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FLAVIA DENISE COLDEBELLA
ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR COM FÓSFORO E CÁLCIO EM
Eucalyptus benthamii NA REGIÃO DO PLANALTO SUL CATARINENSE
LAGES, SC
2019
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em
Engenharia Florestal, da Universidade do Estado de Santa
Catarina, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Florestal.
Orientador: Prof. Dr. Luciano Colpo Gatiboni
Coorientador: Prof. Dr. Marcos Felipe Nicoletti
Ficha catalográfica elaborada pelo programa de geração automática da
Biblioteca Setorial do CAV/UDESC,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Coldebella, Flavia Denise
Adubação complementar com fósforo e cálcio em Eucalyptus benthamii na região do Planalto Sul Catarinense / Flavia Denise Coldebella. -- 2019.
61 p.
Orientador: Luciano Colpo Gatiboni Coorientador: Marcos Felipe Nicoletti Dissertação (mestrado) -- Universidade do Estado de Santa
Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Lages, 2019.
1. Nutrição florestal. 2. Produção florestal. 3. Eucalipto. 4. Fertilização complementar. I. Gatiboni, Luciano Colpo. II. Nicoletti, Marcos Felipe. III. Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. IV. Titulo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e minha família, principalmente aos meus pais,
Marilene Hepp Coldebella e Milton Ernesto Coldebella, aos meus irmãos, Ana Paula, Valéria
e Milton Cesar e ao meu namorado Gabriel Pelozato, pela paciência, ajuda e amor dedicado.
Aos meus orientadores Dr. Luciano Colpo Gatiboni e Dr. Marcos Felipe Nicoletti,
pela excelente orientação, paciência e exemplo de profissionalismo.
Agradeço aos amigos e colegas de Laboratório de Química e Fertilidade do Solo
UDESC - CAV, pelo auxilio nas atividades desenvolvidas no laboratório e à campo. Em
especial aos integrantes do grupo GEFOSC, Marizane Pietroski, Daniel João Dall’Orsoletta,
Patrícia Pretto Pressotto, Daniel Alexandre Iochims, Walquiria Chaves da Silva, Douglas
Luiz Grando, Gilmar Mumbach, Jumara Ternus, Gabriel Zulian, Luiza Burigo Cavalcanti e
Caroline Matos, pelo aprendizado.
À UDESC por disponibilizar ensino gratuito e de qualidade. Agradeço os professores
do programa de pós-graduação em Engenharia Florestal, pelos ensinamentos transmitidos
dentro e fora da sala de aula.
Agradeço a Atlética Bárbaros da Serra pelos JIUDESCs, JUCs, InterReps, JIBS,
risadas e pelos momentos incríveis que passei ao lado de vocês. Em especial a Marina
Bortoluzzi, Fernanda Tupinambá, Milena Granella, Romulo Pucci, Gustavo Schlindwein,
Nicolas Hepp, Louise Alves, Jonathan Melo, Giovanna Oliveira, Henrique Machado, Natalia
Rodrigues, Gabriel Fritsch, Erick de Oliveira, Murilo Consolim, Rafael Pockrandt, Iuri
Cavalheiro, Admilson Jonas, Marcos Koelho, Valdemar de Lima, prof. Thiago Castro e prof.
Clóvis Eliseu Gewehr.
À Empresa Klabin S.A. por ceder a área e seus colaboradores para realização do
trabalho.
À CAPES pela bolsa concedida.
Agradeço também aos que não foram citados, mas contribuíram de alguma forma
para a conclusão deste trabalho.
MUITO OBRIGADA!
RESUMO
COLDEBELLA, Flavia Denise. Adubação complementar com fósforo e cálcio em
Eucalyptus benthamii na região do Planalto Sul Catarinense. 2019. 61 p. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade do Estado de Santa Catarina. Programa
de Pós-graduação em Engenharia Florestal. Lages, 2019.
O eucalipto necessita de suprimento adequado de fósforo (P) e cálcio (Ca) para seu
estabelecimento. Por isso, adubações com esses nutrientes são executadas no plantio da espécie.
O objetivo do estudo é avaliar a resposta de Eucalyptus benthamii aos três anos de idade à
fertilização complementar com P e Ca. O experimento foi conduzido na região do Planalto Sul
Catarinense em uma floresta que recebeu adubação comercial durante a fase de implantação e,
aos três anos foram testados sete tratamentos: (1) superfosfato triplo (SFT), na dose de 50 kg
ha-1 de P2O5; (2) calcário, na dose de 17,2 kg ha-1 de Ca; (3) calcário, na dose de 1,0 t ha1 (266
kg ha-1 de Ca); (4) calcário (1,0 t ha-1) + 50 kg ha -1 de P2O5; (5) gesso, na dose de 1,0 t ha-1; (6)
gesso (1,0 t ha-1) + 50 kg ha-1 de P2O5; (7) testemunha. O delineamento experimental é em
blocos casualizados com três repetições, sendo parcela útil de 480 m². Os tratamentos foram
aplicados à lanço e realizou-se avaliações dendrométricas, densidade do dossel e análise
nutricional do solo, folhas e serapilheira, aos 6, 12 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos.
Os dados foram submetidos a estatística descritiva, análise de variância (ANOVA), para
verificar as diferenças entre as médias dos tratamentos. Os resultados não indicam efeito
significativo da aplicação dos tratamentos nos teores de N, P, K, Ca e Mg nas folhas e no solo.
Também, não ocorreu resposta em incremento no volume de madeira. A transferência de
nutrientes da serapilheira para o solo foi maior do N > P > Ca > K > Mg nos períodos de
avaliação.
Palavras chave: Nutrição florestal, Produção florestal, Eucalipto, Fertilização complementar.
ABSTRACT
COLDEBELLA, Flavia Denise. Complementary fertilization with phosphorus and
calcium in Eucalyptus benthamii in the Santa Catarina Plateau. 2019. 61 p. Dissertation
(Master’s in Forest Engineering) – Santa Catarina State University. Forestry Engineering
Graduate Program. Lages, 2019.
Eucalyptus needs an adequate supply of phosphorus (P) and calcium (Ca) for its establishment.
For this reason, fertilization with these nutrients is carried out in the planting of the species.
The objective of this study was to evaluate the response of Eucalyptus benthamii at three years
of age as a complementary fertilization with P and Ca. The experiment was conducted in the
South Plateau of the Santa Catarina State, Brazil, in a forest that received commercial
fertilization during the implantation phase. At the age of three years, seven treatments were
tested: (1) triple superphosphate (SFT) at a rate of 50 kg ha-1 of P2O5; (2) dolomitic lime at a
rate of 17.2 kg ha-1 of Ca; (3) dolomitic lime at a rate of 1.0 t ha-1 (266 kg ha-1 Ca); (4) dolomitic
lime (1.0 t ha-1) + 50 kg ha -1 of P2O5; (5) gypsum at a rate of 1.0 t ha-1; (6) gypsum (1.0 t ha-1)
+ 50 kg ha-1 of P2O5; (7) whithout complementary fertilization. The experimental design was
in randomized blocks with three replicates and plots with 480 m². The treatments were applied
to on the soil without incorporation. It were performed dendrometric evaluations, canopy
density and nutritional analysis of the soil, leaves and litter at 6, 12 and 18 months after the
treatments application. The data were submitted to descriptive statistics and variance analysis.
The results do not indicate a significant effect of the application of the treatments on N, P, K,
Ca and Mg contents in the leaves and in the soil. Also, there was no increase in the volume of
wood. The nutrient transfer from litter to soil followed the order: N> P> Ca> K> Mg over the
evaluation periods.
Keywords: Forestry fertilization, Forestry production, Eucalyptus, Complementary
fertilization.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - (A) Curva de produção (m³) e incremento (m³), demonstrando comportamento sigmoidal, (B)
as Curvas de ICA (incremento corrente anual – m³ ha-1 ano-1) e IMA (incremento médio
anual – m³ ha-1 ano-1) ao decorrer da idade (anos) do povoamento. ................................... 23
Figura 2 - (A) e (B) Aplicação dos tratamentos nas parcelas. ............................................................. 29
Figura 3 - Aspecto do coletor de serapilheira no experimento utilizado no estudo. ............................. 31
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Características químicas médias da camada de 0,0 - 20 cm do Cambissolo Húmico antes da
aplicação dos tratamentos no plantio de Eucalyptus benthamii, localizado em Palmeira/SC.
.............................................................................................................................. 28
Tabela 2 - Valores de diâmetro a altura do peito (DAP) em floresta de Eucalyptus benthamii, com
diferentes idades, aos 0, 6, 12 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC. .......................................................................................................... 34
Tabela 3 - Valores de altura (h) em floresta de Eucalyptus benthamii, com diferentes idades, aos 0, 6,
12 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em Palmeira/SC........... 35
Tabela 4 - Valores de volume por hectare (V/ha) em floresta de Eucalyptus benthamii, com diferentes
idades, aos 0, 6, 12 e 18 meses antes e após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC........................................................................................................... 35
Tabela 5 - Valores de incremento médio anual (IMA) em floresta de Eucalyptus benthamii com
diferentes idades, aos 0, 6 e 12 meses antes e após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC. .......................................................................................................... 36
Tabela 6 - Valores de incremento corrente anual (ICA) em floresta de Eucalyptus benthamii após a
aplicação dos tratamentos, localizada em Palmeira/SC. ........................................... 37
Tabela 7 - Teores médios de P, K, Ca e Mg na linha e na entrelinha do plantio, no solo em florestas de
Eucalyptus benthamii, aos 6 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC. .......................................................................................................... 39
Tabela 8 - Teores médios de P, K, Ca e Mg na linha e na entrelinha do plantio, no solo em florestas de
Eucalyptus benthamii, aos 12 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC. .......................................................................................................... 40
Tabela 9 - Teores médios de P, K, Ca e Mg na linha e na entrelinha do plantio, no solo em florestas de
Eucalyptus benthamii, aos 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC. .......................................................................................................... 41
Tabela 10 - Teores médios de N, P, K, Ca e Mg nas folhas em florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6
e 12 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em Palmeira/SC. .............. 42
Tabela 11 - Média dos macronutrientes na serapilheira em florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6, 12
e 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizada em Palmeira/SC. .............. 44
Tabela 12 - Densidade do dossel (%) em florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6, 12 e 18 meses após
a aplicação dos tratamentos, localizada em Palmeira/SC. ........................................ 46
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 17
1.1 HIPÓTESE ................................................................................................................... 18
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 18
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 18
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 20
2.1 GÊNERO Eucalyptus .................................................................................................... 20
2.2 Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage ..................................................................... 21
2.3 CRESCIMENTO FLORESTAL .................................................................................... 22
2.4 ADUBAÇÃO FLORESTAL ......................................................................................... 23
2.5 RETORNO DE NUTRIENTES ..................................................................................... 25
2 MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................... 28
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................................................... 28
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ........................................ 29
3.3 AVALIAÇÕES ............................................................................................................. 30
2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ............................................................................................ 32
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 34
4.1 VARIÁVEIS DENDOMÉTRICAS ............................................................................... 34
4.2 ANÁLISE NUTRICIONAL NO SOLO ......................................................................... 37
4.3 TEOR FOLIAR DE NUTRIENTES .............................................................................. 41
4.4 CICLAGEM DE NUTRIENTES NA SERAPILHEIRA ................................................ 43
4.5 DENSIDADE DO DOSSEL .......................................................................................... 46
5 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 50
APÊNDICES ......................................................................................................................... 57
17
1 INTRODUÇÃO
O gênero Eucalyptus necessita de suprimento adequado de fósforo (P) e cálcio (Ca) para
seu estabelecimento, por isso, adubações com esses nutrientes são executadas no plantio da
espécie. Normalmente, após o estabelecimento do plantio florestal, não é recomendada
adubação complementar com esses nutrientes.
A cultura do eucalipto é conhecida pela sua resposta positiva à adubação, principalmente
fosfatada. Como a dinâmica dos nutrientes e respostas das plantas à adubação é variável
conforme o tipo de solo, clima regional e espécie florestal, as doses de fertilizantes e manejo da
adubação devem ser ajustadas localmente. Contudo, poucos trabalhos de pesquisa foram
desenvolvidos na região do Planalto Sul Catarinense visando ajustar os programas de adubação
à realidade local. Assim, a maioria das recomendações são baseadas em trabalhos de pesquisa
desenvolvidos em outras regiões do Brasil, principalmente as tropicais, e podem não ser
completamente adequadas para a realidade local.
É bastante conhecida a necessidade de adubação do eucalipto durante o ano de
implantação do plantio florestal e que normalmente não há necessidade de adubações
complementares após o primeiro ano. Contudo, trabalhos recentes desenvolvidos na região do
Planalto Sul Catarinense apontam para uma possível resposta da adubação com P e/ou Ca
durante o terceiro ano de crescimento, necessitando a instalação de pesquisa para avaliar a
pertinência desta técnica.
O estudo conduzido por DIAS (2016), demonstra que as espécies Eucalyptus dunni e
Eucalyptus benthamii apresentam resposta a doses de até 150 kg ha-1 de P2O5 nos dois primeiros
anos. Contudo, a aplicação de doses de até 300 kg ha-1 resultou em elevado incremento no
volume de madeira a partir do terceiro ano. Isso pode indicar a necessidade de uma adubação
inicial para suprir a demanda na implantação do plantio florestal e uma adubação
complementar, ao terceiro ano, para suprir a demanda do povoamento durante todo o ciclo.
Ainda, segundo DIAS (2016), a adubação fosfatada foi realizada utilizando-se
superfosfato triplo, o qual contém, além de P, 16% de Ca, sendo que a resposta pode ter sido
devida a esse último nutriente, já que a demanda das plantas e relativamente grande e os solos
da região são naturalmente pobres em bases trocáveis. Considerando então que os solos do
Planalto Sul Catarinense apresentam baixa disponibilidade de Ca e P, e que há a possibilidade
de resposta a esses nutrientes durante todo o ciclo, torna-se fundamental investigar a
necessidade de inclusão dessa adubação complementar nos programas de manejo regionais.
18
1.1 HIPÓTESE
Os plantios florestais de Eucalyptus benthamii, no terceiro ano de idade,
apresentam maior incremento em volume de madeira, quando submetidos à aplicação de
fósforo e/ou cálcio.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Avaliar a resposta de Eucalyptus benthamii aos três anos de idade à uma adubação
complementar fosfatada e/ou cálcica.
1.2.2 Objetivos Específicos
− Avaliar o efeito da adubação no incremento corrente anual (ICA) e incremento
volumétrico médio anual (IMA);
− Avaliar os teores de cálcio e fósforo no solo e no tecido foliar após a adubação com
esses nutrientes;
− Avaliar o retorno desses nutrientes para o solo via resíduos vegetais.
19
20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 GÊNERO Eucalyptus
Pertencente à família das Myrtaceae e originário da Austrália, é difícil precisar quando
o eucalipto foi implantado no Brasil. Relatos históricos datam entre 1824 a 1870 à constatação
das primeiras árvores, ocorrendo no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e em São Paulo (MORA
& GARCIA, 2000).
No estado de São Paulo, período de 1905 a 1915, Edmundo Navarro de Andrade
implantou experimentos com gênero Eucalyptus, sob a tutela da Companhia Paulista de
Estradas de Ferro (FERREIRA e SANTOS, 1997). Foi nesta época que os estudos sobre a
cultura tiveram início em vários estados brasileiros. A partir do século XX passou a ser a espécie
florestal mais plantada no mundo (MORA & GARCIA, 2000).
O Brasil é destaque no cenário mundial, sendo um dos maiores produtores de celulose
e carvão vegetal derivado do eucalipto. Mas o eucalipto também é uma árvore produtora de
madeira de boa qualidade e de vários subprodutos (IBÁ, 2017). Foram e estão sendo obtidos
ganhos de produção significativos para o gênero por meio da utilização de técnicas silviculturais
adequadas, preparo e fertilização de solo, combate a pragas e doenças e melhoramento genético,
com plantios de variedades puras ou híbridas, bem como a clonagem de materiais, as quais
mantém as características favoráveis e aumento da homogeneidade dos povoamentos
(HIGASHI et al., 2000).
As espécies mais utilizadas, em função das características de suas madeiras, são:
Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla, Eucalyptus viminalis, híbridos
de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Na região Sul, destacam-se com potencial de
utilização as espécies Eucalyptus dunnii e Eucalyptus benthamii, devido a sua maior
adaptabilidade a climas frios e tolerância a geadas (SANTAROSA et al., 2014).
O gênero Eucalyptus apresenta excelente potencial para produção de madeira, em
função de sua diversidade, adaptabilidade, alta produtividade e características físico-mecânicas
(SILVEIRA & GAVA, 2004). Permite inúmeras utilizações: das folhas, extraem-se óleos
essenciais empregados em produtos de limpeza e alimentícios, em perfumes e até em remédios;
a casca oferece tanino, usado no curtimento de couro; o tronco oferece madeira para sarrafos,
21
lambris, vigas, postes, esteios para minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis;
sua fibra é utilizada como matéria-prima para a fabricação de papel e celulose (VIVIAN, 2015).
Os plantios de eucalipto ocupam 5,6 milhões de hectares da área de árvores plantadas
do País e estão localizados, principalmente, em Minas Gerais (24%), em São Paulo (17%) e no
Mato Grosso do Sul (15%). Nos últimos cinco anos, o crescimento da área de eucalipto foi de
2,8% a.a. O Mato Grosso do Sul se destaca com o plantio de 450 mil hectares nos últimos cinco
anos (IBÁ, 2017).
2.2 Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage
O E. benthamii, cujo nome comum “Camden White Gum” deriva da cidade de Camden,
apresenta distribuição natural no litoral oriental de New South Wales, Austrália (HALL &
BROOKER, 1973). Embora essa espécie faça parte do mesmo grupo botânico que o Eucalyptus
viminalis, ela apresenta características distintas, como preferências por solos férteis. Essa
característica tornou-a vulnerável com a expansão da fronteira agrícola e foi considerada uma
espécie em ameaça de extinção (HIGA & PEREIRA, 2003).
Na região de ocorrência natural, ocorre preferencialmente nas margens de rios, com
altitudes variando de 0 a 100 m. Os solos são rasos a moderadamente profundos (<100 cm) e
bem drenados, com valores de pH variando de 5,5 a 6,5. Apresenta melhor desenvolvimento
em Neossolos Flúvicos (solos aluviais). As árvores podem atingir até 40 metros de altura com
longevidade de até 200 anos, possui casca lisa, apresenta inflorescência branca entre março e
maio, sua cápsula apresenta entre 4 e 5 mm de comprimento com dispersão das sementes entre
junho e dezembro (BENSON & McDOUGALL, 1998).
No Brasil as primeiras populações de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage foram
plantadas em 1988 pela Embrapa Florestas, em Colombo - PR (GRAÇA et al., 1999), e tem
sido cultivada comercialmente em Santa Catarina nas regiões de clima mais frio (DIAS, 2016).
Segundo Paludzyszyn Filho et al. (2006), a temperatura mínima absoluta que o
Eucalyptus benthamii pode suportar é de até -6ºC, podendo apresentar alterações adaptativas,
comprovando dessa forma se tratar de uma espécie tolerante a geadas severas.
Os danos causados pela geada permanecem claramente visíveis, quer seja por
tortuosidade leve a acentuada, pela presença de ramos grossos ou quebras de fuste. Embora a
22
planta retome o crescimento, esse tipo de dano provoca lesões que favorecem a entrada de
pragas e/ou doenças (HIGA et al., 2000b).
A qualidade da madeira do E. benthamii indicam o uso potencial da espécie para lenha,
carvão e celulose, não sendo aconselhado para serraria, pois além das rachaduras do topo das
toras e tábuas, apresenta empenamento e rachaduras internas durante a secagem, com índices
elevados de contração volumétrica e de coeficiente de anisotropia, mesmo em condições
amenas de secagem em temperatura ambiente e à sombra. (HIGA & PEREIRA, 2003).
2.3 CRESCIMENTO FLORESTAL
Em um plantio florestal, o crescimento equivale à mudança nos atributos do
povoamento, engrossamento e alongamentos de raízes, tronco e galhos e aumento de folhas,
resultando em mudanças no volume e forma da árvore, em um determinado período
(SCOLFORO, 1998). O crescimento, neste caso, é o conceito biológico da taxa de produção e
a produção é o total acumulado em um período estabelecido. Este crescimento é definido como
IC (incremento corrente) e corresponde ao valor do aumento da produção em um tempo
determinado, geralmente em um ano (DAVIS & JOHNSON, 1987).
O termo curva de crescimento remete às curvas sigmoidais (Figura 1 - A) que
representam o comportamento que as dimensões medidas têm no tempo. Nesta curva podem
ser observadas três fases de desenvolvimento do povoamento; fase juvenil, que vai até o ponto
de inflexão da curva; fase de maturidade, do ponto de inflexão até o ponto de máxima tangência;
e fase de senescência, que vai do ponto tangência em diante (ASSAMANN, 1970; FINGER,
1992; CATERINA, 2017).
As curvas de incremento corrente anual (ICA), que relaciona à quanto a floresta cresceu
em um determinado ano e incremento médio anual (IMA), que relaciona ao crescimento médio
por ano no fim de um ciclo (Figura 1 - B) são usadas como uma base importante no manejo
florestal (ASSAMANN, 1970; CATERINA, 2017). A curva de ICA demostra alcançar um
ponto máximo na fase juvenil do povoamento, coincidindo com o ponto de inflexão da curva
de crescimento acumulado. Já a curva de IMA atinge seu máximo mais tarde no tempo e é
interceptada pela curva de ICA em seu valor máximo. A partir do ponto de máximo IM, ambas
as curvas são decrescentes, caracterizando a fase de senescência ou declínio. O ponto de
intercepção das duas curvas corresponde ao ponto de máxima
23
tangência na curva de produção, indicando a idade de máxima produtividade biológica (no caso
de florestas equiâneas), que pode ser definida como idade de rotação de uma floresta
(MACHADO, 2012; CATERINA, 2017).
Figura 1 - (A) Curva de produção (m³) e incremento (m³), demonstrando comportamento
sigmoidal, (B) as Curvas de ICA (incremento corrente anual – m³ ha-1 ano-1) e IMA (incremento
médio anual – m³ ha-1 ano-1) ao decorrer da idade (anos) do povoamento.
Fonte: CATERINA, G. L. 2017.
Determinar a idade ótima de corte através deste critério implica, portanto, no corte da
floresta quando esta atingir a idade de máximo IMA. Justifica-se o emprego deste método se
considerarmos que ao longo de várias rotações florestais estaremos, em média, extraindo o
maior volume possível (RODRIGUES, 1991).
2.4 ADUBAÇÃO FLORESTAL
Os plantios de Eucalyptus concentram-se normalmente em solos de baixa fertilidade
natural (SMETHURST, 2010), e possuem relevantes acréscimos em produtividade, quando
aplicados fertilizantes minerais e corretivos (FARIA et al., 2008).
A necessidade de adubação em espécies florestais provém de que nem sempre o solo é
capaz de fornecer todos os nutrientes em quantidade que as plantas necessitam para o adequado
crescimento, sendo que a quantidade depende das necessidades nutricionais, da fertilidade do
24
solo, reação dos adubos com o solo e da eficiência dos adubos. A correta nutrição em plantios
de eucalipto é essencial para o estabelecimento de florestas de alta produtividade
(GONÇALVES, 1995).
O eucalipto é uma espécie florestal tolerante à acidez do solo, ou seja, apresenta bom
crescimento mesmo em solos com alta acidez trocável e ativa (NOVAIS et al., 1990), sendo,
portanto, dispensável a calagem com o objetivo de corrigir a acidez do solo (BARROS &
NOVAIS, 1999; CQFS-RS/SC, 2016). Por outro lado, para obtenção de produtividades em
torno de 50 m³ ha-1 ano-1, o eucalipto acumula na parte aérea cerca de 420 kg ha-1 de Ca, desde
o plantio até a colheita, a qual ocorre por volta de 6 a 7 anos de idade quando tem por finalidade
a produção de celulose (VIEIRA, 2013). Por isso, o calcário pode ser utilizado com o objetivo
do suprimento de cálcio para as plantas.
A adubação é uma atividade indispensável e considerada um dos fatores mais
importantes para garantir incrementos satisfatórios em volume (ASSENHEIMER, 2009), bem
como o estabelecimento de florestas de eucalipto de alta produtividade (SILVA et al., 2004). O
eucalipto responde à adubação (NPK) e, em alguns casos, é necessária a adubação com boro e
zinco (CQFS-RS/SC, 2016), sendo que para a maioria dos solos brasileiros a adubação com
fósforo é essencial (MORA & GARCIA, 2000). As estratégias de manejo da fertilidade do solo
para o aumento da disponibilidade do P para as plantas podem se valer da escolha de fontes
mais adequadas do nutriente e/ou pela calagem, entre outras (NOVAIS & SMYTH, 1999).
O P é o principal nutriente que confere caráter distinto às espécies de eucaliptos em
relação ao crescimento e à eficiência nutricional (FURTINI NETO, 1994). Segundo Ernani et
al. (2000), a adubação fosfatada é primordial, pois eleva o rendimento das culturas,
principalmente onde predominam solos extremamente ácidos e deficientes P. Na planta, o P
participa da estrutura de macromoléculas como os fosfolipídios de membranas celulares, ésteres
de carboidratos e ácidos nucléicos (ácidos desoxirribonucléicos (DNA) e ribonucléicos (RNA),
que contém o código genético das plantas) (TAIZ & ZEIGER, 2013; SILVEIRA & GAVA,
2004).
Por apresentar elevada capacidade de adsorção aos colóides do solo e baixos teores
naturais, o P é considerado um dos nutrientes mais limitantes na produção do eucalipto
(BARROS & NOVAIS, 1996).
Os primeiros estudos sobre nutrição e fertilização para a cultura do eucalipto no Brasil
datam do final da década de 70, e mesmo para as produtividades obtidas naquela época, essa
espécie florestal já se mostrava responsiva a aplicação de calcário e gesso, que normalmente
25
são responsáveis pelo suprimento de Ca (BARROS et al., 1990). Porém, acredita-se que, apenas
pequena parte do Ca aplicado é absorvida pelo eucalipto em um ciclo florestal, ou seja, baixas
taxas de recuperação desse nutriente têm sido constatada e comumente se encontram plantas
com baixos teores de Ca no tecido foliar (MARTINS et al., 2007).
Segundo estimativas feitas pelo software NUTRICALC® - versão generalista, a
quantidade de Ca acumulada na parte aérea até o 7º ano é de 416 kg ha-1 de Ca, em povoamentos
com produtividade da ordem de 50 m³/ha/ano. Considerando os solos de regiões tropicais, como
os de cerrado, bem desenvolvidos e com baixos teores de Ca, há, portanto, a necessidade de
fornecer esse nutriente via corretivos e, ou, fertilizantes. Devido ao menor custo, tem sido dada
preferência à aplicação de calcários com o objetivo principal de fornecer Ca e Mg às plantas
(RODRIGUES et al., 2016).
De acordo com Barros et al. (1990), de modo geral, depois do nitrogênio, o Ca é o
nutriente mais absorvido pela maioria das espécies de eucalipto cultivadas no Brasil,
justificando a aplicação de gesso para a promoção da movimentação de cálcio e enxofre no
perfil do solo e melhora o ambiente para o crescimento radicular (CAIRES et al., 2004;
CAMILO, 2007; SOBRAL et al., 2009; NEIS et al., 2010; RODRIGUES et al., 2016).
Com a adoção do sistema de cultivo mínimo na área florestal, que se constitui do preparo
localizado apenas na linha ou na cova de plantio, a aplicação do calcário passou a ser feita, na
maioria dos casos, na superfície do solo em área total e sem incorporação (RODRIGUES et al.,
2016). Porém, comumente têm sido encontrados povoamentos de eucalipto com baixos teores
de Ca nas folhas (MARTINS et al., 2007).
A fertilização de manutenção tem sido realizada quando a fertilização no
estabelecimento não atende às necessidades crescentes das plantas ao longo da rotação
(VIEIRA et al., 2016). As espécies e genótipos de eucalipto podem apresentar exigências
nutricionais diferenciadas em relação ao seu crescimento e este comportamento pode ser
distinto de acordo com a região onde são produzidas. Com base nestas informações e o
conhecimento nutricional das espécies, se faz necessário avaliar o potencial de resposta das
mesmas à adubação (DIAS, 2016).
2.5 RETORNO DE NUTRIENTES
A ciclagem da liteira florestal se dá via produção de serapilheira. Na dinâmica de uma
floresta, a serapilheira funciona como um indicador de entradas e saídas de nutrientes e matéria
26
O processo de decomposição e liberação de nutrientes é composto por três fases,
segundo Dutta & Agrawal (2001): a primeira fase, na qual ocorre liberação rápida de nutrientes
através da lixiviação; a segunda fase é de imobilização do nutriente, que pode começar logo
após a lixiviação ou quando inicia a perda de massa da serapilheira, e na terceira fase, ocorre a
liberação absoluta de nutrientes e a decomposição final da serapilheira.
Num ecossistema florestal, nativo ou plantado, a quantidade de nutrientes é determinada
pelo conteúdo destes nos diferentes compartimentos das árvores (folhas, ramos, cascas, frutos
e madeira), sub-bosque, solo e animais. Cada compartimento de uma árvore apresenta
diferentes teores de elementos químicos em seus tecidos, geralmente observa-se um gradiente
de teores de nutrientes com a seguinte tendência: folha > casca > ramo > lenho
(SCHUMACHER, 1992; CORRÊA, 2011).
A serapilheira depositada ao solo durante o ciclo da floresta é um fator importante a ser
considerado na manutenção da produtividade do sítio. Na serapilheira depositada na superfície
do solo são acumuladas quantidades significativas de nutrientes, que após a sua decomposição,
retornam ao solo e são absorvidos novamente pelas árvores. A quantidade de nutrientes
disponibilizados é função da velocidade de decomposição dos resíduos, que por sua vez
depende, dentre outros fatores, da composição da serapilheira, da quantidade de água da chuva,
da temperatura e da qualidade do sítio (FERREIRA, 1993; REISSMANN & WISNIEWSKI,
2000; BELLOTE et al, 2008).
A absorção dos nutrientes pelas árvores é influenciada pela espécie, pela cobertura
florestal e pelas condições de solo e clima. Em princípio, a absorção anual de nutrientes pela
maioria das espécies florestais é da mesma ordem da apresentada pelas culturas agrícolas, mas
como a maior parte dos nutrientes absorvidos é devolvida para o piso florestal, quantidades
relativamente pequenas são retidas no acréscimo anual da biomassa arbórea (PRITCHETT,
1979).
A compreensão do ciclo dos nutrientes (velocidade de fluxo, entradas e saídas, interação
solo-planta, distribuição nos componentes da parte aérea e do sistema radicular ao longo do
tempo) é fundamental para a definição de tecnologias de manejo florestal, particularmente na
definição de dose, método e época de aplicação de fertilizantes (GONÇALVES et al., 2005;
CORRÊA, 2011).
orgânica do sistema florestal, formando a camada mais superficial do solo, composta por
folhas, ramos, órgãos reprodutivos e detritos (COSTA et al., 2010).
27
28
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O experimento foi implantado em um povoamento florestal com dois anos e seis meses
de idade, da espécie de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage. A área está localizada no
município de Palmeira, Santa Catarina, pertencente à empresa Klabin S.A., na fazenda
denominada “Barra Grande”. O clima da região é Cfb – temperado (mesotérmico úmido e verão
ameno) segundo a classificação de Köppen (ALVARES et al., 2013). Possui altitude média de
886 metros e coordenadas geográficas de latitudes e longitudes, 27°31'38"S e 50°13'23"W.
O solo do experimento é um Cambissolo Húmico, onde anteriormente, a área foi
utilizada para o cultivo de Pinus taeda, o qual se encontrava no terceiro ciclo de plantio.
A caracterização química do solo na camada de 0,0 a 20 cm antes da aplicação dos
tratamentos está apresentada na Tabela 1, sendo caracterizado segundo metodologia proposta
por Tedesco et al. (1995).
Tabela 1 - Características químicas médias da camada de 0,0 - 20 cm do Cambissolo Húmico
antes da aplicação dos tratamentos no plantio de Eucalyptus benthamii, localizada
em Palmeira/SC.
ATRIBUTOS VALORES
Argila (%) 34
Matéria orgânica (%) 4,5
pH em H2O 4,6
Índice SMP 4,8
Ca trocável (cmolc dm³) 1,56
Mg trocável (cmolc dm³) 0,46
Al trocável (cmolc dm³) 9,8
P disponível (mg dm³) 5,52
K disponível (mg dm³) 41
CTC efetiva (cmolc dm³) 11,9
CTC pH 7,0 (cmolc dm³) 25,3
Saturação por bases (%) 9,4
Saturação por alumínio (%) 82,3
Fonte: Elaborada pela autora, 2018. Argila – teor de argila expresso em %; MO – teor de matéria orgânica expresso em %; SMP – pH pelo índice SMP;
Ca, Mg e Al – teores de cálcio, magnésio e alumínio trocáveis expressos em cmolc dm³; P – teor de fósforo
disponível expresso em mg dm³; K – teor de potássio disponível expresso em mg dm³; CTCefetiva - capacidade
de troca de cátions efetiva expressa em cmolc dm³; CTCpH 7,0 – capacidade de troca de cátions a pH 7,0 expressa
em cmolc dm³; Saturação por bases, valores expressos em %; m, Saturação por alumínio, valores expressos em %.
Antes do plantio foi realizada uma subsolagem mecanizada de até 40 cm de
profundidade na linha do plantio, calagem (2 t ha-1) e fosfatagem (250 kg ha-1). Durante o
29
plantio foi realizada a adubação de base com 333 kg ha-1 de NPK (04-26-06), aos três meses
uma adubação complementar com 250 kg ha-1 (15-00-30) e aos 12 meses, 250 kg ha-1 (10-05-
30). O plantio florestal foi implantado com E. benthamii (clone 116), sem aplicação de gel, em
espaçamento de 3 x 2,5 m, em dezembro de 2014.
3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS
Os tratamentos foram arranjados em delineamento experimental em blocos casualizados
com três repetições, considerando parcela útil formada por 64 plantas, distribuídas em oito
linhas (480 m²) e bordadura composta por duas fileiras.
Figura 2 - (A) e (B) Aplicação dos tratamentos nas parcelas.
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
Os tratamentos utilizados no trabalho foram: (1) superfosfato triplo (SFT), na dose de
50 kg ha-1 de P2O5; (2) calcário, na dose de 17,2 kg ha-1 de Ca (quantidade equivalente ao Ca
aplicado via SFT no tratamento 1); (3) calcário dolomítico, na dose de 1,0 t ha-1 (266 kg ha-1 de
Ca); (4) calcário (1,0 t ha-1) + 50 kg ha-1 de P2O5; (5) gesso, na dose de 1,0 t ha-1; (6) gesso (1,0
A B
30
t ha-1) + 50 kg ha-1 de P2O5; (7) testemunha sem fertilização (Figura 2). Os tratamentos foram
aplicados a lanço na projeção da copa das árvores.
O SFT utilizado tinha 46% de P2O5, o calcário possuía um PRNT (Poder Relativo de
Neutralização Total), de 95%.
3.3 AVALIAÇÕES
As avaliações dendrométricas foram realizadas no momento da instalação do
experimento, aos 6, 12, e 18 meses, a partir da aplicação dos tratamentos. Foram coletados
dados de altura (m) como auxilio do aparelho TruPulse 200 e CAP - circunferência a altura de
1,30 (cm), com fita métrica, a fim de estimar o volume de madeira (m³), utilizando a equação
genérica: volume = altura*área basal*fator de forma (0,35).
Os cálculos realizados para determinação do incremento corrente anual (ICA) e do
incremento médio anual (IMA), descritos por Rodrigues (1991), sendo: ICA = Volume anual –
volume do ano anterior e IMA = Volume anual / idade do povoamento.
As avaliações nutricionais das plantas foram realizadas por análise dos teores dos
nutrientes, no solo e serapilheira, aos 6, 12 e 18 meses, nas folhas aos 6 e 18 meses após a
aplicação dos tratamentos.
As amostras de solo foram coletadas com trado holandês na camada de 0 - 20 cm de
profundidade, sendo coletadas 20 amostras por parcela, 10 na linha e 10 na entrelinha do
plantio. O solo foi devidamente homogeneizado em recipiente limpo e retirado uma amostra de
mais ou menos 300 g, sendo levada para secagem em estufa de circulação de ar a 65ºC por sete
dias, após foram moídas e passadas em peneira com malha de 2 mm, para determinação de pH
H2O, pH SMP, matéria orgânica (MO), alumínio (Al) (APÊNDICE A e B), fósforo (P), potássio
(K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), conforme a metodologia de Tedesco et al. (1995).
As coletas dos dados de retorno dos nutrientes via resíduos vegetal (folhas, cascas,
ramos, fruto e flores), foram realizadas através de 63 coletores (três coletores por parcela), de
0,1632 m² confeccionados em caixa plástica e tela de nylon (malha 2 mm), suspensos cerca de
28 cm do solo e dispostos na parcela (Figura 3). O material interceptado foi recolhido a cada
dois meses e os coletores eram redispostos aleatoriamente.
31
Figura 3 - Aspecto do coletor de serapilheira no experimento utilizado no estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
As análises das folhas foram realizadas pela coletada de folhas jovens, completamente
desenvolvidas (4º, 5º e 6º folhas, totalizando 10 folhas por árvore), da parte mediana da copa,
dos quatro quadrantes em um total de 10 árvores localizadas no centro de cada parcela.
As amostras de resíduo vegetal e as folhas foram secas em estufa de circulação de ar a
65 ºC, moídas e submetidas à digestão sulfúrica em bloco digestor a 375 ºC após a adição de
peróxido de hidrogênio (H2O2) e ácido sulfúrico (H2SO4), segundo Tedesco et al. (1995).
Posteriormente foi determinado N, P, K, Ca e Mg. O teor de N total foi determinado por
destilação de Kjeldahl (TEDESCO et al., 1995). Para determinar a concentração de P, utilizou-
se a metodologia de Murphy e Riley (1962). O K foi determinado por fotometria de chama,
enquanto Ca e Mg foram determinados por espectrofotometria de absorção atômica.
As coletas dos dados para estimar a densidade do dossel foram realizadas aos 6, 12 e 18
meses, após a aplicação dos tratamentos. As medições foram feitas a 1,30m do solo, em 10
árvores, nas direções norte, sul, leste e oeste, no centro de cada parcela, com densiômetro
esférico modelo A, fabricado com um espelho convexo que tem a finalidade de refletir a copa
das árvores para quantificar a densidade do dossel de uma floresta. Possui gravado em sua
superfície 24 quadrados de 1/4’’ X 1/4’’ que de forma subjetiva pelo observador deve ser
subdividido em 4 quadrados menores de 1/8’’ X 1/8’’, totalizando 96 quadrados que podem ser
contados (Densiometer©, 1989).
32
3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados das análises de solo, folha, densidade do dossel, inventário florestal e
retorno de nutrientes via resíduos vegetais foram submetidos a testes de homogeneidade e
normalidade dos dados, efetuou-se o teste de Bartlett e Shapiro-Wilk (nível de significância de
5%). Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva, análise de variância (ANOVA)
e ao teste de Scott-Knott (P < 0,05). As análises foram conduzidas usando os softwares Sisvar
5,6 e programa R (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2013).
33
34
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 VARIÁVEIS DENDROMÉTRICAS
Os valores médios para diâmetro a altura do peito – DAP em centímetros, não
apresentaram diferença significativa para os tratamentos aplicados. Sendo que aos dois anos e
meio a média foi de 12,23 cm, com três anos 13,53 cm e com três anos e meio 14,85 cm e com
quatro anos 15,26 cm (Tabela 2).
Tabela 2 - Valores de diâmetro a altura do peito (DAP) em floresta de Eucalyptus benthamii,
com diferentes idades, aos 0, 6, 12 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos,
localizado em Palmeira/SC.
Tratamentos
DAP (cm)
2,5 anos
DAP (cm)
3 anos
DAP (cm)
3,5 anos
DAP (cm)
4 anos
T1 12,25 NS 13,71 NS 15,11 NS 15,54 NS
T2 11,64 12,95 14,32 14,72
T3 12,21 13,57 14,75 15,12
T4 11,39 12,64 14,07 14,49
T5 12,75 14,26 15,64 16,07
T6 12,72 13,76 15,01 15,38
T7 12,63 13,83 15,03 15,48
Média 12,23 13,53 14,85 15,26
CV (%) 5,10 5,80 5,78 5,58
Erro Padrão 0,3603 0,4531 0,4952 0,4914
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
A Tabela 3 apresenta os dados de altura total em metros. Esta não apresentou diferença
significativa para os tratamentos aplicados, sendo que com dois anos e meio a média foi de 10,4
m, com três anos 11,1 m, com três anos e meio 13,3 m e com quatro anos 16,8 m. No município
de Dois Vizinhos, estado do Paraná, a altura e o diâmetro médio observado para um plantio
florestal aos quatro anos de idade foram de 16,3 m e 15,13 cm, semelhantes aos resultados
encontrados nesse trabalho (HIGA & CARVALHO, 1990).
35
Tabela 3 - Valores de altura (h) em floresta de Eucalyptus benthamii, com diferentes idades,
aos 0, 6, 12 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizado em
Palmeira/SC.
Tratamentos
h (m)
2,5 anos
h (m)
3 anos
h (m)
3,5 anos
h (m)
4 anos
T1 10,5 NS 11,1 NS 13,1 NS 16,9 NS
T2 10,2 11,0 13,2 16,8
T3 10,7 11,2 13,3 16,6
T4 10,1 10,9 13,1 16,9
T5 10,9 11,5 13,5 17,0
T6 10,0 11,1 13,5 16,9
T7 10,3 10,9 13,4 16,5
Média 10,4 11,1 13,3 16,8
CV (%) 4,10 2,57 3,45 3,18
Erro Padrão 0,2462 0,1649 0,2647 0,3095
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
A tabela 4 não apresentou diferença significativa para os valores de volume por hectare
nos tratamentos aplicados. Sendo que aos dois anos e meio a média foi de 49,1 m³ ha-1
(momento da instalação dos tratamentos) e aos três anos (seis meses após a aplicação) foi de
63,3 m³ ha-1. Já aos três anos e meio 89,0 m³ ha-1 e aos quatro anos, 120,0 m³ ha-1 (doze e dezoito
meses após a aplicação).
Tabela 4 - Valores de volume por hectare (V/ha) em floresta de Eucalyptus benthamii, com
diferentes idades, aos 0, 6, 12 e 18 meses antes e após a aplicação dos tratamentos,
localizado em Palmeira/SC.
Tratamentos
V (m³ ha-1)
2,5 anos
V (m³ ha-1)
3 anos
V (m³ ha-1)
3,5 anos
V (m³ ha-1)
4 anos
T1 48,4 NS 62,7 NS 90,2 NS 123,4 NS
T2 46,4 60,4 86,2 116,6
T3 51,0 65,6 90,0 119,9
T4 41,5 54,3 79,2 108,0
T5 52,6 67,7 91,9 124,4
T6 51,1 65,9 92,7 124,4
T7 52,1 65,8 92,3 122,5
Média 49,1 63,3 89,0 120,0
CV (%) 9,22 10,21 9,54 9,83
Erro Padrão 2,6113 3,7283 4,8995 6,7798
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
O somatório do volume de madeira (m³) nos tratamentos durante as quatro idades
estudadas, apresentou uma média de 7,1 m³ aos dois anos e meio, 9,1 m³ com três anos, 12,8
36
m³ com três anos e meio e 17,2 m³ aos quatro anos. Apresentando uma média de crescimento
de 8 m³ para todos os tratamentos, durante o período de análise (APÊNDICE C e D).
Não ocorreu diferença significativa para os valores de incremento médio anual (IMA),
com os tratamentos testados, durante os períodos estudados (Tabela 5).
Tabela 5 - Valores de incremento médio anual (IMA) em floresta de Eucalyptus benthamii com
diferentes idades, aos 0, 6, 12 e 18 meses antes e após a aplicação dos tratamentos,
localizado em Palmeira/SC.
Tratamentos
IMA (m³ ha-1)
2,5 anos
IMA (m³ ha-1)
3 anos
IMA (m³ ha-1)
3,5 anos
IMA (m³ ha-1)
4 anos
T1 19,37 NS 20,91 NS 25,78 NS 30,87 NS
T2 18,57 20,16 24,65 29,15
T3 20,42 21,89 25,73 29,98
T4 16,62 18,12 22,65 27,01
T5 21,04 22,58 26,26 31,11
T6 20,44 21,99 26,49 31,09
T7 20,88 21,94 26,38 30,63
Média 19,62 21,08 25,42 29,97
CV (%) 9,23 10,21 9,55 10,03
Erro Padrão 1,0454 1,2425 1,4013 1,7358
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
No município de Eunápolis, Bahia, em um plantio florestal Eucalyptus urophylla x
grandis, a altura, DAP e IMA observados para as idades de três anos foram de 24,6 m, 16,3
cm, e 64,5 m³ h-1 ano-1, respectivamente, e aos quatro anos foram de 26,4 m, 17,6 cm e 63,7
m³ h-1 ano-1, respectivamente (GIUNTI NETO et al. 2015).
Não ocorreu diferença significativa para os valores de incremento corrente anual (ICA),
com os tratamentos testados, durante o período estudado (Tabela 6).
Na região do Planalto Sul Catarinense, cidade de Otacílio Costa, no terceiro ano para o
Eucalyptus benthamii foi registrado ICA e IMA de 52,40 e 32,31 m³ ha ano-1, sendo que no
quarto ano foram registrados ICA e IMA de 137,95 e 58,72 m³ ha ano-1, respectivamente. Para
o Eucalyptus dunnii, o ICA e IMA foram de 50,30 e 27,95 m³ ha ano-1 e 134,83 e 54,67 m³ ha
ano-1, no mesmo período (DIAS. 2016).
Para ambas as espécies (Eucalyptus benthamii e Eucalyptus dunnii) do primeiro até o
terceiro ano, o ICA e o IMA tiveram incrementos semelhantes, mas do terceiro para o quarto
ano de cultivo houve um pico de crescimento volumétrico coincidindo com uma maior demanda
de P pelas plantas (DIAS. 2016).
37
Tabela 6 - Valores de incremento corrente anual (ICA) em floresta de Eucalyptus benthamii
após a aplicação dos tratamentos, localizado em Palmeira/SC.
Tratamentos
ICA (m³ ha-1)
3,5 anos
ICA (m³ ha-1)
4 anos
T1 41,82 NS 60,73 NS
T2 39,84 56,14
T3 39,01 54,23
T4 37,71 53,66
T5 39,30 56,71
T6 41,61 58,41
T7 40,14 56,68
Média 39,91 56,65
CV (%) 27,70 11,90
Erro Padrão 6,0955 3,8942
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
De um modo geral, os tratamentos não alteraram significativamente o incremento das
variáveis dendrométricas medidas durante o período de avaliação.
Apesar dos resultados obtidos no trabalho conduzido por DIAS (2016) terem
demostrado que o Eucalyptus benthamii apresentou resposta a doses de até 150 kg ha-1 de P2O5
nos dois primeiros anos, há que se ressaltar que a aplicação de doses de até 300 kg ha-1 resultou
em incremento no volume de madeira a partir do terceiro ano. Isso sugeria a necessidade de
uma adubação complementar no terceiro ano. Os resultados desse trabalho só confirmam a
necessidade de uma adubação, realizada na fase inicial, para suprir a demanda do plantio por
todo o ciclo de produção, principalmente quando se realiza adubação com fosfato natural (FN).
No presente trabalho, o uso de 2 t ha-1 adiciona mais Ca que o necessário para todo o
ciclo da cultura, não sendo esperado resposta a esse nutriente. Contrariamente, no trabalho de
Dias (2016), não foi realizada a aplicação de calcário ao início do experimento, justificando
uma possível resposta ao cálcio.
4.2 ANÁLISE NUTRICIONAL NO SOLO
A Tabela 7 apresenta os valores médios para P, K, Ca e Mg, na linha e na entrelinha de
plantio, aos seis meses após a aplicação dos tratamentos. Não houve diferença significativa na
linha e na entrelinha, para o P e K. O coeficiente de variação (CV) foi alto, pois o P é imóvel
no solo, sendo que qualquer resíduo do fertilizante produz uma variação, contribuindo para o
alto CV.
38
Os valores médios de P na linha e entrelinha foram de 37,52 e 9,10 mg dm-³, sendo
classificados como muito alto e alto, segundo os limites de interpretação de teores de nutrientes
disponíveis no solo estabelecido pela Comissão de Química e Fertilidade do Solo RS/SC
(2016). Os teores de P também foram altos na linha do plantio no T7 (sem fertilização), pois
quando foi implantado o povoamento, realizou-se uma subsolagem e aplicação de fosfato
natural (250 kg ha-1).
Já para o Ca, o T4 (calcário (1,0 t ha-1) + 50 kg ha-1 de P2O5) apresentou a maior média
com 12,65 cmolc dm-³ e a menor média foi para o T7 (testemunha) com 1,41 cmolc dm-³, e para
Mg o T4 e T5 (gesso, na dose de 1,0 t ha-1) apresentaram as maiores médias 4,14 e 4,58 cmolc
dm-³ e o T1 (superfosfato triplo, na dose de 50 kg ha1 de P2O5) e T7 (testemunha) apresentaram
as menores com 1,73 e 1,91 cmolc dm-³. Já para o Ca na entrelinha, o T3 (calcário, na dose de
1,0 t ha-1) apresentou os maiores valores para Ca 15,11 cmolc dm-³ e Mg 4,54 cmolc dm-³ e os
menores valores para o T7 com 1,44 cmolc dm-³ para Ca e 0,83 cmolc dm-³ para Mg (Tabela
7).
Em relação ao tratamento T7 (testemunha), o aumento do cálcio foi maior onde ocorreu
a aplicação de calcário, seguido pelos tratamentos com uso de gesso. Isso deve-se ao fato que
o calcário apresenta baixa solubilidade e os produtos de sua dissolução se movimentam pouco
no perfil (PÁDUA et al., 2006). Por outro lado, o gesso promove aumento das concentrações
de Ca na solução do solo e não altera a CTC do solo e, com isso, ocorre a descida desse e outros
cátions para camadas mais profundas (ERNANI, 2016).
Ressalta-se que os tratamentos que receberam superfosfato triplo não apresentaram
aumento nos teores de cálcio, pois na sua composição possui apenas 13% de Ca e a dose de
SFT é insuficiente para impactar os teores observados na análise de solo.
Apesar da tolerância das espécies de eucalipto à acidez e ao alumínio trocável presente
no solo, a disponibilidade de Ca deve sempre ser adequada, por se tratar do nutriente de maior
acúmulo na parte aérea e por ser o segundo nutriente mais absorvido pela maioria das espécies
florestais (Barros et al., 1990).
39
Tabela 7 - Teores médios de P, K, Ca e Mg na linha e na entrelinha do plantio, no solo em
florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6 meses após a aplicação dos tratamentos,
localizado em Palmeira/SC.
LINHA - 3 anos
Tratamentos P (mg dm-³) K (mg dm-³) Ca (cmolc dm-³) Mg (cmolc dm-³)
T1 35,22 NS 86,66 NS 6,70 c 1,73 c
T2 43,75 95,67 3,44 c 3,75 b
T3 38,21 102,67 10,34 b 3,65 b
T4 64,58 66,33 12,65 a 4,14 a
T5 18,93 78,67 8,06 b 4,58 a
T6 32,62 70,67 7,90 b 3,67 b
T7 29,37 86,00 1,41 d 1,91 c
Média 37,52 83,81 7,21 3,35
CV (%) 84,64 24,69 26,78 21,7
Erro Padrão 18,3367 11,9448 1,116 0,4158
ENTRELINHA - 3 anos
Tratamentos P (mg dm-³) K (mg dm-³) Ca (cmolc dm-³) Mg (cmolc dm-³)
T1 6,56 NS 86,00 NS 4,99 b 1,62 b
T2 5,41 70,33 5,66 b 1,44 b
T3 8,08 69,67 15,11 a 4,54 a
T4 5,14 66,33 6,28 b 3,63 a
T5 15,66 83,67 7,53 b 2,15 b
T6 18,28 63,67 6,36 b 1,75 b
T7 4,58 77,00 1,44 c 0,83 c
Média 9,10 73,81 6,77 2,28
CV (%) 72,87 16,46 21,83 37,88
Erro Padrão 3,8299 7,0132 0,8531 0,4989
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
Inexistência de letras significa ausência de diferenças estatísticas. NS = não significativo para os níveis testados.
Na Tabela 8 estão apresentados os valores médios para P, K, Ca e Mg, na linha, doze
meses após a aplicação dos tratamentos. Não houve diferença significativa para o P, K e Ca. Já
para Mg todos os tratamentos diferenciaram da testemunha (T7) que apresentou a menor média
0,50 mg/dm³. Na entrelinha, não ocorreu diferença significativa para o K. Já para P o T6
apresentou a melhor média com 17,32 mg dm³ e a menor foi 6,48 mg dm³ no T7. O Ca obteve
a melhor média no T2 (calcário, na dose de 17,2 kg ha1 de Ca), com 6,06 mg dm³ e menor 1,22
mg dm³ para T7. Para Mg todos os tratamentos diferenciaram da testemunha (T7) que
apresentou a menor média 0,50 mg dm³.
40
Tabela 8 - Teores médios de P, K, Ca e Mg na linha e na entrelinha do plantio, no solo em
florestas de Eucalyptus benthamii, aos 12 meses após a aplicação dos tratamentos,
localizado em Palmeira/SC.
LINHA - 3,5 anos
Tratamentos P (mg dm-³) K (mg dm-³) Ca (cmolc dm-³) Mg (cmolc dm-³)
T1 19,09 NS 61,67 NS 4,43 NS 1,11 a
T2 16,04 53,33 3,17 1,00 a
T3 7,15 60,67 2,06 0,98 a
T4 9,45 54,33 3,52 1,02 a
T5 8,41 57,33 4,31 0,98 a
T6 16,96 42,67 4,99 1,10 a
T7 12,28 52,00 1,71 0,50 b
Média 12,77 54,57 3,46 0,96
CV (%) 36,65 23,68 40,96 13,21
Erro Padrão 2,7019 7,4610 0,8172 0,0724
ENTRELINHA - 3,5 anos
Tratamentos P (mg dm-³) K (mg dm-³) Ca (cmolc dm-³) Mg (cmolc dm-³)
T1 15,11 a 63,67 NS 5,45 a 1,13 a
T2 7,24 b 57,33 6,06 a 1,50 a
T3 5,90 b 66,33 1,84 c 1,18 a
T4 7,24 b 57,67 2,63 c 1,08 a
T5 9,39 b 71,33 2,18 c 1,24 a
T6 17,32 a 70,00 3,23 b 1,02 a
T7 6,48 b 75,00 1,22 c 0,50 b
Média 9,81 65,91 3,23 1,09
CV (%) 29,36 15,87 28,52 16,29
Erro Padrão 1,6878 6,0404 0,5322 0,5099
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
Inexistência de letras significa ausência de diferenças estatísticas. NS = não significativo para os níveis testados.
Aos quatro anos, não ocorreu diferença significativa para P, K, Ca e Mg, na linha e na
entrelinha do plantio florestal (Tabela 9).
41
Tabela 9 - Teores médios de P, K, Ca e Mg na linha e na entrelinha do plantio, no solo em
florestas de Eucalyptus benthamii, aos 18 meses após a aplicação dos tratamentos,
localizadas em Palmeira/SC.
LINHA - 4 anos
Tratamentos P (mg dm-³) K (mg dm-³) Ca (cmolc dm-³) Mg (cmolc dm-³)
T1 20,31 NS 78,33 NS 3,17 NS 3,05 NS
T2 11,85 91,00 1,02 2,89
T3 18,27 114,00 1,28 2,41
T4 13,17 77,00 2,60 3,75
T5 10,80 93,33 0,92 2,81
T6 16,97 85,00 4,26 3,33
T7 11,98 90,00 0,63 2,96
Média 14,76 89,81 1,98 3,03
CV (%) 46,12 25,47 111,61 22,26
Erro Padrão 3,9308 13,2054 1,2777 0,3893
ENTRELINHA - 4 anos
Tratamentos P (mg dm-³) K (mg dm-³) Ca (cmolc dm-³) Mg (cmolc dm-³)
T1 7,41 NS 68,33 NS 1,45 NS 3,02 NS
T2 10,63 77,67 0,84 3,51
T3 7,66 76,67 1,03 3,49
T4 4,15 68,00 0,81 4,22
T5 8,46 69,67 1,30 3,15
T6 4,84 61,67 1,30 2,13
T7 4,60 74,67 0,27 2,86
Média 6,82 70,95 1,00 3,20
CV (%) 48,35 17,11 72,44 24,73
Erro Padrão 1,9040 7,0088 0,4188 0,4567
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
4.3 TEOR FOLIAR DE NUTRIENTES
A análise foliar é um fator importante para avaliar a nutrição da planta e complementar
a análise do solo (GONÇALVES, 1995). Em geral, não houve efeito significativo da aplicação
dos tratamentos, aos três anos, nos teores médios de N, K, Ca e Mg nas folhas do plantio. Já
para P, os tratamentos T4 (calcário (1,0 t ha-1) + 50 kg ha-1 de P2O5) e T7 (testemunha)
apresentaram diferença em relação aos demais, com 4,09 e 2,49 g kg-1 (Tabela 10).
As avaliações realizadas aos quatro anos, o Ca e o Mg não apresentaram diferença
significativa. O N, os tratamentos 4 e 6 apresentaram os maiores valores, com 27,24 e 31,27 g
kg-1. Para P o T1 (SFT, na dose de 50 kg ha-1 de P2O5), apresentou o maior valor com 7,22 g
42
kg-1 e o T7 o menor valor (1,84 g kg-1). Para o K, somente o T7 diferenciou-se dos demais
tratamentos.
Tabela 10 - Teores médios de N, P, K, Ca e Mg nas folhas em florestas de Eucalyptus benthamii,
aos 6 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizado em Palmeira/SC.
Folhas - 3 anos
Tratamentos N (g kg-1) P (g kg-1) K (g kg-1) Ca (g kg-1) Mg (g kg-1)
T1 24,50 NS 2,07 b 35,58 NS 1,18 NS 0,70 NS
T2 21,18 1,60 b 43,00 1,27 0,89
T3 23,98 2,05 b 36,92 1,12 0,78
T4 23,86 4,09 a 42,58 1,64 0,95
T5 24,21 0,76 b 31,83 1,67 0,85
T6 26,66 1,42 b 37,17 1,55 0,87
T7 25,20 2,49 a 31,42 1,07 0,82
Média 24,23 2,07 36,93 1,36 0,84
CV (%) 14,12 31,03 18,92 17,21 14,6
Erro Padrão 1,9751 0,3706 0,1483 0,0831 3,1135
Folhas - 4 anos
Tratamentos N (g kg-1) P (g kg-1) K (g kg-1) Ca (g kg-1) Mg (g kg-1)
T1 26,08 b 7,22 a 43,67 a 1,56 NS 2,64 NS
T2 23,50 b 2,95 b 39,67 a 1,75 2,85
T3 24,03 b 4,78 b 34,67 a 1,59 2,65
T4 27,24 a 4,85 b 41,08 a 2,42 3,12
T5 23,45 b 5,72 b 48,17 a 1,94 2,98
T6 31,27 a 4,69 b 48,08 a 2,20 3,27
T7 21,75 b 1,84 c 20,67 b 2,08 3,04
Média 25,33 4,58 39,43 1,93 2,93
CV (%) 8,97 34,09 15,6 19,86 12,08
Erro Padrão 1,3122 0,9020 3,551 0,2218 0,2047
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
Inexistência de letras significa ausência de diferenças estatísticas. NS = não significativo para os níveis testados.
Segundo a CQFS-RS/SC (2016), as faixas de concentrações adequadas de nutrientes
para as espécies de Eucalyptus mais cultivadas na região Sul do Brasil (N de 15,0 a 20,0 g kg-
1; P de 1,0 a 1,3 g kg-1; K de 9,0 a 13,0 g kg-1; Ca de 6,0 a 10,0 g kg-1 e Mg de 5,0 a 8,0 g kg-1).
A média dos valores encontrados para N estão dentro do teor adequado. Os teores de P e K
estão com as concentrações acima do valor adequando, no entanto, Ca e Mg encontram-se com
teores abaixo das adequadas, em todos os tratamentos.
Os baixos teores de Ca e Mg podem ser atribuídos à falta de reposição adequada de Ca
e de Mg por meio da calagem, pois a área passou por três ciclos de produção de Pinus taeda e
43
em função da mineralogia dos solos da região, os quais são naturalmente pobres em minerais
contendo Ca e Mg. Mesmo com as concentrações desses nutrientes nas folhas estejam abaixo
da faixa mencionada pela CQFS-RS/SC (2016), não é possível afirmar que a produtividade
esteja sendo afetada, uma vez que as plantas estão apresentando crescimento compatível com a
idade. Além disso, não houve resposta das plantas à aplicação de calcário na fase adulta,
indicando que os teores no solo estão mantendo o crescimento da planta. Adicionalmente, como
a idade das árvores e o tipo de material genético utilizado podem refletir e influenciar no seu
estado nutricional e as exigências nutricionais podem variar entre espécies (Barros et al., 1990).
Desta maneira, esses dados apontam que é razoável que se façam estudos para refinar os valores
de níveis de suficiência adotados pela CQFS-RS/SC (2016).
4.4 CICLAGEM DE NUTRIENTES NA SERAPILHEIRA
A quantidade total de nutrientes na serapilheira de uma floresta é determinada pela
quantidade na vegetação (folhas, ramos, cascas, flores e frutos). Sendo sua presença
fundamental para a manutenção da disponibilidade dos nutrientes no solo. A média de massa
seca de serapilheira de todos os tratamentos no início do terceiro ano foi de 7,86 t ha-1. Sendo
que em geral, não ocorreu efeito significativo da aplicação dos tratamentos nos teores de K, Ca
e Mg, na serapilheira, aos seis meses após a aplicação dos tratamentos. Para N, o tratamento T5
(gesso, na dose de 1,0 t ha-1) apresentou a melhor média com 135,85 g kg-1 e menor para o T1
(superfosfato triplo, na dose de 50 kg ha-1 de P2O5) com 83,36 g kg-1. O P obteve a maior média
no tratamento T5, com 52,30 g kg-1 e para o calcário, na dose de 1,0 t ha-1 (T3) apresentou a
menor média com 8,40 g kg-1 (Tabela 11).
Quantidades significativas de nutrientes podem retornar ao solo através da queda dos
componentes senescentes da parte aérea das plantas e sua posterior decomposição. Estes
fragmentos orgânicos, ao caírem sobre o solo, formam uma camada de serapilheira, que
compreende folhas, caules, frutos, flores, bem como restos de animais e material fecal
(GOLLEY, McGINNIS & CLEMENTS, 1978).
44
Tabela 11 - Média dos macronutrientes na serapilheira em florestas de Eucalyptus benthamii,
aos 6, 12 e 18 meses após a aplicação dos tratamentos, localizado em Palmeira/SC.
Serapilheira - 3 anos
Tratamentos N (g kg-1) P (g kg-1) K (g kg-1) Ca (g kg-1) Mg (g kg-1)
T1 83,36b 20,05b 16,46 NS 10,54 NS 17,28 NS
T2 92,01b 10,81b 13,38 11,32 12,61
T3 79,25b 8,40b 12,43 11,89 14,19
T4 104,44b 26,70b 14,69 13,90 17,79
T5 135,85ª 52,30a 19,94 8,88 12,91
T6 95,47b 11,63b 13,53 7,91 8,34
T7 90,01b 11,18b 16,34 5,78 11,00
Média 97,20 20,15 15,25 10,03 13,45
CV (%) 17,17 63,03 27,89 26,89 26,29
Erro Padrão 6,3098 4,8018 1,6082 1,0194 1,3364
Serapilheira - 3,5 anos
Tratamentos N (g kg-1) P (g kg-1) K (g kg-1) Ca (g kg-1) Mg (g kg-1)
T1 142,50 NS 80,97a 22,83a 70,30 NS 33,38 NS
T2 140,70 57,36b 22,77a 71,09 35,87
T3 141,42 53,52b 22,60a 70,43 34,22
T4 159,93 48,28b 23,70a 77,33 34,16
T5 135,32 70,64a 23,77a 66,24 31,37
T6 180,55 37,81b 24,04a 69,43 34,02
T7 113,26 50,96b 11,38b 61,79 32,40
Média 144,81 57,08 21,58 69,51 33,63
CV (%) 18,90 16,47 24,84 20,35 16,12
Erro Padrão 15,8026 5,4271 3,0958 4,0842 3,1311
Serapilheira - 4 anos
Tratamentos N (g kg-1) P (g kg-1) K (g kg-1) Ca (g kg-1) Mg (g kg-1)
T1 170,03b 57,71 NS 42,40 NS 17,93 NS 26,17 NS
T2 176,06b 47,65 44,69 17,29 24,03
T3 187,74b 36,12 41,84 13,11 23,15
T4 184,67b 49,28 42,99 18,50 26,26
T5 249,06ª 53,67 49,96 20,42 29,23
T6 218,27ª 46,74 41,15 16,93 21,11
T7 154,22c 49,76 41,12 15,71 24,79
Média 191,44 48,70 43,45 17,13 24,96
CV (%) 9,68 32,96 19,66 21,08 24,65
Erro Padrão 10,6999 9,2684 4,9315 2,0846 3,5525
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
Inexistência de letras significa ausência de diferenças estatísticas. NS = não significativo para os níveis testados.
Em geral, aos doze meses após a aplicação dos tratamentos não houve efeito
significativo da aplicação dos tratamentos nos teores de N, Ca e Mg na serapilheira, que
45
apresentou uma média de 11,39 t ha-1 de massa seca. O P apresentou 80,97 e 70,64 g kg-1 nos
tratamentos T1 e T5, e 37,81 g kg-1 no T6. Já para K, T7 (testemunha) apresentou a menor
média com 11,38 g kg-1, diferenciando-se dos demais (Tabela 11).
A média de massa seca de serapilheira no início do quarto ano foi de 14,95 t ha-1. Sendo
que em geral, não ocorreu efeito significativo da aplicação dos tratamentos nos teores de P, K,
Ca e Mg. Para N, os tratamentos T5 e T6 apresentaram as melhores médias com 249,06 e 218,27
g kg-1.
Na ordem dos nutrientes mais acumulados em componentes exportados da área de
produção pela espécie de Eucalyptus, o Ca ocupa o primeiro lugar, em que aproximadamente
75 % desse elemento é exportado do sítio com a colheita do tronco (Santana et al., 2008,
SIMONETE et al., 2013). Além disso, aplicações que fornecem relações inadequadas de Ca e
de Mg resultam em desbalanços nutricionais, podendo induzir deficiência nas plantas e
comprometer o crescimento (SIMONETE et al., 2013).
Em experimento realizado na São Francisco do Itabapoana, na região norte do Estado
do Rio de Janeiro, com a espécie Eucalyptus grandis, observaram valores entre 9,89 e 13,85 g
kg-1 de nitrogênio na serapilheira o que fica próximo dos valores encontrados na área de
reflorestamento do planalto com média de 12,3 g kg-1 (COSTA, GAMA-RODRIGUES &
CUNHA, 2005)
O potássio, comparado aos outros elementos analisados, foi o que apresentou uma das
maiores médias, uma vez que o K é um elemento altamente solúvel e, por isso, facilmente
lixiviável tanto de órgãos vegetais vivos quanto mortos.
A serapilheira era coletada a cada 60 dias, sendo que a região possui chuvas constantes
apresentado as menores quantidades estimadas de K no lixiviado devido à constante lavagem
do material.
A ciclagem de nutrientes foi maior na ordem de N > P > K > Mg > Ca na análise com
três anos, já aos três anos e meio a ordem foi N > P > Ca > Mg > K, aos quatro anos N > P > K
> Mg > Ca. Realizando uma média dos nutrientes durante o ano estudado, a ordem foi de: N >
P > Ca > K > Mg. Segundo Schumacher et al. (2003), magnitude de transferência de nutrientes
ao solo do povoamento foi: N > Ca > K > Mg > P, demonstrando o grande potencial que a
espécie apresenta para a fixação biológica do elemento.
46
4.5 DENSIDADE DO DOSSEL
Nos resultados para densidade do dossel, não houve diferença significativa da aplicação
dos tratamentos nas três idades estudadas. Ocorrendo variações de 70 a 74% com três anos, 71
a 75% com três anos e meio, e 75 a 84% com quatro anos (Tabela 12). Esses resultados podem
ser atribuídos ao fato que o plantio florestal sofreu intempéries climáticas durante os períodos
de avaliação do trabalho (APÊNDICE E e F). Em um plantio florestal de Eucalyptus urophylla,
na cidade de Piracicaba, São Paulo, obteve-se uma média de densidade do dossel aos três anos
de idade de 94% e aos quatro anos de 93% (LIMA, 2016).
Tabela 12 - Densidade do dossel (%) em florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6, 12 e 18
meses após a aplicação dos tratamentos, localizado em Palmeira/SC.
Tratamentos
Densidade do Dossel (%)
3 anos
Densidade do Dossel (%)
3,5 anos
Densidade do Dossel (%)
4 anos
T1 74 NS 75 NS 84 NS
T2 74 74 74
T3 71 72 76
T4 73 73 80
T5 73 75 79
T6 72 73 78
T7 70 71 75
Média 72 73 78
CV (%) 3,88 3,76 4,82
Erro Padrão 1,6240 1,5869 2,1694
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*NS = não significativo entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
47
48
5 CONCLUSÕES
Os resultados indicam que no período estudado o Eucalyptus benthamii não respondeu
a adubação complementar em incrementos no volume de madeira;
Em geral, não houve efeito significativo da aplicação dos tratamentos nos teores de N,
P, K, Ca e Mg nas folhas e no solo;
A transferência de nutrientes da serapilheira para o solo foi maior do N > P > Ca > K >
Mg, durante o ano de avaliação.
49
50
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2015.
57
APÊNDICES
Apêndice A - Teores médios de pH H2O, pH SMP, MO (%) e Al (cmolc dm-³) na linha do
plantio, no solo em florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6, 12 e 18 meses após
a aplicação dos tratamentos, localizadas em Palmeira/SC. LINHA - 3 anos
Tratamentos pH H2O pH SMP MO (%) Al (cmolc dm-³)
T1 4,20 NS 4,07 NS 4,56 NS 9,81 NS T2 4,22 4,11 4,77 9,88
T3 4,09 4,15 5,06 10,62
T4 4,28 4,11 4,88 10,15
T5 4,21 4,14 5,10 9,78
T6 4,17 4,21 4,66 8,61
T7 4,25 4,12 4,55 9,47
Média 4,20 4,13 4,79 9,76
CV (%) 1,85 1,88 12,50 5,43
Erro Padrão 0,045 0,0439 0,3463 0,3059
LINHA - 3,5 anos
Tratamentos pH H2O pH SMP MO (%) Al (cmolc dm-³)
T1 4,17 b 4,13 b 3,26 b 10,06 a
T2 4,22 b 4,11 b 2,97 b 9,92 b
T3 4,97 a 5,05 a 3,49 b 8,91 c
T4 5,16 a 5,01 a 3,50 b 7,67 c
T5 4,78 a 5,12 a 4,20 a 8,30 c
T6 4,48 b 5,03 a 4,27 a 8,12 c T7 4,20 b 4,16 b 4,13 a 9,62 a
Média 4,56 4,65 3,68 8,94
CV (%) 4,87 2,57 12,94 4,87
Erro Padrão 0,1284 0,0685 0,2755 0,242
LINHA - 4 anos
Tratamentos pH H2O pH SMP MO (%) Al (cmolc dm-³)
T1 4,26 NS 4,07 NS 2,67 NS 10,46 NS
T2 4,30 3,96 2,80 10,10
T3 4,11 4,26 2,72 10,36
T4 4,34 4,06 2,83 10,56
T5 4,29 4,13 3,01 9,72
T6 4,17 4,14 3,39 9,69
T7 4,21 4,20 3,04 9,48
Média 4,24 4,11 2,92 10,05
CV (%) 1,85 1,71 11,35 7,81
Erro Padrão 0,0451 0,0413 0,1915 0,4535
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
Inexistência de letras significa ausência de diferenças estatísticas. NS = não significativo para os níveis testados.
58
Apêndice B - Teores médios de pH H2O, pH SMP, MO (%) e Al (cmolc dm-³) na entrelinha do
plantio, no solo em florestas de Eucalyptus benthamii, aos 6, 12 e 18 meses após
a aplicação dos tratamentos, localizadas em Palmeira/SC. ENTRELINHA - 3 anos
Tratamentos pH H2O pH SMP MO (%) Al (cmolc dm-³)
T1 4,14 NS 3,98 NS 4,75 NS 10,05 NS
T2 4,14 3,96 5,23 10,03 T3 4,22 4,15 5,05 9,48
T4 4,17 4,06 4,97 9,51
T5 4,20 4,11 5,43 9,84
T6 4,19 4,04 4,32 9,65
T7 4,13 4,00 5,42 10,38
Média 4,17 4,04 5,03 9,85
CV (%) 1,74 1,55 8,61 11,4
Erro Padrão 0,0419 0,037 0,2497 0,6484
ENTRELINHA - 3,5 anos
Tratamentos pH H2O pH SMP MO (%) Al (cmolc dm-³)
T1 4,12 b 4,11 b 4,02 10,50 a
T2 4,21 b 4,09 b 3,69 10,00 a
T3 5,19 a 4,91 a 3,08 10,20 a
T4 5,15 a 5,08 a 4,15 7,66 c
T5 5,13 a 4,97 a 4,45 8,06 c
T6 5,07 a 5,12 a 4,25 8,80 b
T7 4,06 b 4,02 b 4,21 10,3 a
Média 4,70 4,61 3,98 9,36
CV (%) 2,02 3,15 18,06 5,09
Erro Padrão 0,0548 0,0847 0,4149 0,2746
ENTRELINHA - 4 anos
Tratamentos pH H2O pH SMP MO (%) Al (cmolc dm-³)
T1 4,17 NS 4,07 NS 2,86 NS 10,64 NS T2 4,15 4,09 3,21 10,29
T3 4,24 4,22 2,84 10,15
T4 4,24 4,17 2,93 10,20
T5 4,29 4,16 3,20 10,29
T6 4,23 4,34 2,91 10,05
T7 4,25 4,22 3,53 9,55
Média 4,22 4,18 3,07 10,17
CV (%) 1,62 2,83 15,15 6,87
Erro Padrão 0,0395 0,0672 0,2684 0,4036
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
*Médias seguidas de letras distintas diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância (p<0,05).
Inexistência de letras significa ausência de diferenças estatísticas. NS = não significativo para os níveis testados.
59
Apêndice C - Média de volume (m³) por tratamento, em floresta de Eucalyptus benthamii, aos
0, 6, 12 e 18 meses antes e após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC.
Tratamentos
v (m³/0,1440 ha)
2,5 anos
v (m³/0,1440 ha)
3 anos
v (m³/0,1440 ha)
3,5 anos
v (m³/0,1440 ha)
4 anos
T1 2,3239 NS 3,0113 NS 4,3313 NS 5,9262 NS
T2 2,2283 2,9028 4,1404 5,5973
T3 2,4503 3,1523 4,3226 5,7553
T4 1,9948 2,6091 3,8049 5,1850
T5 2,5253 3,2518 4,4114 5,9740
T6 2,4531 3,1659 4,4503 5,9694
T7 2,5053 3,1596 4,4318 5,8801
Média 2,3544 3,0361 4,2704 5,7553
CV (%) 9,23 10,21 9,55 10,03
Erro Padrão 0,1254 0,1789 0,2354 0,3333
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
NS = não significativo para os níveis testados.
Apêndice D - Somatório do volume (m³) por tratamento, em floresta de Eucalyptus benthamii,
aos 0, 6, 12 e 18 meses, antes e após a aplicação dos tratamentos, localizada em
Palmeira/SC.
Tratamentos
v (m³/0,1440 ha)
2,5 anos
v (m³/0,1440 ha)
3 anos
v (m³/0,1440 ha)
3,5 anos
v (m³/0,1440 ha)
4 anos
T1 6,97 NS 9,03 NS 12,99 NS 17,78 NS
T2 6,68 8,71 12,42 16,79
T3 7,35 9,46 12,97 17,27
T4 5,98 7,83 11,41 15,56
T5 7,58 9,76 13,23 17,92
T6 7,36 9,50 13,35 17,91
T7 7,52 9,48 13,30 17,64
TOTAL 49,4 63,8 89,7 120,9
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
NS = não significativo para os níveis testados.
60
Apêndice E - Árvores tortas em floresta de Eucalyptus benthamii, aos 6 meses, em função de
intempéries climáticas que ocorreram após a aplicação dos tratamentos, localizada
em Palmeira/SC.
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
61
Apêndice F - Árvores quebradas em floresta de Eucalyptus benthamii, aos 6 meses, em função
de intempéries climáticas que ocorreram após a aplicação dos tratamentos,
localizada em Palmeira/SC.
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.