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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOASUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOASINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTESINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTESCURSO DE BIBLIOTECONOMIACURSO DE BIBLIOTECONOMIAFORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES IFORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES I
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES (FDC):Planejamento e Implementação de Recursos Informacionais em
Unidades de Informação/BibliotecasUnidades de Informação/Bibliotecas
1
Prof. Edivanio Duarte de [email protected]
Maceió-AL2011.1
Contextos de Contextos de Formação e Formação e
Desenvolvimento de ColeçõesDesenvolvimento de Coleções (FDC)(FDC)
� A expressão “desenvolvimento de coleções” é muito nova na
literatura biblioteconômica;
◦ grau de importância insuficiente;
◦ desconhecimento da interligação das atividades que compõem o
planejamento e a constituição dos acervos informacionais;planejamento e a constituição dos acervos informacionais;
� O desenvolvimento da Biblioteconomia promoveu
paulatinamente a síntese das preocupações originando uma
nova especialidade – o desenvolvimento de coleções:
◦ mudanças estruturais da organização do conhecimento registrado;
◦ modificações na disseminação do conhecimento.
� Aumento da preocupação com a FDC nas últimas décadas;
� Impossibilidade de acompanhamento do crescimento dos recursos informacionais (lei do crescimento exponencial da
ciência, década de 1950, Solla Price) – explosão bibliográfica;
História e Evolução de FDCHistória e Evolução de FDC
� Impossibilidade de tratamento adequado do material informacional;
� Emergência de um possível caos documental (Bradford) –
explosão bibliográfica;
� Parte do material produzido se constitui em repetição e,
portanto, de pouca importância;
� Aumento da preocupação com a seleção de acervos para evitar redundâncias – bibliotecas universitárias e acadêmicas;
� Questões envolvidas:
◦ financeiras (coleção, espaço físico e pessoal);
◦ técnico-científicas (incapacidade de acompanhar a produção);
História e Evolução de FDCHistória e Evolução de FDC
◦ técnico-científicas (incapacidade de acompanhar a produção);
◦ formatos de materiais (periódicos, discos, filmes, diapositivos);
◦ tratamentos adequados do material;
◦ espaços físicos para acomodação da coleção.
� Impossibilidade de não impor limites à quantidade de materiais a
serem adquiridos, tratados, organizados e armazenados;
� A preocupação com a FDC antecede as décadas de 1960 e 1970, mas foram nelas intensificadas – boom de FDC:
◦ artigos sobre o DC ou suas atividades;
◦ manuais especializados;
◦ teses e dissertações;
◦ periódicos especializados;
◦ títulos de seções e enfoques de anuais de revisão de literatura (a
História e Evolução de FDCHistória e Evolução de FDC
◦ títulos de seções e enfoques de anuais de revisão de literatura (a seção Library Resources & Technical Service => Collection
Development and Preservation => Collection Development).
� Antes existia um alheamento dos profissionais, deixando que o FDC obedecesse à teoria do laissez-faire (parte da expressão francesa "laissez faire, laissez aller, laissez passer = “deixar fazer, deixar ir, deixar passar”);
� A preocupação com a seleção parece ter sempre existido, mascomo acréscimo de novos títulos, no sentido de “construção”;
� Com a aquisição aquela parece também ter sempre existido,
mas a responsabilidade do Bibliotecário é relativamente nova;
A FDC surge como uma evolução da seleção;
História e Evolução de FDCHistória e Evolução de FDC
� A FDC surge como uma evolução da seleção;
� A conscientização da explosão bibliográfica representa a
grande contribuição à evolução do FDC;
� Da ênfase no modelo de armazenamento, passa-se para o modelo de acesso, destacando-se o compartilhamento de
materiais informacionais.
Modelos Teóricos da FDCModelos Teóricos da FDC
� Modelo hierárquico de Hendrik Edelman:
◦ Nível 1 - Desenvolvimento de coleções: planejamento;
◦ Nível 2 – Seleção: tomada de decisão;
◦ Nível 3 – Aquisição: implementação das decisões.
◦ Apesar da estrutura hierárquica do seu modelo, Edelman ◦ Apesar da estrutura hierárquica do seu modelo, Edelman
reconhece que os itens componentes dos três níveis estão em constante interação e sobreposição;
� Modelo estruturalista de James C. Baughman:
Modelos Teóricos daModelos Teóricos da FFDCDC
Fonte: Vergueiro (1993).
Modelos Teóricos do FDCModelos Teóricos do FDC
� Modelo estruturalista de James C. Baughman:
◦ relacionamento entre as partes constituintes;
◦ três componentes básicos:
� uso (grupos de demandas);
� conhecimento (grupos de disciplinas, assuntos, tópicos e áreas de estudo
- registro em diversos suportes);- registro em diversos suportes);
� Biblioteconomia (grupo de relações entre os diversos assuntos).
◦ a interseção entre esses três componentes resulta na FDC.
FDC = PLANEJAMENTO + IMPLEMENTAÇÃO + AVALIAÇÃO:
� planejamento da coleção: uso ∩ conhecimento;
� implementação da coleção: conhecimento ∩ Biblioteconomia;
� avaliação da coleção: uso ∩ Biblioteconomia.
Modelos Teóricos da FDCModelos Teóricos da FDC� Modelo Sistêmico de G. Edward Evans:
Fonte: Vergueiro (1989, 1993).
Modelos Teóricos de FDCModelos Teóricos de FDC
� Modelo Sistêmico de G. Edward Evans:
◦ identificação dos pontos fortes e fracos de uma coleção;
◦ constante avaliação dos recursos informacionais e das necessidades dos usuários;
◦ caracterizado pela continuidade, pelo caráter cíclico e pela integração sistêmica;
◦ composto por seis etapas distribuídas no mesmo nível:
� estudo da comunidade;� estudo da comunidade;
� política de seleção;
� seleção;
� aquisição;
� desbastamento;
� avaliação.
◦ A comunidade interfere em todas as etapas, exceto na aquisição;
◦ O Bibliotecário se apresenta como gestor de todas as etapas.
Modelos Teóricos de FDCModelos Teóricos de FDC
� Bonita Bryant, considerando as estruturas organizacionais utilizadas no desempenho das atividades de FDC, identifica três
aspectos:
◦ postura de aquisição: confiança na seleção de materiais realizada externamente à biblioteca; pouco controle do Bibliotecário sobre
a coleção;a coleção;
◦ postura de seleção: concentra nos bibliotecários a
responsabilidade pela FDC, apesar das possíveis seleções externas
à biblioteca;
◦ postura de administração e desenvolvimento de coleções:
distribuição de tarefas de FDC entre Bibliotecários; articulaçãoquase completa entre a política e o desenvolvimento sistemático da coleção.
Modelos Teóricos de FDCModelos Teóricos de FDC
� James A. Gogswell compreende que a nomenclatura DC se tornou insuficiente devido a diversidade de atividades que compõem a administração e desenvolvimento de coleções;
� Segundo Gogswell, a administração de coleções compreende oito etapas:
◦ planejamento e elaboração de políticas;◦ planejamento e elaboração de políticas;
◦ análise de coleções;
◦ seleção de materiais;
◦ manutenção da coleção (re-seleção, preservação, descarte e armazenamento);
◦ administração fiscal;
◦ contato com usuário;
◦ compartilhamento de recursos;
◦ avaliação do programa.
Particularidades na FDCParticularidades na FDC
� Diferentes tipos de bibliotecas implicam em diferentes
abordagens de FDC;
� Maior preocupação com a FDC em bibliotecas universitárias e/ou especializadas, em detrimento de bibliotecas públicas e e/ou especializadas, em detrimento de bibliotecas públicas e
escolares;
� Essa diferença também se encontra em cada uma das
atividades que compõem a FDC;
� Além dos tipos de bibliotecas, existem diferenças na FDC em
cada biblioteca específica.
Bibliotecas PúblicasBibliotecas Públicas
� Clientela mais dinâmica e diversificada;
� Maior ênfase no estudo da comunidade;
� Cuidado especial em relação à seleção de materiais;� Cuidado especial em relação à seleção de materiais;
� Necessidade de uma boa política de seleção;
� Atenção também às etapas de avaliação e desbastamento do
acervo.
Bibliotecas EscolaresBibliotecas Escolares
� Suporte às atividades curriculares (didáticas e pedagógicas);
� Maior ênfase na etapa de seleção de materiais;
� Necessidade de uma política de seleção orientada pelo/para � Necessidade de uma política de seleção orientada pelo/para
o programa curricular;
� As atividades de avaliação e desbastamento serão
enfatizadas quando da existência de eventuais mudanças nos programas e/ou currículos.
Bibliotecas UniversitáriasBibliotecas Universitárias
� Suporte aos objetivos e atividades acadêmicos (ensino,
pesquisa e extensão);
� Coleção com forte tendência ao crescimento;
Clientela relativamente homogênea;� Clientela relativamente homogênea;
� Maior ênfase na avaliação e no desbastamento;
� Nas bibliotecas universitárias de faculdades isoladas, a FDC se
aproxima das bibliotecas escolares – subsídios a programas ou currículos acadêmicos.
Bibliotecas Especializadas ou de EmpresasBibliotecas Especializadas ou de Empresas
� Atende às necessidades de informação de organizações (institutos de pesquisa, laboratórios, empresas, etc.) ;
� Têm objetivos bem definidos;
� Maior ênfase na necessidade de especificações de normas
para o processo de seleção de materiais;
� Coleção formada por materiais não convencionais.
A FDC no BrasilA FDC no Brasil
� Duas questões fundamentais:
◦ As coleções estão sendo desenvolvidas criteriosamente?
◦ Elas estão seguindo qualquer tipo de parâmetros?
� Pouco ou quase nada tem sido feito em direção ao efetivo
desenvolvimento de coleções;desenvolvimento de coleções;
� Disso decorre o “inchaço das coleções” e o crescimento desordenado;
� O DC não foi jamais encarado com seriedade suficiente,
exceção feita às bibliotecas universitárias e especializadas;
� Essa diferença de tratamento quanto à FDC é também
evidenciada a partir do estabelecimento de catálogos coletivos;
� Outro indício de insuficiência da FDC no país concerne à sua
inclusão no currículo mínimo do Curso de Biblioteconomia apenas em 1982;
A FDC no BrasilA FDC no Brasil
apenas em 1982;
� A FDC parece se ater a questões pontuais do assunto, não apresentando uma visão profunda;
� A área da FDC ainda não se encontra suficientemente
sedimentada no país.
Situação da FDCSituação da FDC
� A FDC está em constante evolução;
� Surgimento de outras especialidades, demonstrando amadurecimento considerável, inobstante ao pouco tempo de sua constituição;
� Há necessidade de encarar a FDC como um fator importante do planejamento e da administraçãodos serviços informacionais;
� Embora em ritmos diferentes, essa evolução não se restringe aos países de primeiro mundo, abrangendo países considerados periféricos como o Brasil.
ReferênciasReferências
VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis, APB, 1989. 96p.
______. Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o
planejamento de recurso informacionais. Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 1, 1993. Disponível em: Informação, Brasília, v. 22, n. 1, 1993. Disponível em:
<http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/1208/849>.
Acesso em: 11 mar. 2011.