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fls. 1 ARRUDA MUNHOZ CONTRAS SOCIEDADE DE ADVOGADOS Airton Camilo Leite Xunfloz Leoriarao Arruda Xtmaoz Patricia Amiba Xunftoz EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA a VARA DA FAZENDA PÚBLICA: 1. 1GIARIA LUIZA PISTELLI, brasileira, divorciada, agente de saneamento (registro do sistema: 897621101), portadora do RG: 4.790.469 e CPF: 120.305.088-70, residente e domiciliada a Rua dos Ipês, 26, Jardim Rafaela, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000; \\ '2. ALICE BORGES, brasileira, casada, auxiliar de enfermagem (registro do sistema: 692744003), portadora do RG: 13.991.960 e CPF: 068.801.628-60, residente e domiciliaria a R \ a Governador Garcez, 33, Industrial, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000; 3. NA KLEINGESINDS, brasileira, divorciada, executiva publica (registro do sistema: 118474001), portadora do RG: 3.481.387-1 e CPF: 075.622.688-00, residente e domiciliada a Rua Itapicuru, 326, Apto 23, Perdizes, São Paulo / SP, Cep: 05006-000; Ruo Bardo de 1tapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - Silo Paulo / SP - Cal); 01042-001 Fone/lar : (11) 3259-2414 - .1258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail.. munh~v.oabsp.org.br

fls. 1 ARRUDA MUNHOZ CONTRAS Leoriarao Arruda Xtmaoz · MARIA CRISTINA MOLINA PEINADO, brasileira, casada, ... residente e domiciliada a Rua Henrique Ricci, 1483, Jardim'Eliana, Itobi

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ARRUDA MUNHOZ CONTRAS SOCIEDADE DE ADVOGADOS

• Airton Camilo Leite Xunfloz

Leoriarao Arruda Xtmaoz Patricia Amiba Xunftoz

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA a VARA DA

FAZENDA PÚBLICA:

1. 1GIARIA LUIZA PISTELLI, brasileira, divorciada, agente de saneamento (registro

do sistema: 897621101), portadora do RG: 4.790.469 e CPF: 120.305.088-70, residente e

domiciliada a Rua dos Ipês, 26, Jardim Rafaela, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000; \\

'2. ALICE BORGES, brasileira, casada, auxiliar de enfermagem (registro do sistema:

692744003), portadora do RG: 13.991.960 e CPF: 068.801.628-60, residente e domiciliaria a R \ a Governador Garcez, 33, Industrial, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000;

3. NA KLEINGESINDS, brasileira, divorciada, executiva publica (registro do

sistema: 118474001), portadora do RG: 3.481.387-1 e CPF: 075.622.688-00, residente e

domiciliada a Rua Itapicuru, 326, Apto 23, Perdizes, São Paulo / SP, Cep: 05006-000;

Ruo Bardo de 1tapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - Silo Paulo / SP - Cal); 01042-001 Fone/lar : (11) 3259-2414 - .1258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail.. munh~v.oabsp.org.br

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ARRUDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

2

Airton Camilo Leite Xunioz .Ceonarao Arruba Xunrioz Patricia Arroba 24cunftoz

4. ARMEN LÚCIA MARENO DA SILVA, brasileira, casada, auxiliar de enfermagem (registro do sistema: 1204467201), portadora do RG: 29.285.113-3 e CPF:

253.090.188-08, residente e domiciliada a Rua Marlene Olher Marinho, 44, Salathiel Soares

Cafelândia / SP, Cep: 16500-000;

'5. CREUZA MARIA PEDROSO, brasileira, solteira, oficial administrativa (registro

do sistema: 254376001), portadora do RG: 5.664.870 e CPF: 825.885.898-04, residente e

domiciliada a Avenida São Paulo, 1807, Parque Alto de Fátima, Lins / SP, Cep: 16403-266, Designada em pro-labore — Diretora técnica II;

6. CRISTIANE DIAS ARAUJO, brasileira, casada, auxiliar de enfermagem (registro

do sistema: 1161695701), portadora do RG: 28.994.520-3 e CPF: 198.612.378-28, residente

domiciliada a Rua Nicanor Mendes, 72, Apto 52B. Conjunto Residencial Jose Bonifácio,

S o Paulo / SP, Cep: 08253-380;

7. LANE CRISTINA DE MORAES, brasileira, separada judicialmente, auxiliar de

enfermagem (registro do sistema: 1178511102), portadora do RG: 30.524.573-9 e CPF:

2.478.558-43, residente e domiciliada a Rua Rio Branco, 22, Centro, Guaiçara / SP, Cep:

1 k430-000;

S. FERNANDA MARIA CAUTELLA PELEGRINI LOPES DA CUNHA, brasileira, casada, chefe I (registro do sistema: 777469203), portadora do RG: 8.322.318 e

CPF: 043.371.068-39, residente e domiciliada a Rua Capitão Horta, 521, Centro, Casa

Branca / SP, Cep: 13700-000, Alteração de exercício / cargo em comissão — Oficial 111 administrativa;

9. IZABEL BIANCHINI, brasileira, solteira, assistente social (registro do sistema:

583736401), portadora do RG: 6.124.528 e CPF: 047.551.718-06, residente e domiciliada a

ua Antonio Buzinaro, 238, Centro, Guaiçara / SP, Cep: 16430-000;

10. JARBAS TADEU ARCURI, brasileiro, casado, auxiliar de enfermagem (registro do

sistema: 323503802), portador do RG: 9.032.077 e CPF: 848.651,808-34, residente e domiciliado a Rua Florinda de Souza, 32, Centro, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000;

'11. SOÃO CARLOS DE SOUZA, brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços gerais

(registro do sistema: 331621001), portador do RG: 9.534.960 e CPF: 821.667.738-34,

residente e domiciliado a Avenida Coronel João Gonçalves, 689, Desterro, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000;

Rua Bardo de ltapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - [email protected]

, fls. 3

UDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

3

Aírton Carnito reste Munhoz roonarao Arrasa Munhoz Patricia Arruba Munhoz

'12. JOSÉ ROBERTO ROMANO, brasileiro, casado, auxiliar de serviços gerais

(registro do sistema: 1230547902), portador do RG: 17.941.045 e CPF: 068.660.368-01,

sidente e domiciliado a Rua Angelo Estefanine, 393 Fundos, Centro, Casa Branca / SP,

C : 13700-000;

13. LENITA KUHLL NAVARRO DE MORAES CINTRA, brasileira, casada, oficial

administrativa (registro do sistema: 1260980801), portadora do RG: 22.200.405-8 e CPF:

161.981.968-60, residente e domiciliada a Rua Pedro Fogolin Filho, 106, Residencial

F rtaleza, Lins / SP, Cep: 16400-307;

k.14. \LUCIA ELENA ELIAS, brasileira, casada, oficial administrativa (registro do

s tema: 484243104), portadora do RG: 15.926.752 e CPF: 099.447.078-99, residente e

do iciliada a Rua Florinda de Souza, 32, Centro, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000;

15. 'LUIZ FERNANDO ARGENTINI, brasileiro, casado, oficial operacional (registro

do sistema: 941433202), portador do RG: 15.648.400-6 e CPF: 068.646.988-74, residente e

do'\ iciliado a Rua Santo Antonio, 145, Centro, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000;

O;

`17. ÌVIARIA JOSÉ RAPHAEL LOPES, brasileira, casada, oficial administrativa

(registro do sistema: 547067502), portadora do RG: 19.985.375-7 e CPF: 102.350.748-02,

residente e domiciliada a Rua Senador Lacerda Franco, 470, Centro, Casa Branca / SP, Cep:

137 0-000, Designada em cargo vago — Diretora I;

AMARIA ROSA RANZONI RODRIGUES, brasileira, separada judicialmente,

auxiliar de serviços gerais (registro do sistema: 692779802), portadora do RG: 12.697.608 e

CPF: 052.390.478-98, residente e domiciliada a Rua Jose de Lima Horta, 274, Santa Maria,

asa Branca / SP, Cep: 13700-000, Designada em cargo vago — Encarregada I;

19. PATRÍCIA ANDRADE, brasileira, solteira, oficial administrativa (registro do

sistema: 1143336001), portadora do RG: 26.185.359-4 e CPF: 256.043.118-12, residente e

domiciliada a Rua Herman Frank, 193, Vila Charlote, São Paulo / SP, Cep: 03275-080;

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/ 406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail: munhoz(0dv.oabsp.org.br

\-16. MARIA CRISTINA MOLINA PEINADO, brasileira, casada, oficial administrativa

(registro do sistema: 912797502), portadora do RG: 18.072.286 e CPF: 137.518.528-40,

residente e domiciliada a Rua Henrique Ricci, 1483, Jardim'Eliana, Itobi / SP, Cep: 13715-

fls. 4

Airton emito Leite Xunlioz Leonora° ~toa Xunnoz Patricia Armila Xunfloz

ARRUDA 'MUNHOZ 5 CIEDADE DE ADVOGADOS

4

20. RISCILA ANTUNES, brasileira, casada, auxiliar de enfermagem (registro do

sistema: 1208077902), portadora do RG: 35.076.267-3 e CPF: 308.975.028-76, residente e

domiciliada a Rua Leopoldo Dias Quintella, 485, Residencial Jardim do Sol, Lins / SP, Cep: 16402-712;

21. RAFAEL JACINTO BARNABÉ JUNIOR, brasileiro, casado, oficial administrativo (registro do sistema: 859492201), portador do RG: 18.073.439 e CPF:

108.119.858-30, residente e domiciliado a Rua Ângelo Francischet, 372, Centro, Casa B anca / SP, Cep: 13700-000;

'22. ROSEMARA FERNANDES, brasileira, separada judicialmente, oficial

administrativa (registro do sistema: 855315402), portadora do RG: 26.588.706 e CPF:

171.753.938-65, residente e domiciliada a Rua Pedro Dutra, 104, Centro, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000;

OSEMEIRE SIQUEIRA DA SILVA, brasileira, solteira, auxlllar de serviços

gerais (registro do sistema: 845985001), portadora do RG: 23.055.472-6 e CPF:

132.754.658-21, residente e domiciliada a Avenida Julio Buono, 1756, Casa 01, Vila

Gustavo, São Paulo / SP, Cep: 02201-000;

24. SHIRLEY DONIZETE DE ANDRADE MOMETTI, brasileira, casada, oficial

administrativa (registro do sistema: 594669402), portadora do RG: 19.603.242-8 e CPF:

079.552.918-08, residente e domiciliada a Rua Família Zanchetta, 26, Jardim América, Casa

Branca / SP, Cep: 13700-000, Designada em cargo vago — Chefe 1;

'25. "SIDNEY BORGES, brasileiro, casado, atendente (registro do sistema: 331564202),

portador do RG: 9.533.941 e CPF: 848.647.458-20, residente e domiciliado a Rua

Governador Garcez, 33, Industrial, Casa Branca / SP, Cep: 13700-000, Designado em cargo vago — Chefe 1;

26. 'SORAIA SILVA MOREIRA, brasileira, casada, enfermeira (registro do sistema:

1187502103), portadora do RG: 9.524.638-5 e CPF: 081.737.077-31, residente e domiciliada

a ua Aroeira, 228, Jardim Pinheiro. Lins / SP, Cep: 16400-576;

27.`SUELI APARECIDA DO NASCIMENTO VALENCIANO, brasileira, casada,

auxiliar de enfermagem (registro do sistema: 1224129502), portadora do RG: 21.685.915-3 e

CPF: 111.067.108-35, residente e domiciliada a Rua Henrique Bertin, 551, Jardim Bom

Viver Il. Lins / SP, Cep: 16403-435;

6/ Rua Barão de Itopetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mall: [email protected]

Airton Camilo fAite Xttniloz fxonarbo Arroba Xunfioz Patricia Arruaa ~noz

fls. 5

ARRUDA MUNIIOZ CIEDADE DE ADVOGADOS

5

28. ELI CRISTINA DE OLIVEIRA BIGANZOLI, brasileira, casada, enfermeira (registro do sistema: 1135259002), portadora do RG: 19.338.319-2 e CPF: 072.219.458-70,

residente e domiciliada a Rua Domingos Barbosa Aguiar, 195, Parque Alto da Boa Vista, ris / SP, Cep: 16400-227;

29. 'VALERIA BAKOS, brasileira, solteira, oficial administrativa (registro do sistema: 737818003), portadora do RG: 21.967.918-6 e CPF: 113.149.138-67, residente e domiciliada

a Rua São Francisco, 113, Apto 102, Sé, São Paulo / SP, Cep: 01005-020, Designada em cargo vago — Chefe I;

30. VERA LUCIA EVARISTO, brasileira, divorciada, auxiliar de enfermagem (registro

do sistema: 1145519604), portadora do RG: 18.828.769-3 e CPF: 219.247.378-84, residente

e domiciliada a Rua dos Alecrins, 107, Bom Viver, Promissão / SP, Cep: 16370-000;

por seu advogado, infra-assinado (procurações 1 a 30), vêm, respeitosamente, à

presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 282 e seguintes do Código

de Processo Civil, propor a presente

em face da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, pelos motivos de fato e de

direito a seguir expostos:

1. Os autores são servidores estaduais, pertencentes

ao quadro da Secretaria da Saúde, conforme comprovam os inclusos documentos

(doc. 1.1 a 30.3).

DIREITO PLEITEADO NESTA ACÃO

2. Pretendem os autores através da presente ação, a

inclusão do PRÉMIO DE INCENTIVO na base de cálculo da vantagem do

Adicional por Tempo de Serviço (quinquênio), com o respectivo pagamento das

diferenças devidas, nos termos do artigo 129 da Constituição Estadual.

Rua Bardo de Itapefininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-0015 Fone/fax: (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mall: [email protected]

Airton Camilo Leite Munfloz Uonarao Arroba Munitoz Patrícia Arroba Xunfioz

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

3. Os autores, são servidores pertencentes à Secretaria

da Saúde, todos com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, e consequentemente,

percebendo no mínimo 1 (um) Adicional por Tempo de Serviço, conforme

comprovam os documentos em anexo.

4. Nos termos do artigo 127 da Lei 10.261/68 e

posteriormente o artigo 129 da Constituição Estadual, é devido ao servidor estadual, a

cada cinco anos de trabalho, um Adicional por Tempo de Serviço, calculado à razão

de 5% (cinco por cento) sobre os vencimentos.

5. Ocorre que, o Governo do Estado de São Paulo,

nos últimos anos, tem adotado política salarial incompatível e totalmente equivocada,

eis que com o artificio de "reajustes", vem concedendo gratificações / prêmios com as

mais diversas nomenclaturas, sem a devida incidência no cálculo dos Adicionais por

Tempo de Serviço (quinquênios).

6. No presente caso, os autores objetivam a incidência

do Prêmio de Incentivo no cálculo dos Adicionais por Tempo de Serviço

(quinquênios), uma vez que tal vantagem, pela sua verdadeira natureza, absolutamente

integra os vencimentos dos autores.

7. Realmente, o Prêmio de Incentivo, pela sua

efetividade e permanência, trata-se na verdade de aumento de vencimentos de caráter

geral, se caracterizando como política de complementação do salário base, e assim,

inteiramente devido a sua incidência no cálculo dos quinquênios.

fls. 6

• ARRUDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

6

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail: [email protected]

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Mrton Camito tette Munam Leonarao Arruõa Xunnoz Y'atricla Amiba Munfloz

• ARRUDA IIUMIOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

7

DA CARACTERÍSTICA DO PRÊMIO DE INCENTIVO

8. Primeiramente, necessário se faz conferir o

diploma legal, que instituiu, o Prêmio de Incentivo, "in verbis":

LEI N° 8.975, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1994.

Dispõe sobre a concessão de Prêmio de Incentivo aos

servidores em exercício na Secretária da Saúde, nas

condições que especifica

Artigo 1° - Poderá ser concedido, em caráter

experimental e transitório, pelo prazo de 12 (doze)

meses, Prêmio de Incentivo aos servidores em

exercício na Secretária da Saúde, objetivando o

incremento da produtividade e o aprimoramento da

qualidade dos serviços prestados na área da saúde,

mediante avaliação dos seguintes fatores:

Artigo 4° O Prêmio de Incentivo não se incorporará aos

vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre ele

não incidirão vantagens de qualquer natureza, bem como

os descontos previdenciários e de assistência médica.

§ único - O valor do Prêmio de Incentivo não será

computado no cálculo do décimo terceiro salário a

que se refere a Lei Complementar n° 644, de 28 de

dezembro de 1989.

(grifou-se)

9. Posteriormente, houve a prorrogação do pagamento

do Prêmio de Incentivo pela Lei n° 9.185/95 e finalmente através da Lei n° 9.463/961

foi concedido por tempo indeterminado (doc. 31/33).

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/ 406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042,001 Fone/fax : (II) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mall: nuershoz(4)admoabsp.org.br '

fls. 8

ARRUDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

8

10. O Prêmio de Incentivo para os servidores da Secretaria da Saúde foi regulamentado pelo Decreto n° 41.794/97 e alterado pelo Decreto n° 42.955/98, sendo importante a transcrição do seguinte trecho:

DECRETO N° 42.955, DE 23 DE MARÇO DE 1998.

Artigo 1° - Os dispositivos adiantes mencionados do Decreto n° 41.794, de 19 de maio de 1997, passam a vigorar com a seguinte redação:

I — o artigo 3°: "Artigo 3° - O Prêmio de incentivo será pano mensalmente e terá como composição percentual máxima o que se segue: ... (grifou-se)

11. Importante, foi o surgimento da Resolução SS 1, de 07/01/2009, que dispõe sobre o pagamento do prêmio de incentivo aos aposentados:

Resolução SS -1, de 7-1-2009 O Secretário de Estado de Saúde, considerando que 50`Yo (cinquenta por cento) do recurso destinado ao pagamento do Premio de incentivo é dividido aos servidores em exercício na Secretaria de Estado da Saúde, independente de avaliacão- considerando disposições do artigo 40, § 3 . ° , da Carta Magna que estabelece que "os proventos de aposentadoria, por ocasião de sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração"; e considerando que servidores vem conquistando o direito à percepção prêmio de incentivo após a aposentação, mediante decisão judicial, resolve: Artigo 1° - O servidor do quadro da Secretaria de Estado da Saúde que, por ocasião da aposentadoria, esteia percebendo o Prêmio de Incentivo de que trata a Lei n. ° 8.975, de 25 de novembro de 1994, alterada pela Lei n. ° 9.463, de 19 de dezembro de 1996 fará lus a manutencão do beneficio no valor preconizado no inciso 1, do artigo 3. °, do Decreto n.° 41.794, de 19 de maio de 1997.

Rua Barão de ltapedninga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail: [email protected]

Airton Ccmtifo Late Nungoz Ceonctrao &moa Munfloz Patricia Arrubct Xunilaz

fls. 9 • • ARRUDA MUNHOZ

SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Airton Congo Leite Munhoz Leonora° Arruaa Munhoz Patricia Arroba Munhoz

9

Parágrafo Único - O beneficio de que trata o "caput" será

calculado com base no valor estabelecido para o

cargo/funcão - atividade em que se der a aposentadoria.

Artigo 2. ° - Não fará jus ao beneficio de que trata o artigo

anterior o servidor que, por ocasião da aposentadoria, se

encontre afastado a qualquer título, exceto quando tratar-se

de licença para tratamento de saúde ou licença por acidente

de trabalho ou doença profissional.

Artigo 3. ° - As disposições desta resqlqção aplicam-sei

nas mesmas condições, aos servidores que passaram à

inatividade a partir do exercício de 1995.

Artigo 4. ° - Esta resolução entra em vigor a partir de 01 de

janeiro de 2009.

(grifou-se)

12. Ao analisar os dispositivos acima transcritos,

conclui-se que não se trata de uma gratificação de serviço, pois se assim o fosse, não

poderia ser estendida aos inativos.

13. O Prêmio de Incentivo, não especificou qualquer

função — eis que atinge todos os servidores em exercício nas Unidades de Saúde

• Estaduais -, bem como vem sendo pano aos apelantes, desde sua instituição (19951,

ininterruptamente, até a presente data, ou sela, há mais de 13 (treze) anos.

14. Assim, evidencia-se que apesar da referida

vantagem possuir o "nomem iuris" de "Prêmio", não passa na verdade de

aumento de vencimentos de caráter geral.

15. Aliás, a verdadeira natureza do Prêmio de

Incentivo, já foi analisada pelo E. Tribunal de Justiça de São Paulo, consoante se

verifica da inclusa cópia de Acórdão, na qual transcreve o seguinte trecho:

Rua Bardo de Rapetininga, 297 - Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001? Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mall: [email protected]

• , fls. 10

ARRUDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

10

ekrton Ccunife Leite Xxinikrz Ceonarao duraba Mtniioz Pairkla Arrubct›Cuttiloz

1

Apelação Civel n° 253.596-5/-8-00

5• Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL — AÇÃO ORDINÁRIA — PRÊMIO DE INCENTIVO — ÁREA DA SAÚDE — INATIVOS — CIRURGIÃO DENTISTA — Embora a Lei Paulista n. 8.975, de 25.11.1994, alterada pelas Leis Paulistas n. 9.185, de 21.11.1995, e 9.463, de 19.12.1996 e regulamentada pelo Decreto Paulista n. 41.794, de 19.5.1997, que institiu o "Prêmio de Incentivo à Produtuvidade e Qualidade — PIPQ" para os servidores da Secretária da Saúde", em seus artigos 1°, "capur e 2°, respectivamente, tiveram intenção de excluir implicitamente os aposentados dessa benesse, quando estipularam que seria ele para os servidores em exercício e não se incorporaria aos vencimentos, possibilitaram isso ao torna-lo definitivo. Assim sendo. forcoso convir que configura indisfarcável beneficio ou vantagem concedido a servidor público em

atividade, sem estrito caráter de transitoriedade, que, por força de imperativo constitucional, deve obrigatoriamente ser estendido aos inativos.

(grifou-se)

16. Ocorre que, apesar do Prêmio de Incentivo ser

vantagem que integra de forma definitiva e permanente os vencimentos dos apelantes,

a Administração Estadual em total desrespeito a Legislação e Constituição Estadual,

não vem computado o mesmo na base de cálculo da vantagem do Adicional por Tempo de Serviço (quinquênio).

DO LEGITIMO DIREITO DOS AUTORES ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

17. De fato, a Ré não incluindo o Prêmio de Incentivo

no cálculo dos adicionais por tempo de serviço (quinquênios), está desrespeitando a

regra contida no artigo 129 da Constituição Estadual, que dispõe:

Rua Barão de kapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - 3231-2479 - e-mail: munhoz®adv.oabsp.org.br 1 0

•■•

fis. 11

ARRUDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Airton Cantifo Leite Xusilez Ceonarbo Arrua a Xtmlioz patrícia Arroba >Confim

11

Artigo 129 — Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional Por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição. (grifou-se)

18. A norma acima é clara quando determina que o cálculo do Adicional por Tempo de Serviço deva ser elaborado com base nos vencimentos / proventos integrais.

19. De igual forma, estabelece o artigo 11 da Lei Complementar n° 712/93, determinando que o adicional por tempo de serviço seja

calculado sobre o valor dos vencimentos.

20. Com a finalidade de corroborar com a pretensão dos autores, vale conferir a lição do Ilustre Hely Lopes Meirelles em sua obra "Direito

Administrativo Brasileiro", 15' Edição — Editora Revista dos Tribunais, pág. 392:

"Vencimentos — Vencimento, em sentido estrito, é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo,

correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação.

Quando o Legislador pretende restringir o conceito ao padrão do servidor emprega o vocábulo no singular - vencimento; quando quer abranger as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural - vencimentos"

(grifou-se)

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21. Impende ressaltar, que os autores não objetivam

qualquer efeito "cascata" ou incidência "repique" de cálculos, nem contrario ao

disposto no artigo 115, XVI da Carta Estadual e artigo 37, XIV da Constituição

Federal, mas única e exclusivamente o cumprimento puro e simples do artigo 129 da

Constituição Estadual, calculando-se a vantagem do Adicional por Tempo de Serviço

(quinquênio) sobre o Prêmio de Incentivo.

DA JURISPRUDÊNCIA

22. O Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo em

casos como o presente, vem se manifestando favoravelmente aos autores, conforme se

verifica da inclusa cópia de Acórdão, na qual transcreve os seguintes trechos:

Apelação Cível n° 317.065-5/0-00

9° Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça

SERVIDOR PÚBLICO — Adicional por tempo de serviço —

Incidência sobre os vencimentos integrais ICE. Art. 129) —

Dispositivo constitucional auto-aplicável — Emprego da

expressão "vencimentos" no plural, acrescido do adjetivo

"Integrais", sem caráter restritivo — Aplicação da regra

sendo a qual ubi lex non distinguit nec nos dlstinguere

debemus — Ressalva das verbas eventuais, que

constituem parcelas transitórias.

(grifou-se)

23. Vale conferir também, a decisão proferida nos

autos do Incidente de Uniformização de Jurisprudência, que apesar de tratar sobre a

Sexta-Parte, é inteiramente aplicável "in casu", em razão do artigo 129 da Carta

Estadual, cuja cópia segue em anexo, na qual transcreve os seguintes trechos:

Rua liará° de ItapetinInga, 297 - 4' Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-1414 - 3258-3146 - 3231-5119 - 3231-2479 - e-mail: munhoz®adv.oabsp.org.br I

, fls. 12

ARRUDA .11UNROZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

12

Airton Camilo Leite Xunlloz teonarao Amiba Xtmlioz Pairida Amiba Xtmfloz

1

. fls. 13

ARRUDA MUNHOZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Airton CamWo tette Xurtgoz teonarbo Amiba Xunlioz Patricia Amiba 24unRoz

13

Incidente Uniformização Jurisprudência n° 193.485-1/6-03

SERVIDOR PÚBLICO - SEXTA-PARTE - Incidência sobre todas as parcelas componentes dos vencimentos, entendendo-se por vencimentos integrais o padrão mais

as vantagens adicionais efetivamente recebidas, salvo as eventuais - Uniformização de Jurisprudência neste sentido.

24. Portanto, verifica-se que os autores têm direito ao cálculo do Adicional por Tempo de Serviço (quinquênio), com a inclusão do

PRÊMIO DE INCENTIVO, sob pena de violação ao artigo 129 da Constituição Estadual, artigos 5°, "caput" (princípio da igualdade) e inciso XXXVI (direito adquirido) e 37, "caput" (princípio da moralidade) ambos da Constituição Federal.

DO PEDIDO

25. Do exposto, requerem os autores a citação da Ré, para responder aos termos da presente, até final, quando aguardam seja a mesma julgada PROCEDENTE, condenando-a:

25.1. efetuar o correto cálculo dos Adicionais por Tempo de Serviço (quinquênios) dos autores, com a inclusão do PRÊMIO DE INCENTIVO em sua base de cálculo, nos exatos termos do artigo 129 da Constituição Estadual;

25.2. ao pagamento das diferenças acima mencionadas, desde quando começou a ser pago o Prêmio de Incentivo aos autores,

respeitada a prescrição quinquenal, até o efetivo cumprimento da obrigação,

acrescidas de correção monetária desde os vencimentos / proventos em que eram

devidos, por tratar-se de crédito de natureza alimentar, juros de mora, reembolso das

custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios calculados em 20% (vinte por cento) sobre o valor total da condenação;

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/ 406 - Centro - Selo Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3131-5129 - 3231-2479 - e-mall: [email protected] 13

I. -...di

São Paulo, 08 de julho de 20

A ION C O LEITE MUNI-10Z

OAB/SP N 444

LEONARDO A

OAB/SP N° 17

DA MUNHOZ

25.3. ao apostilamento do decidido, para que prevaleça no futuro, o direito pleiteado nesta ação.

26. Requerem finalmente, que as intimações do presente feito sejam processadas EXCLUSIVAMENTE na pessoa dos advogados AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ e LEONARDO ARRUDA MUNHOZ.

27. Protestam provar o alegado, por todos os meios

de provas em direito admitidos, especialmente depoimento pessoal, oitiva de

testemunhas, juntadas de documentos, expedição de ofícios, perícias, etc.

Dá-se a causa o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais),

para fins de alçada.

Termos em que, com a juntada das guias de custas

judiciais e diligência do Sr. Oficial de Justiça,

P. Deferimento.

Rua Bardo de Itapetininga, 297 - 4° Andar - Conjuntos 403/406 - Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Li

Fone/fax : (11) 3259-2414 - 3258-3246 - 3231-5129 - .3231-2479 - e-mall: munhoz®adv.oabsp.org.br

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Airton Congo Leite Xlmiloz ARRUDA MUNHOZ 14

Leonora° arruaa Xunftoz

SOCIEDADE DE ADVOGADOS Paincla Arruai' Xtutfloz

1

Data de disponibilização: 26/11/2010 - Orgão Judicial: DJSP - CADERNO 3 JUDICIAL 1' INSTÂNCIA CAPITAL. Fórum Hely Lopes / 5' Vara da Fazenda Pública

EDITAL DE INTIMACAO DE ADVOGADOS RELACAO N° 0232/2010Processo 0022382- 76.2010.8.26.0053 (053.10.022382-9) - Procedimento Ordinario - Pagamento - Maria Luiza Pistelli e outros - Fazenda do Estado de Sao Paulo - FESP - VISTOS. Cuida-se de Procedimento Ordinario promovida por Maria Luiza Pistelli e outros contra a Fazenda do Estado de Sao Paulo - FESP alegando, em resumo, que a forma do qUinqUenio que tem sido praticada e inconstitucional, pois deveria incidir com a inclusao do Premio de Incentivo (PIN). Com a peticao inicial vieram procuracao e documentos. Citada, a re contestou o feito. No merito defendeu que a incidencia dos quinquenios nao se da na forma pretendida pela peticao inicial, uma vez que o propio diploma legal que instituiu o premio de incentivo exclui-o da base de calculo de outras vantagens, seja de que natureza foram. Sendo assim, alega inexistir amparo legal para o pedido pretendido. E o relatorio. FUNDAMENTO E DECIDO. E caso de julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 330, inciso I, do Codigo de Processo Civil, na medida em que apesar da causa denotar relevancia sobre fatos e direitos, apenas nesse ultimo ha alguma controversia, de sorte que a causa cuida exclusivamente de interpretacao do direito posto aplicavel, dispensando de pronto qualquer necessidade de dilacao probatoria. Significa dizer, os documentos encartados nos autos sao suficientes para conhecimento e julgamento da demanda. Calha anotar apenas por amor ao discurso que o artigo 330, inciso I, do Codigo de Processo Civil ao determinar o julgamento antecipado trilha o caminho saudavel da razoavel duracao do processo, da celeridade e da economia processual, notadamente porque e preceito insito as causas sumamente de direito, ou de direito e fatos quando apenas aquele for ainda controverso, que seja quanto antes proferida a solucao vindoura com dispensa de protelatoria dilacao probatoria. Passo direto a questao de fundo. QUINQUENIO ARTIGO 129 DA CONSTITUICAO ESTADUAL VANTAGENS PECUNIARIAS EX FACTO TEMPORIS O cerne da questao se situa no entorno dos qUinqUenios previstos na Constituicao do Estado de Sao Paulo, no artigo 129. Ainda que adicionais por tempo de servico se decomponham em duas especies, a saber, qUinqUenio e sexta-parte, traco abstratamente o perfil antes de dar o direito. Cumpre trazer a tona o dispositivo e conhece-lo a luz de sua natureza juridica, para enfim matiza-lo dentro de sua mais adequada interpretacao. Preconiza o preceptivo em comento: Artigo 129 - Ao servidor publico estadual e assegurado o percebimento do adicional por tempo de servico, concedido no minimo, por qUinqUenio, e vedada a sua limitacao, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercicio, que se incorporarao aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituicao. Como se ve, ali o Poder Constituinte Decorrente lancou em favor dos servidores do Estado Bandeirante o direito ao qUinqUenio. Considerando que a polemica aqui nao gira sobre a vigencia do artigo ou mesmo na existencia dos beneficios, mas no alcance dos termos, e preciso delimitar com exatidao o conteudo, e a partir dele concluir o fiel significado. A lide dentro dessas premissas se desembaraca em profundidade superior ao que a analise menos detida poderia sugerir. "Adicionais" e terna nuclear para desembaracar a especie. Trata-se de assunto encartado com seguranca dentro do amplo espectro de vantagens pecuniarias percebidas pelo servidor publico. A multiplicidade de verbas incidentes sobre e no entorno, assim como o proprio salario-padrao, constitui o facetado conjunto que compoe a remuneracao. Empresto a definicao de HELY MEIRELLES: "Vantagens pecuniarias sao acrescimos ao vencimento do servidor, concedidas a titulo definitivo ou transitorio, pela decorrencia do tempo de servico (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funcoes especiais de servico (ex facto officii), ou em razao das condicoes anormais em que se realiza o servico (propter laborem), ou finalmente, em razao de condicoes pessoais dos servidores (propter personam).

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As duas primeiras especies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais de funcao), as duas ultimas formam a categoria das gratificacoes (gratificacoes de servico e gratificacoes pessoais). Todas elas sao especies do genero retribuicao pecuniaria, mas se apresentam com características proprias e efeitos peculiares em relacao ao beneficiario e a Administracao, constituindo os "demais componentes do sistema remuneratorio" referidos pelo art. 39, § I', da CF. Somadas ao vencimento (padrao do cargo), resultam nos vencimentos, modalidade de remuneracao". Ao que extrai do teor, segura a natureza do qUinqUenio como adicional de vencimento ex facto temporis. Alias, nem poderia ser outra a subsuncao, pois, de conformidade com o dispositivo constitucional, constata-se que o Constituinte Decorrente condicionou objetivamente as vantagens qUinqUenio exclusivamente ao cumprimento de um lustro. "VENCIMENTO" E "VENCIMENTOS INTEGRAIS". ALCANCE DOUTRINARIO E JUR1SPRUDENCIAL. POSICOES DESTACADAS NO E. TJSP. Em que pese toda essa evidencia, a partir desse ponto lia intensa polemica circundando todo o conteudo dos elementos que descrevem o qUinqUenio. A primeira e nao tao obvia questao que se impoe e a escolha da base de calculo. A base de calculo representa a dimensao quantitativa sobre a qual deve incidir o adicional por tempo de servico, significa dizer, e a grandeza material sobre a qual se calcula, neste caso, o qUinqUenio. Uma analise menos atenta induziria imediata incidencia das vantagens sobre "vencimentos integrais". A bem verdade a locucao "vencimentos integrais" trata do "cavalo de batalha" destes autos. A expressao "vencimentos integrais", historicamente, e motivo de disputas judiciais e tambem objeto de variada interpretacao. Dado o carater fragmentado da remuneracao dos servidores publicos, o termo "vencimentos integrais" polemiza mais do que se originalmente imagina. Para analise do argumento, tradicionalmente o deslinde passa pela invocacao das eternas licoes de HELY MEIRELLES que, arguto como sempre, atentou a diferenca nao tao minima entre "vencimentos" e "vencimento". "Vencimentos (no plural) e especie de remuneracao que corresponde a soma do vencimento e das vantagens pecuniarias, constituindo a retribuicao pecuniaria devida ao servidor pelo exercicio do cargo publico. Assim, o vencimento (no singular) correspondente ao padrao do cargo publico fixado em lei, e os vencimentos sao representados pelo padrao do cargo (vencimento) acrescido dos demais componentes do sistema remuneratorio do servidor publico da Administracao direta, autarquica e fundacional. Esses conceitos resultam, hoje, da propria Carta magna, como se depreende do art. 39, § 1°, I, c/c o art. 37, X, XI, XII e XV". Sob licao dessa envergadura doutrinaria e que entao se escudam os servidores publicos, deduzindo pretensao pela incidencia sobre vencimentos. A aparente razao, contudo, nao se mostra integralmente transposta para a jurisprudencia. O estudo dos julgados emanados do E. Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo sinaliza que para efeitos de adicionais ex facto temporis existem sobre "vencimentos integrais" ao menos quatro posicoes destacadas. A saber: vencimentos integrais e base de calculo revogada pela Constituicao Federal; vencimentos integrais se refere as verbas definitivamente incorporadas; vencimentos integrais se refere as verbas efetivamente recebidas, salvo as eventuais; vencimentos integrais se refere a remuneracao total. Em primeiro posicionamento reconhece a incidencia dos adicionais por tempo de servico sobre a remuneracao total ate advento da Emenda Constitucional 19, de 04 de junho de 1998, que, ao dar nova redacao ao artigo 37, inciso XIV, da Constituicao Federal, teria restringido o alcance da norma estadual. Isso porque teria ficado defesa a pratica de incidencia por repique de vantagem pecuniaria sobre outras vantagens, de sorte que estaria o artigo 129 da Constituicao Estadual derrogado pela nova redacao do artigo da Constituicao da Republica. A premissa sera a frente mais bem abordada. Por segundo, reconhece-se a incidencia dos adicionais por tempo de servico sobre o vencimento e sobre as vantagens definitivamente incorporadas, excluindo do calculo as vantagens transitorias e eventuais, as incorporaveis ainda nao incorporadas e as fixas ou permanentes expressamente nao incorporaveis. Essa linha de pensamento goza de fundada ressonancia na Corte Bandeirante e

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tem orientado no duplo grau um sem numero de sentencas e v. acordaos. A seu turno, uma terceira linha reconhece a incidencia dos adicionais por tempo de servico sobre todas as verbas efetivamente recebidas, salvo as de carater eventual. Trata-se de corrente sedimentada e bastante invocada em inumeros julgados. Esse pensamento se tornou mais e mais fecundo com o incidente de uniformizacao de jurisprudencia n. 193.485-1/6-0, que ao analisar a polemica em torno da sexta-parte pavimentou o caminho excludente apenas daquelas verbas episodicas, nao efetiva e reiteradamente recebidas. Por fim, a quarta posicao que se verifica da jurisprudencia do E. TJSP e a mais abrangente de todas, guiando a incidencia dos adicionais sobre a remuneracao global, mesmo sobre vantagens eventuais, transitorias, ou de qualquer natureza que em dado mes venha a ser recebida. Tal posicao parece em principio ser a mais rara das quatro constatadas, embora nem por isso, menos abalizada. VENCIMENTOS INTEGRAIS. VANTAGENS EFETIVAMENTE RECEBIDAS. VANTAGENS EVENTUAIS. Em que pesasse e ainda pesa a certeza que se esta diante de intrincada interpretacao do artigo 129 da Constituicao Estadual e perante seguras e convincentes posicoes, envergo sob a conclusao tirada do incidente de uniformizacao de jurisprudencia n. 193.485-1/6-0, modificando minha conviccao anterior. A reflexao e a experiencia amadureceram novo vertice de conviccao e pensamentos, os quais hoje reputo serem mais consentaneos com a vontade constituinte e com a lidima interpretacao da Constituicao Federal e Estadual. Bem verdade que a atenta leitura desta sentenca comparativamente com as anteriormente proferidas ja denunciava a direcao que minha posicao de outrora seria ruida com o dispositivo. Empresto trecho de Carlos Maximiliano: "Nao trepidei em mudar de voto publica e declaradamente, toda vez que novos argumentos ou provas me convenceram do desacerto do veredictum anterior acima do melindre pessoal de cada um esta a sacrossanta causa da Justica". Sem embargos, tornando ao cerne da celeuma, embora outrora me convenci das razoes apresentadas pela tese atinente a incidencia do adicional por tempo de servico exclusivamente sobre o salario-padrao e vantagens incorporadas, atualmente me vergo sob entendimento maior, que alarga a incidencia para nela contemplar todas as verbas efetivamente recebidas, salvo as eventuais. Perfilham-se os motivos que levaram a modificacao de meu pensamento. Antes e agora, a certeza da incidencia sobre o salario-padrao e verbas incorporadas por incontestavel permanece. Ocorre, no entanto, que a luz da uniformizacao de jurisprudencia n. 193.485-1/6-0 e de sucessivos e fundamentados julgados da Corte Superior finalmente compreendo que o artigo 129 da Constituicao Estadual e dispositivo que exige aplicacao do principio da maxima efetividade. Com efeito, a norma constitucional deve ser atribuida o sentido que maior eficacia lhe conceda, sob pena de esmorece-la pontualmente, fragilizando-a artigo a artigo, tudo em prejuizo de um direito expresso que se quis na origem do Estado tutelar. Invoco J.J. GOMES CANOTILHO que bem anotou: "Este principio, tambem designado por principio da eficiencia ou principio da interpretacao efectiva, pode ser formulado da seguinte maneira: a uma norma constitucional deve ser atribuido o sentido que maior eficacia lhe de. E um principio operativo em relacao a todas e quaisquer normas constitucionais, e embora a sua origem esteja ligada a tese da actualidade das normas programaticas (Thoma), e hoje sobretudo invocado no ambito dos direitos fundamentais (no caso de duvidas deve preferir-se a interpretacao que reconheca maior eficacia aos direitos fundamentais)". Vergado sob essa licao, considero entao que as posicoes reducionistas do alcance de "vencimentos integrais" a "salario-padrao" ou a "salario-padrao mais verbas definitivamente incorporadas" contrapoem-se frontalmente a maxima efetividade constitucional. Porque nelas se mitiga o teor do proprio conceito de "vencimentos" (plural) em favor de "vencimento" (singular) ou ainda para substituir da premissa original "componentes do sistema remuneratorio" por "componentes definitivamente incorporados do sistema remuneratorio", tudo sem espeque mais seguro e ao arrepio das licoes doutrinarias. Desse angulo de visao, hoje o amadurecimento sinaliza em meu sentir a impropriedade de se restringir "vencimentos integrais" quando o constituinte ainda os predicou de "integrais". Ora,

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se a base de calculo deve ser "vencimentos integrais", qual a finalidade de se adjetivar vencimentos como integrais, se nem vencimentos (no plural) se ora concede? E de se entao recordar o brocardo inumeras vezes repetido: "na lei nao ha palavras inuteis". Ao que se nota, ainda que matizado o tema por eventual atecnia parlamentar, a tonica do preceptivo remete diretamente a "integrais", e corno "integrais" devera enfim ser interpretado, nao mais se oportunizando reducao deliberada sem maior supedaneo juridico, sob pena de desviar a propria vontade constituinte. Diante desses motivos alterei minha posicao anterior e reputo que a razao acompanha aos que comungam da posicao atinente a incidencia dos adicionais de tempo de servico sobre o salario padrao e sobre as verbas definitivamente recebidas, salvo as eventuais, em tudo dando cumprimento ao artigo 129 da Constituicao Estadual com seu real sentido revelado pela doutrina de HELY LOPES MEIRELLES. Essa conclusao, todavia, nao esgota o teor do que se extrai da expressao "vencimentos integrais", podendo levar a erro o interprete menos atento, afinal, nao revela especificamente o que se entende compreendido por "vantagens efetivamente recebidas". O estudo comparativo da jurisprudencia do E. Tribunal de Justica de Sao Paulo parece denunciar que, alem do salario-padrao, os servidores percebem vantagens definitivamente incorporadas, vantagens incorporaveis, mas ainda nao incorporadas, vantagens nao incorporaveis, e vantagens transitorias ou eventuais. Nesse contexto, as vantagens efetivamente recebidas funcionam como genero do qual apenas as "vantagens transitorias ou eventuais" nao fazem verdadeira parte, ou caso facam, sao excecoes, tanto que capadas expressamente pela diccao dos julgados que adotam esse posicionamento. Pelo prisma que se firma, entao as vantagens efetivamente recebidas sao as que remanescem da diferenca resultante da subtracao das vantagens transitorias ou eventuais. A seu turno, os lineamentos de "vantagens eventuais" foram bem definidos em voto da lavra do E. Desembargador JOSE SANTANA, nos autos da apelacao civel n. 780.820.5/0-00: "As verbas eventuais, normalmente excluidas da base de calculo desses adicionais ex facto temporis, dizem respeito tao-somente as parcelas de carater assistencial ou pagamentos isolados, que nao constituem remuneracao pela contraprestacao do efetivo desempenho das funcoes, tais como despesas ou diarias de viagens, auxilioalimentacao, auxilio-transporte e auxilio funeral". Com efeito, o alicerce que sustenta as razoes do E. Desembargador JOSE SANTANA reflete a doutrina de HELY MEIRELLES, vez que o doutrinador ao dispor sobre vencimentos nao se deixou levar pela globalidade, mas restringiu o alcance a soma do salario-padrao e dos componentes do sistema remuneratorio, ou seja, aqueles decorrentes da insita contraprestacao do servico. E tenue a distincao, mas dela apenas se segrega os pagamentos de natureza indenizatoria nao-remuneratorios , que episodicos que sao, mostram-se transitorios, eventuais e efemeros. Assim, reputo que a incidencia do adicional por tempo de servico deve incidir sobre o salario-padrao e sobre as verbas efetivamente recebidas, ainda que nao incorporadas, mas desde que nao sejam eventuais, isoladas em si mesmas e atreladas episodicamente, sem qualquer carater de continuidade. DA BASE DE CALCULO PARA OS ADICIONAIS TEMPORAIS QUINQUENIO SOBRE VENCIMENTOS INTEGRAIS A investigacao atinente aos vencimentos integrais e seu conteudo ainda esbarra noutro vertice. Importa por ora transcrever o seguinte trecho do artigo em comento: "Ao servidor publico estadual e assegurado o percebimento do adicional por tempo de servico, concedido no minimo, por qUinqUenio, e vedada a sua limitacao, bem corno a sexta-parte dos vencimentos integrais (...)". A redacao do artigo 129 da Constituicao Estadual revela a partir do fragmento transcrito que o qUinqUenio e adicional, que tem sua limitacao vedada e que a sexta-parte incide sobre vencimentos integrais. Por forca da disposicao gramatical e literal das expressoes, estariam os beneficios qUinqUenio e sexta-parte com suas disciplinas apartadas pelo regramento, com disposicoes exclusivas inseridas logo apos suas previsao, redundando em uma ilimitacao para o qUinqUenio e na integralidade de vencimentos apenas para a sexta-parte. Comungando dessa percepcao, numerosos julgados tem concluído que a base de calculo "vencimentos integrais", conforme

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redacao do artigo, seria dimensionamento exclusivo a sexta-parte. Por essa feita, e por via de conseqUencia, se a base de calculo "vencimentos integrais" se refere a sexta-parte, nao haveria base de calculo constitucional inerente ao qUinqUenio. A ausencia de grandeza propria para a incidencia de qUinqUenio autorizaria a eleicao da grandeza por lei infraconstitucional estadual, que entre nos ja teria sido levado a cabo atraves do Estatuto dos Funcionarios Publicos Civis do Estado de Sao Paulo (Lei Estadual 10.261/68) e da Lei Complementar Estadual 712/93. Respeitam-se tais posicoes, notadamente porque fundadas em autorizadas interpretacoes. No entanto, o tema e bastante polemico, e no sentir do Juizo a interpretacao deve caminhar noutro sentido. Com efeito, mesmo que se acompanhasse a ideia divisionista, relegando a lei ordinaria a eleicao da grandeza para incidencia da vantagem pecuniaria qUinqUenio, apartando-a do regime inerente a sexta-parte, a conclusao induzida pelos julgados sinaliza haver margem para alguma indagacao. Recordo para tanto o teor dos artigos 127 e 108 do Estatuto dos Funcionarios Publicos Civis do Estado de Sao Paulo (Lei Estadual 10.261/68), que definem o direito ao qUinqUenio e o vocabulo vencimento, respectivamente, nos seguintes termos: "O funcionario tera direito, apos cada periodo de 5 (cinco) anos, continuos, ou nao, a percepcao de adicional por tempo de servico, calculado a razao de 5% (cinco por cento) sobre o vencimento ou remuneracao, a que se incorpora para todos os efeitos. Vencimento e a retribuicao paga ao funcionario pelo efetivo exercicio do cargo, correspondente ao valor do respectivo padrao fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas para todos os efeitos legais". Por essa primeira visao, afere-se que se a lei ordinaria puder eleger a base de calculo do qUinqUenio, a opcao seria tambem os vencimentos integrais. Isso porque vencimento, impropriamente no singular, e conceito equivalente a vencimentos (no plural), notadamente porque se incluiu no artigo 108, da Lei Estadual 10.261/68 as vantagens incorporadas para todos os efeitos legais, nao apenas sobre o salariopadrao. Nos limites dessa conclusao, poderia vingar a tese residual que o adicional qUinqUenal incidiria sobre o salario-padrao mais as verbas incorporadas. A bem verdade, dado o carater politico dos parlamentares as vezes desgarrados da melhor tecnica, reputo que a base de calculo pretendida era desde logo vencimentos (termo plural). Isso nao apenas pela interpretacao autentica do artigo 108 da Lei Estadual 10.261/68, mas porque desde o artigo 127 desse diploma ja se sugeria "remuneracao", e porque a Lei Complementar Estadual 712/93, em artigo 11, inciso I, deixa de lado o termo "vencimento" e claramente adota "vencimentos". Portanto sinalizando que compreende todas as verbas efetivamente recebidas. Nao obstante o argumento, ora se ousa declaradamente filiar em correntes vertidas sobre outros alicerces. Isso porque a interpretacao gramatical, autentica, ou mesmo historica se essa verdadeiramente foi a vontade do Constituinte Decorrente que distingue as bases de calculo entre qUinqUenio e sexta-parte, nao satisfaz inteiramente os preceitos constitucionais de valorizacao social do trabalho (artigo 1", inciso IV, da Constituicao da Republica). Por esse motivo, dada a previsao de adicional por tempo de servico em mesmo dispositivo, aplico sobre a especie o principio da maxima efetividade constitucional, ja mencionado. Sob esse norte, a interpretacao mais efetiva do artigo 129 da Constituicao Estadual estimula que a base de calculo dos adicionais ex facto temporis seja fincada sobre os vencimentos integrais. Significa dizer, quando se assinala "vencimentos integrais", a interpretacao que extrai maxima efetividade e aquela que comuta a base de calculo tanto para o qUinqUenio como para a sexta-parte. Assim nao for, esvazia-se o conteudo sem qualquer razao mais palpavel, o que data venia nao parece militar em prol do melhor direito. Logo, em sintonia com o que ate aqui se disse, qUinqUenio devera ser calculados sobre os vencimentos efetivamente recebidos, salvo verbas eventuais. DA EMENDA 19/98 E O ARTIGO 37, INCISO XIV, DA CR. ARTIGO 115, INCISO XVI, DA CE. NAO RECEPCAO. Reconhecida a natureza do direito, a tarefa que se passa a enfrentar e o limite de sua aplicacao, porquanto o proprio artigo 129 da Constituicao Estadual, apos instituir as vantagens, preve que eles "(...) se incorporarao aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI,

fls. 5

desta Constituicao". Com efeito, vale dizer que uma vez cumpridos os requisitos temporais pertinentes ao qUinqUenio, conceder-se-a a incorporacao dele no vencimento do servidor publico, observado o artigo 115, inciso XVI, da Constituicao Estadual, que assim dispoe: Os acrescimos pecuniarios percebidos por servidor publico nao serao computados nem acumulados para fins de concessao de acrescimos ulteriores sob o mesmo titulo ou identico fundamento. Essa previsao e pouco diversa daquela insculpida no artigo 37, inciso XIV, da Constituicao da Republica com redacao dada pela Emenda Constitucional 19, de 04 de junho de 1998, cuja redacao segue adiante: "os acrescimos pecuniarios percebidos por servidor publico nao serao computados nem acumulados para fins de concessao de acrescimos ulteriores". O cotejo das previsoes revela que o artigo 115, inciso XVI, da CE parece restringir o artigo 37, inciso XIV, da CR com a expressao "sob o mesmo titulo ou identico fundamento", especificando algo que essa nao detalha. Certamente a Constituicao Estadual nao pode confinar o alcance da Carta Maior, logo, a leitura que se empresta a norma estadual e aquela prescrita pela nacional, por conseqUencia de derrogacao constitucional ou nao recepcao superveniente. Ao examinar entao o artigo 37, inciso XIV, da Constituicao da Republica enquanto limite para o artigo 129 da Constituicao Estadual, surge polemica referente ao chamado "repique" ou "efeito repique", nao obstante ser consenso que a nova redacao constitucional coibe os acrescimos em cascata, derivados do censuravel calculo progressivo de vantagens sobre vantagens. Firma-se a questao sobre o calculo dos qUinqUenios sobre vantagens efetivamente recebidas e se tal configura repique de vantagens pecuniarias sobre vantagens pecuniarias. Ha fundadas opinioes assinalando pela mutilacao do artigo 129 da CE. Sustentam-se na premissa que o artigo 37, inciso XIV, da CR teria derrogado a base de calculo "vencimentos integrais" da CE, porque inadmitiria o repique de uma verba sobre outra, o que por conseqUencia remeteria os adicionais temporais apenas sobre o salario-padrao. Respeitadas tais posicoes, reputo que a mens constitucional parece discrepar dessa conclusao, porque se direciona para situacao diversa. A pratica vedada pelo artigo 37, inciso XIV, da CR seria o computo reciproco e repetido de vantagens de carater pessoal no calculo dos vencimentos de servidores publicos, tocante aquelas vantagens pessoais de aliquota percentual e indistinta base de calculo que permitiriam incidencia reciproca sobre toda e qualquer verba, mesmo eventual, da forma que as maiores aliquotas incidam ao final dos produtos aritmeticos anteriores, multiplicando exponencialmente a remuneracao. Na disciplina em estudo, a incidencia dos adicionais temporais tem recaido unidirecionalmente sobre as vantagens efetivamente recebidas, de exclusiva indole de contraprestacao laboral. Comungando com o E. Desembargador ORCARLINO MOELLER reputo que "(...) nao se vislumbra infringencia ao art. 37, XIV, da CF, porque da integralidade dos vencimentos estao afastadas as verbas eventuais, logo, a sua amplitude apenas se refere aos valores que efetivamente perfazem a remuneracao, ou seja, o padrao e as vantagens que a integrem automaticamente ou mediante detenninacao legal expressa". A polemica parece ter chegado a bom termo. Enquanto materia constitucional, toda e qualquer polemica a rigor aguarda pronunciamento do C. Supremo Tribunal Federal. Em relacao aos adicionais temporais paulistas, Ministro CARLOS VELLOSO indiretamente dirimiu a questao, quando apreciou o cabimento Agravo Regimental de Agravo de Instrumento tirado contra despacho denegatorio de Recurso Extraordinaria oferecido pelo Municipio de Sao Jose do Rio Preto que atacava justamente os termos do artigo 129 da CE em confronto com o artigo 37, inciso XIV, da CR. Assinalou: "Tem-se, no caso interpretacao da Constituicao local, art. 129, que o Tribunal de Justica do Estado- Membro faz de forma soberana. E ficou claro que nao se tem, no caso, o calculo sobre os vencimentos integrais, que e coisa diversa". Logo, dada a distincao entre a vedacao ao repique previsto no artigo 37, inciso XIV, da CR e os "vencimentos integrais" estatuidos pelo artigo 129 da CE, a incidencia dos qUinqUenios sobre as verbas efetivamente recebidas, inclusive sobre gratificacoes e adicionais, e de rigor, a salvo de qualquer inconstitucionalidade incidental. Ante ao exposto, julgo PROCEDENTE a acao

fls. 6

promovida, nos termos do artigo 269, I do Codigo de Processo Civil, para condenar a Fazenda do Estado de Sao Paulo - FESP a calcular o quinquenio inerente a Maria Luiza Pistelli e outros, de fon-na que incida sobre o premio de incentivo. As diferencas referentes ao lustro retroativo a citacao, nao fulminadas pela prescricao, deverao ser pagas corrigidas e acrescidas de juros de mora desde a citacao, conforme artigo 1°-F da Lei Federal 9.494/97, observando-se a recente redacao da Lei 11.960/2009. Tratando-se de credito de natureza alimentar, sera observado o disposto no artigo 116 da Constituicao Paulista, de sorte que as parcelas vencidas ate implementacao do pagamento deverao ser pagas de uma so vez. Diante da sucumbencia a re arcara com as custas, despesas e honorarios advocaticios que fixo em 10% sobre o valor da condenacao.. Com ou sem recursos voluntarios, sigam os autos para reexame com nossas homenagens ao E. TJSP. P.R.I.C. - ADV: AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (OAB 65444/SP), LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (OAB 173273/SP), ANDRE RODRIGUES JUNQUEIRA (OAB 286447/SP)

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2012.0000005627

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação / Reexame Necessário n° 0022382-76.2010.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que são apelantes/apelados MARIA LUIZA PISTELLI (E OUTROS(AS)), ALICE BORGES, ANA KLEINGESINDS, CARMEN LÚCIA MARENO DA SILVA, CREUZA MARIA PEDROSO, CRISTIANE DIAS ARAUJO, ELAINE CRISTINA DE MORAES, FERNANDA MARIA CAUTELLA PELEGRINI LOPES DA CUNHA, IZABEL BIANCHINI, JARBAS TADEU ARCURI, JOÃO CARLOS DE SOUZA, JOSÉ ROBERTO ROMANO, LENITA KUHLL NAVARRO DE MORAES CINTRA, LUCIA ELENA ELIAS, LUIZ FERNANDO ARGENTINI, MARIA CRISTINA MOLINA PEINADO, MARIA JOSÉ RAPHAEL LOPES, MARIA ROSA RANZONI RODRIGUES, PATRICIA ANDRADE, PRISCILA ANTUNES, RAFAEL JACINTO BARNABÉ JUNIOR, ROSEMARA FERNANDES, ROSEMEIRE SIQUEIRA DA SILVA, SHIRLEY DONIZETE DE ANDRADE MOMETTI, SIDNEY BORGES, SORAIA SILVA MOREIRA, SUELI APARECIDA DO NASCIMENTO VALENCIANO, SUELI CRISTINA DE OLIVEIRA BIGANZOLI, VALÉRIA BAKOS e VERA LUCIA EVARISTO e Apelante JUIZO EX OFFICIO sendo apelado/apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 3' Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento à apelação da Fazenda do Estado e deram provimento parcial à apelação dos autores. V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores AMORIM CANTUÁRIA (Presidente), MARREY UINT E CAMARGO PEREIRA.

São Paulo, 17 de janeiro de 2012.

Amorim Cantuária PRESIDENTE E RELATOR

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

APELAÇÃO n° 0022382-76.2010.8.26.0053

Câmara

Apelantes: MARIA LUIZA PISTELLI E OUTROS; FAZENDA DO

ESTADO DE SÃO PAULO

Apelados: OS MESMOS

Comarca: SÃO PAULO 5á VARA DA FAZENDA PÚBLICA

VOTO nQ 16.219

APELAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO.

ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QUINQUÊNIO). BASE DE CÁLCULO. PRETENSÃO À INCLUSÃO DO PRÊMIO DE INCENTIVO CRIADO PELA LEI N" 8.975/94 EM BENEFÍCIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS LOTADOS NA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. ADMISSIBILIDADE. VANTAGEM DE NATUREZA NÃO

EVENTUAL. SENTENÇA MANTIDA.

APELAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA. LUSTRO

PRESCRICIONAL PARA PAGAMENTO DE DIFERENÇAS APURADAS. REFORMA PARCIAL DA R. SENTENÇA APENAS PARA ADEQUAR O TERMO INICIAL À DATA DE DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. PRETENSÃO AO AFASTAMENTO DA LEI N" 11.960/09. IMPOSSIBILIDADE. AÇÃO AJUIZADA EM DATA POSTERIOR À ENTRADA EM VIGOR DA REFERIDA LEI, CUJO ART. 5' MODIFICOU ART. 1" DA LEI N" 9.494/97.

APELAÇÃO DA FAZENDA DO ESTADO DESPROVIDA. APELAÇÃO DOS AUTORES PARCIALMENTE PROVIDA

Apelações tempestivas (fls. 276/281 e fls. 286/292) manejadas,

respectivamente, por MARIA LUIZA PISTELLI e OUTROS, e pela

FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, nos autos da ação ordinária

movida por aqueles contra esta, inconformados com a r. sentença de fls.

256/269 que julgou procedente a ação, nos termos do art. 269, I, do Código

Apelação / Reexame Necessário o' 0022382-76.2010.8.26.0053 2

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

de Processo Civil, para condenar a Fazenda do Estado a calcular o

quinquênio a que fazem jus os autores também sobre o Prêmio de Incentivo.

As diferenças referentes ao lustro retroativo à citação, não fulminadas pela

prescrição, deverão ser pagas de forma atualizada e acrescidas de juros de

mora desde a citação, conforme o art. 1°-F, da Lei n° 9.494/97, observada a

recente alteração promovida pela Lei n9 11.960/09.

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Em razão da sucumbência, condenou a ré ao pagamento das

custas, despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% sobre

o valor da condenação. Q)

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Os autores pretendem a reforma da r. sentença no que se refere Ç 0

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entretanto, prevaleça o entendimento que aplica a norma da Lei n° 11.960/09, .<z c, • ZS'

acrescentam, requerem alternativamente que o cômputo dos juros de mora e

da atualização monetária inicie-se na data em que as parcelas, que lhes são o

devidas, deixaram de ser pagas até a data do efetivo adimplemento. o

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cc A Fazenda do Estado, em resumo, postula em seu recurso a ce o O cly Q.

reforma integral da r. sentença ao argumento de que a lei instituidora do <2 o ,ct)

Prêmio de Incentivo não autoriza sua inclusão na base de cálculo de outras 5 vantagens, bem como que o adicional por tempo de serviço que percebem o -o -,

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não tem respaldo legal para ser calculado sobre os vencimentos integrais.

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Contrarrazões dos autores (fls. 294/304).

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Não houve resposta da Fazenda do Estado à apelação dos

É o relatório do essencial.

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Os autores são servidores públicos lotados na Secretaria da

Saúde do Estado de São Paulo e recebem o Prêmio de Incentivo instituído

pela Lei n° 8.975, de 25 de novembro de 1994, todavia, segundo afirmam, o

benefício não integra a base de cálculo dos vencimentos integrais para fins

de cálculo do adicional por tempo de serviço, vulnerando, assim, a norma

do art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo.

O apelo da Fazenda do Estado não deve ser provido.

A Lei Estadual 8.975/94 criou o Prêmio de Incentivo em

benefício dos servidores em exercício na Secretaria de Estado da Saúde,

segundo critérios definidos pelo Secretário com base nos itens I a V

estabelecidos no art. 1°. Foi claro em afirmar sua não incorporação aos

vencimentos e sobre o mesmo não incidir qualquer vantagem, nem os

descontos previdenciários (art. 4'2).

O Decreto n° 41.794/97, que regulamentou a vantagem, excluiu-

a em determinadas hipóteses: a) estar o servidor recebendo outra vantagem

custeada por recursos federais; b) existência de uma ou mais faltas

injustificadas, estar o servidor em tratamento de saúde ou afastado,

Apelação / Reexame Necessário n" 0022382-76.2010.8.26.0053 4

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

indiciado em processo administrativo ou sindicância ou tiver sido apenado

disciplinarmente (art. 5°). Além disso, ao Secretário ficou atribuído o poder

de definir os indicadores de desempenho. As alterações legislativas não

alteraram esse núcleo (Lei n° 9.463/96, Decreto n2 42.955/98).

A despeito dessas considerações, o entendimento que vem se

consolidando nesta Corte é o que reconhece que o benefício constitui, na

verdade, um acréscimo nos vencimentos dos servidores em atividade na

Secretaria da Saúde pelo exercício de suas funções ordinárias. E,

considerando sua prorrogação, que não se trata de verba eventual.

Por essas razões, devido à natureza de verba permanente

conferida ao Prêmio de Incentivo pago aos servidores da Secretaria de

Estado da Saúde por diversos anos, admissível que integre a base dos

vencimentos para fins de cálculo do adicional por tempo de serviço a que

fazem jus os autores.

No mais, quanto ao recurso de apelação dos autores, consigno

que a pretensão de reforma da r. sentença deve ser acolhida em parte.

O termo inicial para cômputo do lustro prescricional deve ser

modificado para que se adote a data de distribuição da demanda, não a data

em que efetuada a citação (CPC, art. 219, § 1°). Já em relação à forma de

cálculo da atualização monetária e dos juros de mora, não cabe qualquer

alteração na r. sentença que, de modo correto, determinou a aplicação do

art. 1°-F da Lei n° 9.494/97, na redação que lhe deu a Lei n° 11.960/09, a

contar da citação, haja vista que a ação foi distribuída em 12.7.2010, quando

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

a nova lei já estava em vigor.

Ante o exposto, NEGA-SE PROVIMENTO À APELAÇÃO o

DA FAZENDA DO ESTADO e DÁ-SE PROVIMENTO PARCIAL À a o

APELAÇÃO DOS AUTORES. -9_ z

vi DES. AMORIM CANTUÁRIA

Relator Assinatura Eletrônica

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ENE PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2012.0000115350

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração n° 0022382-76.2010.8.26.0053/50000, da Comarca de São Paulo, em que é embargante/embargado MARIA LUIZA PISTELLI (E OUTROS(AS)) sendo embargado/embargante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 3' Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Acolheram os embargos de declaração dos autores e rejeitaram os embargos de declaração da Fazenda do Estado. V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores AMORIM CANTUÁRIA (Presidente), MARREY UINT E CAMARGO PEREIRA.

São Paulo, 20 de março de 2012.

Amorim Cantuária PRESIDENTE E RELATOR

Assinatura Eletrônica

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 1-12 0022382-76.2010.8.26.0053/50000

34 Câmara

Embargantes/Embargados: MARIA LUIZA PISTELLI E OUTROS;

FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Comarca: SÃO PAULO 54 VARA DA FAZENDA PÚBLICA

VOTO nQ. 17.767

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELOS AUTORES - OBJETIVO DE INTEGRAÇÃO DO JULGADO

LEI NQ 11.960/09 DEFINIÇÃO DO TERMO INICIAL APLICAÇÃO IMEDIATA, SEM EFEITOS RETROATIVOS

EMBARGOS ACOLHIDOS.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELA FAZENDA DO ESTADO COM CARÁTER DE INFRINGÊNCIA - AUSÊNCIA DE OBJETIVO DE

INTEGRAÇÃO, MAS DE SUBSTITUIÇÃO DO JULGADO -VIA IMPRÓPRIA PARA CORREÇÃO DE APRECIAÇÃO

DOS FATOS, PROVAS OU APLICAÇÃO DO DIREITO -EMBARGOS REJEITADOS.

São embargos de declaração opostos por MARIA LUIZA

PISTELLI e OUTROS contra o v. acórdão de fls. 319/324, proferido na

apelação interposta contra a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, que

foi parcialmente provida.

Pretendem o prequestionamento da matéria atinente à

aplicação da Lei n° 11.960/09, face a inconstitucionalidade da utilização da

Taxa Referencial para fins de correção monetária. Alternativamente, se

mantida a incidência da referida lei, afirmam que o termo inicial deve ser a

data de sua entrada em vigor, de modo que os juros de mora passem a

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incidir a partir do vencimento de cada parcela devida, e não da data da

citação.

A Fazenda do Estado também opôs embargos declaratórios

contra o v. acórdão de fls. 319/324, proferido na apelação que interpôs contra

os autores, à qual foi negado provimento.

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Assim, deverão ser observados os critérios de atualização e -- .5

remuneração (correção monetária e juros) disciplinados pela Lei n° en '- o o Lr,

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Igualmente para fins de prequestionamento, a Fazenda do

Estado sustenta ter incorrido em omissão o v. acórdão, por não se manifestar

sobre o art. 37, XIV, da Constituição Federal.

É o relatório.

Os embargos de declaração dos autores devem ser acolhidos.

Existe pedido expresso dos autores no apelo interposto de

definição quanto ao termo inicial de aplicação da Lei n° 11.960/09.

Face a natureza instrumental da norma, não há como se afastar

a possibilidade de aplicação imediata às ações em curso, da Lei 11.960/09,

que veio alterar a redação do artigo 1°-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os

critérios de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas

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11.960/09, desde sua entrada em vigor.

Por outro lado, no período anterior, tais acessórios deverão

seguir os parâmetros definidos pela legislação então vigente, segundo o

princípio tempus regit actum (cf. REsp 1205946/SP, Rel. Ministro BENEDITO

GONÇALVES, Corte Especial, j. 19/10/2011, DJe 02/02/2012).

Portanto, acolho os embargos de declaração dos autores para

que a parte dispositiva do v. acórdão passe a ter a seguinte redação: "Ante o

exposto, NEGA-SE PROVIMENTO À APELAÇÃO DA FAZENDA DO

ESTADO e DÁ-SE PROVIMENTO À APELAÇÃO DOS AUTORES para que

se adote como termo inicial para cômputo do lustro prescricional a data da

distribuição da demanda, e não a data que efetuada a citação (CPC, art. 219,

§ 1°). Já em relação à forma de cálculo da atualização monetária e dos juros

de mora, aplica-se o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97, na sua redação original até

29.6.2009, a partir de quando passa então a vigorar a Lei n° 11.960/09, cujo

art. 5° deu nova redação à norma daquela lei."

Quanto aos embargos declaratórios da Fazenda do Estado,

consigno que já se apreciou o art. 37, XIV, da Constituição Federal, e sua

incidência na espécie, não subsistindo razão para essa C. Turma Julgadora se

manifestar sobre qualquer outro ponto da matéria além do quanto já restou

decidido no v. acórdão.

A embargante pretende a rediscussão da controvérsia trazida à

baila, de modo que os embargos declaratórios opostos têm a natureza

manifestamente infringente.

O recurso dos embargos de declaração, medieval, ao meu

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sentir, não se presta a reformar ou substituir o julgado, revelando-se, apenas

em situações excepcionais estar dotado de poder modificativo para alterar o

resultado do julgado embargado, nos estreitos limites previstos na lei,

máxime quando visível a ocorrência de erro material, que ensejaria, a

correção até mesmo ex officio.

Em vista disto, os embargos de declaração não constituem

meio apto para se obter reforma do julgado.

A irresignação da embargante revela, pois, inconformismo com

o julgado que a desfavoreceu, mas neste caso o acórdão apreciou todas as

questões suscitadas e que se mostravam pertinentes com a lide descrita na

inicial.

É orientação do Colendo Superior Tribunal de Justiça que

"deve ser afastada a aludida infringência ao artigo 535, II do Código

Processual Civil, posto que o acórdão analisou as questões atinentes à

resolução da lide não podendo ser rotulado como nulo pelo fato de não tê-lo

feito à luz de todos os dispositivos elencados pelos recorrentes, pois a isto

não está adstrito (REsp 791.525/SP, Relator MIN. JOSÉ DELGADO, Órgão

Julgador PRIMEIRA TURMA, Data do Julgamento 17/08/2006, Data da

Publicação/Fonte DJ 21.09.2006 p. 227).

Por outro lado "os embargos de declaratórios só podem ensejar

a complementação da decisão embargada nas hipóteses previstas em Lei

(art. 535 do CPC), não se prestando para a sua revisão, sob pretexto da

existência de omissão, no caso, não configurada, eis que refutadas pelos

próprios termos do aresto. O Colegiado, por outro lado, não necessita

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rebater todos os fundamentos das partes, bastando que coloque os seus,

restando afastados, de maneira implícita, todos aqueles que com estes

forem antagônicos (REsp 803.995/RS, Relator MIN. JOSÉ DELGADO, Órgão

Julgador: PRIMEIRA TURMA, Data do Julgamento 22/08/2006, Data da

Publicação/Fonte DJ 18.09.2006 p. 284).

Finalmente, quanto ao prequestionamento formulado, por ser

direito das partes, carece de análise por esta E. Corte, porém, oportuno

consignar o que ficou decidido no julgamento dos Embargos Declaratórios

no. 623.912-01/6, relatados pelo I. Desembargador SEBASTIÃO FLÁVIO,

quando integrante da C. 1a. Câmara do extinto Segundo Tribunal de Alçada

Civil, com seu voto n. 6.156, julgado em 19 de fevereiro de 2002, por votação

unânime:

"Ao cabo, e se o propósito é apenas para prequestionar, cabe apenas ser dito que não é requisito das decisões judiciais a indicação dos textos legais que se prestaram à definição da controvérsia nem daqueles que as partes julgam pertinentes à espécie, de maneira que não há razão para indicação daqueles em que se assentou a decisão embargada. Basta que o Juiz fundamente a solução dada, o que importa deduzir argumentos que sustentem a linha de raciocínio quanto à existência dos fatos em que se apoia para o tal fim e que indique ou deixe entrevista a tese jurídica adotada. No E. Superior Tribunal de Justiça já ficou decidido que, para que se satisfaçam os requisitos da admissibilidade do recurso especial, não há necessidade de o tribunal inferior mencionar os dispositivos legais apontados como violados, bastando que decida sobre as matérias jurídicas neles insertas (Recurso Especial n. 06720 - PR - 2a. Turma, Rel. Min. Adhemar Maciel)."

Ante o exposto, ACOLHEM-SE OS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO DOS AUTORES e REJEITAM-SE OS EMBARGOS DE

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECLARAÇÃO DA FAZENDA DO ESTADO.

DES. AMORIM CANTUÁRIA

Relator

Assinatura Eletrônica

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Número do Processo

O Unificado C) Outros

Processo: 0022382-76.2010.8.26.0053 (053.10.022382-9)

Classe: Procedimento Ordinário

Ares: Cível

Assunto: Pagamento

Local Físico: 15/05/2015 00:00 - Prazo 17 - prazo 17/08/15

Distribuição: Livre - 12/07/2010 às 09:40

5a Vara de Fazenda Pública - Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes

Juiz: Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira

Valor da ação: R$ 8.000,00

Partes do Processo

Exibindo Somente as principais partes. "Exibir todas as partes.

Recite: Maria Luiza Pistelli Advogado: Airton Camilo Leite Munhoz Advogado: Leonardo Arruda Munhoz

Regelo: Fazenda do Estado de São Paulo - FESP Advogado: Andre Rodrigues Junqueira Advogada: Anna Luisa Barros Campos Paiva Costa

Movimentações

Exibindo todas as movimentaçóes. "Listar somente as 5 últimas.

Data Movimento

15/05/2015 Autos no Prazo

15/05/2015 Certidão de Publicação Expedida Relação :0177/2015 Data da Disponibilização: 15/05/2015 Data da Publicação: 18/05/2015 Número do Diário: 1885 Página: 846/860

13/05/2015 Remetido ao DJE Relação: 0177/2015 Teor do ato: VISTOS. Cumpra-se o V.Acórdão. Fica intimado o Estado de São Paulo a cumprir integralmente a obrigação de fazer em 90 dias. Decorrido o prazo assinalado sem o devido cumprimento ora determinado, servindo o presente como mandado, intime-se pessoalmente a Fazenda para que comprove o cumprimento da obrigação de fazer, no prazo de 05 dias, sob pena de multa diária, que fixo em R$ 500,00 por dia de descumprimento, e que incidirá, a principio, pelo prazo de 120 dias. Com a juntada dos documentos pela Fazenda, intime(m)-se o(a/s) autor(a/es) a manifestarem-se no prazo de 10 dias quanto ao correto cumprimento da obrigação de fazer, advertindo-o(a/s) de que no silêncio, os autos serão remetidos ao arquivo. Int. Advogados (s): Leonardo Arruda Munhoz (OAB 173273/SP), Anna Luisa Barros Campos Paiva Costa (OAB 191716/SP), Airton Camilo Leite Munhoz (OAB 65444/SP), Andre Rodrigues Junqueira (OAB 286447/SP)

12/05/2015 o Decisão Proferida VISTOS. Cumpra-se o V.Acórdão. Fica intimado o Estado de São Paulo a cumprir integralmente a obrigação de fazer em 90 dias. Decorrido o prazo assinalado sem o devido cumprimento ora determinado, servindo o presente como mandado, intime-se pessoalmente a Fazenda para que comprove o cumprimento da obrigação de fazer, no prazo de 05 dias, sob pena de multa diária, que fixo em R$ 500,00 por dia de descumprimento, e que incidirá, a princípio, pelo prazo de 120 dias. Com a juntada dos documentos pela Fazenda, intime(m)-se o(a/s) autor(a/es) a manifestarem-se no prazo de 10 dias quanto ao correto cumprimento da obrigação de fazer, advertindo-o(a/s) de que no silêncio, os autos serão remetidos ao arquivo. Int.

08/04/2015 Conclusos para Despacho

24/02/2015 Recebidos os Autos do Tribunal de Justiça Tipo de local de destino: Cartório Especificação do local de destino: Cartório da 5a Vara de Fazenda Pública

20/06/2011 Remetidos os Autos para o Tribunal de Justiça - Seção de Direito Público Tipo de local de destino: Tribunal de Justiça de São Paulo Especificação do local de destino: Tribunal de Justiça de São Paulo

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17/06/2011 Recurso Interposto dos autores e decurso por parte da FESP.

26/05/2011 Autos no Prazo

26/05/2011 Certidão de Publicação Expedida Relação :0150/2011 Data da Disponibilização: 26/05/2011 Data da Publicação: 27/05/2011 Número do Diário: , 26/05/2011 Página: 1105/1118

25/05/2011 Remetido ao DJE Relação: 0150/2011 Teor do ato: Vistos. 1. Recebo o(s) recurso(s) da FESP de fls. 286/292 nos efeitos devolutivo e suspensivo. Ao recorrido para resposta. 2. Regularmente processado, subam os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça Seção de Direito Público, observadas as formalidades legais. Int. Advogados(s): LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (OAB 173273/SP), AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (OAB 65444/SP), ANDRE RODRIGUES JUNQUEIRA (OAB 286447/SP)

24/05/2011 C Despacho Vistos. 1. Recebo o(s) recurso(s) da FESP de fls. 286/292 nos efeitos devolutivo e suspensivo. Ao recorrido para resposta. 2. Regularmente processado, subam os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça Seção de Direito Público, observadas as formalidades legais. Int.

06/05/2011 Conclusos para Despacho SETOR DE MINUTAS

05/05/2011 Contrarrazões Juntada

11/04/2011 Autos no Prazo Prazo 04/05/2011 Vencimento: 11/05/2011

11/04/2011 Apelação Juntada Apelação da FESP juntada

11/04/2011 Certidão de Publicação Expedida Relação :0007/2011 Data da Disponibilização: 11/04/2011 Data da Publicação: 12/04/2011 Número do Diário: 11/04/2011 Página: 769/788

11/01/2011 Remetido ao DJE Relação: 0007/2011 Teor do ato: VISTOS. Ação judicial de Procedimento Ordinário movida por Maria Luiza Pistelli e outros em face de Fazenda do Estado de São Paulo - FESP. Processo sentenciado. Apelada a sentença. Não sendo as hipóteses de exceção previstas nos incisos do artigo 520 do Código de Processo Civil, recebo o recurso de apelação no DUPLO efeito. Vista para contra-razões ao apelado. Após, subam os autos ao E. Tribunal de Justiça, observadas as formalidades legais. Int. Advogados(s): LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (OAB 173273/SP), AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (OAB 65444/SP), ANDRE RODRIGUES JUNQUEIRA (OAB 286447/SP)

10/01/2011 a Despacho VISTOS. Ação judicial de Procedimento Ordinário movida por Maria Luiza Pistelli e outros em face de Fazenda do Estado de São Paulo - FESP. Processo sentenciado. Apelada a sentença. Não sendo as hipóteses de exceção previstas nos incisos do artigo 520 do Código de Processo Civil, recebo o recurso de apelação no DUPLO efeito. Vista para contra-razões ao apelado. Após, subam os autos ao E. Tribunal de Justiça, observadas as formalidades legais. Int.

29/12/2010 Conclusos para Despacho Conclusos para Despacho

29/12/2010 Decorrido prazo Decurso de prazo para interposição de Apelação pela ré.

29/12/2010 Apelação Juntada Apelação dos autores juntada

26/11/2010 Certidão de Publicação Expedida Relação :0232/2010 Data da Disponibilização: 26/11/2010 Data da Publicação: 29/11/2010 Número do Diário: Página:

25/11/2010 Remetido ao DJE Relação: 0232/2010 Teor do ato: VISTOS. Cuida-se de Procedimento Ordinário promovida por Maria Luiza Pistelli e outros contra a Fazenda do Estado de São Paulo - FESP alegando, em resumo, que a forma do qüinqüênio que tem sido praticada é inconstitucional, pois deveria incidir com a inclusão do Prêmio de Incentivo (PIN). Com a petição inicial vieram procuração e documentos. Citada, a ré contestou o feito. No mérito defendeu que a incidência dos quinquênios não se dá na forma pretendida pela petição inicial, uma vez que o própio diploma legal que instituiu o prêmio de incentivo exclui-o da base de cálculo de outras vantagens, seja de que natureza foram. Sendo assim, alega inexistir amparo legal para o pedido pretendido. É o relatório. FUNDAMENTO E DECIDO. É caso de julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil, na medida em que apesar da causa denotar relevância sobre fatos e direitos, apenas nesse último há alguma controvérsia, de sorte que a causa cuida exclusivamente de interpretação do direito posto aplicável, dispensando de pronto qualquer necessidade de dilação probatória. Significa dizer, os documentos encartados nos autos são suficientes para conhecimento e julgamento da demanda. Calha anotar apenas por amor ao discurso que o artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil ao determinar o julgamento antecipado trilha o caminho saudável da razoável duração do processo, da celeridade e da economia processual, notadamente porque é preceito ínsito as causas sumamente de direito, ou de direito e fatos quando apenas aquele for ainda controverso, que seja quanto antes proferida a solução vindoura com dispensa de protelatória dilação probatória. Passo direto à questão de fundo. QUINQUÉNIO ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL VANTAGENS PECUNIÁRIAS EX FACTO TEMPORIS O cerne da questão se situa no entorno dos qüinqüênios previstos na Constituição do Estado de São Paulo, no artigo 129. Ainda que adicionais por tempo de serviço se decomponham em duas espécies, a saber, qüinqüênio e sexta-parte, traço abstratamente o perfil antes de dar o direito. Cumpre trazer à tona o dispositivo e conhecê-lo à luz de sua natureza jurídica, para enfim matizá-lo dentro de sua mais adequada interpretação. Preconiza o preceptivo em comento: Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo, por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição. Como se vê, ali o Poder Constituinte Decorrente lançou em favor dos servidores do Estado Bandeirante o direito ao qüinqüênio. Considerando que a polêmica aqui não gira sobre a vigência do artigo ou mesmo na existência dos beneficios, mas no alcance dos termos, é preciso delimitar com exatidão o conteúdo, e a partir dele concluir o fiel significado. A lide dentro dessas premissas se desembaraça em profundidade superior ao que a análise menos detida poderia sugerir. "Adicionais" é tema nuclear para desembaraçar a espécie. Trata-se de assunto encartado com segurança dentro do amplo espectro de vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor público. A multiplicidade de verbas incidentes sobre e no entorno, assim como o próprio salário-padrão, constitui o facetado conjunto que compõe a remuneração. Empresto a definição de HELY MEIRELLES: "Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento do servidor, concedidas a título definitivo ou transitório, pela decorrência do tempo de serviço (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funções especiais de serviço (ex facto officii), ou em razão das condições anormais em que se realiza o serviço (propter laborem), ou finalmente, em razão de condições pessoais dos servidores (propter personam). As duas primeiras espécies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais de função), as duas últimas formam a categoria das gratificações (gratificações de serviço e gratificações pessoais). Todas elas são espécies do gênero retribuição pecuniária, mas se apresentam com características próprias e efeitos peculiares em relação ao beneficiário e à Administração, constituindo os "demais componentes do sistema remuneratório" referidos pelo art. 39, § 1°, da CF.

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Somadas ao vencimento (padrão do cargo), resultam nos vencimentos, modalidade de remuneração". Ao que extrai-do teor, segura a natureza do qüinqüênio como adicional de vencimento ex facto temporis. Aliás, nem poderia se outra a subsunção, pois, de conformidade com o dispositivo constitucional, constata-se que o Constituinte Decorrente condicionou objetivamente as vantagens qüinqüênio exclusivamente ao cumprimento de um lustro. "VENCIMENTO" E "VENCIMENTOS INTEGRAIS". ALCANCE DOUTRINÁRIO E JURISPRUDENCIAL. POSIÇÕES DESTACADAS NO E. TJSP. Em que pese toda essa evidência, a partir desse ponto há intensa polêmica circundand' todo o conteúdo dos elementos que descrevem o qüinqüênio. A primeira e não tão obvia questão que se impõe é a escolha da base de cálculo. A base de cálculo representa a dimensão quantitativa sobre a qual deve incidir o adicional por tempo de serviço, significa dizer, é a grandeza material sobre a qual se calcula, neste caso, o qüinqüênio. Uma análise menos atenta induziria imediata incidência das vantagens sobre "vencimentos integrais". A bem verdade a locução "vencimentos integrais" trata do "cavalo de batalha" destes autos. A expressão "vencimentos integrais", historicamente, é motivo de disputas judiciais e também objeto de variada interpretação. Dado o caráter fragmentário da remuneração dos servidores públicos, o termo "vencimentos integrais" polemiza mais do que se originalmente imagina. Para análise do argumento, tradicionalmente o deslinde passa pela invocação das eternas lições de HELY MEIRELLES que, arguto como sempre, atentou à diferença não tão mínima entre "vencimentos" e "vencimento". "Vencimentos (no plural) é espécie de remuneração que corresponde à soma do vencimento e das vantagens pecuniárias, constituindo a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo público. Assim, o vencimento (no singular) correspondente ao padrão do cargo público fixado em lei, e os vencimentos são representados pelo padrão do cargo (vencimento) acrescido dos demais componentes do sistema remuneratório do servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional. Esses conceitos resultam, hoje, da própria Carta magna, como se depreende do art. 39, § 10, I, c/c o art. 37, X, XI, XII e XV". Sob lição dessa envergadura doutrinária é que então se escudam os servidores públicos, deduzindo pretensão pela incidência sobre vencimentos. A aparente razão, contudo, não se mostra integralmente transposta para a jurisprudência. O estudo dos julgados emanados do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sinaliza que para efeitos de adicionais ex facto temporis existem sobre "vencimentos integrais" ao menos quatro posições destacadas. A saber: vencimentos integrais é base de cálculo revogada pela Constituição Federal; vencimentos integrais se refere às verbas definitivamente incorporadas; vencimentos integrais se refere às verbas efetivamente recebidas, salvo as eventuais; vencimentos integrais se refere a remuneração total. Em primeiro posicionamento reconhece a incidência dos adicionais por tempo de serviço sobre a remuneração total até advento da Emenda Constitucional 19, de 04 de junho de 1998, que, ao dar nova redação ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal, teria restringido o alcance da norma estadual. Isso porque teria ficado defesa a prática de incidência por repique de vantagem pecuniária sobre outras vantagens, de sorte que estaria o artigo 129 da Constituição Estadual derrogado pela nova redação do artigo da Constituição da República. A premissa será a frente mais bem abordada. Por segundo, reconhece-se a incidência dos adicionais por tempo de serviço sobre o vencimento e sobre as vantagens definitivamente incorporadas, excluindo do cálculo as vantagens transitórias e eventuais, as incorporáveis ainda não incorporadas e as fixas ou permanentes expressamente não incorporáveis. Essa linha de pensamento goza de fundada ressonância na Corte Bandeirante e tem orientado no duplo grau um sem número de sentenças e v. acórdãos. A seu turno, uma terceira linha reconhece a incidência dos adicionais por tempo de serviço sobre todas as verbas efetivamente recebidas, salvo as de caráter eventual. Trata-se de corrente sedimentada e bastante invocada em inúmeros julgados. Esse pensamento se tornou mais e mais fecundo com o incidente de uniformização de jurisprudência n. 193.485-1/6-0, que ao analisar a polêmica em torno da sexta-parte pavimentou o caminho excludente apenas daquelas verbas episódicos, não efetiva e reiteradamente recebidas. Por fim, a quarta posição que se verifica da jurisprudência do E. TJSP é a mais abrangente de todas, guiando a incidência dos adicionais sobre a remuneração global, mesmo sobre vantagens eventuais, transitórias, ou de qualquer natureza que em dado mês venha a ser recebida. Tal posição parece em princípio ser a mais rara das quatro constatadas, embora nem por isso, menos abalizada. VENCIMENTOS INTEGRAIS. VANTAGENS EFETIVAMENTE RECEBIDAS. VANTAGENS EVENTUAIS. Em que pesasse e ainda pesa a certeza que se está diante de intrincada interpretação do artigo 129 da Constituição Estadual e perante seguras e convincentes posições, envergo sob a conclusão tirada do incidente de uniformização de jurisprudência n. 193.485-1/6-0, modificando minha convicção anterior. A reflexão e a experiência amadureceram novo vértice de convicção e pensamentos, os quais hoje reputo serem mais consentâneos com a vontade constituinte e com a lídima interpretação da Constituição Federal e Estadual. Bem verdade que a atenta leitura desta sentença comparativamente com as anteriormente proferidas já denunciava a direção que minha posição de outrora seria ruída com o dispositivo. Empresto trecho de Carlos Maximiliano: "Não trepidei em mudar de voto pública e declaradamente, toda vez que novos argumentos ou provas me convenceram do desacerto do veredictum anterior acima do melindre pessoal de cada um está a sacrossanta causa da Justiça". Sem embargos, tornando ao cerne da celeuma, embora outrora me convenci das razões apresentadas pela tese atinente à incidência do adicional por tempo de serviço exclusivamente sobre o salário-padrão e vantagens incorporadas, atualmente me vergo sob entendimento maior, que alarga a incidência para nela contemplar todas as verbas efetivamente recebidas, salvo as eventuais. Perfilham-se os motivos que levaram à modificação de meu pensamento. Antes e agora, a certeza da incidência sobre o salário-padrão e verbas incorporadas por incontestável permanece. Ocorre, no entanto, que à luz da uniformização de jurisprudência n. 193.485-1/6-0 e de sucessivos e fundamentados julgados da Corte Superior finalmente compreendo que o artigo 129 da Constituição Estadual é dispositivo que exige aplicação do princípio da máxima efetividade. Com efeito, à norma constitucional deve ser atribuída o sentido que maior eficácia lhe conceda, sob pena de esmorecê-la pontualmente, fragilizando-a artigo a artigo, tudo em prejuízo de um direito expresso que se quis na origem do Estado tutelar. Invoco J.J. GOMES CANOTILHO que bem anotou: "Este princípio, também designado por princípio da eficiência ou princípio da interpretação efectiva, pode ser formulado da seguinte maneira: a uma norma constitucional deve ser atribuído o sentido que maior eficácia lhe dê. É um princípio operativo em relação a todas e quaisquer normas constitucionais, e embora a sua origem esteja ligada à tese da actualidade das normas programáticas (Thoma), é hoje sobretudo invocado no âmbito dos direitos fundamentais (no caso de dúvidas deve preferir-se a interpretação que reconheça maior eficácia aos direitos fundamentais)". Vergado sob essa lição, considero então que às posições reducionistas do alcance de "vencimentos integrais" à "salário-padrão" ou à "salário-padrão mais verbas definitivamente incorporadas" contrapõem-se frontalmente à máxima efetividade constitucional. Porque nelas se mitiga o teor do próprio conceito de "vencimentos" (plural) em favor de "vencimento" (singular) ou ainda para substituir da premissa original "componentes do sistema remuneratório" por "componentes definitivamente incorporados do sistema remuneratório", tudo sem espeque mais seguro e ao arrepio das lições doutrinárias. Desse ângulo de visão, hoje o amadurecimento sinaliza em meu sentir a impropriedade de se restringir "vencimentos integrais" quando o constituinte ainda os predicou de "integrais". Ora, se a base de cálculo deve ser "vencimentos integrais", qual a finalidade de se adjetivar vencimentos como integrais, se nem vencimentos (no plural) se ora concede? É de se então recordar o brocardo inúmeras vezes repetido: "na lei não há palavras inúteis". Ao que se nota, ainda que matizado o tema por eventual atecnia parlamentar, a tônica do preceptivo remete diretamente à "integrais", e como "integrais" deverá enfim ser interpretado, não mais se oportunizando redução deliberada sem maior supedâneo jurídico, sob pena de desviar a própria vontade constituinte. Diante desses motivos alterei minha posição anterior e reputo que a razão acompanha aos que comungam da posição atinente à incidência dos adicionais de tempo de serviço sobre o salário padrão e sobre as verbas definitivamente recebidas, salvo as eventuais, em tudo dando cumprimento ao artigo 129 da Constituição Estadual com seu real sentido revelado pela doutrina de HELY LOPES MEIRELLES. Essa conclusão, todavia, não esgota o teor do que se extrai da expressão "vencimentos integrais", podendo levar a erro o intérprete menos atento, afinal, não revela especificamente o que se entende compreendido por "vantagens efetivamente recebidas". O estudo comparativo da jurisprudência do E. Tribunal de Justiça de São Paulo parece denunciar que, além do salário-padrão, os servidores percebem vantagens definitivamente incorporadas, vantagens incorporáveis, mas ainda não incorporadas, vantagens não incorporáveis, e vantagens transitórias ou eventuais. Nesse contexto, as vantagens efetivamente recebidas funcionam como gênero do qual apenas as "vantagens transitórias ou eventuais" não fazem verdadeira parte, ou caso façam, são exceções, tanto que capadas expressamente pela dicção dos julgados que adotam esse posicionamento. Pelo prisma que se firma, então as vantagens efetivamente recebidas são as que remanescem da diferença resultante da subtração das vantagens transitórias ou eventuais. A seu turno, os lineamentos de "vantagens eventuais" foram bem definidos em voto da lavra do E. Desembargador JOSÉ SANTANA, nos autos da apelação chiei n.

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780.820.5/0-00: "As verbas eventuais, normalmente excluídas da base de cálculo desses adicionais ex facto temporis, dizem respeito tão-somente às parcelas de caráter assistencial ou pagamentos isolados, que não constituem remuneração pela contraprestação do efetivo desempenho das funções, tais como despesas ou diárias de viagens, auxílio-alimentação, auxílio-transporte e auxílio funeral". Com efeito, o alicerce que sustenta as razões do E. Desembargador JOSÉ SANTANA reflete a doutrina de HELY MEIRELLES, vez que o doutrinador ao dispor sobre vencimentos não se deixou levar pela globalidade, mas restringiu o alcance à soma do salário-padrão e dos componentes do sistema remuneratório, ou seja, àqueles decorrentes da ínsita contraprestação do serviço. É tênue a distinção, mas dela apenas se segrega os pagamentos de natureza indenizatória não-remuneratórios , que episódicos que são, mostram-se transitórios, eventuais e efêmeros. Assim, reputo que a incidência do adicional por tempo de serviço deve incidir sobre o salário-padrão e sobre as verbas efetivamente recebidas, ainda que não incorporadas, mas desde que não sejam eventuais, isoladas em si mesmas e atreladas episodicamente, sem qualquer caráter de continuidade. DA BASE DE CÁLCULO PARA OS ADICIONAIS TEMPORAIS QÜINQÜÊNIO SOBRE VENCIMENTOS INTEGRAIS A investigação atinente aos vencimentos integrais e seu conteúdo ainda esbarra noutro vértice. Importa por ora transcrever o seguinte trecho do artigo em comento: "Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo, por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais (...)". A redação do artigo 129 da Constituição Estadual revela a partir do fragmento transcrito que o qüinqüênio é adicional, que tem sua limitação vedada e que a sexta-parte incide sobre vencimentos integrais. Por força da disposição gramatical e literal das expressões, estariam os benefícios qüinqüênio e sexta-parte com suas disciplinas apartadas pelo regramento, com disposições exclusivas inseridas logo após suas previsão, redundando em uma ilimitação para o qüinqüênio e na integralidade de vencimentos apenas para a sexta-parte. Comungando dessa percepção, numerosos julgados têm concluído que a base de cálculo "vencimentos integrais", conforme redação do artigo, seria dimensionamento exclusivo à sexta-parte. Por essa feita, e por via de conseqüência, se a base de cálculo "vencimentos integrais" se refere à sexta-parte, não haveria base de cálculo constitucional inerente ao qüinqüênio. A ausência de grandeza própria para a incidência de qüinqüênio autorizaria a eleição da grandeza por lei infra constitucional estadual, que entre nós já teria sido levado a cabo através do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual 10.261/68) e da Lei Complementar Estadual 712/93. Respeitam-se tais posições, notadamente porque fundadas em autorizadas interpretações. No entanto, o tema é bastante polêmico, e no sentir do Juízo a interpretação deve caminhar noutro sentido. Com efeito, mesmo que se acompanhasse a idéia divisionista, relegando à lei ordinária a eleição da grandeza para incidência da vantagem pecuniária qüinqüênio, apartando-a do regime inerente à sexta-parte, a conclusão induzida pelos julgados sinaliza haver margem para alguma indagação. Recordo para tanto o teor dos artigos 127 e 108 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual 10.261/68), que definem o direito ao qüinqüênio e o vocábulo vencimento, respectivamente, nos seguintes termos: "O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à percepção de adicional por tempo de serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre o vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os efeitos. Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor do respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas para todos os efeitos legais". Por essa primeira visão, afere-se que se a lei ordinária puder eleger a base de cálculo do qüinqüênio, a opção seria também os vencimentos integrais. Isso porque vencimento, impropriamente no singular, é conceito equivalente a vencimentos (no plural), notadamente porque se incluiu no artigo 108, da Lei Estadual 10.261/68 as vantagens incorporadas para todos os efeitos legais, não apenas sobre o salário-padrão. Nos limites dessa conclusão, poderia vingar a tese residual que o adicional qüinqüenal incidiria sobre o salário-padrão mais as verbas incorporadas. A bem verdade, dado o caráter político dos parlamentares às vezes desgarrados da melhor técnica, reputo que a base de cálculo pretendida era desde logo vencimentos (termo plural). Isso não apenas pela interpretação autêntica do artigo 108 da Lei Estadual 10.261/68, mas porque desde o artigo 127 desse diploma já se sugeria "remuneração", e porque a Lei Complementar Estadual 712/93, em artigo 11, inciso I, deixa de lado o termo "vencimento" e claramente adota "vencimentos". Portanto sinalizando que compreende todas as verbas efetivamente recebidas. Não obstante o argumento, ora se ousa declaradamente filiar em correntes vertidas sobre outros alicerces. Isso porque a interpretação gramatical, autêntica, ou mesmo histórica se essa verdadeiramente foi a vontade do Constituinte Decorrente que distingue as bases de cálculo entre qüinqüênio e sexta-parte, não satisfaz inteiramente os preceitos constitucionais de valorização social do trabalho (artigo 10, inciso IV, da Constituição da República). Por esse motivo, dada a previsão de adicional por tempo de serviço em mesmo dispositivo, aplico sobre a espécie o princípio da máxima efetividade constitucional, já mencionado. Sob esse norte, a interpretação mais efetiva do artigo 129 da Constituição Estadual estimula que a base de cálculo dos adicionais ex facto temporis seja fincada sobre os vencimentos integrais. Significa dizer, quando se assinala "vencimentos integrais", a interpretação que extrai máxima efetividade é aquela que comuta a base de cálculo tanto para o qüinqüênio como para a sexta-parte. Assim não for, esvazia-se o conteúdo sem qualquer razão mais palpável, o que data venia não parece militar em prol do melhor direito. Logo, em sintonia com o que até aqui se disse, qüinqüênio deverá ser calculados sobre os vencimentos efetivamente recebidos, salvo verbas eventuais. DA EMENDA 19/98 E O ARTIGO 37, INCISO XIV, DA CR. ARTIGO 115, INCISO XVI, DA CE. NÃO RECEPÇÃO. Reconhecida a natureza do direito, a tarefa que se passa a enfrentar é o limite de sua aplicação, porquanto o próprio artigo 129 da Constituição Estadual, após instituir as vantagens, prevê que eles "(...) se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição". Com efeito, vale dizer que uma vez cumpridos os requisitos temporais pertinentes ao qüinqüênio, conceder-se-á a incorporação dele no vencimento do servidor público, observado o artigo 115, inciso XVI, da Constituição Estadual, que assim dispõe: Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Essa previsão é pouco diversa daquela insculpida no artigo 37, inciso XIV, da Constituição da República com redação dada pela Emenda Constitucional 19, de 04 de junho de 1998, cuja redação segue adiante: "os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores". O cotejo das previsões revela que o artigo 115, inciso XVI, da CE parece restringir o artigo 37, inciso XIV, da CR com a expressão "sob o mesmo título ou idêntico fundamento", especificando algo que essa não detalha. Certamente a Constituição Estadual não pode confinar o alcance da Carta Maior, logo, a leitura que se empresta à norma estadual é aquela prescrita pela nacional, por conseqüência de derrogação constitucional ou não recepção superveniente. Ao examinar então o artigo 37, inciso XIV, da Constituição da República enquanto limite para o artigo 129 da Constituição Estadual, surge polêmica referente ao chamado "repique" ou "efeito repique", não obstante ser consenso que a nova redação constitucional coíbe os acréscimos em cascata, derivados do censurável cálculo progressivo de vantagens sobre vantagens. Firma-se a questão sobre o cálculo dos qüinqüênios sobre vantagens efetivamente recebidas e se tal configura repique de vantagens pecuniárias sobre vantagens pecuniárias. Há fundadas opiniões assinalando pela mutilação do artigo 129 da CE. Sustentam-se na premissa que o artigo 37, inciso XIV, da CR teria derrogado a base de cálculo "vencimentos integrais" da CE, porque inadmitiria o repique de uma verba sobre outra, o que por conseqüência remeteria os adicionais temporais apenas sobre o salário-padrão. Respeitadas tais posições, reputo que a mens constitucional parece discrepar dessa conclusão, porque se direciona para situação diversa. A prática vedada pelo artigo 37, inciso XIV, da CR seria o cômputo recíproco e repetido de vantagens de caráter pessoal no cálculo dos vencimentos de servidores públicos, tocante àquelas vantagens pessoais de alíquota percentual e indistinta base de cálculo que permitiriam incidência recíproca sobre toda e qualquer verba, mesmo eventual, da forma que as maiores alíquotas incidam ao final dos produtos aritméticos anteriores, multiplicando exponencialmente a remuneração. Na disciplina em estudo, a incidência dos adicionais temporais tem recaído unidirecionalmente sobre as vantagens efetivamente recebidas, de exclusiva índole de contraprestação laborai. Comungando com o E. Desembargador ORCARLINO MOELLER reputo que "(...) não se vislumbra infringência ao art. 37, XIV, da CF, porque da integralidade dos vencimentos estão afastadas as verbas eventuais, logo, a sua amplitude apenas se refere aos valores que efetivamente perfazem a remuneração, ou seja, o padrão e as vantagens que a integrem automaticamente ou mediante determinação legal expressa". A polêmica parece ter chegado a bom termo. Enquanto matéria constitucional, toda e qualquer polêmica a rigor aguarda pronunciamento do C. Supremo Tribunal Federal. Em relação aos adicionais temporais paulistas, Ministro CARLOS VELLOSO indiretamente dirimiu a questão, quando apreciou o cabimento Agravo Regimental de Agravo de Instrumento tirado contra despacho denegatório de Recurso Extraordinária oferecido pelo Município de São José do

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Rio Preto que atacava justamente os termos do artigo 129 da CE em confronto com o artigo 37, inciso XIV, da CR. Assinalou: "Tem-se, no caso interpretação da Constituição local, art. 129, que o Tribunal de Justiça do Estado-Membro faz de forma soberana. E ficou claro que não se tem, no caso, o cálculo sobre os vencimentos integrais, que é coisa diversa". Logo, dada a distinção entre a vedação ao repique previsto no artigo 37, inciso XIV, da CR e os "vencimentos integrais" estatuídos pelo artigo 129 da CE, a incidência dos qüinqüênios sobre as verbas efetivamente recebidas, inclusive sobre gratificações e adicionais, é de rigor, a salvo de qualquer inconstitucionalidade incidental. Ante ao exposto, julgo PROCEDENTE a ação promovida, nos termos do artigo 269, I do Código de Processo Civil, para condenar a Fazenda do Estado de São Paulo - FESP a calcular o quinquênio inerente a Maria Luiza Pistelli e outros, de forma que incida sobre o prêmio de incentivo. As diferenças referentes ao lustro retroativo à citação, não fulminadas pela prescrição, deverão ser pagas corrigidas e acrescidas de juros de mora desde a citação, conforme artigo 1°-F da Lei Federal 9.494/97, observando-se a recente redação da Lei 11.960/2009. Tratando-se de crédito de natureza alimentar, será observado o disposto no artigo 116 da Constituição Paulista, de sorte que as parcelas vencidas até implementação do pagamento deverão ser pagas de uma só vez. Diante da sucumbência a ré arcará com as custas, despesas e honorários advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da condenação.. Com ou sem recursos voluntários, sigam os autos para reexame com nossas homenagens ao E. TJSP. P.R.I.C. Advogados(s): LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (OAB 173273/SP), AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (OAB 65444/SP), ANDRE RODRIGUES JUNQUEIRA (OAB 286447/SP)

24/11/2010 Sentença Registrada

22/11/2010 El Julgada Procedente a Ação - Sentença Completa VISTOS. Cuida-se de Procedimento Ordinário promovida por Maria Luiza Pistelli e outros contra a Fazenda do Estado de São Paulo - FESP alegando, em resumo, que a forma do qüinqüênio que tem sido praticada é inconstitucional, pois deveria incidir com a inclusão do Prêmio de Incentivo (PIN). Com a petição inicial vieram procuração e documentos. Citada, a ré contestou o feito. No mérito defendeu que a incidência dos quinquênios não se dá na forma pretendida pela petição inicial, uma vez que o pró pio diploma legal que instituiu o prêmio de incentivo exclui-o da base de cálculo de outras vantagens, seja de que natureza foram. Sendo assim, alega inexistir amparo legal para o pedido pretendido. É o relatório. FUNDAMENTO E DECIDO. É caso de julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil, na medida em que apesar da causa denotar relevância sobre fatos e direitos, apenas nesse último há alguma controvérsia, de sorte que a causa cuida exclusivamente de interpretação do direito posto aplicável, dispensando de pronto qualquer necessidade de dilação probatória. Significa dizer, os documentos encartados nos autos são suficientes para conhecimento e julgamento da demanda. Calha anotar apenas por amor ao discurso que o artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil ao determinar o julgamento antecipado trilha o caminho saudável da razoável duração do processo, da celeridade e da economia processual, notadamente porque é preceito ínsito as causas sumamente de direito, ou de direito e fatos quando apenas aquele for ainda controverso, que seja quanto antes proferida a solução vindoura com dispensa de protelatória dilação probatória. Passo direto à questão de fundo. QÜINQUENIO ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL VANTAGENS PECUNIÁRIAS EX FACTO TEMPORIS O cerne da questão se situa no entorno dos qüinqüênios previstos na Constituição do Estado de São Paulo, no artigo 129. Ainda que adicionais por tempo de serviço se decomponham em duas espécies, a saber, qüinqüênio e sexta-parte, traço abstratamente o perfil antes de dar o direito. Cumpre trazer à tona o dispositivo e conhecê-lo à luz de sua natureza jurídica, para enfim matizá-lo dentro de sua mais adequada interpretação. Preconiza o preceptivo em comento: Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo, por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição. Como se vê, ali o Poder Constituinte Decorrente lançou em favor dos servidores do Estado Bandeirante o direito ao qüinqüênio. Considerando que a polêmica aqui não gira sobre a vigência do artigo ou mesmo na existência dos benefícios, mas no alcance dos termos, é preciso delimitar com exatidão o conteúdo, e a partir dele concluir o fiel significado. A lide dentro dessas premissas se desembaraça em profundidade superior ao que a análise menos detida poderia sugerir. "Adicionais" é tema nuclear para desembaraçar a espécie. Trata-se de assunto encartado com segurança dentro do amplo espectro de vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor público. A multiplicidade de verbas incidentes sobre e no entorno, assim como o próprio salário-padrão, constitui o facetado conjunto que compõe a remuneração. Empresto a definição de HELY MEIRELLES: "Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento do servidor, concedidas a título definitivo ou transitório, pela decorrência do tempo de serviço (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funções especiais de serviço (ex facto officii), ou em razão das condições anormais em que se realiza o serviço (propter laborem), ou finalmente, em razão de condições pessoais dos servidores (propter personam). As duas primeiras espécies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais de função), as duas últimas formam a categoria das gratificações (gratificações de serviço e gratificações pessoais). Todas elas são espécies do gênero retribuição pecuniária, mas se apresentam com características próprias e efeitos peculiares em relação ao beneficiário e à Administração, constituindo os "demais componentes do sistema remuneratório" referidos pelo art. 39, § 1°, da CF. Somadas ao vencimento (padrão do cargo), resultam nos vencimentos, modalidade de remuneração". Ao que extrai do teor, segura a natureza do qüinqüênio como adicional de vencimento ex facto temporis. Aliás, nem poderia ser outra a subsunção, pois, de conformidade com o dispositivo constitucional, constata-se que o Constituinte Decorrente condicionou objetivamente as vantagens qüinqüênio exclusivamente ao cumprimento de um lustro. "VENCIMENTO" E "VENCIMENTOS INTEGRAIS". ALCANCE DOUTRINÁRIO E JURISPRUDENCIAL. POSIÇÕES DESTACADAS NO E. TJSP. Em que pese toda essa evidência, a partir desse ponto há intensa polêmica circundando todo o conteúdo dos elementos que descrevem o qüinqüênio. A primeira e não tão obvia questão que se impõe é a escolha da base de cálculo. A base de cálculo representa a dimensão quantitativa sobre a qual deve incidir o adicional por tempo de serviço, significa dizer, é a grandeza material sobre a qual se calcula, neste caso, o qüinqüênio. Uma análise menos atenta induziria imediata incidência das vantagens sobre "vencimentos integrais". A bem verdade a locução "vencimentos integrais" trata do "cavalo de batalha" destes autos. A expressão "vencimentos integrais", historicamente, é motivo de disputas judiciais e também objeto de variada interpretação. Dado o caráter fragmentário da remuneração dos servidores públicos, o termo "vencimentos integrais" polemiza mais do que se originalmente imagina. Para análise do argumento, tradicionalmente o deslinde passa pela invocação das eternas lições de HELY MEIRELLES que, arguto como sempre, atentou à diferença não tão mínima entre "vencimentos" e "vencimento". "Vencimentos (no plural) é espécie de remuneração que corresponde à soma do vencimento e das vantagens pecuniárias, constituindo a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo público. Assim, o vencimento (no singular) correspondente ao padrão do cargo público fixado em lei, e os vencimentos são representados pelo padrão do cargo (vencimento) acrescido dos demais componentes do sistema remuneratório do servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional. Esses conceitos resultam, hoje, da própria Carta magna, como se depreende do art. 39, § 1°, I, c/c o art. 37, X, XI, XII e XV". Sob lição dessa envergadura doutrinária é que então se escudam os servidores públicos, deduzindo pretensão pela incidência sobre vencimentos. A aparente razão, contudo, não se mostra integralmente transposta para a jurisprudência. O estudo dos julgados emanados do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sinaliza que para efeitos de adicionais ex facto temporis existem sobre "vencimentos integrais" ao menos quatro posições destacadas. A saber: vencimentos integrais é base de cálculo revogada pela Constituição Federal; vencimentos integrais se refere às verbas definitivamente incorporadas; vencimentos integrais se refere às verbas efetivamente recebidas, salvo as eventuais; vencimentos integrais se refere a remuneração total. Em primeiro posicionamento reconhece a incidência dos adicionais por tempo de serviço sobre a remuneração total até advento da Emenda Constitucional 19, de 04 de junho de 1998, que, ao dar nova redação ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal, teria restringido o alcance da norma estadual. Isso porque teria ficado defesa a prática de incidência por repique de vantagem pecuniária sobre outras vantagens, de sorte que estaria o artigo 129 da Constituição Estadual derrogado pela nova redação do artigo da Constituição da República. A premissa será a frente mais bem abordada. Por segundo, reconhece-se a incidência dos adicionais por tempo de serviço sobre o vencimento e sobre as vantagens definitivamente incorporadas, excluindo do cálculo as vantagens transitórias e eventuais, as incorporáveis ainda não incorporadas e as fixas ou permanentes expressamente não incorporáveis. Essa linha de pensamento goza de fundada ressonância na Corte Bandeirante e tem orientado no duplo grau um sem número de sentenças e v. acórdãos. A seu turno, uma terceira

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linha reconhece a incidência dos adicionais por tempo de serviço sobre todas as verbas efetivamente recebidas, salvo as de caráter eventual. Trata-se de corrente sedimentada e bastante invocada em inúmeros julgados. Esse pensamento se tornou mais e mais fecundo com o incidente de uniformização de jurisprudência n. 193.485-1/6-0, que ao analisar a polêmica em torno da sexta-parte pavimentou o caminho excludente apenas daquelas verbas ‘, episódicas, não efetiva e reiteradamente recebidas. Por fim, a quarta posição que se verifica da jurisprudência do E. TJSP é a mais abrangente de todas, guiando a incidência dos adicionais sobre a remuneração global, mesmo sobre vantagens eventuais, transitórias, ou de qualquer natureza que em dado mês venha a ser recebida. Tal posição parece em princípio ser a mais rara das quatro constatadas, embora nem por isso, menos abalizada. VENCIMENTOS INTEGRAIS. VANTAGENS EFETIVAMENTE RECEBIDAS. VANTAGENS EVENTUAIS. Em que pesasse e ainda pesa a certeza que se está diante de intrincada interpretação do artigo 129 da Constituição Estadual e perante seguras e convincentes posições, envergo sob a conclusão tirada do incidente de uniformização de jurisprudência n. 193.485-1/6-0, modificando minha convicção anterior. A reflexão e a experiência amadureceram novo vértice de convicção e pensamentos, os quais hoje reputo serem mais consentâneos com a vontade constituinte e com a lídima interpretação da Constituição Federal e Estadual. Bem verdade que a atenta leitura desta sentença comparativamente com as anteriormente proferidas já denunciava a direção que minha posição de outrora seria ruída com o dispositivo. Empresto trecho de Carlos Maximiliano: "Não trepidei em mudar de voto pública e declaradamente, toda vez que novos argumentos ou provas me convenceram do desacerto do veredictum anterior acima do melindre pessoal de cada um está a sacrossanta causa da Justiça". Sem embargos, tornando ao cerne da celeuma, embora outrora me convenci das razões apresentadas pela tese atinente à incidência do adicional por tempo de serviço exclusivamente sobre o salário-padrão e vantagens incorporadas, atualmente me vergo sob entendimento maior, que alarga a incidência para nela contemplar todas as verbas efetivamente recebidas, salvo as eventuais. Perfilham-se os motivos que levaram à modificação de meu pensamento. Antes e agora, a certeza da incidência sobre o salário-padrão e verbas incorporadas por incontestável permanece. Ocorre, no entanto, que à luz da uniformização de jurisprudência n. 193.485-1/6-0 e de sucessivos e fundamentados julgados da Corte Superior finalmente compreendo que o artigo 129 da Constituição Estadual é dispositivo que exige aplicação do princípio da máxima efetividade. Com efeito, à norma constitucional deve ser atribuída o sentido que maior eficácia lhe conceda, sob pena de esmorecê-la pontualmente, fragilizando-a artigo a artigo, tudo em prejuízo de um direito expresso que se quis na origem do Estado tutelar. Invoco J.J. GOMES CANOTILHO que bem anotou: "Este princípio, também designado por princípio da eficiência ou princípio da interpretação efectiva, pode ser formulado da seguinte maneira: a uma norma constitucional deve ser atribuído o sentido que maior eficácia lhe dê. É um princípio operativo em relação a todas e quaisquer normas constitucionais, e embora a sua origem esteja ligada à tese da actualidade das normas programáticas (Thoma), é hoje sobretudo invocado no âmbito dos direitos fundamentais (no caso de dúvidas deve preferir-se a interpretação que reconheça maior eficácia aos direitos fundamentais)". Vergado sob essa lição, considero então que às posições reducionistas do alcance de "vencimentos integrais" à "salário-padrão" ou à "salário-padrão mais verbas definitivamente incorporadas" contrapõem-se frontalmente à máxima efetividade constitucional. Porque nelas se mitiga o teor do próprio conceito de "vencimentos" (plural) em favor de "vencimento" (singular) ou ainda para substituir da premissa original "componentes do sistema remuneratório" por "componentes definitivamente incorporados do sistema remuneratório", tudo sem espeque mais seguro e ao arrepio das lições doutrinárias. Desse ângulo de visão, hoje o amadurecimento sinaliza em meu sentir a impropriedade de se restringir "vencimentos integrais" quando o constituinte ainda os predicou de "integrais". Ora, se a base de cálculo deve ser "vencimentos integrais", qual a finalidade de se adjetivar vencimentos como integrais, se nem vencimentos (no plural) se ora concede? É de se então recordar o brocardo inúmeras vezes repetido: "na lei não há palavras inúteis". Ao que se nota, ainda que matizado o tema por eventual atecnia parlamentar, a tônica do preceptivo remete diretamente à "integrais", e como "integrais" deverá enfim ser interpretado, não mais se oportunizando redução deliberada sem maior supedâneo jurídico, sob pena de desviar a própria vontade constituinte. Diante desses motivos alterei minha posição anterior e reputo que a razão acompanha aos que comungam da posição atinente à incidência dos adicionais de tempo de serviço sobre o salário padrão e sobre as verbas definitivamente recebidas, salvo as eventuais, em tudo dando cumprimento ao artigo 129 da Constituição Estadual com seu real sentido revelado pela doutrina de HELY LOPES MEIRELLES. Essa conclusão, todavia, não esgota o teor do que se extrai da expressão "vencimentos integrais", podendo levar a erro o intérprete menos atento, afinal, não revela especificamente o que se entende compreendido por "vantagens efetivamente recebidas". O estudo comparativo da jurisprudência do E. Tribunal de Justiça de São Paulo parece denunciar que, além do salário-padrão, os servidores percebem vantagens definitivamente incorporadas, vantagens incorporáveis, mas ainda não incorporadas, vantagens não incorporáveis, e vantagens transitórias ou eventuais. Nesse contexto, as vantagens efetivamente recebidas funcionam como gênero do qual apenas as "vantagens transitórias ou eventuais" não fazem verdadeira parte, ou caso façam, são exceções, tanto que capadas expressamente pela dicção dos julgados que adotam esse posicionamento. Pelo prisma que se firma, então as vantagens efetivamente recebidas são as que remanescem da diferença resultante da subtração das vantagens transitórias ou eventuais. A seu turno, os lineamentos de "vantagens eventuais" foram bem definidos em voto da lavra do E. Desembargador JOSÉ SANTANA, nos autos da apelação cível n. 780.820.5/0-00: "As verbas eventuais, normalmente excluídas da base de cálculo desses adicionais ex facto temporis, dizem respeito tão-somente às parcelas de caráter assistencial ou pagamentos isolados, que não constituem remuneração pela contraprestação do efetivo desempenho das funções, tais como despesas ou diárias de viagens, auxílio-alimentação, auxílio-transporte e auxílio funeral". Com efeito, o alicerce que sustenta as razões do E. Desembargador JOSE SANTANA reflete a doutrina de HELY MEIRELLES, vez que o doutrinador ao dispor sobre vencimentos não se deixou levar pela globalidade, mas restringiu o alcance à soma do salário-padrão e dos componentes do sistema remuneratório, ou seja, àqueles decorrentes da ínsita contraprestação do serviço. É tênue a distinção, mas dela apenas se segrega os pagamentos de natureza indenizatória não-remuneratórios , que episódicos que são, mostram-se transitórios, eventuais e efêmeros. Assim, reputo que a incidência do adicional por tempo de serviço deve incidir sobre o salário-padrão e sobre as verbas efetivamente recebidas, ainda que não incorporadas, mas desde que não sejam eventuais, isoladas em si mesmas e atreladas episodicamente, sem qualquer caráter de continuidade. DA BASE DE CÁLCULO PARA OS ADICIONAIS TEMPORAIS QUINQUÉNIO SOBRE VENCIMENTOS INTEGRAIS A investigação atinente aos vencimentos integrais e seu conteúdo ainda esbarra noutro vértice. Importa por ora transcrever o seguinte trecho do artigo em comento: "Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo, por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais (...)". A redação do artigo 129 da Constituição Estadual revela a partir do fragmento transcrito que o qüinqüênio é adicional, que tem sua limitação vedada e que a sexta-parte incide sobre vencimentos integrais. Por força da disposição gramatical e literal das expressões, estariam os benefícios qüinqüênio e sexta-parte com suas disciplinas apartadas pelo regramento, com disposições exclusivas inseridas logo após suas previsão, redundando em uma ilimitação para o qüinqüênio e na integralidade de vencimentos apenas para a sexta-parte. Comungando dessa percepção, numerosos julgados têm concluído que a base de cálculo "vencimentos integrais", conforme redação do artigo, seria dimensionamento exclusivo à sexta-parte. Por essa feita, e por via de conseqüência, se a base de cálculo "vencimentos integrais" se refere à sexta-parte, não haveria base de cálculo constitucional inerente ao qüinqüênio. A ausência de grandeza própria para a incidência de qüinqüênio autorizaria a eleição da grandeza por lei infraconstitucional estadual, que entre nós já teria sido levado a cabo através do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual 10.261/68) e da Lei Complementar Estadual 712/93. Respeitam-se tais posições, notadamente porque fundadas em autorizadas interpretações. No entanto, o tema é bastante polêmico, e no sentir do Juízo a interpretação deve caminhar noutro sentido. Com efeito, mesmo que se acompanhasse a idéia divisionista, relegando à lei ordinária a eleição da grandeza para incidência da vantagem pecuniária qüinqüênio, apartando-a do regime inerente à sexta-parte, a conclusão induzida pelos julgados sinaliza haver margem para alguma indagação. Recordo para tanto o teor dos artigos 127 e 108 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual 10.261/68), que definem o direito ao qüinqüênio e o vocábulo vencimento, respectivamente, nos seguintes termos: "O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à percepção de adicional por tempo de serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre o vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os efeitos. Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor do respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas para todos os efeitos legais". Por essa primeira visão, afere-se que se a lei ordinária

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puder eleger a base de cálculo do qüinqüênio, a opção seria também os vencimentos integrais. Isso porque vencimento, impropriamente no singular, é conceito equivalente a vencimentos (no plural), notadamente porque se incluiu no artigo 108, da Lei Estadual 10.261/68 as vantagens incorporadas para todos os efeitos legais, não apenas sobre o salário-padrão. Nos limites dessa conclusão, poderia vingar a tese residual que o adicional qüinqüenal incidiria sobre o salário-padrão mais as verbas incorporadas. A bem verdade, dado o caráter político dos parlamentares às vezes desgarrados da melhor técnica, reputo que a base de cálculo pretendida era desde logo vencimentos (termo plural). Isso não apenas pela interpretação autêntica do artigo 108 da Lei Estadual 10.261/68, mas porque desde o artigo 127 desse diploma já se sugeria "remuneração", e porque a Lei Complementar Estadual 712/93, em artigo 11, inciso I, deixa de lado o termo "vencimento" e claramente adota "vencimentos". Portanto sinalizando que compreende todas as verbas efetivamente recebidas. Não obstante o argumento, ora se ousa declaradamente filiar em correntes vertidas sobre outros alicerces. Isso porque a interpretação gramatical, autêntica, ou mesmo histórica se essa verdadeiramente foi a vontade do Constituinte Decorrente que distingue as bases de cálculo entre qüinqüênio e sexta-parte, não satisfaz inteiramente os preceitos constitucionais de valorização social do trabalho (artigo 1°, inciso IV, da Constituição da República). Por esse motivo, dada a previsão de adicional por tempo de serviço em mesmo dispositivo, aplico sobre a espécie o princípio da máxima efetividade constitucional, já mencionado. Sob esse norte, a interpretação mais efetiva do artigo 129 da Constituição Estadual estimula que a base de cálculo dos adicionais ex facto temporis seja fincada sobre os vencimentos integrais. Significa dizer, quando se assinala "vencimentos integrais", a interpretação que extrai máxima efetividade é aquela que comuta a base de cálculo tanto para o qüinqüênio como para a sexta-parte. Assim não for, esvazia-se o conteúdo sem qualquer razão mais palpável, o que data venia não parece militar em prol do melhor direito. Logo, em sintonia com o que até aqui se disse, qüinqüênio deverá ser calculados sobre os vencimentos efetivamente recebidos, salvo verbas eventuais. DA EMENDA 19/98 E O ARTIGO 37, INCISO XIV, DA CR. ARTIGO 115, INCISO XVI, DA CE. NÃO RECEPÇÃO. Reconhecida a natureza do direito, a tarefa que se passa a enfrentar é o limite de sua aplicação, porquanto o próprio artigo 129 da Constituição Estadual, após instituir as vantagens, prevê que eles "(...) se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição". Com efeito, vale dizer que uma vez cumpridos os requisitos temporais pertinentes ao qüinqüênio, conceder-se-á a incorporação dele no vencimento do servidor público, observado o artigo 115, inciso XVI, da Constituição Estadual, que assim dispõe: Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Essa previsão é pouco diversa daquela insculpida no artigo 37, inciso XIV, da Constituição da República com redação dada pela Emenda Constitucional 19, de 04 de junho de 1998, cuja redação segue adiante: "os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores". O cotejo das previsões revela que o artigo 115, inciso XVI, da CE parece restringir o artigo 37, inciso XIV, da CR com a expressão "sob o mesmo título ou idêntico fundamento", especificando algo que essa não detalha. Certamente a Constituição Estadual não pode confinar o alcance da Carta Maior, logo, a leitura que se empresta à norma estadual é aquela prescrita pela nacional, por conseqüência de derrogação constitucional ou não recepção superveniente. Ao examinar então o artigo 37, inciso XIV, da Constituição da República enquanto limite para o artigo 129 da Constituição Estadual, surge polêmica referente ao chamado "repique" ou "efeito repique", não obstante ser consenso que a nova redação constitucional coíbe os acréscimos em cascata, derivados do censurável cálculo progressivo de vantagens sobre vantagens. Firma-se a questão sobre o cálculo dos qüinqüênios sobre vantagens efetivamente recebidas e se tal configura repique de vantagens pecuniárias sobre vantagens pecuniárias. Há fundadas opiniões assinalando pela mutilação do artigo 129 da CE. Sustentam-se na premissa que o artigo 37, inciso XIV, da CR teria derrogado a base de cálculo "vencimentos integrais" da CE, porque inadmitiria o repique de uma verba sobre outra, o que por conseqüência remeteria os adicionais temporais apenas sobre o salário-padrão. Respeitadas tais posições, reputo que a mens constitucional parece discrepar dessa conclusão, porque se direciona para situação diversa. A prática vedada pelo artigo 37, inciso XIV, da CR seria o cômputo recíproco e repetido de vantagens de caráter pessoal no cálculo dos vencimentos de servidores públicos, tocante àquelas vantagens pessoais de alíquota percentual e indistinta base de cálculo que permitiriam incidência recíproca sobre toda e qualquer verba, mesmo eventual, da forma que as maiores alíquotas incidam ao final dos produtos aritméticos anteriores, multiplicando exponencialmente a remuneração. Na disciplina em estudo, a incidência dos adicionais temporais tem recaído unidirecionalmente sobre as vantagens efetivamente recebidas, de exclusiva índole de contraprestação laborai. Comungando com o E. Desembargador ORCARLINO MOELLER reputo que "(...) não se vislumbra infringência ao art. 37, XIV, da CF, porque da integralidade dos vencimentos estão afastadas as verbas eventuais, logo, a sua amplitude apenas se refere aos valores que efetivamente perfazem a remuneração, ou seja, o padrão e as vantagens que a integrem automaticamente ou mediante determinação legal expressa". A polêmica parece ter chegado a bom termo. Enquanto matéria constitucional, toda e qualquer polêmica a rigor aguarda pronunciamento do C. Supremo Tribunal Federal. Em relação aos adicionais temporais paulistas, Ministro CARLOS VELLOSO indiretamente dirimiu a questão, quando apreciou o cabimento Agravo Regimental de Agravo de Instrumento tirado contra despacho denegatório de Recurso Extraordinária oferecido pelo Município de São José do Rio Preto que atacava justamente os termos do artigo 129 da CE em confronto com o artigo 37, inciso XIV, da CR. Assinalou: 'Tem-se, no caso interpretação da Constituição local, art. 129, que o Tribunal de Justiça do Estado-Membro faz de forma soberana. E ficou claro que não se tem, no caso, o cálculo sobre os vencimentos integrais, que é coisa diversa". Logo, dada a distinção entre a vedação ao repique previsto no artigo 37, inciso XIV, da CR e os "vencimentos integrais" estatuídos pelo artigo 129 da CE, a incidência dos qüinqüênios sobre as verbas efetivamente recebidas, inclusive sobre gratificações e adicionais, é de rigor, a salvo de qualquer inconstitucionalidade incidental. Ante ao exposto, julgo PROCEDENTE a ação promovida, nos termos do artigo 269, I do Código de Processo Civil, para condenar a Fazenda do Estado de São Paulo - FESP a calcular o quinquênio inerente a Maria Luiza Pistelli e outros, de forma que incida sobre o prêmio de incentivo. As diferenças referentes ao lustro retroativo à citação, não fulminadas pela prescrição, deverão ser pagas corrigidas e acrescidas de juros de mora desde a citação, conforme artigo 10-F da Lei Federal 9.494/97, observando-se a recente redação da Lei 11.960/2009. Tratando-se de crédito de natureza alimentar, será observado o disposto no artigo 116 da Constituição Paulista, de sorte que as parcelas vencidas até implementação do pagamento deverão ser pagas de uma só vez. Diante da sucumbência a ré arcará com as custas, despesas e honorários advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da condenação.. Com ou sem recursos voluntários, sigam os autos para reexame com nossas homenagens ao E. TJSP. P.R.I.C.

21/11/2010 Conclusos para Sentença Conclusos para Sentença

21/11/2010 Contestação Juntada

25/10/2010 Mandado Juntado

20/08/2010 Certidão de Publicação Expedida Prazo 20/09

20/08/2010 Certidão de Publicação Expedida Relação :0129/2010 Data da Disponibilização: 20/08/2010 Data da Publicação: 23/08/2010 Número do Diário: Página:

21/07/2010 Remetido ao DJE Relação: 0129/2010 Teor do ato: VISTOS. Cite-se o(a) réu(ré) Fazenda do Estado de São Paulo - FESP, na pessoa de seu representante legal, no endereço acima indicado, para os atos e termos da ação proposta, cientificando-o(a) de que não contestado o pedido no prazo de 60 (sessenta) dias, presumir-se-ão verdadeiros os fatos alegados pelo (s) autor(es), nos termos do artigo 285 do Código de Processo Civil. Cumpra-se, na forma e sob as penas da Lei, servindo esta decisão como mandado. Int. Advogados(s): LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (OAB 173273/SP), AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (OAB 65444/SP)

20/07/2010 12 Despacho VISTOS. Cite-se o(a) réu(ré) Fazenda do Estado de São Paulo - FESP, na pessoa de seu representante legal, no endereço acima indicado, para os atos e termos da ação proposta, cientificando-o(a) de que não contestado o

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pedido no prazo de 60 (sessenta) dias, presumir-se-ão verdadeiros os fatos alegados pelo(s) autor(es), nos termos do artigo 285 do Código de Processo Civil. Cumpra-se, na forma e sob as penas da Lei, servindo esta decisão como mandado. Int.

16/07/2010 Conclusos para Decisão ify`\

12/07/2010 Distribuído Livremente (por Sorteio) (movimentação exclusiva do distribuidor) ‘\)\\I

Incidentes, ações incidentais, recursos e execuções de sentenças

Não há incidentes, ações incidentais, recursos ou execuções de sentenças vinculados a este processo.

Petições diversas

Não há petições diversas vinculadas a este processo.

Audiências

Não há Audiências futuras vinculadas a este processo.

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Número do Processo

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Ci

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Dados do Processo

Recurso: Embargos de Declaração (0022382-76.2010.8.26.0053) Encerrado

Área: Cível

Assunto: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO

Origem: Comarca de São Paulo / Foro Fazenda Pública / Acidente Trabalh / 53 Vara de Fazenda Pública

Números de origem: 053.10.022382-9

Recebido em: 33 Câmara de Direito Público

Relator: AMORIM CANTUÁRIA

Volume / Apenso: 2 / O

Última carga: Origem: Serviço de Process. de Recursos de Dir. Público / SJ 4.10 - Serv. de Proces. de Rec. aos Tribunais Superiores do 1° ao 40 Gr. de Câm. de Dir. Público. Remessa 05/02/2015

Destino: Foro / Fórum Fazenda Pública / Acidente Trabalh. Recebimento: 05/02/2015

Processo Principal: 0022382-76.2010.8.26.0053

Apensos / Vinculados

Não há processos apensos ou vinculados para este processo.

Números de 1a Instância

Não há números de la instância para este processo.

Partes do Processo

Embgte/Embgdo: Maria Luiza Pistelli Advogado: Airton Camilo Leite Munhoz Advogado: Leonardo Arruda Munhoz

Embodo/Embgti. Fazenda do Estado de São Paulo Advogado: Andre Rodrigues Junqueira

Movimentações

babiodo todas as movimentaçóes. ',Listar somente as 5 últimas.

Data Movimento

05/02/2015 Remetidos os Autos para Vara de Origem 1° e 2° Volumes

05/02/2015 Ej Expedido Certidão Decurso de despacho (não houve agravo extraordinário)

25/08/2014 Publicado em Disponibilizado em 22/08/2014 Tipo de publicação: Despacho Número do Diário Eletrônico: 1717

11/04/2014 Q RE - Despacho - Repercussão Inexistente - prejudicado Nos termos da r. decisão no RE n° 764.332/SP, de 28/02/2014, publicada no DJU de 21/3/2014, proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, que considerou inexistente a repercussão geral em caso análogo a este, nos termos do artigo 543-8, § 2°, do Código de Processo Civil, fica inadmitido o presente recurso extraordinário. Int. São Paulo, 11 de abril de 2014. RICARDO ANAFE Desembargador Presidente da Seção de Direito Público

07/04/2014 Recebidos os Autos pela Coordenadoria de Gabinetes da Presidência

04/04/2014 Remetidos os Autos à Coordenadoria de Gabinete da Presidência da Seção de direito Público - Conclusão

01/04/2014 Recebidos do Complexo Ipiranga - sobrestados

16/10/2013 Remetidos ao Complexo Ipiranga - sobrestados

02/10/2013 Publicado em Disponibilizado em 01/10/2013 Tipo de publicação: Despacho Número do Diário Eletrônico: 1510

18/09/2013 Recebidos os Autos no Processamento de Recursos - Com Despacho

31/08/2013 Remetidos os Autos para Processamento de Recursos - Com Despacho 10 e 2° vol.

26/08/2013

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Ei Despacho Observada a inclusão pelo Supremo Tribunal Federal de recursos representativos da controvérsia número 75, referentes a Adicional - Quinquênio - Vencimentos - Integralidade - debatida no recurso extraordinário, deverá este ser sobrestado até o pronunciamento definitivo do Plenário do Supremo Tribunal Federal. Int. São Paulo, 24 de agosto de 2013. SAMUEL JÚNIOR Desembargador Presidente da Seção de Direito Público

24/08/2013 Tema no 702 - Adicional - Quinquênio - Vencimentos - Integralidade

25/08/2012 Recebidos os Autos pela Coordenadoria de Gabinetes da Presidência

24/08/2012 Remetidos os Autos à Coordenadoria de Gabinete da Presidência da Seção de direito Público - Conclusão

22/08/2012 Documento Juntado protocolo no 2012.00888293-0, referente ao processo 0022382-76.2010.8.26.0053/90002 - Contra-Razões

15/08/2012 Publicado em Disponibilizado em 14/08/2012 Tipo de publicação: Vista Número do Diário Eletrônico: 1245

08/08/2012 Vista VISTA A(S) PARTE(S) CONTRARIA(S) PARA APRESENTAR(EM) CONTRARRAZÕES AO(S) RECURSO(S) INTERPOSTO (S), NO PRAZO LEGAL.

22/05/2012 Recebidos os Autos pelo Processamento de Recurso

21/05/2012 Remetidos os Autos para Processamento de Recursos aos Trib. Superiores

21/05/2012 Documento Juntado protocolo no 2012.00440547-6, referente ao processo 0022382-76.2010.8.26.0053/90001 - Recurso Extraordinário Cível (Petição Avulsa)

28/03/2012 Publicado em Disponibilizado em 27/03/2012 Tipo de publicação: Intimação de Acórdão Número do Diário Eletrônico: 1152

23/03/2012 Publicado em Disponibilizado em 22/03/2012 Tipo de publicação: Julgados Número do Diário Eletrônico: 1149

22/03/2012 Acórdão registrado Acórdão registrado sob no 20120000115350, com 7 folhas.

22/03/2012 QAcordão Finalizado Acórdão Dr. Amorim Cantuária

20/03/2012 Acolhimento de Embargos de Declaração

20/03/2012 Julgado Acolheram os embargos de declaração dos autores e rejeitaram os embargos de declaração da Fazenda do Estado. V. U.

15/03/2012 Publicado em Disponibilizado em 14/03/2012 Tipo de publicação: Próximos Julgados Número do Diário Eletrônico: 1143

07/03/2012 Inclusão em pauta Data da pauta em 20/03/2012

07/03/2012 Recebidos os Autos à Mesa

06/03/2012 Remetidos os Autos para Processamento Grupos e Câmaras - A mesa AC 17767

27/02/2012 Recebidos os Autos pelo Relator Amorim Cantuária

23/02/2012 Remetidos os Autos para o Relator (Conclusão)

03/02/2012 Subprocesso Cadastrado

Subprocessos e Recursos

Não há subprocessos ou recursos vinculados a este processo.

Composição do Julgamento

Participação Magistrado

Relator Amorim Cantuária (17767)

2° Juiz Marrey Uint

3° Juiz Camargo Pereira

Petições diversas

Data Tipo

26/04/2012 Recurso Extraordinário Cível (Petição Avulsa)

17/08/2012 Contra-Razões

Julgamentos

Data Situação do julgamento Decisão

20/03/2012 Julgado Acolheram os embargos de declaração dos autores e rejeitaram os embargos de declaração da Fazenda do Estado. V.U.

Desenvolvido pela Softplan enr parceria coai a Secretaria de Tecnologia da informação - STI

http://esaj .tj sp.j us.br/cpo/sg/show.do?processo. codigo=R100 1 OVOZ 1 2KW 11/06/2015

Data de disponibilização: 15/05/2015 - Órgão Judicial: DJSP - CADERNO 3 JUDICIAL P` INSTÂNCIA CAPITAL. Fórum Hely Lopes / 5' Vara da Fazenda Pública

EDITAL DE INTIMACAO DE ADVOGADOS RELACAO N 0177/2015Processo 0022382-76.2010.8.26.0053 (053.10.022382-9) - Procedimento Ordinario - Pagamento - Alice Borges - - Ana Kleingesinds - - Soraia Silva Moreira - - Sueli Aparecida do Nascimento Valenciano - - Sueli Cristina de Oliveira Biganzoli - - Valeria Bakos e outros - Fazenda do Estado de Sao Paulo - FESP - VISTOS. Cumpra-se o V.Acordao. Fica intimado o Estado de Sao Paulo a cumprir integralmente a obrigacao de fazer em 90 dias. Decorrido o prazo assinalado sem o devido cumprimento ora determinado, servindo o presente como mandado, intime-se pessoalmente a Fazenda para que comprove o cumprimento da obrigacao de fazer, no prazo de 05 dias, sob pena de multa diaria, que fixo em RS 500,00 por dia de descumprimento, e que incidira, a principio, pelo prazo de 120 dias. Com a juntada dos documentos pela Fazenda, intime(m)-se o(a/s) autor(a/es) a manifestarem-se no prazo de 10 dias quanto ao correto cumprimento da obrigacao de fazer, advertindo-o(a/s) de que no silencio, os autos serao remetidos ao arquivo. Int. - ADV: LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (OAB 173273/SP), ANDRE RODRIGUES JUNQUEIRA (OAB 286447/SP), AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (OAB 65444/SP), ANNA LUISA BARROS CAMPOS PAIVA COSTA (OAB 191716/SP)

fls. 1

Prdcura ora d• Estado

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

5a VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL - FAZENDA

PÚBLICA

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N°. 0022382-76.2010.8.26.0053

REQUERENTE: MARIA LUIZA PISTELLI E OUTROS

REQUERIDO: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

OBRIGAÇÃO DE FAZER - 90 dias sob pena de multa diária de R$ 500,00

ÓRGÃO: SECRETARIA DA SAÚDE

Proponho o o encaminhamento do PJF à Secretaria da

Saúde, conforme art. 7° do Decreto 28.955/87, solicitando que ali se proceda,

em 90 dias, ao apostilamento do direito reconhecido judicialmente

(quinquênios sobre o prêmio de incentivo), noticiando a publicação do ato à

PJ, para que esta possa juntar o comprovante nos autos judiciais, bem como a

emissão das planilhas informativas dos valores devidos aos autores.

ó de 2015

INI DELFIM

Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2010.01.035402

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da Doutra Consultoria Jurídica da Pasta,

apensamos ao processo 001/0941/035.402/2010, o processo de n° 001/0001/002.656/2015.

Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.

CGA/CPEA - PROTOCOLO

S. P. 23/06/2015

Maria da Gloria`Garcia Saraiva Diretor I

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Fls 49

N° DO PROCESSO 001/0941/035.402/2010

DATA DE ENTRADA: 29/ 06 /2015

DISTRIBUIDO AO DR(a): Nuhad

EM 29/06/2015_

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n°: 001/0941/035.402/2010 (Apenso 0001/0001/002.656/2015)

Interessado: MARIA LUIZA PISTELLI E OUTROS

(Ação Judicial n° 0022382-76.2010.8.26.0053 da 5a Vara da Fazenda Pública da Capital — Banca: 12-B).

À GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes referentes

ao assunto.

C.J., em 29 de junho de 2015.

Nuhad Said Oliver

Procuradora do Estado Chefe da

Consultoria Jurídica

sb

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚD

PORTARIA DA DIRETORA DE

A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS

HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO

INSTITUCIONAL, DA COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso

de suas atribuições legais, DECLARA, que, à vista de decisão judicial transitada em

julgado, constante do Processo n° 0022382-76.2010.8.26.0053, da 5' Vara da Fazenda

Pública - Foro Central, PJ/F n° 2010.01.035402 e AP/SS n° 001/0001/002.656/2015, em

nome de MARIA LUIZA PISTELLI E OUTROS, os servidores abaixo identificados,

fazem jus a inclusão do valor do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei n° 8.975/94 e

alterações posteriores, na base de cálculo dos Adicionais por Tempo de Serviço,

representados pelos quinquênios, com o pagamento das diferenças devidas, observada a

prescrição quinquenal. (o ajuizamento da ação ocorreu em 12/07/2010):

Centro de Atenção Integral à Saúde "Clemente Ferreira", em Lins

CARMEN LUCIA MARENO, RG. 29.285.113-3, CREUZA

MARIA PEDROSO, RG. 5.664.870, ELAINE CRISTINA MORAES SILVA, RG.

30.524.573-9, IZABEL BIANCHINI, RG. 6.124.528, LENITA KUHLL NAVARRO

DE MORAES, RG. 22.200.405-8, PRISCILA ANTUNES, RG. 35.076.267-3, SORAIA

DA SILVA MOREIRA, RG. 9.524.638-5, SUELI APARECIDA DO NASCIMENTO

VALENCIANO, RG. 21.685.915-3, SUELI CRISTINA DE OLIVEIRA BIGANZOLI,

RG. 19.338.317-2 e VERA LUCIA EVARISTO, RG. 18.828.769;

Centro de Reabilitação de Casa Branca

ALICE BORGES, RG. 13.991.960, FERNANDA MARIA

CAUTELLA PELEGRINI LOPES DA CUNHA, RG. 8.322.318-6, JARBAS TADEU

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚD

ARCURI, RG. 9.032.077-3, JOÃO CARLOS DE SOUZA, RG. 9.534.960-1, JOSE

ROBERTO ROMANO, RG. 17.941.045, LUCIA ELENA ELIAS ARCURI, RG.

15.926.752-3, LUIZ FERNANDO ARGENTINI, RG. 15.648.400-6, MARIA

CRISTINA MOLINA PEINADO, RG. 18.072.286-4, MARIA JOSE RAPHAEL

LOPES, RG. 19.985.375-7, MARIA LUIZA PISTELLI, RG. 4.790.469, MARIA

ROSA RANZONI, RG. 12.697.608-9, RAFAEL JACINTO BARNABE JUNIOR, RG.

18.073.439, ROSEMARA FERNANDES, RG. 26.588.706-9, SHIRLEY DONIZETE

DE ANDRADE MOMETTI, RG. 19.603.242-8 e SIDNEY BORGES, RG. 9.533.941-3;

Hospital Estadual "Nestor Goulart Reis" em Américo Brasiliense

CRISTIANE DIAS ARAUJO, RG. 28.994.520-3;

Instituto de Infectologia "Emílio Ribas"

ANA KLEINGESINDS, RG. 3.481.387-1, PATRICIA ANDRADE,

RG. 26.185.359-4, ROSIMEIRE SIQUEIRA DA SILVA, RG. 23.055.472-6 e

VALERIA BAKOS, RG. 21.967.918-6.

CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, DO

GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos

MÁRCIA ALVES DE BARROS

Diretor Técnico II

Mbls/1354