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Flor Do Deserto - Parte II

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Anteriormente em Flor do Deserto... Berto Russel, engenheiro responsável pelo projeto de colonização de Marte, foi levado para a Base de Lançamentos de Cabo Canaveral para capitanear em primeira pessoa a Missão que projetou. Mas numa revolução de curso, os russos decidiram dar para trás e Russel vai sozinho (mas nem tanto) para o espaço por três meses. O que o futuro reserva para nosso herói? Descubra nos próximos capítulos de Flor do Deserto.

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Anteriormente em Flor do Deserto...

Berto Russel, engenheiro responsável pelo projeto de colonização de Marte, foi levado

para a Base de Lançamentos de Cabo Canaveral para capitanear em primeira pessoa a

Missão que projetou. Mas numa revolução de curso, os russos decidiram dar para trás e

Russel vai sozinho (mas nem tanto) para o espaço por três meses.

O que o futuro reserva para nosso herói?

Descubra nos próximos capítulos de Flor do Deserto.

Flor do Deserto – Capitulo 2

Era antes do meio dia, e ele estranhamente não sentia fome, apenas sono, e muito

cansado, parecia ter passado a manha levantado blocos de concreto, queria apenas relaxar.

E tirar a roupa suja e suada do corpo.

Esse apartamento dado pela Agência era bem moderno e todo branco, cama de solteiro

com abajures acima, ao lado da cama uma tela touch e lençol branco com um monograma

grande do sol e lua em eclipse, cruzados por uma espaçonave, armário embutido com portas

de formica branco gelo e ao lado dele a porta do banheiro, igualmente branca e bem acabada,

mais um armário com gavetas menor com uma tv de LCD pequena, em cima tudo branco

gelo.

Olhou dentro do armário maior e encontrou roupas, camisetas brancas e calças cinza,

de moletom basicamente, roupa esportiva. Colocou o computador ali.

Tomou um banho quente e relaxante, foi para a cama. Antes do meio dia.

Tudo estava bem na manhã do lançamento, todos felizes uma enorme festa corria solta

na base, e ele estava entrando na nave, tudo no lugar, então foi hora do lançamento, quando

percebeu uma leve brisa no rosto olhou para o lado e não viu a cabine, olhou pro lado e seu

copiloto era um cadáver, sentiu terror e pânico correu pelos seus membros, olhou para o

outro lado e viu um corpo estranho com sangue escorrendo do pescoço “Não, não, não!”

tentou soltar os cintos, mas não saiam e a voz da torre de controle, estava já em “Três, dois,

um, lançar!”, suas pupilas contraíram, foi lançado ao ar, olhou mais em volta e viu o bico da

nave se despedaçando, sentiu o atrito queimar seu rosto, fazendo força rodou no banco,

mesmo preso nele e olhou para trás, com tempo apenas de ver a nave ser engolida por uma

bola de fogo.

Acordou com a roupa toda molhada e deitava somente sobre o colchão, lençóis todos

no chão. Olhou para o relógio na tela ao lado e não passavam de quatro da tarde.

Levantou, se secou rearrumou a cama, e voltou a dormir.

Na manhã seguinte, acordou de supetão com batidas fortes na porta e alguém

berrando. Olhou o relógio de parede seis da manhã “... e aquele maldito já com todo esse

pique?”, assumiu que fosse Aron.

- Russel, acorda seu mole! – era o Aron.

Abriu a porta para um Aron de Ferro, já na pegada para correr, de camiseta regata

branca, calção de agasalho da Puma e tênis de corrida da Mizuno, com uma aparência bem

militar “a calça e o tênis não são da Nike e nem da Agência, para um milico americano é

bem estranho...”, lembrou que os primeiros misseis foram atirados na Ásia, fazendo com que

as roupas da Nike ficassem radioativas.

Aron cortou seus pensamentos e puxou-o pelo braço e o foi empurrando e gritando

incentivos, saíram correndo em volta da base por toda a manhã até por volta do meio dia.

Quando voltaram, Russel ainda estava com a roupa com que dormiu e sem tênis,

gotejando de suor e sem folego algum, para o refeitório da base – serviram boi ralado,

macarrão e salada, tudo absolutamente sem gosto algum “maldita radiação... sorte que ela só

chegou nos mares daqui...”.

- Russel...

- Sim? – disse lentamente, enxugando os litros de suor da testa, assim na manga do

pijama da agência mesmo.

- De tarde temos que treinar na academia, e pelo visto, temos muito serviço pela frente

– disse com calma, calma tamanha que acelerou os pensamentos de um Russel cansado “que

bicho o mordeu?”.

Russel deitou-se na cama do alojamento por volta das seis da tarde, apenas com calça

de moletom, muito mais calmo, e morto de cansado, ainda devia todas as horas de sono que

não dormira naquele hotelzinho, mas ainda assim, lia mais sobre a missão num tablet que

havia sido deixado sobre sua cama juntamente com um bilhete escrito “aproveite” e assinado

por Magda.

“Bem que um uísque cairia bem agora...” mas estava tão quebrado que não conseguia

pensar em nada. Até os braços se recusavam a se mexer.

Foi passando as imagens da missão, até que Russel sentiu um leve revertério no

estomago quando surgiu na tela em realidade aumentada, a animação 3D conceitual da

espaçonave completa, voando e fazendo acrobacias no vácuo do espaço, então, deixou o

tablet de lado saiu do quarto e se apoiou numa coluna que sustentava o teto logo em frente à

porta. Olhou os campos de treino e a Conqueror ao fundo. O horizonte fez o revertério

abrandar.

Pensou que o pior já tinha passado e voltou pro quarto, e se sentindo mal, conhecia

bem aquela ansiedade a palpitação cardíaca, os suores, “será mesmo tudo isso somente por

aquela foto?” imagens de astronaves explodindo e pássaros rodopiando se formaram em sua

mente, se apoiou na maçaneta, já do lado de dentro do quarto e segurou o peito como o seu

coração estivesse mesmo ali “eu vou morrer”.

Acordou na manhã seguinte seminu, molhado da cabeça aos pés de suor, largado no

chão e bloqueando a abertura da porta. Aron bateu na porta impaciente e até torceu a

maçaneta.

- Vamos Russel! Seu mole – essa já se tornava a sua saudação matinal tradicional.

- Já vai, já vai – disse ele se levantando aos poucos, todo duro e com voz pastosa,

assim que se levantou Aron empurrou a porta e se assustou.

- Santa galáxia! Você foi atropelado ai dentro? – disse Aron espantado ao ver o

tamanho das olheiras negras de Russel. Trajava uma outra muda da mesma roupa de ontem.

“Santa galáxia? Quem diz isso hoje em dia? Ele quer mesmo me treinar, parece inclusive que

eu sou seu ‘projeto’”

“Bizarro, nem é mais o Aron de ferro do outro dia”. Aron se projetou para dentro do

quarto empurrando Russel para dentro e para o lado. – Que mancha de molhado é essa no

chão?

- Estava lendo no tablet sobre a missão e de repente apaguei. – disse apontando para o

aparelho ainda ligado sobre a cama.

- No chão? Estranho... Enfim você vai fazer uma avaliação psicológica em alguns dias,

não vejo porque não adianta-la para amanhã depois dessa.

- Vamos correr então? – disse tirando uma regata de dentro do armário. Se recusou a

continuar essa conversa.

No dia seguinte por volta das oito horas da manhã, foi para o consultório do analista,

seguiu pelo corredor a esquerda virou a direita seguiu em frente e se perdeu. Andou a esmo

por uns instantes, e viu um laboratório com a porta entreaberta e a luz acesa, bateu de leve e

entrou. A porta tinha uma placa cinza desbotada escrita Dr. De Marco.

- Oh, por favor, entre e se acomode – disse um senhor de idade, já gordo e barbudo,

vestindo um paletó bege que parecia ter sido comprado na mesma época da placa lá fora com

uma gravatinha borboleta vermelha com bolinhas brancas, apontou para um divã detonado,

combinando com paletó, no centro do laboratório “Por que um laboratório? Ele não tem sala

própria por aqui?”. O gordinho portava um PDA.

Após se sentar houve toda uma apresentação que sempre achara uma baboseira,

relação com a mãe, com o pai, os outros familiares, e até que enfim, uma hora e meia hora

depois, a pergunta que não queria calar:

- Você sabe como começou seu medo de voar?

- História interessante, me deixa começar... – e assim contou de quando na infância,

viu um avião de passageiros ser abatido, não realmente explodindo, o míssil era pequeno e

atingiu a ponta de uma das asas e foi caindo, sim isso tudo antes das guerras, após o pouso

forçado numa região próxima dele, por curiosidade, infantil segundo o analista, ele se

aproximou do avião, lá, um sujeito todo arrebentado se arrastava do monte de metal

retorcido, grunhindo ajuda e rapidamente os bombeiros já chegaram para apagar o fogo. Ao

chegar em casa a mãe, já estava preocupada por saber que ele estudava na região.

Até ai, sem problemas até que uma semana depois mais um avião foi abatido por

rebeldes próxima a Republica tcheca, dessa vez contendo um familiar próximo, um tio ou

algo assim, a memória estava falha, mas o certo era que a mãe, não superou a queda e entrou

em depressão, o que foi incutido de alguma forma dentro da cabeça dele e em seguida cozido

por alguns familiares ao longo dos anos.

Estranhamente esse flashback não trouxe nem sequer um formigamento, o analista

deve ter notado.

- Interessante... Mas isso ainda não justifica seu estado quando está perto da

Conqueror. Por enquanto te classifico como apto a voar – quando disse isso seu queixo triplo

balançou perturbadoramente – pode voltar ao seu treinamento e vou sugerir para Aron mudar

seu quarto para outra posição na base. Tenha um bom dia. – disse clicando uns pontos na tela

do PDA.

“Quanto ele foi pago para dizer tudo isso?” a pergunta retumbou na sua cabeça

enquanto caminhava de volta ao alojamento.

Na verdade, ele conseguiu dissimular o sentimento de medo, mas se esforçou de

verdade, mais que em qualquer prova até agora. E na saída da sala do analista os sentimentos

estranhos e os formigamentos estomacais estavam de verdade voltando.

-Russel, seu mole! – o berro o pegou de sobressalto, sem dar tempo ao medo, quando

virou viu um Aron sorridente e suado no corredor – você me deve duzentos abdominais pela

demora! – já eram por volta do meio dia. – te vejo na academia em uma hora Russel, não me

faça esperar mais!

Corrida, refeitório sem gosto, academia, banho, cama, essa era a rotina. Aron parecia

que tinha infinitos pares daquela roupa de corrida dele. E assim transcorreu um ano, e depois

de um tempo Aron já nem acompanhava Russel na corrida, ele sabia que Russel já estava

bem encaminhado.

Outros treinamentos foram sendo inseridos, como consertar a nave em baixo da agua,

mais elétrica e eletrônica, mais outros mil tópicos, desde climatologia marciana até micro

meteoritos do espaço, e os mais assustadores de todos os treinamentos: a Catapulta, isso foi

por volta de julho e foi utilizado somente uma vez e a cadeira centrífuga, era mais frequente

mas não muito.

Nessa época, alto verão, Magda apresentou Russel para Dollan O’connell, o cientista

responsável pela aterrisagem da Conqueror, e outros sistemas de segurança, Dollan era um

sujeito fortinho, do tipo que deve malhar sempre, ou pelo menos essa era a impressão, barba

ruiva como um irlandês clássico não podia deixar de ter e um sotaque irlandês bem de leve,

trajava além do jaleco uns óculos escuros retangulares, bem estranhos, com lentes vermelhas

como o ciclope dos X-Men e por baixo do jaleco uma camiseta preta com o logo do Batman.

Clássico cientista maluco.

Foi encontrado nos campos para além da nave, já explicando para um assistente como

aquela pilha de lona atrás dele funcionava, enquanto mascava um palitinho de dentes:

-... E do sistema de pouso forçado para garantir que se não der certo pousar

normalmente, vai ter que pousar com a cabine de segurança. Para isso, projetei, desenhei e

construí A Catapulta! – Magda e Russel se aproximaram, e sentiram a pausa dramática.

Então, ele puxou a lona e surgiu uma espécie de estilingue gigante com uma esfera

posicionada num trilho “como deram dinheiro pra ele?” – alguma pergunta até o momento?

- Como isso funciona? - nesse momento os olhos de Dollan brilharam como holofotes

com a satisfação. O assistente percebeu que era sua deixa e saiu de fininho antes de ter de

ouvir tudo pela terceira vez.

- Ah! Então, você entra dentro dessa esfera, a gente amarra você aqui e te arremessa de

um navio, em determinado momento, os foguetes aqui atrás acendem e te levam mais pra

cima, então várias coisas dão errado e você tem que satisfatoriamente resolve-las! É como

um quebra-cabeças explosivo! – disse com o queixo quadrado formando um sorriso

estranhamente quadrado, mas ainda assim esbanjando felicidade, ele e seu dente de ouro – se

conseguir resolver tudo, a cápsula externa abre e a capsula interna se solta e tudo cai no mar

de paraquedas. Dúvidas?

- Como deram dinheiro pra você? – os joelhos de Russel tremiam, mas ele disfarçou e

ambos riram.

“Ele parece um bom sujeito”.

- Não sei... Eles deviam estar desesperados por algum projeto – riu com gosto mais

uma vez - mas senta ai vamos ver se funciona!

- Essa máquina não foi testada ainda?! – mais tremedeira nos joelhos. Agora não deu

para disfarçar.

- Não, sim, foi testada, mas com um robô. Anda, senta ai temos que treinar você! –

disse já empurrando Russel para dentro, Magda que nem olhava, continuou postando na

internet.

- Ei! Atenção! Olha essa mão ai! – agora Magda olhou, e viu Russel sendo amarrado

dentro da capsula, pensou em fazer algo, mas era tarde demais.

- Dollan! Espere... – mas a capsula já estava em posição e sendo levada para um porta-

aviões que o esperava, na costa, não muito longe dali. – Dollan! Droga tarde demais. – pega

o PDA e liga para Aron. Que não atende.

Dentro da capsula apertada, Russel pensava “Merda, merda, merda! Não pra soltar, e

esse monte de comandos? O que eles fazem? Será que a Magda já conseguiu avisar esse

retardado que eu não tenho treinamento nenhum como astronauta ainda?” e a capsula

começou a se mover “Meu deus, meu deus, meu deus!” estranhamente havia somente a

tremedeira e suor quente, sem aqueles suores frios que normalmente acompanhavam os

ataques, então impressionantemente, Russel toma conta dos seus próprios membros e lê o

painel.

Mais uns instantes depois “O que faz esse grande botão vermelho?” então com

vontade esmurra esse botão e sente uma forte aceleração para cima, uma onda de choque e

um tranco, até que a capsula abre e ele encontra um Dollan meio chamuscado pulando de

alegria.

- Funciona! Ela funciona! E ele é o melhor astronauta que eu já vi... Conseguiu

descobrir como tudo funciona em segundos! – disse com certa ironia o que fez Russel ter

vontade de rir.

- Isso não pode ser sério... – disse Russel inconformado com o resultado saindo da

capsula com certa dificuldade – o que aconteceu afinal?

Magda se aproximou.

- A base explodiu, a capsula interna se ejetou soltando fumaça preta no Dollan, e

soltou um paraquedas depois, você não foi mais pra cima do que uns dez metros. Você está

bem? – a cara de Russel estava branca.

- Eu... – e sofreu mais um desmaio.

Após a descoberta de que, se Russel não visse nada, ele tomaria controle da situação, o

projeto original da Conqueror foi alterado, o painel transparente de frente foi trocado por um

opaco, assim Russel poderia ficar na cabine de comando sem sofrer nenhum desmaio, já que

ele não estava vendo nada. Porem as operações de pouso seriam mais complexas e não

poderiam ter navegação visual.

Por volta de agosto, Aron estava mais feliz do que nunca, e chamou Russel para uma

conversa “De novo só ele vai falar...”.

- Russel! Sente-se, tome alguma coisa – o sorriso largo denunciava que algo de bom

estava no ar, Aron levantou e pôs um copo de uísque com gelo na mão de Russel - os russos

voltaram e disseram que teremos nossos astronautas, mas que eles querem mandar o próprio

foguete para marte – ai a mesa virou e Aron de ferro voltou – Mas não antes de nós! –seus

olhos brilharam com o que ele deve ter considerado como desafio – estou acelerando o seu

treinamento, já amanhã temos um lançamento teste para ver como você e Karina se

comportam. E já aproveitando, ela chegou ontem da Rússia, e colocamo-la no alojamento ao

lado do seu. Precisamos do máximo de entrosamento.

- Beleza! – disse Russel com toda a calma do mundo, tomando o uísque, mas no fundo

ele tremeu de leve “treino de lançamento... será que é nessa que eu morro?” por mais que

ficasse mesmo com medo essa paranoia de voar já meio que estava ficando ridícula. – mais

alguma coisa? Esse seu uísque é ótimo.

- É ótimo sim, foi o Dollan que trouxe da última vez que foi à Irlanda, ele descobriu

uma adega secreta na casa da sua família que não tinha sido afetada pela radiação, e não

tenho mais nada a dizer. Encontro vocês dois de manhã, hora de sempre.

Ainda naquela noite, Russel praticava questões de evacuação e medidas evasivas da

Conqueror, quando batidas leves na porta cortaram seu fio de pensamento.

- Quem é? – disse bem alto da cama onde estava deitado lendo.

- Sou eu – disse uma voz feminina com sotaque bem pronunciado e um tanto

autoritário.

“Deve ser Karina” Russel teve que ir abrir esteve, nas últimas horas, ansioso para

saber quem era, abriu a porta e encontra uma loira baixinha, com porte militar, em posição

de sentido e batendo continência. “Fofa, essa daí, com o bonezinho”.

- Sargento Brchtva, K. se apresentando! – Russel não resistiu e teve que tirar uma

onda.

- Engenheiro Russel, se apresentando! – disse ele tirando um sarro da continência da

menina e fazendo beicinho e um sorrisinho em seguida. Ela olhou torto e fez uma careta,

como quem não suporta infantilidade, mas no canto da boca, aparece um sorrisinho bem

tímido, ali, ali, no cantinho, mas já passou. – legal, quer entrar ou prefere conversar ai fora?

Á noite até que não fazia frio, dava pra sair, então ele abre a porta do quarto, e estava

sem camisa, Karina fica menos dura e o admira de baixo pra cima, os resultados do

treinamento e empurra-o de volta para dentro do quarto e fecha a porta atrás dela.

- Russel, seu mole! Acorda! – Russel levanta leve e feliz, põe a calça e abre a porta –

Russel, eu bati na porta da sargento, e ela não atendeu, você tem ideia do que aconteceu?

- Bem... É complicado explicar... Veja você mesmo – disse enquanto saia da frente

para mostrar uma Karina semicoberta por lençóis. Os dois se encaram, e Russel dá uma

piscadinha.

- Você sabe que não permitimos nos campos esses tipos de contato não é? – disse

quase sussurrando – são regras arcaicas, eu acho, mas ainda assim, regras da Agencia... Não

vou contar nada por causa da finalidade que vocês dois terão em Marte, mas não de

bandeira!

E os dois foram correr.