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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DE GOIÁS RELATO GERENCIAL MUNICÍPIO DE JARAGUÁ/GO 1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre os 26 Programas de Governo executados na base municipal de Jaraguá/GO em decorrência do 11º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. 2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. 3. Os trabalhos foram realizados “in loco” no Município, por técnicos da Controladoria- Geral da União – CGU em parceria com servidores do Ministério da Saúde, sob a Coordenação da CGU, no período de 12.07 a 27.07.04, sendo utilizados em sua execução técnicas e procedimentos como indagação escrita e oral, análise documental, conferência de cálculos, inspeções físicas, aplicação de questionários e registros fotográficos. 4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão apresentados no quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados, por Programa. 4.1. Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas Ministério Supervisor Programa/Ação Quantidade de Fiscalizações Recursos Fiscalizados (R$) Programa Nacional de Transporte Escolar – PNTE 01 70.000,00 Ministério da Educação Alimentação Escolar 02 124.909,20 Ações Sociais e Comunitárias Para Populações Carentes 01 93.770,00 Atendimento à Pessoa Idosa em Situação de Pobreza 01 3.442,50 Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza – (Bolsa Escola) 01 25.860,00 Atenção à Pessoa Portadora de Deficiência 01 13.783,60 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Situação de Pobreza e Extrema Pobreza (Bolsa Família) 01 14.720,00 Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”.

Fiscalizacao Da Prefeitura Irregularidades 2004-GO-Jaragua

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  • PRESIDNCIA DA REPBLICA

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO NO ESTADO DE GOIS

    RELATO GERENCIAL

    MUNICPIO DE JARAGU/GO

    1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre os 26 Programas de Governo executados na base municipal de Jaragu/GO em decorrncia do 11 Evento do Projeto de Fiscalizao a partir de Sorteios Pblicos.

    2. As fiscalizaes tiveram como objetivo analisar a aplicao dos recursos federais no Municpio sob a responsabilidade de rgos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas.

    3. Os trabalhos foram realizados in loco no Municpio, por tcnicos da Controladoria-Geral da Unio CGU em parceria com servidores do Ministrio da Sade, sob a Coordenao da CGU, no perodo de 12.07 a 27.07.04, sendo utilizados em sua execuo tcnicas e procedimentos como indagao escrita e oral, anlise documental, conferncia de clculos, inspees fsicas, aplicao de questionrios e registros fotogrficos. 4. Os Programas de Governo que foram objeto das aes de fiscalizao, esto apresentados no quadro a seguir, por Ministrio Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizaes realizadas e os recursos aproximados aplicados, por Programa. 4.1. Recursos recebidos e quantidade de fiscalizaes realizadas

    Ministrio Supervisor

    Programa/Ao Quantidade de Fiscalizaes

    Recursos Fiscalizados

    (R$) Programa Nacional de Transporte

    Escolar PNTE 01 70.000,00 Ministrio da Educao

    Alimentao Escolar

    02 124.909,20

    Aes Sociais e Comunitrias Para Populaes Carentes 01 93.770,00

    Atendimento Pessoa Idosa em Situao de Pobreza 01 3.442,50

    Transferncia de Renda Diretamente s Famlias em Condio de Pobreza e Extrema Pobreza (Bolsa Escola)

    01 25.860,00

    Ateno Pessoa Portadora de Deficincia 01 13.783,60

    Ministrio do Desenvolvimento

    Social e Combate Fome

    Transferncia de Renda Diretamente s Famlias em Situao de Pobreza e Extrema Pobreza (Bolsa Famlia)

    01 14.720,00

    Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos..

    ailtonbjRetngulo

  • Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos..

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    Ministrio Supervisor

    Programa/Ao Quantidade de Fiscalizaes

    Recursos Fiscalizados

    (R$)

    Programa de Ateno Criana 01 40.507,60

    Erradicao do Trabalho Infantil 01 371.580,00

    Capacitao de Conselheiros, Gestores e Tcnicos de Assistncia Social 01 No se aplica

    Ministrio do Trabalho e Emprego

    Estudos e Pesquisas na rea do Trabalho 01 No se aplica

    Fiscalizao da Universalizao do Servio 01 No se aplica Ministrio das

    Comunicaes Fiscalizao da Qualidade do Servio 01 No se aplica

    Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados a Parte Varivel do Piso de

    Ateno Bsica - PAB Endemias 01 145.711,68

    Ateno Sade da Populao nos Municpios Habilitados em Gesto Plena do Sistema e nos Estados Habilitados em

    Gesto Plena/Avanada.

    01 No se aplica

    Implantao, aparelhamento e adequao de unidades de sade do

    SUS. 01 39.980,00

    Atendimento Assistencial Bsico nos municpios brasileiros. 01 543.266,66

    Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados Parte Varivel do Piso de Ateno Bsica PAB para a Sade da

    Famlia

    01 785.814,67

    Ministrio da Sade

    Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados a Parte Varivel do Piso de Ateno Bsica - PAB para Assistncia

    Farmacutica Bsica.

    01 135.608,00

    Ministrio do Esporte

    Implantao da Infra-Estrutura do Desporto Educacional 01 165.000,00

    Ministrio do Desenvolvimento

    Agrrio

    Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar 05 358.479,80

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e

    Abastecimento

    Estmulo a Produo Agropecuria 05 437.898,84

    Ministrio de Minas e Energia

    Fiscalizao e Controle da Produo Mineral 01 5.635,83

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    Ministrio Supervisor

    Programa/Ao Quantidade de Fiscalizaes

    Recursos Fiscalizados

    (R$) Ministrio da

    Integrao Nacional Fundo Constitucional de Financiamento

    do Centro-Oeste FCO 01 2.209.328,27

    Auditoria Fiscal das Contribuies Previdencirias 01 No se aplica Ministrio da

    Previdncia Social Pagamento de Aposentadorias 02 No se aplica

    TOTAL 5.585.296,65

    5. Os resultados das fiscalizaes realizadas, sempre que os trabalhos tenham evidenciado fatos relevantes que indiquem impropriedades/irregularidades na aplicao dos recursos federais examinados, so demonstrados a seguir, em fascculos especficos por Ministrio. Assim sendo, no foi preparado o fascculo sobre os recursos oriundos do Ministrio do Trabalho e Emprego. 6. Os fascculos a seguir contemplam um detalhamento das seguintes constataes: Ministrio das Comunicaes

    1.1) Inexistncia de posto de atendimento aos usurios dos servios de telefonia.

    Ministrio da Educao

    1.1) Inrcia do Conselho de Alimentao Escolar CAE. 2.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do Convnio n. 750732/2001 pela Prefeitura. 2.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados por meio do Convnio n. 750732/2001 2.3) Ausncia de notificao do recebimento dos recursos federais a partidos polticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no municpio. 2.4) Impropriedades detectadas na fase de formalizao do Convnio n. 750732/2001 (de acordo com o prescrito na IN STN n. 01/97). 2.5) Falhas na conduo dos procedimentos de licitao para aquisio do veculo automotor destinado ao transporte escolar. 2.6) Ausncia de identificao do nmero e do ttulo do Convnio n 750732/2001 na nota fiscal emitida, bem como do atesto por quem de direito.

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    2.7) Inadequao da caracterizao do micro-nibus adquirido. 2.8) Impropriedades identificadas na documentao comprobatria relativa prestao de contas do Convnio n. 750732/2001.

    Ministrio da Sade

    1.1) Funcionamento da farmcia da Secretaria Municipal de Sade em local inadequado. 1.2) Controles de estoque e de dispensao dos medicamentos ineficientes. 1.3) Medicamentos vencidos nas farmcias da Secretaria Municipal e das Unidades de Sade da Famlia. 1.4) Inexistncia de aplicao do recurso federal e da contrapartida estadual por parte da Secretaria Estadual de Sade. 1.5) Falta da apresentao do Plano Estadual de Assistncia Farmacutica Bsica. 2.1) Descumprimento de carga-horria por parte dos profissionais mdicos e odontolgos do PSF. 2.2) Inexistncia de mecanismos de referncia e contra-referncia do Programa de Sade da Famlia. 2.3) Inexistncia de agendamento prvio de consultas e exames no Programa de Sade da Famlia. 2.4) Falta de material de consumo para realizao de atendimento ginecolgico no Programa de Sade da Famlia. 2.5) Falta de atualizao do Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB. 2.6) Falta de encaminhamento dos kits de medicamentos do PSF para as Unidades de Sade da Famlia. 2.7) Descumprimento da periodicidade mensal das visitas domiciliares por parte dos ACS. 2.8) Composies das equipes dos Programas de Sade da Famlia e de Agentes Comunitrios de Sade em desacordo com as normas estabelecidas.

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    2.9) Divergncia entre o nmero de Agentes Comunitrio de Sade informado pelo Municpio no Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB e os que efetivamente atuam no Municpio. 2.10) Falta de pagamento do Incentivo Adicional do PACS para os ACS no exerccio de 2002. 3.1) Local inadequado para o funcionamento do Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica e de Controle de Doenas. 3.2) Local inadequado permanncia de sucatas e restos de veculos. 4.1) Falta de Relatrio de Gesto do Exerccio de 2003. 4.2) Inoperncia do Conselho Municipal de Sade. 4.3) Utilizao indevida dos recursos do Piso de Ateno Bsica. 5.1) Objeto do convnio ainda no executado.

    Ministrio de Minas e Energia

    1.1) No atendimento de forma satisfatria pelo DNPM de solicitao de informaes pela Controladoria-Geral da Unio em Gois. 1.2) Informaes cadastrais incompletas e desatualizadas no DNPM. 1.3) Fiscalizaes deficientes por parte do DNPM. 1.4) Aplicao de recursos da CFEM em desacordo com a Legislao.

    Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

    1.1) Exigncia de reciprocidade por parte do agente financeiro. 1.2) Comprovao de despesas sem as devidas contrapartidas fsicas.

    2.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do Contrato de Repasse n. 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA. 2.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados por meio do Contrato de Repasse n 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA. 2.3) Descumprimento do disposto no artigo 2 da Lei 9.452/97.

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    2.4) Impropriedades detectadas no procedimento licitatrio para a aquisio de 60 mata-burros pr-moldados (Convite n 040/2002), instalados na malha viria daquele municpio, abrangendo, na zona rural, as regies de Cachoeira, Alvelndia e Crrego Grande. 2.5) Impropriedades na documentao comprobatria referente prestao de contas do Contrato de Repasse n 0122.624-04/2000/20001. 2.6) Impropriedades identificadas na execuo do objeto do Contrato de Repasse n. 0122.624-04/2000/20001, realizada de forma direta pela Prefeitura Municipal de Jaragu. 2.7) Impossibilidade de aferio da correta execuo da instalao de 60 (sessenta) mata-burros nas regies de Cachoeira, Alvelndia e Crrego Grande, municpio de Jaragu/GO. 2.8) Procedimentos inadequados relacionados com a execuo direta do objeto contratual a cargo da Prefeitura, em especial execuo da reforma da ponte. 2.9) Falhas na conduo dos procedimentos relativos dispensa de licitao (art.24, inciso IV, da Lei n 8.666/93) para a aquisio de 1 (uma) ensiladeira com cap. de 15 ton./hora.

    3.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do Contrato de Repasse n. 0107.061-99/2000/MDA/CAIXA. 3.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados por meio do Contrato de Repasse n. 0107.061-99/2000/MDA/CAIXA. 3.3) Descumprimento do disposto no artigo 2 da Lei 9.452/97. 3.4) Impropriedades identificadas na execuo do objeto do Contrato de Repasse n 0107.061-99/2000/MDA/CEF, em especial quanto a aquisio de 5 (cinco) tanques de expanso, utilizados como resfriadores de leite, com capacidade para 2.500 (dois mil e quinhentos) litros. 3.5) Impossibilidade de aferio da correta execuo da instalao dos 5 (cinco) tanques resfriadores de leite, por expanso direta, nas regies de So Janurio, Arturlndia, Santa Brbara, Canta Galo e Vila Aparecida, jurisdio do municpio de Jaragu/GO. 3.6) Falhas na conduo dos procedimentos para a aquisio e instalao de 60 (sessenta) mata-burros pr-moldados, utilizados na malha viria daquele municpio, abrangendo, na zona rural, as regies de So Janurio, Arturlndia, Sta. Barbar, Canta Galo e Vila Aparecida: 3.7) Falhas na aquisio de 20 (vinte) mata-burros, pr-moldados, fabricados em vigas de trilhos de ao e travessas de tubos de ao de alta presso, medindo 2,50m de

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    comprimento X 1,00 m de largura, no previstos no cronograma de execuo do Plano de Trabalho aprovado previamente pelo gestor do programa. 3.8) Impossibilidade de aferio da correta execuo dos servios de recuperao dos 28,52 Km (s) de parte dos trechos de estradas vicinais nas regies de Vila Aparecida, Canta Galo e Arturlndia, compreendida na jurisdio do municpio de Jaragu/GO. 3.9) Falhas na conduo dos procedimentos de aquisio de 10 (dez) kits de inseminao e 1 (um) nvel ptico. 3.10) Reincidncia de empresas participantes nos processos licitatrios realizados pelo gestor municipal. 3.11) Impropriedades identificadas na documentao comprobatria referente prestao de contas do Contrato de Repasse n 0107.061-99/2000/MDA/CEF.

    Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

    1.1) Inrcia do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Programa. 1.2) Famlias beneficirias com renda per capita superior ao estipulado pelo Programa. 2.1) Falta de fornecimento de formulrios de cadastramento pela Caixa Econmica Federal Prefeitura Municipal de Jaragu 3.1) Entidade sem registro junto ao CNAS. 4.1) Ausncia de controle das freqncias dos alunos nas escolas. 4.2) Inexistncia de oferta de cursos para gerao de trabalho e renda s famlias participantes do programa de governo. 4.3) Falta de pagamento das bolsas s famlias beneficirias do programa de governo no ano de 2004. 4.4) Falta de atuao da Comisso Municipal de Erradicao do Trabalho Infantil. 5.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do repasse de recursos. 5.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados com fundamento na Portaria Ministerial SEAS/MPAS n. 586/2001. 5.3) Descumprimento ao disposto no artigo 2 da Lei 9.452/97.

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    5.4) Impossibilidade de aferio da correta execuo do objeto referente ao repasse de recursos. 5.5) Impropriedades detectadas na formalizao dos procedimentos licitatrios e na execuo do Convnio. 5.6) Impropriedades identificadas na documentao comprobatria relativa prestao de contas do Convnio. 5.7) Ausncia de muro de isolamento da obra construda.

    Ministrio da Integrao Nacional

    1.1) Comprovao de despesas sem as devidas contrapartidas fsicas. Ministrio da Previdncia Social

    1.1) Beneficirios do INSS no localizados. 2.1) Ausncia de alimentao da base do Sistema de bitos SISOBI/MPAS, adotado com base no Aplicativo SEO Verso 2.0 -, oriundo do INSS, referente s certides de bitos emitidas pelo Cartrio de Registro Civil do Municpio de Jaragu - GO. 2.2) Discrepncia entre os registros de bitos do Cartrio e do SISOBI. 3.1) Falta de reteno e recolhimento da contribuio previdenciria de 11% sobre o valor de servios contratados.

    Ministrio do Esporte

    1.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do Contrato de Repasse n. 0134.596-10/2001/MET/CAIXA. 1.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para receber os recursos repassados por meio do Contrato de Repasse n. 0134.596-10/2001/MET/CAIXA. 1.3) Ausncia de notificao do recebimento dos recursos federais a partidos polticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no municpio.

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    1.4) Falhas na conduo dos procedimentos de licitao, visando execuo dos servios destinados Construo do Centro Esportivo Educacional no Municpio de Jaragu/GO. 1.5) Falhas nos procedimentos de execuo da Construo do Centro Esportivo Educacional no Municpio de Jaragu/GO. 1.6) Desvio de finalidade na aplicao dos recursos financeiros oriundos do Contrato de Repasse n. 0134.596-10/2001/MET/CAIXA.

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    1.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do referido convnio pela Prefeitura. 1.2) Descumprimento do disposto no artigo 2 da Lei 9.452/97. 1.3) Impossibilidade de aferio da correta execuo do objeto referente ao repasse de recursos oriundos do termo de Convnio n. 061/2001. 1.4) Impropriedades detectadas na formalizao dos procedimentos licitatrios referentes Tomada de Preos n. 002/2002, visando execuo dos servios destinados construo da Primeira Etapa do Parque Agropecurio de Jaragu/GO, bem como da execuo das despesas inerentes ao objeto do convnio. 1.5) Impropriedades quanto ao encaminhamento da respectiva prestao de contas do Convnio MAPA/SARC n. 061/2001. 2.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do referido convnio pela Prefeitura. 2.2) Falhas na conduo dos procedimentos relativos `a aquisio de 1 (um) trator agrcola de pneus, motor Perkins 65cv, 8 velocidades, ano de fabricao 2003, n srie: 265221329662. 2.3) Impropriedades detectadas no procedimento licitatrio para a aquisio de um trator (Convite n. 012/2003). 2.4) Prejuzo do atingimento do objetivo estabelecido no Plano de Trabalho aprovado. 3.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do referido convnio pela Prefeitura. 3.2) Descumprimento do disposto no artigo 2 da Lei 9.452/97.

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    3.3) Falhas na execuo de Palestras durante a 1 Exposio Agropecuria de Jaragu/GO. 3.4) Indcios de superfaturamento das despesas realizadas com recursos do convnio em questo. 4.1) Arquivamento inadequado, pela Prefeitura, da documentao especfica do referido convnio. 4.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados por meio do Contrato de Repasse n. 0108.051-99/2000/MA/CAIXA. 4.3) Descumprimento do disposto no art. 2 da Lei 9.452/97. 4.4) Falhas na conduo dos procedimentos relativos dispensa de licitao para a aquisio de 2 conjuntos de irrigao. 4.5) Impropriedades na documentao comprobatria referente prestao de contas do Contrato de Repasse n. 0108.051-99/2000/MA/CAIXA.

  • PRESIDNCIA DA REPBLICA

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO NO ESTADO DE GOIS

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU - GO

    MINISTRIO DAS COMUNICAES

    11 Sorteio do Projeto de Fiscalizao a Partir de Sorteios Pblicos

    30/JUNHO/2004

    ailtonbjRetngulo

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno 1 Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU GO

    Nas Fiscalizaes realizadas a partir de Sorteios Pblicos de Municpios dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foram examinadas, no perodo de 12/07 a 27/07/2004, as seguintes Aes sob responsabilidade do Ministrio das Comunicaes:

    Fiscalizao da Prestao dos Servios de Telecomunicaes.

    Fiscalizao da Universalizao dos Servios de Telecomunicaes.

    Este relatrio, de carter preliminar, destinado aos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, gestores centrais dos programas de execuo descentralizada, contempla, em princpio, constataes de campo que apontam para o possvel descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execuo.

    Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua responsabilidade, j foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministrio supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providncias corretivas visando consecuo das polticas pblicas, bem como apurao das responsabilidades. Constataes da Fiscalizao: 1 Programa: Oferta dos Servios de Telecomunicaes - PGMQ Ao: Fiscalizao da Prestao dos Servios de Telecomunicaes. Objetivo da Ao de Governo: Garantir o atendimento pessoal ao usurio do Servio Fixo Comutado. Ordem de Servio: 148900. Objeto Fiscalizado: Verificar a existncia de postos de atendimento pessoal a usurios. Agente Executor Local: Brasil Telecom. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Contratos de Outorga. Montante de Recursos Financeiros Aplicados: No h definio de valores. Extenso dos exames: Verificar a existncia de Posto de Atendimento Pessoal aos usurios do Servio Telefnico Fixo Comutado STF e o cumprimento de obrigaes contratuais e regulamentares a cargo das concessionrias dos servios de telecomunicaes. 1.1) Inexistncia de posto de atendimento aos usurios dos servios de telefonia. Fato Por meio de entrevista com o Secretrio de Finanas do Municpio e verificao in loco na zona urbana do municpio, constatamos que atualmente no existe Posto de Atendimento no Municpio de Jaragu-GO. Evidncia Vistoria no Municpio e entrevista com o Secretrio de Finanas do Municpio de Jaragu/GO.

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    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO NO ESTADO DE GOIS

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU - GO

    MINISTRIO DA EDUCAO

    11 Sorteio do Projeto de Fiscalizao a Partir de Sorteios Pblicos

    30/JUNHO/2004

    ailtonbjRetngulo

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

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    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU GO Na Fiscalizao realizada a partir de Sorteios Pblicos de Municpios dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foram examinadas, no perodo de 12 a 27/07/2004, as seguintes Aes sob responsabilidade do Ministrio da Educao:

    Programa Nacional de Alimentao Escolar PNAE.

    Programa Nacional de Transporte Escolar PNTE. Este relatrio, de carter preliminar, destinado aos rgos e entidades da Administrao

    Pblica Federal, gestores centrais dos programas de execuo descentralizada, contempla, em princpio, constataes de campo que apontam para o possvel descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execuo. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua responsabilidade, j foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministrio supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providncias corretivas visando consecuo das polticas pblicas, bem como apurao das responsabilidades. Constataes da Fiscalizao: 1 Programa: Toda Criana na Escola Ao: Programa Nacional de Alimentao Escolar PNAE. Objetivo da Ao de Governo: Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, com vistas a contribuir para a melhoria do desempenho escolar, para a reduo da evaso e da repetncia, e, para formar bons hbitos alimentares. Ordem de Servio: 148823 Objeto Fiscalizado: Aquisio e distribuio de merenda escolar Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Transferncia Fundo a Fundo. Montante de Recursos Financeiros: R$ 124.909,20. Extenso dos exames: Aplicao dos recursos na aquisio da merenda escolar em 2003 e 2004. Verificao dos controles de distribuio, armazenamento e preparo da merenda escolar nas Escolas Municipais 1.1) Inrcia do Conselho de Alimentao Escolar CAE. Fato O Conselho de Alimentao Escolar - CAE do Municpio de Jaragu est constitudo de acordo com o disposto no art. 12 da Resoluo/FNDE/CD n. 15/2003.

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    Verificamos, com base nos registros em ata, que as reunies do conselho so realizadas anualmente. Em anlise dos registros, no encontramos evidncias da participao do CAE nas aquisies dos alimentos a serem utilizados e na escolha dos alimentos para composio do cardpio, tampouco, encontramos outros documentos que comprovassem a sua atuao nesses processos. Tal situao demonstra a falta de atuao do CAE no que se refere execuo do Programa Nacional de Alimentao Escolar em Jaragu/GO, em especial no que tange ao acompanhamento das aquisies de alimentos, na verificao da quantidade e qualidade dos produtos adquiridos e na verificao e orientao sobre as condies de armazenamento nos depsitos das Escolas. Evidncia Atas das reunies do Conselho e entrevista com a Presidente do CAE. 2 Programa: Toda Criana na Escola Ao: Programa Nacional de Transporte Escolar PNTE. Objetivo da Ao de Governo: Aquisio de veculo zero quilmetro, tipo micro-nibus destinado exclusivamente ao transporte dirio e gratuito dos alunos do ensino fundamental das redes municipal e estadual e educao especial, prioritariamente residentes no meio rural, de modo a garantir o seu acesso e permanncia na escola. Ordem de Servio: 148970. Objeto Fiscalizado: Aquisio de 01 veculo automotor, zero quilmetro, com capacidade mnima de 21 passageiros. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu/GO. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Convnio n. 750732/2001 e SIAFI n. 426892. Montante de Recursos Financeiros: R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Extenso dos exames: Verificar a documentao referente ao Convnio, licitao e verificao do bem adquirido. 2.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do Convnio n 750732/2001 pela Prefeitura.

    Fato A Prefeitura Municipal de Jaragu-GO no providenciou o arquivamento de modo ordenado, no prprio local em que foram contabilizados, de todos os documentos relativos ao Convnio n 750732/2001, em desacordo com a determinao contida na IN STN n. 01/97 e na Lei n. 8.666/93.

    Segundo informaes prestadas pelo responsvel da rea contbil da Prefeitura de Jaragu, constitui-se praxe naquela municipalidade que a documentao seja arquivada juntamente com os respectivos balancetes mensais, conforme determinado pelo Tribunal de Contas dos Municpios do Estado de Gois, procedimento este, a nosso ver, equivocado no que concerne aos documentos referentes aplicao de recursos de origem federal, visto que da competncia do rgo gestor do programa proceder anlise e julgamento decorrentes da aplicao desses recursos, devendo estar disponveis, tambm, para os rgos de controle. O procedimento adotado vem, notoriamente, contribuindo para dificultar a realizao dos trabalhos a cargo da Controladoria-Geral da Unio-CGU/PR.

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    Evidncia

    Anlise da documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu-GO.

    2.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados por meio do Convnio n 750732/2001.

    Fato

    No constatamos, nos documentos apresentados, a documentao prevista no art. 3, incisos I a VII, da IN STN n. 01/97, referente situao de regularidade da Prefeitura de Jaragu quanto s suas obrigaes tributrias/previdencirias para fins de celebrao do pacto em foco com o gestor do programa.

    Evidncia

    Documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu.

    2.3) Ausncia de notificao do recebimento dos recursos federais a partidos polticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no municpio. Fato

    Segundo pudemos constatar, no foi efetivada pela Prefeitura de Jaragu a notificao aos partidos polticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no municpio, da liberao dos recursos recebidos por meio do convnio em anlise, caracterizando o descumprimento do preconizado no artigo 2 da Lei 9.452/97.

    Evidncia

    Documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu.

    2.4) Impropriedades detectadas na fase de formalizao do Convnio n 750732/2001 (de acordo com o prescrito na IN STN n 01/97).

    Fato

    Da anlise da documentao disponibilizada constatamos as seguintes falhas:

    ausncia do Plano de Trabalho, relativo compra do veculo automotor de transporte

    coletivo, zero quilmetro, com capacidade igual ou superior a 21 (vinte e um) passageiros, destinado exclusivamente ao transporte de alunos matriculados no ensino pblico fundamental, residentes prioritariamente na zona rural, de modo a garantir o seu acesso e permanncia na escola;

    quanto liberao dos recursos financeiros a cargo do FNDE/MEC, a verificao se a

    mesma observou a periodicidade estabelecida no cronograma de desembolso, constante

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    do Plano de Trabalho aprovado, no tivemos condies de averiguar, pois, como informado, o Plano de Trabalho deixou no foi apresentado; e

    constatamos o descumprimento quanto exigncia formulada pelo art. 10 da IN STN n

    01/97, ao se verificar que no instrumento do convnio ora focalizado, consta a assinatura de uma nica testemunha, via de conseqncia divergindo do prescrito no normativo legal supracitado.

    Evidncia

    Documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu.

    2.5) Falhas na conduo dos procedimentos de licitao para aquisio do veculo automotor destinado ao transporte escolar.

    Fato

    Constatamos as seguintes falhas na formalizao processual relativa ao Convite n. 043/2002:

    falta da solicitao para a aquisio do objeto a ser licitado - veculo automotor zero

    quilmetro, com capacidade mnima de 21 (vinte e um) passageiros, por parte da autoridade competente, existindo somente solicitao de abertura do procedimento licitatrio para a referida aquisio por parte da Comisso Permanente de Licitao-CPL, instituda no mbito da Prefeitura;

    ausncia da comprovao da realizao de pesquisa de preos, em face da necessidade de aferir o preo cotado na data de julgamento do convite n 043/2002, ocorrido em 02/04/2002, em que pese constar da Ata de Abertura e Julgamento, cujo evento deu-se no dia 02/04/2002, em desateno ao prescrito no art. 43, inciso IV, da Lei n 8.666/93;

    inexistncia do processo respectivo e especfico, contendo toda a documentao em via original, com a devida autuao e numerao, desatendendo s determinaes do caput do art. 38 da Lei n. 8.666/93. Constatamos que a Prefeitura dispe apenas de uma pasta A/Z, contendo os documentos referentes ao mencionado processo, em folhas soltas, sem estar protocolado e nem devidamente autuado;

    constatamos que todas firmas licitantes no apresentaram as certides negativas de

    dbitos, oriundas da Secretaria da Receita Federal/SRF, infringindo o art. 29, inciso III, da Lei n 8.666/93, o que se constituiria em motivo bastante para que a Comisso Permanente de Licitao-CPL, instituda no mbito da Prefeitura, suspendesse o mencionado procedimento licitatrio;

    no tocante s propostas de preos apresentadas pelas empresas licitantes, constatamos

    que tanto a proposta da Belcar Caminhes e Mquinas Ltda., quanto a da empresa Arigat Comercial de Veculos Ltda., foram preenchidas no campo destinado colocao do preo da proposta, de prprio punho caneta, divergindo frontalmente do item 2 do Edital, que estabelece: As propostas devero ser datilografadas, datadas e assinadas pelos representantes legais dos licitantes... (grifamos); o que por si s

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    constituiria em motivo de desclassificao por parte da CPL, com prev o item 5 do citado instrumento legal, c/c o caput do art. 41, da Lei n 8.666/93;

    segundo informaes constantes do SINTEGRA, da Secretaria de Fazenda Estadual SEFAZ/GO, a empresa Arigat Comrcio de Veculos Ltda., encontra-se no habilitada, o que caracterizaria outro motivo para sua inabilitao, por descumprir, novamente, o inciso IV, art. 43, da Lei n 8.666/93 e na Deciso n 98/95 TCU Plenrio;

    levando-se em conta que nenhuma das empresas licitantes estava apta, quanto ao cumprimento dos requisitos legais exigidos na fase de habilitao, ficando patente a inexistncia de trs propostas comerciais vlidas, contrariando, assim, o disposto no 7 do artigo 22 da Lei n. 8.666/93 e na Deciso n. 98/95 TCU/Plenrio, o referido certame na deveria ter sido repetido;

    ausncia nos autos da portaria de designao da Comisso Permanente de Licitao

    CPL, instituda no mbito da Prefeitura, responsvel pelos procedimentos pertinentes ao Convite n 043/2002.

    Evidncia Documentao pertinente ao Convite n. 043/2002 disponibilizado pela Prefeitura Municipal de Jaragu-GO. 2.6) Ausncia de identificao do nmero e do ttulo do Convnio n 750732/2001 na nota fiscal emitida, bem como do atesto por quem de direito. Fato

    Verificamos que a Prefeitura Municipal de Jaragu no cumpriu a determinao contida no art. 30 da IN/STN n. 01/97, no sentido de providenciar a identificao da nota fiscal n. 118743, emitida em 24/05/2002 pela empresa ANADIESEL S/A, sediada em Anpolis/GO, no valor total de R$ 74.000,00 (setenta e quatro mil reais), com o nmero e o ttulo do referido convnio.

    Evidncia

    Exame da nota fiscal n. 118743/2002, conforme acima indicado.

    2.7) Inadequao da caracterizao do micro-nibus adquirido.

    Fato

    Constatamos inobservncia quanto exigncia de afixao no veculo da inscrio MEC/FNDE/PREFEITURA MUNICIPAL DE JARAGU, USO EXCLUSIVO DO ESCOLAR, medindo no mnimo 40 cm X 120 cm; e o nmero do telefone para denncia: 0800616161, medindo 30 cm X 90 cm, em ambos os lados, bem como em sua traseira.

  • Evidncia Verificao, in loco, do veculo adquirido, conforme pode ser observado pelas fotografias a seguir exibidas:

    Foto 01 Viso lateral do micro-nibus adquirido, estacionado na garagem da Prefeitura, em local

    descoberto.

    Foto 02 Parte traseira da carroceria, da marca Marcopolo

    Foto 03 Interior do micro-nibus,

    sem ar condicionado. Foto 04 Motor do veculo.

    2.8) Impropriedades identificadas na documentao comprobatria relativa prestao de contas do Convnio n 750732/2001.

    Fato

    Da anlise da documentao disponibilizada constatamos as seguintes falhas:

    no que concerne entrega da correspondente prestao de contas pelo convenente, que a

    mesma foi processada pela Prefeitura mediante o Ofcio n. 121, datado de 22/10/2002, endereado Secretaria Executiva do FNDE, caracterizando, no obstante o cumprimento intempestivo da mencionada obrigao, a inobservncia do previsto na Clusula Nona, do Convnio n 750732/2001;

    os extratos bancrios da conta corrente especfica de n. 380.00-1 , da agncia n. 1140

    Caixa Econmica Federal/Jaragu, no nos foram apresentados em sua integralidade, ficando patente a ausncia de parte da documentao, bem como do comprovante do

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    depsito relativo parcela correspondente contrapartida no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), junto conta especfica anteriormente mencionada;

    ausncia do extrato bancrio demonstrando os rendimentos da aplicao financeira e o

    seu saldo final, como tambm em relao movimentao financeira da contrapartida municipal, verificando-se, assim, o descumprimento do art. 28, inciso VII, da IN STN n 01/97;

    ausncia dos documentos obrigatrios, por parte da Prefeitura local, compreendendo o

    relatrio de cumprimento do objeto e a declarao de que houve boa e regular aplicao dos recursos pblicos, por bvio, devendo ser assinada pela Titular daquela municipalidade; e

    o micro-nibus adquirido pela Prefeitura vem sendo mantido na em sua garagem, porm,

    em espao aberto e sem cobertura, ficando o veculo sujeito s intempries, o que por certo contribuir para o aceleramento do desgaste de modo geral e reduo de sua vida til.

    Evidncia

    Documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu.

  • PRESIDNCIA DA REPBLICA

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO NO ESTADO DE GOIS

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU - GO

    MINISTRIO DA SADE

    11 Sorteio do Projeto de Fiscalizao a Partir de Sorteios Pblicos

    30/JUNHO/2004

    ailtonbjRetngulo

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    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU GO Nas Fiscalizaes realizadas a partir de Sorteios Pblicos de Municpios dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foram examinadas, no perodo de 12.07 a 23.07.2004, as seguintes Aes sob responsabilidade do Ministrio da Sade:

    Ateno Sade da Populao nos Municpios Habilitados em Gesto Plena do

    Sistema e nos Estados Habilitados em Gesto Plena/Avanada. Atendimento Assistencial Bsico nos Municpios Brasileiros. Implantao, Aparelhamento e Adequao de Unidades de Sade do SUS.

    Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados Parte Varivel do Piso de Ateno Bsica PAB, para Aes de Preveno e Controle das Doenas Transmissveis.

    Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados Parte Varivel do Piso de

    Ateno Bsica PAB para Assistncia Farmacutica Bsica Farmcia Bsica. Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados Parte Varivel do Piso de

    Ateno Bsica PAB, para a Sade da Famlia.

    Este relatrio, de carter preliminar, destinado aos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, gestores centrais dos programas de execuo descentralizada, contempla, em princpio, constataes de campo que apontam para o possvel descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execuo. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua responsabilidade, j foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministrio supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providncias corretivas visando consecuo das polticas pblicas, bem como apurao das responsabilidades. Constataes da Fiscalizao: 1 Programa: Assistncia Farmacutica. Ao: Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados Parte Varivel do Piso de Ateno Bsica PAB para Assistncia Farmacutica Bsica. Objetivo da Ao de Governo: Garantir o acesso da populao a medicamentos bsicos. Ordem de Servio: 148202. Objeto Fiscalizado: Aquisio/distribuio de medicamentos pela Prefeitura Municipal de Jaragu. Agente Executor Local: Secretaria Municipal de Sade de Jaragu. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Transferncia do Fundo Nacional de Sade ao Fundo Municipal de Sade. Montante de Recursos Financeiros: R$ 135.608,00.

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    Extenso dos exames: Verificao do recebimento dos medicamentos enviados pelo Estado de Gois no exerccio de 2003 e 2004, aquisio de medicamentos pela Prefeitura, e distribuio de medicamentos pela farmcia municipal aos usurios, nos ltimos 12 meses. 1.1) Funcionamento da farmcia da Secretaria Municipal de Sade em local inadequado. Fato

    A farmcia da Secretaria Municipal de Sade est instalada em uma sala que apresenta temperatura elevada no perodo vespertino, grande incidncia de poeira, alm da constante presena de pombos e vestgios de insetos onde esto localizados os medicamentos. Esta situao foi comprovada pela existncia de penas, teias de aranha e sujeiras deixadas pelos animais, apresentando riscos sade da populao e dos funcionrios que atuam no local, alm de contaminao dos medicamentos.

    Evidncia

    Verificao "in loco".

    1.2) Controles de estoque e de dispensao dos medicamentos ineficientes. Fato

    As farmcias da Secretaria Municipal e das Unidades de Sade da Famlia no utilizam fichas de prateleiras, bem como no realizam o controle dirio da dispensao dos medicamentos. As quantidades dos itens fornecidos diariamente so anotadas em um formulrio e somente no final de cada ms realizada a contagem para conhecimento do estoque e da necessidade de reposio. Evidncia

    Inexistncia de ficha de prateleiras e de controle dirio da dispensao de medicamentos. 1.3) Medicamentos vencidos nas farmcias da Secretaria Municipal e das Unidades de Sade da Famlia. Fato

    Em visitas s farmcias do municpio, constatamos a existncia de medicamentos vencidos, inclusive armazenados na mesma prateleira dos medicamentos de uso dirio das Unidades, caracterizando a falta de controle sobre o fornecimento desses frmacos, representando riscos sade da populao.

    Na farmcia da Secretaria Municipal os medicamentos Haloperidol 05 mg 40 cx c/ 100

    cpr e Fenobarbital 20 ml 350 vidros, vencidos nos meses de maio e julho de 2004, respectivamente, estavam separados aguardando a retirada pela Secretaria Estadual de Sade, conforme solicitao feita por meio do Ofcio/SMS/028 de 04/03/2004. A farmacutica responsvel informou que o Fenobarbital foi fornecido em excesso, tendo em vista que a demanda pequena e que o Haloperidol j foi recebido com a data de validade prxima do vencimento.

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    Ambos os medicamentos foram fornecidos pela Secretaria Estadual de Sade como

    contrapartida referente assistncia farmacutica bsica. Nas farmcias das Unidades de Sade da Famlia II foram encontrados 191 frascos de 20

    ml soluo oral de Fenobarbital e na Unidade IV, 16 tubos de creme ginecolgico de 60g Anfoterim, medicamentos vencidos em julho de 2004.

    Evidncia

    Verificao "in loco". 1.4) Inexistncia de aplicao do recurso federal e da contrapartida estadual por parte da Secretaria Estadual de Sade. Fato

    O Municpio de Jaragu atualmente est qualificado pelo Ministrio da Sade para o recebimento dos incentivos financeiros referentes assistncia farmacutica bsica no valor anual de R$ 85.892,50 (oitenta e cinco mil, oitocentos e noventa e dois reais e cinqenta centavos), sendo R$ 34.357,00 (trinta e quatro mil, trezentos e cinqenta e sete reais) de recursos federais, o mesmo valor de recursos estaduais a ttulo de contrapartida e R$ 17.178,50 (dezessete mil, cento e setenta e oito reais e cinqenta centavos) a ttulo de contrapartida municipal.

    At o ms de julho de 2003, o repasse de recursos do Ministrio da Sade ocorreu

    diretamente para a Secretaria Estadual de Sade, que era responsvel pela aquisio e distribuio de medicamentos utilizando o recurso federal recebido, acrescido da contrapartida estadual.

    A partir do ms de agosto de 2003 o repasse federal passou para o Fundo Municipal de

    Sade, ficando a cargo da Secretaria Municipal de Sade a utilizao desses recursos para aquisio e distribuio de medicamentos bsicos, acrescidos de 50% do valor a ttulo de contrapartida municipal.

    As remessas de medicamentos da Secretaria Estadual de Sade para o municpio

    encontram-se em atraso, inclusive s referentes aos recursos federais que eram repassados para o Fundo Estadual, contrariando o disposto na Portaria n 176/GM/MS, de 08 de maro de 1999, que estabelece critrios e requisitos para a qualificao dos municpios e estados ao incentivo assistncia farmacutica bsica.

    Segundo informaes da Seo Assistncia Farmacutica da SES, para o ano de 2003

    foram programadas duas compras, ambas relativas ao ano de 2002, sendo uma realizada e entregue e outra tendo o processo de licitao anulado a pedido da Procuradoria Geral do Estado, estando em fase de elaborao o novo pedido de compras.

    Quanto aos medicamentos que deveriam ser entregues em 2003, foi elaborado um

    cronograma de compras, com a utilizao de 7/12 avos da verba federal, referente ao repasse do Ministrio da Sade diretamente ao Fundo Estadual de Sade at o ms de julho, acrescido dos recursos da contrapartida estadual. Segundo o cronograma, as entregas devem ocorrer este ano em quatro etapas, sendo que a primeira ocorreu entre os meses de abril e junho, a segunda dever

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    ocorrer nos meses de julho e agosto, a terceira nos meses de outubro e novembro e a ltima em dezembro.

    Evidncia

    Relao e quantitativo dos medicamentos distribudos em 2003 e 2004 e cronograma de entrega de medicamentos 2004.

    1.5) Falta da apresentao do Plano Estadual de Assistncia Farmacutica Bsica. Fato

    A Secretaria Estadual de Sade de Gois no encaminhou para o Ministrio da Sade o Plano Estadual de Assistncia Farmacutica Bsica, em desacordo com a Portaria n 956/GM/MS de 25/08/2000, que estabelece o envio, anual, at o dia 30 de outubro, para a manuteno dos recursos federais ao incentivo relativo ao ano posterior.

    Segundo informaes da responsvel pela Seo de Assistncia Farmacutica, o Plano

    relativo ao ano de 2004 foi elaborado e enviado ao Secretrio de Estado de Sade para consideraes e posterior encaminhamento ao Conselho Estadual de Sade para aprovao.

    Evidncia

    Documento fornecido pela SES (CI n 040/04-SPAIS de 10/05/2004).

    2 Programa: Sade da Famlia. Ao: Incentivo Financeiro a Municpios Habilitados Parte Varivel do Piso de Ateno Bsica PAB para a Sade da Famlia. Objetivo da Ao de Governo: Estimular a implantao de equipes de sade da famlia e de agentes comunitrios de sade, no mbito municipal, reorientando prticas, com nfase nas aes de preveno de doenas e promoo da sade, inclusive no que diz respeito sade bucal, com a criao das equipes de sade bucal. Ordem de Servio: 149267. Objeto Fiscalizado: Aferir a efetividade do atendimento s famlias. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Transferncia do Fundo Nacional de Sade ao Fundo Municipal de Sade. Montante de Recursos Financeiros: R$ 785.814,67. Extenso dos exames: Verificar o funcionamento do programa junto comunidade beneficiada e a efetividade do atendimento. 2.1) Descumprimento de carga-horria por parte dos profissionais mdicos e odontolgos do PSF. Fato

    A equipe de fiscalizao recebeu denncias referentes ao no cumprimento de carga-horria por parte de profissionais mdicos e odontlogos que atuam no Programa de Sade da Famlia.

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    Solicitamos as relaes de profissionais que atuam nos dois hospitais existentes no municpio e constatamos que o mdico integrante da Equipe I tambm atua no Hospital e Maternidade Jaragu, inclusive atendendo as chamadas de emergncias do Hospital durante o horrio de funcionamento do PSF.

    Em reunio realizada com 48 ACS foi relatado que os mdicos no cumprem a jornada de

    trabalho estabelecida, alm de faltarem com freqncia, comprometendo, desta forma, o atendimento nas Unidades.

    Em visitas realizadas em quatro Unidades de Sade da Famlia verificamos que um mdico

    encontrava-se afastado por motivo de frias, um mdico se ausentou s 10 horas e 40 minutos e uma odontloga no compareceu para o trabalho.

    H registros durante o exerccio de 2003 de pagamentos de atendimentos realizados por

    mdicos do PSF, durante o expediente, no Hospital Municipal de Jaragu. O descumprimento da carga-horria pelos profissionais do Programa pode acarretar a

    suspenso imediata das transferncias dos recursos financeiros ao PSF e Ateno Sade Bucal, conforme Portaria/MS n 2.167/2001.

    Evidncia

    Folhas de Pagamentos dos Mdicos referentes a 2003, Escala de Planto Semanal do

    Hospital e Maternidade Jaragu, Relao dos Mdicos que Atuam no Hospital Municipal de Jaragu e Relatrio de Profissionais por Equipe do Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB. 2.2) Inexistncia de mecanismos de referncia e contra-referncia do Programa de Sade da Famlia. Fato

    O Municpio no conta com mecanismos formais de garantia de referncia e de contra-referncia regionais e estaduais aos servios de apoio e diagnstico, especialidades ambulatoriais, urgncia/emergncias e internao hospitalar especfico para o Programa de Sade da Famlia, em desacordo com a Portaria GM/MS 1.886 de 18/12/97.

    Os beneficirios do PSF procuram por iniciativa prpria o Hospital Municipal e outras

    Unidades fora do municpio, resultando na existncia de filas no Setor de Marcao de Consultas do Hospital e evidenciando a falta de encaminhamento, conhecimento e de controle por parte das Unidades de Sade da Famlia dos atendimentos mdicos recebidos por esses beneficirios.

    Evidncia

    Inexistncia de documentos formais de referncia e contra-referncia. 2.3) Inexistncia de agendamento prvio de consultas e exames no Programa de Sade da Famlia. Fato

    Os Agentes Comunitrios de Sade no orientam as famlias para utilizao adequada dos servios de sade, tampouco encaminham ou agendam previamente consultas e exames das pessoas cadastradas no PSF.

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    Os atendimentos nas Unidades de Sade da Famlia e no ambulatrio do Hospital ocorrem

    por meio de procura direta do usurio, comprometendo a qualidade do atendimento prestado aos beneficirios do programa, alm da falta de conhecimento por parte dos ACS no que se refere aos problemas de sade dos moradores de sua rea de atuao, comprometendo, desta forma, a realizao de trabalhos de promoo da sade especficos e o monitoramento de doenas. Evidncia

    Inexistncia de agendamento prvio de consultas e exames. 2.4) Falta de material de consumo para realizao de atendimento ginecolgico no Programa de Sade da Famlia. Fato

    A Unidade III do PSF conta com uma sala preparada para atendimento ginecolgico que, no entanto, no est sendo utilizada por falta de material de consumo necessrio para a realizao desses procedimentos nas usurias residentes naquela rea.

    Constatamos, ainda, que o Hospital Municipal contava com 37 pessoas na fila para

    marcao de consultas ginecolgicas, inclusive para moradores da rea de atuao da Equipe III, que poderiam ser atendidos naquela Unidade, caso o atendimento fosse implantado naquele local. Evidncia

    Verificao in loco. 2.5) Falta de atualizao do Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB. Fato

    O quantitativo de pessoas cadastradas no Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB divergente com o de pessoas efetivamente atendidas pelos Agentes Comunitrios comprometendo, dessa forma, a fidedignidade dos dados gerados pelos Programas PACS e PSF no municpio.

    Isso ocorre em funo das diversas informaes encaminhadas pelos ACS, como por

    exemplo excluso de pessoas do Programa em funo da mudana de domiclio ou insero de novos beneficirios, e da falta de atualizao do SIAB por parte da Secretaria Municipal de Sade.

    Evidncia

    Consolidado Anual das Famlias Cadastradas do Ano de 2004 do Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB e Quantitativo de Pessoas Atendidas pelos Agentes Comunitrios de Sade.

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    2.6) Falta de encaminhamento dos kits de medicamentos do PSF para as Unidades de Sade da Famlia.

    Fato

    Os kits de medicamentos do PSF so recebidos na farmcia central do municpio que funciona na Secretaria Municipal de Sade e incorporados ao estoque, no sendo encaminhadas s equipes de sade da famlia as quantidades corretas, conforme Portarias MS/343/2001 e MS/1397/2003. Evidncia

    Visita Farmcia Central da Secretaria Municipal de Sade e visitas s Unidades de Sade da Famlia. 2.7) Descumprimento da periodicidade mensal das visitas domiciliares por parte dos ACS. Fato

    A equipe de fiscalizao recebeu denncias sobre a no realizao de visitas domiciliares

    peridicas por parte dos Agentes Comunitrios de Sade. Tais denncias foram confirmadas em consultas realizadas em Atas do Conselho Municipal de Sade que se manifestou com relao a atuao uma ACS, decidindo pela advertncia da profissional.

    Em entrevistas realizadas em 15 domiclios, 42% responderam que nunca participaram e

    nem sabiam que a equipe de sade da famlia realiza atendimento em grupo para orientao quanto aos cuidados de sade e 50% no conseguem realizar os exames complementares e que, em virtude dessa situao, muitos optam por faz-los na rede particular. Alm disso, em visita ao Hospital Municipal verificamos a existncia de filas com um total de 68 pessoas aguardando atendimento mdico e para marcao de consultas.

    Algumas pessoas confirmaram que procuram diretamente o hospital em virtude dos ACS

    no visitarem regularmente suas residncias.

    H falhas no gerenciamento do Programa por parte da Coordenao Municipal, como por exemplo, a solicitao de interveno por parte do CMS com relao ao fato de uma Agente Comunitria de Sade no realizar periodicamente as visitas domiciliares e das enfermeiras das Unidades de Sade da Famlia no acompanharem as atividades executadas pelos ACS.

    O Conselho Municipal de Sade um rgo que deve atuar na formulao e proposio de

    estratgias e no controle da execuo de Polticas de Sade, conforme Resoluo 319 de 07/11/2002, no sendo de sua competncia a tomada de decises gerenciais relacionadas ao Programa de Sade da Famlia, funo que deve ser exercida pelo Gestor Municipal de Sade, pela Coordenao do Programa e pelas das Unidades de Sade da Famlia. Evidncia

    Atas de Reunies do Conselho Municipal de Sade e entrevistas.

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

    8

    2.8) Composies das equipes dos Programas de Sade da Famlia e de Agentes Comunitrios de Sade em desacordo com as normas estabelecidas. Fato

    O Programa de Sade da Famlia PSF est implantado somente na zona urbana do municpio enquanto que a zona rural conta com uma equipe do Programa de Agentes Comunitrios de Sade PACS atendendo a sete povoados, sendo os usurios dessas localidades referenciados para o Hospital Municipal de Jaragu.

    At o ms de junho de 2004 o PSF atuou com quatro equipes, tendo sido aprovada a

    implantao de duas novas equipes a partir do ms de julho de 2004. Das equipes existentes, apenas uma conta com seis ACS nmero mximo estabelecido nas Normas do Programa. Nas demais, as quantidades variam entre oito e dez profissionais.

    Na equipe de PACS apenas uma enfermeira instrutora-supervisora responsvel pelos 36

    Agentes Comunitrios que atuam na zona rural, em desacordo com as normas do programa que estabelece o nmero mximo de 30 ACS para cada enfermeira.

    Evidncia

    Consolidado Anual das Famlias Cadastradas do Ano de 2004 do Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB e Relatrio de Profissionais por Equipe do Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB.

    2.9) Divergncia entre o nmero de Agentes Comunitrios de Sade informado pelo Municpio no Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB e os que efetivamente atuam no Municpio. Fato

    No perodo de janeiro de 2003 a junho de 2004 o Ministrio da Sade repassou recursos

    para o municpio de Jaragu referente a 75 ACS nmero de Agentes informado pelo municpio no Sistema de Informao de Ateno Bsica SIAB.

    No entanto, de acordo com os registros das Folhas de Pagamentos, atuaram no programa 72

    ACS/ms no perodo. A diferena entre o recurso recebido e o efetivamente gasto no pagamento dos profissionais foi utilizada em outras aes da Secretaria Municipal de Sade.

    A Secretaria Municipal de Sade dever restituir ao Fundo Nacional de Sade, com os

    devidos acrscimos legais, a importncia de R$ 11.880,00 (onze mil, oitocentos e oitenta reais) referente a trs Agentes Comunitrios de Sade informados a maior no SIAB no perodo de janeiro de 2003 a junho de 2004.

    Evidncia

    Folhas de Pagamentos dos ACS no perodo de janeiro de 2003 a junho de 2004 e Relatrio Valores Lquidos Creditados Extrato Fundo Municipal.

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

    9

    2.10) Falta de pagamento do Incentivo Adicional do PACS para os ACS no exerccio de 2002.

    Fato

    O incentivo adicional ao Programa de Agentes Comunitrios de Sade, no valor de R$ 7.680,00 (sete mil e seiscentos e oitenta reais), referente ao exerccio de 2002, transferido pelo Ministrio da Sade, no foi repassado para os ACS que atuaram no Programa no perodo e foram aplicados em outras aes pela Secretaria Municipal de Sade. Evidncia

    Folhas de Pagamentos dos Agentes Comunitrios de Sade e Relatrio Valores Lquidos Creditados Extrato Fundo Municipal. 3 Programa: Preveno e Controle de Doenas Transmitidas por Vetores. Ao: Incentivo Financeiro a municpios habilitados parte varivel do Piso de Ateno Bsica PAB, para as aes de preveno e controle das doenas transmissveis. Objetivo da Ao de Governo: Reduzir a mortalidade por doenas transmitidas por vetores. Ordem de Servio: 147890. Objeto Fiscalizado: Operaes de Combate ao Vetor/Vigilncia entomolgica e inseticidas. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Transferncia do Fundo Nacional de Sade ao Fundo Municipal de Sade. Montante de Recursos Financeiros: R$ 145.711,68. Extenso dos exames: Recursos financeiros repassados e aplicados de janeiro a abril/2004. 3.1) Local inadequado para o funcionamento do Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica e de Controle de Doenas. Fato

    O Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica e de Controle de Doenas da Secretaria Municipal

    de Sade funciona em um casa alugada, localizada em uma rea residencial, onde so realizadas as atividades de vigilncia epidemiolgica e o armazenamento de larvicidas e de inseticidas, em um ambiente com pouca ventilao, exalando forte cheiro dos produtos estocados.

    O espao est sendo dividido com uma Entidade denominada Central Geral de

    Associaes, apesar do aluguel de todo o imvel ser pago pela Secretaria de Sade com recursos repassados pelo Ministrio da Sade destinados ao Teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenas, o que caracteriza uma irregularidade, alm do fato de desvirtuar a certificao concedida pela 4 Regional de Sade Distrito de Ceres, com a aprovao do local exclusivamente para o desenvolvimento de aes de Vigilncia Epidemiolgica.

    Evidncia

    Contrato de locao de imvel para o funcionamento do Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica, boletim de superviso da 4 Regional de Sade Distrito de Ceres, constatao in

  • loco no depsito onde so armazenados os inseticidas e larvicidas e fotos da fachada do imvel onde funcionam o Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica e a Entidade Central Geral de Associaes.

    Foto 1 Imvel onde funcionam o Ncleo de Vigilncia Epidemiolgica e a Entidade Central

    Geral de Associaes

    Foto 2 Identificao da Entidade Central Geral de Associaes.

    3.2) Local inadequado permanncia de sucatas e restos de veculos. Fato

    A garagem da Prefeitura Municipal de Jaragu conta com um espao reservado ao depsito de sucatas e restos de veculos, alm de acmulo de lixo, tornando, dessa forma, uma rea de responsabilidade do governo municipal vulnervel proliferao do mosquito da dengue.

    Evidncia

    Visita a garagem da Prefeitura Municipal de Jaragu e foto da rea onde se encontram sucatas e restos de veculos.

    Sucatas e restos de veculos em rea da Prefeitura

    Municipal. Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno

    Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos. 10

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

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    4 - Programa: Ateno Bsica em Sade. Ao: Atendimento Assistencial Bsico nos Municpios Brasileiros. Objetivo da Ao de Governo: Ampliar o acesso da populao rural e urbana ateno bsica, por meio da transferncia de recursos federais, com base em um valor per capita, para a prestao da assistncia bsica, de carter individual ou coletivo, para a preveno de agravos, tratamento e reabilitao, levando em considerao as disparidades regionais. Ordem de Servio: 148172. Objeto Fiscalizado: Verificar a aplicao dos recursos destinados para o Piso de Ateno Bsica. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Transferncia do Fundo Nacional de Sade ao Fundo Municipal de Sade. Montante de Recursos Financeiros: R$ 543.266,66. Extenso dos exames: Recursos financeiros repassados e aplicados no perodo de janeiro de 2003 a junho de 2004. 4.1) Falta de Relatrio de Gesto do Exerccio de 2003. Fato

    O Relatrio de Gesto das aes de sade realizadas pela Secretaria Municipal de Sade referente ao exerccio de 2003 no foi apresentado e, segundo declarao do Secretrio, encontra-se em fase de elaborao.

    Evidncia

    Declarao emitida em 23.07.2004, pela representante da Secretaria Municipal de Sade. 4.2) Inoperncia do Conselho Municipal de Sade.

    Fato

    O Conselho Municipal de Sade de Jaragu foi institudo pela Lei Municipal n 560, de 15.10.1993. Atualmente, conta com 17 membros: trs representantes do Governo Municipal, seis representantes dos prestadores de servios pblicos e privados e oito representantes dos usurios, em discordncia com o 4 , Artigo 1, da Lei Federal n 8.142/90, que estabelece: "A representao dos usurios nos Conselhos de Sade e Conferncias de Sade ser paritria em relao ao conjunto dos demais segmentos", alm da Resoluo CNS n 319/02, no que se refere a distribuio das vagas em 50% de entidades de usurios, 25% de entidades dos trabalhadores de sade e 25% de representao de governo, entidade ou instituies de prestadores de servios pblicos, filantrpicos e privados.

    A composio do CMS apresenta, ainda, as seguintes impropriedades:

    - um dos representante dos Profissionais de Sade uma funcionria do Ministrio da Sade

    cedida ao municpio que atua como responsvel pelos Programas PACS/PSF, alm de ser a substituta do Secretrio de Sade; impedimento previsto no inciso VI 3 Diretriz da Resoluo CNS n 319/02,

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

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    - o representante da Associao dos Moradores de Bairro membro da Cmara de Vereadores; impedimento previsto no inciso VII 3 Diretriz da Resoluo CNS n 319/02; e

    - a Sociedade So Vicente de Paula conta com um representante do grupo usurios, apesar

    de ser uma Entidade Filantrpica qual o Hospital e Maternidade de Jaragu Prestador contratado pelo Sistema nico de Sade vinculado.

    A equipe de auditoria convocou uma reunio com os integrantes do Conselho com

    antecedncia de dois dias. No entanto, apenas quatro membros compareceram, entre eles a Substituta do Secretrio Municipal de Sade.

    Analisando as Atas das Reunies referentes ao perodo de janeiro de 2003 a maio de 2004

    verificamos que ocorreram somente oito reunies, evidenciando que o Conselho Municipal de Sade CMS no se rene com periodicidade mensal, como prev o inciso V 4 Diretriz da Resoluo CNS n 319/02. Alm disso, h registros da realizao de reunies com apenas dois participantes, apesar de o CMS contar com 17 membros.

    A participao dos membros na maioria das reunies fere o disposto no inciso VII 4

    Diretriz da Resoluo CNS n 319/02, que prev que as decises do Conselho sero adotadas mediante quorum mnimo de metade mais um de seus integrantes.

    A Secretaria Municipal de Sade no apresenta, trimestralmente, prestao de contas ao

    CMS. Em reunio realizada no dia 23.12.2003 os balancetes referentes aos exerccios de 2002 e 2003, foram submetidos ao Conselho sendo, no entanto, adiadas as aprovaes tendo em vista a existncia de dvidas, por parte dos Conselheiros, em relao s despesas efetuadas no 1 trimestre de 2003. A reunio contou com a participao de, somente, trs membros.

    No foram apresentados Ofcios indicando formalmente os membros por parte das

    Entidades, bem como no h registros da realizao de Conferncia Municipal de Sade para escolha dos componentes do Conselho.

    Evidncia

    Lei Municipal n 560 de 15/10/93, reunio realizada com os membros do CMS e anlise das

    Atas de Reunio CMS. 4.3) Utilizao indevida dos recursos do Piso de Ateno Bsica. Fato

    O municpio de Jaragu/GO est habilitado na condio de Gesto Plena da Ateno

    Bsica e recebe do Ministrio da Sade R$ 29.045,83 mensais, referentes ao Piso de Ateno Bsica, valor este que, somado s transferncias estaduais e aos recursos prprios dos municpios, deve financiar a ateno bsica sade.

    No entanto, nas anlises realizadas nos extratos bancrios da c/c 58.040-6 Agncia 0642,

    do Banco do Brasil, onde so creditados os recursos do PAB repassados pelo Ministrio da Sade, bem como nos comprovantes de despesas, notas fiscais e recibos de pagamentos referentes ao exerccio de 2003 e de janeiro da maio de 2004, constatou-se a utilizao desses recursos em outras

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

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    aes no relacionadas ateno bsica, como por exemplo, pagamento de servios prestados Prefeitura Municipal e despesas decorrentes de aes de mdia e alta complexidade e de assistncia hospitalar.

    A Secretaria Municipal de Sade de Jaragu dever restituir ao Fundo Nacional de Sade

    do Ministrio da Sade a importncia de R$ 300.929,09 (trezentos mil, novecentos e vinte e nove reais e nove centavos), com os devidos acrscimos legais, conforme Planilha de Glosas elaborada pelos servidores do Ministrio da Sade, referentes utilizao de recursos do Piso de Ateno Bsica PAB em aes de mdia complexidade, pagamentos de plantes de mdicos e, ainda, em outras aes no contempladas na Portaria 3.925 de 13/11/1998.

    Evidncia

    Notas Fiscais e comprovantes de pagamentos. 5 - Programa: Unidades de Sade do SUS. Ao: Implantao, aparelhamento e adequao de unidades de sade do SUS. Objetivo da Ao de Governo: Elevar o padro de qualidade e eficincia do atendimento prestado populao por meio da modernizao gerencial, fsica e tecnolgica do Sistema nico de Sade SUS. Ordem de Servio: 147931. Objeto Fiscalizado: Aquisio de equipamentos e materiais permanentes. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Convnio n 467/2003. Montante de Recursos Financeiros: R$ 39.980,00. Extenso dos exames: Aquisio de equipamentos e materiais permanentes, a legalidade da aplicao dos recursos, e a observncia das normas legais quando das compras, obras e/ou servios contratados. 5.1) Objeto do convnio ainda no executado. Fato

    A Prefeitura Municipal de Jaragu ainda no executou o Convnio n 467/2003, celebrado em 31/12/2003, para aquisio de equipamentos e materiais permanentes destinados s Unidades de Sade.

    O recurso repassado pelo Ministrio da Sade no valor de R$ 39.980,00 foi creditado na

    c/c n 9864 da Prefeitura Agncia 0642, conforme Ordem Bancria n 903339, de 12/04/2004, estando parte dessa quantia R$ 39.000,00 aplicada em ttulos de renda fixa CDB/RDB desde o dia 07/06/2004, enquanto que a diferena de R$ 980,00 encontra-se depositada em conta corrente. Evidncia

    Anlise do Termo de Convnio n 467/2003 e Extratos bancrios.

  • PRESIDNCIA DA REPBLICA

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO NO ESTADO DE GOIS

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU - GO

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA

    11 Sorteio do Projeto de Fiscalizao a Partir de Sorteios Pblicos

    30/JUNHO/2004

    ailtonbjRetngulo

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno 1 Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos..

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU GO Nas Fiscalizaes realizadas a partir de Sorteios Pblicos de Municpios dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foi examinada, no perodo de 12/07 a 16/07/2004, a seguinte Ao sob responsabilidade do Ministrio de Minas e Energia:

    Fiscalizao e Controle da Produo Mineral.

    Este relatrio, de carter preliminar, destinado aos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, gestores centrais dos programas de execuo descentralizada, contempla, em princpio, constataes de campo que apontam para o possvel descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execuo.

    Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas j foram previamente

    informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministrio supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providncias corretivas visando consecuo das polticas pblicas, bem como apurao das responsabilidades. Constataes da Fiscalizao: 1 Programa: CFEM Ao: Fiscalizao e Controle da Produo Mineral. Objetivo da Ao de Governo: Verificar o cumprimento, pelas Prefeituras Municipais, da legislao referente aplicao dos recursos da CFEM repassados ao municpio pelo DNPM, oriundos dos recursos recolhidos pelos agentes econmicos envolvidos no processo de produo mineral nacional (fases de pesquisa e de explorao mineral). Ordem de Servio: 148008. Objeto Fiscalizado: Aes de fiscalizao e controle da produo mineral e aplicao da Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais - CFEM. Agente Executor Local: Departamento Nacional de Produo Mineral-DNPM e Prefeitura Municipal. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Repasse direto conta vinculada em nome do ente municipal. Montante de Recursos Financeiros: R$ 5.635,83. Extenso dos exames: Verificar junto s empresas de explorao mineral a realizao de fiscalizaes pelo DNPM/Prefeitura e a aplicao dos recursos da CFEM pelo Municpio. 1.1) No atendimento de forma satisfatria pelo DNPM de solicitao de informaes pela Controladoria-Geral da Unio em Gois. Fato Por meio da Solicitao de Fiscalizao n. 001, de 07.07.2004, requisitamos ao DNPM a relao de empresas em atividade no Municpio em fase de explorao mineral e seus respectivos endereos, bem como o montante de recursos repassados ao Municpio nos exerccios de 2001 a

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno 2 Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos..

    2004, tendo a Unidade apresentado apenas uma relao de processos de empresas e os repasses do ano de 2003, que no atenderam ao solicitado, contrariando o art. 26 da Lei n. 10.180, de 06.02.2001, e pouco contriburam para a realizao dos trabalhos de campo. Evidncia Solicitao de Fiscalizao n. 001, de 07.07.2004 e documentos encaminhados pelo DNPM. 1.2) Informaes cadastrais incompletas e desatualizadas no DNPM. Fato Para a realizao das entrevistas nas empresas, alm das informaes fornecidas pelo DNPM foi necessrio obter outros dados na internet e no cadastro do CNPJ, tendo em vista que as informaes do DNPM no facilitavam o contato com as empresas por falta de endereo/telefone de contato. Verificamos que, na internet, s era possvel obter dados no ano base de 2002. Verificamos ainda, com base nas entrevistas e no cadastro do CNPJ, que os dados apresentavam-se desatualizados, sendo que duas das firmas visitadas (40%) no trabalhavam mais com explorao mineral h mais de um ano, e uma delas havia at mudado a razo social havia cerca de dois anos. Evidncia Informaes obtidas no site do Ministrio de Minas e Energia na internet, no DNPM e no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, e entrevista com representantes de cinco empresas de explorao mineral do Municpio. 1.3) Fiscalizaes deficientes por parte do DNPM. Fato Das cinco empresas visitadas por esta equipe, trs delas (60%) atuavam na rea de explorao mineral e as outras duas no exerciam tal atividade. Das empresas que atuavam, uma estava em fase de produo regular e duas estavam em preparativos para iniciar as atividades, no tendo ainda gerado recolhimento da CFEM. Apenas uma empresa, das trs em atividade, informou que recebia fiscalizao anual do DNPM. As demais no haviam sido visitadas pelos tcnicos da Unidade. A Prefeitura informou que no possua convnio de cooperao tcnica com o DNPM para a realizao de fiscalizaes. Evidncia Entrevista com representantes de empresas de explorao mineral do Municpio e Carta da Prefeitura Municipal de Jaragu, de 19.07.2004. 1.4) Aplicao de recursos da CFEM em desacordo com a Legislao.

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno 3 Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos..

    Fato Nas despesas realizadas com os recursos da CFEM, nos exerccios de 2001, 2002, 2003 e at junho 2004, verificamos sua utilizao para pagamentos de despesas administrativas da Prefeitura e de pagamentos de despesas referentes ao quadro permanente de pessoal, o que contraria o Pargrafo nico do art. 26 do Decreto n. 1, de 11.01.1991. Evidncia Documentos de despesas e extratos bancrios da conta da CFEM referente aos exerccios de 2001, 2002, 2003 e janeiro a junho de 2004.

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    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

    CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO NO ESTADO DE GOIS

    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU - GO

    MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRRIO

    11 Sorteio do Projeto de Fiscalizao a Partir de Sorteios Pblicos

    30/JUNHO/2004

    ailtonbjRetngulo

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

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    RELATRIO DE FISCALIZAO N 172

    MUNICPIO DE JARAGU GO Nas Fiscalizaes realizadas a partir de Sorteios Pblicos de Municpios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foi examinada, no perodo de 12/07 a 27/07/2004, as seguintes Aes sob responsabilidade do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio:

    Financiamento e Equalizao de Juros para a Agricultura Familiar

    Assistncia Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Servios Municipais

    Este relatrio, de carter preliminar, destinado aos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, gestores centrais dos programas de execuo descentralizada, contempla, em princpio, constataes de campo que apontam para o possvel descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execuo.

    Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto aos Programas sob sua responsabilidade, j foram previamente informados sobre os fatos relatados, cabendo ao Ministrio supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providncias corretivas visando consecuo das polticas pblicas, bem como apurao das responsabilidades. Constataes da Fiscalizao 1 Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF Ao: Financiamento e Equalizao de Juros para a Agricultura Familiar. Objetivo da Ao de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua insero competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordens de Servio: 149400 e 149721. Objeto Fiscalizado: Formao de pastagens, aquisio de trituradores, aquisio de gado bovino e atuao do banco. Agente Executor Local: Agncia n. 0642-4 - Jaragu/GO, do Banco do Brasil. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Financiamentos concedidos pelo agente financeiro. Montante de Recursos Financeiros: R$ 134.993,80. Extenso dos exames: Anlise das Cdulas Rural, questionrio da OS contendo as informaes tcnicas de cada um dos projetos financiados pelo PRONAF, anlise dos dossis referentes aos cadastros dos scios e da prpria entidade contemplada, demais documentos pertinentes e visita in loco ao local de execuo do projeto tcnico.

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    1.1) Exigncia de reciprocidade por parte do agente financeiro. Fato Mediante anlise dos dossis constantes da amostra e entrevistas com os beneficirios do programa, verificamos que houve cobrana de reciprocidade com um muturio (Operao de Crdito n. 96/00144-5), quando o Banco do Brasil condicionou a liberao do emprstimo do crdito rural venda de um Seguro Ourovida Produtor Rural. Evidncia Operaes/contratos nos 9600144-5, 9700142-2, 9700151-1, 9700148-1, 9700153-8, 9600139-9, 9700174-0, 9700141-4, 9700172-4 e 9800259-9. 1.2) Comprovao de despesas sem as devidas contrapartidas fsicas. Fato Da verificao in loco dos bens adquiridos para execuo do Projeto Tcnico dos Contratos nos 97/00142-2, 98/00259-9, 97/00174-0 e 97/00172-4, os trituradores e os bovinos, vacas e touros, no foram encontrados nas respectivas propriedades. Evidncia Notas Fiscais que fazem partes dos dossis dos Contratos nos 97/00142-2, 97/00174-0, 97/00172-4 e 98/00259-9, arquivados na Agncia n. 0642-4, do Banco do Brasil e entrevistas com os muturios. 2 Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF Ao: Assistncia Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Servios Municipais. Objetivo da Ao de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua insero competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordens de Servio: 149504 e 149512. Objeto Fiscalizado: Reforma de ponte de madeira e concreto, medindo 20m X 4m = 80 m; aquisio e instalao de 60 mata-burros de trilho e tubo e aquisio de 1 (uma) ensiladeira com capacidade de 15 ton./hora. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Jaragu/GO. Qualificao do Instrumento de Transferncia: Contrato de Repasse n 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA. Montante de Recursos Financeiros: R$ 56.820,00 (cinqenta e seis mil e oitocentos e vinte reais), sendo R$ 45.627,00 (quarenta e cinco mil, seiscentos e vinte e sete reais), a cargo da Unio e R$ 11.193,00 (onze mil, cento e noventa e trs reais), a ttulo de contrapartida do municpio. Extenso dos exames: Anlise do Contrato de Repasse n 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA, documentos pertinentes prestao de contas e constataes realizadas in loco.

  • Controladoria-Geral da Unio Secretaria Federal de Controle Interno Misso da SFC: Zelar pela boa e regular aplicao dos recursos pblicos.

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    2.1) Arquivamento inadequado da documentao especfica do Contrato de Repasse n. 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA. Fato A Prefeitura Municipal de Jaragu-GO no providenciou o arquivamento de modo ordenado, no prprio local em que foram contabilizados, de todos os documentos relativos ao Contrato de Repasse n. 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA, em desacordo com a determinao contida na IN STN n. 01/97 e na Lei n. 8.666/93.

    Segundo informaes prestadas pelo responsvel da rea contbil da Prefeitura de Jaragu, constitui-se praxe naquela municipalidade que a documentao seja arquivada juntamente com os respectivos balancetes mensais, conforme determinado pelo Tribunal de Contas dos Municpios do Estado de Gois, procedimento este, a nosso ver, equivocado no que concerne aos documentos referentes aplicao de recursos de origem federal, visto que da competncia do rgo gestor do programa proceder anlise e julgamento decorrentes da aplicao desses recursos, devendo estar disponveis, tambm, para os rgos de controle. O procedimento adotado vem, notoriamente, contribuindo para dificultar a realizao dos trabalhos a cargo da Controladoria-Geral da Unio-CGU/PR.

    Evidncia Anlise da documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu-GO. 2.2) Falta de comprovao da habilitao da Prefeitura Municipal de Jaragu para o recebimento dos recursos repassados por meio do Contrato de Repasse n 0122.624-04/2001/MDA/CAIXA. Fato No constatamos, nos documentos apresentados, a documentao prevista no art. 3, incisos I a VII, da IN STN n. 01/97, referente situao de regularidade da Prefeitura de Jaragu quanto s suas obrigaes tributrias/previdencirias para fins de celebrao do pacto em foco com o gestor do programa. Evidncia Documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu e Caixa Econmica Federal - Escritrio de Negcios em Anpolis/GO. 2.3) Descumprimento do disposto no artigo 2 da Lei 9.452/97. Fato

    Segundo pudemos constatar, no foi efetivada pela Prefeitura de Jaragu a notificao aos partidos polticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no municpio, da liberao dos recursos recebidos por meio do contrato de repasse em anlise, caracterizando o descumprimento do preconizado no artigo 2 da Lei 9.452/97.

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    Evidncia

    Documentao disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Jaragu e Caixa Econmica Federal - Escritrio de Negcios em Anpolis/GO. 2.4) Impropriedades detectadas no procedimento licitatrio para a aquisio de 60 mata-burros pr-moldados (Convite n 040/2002), instalados na malha viria daquele municpio, abrangendo, na zona rural, as regies de Cachoeira, Alvelndia e Crrego Grande. Fato Da anlise da documentao disponibilizada, constatamos as seguintes falhas:

    inexistncia do processo respectivo e especfico, contendo toda a documentao em via original, com a devida autuao e numerao, desatendendo s determinaes do caput do art. 38 da Lei n. 8.666/93. Constatamos que a Prefeitura dispe apenas de pastas do tipo A/Z, contendo os documentos referentes ao mencionado processo, em folhas soltas, sem estarem protocolados e nem devidamente autuados;

    falta da solicitao para a aquisio do objeto a ser licitado, por parte da autoridade competente, existindo somente o pedido de compra dos 60 (sessenta) mata-burros, formalizado mediante o Memorando s/n, de 12/03/2002, assinado pelo Secretrio de Desenvolvimento Urbano e Transportes, todavia, sem a devida manifestao por parte da Sra. Prefeita;

    ausncia da Portaria de designao da Comisso Permanente de Licitao CPL, instituda no mbito da Prefeitura, responsvel pelos procedimentos pertinentes ao convite n 040/2002;

    ausncia de comprovao da realizao de pesquisa preliminar de preos, em face da necessidade de aferir o preo cotado pelas firmas licitantes na data de julgamento do Convite n 040/2002, apesar de constar da Ata de Abertura e Julgamento, evento datado de 25/03/2002, em inobservncia ao prescrito no art. 43, inciso IV, da Lei n 8.666/93;

    ausncia da documentao relativa regularidade fiscal junto s Fazendas Estadual e Municipal, das empresas: Cia. de Pontes e Mata-Burros Ltda., Motovel Motores e Veculos Ltda. e IRRITEC Mquinas Agrcolas Ltda., contrariando o art. 29, inciso III, da Lei n 8.666/93. A empresa IRRITEC Ltda. apresentou Certido de Dvida Ativa da Unio, fornecida pela PGFN/MF, invlida, tendo em vista ter sido emitida em 21/02/2003, com validade por 30 dias corridos, ou seja, at 21/03/2002, no alcanando, pois, a data de julgamento do Convite n 040/2002, ocorrido em 25/03/2002. A empresa Motovel Ltda. Apresentou inscrio do CNPJ vencido;

    ressalte-se que a descrio da atividade econmica principal de duas das trs firmas licitantes Irrritec Mquinas Agrcolas Ltda. e Motovel Motores e Veculos Ltda.- conforme consta dos dados da SEFAZ e do contrato social das empresas, diverge sobremaneira do objeto licitado, previsto para o Convite n 040/2002, constituindo-se em infrao ao disposto no art. 29, inciso II, da Lei n 8.666/93,;

    no foram convidadas empresas do ramo sediadas na regio, de forma que no se pode desconsiderar o fato de que a empresa Cia. de Pontes e Mata-Burros Ltda. possui sua sede localizada no Municpio de Frutal, no Estado de Minas Gerais, distante da cidade de Jaragu/GO em aproximadamente 600 km de distncia, o que evidentemente constitui fator para a elevao dos custos praticados;

    ausncia de atesto, por quem de direito, na nota fiscal n 0207, de 25/06/2002, no valor bruto de R$ 35.700,00 (trinta e cinco mil e setecentos reais), oriunda da empresa Cia. de Pontes e Mata-Burros Ltda., sediada em Frutal, Estado de Minas Gerais, pertinente ao

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    convite em questo, divergindo do estabelecido nos arts. 62 e 63, pargrafo 1, inciso I da Lei n 4.320/64;

    ausncia do documento obrigatrio, por parte da Prefeitura local, referente ao relatrio de cumprimento do objeto, devidamente assinado pela Prefeita, em descumprimento ao caput do art. 28 da IN STN n 01/97; existindo to somente documento subscrito pelo Secretrio Municipal de Finanas, ao invs, como seria o correto, do Titular daquela Prefeitura;

    no tocante s propostas de preos apresentadas pelas empresas que participaram do evento, constatamos que foram preenchidas, no campo destinado colocao do preo da proposta, de prprio punho, caneta, procedimento esse que possibilita a manipulao das informaes requeridas das firmas envolvidas no processo licitatrio em causa. Tal exigncia estabelecida nas condies referentes ao Convite 040/2002, diverge frontalmente dos princpios bsicos da legalidade e da moralidade administrativa que devem nortear a aplicao dos recursos pblicos federais;

    passvel de questionamentos o preo praticado pela empresa Cia. de Pontes e Mata-Burros Ltda., j que, devido ao fator distncia, no seria surpresa se o valor da proposta comercial por ela apresentada (R$ 35.700,00) fosse superior ao dos demais participantes da licitao (Convite n. 040/2002), quando, na realidade, a 2 firma colocada, no caso a Irritec Mquinas Agrcolas Ltda. cotou R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), e a 3 colocada a firma Motovel Motores e Veculos Ltda. fixou o seu preo em R$ 36.600,00 (trinta e seis mil e seiscentos reais);

    segundo informaes obtidas do sistema SINTEGRA, da SEFAZ/GO, a empresa Irritec Mquinas Agrcolas Ltda. encontra-se na situao de no habilitada junto ao referido rgo, desde 30/10/2000, caracterizando motivo suficiente para sua inabilitao, haja vista sua situao cadastral irregular perante a Fazenda Estadual por ocasio do desfecho do julgamento do Convite n. 040/2002, caracterizando descumprimento do inciso IV, art. 43, da Lei n 8.666/93;

    levando-se em conta que nenhuma das empresas licitantes estava apta quanto ao cumprimento dos requisit