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PROGRAMA DE APOIO ALEITURA E ESCRITA

PRALER

MANUAL DO FORMADOR

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃODIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS

PROGRAMA DE APOIO ALEITURA E ESCRITA

PRALER

MANUAL DO FORMADOR

BRASÍLIA2007

© 2007 FNDE/MEC

Todos os direitos reservados ao Ministério da Educação - MEC.Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida desde que citada a fonte.

DIPRO/FNDE/MEC

Via N1 Leste - Pavilhão das Metas70.150-900 - Brasília - DF

Telefone (61) 3966-5902 / 5907Página na Internet: www.mec.gov.br

IMPRESSO NO BRASIL

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Manual do FormadorCaro(a) Formador(a)

Papel do Formador no Programa

Neste guia estamos lhe apresentando algumas questões sobre: a) o papel do formador no programa e b) as orientações para a condução das Sessões Presenciais Coletivas (SPC) e para a análise da Investigação da Prática.

Quem é o formador no PRALER?A estrutura de apoio à aprendizagem do programa prevê a atuação de um formador

que represente o programa (os objetivos, a metodologia, os materiais) junto aos professores-cursistas.

A sua atuação no ensino semipresencial é de grande importância tanto na transmissão dos conteúdos quanto no acompanhamento dos cursistas.

O seu papel deve ser estruturado em duas dimensões:Conhecimento profissional, assistência no estudo dos cadernos de Teoria e Prática e

nas orientações em sala de aula.Envolvimento com a turma para promover a superação das dificuldades

provenientes do curso.A segunda dimensão tem-se mostrado mais importante do que o domínio das

disciplinas e habilidades instrucionais e curriculares principalmente no início do curso, quando as mudanças dos paradigmas promovem grande insegurança nos cursistas.

O ambiente de trabalho do formador envolve os cadernos de estudos, os cursistas, as salas de aula, os momentos de encontros presenciais e os de avaliação.

Como o formador provê apoio aos professores-cursistas?Você deve elaborar uma agenda de trabalho que inclua as Sessões Presenciais

Coletivas e, principalmente, visitas técnicas às escolas para atendimento personalizado aos professores e para a observação da prática do professor em sala de aula. A observação é um momento especial, onde as impressões do formador deverão ser repassadas para o cursista.

Como Você transita em muitos espaços e representa o programa de formação continuada, o seu trabalho deve ser pautado em valores éticos e morais. A compreensão

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da dimensão ética e moral é fundamental para o bom exercício de suas funções e para a qualidade do programa.

A tendência equivocada do formador é de ser autônomo do sistema em que está inserido. Ao assumir o papel do formador, Você se converte na instituição da formação continuada e deve seguir os regimentos, normas e regras de funcionamento para que tudo dê certo. O exercício de autonomia não é descontextualizado. Você deve lembrar sempre da importância de desempenhar sua função em bases legais e institucionais.

O que é esperado do formador no PRALER?Vamos discutir duas dimensões do papel do formador:

Mediação do processo de ensino-aprendizagem junto ao professor-cursista.O formador deve se propor a:

Garantir o entendimento dos objetivos de aprendizagem e sua aplicação;Orientar o conteúdo e o processo de estudo proposto no programa;Oferecer feed back qualitativo e quantitativo de seu desenvolvimento, sem impor a própria

percepção;Respeitar a sua forma de aprendizado, legitimando sua experiência;Confiar em sua capacidade de desenvolvimento e progresso, acreditando em resultados próprios

a partir da participação em grupos de trabalho;Promover a interdependência e não a dependência;Promover a reflexão dos diversos conteúdos do programa;Facilitar a realização das tarefas, dando suporte ao grupo e identificando as estratégias

de aprendizagem;Promover parcerias para a aprendizagem (estudos de grupo paralelos etc);

Relações interpessoais entre formador e professores-cursistas.O formador deve se propor a:

Buscar referenciais nas experiências próprias e necessidades dos professores-cursistas;Lidar com os conflitos entre as necessidades pessoais e as demandas do programa;Considerar o estado emocional dos cursistas e facilitar a expressão de ansiedades e

preocupações;Valorizar a experiência, as competências e capacidade de alcance individuais;Sentir a transformação pessoal da visão de mundo.

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No ensino presencial fomos condicionados a acreditar que só podíamos aprender se alguém se dispusesse a nos dar aulas, ou seja, se nos explicasse e desenvolvesse os conteúdos a serem aprendidos. Esperávamos que nos ensinasse, por acreditarmos que somente assim poderíamos aprender.

Mas, na formação continuada semipresencial, as coisas são diferentes: os programas são planejados e desenvolvidos para que o cursista perceba que, com materiais específicos, com boas orientações, ele pode, e deve, construir a própria aprendizagem de forma autônoma, independente. Os cursistas egressos de programas de educação a distância têm constatado que o ato de estudar e a ação de aprender ganham novos significados com essa experiência. Reconhecer o seu estilo de aprendizagem e utilizar estratégias para aprender a aprender têm dado resultados positivos a essas pessoas.

Sabemos que Você, formador, também estará aprendendo com essa nova vivência. Freqüentemente, nos programas de formação continuada semipresencial, para um formador iniciante, o exercício desse papel parece ser vazio e sem sentido, afinal, ele está habituado a dar as coordenadas que os alunos deverão seguir, distribuir textos e, principalmente, dar aulas expositivas. Mas, ao compreender realmente o seu papel, verá que deve se colocar à disposição para auxiliar o cursista na construção do próprio caminho, orientar e reorientar a aprendizagem, ajudar no esclarecimento de dúvidas, identificar tipos de dificuldades e propor formas de vencê-las, organizar atividades de estudo em grupo, supervisionar a prática de oficinas presenciais etc.

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A estrutura das SPC é similar para todas as unidades. Não se esqueça de que para cada unidade Você realizará uma SPC.

Antes da realização da sessão, é necessário destinar um tempo ao seu estudo, planejamento, preparação de materiais e Investigação da Prática entregue pelo professor-cursista.

As SPC podem ser feitas quinzenalmente ou semanalmente. A decisão deverá ser tomada pela coordenação do programa.

Acrescentamos também, em anexo: Roteiro de Entrevista com o Professor Antes de Iniciar a Observação da Aula (Anexo 1); Ficha de Observação da Prática Pedagógica (Anexo 2); Ficha de Acompanhamento do Desempenho do Professor nas SPC (Anexo 3); Orientações para Comentar a Investigação da Prática (Anexo 4), Orientações ao Formador para Análise dos Textos Produzidos pelos Professores-Cursistas (Anexo 5); Matriz Temática do Módulo I e II com os nomes das Unidades e Seções (Anexo 6).

As Sessões Presenciais Coletivas têm a duração de três horas, que devem ser distribuídas de acordo com o planejamento didático, da seguinte forma:

lo momento - Retomando a UnidadeDuração: 30 minutosIntrodução ao tema, esclarecimento dos objetivos da sessão, retomada dos conteúdos e

experiências da unidade, motivação. Neste momento, o formador pode retomar os resumos das três seções da unidade.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaDuração: 15 minutos Comentários e distribuição da Investigação da Prática da unidade anterior.

Recolhimento da Investigação da Prática da unidade vista na semana.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial ColetivaDuração: 90 minutos.Realização de Oficina com atividade de reflexão acerca do tema central da unidade.

A Oficina está dividida em etapas para que Você coordene mais facilmente os trabalhos. O material impresso faz parte do Caderno de Teoria e Prática do professor-cursista. Serão necessárias folhas avulsas para as anotações.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAADuração: 30 minutos.

Orientações para a condução das Sessões Presenciais Coletivas - SPC

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Neste momento, será avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Procure saber quem tem aplicado os AAA em suas aulas; procure ter uma mostra de alguns resultados dos alunos. Solicite crítica, perguntando o que, na opinião deles, deveria ser mudado, caso utilizem novamente os exercícios.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoDuração: 15 minutos.Avaliação das atividades desenvolvidas na Sessão Presencial em relação aos objetivos

estabelecidos para a unidade.

Formador, ao estimarmos os tempos de execução dos momentos da SPC tínhamos como referência o trabalho de formação de 20 a 30 professores-cursistas. Portanto, essa distribuição de tempo pode ser realocada de acordo com o número de pessoas em sala e de acordo com as atividades do 3o momento de desenvolvimento da SPC. Organize a sua distribuição de hora/atividade considerando o número de cursistas em seu encontro presencial e as atividades previstas. Você sabe que não pode ultrapassar 3h da Sessão.

Elegemos para Você, formador, alguns pontos que consideramos fundamentais para que as SPC sejam um momento produtivo e enriquecedor para todos.

Com certeza que, se esses aspectos forem assegurados, o encontro terá um bom nível de discussão democrática e qualidade técnica, e com possibilidades positivas de atingir os seus objetivos.

Leia os 10 pontos necessários a uma boa SPC e verifique se a nossa lista está completa com os itens básicos, ou se Você acrescentaria algum.

Agora vamos ao detalhamento das SPC, com as respectivas orientações para a análise da Investigação da Prática. Desejamo-lhes boa sorte na implementação das reuniões.

-Explicitação dos objetivos da sessão ou da unidade (cartaz ou transparência);-Explicitação das estratégias que serão usadas na sessão (cartaz ou transparência);-Respeito aos tempos estipulados;-Realização de mediações adequadas ao longo do desenvolvimento da sessão;-Clareza nas instruções orais;-Capacidade de replanejamento, garantindo os objetivos;-Escuta sensível: capacidade de ouvir, entender, valorizar, sistematizar as contribuições

dos professores, ser empático e saber se colocar no lugar do outro;-Dinamização dos grupos na realização das atividades;-Reflexão e promoção da discussão sobre os produtos e respostas dadas pelos grupos e

professores-cursistas;-Realização do fechamento dos trabalhos com avaliação colaborativa e aberta sobre o

encontro.

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Duração: 3h1o momento - Retomando a Unidade 1Nesta primeira Sessão Presencial Coletiva, Você irá trabalhar com a primeira unidade

retomando principalmente as idéias que estão em:Indo à Sala de Aula 1: quais são as oportunidades de estímulo à leitura na

comunidade?Atividade de Estudo 4: como cada um dos professores aprendeu a ler?Pesquisando Evidências 2: o que as crianças demonstram pensar sobre a escrita?Pesquisando Evidências 3: como foram as observações da prática?

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaNeste momento, será recolhida a Investigação da Prática, que poderá ser apresentada

em folha avulsa. Nas sessões subseqüentes, haverá devolução e comentário da avaliação das Investigações da Prática. Esse é um instrumento importante para o formador na avaliação de desempenho dos professores. Faça um acordo com os professores-cursistas a respeito da correção das questões de linguagem. Esclareça que é uma oportunidade de aperfeiçoamento da escrita e de revisão das questões gramaticais. Apresente o quadro com os aspectos a serem considerados no aperfeiçoamento de textos. (Ver anexo)

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: prepare os professores para a leitura do texto da Sessão falando a respeito

de José Lins do Rego.Peça a leitura silenciosa do texto.2a Etapa: organize grupos de quatro professores para o debate a partir das questões

propostas. Sugira a indicação de um relator que deve anotar as conclusões do grupo para apresentar sinteticamente na plenária.

3a Etapa: cada relator deve apresentar as conclusões do seu grupo, oralmente, de forma sintética.

4a Etapa: você, a partir das contribuições dos relatores e dos participantes voluntários, deve construir uma lista de características e atitudes do professor que são favoráveis à aprendizagem. Algumas dessas atitudes podem ser resumidas como:

Interesse pelo desenvolvimento do aluno;

Unidade l - O que a criança já sabe

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Respeito pelo ritmo e pela trajetória de aprendizagem do aluno;Atenção aos interesses da turma;Reavaliação contínua e reorientação, quando necessário, do próprio trabalho;Preocupação em estabelecer um ambiente de segurança emocional, agradável, sem ameaças

ou repressão;Segurança em relação ao domínio do processo educacional, seus objetivos e recursos

pedagógicos.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAARealize a avaliação dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Neste sentido

procure saber:Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoÉ o momento de avaliar o trabalho desenvolvido na unidade e na Sessão Presencial em

relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento a respeito de sua experiência. O formador pode retomar o objetivo da unidade e propor a seguinte reflexão:

O trabalho nos levou a compreender como a criança chega à escola e o que ela pode pensar a respeito da escrita?

Estamos em condições de fazer um diagnóstico do desenvolvimento da criança em relação à escrita?

Como podemos preparar um ambiente favorável à aprendizagem?O que temos que aprofundar? Quais as questões sobre as quais precisamos continuar

refletindo constantemente?

Nesta Investigação da Prática, o professor deverá apresentar um pequeno relatório a respeito do diagnóstico de desenvolvimento dos alunos em relação à escrita (uma página é suficiente). Observe o roteiro colocado na Unidade 1, Seção 2, Indo à Sala de Aula 3. Analise se o professor elaborou um teste similar (que deve ser apresentado com o relatório), se as crianças responderam às tarefas e se as observações do professor no relatório correspondem ao

Orientações para comentar a Investigação da Prática 1

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desenvolvimento das crianças. Lembre-se de que a linguagem do relatório deve ser simples, objetiva, clara, com predomínio de tempos verbais do pretérito (ou do presente com valor de pretérito), uma vez que os fatos observados já ocorreram. O professor pode ter apenas respondido às questões colocadas no texto da Investigação da Prática. Ele deveria ampliar a reflexão iniciada com aquelas perguntas.

Utilize a Matriz de Avaliação da Investigação da Prática.

Duração: 3hlo momento - Retomando a Unidade 2No primeiro momento, faça uma breve revisão do que foi estudado na unidade 2,

identificando possíveis dúvidas que tenham surgido durante o estudo.Explique que o objetivo principal desta SPC é reforçar os conteúdos das seções

da unidade.Discuta brevemente a estrutura e a função das narrativas, mostrando como esse

conhecimento é útil ao desenvolvimento da expressão oral. Faça o mesmo em relação às descrições e instruções.

Comente que a expressão oral recebe pouca atenção em sala de aula e, no entanto, é crucial na vida de qualquer indivíduo. Estamos sempre conversando com alguém e, até quando estamos pensando, estamos conversando com nós mesmos. Há tarefas comunicativas que são mais fáceis e outras, mais difíceis.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaDevolva a Investigação da Prática 1 já corrigida, comentando a avaliação. Recolha a

Investigação da Prática da unidade 2, que pode ser apresentada em folha avulsa.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: explique que a oficina foi planejada para podermos reconhecer no trabalho

com a narrativa oportunidade de desenvolvimento da expressão oral.Para isso, vão analisar um conto de Marcelo Coelho.2a Etapa: determine a divisão dos professores em dois grupos e oriente-os a escolher

os relatores.

Unidade 2 - O desenvolvimento da expressão oral

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Os participantes do grupo A devem identificar os componentes da estrutura do texto e observar como o autor trabalha com competência a avaliação em sua própria narrativa.

Os participantes do grupo B vão se deter, principalmente, nos diálogos que aparecem na história, comparando a fala da mãe no ambiente doméstico e informal com a fala da professora. Em ambas foi usada a variante formal da língua, mas há diferenças nos temas abordados e no vocabulário escolhido.

Vão discutir, também, as características autobiográficas do texto que é narrado em primeira pessoa.

Ambos os grupos devem refletir e discutir sobre o que representa para a criança a experiência dos primeiros dias em sala de aula. Sua reflexão vai concentrar-se nos comportamentos e atitudes que as crianças precisam ter na escola que não fazem parte de seus costumes domésticos, no seio da família. Ou seja: em que aspectos o comportamento de uma criança na escola tem de ser diferente de seu comportamento em casa?

3a Etapa: em seguida, todos os cursistas devem se reunir em forma de plenária e os relatores de cada grupo vão apresentar os resultados do trabalho, avaliando as tarefas que realizaram.

4a Etapa: o formador faz as reflexões e comentários finais e a síntese do trabalho.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber:Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente

os exercícios.Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoReunidos em plenária, os professores devem discutir e avaliar o trabalho feito.Comece propondo questões mais amplas como: o texto que trabalhamos nos permitiu

alcançar os objetivos?Em que aspectos o conto de Marcelo Coelho foi produtivo para nossa reflexão:

há narrativa na primeira pessoa de caráter autobiográfico? Há inclusão de avaliação ao longo de todo o texto? Há reprodução de diálogos que preservam a verossimilhança com a vida diária?

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Para que Você avalie a Investigação da Prática da unidade 2, considere as seguintes observações:

Para a primeira atividade, o objetivo é:desenvolver a habilidade de ordenar acontecimentos apresentados em linguagem não-verbal de

acordo com uma seqüência lógica, reconhecendo a apresentação, a complicação e a solução.Para a segunda atividade, os objetivos são:

desenvolver a habilidade de interpretar narrativas sem texto pela seqüência lógica dos quadrinhos; e

desenvolver a expressão oral.Para a terceira atividade, o professor pode propor:

Ordenar quadrinhos desordenados e justificar oralmente;Contar a história oralmente;Montar uma outra história a partir dos quadrinhos, entre outras;Em todas essas atividades, os objetivos estarão voltados para o desenvolvimento da

habilidade de interpretar, narrar e se expressar oralmente.Avalie o enunciado da atividade que o professor elaborou: está claro, objetivo?Use a Matriz de Avaliação da Investigação da Prática.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 2

Unidade 3 - A descoberta da leitura e da escritaDuração: 3hlo momento - Retomando a Unidade 3Ao iniciar a Sessão Presencial, faça uma abordagem geral e resumida da unidade 3.

A abordagem contará com a participação dos professores-cursistas da seguinte forma: faça perguntas sobre o conteúdo da unidade 3, do tipo “quais temas foram tratados na seção 1 da unidade?”.

Dessa forma, ficará mais fácil para os professores desenvolverem a atividade proposta. Este é o momento da contextualização do trabalho que será realizado. Fale sobre o

objetivo que é discutir alguns temas que foram estudados na unidade 3 do caderno Teoria e Prática, que são: habilidades de leitura que podemos desenvolver nas crianças no início da alfabetização e produção textual oral espontânea.

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2o momento - Comentando a Investigação da PráticaComente e distribua a Lição de Casa da Unidade 2, já avaliada, e recolha a Investigação

da Prática da unidade 3.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: para a realização da 1a etapa, divida a turma em grupos de, no máximo,

cinco pessoas.Lance o tema para discussão: “Como levar as crianças à atividade de leitura e escrita se elas

ainda não sabem ler?” Quais os recursos pedagógicos que podemos utilizar para isso?Circule pelos grupos e instigue-os fazendo perguntas sobre o que está sendo conversado no

momento e sempre se reportando ao tema da unidade três, como leitura de símbolos, atividades com os nomes próprios etc.

2a Etapa: cada grupo fará a síntese por escrito do que foi discutido.3a Etapa: depois que a síntese estiver pronta, cada grupo escolherá um relator para

expor o que foi discutido pelo grupo.4a Etapa: todos os relatores terão tempo definido (5 minutos para cada relator) para

a exposição da síntese. Assim, o tempo determinado de cada um será especificado pelo formador, conforme a quantidade de grupos.

5a Etapa: novamente em grupos, os cursistas devem planejar uma atividade. Você deve permitir que consultem as TPs para terem idéias.

6a Etapa: as atividades planejadas são apresentadas pelos relatores com os objetivos.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Procure

saber:Quem tem desenvolvido os AAA nas aulas?Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEsta é a fase de conclusão da Sessão Presencial. O formador comenta o que foi abordado

pelos relatores e ressalta se a discussão foi norteada pelos conhecimentos adquiridos na unidade em destaque.

Por fim, peça que todos façam uma avaliação oral do trabalho.

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Para que Você avalie a Investigação da Prática da unidade 3, considere as seguintes observações:

-Na resposta da primeira questão, o professor pode fazer um resumo ou paráfrase das idéias da primeira Seção. É importante que ele compreenda que a leitura do professor estimula a construção de habilidades necessárias para a aprendizagem da leitura e da escrita do aluno.

-A seguir, sugerimos um roteiro de atividades que poderá ser desenvolvido pelo professor-cursista no planejamento de aula, utilizando o texto “Uma Palmada Bem Dada”, de Cecília Meireles.

Roteiro de atividades para o planejamento de aula.-Fazer vários desenhos ou trazer recortes de jornais, revistas ou livros didáticos usados,

com figuras que representem alguns nomes do poema, como, por exemplo: figura de uma menina que é a personagem principal, de animais (borboleta, gato, rato e cão), de frutas, de objetos (escova) etc. Ler o poema, mostrando as figuras referentes a alguns versos.

-Sugestão de perguntas a serem feitas às crianças sobre o texto. Por que o nome do poema é Uma Palmada Bem Dada?Quem é manhosa?Quem não quer a borboleta amarela?Por que a menina não toma mingau?A menina do poema é levada? Por quê?

-Escrever o poema no quadro, fazendo uma releitura com as crianças. Pedir que elas digam quais os nomes que aparecem no poema. Sublinhá-los com giz colorido. Depois, agrupá-los da seguinte forma:

-Em outra aula, elaborar textos pequenos com as crianças, utilizando algumas palavras do quadro.

Planejamento de aula.Falamos de planejamento de aula; e como elaborar um? É muito simples. Vamos dar

a sugestão para Você.Para organizar seu planejamento de aula, responda às perguntas:

NOMES DE:Animais

gatorato

Frutasmaçãpêra

Comidasmingauqueijo

Objetosescova

Partes do corpodente

garganta

Orientações para comentar a Investigação da Prática 3

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O que ensinar? Diz respeito ao conteúdo/tema a ser desenvolvido (ensinado) por Você na sala de

aula. Exemplo: “textos espontâneos”, texto narrativo, nomes etc.Para que ensinar?Consiste no objetivo (habilidade) a ser alcançado pelo aluno, conforme o que foi

estabelecido e organizado por Você como meta de ensino. Um exemplo: se seu objetivo é que os alunos consigam, ao final de três aulas, contar histórias espontâneas com seqüência e clareza, para isso Você terá de criar mecanismos. Daí partirá para o “como ensinar”.

Como ensinar? É a metodologia de ensinar; é o fazer pedagógico; como trabalhar determinado

conteúdo/tema.(Na sugestão de modelo de planejamento de aula, mostraremos os detalhes dessa parte.)Como foi realizado o trabalho pedagógico? (Avaliação)Reflexão sobre o trabalho realizado. Neste processo, Você deverá avaliar como foi o

desempenho das crianças na atividade proposta e como foi sua ação pedagógica: regular, boa, ótima, ou precisa melhorar bastante. Quanto ao desempenho dos alunos, Você poderá registrar na ficha individual do aluno como foi o desempenho de cada um. Para isso, alguns símbolos que indicam ruim, regular, bom ou ótimo podem ser utilizados.

Depois dessas explicações, vamos elaborar um planejamento de aula, utilizando o texto “Uma Palmada Bem Dada”.

Escola de Educação Infantil Menino JesusÁrea do conhecimento: Língua MaternaSegmento: Ensino Fundamental – Alfabetização – Turma “B”Professora: Ana Maria

PLANEJAMENTO DE AULAPrevisão de carga horária: duas aulas (2 horas)Conteúdo/tema: leitura, compreensão e produção de texto oral.Texto base: “Uma Palmada Bem Dada”, de Cecília Meireles.Objetivo: levar os alunos a participarem de leitura coletiva oral com espontaneidade,

compreender a temática do texto por meio de perguntas e produzir seus próprios textos orais.Metodologia:1) Introduzir o texto, utilizando figuras ou desenhos. 2) Fazer perguntas sobre as figuras ou desenhos.3) Apresentar o texto “Uma Palmada Bem Dada”, dizendo se é uma poesia ou um

conto, por exemplo. Quem é o autor etc.4) Ler o texto para os alunos e depois com eles.5) Fazer diversas perguntas a respeito.

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PRALER - Manual do Formador

Duração: 3hlo momento - Retomando a Unidade 4Neste primeiro momento, faça uma breve revisão dos temas que foram tratados na

unidade 4. Pergunte aos professores-cursistas quais foram os temas abordados nas seções e se eles tiveram dificuldade em compreender o texto.

Fale do objetivo da Sessão Presencial, que é o tema principal da unidade 4, ou seja, o aprendizado das letras do alfabeto – relação entre letras e sons.

Peça aos professores que comentem as atividades realizadas durante o trabalho da unidade 4. Para isso, Você fará algumas perguntas para instigar o debate sobre o tema da unidade.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaRecolher a Investigação da Prática da unidade 4. Distribuir e comentar a Investigação

da Prática da unidade 3.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: divida a turma em grupos para a troca de experiências conforme o roteiro

da oficina. Estimule os professores a resgatarem suas próprias experiências bem-sucedidas com o processo de alfabetização e com o trabalho com as letras do alfabeto.

2a Etapa: apresente os resultados em plenária.3a Etapa: os grupos vão elaborar uma seqüência didática para o texto de Mário Quintana.Divida o texto conforme a quantidade de grupos. Explique que cada grupo deverá elaborar

uma seqüência de atividades que explorem a parte do texto, ou seja, o trabalho com as letras do alfabeto. Fale aos professores que as atividades que elaborarem poderão ser trabalhadas na sala de aula com os alunos e que poderão ser parecidas com as que foram sugeridas na unidade 4.

4a Etapa: o relator de cada grupo apresenta a sugestão de seu grupo em plenária.

Unidade 4 - O alfabeto e a correspondência entre o som e a escrita

6) Explorar o texto, fazendo perguntas sobre nomes das coisas etc.7) Dividir a turma em grupo e pedir que elabore uma pequena história oral parecida

com a que foi contada na sala de aula.Avaliação: Observar a participação e o desempenho de cada aluno na realização das

atividades propostas e anotar na ficha individual. Refletir sobre meu desempenho na mediação do trabalho pedagógico, relacionando os pontos positivos e negativos.

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4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Neste

sentido, procure saber:Quem tem aplicado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas

aplicações.5o momento- Avaliando o nosso Trabalho Agora deve ser avaliado o trabalho desenvolvido na unidade e na Sessão Presencial em

relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento a respeito de sua experiência. O formador pode retomar o objetivo da unidade para direcionar a reflexão.

Para avaliar a Investigação da Prática, leve em consideração as observações a seguir.Professor, vamos transcrever o texto de Cagliari, no qual ele analisa alguns “erros”

ortográficos. Com a leitura e a reflexão do texto, Você pode analisar as respostas da tarefa proposta na Lição de Casa e aprender mais sobre a escrita de textos produzidos pelos alunos no processo de alfabetização.

“...ao aprenderem a escrever produzindo textos espontâneos, os alunos aplicam nessa tarefa um trabalho de reflexão muito grande e se apegam a regras que revelam usos possíveis do sistema de escrita do Português. Essas regras são tiradas dos usos ortográficos que o próprio sistema de escrita tem ou de realidades fonéticas, num esforço da criança para aplicar uma relação entre letra e som, que nem é unívoca nem previsível, mas que também não é aleatória. Esse conjunto de possibilidades de uso se circunscreve aos usos da língua e aos fatos da produção da fala.

Um aluno, por exemplo, pode escrever algo como “é lalevãotou” (“ela levantou”), que é um modo de escrever não-ortográfico, mas não tão “maluco” quanto alguém que não conheça o que ele faz possa imaginar.

Quando escreve cazarão (casaram), o fato de ele escrever ão em vez de am revela que sabe que em Português se escrevem palavras terminadas em am cuja pronúncia é ão; então,

Orientações para comentar a Investigação da Prática 4

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passa a achar que ão também pode representar am, pois são valores relacionados no sistema. Só que ele ainda não aprendeu que esse relacionamento opera apenas num sentido (am para sílabas átonas e ão para sílabas tônicas) e não em ambos, daí seu modo de escrever.”

Formador, fique atento aos comentários sobre o texto da Investigação da Prática, pois, possivelmente, os professores dirão que o aluno que escreveu o texto tentou representar, na escrita, a fala e que esse aluno ainda não tem o domínio da escrita ortográfica e de outras regras exigidas na escrita, como os espaços entre palavras, porque na fala não fazemos pausa entre palavras. As afirmações desse tipo demonstrarão que os professores compreenderam a temática da unidade 4.

Duração: 3h1o momento- Retomando a Unidade 5Faça uma breve revisão do que foi estudado na Unidade 5, identificando possíveis

dúvidas que surgiram durante o estudo.Fale sobre nossa percepção do mundo, em especial a forma como na nossa cultura

e língua organizamos as noções referentes a tempo, a espaço e a contrastes. É importante pensarmos nessas noções e na forma como vamos torná-las acessíveis aos nossos alunos.

Explique que os objetivos principais desta unidade são:Reconhecer como as noções de tempo e espaço são representadas na nossa cultura;Reconhecer o trabalho com noções de tempo e espaço como oportunidade de ampliação

da visão de mundo dos nossos alunos;Reconhecer que o trabalho com as noções espaciais parte do que está mais próximo para

chegar ao mais distante;Identificar contrastes que contribuem para o desenvolvimento da percepção do mundo

dos alunos;Identificar, na linguagem de nossos alunos, os contrastes que eles já dominam e os que

ainda não fazem parte de sua experiência de mundo.

2o momento- Comentando a Investigação da PráticaRecolher a Investigação da Prática da unidade 5, comentar e distribuir a Investigação

da Prática da unidade 4.

Unidade 5 - Percepção do mundo

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3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva Vamos analisar a letra de uma música popular brasileira: “Canto do Povo de Um Lugar”,

de Caetano VelosoSe for possível conseguir a gravação, leve-a para a oficina.1a Etapa: com o grupo todo reunido, apresente a canção “Canto do Povo de Um

Lugar”. É uma canção curta, mas impregnada de significados que podem ser úteis no trabalho com categorias espaciais e temporais.

Comente sobre outras músicas famosas de Caetano Veloso e peça aos professores que falem daquelas que mais apreciam e sobre a vida do autor.

Comece refletindo sobre o título. O autor referiu-se ao “povo de um lugar”. Discuta com os cursistas alguns traços do poema que os identificam com a cultura brasileira, como: sol, o horizonte avermelhado do pôr-do-sol, a musicalidade do povo e sua alegria na hora de dançar.

Discuta com o grupo como os fenômenos astronômicos que determinam que o dia tenha 24 horas foram apreendidos como categorias subjetivas e expressas em sentido figurado: o autor percebe o sol levantando dia após dia, a terra corando ao entardecer e trazendo certa nostalgia; e a lua trazendo paz e ao mesmo tempo os festejos que brindam a noite.

Ressalte as dicotomias dia-noite; sol-lua e incentive os professores a encontrar outras dicotomias decorrentes dessas como: sono e vigília; o canto e o silêncio; fim e começo etc.

2a Etapa: discussão em dois grandes grupos, conforme as orientações dadas na oficina. Escolha um relator para cada grupo.

3a Etapa: ao final da discussão, os dois relatores devem fazer uma apresentação com a síntese dos tópicos discutidos.

4a Etapa: os grupos vão propor atividades para a sala de aula que trabalhem com a percepção do tempo, do espaço ou dos contrastes.

5a Etapa: em seguida, em plenária, passa-se à apresentação e discussão das propostas.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber: Quem tem desenvolvido os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios.Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para outras aulas.

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Para avaliar a Investigação da Prática da unidade 5, considere as observações a seguir.Vejamos como ficou a primeira atividade:

Pais, filhos e outros parentes Família

Pessoas que vivem próximas umas das outras Vizinhos

Companheiros que freqüentam a mesma escola Colegas

Pessoas que nasceram no estado de Goiás Goianos

Pessoas que nasceram no Brasil Brasileiros

Pessoas que nasceram na cidade de Cuiabá Cuiabanos

Ao realizar essa atividade, estamos desenvolvendo habilidades relacionadas a noções espaciais, geograficamente definidas, como o país, estados e cidades e às comunidades contidas nesses espaços. É uma estratégia pedagógica para tornar mais acessíveis aos alunos as noções espaciais e sociológicas mais complexas.

Ainda na Investigação da Prática, os professores apreciaram a reprodução de uma tela do pintor brasileiro, da escola denominada primitiva, Antonio José Scala – Tomzé.

A tela nos desperta várias indagações. Vamos começar pelas mais amplas:Trata-se de uma paisagem típica das grandes cidades ou de pequenas localidades?É uma paisagem diurna ou noturna?Considerando o espaço aéreo na tela, que nome você daria a ela?Qual é o espaço coletivo que essa comunidade tem, em especial as crianças?A comunidade tem uma filiação religiosa?A que tipo de atividade cultural e de lazer a comunidade tem acesso?As habitações se encontram próximas umas das outras ou distanciadas?Por que as montanhas na linha do horizonte nos parecem pequenas?Que tipos de árvores crescem na região?

Na primeira atividade da Investigação da Prática, é enfatizado o conceito de comunidade

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoReúna os professores em plenária para discutir e avaliar os trabalhos feitos na oficina.Apresente as questões relativas à oficina sempre relacionando cada atividade aos

objetivos propostos na Unidade.Fique atento às sugestões e críticas que poderão aperfeiçoar nosso trabalho nas

próximas oficinas.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 5

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e são apresentados exemplos de vários tipos de comunidades. Mostre aos professores como a aquisição dessas noções ajuda a ampliar a visão de mundo dos alunos.

Comente que a escola de pintura Primitiva ou Naif se caracteriza por ser espontânea e autodidata, desvinculada das escolas artísticas convencionais. As pinturas e esculturas são simples e de fácil compreensão.

Chame a atenção para todos os traços na obra que a caracterizam como uma localidade interiorana e pequena, onde as pessoas vivem próximas entre si.

A igreja tem papel proeminente naquela cultura e uma das formas acessíveis de lazer é o circo.

As crianças dispõem de espaço para brincar. Este é um flagrante do que Caetano Veloso chamou “a terra corada” do entardecer.Há muitos coqueiros ou palmeiras na região.Embora na pintura primitiva não haja muito rigor de perspectiva, as montanhas na

linha do horizonte são baixas porque estão longe.Enfatize com os professores as oportunidades que esta obra de arte e outras nos propiciam

para trabalhar as noções de tempo e espaço em sala de aula da forma como são representadas em nossa cultura, permitindo, assim, a ampliação da visão de mundo dos alunos.

Unidade 6 - Do texto à sílabaDuração: 3h1o momento - Retomando a Unidade 6Retome com os professores-cursistas os objetivos e os resumos das três seções da unidade 6.

Releia-os, esclarecendo as dúvidas e comentando as experiências dos professores em sala de aula.

2o momento- Comentando a Investigação da Prática Neste momento, será recolhida a Investigação da Prática da unidade 6, que poderá ser

apresentada em folha avulsa. Comentário e devolução da Investigação da Prática da unidade 5.

3o momento- Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: prepare os professores, em duplas, para a leitura do texto do aluno em

processo de alfabetização. Peça a leitura silenciosa.2a Etapa: vamos analisar o crescimento dessa criança em relação à escrita.

Reunidos em dupla, releiam várias vezes o texto.

Identifiquem os problemas e as qualidades do texto.

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A Investigação da Prática é uma proposta que o professor pode enriquecer com sua própria criatividade, mas na unidade há diversas sugestões. Sempre o trabalho com o texto deve começar com a leitura e comentário das idéias. No caso dessa Investigação da Prática, chamar a atenção para o humor criado a partir das impossibilidades de acontecimento real.

3a Etapa: os professores devem responder às questões colocadas na oficina.Reunidos em dupla, discutam cada uma das questões. Observe nossos comentários.A narrativa tem começo, meio e fim. O aluno já domina a grafia de muitas palavras e

algumas das regras de pontuação. Ainda tem dificuldade com a grafia dos sons reduzidos no final das palavras (qui>que) e com a grafia de sons que têm escrita concorrente (grassa>graça). Há repetições e uso de estruturas sintáticas (conjunções) inadequadas. Para rever essas questões de coesão e sintaxe, o professor pode propor a revisão coletiva do texto, chamando a atenção para as reformulações necessárias.

Para ajudar essa criança a vencer as dificuldades de grafia, uma das estratégias pode ser também uma atividade de produção coletiva de texto em que as questões apareçam e sejam explicadas de maneira especial. Os professores podem sugerir outras atividades.

4a Etapa: a discussão final da oficina é em plenário. Deixe que os professores dêem suas opiniões. Você pode encontrar professores que são contra a decomposição de palavras em sílabas. Tente estabelecer um consenso a respeito da necessidade de construir uma consciência fonológica da língua.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber: Quem tem aplicado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas

aplicações.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste é o momento de avaliar o trabalho desenvolvido na unidade e na Sessão Presencial

em relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento a respeito de sua experiência.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 6

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O professor pode solicitar que as crianças identifiquem:Versos idênticos;Partes de versos que são idênticas;Palavras/palavras que contenham determinada letra repetida/ comecem com determinada

sílaba/terminem com determinada sílaba;Identificar as rimas;Identificar partes de palavras que formam outras palavras (Inglaterra – terra).

Ao avaliar a Investigação da Prática, valorize a criatividade do professor.

Unidade 7 - Textos popularesDuração: 3h1o momento - Retomando a Unidade 7Ao iniciar a Sessão Presencial, faça uma abordagem geral e resumida da unidade 7. A

abordagem contará com a participação dos professores, da seguinte forma: faça-lhes perguntas sobre a temática da unidade. Usando essa didática da instigação por meio de perguntas, os participantes demonstrarão o que aprenderam com o estudo da unidade.

Este é o momento da contextualização do trabalho que será realizado. Fale do objetivo que é discutir o tema “textos populares como recurso didático para o aprendizado da leitura e da escrita na alfabetização”.

2o momento- Comentando a Investigação da Prática Recolher a Investigação da Prática da Unidade 7, comentar e distribuir a Investigação

da Prática da unidade 6.

3o momento- Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: organize as carteiras ou cadeiras em círculo ou semicírculo. Todos os

participantes relerão silenciosamente o texto complementar 1: “O que são poemas, canções, cantigas de roda, adivinhas, trava-línguas, parlendas e quadrinhas?” da unidade 7 ou, se preferir, o texto pode ser lido por partes. Cada parte será lida por um professor.

2a Etapa: depois que os professores leram o texto, haverá uma discussão entre os participantes (professores e formador), instigada pelas seguintes questões:

Os textos populares, segundo sua experiência, ainda são utilizados pelas crianças nas brincadeiras?

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Na sua comunidade, a televisão tomou o lugar das brincadeiras de roda?Trabalhar os textos populares na alfabetização é uma forma de resgatar a tradição

cultural popular?3a Etapa: realização de plenária para apresentação de resultados.A turma será dividida em grupos e Você lançará o tema “A importância de se ensinar

textos populares na alfabetização”, para uma breve discussão entre cada grupo. Depois dessa fase, o grupo fará um texto coletivo (de 10 linhas), numa folha de papel pardo, sobre o que foi discutido.

4a Etapa: concluída a 3a etapa, cada grupo afixará seu texto no quadro ou na parede e lerá o que foi elaborado sobre o tema proposto. Observe se os grupos sugeriram estratégias ensino/aprendizagem de leitura e de escrita, utilizando como recurso os textos populares.

Faça um comentário sintético das apresentações.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber:Quem tem aplicado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas

aplicações.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste é o momento de avaliar o trabalho desenvolvido na unidade e na Sessão Presencial

em relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento sobre a sua experiência. O formador pode retomar o objetivo da unidade para direcionar a reflexão.

Para avaliar a Investigação da Prática, considere as observações a seguir.Escolhemos a quadrinha seguinte, para elaborar algumas atividades que poderão ser

desenvolvidas em sala de aula.“Tenho fome, tenho sede,mas não é de pão nem vinho;tenho sede de um beijinho.”

Orientações para comentar a Investigação da Prática 7

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-Leia algumas vezes com as crianças e depois peça que alguns alunos a recitem, interpretando a quadrinha de forma teatral, ou seja, com movimentos corporais.

-Interpretação da quadrinha. Podemos perguntar às crianças qual o assunto da quadrinha. Possíveis respostas: a

quadrinha fala de fome, de sede, de abraço, de beijinho. É interessante explorar as rimas, perguntando quais são as palavras que rimam.

“Tenho rima com vinhoVinho com beijinhoNão com pão”

Outras perguntas que poderão ser feitas às crianças para ser trabalhado o significado das palavras em outras frases:

– Quando estamos com fome, o que fazemos para matar a fome? Resposta possível: comemos pão, arroz, feijão, carne e outros tipos de alimento. – Quando estamos com sede, o que fazemos para matar a sede?Resposta possível: bebemos água, suco ou outro líquido.

-Podemos formar frases ou pequenos textos com as palavras da quadrinha.A mamãe se sente feliz quando o filho lhe dá um beijinho no rosto.Gosto de comer pão com manteiga no café da manhã.

-Também podemos trabalhar os pares mínimos, por exemplo:pão/não

Com a troca de letras de palavras parecidas, formamos outras palavras, veja: tiramos o p de pão que fica ão e acrescentamos m, daí temos a palavra mão, também se trocamos m por c, formamos cão.

Podemos desenvolver esse tipo de atividade na sala de aula, ensinando às crianças que formamos muitas palavras apenas trocando uma letra.

Unidade 8 - Produção coletiva de textosDuração: 3h1o momento - Retomando a Unidade 8

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Faça uma breve revisão do que foi estudado na unidade 8, identificando possíveis dúvidas que surgiram durante o estudo.

Explique que esta oficina visa reforçar os conteúdos das três seções da unidade.Enfatize que é freqüente em nossa vida diária a oportunidade de escrevermos textos

coletivamente e que a produção coletiva em sala de aula é enriquecedora.Explique que os objetivos principais da oficina são:

Reconhecer como a elaboração de diálogos em textos, como em histórias em quadrinho em sala de aula, é uma atividade pedagógica produtiva. As falas de personagens de HQ ou outras narrativas podem reproduzir, com fidelidade, as características dos papéis sociais dos interagentes e as condições de produção da fala.

Identificar estratégias de produção coletiva de textos a partir de fábulas e outros contos populares infantis.

Construir estratégias de produção coletiva de textos reais e de análise lingüística.

2o momento - Comentando a Investigação da Prática Nesta parte da oficina vamos recolher os trabalhos da Investigação da Prática da

unidade 8; comentar e distribuir a Investigação da Prática da unidade 7.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: nesta oficina, os professores devem refletir mais sobre a produção de texto. A

produção escrita, tanto individual quanto coletiva, representa sempre um desafio a superar. O desafio é tanto maior, quanto menor a prática de leitura e escrita do indivíduo.

Os professores vão ler e discutir depoimentos de outros colegas professores sobre atividades de escrita.

Os depoimentos foram registrados pela professora Aricélia Ribeiro do Nascimento na Dissertação de Mestrado Formação Continuada em Serviço: o Espaço da Reflexão na Ação (Faculdade de Educação – Universidade de Brasília, 2002). Nesses textos, os professores falam da necessidade que têm de desenvolver o hábito da elaboração de diários reflexivos e depoimentos por escrito e registram as dificuldades envolvidas no processo.

2a Etapa: os professores devem trabalhar em grupos de 4 ou 5, elaborando um texto que contenha reflexões sobre o processo de criação coletiva de textos em sala. Para isso, podem começar discutindo duas questões:

A posição que o professor adota em relação à própria produção textual influencia seu trabalho na produção de textos coletivos em sala de aula?

Como o professor pode repassar para os alunos, no momento da produção coletiva de textos, suas próprias experiências de produção textual em grupo?

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4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber: Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para outras aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste momento é dedicado à avaliação dos trabalhos desta Sessão.Comecemos recuperando os objetivos que foram propostos no início, associando-os às

atividades desenvolvidas.Para tanto, vamos responder a algumas questões.

A leitura de depoimentos de colegas sobre a escrita contribuiu com subsídios para a produção coletiva de um texto reflexivo?

As atividades de produção coletiva de texto permitiram fixar conhecimentos adquiridos ao longo da unidade e ampliar a criatividade?

Que atividades nesta oficina foram mais prazerosas?Que assuntos tratados na oficina precisam ser retomados no futuro?

Na Investigação da Prática, trabalhamos com uma fábula. Entre os vários objetivos que nos propusemos a alcançar, podemos citar o de desenvolver habilidades de produção coletiva de textos a partir de um texto já existente.

Outro objetivo pertinente é o de trabalhar dois desfechos para uma mesma narrativa, concluindo-os com um provérbio ou lição de moral.

A fábula da Menina do Leite nos lembra vários provérbios, por exemplo: “Não devemos contar com o pintinho no ovo da galinha”; “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”; “A pressa é inimiga da perfeição”; “Antes cautela que arrependimento”; “Antes de matar-se a onça não se faz negócio com o couro”; “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.

Os professores certamente conhecem outros e devem decidir quais os que são mais

Ajude os professores a produzir um texto coletivo, a partir das reflexões apresentadas em plenária.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 8

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pertinentes ao contexto da fábula com que trabalharam. O trabalho com a fábula em sala de aula deve incluir várias etapas:

leitura silenciosa;leitura coletiva;discussão sobre o final a adotar;produção coletiva das respostas às perguntas sugeridas;análise lingüística das respostas produzidas para avaliação da ortografia, da pontuação,

da coerência e outros aspectos textuais;ilustração da fábula com desenhos produzidos pelas crianças;exposição dos textos copiados e ilustrados pelas crianças;avaliação do trabalho para verificar se os objetivos foram alcançados.

Duração: 3h1o momento- Retomando a Unidade 9Faça uma breve revisão do que foi estudado na unidade 9, identificando possíveis dúvidas

que surgiram durante o estudo.Explique que esta oficina visa reforçar os conteúdos das três seções da unidade e que

os objetivos principais são:Reconhecer que a familiarização de nossos alunos com a língua escrita deve-se dar por

meio da produção de textos que sejam significativos para o aluno que o produziu e para seus leitores ou ouvintes;

Reconhecer que quando as crianças escrevem, mesmo que seja uma só palavra, elas estão produzindo textos;

Ficar alerta para considerar que as pequenas produções dos nossos alunos também sejam significativas e façam parte de um contexto maior;

Desenvolver mais recursos que nos permitam dar ênfase à reflexão analítica sobre a forma e os usos da língua.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaRecolher a Investigação da Prática da unidade, comentar e devolver a Investigação da

Prática da unidade 8.

Unidade 9 - A produção individual de textos e a prática da análise lingüística

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3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: nesta parte, os professores serão divididos em dois grupos, A e B, que vão ler,

respectivamente, os textos “A Produção de Textos na Alfabetização” e “A Correção de Textos”, de Luiz Carlos Cagliari.

Motive os professores a fazer uma leitura reflexiva, pois esses textos trazem boas idéias para o trabalho pedagógico da alfabetização.

Para facilitar a reflexão, segue-se uma relação de questões para cada grupo.Tarefas do grupo A:Discutam o texto lido. As seguintes perguntas podem servir de roteiro para a

discussão.Por que devemos ajudar o aluno a criar textos orais e textos escritos?Como se pode aproveitar o conhecimento que o aluno já traz consigo?Por que é tão importante enfatizar os acertos dos alunos e não somente os erros?O que nos revelam os textos livres dos alunos?O que revelam os erros que o aluno comete?

Tarefas do grupo B:Discutam o texto lido. As seguintes perguntas podem servir de roteiro para a discussão.Como se deve trabalhar os primeiros textos produzidos pelo aluno?Como promover o processo de autocorreção e de reescritura?Por que devemos pedir ao aluno que leia o texto que produziu?Por que o aluno deve primeiro fazer o texto e depois ilustrá-lo?Como identificar, em sala de aula, atividades que favorecem ou desfavorecem os alunos?

2a Etapa: concluída a leitura e discussão, os professores devem reunir-se em plenária para a apresentação das reflexões.

Ainda em plenária, eles devem apresentar alguns dos diálogos de alunos que recolheram na seção Pesquisando evidências 1, as adivinhas que recolheram em Pesquisando evidências 2, e as receitas típicas, em Pesquisando evidências 3.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber:Quem tem desenvolvido os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite críticas, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente

os exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aplicações.

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5o momento- Avaliando o nosso TrabalhoComecemos a avaliação, recordando os objetivos que foram propostos no início,

associando-os às atividades desenvolvidas.Sugestão de questões:

Os textos lidos nos ajudaram a entender e a desenvolver tarefas relacionadas à produção de textos significativos?

Entre as idéias apresentadas pelo autor, quais parecem mais producentes para o trabalho em sala de aula?

Entre essas idéias, há algumas que não estão claras ou que não foram bem aceitas pelos professores?

A apresentação do resultado de pesquisas sobre elementos da cultura popular e do universo infantil contribuiu para sugerir estratégias de produção de textos significativos?

As propostas desenvolvidas na Lição de Casa foram bem socializadas?O exercício de análise de um texto produzido por criança em fase de alfabetização trouxe

subsídios para a prática dos professores?Que componentes desta oficina devem ser retomados no futuro?

Para avaliar a Investigação da Prática, considere as observações a seguir.O objetivo de levar os três textos à sala de aula é familiarizar os alunos com textos de

diversas naturezas, usando-os como motivação para sua própria produção escrita.Etapas do trabalho:

Apresentar Carlos Drummond de Andrade aos alunos;Ler o poema Consolo na Praia;Pedir que cada aluno dê outro título ao poema;Sugerir que levem o poema para apresentá-lo aos pais ou a outros membros da família;Ler com os alunos o fragmento da crônica “Sem Ódio”;Discutir com os alunos as palavras e expressões desconhecidas;Pedir que reflitam sobre a paz no trânsito;Pedir que contem experiências pessoais sobre problemas no trânsito;Ler com os alunos o fragmento da notícia de jornal;Explicar o episódio que está relatado;Pedir que os alunos reproduzam a notícia com as próprias palavras.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 9

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Duração: 3hlo momento - Retomando a Unidade 10Agora, é necessário retomar as seções da unidade, para revisar os temas que foram

trabalhados: sinonímia, antonímia, paráfrase e metáfora. Nessa revisão, o formador perceberá se os professores estão dominando bem esses conhecimentos.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaNeste momento, será recolhida a Investigação da Prática, que poderá ser apresentada

em folha avulsa. Nas sessões subseqüentes, haverá devolução e comentário da avaliação das Investigações da Prática. Esse é um instrumento importante para o formador na avaliação de desempenho dos professores. Faça um acordo com os professores-cursistas a respeito da correção das questões de linguagem. Esclareça que é uma oportunidade de aperfeiçoamento da escrita e de revisão das questões gramaticais. Apresente o quadro com os aspectos a serem considerados no aperfeiçoamento de textos. (Ver anexo)

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial1a Etapa: nesta etapa, a turma será dividida em grupos para a realização da tarefa.

Sugerimos que o formador promova o sorteio dos temas. É importante ressaltar que mais de um grupo pode trabalhar um mesmo tema. Por isso, os temas serão duplicados para o sorteio:

Paráfrase - Sinonímia - Antonímia - Metáfora2a Etapa: na realização da produção da atividade, dedique alguns minutos para

permanecer com o grupo, instigando-o a usar a criatividade, esclarecendo algumas dúvidas em relação ao tema trabalhado e sugerindo que os professores resgatem sua prática de sala de aula para realização da tarefa.

3a Etapa: cada grupo vai elaborar sua atividade conforme o tema sorteado. Para isso, pode utilizar o material disponível.

4a Etapa: sugerimos que cada grupo apresente sua atividade, contando com a participação dos colegas, para que a atividade seja vivenciada.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAA Realize a avaliação dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Procure saber:

Unidade 10 - Significação

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Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoÉ o momento de avaliar o trabalho desenvolvido na unidade e na Sessão Presencial em

relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento a respeito de sua experiência. O formador pode retomar o objetivo da unidade.

Nesta Investigação da Prática, o professor deverá apresentar três quadros com palavras pesquisadas, com variação de sentido. É importante que o contexto seja registrado.

Utilize a Matriz de Avaliação da Investigação da Prática.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 10

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Duração: 3hlo momento - Retomando a Unidade 11No primeiro momento, faça uma breve revisão do que foi estudado na unidade 11,

identificando possíveis dúvidas que tenham surgido durante o estudo.Explique que o objetivo principal desta SPC é reforçar os conteúdos das seções

da unidade.Discuta brevemente a estrutura e a função das narrativas, mostrando como esse

conhecimento é útil ao desenvolvimento da expressão oral. Faça o mesmo em relação às descrições e instruções.

Comente que a expressão oral recebe pouca atenção em sala de aula e, no entanto, é crucial na vida de qualquer indivíduo. Estamos sempre conversando com alguém e, até quando estamos pensando, estamos conversando com nós mesmos. Há tarefas comunicativas que são mais fáceis e outras, mais difíceis.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaDevolva a Investigação da Prática 10 já corrigida, comentando a avaliação. Recolha a

Investigação da Prática da unidade 11, que pode ser apresentada em folha avulsa.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: vamos analisar os textos seguintes atentando para os elementos que prejudicam

a sua compreensão. Começaremos, sempre, fazendo uma reescritura. Em seguida comentaremos os aspectos do texto que serão trabalhados, enfatizando fenômenos gramaticais. As questões ortográficas serão apenas apontadas. Nas unidades 12 e 13, nos deteremos nessas questões.

“Pasou muitos anos o príncipe Completo 20 Anos ele partio pronto o príncipe Che-gou. Ai passou 1 Ano que ele estava lá. O príncipe teve que Combater um dragão que era Muito Mau...” (Adriano, 2ª série)

Reescritura: “Passaram muitos anos e o príncipe completou 20 anos. Ele partiu. Pronto, o príncipe chegou. Ai passou 1 ano que ele estava lá. O príncipe teve que combater um dragão que era muito mau...” (Adriano, 2ª série)

a) Vamos observar primeiro que em orações em que o sujeito vem depois do verbo, como em: “Passaram muitos anos”, precisamos ficar atentos para a concordância. Outros exemplos que poderão ser trabalhados com nossos alunos são:

Unidade 11 - Refletindo sobre a estrutura da língua

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Chegaram muitos alimentos para a comunidade de refugiados. Custaram muito caro os novos computadores.

b) A narrativa cobre um longo período de tempo: ela começa, passam 20 anos, o príncipe parte de viagem e volta depois de um ano. Esses fatos poderão ser ordenados numa seqüência cronológica numa tabela. Os alunos devem treinar o uso de advérbios ou outros recursos para indicar a seqüencialização dos fatos, por exemplo:

Passaram muitos anos e então o príncipe completou 20 anos. Aí ele partiu e depois de um tempo o príncipe chegou. Ai passou 1 ano que ele estava de volta. Então o príncipe teve que combater um dragão que era muito mau...”

c) O advérbio “lá” cria ambigüidade no texto. As crianças deverão substituí-lo por uma referência clara ao lugar onde o príncipe estava, por exemplo: Aí passou um ano que ele estava de volta ao seu castelo.

Todas essas estratégias serão muito facilitadas se as crianças contarem a história oral-mente para o professor. Onde houver elementos obscuros, o professor poderá perguntar: onde estava o príncipe no começo da história?, para onde ele partiu?, para onde ele voltou?, onde ele combateu o dragão?

“Era uma vez em um bosque encantado onde vivia um rei e uma rainha e o filho deles. Mas o filho desejava ter uma noiva, mas não sabia como arranjar...” (Ada, 1a série)

a) Peça aos alunos que recontem a história. Para esclarecer os elementos obscuros faça perguntas: onde viviam o rei e a rainha?, eles tinham um filho?, quem desejava uma noiva, mas não sabia como encontrá-la?

b) À medida que as crianças vão respondendo, o professor vai incorporando as alte-rações no texto que o tornarão claro, transcrevendo-o no quadro.

c) Deve chamar a atenção para as palavras sublinhadas: um bosque encantado onde vivia...; e o filho deles; Mas o filho desejava ter uma noiva.

“...Certo dia um homem muito rico mudou-se, para perto da fazenda do pobreho-mem. Ese homen era mau e iguinorante. Assim que soube de sua exixtência, dia e noite não parava de atormentá-lo, então ele disse:

-Homens conhecem o moleiro que vive aqui perto?E eles responderam: -Sim.-envenem o rio, matem o gado, sujem a casa roubem o alimento dos animais, quemem

a plantação e enterrem o ouro.E eles responderam:-Sim!

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Comentários sobre a Investigação da Prática: O poema “A pombinha da mata”, de Cecília Meireles, pode motivar os alunos a

produzirem recontos em que vão aparecer diversos desfechos. Por exemplo:Três meninos estavam andando na mata e ouviram o piado de uma pombinha. Parecia

que ela estava machucada ou, então, presa numa arapuca. Os meninos começaram a procurar e depois de um tempo encontraram uma pombinha marrom presa numa arapuca que alguém tinha armado na mata para pegar passarinho. Ela estava muito cansada e encolhida. Com cuidado os meninos abriram a portinha da arapuca. A pombinha não se mexeu logo. Mas os meninos se afastaram e depois de alguns minutos a pombinha bateu as asas e saltou para fora. Logo depois voou até o galho de uma árvore, onde pousou.

Nos textos produzidos por alunos, observem o uso de pronomes de terceira pessoa. Vejam, também, como a concordância entre os termos nas orações garante a coesão do texto.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 11

E eles fizeram tudo de acordo então eles caminhavam 2 km por dia pra sobreviver...” (Flávia, 2a série)

a) Peça aos alunos que recontem a história. Faça perguntas para esclarecer pontos am-bíguos: Quem era mau e ignorante?; Quem que caminhou 2 km por dia para sobreviver?

b)Reescreva o texto completando as informações que faltam.c) Chame a atenção para acréscimos.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Pro-

cure saber:Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente

os exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoReunidos em plenária, os professores devem discutir e avaliar o trabalho feito.Comece propondo questões mais amplas como: o texto que trabalhamos nos per-

mitiu alcançar os objetivos?

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Unidade 12 - Interferência da fala na escritaDuração: 3h

1o momento - Retomando a Unidade 12No primeiro momento, faça uma breve revisão da unidade 12.Trabalhe com os resumos das três sessões.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaDevolva a Investigação da Prática 11 já comentada.Recolha a Investigação da Prática da unidade 12.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: vamos ler o texto “A Fessora”. Comentar o ponto de vista da criança. Identificar as palavras que reproduzem a pronúncia da personagem e que representam

interferência da língua oral na produção escrita.No texto de Chico Bento, há palavras que são associadas à fala rural como, “fessora” e

“iscrivinhando”. Observe que ambas representam estereótipos da cultura rural, que não são necessariamente encontrados na fala de todas as pessoas de antecedentes rurais.

Em “di pé” e “i manda” temos exemplos de grupos de força com o seguinte padrão de tonicidade:

Nas sílabas de tonicidade 1, a vogal “e” foi elevada para “i”. Em “a fessora fica falando” a reprodução mais correta da pronúncia seria “a fessora fica

falanu”, pois a seqüência “ndo” nas formas de gerúndio tende a ser pronunciada “nu”.No texto podemos identificar vários fenômenos de pronúncia que interferem na escrita.

Nessas ocorrências podemos observar problemas de ortografia. Por exemplo: em “intero” temos a perda da semivogal do ditongo “ei”; em “ficá”, “riscá” e “bronquiá” e “qué”, ocorre a perda do “r” final; em “cos otro” temos um grupo de força. Os monossílabos átonos “com” + “os”, que têm tonicidade 1, se fundem. Observe, também, que o “s” marcador de plural em “outros” é redundante, porque o plural já está marcado no determinante “os”. Por isso esse “s” tende a

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ser suprimido na fala e constitui um problema potencial na escrita. Observe, ainda, que o ditongo “ou” foi reduzido a “o” em “otro” e “losa”; em “faiz” o “s” que trava a sílaba é representado por “z” e há a criação de um ditongo com o acréscimo da semivogal “i”. Procurem outros exemplos desse fenômeno.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAAProcure saber:

Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoProponha uma avaliação do trabalho.Pergunte se a atividade permitiu maior aprofundamento das questões entre oral e escrito.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 12

O primo de Chico Bento, que tem antecedentes urbanos, pronuncia as palavras com poucas interferências. O Chico Bento reduz as vogais e > i e o > u, elimina a primeira sílaba em “estava” e pronuncia “drento” no lugar de “dentro”. Esses casos podem interferir na escrita.

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Unidade 13 - Sistema alfabético: ampliando nossapercepção da relação entre sons e letras

Duração: 3h

1o momento - Retomando a Unidade 13Faça uma breve revisão da unidade 13 retomando os resumos das três sessões.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaDesenvolva a Investigação da Prática 12 já comentada.Recolha a Investigação da Prática da unidade 13.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: ler em grupo o texto “A minha mãe”, produzido por uma aluna de 2a série.

2a Etapa: divididos em quatro grupos, analisar os problemas ortográficos que o aluno

apresenta, comentando cada um deles.

3a Etapa: na plenária, comente os problemas apresentados no texto.A criança que produziu esse texto ainda tem muita dificuldade na separação de palavras.

Ocorrências como a “corda”, “de licada”, “tam bem” e “com migo” mostram que precisa ter mais contato com a língua escrita para aprender a reconhecer as palavras como entidades isoladas. A outra face desta mesma moeda é a aglutinação de palavras que formam um grupo de força como “medecha”, “miver/mever” e “meda”.

Constituem, ainda, problemas para essa criança a grafia do “r” que marca o infinitivo verbal, a representação do som /s/ grafado “z” em final de palavras e o uso da letra “z” entre vogais.

O emprego de recursos gráficos para indicar nasalidade (consoante nasal ou til) precisa ainda ser trabalhado. A aluna está, também, reduzindo os ditongos “ei” e precisa trabalhar o emprego da letra “x”.

Ainda na plenária os grupos apresentarão as estratégias planejadas.

4o momento - Vivenciando os Cadernos AAAProcure saber:

Quem tem utilizado os AAA;Solicite comentários e resultados dos alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

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Orientações para comentar a Investigação da Prática 13

A MINHA MÃEMinha mãe acorda de manha e aruma minha ropa inquanto eu estou tomando baio inquanto eu tou miarumando ela ta arrumando o meu café da manha eu escovo o dente inuanto ela esta arrumando o meu lanche ela prepara com muiot carinho e não só ela chega canssada todas as mãe chega canssada. Eu fico com minha vovó e cando ela chega eu abraço ela eu sinto sodade da minha mãe e do mu pai e da minha irma Os três gosta de mi e minha falia tambem e, eu gosto deles tambem. Beijos para minha falia e pra minha professora tambem e, para os alunos. Eu fico enternada e ela fica pra la e pra cam atras da medica e do medico e fica legado pra trabalho e po meu pai pra minha vovó pra minha tia e minha familia vai me vizitar no hospitau e minha mãe fica atras a minha irma. Eu agradesso por tudo que todo mundo me faz., beijos. Não tenho palavras para agradese. Beijo. (Jaqueline, 2a série)

Há no texto problemas referentes ao domínio da ortografia e problemas referentes à interferência da fala na escrita.

Quanto ao domínio da ortografia:

manhãarrumaenquanto tomando banho me arrumando

assim todas deixar trabalhar cansada quando

irmã família visitar hospital agradeço

Observa-se a dificuldade em relação ao “r” final, à grafia do som “v” e à grafia das nasais.Quanto à interferência da fala, da pronúncia, na escrita:

roupaenquanto

saudade gostam

internadame arrumando

Há muitos exercícios que podem contribuir para a fixação dessas questões.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoProponha uma avaliação do trabalho do dia. Cada participante deve apresentar

comentários.

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ERA UMA VEZ GUARDAVA UM GRANDE SEGREDOEra uma vez uma linda menina que quarda um lindo segredo que ela tinha sonhado que Deus inha dar um celular para ela só que não podia usar celular só que ela usava mesmo assim só que era escomdido e ninguémmsabia so a mamãe ela tina muitas grande sortes ela sódechava o celular desligado um dia ela decho ligado que ele estava togamdo ela não tinha escutado.

Problemas relativos ao domínio da grafia das palavras:guarda ia escondido

ninguém tinha deixava

deixoutocando

Nesta oficina vamos discutir alguns temas que foram estudados na Unidade 14.Duração: 3h

lo momento - Retomando a Unidade 14Distinguir as diversas formas de trabalho com a leitura e as estratégias que tornam a

leitura um processo mais eficiente de construção de sentidos.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaComentar e distribuir a Investigação da Prática da unidade 13. Recolher a Investigação

da Prática da unidade 14.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: distribua cópias da história em quadrinhos (HQ) para que os professores leiam.

Comente a importância da história em quadrinhos na formação do leitor. Durante muitos anos, as HQ eram vistas como inimigas da escola. Levamos muito tempo para compreender que elas ajudam a desenvolver as habilidades necessárias para a formação do leitor de forma prazerosa. Já há pesquisas mostrando que quem lê HQ na infância é um leitor melhor na vida adulta. Pergunte a opinião dos cursistas e a experiência deles em relação à leitura de HQ.

2a Etapa: em grupos de quatro participantes, peça que escolham um relator.Peça que discutam, identifiquem e justifiquem as habilidades (cognitivas e

metacognitivas) que podem ser desenvolvidas a partir de atividades com essa HQ.3a Etapa: os relatores apresentam as conclusões de cada grupo em um debate em que

podem participar todos os cursistas.

Unidade 14 - Estratégias de leitura

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1. Resposta pessoal – C Castro é educador e escreve uma coluna na Revista Veja.2. Resposta pessoal – Nélson Freire é um dos maiores pianistas brasileiros, reconhecido

mundialmente. Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) nasceu em Salzburg, na Baviera, compositor de música clássica, produziu desde os 10 anos de idade e deixou mais de 600 obras: óperas, missas, canções, árias, corais, concertos, sonatas.

3. O título, por ser uma pergunta incompleta, não esclarece qual é a idéia principal do texto.4. A epígrafe antecipa a conclusão do texto e esclarece o título.5. Nélson é músico e Mozart é compositor.6. Um concerto: “acaba de tocar”.7. O professor tem que ser ao mesmo tempo intérprete e compositor.8. A forma de aprendizagem e o desempenho do pianista e do professor.9. Sim: um aluno aprende a escrever escrevendo e a ler lendo.10. O professor não tem tido apoio para associar a teoria com a prática.11. Conhecimento do funcionamento da língua e dos processos de aprendizagem do aluno.12. A formação do professor deveria levar em conta o desenvolvimento orientado de sua

prática e de seu desempenho em classe, além das teorias que embasam essa prática.13. A primeira leitura deixa uma idéia superficial das idéias do texto. Voltar ao texto

com objetivos específicos e atenção controlada para encontrar respostas ajuda a compreender melhor o texto.

O formador resume as apresentações e amplia a reflexão acerca da formação de habilidades necessárias à leitura.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAAProcure saber:

Quem tem utilizado os AAA;Solicite comentários e resultados de alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoProponha uma avaliação do trabalho do dia. Cada participante deve expressar-se

espontaneamente.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 14

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Nesta oficina vamos discutir alguns temas que foram estudados na Unidade 15:As diferenças entre o texto literário e não-literário e a função da literatura.Duração: 3h

lo momento - Retomando a Unidade 15Retome as idéias principais da Unidade:

a noção de texto literário e de texto não-literário a história da produção literária para crianças a importância da ilustração como contar histórias como assegurar as condições para a formação de leitores

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaRecolha a Investigação da Prática da Unidade 15 e peça que os professores-cursistas

distribuam as listas para os colegas. Fique com cópias.Comente e distribua a Investigação da Prática anterior.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva 1a Etapa: os participantes reunidos em grupos vão comparar dois textos, debater e

indicar quais as diferenças que fazem do 1° um texto literário. Um relator anota e sintetiza as conclusões.

2a Etapa: depois da discussão, cada grupo fará uma lista das características da literatura no texto 1.

3a Etapa: você, formador, coordena a realização da plenária.Cada relator fará a exposição de seu grupo.Você comenta as conclusões, sempre lembrando que quando as crianças convivem

desde cedo com textos literários dão mais sentido ao ato de ler.4a Etapa: a turma lê silenciosamente o texto a seguir e depois um voluntário se oferece

para reler em voz alta de forma expressiva. É importante que o voluntário seja um bom leitor e coloque emoção na leitura.

Unidade 15 - Literatura infantil

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A FUNÇÃO DA ARTEDiego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o sul.Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:-Me ajuda a olhar!

Um momento é reservado para que os leitores dêem suas impressões livremente.Na plenária, em debate coletivo, a partir da experiência vivida com a leitura do texto,

os participantes respondem à seguinte questão:Qual é a função da literatura?Você pode lembrar que a literatura é uma forma especial de organização das palavras

e das idéias que se cumpre com a participação do leitor e que provoca prazer estético. Associe as conclusões à necessidade de proporcionar à criança a vivência prazerosa da

apreciação de textos, poemas e histórias.Em seguida, em plenária, passa-se à apresentação e discussão das propostas.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAAProcure saber:

Quem utilizou alguns dos AAA em sala de aula. Quais foram os resultados com os alunos. Quais são os pontos que poderiam ser adaptados. Como as atividades propostas podem ser ampliadas e enriquecidas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste é o momento de avaliar o trabalho desenvolvido na Unidade 15 e na Sessão

Presencial coletiva em relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento a respeito de sua experiência.

Os professores-cursistas devem apresentar a pesquisa de autores e livros para crianças em processo de alfabetização. A lista deve ter no mínimo vinte títulos.

Avalie se o cursista caprichou na lista e se tirou cópias para distribuir para seus colegas na Sessão Presencial Coletiva.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 15

Eduardo Galeano. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 1991, p.15.

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Unidade 16 - O lúdico no processo educacional

O Objetivo dessa oficina é experienciar o lúdico na confecção de jogos e na aplicação dos mesmos e promover um contexto de interação no formato de oficina de criação.

Duração: 3h

lo momento - Retomando a Unidade 16Provoque a discussão dos tópicos abaixo, para que os professores possam expor seu

ponto de vista sobre cada um deles: As atividades lúdicas como recurso no fazer pedagógico. Dificuldades em trabalhar atividades lúdicas em sala de aula. A escola onde trabalho valoriza ou não a atividade lúdica como recurso pedagógico. Os alunos aprendem certos conteúdos por meio de jogos, brincadeiras etc.

2o momento - Comentando a Investigação da Prática

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: formador, peça aos professores que comentem, oralmente, a

respeito da lição de casa, enfocando os quatro tópicos sugeridos para a produção

do texto escrito.

2a Etapa: levar para a oficina os textos sugeridos no TP, escritos em folha de papel pardo

e afixar os cartazes na parede ou na lousa. Os textos são uma opção para a criação de jogos.

3a Etapa: dividir a turma em grupos.4a Etapa: o representante de cada subgrupo copiará o texto em uma folha de papel.

5a Etapa: esclareça que não é necessário elaborar atividades só com textos, mas que

Esse procedimento vai ampliar bastante a informação dos professores, pois, se cada um fez uma lista diferente, o número de títulos sugeridos será bem grande.

Avalie se o cursista seguiu nossas sugestões de consultar os colegas professores, ir às bibliotecas de sua cidade, consultar a Internet, conseguir catálogos de editoras.

É interessante que Você, formador, fique com cópias para ir organizando, com as sugestões da Unidade e dos professores, sua própria lista de livros adequados para crianças em processo de alfabetização. Esse material referencial é muito útil.

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os professores podem criar atividades com outros recursos diferentes. Deixe que o professor demonstre de forma livre sua criatividade.

Para que eles possam utilizar outros recursos na produção de atividades lúdicas, é necessário levar materiais que possam ser usados para isso: papel, cartolina, pincel, tinta, garrafas descartáveis, retalhos de tecido, tampinha de garrafa, jornal, revista etc.

Como o tempo é muito curto para a criação de uma atividade lúdica mais complexa, os professores podem registrar na forma de descrição o desenvolvimento da atividade, material utilizado, qual o objetivo da atividade etc.

Formador, explique aos participantes que cada grupo criará um jogo que possa ser utilizado

como recurso pedagógico no ensino de um conteúdo de leitura e/ou de escrita. Sugira a eles várias

possibilidades: caça-palavra, bingo, cruzadinha, palavra secreta, dominó de sílabas, jogo de rimas,

quebra-cabeça, estátua, dramatização etc. Estimule a criação de outras modalidades de jogos.

6a Etapa: no momento da apresentação da atividade lúdica, peça aos professores que falem do objetivo de aprendizagem da mesma e se já a aplicaram em sala de aula, ou se é uma criação daquele momento.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula. Procure saber:

Quem tem aplicado os AAA nas aulas;Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aplicações.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste é o momento de avaliar o trabalho desenvolvido na unidade e na Sessão Presencial

em relação aos objetivos estabelecidos previamente. Cada professor poderá, voluntariamente, apresentar um depoimento a respeito de sua experiência.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 16A Investigação da Prática é uma proposta que o professor pode enriquecer com sua

própria criatividade, mas na unidade há diversas sugestões. Sempre o trabalho com o texto deve começar com a leitura e comentário das idéias. No caso dessa Investigação da Prática, chamar a atenção para o humor criado a partir das impossibilidades de acontecimento real.

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Unidade 17 - Perspectivas avaliativas do processo educacionalDuração: 3h

1o momento - Retomando a Unidade 17Discutir e aprofundar os conhecimentos a respeito dos processos de Avaliação.Metodologia principal da sessão: debate.Formador, explique aos professores que na sessão presencial será realizado um debate,

cujo tema é avaliação no processo educacional. Explique que, como todos já estudaram a unidade que trata do tema, serão reservados alguns minutos para repasse individual, ou seja, uma breve leitura de algumas partes da unidade.

Cada professor terá 20 minutos para uma breve leitura da unidade. Nesse momento de repasse do conteúdo, devem ser revistos os assuntos listados.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaComentário e distribuição da Investigação da Prática da unidade anterior. Recolher

a Investigação da Prática da Unidade 17.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial Coletiva1a Etapa: o formador deverá dividir a turma em grupos de no máximo sete pessoas.

Os grupos terão 30 minutos para discussão dos temas:A importância da avaliação diagnóstica, no início da alfabetização, para verificar o que

o aluno já sabe de leitura e de escrita.A avaliação como meio de alcançar objetivos de aprendizagem e melhorar a prática de ensino

do professor.

O professor pode solicitar que as crianças identifiquem:Versos idênticos;Partes de versos que são idênticas;Palavras que contenham determinada letra repetida/comecem com determinada sílaba/

terminem com determinada sílaba;Identificar as rimas;Identificar partes de palavras que formam outras palavras (Inglaterra – terra).

Ao avaliar a Investigação da Prática, valorize a criatividade do professor.

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O planejamento para definição do que se deve observar e, conseqüentemente avaliar na prática da leitura.

Formador, durante as discussões nos grupos, passe pelos grupos, para que Você possa interagir com cada grupo, dando sugestões, participando do contexto, mesmo que seja por alguns minutos.

2a Etapa: (55 minutos) após a discussão em grupos isolados, será formada uma plenária, um grupo, com todas as pessoas para socialização das temáticas da primeira etapa.

Formador, organize a plenária e coordene o contexto de discussão, conduzindo o contexto de debate para que todos tenham a chance de expor seu ponto de vista sobre o assunto em discussão. Se necessário, Você deve fazer perguntas relacionadas ao assunto. Instigue os professores a falar sobre as próprias experiências de avaliar em sala de aula.

3a Etapa: (15 minutos) conclusão do debate. Alguns professores deverão avaliar a discussão: se foi produtiva, se a troca de experiência foi válida, ressaltar pontos positivos e negativos.

Formador, para conduzir melhor o debate, faça perguntas sobre a temática avaliação, como, por exemplo:1. Como é planejada a avaliação inicial de leitura e escrita?2. Qual o objetivo desse tipo de avaliação?3. Dê exemplos de procedimentos para a avaliação inicial de leitura e de escrita.4. Você pratica a avaliação contínua (formativa)?5. Quais são as habilidades de leitura e de escrita que Você observa no início da alfabetização? E ao longo da alfabetização?

Essas foram algumas sugestões, Você tem toda a liberdade de elaborar espontaneamente outras perguntas no momento da discussão.

4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAAProcure saber:

Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para novas aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste é o momento de avaliar, em conjunto, o desenvolvimento da Sessão Presencial

Coletiva.

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Unidade 18 - Projetos didáticos: estratégia pedagógicaDuração: 3hAmigo(a) formador(a): Nesta oficina, serão discutidos os textos que foram produzidos na Investigação da

Prática e posteriormente os professores elaborarão um projeto interdisciplinar, utilizando temas transversais ou outros temas.

lo momento - Retomando a Unidade 18Faça uma breve revisão do que foi estudado na unidade 18, identificando possíveis

dúvidas que surgiram durante o estudo.Explique que esta oficina visa reforçar os conteúdos das três seções da unidade.

2o momento - Comentando a Investigação da PráticaComente e discuta a Investigação da Prática da Unidade 17. Recolha a Investigação

da Prática da unidade 18.

3o momento - Desenvolvendo a Sessão Presencial 1a Etapa: nesta etapa, a turma será dividida em grupos. Os grupos discutirão a temática

tratada no texto produzido na “Investigação da Prática” e também a partir das seguintes questões:1. O que é um projeto didático?2. Qual é a vantagem de se trabalhar com projeto didático em sala de aula?3. Quais são os temas que podemos trabalhar nesse tipo de projeto?

Antes da discussão, sugerimos que os professores façam uma breve releitura das seções da unidade, para revisar o que foi estudado.

A socialização tem o objetivo de esclarecimento de dúvidas, trocas de conhecimentos e enriquecimento da temática.

O tempo para essa atividade será determinado pelo formador.Formador, durante as discussões nos grupos, passe pelos grupos, para que Você possa interagir

com cada grupo, dando sugestões, participando do contexto, mesmo que seja por alguns minutos.2a Etapa: oriente os professores a utilizarem o modelo de projeto da unidade 18.Depois da discussão nos grupos, será realizada a segunda etapa: cada grupo elaborará

uma proposta de projeto que poderá ser desenvolvida, posteriormente, na escola.

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4o momento - Vivenciando os Cadernos de AAASerá avaliada a utilização dos AAA pelos professores-cursistas em sala de aula.

Procure saber: Quem tem utilizado os AAA nas aulas; Peça aos professores que mostrem alguns resultados de seus alunos.;Solicite crítica, perguntando o que deveria ser mudado, caso aplicassem novamente os

exercícios;Pergunte-lhes de que forma inovariam ou sugeririam modificações para outras aulas.

5o momento - Avaliando o nosso TrabalhoEste momento é dedicado à avaliação dos trabalhos desta Sessão.Comecemos recuperando os objetivos que foram propostos no início, associando-os às

atividades desenvolvidas.

3a Etapa: após a realização da etapa 2, organize a plenária para a apresentação da proposta de projeto didático de cada grupo.

Cada grupo poderá escolher um professor para apresentar a proposta.Formador, organize a plenária e coordene a discussão, mediando-a para que todos

tenham a oportunidade de expor seu ponto de vista sobre o assunto.

Analise as sínteses em relação às idéias da Unidade. Aplique a matriz do Anexo 5 para fazer observações a respeito da construção do texto. Marque um encontro para devolver a Investigação da Prática, que é a última do Curso, de modo que os professores recebam os comentários.

Orientações para comentar a Investigação da Prática 18

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Observação: as perguntas abaixo são sugestões para a conversa informal entre o professor-cursista e o formador. Solicitamos ao formador que anote suas observações após a entrevista; não precisa necessariamente ser durante a conversa.

ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O PROFESSOR ANTES DE

INICIAR A OBSERVAÇÃO DA AULA

Nome do professor:Disciplina:Data:

-Descreva brevemente os alunos nesta sala, incluindo aqueles com necessidades especiais.

-Quais são seus objetivos para essa aula? O que Você quer que os alunos aprendam?

-Por que esses objetivos são adequados para esse grupo de alunos?

-Como esses objetivos se articulam com o currículo da Secretaria?

-Quais habilidades Você espera trabalhar com essa aula ou atividade?

-Como Você planeja envolver os alunos na atividade? O que Você fará? O que é esperado que os alunos façam? (Inclua estimativas de tempo previsto para a atividade)

-Que dificuldades os alunos geralmente experimentam nessa temática que será trabalhada, e como Você planeja antecipar essas dificuldades?

-Que materiais educacionais ou recursos Você vai utilizar? Se for usar algum, descreva qual e como:

-Como Você planeja avaliar se os alunos atingiram os objetivos? Que procedimentos utilizará? (Anexe a este relatório cópias das atividades realizadas pelos alunos)

-Como Você planeja utilizar os resultados desta avaliação?

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Itens a serem observados Início da atividade Acolhimento dos alunos e da turma Explicações para a classe todaExplicação interativa para a classeExplicação a um grupo Explicação a um alunoDemonstração de como se faz Desenvolvimento da atividadeAtividade individualAtividade em grupoAtividade diferenciada para os gruposAtividade reprodutiva Atitude geral do grupo de alunosInteresse e envolvimento pela tarefaPerda progressiva do interesseParticipação colaborativa dos alunos nas rotinasRealização de atividade alheia à aulaIndisciplinaAgressividadeManifestação natural de dúvidaManifestação de compreensão satisfatória Realização das atividadesAproveitamento adequado do tempoExplicação que promove a reflexão Transferência da voz para a turma Transferência da voz para o aluno Interação em duplasInteração em gruposResposta antecipada à própria perguntaResposta individual à pergunta do alunoResposta coletiva à pergunta do alunoExemplificação Apresentação e comentário do trabalho de aluno Atitude do professor em relação aos alunosElogio individual Elogio coletivo Intervenções produtivas do professorIntervenção para disciplina e hábitos sociais

FICHA DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Quadro de Estratégias e Procedimentos do Professor na Sala de AulaNome do Professor:Observador:Data:

ObservaçõesNadaPoucoMuito

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Itens a serem observados Repreensão individual Repreensão coletiva Relação professor-alunoEstímulo à participação e iniciativa dos alunosOrganização para trabalho independente dos alunosIncentivo à participação espontâneaParticipação estimulada pelo colega Fechamento da atividadeIntervenção final para reflexão sobre a tarefaCorreção coletivaCorreção IndividualFinalização da atividade com uma síntese

ObservaçõesNadaPoucoMuito

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO DO PROFESSOR NAS SPC

Nome do Professor-cursista:Escola:Período de acompanhamento: 1o Módulo ( ) 2o Módulo ( )Ano:

AssiduidadePontualidade nas Sessões Presenciais ColetivasParticipação nas SessõesPresenciais ColetivasParticipação nos trabalhos em grupoHabilidade de se expressar em públicoInteresseColaboraçãoPontualidade na leitura da unidadePontualidade na entrega dos trabalhos – Lição de CasaApresentação dos trabalhosHabilidade de expressão escritaLição de Casa – Conceito Geral

Aspectos a serem observados e registrados por Sessão Presencial Coletiva

SPC1 SPC2 SPC3 SPC4 SPC5 SPC6 SPC7 SPC8 SPC9

Conceitos: Insatisfatório (I) Bom (B) Ótimo (O)

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Pontualidade na entrega

Apresentação do trabalho

Adequação do trabalho escrito em relação ao objetivo proposto

Respeito ao gênero textual solicitado

Nível de aprofundamento da reflexão realizada na atividade

Linguagem escrita (ver quadro para avaliação de textos escritos)

MATRIZ PARA AVALIAÇÃO DA LIÇÃO DE CASA

Aspectos a serem avaliados Comentários

O formador deverá acompanhar o desempenho do professor a partir de diversos elementos.

Um deles é a Investigação da Prática. Para cada Investigação da Prática entregue na Sessão Presencial Coletiva (nove sessões por módulo), o formador deverá preencher o quadro da matriz e transcrever seus comentários para o trabalho do professor-cursista. Além disso, um comentário final deverá ser registrado na Ficha de Acompanhamento do Desempenho do Professor nas SPC.

Vamos apresentar uma sugestão para que o formador avalie a linguagem dos trabalhos dos professores.

O quadro para a avaliação de Textos Escritos (anexo 5) apresenta duas grandes áreas de avaliação: os aspectos textuais e os aspectos gramaticais e formais. Na primeira coluna, há letras que o formador pode convencionar como símbolos dos problemas e colocá-las na margem do texto. Na segunda coluna, focalizamos o segmento em que o problema se situa em relação ao sistema da língua. Na terceira coluna, indicamos algumas observações que podem ser utilizadas para anotar no texto do professor e solicitar uma reescrita.

O formador deve sempre observar o gênero do texto para avaliar as estruturas que o cursista utilizou. Alguns textos, como o diário, por exemplo, admitem estruturas mais coloquiais. Sugerimos, para melhor compreensão do processo de escrita e revisão, que o formador dê mais de uma chance ao professor para a reformulação do texto a partir de seus comentários.

ORIENTAÇÕES PARA COMENTAR A INVESTIGAÇÃO DA PRÁTICA

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ORIENTAÇÕES AO FORMADOR PARA ANÁLISE DOS TEXTOS

PRODUZIDOS PELOS PROFESSORES CURSISTAS

QUADRO PARA AVALIAÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

Reescrever observando: adequação dos conec-tivos e palavras de relação; corrigir fragmentação e truncamento de idéias; evitar acúmulo de idéias num mesmo período; construir paralelismo sintático.Reescrever observando: distinguir a idéia central; eliminar idéias incompatíveis ou sem importância para o desenvolvimento da idéia central; especificar generalizações; articular as relações lógicas entre as idéias por meio de conectivos; utilizar argumentos adequados; eliminar repetições; desfazer ambigüidades. Eliminar ou substituir palavras repetidas.Utilizar palavra mais adequada. Eliminar gíria, expressões coloquiais, clichês.Agrupar idéias complementares ou dependentes. Evitar parágrafo de um só período.Distribuir idéias por parágrafos diferentes.Escrever transição entre parágrafos.Manter o tom conforme o gênero. Evitar mudanças injustificáveis de nível. Observar estruturas peculiares.Respeitar as margens. Reescrever com letra legível. Deixar evidente a abertura de pará-grafos. Evidenciar maiúsculas.Corrigir conforme o dicionário.Corrigir conforme as regras.Retirar, acrescentar ou modificar.Corrigir conforme justificativa gramatical.Corrigir conforme justificativa gramatical. Corrigir conforme regras.

SímbolosAspectos a serem considerados no

aperfeiçoamento do texto Descrição dos Itens

S

C

V

P

G

F

OAPtCdRgE

Sintaxe de construção de frases e períodos

Coesão e coerência

Vocabulário

Parágrafo

Gênero

Forma/Legibilidade/Estética

OrtografiaAcentuaçãoPontuação

ConcordânciaRegência

Emprego e colocação

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DE TEORIA E PRÁTICA

SeçãoSeção 1 - O que a criança pensa da escritaSeção 2 - Desenvolvimento do aluno na escritaSeção 3 - A organização da aulaSeção 1 - A narrativaSeção 2 - Elementos da narrativa: ação, personagens, seqüência temporal e ambienteSeção 3 - Descrições e instruçõesSeção 1 - A leitura do professor e a leitura do alunoSeção 2 - Símbolos e outras formas que são usadas na escritaSeção 3 - O estudo dos nomes e da relação entre letras e sonsSeção 1 - Introdução ao estudo das letras do alfabeto: aspecto gráficoSeção 2 - As letras do alfabetoSeção 3 - Estudo da relação entre as letras e os sonsSeção 1 - Noções temporaisSeção 2 - Noções espaciaisSeção 3 - Dicotomias e contrastesSeção 1 - O trabalho com textosSeção 2 - Trabalhando com a noção de palavraSeção 3 - A consciência da sílabaSeção 1 - As quadrinhas e a repetição de letrasSeção 2 - Parlendas e a relação entre letras e sons Seção 3 - Cantigas de roda e a relação entre letras e sonsSeção 1 - Produzindo diálogos dinâmicos e representativosSeção 2 - Produzindo textos a partir de outros textos Seção 3 - Os textos da vida real e a reflexão lingüísticaSeção 1 - Aprendendo a ler e a escrever com textos significativosSeção 2 - Uma pedagogia sensível à realidade dos alunosSeção 3 - Práticas de análise lingüística

TP1 A descoberta da leitura e da escrita

TP2Do texto à sílaba

TP

Módulo I

Unidade 9A produção individual de textos e a prática da análise lingüística

Unidade 1 O que a criança já sabe

Unidade

Unidade 2 O desenvolvimento da expressão oral

Unidade 3 A descoberta da leitura e da escrita

Unidade 4O alfabeto e a correspondência entre o som e a escrita

Unidade 5 Percepção do mundo

Unidade 6 Do texto à sílaba

Unidade 7Textos populares

Unidade 8Produção coletiva de textos

TP3Leitura e produção de textos

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SeçãoSeção 1 - A palavra e suas possibilidades de significação em contextos diversosSeção 2 - Sinonímia e antonímiaSeção 3 - Introdução ao estudo da metáforaSeção 1 - Singular e pluralSeção 2 - Noções de Gênero: Feminino e MasculinoSeção 3 - Sujeito e predicadoSeção 1 - Antecipando os problemas de nossos alunos na produção escritaSeção 2 - Como juntamos as palavras na língua oralSeção 3 - Os processos que afetam a estrutura da sílaba na língua oralSeção 1 - Desenvolvendo a percepção das relações entre sons e letrasSeção 2 - Resolvendo problemas ortográficos em sílabas nasais e na representação do som /s/Seção 3 - Convenções ortográficas que representam problemas na aquisição da escrita Seção 1 - O que é leituraSeção 2 - Os objetivos da leituraSeção 3 - A construção dos sentidos da leituraSeção 1 - O que é literaturaSeção 2 - A literatura infantil brasileira Seção 3 - As atividades com a literatura infantilSeção 1 - O lúdico como recurso pedagógico no processo educacionalSeção 2 - Atividades lúdicas na ação de educarSeção 3 - Atividades lúdicas no processo de educar em língua maternaSeção 1 - A avaliação inicial ou diagnósticaSeção 2 - Avaliar para a mediação do desenvolvimento da leitura e da escritaSeção 3 - Estratégias de avaliação de leitura e de escritaSeção 1 - O projeto didático como estratégia pedagógicaSeção 2 - A leitura e a escrita no projeto didáticoSeção 3 - Projeto temático

TP4Escrever cada vez melhor

TP

Módulo II

TP5A alegria de ler e aprender

TP6Avaliação e projetos na sala de aula

Unidade

Unidade 10Significação

Unidade 11 Refletindo sobre a estrutura da língua

Unidade 12 Interferência da fala na escrita

Unidade 13Sistema alfabético: ampliando nossa percepção da relação entre sons e letras

Unidade 14Estratégias de leitura

Unidade 15 Literatura infantil

Unidade 16O lúdico no processo educacional

Unidade 17Perspectivas avaliativas do processo educacional

Unidade 18Projetos didáticos: estratégia pedagógica

PROGRAMA DE APOIO A LEITURA E ESCRITA

PRALER

DIPRO / FNDE / MEC

AUTORES

Lucília Helena do Carmo Garcez

Doutora em Lingüística Aplicada ao Ensino de LínguasPontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP

Professora Titular Aposentada - Instituto de LetrasUniversidade de Brasília/UnB

Rosineide Magalhães de Sousa

Doutora em LingüísticaUniversidade de Brasília/UnB

Stella Maris Bortoni-Ricardo

Pós-Doutora em Etnografia EducacionalUniversidade da Pennsylvania

Professora Titular - Lingüística - Faculdade de EducaçãoUniversidade de Brasília/UnB

Tatiana Figueiredo Nunes de Oliveira

Mestre em EducaçãoUniversidade de Framingham - Massachussetts

PROGRAMA DE APOIO A LEITURA E ESCRITA

PRALER

DIPRO / FNDE / MEC

Diretora de Assistência a Programas Especiais - DIPRO

Ivone Maria Elias Moreyra

Chefe da Divisão de Formulação e Implementação - DIFIM

Débora Moraes Correia

EQUIPE EDITORIAL

Organização

Wilsa Maria Ramos

Ilustrações

Fernando Lopes

Projeto Gráfico, Editoração Eletrônica e Capa

Tatiana F. Rivoire