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1º Assessoria Setor de Fonoaudiologia Março 2015 Unidade Gutierrez e Buritis De Berçário ao Fundamental Tema: Cuidar de mim para cuidar do outro: Cuidados vocais, auditivos e ambientais. Prezadas Professoras, Como tema da 1º assessoria, vamos conscientizar sobre os cuidados que devemos ter com a nossa voz, postura vocal, postura auditiva e consequentemente com o cuidado que devemos ter com o ambiente que trabalhamos. Lembrem-se, cuidar de mim para cuidar do outro! Aqui na escola, cuidamos do outro o tempo todo, logo, temos que iniciar esse cuidado cuidando da gente! Os cuidados com a voz são os primeiros que vocês, profissionais da voz, devem saber e ter todos os dias. Começamos a falar sobre os alimentos que “prejudicam” a voz (atrapalham a produção vocal): antes de usá-la de forma constante, ou seja, antes de trabalhar, devemos evitar alimentos que sejam derivados de leite. Por quê? Esses alimentos ajudam a deixar a saliva mais espessa (mais grossa), aumentando o esforço vocal. O ideal é, antes de iniciar a jornada de trabalho, alimentar-se com comidas leves, um café da manhã com sucos e frutas (maçã: ela tem função adstringente), evitar chocolates e cafés são importantes. O café é um alimento quente e estimulante, podendo propiciar abusos vocais. Receitas caseiras para melhorar a rouquidão valem, só e somente só, se for feita em casa, antes de dormir!!! Comer bala de gengibre, mel, própolis entre outros, dão uma sensação de alivio na voz (e dão mesmo!), porém, agem como anestésicos, logo, você vai machucar ainda mais suas pregas vocais (PPVV) uma vez que não perceberá o abuso, tornando-se, com o tempo de uso, mau uso, lesando as ppvv. A água, fonte de vida, não pode ser deixada para trás, além de auxiliar na hidratação corporal, ela ajuda a deixar a saliva mais liquefeita, diminui o muco, deixando a produção vocal com menos esforço, hidratando a mucosa oral. Pigarros não são bem vindos. Sempre que sentir a necessidade de pigarrear, beba água. O pigarro é sinal de muco na região de ppvv. Roupas adequadas também favorecem a fala/voz. Roupas apertadas na região da cintura ou pescoço aumentam o esforço para falar, bem como diminui a expansão da caixa torácica (lembrem que ela protege o pulmão, fonte de ar que faz vibrar pregas vocais, que produz a voz!!), atrapalhando na coordenação pneumofônico-articulatória (coordenação respiração, fala, articulação). O aquecimento vocal ajuda, e muito, a preparar a voz para um dia intenso de trabalho: devemos fazer vibrações de língua e/ou lábio durante uns dez segundos, de três a quatro vezes, antes de trabalhar: esse é o aquecimento muscular que a voz precisa! Desaquecer também é importante, ao chegar em casa, faça o mesmo exercício e fique uns quinze minutos em silêncio. As atividades extra-curriculares também podem prejudicar a voz. Se gosta de praticar algum esporte, evite falar no momento de maior esforço, se gosta de cantar, faça no seu tom, sem gritar. Nem precisa falar sobre usar sua voz com respeito: não gritar, não falar acima do seu tom habitual e evitar locais com competição sonora, são itens primordiais para professoras. Em relação à audição (ou a falta dela), que caminha junto com abusos e/ou mau uso vocal, vale a pena ressaltar que, quanto mais alto falamos, mais desgastamos a nossa audição, que, ao contrário da voz, que na maioria das vezes, quando lesada pode melhorar, isso não acontece com a audição. Uma vez lesada, perde-se aos poucos a capacidade auditiva. Por isso é tão importante termos uma sala de aula com um nível vocal (e de ruído) controlado, porque se você, professora, grita com seus alunos, não prejudica só a você, mas, ao grupo também. O excesso de barulho (aqui entra abuso vocal, barulho dos alunos e de brinquedos) em ambientes fechados ou abertos, aumenta o estresse, a agitação, o cansaço e favorece a falta de atenção. Como lideres que somos temos que nos atentar aos detalhes ao nosso redor: se falarmos alto prejudicamos a nós e ao ambiente, agitamos as crianças, desfavorecendo o ambiente escolar, que deve ser propício para aprendizagem, concentração e crescimento. Temos que acabar com esse mito de que criança tem que gritar. A criança, por fisiologia, já tem uma voz mais aguda (fina) e cabe à professora controlar quando essa característica se junta com o abuso (gritar) vocal. A harmonia do ambiente de trabalho depende de você. Quanto mais harmonioso, tranquilo é o ambiente de ensino, melhor será o retorno que você vai receber dos seus alunos, melhor será o rendimento e você sairá menos cansada do seu trabalho. Sugira, dentro dos combinados

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1º Assessoria Setor de Fonoaudiologia Março 2015

Unidade Gutierrez e Buritis De Berçário ao Fundamental

Tema: Cuidar de mim para cuidar do outro: Cuidados vocais, auditivos e ambientais.

Prezadas Professoras, Como tema da 1º assessoria, vamos conscientizar sobre os cuidados que devemos ter com a nossa voz, postura vocal, postura auditiva e consequentemente com o cuidado que devemos ter com o ambiente que trabalhamos. Lembrem-se, cuidar de mim para cuidar do outro! Aqui na escola, cuidamos do outro o tempo todo, logo, temos que iniciar esse cuidado cuidando da gente! Os cuidados com a voz são os primeiros que vocês, profissionais da voz, devem saber e ter todos os dias. Começamos a falar sobre os alimentos que “prejudicam” a voz (atrapalham a produção vocal): antes de usá-la de forma constante, ou seja, antes de trabalhar, devemos evitar alimentos que sejam derivados de leite. Por quê? Esses alimentos ajudam a deixar a saliva mais espessa (mais grossa), aumentando o esforço vocal. O ideal é, antes de iniciar a jornada de trabalho, alimentar-se com comidas leves, um café da manhã com sucos e frutas (maçã: ela tem função adstringente), evitar chocolates e cafés são importantes. O café é um alimento quente e estimulante, podendo propiciar abusos vocais. Receitas caseiras para melhorar a rouquidão valem, só e somente só, se for feita em casa, antes de dormir!!! Comer bala de gengibre, mel, própolis entre outros, dão uma sensação de alivio na voz (e dão mesmo!), porém, agem como anestésicos, logo, você vai machucar ainda mais suas pregas vocais (PPVV) uma vez que não perceberá o abuso, tornando-se, com o tempo de uso, mau uso, lesando as ppvv. A água, fonte de vida, não pode ser deixada para trás, além de auxiliar na hidratação corporal, ela ajuda a deixar a saliva mais liquefeita, diminui o muco, deixando a produção vocal com menos esforço, hidratando a mucosa oral. Pigarros não são bem vindos. Sempre que sentir a necessidade de pigarrear, beba água. O pigarro é sinal de muco na região de ppvv. Roupas adequadas também favorecem a fala/voz. Roupas apertadas na região da cintura ou pescoço aumentam o esforço para falar, bem como diminui a expansão da caixa torácica (lembrem que ela protege o pulmão, fonte de ar que faz vibrar pregas vocais, que produz a voz!!), atrapalhando na coordenação pneumofônico-articulatória (coordenação respiração, fala, articulação). O aquecimento vocal ajuda, e muito, a preparar a voz para um dia intenso de trabalho: devemos fazer vibrações de língua e/ou lábio durante uns dez segundos, de três a quatro vezes, antes de trabalhar: esse é o aquecimento muscular que a voz precisa! Desaquecer também é importante, ao chegar em casa, faça o mesmo exercício e fique uns quinze minutos em silêncio. As atividades extra-curriculares também podem prejudicar a voz. Se gosta de praticar algum esporte, evite falar no momento de maior esforço, se gosta de cantar, faça no seu tom, sem gritar. Nem precisa falar sobre usar sua voz com respeito: não gritar, não falar acima do seu tom habitual e evitar locais com competição sonora, são itens primordiais para professoras. Em relação à audição (ou a falta dela), que caminha junto com abusos e/ou mau uso vocal, vale a pena ressaltar que, quanto mais alto falamos, mais desgastamos a nossa audição, que, ao contrário da voz, que na maioria das vezes, quando lesada pode melhorar, isso não acontece com a audição. Uma vez lesada, perde-se aos poucos a capacidade auditiva. Por isso é tão importante termos uma sala de aula com um nível vocal (e de ruído) controlado, porque se você, professora, grita com seus alunos, não prejudica só a você, mas, ao grupo também. O excesso de barulho (aqui entra abuso vocal, barulho dos alunos e de brinquedos) em ambientes fechados ou abertos, aumenta o estresse, a agitação, o cansaço e favorece a falta de atenção. Como lideres que somos temos que nos atentar aos detalhes ao nosso redor: se falarmos alto prejudicamos a nós e ao ambiente, agitamos as crianças, desfavorecendo o ambiente escolar, que deve ser propício para aprendizagem, concentração e crescimento. Temos que acabar com esse mito de que criança tem que gritar. A criança, por fisiologia, já tem uma voz mais aguda (fina) e cabe à professora controlar quando essa característica se junta com o abuso (gritar) vocal. A harmonia do ambiente de trabalho depende de você. Quanto mais harmonioso, tranquilo é o ambiente de ensino, melhor será o retorno que você vai receber dos seus alunos, melhor será o rendimento e você sairá menos cansada do seu trabalho. Sugira, dentro dos combinados

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de turma, um combinado no qual as crianças e você devem respeitar o momento de fala do outro, os momentos de atividade, os momentos de atenção. Crie um código, gesto ou mascote que será associado ao silêncio. Sempre que necessário esse combinado entrará em ação. Não faça barulho para pedir silêncio. Ao sentir a sala muito agitada, proponha um relaxamento corporal, perceba se o ambiente está bagunçado (a desorganização agita as crianças), organize-se, volte ao equilíbrio! Conte com o setor de Fonoaudiologia para orientar sobre isso!

Texto elaborado por: Patrícia Alves

Fonoaudióloga – CRFa 6-6575