Formação da imagem radiológica

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Formao da imagem radiolgica

Na realizao de um exame radiolgico, a partir da interao dos raios X com a matria, a ltima etapa da cadeia de obteno de uma imagem radiogrfica o registro da imagem da anatomia de interesse sobre um elemento sensvel a radiao. O elemento sensor, que ser o filme radiogrfico, est posicionado atrs do paciente, dentro de um acessrio chamado chassi, que colocado em uma gaveta (porta-chassi), sob a mesa de exames. Para alguns tipos de exames, o chassi pode ser posicionado em suportes verticais acoplados ao Bucky vertical (grade antidifusora) , ou ainda sob pacientes radiografados em leitos.

O filme radiogrfico pouco sensvel radiao X, pois somente 5% dos ftons incidentes so absorvidos e contribuem para a formao da imagem, sendo necessrio a utilizao de um outro material para detectar e registrar a imagem formada pela radiao ao atravessar o paciente. Os melhores elementos de interao com a radiao so os fsforos (convertem ondas eletromagnticas em luz). Porm os fsforos no tem capacidade de registrar a imagem por um longo perodo. Um acessrio chamado tela intensificadora (cran), composta de uma lmina plstica recoberta com fsforo, colocada na frente do filme para converter a radiao X em luz. Assim, o filme construdo para ser sensvel luz, e no radiao. Por esse motivo, o filme deve ser protegido da luz para que no vele durante o manuseio, antes ou aps o exame radiogrfico.

Imagem radiolgica primria (contraste virtual)

O corpo humano apresenta ndices de absoro de radiao bastante diferenciados. Sabemos, por exemplo, que para que os ossos sejam penetrados por raios X, estes precisam ser de maior energia do que para a penetrao de tecidos moles. Aps a interao da radiao com as diferentes estruturas do corpo, emerge destas uma radiao cuja a distribuio diferente daquela que penetrou no corpo, devido ao fato de, no trajeto, haver transposto estruturas de caractersticas diferenciadas. A essa nova distribuio de energias que compem o feixe, d-se o nome de contraste virtual.

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A quantidade de contraste virtual produzida determinada pelas caractersticas do contraste fsico do objeto (nmero atmico, densidade e espessura) e tambm pelas caractersticas de penetrao (espectro de energia dos ftons) do feixe de raios X. O contraste e reduzido conforme aumenta a penetrao dos raios X atravs do objeto.

Imagem latente

Quando o feixe de radiao emerge do paciente e interage com os elementos sensveis presentes no filme ocorre um fenmeno fsico que faz a estrutura fsica dos microcristais de haletos de prata do filme radiogrfico ser modificada, formando o que se conhece como Imagem Latente. A visualizao somente ser possvel pelo processo de revelao, que far com que aqueles microcristais que foram sensibilizados sofram uma reduo de maneira a se transformarem em prata metlica enegrecida. importante lembrar que a imagem j esta formada, porm no pode ser visualizada, por isso deve-se ter cuidado na sua manipulao.

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Apenas quando a prata for enegrecida, suspensa na gelatina, a imagem ser visvel na radiografia e supe-se que conter as informaes acerca das estruturas irradiadas.

Fatores influentes na imagem

Pode-se avaliar a imagem radiogrfica a partir de cinco fatores:

Densidade ptica Contraste

Detalhe Distoro Efeito Andico

- Densidade

Densidade ptica pode ser descrita como o grau de enegrecimento da radiografia processada. Quanto maior o grau de enegrecimento, menor a quantidade de luz que atravessar a radiografia quando colocada na frente de um negatoscpio ou de um foco de luz.

O fator primrio de controle da densidade o mAs, que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X durante uma exposio. Assim, a duplicao do mAs duplicar a quantidade de raios X emitida e a densidade.

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O ajuste de corrente (mAs) deve ser alterado em no mnimo 30 a 35 % para que haja uma modificao notvel na densidade radiogrfica. Portanto, se uma radiografia for subexposta o suficiente para ser inaceitvel, um aumento neste percentual produziria uma alterao notvel, mas geralmente no seria suficiente para corrigir a radiografia. Uma boa regra geral sugere que geralmente uma alterao mnima de 50% do mAs necessrio para corrigir uma radiografia subexposta.

As caractersticas do receptor de imagem, filme/cran, tem grande imfluncia na densidade ptica que ser obtida como busca demonstrar o esquema abaixo.

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- Contraste

O contraste radiogrfico definido como a diferena de densidade em reas adjacentes de uma radiografia ou outro receptor de imagem. Tambm pode ser definido como a variao na densidade. Quanto maior esta variao, maior o contraste. Quanto menor esta variao ou menor a diferena de densidade de reas adjacentes, menor o contraste.

O objetivo ou funo do contraste tornar mais visvel os detalhes anatmicos de uma radiografia. Portanto, o contraste radiogrfico timo importante, sendo essencial uma compreenso do contraste na avaliao da qualidade. Um contraste menor significa escala de cinza mais longa, menor diferena entre densidades adjacentes.

O fator de controle primrio para contraste a alta-tenso (kV). A kV controla a energia ou a capacidade de penetrao do feixe primrio. Quanto maior a kV, maior a energia e mais uniforme a penetrao do feixe de raios X nas vrias densidades de massa de todos os tecidos. Assim, maior kV produz menor variao na atenuao (absoro diferencial), resultando em menor contraste.

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A alta-tenso (kV) tambm um fator de controle secundrio da densidade. Maior kV, em raios X de maior energia, e estes chegando ao filme produzem um aumento correspondente da densidade geral. Uma regra simples e prtica afirma que um aumento de 15% na kV produzir aumento da densidade igual ao produto produzido pela duplicao do mAs.

Deve ser usada a maior kV e o menor mAs que proporcionem informao diagnstica suficiente em cada exame radiogrfico. Isto reduzir a exposio do paciente e, em geral resultar em radiografias com boas informaes diagnsticas (o equipamento deve permitir).

O quadro a seguir apresenta um resumo de como o poder de penetrao do feixe de raios X, as condies que determinam o espalhamento e as caractersticas do filme radiogrfico influenciam no contraste radiogrfico da imagem que se deseja obter.

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- Detalhe

O detalhe pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. Essa nitidez dos detalhes da imagem demonstrada pela clareza de linhas estruturais finas e pelas bordas de tecidos ou estruturas visveis na imagem radiogrfica. A ausncia de detalhes conhecida como borramento ou ausncia de nitidez.

A radiografia ideal apresentar boa nitidez da imagem. O maior impedimento para a nitidez da imagem relacionado ao posicionamento o movimento.

Outros fatores que influenciam no detalhe so tamanho do ponto focal, DFoFi (Distncia focofilme) e DOF (Distncia objeto-filme). O uso de menor ponto focal resulta em menor borramento geomtrico, ou seja, em uma imagem mais ntida ou melhores detalhes. Portanto, o pequeno ponto focal selecionado no painel de controle deve ser usado sempre que possvel.

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O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possvel e uma DFoFi maior, tambm melhora os detalhes registrados ou a definio na radiografia conforme descrito e ilustrado adiante.

Sumrio para controle de detalhes:

Pequeno ponto focal usar pequeno ponto focal, sempre que possvel, para melhorar os detalhes. Menor tempo de exposio usar menor tempo de exposio possvel para controle voluntrio e movimento involuntrio. Velocidade filme/cran Usar velocidade filme-cran mais rpida para controlar os movimento voluntrio e involuntrio. DFoFi usar maior DFoFi para melhorar os detalhes. DOF usar menor DOF para melhorar os detalhes.

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- Distoro

O quarto fator de qualidade da imagem a distoro, que pode ser definida como a representao errada do tamanho ou do formato do objeto projetado em meio de registro radiogrfico. A ampliao algumas vezes relacionada como um fator separado, mas, como uma distoro do tamanho, pode ser includa com a distoro do formato. Portanto, a distoro, seja de formato ou de tamanho, uma representao errada do objeto verdadeiro e, como tal, indesejvel.

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O correto alinhamento da parte anatmica que esta sendo radiografada fator importante para a reduo da distoro e consequentemente para a melhoria da imagem obtida.

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Entretanto, nenhuma radiografia uma imagem exata da parte do corpo que esta sendo radiografada. Isso impossvel porque h sempre alguma ampliao e/ou distoro devido a DFoFi e divergncia do feixe de raios X. Portanto, a distoro deve ser minimizada e controlada.

- Efeito andico

Um fator s vezes esquecido pelos profissionais das tcnicas radiolgicas a no uniformidade do feixe de radiao ao longo do eixo nodo-catodo (eixo longitudinal da mesa). Conhecido por efeito andico, esta deformidade na intensidade do feixe pode provocar a diminuio da qualidade da imagem radiolgica.

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O efeito andico resulta num contraste do sujeito diferenciado ao longo do eixo nodo-catodo alterando a qualidade da imagem radiolgica primria. A inclinao do ponto focal quando da confeco do nodo ir influir na absoro da radiao produzida pelo prprio nodo Por isso, na aquisio de equipamentos novos, o tecnlogo, alm do tamanho do foco dever se preocupar com o ngulo de construo deste ponto focal e informar-se sobre a reduo da intensidade do feixe devido ao efeito andico.

Divergncia do feixe de raios X

Este um conceito bsico, porm importante, a ser compreendido em um estudo de posicionamento radiogrfico. A divergncia do feixe de raios X ocorre porque os raios X originam-se de uma fonte estreita no tubo e divergem ou espalham-se para cobrir todo o filme ou receptor de imagem.

O tamanho do feixe de raios X limitado por colimadores ajustveis, que absorvem os raios X perifricos dos lados, controlando, assim, o tamanho do campo de colimao. Quanto maior o campo de colimao e menor o DFoFi, maior o ngulo de divergncia nas margens externas. Isso aumenta o potencial de distoro nestas margens externas.

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Luciano Santa Rita Oliveira

Ps-graduado em Gesto da Sade e Admistrao Hospitalar Tecnlogo em Radiologia [email protected]

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Assuntos

Detectores Proteo radiolgica Imaginologia Radiologia industrial Controle de qualidade Incidncias radiolgicas Fsica dos raios X Ultra-som Trabalhos de alunos

Princpios bsicos de proteo radiolgica

No setor sade, onde a radiao ionizante encontra o seu maior emprego e como conseqncia, a maior exposio em termos de dose coletiva, tambm onde mais so realizadas pesquisas no sentido de se produzir o maior benefcio com o menor risco possvel.

Apesar dos esforos de alguns rgos governamentais em difundir conhecimentos voltados para as atividades de Proteo Radiolgica ainda, de pouco domnio, mesmo entre os profissionais da rea, o conhecimento a respeito dos efeitos malficos produzidos por exposies que ultrapassam os limites permitidos.

Fontes de radiaes ionizantes

Durante toda a vida, os seres humanos esto expostos diariamente aos efeitos das radiaes ionizantes. Estas radiaes podem ser de origem natural ou artificial.

Quanto proteo radiolgica, pouco podemos fazer para reduzir os efeitos das radiaes de origem natural. No entanto, no que diz respeito s fontes artificiais, todo esforo deve ser direcionado a fim de controlar seus efeitos nocivos. neste aspecto, que a proteo radiolgica pode ter um papel importante.

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Pode-se observar que a maior contribuio deve-se s irradiaes mdicas e, dentro desta categoria, o radiodiagnstico o que possui a maior porcentagem. Devido esta constatao, todo esforo deve ser direcionado no sentido de controlar e reduzir estes valores, o que pode ser atingido atravs da aplicao efetiva dos preceitos de proteo radiolgica.

Proteo radiolgica

Segundo a norma da Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEN) o conjunto de medidas que visam proteger o homem, seus descendentes e seu meio ambiente contra possveis

efeitos indevidos causados por radiao ionizante proveniente de fontes produzidas pelo homem e de fontes naturais modificadas tecnologicamente. Essas medidas esto fundamentadas em trs princpios bsicos:

Justificao da prtica Otimizao Limite de dose

- Justificao da prtica

Nenhuma prtica deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefcio para o indivduo exposto ou para a sociedade.

A exposio mdica deve resultar em um benefcio real para a sade do indivduo e/ou para a sociedade.

Deve-se considerar a eficcia, os benefcios e riscos de tcnicas alternativas disponveis com o mesmo objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposio a radiaes ionizantes.

- Otimizao

O princpio da otimizao implica em que as exposies devem manter o nvel de radiao o mais baixo possvel.

Esse princpio se aplica a todas as atividades que demandam exposies s radiaes ionizantes. Tais atividades devem ser planejadas, analisando-se em detalhe o que se pretende fazer e como ser feito.

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A proteo radiolgica otimizada quando as exposies empregam a menor dose possvel de radiao, sem que isso implique na perda de qualidade de imagem.

- Limitao de doses individuais

As doses de radiao no devem ser superiores aos limites estabelecidos pelas normas de radioproteo de cada pas.

Esse princpio no se aplica para limitao de dose ao paciente, mas sim para trabalhadores ocupacionalmente expostos radiao ionizante e para o pblico em geral.

Incide sobre o indivduo considerando todas as exposies, decorrentes de todas as prticas que o indivduo possa estar exposto.

Exposies ocupacionais

Nas exposies ocupacionais normais, nas prticas abrangidas pela Portaria 453, o controle deve ser feito de maneira que:

A dose efetiva anual no deve exceder 20mSv em qualquer perodo de 5 anos consecutivos, no podendo exceder 50mSv em um ano; Menores de 18 anos no podem trabalhar com raios-X diagnsticos, exceto em treinamentos; Estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estgio de treinamento profissional a dose efetiva anual no deve exceder o valor de 6mSv; proibida a exposio ocupacional de menores de 16 anos; A dose efetiva anual de indivduos do pblico no deve exceder a 1mSv.

Para mulheres grvidas devem ser observados os requisitos adicionais: o A gravidez deve ser notificada ao titular do servio to logo seja constatada; o As condies de trabalho devem garantir que a dose na superfcie do abdmen no exceda 2mSv durante todo o perodo restante da gravidez.

Mtodos de reduo de exposio as radiaes

Os mtodos descritos a seguir podem ser adotados visando a reduo de exposio as radiaes.

Tempo, blindagem e distncia Hbitos de trabalho Sinalizao Monitorao

- Tempo, blindagem e distncia

A reduo do tempo de exposio ao mnimo necessrio, para uma determinada tcnica de exames, a maneira mais prtica para se reduzir a exposio radiao ionizante e quanto mais distante da fonte de radiao, menor a intensidade do feixe.

- Hbitos de trabalho

Utilizar sempre as tcnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetio e reduzindo o efeito da radiao espalhada sobre o profissional das tcnicas radiolgicas; O Tecnlogo e o Tcnico devero sempre utilizar seu dosmetro pessoal durante a jornada de trabalho; Sempre posicionar-se atrs do biombo ou na cabine de comando durante a realizao do exame; Usando aparelhos mveis de raios X o profissional das tcnicas radiolgicas deve aplicar, da melhor maneira os conceitos de radioproteo (tempo, blindagem e distncia); [pic]

Sempre utilizar acessrios plumbferos e o dosmetro por fora do avental nos exames em que seja necessrio permanecer prximo ao paciente; As portas de acesso de instalaes fixas devem ser mantidas fechadas durante as exposies.

- Sinalizao

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- Monitorao

O uso do dosmetro individual por parte dos Tecnlogos e Tcnicos constitui o principal meio de avaliao da eficincia de um programa de controle de dose estabelecido e dos procedimentos adotados no servio de radiodiagnstico.

O dosmetro individual de uso exclusivo do usurio no servio para o qual foi designado.

Procedimentos de proteo radiolgica

Na utilizao dos raios X nos procedimentos em radiodiagnstico para atingir o objetivo radiolgico, deve-se ter em mente que o paciente que obtm o benefcio do exame. Portanto todo meio de proteo radiolgica deve ser utilizado para que as doses, principalmente nos trabalhadores, sejam to baixas quanto razoavelmente exeqveis.

- Proteo dos Indivduos Ocupacionalmente Expostos (IOE)

Efetuar rodzio na equipe durante os procedimentos de radiografia em leito e UTI; Utilizar sempre as tcnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetio, reduzindo o efeito sobre ele da radiao espalhada; Informar corretamente ao paciente os procedimentos do exame, evitando a necessidade de repetio; Sempre utilizar acessrios plumbferos e o dosmetro por fora do avental nos exames em que seja necessrio permanecer prximo ao paciente; Utilizar o dosmetro pessoal durante a jornada de trabalho; Posicionar-se atrs do biombo ou na cabine de comando durante a realizao do exame; Usando aparelhos mveis de raios X deve-se aplicar, da melhor maneira os conceitos de radioproteo (tempo, blindagem e distncia); As portas de acesso de instalaes fixas devem ser mantidas fechadas durante as exposies. [pic]

- Proteo dos pacientes

O paciente busca e deve obter um benefcio real para a sua sade em comparao com detrimento que possa ser causado pela radiao. Deve-se dar nfase otimizao nos procedimentos de trabalho, por possuir um influncia direta na qualidade e segurana da assistncia aos pacientes.

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Sempre fazer uso de protetor de gnadas e saiote plumbfero em pacientes, exceto quando tais blindagens excluam ou degradem informaes diagnsticas importantes; Sempre buscar a repetio mnima de radiografias; Efetuar uma colimao rigorosa rea de interesse do exame; Otimizar seus fatores de tcnica (tempo, mA e kV) para uma reduo de dose, mantendo a qualidade radiogrfica.

- Preveno de acidentes

Deve-se desenvolver os meios e implementar as aes necessrias para minimizar a contribuio de erros humanos que levem ocorrncia de exposies acidentais.

Manter as instalaes e seus equipamentos de raios-X nas condies exigidas pela Portaria 453, devendo prover servio adequado de manuteno peridica;

Evitar a realizao de exposies mdicas desnecessrias;

Compensaes ou privilgios especiais para indivduos ocupacionalmente expostos no devem, em hiptese alguma, substituir a observao das medidas de proteo e segurana.

Luciano Santa Rita Oliveira

Ps-graduado em Gesto da Sade e Admistrao Hospitalar Tecnlogo em Radiologia [email protected]

A fsica dos raios X

Os raios X so radiaes da mesma natureza da radiao gama (ondas eletromagnticas), com caractersticas semelhantes. S diferem da radiao gama pela origem, ou seja, os raios X no so emitidos do ncleo do tomo.

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Os raios X so radiaes de natureza eletromagntica, que se propagam no ar (ou vcuo). Essa radiao produzida quando ocorre o bombardeamento de um material metlico de alto nmero atmico (tungstnio), resultando na produo de radiao X por freamento ou ionizao.

Propriedades dos raios X

Os raios X so produzidos quando eltrons em alta velocidade, provenientes do filamento aquecido, chocam-se com o alvo (anodo) produzindo radiao. O feixe de raios X pode ser considerado como um chuveiro de ftons distribudos de modo aleatrio. Os raios X possuem propriedades que os tornam extremamente teis.

Enegrecem filme fotogrfico; Provocam luminescncia em determinados sais metlicos;

So radiao eletromagntica, portanto no so defletidos por campos eltricos ou magnticos pois no tem carga; Tornam-se duros (mais penetrantes) aps passarem por materiais absorvedores; Produzem radiao secundria (espalhada) ao atravessar um corpo; Propagam-se em linha reta e em todas as direes; Atravessam um corpo tanto melhor, quanto maior for a tenso (voltagem) do tubo (kV); No vcuo, propagam-se com a velocidade da luz; Obedecem a lei do inverso do quadrado da distncia (1/r2), ou seja, reduz sua intensidade dessa forma; Podem provocar mudanas biolgicas, que podem ser benignas ou malignas, ao interagir com sistemas biolgicos.

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As mquinas de raios X foram projetadas de modo que um grande nmero de eltrons so produzidos e acelerados para atingirem um anteparo slido (alvo) com alta energia cintica. Este fenmeno ocorre em um tubo de raios X que um conversor de energia. Recebe energia eltrica que converte em raios X e calor. O calor um subproduto indesejvel no processo. O tubo de raios X projetado para maximizar a produo de raios X e dissipar o calor to rpido quanto possvel.

Elementos do tubo de raios X

O tubo de raios X possui dois elementos principais e que sero a partir de agora objeto de estudo: ctodo e nodo.

O ctodo o eletrodo negativo do tubo. constitudo de duas partes principais: o filamento e o copo focalizador. A funo bsica do ctodo emitir eltrons e focaliz-los em forma de um feixe bem definido apontado para o anodo. Em geral, o ctodo consiste de um pequeno fio em espiral (ou filamento) dentro de uma cavidade (copo de focagem) como mostrado na figura anterior.

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O filamento normalmente feito de Tungstnio (com pequeno acrscimo de Trio) Toriado, pois esta liga tem alto ponto de fuso e no vaporiza facilmente (a vaporizao do filamento provoca o enegrecimento do interior do tubo e a conseqente mudana nas caractersticas eltricas do mesmo). A queima do filamento , talvez, a mais provvel causa da falha de um tubo.

O corpo de focagem serve para focalizar os eltrons que saem do ctodo e fazer com que eles batam no anodo e no em outras partes. A corrente do tubo controlada pelo grau de aquecimento do filamento (ctodo). Quanto mais aquecido for o filamento, mais eltrons sero emitidos pelo mesmo, e maior ser a corrente que fluir entre anodo e catodo. Assim , a corrente de filamento controla a corrente entre anodo e catodo.

O nodo o plo positivo do tubo, serve de suporte para o alvo e atua como elemento condutor de calor. O nodo deve ser de um material (tungstnio) de boa condutividade trmica, alto ponto de fuso e alto nmero atmico, de forma a otimizar a relao de perda de energia dos eltrons por radiao (raios X) e a perda de energia por aquecimento. Existem dois tipos de nodo: nodo fixo e nodo giratrio.

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Os tubos de anodo fixo so usualmente utilizados em mquinas de baixa corrente, tais como: raios X dentrio, raios X porttil, mquinas de radioterapia, raios X industrial, etc.

Os tubos de nodo giratrio so usados em mquinas de alta corrente, normalmente utilizadas em radiodiagnstico. Ele permite altas correntes pois a rea de impacto dos eltrons fica aumentada. Como exemplo, tomemos um alvo fixo, cuja rea de impacto de 1mm x 4 mm, isto , 4mm2. Se este alvo girar com um raio de giro igual 30mm, a rea de impacto seria aproximadamente: 754mm2; nestas condies, o tubo giratrio teria cerca de 200 vezes mais rea do que o tubo fixo.

O nodo e o ctodo ficam acondicionados no interior de um invlucro fechado (tubo ou ampola), que est acondicionado no interior do cabeote do RX. A ampola geralmente

constituda de vidro de alta resistncia e mantida em vcuo, e tem funo de promover isolamento trmico e eltrico entre nodo e ctodo. O cabeote contm a ampola e demais acessrios. revestido de chumbo cuja funo de blindar a radiao de fuga e permitir a passagem do feixe de radiao apenas pela janela radiotransparente direcionando desta forma o feixe. O espao preenchido com leo que atua como isolante eltrico e trmico.

Radiao de reamento (Bremsstrahlung)

Essa radiao produzida quando um eltron passa prximo ao ncleo de um tomo de tungstnio, sendo atrado pelo ncleo deste e desviado de sua trajetria original. Com isto, o eltron perde uma parte de sua energia cintica original, emitindo parte dela como ftons de radiao, de alta e baixa energia e comprimento de onda diferentes, dependendo do nvel de profundidade atingida pelo eltron do metal alvo. Isto significa dizer que, enquanto penetra no material, cada eltron sofre uma perda energtica que ir gerar radiao (ftons) com energia e comprimento de onda tambm menores. Se formos considerar percentualmente a radiao produzida, veremos que 99 por cento dela emitida como calor e somente 1% possui energia com caractersticas de radiao X.

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Existem situaes (raras) em que alguns eltrons muito energticos se chocam diretamente com os ncleos, convertendo toda a sua energia cintica em um fton de alta energia e freqncia (a rigor, esta seria uma outra forma de gerao de radiao, onde a energia do fton gerado igual energia do eltron incidente, o que se configura como um fton de mxima energia).

Durante o bombardeamento do alvo, todas as possibilidades em termos de gerao de ftons acontecem, na medida que temos interaes diferentes entre eltrons incidentes com o material do alvo, gerando ftons de diferentes energias.

A radiao de freamento, ou Bremsstrahlung, se caracteriza por ter uma distribuio de energia relativa aos ftons gerados, bastante ampla, como mostra a figura a seguir.

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Como se pode observar pelo grfico ao lado, a maioria dos ftons obtidos possui baixa energia, sendo que somente uns poucos tm a energia equivalente diferena de potencial (voltagem) aplicada ao tubo. Esse grfico mostra que so gerados muitos ftons de baixa energia, o que pode ser perigoso para o paciente irradiado, pois estes ftons de baixa energia interagem com os tecidos vivos, sem contribuir para a formao da imagem radiogrfica.

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O espectro, distribuio das energias dos ftons gerados por uma radiao de freamento, mostrado na figura a seguir, onde se pode observar que a radiao no monoenergtica, mas sim polienergtica, pois temos ftons de diferentes energias, em quantidades diferentes.

Radiao caracterstica

Pelo visto anteriormente, alguns ftons interagem diretamente com os ncleos, convertendo toda sua energia em radiao, sem modificar o tomo alvo, ou seja, sem ioniz-lo.

Existem situaes, no entanto, em que eltron pode interagir com um tomo quebrando sua neutralidade (ionizando-o), ao retirar dele eltrons pertencentes sua camada mais interna (K). Ao retirar o eltron da camada K, comea o processo de preenchimento dessa lacuna (busca de equilbrio), por eltrons de camada superiores. Dependendo de camada que vem o eltron que ocupa a lacuna da camada K, teremos nveis de radiao diferenciados.

Como exemplo, vamos considerar que um eltron da camada L ocupe a lacuna da camada K, emitindo uma radiao da ordem de 59 keV; se o eltron ocupante vem da camada M, a energia gerada da ordem de 67 keV; se o eltron ocupante vem da camada N, teremos uma radiao da ordem de 69 keV.

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Quando se usa como alvo um material com o tungstnio, o bombardeamento por eltrons de alta energia gera uma radiao com caractersticas especficas (radiao caracterstica), pois esse material possui um nmero atmico definido (bastante alto), necessitando um nvel alto de energia para retirar os eltrons de sua camada K.

A energia da radiao gerada por um alvo de tungstnio da ordem de 70 keV. A condio necessria e imprescindvel para que se produza a radiao caracterstica do tungstnio que os ftons devem ter uma energia mxima superior a 70 keV, j que a energia de ligao da camada K da ordem de 70 keV.

Como se da o processo de gerao da radiao caracterstica do tungstnio?

Exemplo: Quando bombardeamos um alvo de tungstnio com eltrons submetidos a uma tenso de 100 kV, sero gerados ftons com energia de poucos keV at 100 keV, mas uma grande parte deles tero energia da ordem de 70 keV, caracterstica do tungstnio.

Cada material emite um nvel definido de radiao caracterstica, dependendo de seu nmero atmico, como so os casos do tungstnio (radiologia convencional) e molibidnio (mamografia), que possuem radiaes caractersticas da ordem de 70 keV e 20 keV, respectivamente.

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Essa figura o resultado da superposio da radiao caracterstica do tungstnio com o espectro contnuo gerado com 100 kVp. Nela se pode observar que, alm de ftons, com energia baixas e altas, temos um grande nmero deles com energias correspondentes somente ao tungstnio. Quando o alvo bombardeado de molibidnio, a radiao caracterstica se situa na faixa de 20 keV.

Efeito andico

Descreve um fenmeno no qual a intensidade da radiao emitida da extremidade do ctodo do campo de raios X maior do que aquela na extremidade do nodo. Isso devido ao ngulo da face do nodo, de forma que h maior atenuao ou absoro dos raios X na extremidade do nodo.

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A diferena na intensidade do feixe de raios X entre ctodo e nodo pode variar de 30% a 50%.

Na realizao de estudos radiolgicos do fmur, perna, mero, coluna lombar e torcica devese levar em conta a influncia do efeito andico na realizao das incidncias radiolgicas pertinentes a estes estudos.

Luciano Santa Rita Oliveira Ps-graduado em Gesto da Sade e Admistrao Hospitalar Tecnlogo em Radiologia [email protected]

C. Q. em Radiodiagnstico

Controle da qualidade, garantia da qualidade e gesto da qualidade so conceitos relacionados com o de qualidade, em vrias reas, como na indstria, sade e outros setores da atividade econmica.

Gesto da qualidade (GQ) o processo de conceber, controlar e melhorar os processos da empresa.

Programa de garantia da qualidade (PGQ) so as aes tomadas para reduo de riscos de falhas ou defeitos do produto. Controle da qualidade (CQ) so as aes relacionadas com a medio da qualidade, para diagnosticar se os requisitos esto sendo respeitados e se os objetivos da empresa esto sendo atingidos.

Os Estabelecimentos de Assistncia a Sade - EAS devem ser concebidas como empresas prestadoras de servios de sade, com disposio permanente para atender ao maior nmero de expectativas e demandas de um paciente/cliente, em um mundo de competncia e de qualidade.

Vrios gestores acreditam praticar servios com qualidade mas, sequer possuem uma estratgia para nortear suas aes. Obtm no mximo uma qualidade virtual que s eles vislumbram.

Segundo Mezomo, a responsabilidade pela qualidade da sade no de algum especificamente, mas de todos ou de cada um. Nada, portanto de debitar ou atribuir a qualidade ao mdico, ao governo ou a quem quer que no pertena ao quadro da organizao. O controle e a inspeo no produzem qualidade, principalmente se eles forem feitos apenas periodicamente. Dinheiro no significa automaticamente qualidade.

E ainda nos diz que a qualidade , ao mesmo tempo, uma filosofia e um conjunto de ferramentas para a melhoria dos processos que todos devem utilizar para produzir servios com qualidade. No algo a ser cumprido por um setor ou por pessoas selecionadas, mas o resultado de muito esforo corporativo, do enfoque no cliente e da melhoria dos processos realizada com a participao de cada pessoa.

Um PGQ so conjunto de aes sistemticas e planejadas visando garantir a confiabilidade adequada quanto ao funcionamento de uma estrutura, sistema, componentes ou procedimentos, de acordo com um padro aprovado.

Em radiodiagnstico, estas aes devem resultar na produo continuada de imagens de alta qualidade com o mnimo de exposio para os pacientes e operadores.

A parte do programa de garantia de qualidade que consiste do conjunto das operaes destinadas a manter ou melhorar a qualidade chamada de controle de qualidade (CQ) [pic]

Um PGQ est dividido em vrias etapas:

na anlise dos aspectos iniciais como: ambiente, de perda de filmes e avaliao inicial dos equipamentos; no estabelecimento de um programa de manuteno para os equipamentos adequado ao servio; em testes de qualidade das condies da cmara escura, incluindo as condies de processamento e manuseio de filmes e chassis e adaptao de melhores tcnicas para cada aparelho; realizao de Levantamento Radiomtrico do ambiente e testes do Controle de Qualidade dos Equipamentos; e testes de aceitao de novos aparelhos que venha a ser adquiridos, reciclagem e cursos.

A falta de um PGQ em servios de radiodiagnsticos, principalmente em fluoroscopia, pode produzir danos significativos aos pacientes/clientes que procuram estes servios visando alcanar seu bem estar e o resgate de sua sade.

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Editada em junho de 1998 pela Secretaria de Vigilncia Sanitria, a portaria 453 se constitui, na prtica, em um Programa de Garantia de Qualidade (PGQ) obrigatrio em radiodiagnstico mdico e odontolgico. Ela estabelece que "todo equipamento de raios X diagnstico deve ser mantido em condies adequadas de funcionamento e submetido regularmente a verificaes

de desempenho. Ateno particular deve ser dada aos equipamentos antigos. Qualquer deteriorao na qualidade das radiografias deve ser imediatamente investigada e o problema corrigido.

As determinaes contidas na portaria 453 possuem trs aspectos importantes:

O primeiro diz respeito ao fato de que a qualidade do equipamento de raios X e do sistema de processamento de imagem interfere diretamente na qualidade do diagnstico, o que pode ser vital para o paciente; O segundo aspecto diz respeito ao fato de que os procedimentos em radiodiagnstico utilizam radiao ionizante, o que pode causar danos no s pessoa exposta como tambm aos seus descendentes e profissionais envolvidos; O terceiro aspecto interessa diretamente ao titular da instalao pois diz respeito economia que a implantao do PGQ pode trazer.

CQ em aparelhos emissores de raios X diagnstico

A Portaria 453 regulamenta, em seus itens 4.44 e 4.45, as condies ideais de funcionamento de todos os equipamentos de raios X, que devem passar regularmente por testes de verificao de desempenho ou testes de constncia, os quais so divididos em quatro grupos, por intervalo de tempo. So eles: testes bianuais, anuais, semestrais e semanais.

Testes bianuais de CQ

valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia e CT realizadas no servio; valores representativos de taxa de dose dada ao paciente em fluoroscopia e do tempo de exame, ou do produto dose-rea.

Testes anuais de CQ

exatido do indicador de tenso do tubo (kV); exatido do tempo de exposio, quando aplicvel; camada semi-redutora; alinhamento do eixo central do feixe de raios-x; rendimento do tubo (mGy / mA min m2); linearidade da taxa de kerma no ar com o mAs; reprodutibilidade da taxa de kerma no ar; reprodutibilidade do sistema automtico de exposio; tamanho do ponto focal; integridade dos acessrios e vestimentas de proteo individual; vedao da cmara escura.

Testes semestrais de CQ

exatido do sistema de colimao; resoluo de baixo e alto contraste em fluoroscopia; contato tela-filme; alinhamento de grade; integridade das telas e chassis; condies dos negatoscpios;

ndice de rejeio de radiografias (com coleta de dados durante, pelo menos, dois meses).

Testes semanais de CQ

calibrao, constncia e uniformidade dos nmeros de CT; temperatura do sistema de processamento; sensitometria do sistema de processamento.

A Portaria 453 ainda estabelece que testes relevantes devem ser realizados sempre que houver indcios de problemas ou quando houver mudanas, reparos ou ajustes no equipamento de raios X.

Alguns testes de CQ previstos na Portaria 453

Medida de exatido e reprodutibilidade de tenso no tubo (kV)

Tem a finalidade de aferir a energia do feixe de raios X, garantindo a conformidade do mesmo com o ajuste de kV realizado no Aparelho. O teste de exatido visa avaliar o quanto est exato o valor medido em relao ao valor registrado no painel da mquina e o de reprodutibilidade visa avaliar se ocorrem variaes nos valores do kV quando a mesma tenso utilizada com mAs diferentes. Normalmente so utilizados medidores digitais que normalmente apresentam dupla funo de medida de kV e tempo de exposio. Pode-se fazer uso das cunhas de Stanton e Cameron para controlar a variao da tenso do tubo num mtodo desenvolvido pelo Dr. Thomaz Ghilard.

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Os resultados obtidos nos testes de exatido e reprodutibilidade de tenso no tubo (kV) devem no caso da exatido e reprodutibilidade ser at 10% para estar em conformidade com a portaria 453/98 .

Medida de exatido e reprodutibilidade do tempo de exposio

A medida o tempo exposio permite assegurar que no haver exposio indevida ao paciente/cliente do servio de radiodiagnstico. O teste de exatido visa avaliar o quanto est exato o valor medido em relao ao valor registrado no painel da mquina e o de reprodutibilidade visa avaliar se ocorrem variaes nos valores de tempo de exposio quando os mesmos kV e mAs so usados com tempos diferentes.

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Os resultados obtidos nos testes de exatido e reprodutibilidade de tempo de exposio devem no caso da exatido e reprodutibilidade ser at 10% para estar em conformidade com a portaria 453/98 .

Medida da colimao e do alinhamento do RC do feixe de raios X

Mantendo a colimao do feixe em conformidade com o campo luminoso tem-se um mtodo eficaz no controle da radiao espalhada e otimizao da dose no paciente durante a

realizao das incidncias. J o alinhamento do raio central (RC) do feixe extremamente importante principalmente na realizao de incidncias onde a regio anatmica a ser radiografada necessita de um filme grande (30x40 ou 35x43) pois tem influncia direta sobre o efeito andico.

O teste de colimao do feixe visa avaliar a diferena entre a rea do campo iluminado e a rea a ser irradiada e o de alinhamento do RC visa avaliar a perpendicularidade do eixo central do feixe de raios X com a mesa de exames.

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Os resultados obtidos nos testes de colimao deve apresentar um desvio mximo de 2% da DFoFi utilizada e o alinhamento do RC deve apresentar um desvio mximo de 3% para estar em conformidade com a portaria 453/98 .

Aferio da processadora - Teste Sensitomtrico

O mtodo mais usual de controle de processamento e o mtodo sensitomtrico aplicado ao sistema de processamento do servio. O controle sensitomtrico de processadoras automticas indicara que medidas corretivas devem ser tomadas.

O mtodo sensitomtrico consiste em expor um filme luz padro de um sensitmetro, que ir provocar o enegrecimento do filme radiogrfico com tons de cinza compatveis com a sensibilizao realizada obtendo desta maneira uma tira sensitomtrica com vrios degraus permitindo o controle do processamento realizado pela processadora.

Um sensitmetro e um densitmetro so essenciais para a realizao deste mtodo de controle, pois atravs do sensitmetro possvel a sensibilizao do filme com valores conhecidos de luminosidade e com o densitmetro possvel medir a densidade ptica (DO), verificando se o grau de enegrecimento esperado foi alcanado.

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Os resultados obtidos podem ser inseridos num protocolo de teste onde tambm podem ser registrados a temperatura do revelador, a velocidade, o contraste e o valor de base+fog do filme utilizado.

Desta forma quando so observadas variaes maiores do que as preestabelecidas, aes corretivas devem ser tomadas.

Luciano Santa Rita Oliveira Ps-graduado em Gesto da Sade e Admistrao Hospitalar Tecnlogo em Radiologia