Fisiologia da Mastigação e deglutição

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Fisiologia da Mastigao e deglutio Consideraes gerais A digesto a funo de nutrio que prepara as matrias do metabolismo celular e tem por objetivo transformar as matrias iniciais e complexas do estado coloidal em que se encontram em matrias residuais mais simples. Solveis e cristalides, tornando-as facilmente difusveis, a fim de assegurar sua absoro intestinal. Essa transforma realizada por: 1. Fatores mecnicos, que tem por objetivo a triturao dos

alimentos na boca, estomago e intestino, a fim de assegurar seu ataque pelos sucps digestivos. 2. 2. Fatores qumicos, cuja finalidade desdobrar por hidrolise as

matrias complexas e de elevado peso molecular, para das lugar formao de matrias de constituio mais simples. So as enzimas existentes ao longo do tubo digestivo.

Os alimentos possuem uma energia potencial ou latente que, ao ser transmitida ao protoplasma celular, transforma-se em quantidade equivalentes de outras energias ou foras fsicas, em virtude da unidade dessas foras fsicas. Como disse Lavoisier, na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Os seres mais inferiores, apoderam-se de partculas alimentares por: 1.pseudpodos; 2. clios; 3. disposoes anlogas. Seres superiores apresentam rgos adequados como: 1. 2. 3. Trompa do elefante; Bico da aves; Lngua do camaleo

No homem, a apreenso feita pelos membros superiores.

Nas aves granvoras a partio feita no estomago, dotado de paredes muscolosas. Existem dois tipos de mastigao: 1. bucal: Voluntaria, e realizada pela mandbula e maxila 2. Gstrica: involuntria, no estmago, organizado para essas misso. Os dentes se conduzem como rgos sensveis e recebem o grau de solidez das substancias sobre as quase ho de atuar. Por essas impresses, o Sistema Nervoso Central regula a energia das contraes musculares em harmonia com as reistencias que os msculos devem vencer. Segundo Ackermann, o mecanismo da mastigao concerne : dinmica, cinemtica, esttica da articulao. A forca mastigatria igual soma de todas as forcas num momento da mastigao. A mecnica mastigatria est normalmente submetida variaes cujos principais perodos so os chamados perodos de variaes funcionais. Os perodos principais de variaes funcionais so: 1. 2. Pr-natal:esboo funcional. Ps-natal, de 0 a 6 meses: mecanismo alveolar desdentado,

suco labioalvololingual. 3. Primeira dentio sem usura: vinte dentes de leite pontudos

(agudos) apresentando forte unio ocluso, exigindo presso mnima para um efeito funcional Maximo. 4. Primeira dentio com usura: vinte dentes de leite exigindo uma

presso funcional maior que aquela do terceiro perodo. 5. Segunda dentio sem usura: 28 a 32 dentes, no usados,

requerendo pouca presso funcional. 6. Segunda dentio com usura: 28 a 32 dentes, necessria maior

presso do que no item 5.

Essas fases so alteradas por fatores intercorrentes como: 1. 2. 3. 4. 5. Cries. Perdas de dentes. M relao das arcadas. Anomalias ocluso articulares. Distrofias.

A seco incisiva facilitada pela disposio cncava da face palatina. As faces vestibulares convexas e palatinas cncava terminam em bordo cortante que se modifica com a usura. O longo eixo o mesmo das coroas. A inciso ponta a ponta s usada para certos alimentos. Para os alimentos Miles no e necessria. Em principio, a inciso solicita dos incisivos basculamento. O apoio representado pelo osso alveolar e msculos labiais (cinta labial e cinta lingual). As zonas de presso alveolar so normalmente marcadas por reabsoro e as zonas de tenso por neoformao.

Por que mastigar? De uma apreciao geral , conclui-se que nas obras dedicadas ao estudo da fisiologia geral muito pouco se atribui aos mecanismos mastigatrios. Crem alguns, que essa primeira fase mecnica do processo digestivo perfeitamente dispensvel, haja visto a grande capacidade de adaptao do estmago. Alegar-se-ia que esse rgo realizaria um processo de mastigao gstrica que no seria mais do que um melhor aplastamento alimentar visando substituir a ao bucal. Acreditamos que a boa mastigao altamente necessria para a perfeita Homeostasia do ser vivente, e isso pelas seguintes razes: 1. A permanncia do alimento durante certo tempo na boca favorece

a ao da enzima ptialina (maior nas glndulas partidas, depois sublinguais e submandibulares), iniciando, assim o processo de digesto qumica dos aucares e dos amidos. Tal ao permanece ainda no bolo alimentar, no estomago. 2. A digesto favorecida quando o alimento est bem triturado.

3.

A

mastigao

pormenorizada

permite,

atravs

da

ao

nociceptiva da cavidade oral, juntamente com os proprioceptores do periodonto, evitar que corpos nocivos sejam deglutidos. 4. Atravs das canas, percebemos o odor dos alimentos. Como

olfato e gosto esto particularmente ligados, sobretudo se considerarmos certos grupos de alimentos, conclumos que certos sabores dependem indiretamente da mastigao. 5. A mastigao contribui para a sade dos tecidos orais,

constituindo um incremento continuo para sua higidez. Os alimentos duros e fibrosos agem sobre as gengivas como agente de limpeza e permite que os tecidos sofram uma queratinizacao constante, o que lhes confere resistncia e capacidade de adaptao. Para o lado periodonto isto tambm verdadeiro, haja visto as modificaes que sofre a membrana periodontal quando um ou vrios dentes no trabalham. 6. Os estmago, atraves dos componentes do suco gstrico, age na

digesto. A permanncia dos alimentos ali, depende do tempo de atuao do suvo gstrico sobre o bolo alimentar. Sabemos que esse tempo de atuao do suco gstrico. Logo,quando menores forem as partculas alimentares com o suco gstrico. Logo, quando menores forem as partculas, maior a superfcie de contato e menor o tempo de estada no estmago.Quando tal no ocorre, a permanncia demorada do bolo pode ocasionar, pelo efeito de deposio, irritaes localizadas, cuja conseqncia seria gastrite. 7. A mastigao mistura o bolo alimentar com a saliva, permitindo

maior estimulao dos botes gustativos.

Fisiologia da mastigao A mastigao um conjunto de atos que, constituindo a primeira fase do processo digestivo visa apreenso, corte, perfurao, desgarramento, triturao e amassamento dos alimentos. Essas aes diversas so realizadas por elementos que, no alto mastigatrio, possuem uma ao primria ou principal e outros que so secundrios ou de colaborao. A ao primaria desempenhada pelos diversos grupos de rgos dentrios, realizando cada um deles um dos passos acima assinalados, Os elementos de ao secundaria colaboram para que a

efetividade das pecas dentarias se realize dentro do maior aproveitamento possvel so a lngua, o palato duro, as bochechas, os lbios, as ATMs, ossos maxilas, ocluso dentaria e glndulas salivares. rgos Dentrios

De acordo com a classificao de Weski, entendemos por rgo dentrio o binmio dente-paradncio ou parodonto. Os dentes so constitudos de tecidos duros e moles exercendo funes diversas, de acordo com sua posio e caractersticas anatmicas. Podemos dividi-los em quatro grupos distintos, assinalando suas respectivas funes: 1. 2. 3. 4. Grupo dos incisivos: apreendem e cortam. Agem como tesoura. Grupi dos caninos: Perfuram e rasgam. Grupo dos Pr-molares: iniciam o processo de triturao. Grupo dos molares: trituram e amassam os aliomentos e

adaptam-se s funes dos grupos anteriormente citados.

Importncia da Altura das Cspides 1. 2. Anatmica: desde seu cimo at sua base. Geomtrica: cimo de cspide e alinha tangencial, por cima da

cspide do antagonista quando em ocluso cntrica.

a altura cuspdea geomtrica que realmente tem valor funcional, porque a que se faz o trabalho efetivo, j que unicamente essa poro da vertente que faz um trabalho ativo. O resto da rea da faceta contribui para configurar o sulco que faz o canal de evacuao do espao morsal. Deve-se notar que a altura anatmica de uma cspide constante, contanto que no seja modificada sua arquitetura, como ocorre quando se reduz sua estrutura por desgaste. A altura geomtrica um caractere que depende das relaes interoclusais, j que determinada pelo engrenamento intercuspdeo. Hanau acha que a altura das cspide apenas relativas, se for comparada tal dimenso como o dimetro da base da cspide. Para ele, a

altura das cspides considerada como a projeo sobre um plano vertical, da distancia entre o cimo e a sabe imaginaria da cspide. Diz Hanau que a introduo desse fator um preldio da ampla esfera de aplicao das leis da articulao. Ele relaciona com a altura cuspdea os seguintes fatores: 1. 2. 3. equilbrio. Vertente cuspdea: guia para a ocluso lateral no lado ativo. Vetente cuspdea: guia para a ocluso anterior. Vertente cuspdea: guia para a ocluso lateral no lado de

Resulta disso que o fator representado pela altura relativa das cspides abrange os fatores dependentes, comoa angulcao das vertentes cuspdeas, e esse fator pode ser modificado em suas relaes com superfcie oclusal somente com a modificao do eixo longitudinal do dente. Nedles diz que a altura da cspide representa o movimento de abertura. Assim como a dimenso horizontal representa de propulso ou o movimento lateral (...). A inclinao de uma cuspde determina a relao entre os movimentos de abertura lateral e propulsivo, que so necessrios para a correta articulao.

Superfcies oclusais do incisivos e caninos Consideramos a superfcie que se estende bucolingualmente desde a crista bucoincisal at o tubrculo lingual, e mesiodistalmente de um a outro rebordo marginal proximal. , portanto, a rea que pode ser alcanada pelo contato deslizante dos bordos incisais dos dentes antagonistas, tanto nos movimentos de propulsoretropulsao como de lateralidade centrfuga e centrpeta.

Superfcie oclusal dos pr-molares Esses dentes so intermedirios entre os anteriores e posteriores. O primeiro PMI com sua cspide vestibular bem caracterizada, e a lingual com forma semelhante um tubrculo mostra caractersticas de um cngulo bem desenvolvido constitui o primeiro representante desse dente, e o segundo PMS pode ser considerado o ltimo, se bem que isso s do ponto de vista da

morfologia oclusal, e no do da resistncia, j que o primeiro PM mais forte que o segundo.

Morfologia de uma superfcie oclusal tpica O primeiro PMS e outros pr-molares adquirem morfologia oclusal tpica. O primeiro PMS mostra duas cspides (vestibular e lingual, bem caracterizadas). Cada cspide configura esquematicamente uma pirmide esto representadas pelas vertentes laterais lisas, as outras duas pelas centrais armadas. A fossa triangular e o sulco fundamental sai caracterstica oclusais do primeiro PMS. Fossas mesiais e distais em que terminem os extremos do sulco fundamental constituem depresses profundas, cada uma das quais, pode-se supor, formada por trs planos, que convergem configurando um ngulo triedro. Superfcies oclusais, segundo Black, so somente as superfcies que entram em contato com os dentes antagonistas, quando os arcos dentrios ocluem. Parece mais sensato considerar superfcie oclusal toda superfcie que constitui o tero oclusal da coroa. A efetividade das funes dos dentes depende: 1. 2. 3. Da ocluso. Da forma anatmica. Da implatao.

A disposio dos referidos grupos dentrio favorece sua funo primaria, o mesmo acontecendo com as caractersticas anatmicas que os

individualizam.

Paradncio ou parodonto O paradncio convinientemente dividido em paradncio de insero e paradncio de proteo. O primeiro funcioa ativamente nas aes

mastigatrias de diversas formas, sempre debaixo da ao protetora do paradncio de proteo. O paradncio de insero, constando de osso alveolar, alvolo e fibras, age de trs formas diferentes: 1. Transmite os choques igualmente por toda a rea de implantao

da raiz dentaria, evitando que haja concentraes de esforos em determinadas zonas. 2. Absorve, em parte, as cargas mastigatrias, subtraindo, dessa

forma, as presses que se transmitem, em ultima analise, ao osso alveolar. 3. Serve de insero aos dentes, permitindo que , atravs de suas

clulas, fibras e vasos sanguineos, funcionem as segundas (fibras), como agentes ou foras tal, verticalmente ou nos movimentos de rotao. 4. 5. Tem funo proprioceptora. Resiste as foras.

O paradencio de proteo formado pela gengiva, insero epitelial, cutcula. O crtex radicular ligado parede do osso alveolar por meio das fibras do periodonto. A resistncia do sistema de implantao, em termos absolutos, depende do comprimento da raiz clinica, assim como da sua rea de desenvolvimento. Devemos observar o comprimento da raiz clinica. O espao periodntico mais fino na regio de unio do tero mdio com o tero inferior. Toma, assim, a forma de relgio de areia, assinalado por Klein.

Fibras periodontoais

As fibras principais constituem o principal elemento mecnico

do

periodonto. Muito abundantes, de natureza colgena, resistentes e inelsticas , formam feixes robustos que se inserem, por uma parte, na capa de cemento que constitui o crtex radicular e, por outra, na parede ssea do alvolo.

1.

Fibras crestodentais e horizontais

Desde a crista alveolar, dirigem-se centripetamente, ligeiramente para oclusal algumas, horizontalmente outras, inserindo-se no cemento. Sua funo controlar os movimentos do dente de direo horizontal que tendem a desloc-lo lateralmente, separando-o de sua posio central com relao ao alvolo. 2. Fibras obliquas

Saem da parede ssea e dirigem-se obliquamente para o pice ate alcanar o cemento, inserindo-se nele. Como a insero ssea dessas fibras est sempre maios perto da oclusal que a insero cementaria, sua funo controlar movimentos do dente de direo axial e de sentido oclusoapical, que dizer, os movimentos que tendem a profundar o dente em seu alvolo. Deve-se assinalar que essas fibras, dada sua direo, no so limitam e freiam o movimento de penetrao do dente em seu alvolo, chamado movimento de intruso, como tambm transformam as forcas de pressao , que do origem a esse movimento, em forcas de trao aplicada nas paredes sseas do alvolo da raiz. Atento funo capital que desempenham essas fibras. Resulta explicvel que sejam muito abundantes e suas inseres cubram todo o tero mdio da raiz e parte dos teros cercival e apical. Num corte transversal, observa-se que as fibras se dispem

tangencialmente ao permetro radicular, entrecruzando-se. 3. Fibras apicais

Localizam-se apicalmente, dispostas radialmente de modo que algumas so horizontais, outras obliquas, mas com sua insero ssea mais distanciada da oclusal que a insero cementria; outras, ainda, so verticais. Essas fibras, menos abundantes, dispostas em feixes, controlam os movimentos do extremo apical, da raiz, mantendo-a centrada em relao cavidade alveolar. Funo dos vos capilares e dos linfticos seria de sistema hidrulico confinado, atuando como freio que amortece os movimentos do dente, absorvendo, em parte, as foras, que de outra forma seriam propagadas com toda a intensidade parede alveolar.

O comportamento do periodonto conseqncia das propriedades comuns s distintas estruturas que o integram; a membrana periodntica tem uma espessura que varia entre 0,20 e 0,30u. O tecido sseo alveiolar das paredes do alvolo na regio da crista tambm deformvel elasticamente, mas tal deformao, comparada do periodonto, menor em grau, e exige um esforo de maior intensidade.

Funes dos rgos de ao secundaria

1.

Lngua

A lngua um rgo extremamente mvel. invervada pelo hipoglosso maior, que emite ramos para todos os seus fascculos musculares. O ramo lingual do facial distribui-se estiglosso, palatoglosso e lingual inferior. Quando do ato mastigatrio, a lngua atua das seguintes formas: a) Pelas rugosidade da poro anterior de seu dorso ( que

anatomicamente se apresenta rugosa) entra em contato com as eminncias palatinas, e dessa contihuidade, aliada movimentao nos sentidos nteroposterior e vice-versa, combinado alimentos sejam aplastados. b) A funo nocioceptiva da lngua importantssima, pois permitecom lateralizacao, permite que certos

nos reconhecer elementos duros, de sabor dessagradavel ou , ainda, lesivos as estruturas do tubo digestivo c) Durante os tempos de ao molar da mastigao, os alimentos,

uma vez triturados, so seccionados em particular menores e drenados, atravs dos sulcos e canais, para os lados vestibular e lingual. A lngua recoloca as partculas que necessitam melhor triturao na face oclusal dos dentes partindo da cavidade bucal propriamente dita e do vestbulo. d) No primeiro tempo da deglutio ela adosa-se pela superfcie

Antero-superior no palato e toma forma arqueada, que serve de canal para que os alimentos sejam levados faringe.

2.

Lbios

Funcionam como o verdadeiro esfncter voluntario, forma que lhe conferida pela disposio das fibras superficiais e profundas do anel musculoso

que se chama msculo orbicular dos lbios. O msculo compressor dos lbios consta de fibras ondependentes que se estendem da drente para trs, da face profunda da pele at a mucosa, cruzando-se com o orbicular interno, e por sua ao, comprime os lbios da frente para trs. Muito desenvolvidos no recmnascido, intervm na suco. Os lbios tem uma ao toda particular na ingesto de liquidos devido a sua adaptao sobre os bordos dos vasilhames. Evitam que os alimentos, durante o ato mastigatrio, sejam expulsos da cavidade bucal.

3.

Bochechas

Nos movimentos de abertura e fechamento da boca, ocorrem contraes de msculos da bochecha, sobretudo o bucinador, o que ajuda, devido ao seu contato com as faces vestibulares dos dentes posteriores, a manter e reconduzir o bolo alimentar s faces oclusais dos dentes.

4.

Palato duro

Constitui um anteparo contra o qual certos alimentos so esmagados pela ao da lngua. Apesar dos pacientes portadores de prteses totais superiores afirmarem que o uso de tais aparelhos prejudica o sentido do gosto, isso no totalmente verdadeiro. Sabemos que os botes e as papilas gustativas esto localizados na lngua. O que realemte ocorre que, pela falta de contato direto lngua-palato, no se pode captar a textura do bolo alimentear, o que acarreta a sensao de falta de paladar.

5.

Ossos Maxilares

O desenvolvimento e crescimento dessas estruturas de implante dentrio colaboram para que a disposio dos rgos dentrios seja norma. Essa normalidade aquilatada no so em termos de ocluso perfeita, mas tambm da maior ou menos superfcie de contato das faces oclusais dos elementos dentrios dos dois arcos. Logo, ossos maxilares bem desenvolvidos favorecem dentes em ocluso normal e tambm rea de implantao maior e contato mais amplo.

Em indivduos com ossos maxilares atrsicos, apesar de nem sempre haver m ocluso, observameos menor rea de contato interoclusal e. por conseqncia, necessidade de maior gato de energia para resultados favorveis.

6.

ATM e articulao dentaria

A interdependncia funcional dessas articulaes faz com que as consideremos juntamente.A ATM varia de acordo com o tipo de funo que deva realizar. Isso tambm verdadeiro para os diversos grupos dentrios, que podem apresentar-se mais ou menos desenvolvidos. Conforme o tipo de mastigao que o animal deva realizar. Lembraremos os msculos da mastigao de modo sucinto: o o Elevadores da mandbula: Propulsores masseter- pterigideo medial Retropulsores- temporal Depressores da mandbula Propulsores

-pterigideo lateral Retropulsores

-Digstrico- genioiideo - Miloiideo.

Regulao nervosa da mastigao

Os receptores situados nos msculos (fusos musculares) masseter, temporal e pterigideo; tendes (corpsculos de Paccini) E pressorreceptores situados no parodonto e na mucosa do palato duro (especialmente regio compreendida entre os dois caninos) enviam seus impulsos pelas fibras que integram o feixe mesenceflico, cujos neurnios sensoriais bipolares esto colocados na ponte de Varolio e formam o ncleo mesenceflico. Esses neurnios enviam da, fibras aos neurnios que integram o feixe ou raiz motora do trigmeo. (corpsculos de Golgi); articulaes

O ncleo mesencefalico estabelece conexes com a substancia reticular vizinha, mas no esta bem esclarecida a influencia que ela exerce, nem as relaes do ncleo mesencefalico com os centros superiores. Os neurnios do ncleo motor do trigmeo ou mastigao , alem das fibras provenientes do ncleo mesencefalico, recebe impulsos do crtex motor ou pr-rolndico, atravs do feixe corticobulbar. Colocando-se esse mecanismo nervoso em ao, descrevemos de forma mais ou menos esquemtica a mastigao de um pedao de alimento. Ao ser levado o pedao do alimento boca, produz-se sua abertura voluntaria por impulsos que se originariam nos neurnios da zona motora prrolndica (rea da mastigao); esses impusos viajam pelas fibras nervosas que integram o feixe descendente corticobulbar, o qual, como sabemos, estabelece sinapse com os neurnios do ncleo motor do trigmeo, provocando uma inibio dos elevadores e uma excitao dos depressores, esta ultima mediante conexes nervosas que existem com os ncleos motores dos msculos supra-hiideos e infra-hiideos, com o que a mandbula desce. Essa abertura da boca determina um aumento dos msculos elevadores, o que produz um estimulo dos fusos musculares (proprioceptores), gerando-se impulsos nervosos que vo viajar pelo feixe mesenceflico, o qual, como dissemos, estabelece sinapse com o ncleo motor do trigmeo. Esses impulsos nervosos, por mecanismos desconhecidos, provacam a inibio dos msculos depressores e a excitao dos elevadores, com o que se produz o fechamento da boca. O pedao de alimento que j se encontra dentro da boca interpe-se entre as arcadas dentarias, provocando estmulos dos pressorreceptores ali existentes, que vo enviar seus impulsps pelo feixe mesenceflico, indo at ncleo motor do trigmeo e a provocando a inibio dos msculos elevadores e a excitao dos depressores, com o que a mandbula desce e abre-se a boca. Temos assim estabelecido o arco reflexo da mastigao, numa viso bastante esquemtica, que segue atuando ate que o alimento alcance uma reduo adequada, para logo deter sua ao e da lugar ao reflexo da deglutio. O arco reflexo da mastigao estaria assim integrado.

1.Receptor: fusos musculares, corpsculos de Golgi, pressorreceptores parodontais e mucosa palatina. 2. Via aferente : feixe mesenceflico. 3. Centro reflexo: no bulbo pontino. 4. Via eferente: fibras provenientes do ncleo motor dos elevadores e dos depressores. 5. Efetor: msculos mastigadores e grupos supre e infra-hioideo. O inicio da mastigao o movimento voluntario de abertura da boca continuando-se de modo reflexo. Estudos experimentais sobre a mastigao Estudando indivduos com desempenho mastigatrio baixo, tendo contudo, uma digesto boa, chegou-se concluso de que, para alguns alimentos, pouca mastigao necessria para completa digesto, e que mastigao muito eficiente no oferece vantagem. Sognnaes (1941) observou que, retirando-se os molares e maxilares de ratos e dando-lhes uma dieta contento 60% de gros speros de milho, havia grande queda em sua eficincia mastigatria, como foi comprovado num grupo de ratos sacrificados para, logo aps, verificar o tamanho das partculas no estmago. Em outros grupos de animais dos quais foram retirados os mesmos dentes, as partculas foram observadas nas fezes e eram tambm de tamanho grande. Portanto, a disgestao tinha sido afetada. Apesar de no ser verificar modificao na sade e crescimento dos animais. Os ratos comiam mais e selecionavam partculas menores. Tres razoes ecistem para que a mastigao deficiente prejudique a digesto: 1. Particulas grandes diminuem a rea de contato com os sucos digestivos e enzimas, o que no ocorre quando o alimento bem mastigado. 2. Pela mastigao ocorre mais salivao e secreo dos sucos gstricos. 3. As partculas menores deixam o estomago mais rapidamente. Nos ces, o contrario; as partculas grandes deixam o estmago antes das menores;

Embora partculas grande sejam digeridas como as vem mastigadas, o importante saber se o alimento teve digesto completa antes de entrar no intestino grosso. Grande pedaos de alimento podem dar, devido a sua longa permanncia no intestino, irritaes e outros distrbios. Obstrucao por pedaos grandes de alimento no mastigveis ou pouco mastigados pode ocorrer.

Efeito da mastigao vigorosa sobre os tecidos orais Embora a mastigao tenha pouca influencia sobre a digestibilidade dos alimentos modernos, tem um beneficio efeito bi cresmiento e manuteno dos tecidos orais. Em experimentos com ratos alimentados com substancias duras por quatro meses, verificou-se que havia um desenvolvimento maior, mas a densidade do osso medida por RX era a mesma. Isso indica a influencia das mastigao em ratos em fase de crescimento, o mesmo ocorrendo em animais adultos durante e depois do crescimento. Apesar de as radiografias no revelaram modificaes na densidade, isso no e suficiente para excluir pequenas modificaes. Semelhantes concluses foram obtidas de estudos de animais cujos msculos foram desnervados ou removidos de um lado. Sob tais condies o crnio desenvolve-se s de um lado, demonstrando a relao da mastigao sobre o crescimento sseo. Tambm a aderncia de depsitos alimentares, placas ou clculos eram reduzidos quando a alimentao era dura, exigindo vigorosa mastigao. Isso ocorre devido a ao mecnica do alimento e do maior fluxo saliva. Isso nos diz que alimentos rgidos reduzem as caries, havendo tambm melhora das condies gengivais. Em experincias com 40 individuos fazendo massagens gengivais durante 60 dias, observou-se aumento da queratinizao foi

significantemente maior depois de 4 semanas de escovao com escova dura, comparando com escova macia.

A escovao diminui a profundidade das bolsas e a tendncia de sangramento gengival. Efeito da mastigao sobre a membrana periodontal Varios experimentos demonstram a relao mastigao/membrana periodontal. Coolidge (1937), observando 172 dentes com

mastigao forte de 0,18mm, comparada com 0,13 mm em dentes sem antagonistas. Isso quer dizer que, com mastigao poderosa,os movimentos dentrios aumentaram o espao alveolar pela

reabsoro ssea, resultando num espessamento compensatrio da MP. Similares modificaes foram observadas experimentalmente em indivduos colocando um onlay num dente. Aumentando assim o estresse oclusa, observando as estruturas de suporte depois da extrao do dente e do osso alveolar anexa. O dente correspondente do outro lado servia como controle.

Efeito de descarga da mastigao O feito relaxante da mastigao foi observado na pratica. Muitas atividades do organismos so acompanhadas por movimento musculares voluntrios (fumar cachimbo), os quais no esto de forma direta ligados com a atividade. A impresso subjetiva do valor desses movimentos usualmente interpretada como aumento da sensao de relao ou, na frase comum, descarga dos nervos. Hollingworth (1939) mostrou que durante a mastigao do chiclete ocorria uma diminuio no tnus muscular e nas atividades de inquietao. Isso mostrou a influencia dos movimentos mastigatrios no tnus muscular, e que a mastigao um mtodo de se conseguir grande relaxao muscular.

Funcao gstrica e mastigao A relao da consistncia dos alimentos e maior tempo de permanncia no estomago importante. Neses casps h atonia e certa inrcia do esvaziamento do estomago.

Particulas grandes provocam irritaes puramente mecnicas, dando, muitas vezes, gastrites. Presenas de alimentos pouco mastigados, em casos de ulceras, pode ocasionar hemorragias, podendo tambm evitar a cicatrizao , deslocando constantemente as capas de fibrina que se formam, o que agrava o quadro.

Fisiologia da deglutio

Depois da mastigao, o alimento toma forma de bolo, que se aplica curvatura da lngua. A deglutio comea com a contrao voluntaria dos milohiideos, que impelem o bolo para trs, entre os pilares das fauces, em direo parede farngea posterior. Essa regio da faringe rica em inervao sensorial, dada pelos nervos glossofarngeos. Quando se estimulam as terminaes nervosas locais (e tambm o plat mole e epiglete) so emitidos impulsos que, deduz complexos movimentos coordenados que se apresentam na fase involuntria da deglutio. 2.O palato mole se eleva e aplicado parede posterior da faringe para fechar a cavidade nasal. A laringe sobe quando o hide se eleva e a faringe praticamente se oblitera. As cordas vocais se

aproximam e a respirao se inibe momentaneamente. A faringe se abre novamente para permitir a passagem do bolo, a epiglote protege a abertura larngea, ate que o bolo alcance o esfago, que ao mesmo tempo se abre para recebe-lo. Tambem se evita a aspirao da comida para a laringe pela apnia reflexa associada. 3. O bolo propulsado ao longo do esfago pelas peristlticas de sua capa muscular. A gravidade pouco influi nessa fase, pois o avano ao longo do esfago no e influenciado pela postura; to rpido em posio supina como ereta. A deglutio (reflexo)

suprimida temporariamente anestesiando-se a faringe

com cocaina; pertubada com leses bulbares do 9 a 10 pares. Casos em que o transito do bolo alimentar esteja comprometido, pode ocorrer regurgitao nasal ou inspirao para a laringe. 1. Esfncter esofgico superior: abre-se de 0,2 a 0,3 seg depois do inicio da deglutio e continua aberto de 0,5 a 0,10 seg, fechando-se logo aps. Pode relaxar-se voluntariamente. 2. Esfago : em repouso est relaxado. Contm ar ou algumas substancias. O peristaltismo inibido a deglutio, mas pode aparecer em resposta a estmulos locais. Apresenta contrao que fecha a luz num comprimento de 4 a 8 cm, e se desloca separando-se, distanciando-se da boca 2 a 4 cm por segundo. O peristaltismo depende das fibras aferentes vagais e do plexo de Auerbach. O antiperistaltismo ocorre nos ruminantes. 3. Esfincter esofgico inferior (crdia): os ltimos 2 a 5 cm tm ao esfincteriana. 1,5 a 2,5 segundos depois de deglutir, o esfncter se relaxa. Impede a regurgitao da comida, suco gstrico e ar. Se a pressao intre-gastrica aumenta muito por ar

deglutido (aerofagia) ou pela produo de COs, de CO3HNa ingerido, pode-se dar expulso de gs boca (eructao).