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A Universidade sediou a quinta edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e mostrou a qualidade de sua estrutura espor- tiva e a força de seus atletas Aline Veras Resgatar a importância das competições estudantis no Brasil, promover a inclusão so- cial de jovens a partir de uma prática positiva e saudável e abrir espaço para os novos ta- lentos do esporte nacional, são as principais metas das Olím- picos Universitários JUBs. Disputada desde 2005, a quin- ta edição dos jogos foi realiza- da pela primeira vez em For- taleza entre os dias 14 e 23 de agosto. O maior evento do es- porte estudantil brasileiro, que agora conta com o incentivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), reuniu cerca de três mil e quatrocentos participantes de todos os estados do país. Do Ceará, foram 136 estudantes de instituições de ensino su- perior. Entre os esportes prati- cados nos jogos estão o atletis- mo, basquete, futsal, handebol, judô, natação, vôlei e xadrez. As disputas foram travadas em vários locais da capital. A Uni- for sediou as competições do atletismo e alguns jogos de fut- sal, basquete e vôlei. A Universidade de Fortale- za foi bastante elogiada pelas entidades organizadoras do evento e pelos próprios atle- tas, que caram surpresos pela qualidade da estrutura e dos equipamentos que a Universi- dade dispõe. Talita de Almeida, campeã nos JUBs com o futsal feminino, diz que a medalha de ouro nessa edição dos jogos é uma consequência da estrutura do ginásio poliesportivo onde a equipe treina de segunda à sábado. “Antes da construção do ginásio, nós treinávamos numa quadra de dimensões muito menores e isso nos pre- judicava nas competições, por- que as quadras prossionais eram quase do tamanho de um campo de futebol. Então nós precisávamos, duas semanas antes de qualquer competição, ir treinar na quadra do Paulo Sarasate. Só assim é que nós tentávamos igualar as condi- ções de jogo com as adversá- rias”, explica Talita, que fez a sua quinta participação nesses JUBs. Ela também conta que os atletas dos outros estados, quando vieram parti- cipar dos jogos univer- sitários em agosto, ca- ram maravilhados com a estrutura do ginásio porque não imaginavam que no Nordeste pode- riam encontrar tanta tec- nologia e equipamentos de primeiro mundo. Equipamentos e profissionais qualificados Ral Ciney, assessor téc- nico, garante que o objeti- vo da Unifor é prezar pela qualidade da preparação dos atletas. Por isso ela dis- põe, além dos equipamentos e infraestrutura necessários, de prossionais altamente qualicados. Ciney também diz que a Unifor não fez ne- nhuma preparação especíca para receber os Jogos Univer- sitários. “A Unifor sempre está preparada. Os JUBs são um dos vários eventos que acontecem dentro da Universidade. Hoje, nós recebemos campeonatos nacionais e internacionais de diversas modalidades espor- tivas. Já tivemos um mundial escolar, sediamos anualmente o GP Internacional de Atletis- mo. Então, nós nos sentimos a vontade e tranquilos para re- ceber grandes eventos”. E faz questão de frisar a evolução dos atletas ao longo dos JUBs: “Nessa edição nós tivemos um grande desempenho no vôlei e no futsal, principalmente, tanto no feminino como no masculino. As equipes, que disputavam a primeira divisão, conseguiram vagas na divisão especial que abriga as melhores equipes universitárias do país”. Mas os esportes individuais não obtiveram bons resulta- dos.De uma maneira geral, no entanto, a Unifor, a cada ano, mostra uma melhora evidente. Em 2007, a classicação geral mostrava a Unifor na décima terceira posição dentre as 20 melhores universidades. Em 2008, subimos para a nona colocação e, nesse ano, nossos atletas conseguiram car na sétima posição do quadro geral de medalhas. A primeira colo- cada foi a UNIP, de São Paulo. A próxima edição dos Jogos Olímpicos Universitários será realizada na cidade de Blume- nau, em Santa Catarina. FÔLEGO JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR SET/OUT 2009 ANO 6 N° 19 JUBs. Ela também conta que os atletas dos outros estados, quando vieram parti- cipar dos jogos univer- sitários em agosto, ca- ram maravilhados com a estrutura do ginásio porque não imaginavam que no Nordeste pode- riam encontrar tanta tec- nologia e equipamentos de primeiro mundo. Equipamentos e profissionais qualificados Ral Ciney, assessor téc- nico, garante que o objeti- vo da Unifor é prezar pela qualidade da preparação dos atletas. Por isso ela dis- põe, além dos equipamentos e infraestrutura necessários, de prossionais altamente qualicados. Ciney também diz que a Unifor não fez ne- nhuma preparação especíca para receber os Jogos Univer- sitários. “A Unifor sempre está preparada. Os JUBs são um dos vários eventos que acontecem dentro da Universidade. Hoje, nós recebemos campeonatos nacionais e internacionais de diversas modalidades espor- tivas. Já tivemos um mundial escolar, sediamos anualmente o GP Internacional de Atletis- mo. Então, nós nos sentimos a vontade e tranquilos para re- ceber grandes eventos”. E faz questão de frisar a evolução dos atletas ao longo dos JUBs: “Nessa edição nós tivemos um grande desempenho no vôlei e no futsal, principalmente, tanto no feminino como no masculino. As equipes, que disputavam a primeira divisão, conseguiram vagas na divisão especial que abriga as melhores i i i á i d í Unifor sedia o maior evento esportivo universitário do ano FOTO: WALESKA SANTIAGO FOTO: WALESKA SANTIAGO CAMILA MARCELO CAMILA MARCELO WALESKA SANTIAGO WALESKA SANTIAGO WALESKA SANTIAGO

Fôlego # 19

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Jornal laboratório do curso de jornalismo da Unifor

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Page 1: Fôlego # 19

A Universidade sediou a quinta edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e mostrou a qualidade de sua estrutura espor-tiva e a força de seus atletas

Aline Veras

Resgatar a importância das competições estudantis no Brasil, promover a inclusão so-cial de jovens a partir de uma prática positiva e saudável e abrir espaço para os novos ta-lentos do esporte nacional, são as principais metas das Olím-picos Universitários JUBs. Disputada desde 2005, a quin-ta edição dos jogos foi realiza-da pela primeira vez em For-taleza entre os dias 14 e 23 de agosto. O maior evento do es-porte estudantil brasileiro, que agora conta com o incentivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), reuniu cerca de três mil e quatrocentos participantes de todos os estados do país. Do Ceará, foram 136 estudantes de instituições de ensino su-perior. Entre os esportes prati-cados nos jogos estão o atletis-mo, basquete, futsal, handebol, judô, natação, vôlei e xadrez. As disputas foram travadas em vários locais da capital. A Uni-for sediou as competições do atletismo e alguns jogos de fut-sal, basquete e vôlei.

A Universidade de Fortale-za foi bastante elogiada pelas entidades organizadoras do evento e pelos próprios atle-tas, que fi caram surpresos pela qualidade da estrutura e dos equipamentos que a Universi-dade dispõe. Talita de Almeida, campeã nos JUBs com o futsal feminino, diz que a medalha de ouro nessa edição dos jogos é uma consequência da estrutura do ginásio poliesportivo onde a equipe treina de segunda à sábado. “Antes da construção do ginásio, nós treinávamos numa quadra de dimensões muito menores e isso nos pre-judicava nas competições, por-que as quadras profi ssionais eram quase do tamanho de um campo de futebol. Então nós precisávamos, duas semanas antes de qualquer competição, ir treinar na quadra do Paulo Sarasate. Só assim é que nós tentávamos igualar as condi-ções de jogo com as adversá-rias”, explica Talita, que fez a sua quinta participação nesses

JUBs. Ela também conta que os atletas dos outros estados, quando vieram parti-cipar dos jogos univer-sitários em agosto, fi ca-ram maravilhados com a estrutura do ginásio porque não imaginavam que no Nordeste pode-riam encontrar tanta tec-nologia e equipamentos de primeiro mundo.

Equipamentos e profi ssionais qualifi cados

Ral Ciney, assessor téc-nico, garante que o objeti-vo da Unifor é prezar pela qualidade da preparação dos atletas. Por isso ela dis-põe, além dos equipamentos e infraestrutura necessários, de profi ssionais altamente qualifi cados. Ciney também diz que a Unifor não fez ne-nhuma preparação específi ca para receber os Jogos Univer-sitários. “A Unifor sempre está preparada. Os JUBs são um dos vários eventos que acontecem dentro da Universidade. Hoje, nós recebemos campeonatos nacionais e internacionais de diversas modalidades espor-tivas. Já tivemos um mundial escolar, sediamos anualmente o GP Internacional de Atletis-mo. Então, nós nos sentimos a vontade e tranquilos para re-ceber grandes eventos”. E faz questão de frisar a evolução dos atletas ao longo dos JUBs: “Nessa edição nós tivemos um grande desempenho no vôlei e no futsal, principalmente, tanto no feminino como no masculino. As equipes, que disputavam a primeira divisão, conseguiram vagas na divisão especial que abriga as melhores equipes universitárias do país”. Mas os esportes individuais não obtiveram bons resulta-dos.De uma maneira geral, no entanto, a Unifor, a cada ano, mostra uma melhora evidente. Em 2007, a classifi cação geral mostrava a Unifor na décima terceira posição dentre as 20 melhores universidades. Em 2008, subimos para a nona colocação e, nesse ano, nossos atletas conseguiram fi car na sétima posição do quadro geral de medalhas. A primeira colo-cada foi a UNIP, de São Paulo. A próxima edição dos Jogos Olímpicos Universitários será realizada na cidade de Blume-nau, em Santa Catarina.

FÔLEGOJORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR SET/OUT 2009 ANO 6 N° 19

JUBs. Ela também conta que os atletas dos outros estados, quando vieram parti-cipar dos jogos univer-sitários em agosto, fi ca-ram maravilhados com a estrutura do ginásio porque não imaginavam que no Nordeste pode-riam encontrar tanta tec-nologia e equipamentos de primeiro mundo.

Equipamentos e profi ssionais qualifi cados

Ral Ciney, assessor téc-nico, garante que o objeti-vo da Unifor é prezar pela qualidade da preparação dos atletas. Por isso ela dis-põe, além dos equipamentos e infraestrutura necessários, de profi ssionais altamente qualifi cados. Ciney também diz que a Unifor não fez ne-nhuma preparação específi ca para receber os Jogos Univer-sitários. “A Unifor sempre está preparada. Os JUBs são um dos vários eventos que acontecem dentro da Universidade. Hoje, nós recebemos campeonatos nacionais e internacionais de diversas modalidades espor-tivas. Já tivemos um mundial escolar, sediamos anualmente o GP Internacional de Atletis-mo. Então, nós nos sentimos a vontade e tranquilos para re-ceber grandes eventos”. E faz questão de frisar a evolução dos atletas ao longo dos JUBs: “Nessa edição nós tivemos um grande desempenho no vôlei e no futsal, principalmente, tanto no feminino como no masculino. As equipes, que disputavam a primeira divisão, conseguiram vagas na divisão especial que abriga as melhores

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Unifor sedia o maior evento esportivo universitário do ano

FOTO: WALESKA SANTIAGO

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SOBPRESSÃOSET / OUT DE 20092 FÔLEGO

Praticada por lazer ou como modalidade esportiva, a atividade está presente em todo o mundo. No Ceará, há pontos de mergulho com grande riqueza marinha

Lardyanne Pimentel

A primeira noticia que se tem de incursões do homem ao mar datam de 460 a.c. O gre-go Scyllios ,contratado pelo rei persa Xerxes para recuperar jóias e ouro em navios persas naufragados, é considerado o primeiro mergulhador. A his-tória do mergulho se desen-volveu tanto pela curiosidade do homem em desvendar um mundo desconhecido, além do seu habitat natural, como seu uso em táticas de guerra.

Hoje, o mergulho é pratica-do em todo o mundo como ho-bby ou como modalidade es-portiva. No Estado do Ceará, há vários pontos de prática. Entre eles, o Parque Estadu-al Marinho da Pedra da Risca do Meio que funciona desde 1997, com uma área de 33,20 km e distância de 10 milhas náuticas (18 km) do porto do Mucuripe em Fortaleza, na di-reção nordeste.

O parque é a única unidade de conservação do estado. Ele possui sete locais de mergulho, tais como Cajueiro, Farinha e Cabeça do Arrastado. Neles há uma grande variedade de vida marinha, como o tubarão lixa, a raia manteiga e o parum pre-to que podem ser apreciado durante o mergulho.

O estado também oferece mergulhos em naufrágios, tais como o Navio do Pecém e o Petroleiro do Acaraú, afunda-dos na Segunda Guerra Mun-dial, todos localizados no lito-ral de Fortaleza. Os navios são verdadeiras cidades submer-sas de graciosos cardumes de peixes, golfi nhos e tartarugas.

Escolas e Segurança Para desfrutar da riqueza e

aventura no mar, no entanto,

são necessários certos proce-dimentos. O primeiro passo é procurar uma escola de mer-gulho com instrutores qualifi -cados e verifi car, por meio do site do Ministério da Defesa, a validade do cadastro e cer-tifi cado de segurança da em-presa. Em seguida, obter in-formações da empresa junto à Secretaria do Meio-Ambiente.

O mergulho pode ser pra-ticado a partir dos dez anos de idade. Os alunos inician-tes passam por cinco aulas teóricas sobre os procedi-mentos técnicos e a ciência do mergulho, e cinco práti-cas na piscina que simulam a imersão no mar. Na etapa final, mergulham em águas abertas. Concluindo o curso, o aluno recebe um certifica-do internacionalmente reco-nhecido, permitindo, assim,

a prática de mergulho em qualquer área marítima do mundo.

É importante sempre lem-brar que a atividade é reali-zada em outro habitat, com-pletamente diferente do seu, portanto, deve-se fi car atento ao estado dos equipamentos de mergulho e às medidas de segurança transmitidas pelo instrutor. O local escolhido também deve ser pesquisado com cautela, pois poderá ofe-recer perigos naturais, como, por exemplo, fortes ventos que podem difi cultar a queda na água e provocar fortes enjoos.

Mergulho com sabor de aventura

Island Diving Brasil:Porto das Dunas - (85) 3361.7040/ [email protected]

Serviço

Aventura, liberdade e contato com a natureza foram as pala-vras usadas pelos holandeses Jan Ruiter e Monique Ruiter para defi nir o que signifi ca o mergulho. Eles trabalham há quinze anos na área e viajam o mundo praticando a ativida-de. Destacam o Mar Vermelho, as Ilhas Maldivas, a Indonésia e o Ceará, entre os lugares mais belos em que já mergu-lharam. O casal é proprietário da Escola de Mergulho Island Diving Center, a única em fun-cionamento, hoje, no Ceará. A escola oferece cursos para to-dos os níveis, do iniciante ao profi ssional, e cursos especiais de mergulho, tais como cor-renteza e noturno. O Fôlego conversou com eles:

Fôlego - Como iniciou o inte-resse pelo mergulho?Casal - Na Europa, a prática de mergulho é bem difundida, existindo milhares de adeptos. Foi como um passatempo que iniciamos a atividade e desco-brimos a possibilidade de tra-balharmos com o mergulho.

Folêgo - Como foi que decidi-ram vir morar e trabalhar no Brasil?Casal - Decidimos abrir uma escola de mergulho em outro

país, mas em uma região onde a prática fosse zero. Então, via-jamos por vários países, como a Indonésia e o Caribe. Porém, boa parte das regiões dos pa-íses que visitamos já possuía várias escolas de mergulho. No Ceará, encontramos as con-dições ideais para os nossos planos, pois a única escola de mergulho que havia era o Pro-jeto Netuno, que já não existe mais. Hoje, somos a única esco-la de mergulho da região.

Fôlego - Quais são as qualida-des naturais que o mar do Ceará oferece para a prática do mer-gulho?Casal - O mergulho no Ceará é prazeroso. Quando mergulha-mos ou levamos alunos para mergulhar, verifi camos todas as condições climáticas como a temperatura e os ventos, pois tudo isso infl uencia na segu-rança. Há ventos fortes no Par-que Marinho da Risca do Meio, resultando em uma superfície conturbada, mas isso não im-pede a prática do esporte. Os nossos alunos, iniciantes na atividade, passam por aulas te-óricas, práticas na piscina, mer-gulham na lagoa do Uruau, em Beberibe, e, só então, depois desse processo de aprendiza-gem, podem ir ao mar.

Entrevista

Mergulho e profi ssãoO casal Jan e Monique Ruiter adora mergulhar no Ceará FOTO: WALESKA SANTIAGO

Ruiter em barco pesqueiro de ferro afundado em 1986 FOTO: MARCUS DAVIS

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Saiba...

Sinais mais utilizados na comunicação subaquática

Eu, olhe-me

Venha Aqui Pare espere aí Perigo Ok (Okay) DescerDevagar / Fique

calmo

Não consigo compensar

Ok de superfície Estou sem ar Compartilhar ar Estou com pouco ar

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SOBPRESSÃO3SET / OUT DE 2009 FÔLEGO

Pequeno e veloz. Essas são as características do kart, um esporte a motor que é garantia de diversão para toda a família, unindo lazer e competitividade

Lauro Pimentel

O kart nasceu durante a Se-gunda Guerra Mundial, quan-do militares ingleses e ameri-canos construíram pequenos veículos motorizados que eram utilizados para o transporte de ferramentas nos campos de batalha. Além dessa função, os militares também aprovei-tavam os primeiros karts para organizar corridas amigáveis nos tempos livres.

No Brasil, o kart chegou em 1959 através do comerciante de automóveis Cláudio Daniel Rodrigues, que fi cou fascina-do após assistir a uma corri-da desses pequenos carrinhos nos Estados Unidos. O que ele não imaginava era que o kartismo se transformaria na maior escola do automobilis-mo brasileiro.

Além de revelar vários no-mes do automobilismo mun-dial, como Rubens Barrichello

e Felipe Massa, o kart tam-bém é muito praticado como esporte amador, como diver-timento. No Ceará, essa ca-tegoria corre no Kartódromo Internacional Júlio Ventura, localizado no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. Lá, grupos de amigos podem montar suas baterias, de no mínimo 10 pilotos, e compe-tir em 25 circuitos diferentes, que variam de 900 a 1070 me-tros. Os karts utilizados nessas competições amadoras pos-suem chassis profi ssionais e podem chegar até 70 km/h ao fi nal da reta. “A direção é um pouco dura e atrapalha no início, mas depois a gente es-quece e dá para pilotar numa boa. Sentir o vento no rosto e a adrenalina nos dão uma sen-sação maravilhosa”, descreve Orlando Dias Branco Filho, logo após uma corrida com os amigos.

O único pré-requisito para a prática do kartismo é o de que o piloto seja maior de oito anos de idade. Segundo o Presidente do Kart Clube do Ceará, Stênio Junior, a procu-ra pela categoria de aluguel é muito grande, principalmen-te à noite e pode ser pratica-

da de segunda a sábado. “No Kartódromo já foram feitos campeonatos de médicos e de empresários. Num desses campeonatos tivemos pilotos com mais de 70 anos de ida-de”, conta Stênio Júnior.

Em Fortaleza, além do

Kartódromo Júlio Ventura, existem outros lugares onde o kart também pode ser prati-cado. São locais que possuem infraestrutura adequada para quem deseja iniciar a prática. Nesses estabelecimentos, é possível a realização de even-

tos, como aniversários, festas pessoais e confraternizações. Eles contam com atendimento médico e lanchonete, o tempo das voltas é cronometrado e, ao fi nal de cada corrida, os pi-lotos podem ver quem teve a melhor e a pior volta.

Kartismo é adrenalina, liberdade e frio na barriga

As competições de kart não são apenas para os adultos. Existem categorias onde só os jovens pilotos competem. Para começar a correr, basta ter aptidão para o kartismo. No Kartódromo Internacional Júlio Ventura existem pesso-as que observam esses novos talentos, convidando aqueles que realmente têm habilidade para pilotar. Depois que a vo-cação é descoberta, o iniciante passa por um curso, com aulas teóricas e práticas. Depois, é necessária apenas a aquisição de equipamento, contratação de um mecânico e começar os treinamentos.

Giovanni de Castro Filho, 19, que iniciou a carreira aos dez anos de idade, passou por todas essas etapas. Ele sem-pre se interessou por compe-tições automobilísticas, mas quem o incentivou a iniciar o kart foi seu pai. “Meu pai me levou para conhecer o kartó-dromo, eu gostei e me fi rmei”, diz o jovem piloto.

Apesar da pouca idade, ele já possui várias conquistas. Entre elas está a de campeão cearense da categoria Cadete e a 7ª colocação no brasilei-

ro na categoria Piloto Júnior Menor de Kart (PJMK).

Castro Filho diz que só ab-dicou de sair nos fi nais de se-mana por conta de seus trei-namentos, mas que tudo era compensado pelo que sentia enquanto pilotava. “Os trei-nos eram puxados, começa-vam de manhã e iam até o fi -nal da tarde. Mas o sacrifício valia a pena. Pilotar me dá uma sensação de liberdade, autoconfi ança, adrenalina bastante elevada e um friozi-nho na barriga”, conta.

Como gente grande

Largada da corrida entre amigos no Kartódromo Internacional Júlio Ventura, no Eusébio FOTO: LAURO PIMENTEL

Federação Cearense de Automo-bilismo – FCA:Rua Silva Paulet, 769 [email protected] / [email protected]

Guararapes Kart Clube:Avenida Coronel Miguel Dias, 1018(85)3278-4659 / 8634-6444 www.guararapeskartclube.com.br

Race Kart Fortaleza:Avenida Washington Soares, 6061(85)3274-2401 / 8721-0568www.racekartce.com.br

Serviço

Giovanni com seu pai na premiação da quarta etapa na categoria Cadete, aos onze anos FOTO: ARQUIVO PESSOAL

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SOBPRESSÃOSET / OUT DE 20094 FÔLEGO

De bicicleta pela América Latina

Machu Picchu, no Peru, cidade símbolo do Império Inca, localizada no topo de uma montanha FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Limaverde nos pés do vulcão Cotopaxi, no Equador FOTO: ARQUIVO PESSOAL

No dia 30 de outubro de 2002, Rafael Limaverde, então com 26 anos, acordou cedo, arrumou suas malas e partiu em uma viagem de bicicleta. Só retornaria dois anos depois

Fôlego - Como começou a fa-zer cicloturismo?Rafael Limaverde - Depois de oito anos trabalhando no jor-nal, decidi que iria viajar. Que-ria fazer uma viagem longa, mas não sabia direito como. Aí eu li o livro do Antônio Olinto, chamado “No guidão da liber-dade”. Ele deu a volta ao mun-do de bicicleta. Viajar assim possibilita chegar e ter acesso a pessoas e lugares que de ou-tra maneira não há, por conta do tempo, das distâncias. O próprio veículo é um super cartão de visitas, sempre chega alguém para falar contigo, para conversar. Então essa relação de proximidade com o lugar e com as pessoas que se está conhecendo é muito maior do que com qualquer outra forma de viajar. É essa proximidade, a possibilidade de conhecer certos lugares que não são vi-sitados, não são turísticos, não são os mais badalados, que me chamava atenção. Também tem o fato de fi car sozinho na estrada durante horas, foi uma

experiência muito legal de auto conhecimento. Rafael - Por que viajar pela América Latina? Fôlego - Na verdade, a minha intenção era viajar pelo Mun-do, assim como fez o autor. Mas eu viajei em uma época muito complicada. Tinha acabado de acontecer o ataque terrorista ao World Trade Center e as coisas ainda estavam muito fechadas. Eu não conseguia pegar tantas caronas. Outra coisa: o dólar

estava muito caro, por volta de R$3,40. Aí eu vi que se fos-se para a Europa, iria reduzir minha viagem drasticamente . Então, no meio do caminho, decidi fi car só na América Lati-na, porque eu poderia ter mais tempo de viagem.

Fôlego - Essa viagem tinha al-gum objetivo?Rafael - O que mais me impul-sionou foi a insatisfação com a vida que eu levava aqui, da ma-neira como eu trabalhava. Não era por uma causa social, como pela paz. Era por mim mes-mo. Eu queria aprender certas coisas, vivenciar situações que você só presencia quando se co-loca no mundo dessa maneira. Durante a viagem, comecei a escrever e colocar informações no site para que meus amigos e familiares acompanhassem, para saberem onde eu estava, como estavam as coisas. Essa experiência foi super legal. Através da internet eu conheci muita gente, cheguei a fi car na

casa de pessoas que acessavam o site. Por isso eu resolvi editar o material e transformar em um livro.

Fôlego - Como foi a prepara-ção? Rafael - De preparação física foram seis meses. Eu fazia na-tação, corria e pedalava. Para viajar de bicicleta você tem que ter apenas o mínimo, que é es-tar bem de saúde. Não é preci-so ser atleta.

Fôlego - Como foi lidar com a solidão, em alguns momen-tos?Rafael - Quase sempre se co-nhece alguém, eu conheci pes-soas maravilhosas. Muitas ve-zes fi cava hospedado no Corpo de Bombeiros, na Cruz Verme-lha, no Exército. Difi cilmente estava realmente sozinho. So-lidão mesmo só quando estava na estrada. Mas eu não tenho muito problema com a solidão, meu trabalho é solitário, pois trabalho com arte. Pior que

Gabriela Ribeiro

Sem ter experiência prévia como ciclista e sem saber fa-lar espanhol, Rafael viajou por toda a América Latina. Antes, trabalhava na área de arte em uma empresa de comunicação pela manhã e no jornal O Povo à tarde. Tinha um carro, mo-rava só em um apartamento alugado, mas com móveis pró-prios. No entanto, sentia-se in-feliz. Resolveu, então, viajar de bicicleta. Juntou dinheiro du-rante um ano, retirou o FGTS de oito anos de trabalho e ven-deu todos os seus bens.

Passou por países que não fazem parte do circuito tradi-cional de turismo, como Nica-rágua e Panamá, além de ter visto outros lados do Brasil. Pedalou uma média de 30.000 quilômetros. Em entrevista ao Fôlego, esse paraense, que mora em Fortaleza desde os sete anos, conta-nos um pou-co sobre sua experiência, suas impressões da viagem e sobre o livro que vai lançar.

Mapa do roteiro percorrido por Rafael Limaverde em dois anos de viagem FOTO: ARQUIVO PESSOAL

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SOBPRESSÃO5SET / OUT DE 2009 FÔLEGO

a solidão era a saudade. Acho que era uma das coisas mais pesadas no fi nal do processo.

Fôlego - Do que teve de se des-prender para fazer a viagem?Rafael - Quando se viaja de bi-cicleta, tem sempre que repen-sar as coisas que está levando. Se não tiver função, você se desfaz. Isso foi um grande en-sinamento. Conheci pessoas absolutamente felizes, com uma paz de espírito invejável, que não têm quase nada (bens materiais). Antes, e u achava que ao que-brar o cartão de crédito você já estava viajando. Quando vendi meu carro, as pessoas a c h a v a m que eu era doido, di-ziam para eu pegar m e u

FGTS de oito anos de traba-lho (que foi meu patrocínio) e comprar uma casa. Eu voltei apenas com R$ 6.000 para re-começar. Torrei todo o resto na viagem e não me arrepen-do. O que eu aprendi, muito do que eu sou e tenho agora, foi graças a essa experiência.

Fôlego - Qual foi o momento que te deu mais medo?Rafael - Todas as situações te colocam medo (o frio, estar em outras cidades), mas ele é necessário, pois traz caute-la, cuidado. Só não pode vi-rar um engessamento, não se pode deixar de fazer as coisas por conta do medo. As cidades grandes, por exemplo, deixa-vam-me mais cauteloso. Daí eu chegava em um domingo de manhã, cedinho, que era mais calmo. Ia para uma pousada, deixava minhas coisas guarda-das. Há algumas regrinhas de segurança que te deixam mais tranquilo. Mas para estar nes-se mundo você tem que se pre-parar, na medida do possível, para o que vai acontecer.

Fôlego - Durante a viagem, você encontrou outros ciclotu-ristas. Dentre eles, um senhor de mais de 60 anos. A idade não infl uencia?Rafael - No Peru, encontrei o Hans, um senhor de 63 anos. Ele vinha em sentido contrário, em uma rua deserta. E depois, quando eu já estava no Brasil, conheci também a Dona Au-rora, uma senhora que veio do Rio Grande do Sul até Forta-leza de bicicleta. Ela saiu com 59 anos e chegou aqui com uns 63. Já havia se aposentado, então vinha bem devagar, pas-sava dias em uma cidade. Com essas pessoas, a gente aprende muito sobre idade, de como a gente se subestima. Eu tinha 27, 28 anos e as pessoas acha-

vam que era loucura viajar as-sim, imagina com 60 anos.

Rompe com os precon-ceitos que nós temos,

com a idade, com a velhice. Essas pes-

soas estão aí para mostrar que é

possível fa-

zer o que quiser, independente da idade. O importante é o es-pírito jovem.

Fôlego - E o roteiro? Rafael - Como não deu certo viajar pelo mundo, na Vene-zuela eu decidi fi car apenas na América Latina. Eu tinha um roteiro prévio que ia se moldando de acordo com as minhas necessidades e meus interesses. Se eu encontrava com alguém e essa pessoa su-geria uma cidade interessante para eu visitar, eu poderia mu-dar o roteiro. E aí ele foi se de-senhando conforme a própria viagem.

Fôlego - Seus relatos, com o passar do tempo, vão toman-do cunho de crítica social e política. Você voltou mais po-litizado?Rafael - Eu voltei mais chato. Viajar pela América Latina dá uma sensação muito dúbia. Ao mesmo tempo em que há pes-soas e lugares maravilhosos, é um lugar de muita pobreza, desigualdade e corrupção. Não é possível fi car à mercê disso. Para mim, escrever sobre essa situação e colocá-la no livro é uma questão de necessidade, um papel que eu tenho que de-sempenhar. Tenho que dizer o que eu vi, passar esse conhe-cimento. As pessoas vão saber que determinadas situações existem. Acho que esse é o pri-meiro caminho para repensar a forma que a gente está vivendo, o que os governos estão fazen-do, e, principalmente, a distân-cia que a gente tem da América Latina. Assim, eu comecei não mais a relatar apenas os fatos que ocorreram no dia, mas as minhas impressões mesmo.

Fôlego - O que diria para quem vai começar a viajar de bicicleta? Rafael - É uma experiência muito particular. Para mim, foi um divisor de águas, mudou a relação que eu tinha comigo mesmo, com o dinheiro, com o mundo, com carro, com a cida-de, com a poluição. Toda via-gem é mais do que um desloca-mento banal no espaço. É uma maneira de rever o mundo, de rever você mesmo. É ter acesso a coisas que você não entende, a adversidades e diferenças que existem no mundo e isso faz muito bem. Eu diria isso: é uma experiência transcenden-tal, mas tem que ter paciência, ser realmente apaixonado pelo que você está fazendo, porque se você tiver dúvida, você de-siste, pois não é fácil. Não vou dizer: ‘Cara, vá que é um bara-to’. Mas também não é tão di-fícil como a gente imagina, vis-to que a Dona Aurora e o Hans têm mais de 60 anos e estão aí. É uma experiência gratifi cante. Então você tem que estar a fi m mesmo, como tudo na vida.

Viva o Rio 2016O mundo parou

para ver o Rio de Ja-neiro como a cidade-sede dos Jogos Olím-picos de 2016, durante a tarde do dia 2 de outubro. Após uma campanha que enal-teceu as belezas da cidade maravilhosa, o Rio despontou como o principal candidato para a vaga. Concorriam com ele as cidades de Chicago (Estados Unidos), Tóquio ( Japão) e Madri ( Espanha). O projeto para a realização das Olimpíadas está estimado em 25 bilhões de reais, composto por repasses municipais, estaduais, fe-derais e privados. Após a festa da vitória, as atenções se voltam à preparação da cidade em virtude dos jogos, onde o mundo vai acompanhar por 15 dias o espetáculo.

A tradição não se confi rmaPela primeira vez, o Brasil

chegou ao Mundial de Judô com dois campeões mun-diais e voltou para casa sem nenhuma medalha. Tiago Camilo e Luciano Corrêa, as maiores esperanças bra-sileiras, foram eliminados logo na primeira fase do mundial. Já no feminino, o Brasil fi cou em quinto lu-gar, registrando o resulta-do mais signifi cante desde 2003, quando Edinanci Silva foi bronze. Para o presidente da Confe-deração Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley, é hora de sentar e avaliar onde foi o erro na preparação brasileira. Considerado o Mun-dial das zebras, a competição em Roterdã não trouxe muita sorte para os melhores judocas da atualidade. Dos 32 medalhistas nos Jogos de Pequim presentes na competição, somente dois voltaram a conquis-tar medalhas.

Brasil e mais 10 países já estão na copa de 2010

A classifi cação da seleção brasileira veio com uma atuação de gala, que misturou talento e frieza frente à seleção argentina. Sem cair na provocação e no clima de guerra da torcida, a seleção venceu a Ar-gentina por 3 a 1 e garantiu uma das quatro vagas sul-americanas para o Mundial, com três rodadas de antecedência devido à derrota do Equador por 2 a 0 para a Colômbia e a do Uruguai por 1 a 0 para o Peru. Até o momento, 11 países já estão com passaportes carimbados para a África do Sul: Brasil, Paraguai, Holanda, Espanha, Inglaterra, Co-reia do Sul, Coreia do Norte, Japão, Austrália, Gana e África do Sul.

Icasa na Série B em 2010Após 25 anos, o Icasa, de Juazei-

ro do Norte, confi rmou sua volta à Segunda Divisão do Campeona-to Brasileiro. Com a goleada em cima do Paysandu, o verdão de Cariri, como é chamado carinho-samente pela torcida, chegou aos 21 pontos em 10 jogos, fi cando com a melhor campanha da Série C. O time de Juazeiro do Norte também teve o melhor ataque, com 22 gols (média de 2,2 por partida) e a melhor defesa da competição, tomando apenas sete gols, ao lado do América/MG. A última vez que o time fi gurou na Segunda Divisão nacional foi em 1984, quando a competição ainda era disputada em sistema mata-mata - o Icasa aca-bou eliminado logo na primeira rodada. O acesso do Verdão à Série B do Campeonato Brasileiro mostra a força do interior do estado, sem-pre presente nas competições nacionais.

O retorno de Jade à ginástica Após um ano afastada da ginástica devido a lesão no punho

direito, Jade Barbosa voltou a treinar e foi convocada para a sele-ção brasileira permanente. Jade não poderá disputar o Mundial de Londres, em outubro, porque ainda sente muitas dores da le-são. Porém, na época das Olimpíadas, a ginasta contou que teve de forçar o treinamento porque queria disputar os Jogos.

Sprint

FOTO: DIVULGAÇÃO

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Informações sobre o livro:www.bicicletapelomundo.com.br

Serviço

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SOBPRESSÃOSET / OUT DE 20096 FÔLEGO

Mara Rebouças

A ONG Revarte realiza aulas de judô para crianças e ado-lescentes cadastrados gratui-tamente na biblioteca Mon-teiro Lobato. Aliada à prática do esporte, a Revarte também promove aulas de música, per-cussão, fl auta, artesanato, tea-tro e narração de histórias. As atividades são realizadas pelo projeto que atua no bairro Conjunto Alvorada. As ideali-zadoras, Lúcia Cardoso e Ali-ce Tupinambá contam com a colaboração de voluntários e doações.

A Biblioteca MonteiroLobato e o Judô

Maria Edilaine, 13, está ca-dastrada na biblioteca desde 2007. Há pouco mais de dois anos, a judoca não conhecia o projeto. Ela conta que “umas amigas daqui falaram sobre a

Revarte e minha mãe veio sa-ber como era para eu entrar. Ela me trouxe, eu me inscrevi e até hoje estou aqui”. Maria Edilaine toca fl auta, pratica judô e garante que as duas ati-

vidades “estão ajudando não só pra conhecer esporte e mú-sica, mas no colégio também”.

O atleta Cardoso Neto, fi -lho de Lúcia Cardoso, uma das idealizadoras do Projeto,

é o responsável pela organi-zação das turmas de judô. A formação em artes marciais com aulas práticas do esporte são ministradas pelos irmãos Marcelo e Michael Barbosa. Os judocas, da mesma forma que as crianças da Revarte, entraram para o esporte atra-vés de um projeto social.

“A nossa vida no judô co-meçou em uma associação pra crianças carentes, em um bairro também muito caren-te, o Lagamar. Eu comecei com sete anos e meu irmão (Michael Barbosa) com nove. Então, crescemos nesse meio social. Quando completamos a maioridade e a faixa preta nos introduzimos nesse meio. Como? Ajudando as crianças. Éramos ajudados e agora te-mos a oportunidade de aju-dar”, conta Marcelo Barbosa.

O irmão de Marcelo relem-bra que muitos dos amigos de infância que não tiveram uma oportunidade de acolhimento social “ são, hoje em dia, usuá-rios de droga e estão cumprin-do pena em presídio”. O atleta acrescenta “se eu não tivesse participado do projeto, se o

judô não tivesse entrado na minha vida, talvez eu tivesse seguido o caminho deles. En-tão, contribuo com tudo aquilo que eu sei, para que eu possa dar uma oportunidade como a que eu tive ou até melhor”.

Disciplina, determinação e sucesso

“Não é a toa que, no Ja-pão, o judô é matéria escolar e de nível superior”, informa o atleta Michel. A disciplina en-sinada pela fi losofi a das artes marciais tem levado a cearen-se Drika, judoca cadastrada como leitora da Revart a re-presentar o Brasil no exterior. A jovem esportista já conquis-tou medalhas de prata pelo Campeonato Sul- Americano Juvenil e Júnior e o Bronze pelo Campeonato Sênior de Judô.

Mais de cem crianças são recebidas pela biblioteca Monteiro Lobato para prati-car judô e o professor Michel Barbosa garante que a modali-dade “por ser tão interessante, faz com que a criança queira viver mediante a fi losofi a do esporte”.

Esporte com arte e cidadania

Revarte investe na formação de crianças carentes, como Érica Hellen e Salomão FOTO: DIVULGAÇÃO

João Guilherme Facó

Assim como qualquer outro esporte de aventura, a essên-cia do paraquedismo atrai o jovem com muita intensidade, por se tratar de uma atividade radical e que transmite adre-nalina. A faixa etária predomi-nante está entre 25 e 45 anos de idade. Apesar da sintonia, a prática do paraquedismo é pouco difundida no Ceará, devido fundamentalmente ao alto custo requerido para praticá-lo, além de o esporte ser popularmente conhecido como perigoso.

A Federação Cearense de Pára-Quedismo (FCPQ) é um dos órgãos que promove a prática do esporte no estado. A regularidade com que os atuais 53 afi liados praticam a atividade se dá principal-mente aos fi nais de semana, dependendo da disponibilida-de de se montar uma decola-gem, o que inclui um número razoável de atletas aptos para saltar. O Aeródromo Feijó, no bairro Siqueira, é a principal área de salto em Fortaleza.

Paraquedismo busca sonho de voar FOTO: ARQUIVO PESSOAL

No interior, os municípios de Iguatu, Quixadá e Acaraú também recebem eventos de paraquedismo.

Perigoso é um estereótipo facilmente desmistifi cado por Alysson Rocha, presidente da FCPQ, que crê na segurança do esporte caso sejam segui-das todas as instruções de cartilha. “São realizados no Brasil mais de 2.500 lança-mentos por fi nal de semana, o

que totaliza 10.000 por mês. Até agosto foram efetuados 80.000 lançamentos e tive-mos apenas um acidente fatal. Ainda assim, a causa não foi por falha no equipamento. A suspeita é que o atleta teve um mal súbito”, explica.

No que diz respeito ao custo fi nanceiro, não há mito algum. Um iniciante deve desembolsar a quantia de R$ 500 para co-meçar a saltar. O valor inclui o

Voar livremente, como um pássaro. Essa é a essência que alimenta o paraquedismo, um esporte radical que busca romper os limites do ser humano

curso preparatório e o primei-ro salto. Já saltos para atletas graduados podem chegar até R$ 125. Aqueles que desejam ingressar no pára-quedismo cearense devem procurar uma escola, instrutor credenciado ou mesmo a FCPQ. O interes-sado deve ser maior de idade, caso contrário deverá trazer uma autorização dos pais.

Para muitos, o paraquedismo é um esporte radical que busca

romper o destino do ser huma-no. Destino de viver no chão. “Descrever a sensação de um salto é impossível. O mais fácil é olhar a expressão das pesso-as quando pousam. Êxtase to-tal. Comecei a saltar em 2005 simplesmente porque achava que não poderia deixar minha vida passar sem experimentar a sensação de um salto. Estou com 300 saltos e não penso em parar”, explica Rocha.

História do esporteA atividade, amplamente

praticada por necessidade mi-litar, desenvolveu-se princi-palmente na Segunda Guerra Mundial, quando os paraque-das eram utilizados no lança-mento de tropas e suprimen-tos. Desde o primeiro salto, em 1798, do francês André-Jacques Garnerin, a técnica do paraquedismo tornou-se popular, passando a ser vista como uma forma de esporte no início da década de 1950.

Charles Astor foi o pionei-ro do esporte no Brasil, intro-duzindo a prática em 1931, no Aeroclube de São Paulo. No Ceará, Adelson Julião é con-siderado como um dos res-ponsáveis pelo pioneirismo do esporte no estado, atuando na formação de alunos cearenses e fundando, em meados dos anos 80, a Federação Cearen-se de Paraquedismo.

O projeto da Organização Não Governamental Renovação dos Valores pela Arte (Revarte) é uma iniciativa com fi nalidade social, cultural e comunitária

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SOBPRESSÃO7SET / OUT DE 2009 FÔLEGO

Ideal para todas as idades

Sabe-se que, desde a pré-história, o homem já nadava, fosse para conseguir alimen-tos ou para outros momentos de necessidade. Na civilização clássica grega, já havia provas de natação em homenagem a Poseidon, deus grego dos ma-res. Na Inglaterra, tem-se no-tícia da existência de associa-ções desportivas praticando natação como esporte compe-titivo desde 1839. Já na pri-meira olimpíada da era mo-derna, o Barão de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpi-cos, fez questão de selecionar o esporte como um dos que fariam parte da competição mundial. Ao longo dos anos, a natação vem se confirman-do não apenas como um dos esportes mais praticados, mas também como um dos que mais trazem benefícios à saúde. Por essa razão, muitos médicos recomendam que be-bês, grávidas, deficientes físi-cos e idosos pratiquem o es-porte aquático.

A professora de Educação Física da Unifor e especialista em treinamento desportivo, Diane Rebouças, garante que a natação previne inúmeras doenças respiratórias. A prá-tica, ainda quando bebê, aju-da a desenvolver um sistema respiratório mais resistente a doenças e alergias. “Por a água ser um ambiente resis-tido, ou seja, que te mantém em movimentação contra uma

resistência específi ca, a nata-ção desenvolve toda a parte muscular, tonifi cando e enri-jecendo a musculatura. Para o público infantil, essa tonifi -cação melhora todo o desen-volvimento motor da criança. Andar, correr, todo esse mo-vimento é favorecido”, afi rma a professora, que diz ainda ser a natação, o esporte mais completo. Além disso, com a amortização do impacto dos movimentos físicos pela água, a probabilidade de sofrer uma lesão é praticamente nula.

Diane recomenda aos pais que queiram levar seus filhos

para praticar natação, que os levem a partir do sexto mês de vida por conta da cartela de vacinação das crianças. Com seis meses, elas estão com as vacinações básicas e já têm uma segurança maior em re-lação a aspectos externos, ou seja, começam a desenvolver uma maior resistência.

Nos adultos, Diane Re-bouças diz que os benefícios da natação para a saúde vai tanto no aspecto de condi-cionamento como no aspec-to estético. “Para o adulto, a natação ajuda na melhoria cardiovascular e cardiorres-

piratória. Isso é imprescindí-vel porque o praticante está dentro de um meio onde se precisa ter uma respiração adequada, o estímulo da res-piração é constante e faz com que o atleta desenvolva todas as suas capacidades cardior-respiratórias e isso traz so-mente benefícios ao sistema respiratório e cardíaco”, diz Diane. Ela afirma, também, que o gasto calórico da nata-ção é de aproximadamente 600 calorias por hora.

A natação, como qualquer outra atividade física, não traz apenas uma melhoria

na saúde de seus praticantes, traz um equilíbrio entre cor-po, mente e social. A ativi-dade física também ajuda na interação com o meio, socia-lização e ajuda no controle do estresse, já que, com a grande concentração exigida à hora da respiração e nos movimen-tos, faz com que o praticante alivie as tensões e esqueça um pouco dos problemas do dia a dia. Não podemos esquecer que a natação também, se praticada regularmente, me-lhora os aspectos físicos como tonificar os músculos e defi-nir a silhueta.

Natação é um dos esportes mais praticados no Brasil, perdendo apenas para o futebol, além de ser o esporte mais procurado por crianças em idade escolar FOTO: WALESKA SANTIAGO

Artigo

Desde a escolha de Fortaleza como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014, tem-se anun-ciado a lista de todos os aspec-tos positivos da realização dos jogos na terrinha. Os problemas e as difi culdades para a realiza-ção de uma Copa, no entanto, não aparecem em nenhuma lista. Passada a euforia, fi ca a preocupação com o tempo e a quantidade de mudanças que deverão ser feittos.

O campeonato mundial não fi ca apenas no jogo de futebol. Há, também, preocupações so-cioeconômicas. O plano apre-sentado por técnicos ligados à Prefeitura e ao Estado fi cou es-timado em R$ 9,2 bilhões. Valor que deve ser questionado e es-tudado, pois o valor da candida-tura do Rio de Janeiro a sede das

Olimpíadas de 2016 fi cou orça-do em 11,2 bilhões. Agora que o Rio foi escolhido, esse valor já subiu para 25 bilhões. O secretá-rio dos esportes, Ferruccio Feito-sa, já disse que tem R$ 5 bilhões garantidos. Resta esperar.

Transporte público, para que te quero?

Os turistas que vêm para a Copa não esperam ter que alu-gar carros ou tomar vários ôni-bus e vans para chegar ao desti-no desejado. Para o problema do transporte público, foi proposta uma extensão do Metrofor. Ape-sar de a construção da estação de metrô ainda estar paralisa-da, foi sugerida uma ampliação, com intuito de criar uma linha que passe nos bairros Aldeota, Cocó e Papicu.

O metrô por si só não traz so-lução mágica para o problema. O transporte também sofre com a pouca quantidade de ônibus e vans rodando. As ruas de Forta-leza, além da enorme quantida-de de buracos, são estreitas, não há muitos viadutos e a sinaliza-ção é péssima: a resposta para todos os males foi a colocação de um semáforo em cada esqui-na, ajudando a engarrafar ainda mais o trânsito.

Estádios: os elefantes brancosNão vão ser construídos novos estádios em Fortaleza. Na ver-dade, foi proposta apenas uma reforma do Castelão para que fi que de acordo com as deter-minações da FIFA. As mudanças do Castelão estão estimadas em R$ 400 milhões. Custo alto, con-

siderando que o estádio precisa apenas aumentar o número de vagas para estacionamento e ampliar a área da imprensa. O Castelão já conta com 56.000 lugares numerados e camarotes climatizados e panorâmicos.

A experiência sul-africanaProblemas podem surgir

com o sorteio das chaves para as cidades. Apesar de todas as chaves terem pelo menos um time forte, Fortaleza corre ris-co de receber seleções sem grande destaque no futebol internacional, como Egito ou Iraque. A experiência da África do Sul na Copa das Confede-rações mostrou que as cida-des contempladas com chaves inexpressivas não conseguiram lotar os estádios. Além disso, o

preço dos ingressos para os es-trangeiros foi bem mais caro do que os ingressos vendidos para os sul-africanos, o que fez com que poucas pessoas se interes-sassem em ir.

Questionamentos aparecem também quando o assunto é segurança pública. Países em desenvolvimento têm sérias limi-tações sociais. A violência não vai embora só com aumento de po-liciais nas ruas. Na África do Sul, a seleção do Egito foi assaltada.

Para que a Copa seja uma experiência inesquecível, é preciso repensar seriamente as políticas públicas imple-mentadas no Brasil. Se não houver seriedade dos nossos estadistas e comprometimen-to de todos, esse é um projeto que tende a falhar.

Gabriela Ribeiro

Copa de 2014: nem tudo são flores

A natação, além de esporte competitivo, pode ser também um remédio, pois ajuda a tratar e prevenir doenças e a desenvolver músculos Aline Veras

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SOBPRESSÃOSET / OUT DE 20098 FÔLEGO

Diversão garantida para toda a família, a pesca esportiva promete emoções que vêm atraindo um público de todos os sexos e de todas as gerações

João Bandeira Neto

“Nada se compara ao prazer de duelar com o peixe”, afirmam os amantes da pesca esporti-va. O esporte, tão pouco di-vulgado, começa a ganhar es-paço entre um público que,até poucos anos atrás, tachava a prática esportiva como um passatempo para velhos e que não oferecia emoção alguma. Isso começa a mudar, pois a atividade atende um público do mais variado estilo, entre eles, os jovens e mulheres que aos poucos estão descobrindo o prazer de pescar, aliado a uma disputa saudável onde o praticante contempla as be-lezas naturais e desfruta da emoção de uma boa pescaria. Essa modalidade esportiva está aos poucos conquistan-do mais adeptos, tornando a pesca um esporte reconheci-do mundialmente.

A pesca esportiva é uma evolução ecologicamente cor-reta da pesca amadora, uma atividade que se pratica como um esporte, sem que dela de-penda a subsistência do pes-cador. Por muitos anos, a pes-ca esportiva esteve associada à pesca profi ssional. A realidade encontrada hoje pelos novos praticantes do esporte é com-pletamente diferente. Atual-mente, há uma dissociação da modalidade com qualquer outro tipo de pesca, sendo di-ferenciada da pesca profi ssio-nal, cuja fi nalidade é a pesca para sobrevivência.

Pesque e Solte A prática da pesca esportiva

foi introduzida e difundida nos Estados Unidos por Lee Wul-ff, quando ele decidiu fazer da pesca dos fi nais de semana um esporte competitivo.

Esse esporte chegou ao Brasil em 1940, onde foi in-troduzida a prática da filoso-fia do “pesque & solte” (catch & release - pescar & libertar). O lema defendido pelos pra-ticantes da pesca esportiva é o de levar do peixe apenas a recordação da foto, devolven-do-o para seu habitat natural após pescado. Na base dessa filosofia reside uma ética es-pecífica: a solidariedade com os outros pescadores, que também terão a oportunida-de de “duelar” com os peixes que foram soltos e ao próprio

peixe. Esse trabalho de cons-cientização começa a ganhar espaço dentro das associações de pesca esportiva espalhadas por todo o Brasil.

“A prática do Pesca e Sol-te é de suma importância ambiental, pois preserva o peixe no seu melhor estado e permite uma reprodução continua”, diz Manuel Odori-co, presidente da Associação de Pescadores Esportivos do Estado do Ceará (APEECE), criada recentemente para di-fundir e fortalecer o esporte no estado do Ceará.

Além da preservação am-biental defendida por essa fi-losofia, estudos mostram que a lucratividade com o turismo esportivo é muito superior do que o simples fato de apenas pescar e vender o quilo do pei-xe. “Quando vamos praticar nossas pescarias, deixamos um lucro superior a qualquer compra de peixe na região que visitamos”, destaca Odorico. O argumento reforça um dos objetivos da criação da APE-ECE, que é o de conscientizar os pescadores amadores para utilizarem dessa prática de pescaria e se regularizarem perante a associação, tornan-do a modalidade um esporte ainda mais popular.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Pesca, exis-tem hoje cerca de 22 milhões de pescadores amadores e profissionais. A atividade das competições e viagens de pesca movimenta cerca

de três bilhões de reais por todo o país.

Saindo da rotinaA pesca esportiva é vista

por muitos como uma forma alternativa de relaxamento das atividades diárias. A prá-tica permite um contato di-reto com a natureza, propor-cionando ao esportista uma aproximação com o meio am-biente e o fazendo despertar para a sua preservação.

Segundo os praticantes, a pesca requer concentração, pois no momento em que se está pescando, o silêncio e a paciência são essenciais para a captura do peixe.

A experiência da pesca é adquirida com anos de práti-ca ao longo dos rios, açudes e mares. Os mais novos adep-tos destacam os prazeres da aventura quando se está na prática do esporte. O diverti-mento de se pescar um peixe com quase 8 kg no anzol, é considerado, por eles, como uma das sensações mais pra-zerosas que o esporte pode proporcionar. Essa sensação vem atraindo jovens de to-das as idades a iniciarem no esporte, buscando vivenciar a emoção que antes só era con-tada pelos pais e avôs.

Pesca: esporte alternativo

Pesca consciente: Manuel Odorico faz parte da geração que adota a fi losofi a do pesque e solte FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Vítor Picanço tem a pesca como esporte favorito FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Associação de Pescadores Es-portivos do Estado do Ceará (APEECE):www.apeece.com.br

Serviço

Novos públicos Com a divulgação e popula-

rização do esporte, a prática da pescaria esportiva vem atrain-do cada vez mais pessoas do sexo feminino. Até então, a pes-ca esportiva estava relacionada a homens e sem espaço para a entrada de mulheres, mas isso começa a mudar. No Ceará, es-tão regulamentadas na APEE-CE cerca de seis mulheres, que nos fi nais de semana buscam na pescaria uma forma de diver-são e relaxamento. O número de mulheres que praticam o es-porte é cada vez maior. As asso-ciações de pesca esportiva por todo o Brasil estudam fazer um campeonato nacional de pesca esportiva apenas para mulheres.

Torneios de pesca As competições geram dis-

putas até os últimos momen-tos. Os critérios de avaliação para os torneios variam por região. O mais usado é o por pesagem, onde o peixe é pe-sado vivo e o competidor tem a soma dos seus pesos acu-mulados ao longo do dia. Ao fi nal, tudo é contabilizado e o pescador que alcançar a maior quantidade de gramas acu-mulados torna-se o vencedor.

Durante a competição, uti-liza-se apenas vara de pesca, linha e anzol. Os locais da práti-ca são os mares, rios e lagos, uti-lizam-se iscas naturais ou artifi -ciais, molinetes ou carretilhas.

Saiba mais...

Caderno Fôlego - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profa. Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Eduardo Freire - Disciplina Jornalismo Especializado I - Professor Orientador: Alejandro Sepúlveda - Projeto Gráfi co: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Priscila de Almeida - Suporte técnico: Aldeci Tomás -Supervisão gráfi ca: Francisco Roberto - Impressão: Gráfi ca Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Editores Adjuntos: Aline Veras, Gabriela Ribeiro, João Bandeira Neto, João Guilherme Facó, Lardyanne Pimentel, Lauro Pimentel

Sugestões, comentários e críticas: [email protected]