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FÓRUM DOS PEQUENOS ESTADOS 2004 3 DE OUTUBRO DE 2004 INFORMAÇÃO DE FUNDO: RELATÓRIOS DE PARCEIROS INSTITUCIONAIS SOBRE O PROGRESSO REGISTADO NO PLANO DE ACÇÃO DO RELATÓRIO DE PEQUENOS ESTADOS DA “TASK FORCEASSEMBLEIAS ANUAIS 2004 FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL – GRUPO DO BANCO MUNDIAL WASHINGTON, DC

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FÓRUM DOS PEQUENOS ESTADOS 2004 3 DE OUTUBRO DE 2004

WASHINGTON, DC

INFORMAÇÃO DE FUNDO: RELATÓRIOS DE PARCEIROS INSTITUCIONAIS SOBRE O PROGRESSO REGISTADO

NO PLANO DE ACÇÃO DO RELATÓRIO DE PEQUENOS ESTADOS DA “TASK FORCE”

ÍNDICE

Página

Prefácio .................................................................................................................. ii

Conclusões das Organizações da “Task Force”:

Banco Mundial ..............................................................................................1

Secretariado da Commonwealth ..............................................................19

Fundo Monetário Internacional ................................................................37

Comissão Europeia .....................................................................................43

Organização Mundial do Comércio ..........................................................49

Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento ...55

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ii

PREFÁCIO 1. O relatório final da Task Force Conjunta do Banco Mundial/Secretariado da Commonwealth foi apresentado ao Comité de Desenvolvimento em Abril de 2000.1 Os Ministros acolheram com agrado o relatório e a análise aí contida das características dos pequenos estados que os tornam particularmente vulneráveis. Registaram as conclusões do relatório bem como a recomendação de que as organizações multilaterais comerciais, financeiras e de desenvolvimento deveriam ter em conta as circunstâncias particulares dos pequenos estados na formulação das suas políticas e programas. 2. Programa de Acção. O relatório final concluiu que os pequenos estados partilham características que são um obstáculo ao seu desenvolvimento. Destacou quatro áreas principais de desafio e oportunidades: debelar a volatilidade, vulnerabilidade e desastres naturais; reforçar a capacidade; solucionar questões da transição para o novo regime global de comércio; e gerir as novas oportunidades e desafios apresentados pela globalização.

3. Uma Nova Parceria. A publicação do relatório final da Task Force marcou o princípio de uma nova parceria entre os pequenos estados e a comunidade internacional que se comprometeu a colaborar de perto com os pequenos estados em actividades que atendam as suas necessidades. O impacto da parceria depende do seu sucesso na promoção de uma combinação de medidas de políticas internas e, em alguns casos, novas metodologias para a cooperação regional; apoio externo e assistência de instituições de desenvolvimento multilaterais e bilaterais; e melhorias (quando sejam possíveis) no clima externo. Requer ainda uma partilha de informações e o trabalho relevante entre os pequenos estados e os parceiros externos nestas áreas em evolução. 4. Fórum dos Pequenos Estados. No contexto desta nova parceria, realiza-se anualmente o Fórum dos Pequenos Estados durante as Reuniões Anuais do Fundo Monetário/Grupo Banco Mundial com o objectivo de dar oportunidade aos pequenos estados de trocarem informações e pontos de vista, avaliar o progresso conquistado no programa dos pequenos estados e acompanhar o seguimento do relatório da Task Force e determinar as prioridades para o trabalho futuro. O primeiro Fórum dos Pequenos Estados, presidido por S.Exa. Owen Arthur, Primeiro-Ministro de Barbados, em representação dos países da região das Caraíbas, realizou-se em 25 de Setembro de 2000 em Praga, República Checa. Incidiu sobretudo nos programas de trabalho das instituições parceiras – Secretariado da Commonwealth, União Europeia, Fundo Monetário Internacional, Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio - destinados a executar o programa de acção do relatório da Task Force. O Fórum de 2001, que devia ter sido realizado em Washington, D.C. foi cancelado na sequência dos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001. Este passou a ser o tema do Fórum 2002, presidido por S.Exa. Misa Telefoni Retzlaff, Vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças de Samoa, em representação dos países do Pacífico. O Fórum realizou-se em 30 de Setembro de 2003, em Washington, D.C. e o Professor Jeffrey D. Sachs, Director do Earth Institute na Universidade de Columbia, foi o orador principal. O Fórum de 2003 foi presidido pelo Ministro do Desenvolvimento Económico, Serviços Financeiros e Sector Empresarial das Maurícias, em nome dos países africanos. Realizou-se em 24 de Setembro de 2003, em Dubai, EAU e a atenção dos participantes centrou-se na redução da pobreza como um requisito prévio para o desenvolvimento sustentável, em consonância com as observações feitas pelo Sr. Hage Geingob, Secretário Executivo da Coligação Global Mundial para África e ex Primeiro-ministro da Namíbia. Em nome dos países das Caraíbas, S.Exa. Dr. Denzil Douglas, Primeiro-ministro de St. Kitts e Nevis, presidirá ao Fórum deste ano subordinado ao tema amplo de “Crescimento e Competitividade nos Pequenos Estados”, com principal incidência no investimento. Como referência para o Fórum de 2004, este documento fornece um panorama actualizado das últimas actividades relativas aos pequenos estados levadas a cabo pelas instituições parceiras da Task Force.

1 Ver Pequenos Estados: Responder aos Desafios da Economia Global, Relatório da Task Force Conjunta do Secretariado da

Commonwealth/Banco Mundial para os Pequenos Estados, de Abril de 2000, disponível na página www.worldbank.org/smallstates; e “Comunicado da 61ª Reunião do Comité de Desenvolvimento” de 17 de Abril de 2000, que pode ser consultado no endereço www.worldbank.org/devcom.

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BANCO MUNDIAL 1

RELATÓRIO DE 2004 DO GRUPO DO BANCO MUNDIAL SOBRE O PROGRESSO REGISTADO PROGRAMA DE TRABALHO DE PEQUENOS ESTADOS

I. INTRODUÇÃO

1. 1. Na sequência do relatório da Task Force Conjunta do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial de 2000 Pequenos Estados: Responder aos Desafios da Economia Mundial, elaborou-se o quinto relatório sobre o progresso registado nas actividades do Banco Mundial destinadas a ajudar os pequenos estados a ultrapassar os obstáculos que se levantam ao seu desenvolvimento.1 Centra-se em actividades que se realizaram durante o ano fiscal do Grupo do Banco de 2004 (1 de Julho de 2003 a 30 de Junho de 2004), a par de outras já em curso ou então planeadas. Analisa as actividades operacionais relevantes em cada área do enquadramento de assistência do Banco aos pequenos estados, conforme esboçado no relatório da Task Force Conjunta e discute os programas específicos de cada país considerado pequeno estado, incluindo a situação dos Documentos de Estratégia de Redução da Pobreza (PRSP), Estratégias de Assistência ao País (CAS), operações de concessão de empréstimos e estudos analíticos. Em 2004, o Banco participou igualmente em reuniões preparatórias—incluindo a Reunião Inter-regional das Bahamas em Janeiro de 2004 e a XII Sessão da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável em Nova Iorque, em Abril de 2004—da Reunião Internacional para a Análise do Programa de Acção de Barbados para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, a realizar-se nas Maurícias em Janeiro de 2005.

II. ENQUADRAMENTO DA ASSISTÊNCIA DO BANCO MUNDIAL 2. O enquadramento da assistência do Banco Mundial aos pequenos estados indica sete áreas de actividade relacionadas com as quatro categorias— debelar a volatilidade, vulnerabilidade e desastres naturais; reforçar a capacidade; responder aos desafios e oportunidades da globalização; e adaptação ao regime de comércio universal em fase de mudança—resumidas no relatório da Task Force Conjunta:. (a)

(b) (c) (d) (e)

(f)

Redução dos custos de transacção para os pequenos estados e aumentar a coordenação entre os dadores;

Apoiar iniciativas regionais; Diminuir os custos de desastres naturais e melhorar a gestão de riscos; Proteger o ambiente físico; Apoiar o desenvolvimento do sector privado;

(f) Assistir na exploração de oportunidades que a tecnologia de informação e o comércio electrónico possam oferecer aos pequenos estados isolados; e

Facilitar a partilha de conhecimento.

Neste relatório discutem-se ainda actividades do Banco Mundial relevantes para as áreas universais do sector financeiro e do comércio. A. Redução dos Custos de Transacções para os Pequenos Estados e Coordenação de Dadores 3. Durante o ano fiscal de 2004, prosseguiram as acções destinadas a reduzir os custos das transacções e a melhorar a coordenação dos dadores no contexto da agenda de modernização e simplificação das políticas do Banco e dos esforços internacionais para elevar a coordenação da ajuda no seio de cada país.

1 Pode aceder-se ao relatório da Task Force e ao relatório de progresso anual através de www.worldbank.org/smallstates.

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BANCO MUNDIAL 2

4. Modernização das Políticas. No final de Agosto de 2004, um dos principais instrumentos de concessão de crédito do Banco Mundial—crédito para o ajustamento—foi substituído por “Empréstimos para a Política de Desenvolvimento”, o que representa uma transformação principal da política operacional do Banco.2 A nova política é o culminar de consultas com os interessados ao longo de mais de dois anos, incluindo governos, representantes da comunidade, grupos da sociedade civil, académicos e representantes do sector privado de todo o mundo. O novo enquadramento unifica a política que se aplica a uma série de instrumentos—empréstimos de ajustamento sectorial, empréstimos para ajustamento estrutural e créditos de apoio à redução da pobreza – que estão abrangidos por ele. Além do mais, a nova política contempla questões fundamentais de concepção, acordos fiduciários, opções de financiamento e difusão e divulgação. A nova política procura assegurar uma participação mais ampla na elaboração das políticas governamentais ao realçar que as reformas não deveriam ser executadas sem consultas com os interessados nem sem um entendimento mais aprofundado do impacto social e ambiental. A nova política também reconhece que a maior parte dos empréstimos do Banco assentes nesta política (representando cerca de um terço do total dos empréstimos anuais do Banco) é agora sob a forma de apoio programático para mudanças estruturais e institucionais, complexas e a médio prazo, e não de ajuda para eliminar as distorções económicas, embora o Banco reconheça que ainda tem um papel a desempenhar nessas situações. 5. O Banco também está a trabalhar para racionalizar os instrumentos de empréstimo para investimentos. No ano fiscal 2004, foram introduzidos documentos simplificados para empréstimos ao investimento e, quanto a projectos mais simples e que se repetem, foram feitas alterações para tornar mais pontuais e mais eficazes em função do custo os processamentos dos projectos. Está também em curso trabalho para modernizar as políticas do Banco que regem os empréstimos para investimento, de modo a reflectirem o modelo de desenvolvimento centrado no país, introduzirem uma maior clareza e flexibilidade para melhor responderem às necessidades dos mutuários e facilitarem a harmonização dos dadores. Como parte deste esforço, por exemplo, está a ser revista a política sobre financiamento suplementar para permitir o financiamento adicional quando necessário, com vista a aumentar o impacto dos projectos que apresentem um bom desempenho. O Banco está também dedicado a solucionar as deficiências que existem na política de empréstimos de emergência, propondo revisões que habilitariam o Banco a responder a situações de emergência nos países mutuários, de uma forma mais rápida e mais ágil. Na frente fiduciária, em Abril de 2004, entrou em vigor uma nova política sobre financiamento do Banco3, alargando consideravelmente os critérios de elegibilidade que dão acesso a esse financiamento. Em Maio de 2004, entraram em vigor as alterações às normas do Banco relativas à aquisição e selecção de serviços de consultores no âmbito de projectos financiados pelo Banco4, tornando as aquisições financiadas pelo Banco abertas a todos os participantes interessados e qualificados (e não apenas aos dos países membros); reforçando os requisitos de publicação para aumentar a transparência; modernizando as disposições de forma a permitir um aumento de aquisições por via electrónica; e clarificando as disposições sobre conflitos de interesse aplicáveis a consultores. O Banco está a actualizar os documentos padrão de licitação para reflectir estas e outras alterações, que deverão também reforçar a harmonização nesta área. 6. Instrumentos Flexíveis. Em consonância com o impulso geral do Banco para modernização e simplificação das políticas, as Unidades de Gestão dos Países das Caraíbas e do Pacífico, em estreita colaboração com os colegas da região de África do Banco, começaram recentemente a trabalhar numa proposta destinada a simplificar os procedimentos da actividade 2 Ver Política Operacional 8.60, Development Policy Lending, disponível em: http://wbln0018.worldbank.org/Institutional/

Manuals/OpManual.nsf/OPolw/AD55139DFE937EE585256EEF00504282?OpenDocument. 3 Ver Política Operacional 6.00, Bank Financing, através de: http://wbln0018.worldbank.org/Institutional/Manuals/

OpManual.nsf/OPolw/C22F1032D7DFD30285256E8A00763966?OpenDocument. 4 As novas normas de aquisições estão disponíveis em http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/PROJECTS/

PROCUREMENT/0,contentMDK:50002392~pagePK:84269~piPK:60001558~theSitePK:84266,00.html.

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económica para concessão de empréstimos para investimento aos pequenos estados. Entretanto, os empréstimos para programas adaptáveis (APL) continuam a ser uma abordagem valiosa para os programas de países pequenos. Os APLs fornecem um apoio ao desenvolvimento a longo prazo por intermédio de operações múltiplas (“fases”) que se baseiam em lições tiradas da fase anterior. De uma maneira geral centrada num único país, a Unidade do Banco para as Caraíbas adaptou a abordagem a uma via mais eficiente e eficaz em função do custo, para fornecer programas de países com o estatuto de pequenos estados. No âmbito de um ´APL horizontal´, cada uma das fases corresponde à inclusão de um novo país (ou países). Se bem que o ponto de incidência do programa global seja o mesmo, cada país pode, ao abrigo do programa, talhar o seu projecto à medida das suas necessidades. Os projectos para a OECS na área de gestão de cataclismos, educação e VIH/SIDA perfilharam esta abordagem, e o modelo foi adoptado pela Região África do Banco na elaboração de um programa de prevenção e controlo de VIH/SIDA abrangendo vários países. As operações para Cabo Verde e Gambia foram aprovadas ao abrigo deste mesmo programa. No Pacífico, o APL para Gestão dos Activos de Infra-estruturas em Samoa, que utiliza a metodologia tradicional, passou à sua segunda face e foi declarado eficaz em Abril de 2004. 7. Harmonização e Alinhamento. Na sequência da Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento em Monterrey de Março de 2002, num Fórum de Alto Nível sobre Harmonização que se realizou em Roma em Fevereiro de 2003, os dadores comprometeram-se a harmonizar e alinhar os seus programas de ajuda no contexto das prioridades dos beneficiários e a racionalizar os processos, procedimentos e práticas em conformidade com os sistemas vigentes nos países.5 O Grupo de Trabalho OCDE/DAC sobre Eficácia da Ajuda e Práticas dos Dadores,6 criado depois do Fórum de Roma para apoiar e monitorizar a execução, está a atender as necessidades da implementação através de um serviço de apoio, e concebeu e está a testar no terreno indicadores quantitativos e qualitativos destinados a detectar o progresso registado a nível do país. Está previsto um segundo Fórum de Alto Nível sobre Harmonização para Março de 2005 em Paris que visa avaliar o progresso verificado na execução da harmonização e alinhamento no terreno, para poder identificar modos de acelerar e ampliar a implementação e para sustentar e intensificar o ímpeto e um comprometimento político com as alterações fundamentais que melhorem a prestação da ajuda. Até à data, houve progresso numa série de actividades, incluindo: • Formação de grupos de trabalho compostos por entidades governamentais e dadores sobre

harmonização; • Desenvolvimento de planos de acção de harmonização entre os dadores e os países parceiros; • Exercícios de preparação de estratégia de assistência conjunta; • Melhor alinhamento do apoio orçamental com os ciclos dos orçamentos anuais e da

assistência dos dadores com os PRSPs e outras estratégias idênticas controladas pelo país beneficiário;

• Uma atenção especial nos países de baixo e médio rendimento no que respeita à utilização de abordagens comuns a todos os sectores e alinhamento com os sistemas do país como modalidades de harmonização;

5 Ver Declaração de Roma sobre Harmonização (25 de Fevereiro de 2003): www1.worldbank.org/harmonization/ romehlf/. 6 Começou como um grupo de dadores bilateral e multilateral e, presentemente, abrange participantes de 15 países em

desenvolvimento: Bangladesh, Bolívia, Cambodja, Etiópia, Fiji, República de Kyrgyz, Marrocos, Moçambique, Nicarágua, Níger, Senegal, África do Sul, Tanzânia, Vietname e Zâmbia.

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• Trabalho sobre acordos de elaboração e auditoria de relatórios financeiros e procedimentos e limiares comuns para aquisições;

• Um número crescente de avaliações fiduciárias e outros estudos analíticos e de diagnóstico realizados em conjunto entre os parceiros dadores;

• Início de experiências piloto utilizando sistemas próprios de cada um dos países de salvaguardas ambientais e sociais; e

• Iniciativas de aprendizagem extensivas ao país inteiro. 8. Actividades de Harmonização Nacional e Regional. Nas Caraíbas, o Banco Mundial continua a participar em reuniões de planeamento para o Fórum das Caraíbas para o Desenvolvimento (anteriormente o Grupo das Caraíbas para Cooperação no Desenvolvimento Económico) presentemente organizado pelo Banco de Desenvolvimento das Caraíbas em Barbados. O Banco está também a trabalhar em parceria com os dadores nas Caraíbas Orientais com vista a desenvolver uma base de dados na internet dos fluxos de ajuda na sub-região; prevê-se que esteja disponível uma versão piloto no princípio de 2005. No Pacífico, em Fiji em Novembro de 2003, o Secretariado do Fórum do Pacífico acolheu um primeiro workshop sobre experiências de harmonização nos países das Ilhas do Pacífico com o intuito de alertar para a agenda de harmonização. Os participantes manifestaram interesse em explorar metodologias sectoriais abrangentes, estudos analíticos conjuntos e harmonização das aquisições. Durante o ano fiscal de 2004, o Banco também participou em reuniões com os parceiros de desenvolvimento em Fiji, Ilhas Salomão e Vanuatu. Na região da África, os dadores estão a organizar entre si e com os governos dos países o melhor alinhamento da assistência às estratégias de redução de pobreza dos países, com vista a aumentar a eficácia através de mecanismos técnicos, tais como apoio ao orçamento e sectorial (em vários países de África, formalizaram-se acordos sob a forma de Memorandum of Understanding entre parceiros que prestam apoio ao orçamento e o governo). Estão em curso actividades de harmonização e de coordenação em vários pequenos estados (ver Caixa 1).7

7 Pode ter acesso a mais detalhes sobre actividades de harmonização e de alinhamento a nível de país e a Memoranda of

Understanding através de www.aidharmonization.org.

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Caixa 1. Actividades de Harmonização num Número Seleccionado de Pequenos Estados

B 9cDdNCaare

Fiji. As actividades de harmonização estão centradas no Plano de Desenvolvimento do País. AusAID está aprestar assistência às autoridades com vista a racionalizar os programas dos dadores e a fazer a integração com ossistemas de elaboração de relatórios e de planeamento do governo. No sector da saúde, a AusAID está a actuar emparceria com o Ministério da Saúde num Projecto-piloto de Aliança de Contratação, para apoiar e reforçar ossistemas de parceria/governo a nível de programa. A AusAID está ainda a participar na harmonização dosprogramas de educação, leis e justiça. Efectuou discussões com a NZAID sobre financiamento conjunto do Centrode Crise de Mulheres em Fiji. A NZAID está a desenvolver um plano de acção de harmonização, que se esperaque esteja concluído antes de Outubro de 2004, que irá incorporar o plano de harmonização da AusAID/NZAID.A União Europeia está também a colaborar nos esforços de coordenação de políticas e harmonização deprocedimentos em Fiji, e o país está a servir de piloto para o teste no terreno dos indicadores de progresso doGrupo de Trabalho da OCDE/DAC.

Gambia. O Governo tem estado a colaborar com vários parceiros de desenvolvimento para aprofundar aharmonização da ajuda destinada a apoiar as prioridades do PRSP no contexto da Iniciativa Acelerada Educaçãopara Todos (de que a Gambia é um país piloto). Em 2003, preparou-se uma Avaliação da ResponsabilizaçãoFinanceira do País em conjunto com o Banco Africano de Desenvolvimento, DFIF, União Europeia e BancoMundial.

Guiana. O governo apoia a harmonização dos dadores para fazer avançar os objectivos do PRSP. O BancoInteramericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial partilharam instrumentos de auditoria para avaliar asSupremas Instituições de Auditorias e firmas de auditoria e estão a partilhar informação respeitante a sistemas,políticas e procedimentos de desembolsos de empréstimos. No contexto da Iniciativa Acelerada Educação paraTodos (de que a Gambia é um país piloto), os dadores concordaram utilizar um relatório de progresso anual, únicoe unificado preparado pelo governo em conjunto com a análise sectorial anual.

Jamaica. O DFID e o Banco Mundial estão a trabalhar para uma estratégia de assistência ao país comum; prevê-se a criação pelo Like Minded Donors´Group de um fundo partilhado para aumentar a qualidade e capacidade deresposta dos serviços públicos; os dadores aceitaram um formato comum para os desembolsos e elaboração derelatórios; e o Banco concluiu uma avaliação das novas políticas e procedimentos de aquisições do governo daJamaica como um primeiro passo para se harmonizar a aplicação dos requisitos dos dadores em torno do novosistema adoptado pelo governo. Está previsto para meados de Outubro de 2004 um workshop para preparar osegundo Fórum de Alto Nível sobre Harmonização.

Samoa. A harmonização progrediu bem graças ao forte sentido de controlo do governo. Dois comités nacionais —um para a coordenação de dadores e o outro para a coordenação do planeamento do desenvolvimento nacional—estão a colaborar para integrar a assistência dos dadores num vasto enquadramento de desenvolvimento nacional.AusAID, NZAID e o governo discutiram a harmonização da estratégia bilateral para Samoa com a Estratégia parao Desenvolvimento de Samoa (2005–2007). Além do mais, a AusAID, Banco Mundial e Organização Mundial daSaúde e o Governo têm um Memorandum of Understanding de 2001 que funciona como a base para a colaboraçãono sector da saúde; no sector da educação existem planos para se harmonizarem os projectos de bolsas de estudoda Austrália e da Nova Zelândia com o esquema de bolsas da Samoa em 2004. A assistência da União Europeiano sector do abastecimento da água é reforçada pelo projecto da Austrália de criação de capacidade com aDirecção das Águas de Samoa. O Banco Asiático de Desenvolvimento e o Banco Mundial prepararamconjuntamente uma Análise do Funcionamento das Aquisições, com a intenção de se conseguir uma maiorharmonização no domínio das aquisições.

. Apoio às Iniciativas Regionais

. Nas Caraíbas, a assistência do Banco Mundial apoia abordagens sub-regionais oordenadas no ensino secundário, telecomunicações, VIH/SIDA e gestão de cataclismos. urante o ano fiscal de 2004, foi aprovado um projecto VIH/SIDA para Sta. Lúcia e um projecto e educação para St.Vincent e Grenadinas, ambos ao abrigo da metodologia horizontal do APL. a sequência do Projecto de Reforma das Telecomunicações da Organização dos Estados das araíbas Orientais (OECS), que deverá ser encerrado em Dezembro de 2004, espera-se que seja provado em 2005 um projecto de tecnologia de comunicações. O projecto, que irá dar ssistência adicional à Direcção de Telecomunicações das Caraíbas Orientais (a primeira direcção gional de telecomunicações do mundo), irá também prestar financiamento inicial à Rede de

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Conhecimento e Aprendizagem das Caraíbas, uma iniciativa de ensino pós secundário à distância, que se espera venha a beneficiar todos os membros da Comunidade das Caraíbas. Esta iniciativa, apoiada pelos dadores e liderada pelo Primeiro-ministro Mitchell de Grenada, foi formulada durante o último ano e oficialmente lançada em Grenada em Fevereiro de 2004, num workshop que reuniu partes interessadas de mais de 18 países das Caraíbas. O Banco também deu início às preparações para um programa de desenvolvimento do sector público de nível regional no seio da OECS e que está previsto desenrolar-se em Grenada e Sta Lúcia. Prosseguem os esforços relativamente a uma iniciativa de dadores múltiplos, sub-regional intitulada “mini-MECOVI”8 destinada a apoiar o Secretariado da OECS na sua missão de reforçar a capacidade institucional dos gabinetes estatísticos nacionais dos seus nove países membros com vista a coligir, analisar e produzir informações estatísticas pontuais, relevantes e de alta qualidade, que são necessárias para se formular e monitorizar o progresso registado na execução de estratégias para redução da pobreza. Tais projectos serão incorporados no próximo CAS da OECS que se espera esteja concluído em 2005. Acrescente-se que, durante o ano fiscal de 2004, o Banco desembolsou USD 700,000 do Mecanismo de Doação para o Desenvolvimento (DGF) em apoio ao Centro de Assistência Técnica Regional (CARTAC) sedeado em Barbado e administrado pelo GMI, elevando o apoio total concedido ao longo dos últimos três anos para mais de USD 2,1 milhões. 10. No Pacífico, o Banco irá preparar durante o ano fiscal de 2005 a segunda Estratégia Regional para as Ilhas do Pacífico (um CAS) na sequência da primeira estratégia regional de Maio de 2000. A nova estratégia irá explorar o modo como o Banco pode colaborar com outros dadores para aumentar o crescimento da região e as possibilidades de criação de emprego. A nível regional e de cada país individual, o Banco está a seguir e a explorar apoio adicional com vista a melhorar o clima de negócios (por exemplo, através de uma reforma regulamentar, diálogo entre o sector público e privado, reforma dos serviços de utilidade pública, integração comercial e mobilidade da mão-de-obra); gestão de desastres naturais e adaptação à alteração climática; e uma prestação mais eficaz dos serviços sociais. O Banco vai também continuar a participar em reuniões regionais, tais como a Mesa Redonda Ásia-Pacífico, realizada em Sidney em Março de 2004, e a Reunião Anual dos Ministros da Economia do Fórum (FEMM) onde, em Junho de 2004, o Banco partilhou as conclusões iniciais sobre os resultados do desenvolvimento humano. Estes resultados estão a ser utilizados para informar uma série de estudos quanto ao modo de desenvolver, com mais eficácia, modelos de prestação de serviços na área da saúde e da educação e serviços de protecção social, como parte do Relatório Bienal Económico da Região do Pacífico. Na FEMM, o Banco apresentou ainda a sua série “Notas sobre o Pacífico” que incluirão notas de políticas centradas em tópicos de interesse comum para os clientes das Ilhas do Pacífico, e delineou o conceito que vai aplicar à Estratégia Regional para as Ilhas do Pacífico em 2005. 11. Em África, a integração regional está a avançar com o movimento no sentido de uma união alfandegária regional e a criação de mercados de energia regionais na África Austral e Ocidental. A necessidade de se cooperar no desenvolvimento de bens comuns (rotas de transportes, grupos de energia comum) para além da necessidade de se debelar a proliferação de questões de desenvolvimento além fronteiras, tais como doenças infecciosas e conflitos, constitui um poderoso incentivo para uma integração pró-activa. A Iniciativa da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) reconhece este facto, sem hesitações, ao colocar a integração regional como uma das suas prioridades chave. O Enquadramento Estratégico para a Assistência da IDA para o ano fiscal 2004, da responsabilidade do Banco, reconhece a importância de os governos e dadores terem de pensar e actuar regionalmente e incentiva as abordagens regionais. O Banco ampliou, portanto, o seu apoio à integração regional, com o desenvolvimento de estratégias para assistência à integração regional (RIAs) que estão em consonância com as prioridades das sub-regiões relevantes e assentam nos princípios de um 8 MECOVI é o Programa Regional de Assistência Técnica para Melhorar os Levantamentos do Projecto de Condições de

Vida (ISLC/MECOVI) na América Latina e Caraíbas.

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regionalismo aberto, complementaridade, pragmatismo e participação do sector privado. Três pequenos estados (Cabo Verde, Guiné e Gabão) estão abrangidos na RIAS do Banco para a África Ocidental, dois (Guiné Equatorial, Guiné e Gabão) estão abrangidos pela RIAS da África Central e cinco (Botswana, Lesoto, Maurícias, Namíbia, Seicheles e Suazilândia) estão cobertos pela RIAS da África Austral que está em fase de elaboração. Estas estratégias oferecem o contexto para o apoio continuado do Banco às entidades sub-regionais, tais como a União Monetária e Económica da África Ocidental (WAEMU), a Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O Banco, em conjunto com o FMI, União Europeia e Banco Africano de Desenvolvimento, também continua a apoiar a Iniciativa Além-Fronteiras (CBI), que visa promover o investimento privado, comércio e pagamentos na África Oriental e Austral e Oceano Índico e incentivar uma maior integração na economia mundial. São cinco os pequenos estados (Comoros, Maurícias, Namíbia, Seicheles e Suazilândia) que participam na CBI. C. Baixar os Custos dos Desastres Naturais e Melhorar a Gestão dos Riscos 12. Três projectos de gestão de cataclismos da OECS, na sequência do Ciclone Georges de 1998, foram agora encerrados e espera-se que outros dois concluam as suas actividades em meados de 2005, enquanto se aprovou recentemente um projecto subsequente para Sta. Lúcia. O Projecto de Gestão de Risco e Seguros para Catástrofes nas Caraíbas aguarda finalização em conformidade com a determinação dos países participantes. No Pacífico, para além do Projecto de Gestão dos Activos em Infra-estruturas de Samoa, o Projecto de Recuperação de Emergência do Ciclone para Samoa, aprovado em Abril de 2004, na sequência do Ciclone Heta, visa assistir o governo nos seus esforços de recuperação e de redução de vulnerabilidade aos riscos naturais prevalecentes mediante a melhoria das condições de resistência da superfície costeira à erosão, inundações e riscos de deslizamento de terras através do uso adequado e sustentável de protecção estrutural e não-estrutural; promoção da recuperação de eco sistemas costeiros frágeis através de práticas sustentáveis; e recuperação das comunicações por transporte terrestre que foram danificadas. Pretende também tornar mais fiável o acesso à assistência de emergência no caso de um novo cataclismo. O Projecto de Recuperação de Emergência e de Gestão dos Efeitos do Ciclone em Tonga e o Projecto de Adaptação de Kiribati continuam a apoiar o fortalecimento dos processos de gestão de riscos associados com o clima destes países. O Banco encomendou ainda um estudo, efectuado pela Comissão de Geociência do Pacífico Sul, sobre a viabilidade de um projecto de seguro contra calamidades na região do Pacífico.

13. Acresce que a Unidade de Gestão de Perigos Naturais (o antigo Mecanismo de Gestão de Calamidades) continua a prestar assistência técnica, orientação sobre políticas e formação aos funcionários do Banco e aos governos clientes destinada a integrar nas actividades de desenvolvimento a gestão do risco de desastres naturais. Os estudos da Unidade sobre pequenos estados incluem uma publicação sobre os elos entre a gestão ambiental e de calamidades em Dominica, Sta. Lúcia e República Dominicana, e o estudo de um caso em Dominica que documenta os impactos a longo prazo dos desastres naturais no domínio económico e de desenvolvimento no país.

D. Protecção do Ambiente Físico

14. O Banco continua comprometido com a protecção do meio-ambiente através de programas nacionais e regionais, ajudando com frequência os pequenos estados a conseguir recursos do Mecanismo para o Meio-Ambiente Universal (GEF).9 Durante o ano fiscal de 2004, foi aprovado um projecto para apoio das áreas protegidas na OECS e foi também aprovado para a Namíbia um projecto de gestão integrada de base comunitária, a primeira operação do Banco para 9 Estão disponíveis informações sobre o GEF e os projectos do GEF no endereço www.gefweb.org.

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o país. Está em preparação um projecto para o Gabão do GEF para apoiar a implementação de planos de gestão relativamente a dois (dos treze) parques nacionais criados em 2002. Será associado a um projecto do BIRD que se encontra em fase de elaboração e que visa ajudar a melhorar a gestão dos recursos florestais e pesqueiros a título de apoio à agenda da diversificação económica do Gabão, integrada no Programa apoiado por Dadores Múltiplos para o Sector das Florestas e do Ambiente no Gabão. O programa centra-se no reforço institucional, transparência, governação dos bens públicos, mecanismos de fixação de preços, partilha das receitas, criação de emprego e atribuição de poderes às comunidades locais. O apoio do GEF prestado ao Programa Regional de Gestão da Informação e Ambiente, sedeado no Gabão, teve um impacto considerável, pelo que o organismo executor irá solicitar uma segunda fase para executar actividades subsequentes. O Banco está também a ajudar a preparar um Projecto do GEF para a Gestão Sustentável da Terra no Butão, a ser co-financiado pela Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional. Pretende ajudar o Butão a resolver o problema da degradação rural e urbana, em conformidade com o novo Programa Operacional do GEF para a Gestão Sustentável da Terra, que promove a aprendizagem e colaboração e soluções inovadoras em todos os sectores em relação a questões de sustentabilidade ambiental que possam ser reproduzidas e tenham um impacto local e global. O Banco também continua a preparar um projecto GEF para criar um Sistema de Área Protegida na Guiana. Os projectos GEF implementados pelo Banco para os pequenos estados, que foram previamente aprovados, estão a contemplar a adaptação às alterações climáticas (e.g., nas Caraíbas, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe) e biodiversidade (e.g. em Belize, Butão, Guiné-Bissau, Guiana, Maurícias, Samoa, Seicheles e Suazilândia). O Banco continua igualmente a colaborar com o Kiribati para integrar as questões de adaptação às mudanças climáticas no planeamento económico nacional. O Banco também está a assistir o Governo do Palau a criar capacidade em economia ambiental com vista a avaliar os custos e os benefícios das opções de gestão da costa e a viabilidade da exploração de óleo e de gás.

E. Apoio ao Desenvolvimento do Sector Privado 15. Durante o ano fiscal de 2004, a Sociedade Financeira Internacional (SFI), a divisão do Banco que se dedica ao financiamento do sector privado, aprovou sete projectos do sector privado em cinco pequenos estados—Butão, Cabo Verde, Estónia, Maldivas e Trinidad e Tobago—em que o valor total dos compromissos se situou ligeiramente acima de USD 37 milhões.10 Os investimentos concentraram-se nos sectores das acomodações e turismo, finanças e seguros, educação e têxteis.

16. Instalações Regionais da SFI. A SFI também tem instalações regionais em África e no Pacífico que prestam apoio a pequenas e médias empresas (PMEs). Durante o ano fiscal de 2004, o Mecanismo da SFI para Desenvolvimento de Projectos em África (APDF) esteve activo em Cabo Verde, Gabão e Gambia, para resolver, especialmente, as necessidades de criação de capacidade. Em Cabo Verde, o escritório regional no Senegal empreendeu uma avaliação das necessidades de formação e desenvolvimento para melhor adaptar os módulos de formação existentes, desenvolvidos noutros locais, às condições e práticas nas ilhas. Espera-se que se possa oferecer programas de formação aos funcionários de instituições financeiros no AF 2005. No Gabão, o APDF colaborou com a federação das entidades patronais para elaborar um programa de formação de 11 módulos destinado às mulheres empresárias. Os módulos oferecidos incluíam marketing, contabilidade e finanças, gestão da produção, gestão do calendário e planeamento estratégico. O programa dirigia-se a doze empresários, cuidadosamente seleccionados, e visava dotá-los com instrumentos práticos que os habilitassem a gerir melhor os seus negócios. O programa foi co-financiado pelo APDF, Organização Mundial do Trabalho e Fundo Nacional de Formação Profissional do Gabão. O APDF e o Fundo de Formação do Gabão estão a considerar a reprodução do programa e o aumento de colaboração no futuro. Na Gambia, o APDF concluiu 10 Informações sobre a SFI encontram-se em www.ifc.org.

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projectos de serviços de apoio empresariais com duas empresas, uma firma de telecomunicações e uma empresa de empréstimos. O APDF ajudou as empresas a melhorarem os seus sistemas financeiro e contabilístico.

17. Durante o ano fiscal de 2004, o Mecanismo de Desenvolvimento Empresarial no Pacífico da SFI (PEDF) concluiu 34 projectos, essencialmente via intermediários no país, forneceu orientação e instruiu 11 prestadores de serviços; estabeleceu 13 acordos de parceria com oito projectos de assistência técnica decorrentes destes acordos; assistiu oito instituições financeiras regionais; terminou 14 projectos de assistência técnica na área de finanças das PMEs e dois para PMEs individuais; desenvolveu e executou dois produtos financeiros; realizou 10 workshops/seminários; concluiu três segmentos de estudos sobre reforma de políticas relacionadas com o sector privado para os governos das ilhas; e facilitou dois projectos de privatização da SFI. Os projectos foram concluídos em Fiji, Samoa, Palau, Papua Nova Guiné, Tonga e Ilhas Salomão.

18. Serviço Consultivo para o Investimento Estrangeiro. No ano fiscal de 2004, o Serviço Consultivo Conjunto do Banco Mundial/SFI para o Investimento Estrangeiro (FIAS) desenvolveu actividade em vários pequenos estados.11 O FIAS conduziu avaliações e prestou parecer sobre barreiras administrativas ao investimento privado em Botswana e Lesoto. Também efectuou estudos de diagnóstico do clima de negócios na Gambia, Grenada, Jamaica, Seicheles e nos oito países membros da WAEMU. Analisou aspectos da política de investimento (e.g., leis e instituições) a nível regional no Pacífico (avaliando os esforços dos países das Ilhas do Pacífico para observarem os princípios da APEC), bem como os factores que afectam especificamente o investimento directo estrangeiro em Fiji, Guiana, Ilhas Marshall e Timor-Leste. Prestou parecer sobre regimes de incentivos na Jamaica e Malta; analisou e fez recomendações sobre acordos institucionais no Butão e Timor-Leste; e analisou os elos entre os investidores estrangeiros e a actividade económica doméstica no Pacífico. No Gabão, o FIAS está a terminar um diagnóstico do clima de investimento e projecta efectuar uma análise detalhada do regime fiscal e de incentivos do país bem como das barreiras administrativas ao investimento.

19. Avaliações do Clima de Investimento. As Avaliações do Clima de Investimento (ICAs) foram introduzidas na estratégia de Desenvolvimento do Sector Privado do Grupo Banco Mundial em 200212 como uma ferramenta sistemática para identificar características do clima de investimento que tenham um papel importante na produtividade e crescimento, detectar alterações no clima de investimento de um país e comparar os países e as regiões.13 As ICAs centram-se nas dimensões microeconómicas e estruturais do ambiente da actividade económica num país e analisam os factores que levantem obstáculos ao funcionamento dos mercados de produtos, mercados financeiros e de factores não financeiros e serviços de infra-estruturas, incluindo debilidades num enquadramento legal, regulamentar e institucional da economia. As ICAs também fornecem os instrumentos e o enquadramento analítico para identificar as prioridades das reformas no clima de investimento de um país, ao estabelecer a ligação entre os entraves aos custos e produtividade a nível de empresas. As ICAs são preparadas em parceria com o governo, representantes do sector privado no país e outros dadores. Todas as ICAs assentam num levantamento standard do clima de investimento. À ICA concluída para o Butão no AF 2003 seguem-se outras presentemente em fase de elaboração para a Guiana, Jamaica, Lesoto e Maurícias. No ano fiscal 2005, vai ser lançada uma ICA para Cabo Verde e ainda uma ICA regional destinada ao Pacífico Sul. Através da colaboração entre o Banco Mundial e o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, a Estónia vai ser contemplada pelo 11 Informações sobre o FIAS encontram-se em www.fias.net. 12 Para acesso ao relatório e aos relatórios sobre o progresso registado na execução, visite

www.worldbank.org/privatesector/. 13 O programa de trabalho completo da ICA pode ser consultado no site: www.worldbank.org/privatesector/ic/

docs/ICA%20WP%202004-06-22.xls.

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Levantamento do Clima de Investimento e Desempenho Empresarial III, em 2005, que cobre a maior parte desse levantamento do clima de investimento subjacente a qualquer ICA. No ano fiscal de 2006, espera-se que seja lançada uma ICA para a OECS.

20. Base de Dados da Actividade Económica. Adicionalmente, a “Base de Dados da Actividade Económica” do Grupo Banco analisa as leis e regulamentações em vigor que representam um estímulo ou um obstáculo aos climas de negócio, produtividade e crescimento.14 Lançada em 2003, fornece dados quantitativos sobre o tempo, custos e número de procedimentos que permitem comparações entre os países. Realça as melhores práticas regulamentares de uma forma global e adequada, que normalmente são simples, e as reformas para se melhorar os climas de negócios. Os tópicos inicialmente cobertos incluem mercados de crédito, regulamentações para a entrada, falência, execução de contratos e regulamentações laborais. Os tópicos adicionados em 2004 abrangem os estorvos burocráticos, governação empresarial e títulos de registo de propriedade. Em 2005, passarão a ser incluídos a tributação, infra-estrutura do comércio e protecção da propriedade. Uma vez publicado, cada um destes tópicos será actualizado anualmente. Em 2004, a amostragem original de 133 países foi alargada a 145 e, presentemente, inclui 16 pequenos estados: Butão, Botswana, Estónia, Fiji, Jamaica, Kiribati, Lesoto, Maldivas, Ilhas Marshall, Micronésia, Namíbia, Palau, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga e Vanuatu. No Pacífico, o relatório sobre a Actividade Económica será difundido no Outono de 2004. O relatório tem potencialidade para ser um dos principais centros de atenção do comprometimento do Banco na região, em especial na promoção do crescimento através do desenvolvimento do sector privado.

F. Tecnologia de Informação e Comércio Electrónico 21. Conforme já se referiu, está a ser preparado para a OECS um projecto de tecnologia de comunicações da informação, na sequência do Projecto de Reforma das Telecomunicações que foi bem sucedido. O Projecto de Assistência Técnica à Reforma do Sector das Telecomunicações e do Sector Postal de Samoa (aprovado no ano fiscal de 2003) está a assistir na introdução de concorrência e participação privada no sector mediante reformas regulamentares e assistência à gestão de Projectos, no reforço da capacidade de regulamentação institucional e na melhoria da prestação de serviços em determinadas áreas. Nas Ilhas Salomão, o Banco está a aconselhar o Governo no que se refere a reformas regulamentares das telecomunicações e acesso rural. No Butão, o Projecto de Apoio ao Desenvolvimento do Sector Privado, que está em fase de preparação, deverá incluir financiamento para o desenvolvimento de um pequeno Parque de Tecnologia de Informação que poderia estar ligado a um centro de ensino à distância.

G. Facilitar a Partilha de Conhecimentos

22. Através dos seus 68 centros afiliados situados nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, e de parcerias com um número crescente de redes dentro de cada um dos países, a Rede Global de Aprendizagem sobre o Desenvolvimento (GDLN) faculta aos especialistas em desenvolvimento provenientes dos sectores público, privado, académico e não governamental instalações para estabelecerem ligação com os parceiros no país e universais.15 Recorrendo às tecnologias de ensino à distância, tais como videoconferências e Internet, a GDLN tem capacidade para estabelecer contacto com pessoas nos locais mais distantes e remotos. O primeiro centro afiliado da GDLN num pequeno estado foi lançado em Março de 2002, em Dili, Timor-Leste. O Centro de Dili participou numa série de discussões regionais sobre o modo de se responder ao problema de VIH/SIDA; trocas de impressões sobre estratégias para tocar as populações rurais pobres e a sociedade civil; um seminário sobre governação e desenvolvimento;

14 Para mais informações, veja http://rru.worldbank.org/doingbusiness. 15 Informações sobre GDLN podem encontrar-se www.gdln.org.

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e cursos intensivos sobre gestão e liderança. O Centro de Dili está também a colaborar com os centros da GDLN no Brasil e Moçambique e parceiros em Portugal no que se refere a actividades em língua Portuguesa. O centro é co-financiado pelo Banco Mundial e Banco Asiático de Desenvolvimento, com o apoio dos Governos Australiano e Português. O segundo centro afiliado GDLN num pequeno estado deverá ser lançado na Jamaica até ao fim de 2004. Cabo Verde também tirou partido da rede GDLN em 2004, ao ter estabelecido contacto por videoconferência a partir de uma instituição local com o escritório do Banco no Senegal e com os estúdios de GDLN em Washington, D.C. para discutir o iminente Crédito de Apoio à Redução da Pobreza (PRSC) do país.

23. Para além da GDLN, iniciou-se em Janeiro de 2004 o trabalho destinado a criar o primeiro portal para os países com características de pequenos estados no sítio de Acesso ao Desenvolvimento (www.developmentgateway.org) - para a Guiana—esperando-se que a fase de planeamento fique concluída no início de 2005. O portal de Acesso ao Desenvolvimento é uma visita, debaixo do mesmo tecto, às informações sobre desenvolvimento relativas a um país. O sítio da Internet do Banco Mundial para os Pequenos Estados (www.worldbank.org/smallstates) continua a ser uma fonte de informação valiosa desde o momento do seu lançamento na altura do Primeiro Fórum dos Pequenos Estados em Setembro de 2000; durante o ano que se encerrou em 31 de Agosto de 2004, recebeu em média 578 consultas por dia. Também, e em conformidade com a política de divulgação pública do Banco, o BM criou recentemente um Centro de Informação Pública em Sta. Lúcia, para servir a OECS e Barbados. Existem ainda outro Centros de Informação Pública localizados na Jamaica e Timor-Leste.

H. Sector Financeiro e Questões Comerciais 24. Programa de Avaliação do Sector Financeiro. Para além das avaliações do sector financeiro concluídas para Barbados, Estónia, Gabão, Malta e Maurícias, ao abrigo do Programa Conjunto de Avaliação do Sector Financeiro do Banco Mundial/FMI (FSAP), durante o ano fiscal de 2004 concluiu-se um FSAP para os seis países independentes da União Monetária das Caraíbas de Leste (ou seja, Antiga e Barbuda, Dominica, Grenada, St. Kitts e Nevis, Sta. Lúcia e S. Vicente e Grenadinas). Estão previstos FSAPs para o Bahrein, Jamaica e Trinidad e Tobago durante o ano fiscal de 2005, e para Fiji e Qatar para o fim de 2005 e início de 2006. Integradas no FSAP, foram concluídas avaliações detalhadas de cumprimento de práticas de supervisão e regulamentação sólidas no domínio do sector financeiro, conforme constam de determinados padrões e códigos internacionais. Estas avaliações estão reproduzidas no resumo dos Relatórios sobre o Cumprimento de Padrões e Códigos.16 A Iniciativa para Reforço e Reforma do Sector Financeiro (FIRST), lançada em Abril de 2002 pelo Banco, FMI e vários organismos bilaterais de ajuda, continua a conceder doações para apoio dos esforços de criação de capacidade no seguimento das recomendações do FSAP e dos ROSC.17 Dando especial atenção à supervisão financeira, legislação e regulamentação, em 30 de Junho de 2004 a Iniciativa FIRST aprovou 90 projectos num total de USD 15 milhões. De entre estes, 19 projectos prestaram assistência aos pequenos estados. 25. Medidas de Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (AML/CFT). Em Março de 2004, os Conselhos do Banco e do FMI acordaram adoptar uma abordagem mais abrangente e integrada na condução de avaliações sobre a observação de padrões internacionais destinados a evitar a lavagem de dinheiro e o combate ao terrorismo nos países membros, no contexto do FSAP, e incrementar a prestação de assistência técnica nesta área. Os Conselhos endossaram também as 40 Recomendações da Task Force para Acção Financeira, devidamente revistas, sobre lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo 16 Para mais informações e relatórios dos países consultar http://www1.worldbank.org/finance/html/fsap.html. 17 Para mais informações, visitar http://www.firstinitiative.org/.

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(AML/CFT) como os padrões internacionais e endossaram o uso da nova metodologia global modificada com vista a reflectir as modificações introduzidas nos padrões. Esta decisão foi tomada na sequência de uma análise compreensiva do programa piloto conjunto de 12 meses para realização das avaliações (incluindo Bahamas, Malta e Maurícias) que ficaram concluídas em Outubro de 2003.18 26. Diálogo Fiscal Internacional. Em Julho de 2003, o Banco Mundial, FMI e OCDE assinaram um Memorandum of Understanding para o estabelecimento de um Diálogo Fiscal Internacional (ITD) e, em 2004, as Nações Unidas associaram-se ao ITD na qualidade de observadoras. O ITD oferece aos peritos seniores em políticas fiscais e administração fiscal de países em desenvolvimento e desenvolvidos um fórum para discutir questões fiscais de interesse global. A primeira conferência universal do ITD está prevista para 15-16 de Março de 2005, em Roma ; ocupar-se-á da concepção e execução de um imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e incluirá sessões sobre problemas de interesse específico para os países pequenos e em desenvolvimento, tais como o IVA nas economias insulares. Para além das conferências, foi criada uma rede de comunicações mundiais, em tempo real e interactiva—ITDWEB—que permite o acesso das autoridades fiscais dos países e das organizações internacionais participantes,19 e que dispõe de uma base de dados sobre assistência técnica que presta informações sobre temas fiscais associados com a assistência técnica fornecida pelas organizações multilaterais e bilaterais de dadores em todo o mundo. 27. Programa de Trabalho para o Comércio. A nível global, o Banco advoga mudanças no sistema mundial de comércio de forma a apoiar mais intensamente o desenvolvimento, especialmente nos países mais pobres e para as populações mais pobres no mundo em desenvolvimento. Tal inclui a colaboração com a Organização Mundial do Comércio, outros organismos multilaterais, governos dos países em desenvolvimento, dadores e organizações não governamentais. Essa colaboração visa apoiar um resultado favorável ao desenvolvimento dentro do espírito da agenda de Desenvolvimento de Doha e a maximização do impacto no desenvolvimento dos acordos regionais de comércio. A nível de país, o Banco apoia os países em desenvolvimento nos seus esforços de aperfeiçoamento das suas próprias políticas, instituições e infra-estruturas (ou seja, estradas, portos e telecomunicações) que possam estimular o comércio e, consequentemente, promover o crescimento e reduzir a pobreza. Esta tarefa inclui assistência estratégica aos clientes para apoio de reformas favoráveis aos pobres, relacionadas com o comércio, sendo dada especial atenção aos países de baixo rendimento que mais precisem do apoio do Banco. Para tal, o Banco continua a gerir os estudos de diagnóstico do comércio como parte do Enquadramento Integrado de Vários Dadores para Assistência Técnica Relacionada com o Comércio. Em Setembro de 2004, estudos de diagnóstico do Enquadramento Integrado ficarão concluídos, ou praticamente concluídos, para 14 países, onde se incluem três pequenos estados: Djibouti, Lesoto e São Tomé e Príncipe.20 28. No seguimento da Reunião Ministerial de Cancun, o Banco Mundial está a trabalhar para por em vigor a Agenda de Doha, através de investigação e declarações públicas destinadas a encorajar o recomeço das negociações e promover um acordo que beneficie os pobres, centrando-se na promoção da agricultura e do comércio. Através da Iniciativa para Promoção do Comércio, anunciada em Cancun, o Banco está a prestar apoio operacional e analítico em questões cruciais para os pequenos estados. Além disso, a publicação mais importante do Banco de 2005, Global Economic Prospects, centrar-se-á no regionalismo. O relatório identificará metodologias que se revelaram propícias à promoção ou ao redireccionamento, em certos casos, do comércio;

18 Para mais informações sobre o programa do Banco Mundial AML/CFT consultar www.amlcft.org. 19 ITDWEB está acessível em http://www.itdweb.org/. 20 Pode ter acesso a mais informações sobre o programa de trabalho do Banco Mundial no domínio do comércio no endereço

www.worldbank.org/trade; mais informações sobre o Enquadramento Integrado no sítio.

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analisará o papel dos acordos regionais na solução de questões além-fronteiras e de carácter regulamentar e avaliará se a actual onda de acordos representa algum risco significativo ao sistema multilateral fundado em regras.

III. PROGRAMAS DE PAÍSES COM CARACTERÍSTICAS DE PEQUENOS ESTADOS

29. A participação do Banco nos pequenos estados membros que são países mutuários é feita sobretudo através de programas específicos para o país ou para a região. As actividades dos programas para um país visam ajudar os pequenos estados a implementar a sua visão própria de desenvolvimento (como por exemplo, articulada através de um PRSP ou outro documento de estratégia da autoria do país) através dos CASs, operações de concessão de empréstimo e estudos analíticos. O enquadramento de assistência do Banco é realizado através destas actividades fundamentais que se analisam nesta secção.21

A. Documentos de Estratégia para Redução da Pobreza 30. Na sequência dos primeiros PRSPs integrais para os pequenos estados, completados pela Gambia e Guiana durante o ano fiscal de 2003 (e PRSPs Intercalares por Cabo Verde, Djibouti e Lesoto), durante o ano fiscal de 2004 Djibouti concluiu o seu primeiro PRSP e Dominica e Gabão terminaram os seus PRSPs Intercalares (ver Caixa 2).22 Durante o ano fiscal de 2005, Butão, Cabo Verde, Dominica, Gabão, Lesoto, Maldivas e São Tomé e Príncipe estão a trabalhar para terminar os seus respectivos PRSPs; a Gambia e Guiana pretendem concluir os seus Relatórios sobre o Progresso do PRSP; e Timor-Leste deverá preparar um PRSP Intercalar (com base no seu Plano Nacional de Desenvolvimento).

21 A análise nesta secção baseia-se na lista do relatório da Task Force dos estados com uma população inferior a 1,5 milhões,

mais a Jamaica, Lesoto e Timor-Leste que se tornou membro do Banco Mundial em Julho de 2002. 22 Para mais informações sobre PRSPs, é favor consultar www.worldbank.org/poverty.

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Caixa 2. Produtos Recentes dos PRSP dos Pequenos Estados

B 3eCoAaPNPupDPaebuim

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PRSP do Djibouti. O PRSP do Djibouti tem quatro áreas de acção prioritárias: (i) criar condições para umcrescimento económico mais elevado e duradouro através de estabilidade macroeconómica e de uma reforma doenquadramento legal para estimular o investimento privado e reduzir o custo da actividade económica no país;(ii) acelerar o desenvolvimento dos recursos humanos através do investimento na educação, saúde e protecçãosocial; (iii) promover o desenvolvimento regional, modernizar as infra-estruturas básicas e preservar osrecursos naturais de uma forma ambientalmente sustentável; e (iv) reforçar a governação através de uma maiortransparência e responsabilização na gestão das finanças públicas, descentralização progressiva e criação decapacidade institucional. O PRSP inclui alvos e indicadores numa matriz de políticas detalhada que resume asacções prioritárias em sectores chave para 2004-2006. A agenda é ambiciosa e, para além de aprimorar asprioridades e de tomar outras medidas para garantir que o PRSP é um enquadramento credível para a redução dapobreza, a Avaliação Conjunta dos Funcionários do Banco-Fundo regista que a execução eficaz do PRSP exigiráuma assistência continuada por parte dos parceiros dadores.

PRSP Intercalar de Dominica. A estratégia do governo para redução da pobreza consiste em executar umprograma exaustivo destinado a promover o crescimento económico e o emprego no sector privado a par de umamaximização da eficácia das despesas públicas em programas que favoreçam os pobres e de protecção social àmedida que a economia sofre ajustamento. Na orientação que presta às autoridades relativamente à preparaçãodo PRSP integral, a Avaliação Conjunta dos Funcionários do Banco-Fundo recomenda que se adaptem as Metasde Desenvolvimento do Milénio à situação de Dominica; se identifiquem as despesas prioritárias dentro dosprograma trienal renovável de investimento do sector público; e que se estabeleça um conjunto de indicadorespassíveis de serem monitorizados e um sistema de monitorização e avaliação participativa.

PRSP Intercalar do Gabão. O Gabão, que é um país de rendimento médio, está a tentar reconciliar odesenvolvimento e o combate à pobreza, com o lançamento do PRSP. Os objectivos a curto e longo prazopretendidos colocam o PRSP em consonância com a visão do país para 2005 e o enfoque da Lei do Gabão noDesenvolvimento e Planeamento Regional, cujos cinco objectivos incluem: consolidação do equilíbriomacroeconómico; crescimento da economia através da diversificação; desenvolvimento dos recursos humanose combate à pobreza; promoção do planeamento da utilização da terra e preservação do ambiente; e reforma doestado. Em consequência das falhas na existência de dados actualizados, o PRSP Intercalar apresenta umaanálise preliminar. Na sua versão final, o PRSP integral incluirá uma análise mais apurada e um perfil dapobreza baseado em dados adicionais a serem recolhidos.

. Estratégias de Assistência ao País

1. Partindo da própria visão do país quanto aos seus objectivos de desenvolvimento e laboradas em parceria com as autoridades governamentais e outros intervenientes, os produtos AS orientam as actividades do Grupo Banco Mundial num país.23 Durante o ano fiscal de 2004, Conselho de Directores Executivos do Banco discutiu uma versão actualizada da Estratégia de poio Transitório aos Comoros. Estão em preparação vários outros produtos CAS a serem

plicados aos pequenos estados durante o ano fiscal de 2005, incluindo CASs que resultam de RSPs para o Butão, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe; CASs para a Jamaica, Lesoto, amíbia, a OECS, Ilhas do Pacífico, Suazilândia e Trinidad e Tobago; Relatórios sobre o rogresso Registado nos CASs para apoio da implementação do PRSP no Djibouti e Gabão, e m Relatório sobre o Progresso no CAS para as Maurícias; e Estratégias para Apoio Transitório ara a Guiné-Bissau e Timor-Leste. A título de preparação para o CAS do Butão, o epartamento de Avaliação das Operações do Banco efectuou uma Avaliação da Assistência ao aís que analisa a experiência do Banco no Butão e salienta ensinamentos que podem ser plicáveis a outros pequenos estados. A análise concluiu que o programa de concessão de mpréstimos tem sido impulsionado pelo cliente, executado em parceria com organismos ilaterais e representativo da abordagem global do país ao desenvolvimento. O Banco conseguiu m maior grau de eficácia quando tomou em conta o que o governo queria, em vez de tentar

aginar o que o governo precisava e depois esforçar-se por convencer o governo a aceitar as

Actualmente, os CASs são preparados para um ciclo de quatro anos para os mutuários mais activos, com um Relatório de Meio de Período sobre o Progresso registado no CAS. As Estratégias de Apoio Transitório são normalmente elaboradas para países em situações de pós-conflito.

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suas propostas. Está também em fase de preparação uma Avaliação da Assistência ao País do apoio prestado pelo Banco aos Países das Ilhas do Pacífico que precede a Estratégia Regional para as Ilhas do Pacífico. C. Concessão de Empréstimos 32. No ano fiscal de 2004, o Banco aprovou 18 operações de empréstimo a 13 pequenos estados —Butão, Cabo Verde, Comoros, Dominica, Guiné-Bissau, Guiana, Lesoto, Sta. Lúcia, St. Vincent e Grenadinas, Samoa, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Tonga—bem como um Projecto Para a Região das Caraíbas de Prevenção de VIH/SIDA, com compromissos que totalizam aproximadamente USD 160 milhões (cerca de USD 150 milhões em créditos e doações da IDA, USD 7 milhões em empréstimos do BIRD e USD 3 milhões do Fundo Fiduciário para Timor-Leste). A região da África recebeu a quota mais elevada dos empréstimos aprovados no ano fiscal de 2004, 33%, (para cinco projectos), seguida da região da Ásia Austral com 23% (para 2 projectos), e as regiões da Ásia Oriental e Pacífico e América Latina e Caraíbas, com 22% cada uma delas (para seis e cinco projectos respectivamente). Durante o ano fiscal de 2004, as operações aprovadas incidiam na resposta às vulnerabilidades económicas, naturais e relacionadas com VIH/SIDA; desenvolvimento humano e criação de capacidade institucional; e desenvolvimento das infra-estruturas e do sector agrícola (ver Caixa 3). 33. Durante o ano fiscal 2005, entre outras operações, está em fase de preparação um PRSC para Cabo Verde destinado a apoiar a implementação do PRSP do país; está em elaboração para S. Tomé e Príncipe um Projecto de Criação de Capacidade de Governação que visa ajudar a solidificar a capacidade de gestão económica e as infra-estruturas institucional e legal de modo a habilitar o país a lidar com a era do petróleo; e está planeado apoio do Banco para o Terceiro Programa de Apoio de Transição para Timor-Leste que representa a operação anual de apoio ao orçamento por parte de dadores múltiplos. Em 7 de Setembro de 2004, tinham sido aprovadas seis operações no ano fiscal 2005 para seis pequenos estados—Djibouti, Lesoto, Maldivas, Sta. Lúcia, St. Vincent e Grenadinas e Timor-Leste—com compromissos totais da ordem dos USD 30 milhões. Estes compromissos vão desde prevenção de VIH/SIDA ao desenvolvimento humano integrado, ao alívio de emergência nas cheias e ao desenvolvimento do sector energético. Em 7 de Setembro de 2004, o Banco tinha 82 operações activas em 23 pequenos estados com compromissos no valor de USD 935 milhões. 34. Reclassificação Conforme se discutiu no relatório da Task Force e relatórios de progresso anteriores, a elegibilidade para contracção de empréstimos do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA)— que no seu conjunto constituem o Banco Mundial—baseia-se em vários critérios: rendimento per capita, indicadores sociais, capacidade de endividamento e desempenho das políticas económicas e sociais. A reclassificação do BIRD e da IDA é flexível e as decisões são reversíveis, como ficou demonstrado no ano fiscal de 2001, quando o Conselho do Banco aprovou empréstimos do BIRD para prevenção e controlo de VIH/SIDA em Barbados, país que tinha sido reclassificado de beneficiário de empréstimos do BIRD em 1993. No contexto da IDA13, os representantes dos dadores registaram a extrema vulnerabilidade das economias das pequenas ilhas aos choques económicos externos e desastres naturais perturbadores e recomendaram que se mantivesse a excepção do critério de elegibilidade em função do rendimento para os créditos da IDA aos pequenos estados insulares que tenham capacidade de endividamento limitada relativamente aos empréstimos do BIRD (IDA13 está em vigor até 30 de Junho de 2005).24 Espera-se que esta excepção se mantenha no âmbito da IDA14. Em Abril de

24 Aumento dos Recursos da IDA: A Décima Terceira Reconstituição-Texto Final (IDA/SecM2002-0488), 17 de Setembro

de 2002, pode ser consultado no sítio www.worldbank.org/ida. Existem informações adicionais sobre os termos de elegibilidade do BIRD e da IDA que podem ser consultadas em World Bank Operational Policy 3.10, Loan Charges,

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2004, o Banco discutiu as suas políticas de reclassificação com o Comité das Nações Unidas para a Política de Desenvolvimento (sexta sessão) em Nova Iorque, tendo registado que a situação de País Menos Desenvolvido não tem qualquer influência nas decisões relativas à elegibilidade para contracção de créditos da IDA. Caixa 3. Empréstimos aos Pequenos Estados no AF 2004

D 3p

Responder à Vulnerabilidade. Para fazer face às vulnerabilidades decorrentes de VIH/SIDA, o Banco aprovou doaçõesda ordem dos USD 6 milhões aos USD 10 milhões para projectos de prevenção e controlo no Butão, Guiné-Bissau eGuiana, bem como um programa abrangendo toda a região das Caraíbas. Para debelar a vulnerabilidade económica, oBanco prestou assistência à Dominica com um crédito de USD 3 milhões, de desembolso rápido, para apoiar o programado governo de estabilização e recuperação económica que se centra na sustentabilidade fiscal, crescimento e protecçãodos avanços sociais. O Banco também aprovou uma doação de USD 4 milhões a Timor-Leste para apoio do orçamento,como parte do Programa de Apoio à Transição financiado por dadores múltiplos. Para solucionar o problema davulnerabilidade aos desastres naturais, o Banco aprovou uma doação de USD 4,5 milhões a Samoa para uma operaçãode recuperação de emergência dos efeitos de um ciclone e uma combinação de empréstimo/crédito a Santa Lúcia, nomontante de USD 7,5 milhões, como parte do empréstimo para programas adaptáveis de gestão de cataclismos daOECS.

Reforçar a Capacidade Humana e Institucional. O Projecto de Desenvolvimento da Educação no Butão, o maiorempréstimo do Banco ao Butão até à data, apoia o programa de desenvolvimento da educação do país com vista aexpandir o acesso ao ensino primário e secundário e melhorar a qualidade do ensino a todos os níveis. O SegundoProjecto de Desenvolvimento do Sector da Educação no Lesoto (parte de um APL) visa aumentar o acesso, equidade equalidade do ensino primário e secundário, promover a aprendizagem ao longo da vida através de criação de capacidadenos primeiros anos da infância, ensino técnico e profissional, ensino superior e não formal e reforço da capacidadeinstitucional do Ministério da Educação e Formação. O projecto de educação aprovado para St. Vincent e Grenadinas,como parte do APL horizontal da OECS, visa aumentar o acesso equitativo ao ensino secundário, melhorar a qualidadedo processo de ensino e de aprendizagem com intervenções mais directas e prestação de recursos a nível escolar e umamaior incidência à aprendizagem centrada nos estudantes e mecanismos destinados a prestar apoio aos estudantes emelhorarem a gestão do sector e a administração das escolas. O projecto de apoio ao sector da saúde, aprovado paraTonga, tem por objectivo ajudar o Reino a melhorar o desempenho do seu sector da saúde através do apoio a reformasseleccionadas, incluindo o desenvolvimento e implementação de políticas adequadas de financiamento da saúde,sistemas de informação da saúde, e melhoria da qualidade administrativa, funcional e técnica das instalações de saúde.O Banco aprovou projectos de apoio ao sector social em Cabo Verde, Comoros e São Tomé e Príncipe para sustentar osprocessos de desenvolvimento locais, incluindo a criação de emprego e prestação e manutenção de serviços sociaisbásicos. O Crédito para a Gestão dos Recursos Públicos de São Tomé e Príncipe encerrou em Junho de 2004, mas acomponente de assistência técnica foi alargada até ao fim de 2004, para permitir que o Governo tire vantagem integraldo apoio dado às actividades de criação de capacidade do sector público. Em Timor-Leste, foi aprovado umcomplemento ao Projecto de Criação de Capacidade das Instituições Económicas financiado pelo Fundo Fiduciário deTimor-Leste com vista a dar continuidade às actividades de formação profissional.

Infra-estruturas e Agricultura. O Banco aprovou a segunda fase do APL de Gestão dos Activos em Infra-estruturas deSamoa, que continua a apoiar melhorias na sustentabilidade económica, ambiental e social dos activos em infra-estruturas de transportes e das áreas costeiras, e melhorias na gestão desses activos, recursos naturais e riscos dedesastre, através de uma parceria eficaz com os intervenientes do sector privado. A fase de diagnóstico do projecto dosserviços de utilidade pública de Vanuatu ficou concluída no âmbito de uma doação do Mecanismo Consultivo das Infra-estruturas Públicas/Privadas; o mecanismo visa ajudar os países em desenvolvimento a melhorar a qualidade das suasinfra-estruturas através da participação do sector privado. O terceiro projecto de agricultura para Timor-Leste foiaprovado para ser financiado pelo Fundo Fiduciário para Timor-Leste, com o objectivo de reforçar a capacidade doMinistério da Agricultura, Florestas e Pescas para utilizar com eficácia a assistência prestada pelos parceiros dedesenvolvimento e destinada a ajudar as comunidades rurais a aumentar a produção e os rendimentos de uma formasustentável.

. Trabalho Analítico

5. O trabalho analítico do Banco Mundial, incluindo relatórios, estudos e memorandos sobre olíticas, está concebido para atender às necessidades de planeamento do desenvolvimento dos Currencies, and Payment Terms of IBRD Loans and IDA Credits, Annex D, IBRD/IDA Countries: Per Capita Incomes, Lending Eligibility, and Repayment Terms, através do endereço www1.worldbank.org/operations/WBOPCS/ Preports/Report_Annex_D.asp.

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países membros do Banco e da comunidade internacional. O trabalho analítico proporciona uma base para condução do diálogo sobre políticas, elaboração e execução de estratégias nacionais, formulação de programas eficazes de empréstimos e criação de capacidade institucional. Gradualmente, o Banco está a colaborar com outros parceiros de desenvolvimento para produzir análises que atendam às necessidades dos clientes. Durante o ano fiscal de 2004, foram efectuados vários estudos que se debruçaram sobre os desafios ao desenvolvimento nos pequenos estados (ver Caixa 4).

Caixa 4. Trabalho Analítico durante o Ano Fiscal 2004 sobre Soluções para os Desafios ao Desenvolvimento nos Pequenos Estados

Pobreza. Foi preparada uma Avaliação da Pobreza para Cabo Verde com o objectivo de servir de base deinformação ao PRSP do país e PRSC planeado. Foi elaborado um perfil de pobreza para as discussõesrealizadas com as autoridades das Maldivas.

Análises das Despesas Públicas (PER)/Análises das Políticas de Desenvolvimento (DPR)/Notas Económicassobre o país. Na região África efectuaram-se PERs para Cabo Verde, Gambia e Guiné-Bissau para além de umaAnálise do Investimento Público na Namíbia. Nas Caraíbas concluíram-se PERs para Grenada, Jamaica e Sta.Lúcia. Realizou-se uma PER exaustiva para Timor-Leste que é parte de uma série anual destinada a informar oPrograma de Apoio Transitório. Foi elaborada uma DPR para as Seicheles e uma Actualização da SituaçãoEconómica do País em relação às Maldivas.

Avaliações da Responsabilização Financeira do País (CFAA)/Análises da Avaliação das Aquisições do País(CPAR). Foram efectuadas uma CFAA e uma CPAR para o Djibouti e foi concluída uma CPAR para CaboVerde.

Estudos Regionais. Foi dado a conhecer aos Ministros do Ambiente da OECS um relatório sobre turismoambientalmente sustentável na OECS durante o Verão de 2004 e que deverá ser publicado para distribuição nofinal do Outono de 2004. Estão em fase de preparação dois estudos sobre crescimento e competitividade naregião das Caraíbas: o primeiro abraça uma perspectiva que inclui toda a região e o segundo centra-se nospaíses da OECS. O Relatório Bienal Económico sobre a Região do Pacífico, que incide nas questões dedesenvolvimento humano, incluindo saúde e educação, deverá ficar concluído em 2005.

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RELATÓRIO SOBRE O PROGRESSO REGISTADO NA IMPLEMENTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO CONJUNTO

DO SECRETARIADO DA COMMONWEALTH/BANCO MUNDIAL

Documento do Secretariado da Commonwealth

Introdução

1. Este documento analisa as actividades realizadas pelo Secretariado da Commonwealth desde o Fórum dos Pequenos Estados de 2003 no que respeita à execução das recomendações do Relatório da Task Force Conjunta do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial sobre os Pequenos Estados1. 2. No Relatório da Task Force, a Commonwealth e as outras organizações parceiras (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional – FMI, Organização Mundial do Comércio – OMC, União Europeia – UE, Nações Unidas – NU, Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD e os Bancos Regionais de Desenvolvimento) comprometeram-se a executar as recomendações contidas nos seus respectivos enquadramentos de acção. Este quarto Fórum apresenta mais uma vez uma oportunidade para rever o progresso registado nas quatro áreas de acção para assistência aos Pequenos Estados especificadas no Relatório Conjunto da Task Force: controlo da volatilidade, vulnerabilidade e desastres naturais; reforço da capacidade; resposta aos desafios e oportunidades da globalização; e adaptação ao regime de comércio global em fase de alteração. Este documento relata as actividades empreendidas pela Commonwealth no âmbito do seu programa de trabalho que se ocupam das quatro áreas chave. II. O CONTEXTO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO

RELATÓRIO 3. O trabalho do Secretariado da Commonwealth em prol dos pequenos estados foi discutido detalhadamente na reunião de Dezembro de 2003 do Grupo Ministerial dos Pequenos Estados (MGSS) e pelos Chefes de Governo da Commonwealth na sua reunião bienal em Abuja, Nigéria. Referiu-se que os recentes desenvolvimentos globais tinham aumentado a vulnerabilidade dos pequenos estados. Os acontecimentos de 11 de Setembro de 2001 e respectivo rescaldo trouxeram novas pressões a estes países e deram uma nova dimensão à sua vulnerabilidade. A necessidade de combater o terrorismo e de responder aos riscos de segurança acrescidos desviaram recursos da área do desenvolvimento e aumentaram o endividamento. Os Chefes de Governo reconheceram a necessidade de se apoiar os pequenos estados na resolução dos desafios relacionados com este novo ambiente internacional ainda mais incerto. Instaram o Secretariado a analisar de novo a Nova Agenda para o Trabalho da Commonwealth destinado aos Pequenos Estados, acordada em Coolum, Austrália, para garantir que estas novas questões estejam aí contempladas.

4. O MGSS e os Chefes de Governo também reiteraram o facto de a criação de capacidade e a retenção de técnicos qualificados ser um elemento determinante para as probabilidades de desenvolvimento sustentável dos pequenos estados. Registaram com agrado a assistência que está a ser prestada pelos países da Commonwealth nesta área. Urgiram também o Secretariado e suas organizações parceiras a continuarem a dar a máxima prioridade às actividades de criação de capacidade nos pequenos estados. Foi realçado que a assistência técnica em matéria de assuntos comerciais era da maior importância para habilitar estes países a gerirem as oportunidades e 1 O Relatório da Task Force, Small States: Meeting the Challenges in the Global Economy, foi publicado em Abril de 2000.

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desafios resultantes da globalização. Referiram ainda que as suas debilidades inerentes, tais como pequena dimensão, falta de acesso ao mar e vulnerabilidade ambiental aumentavam os custos da actividade económica nas pequenas economias. Sugeriram a adopção de mecanismos inovadores para promover o investimento nesses países.

5. Os Chefes de Governo reafirmaram o seu apoio ao trabalho efectuado pelo Secretariado para os Pequenos Estados, em especial a assistência na execução das recomendações do Relatório da Task Force Conjunta. Solicitaram ao Secretariado que continuasse o trabalho nesta área, em especial no que respeita a reforçar as parcerias e a colaboração da Commonwealth com organizações e instituições individuais para prosseguir a agenda dos Pequenos Estados. Endossaram um enquadramento geral para levar adiante o desenvolvimento das parcerias e pediram ao Secretariado que implementasse as propostas específicas para reforço da colaboração com organizações individuais.

6. Especificamente, os Chefes de Governo destacaram as áreas prioritárias seguintes para o Secretariado no que diz respeito ao desenvolvimento de tais parcerias no futuro:

• continuar e robustecer ainda mais a parceria bem sólida do Secretariado com o Grupo Banco

Mundial; • explorar o âmbito para desenvolvimento de elos mais próximos com os principais bancos

regionais de desenvolvimento pertinentes; • sistematizar uma parceria com o FMI; • continuar a apoiar os pequenos estados membros e a colaborar com a OMC no seu programa

de trabalho para as pequenas economias; • explorar as possibilidades de uma maior colaboração com a UE relativamente às questões

comerciais; • trabalhar com o Comité das NU para a Política de Desenvolvimento no que toca à sua

apreciação das políticas de reclassificação e com os organismos e estados membros das NU sobre a actual Análise do Programa de Acção de Barbados para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e sobre a implementação das conclusões da Análise;

• continuar a detectar os desenvolvimentos no trabalho da OCDE relativo a práticas fiscais prejudiciais, prestando assistência às jurisdições da Commonwealth afectadas nas suas discussões com a OCDE; e

• continuar a trabalhar com organizações regionais e outras organizações inter-governamentais representativas, incluindo a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), no desenvolvimento e reforço de abordagens práticas destinadas a solucionar questões específicas e, de uma forma mais genérica, no desenvolvimento e maior patrocínio das questões dos pequenos estados.

7. Também se solicitou ao Secretariado que explorasse modos de analisar regularmente o progresso das parcerias chave, como por exemplo, através do desenvolvimento de acordos de consulta às organizações parceiras principais pelo menos uma vez por ano para se rever a cooperação nas questões relativas aos pequenos estados. No período em apreço, o Secretariado realizou consultas com as principais organizações parceiras sobre o modo de desenvolver e reforçar ainda mais as parcerias de modo a beneficiar os programas dos pequenos estados. 8. Este Fórum Anual dos Pequenos Estados continua a fornecer uma excelente oportunidade para analisar o progresso registado na agenda global dos pequenos estados com a cooperação das organizações parceiras chave. O Secretariado foi encorajado pelos Chefes de Governo a continuar a trabalhar em estreita colaboração com o Banco Mundial para tornar este acontecimento anual ainda mais produtivo. No ano anterior, realizaram-se consultas regulares

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com o Banco Mundial. O Banco participou numa série de actividades organizadas pelo Secretariado, incluindo um Fórum da maior importância sobre o aumento da Competitividade das Exportações nos Pequenos Estados que contou com a presença de todos os Pequenos Estados da Commonwealth em Trinidad e Tobago. Também se efectuaram consultas com o Banco para o Fórum dos Pequenos Estados de 2004. III. FORMAÇÃO DE CONSENSO E DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS 9. O Secretariado continuou a procurar oportunidades para dar destaque às preocupações dos pequenos estados sobre a sua vulnerabilidade e promover e apoiar políticas que lhes permitissem criar capacidade de recuperação. A importância do desenvolvimento de mecanismos de recuperação que permitam monitorizar essa capacidade de modo a ajudar os pequenos estados a ultrapassarem a sua vulnerabilidade foi uma das principais questões discutidas nas reuniões regionais e inter-regionais destinadas a preparar a análise do Programa de Acção de Barbados sobre Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (BPoA). Uma das principais recomendações destas reuniões preparatórias é a necessidade de se desenvolver um mecanismo para medir e monitorizar o aumento da capacidade de recuperação dos pequenos estados, à medida que elaboram políticas e executam programas económicos. (i) Vulnerabilidade e Capacidade de Recuperação dos Pequenos Estados 10. O Secretariado, em colaboração com a Universidade de Malta, iniciou um projecto da maior importância que conduziria ao desenvolvimento de uma relação da capacidade de recuperação, estabelecendo as estratégias que precisam de ser adoptadas pelos pequenos estados para que possam ultrapassar a vulnerabilidade a que estão sujeitos. 11. Vinte e seis peritos de todas as regiões da Commonwealth participaram num workshop sobre vulnerabilidade e capacidade de recuperação económica dos pequenos estados, que se realizou na Universidade de Malta, Centro Gozo, de 1 a 3 de Março de 2004. Estes especialistas incluíam académicos, consultores, responsáveis pela elaboração de políticas e representantes de organizações internacionais e regionais. O workshop realizou-se no contexto da preparação para a Reunião Internacional para a análise e execução do Programa de Acção de Barbados para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS). O workshop discutiu aspectos da vulnerabilidade económica dos pequenos estados, especialmente dos SIDA, e estratégias para aumentar a sua capacidade de resposta; e também foi tida em conta a conclusão de um grupo ad hoc de especialistas em Índices de Vulnerabilidade, que se reuniu em Nova Iorque em Dezembro de 1997, que considerou que “como um grupo, os SIDS são mais vulneráveis do que os outros grupos dos países em desenvolvimento”. Os participantes também discutiram o comércio como o principal motor do crescimento e do desenvolvimento. 12. O workshop registou que: • as reuniões preparatórias regionais realizadas em Samoa, Cabo Verde e Trinidad e Tobago

confirmaram que os SIDS, como um grupo, se deparam com deficiências particulares resultantes da sua vulnerabilidade económica, ambiental e social.

• a Reunião Preparatória Inter-regional dos SIDS, efectuada em Nassau, Bahamas, em Janeiro de 2004, reconfirmou a vulnerabilidade económica dos SIDS e solicitou a elaboração de uma lista de capacidade de recuperação económica.

13. O workshop também considerou uma série de questões de preocupação para os pequenos estados, nomeadamente: • a questão da reclassificação de vários SIDS da situação de participantes da lista de países

menos desenvolvidos (LDC); e

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• a necessidade de um tratamento especial e diferencial e de um espaço de políticas necessárias para os pequenos estados, em especial os SIDS, dentro da Organização Mundial de Comércio.

14. O workshop reconheceu a importância que um enquadramento conceptual incidindo na vulnerabilidade e na criação de capacidade de resposta poderia ter na resolução destes problemas, bem como no reforço das abordagens de políticas nacionais e regionais. Também reconheceu a necessidade de esquemas participativos e colaborantes, envolvendo todos os principais interessados, para assegurar o sucesso das estratégias de resposta. 15. Foi mais uma vez reafirmado que as vulnerabilidades económicas inerentes aos pequenos estados tinham sido internacionalmente reconhecidas. Essa vulnerabilidade resulta da exposição a choques externos adversos, fora do controlo dos estados, bem como de deficiências estruturais exacerbadas, entre outras, por um elevado grau de abertura, concentração em exportações, dependência de importações estratégias, localização remota e custos de transportes elevados, susceptibilidade a desastres naturais agravados pelas alterações do clima e a subida do nível do mar. Estas condições representam sérias dificuldades ao desenvolvimento económico sustentável dos pequenos estados. A erosão do sistema de preferências comerciais representa um desafio ainda maior aos pequenos estados que já se deparem com estes entraves. 16. Foi genericamente reconhecida a falta de complacência dos pequenos estados neste domínio, e há muitos casos de práticas de capacidade de resposta bem sucedidas que podiam facilmente ser reproduzidas. Nesta matéria, a assistência técnica e financeira e a cooperação da comunidade internacional são da maior importância para apoiar os esforços dos pequenos estados destinados a criarem capacidade para lidarem com as vulnerabilidades de cada um e desenvolverem o seu poder de recuperação. 17. O workshop identificou uma série de medidas que os próprios pequenos estados, organizações regionais e comunidade internacional podiam adoptar para que estas economias se desloquem na direcção do desenvolvimento de uma capacidade de resposta. Para tal, os pequenos estados deveriam: • tomar medidas para promover a boa governação mediante a adopção de políticas apropriadas

para assegurar a estabilidade política e a aplicação da lei, solucionar o problema da corrupção, bem como promover a responsabilização, transparência e eficiência na prestação dos serviços públicos;

• empenhar-se em criar um enquadramento macroeconómico sólido, incluindo uma inflação baixa, estabilidade da taxa de câmbio e balanços fiscais e externos aceitáveis;

• empreender a reforma do mercado com a promoção de práticas de comércio justas e estímulo da competitividade;

• aumentar a produtividade laboral e a flexibilidade do mercado de trabalho com a colaboração e participação de parceiros sociais e outras partes interessadas relevantes;

• promover a coesão social, apoiar a erradicação da pobreza e a criação de níveis de vida sustentáveis e encorajar o desenvolvimento social harmonioso;

• proteger e gerir de forma sustentável o ambiente, sobretudo através da adopção de medidas destinadas a aumentar a eficiência da energia, promover a gestão dos lixos, melhorar a gestão dos recursos de água pura e incentivar a utilização sustentável dos recursos da biodiversidade e naturais; e

• promover a inovação, pesquisa e tecnologia como fontes de competitividade. 18. A capacidade de negociação dos pequenos estados, em especial dos SIDS, deveria ser melhorada através de instrumentos analíticos apropriados, tais como índices de vulnerabilidade. O apoio das organizações regionais e internacionais iria obviamente reforçar este processo.

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19. Deveria ser apoiado o trabalho efectuado pela Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS) na formulação de uma posição colectiva dos SIDS junto dos foros internacionais, em especial naqueles onde se negoceiam instrumentos internacionais. Além do mais, seria bem-vindo qualquer progresso na formalização da estrutura da AOSIS. 20. O workshop recomendou que: a) a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável registasse as conclusões

do workshop na sua sessão preparatória para a Reunião Internacional das Maurícias (14 a 16 de Abril de 2004), e solicitasse à comunidade dadora internacional que apoiasse os SIDS nos seus esforços destinados a criar capacidade de resposta;

b) os organismos relevantes da NU, incluindo UNCTAD, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) continuassem a prestar apoio aos pequenos estados, sobretudo aos SIDS, na tarefa da promoção de desenvolvimento sustentável em geral e na criação de capacidade de resposta, em particular;

c) a comunidade dadora internacional, incluindo as organizações financeiras multilaterais, concedessem apoio financeiro e técnico aos pequenos estados nos seus esforços de ultrapassarem as suas vulnerabilidades inerentes e criarem capacidade de resposta; e

d) a OMC tivesse em conta as preocupações e necessidades especiais do comércio dos pequenos estados, em especial dos SIDS, e as respectivas vulnerabilidades resultantes da liberalização e globalização do comércio e, em conformidade, considerassem garantir um tratamento especial e diferencial a esses estados.

21. Reconhecendo a importância de um enquadramento rigoroso para a criação de capacidade de resposta, os participantes concordaram que era necessário continuar a trabalhar com vista à elaboração de um índice enumerando as medidas de recuperação bem como um conjunto de ferramentas mais amplo, para apoiar a elaboração de políticas nacionais e regionais. O Secretariado está comprometido em dar continuidade ao seu trabalho que é parte do seu programa de actividades para 2004/2005. 22. No período em apreço, o Secretariado continuou o seu trabalho de diagnóstico e analítico sobre os constrangimentos com que os pequenos estados se deparavam, e continuam a experimentar, face à sua reclassificação. Realizaram-se consultas com os embaixadores representantes dos pequenos estados nas Nações Unidas em Nova Iorque. Todos os pequenos estados confrontados com a probabilidade de reclassificação da Lista de Países Menos Desenvolvidos (LDC) continuavam preocupados com o facto do desenvolvimento sustentável das suas economias poder funcionar como um factor negativo, caso não se proporcionem os acordos de transição apropriados. 23. O Secretariado também alargou a sua pesquisa no sentido de incluir a sondagem dos entraves enfrentados pelas pequenas economias que se situem na categoria de rendimento médio mais baixo. Está actualmente a colaborar com o escritório do PNUD na Suazilândia num estudo que visa explorar os constrangimentos que a Suazilândia está a enfrentar no que respeita ao acesso a recursos em termos concessionais e o impacto que tal está a ter nos seus esforços de desenvolvimento. Já se realizaram consultas amplas com as entidades governamentais e com os organismos dadores no país. O objectivo do estudo é advogar a causa da concessão de um tratamento especial aos pequenos países que integram esta categoria no acesso a recursos subsidiados, quando estejam perante situações que possam com grande probabilidade por em risco os seus esforços para um desenvolvimento sustentável.

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24. A disseminação de informação sobre o trabalho realizado pela Commonwealth sobre os pequenos estados também recebeu um tratamento prioritário durante este período em apreço. Está a ser aperfeiçoada a página da Web dos Pequenos Estados, www.commonwealthsmallstates.org , com a introdução de novos aspectos na gestão do seu conteúdo que permitirão uma melhor apresentação dos problemas relevantes. O sítio fornece uma fonte compreensiva de informações respeitantes a todos os programas da Commonwealth dirigidos para os pequenos estados. Permite ainda a ligação a outros sítios que se ocupam das questões dos pequenos estados. Quando estiver completamente desenvolvido, espera-se que seja uma fonte de grande utilidade para os responsáveis pela adopção de políticas nos pequenos estados, bem como para as organizações regionais e multilaterais. 25. Também foi publicada a edição anual de Small States: Economic Review and Basic Statistics que fornece uma cobertura compreensiva das estatísticas económicas de todos os pequenos estados e a análise das recentes tendências económicas nos pequenos estados da Commonwealth. Foram incluídos dois documentos de pesquisa – “Small Vulnerable Economy Issues and the WTO” e “States in the Face of Climate change” - no oitavo volume do Boletim. O Secretariado tenciona continuar a utilizar esta publicação de carácter único para realçar questões de preocupação actual para os pequenos estados, como um meio de divulgar discussões de políticas sobre temas que os afectam. 26. Na reunião de Abuja, os Chefes de Governo referiram que o terrorismo e respectivas consequências acarretaram encargos adicionais para os pequenos estados sob a forma de custos elevados de segurança e possibilidade de perda de receitas de turismo, incluindo o impacto nos seus orçamentos anuais com a reafectação de fundos originalmente destinados a áreas críticas de desenvolvimento. Mencionaram a necessidade de que os esforços correntes para lidar com o terrorismo e o nível considerável de recursos que estão a ser destinados ao combate ao terrorismo não deveriam sustar a sua agenda de desenvolvimento. Nestas circunstâncias, os Chefes de Governo solicitaram à comunidade internacional que assistisse com os recursos adicionais apropriados, no contexto do apoio à agenda de desenvolvimento global. 27. No período em apreço, o Secretariado iniciou e efectuou uma série de actividades do programa destinadas a apoiar os pequenos estados a desenvolver enquadramentos de políticas para tratarem desta ameaça do terrorismo e evitar que as suas economias acabem ainda mais marginalizadas. Elaborou um modelo de legislação para ser utilizada pelos pequenos estados e outros países em desenvolvimento que não disponham de capacidade suficiente para por em vigor a legislação necessária para cumprir as obrigações no âmbito das Resoluções das Nações Unidas. Além do mais, foi dado apoio directo a países para a elaboração de relatórios a apresentar à Comissão de Contra-Terrorismo das NU. Até à data, 5 países das Caraíbas (Trinidad e Tobago, Antiga e Barbuda, Sta. Lucia, St. Kitts & Nevis e Jamaica) beneficiaram desta assistência. A Suazilândia, Lesoto, Namíbia e Botswana também receberam assistência. A Gambia, na África Ocidental, está em fase de receber assistência desta forma. O Secretariado tem um consultor a trabalhar com o Secretariado do Fórum do Pacífico para prestar assistência aos países das Ilhas do Pacífico. No último ano, os pequenos estados continuaram também a beneficiar de programas de formação destinados a delegados de acusação e investigadores a nível regional. IV. REFORÇO DE CAPACIDADE E ASSISTÊNCIA TÉCNICA 28. A capacidade dos pequenos estados para executarem programas que lhes permita beneficiar eficazmente do processo de globalização está limitada pela capacidade limitada de recursos humanos. Esta capacidade continua a ser afectada pela migração, especialmente no que se refere a funcionários altamente preparados.

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29. De modo a responder a este ambiente de tanto desafio, a assistência técnica que o Secretariado da Commonwealth prestou aos pequenos estados foi cada vez mais flexível de modo a permitir-lhes o acesso à assistência especializada numa série de áreas estratégicas de importância crítica para as suas economias. A partir de 2000, a assistência técnica especializada prestada por peritos permitiu que os pequenos estados respondessem a vários desafios resultantes da globalização, tendo abrangido todas as regiões da Commonwealth nas áreas seguintes: reforma e gestão do sector público; governação e administração de empresas; democracia e direitos humanos; sector bancário e finanças; combate à lavagem de dinheiro; ambiente e desenvolvimento sustentável; informação e tecnologia de comunicação; desenvolvimento agrícola e industrial; promoção do comércio, aumento das exportações e desenvolvimento empresarial; recursos humanos e desenvolvimento institucional; redução da pobreza; reforma legislativa/constitucional/eleitoral; administração da justiça; saúde; desenvolvimento das instalações físicas e da infra-estrutura; e registo e gestão das dívidas.

30. A par do fornecimento de especialista, o Secretariado também levou a cabo um certo número de programas para criação de capacidade, destinados aos pequenos estados, no domínio de gestão macroeconómica, gestão de recursos naturais, promoção do investimento, execução dos acordos da OMC, aumento da competitividade, promoção do comércio e desenvolvimento do sector do turismo. 31. Criação de capacidade para gestão da dívida nos pequenos estados: Muitos estados assistiram a uma deterioração gradual dos seus indicadores da dívida ao longo dos últimos anos. Isto deve-se a um certo número de factores, tanto externos como internos: o arrefecimento da economia global; o declínio e volatilidade dos preços dos bens primários; a diminuição dos fluxos das doações e dos subsídios; o abrandamento no turismo e a necessidade de atender a pagamentos urgentes e imprevistos (tais como desastres naturais). O Secretariado da Commonwealth continuou empenhado em criar capacidade de gestão da dívida nos pequenos estados. O programa de criação de capacidade oferece uma gama integrada de produtos e serviços que inclui o Sistema de Registo e Gestão da Dívida do Secretariado da Commonwealth (CS-DRMS); formação profissional e serviços de consultoria em vários aspectos da gestão da dívida. 32. Até à data, 28 dos 32 pequenos estados da Commonwealth utilizam o software CS-DRMS 2000+ para registar e analisar a carteira da dívida e beneficiaram dos serviços de formação e de consultoria sobre gestão da dívida prestados pelo Secretariado. Para melhor atender às necessidades dos pequenos estados, foi adoptada uma abordagem regional. As duas regiões principais são as Caraíbas e o Pacífico: • Nas Caraíbas, o Banco Central das Caraíbas Orientais (ECCB) actua como um centro de

recursos para apoio às oito pequenas ilhas da região OECS (Anguilla, Antiga e Barbuda, Commonwealth de Dominica, Grenada, Montserrat, St Kitts & Nevis, Sta. Lucia e St Vincent e Grenadines) bem como um número de outros pequenos estados das Caraíbas (Bahamas; Barbados; Belize; Guiana e Jamaica). Durante 2003 e 2004, organizaram-se vários workshops regionais de formação profissional.

• No Pacífico, o consultor financiado pelo CFTC, com base na Papuásia Nova Guiné, tem estado a dar assistência a oito pequenos estados da região desde 2000 (Ilhas Cook; Fiji; Samoa; Ilhas Salomão; Tonga; Vanuatu e Nauru.)

33. Os pequenos estados de outras regiões também tiraram partido do programa, incluindo os sete pequenos estados africanos (Botswana; Gambia; Lesoto; Maurícias; Namíbia; Seicheles e Suazilândia. A Gambia, por exemplo, que é considerada um País Pobre Muito Endividado (PPME – HIPC) está a beneficiar de um programa intensivo de criação de capacidade financiado pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) cuja execução está

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a ser feita conjuntamente pelo Programa para Criação de Capacidade nos PPME e pelo Secretariado da Commonwealth. 34. Com início em 2004/05, o Secretariado vai colaborar na colocação de um consultor em gestão da dívida em cada uma das quatro regiões (África Ocidental; África Oriental e Austral; Caraíbas e Pacífico Sul). O projecto de três anos irá beneficiar dezassete pequenos estados. 35. Com vista a ajudar os pequenos estados a lidarem com as limitações de capacidade com que se deparam no desenvolvimento de política comercial, processamento dos seus recursos naturais e participação no comércio internacional, o Secretariado levou a cabo várias actividades durante o período em análise. Há a referir as seguintes: (i) África • Assistência técnica à Gambia para apoiar o governo a elaborar uma política de concorrência e

um enquadramento regulamentar que permitisse aumentar a participação do sector privado na economia. A assistência englobou a preparação do documento sobre política de concorrência, projecto do documento do Governo e projecto da lei da concorrência.

• As Maurícias receberam assistência destinada a identificar subsectores de serviços com

potencial de capacidade de exportação competitiva e a desenvolver estratégias adequadas para acesso do mercado à UE no âmbito do Acordo de Parceria Económica (EPA).

• Assistência técnica às Seicheles, ao Ministério da Indústria e Actividades Económicas

Internacionais, com vista a desenvolver uma estratégia e roteiro adequados de comércio electrónico.

(ii) Caraíbas • Adopção do sistema métrico em Antiga e Barbuda. Foi prestada assistência para a elaboração

de um plano operacional para a adopção do sistema métrico em Antiga e Barbuda. O projecto irá desenvolver um plano de acção destinado a facilitar o processo de conversão ao sistema métrico que visará assegurar o cumprimento das normas internacionais de medidas, aumentar a competitividade das exportações e o crescimento das Pequenas e Médias Empresas.

• O Governo de Belize recebeu assistência técnica destinada a desenvolver e expandir a

indústria de exportação de papaia. Compreendia apoio técnico para manuseamento pós colheita e assistência para penetração em determinados mercados da União Europeia.

• Belize recebeu apoio na análise e modernização da legislação de investimento com vista a

atrair investimento de acordo com as regras da OMC. O enfoque do projecto e seu resultado principal é a ratificação de legislação, implementação de um enquadramento de investimento sustentável que seja compatível com as normas da OMC e propício ao crescimento e desenvolvimento económico em Belize.

• Assistência à Jamaica para elaboração de uma estratégia de comércio electrónico e criação de

um enquadramento regulamentar adequado. • Desenvolvimento da Competitividade Empresarial para as Pequenas Empresas em Trinidad &

Tobago. O objectivo do projecto é criar capacidade no sector das pequenas empresas de Trinidad & Tobago.

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• Reforço Institucional da Sociedade de Desenvolvimento de St. Vincent (DEVCO). O Secretariado apresentou um projecto de Política de Investimento em Junho de 2003 delineando um enquadramento destinado a atrair investimento estrangeiro e local, que foi adoptado pelo Governo. Foi ainda feito um pedido adicional para implementação das recomendações de políticas, incluindo o desenvolvimento de estratégias para atrair investimentos no sector do turismo.

• O Governo de St. Vincent pediu apoio para assistir a DEVCO, o organismo que se ocupa da

promoção do investimento e do desenvolvimento industrial, na elaboração de um plano estratégico para reestruturar a organização, tornando-a mais eficiente.

• Foi prestada assistência a Sta. Lucia num projecto para desenvolver um Regime de Incentivos

Fiscais. O objectivo global do projecto é assistir o Governo de Sta. Lucia na elaboração de um regime de incentivos fiscais eficaz e coerente, compatível com as regras da OMC, como um elemento chave para a modernização dos enquadramentos regulador e institucional destinado a facilitar o investimento na indústria.

• Aumentar a Capacidade Sanitária na Produção de Artigos Marítimos. Está a ser prestada

assistência à OECS num projecto que visa proporcionar a esta Organização o aumento da capacidade sanitária na produção de artigos marítimos. O Secretariado já se lançou no desenvolvimento de uma lista de normas relativas às pescas nos países membros.

• Agência para o Fomento das Exportações das Caraíbas (CEDA). Assistência à CEDA para

executar um programa para assegurar a auto-sustentabilidade financeira a longo prazo e que se encontra na fase final de implementação. Através do parecer do Secretariado, prestado através de uma consultoria anterior, a agência possui agora as qualificações para gerar as suas próprias receitas económicas que lhe permitem suportar o seu trabalho e, até ao momento, já atraiu o interesse de sete organizações regionais e internacionais.

• A Organização de Turismo das Caraíbas (CTO) tem beneficiado directamente de um

programa de reforço institucional destinado a desenvolver uma estratégia de recursos humanos para o turismo regional e normas de melhor prática relativamente ao desenvolvimento dos recursos humanos.

• O Secretariado também apoiou uma série de projectos regionais, incluindo um Programa para

a Commonwealth das Caraíbas de Competitividade em Comércio Electrónico para o Desenvolvimento das Pequenas Empresas; Programa para Aumento da Competitividade nas Exportações de Plásticos, de Produção Gráfica e Embalagens e Processamento de Produtos Agrícolas; Programa de Serviços Profissionais CEDA; e um projecto CTO para incrementar a competitividade.

• O Banco de Desenvolvimento das Caraíbas (CDB) propôs um programa de colaboração entre

o CDB e o Secretariado para criação de capacidade e gestão fiscal destinado aos Pequenos Estados da região das Caraíbas, através de uma série de workshops para formação profissional e publicações pertinentes.

• Em Março de 2004, o Secretariado aprovou um programa de criação de capacidade na área de

facilitação de comércio destinado ao Governo de St. Kitts e Nevis. Irá ajudar a identificar os impedimentos ao comércio e investimento e a encontrar meios que permitam ao Governo de St. Kitts e Nevis melhorar o clima de negócios e aumentar a competitividade de forma a atrair investimentos na economia e acelerar o movimento das exportações.

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(iii) Ásia/Pacífico

• Mesas Redondas para a Execução do Acordo da OMC sobre Agricultura. O Secretariado da Commonwealth colaborou com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Governo da Nova Zelândia na organização de uma mesa redonda para catorze Países das Ilhas do Pacífico (PICs) que tinha por objectivo aumentar a sua sensibilização para as implicações do Acordo da OMC sobre Agricultura em Agosto de 2003. Seguiu-se-lhe uma nova mesa redonda em Julho de 2004 para por ao corrente as entidades oficiais.

• Foi prestada assistência com vista ao desenvolvimento de uma estratégia regional para uma

maior harmonização das políticas nacionais e sua execução na área do desenvolvimento sustentado e da gestão dos recursos da pesca costeira nos países das ilhas do Pacífico, tendo sido prestado apoio ao Secretariado da Comunidade do Pacífico (SPC) e seus países membros das ilhas do Pacífico para implementação do Plano Estratégico.

• Criação de Capacidade para Agências de Promoção do Investimento no Pacífico. O

Secretariado da Commonwealth está a liderar uma iniciativa em colaboração com a Agência Multilateral de Garantia dos Investimentos (MIGA), Serviços de Consultoria para o Investimento Estrangeiro e o Secretariado do Fórum, com vista a ajudar os países membros a desenvolverem as suas capacidades para atraírem investimento, utilizando nova tecnologia com o objectivo a longo prazo de aumentar a sua competitividade nacional.

• Tem sido prestada assistência, desde 2000, à Papuásia Nova Guiné, para o desenvolvimento

de pequenas e médias empresas no subsector da pesca costeira. O projecto tem uma componente de formação considerável que incluiu a formação de formadores e workshops de formação em sete províncias costeiras. O Governo solicitou que o projecto continuasse por mais dois anos a fim de abranger mais províncias. O Secretariado da Commonwealth e o National Fisheries College efectuaram uma Avaliação de Impacto nos formandos em Junho de 2004.

• Também foi prestada assistência à Papuásia Nova Guiné com o intuito de se expandir o

desenvolvimento da indústria de viveiros de trutas de modo a torná-la economicamente viável e sustentável.

• Delimitação das Fronteiras Marítimas – para permitir que os pequenos estados possam

estabelecer as suas reivindicações legais no que respeita aos seus recursos marítimos e os explorem eficazmente. O Secretariado continuou a apoiar os pequenos estados a definirem as suas fronteiras marítimas. No período em apreço, foi dada assistência à Papuásia Nova Guiné e Samoa. Uma assistência idêntica foi também prestada às Maurícias, Guiana, Grenada e Trinidad & Tobago.

• A Samoa recebeu assistência para analisar e elaborar a legislação do país relacionada com o

comércio, num esforço de preparação para a sua adesão à OMC. • Foi concedida assistência técnica ao Governo de Brunei Darussalam destinada a determinar a

viabilidade técnica, financeira e económica de se criar uma fábrica de rações para animais em Brunei Darussalam que irá aumentar a auto-dependência de abastecimento da indústria de criação de aves, gado e produtos de viveiros aquáticos e criar capacidade de produção de rações para animais controlada e operada por Brunei Darussalam.

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• Assistência técnica a Brunei Darussalam para aumentar a Competitividade das Agro-indústrias. O projecto assistiu o Departamento de Agricultura, no Ministério da Indústria e Recursos Primários, a identificar e implementar estratégias para aumentar a competitividade agrícola do país e reforçar o sector da agro-indústrias.

• Desenvolvimento Institucional do Brunei para a Transformação e Produção Agrícola. O

principal objectivo do projecto é desenvolver a capacidade das instituições dentro do Departamento de Agricultura (DOA) para apoiar as necessidades do sector privado e expandir a sua participação na transformação dos produtos agrários e produção hortícola. O projecto tratará das debilidades identificadas no seio do ambiente institucional do DOA, aumentando a capacidade e competência do Departamento para desenvolver programas de formação em actividades económicas, produção hortícola e transformação de produtos agrícolas de uma forma sustentável; e ser capaz de oferecer estes programas às pequenas e médias empresas do sector alimentar agrícola.

• Legislação sobre Títulos do Tesouro e Obrigações do Estado. Foi solicitada assistência

relativamente à criação de um enquadramento legal e regulamentar adequado para que o Governo possa emitir Títulos do Tesouro e Obrigações do Estado. O resultado esperado deste projecto é facilitar o funcionamento do mercado dos títulos públicos.

• Em Fevereiro de 2004, o Secretariado recebeu um pedido do Grupo de Trabalho do Sector

Marítimo do Conselho das Organizações Regionais do Pacífico (CROP) no sentido de prestar apoio ao Fórum Regional do Oceano das Ilhas do Pacífico (PIROF). Este projecto foi aprovado e o seu alvo principal é apoiar o PIROF a desenvolver um Enquadramento de Acção Integrado relativamente às Iniciativas Marítimas de elevada prioridade para a Região das Ilhas do Pacífico. Especificamente, o projecto vai auxiliar os países membros da Commonwealth das Ilhas do Pacífico a participarem no PIROF e permitir que os peritos internos do Secretariado participem e contribuam para as discussões da reunião.

(iv) Mediterrâneo • Promoção de Serviços Profissionais: Malta e Chipre. Os serviços tornaram-se a componente

do comércio global além fronteiras e da actividade de investimento, que mais rápido cresceu durante a maior parte da última década e meia. As estimativas revelam que a totalidade do comércio de serviços comensurável, conforme as definições em que se enquadram os vários tipos de transacções sujeitas a uma multiplicidade de disciplinas ao abrigo do GATS, situou-se na ordem dos USD 2,3 triliões no final de 2000. Este valor representa 7,6% da produção mundial e um terço em comércio de bens e serviços. Estes números têm o mérito de nos recordar o significado económico e comercial do sector e das negociações que visam eliminar os impedimentos ao comércio e investimentos no sector. A aptidão de Malta, Chipre e de muitos outros pequenos estados da Commonwealth para aumentar a sua participação no comércio mundial através de serviços é essencial para que possam colher os benefícios decorrentes da globalização. Num esforço continuado para assistir os pequenos estados da Commonwealth a aumentarem a sua competitividade, o Secretariado implementou programas de serviços profissionais para Malta e Chipre em 2004. Os objectivos globais deste programa serão criar capacidade nos sectores dos serviços dos dois países. Os planos de acção concebidos para ajudar os principais interessados a alcançarem uma abordagem mais centrada na promoção do comércio em serviços profissionais serão uma das principais consequências deste exercício. Estes planos fornecerão uma orientação sobre as melhores práticas a adoptar e consistirão de uma estratégia a longo prazo para a promoção eficaz dos sectores dos serviços em cada um dos países.

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• Programa de Promoção de Exportações de Serviços Profissionais de Chipre. Trata-se de um Projecto para assistir o Governo de Chipre a preparar um programa destinado a promover os seus serviços profissionais através da produção de materiais de carácter promocional e interactivos destacando as vantagens competitivas de Chipre no domínio da exportação de serviços.

• Comércio Estratégico no Programa de Serviços em Chipre. O Governo de Chipre, através do

seu Ministério do Comércio e Indústria, solicitou assistência técnica para aumentar a competitividade do seu sector de comércio de serviços profissionais. Especificamente, o Ministério do Comércio e Indústria solicitou assistência para preparar uma política de serviços e um programa estratégico para a expansão e diversificação de exportações de serviços profissionais. O Ministério do Comércio e Indústria gostaria que o programa estratégico tivesse uma tónica prática e fornecesse recomendações defensáveis sem qualquer margem de ambiguidade para ajudar o Governo a racionalizar e centrar as suas actividades na promoção da exportação de serviços profissionais.

• Desenvolvimento de uma Base de Dados sobre Qualificações e Tecnologia para as Pequenas

Empresas em Malta. Este projecto tem por objectivo aumentar a competitividade da actividade económica do sector das pequenas empresas em Malta, através de uma descrição do perfil do sector com base nas suas competências (qualificações e tecnologia).

• Plano de Marketing para a Promoção de Serviços Profissionais de Malta. O Governo de

Malta, através da Corporação de Comércio Externo de Malta, Lta. (METCO) solicitou ao Fundo da Commonwealth para Cooperação Técnica (CFTC) que lhe prestasse assistência técnica no sentido de aumentar a competitividade do seu sector de serviços profissionais. Concretamente, a METCO solicitou assistência na preparação de um plano nacional de marketing que orientará a implementação de um programa de desenvolvimento das exportações relativamente à expansão e diversificação das exportações de serviços profissionais. A METCO gostaria que o plano tivesse um carácter prático e fornecesse recomendações facilmente defensáveis que iriam assistir a Agência a centrar as suas actividades na promoção da exportação de serviços profissionais.

V. FAZER FRENTE À VOLATILIDADE, VULNERABILIDADE E DESASTRES

NATURAIS 36. O desenvolvimento de políticas e uma defesa mais acesa da necessidade de se controlar a volatilidade e os desastres naturais nos pequenos estados continua a receber uma prioridade elevada no programa de trabalho do Secretariado. (i) Programa de Acção de Barbados 37. O Secretariado tem apoiado a completa e exaustiva análise da implementação do Programa de Acção de Barbados para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (BPoA) para assegurar que as preocupações de todos os SIDS da Commonwealth sejam incluídas na análise e para facilitar discussões exaustivas a nível inter-regional e internacional (ver FMM(04)9). Durante o período em apreço, o Secretariado participou nas reuniões regionais para o Pacífico, Caraíbas e Atlântico, Oceano Índico, Mediterrâneo e Mar do Sul da China (AIMS) bem como na Reunião Inter-Regional que se realizou nas Bahamas em Janeiro de 2004. Nesta reunião, foi elaborado o ´Projecto de Estratégia para a Implementação Adicional do BPOA´de responsabilidade da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS). Este documento foi subsequentemente adoptado pelo G77/China e serviu de base para as negociações em Nova Iorque que conduziram à Reunião Internacional (IM) marcada

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para Janeiro de 2005 nas Maurícias. O Secretariado também deu assistência à região AIMS no que diz respeito ao trabalho relativo à IM, tendo dotado a Comissão do Oceano Índico de um Consultor Sénior de Políticas. No seguimento da Reunião Internacional, o programa de trabalho do Secretariado será actualizado de modo a reflectir as prioridades que venham a ser identificadas em prol do desenvolvimento sustentável dos SIDS. (ii) Investimento 38. O Secretariado continua a trabalhar para vencer o desafio que representa atrair investimentos para Pequenas Economias Vulneráveis num ambiente de erosão crescente das preferências comerciais. A Commonwealth continua empenhada em tomar todas as medidas possíveis para aumentar o fluxo de investimento directo privado dirigido aos países membros vulneráveis e menos desenvolvidos, “dotados” de várias deficiências. Para tal, está a dar continuidade à sua Iniciativa para Redução do Patamar (LTT) que visa envolver todos os parceiros potenciais, incluindo Instituições Financeiras Internacionais (IFI) e o sector privado, num processo que irá facilitar um aumento do volume e da sustentabilidade do investimento directo privado a nível de PMEs na produção comercial de bens e serviços comerciais. A estratégia para alcançar este objectivo consiste em reduzir o custo associado com os riscos do capital estrangeiro a longo prazo mediante a colaboração de organismos multilaterais e bancos comerciais nacionais. 39. Realizaram-se amplas consultas durante o período em análise. Após estas consultas com todas as partes interessadas, o Secretariado da Commonwealth dedicou-se ao processo de facilitar a execução da Iniciativa LTT nas três regiões da Commonwealth, nomeadamente Caraíbas, Pacífico Sul e África Subsariana. 40. O Secretariado da Commonwealth tem estado a apoiar a Iniciativa para o Investimento Privado na Commonwealth que foi lançada em meados da década de 90 para promover o fluxo de investimentos a longo prazo dirigido para os países em desenvolvimento da Commonwealth. Criaram-se fundos de investimento para cada uma das quatro regiões da Commonwealth. Dois desses fundos beneficiavam os pequenos estados nas regiões do Pacífico e das Caraíbas. 41. O Fundo Kula foi criado para a região do Pacífico em Agosto de 1997, em que o total do capital comprometido era USD 16,9 milhões. O Fundo concluiu o seu período de investimento de quatro anos, tendo investido um total de USD 11,4 milhões em oito empresas. 42. A actual carteira de seis empresas inclui duas empresas adquiridas pela gestão por intermédio de um empréstimo; uma subscrição privada, uma recompra pela gestão e duas transacções de aumento de capital. Os investimentos espalharam-se por uma variedade de sectores, incluindo a transformação de produtos agrários, pescas e transformação de produtos da pesca, armazéns retalhistas, serviços relacionados com a mineração, impressão, produção de óleo de palma e serviços de voos charter. 43. Analisando individualmente os investimentos, foi feito o desinvestimento de Miuprint, uma empresa gráfica localizada em Port Moresby, na Papuásia Nova Guiné, que realizou um rendimento de 26% em favor do Fundo, em termos de USD. Desde que passou a constar da Bolsa de Valores de Suva, a Pacific Green Industries Fiji Ltd, empresa dedicada ao processamento de madeira de coqueiro e fabrico de móveis, continuou a ter um bom desempenho. Quando deixou de participar no investimento, o Fundo Kula teve uma taxa de rendimento do investimento de 27% e o saldo em dinheiro foi multiplicado por 2,1. Neste momento, está em negociação abandono do investimento de Kula em Morobe Consolidated Gold Fields (MCGF) Ltd, um projecto de exploração de minério. O MCGF tem sido um projecto difícil, sempre com

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atrasos e deficitário a maior parte do tempo, mas Kula prevê uma recuperação integral do seu investimento de USD 2 milhões. Com a excepção de um investimento numa empresa de armazéns retalhistas, os restantes investimentos de Kula tiveram um bom desempenho. 44. Até agora, o Fundo Kula devolveu 30% do capital aos investidores do Fundo. Com base em previsões realizadas, o gestor prevê que em 2003 se consiga a devolução de mais 10% do capital. Os gestores do Fundo, Aureos Capital Partners, são de opinião que o fluxo de negócios é suficiente para justificar a criação de um fundo subsequente para a região durante 2005. Kula II visará uma menor dimensão de investimento com vista a injectar capital nos países mais pequenos das Ilhas do Pacífico. O Secretariado da Commonwealth está a apoiar o estudo de viabilidade que está a ser efectuado por Aureos Capital Partners. 45. O Fundo Tiona foi criado para a região das Caraíbas. Foi posteriormente incorporado no Fundo de Investimentos das Caraíbas e está a ser gerido por Caribbean Basin Investors Ltd. O Fundo efectuou dez investimentos que totalizaram USD 44,5 milhões nos seguintes países da região: Antiga, Bahamas, Guiana, Jamaica, Sta Lucia e Trinidad & Tobago. O Secretariado da Commonwealth continuará a monitorizar as actividades do Fundo e procurará assistir na mobilização adicional de recursos. VI. TRANSIÇÃO PARA O REGIME DE COMÉRCIO GLOBAL, EM FASE DE

MUDANÇA (i) As Pequenas Economias e a OMC 46. Durante o período em análise, o Secretariado continuou a prestar assistência aos pequenos estados da Commonwealth como parte do seu programa actual de integrar mais plenamente estes países no sistema multilateral de comércio. A principal actividade centrou-se no Programa de Trabalho para as Pequenas Economias na Sessão para Discussão na Especialidade do Comité de Comércio e Desenvolvimento da OMC. As áreas específicas de apoio foram: • Prestação de apoio analítico na elaboração de projectos de várias Propostas apresentadas à

OMC relativas às preocupações e interesses de pequenas economias; • Encomenda de um estudo que analisa a viabilidade de se criar uma Missão junto da OMC dos

países africanos membros não residentes e observadores. Como resultado de um estudo semelhante encomendado pelo Secretariado, os Estados do Fórum do Pacífico abriram uma Missão junto da OMC e, brevemente, abrirá (Agosto 2004) uma Missão idêntica para os seis estados independentes da Organização dos Estados das Caraíbas Orientais;

• Conclusão de um estudo sobre uma proposta de definição de “Pequenas Economias Vulneráveis” na OMC e;

• Os trabalhos preparatórios para a Quinta Conferência Ministerial da OMC, em Cancun, realizaram-se nas regiões das Caraíbas, do Pacífico e de África.

47. Os pequenos estados continuaram também a beneficiar das publicações do Secretariado: Commonwealth Trade Hot Topics and Doha Development Newsletters. Estes boletins visam ser uma fonte de informação, análise e orientação sobre questões de interesse para as entidades oficiais da área do comércio e para os responsáveis pela adopção de políticas nos Ministérios do Comércio, Indústria e Finanças; parlamentares; associações do sector privado; e outras organizações não governamentais. Durante este período o Secretariado produziu duas publicações principais. A primeira, Doha to Cancun, foi elaborada com o fim de assistir os países em desenvolvimento da Commonwealth nos trabalhos preparatórios para a Quinta Conferência Ministerial da OMC em Cancun. A segunda publicação, da autoria do Prémio Nobel, Joseph E. Stiglitz, An Agenda for the Development Round of Trade Negotiations in the

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Aftermath of Cancun, apresenta considerações sobre o que constitui um resultado equilibrado da Ronda de Desenvolvimento de Doha. Está em fase de preparação uma outra publicação que examina o apoio que as instituições financeiras internacionais deveriam prestar aos países em desenvolvimento que estejam a experimentar uma perda ou erosão do sistema de preferências de modo a habilitá-los a adaptarem-se ao novo ambiente do comércio. Estes estudos têm por objectivo assistir os pequenos estados a desenvolverem posições negociais que tragam benefícios de longo prazo para as suas economias. (ii) As Negociações de Comércio entre a OMC e a ACP-UE 48. Um projecto de grande dimensão realizado na área das negociações de comércio da África, Caraíbas e Pacífico – União Europeia (ACP-UE) no âmbito do Acordo de Cotonou visou os países pequenos e menos desenvolvidos no sentido de aumentar as suas capacidades negociais sobre comércio. Foi prestada assistência através de workshops, consultas regionais, pesquisa analítica e acções de comunicação. Esta assistência fez com que muitos países pequenos da Commonwealth das regiões de África, Caraíbas e Pacífico se envolvessem mais e estivessem melhor preparados para participar nestas negociações. Os workshops patrocinados pela Commonwealth estão a assistir os secretariados regionais a desenvolver mandatos negociais para a Fase II das negociações ACP-UE sobre Acordos de Parceria Económica. 49. Um programa da maior importância que está em execução na área de criação de capacidade em política comercial é um Projecto de Formulação, Negociação e Implementação de Políticas Comerciais (o projecto “Hub and Spoke”). As regiões da ACP, que incluam Pequenos Estados que sejam parte da Commonwealth, terão acesso a assistência através deste projecto. O projecto conjunto envolve o Secretariado da Commonwealth e a Agência Intergovernamental da Francofonia (AIF) que recebe fundos da Comissão Europeia. O Secretariado da Commonwealth será responsável pela implementação do projecto sobretudo nos países de língua inglesa da Comunidade das Caraíbas (CARICOM), do Fórum das Ilhas do Pacífico (PIF), da Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECS), do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA), da Comunidade de Desenvolvimento para a África Austral (SADC) e da União Africana (AU). A AIF será responsável pela execução do projecto sobretudo nas regiões de língua francesa da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC). 50. O objectivo deste projecto é aumentar a capacidade dos países ACP e das Organizações Regionais de Integração Económica para gerir as suas negociações com a UE e a OMC e aumentar a sua integração no sistema de comércio multilateral. Será implementado ao longo de um período de quatro anos. O projecto resultará em maior capacidade no domínio da formulação de políticas comerciais e de negociações de comércio, bem como num sistema eficaz e específico a cada país de determinar e gerir questões de implementação. 51. Este projecto-piloto tem sido conduzido com sucesso na região do Pacífico através do Secretariado do Fórum e em alguns países da Região da África através de alguns países da COMESA. O Programa será brevemente adoptado nas Caraíbas através da CARICOM. O sucesso do programa piloto no Pacífico permitiu que o Secretariado alcançasse um acordo com a UE no sentido de continuar a colaboração destinada a beneficiar todas as regiões ACP. O financiamento total do programa é €20,6 milhões. (iii) Desenvolvimento de um enquadramento legal para estimular o comércio e o

investimento nos pequenos estados vulneráveis, em via de desenvolvimento

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52. As regras de comércio multilateral não foram, de uma maneira geral, redigidas tendo em mente as necessidades particulares dos pequenos estados. As disposições sobre tratamento especial e diferencial revelaram-se bastante ineficazes na promoção da integração bem sucedida dos pequenos estados no sistema multilateral de comércio. Embora certos acordos da OMC refiram directamente as circunstâncias distintas dos países em desenvolvimento para além do que já está concedido aos LDC,2 o sistema multilateral baseado em regras é tipicamente mais prescritivo, num sentido vasto, atribuindo aos membros a tarefa de criar soluções reguladoras adequadas que atendam às suas necessidades particulares. As disposições especiais sobre as necessidades distintas dos países em desenvolvimento, incluindo os pequenos estados, é uma medida de excepção e não a regra geral. 53. O encerramento de muitos períodos transitórios relativos à implementação de regras da OMC instiga, em certa medida, a necessidade crescente de soluções criativas para atender aos interesses que os países em desenvolvimento têm em comum, bem como aos interesses partilhados por subcategorias de países em desenvolvimento com base nas suas necessidades particulares. Muitos países em desenvolvimento da Commonwealth, em especial os pequenos estados, experimentaram dificuldades na execução das regras da OMC destinadas a promover o crescimento e desenvolvimento sustentáveis. Não existem modelos padrão de sucesso; como é agora prática comum, não existe uma abordagem eficaz que se adapte a todos os casos. O Secretariado está a ocupar-se do problema da necessidade cada vez maior de desenvolver instrumentos reguladores adequados às circunstâncias dos pequenos estados com recursos humanos e volumes de comércio limitados para facilitar a sua integração com êxito no sistema de comércio multilateral. 54. O Secretariado está a assistir os pequenos estados vulneráveis na análise e reforma de medidas relacionadas com o comércio para promover o crescimento económico e incentivar o investimento de uma forma compatível com as regras internacionais. Os pequenos estados são normalmente economias muito abertas, que revelam uma elevadíssima percentagem do comércio no PIB, que competem pelo investimento estrangeiro conquanto alguns continuem muito dependentes das receitas provenientes das tarifas. Conforme se referiu acima, o Secretariado está actualmente a analisar o regime de investimento de Belize e o regime de Incentivos Fiscais de Santa Lucia com vista a assistir na implementação das melhores práticas talhadas em função das circunstâncias especiais de cada um dos países para que sejam compatíveis com as regras da OMC. Espera-se que o trabalho abranja outros pequenos estados. 55. Um segmento restrito específico do programa de trabalho do Secretariado diz respeito ao processo de adesão dos pequenos estados à OMC. Um projecto realizado nesta área está relacionado com um pedido de Samoa de prestação de assistência na análise da legislação pertinente ao comércio a este país, a título de preparação para adesão à OMC. O Secretariado está a prestar assistência na concepção e execução de instrumentos especiais de comércio feitos à medida das circunstâncias de Samoa ser um estado pequeno e um país menos desenvolvido. 56. Relativamente à regulamentação sobre comércio, o Secretariado da Commonwealth está também a implementar um programa de assistência técnica para os países em desenvolvimento da Commonwealth, com vista a criar enquadramentos adequados e procedimentos eficazes para a execução da Decisão WT/L/540 da OMC “Implementação do parágrafo 6 da Declaração de Doha sobre Aspectos Relacionados com o Comércio do Acordo sobre Direitos de Propriedade

2 Por exemplo, o Acordo OMC sobre Subsídios e Medidas de Compensação (SCM) proporciona uma flexibilidade especial

no uso de subsídios de exportação aos países de baixo rendimento quando o PNB per capita não exceder USD 1 000 por ano; o Acordo do Uruguay Round sobre a Interpretação do Artigo XXVIII do GATT 1994 foi redigido com o intuito de “garantir uma redistribuição dos direitos de negociação a favor dos países membros exportadores de pequena e média dimensão.”

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Intelectual (TRIPS) e saúde pública”. O projecto centra-se nas dificuldades que os países membros, incluindo um certo número de pequenos estados com uma capacidade transformadora reduzida ou inexistente no sector farmacêutico, poderiam encontrar ao utilizar na realidade o licenciamento obrigatório ao abrigo do Acordo TRIPS.3 VII. NOVAS OPORTUNIDADES E DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO (i) Sector dos Serviços Financeiros Internacionais

57. Na sequência da Iniciativa da OCDE sobre Competição Fiscal Nociva, tem sido um grande desafio para os pequenos estados tirar partido das oportunidades que a globalização oferece na prestação de Serviços Financeiros Internacionais. O Secretariado continuou a facilitar o diálogo entre a OCDE e as jurisdições afectadas. Promoveu a primeira reunião do “Subgrupo sobre Questões para Igualar o Campo de Acção”, realizada em Londres de 3 a 5 de Fevereiro de 2004. A discussão centrou-se na definição do conceito de campo de acção global, seus aspectos e papel; a situação da data de 2006 como a data alvo para troca de informações sobre assuntos fiscais civis; e a importância dos incentivos para os parceiros participantes, que não sejam membros da OCDE, empenhados no processo. 58. A segunda reunião do Subgrupo realizou-se em Londres de 31 de Março a 2 de Abril de 2004, para continuar a discussão das propostas para consideração do Fórum Global da OCDE sobre tributação para se atingir uma harmonização global. Os delegados discutiram e deram o seu acordo a um Documento sobre a Posição do Subgrupo relativamente às Propostas para se Alcançar uma Harmonização Global, incluindo uma Proposta de Plano de Acção. Este Documento foi enviado ao Fórum Global que ocorreu em Berlim de 3 a 4 de Junho de 2004. 59. No documento, o Subgrupo chamava a atenção do Fórum Global para: a) a definição do conceito de harmonização do campo de acção global; b) o processo para análise da transparência e das práticas de intercâmbio de informações

presentemente aplicadas pelos centros financeiros; c) o processo para apreciação da convergência das práticas existentes no sentido dos altos

padrões para um intercâmbio eficaz de informação e avaliação da consecução do campo de acção global harmonizado;

d) o processo para envolvimento de centros financeiros importantes que não sejam Parceiros Participantes no processo para se alcançar um campo de acção harmonizado, incluindo a sua participação no Fórum Global; e

e) a importância de consequências uniformes desencadeadas pela aplicação dos padrões de transparência e de um intercâmbio de informações eficaz em relação à avaliação da prossecução de um campo de acção globalmente harmonizado.

60. O Fórum Global acolheu com agrado estas propostas, que endossaram e incluíram no relatório do Fórum Global, sob o título “Um Processo para se Conquistar um Campo de Acção Harmonizado”. O processo acordado incluía acções individuais, bilaterais e colectivas. O Secretariado permanecerá empenhado neste processo. (ii) Promoção da Competitividade 61. Promover a competitividade e manter economias que continuem a atrair investimentos numa base sustentável continua a ser um dos grandes desafios com que se deparam os pequenos

3 Encomendaram-se casos de estudos nacionais nos seguintes países em desenvolvimento da Commonwealth: Bangladesh,

Barbados, Índia, Jamaica, Quénia, Maurícias, Nigéria, África do Sul, Tanzânia e Uganda.

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estados. O Secretariado está empenhado em apoiar os pequenos estados a desenvolverem essa competitividade como uma base essencial para ultrapassarem essa vulnerabilidade. 62. Em Janeiro de 2004, o Secretariado, em colaboração com o Centro Internacional de Comércio (ITC), organizou um Fórum da maior importância para os pequenos estados da Commonwealth em Port of Spain, Trinidad. O Governo de Trinidad & Tobago, através do Ministério do Comércio e Indústria, foi o anfitrião deste Fórum “Pequenos Estados em Transição: Da Vulnerabilidade à Competitividade”. O Fórum contou com a presença de 180 altos funcionários dos sectores público e privado de 28 Pequenos Estados da Commonwealth. 63. O Fórum Executivo assentava em duas premissas: primeiro, que as melhorias sustentadas das exportações exigem uma estratégia nacional de exportações realista e capacidade para a gerir; e, segundo, que os pequenos estados têm problemas particulares neste domínio. O principal objectivo do Fórum era familiarizar os responsáveis pela tomada de decisões dos sectores público e privado, e os representantes da comunidade económica, com as melhores práticas entre os pequenos estados relativas à gestão da estratégia de exportações. Entre alguns dos objectivos específicos contavam-se o incentivo aos pequenos estados para tomarem em consideração uma estratégia nacional para as exportações; a familiarização com as melhores práticas adoptadas pelos seus pares; a identificação de áreas onde os organismos de ajuda pudessem contribuir para uma melhoria das exportações; a familiarização dos pequenos estados participantes com instrumentos para desenvolvimento de estratégias; e o patrocínio das actividades de partilha de experiências. 64. O Fórum foi bem sucedido no desenvolvimento de instrumentos que permitam aos pequenos estados enquadrar uma estratégia, avaliar a modalidade de implementação e monitorizar o progresso. Seguir-se-á uma fase de apoio directo ao país pelo Secretariado da Commonwealth e pelo ITC com vista a assistir os países a implementarem estratégias de competitividade. O Secretariado está empenhado em dar seguimento a este programa a médio prazo. VIII. CONCLUSÃO 65. Convidam-se os Delegados do Fórum a tecer considerações e fazer comentários sobre o apoio que os pequenos estados têm estado a receber do Secretariado. Podem ainda prestar mais orientações sobre as propostas apresentadas pelo Grupo Ministerial para os Pequenos Estados e Chefes de Governo quanto à direcção que a Commonwealth deverá tomar para apoiar os pequenos estados nesta fase crucial de mudanças globais. Commonwealth Secretariat Marlborough House London SW1Y 5HX Agosto 2004

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FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL RELATÓRIO SOBRE O PROGRESSO REGISTADO NAS ACTIVIDADES DOS PEQUENOS ESTADOS, 20041

1. O Fundo regista com agrado o progresso verificado desde que a Task Force para os Pequenos Estados apresentou as suas recomendações em 2000. No ano passado, a integração regional dos pequenos estados com a economia global foi superior graças aos novos acordos comerciais, maior padronização no sistema de tratamento de dados estatísticos e uma regulamentação e supervisão melhorada dos centros financeiros offshore. No entanto, ainda há muito para fazer. O Fundo Monetário Internacional está empenhado em assistir os pequenos estados, como o faz com todos os países membros, através da emissão de parecer sobre políticas, oferecido no contexto da supervisão do Fundo ou de um programa apoiado pelo Fundo, e de assistência financeira e técnica. No contexto destas actividades, o Fundo adapta o seu parecer sobre políticas às necessidades individuais dos países. O relatório de progresso deste ano destaca áreas onde o Fundo dá continuidade ao seu trabalho referente a questões importantes para os pequenos estados, incluindo a promoção de políticas internas sólidas nos pequenos estados à medida que estes passam a integrar cada vez mais o mercado global; cooperação regional entre os pequenos estados e com as instituições multilaterais; a vulnerabilidade dos países a choques exógenos 2; e questões do sector financeiro. Além do mais, o Fundo continua comprometido em ajudar os países a atingir as Metas de Desenvolvimento do Milénio (MDG), e está a participar na monitorização global de políticas e acções destinadas à prossecução destes fins, um exercício que é relevante para a maioria dos pequenos estados.

Supervisão

2. O Artigo IV do Estatuto do Fundo estabelece a supervisão como o principal canal para o parecer do Fundo sobre as políticas a adoptar. As Consultas Anuais de supervisão do Artigo IV realizam-se com 25 dos 45 estados membros do Fundo que participam no Fórum dos Pequenos Estados, ficando os restantes pequenos estados, a maior parte deles situados nas regiões da Ásia e do Pacífico e alguns pequenos países do Médio Oriente e Europa, a seguir um ciclo de consultas de 24 meses.3 Nos intervalos das consultas formais os funcionários do Fundo mantêm comunicação constante com os seus membros, apoiados por visitas dos funcionários quando for adequado, o que normalmente acontece perto do meio do ciclo. Para além do “tradicional” enfoque nas políticas monetárias e fiscais, regime de taxa de câmbio e questões de políticas comerciais relevantes, as consultas do Artigo IV cobrem cada vez mais questões estruturais e do sector financeiro, incluindo avaliações de vulnerabilidade e até de crises. Em particular, as questões de vulnerabilidade são as mais predominantes nas consultas com os pequenos estados, especialmente a probabilidade e impacto de choques externos e as formas de mitigar os seus efeitos negativos. Entre as outras questões que recebem uma atenção especial incluem-se a avaliação da sustentabilidade da dívida externa, a solidez do sistema bancário nacional, o impacto macroeconómico da política comercial e, nos países produtores de óleo, avaliação da transparência das receitas governamentais do petróleo e sustentabilidade da sua situação fiscal corrente, levando em conta as questões de equidade entre as várias gerações. Sempre que apropriado, dá-se parecer sobre políticas comerciais no contexto das obrigações de um país na sua qualidade de membro da OMC ou de um acordo regional de comércio ou de mercado comum. O Fundo está também a prestar cada vez mais atenção aos pontos fracos e fortes de ordem institucional, através de avaliações de cumprimento de normas e códigos. O 1 O relatório deste ano incorpora informações relativas aos 45 pequenos estados com uma população inferior a 1,5 milhão, bem

como aos quatro estados adicionais convidados para o Fórum dos Pequenos Estados: Botswana, Lesoto, Namíbia e Jamaica. Todos os 49 estados são referidos como pequenos estados, neste relatório.

2 Os funcionários do Fundo concluíram recentemente um documento sobre políticas que explora o modo como o Fundo pode dirigir melhor o seu parecer sobre políticas e assistência financeira, para ajudar os seus membros a lidarem com os efeitos dos choques exógenos negativos. O Fundo também introduziu o Mecanismo de Integração do Comércio—uma política destinada a fornecer assistência financeira aos países membros que experimentem necessidades na balança comercial causadas pelas alterações no clima de política comercial internacional.

3 Bahrein é a única excepção com um ciclo de 18 meses.

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impacto da supervisão foi aumentado, graças a uma disseminação mais vasta entre o público dos relatórios sobre o país e a região.

3. A supervisão bilateral é o principal veículo da vigilância efectuada pelo Fundo. Na Europa, por exemplo, o Fundo está a trabalhar com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu no sentido de prestar aos pequenos estados tais como Estónia, Malta e Chipre parecer bilateral sobre políticas a cumprir nas fases que se seguem à integração na UE, Para além da supervisão bilateral, este último ano foi palco de novas melhorias no alcance e profundidade da supervisão regional, incluindo de agrupamentos englobando pequenos estados. Em África, o Fundo realizou discussões anuais separadas com a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e a Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC). Na Região das Caraíbas Orientais, o Fundo aumentou a vigilância em muitos países, incluindo através de exercícios de supervisão regional mais abrangentes. Em 2004, o Fundo efectuou a sua vigilância regional da União Monetária das Caraíbas Orientais, bem como uma actualização de meio do ano. Em Junho deste ano, o Fundo e o Banco Central de Trinidad e Tobago organizaram conjuntamente um seminário internacional sobre “Desafios ao Desenvolvimento nas Caraíbas”, que beneficiou vários pequenos estados na região. Na Região da Ásia-Pacífico, os funcionários do Fundo cooperaram estreitamente com os esforços regionais em curso ao participarem em reuniões e conferências sobre políticas regionais, tais como a Reunião dos Ministros da Economia do Fórum do Pacífico de 2004. Na Região do Médio Oriente, os funcionários do Fundo continuaram a política de diálogo com um número de Países da Cooperação da Zona do Golfo, incluindo Barain e Qatar, através de reuniões anuais que contaram com a presença dos Ministros das Finanças e dos Governadores dos Bancos Centrais. Nestas reuniões, as discussões abrangeram vários temas, desde estratégias para um crescimento sustentável e estabilidade macroeconómica, até à adopção de fundos de estabilização do petróleo.

4. O Programa de Avaliação do Sector Financeiro (FSAP) é um outro instrumento importante para os pequenos estados, o qual reforça a supervisão pelo Fundo do sector financeiro. Efectuado em conjunto com o Banco Mundial, o FSAP fornece uma avaliação exaustiva dos riscos e vulnerabilidades, condições institucionais, enquadramentos regulamentares e de supervisão e cumprimento das normas internacionais relacionadas com os sectores financeiros dos países. O FSAP para países de baixo rendimento também se centra nos objectivos de desenvolvimento para os seus sistemas financeiros. Concluíram-se FSAPs para cinco pequenos estados—Barbados, Estónia, Gabão, Malta e Maurícias, estando planeados para Fiji e Qatar dentro de 1 a 2 anos. O relatório do FSAP regional para os seis estados membros independentes da União Monetária das Caraíbas Orientais (Antiga e Barbuda, Dominica, Grenada, St. Kitts e Nevis, St. Lucia e St. Vincent e Grenadinas) ficou concluído em Maio. As missões FSAP ao Bahrein, Jamaica e Trinidad e Tobago estão previstas para o início de 2005; ao Fiji em finais de 2005 e ao Qatar no princípio de 2006. Através de avaliações detalhadas do cumprimento das normas e códigos relevantes do sector financeiro, os FSAPs dão origem a Relatórios sobre a Observação de Normas e Códigos (ROSCS) na área do sector financeiro. São ainda preparados separadamente, relatórios sobre a observação de outros padrões reconhecidos internacionalmente (como por exemplo, disseminação de dados, transparência fiscal). No final de Março de 2004, o Fundo tinha concluído trinta e cinco Módulos de ROSC sobre uma enorme variedade de temas em onze pequenos estados.

5. Registou-se um progresso substancial, nos últimos anos, na eliminação de muitas das preocupações em torno da adequação da regulamentação e supervisão de uma série de centros financeiros offshore (OFC), que se criaram em vários pequenos estados. Em 2000, o Fundo lançou avaliações dos OFCs com a respectiva assistência técnica para solucionar estes problemas com vista a identificar e reduzir as vulnerabilidades decorrentes das debilidades dos sistemas financeiras dos países envolvidos. O Fundo conduziu avaliações dos sistemas de supervisão e regulamentação financeira de oito pequenos estados (Bahamas, Belize, Chipre, Ilhas Marshall, Palau, Samoa,

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Seicheles e Vanuatu).4 O FSAP regional ECCU relativo a Antiqua e Barbuda e S.Vicente e Grenadinas compreendeu um tratamento das questões de OFC, como o incluirá também o FSAP planeado para Bahrein em 2005.

6. Paralelamente à actividade de OFC, o Fundo está também a ocupar-se de medidas Anti-Lavagem de Dinheiro/Combate ao Financiamento do Terrorismo (AML/CFT). Em conjunto com a Task Force de Acção Financeira (FATF), o Fundo e o Banco Mundial desenvolveram uma metodologia abrangente para avaliar os regimes AML/CFT relativamente aos padrões internacionais.5 Das 41 avaliações AML/CFT efectuadas ao abrigo do programa piloto, três delas realizaram-se em pequenos estados: Bahamas, Malta e Maurícias.

Assistência Financeira

7. Nos programas de assistência financeira do Fundo, tal como na sua emissão de parecer sobre políticas e na assistência técnica prestada, são tidas em consideração as características especiais dos pequenos estados. No total, 27 pequenos estados utilizaram a assistência financeira do Fundo desde 1979. Actualmente, cinco pequenos estados (Cabo Verde, Dominica, Gambia, Guiana e Lesoto) têm acordos com o Fundo ao abrigo do Mecanismo para Redução da Pobreza e Crescimento (PRGF) destinados a apoiar as estratégias para redução da pobreza controladas pelo país documentadas nos Documentos de Estratégia para Redução da Pobreza (PRSP).6 O Gabão começou um programa monitorizado pelos funcionários do Fundo em Setembro de 2003 a que se seguiu um Acordo de Confirmação em Maio de 2004. Como os pequenos estados são vulneráveis a desastres naturais e têm um grau elevado de concentração de exportações, em várias ocasiões recorreram também ao Mecanismo do Fundo para Financiamento Compensatório e Assistência de Emergência para Desastres Naturais. Alguns pequenos estados, como por exemplo a Estónia, também tiveram acordos de precaução destinados a apoiar boas políticas macroeconómicas, mas sem recorrer ao financiamento existente do Fundo.7 Por último, quatro pequenos estados (Gambia, Guiné-Bissau, Guiana e São Tomé e Príncipe) atingiram o ponto de decisão ao abrigo da Iniciativa Aperfeiçoada para os Países Pobres Muito Endividados. Estes pequenos estados podiam beneficiar de um alívio nominal total do serviço da dívida de aproximadamente USD 2 400 milhões.

Assistência Técnica

8. O Fundo presta um montante significativo de assistência técnica aos pequenos estados. Como os pequenos estados estão a integrar-se cada vez mais na economia global, uma grande parte da assistência técnica do Fundo a estes estados centra-se em ajudá-los a aumentar a capacidade e a resolver as implicações discais da reforma estrutural. Presta-se assistência técnica nas áreas centrais do Fundo de política fiscal e administração, política monetária e acordos sobre taxa de câmbio, questões relativas ao sector financeiro e compilação e divulgação de estatísticas macroeconómicas. Recentemente, o Fundo tem, por exemplo, vindo a prestar assistência técnica aos Comoros na área de descentralização da gestão fiscal, em conformidade com as disposições relevantes da nova Constituição do país.

4 Os funcionários do Fundo estão também a manter discussões sobre estatísticas, através de workshops e de visitas de

funcionários, fazendo a avaliação de pequenas jurisdições no âmbito dos programas OFC ou FSAP, sobretudo em relação à sua participação no Levantamento do Fundo sobre a Carteira de Investimento Coordenado.

5 No seguimento do endosso da metodologia da FATF em Outubro de 2002, o Conselho do Fundo concordou formalmente, em Novembro de 2002, a adicionar AML/CFT à lista de normas e códigos úteis para o trabalho do Fundo e do Banco e adoptar 40 Recomendações FATF para AML e 8 Recomendações Especiais para CFT como padrão associado.

6 De entre os pequenos estados com um acordo PRGF. A Gambia e Guiana produziram PRSPs completos, enquanto Cabo Verde e Lesoto têm um PRSP Intercalar e recentemente elaboraram um relatório sobre o estado de preparação do PRSP.

7 Tendo expirado o Acordo de Confirmação em meados de 2002, a Estónia passou a ter uma relação de supervisão com o Fundo.

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9. Embora a maioria da assistência técnica aos pequenos estados seja prestada a partir da sede do Fundo, a assistência técnica está também a ser fornecida, cada vez mais, através dos centros regionais que estão particularmente bem ajustados às necessidades dos pequenos países em desenvolvimento. Os centros são operações conjuntas com os dadores e governos beneficiários, em grande parte financiados por organismos oficiais bilaterais e multilaterais. Esta abordagem contribui grandemente para a coordenação entre dadores e beneficiários, e está a surgir como uma forma eficaz em função do custo de assegurar que os pequenos estados recebam a assistência técnica e formação profissional de que precisam. Actualmente, existem dois centros regionais de assistência técnica do FMI que foram criados sobretudo para atender às necessidades dos pequenos estados: o Centro de Assistência Financeira e Técnica das Ilhas do Pacífico (PFTAC) em Fiji e o Centro Regional de Assistência Técnica das Caraíbas (CARTAC) em Barbados. Existem ainda dois Centros Regionais Africanos de Assistência Técnica (AFRITACs): um na Tanzânia destinado à África Oriental e o outro em Mali, para a África Ocidental, em que ambos atendem as necessidades dos pequenos e grandes estados. Face à experiência adquirida com estes centros, o Fundo podia considerar a criação de novos centros na África Subsariana.

10. Nos últimos anos, os centros regionais de assistência técnica tornaram-se uma fonte representativa da Assistência Técnica do Fundo. Estes centros ajudam os governos, incluindo os dos pequenos estados, a criarem e manterem a capacidade para formular e executar as suas próprias políticas destinadas a aumentar o crescimento e a reduzir a pobreza. Cada um dos seis países membros do Fundo que integram a União Monetária das Caraíbas Orientais, com a assistência do CARTAC, estão a elaborar enquadramentos de programação financeira para conceber, executar e monitorizar programas de estabilização e de ajustamento. Adicionalmente, o CARTAC irá também prestar apoio às iniciativas destinadas à harmonização regional e à Economia de Mercado Único das Caraíbas (CSME). Uma revisão de meio do período do CARTAC, recentemente finalizada, concluiu que o projecto estava bem concebido e tinha sido executado com êxito em vários aspectos. O PFTAC também completou recentemente uma análise externa e os resultados apurados serão divulgados brevemente.

11. O Fundo também presta assistência técnica a grupos regionais em África, incluindo a Comunidade Monetária e Económica da África Central (CEMAC), a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), o Banco dos Estados da África Central (BEAC), o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e projecta expandir a sua actividade a outros grupos, tais como o Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA). O Fundo ainda fornece formação profissional às autoridades dos países membros, incluindo dos pequenos estados, quer na sede do FMI como no Joint Africa Institute, localizado em Tunes, no Joint Vienna Institute e no Instituto Regional de Formação Profissional Singapura-FMI.

12. Na área fiscal, a assistência técnica tem-se centrado simultaneamente nas reformas tributárias e na gestão das despesas. Em Maio de 2004, o Fundo realizou uma reunião regional com os Ministros das Finanças dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, incluindo os pequenos estados de Bahrein e Qatar, para examinar as questões fiscais, incluindo: política tributária e administração, política de despesas e gestão (incluindo os fundos do petróleo e a política da dívida) e o aumento de transparência e de responsabilização. Através do PFTAC, o Fundo assistiu os pequenos estados na introdução de novos impostos de consumo, preparação do orçamento, elaboração das leis orçamentais, criação de sistemas de tesouro e de contabilidade e desenvolvimento de mecanismos internos de controlo do orçamento. Em conjunto com o CARTAC, o Fundo iniciou discussões com autoridades nacionais com vista a elaborar uma estratégia regional abrangente para os países da OECS, especialmente em relação a tributação indirecta e incentivos fiscais. O CARTAC já avaliou a política tributária e administração de nove pequenos estados na região das Caraíbas8, e está a ajudar uma série de países membros a movimentarem-se no sentido de 8 Antiga e Barbuda, Bahamas, Barbados, Dominica, Grenada, Guiana, St. Kitts e Nevis, St. Lucia, e St. Vincent e Grenadinas.

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adoptarem um imposto sobre o valor acrescentado e de melhorarem a cobrança de outros impostos. Para além destas iniciativas, o Fundo está a ajudar os países da OECS a adoptarem sistemas para orientarem e monitorizarem a execução das medidas acordadas destinadas a reforçar a gestão das despesas públicas na sub-região.

13. Na área financeira, a assistência técnica do Fundo apoiou os esforços das autoridades destinados a reforçar a execução das políticas monetárias e cambiais e outras operações do Banco Central, melhorar os sistemas de pagamentos, liberalizar os regimes de taxa de câmbio, introduzir leis bancárias, reforçar a supervisão bancária e sanar outras questões do sector bancário. Ao abrigo do programa de Avaliação de OFC, o Fundo prestou uma ampla assistência técnica aos pequenos estados para os ajudar a por em vigor legislação mais firme e mecanismos de regulamentação e supervisão que regem os serviços financeiros. O CARTAC também patrocinou assessores regionais e internacionais para ajudarem os supervisores regionais dos bancos a adquirir experiência prática na gestão e supervisão do sector financeiro. O CARTAC está a assistir o ECCB na implementação de um enquadramento regulamentar integrado e abrangente para os sectores financeiros dos países da OECS, que incluirá normas e procedimentos para Evitar Lavagem de Dinheiro/Combate ao Financiamento do Terrorismo (AML/CFT), a serem utilizados pelos auditores dos bancos nacionais e offshore. No Pacífico, o Fundo presta uma vasta assistência técnica à região através do PFTAC, na área de supervisão bancária e também prevê oferecer assistência técnica em matéria de AML/CFT. A assistência técnica prestada pelo AFRITAC Oriental ao sector financeiro tem, até à data, sido centrada em torno de supervisão bancária, operações monetárias e pagamentos, enquanto a do AFRITAC Ocidental tem sobretudo visado a gestão da dívida e micro-financiamento. Por último, a título de programa piloto, o Fundo vai efectuar uma avaliação regional do sector financeiro na América Central, com a possibilidade de uma avaliação futura na África Central.

14. Na área estatística, o Sistema de Disseminação de Dados Gerais do Fundo (GDDS) oferece uma estrutura que permite que todos os membros, incluindo os pequenos estados, a utilizem para reforçar as suas capacidades estatísticas. O Fundo reconhece que a estrutura precisa de flexibilidade para que os pequenos estados passem a utilizá-la, por causa dos seus recursos limitados, especialmente em áreas tais como funcionários qualificados e instalações para processamento de dados. Nestas circunstâncias, o Fundo tem tentado identificar as necessidades estatísticas especiais destes estados e considerado formas de reduzir o ónus da recolha e tratamento de dados. Actualmente, vinte e quatro pequenos estados são participantes formais do GDDS.9 A partir de 2002, o Fundo lançou quatro projectos regionais novos: (1) para uma selecção de países das Ilhas do Pacífico (Fiji, Kiribati, Palau, Salomão, Tonga e Vanuatu) (2) para os países africanos anglófonos (incluindo Botswana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia), (3) para os países Africanos Lusófonos (incluindo Cabo Verde e São Tomé e Príncipe) e (4) para os países da União Económica e Monetária da África Ocidental (incluindo Guiné-Bissau) para ajudar a aumentar a sua capacidade estatística, utilizando a estrutura GDDS. Estes projectos estão a ser executados em colaboração com o Banco Mundial e outros organismos que operam na região. Acresce que os centros regionais de assistência técnica têm fornecido formação profissional durante o trabalho, como por exemplo através do workshop sobre estatísticas comerciais regionais do CARTAC que está previsto para um futuro próximo.

15. Para além do enfoque nas Consultas do Artigo IV sobre liberalização do comércio para ajudar a estimular o crescimento, o Fundo também participa no Enquadramento Integrado para Assistência Técnica Relacionada com o Comércio aos Países Menos Desenvolvidos (PMD) que visa facilitar a coordenação da assistência técnica relativa ao comércio e promover uma abordagem integrada para assistir os PMD a aumentarem as suas oportunidades comerciais. O Enquadramento

9 Antiga e Barbuda, Bahamas, Barbados, Botswana, Cabo Verde, Dominica, Fiji, Gambia, Gabão, Grenada, Guiné-Bissau,

Jamaica, Kiribati, Lesoto, Malta, Maurícias, Namíbia, São Tomé e Príncipe, St. Kitts e Nevis, St. Lucia, St. Vincent e Grenadines, Suriname, Suazilândia e Vanuatu.

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inclui a preparação de estudos de diagnóstico sobre integração do comércio, realização de workshops nacionais com o objectivo de integrar as questões comerciais nos planos de desenvolvimento nacional e nos PRSPS dos países e de estimular os esforços para criação de capacidade comercial. Lesoto e Djibouti serão os primeiros pequenos estados a beneficiar desses estudos, tendo sido aí realizados workshops nacionais em Fevereiro de 2003 e Maio de 2004 respectivamente. As Maldivas e São Tomé e Príncipe solicitaram, recentemente, a assistência do Enquadramento Integrado e, no seguimento de uma missão preliminar a São Tomé e Príncipe em Abril de 2004, foi preparado um conceito de documento para um estudo de diagnóstico.10 Em pequenos estados que estão a emergir de conflitos, a assistência técnica do Fundo também se centra na criação ou revitalização das instituições fiscais e financeiras. O Fundo continuará, por exemplo, a prestar assistência técnica e parecer sobre políticas às Ilhas Salomão, que registaram recentemente a restauração da ordem e do estado de direito.

Conclusão

16. O Fundo está empenhado em oferecer aos pequenos estados um parecer sobre as políticas adequadas a seguir, talhadas em função dos desafios únicos com que se deparam os governos dos pequenos estados. Os pequenos estados beneficiam da experiência polivalente que o Fundo adquiriu ao colaborar com quase todos os países do mundo, membros da Organização. Indo mais além, o Fundo continuará intimamente envolvido na ajuda a estes países para que estes possam atingir as suas metas de desenvolvimento e colher os benefícios de um sistema financeiro internacional em transformação e uma economia mundial cada vez mais interdependente.

10 Foi programada para Agosto de 2004 uma missão muito completa a São Tomé e Príncipe para responder a algumas das

necessidades de assistência técnica.

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ENQUADRAMENTO DA COMUNIDADE EUROPEIA

PROGRESSO REGISTADO NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA PARA ABORDAR OS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO ENFRENTADO PELOS PEQUENOS ESTADOS NA ECONOMIA GLOBAL

________________________________________________________________________________

1. A Comissão Europeia reconhece que durante o período compreendido entre 2001 e 2004 as vulnerabilidades dos pequenos estados em desenvolvimento não retrocederam. Esta preocupação está reflectida no Documento de Orientação da UE para a Participação da UE na Reunião Internacional para a Análise dos Dez anos do Programa de Acção de Barbados para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Maurícias, Janeiro 2005), adoptado pelo Conselho Europeu em 21 de Abril de 2004. A vulnerabilidade ambiental está relacionada com riscos tais como furacões e subida do nível do mar causados por mudanças climáticas; a vulnerabilidade económica é fruto da perda de receitas provenientes de produtos primários básicos, entrada de turistas e actividades offshore. Esta situação pode resultar numa capacidade reduzida para lidar com desafios globais tais como melhoria dos resultados na saúde e educação e padrões de protecção do ambiente. Pode também afectar a capacidade destes países para se ocuparem de uma maior liberalização no comércio de bens e serviços no contexto da OMC e as outras negociações em curso de acordos multilaterais de comércio.

2. De acordo com o Artigo 177 do Tratado que estabelece a CE, a política da Comunidade no domínio de cooperação no desenvolvimento deverá promover: • o desenvolvimento sustentável económico e social dos países em desenvolvimento, e mais

particularmente nos mais desfavorecidos entre eles; • a integração ordeira e gradual dos países em desenvolvimento na economia mundial; • a campanha contra a pobreza nos países em desenvolvimento.

3. Estes objectivos estão reiterados e reforçados no Artigo 1 do Acordo de Parceria África-Caraíbas-Pacífico (ACP)/UE assinado em Cotonou em 23 de Junho de 2000, que acentua o objectivo de redução da pobreza e de apoio às economias subdesenvolvidas e vulneráveis. Os Pequenos Países Insulares, Países sem Acesso ao Mar e os Países Menos Desenvolvidos encaixam-se nesta categoria.

4. No Conselho Europeu de Barcelona em Março de 2002 – na véspera da Conferência de Monterrrey de Financiamento para o Desenvolvimento – foi decidido aumentar a assistência oficial ao desenvolvimento da União Europeia (UE) para 0,39% em relação ao nível actual de 0,33%, o que se traduziria em mais USD 7 000 milhões por ano em 2006. Esta decisão significou que os países membros da UE, presentemente com um nível inferior à média de 0,33% atingiriam esse nível, o mais tardar até 2006. Quando se adicionar o montante para o período entre 2002 e 2006, obter-se-á um valor adicional de USD 20 000 milhões que seria disponibilizado pela UE para fins de desenvolvimento.

5. A Análise DAC OCDE da Ajuda dos Parceiros da Comunidade Europeia (CE) em Junho de 2002 resumia que “A CE é um dador relevante e com uma abrangência universal que tem melhorado substancialmente as suas políticas e estratégias de desenvolvimento e que continua empenhada em implementar elementos da sua reforma nos anos seguintes”. Os elementos destinados a tornar mais eficaz a ajuda aos pequenos estados estão incluídos nesta metodologia.

6. Na sua declaração sobre a Política de Desenvolvimento da CE de 10 de Novembro de 2000, o Conselho de UE e a Comissão Europeia determinaram – face aos objectivos globais contidos nos tratado e os compromissos internacionais da UE – um número limitado de áreas alvo de assistência,

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seleccionadas na base da sua contribuição para a redução da pobreza e para as quais, em complemento das actividades dos Estados membros da UE-0, a acção da Comunidade proporciona valor acrescentado: • o elo entre comércio e desenvolvimento; • apoio à integração e cooperação regional; • apoio às políticas macroeconómicas; • transportes; • segurança alimentar e desenvolvimento rural sustentável; • criação de capacidade institucional, especialmente na área da boa governação e de estado de

direito.

7. A declaração também especifica que, em conformidade com o enquadramento macroeconómico, a Comunidade também tem de continuar a apoiar os sectores sociais (saúde e educação), especialmente com vista a assegurar um acesso equitativo aos serviços sociais. Acresce que, conforme estipulado no Artigo 20 do Acordo de Cotonou, “deverá ser sistematicamente tida em conta a incorporação em todas as áreas de cooperação das seguintes matérias temáticas de carácter universal: questões relativas à igualdade de direitos das mulheres, assuntos ambientais e desenvolvimento institucional e criação de capacidade.” Tendo talhado a ajuda de acordo com as necessidades de cada país individualmente, a CE considera que esta nova orientação pode ajudar os pequenos estados a tomarem decisões sobre assistência externa recebida da CE de uma forma mais simples e realista.

8. Os objectivos referidos acima, os objectivos internacionais estabelecidos pelo Programa de Acção de Barbados sobre os problemas de desenvolvimento dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento – conforme revistos e actualizados na 22ª Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas em Setembro de 1999 – e o trabalho da Task Force Conjunta do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial sobre Pequenos Estados, bem como as agendas nacionais, económicas, sociais e de políticas apresentadas pelos pequenos estados e o mandato concedido por outras Conferências das Nações Unidas e pela Conferência de Doha, constituem um ponto de partida para a formulação de Estratégias de Apoio aos Países, estabelecidas pela UE face aos pequenos estados que estão a receber assistência financeira da CE.

9. Aplica-se um enquadramento comum aos Documentos de Estratégia dos Países (CSP) à assistência destinada a todas as categorias de países em desenvolvimento e países em transição: países ACP abrangidos pelo Acordo de Parceria de Cotonou, e Ásia, América Latina, Europa de Leste e Ásia Central, países dos Balcãs Ocidentais e do Mediterrâneo ao abrigo das respectivas Regulamentações Geográficas de Ajuda. Nesta abordagem, incluem-se os pequenos estados. Para facilitar a implementação da abordagem CSP, o Grupo da Comissão Europeia de Apoio à Qualidade de Todos os Serviços instruiu de imediato os Serviços e Delegações da necessidade de haver um sólido controlo por parte dos países, levando em consideração a própria agenda de políticas do país. Para os países de baixo rendimento envolvidos na formulação de Estratégias para Redução da Pobreza, parte-se do princípio que o ponto de partida será o processo de Documento de Estratégia para a Redução da Pobreza. A Revisão de Meio de Período (MTR) do EDF 9 permite à Comissão actualizar os CSPs, relacionando a estratégia ao PRSP nos casos onde este tenha já sido concluído depois de acordado o CSP. Realizaram-se Análises Anuais do Funcionamento dos CSPs em 2002 e 2004 e concluíram-se MTRs em 2004 para quase todos os países ACP, em que metade são pequenos estados.

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10. O Tratado da UE prevê que a Comunidade e seus Estados Membros coordenem as suas políticas sobre cooperação do desenvolvimento e se consultem mutuamente no que diz respeito aos seus programas de ajuda, incluindo em organizações internacionais e durante conferências internacionais. Neste contexto, a Comissão Europeia lançou um exercício destinado a maximizar a partilha de informação e a complementaridade com os esforços dos governos e parceiros da sociedade civil, intervenções dos Estados Membros e actividades de outros dadores bilaterais e multilaterais. Em consonância com a nomenclatura DAC, foi estabelecida uma matriz de dadores, abrangendo dezassete sectores de intervenção para cada país beneficiário individual, ou seja, educação, saúde, água, governação, função pública, cultura, transportes, serviços para a actividade económica, agricultura, desenvolvimento da indústria de mineração, comércio, ambiente, social, desenvolvimento rural e segurança alimentar, ajustamento estrutural e apoio ao orçamento e diversos.

11. A concentração de esforço num número limitado de áreas é da maior importância para os pequenos estados, onde existe frequentemente a necessidade de se colmatar o défice existente na prestação de serviços sociais básicos na educação e saúde entre a capital e território periférico, como é o caso das ilhas longínquas. Sempre que possível, a atenção em projectos individuais deveria ser gradualmente substituída por um programa sectorial ou por uma abordagem fundamentada em políticas, prestando apoio a políticas nacionais coesas em cada sector ou área de cooperação. Nesta fase, a CE é, depois do Banco Mundial, o principal dador que apoia este tipo de metodologia, depois de ter chegado à conclusão de que a multiplicidade de projectos e os diferentes requisitos e procedimentos de execução impostos pelos dadores minam o controlo das políticas pelas autoridades nacionais – especialmente em pequenos estados com uma administração nacional limitada – e impedem o desenvolvimento de capacidade local. Ao mesmo tempo, as avaliações indicam que projectos múltiplos não favorecem o desenvolvimento de uma política sectorial nacional coerente e que conduzem à fragmentação, duplicação de esforços, perda de coesão entre as acções financiadas com recursos locais e externos e um desenvolvimento sectorial desequilibrado a nível geográfico e sub-sectorial.

12. A UE reconhece a importância crescente dos bens públicos globais (ambiente, saúde, conhecimento, paz e segurança e governação) no contexto dos esforços internacionais para se alcançar um desenvolvimento sustentável e considera que é uma questão do mais alto interesse para os pequenos estados, sem dúvida a mais vulnerável de todas as questões de dimensão global. Os modelos de globalização económica existentes não estão a produzir os resultados necessários para erradicar a pobreza e proteger o nosso futuro. A CE está presentemente a analisar a recomendação do PNUD para uma separação clara entre assistência ao desenvolvimento nos países em desenvolvimento e o financiamento de bens públicos globais através de “novos fundos globais”, uma vez que as questões globais beneficiam igualmente os países em desenvolvimento e desenvolvidos. A Comissão Europeia é de opinião que o custo da inacção em algumas destas áreas (e.g. conflito, desastres) está a aumentar e que iria ultrapassar o custo de medidas preventivas.

13. Dado o peso substancial que tem no comércio mundial, a UE apoia inteiramente o mandato estabelecido pelo parágrafo 35 da Declaração de Doha da OMC (Novembro de 2001) e reiterado pelo acordo de enquadramento adoptado em Genebra (Julho de 2004) para examinar os desafios específicos de uma integração mais integral das pequenas economias vulneráveis no sistema multilateral de comércio. A CE está a participar nas Sessões para Discussão na Especialidade organizadas pelo Comité de Comércio e Desenvolvimento e está empenhada em trabalhar com as pequenas economias de modo a concretizar o mandato do grupo. Continuará a reavaliar todas as propostas das pequenas economias a quem a UE possa pretender responder positivamente e envolver

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as pequenas economias numa discussão para determinar quais as medidas concretas que poderiam ser úteis.

14. A CE tem um programa de apoio à OMC de € 10 milhões que visa atender às necessidades de assistência técnica dos países em desenvolvimento da região ACP em relação ao processo de Doha. Está a ser prestado apoio para facilitar a participação efectiva dos países e organizações da ACP em negociações, reforçar a sua capacidade de implementação e ajudá-los no processo de adesão à OMC. Os representantes do sector privado (câmaras de comércio, associações comerciais, etc.) também se podem candidatar e podem beneficiar do projecto. O programa é administrado por uma unidade de gestão do programa, com base em Bruxelas e supervisionado por um comité de direcção que é presidido pelo Secretariado ACP. O projecto irá apoiar, entre outras coisas, a representação da OMC para os pequenos estados do Pacífico e Caraíbas Orientais em Genebra.

15. A CE constituiu um programa de apoio aos Acordos de Parceria Económica (EPAs) no montante de € 20 milhões para habilitar os países ACP a efectivamente entabularem e participarem em negociações sobre EPAs, conforme previsto no Acordo de Parceria de Cotonou. O apoio pode ser prestado através de estudos de impacto, desenvolvimento de posições negociais, formação em técnicas negociais, assistência técnica em assuntos comerciais, estudo de questões de integração regional mais vastas, etc. Como os EPAs são complementares e apoiam mutuamente o processo OMC, a assistência técnica prestada no contexto do EPA irá também apoiar a agenda de Doha e vice versa. O projecto é administrado por uma comité directivo que é presidido pelo Secretariado ACP. Já foram organizados seminários regionais para a África Ocidental, Central Austral e Oriental, Caraíbas e Pacífico. Foram financiados estudos sobre a compatibilidade das políticas comerciais a nível regional para todos os principais planos de integração regionais de que os pequenos estados são membros. O programa já apoia vários pequenos estados ACP através de avaliações de impacto, formação profissional e organização de reuniões.

16. Em Julho de 2003 a CE também aprovou um novo programa intra países ACP de criação de capacidade comercia e no valor de € 50 milhões, designado Trade.Com. Este novo mecanismo foi concebido tendo em conta as lições extraídas dos projectos de assistência existentes relacionados com o comércio e terá um papel central na prestação de assistência relacionada com o comércio aos ACP. Foi concebido com o intuito de ajudar os países ACP a avaliarem as suas necessidades, definir as suas prioridades e formular os planos de acção mais apropriados para ultrapassar os obstáculos que impeçam a expansão do comércio. São três as componentes principais: intensificação das capacidades analíticas e de pesquisa locais no que respeita à formulação de políticas comerciais; desenvolvimento de uma rede de peritos em comércio do ACP assente nos secretariados das organizações regionais e ministérios do comércio de cada um dos países1; e início de actividades piloto para reforço institucional na área de serviços de apoio ao comércio (especialmente através da criação de um ambiente regulamentar que permita superar as barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias à expansão do comércio). Será dada uma atenção especial à justa cobertura geográfica e à divulgação da melhor prática para incentivar o estabelecimento de contactos e a cooperação entre os países que integram a região ACP.

17. Para além dos Programas Nacionais Indicativos (NIP) para os pequenos estados ACP também existem os Programas Regionais Indicativos (RIP) que beneficiam os pequenos estados. No

1 O chamado esquema “hub and spoke” aplicado pelo Secretariado da Commonwealth (COMSEC) e pela

Organisation Intergouvernementale de la Francophonie (OIF), que também empregaram recursos próprios nesta operação. Os peritos em políticas comerciais baseados nas organizações regionais são os (centros) hubs que colaboram com os consultores comerciais localizados nos países membros e que são os (raios) spokes.

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âmbito do IX Fundo Europeu de Desenvolvimento a afectação para as Caraíbas é de € 57 milhões e, para o Pacífico, de € 29 milhões. Estes dois programas regionais compreendem (como raríssimas excepções) pequenos estados. Os outros programas regionais integram simultaneamente pequenos e grandes estados: África Oriental e Austral (COMESA/IGAD/EAC/IOC), € 223 milhões; África Austral (SADC), € 101 milhões; África Central (CEMAC mais São Tomé e Príncipe), € 55 milhões; e África Ocidental (ECOWAS mais Mauritânia), € 235 milhões. Existem ainda programas de cooperação da UE em pequenos estados fora do grupo ACP (como por exemplo Butão e Maldivas).

18. Em 1999, a União Europeia pôs em vigor um Enquadramento Especial de Assistência (SFA) para os fornecedores tradicionais de bananas2, a maior parte dos quais são pequenos Estados em desenvolvimento, com o objectivo de os ajudar a enfrentar melhor a transição para o novo regime de comércio na UE. Até ao momento, o montante orçamentado anualmente tem sido da ordem de € 40 a 44 milhões. O objectivo global é um aumento da competitividade no sector das bananas dos produtores tradicionais de bananas no grupo ACP, ou o apoio à diversificação naqueles casos em que a competitividade não seja viável.

19. Da lista de pequenos estados do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial, trinta e oito receberam notificação das afectações financeira nacionais indicativas e programáveis para 2002-2007. Os pacotes financeiros vão desde € 91 milhões para o Botswana a € 2,3 milhões para Nauru (apenas recentemente incorporado no grupo ACP, conjuntamente com as Ilhas Cook, Estados Federados da Micronésia, Ilhas Marshall, Palau e Niue). O CSP de Fiji, atrasado por motivos políticos, foi assinado em 17 de Novembro de 2003, tendo tido em conta os esforços do governo de Fiji no sentido de apoiar um processo de reconciliação nacional sustentável. O Programa Nacional Indicativo de Fiji (NIP) cobre o período até 2007 com uma afectação financeira de € 23 milhões e incide na educação como um elemento, entre outros, de prevenção de conflito.

20. A UE está a apoiar o trabalho para combater práticas fiscais perniciosas, o que sobretudo requer cooperação administrativa e troca de informações adequada em matéria tributária a nível internacional. A UE instituiu um pacote fiscal para contrariar a competição fiscal nociva. Na sua Comunicação sobre Política Fiscal na UE de 2001, a CE indicava que “as políticas comunitárias sobre ajuda ao desenvolvimento e acesso aos mercados da UE deverão ter por efeito incentivar e recompensar a cooperação com a agenda de uma competição fundada numa tributação fiscal justa”. A CE está presentemente a analisar o modo de dar assistência aos paraísos fiscais cooperantes na implementação do seu compromisso enquanto a OCDE e seus membros estão também a examinar a melhor maneira de prestar auxílio aos paraísos fiscais colaborantes

21. Em 6 de Julho de 2002, a CE e a República de Kiribati assinaram um Acordo Bilateral de Pesca de Atum para um período inicial de três anos; está agora em fase de ratificação. Este acordo é o primeiro a ser negociado com um pequeno estado do Pacífico. Como recompensa por facultar algumas possibilidades de pesca às embarcações europeias, o Kiribati irá receber uma contribuição financeira de € 546 000 durante o primeiro ano, e um mínimo de € 416 000 para os dois anos seguintes. Kiribati também decidiu atribuir 100 000 Euros por ano para as medidas alvo que visam reforçar a sua participação nas organizações regionais e internacionais de pescas e apoiar a capacidade institucional do país na área das pescas. Os proprietários de embarcações da CE terão de pagar € 35 por tonelada de atum pescado em águas do Kiribati. Os acordos de pesca anteriores

2 Belize, Camarões, Cabo Verde, Dominica, Granada, Costa do Marfim, Jamaica, Madagáscar, Somália, Sta

Lúcia, S. Vicente e Grenadinas, Suriname.

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realizados com pequenos estados compreendem Cabo Verde, Comoros, Gabão, Gambia, Guiné Equatorial, Guiné Bissau, Maurícias, São Tomé e Príncipe e Seicheles. A CE está actualmente em estreito contacto com as Maldivas para avaliar as consequências potenciais da próxima reclassificação das Maldivas da situação de País Menos Desenvolvido. Neste contexto, está a reanalisar o programa de assistência às Maldivas para o poder adaptar de forma a contribuir para a estratégia de reclassificação.

22. Em conformidade com os compromissos anteriores reiterados na Cimeira Améria Latina-Caraíbas-Europa realizada em Madrid em Maio de “002, a UE continuará a apoiar os esforços nacionais e regionais destinados a combater o tráfico de troca e lavagem de dinheiro que lhe está associado.

23. Tendo em consideração que alguns pequenos estados estão presentemente a deparar-se com conflitos potenciais ou instabilidade política e que uma grande parte das populações locais sofrem com esta situação e do decorrente declínio das possibilidades económicas, a CE financiou várias actividades relacionadas com os direitos humanos, tolerância e boa governação. Fiji foi seleccionado como um país centro de atenção da Iniciativa Europeia para a Democracia e Direitos Humanos no período 2002-2004, que incide em duas áreas: direitos humanos e educação cívica e promoção do diálogo e reconciliação entre os grupos étnicos. Os parceiros e participantes a serem envolvidos neste projecto incluem a Comissão de Direitos Humanos de Fiji, o Ministério da Reconciliação Nacional, Informação e Relações com os Meios de Comunicação, a Universidade do Pacífico Sul e várias organizações cívicas activas em direitos humanos.

24. A UE estará indefinidamente associada aos esforços internacionais para promover uma melhor cooperação internacional nos domínios de interesse especial para os pequenos estados. Neste contexto, a posição da UE na Cimeira de Joanesburgo sobre Desenvolvimento Sustentável, a Resolução das NU 55/203 (que promove uma abordagem de gestão integrada para a área do Mar das Caraíbas no contexto de desenvolvimento sustentável) e a Resolução das NU 56/198 (implementação adicional das conclusões da Conferência Universal sobre o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento) definiu uma orientação de diálogo construtivo com os parceiros dos pequenos estados em desenvolvimento.

25. As Delegações e Escritórios da Comissão Europeia nos pequenos estados – actualmente com poderes alargados depois do processo de ´desconcentração´ aprovado pela CE – continuarão a ter um diálogo construtivo com os governos parceiros para criar o melhor enquadramento que permita prestar ajuda regional e nacional e criar condições na área do comércio para que os países beneficiários disponham das melhores possibilidades para ultrapassarem as suas vulnerabilidades.

Última actualização: 1 de Setembro de 2004

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PROGRAMA DE TRABALHO DA OMC SOBRE AS PEQUENAS ECONOMIAS

Contributo para o Fórum dos Pequenos Estados 2004

I. INTRODUÇÃO 1. Desde o último relatório da OMC ao Fórum dos Pequenos Estados em 2003, os Membros da OMC continuaram o seu trabalho respeitante às pequenas economias, conforme mandatados pela Declaração Ministerial de Doha de Novembro de 2001. As sessões para a discussão na especialidade do Comité de Comércio e Desenvolvimento (CTD) da OMC têm a seu cargo a execução do Programa de Trabalho relativo às pequenas economias. Até à data, realizou sete reuniões formais em 25 de Abril, 1 de Julho e 4 de Novembro de 2002, 10 de Março, 17 de Julho e 17 de Outubro de 2003 e a reunião mais recente ocorreu em 12 de Maio de 2004. Está prevista uma outra reunião para Discussão na Especialidade para Novembro de 2004. Como muitos dos pequenos países Membros da OMC não têm representação permanente em Genebra, os proponentes do Programa de Trabalho solicitaram que as Sessões para a Discussão na Especialidade do CTD fossem marcadas de forma a coincidir com a realização das “Semanas de Genebra para os Membros e Observadores Não Residentes” da OMC. Este pedido foi acatado em várias ocasiões e permitiu que muitos dos pequenos países Membros e Observadores da OMC, sem escritórios permanentes em Genebra, participassem no Programa de Trabalho destinado às Pequenas Economias. II. O TRABALHO DESTINADO ÀS PEQUENAS ECONOMIAS NA OMC 2. O trabalho das Sessões para Discussão na Especialidade tem assentado, até ao presente, nas apresentações feitas pelas delegações e documentos preparados pelo Secretariado.1 Para a primeira Sessão para Discussão na Especialidade, as delegações de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Fiji, Guatemala2, Haiti, Honduras, Jamaica, Maurícias, Nicarágua, Papuásia Nova Guiné, Paraguai, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Trinidad e Tobago apresentaram um documento intitulado "Programa de Trabalho para as Pequenas Economias – Questões Relativas ao Comércio das Pequenas Economias". Este documento identificava as questões relativas ao comércio de particular preocupação para as pequenas economias. Um grande número dos problemas mencionados dizia respeito às características das pequenas economias e às dificuldades com que se deparam. Pediu-se aos autores do documento que tivessem em conta os comentários feitos por outros Membros da OMC e que desenvolvessem um “roteiro” a ser apresentado na Segunda Sessão para Discussão na Especialidade. 3. Para a segunda Sessão para Discussão na Especialidade, foram apresentadas duas propostas. A delegação de Macau, China apresentou um documento intitulado “Programa de Trabalho para as Pequenas Economias – Impedimentos Estruturais das Pequenas Economias". A segunda apresentação foi submetida pelas delegações de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Fiji, Guatemala2, Honduras, Maurícias, Mongólia, Nicarágua, Papuásia Nova Guiné, Paraguai e Sri Lanka e continha 17 propostas específicas sobre preocupações e problemas que afectam o comércio das pequenas economias que tinham sido referidos numa apresentação anterior.3 As propostas diziam respeito aos seguintes acordos da OMC: GATT 1994, 1 Os documentos preparados pelo Secretariado estão descritos na Secção III. 2 Na 4ª Sessão para Discussão na Especialidade, a delegação da Guatemala anunciou que não continuaria a estar associada aos

proponentes do Programa de Trabalho para as pequenas economias. 3 Documento da OMC WT/COMTD/SE/W/3

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anti-dumping, subsídios e medidas compensatórias, salvaguardas, medidas sanitárias e fitossanitárias, barreiras técnicas ao comércio e resolução de conflitos. Algumas das propostas não diziam respeito a acordos específicos mas relacionavam-se, em termos gerais, com assistência técnica e criação de capacidade, reclassificação e adesão. Os Membros tiveram uma discussão inicial, levantaram questões e indicaram a necessidade de se voltar a discutir o teor das duas apresentações. 4. O tema da terceira Sessão para Discussão na Especialidade incidiu em apresentações anteriores e numa nova que continha respostas a um número de questões que foram levantadas pela delegação dos Estados Unidos. Na quarta Sessão para Discussão na Especialidade, as delegações de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Ilhas Fiji, Honduras, Maurícias, Mongólia, Papuásia Nova Guiné, Paraguai, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Tonga e Trinidad e Tobago apresentaram uma nova proposta.4 Este documento continha um projecto de decisão para acção relativamente a questões pertinentes às pequenas economias. O projecto solicitava ao Conselho Geral que adoptasse as 17 propostas contidas no documento OMC WT/COMTD/SE/W/3 como base para as recomendações à Quinta Sessão da Conferência Ministerial sobre as medidas a adoptar. As propostas aconselham a manutenção das margens de preferência existentes para os produtos exportados pelas pequenas economias e a expansão dessas preferências a outras pequenas economias. Relativamente aos acordos comerciais regionais, as pequenas economias estariam isentas da reciprocidade de direitos pelo tratamento preferencial que recebem dos países membros desenvolvidos. Além do mais, os proponentes das pequenas economias pretendem uma maior flexibilidade no que diz respeito ao uso e execução de medidas anti-dumping e de concessão de subsídios e à designação de organismos regionais como as autoridades competentes para implementarem as disposições sobre medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) e sobre barreiras técnicas aos acordos comerciais (TBT). 5. Os Membros apresentaram os seus comentários ao projecto de decisão sugerido na Quarta Sessão para Discussão na Especialidade. O Sr. Jaya Krishna Cuttaree, Ministro da Indústria e do Comércio Internacional das Maurícias e porta-voz do grupo das pequenas economias, esteve presente na 5ª Sessão para Discussão na Especialidade, na qual se adoptou o relatório final do trabalho da OMC para as pequenas economias. 6. A Sexta e Sétima Sessões para Discussão na Especialidade realizaram-se a 17 de Outubro de 2003 e a 12 de Maio de 2004. Na Sexta Sessão, solicitou-se aos proponentes que aperfeiçoassem as suas propostas anteriores, o que fizeram a tempo da Sétima Sessão, altura em que foram discutidas duas novas apresentações. A primeira moção foi apresentada pela Bolívia, Mongólia e Paraguai, intitulada “Propostas apresentadas por países interiores em desenvolvimento” e a segunda consistia na elaboração de propostas chave esboçadas no documento WT/COMTD/SE/W/3 por Barbados, Fiji, Maurícias, Papuásia Nova Guiné, Ilhas Salomão e Trinidad e Tobago.5 A proposta apresentada pelos países interiores destacava a necessidade de um aceso isento de tarifas e de quotas de todas as exportações de bens e serviços originários de pequenas economias bem como de assistência técnica para que as pequenas economias consigam atingir as suas metas de diversificação das exportações e cumprir as medidas SPS e TBT.

4 Documento OMC WT/COMTD/SE/W/8 5Documentos OMC WT/COMTD/SE/W/10 e WT/COMTD/SE/W/11

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7. O Programa de Trabalho para as Pequenas Economias tem de apresentar relatórios regulares ao Conselho Geral da OMC sobre o progresso registado nos trabalhos das Sessões para Discussão na Especialidade. O Programa de Trabalho para as Pequenas Economias é, portanto, um ponto sempre presente na ordem do dia das reuniões do Conselho Geral. A partir de Maio de 2002, o Presidente do Conselho Geral passou a fazer relatórios verbais sobre o progresso alcançado nas reuniões do CG. III. DOCUMENTOS DO SECRETARIADO 8. Pediu-se ao Secretariado da OMC que contribuísse para o Programa de Trabalho destinado às Pequenas Economias com a elaboração de vários documentos básicos. O primeiro documento preparado pelo Secretariado intitulava-se “Pequenas Economias: Uma Análise da Literatura” e centrava-se no modo como as questões da pequena dimensão e vulnerabilidade tinham sido tratadas em vários estudos económicos. 9. O Secretariado também preparou um documento mais analítico, intitulado “Comércio e Desempenho Económico – O papel da dimensão económica?" Este documento discutia as ligações entre a quota no comércio global e a dimensão económica e levantava uma série de questões acerca do modo como as economias de escala e os custos de transportes afectam a competitividade de uma pequena economia no mercado global. Examinava também em que medida a dimensão económica afecta a abertura de uma economia ao comércio e o que revelaram os dados sobre volatilidade nas receitas de exportação e volatilidade no produto interno bruto (PIB) acerca da vulnerabilidade económica aos choques externos. 10. Os Membros solicitaram ao Secretariado que compilasse uma lista das disposições da OMC relevantes para as pequenas economias. Em resposta a este pedido, o Secretariado elaborou um documento contendo as disposições que pudessem ter uma importância particular para as pequenas economias. Todos os três documentos referidos acima foram apresentados aos Membros na Terceira Sessão para Discussão na Especialidade do CTD. IV. FUTURO TRABALHO DA OMC EM PROL DAS PEQUENAS ECONOMIAS 11. Em conformidade com os procedimentos da OMC, foram adoptados um relatório sobre o trabalho realizado no âmbito do Programa de Trabalho para as Pequenas Economias e as recomendações feitas pela Quinta Sessão para Discussão na Especialidade que foram enviadas ao Conselho Geral da OMC.6 Os Membros concordaram que tinham sido examinadas nas Sessões para Discussão na Especialidade do CTD questões relacionadas com o comércio das pequenas economias. Embora se tivessem apresentado propostas para respostas, ainda havia necessidade de um trabalho mais profundo para se cumprir o mandato da Declaração Ministerial de Doha. Os Membros consideraram-se satisfeitos com o trabalho efectuado até à data nas Sessões da Especialidade e deram por concluído o processo didáctico inicial acerca dos problemas relacionados com o comércio das pequenas economias. Foram apresentadas à mesa uma série de propostas sobre o modo como lidar com os problemas particulares enfrentados pelas pequenas economias e todos concordaram que aquelas propostas podiam integrar a base para o trabalho futuro. 12. Na sua decisão de 1 de Agosto de 2004 sobre o Programa de Trabalho de Doha, o Conselho Geral da OMC ocupou-se do trabalho referente às pequenas e vulneráveis economias sob a

6 Documento OMC WT/COMTD/SE/1

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designação de “Outras Questões de Desenvolvimento".7 Os Membros acordaram entre si que “as questões relacionadas com o comércio identificadas como tendo um papel na maior integração das economias pequenas e vulneráveis no sistema comercial multilateral, deveriam ser tratadas sem que se criasse uma subcategoria de Membros, como parte do programa de trabalho e em conformidade com o mandatado no parágrafo 35 da Declaração Ministerial de Doha”. Está previsto que este trabalho em prol das pequenas economias continue na Oitava Sessão para Discussão na Especialidade a realizar em Novembro de 2004.

7 Documento OMC WT/L/579

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LISTA DE DOCUMENTOS DA OMC RELATIVOS AO TRABALHO SOBRE PEQUENAS ECONOMIAS

Documentos básicos:

WT/COMTD/SE/1 Relatório do Comité de Comércio e Desenvolvimento ao Conselho Geral na Sessão para Discussão na Especialidade.

Documentos em fase de preparação

WT/COMTD/SE/W/1/Rev.1 Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias – Questões Relativas ao Comércio nas Pequenas Economias – Comunicação de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Fiji, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Maurícias, Nicarágua, Papuásia Nova Guiné, Paraguai, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Trinidad e Tobago

WT/COMTD/SE/W/2 Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias – Comunicação de Macau, China – Impedimentos Estruturais nas Pequenas Economias

WT/COMTD/SE/W/3 Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias – Propostas concretas para solucionar certas preocupações e problemas específicos que afectam o Comércio nas Pequenas Economias – Comunicação de Barbados, Belize, Bolívia, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Maurícias e Sri Lanka

WT/COMTD/SE/W/4 Pequenas Economias: Uma Análise da Literatura – Nota do Secretariado

WT/COMTD/SE/W/5 Comércio e Desempenho Económico: O Papel da Dimensão Económica? – Nota do Secretariado

WT/COMTD/SE/W/6 + Corr.1 Estipulações da OMC com Interesse Particular Potencial para as Pequenas Economias – Nota pelo Secretariado

WT/COMTD/SE/W/7 Questões dos Estados Unidos e Respostas Iniciais relativamente a Propostas contidas no documento OMC WT/COMTD/SE/W/3 – Questões dos Estados Unidos sobre Propostas Relativas às Pequenas Economias

WT/COMTD/SE/W/8 Recomendações para acções a tomar pelo Conselho Geral – Projecto de Decisão sobre Pequenas Economias – Comunicação de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Ilhas Fiji, Maurícias, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Tonga e Trinidad e Tobago

Relatórios sobre Reuniões:

WT/COMTD/SE/M/1 Nota sobre a Reunião de 25 de Abril de 2002 WT/COMTD/SE/M/2 Nota sobre a Reunião de 1 de Julho de 2002

WT/COMTD/SE/M/3 Nota sobre a Reunião de 4 de Novembro de 2002

WT/COMTD/SE/M/4 Nota sobre a Reunião de 10 de Março de 2003

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ular

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resu

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evan

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tact

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pe

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mul

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plic

açõe

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s SID

S e

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eral

izaç

ão d

o co

mér

cio

agríc

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érci

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serv

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s SID

S e

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corr

ênci

a Po

lític

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inve

stim

ento

dire

cto

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Libe

raliz

ação

do

com

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o e

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ento

esp

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In

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ão n

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egoc

iais

de

inte

ress

e pa

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IDS

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de q

uest

ões r

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s par

a os

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ica

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cia

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ada

das q

uest

ões r

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nais

re

leva

ntes

A

nális

e de

talh

ada

das q

uest

ões r

egio

nais

re

leva

ntes

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s os S

IDS,

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os e

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C

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S m

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os

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do

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órum

das

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o Pa

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o To

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s SID

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mem

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obse

rvad

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da

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C

Enfo

que

tem

si

do n

os S

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das C

araí

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O

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dico

To

dos o

s SID

S To

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Car

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s SI

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tiliz

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ação

de

refe

rênc

ia

nas a

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idad

es d

e de

fesa

de

inte

ress

es re

leva

ntes

. Te

m si

do u

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ada

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s SID

S in

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ação

de

fund

o na

fo

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ação

das

pol

ítica

s rel

evan

tes

Tem

sido

util

izad

a pe

los S

IDS

info

rmaç

ão d

e re

ferê

ncia

na

tradu

ção

de e

stra

tégi

as d

e de

senv

olvi

men

to d

e se

rviç

os e

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ndár

ios d

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mpr

omis

sos e

rest

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s ao

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o do

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info

rmaç

ão d

e re

ferê

ncia

é im

porta

nte

para

os S

IDS

que

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urem

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ular

pol

ítica

s nac

iona

is p

ara

este

sect

or

econ

ómic

o.

Info

rmaç

ão d

e re

ferê

ncia

enf

oque

tem

sido

nos

SID

S da

s C

araí

bas

Não

est

à se

ndo

utili

zada

até

a p

ublic

ação

do

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o da

U

NC

TAD

em

Dez

embr

o de

200

4 In

form

ação

de

refe

rênc

ia é

par

ticul

arm

ente

útil

par

a as

ac

tivid

ades

rele

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e co

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sibi

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ação

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Page 64: FÓRUM DOS PEQUENOS ESTADOS 2004 3 DE OUTUBRO DEsiteresources.worldbank.org/PROJECTS/Resources/40940-1118776867573/... · 5. O Banco também está a trabalhar para racionalizar os

UN

CT

AD

58

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rea

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acçã

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Pa

íses

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tact

o de

pe

ssoa

s re

leva

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UN

CT

AD

3.

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ção

técn

ica

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ilida

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ara

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assi

ficaç

ão d

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ão d

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íses

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os D

esen

volv

idos

Po

lític

a co

mer

cial

: N

egoc

iaçõ

es p

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ão à

OM

C, o

u ne

goci

açõe

s em

cur

so o

u fu

tura

s na

OM

C

Trab

alho

ana

lític

o co

m b

ase

nas

dim

ensõ

es p

rinci

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da

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erab

ilida

de

econ

ómic

a (a

té a

gora

, ape

nas p

ara

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s de

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assi

ficaç

ão)

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iços

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ulto

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ação

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M

aldi

vas

Sam

oa

Van

uatu

C

ape

Ver

de,

Sam

oa

Têm

sido

util

izad

os p

erfis

de

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erab

ilida

de e

spec

ífico

s a

cada

paí

s pel

o C

omité

de

Des

envo

lvim

ento

de

Polít

icas

, pa

ra fi

ns d

e ca

sos d

e re

clas

sific

ação

Em

am

bos o

s cas

os, f

oi fe

ito u

m d

iagn

óstic

o da

pol

ítica

co

mer

cial

à lu

z de

um

a an

ális

e de

que

stõe

s sec

toria

is

chav

e. F

oram

iden

tific

adas

as i

mpl

icaç

ões n

as

nego

ciaç

ões r

elev

ante

s par

a a

entra

da d

o pa

ís n

a O

MC

.

pier

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Neg

ocia

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no

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da

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graç

ão

regi

onal

Po

lític

a de

con

corr

ênci

a Po

lític

a de

inve

stim

ento

: A

nális

e da

pol

ítica

de

inve

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R

efor

ço d

a po

lític

a de

inve

stim

ento

di

rect

o es

trang

eiro

In

ovaç

ão e

aná

lise

da te

cnol

ogia

Serv

iços

de

cons

ulto

ria, s

ensi

biliz

ação

e

form

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Se

rviç

os d

e co

nsul

toria

, sen

sibi

lizaç

ão e

fo

rmaç

ão

Leva

ntam

ento

, sem

inár

io n

acio

nal,

reco

men

daçõ

es so

bre

polít

icas

C

riaçã

o de

cap

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ade

inst

ituci

onal

Le

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amen

to, s

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ário

nac

iona

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com

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País

es d

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acífi

co

Bar

bado

s e

país

es O

ECS,

M

auríc

ias

Mau

rícia

s M

aldi

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Jam

aica

Os S

IDS

do P

acífi

co p

rocu

rara

m a

ass

istê

ncia

da

UN

CTA

D n

o co

ntex

to d

a cr

iaçã

o da

áre

a de

com

érci

o liv

re

do P

acífi

co

Act

ivid

ades

de

cons

cien

cial

izaç

ão e

de

pare

cer s

obre

po

lític

as a

umen

tara

m a

cap

acid

ade

dos p

aíse

s rel

evan

tes

no q

ue re

spei

ta à

form

ulaç

ão d

as p

olíti

cas d

e co

ncor

rênc

ia

adeq

uada

s. C

ontri

buto

dire

cto

para

a fo

rmul

ação

de

polít

icas

a n

ível

na

cion

al

Con

tribu

to d

irect

o pa

ra a

form

ulaç

ão d

e po

lític

as a

travé

s do

pro

ject

o d

e “B

oa G

over

naçã

o na

Pro

moç

ão d

e In

vest

imen

to”.

C

ontri

buto

dire

cto

para

a fo

rmul

ação

de

polít

icas

, com

es

peci

al re

ferê

ncia

à in

dúst

ria d

a m

úsic

a

bona

pas.o

ngug

lo

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ra

jan.

dhan

jee

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le

na.c

hia

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unct

ad.o

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paul

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unct

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