pesquisa e universidades lati-no-americanas são algumas das ações em cooperaçãointernacional do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz).Em entrevista ao Crisinforma, a vice-diretora de Ensino,Informação e Comunicação do ICC e representante daregional na Câmara Técnica de Cooperação Internaci-onal, Andrea Ávila, falou sobre os principais avançosdo instituto em suas parcerias com outros países.

Instituto CarlosChagas avança emações de cooperaçãointernacional

Que perspectivas teria o ICCquanto à participação na Câmara Téc-nica de Cooperação Internacional?

Andrea: A participação na Câma-ra Técnica de Cooperação Internacio-nal trará ao ICC a capacitação e o en-tendimento da política e do fluxoinstitucional de acordos de cooperaçãointernacional da Fiocruz. Além disso, vaiauxiliar na elaboração de um plano deação na área em conjunto com o Cris.

Nossa atuação reflete a necessi-dade de um diálogo no plano micro,da implementação da modelagem ins-titucional no contexto da cooperaçãointernacional, com abordagem maisampla, reforçada pelas diretrizes daspolíticas públicas setoriais e pelo apa-rato material do Estado que sustentama conformação da estratégia.

Quais são as ações previstaspela regional no campo de coope-ração internacional?

Andrea: São ações registradas noplanejamento estratégico do PlanoQuadrienal do ICC (2001-2014), queincluem o fortalecimento das redes ins-titucionalizadas de pesquisa e desen-volvimento tecnológico na Região Sule com países da América Latina.

Pretendemos ampliar ainda maisas ações de cooperação com institu-

tos de pesquisa e universidades daAmérica Latina, além de elaborar umplano de atuação estratégica com ins-tituições correlatas nos países do Mer-cosul. Vamos também estabelecer co-operações técnicas para a produçãode insumos estratégicos para o diag-nóstico de doenças. Além disso, nos-so plano é ampliar a participação doPrograma de Pós-graduação em Bio-ciências e Biotecnologia do institutonessas cooperações.

Quais são as parcerias internaci-onais de destaque já estabelecidas?

Andrea: Atualmente está esta-belecida a parceria com a Universida-de de Glasgow, da Escócia, e faze-mos parte do consórcio cominstituições europeias, o A-PARADDI-SE. Estão em negociação as parceriascom a Universidade da Ilha da Reu-nião, com o Instituto de InvestigaçõesBiológicas Clemente Estable (IIBCE),do Uruguai. A participação no consór-cio de instituições europeias, o PODI-TRODI, também é um destaque e hojejá foi concluída.

Como o ICC se posiciona emrelação à cooperação Norte-Sul e àcooperação Sul-Sul? E qual é a es-tratégia do ICC nos acordos de co-operação internacional?

Andrea: O ICC vem buscandocooperações tanto Norte-Sul quan-to Sul-Sul. A estratégia é ampliar acooperação em áreas multidiscipli-nares como genômica, proteômica,bioinformática, biologia sintética ede sistemas, diferenciação celulare saúde pública.

Quais são os maiores desafi-os para o ICC na área de coopera-ção internacional?

Andrea: Consideramos que umdos maiores desafios é o envolvi-mento mais articulado e estrutura-do da gestão por meio do Planeja-mento e do Núcleo de InovaçãoTecnológica (NIT) com os pesquisa-dores, na busca de cooperações ali-nhadas com a estratégia do institu-to, tendo em vista as mudanças noregimento interno e na configuraçãodo organograma do instituto. Nocontexto do setor da saúde, aponta-mos também como desafio a parti-cipação do ICC no conjunto de es-forços empreendidos pelo GovernoFederal, concentrados na construçãode arranjos interinstitucionais alinha-dos à Política Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde.

FOTO

ITA

MA

R C

RIS

PIM

/ IC

C

O

CRISINFORMA | 11