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Pequenos da Zozina aprendem organização com o Beleléu pág. 6 Sala de aula é notícia Martin Pilger Folha A importância da alimentação saudável no cardápio infantil central Especial Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT. Adaptação escolar: aprendendo a conviver Alunos da Faixa Etária 2 participam de brincadeiras e descobrem a rotina da nova escola pág. 5 Ano VIII - Nº 24 - Junho de 2011 - Distribuição Gratuita Alunos da Affonso Penna desenvolvem o seu potencial pág. 4 Educação Física

Folha Martin Pilger Ed. 24

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Folha Martin Pilger, Edição Nº 24, 2011

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Page 1: Folha Martin Pilger Ed. 24

Pequenos da Zozina aprendem organização com o Beleléu pág. 6

Sala de aula é notícia

Martin PilgerFolha

A importância da alimentação saudável no cardápio infantil central

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Adaptação escolar: aprendendo a conviverAlunos da Faixa Etária 2 participam de brincadeiras e descobrem a rotina da nova escola pág. 5

Ano VIII - Nº 24 - Junho de 2011 - Distribuição Gratuita

Alunos da Affonso Penna desenvolvem o seu potencial pág. 4

Educação Física

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pág. 03 | Junho 2011

EditorialFolha Martin Pilger

Sala de aula é notícia p. 4 - 6

Confira os projetosdesenvolvidos pelos professores

Saúde p. 7

A importância de cuidar dos dentes em todas as idades

Especial p. 9 - 12

Uma discussão sobre alimentação saudável na escola e em casa

Oficinas p. 14 - 15

Alunos discutem publicidade e assistem filmes

Serviços para a comunidade p. 8

Tratamento de fonoaudiologia na Feevale

Equipe Folha Martin PilgerJunho/ 2011

Como está a alimentação de nossas crianças?

Esse foi o questionamento que nos mobilizou na orga-nização do trabalho deste ano. No Brasil, a cada dez crianças, três são obesas e a publicidade de alimen-tos não saudáveis já representa 72% dos anúncios. Pensando nisso o projeto Nosso Bairro em Pauta traz a proposta de discutir estas questões com os alunos. A alimentação saudável compõe um caderno espe-cial desta edição e também foi o tema das oficinas de Mídia e Educação ao longo do semestre, quando discutimos o papel da publicidade nas nossas escolhas alimentares.

A finalidade é que as discussões realizadas possam levar a uma leitura mais crítica das propagandas vei-culadas nos meios de comunicação e contribuir para uma mudança de atitude nos hábitos alimentares dos jovens e suas famílias. Com estas ações esperamos construir um caminho onde escola, famílias, poder público e universidade sintam-se engajados com esta questão, afinal, alimentação saudável é uma responsa-bilidade de todos.

Esta é mais uma edição de um jornal que tem como proposta transformar em notícia aquilo que acontece nas escolas públicas do bairro Vila Nova/Martin Pil-ger. Uma boa leitura para todos! Envie sua sugestão, comentário, crítica para [email protected]. Ago-ra contamos também com um site onde compartilha-mos as ações do projeto de extensão Nosso Bairro em Pauta e multiplicamos a leitura da nossa Folha Martin Pilger. Acesse: http://www.feevale.br/nossobairro.

Escolas p. 16 - 18

Momentos importantes na Zozina, Affonso e Vovô

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Na Educação Física se aprende brincando

Brincadeiras | Pequenos da Affonso Penna se divertem enquanto praticam atividades físicas

Caroline CostaAcadêmica de Jornalismo

Em dupla, os alunos brincam com o jogo do balão Foto: Jéssica Scherer

Turma na aula de Educação Física Foto: Jéssica Scherer

Sala de aula é notíciaFolha Martin Pilger

A educação Física é tão importante quanto a matemática e o Portu-guês”, afirma a pro-

fessora Jaqueline Henrich, da es-cola Affonso Penna. A educadora busca transformar os horários da educação física em momentos de descoberta, com atividades corpo-rais que desenvolvam o potencial de cada aluno.

Na escola, geralmente, os pe-ríodos mais esperados da semana são os de Educação Física, que é o momento de descontração dos alunos. Por isso, a professora Jaque-line procura sempre fazer que esse tempo se torne especial para todos, com brincadeiras e jogos diferentes, mas sempre com um objetivo. Se-gundo ela, as crianças não podem simplesmente pegar uma bola e sair jogando ou uma corda e sair pulando. As aulas trazem sempre um objetivo a ser alcançado como, por exemplo, trabalhar a sociabili-zação dos alunos, os movimentos

e desenvolver o potencial de cada um individualmente, já que uns possuem mais habilidades do que outros.

A hora da educação física per-mite as mais diversas brincadeiras e jogos. Além do futebol, o prefe-rido dos meninos, Jaqueline busca

OBJETIVO DO TRABALHO

O objetivo é que as crianças aprendam a conviver com as diferenças de cada um, respeitando os limites do colega e aprendendo a trabalhar em grupo.

desafiar seus alunos com atividades que envolvam diferentes tipos de objetos como sacos, bolas, cordas e panos. O importante é que todos participem, que ninguém fique de fora e perca a chance de descobrir o seu potencial. O objetivo é que as crianças aprendam a conviver com as diferenças de cada um, respeitando os limites do colega e aprendendo a trabalhar em grupo.

Não é somente a professora que lança os desafios para a turma. Ja-queline dá espaço para que seus alu-nos pesquisem e tragam atividades diferentes para serem trabalhadas na hora da educação física. Assim, as crianças tem a chance de dividir interesses com os colegas e faz com que tenham voz ativa, o que faz com as crianças se sintam valorizadas.

Atividades com materiais lúdi-cos como corda, bambolê, panos e sacos estimulam o desenvolvimento corporal e mental. As crianças se desenvolvem com brincadeiras em que são estimuladas a pensar e trabalhar em grupo e que exige con-centração e equilíbrio. Cada criança se desenvolve de maneira diferente e, por isso, é tão importante se des-cobrir e permitir-se ir além.

“A Educação Física é tão importante quanto a Matemática e o Português”, Professora Jaqueline Henrich

Pequenos se divertem em exercício proposto pela professora Foto: Jéssica Scherer

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Sala de aula é notícia

Os pequenos conhecem a nova escola

Caroline Costa

Acadêmica de Jornalismo

A adaptação escolar é mais ou menos como entrar na vida da criança e desar-

rumar o que estava seguro”. Com essa citação usada pela professora de educação infantil Adriana Fick, da Vovô Werno, pode-se resumir a fase da adaptação escolar. Um as-sunto que vai muito além da relação entre professores e alunos. Pais, diretores e funcionários têm papel fundamental nessa fase da vida das crianças.

A questão da adaptação escolar é tratada com muita seriedade na EMEI Vovô Werno. A professora Adriana, com estudo e pesquisa nessa área, tenta adequar essa experiência com os novos alunos. Segundo ela, o primeiro passo é o planejamento feito junto aos pais, em entrevista, antes mesmo de começar o ano letivo. O objetivo é conhecer um pouco mais sobre os hábitos dos pequenos, como a alimentação, brinquedos prediletos, hora da soneca para que aí sim eles comecem a frequentar a escola, ainda em horários reduzidos.

Na primeira semana as crianças passam uma hora por dia na escola e, com o passar do tempo, a carga horária vai aumentando. Um ponto importante indicado pela professo-ra é de que na primeira semana tudo é novidade e a criança dificilmente reclama. Já nas semanas seguintes, a criança começa a assimilar que a sua rotina está mudando, é geralmente aí que surge o problema. Outra questão apontada por Adriana é que muitas crianças estão acostumadas

a conviver sozinhas e, quando che-gam num grupo maior de crianças, encontram certa dificuldade em socializar com os colegas.

Adriana tem trabalhado a adaptação escolar de forma que seja uma extensão do aconchego familiar à escola. Por isso a con-fiança e a colaboração dos pais são fundamentais para que seus filhos tenham sucesso nessa nova fase. Os professores incentivam as crianças que demonstram mais insegurança em ficar longe dos pais a trazer objetos pessoais como símbolo de proteção, uma técnica que tem dado muito certo. Ao longo do tempo a criança vai se desapegando desses objetos, sinal de que se sente mais segura.

Começo | A adaptação escolar na EMEI Vovô Werno envolve pais, alunos, professores e funcionários

“A adaptação escolar é mais ou menos

como entrar na vida da criança e desarrumar o

que estava seguro”.

PAIS SEGUROS, CRIANÇAS SEGURAS

A insegurança não está presente somente nos pequenos. Muitos pais têm dificuldade em deixar seus filhos na escola nos primeiros dias e acabam passando essa insegurança às crianças. Com pais inseguros o caminho para o sucesso da adapta-ção fica ameaçado, já que as crianças passam a testar o pai e a mãe. Ao ceder a choros e manhas, os pais acabam tornando a adaptação ainda mais difícil. Para o bem da criança pais, filhos e escola trabalhem juntos respeitando as regras do jogo.

Se a adaptação escolar é como entrar na vida da criança e desar-rumar o que estava seguro, o jeito

então é organizar uma rotina e arrumar a vida dela novamente. Esse tipo de trabalho requer muita atenção aos sinais que as crianças dão, já que nem sempre a falta de choro significa que está tudo bem. Carinho e afeto dos professores e muito incentivo dos pais fazem a diferença nessa nova fase cheia de mistério para os pequenos.

Professora Adriana brincando na pracinha com a turma de adaptação Foto: Jéssica Scherer

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A casa do Beleléu: do livro para a Brinquedoteca

Hora do Conto | Pequenos da Zozina se encantam com a história do projeto

Mariana JohnAcadêmica de Jornalismo

Sala de aula é notíciaFolha Martin Pilger

No período entre de 2007 a 2009 , quando a EMEI Zozina Soares de Oliveira

passou por uma transição de ensino fundamental para educação infantil, a professora Luiza da Silva assumiu os projetos Hora do Conto e Brinque-doteca. Com objetivo de incentivar a prática da leitura, a professora adotou como livro de referência as histórias do Beleléu. A aceitação das

crianças foi tão grande que a Brin-quedoteca passou a ser conhecida como a “Casa do Beleléu”.

A narrativa do escritor Patrício Dugnani, descreve um simpático monstrinho, o Beleléu, que vive escondido sempre pronto para pegar os brinquedos e objetos que não foram guardados. Ao planejar o livro que iria trabalhar com os alunos, a orientadora educacional não imaginava que o impacto seria tão grande. “Teve um significado muito forte para as crianças, ensi-

nou a elas noções de organização”, comenta Luiza.

Utilizando músicas compostas na própria escola, a proposta é inte-ragir com as crianças. “Não cuidou das roupas, calçados ou brinquedos e deixou sujo ou bagunçado? O Beleléu vai pegar!” Emocionada, a professora comemora a realização do projeto: “O mais gratificante é que o livro está presente na vida de cada um. As mães chegam na escola relatando como os filhos melhoraram e estão mais organiza-dos. Elas ficam curiosas para saber da história”.

A professora, que é reconhe-é reconhe- reconhe-cida nas ruas do centro da cidade por causa da repercussão do livro, passou a ser chamada pelos alunos, pais e funcionários de “Mãe do Be-leléu”. A criação do nome, mãe do Beleléu, surgiu esse ano através de um aluno da escola. Mas não foi só professora que recebeu apelido. O espaço destinado a Hora do Conto passou a se chamar Casa do Beleléu, ganhando uma decoração diversifi-cada e especial. O Beleléu se tornou marca da Zozina.

Professora Luiza, a “Mãe do Beleléu” Foto: Leonardo Bach

Os alunos interagem com a professora Foto: Leonardo Bach

Com a repercussão da “Casa do Beleléu”, a Brinquedoteca recebeu uma decoração especial Foto: Leonardo Bach

“O mais gratificante é que o livro está presente na vida de cada um. As mães chegam na escola relatando como os filhos melhoraram e estão mais organizados.” Luiza da Silva

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Higiene bucal | A importância do cuidado com os dentes

Não deixe de sorrir

SaúdeFolha Martin Pilger

“O açúcar é o vilão da história. Qualquer alimen-to que tenha açúcar, não importa a forma desse

alimento”.Dra. Maria Elena

Os dentes têm importan-tes funções, tais como a mastigação, a estética e a fonética. Por isso,

é preciso cuidar dos dentes desde criança. Para saber alguns cuidados básicos sobre higiene bucal a Folha Martin Pilger foi até a Unidade Bá-sica de Saúde Guarani, conversar com a dentista Maria Elena Gagei-ros Soares.

De acordo com Maria Elena, é importante que desde cedo os pais criem o hábito da escovação em seus filhos, escovando seus dentes com uma escova macia e adequada a idade. “Às vezes, os pais compram uma escova de adulto achando que vai durar mais. Esse pensamento está errado, porque a boca de uma criança pequena sempre precisa de

uma escova infantil e ela deve ser trocada a cada três meses mais ou menos”, revela a dentista. Assim como os adultos, a crianças também devem usar o fio dental e escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia. O correto é escovar após as refeições e, principalmente, antes de dormir.

E por falar em refeições, os dentistas classificam os alimentos em saudáveis e cariogênicos, isso é, aqueles que causam cárie. Entre os alimentos saudáveis destacam- se as frutas, verduras, leite puro, ovos, queijos e carnes. Segundo Maria Elena, todas as fruta e verduras são benéficas aos dentes. Já os alimen-tos cariogênicos são os açúcares e os carboidratos em geral. “Dentre eles o açúcar é o vilão da história. Qualquer alimento que tenha açú-car, não importa a forma desse alimento. Os refrigerantes, um

chazinho com açúcar, a bolachinha, o chiclete...”, explica a dentista. No entanto, se for feito um controle de açúcar, não haverá problema. O correto é, no mínimo, um intervalo de três horas para voltar a consumir esse tipo de alimento, pois esse é o tempo que o dente precisa para se recuperar do ataque ácido que so-freu. Após esse intervalo a própria saliva repõe para o dente os sais minerais perdidos.

Além de cuidar a alimentação, é importante usar o flúor. Comen-tando sobre a aplicação de flúor nas escolas do município, Maria

Elena destaca que essa é uma ação excelente, já que “o flúor é o único elemento da natureza que realmen-te previne e trata a cárie”.

Está precisando de dentista? Vá à Unidade Básica de Saúde Guarani!

São oferecidos para a comuni-dade os seguintes serviços: obtura-ções, limpezas, aplicações de flúor, extrações e restaurações estéticas.

Endereço: Rua Demétrio Ribeiro, 1085- Guarani, Novo Hamburgo / RS.

Esta rEportagEm Está sEndo vEiculada nos jornais Fala KEphas E Folha martin pilgEr.

Mariana JohnAcadêmica de Jornalismo

A dentista Maria Elena Gageiros Soares

Foto: Leonardo Bach

“O flúor é o único elemento da natureza que realmente previne e trata a cárie”.

Page 8: Folha Martin Pilger Ed. 24

pág. 08 | Junho 2011

Serviços para a comunidadeFolha Martin Pilger

Clínica | Serviço de fonoaudiologia é aberto e gratuito

Feevale oferece tratamentos fonoaudiológicos

Caroline Costa Acadêmica de Jornalismo

Dificuldade de aprendiza-gem, rouquidão persis-tente há mais de duas semanas ou troca de

sons durante a fala, podem ser sinais de distúrbios de comunicação. Entra aí a importância dos pais ficarem atentos a esses sintomas, que podem prejudicar a aprendizagem e a convi-vência das crianças. As dificuldades de fala, audição e até mesmo de memória podem ser tratadas por fo-noaudiólogos, assim que detectadas e confirmadas com exames especí-ficos. Além das crianças, adultos e também idosos podem necessitar

desse tipo de tratamento.Segundo a fonoaudióloga e

professora Ana Lúcia da Costa, é comum associar a fonoaudiologia aos erros de fala. Mas ela lembra que esse tratamento também pode ser indicado em casos de dificuldade de aprendizagem, já que o problema pode estar na au-dição, concentração e até mesmo na memória.“O correto é fazer o Teste da Orelhinha, logo no pri-meiro mês de vida do bebê, para descobrir se a criança tem perda na capacidade auditiva”, aconselha a fonoaudióloga. O teste, que é oferecido gratuitamente na Univer-sidade Feevale, é rápido e indolor. “É seguro e não causa nenhum tipo de desconforto à criança”,

afirma Ana Lúcia.

Quando procurar ajuda?

Nos primeiros anos de vida é comum que as crianças falem errado. Caso a troca de sílabas ou erros de pronúncia continuar após os quatro anos de idade, é aconse-lhável consultar um fonoaudiólogo. Para iniciar um tratamento não é necessário encaminhamento mé-dico. Após uma entrevista inicial ou aplicação de testes, o fonoau-diólogo pode ter o diagnóstico do problema do paciente, seja ele oral, de escrita e/ou de memória. A duração e a frequência das ses-sões variam muito e depende de cada caso.

A procura de idosos também é bastante comum nas clínicas de fo-noaudiologia, principalmente, por problemas de memória e audição. A família deve manter atenção re-dobrada quando sintomas de falta de memória e dificuldade auditiva começam a atrapalhar a vida do idoso, pois tratamentos específicos podem amenizar essa situação. A Universidade Feevale dispõe de uma Clínica Escola de Fonoaudio-logia, com profissionais formados e também estudantes estagiários,

FIQUE DE OLHO

* Se a criança com quatro anos ou mais, tem dificuldade de pronúncia de alguma letra como, por exemplo, ao invés de dizer carro a criança diz “calo”;

* Rouquidão persistente por mais de duas semanas;

* Dificuldade na aprendizagem;

* Para idosos, fique atento se há dificuldade de ouvir ou se existe falta de memória frequente.

ATENDIMENTO À COMUNIDADE

Para receber o atendimento gratuitamente, o paciente deve preencher uma ficha que pode ser retirada na Clínica Escola de Fono-audiologia, que fica no 40 andar do prédio branco, na Universidade Feevale. Os tratamentos são feitos por estagiários em final de curso, com supervisão direta dos professores. O horário de atendimento é de segun-da à sexta das 8h15min às 12horas. Mais informações pelo telefone 3586-8800 ramal 8789.

aberta à comunidade externa. Para usar o serviço é necessário preen-cher uma ficha socioeconômica que comprove que a família não tem condições de pagar pelas consultas. Se aprovado, o paciente deve fazer exames específicos, feitos na Feeva-le mesmo, para começar o tratamen-to certo, já que a fonoaudiologia abrange diversas áreas, não somente problemas de fala.

Pacientes recebendo atendimento dos estagiários da Clínica Escola de Fonoaudiologia da Universidade Feevale Fotos: Caroline Costa e Jéssica Scherer

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Oba! É hora da comida

Não é de hoje que os pais estão preocupados com a alimentação

das nossas crianças e ado-lescentes. No entanto, com as recentes pesquisas rea-lizadas por nutricionistas (os profissionais que estudam a reação dos alimentos no nosso corpo e na nossa saúde), podemos perceber que a atual geração está se alimentando muito pior do que as gerações ante-riores. E você sabe por quê?

Os fatores são muitos. Um deles poderia ser a pressa em que vivemos hoje em dia. Estamos sempre correndo, não queremos perder tem-po, apressados com algum compromisso, e se alimentar saudavelmente dá trabalho e exige tempo. A pratici-dade de um lanche rápido – os chamados fast foods – cheios de gordura e com quase nenhum nutriente é a principal causa do crescimen-to no número de pessoas acima do peso ou obesas. Esse número também está

aumentando entre as crian-ças e isso tem preocupado os médicos. Outro fator é a intensidade da publicidade destinada a esses produtos não saudáveis, especial-mente voltada às crianças. Propagandas de lanches, doces, refrigerante, gulosei-mas, salgadinhos e bolachas estão por toda a parte, na televisão, nas revistas e nos cartazes de supermercado.

A própria embalagem desses produtos está mais viva e colorida, repleta de personagens conhecidos, cores que incitam a vontade de comer, imagens que dão água na boca... Você já se

deu conta? Isso contribui para que todos, especialmente as crianças, prefiram um produto industrializado e artificial a uma fruta, verdura, cereal ou até carne.

A equipe do jornal Folha Martin Pilger foi até as es-colas Affonso Penna, Vovô Werno e Zozina Soares de Oliveira e perguntou a alu-nos e professores como eles estão cuidando da alimenta-ção. Também entrevistamos profissionais (nutricionistas e merendeiras) para descobrir algumas soluções simples para uma alimentação mais saudável.

CONTINUA >>

Daniel Gruber Acadêmico de Jornalismo

Caderno especial: Alimentação

Page 10: Folha Martin Pilger Ed. 24

pág. 10 | Junho 2011

Comida | A hora do lanche na Vovô

Você tem fome de quê?

Caderno especial

Folha Martin Pilger

As professoras Rosely e Andreia, da Zozina, em parceria com estagiárias de

nutrição da Feevale, desenvolvem um trabalho muito interessante com os pequenos da Faixa Etária de 2 anos. As crianças acompa-nham desde cedo a importância da boa alimentação, e aprendem a gostar da comida conhecendo mais os alimentos e se envolven-do no seu preparo. Os pequenos colocaram a mão na massa e aprenderam a fazer deliciosos biscoitos de nata, que eles iriam levar depois para casa e presen-

Na Vovô Werno os lanches são servidos para diferentes

turmas entre as 8h30 e as 9h30. Mais tarde, às 10h15, eles ganham uma fruta (banana, maçã, caqui, uva, abacaxi e mamão). No lan-che eles ganham, segundo o car-dápio que vem da Prefeitura, leite com achocolatado, pão, frutas e biscoito. “Eles pedem bolinho de carne, mas a nutricionista pediu para não dar fritura a eles. Aqui eles não podem trazer lanche de

casa”, explica a merendeira da escola, Margarida Schalenberger, mais conhecida como Tia Mida. “Eu acho mais certo assim, por-que eles não passam fome e co-mem bem. Quando não tem pão eu faço bolo. Sempre tem alguma coisa para eles comerem. Antes os pais faziam festinha aqui, e traziam um monte de docinhos e salgadinhos, agora a nutricionista e a diretora cortaram as festi-nhas”, conta ela.

tear as mamães no Dia das Mães. “São crianças pequenas que ainda não conhecem muita variedade de alimentos”, explica a professo-ra Rosely da Silva Costa, “então o objetivo é mostrar na prática com elementos diferenciados”.

Para fazer a receita dos biscoi-tos, as professoras confecciona-ram um mural expondo cada um dos ingredientes. “Participando desse processo eles têm mui-to mais envolvimento com os alimentos, o tato é muito impor-tante para eles”, conta a profes-sora. Os pequenos colocaram as

Projetos | Alunos da Zozina com a mão na massa

touquinhas na cabeça e fizeram bolinhas com a massa preparada pela professora. As bolachinhas foram para o forno e ficaram deliciosas.

A professora acredita que com essa participação eles ficam muito mais próximos dos alimen-tos e se interessem muito mais em comer alimentos saudáveis. “Através de histórias contadas a eles, que chamam bastante a atenção e sempre exemplifican-do, a gente ensina eles a terem uma boa alimentação”, conta Rosely. As professoras também realizaram uma pesquisa junto aos pais, perguntando a eles o que as crianças comem em casa, o que gostam e o que não gostam.

O levantamento permi-tiu descobrir que muitas crianças se alimentavam de forma bastante dife-rente em casa e na esco-la, e também que alguns pais desconheciam as preferências alimentares dos filhos. “Notamos que na escola eles não tomam leite, mas em casa eles tomam mamadeira”, explica a professora.

Que fruta é essa?

a) Maracujá

b) Carambola

C) Banana

1.

a) Maça Verde

b) Limão

C) Kiwi

2.

a) Caqui

b) Carambola

C) Tomate

3.

a) Ameixa seca

b) Nectarina

C) Uva

4.

Tia Mida serve só o lanche recomendado

pelas nutricionistas Foto: Daniel Gruber

Professora Rosely Foto: Daniel

Gruber

Page 11: Folha Martin Pilger Ed. 24

Festa de aniversário saudável

podendo causar até mesmo into-xicação alimentar. Doces, salgados e refrigerantes fogem da proposta de trabalho da nutricionista que é oferecer às crianças uma alimenta-ção sem riscos. A partir de agora as comemorações na Vovô Werno serão feitas uma vez por mês. Os pratos comemorativos ficarão por conta das cozinheiras da escola, que prepararão os alimentos com cuidado e sem oferecer riscos à saúde dos pequenos. E o trabalho feito pela nutricionista não será mais afetado pelas refeições fora de rotina, que terá um resultado ainda mais positivo.

pág. 11 | Junho 2011

Caroline CostaAcadêmica de Jornalismo

A nutricionista Jussara Gomes de Gomes, que atende as redes munici-pais de ensino de Novo

Hamburgo, esteve na escola de Educação Infantil Vovô Werno para um bate papo com os pais e professores, falando sobre alimen-tação saudável e, principalmente, esclarecendo a questão da alimen-tação das crianças nas comemora-ções dos aniversários. No último mês foram cerca de 10 festinhas. Ou seja, por dez dias as crianças saíram totalmente da rotina ali-mentar estipulada pela escola.

Na palestra, pais e professo-res tiveram a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a pirâmide alimentar. A nutricio-nista explicou passo a passo a quantidade certa de cada grupo de alimentos e a quantidade ideal para manter uma criança saudável, além da importância dos exercí-cios físicos e do consumo diário de água. Jussara lembrou ainda que é na escola que, muitas vezes, os pequenos começam a experi-

Palestra | Nutricionista fala sobre alimentação para pais da Vovô Werno

Jussara explicou a quntidade ideal de cada alimento Foto: Caroline Costa

Caderno especial

Folha Martin Pilger

mentar coisas novas, como frutas, verduras e legumes, incentivados pelos professores e pelos próprios coleguinhas. Frituras e açúcares, segundo a nutricionista, devem ser consumidos de forma moderada.

Preocupada com a situação dos aniversários na escola, a dire-tora Almira Teixeira Pereira con-vocou a reunião com pais e a nu-tricionista para que se esclarecesse a importância da rotina alimentar na educação das crianças. Além disso, Jussara explicou o perigo da alimentação que vem de fora da escola, já que não se sabe como os alimentos foram manipulados,

“Agora na Páscoa guardei os choco-

lates para não comer tudo de uma

vez. Tento comer salada e não muito

carboidrato e caloria.”

Isadora Reck, 12 anos, 6º ano da Affonso.

“Gosto muito de doce, mas como

só de vez em quando. Adoro todo

o tipo de fruta e de salada. Doce é

só uma vez por semana.

Bárbara Decker Gonçalves, 8 anos, 3º ano da Affonso.

“Como arroz e feijão e muita

fruta, salada, e não gosto muito de

chocolate. É importante comer bem

para ficar forte.”

Luíza dos Santos, 8 anos, 2º ano da Affonso.

“Descobri que tenho alto teor de

farinha no corpo. Estou evitando

doces, salgados e pães, e tenho que

comer mais coisas integrais.”

Natari Weber, 13 anos, 6º ano da Affonso.

Que fruta é essa?

RESPOSTAS:1) b2) c

3) a4) c5) c

6) b7) b8) c

a) Morango

b) Framboesa

C) Amora

5.

a) Açaí

b) Jabuticaba

C) Uva

6.

a) Maça

b) Romã

C) Ameixa

7.

a) Mamão

b) Laranja

C) Tomate

8.

O que estamos comendo?

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pág. 13 | Junho 2011

Caderno especial

Folha Martin Pilger

adolescentes. “A alimentação está inadequada desde muito cedo, isso é o que preocupa”, explica a pro-fessora Cláudia. A formação do corpo acontece de forma muito intensa até os 7 anos e é preciso muita atenção nessa fase para garantir uma educação alimentar correta para a criança.

De olho na alimentação

E você sabe quais os proble-mas que isso causa à sua saúde? A obesidade infantil, além de trazer problemas à imagem e à convivência da criança (a maio-ria dos gordinhos são vítimas de brincadeiras nas escolas), pode trazer consequências à saúde na idade adulta, como problemas no coração, pressão arterial, excesso de colesterol entre outros. Além disso, os jovens de hoje estão mais sedentários. Quando eles ficam horas sentados na frente da TV ou do computador, estão acu-mulando caloria sem ter gasto de energia, e isso vai fazer com que fiquem gordinhos. Para evitar essa situação, além de ingerir menos produtos artificiais, é preciso fazer mais exercícios físicos.

Segundo a professora Cláudia, nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 30% de todas as crianças estão acima do peso. Ou seja, uma a cada três crianças está gordinha. Os pacotes de batatinha frita são enormes por lá, e as redes de lan-chonetes fast-food estão por toda a parte. E isso está acontecendo no mundo inteiro. O resultado é que o número de casos de obesidade infantil triplicou em adolescentes e quadriplicou em crianças no mundo inteiro. Por isso, família e escola devem ficar atentas aos salgadinhos, doces, refrigerantes e produtos industrializados. É preci-so cuidar desde cedo da alimenta-ção, pois no futuro você se sentirá aliviado de ter tido essa atenção.

Daniel GruberAcadêmico de Jornalismo

Antigamente, quando a criança comia bastante, a vovó vinha apertar as bochechas e dizer

“ele está tão corado”. As nossas avós só ficavam satisfeitas quando estávamos bem cheinhos.

Mas hoje a gente sabe que comer bastante não é o mesmo que comer bem, e a criança não precisa ser magrinha para estar anêmica. “Ela pode até ser obesa e mesmo assim estar com ane-mia”, explica a nutricionista Cláu-dia Denicol Winter, professora do curso de Nutrição da Feevale. Isso acontece porque a criança hoje em dia ingere muita caloria e poucos nutrientes, levando à falta de ferro no organismo.

A diferença dos dias de hoje para a época da nossa avó é que agora os alimentos industriali-zados e artificiais estão entran-do muito cedo no cardápio. A nutricionista ressalta o caso dos alimentos que engordam, mas que não trazem nenhum nutriente. Isso existe muito nos condimen-tos que as crianças gostam de colocar no sanduíche: maionese, ketchup, mostarda. A criança está ingerindo comida, enchendo o es-tômago, agregando gordura, ener-gia e calorias ao corpo, porém,

Cláudia Denicol Foto: Daniel Gruber

nenhum nutriente. Esses produtos estão repletos de corante e tudo isso faz muito mal ao organismo da criança em formação.

As pesquisas referentes à comercialização de alimentos e de publicidade voltada ao público in-fantil mostram que a maioria dos produtos industrializados dobrou o tamanho das suas porções (os pacotes, os vidros e as latas estão maiores e com mais conservantes) e o marketing voltado às crianças se tornou muito mais intenso. Isso quer dizer que as marcas se tor-naram muito mais conhecidas dos pequenos e estão seduzindo ainda mais com seus corantes e sabores artificiais. Por isso os nutricionis-tas estão tão preocupados com o que comem as nossas crianças e

Tá na hora de cuidarSaúde | Os nutricionistas estão preocupados com o que comem as nossas crianças e adolescentes

ALGUNS DADOS SOBRE OBESIDADE

* A incidência triplicou entre adolescentes de 5% para 17% no mundo inteiro; quadruplicou de 4% para 19% na faixa dos 6 a 11 anos; e dobrou de 5% para 14% na faixa entre 2 a 5 anos.

* Nos EUA, em torno de 30% das crianças estão com obesidade, e entre bebês de 6 meses a 2 anos a obesidade é de cerca de 12%.

* As causas não são somente ambientais ou genéticas, mas é verdade que os fatores ambientais comprometem mais que os genéticos. As brincadeiras (gastos de ener-

gia da criança) são reduzidas. A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças não assistam mais do que 2 horas por dia de TV.

* As porções comerciais de alimentos dobraram de tamanho nos últimos anos e o marketing é muito forte para atingir as crianças.

* A obesidade aos 3 anos não parece determinar obesidade no adulto, mas se a criança é obesa aos 6 anos, ela tem 50% de chance de se tornar um adulto obeso. Na adolescência essa chance sobe para 70% a 80 %.

DICAS DA NUTRICIONISTA

Refeições acompanhadas: os pais devem participar das refeições dos filhos e saber o que eles comem, evitando os alimentos que fujam da uma dieta saudável.

Definir horários: os pais devem estipular horários fixos para as crianças comerem. Isso evita que eles tenham uma alimentação irregular.

Tomar leite puro: na fase escolar, a criança deve tomar pelo menos meio litro por dia. O leite é rico em cálcio, evitando que a cri-ança fique com os ossos frágeis.

Comer fruta: é importante, pelo menos duas por dia. Elas possuem as vitaminas necessárias para a criança crescer saudável. Comer fruta desde cedo ajuda ela a ter uma boa educação alimentar.

Coma carne: pelo menos 80 gramas por dia. A carne é o alimento mais rico em ferro, indispensável para o crescimento da criança.

Coma vegetais: entre 3 e 5 porções por dia. Cru ou cozidos, de preferência bem variados.

Ponha hora no açúcar: doces, guloseimas, gorduras e produtos industrializados podem ser muito saborosos, mas não são nada nutritivos. Estipule horários para a criança comer doce. O ideal seria que ela não comesse mais do que uma vez por semana.

Muito arroz e feijão: a refeição típica dos brasileiros ainda é a mais indispensável às crianças. É barata, simples e nutritiva, rica nas vitaminas necessárias ao crescimento. De preferência, coma todos os dias.

Aproveite as folhas: não coloque os talos e as folhas dos vegetais fora. A folha da beter-raba e da cenoura, por exemplo, são ricas em ferro. Corte bem e tempere a comida com elas.

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Consumo infantil. Este foi o tema escolhido para ser trabalhado nas oficinas de Mídia

e Educação, realizadas com os alunos do 5º ano da Escola Mu-nicipal de Ensino Fundamental Affonso Penna. As atividades este ano tem como foco a alimentação.As oficinas iniciaram com uma motivação, feita por meio de vídeos mostrados aos alunos com comerciais de alimentos muito co-nhecidos. A partir dessa mostra os alunos começaram a fazer alguns questionamentos sobre a alimen-tação saudável. Por que existem tantos comerciais de alimentos industrializados? Por que quase não se vê publicidade de alimen-tos naturais?O próximo passo das oficinas foi a criação de mini-comerciais para tentar vender um alimento saudá-vel, onde foi feita uma preparação para os próximos desafios. As oficinas fazem parte do Proje-to Nosso Bairro em Pauta da Feevale e estão integradas com as aulas de Artes, da Professora Eliana. O trabalho continuará no segundo semestre quando os alunos cons-truirão uma campanha publicitária de conscientização sobre a impor-tância da alimentação saudável.

Jovens discutem publicidade e alimentação nas oficinasJéssica SchererAcadêmica de Jornalismo

Os grupos também confeccio-naram pastas para guardar os

materiais das oficinas. As capas foram montadas pelos alunos,

com figuras de todos os tipos de alimentos e revelaram o que a

criançada gosta de comer.

“O que gosto nas ofici-nas é que aprendemos mais sobre a alimen-tação saudável e com isso melhoramos a saúde”

Eduarda Groehs, 6ºB

“Gosto das aulas pois abordam assuntos im-portantes para uma vida saudável e tam-bém aprendemos a ver as propagandas de uma forma diferente.”

Elen Antunes, 6ºB

Consumo | Alimentação saudável é o foco das oficinas

Folha Martin Pilger

Alunos durante a confecção dos anúncios Fotos: Jéssica Scherer

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Oficinas

Os pequenos assitem filmes na Feevale

Os alunos assistem aos filmes no Auditório do Prédio Azul Fotos: Leonardo Bach

Com objetivo de incentivar a imaginação, valorização da família, responsabi-

lidade e cooperação, os filmes Pingu, Charlie e Lola e Cócóricó foram exibidos

aos alunos durante as primeiras oficinas. A partir destas vivências foram feitos

os trabalhos abaixo. Com técnicas de desenho, pintura, colagem e modelagem

de massinha e argila.

O cinema como ferra-menta para auxiliar a educação. Este é o tema das oficinas

que os alunos das Escolas Zozina Soares de Oliveira, Affonso Penna e Vovô Werno estão participando desde o início do ano. Os encon-tros acontecem nas sexta-feiras quinzenalmente na Feevale. O trabalho é realizado em parce-ria com o professor regente da turma. Após o filme, na sala de aula, os alunos realizam ativida-des voltadas ao tema principal daquela semana. Estes trabalhos são fotografados e projetados no telão na próxima sessão. Além das três escolas do bairro Vila Nova, também participam alunos de três escolas do bairro São José. Cerca de 200 alunos da Educação Infan-til e 1º ano estão participando. A equipe do projeto Nosso Bairro em Pauta selecionou filmes infantis que tenham uma proposta interes-sante e diferenciada. “Buscamos

filmes que não tenham a lógica da princesinha ou cenas de violência. A ideia é incentivar o consumo de filmes que tenham uma narrativa que promova valores éticos”, co-menta a professora Saraí Schmidt.Neste semestre os filmes foram organizados em três blocos: pro-dução nacional; séries que veicu-lam na TV; filmes de natureza. Os acadêmicos participam de todas as etapas do tra.balho. Leonardo Bach, acadêmico de Publicidade considera que as oficinas são uma oportunidade para aproximar as crianças da rede pública da beleza da sétima arte: “É muito grati-ficante ver o encantamento das crianças durante a projeção e o or-gulho deles quando apresentamos o trabalho que eles produziram a partir de cada filme”, comenta o jovem.

Neste semestre os filmes foram organizados em três blocos: produção nacional, séries que veiculam na TV, filmes de natureza.

Mídia e Educação | O cinema como ferramenta para a educação

Jéssica SchererAcadêmica de Jornalismo

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Acontece na Affonso

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Danças durante o recreio divertem a galera

Mariana JohnAcadêmica de Jornalismo

“Eu sempre gostei de dançar. Sempre que tem uma oportunidade nós dançamos.”Gabriela Vargas

“Eu gosto de dançar e ouvir hip-hop. Eu aprendi sozinho.”Giovani Moraes da Silva de Lima

Folha Martin Pilger

Com a iniciativa das professoras Joice Lamb e Luciane Keller, o blog “Affonso Penna com a palavra” está na rede desde

o início março e tem como objetivo fazer os alu-nos escreverem com mais liberdade, expor suas ideias e a explorar as ferramentas da internet. O projeto é trabalhado com os alunos do 6º ano e incentiva cada estudante a ter o seu próprio blog.

Para conhecer o projeto acesse:

www.affonsopenacomapalavra.blogspot.com.

Jogar futebol, brincar com bonecas e pega- pega, con-tinuam divertindo os alunos da Affonso Pena. Mas outra

atividade vem ganhando espaço nos recreios da escola. São danças in-ventadas e praticadas pelos alunos, que estão transformando o inter-valo em uma festa. A ideia ganhou força com o festa de aniversário da escola, quando as danças no recreio serviram como complemento de

Alunos do 6º ano criam blogs

ensaio para a apresentação come-morativa aos 49 anos do colégio.

Além de tornar o recreio mais di-vertido, as danças estão ajudando os alunos também na sala aula. As estudantes Andressa Strassburger e Bruna Prestes consideram a ativida-de importante para a aprendizagem. “Eu estou aprendendo melhor e a dança ajudou a diminuir a minha timidez”, revela Bruna.

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Pequenos da Vovô

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SaúdeFolha Martin Pilger

A história “Menina bonita do laço de fita” foi a sele-cionada para a Hora do Conto em comemoração aos 15 anos da EMEI Vovô Werno. Com o objetivo de trabalhar a diversidade cultural, a professora

Sabrina Vanessa Carvalho Soares, contou a história usando desenhos e canções. “Escolhi esse livro para trabalhar as diferentes etnias com as crianças, ensiná-los a conviver com as diferenças”, comentou a professora.

No dia 14 de maio, começaram as obras do novo pátio na Vovô Werno. O espaço contará com hortas e um canteiro de flores, que está sendo

construído com a ajuda dos agentes ambientais da escola, pais, alunos e a comunidade em geral.

Hora do Conto especial

Todos escutam atentos a história da “Menina bonita do laço de fita ” Foto: Jéssica Scherer

Aconteceu!

Mariana JohnAcadêmica de Jornalismo

DICAS DA GALERA

“Eu gosto desse livro porque agora eu estou interessada em saber sobre as letras e o alfabeto.”Maria Eduarda Menegaz

“Eu gosto do livro, porque a professora já leu e nós fizemos uma festa do pijama aqui na escola. Os animais são bem legais de pijama”. Tifany Cornely

Os criadores dos desenhos acima são os alunos Guinervine Pereira Poltronieri e Leonardo Antonio Müller.

A professora Sabrina contando a história aos pequenos da Vovô Foto: Jéssica

Scherer

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Momentos da Zozina

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Mariana JohnAcadêmica de Jornalismo

O criador da máscara do Sr. Coelho é o aluno Gabriel Eduardo da turma FE5.

A releitura dos meios de transporte foi feita pelo Samuel da turma FE4.

O último desenho é da aluna Angélica da turma FE4.

Folha Martin Pilger

Dia da Família

Preparar receitas, brincar de mercado, montar uma hor-ta, participar de um buffet de sanduíches e criar car-

tazes foram algumas das atividades realizadas com os alunos da faixa etária de 2 anos durante o projeto “Comer comer é o melhor para poder crescer”. O projeto teve duração de três semanas e foi coordenado pelas pro-fessoras Andreia Pedroso da Silva e Rosely Valeria da Silva. “Trabalhamos não só a importância dos alimentos, tra-balhamos a questão pedagógica, os há-bitos de higiene e o corpo. Além de ensi-nar e desenvolver auto-nomia e responsabilidade”, comenta a professora Andreia.

Normalmente, os alunos já faziam suas refeições na escola. “São quatro refeições e ocasio-nalmente eles também levam uma fruta para casa”, declara Andreia. Com o cardápio organizado pela nutricionista da prefeitura, a ali-mentação é saudável e preparada no próprio colégio. “Arroz parabo-lizado, verduras, frutas... o cardápio é bem variado”, conta a merendeira Marcia de Freitas.

Sábado, dia 16 de abril, a EMEI Zozina Soares de Oliveira ofereceu serviços e atividades para a comunidade. Com a participação da

dentista Maria Elena Gageiros Soares, os pais participaram de uma palestra sobre higiene bucal. “Realizamos pesquisas com os pais sobre os assuntos que eles gostariam de saber e esse foi o escolhido”, comenta a professora Raquel Kuplich.

O evento, que aconteceu pela terceira vez na escola, tem o objetivo de aproximar a família do colégio e mostrar aos pais como funciona a escovação e a aplicação de flúor nos dentes das crianças.

Cardápiodivertido

Pequenos da Zozina durante o almoço Foto: Mariana John

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Texto: Joice Lamb Professora da EMEF Pres. Affonso Penna

Ilustração: Karin Stapff

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No ano passado, meu filho que estuda na Vovô chegou em casa me falando do pirata, do tesouro, da mensagem escrita com tínta

invisível que só a profe conseguia ler. Nossa, que alegria! E o que era o tesouro? Comidas saudáveis. Isso mesmo, meu filho comeu alface, tomate, milho, pão integral, e sei lá quantas coisas mais...um sanduiche perfeito. Fiquei pensando o quanto se pode conseguir colocando um pouco de fantasia na vida.

Todos sabemos que comer alimentos saudáveis é importante, mas o difícil, parece, é encontrar alimentos saudáveis. Ainda mais a gente, que “se vira nos trinta” quase nem tem tempo de procurar bem. As vezes, eu me pergunto se as frutas e verduras que com-pramos no mercado são saudáveis, porque falam tanto em transgênicos, agrotóxicos e hormônios. Você sabe o que são transgênic-os? Eu também não sei direito, mas,na dúvida, prefiro não comer. Viu?! Quanto trabalho dá alimentar uma família?

Eu admiro quem consegue fazer uma horta em qualquer pedaço de terrinha que tem, até dentro de casa mesmo tem gente que planta temperos, chás... Minha única tentativa de fazer um canteiro não resistiu as formigas. Eu tive receio de usar veneno contra as formigas e elas continuam lá enchendo o formigueiro de comida, enquanto, eu, cigarra moderna, que mais fala do que faz, continuo lutando entre palavras difíceis das embalagens de comida.

Tente ler uma embalagem qualquer para ver quanta coisa esquisita está na comida

que a gente come. Tem conservantes, humectantes, acidulantes, espessantes e outros nomes muito mais feios que estes. Outro dia li açúcar invertido. Meu filho disse que era sal. Também não sei o que é, mas não deve ser sal, porque sal é sódio. Ou não é!? E aqueles produtos que são vitaminados? Você acredita?

Além disso, temos as preferências dos pequenos. Um não come feijão, outro não come brócoli, um não quer purê de batata, outro não come batata em pedaços, um gosta de cenoura,outro só come pepino. Você cozinha cinco panelas e a criança aparece com uma coisa só no prato...

Para isso não tenho nenhuma receita. Vou enfeitando daqui, obrig-ando dali, oferecendo com molho, picando bem pequeno, escondendo embaixo do bife, esbravejando um pouquinho, assando em vez de fritar, fazendo aviãozinho, prometendo so-bremesa … Mil malabarismos...

Outro dia vi um comercial de televisão em que uma mão dizia o quanto era difícil da comida saudável para o seu filho. Ela insistia e ele não gostava, ele estava se afastando. Até a mesa foi aumentando e eles foram ficando longe um do outro. A solução? Um complemento alimentar industrializado,ou seja, a gente não precisa mais ensinar a comer bem, basta dar um remédio e todos ficam felizes.

Não gostei dessa ideia. Prefiro a minha luta diária, muitas vezes sem sucesso, mas autêntica, do que resolver a vida com remedinhos... O que estamos ensinando mesmo?

Ah! Aí vem mesmo a resposta. Nosso dever é ensinar. Não dá para deixar pra lá e querer que a escola, ou a vida, dê conta de tudo. Vamos lá trocar receitas, aprender novos truques de embelezar o prato e, esperar que o pirata apareça de novo para continuar a distribuir o seu tesouro.

Ei! Alguém tem o telefone deste pirata?

Onde está o pirata?