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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA JANEIRO/FEVEREIRO 2012 Ano 53 • nº 1376 Foto: Alejandro da Silva Farias l Capa: Cezinha Galhardo

Foto: Alejandro da Silva Farias l Capa: Cezinha Galhardo · 5 de fevereiro de 2012, data em que também é celebrado o dia do dermatologista. Para dar início às comemorações,

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Jornal da associação Médica Brasileira

Janeiro/FeVereiro 2012Ano 53 • nº 1376

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Conteúdo

2 Editorial

3 Palavra do presidente

4Entrevista com Bogdana Kadunc

5Entrevista com Antônio Britto

6 Seminário de medicamentos

biológicos

8 Censo médico

10 Conselho Científico

12 Planos de saúde/Regulamenta-

ção da medicina

14Campanha: o futuro promete

15 Livro AMB 60 anos

16 Fórum de Especialidades Médicas

20 Emenda Constitucional 29

22 Comissões

23 Gota a gota

24 Ensino/Programa Revalida

25 Editores Científicos

26 Comissão de Assuntos Políticos

27 Projeto Diretrizes

28 Especialidades

29 Federadas / Notas

30 Jurídico

31 Agenda

32 Livro/Títulos

JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

JANEIRO/FEVEREIRO 2012ANO 53 • Nº 1376

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DIRETORIAPREsIDEnTE Florentino de Araújo Cardoso FilhoPRImEIRO vIcE-PREsIDEnTE Jorge Carlos Machado CurisEgunDO vIcE-PREsIDEnTE Newton Monteiro de BarrosvIcE-PREsIDEnTEs

Lairson Vilar Rabelo; Antonio Fernando Carneiro; Carlos David A. Bichara; Maria S. Melo Ventura; Álvaro R. Barros Costa; Petrônio A. Gomes; José Luiz Weffort; Celso Ferreira Ramos Filho; José Fernando Macedo; Murillo R. Capella.

sEcRETáRIO-gERAl Aldemir Humberto Soares1º sEcRETáRIO Antonio Jorge Salomão1º TEsOuREIRO Luc Louis Maurice Weckx2º TEsOuREIRO José Luiz Bonamigo FilhoDIRETOREs AcADêmIcO Marcos Pereira de ÁvilaATEnDImEnTO AO AssOcIADO Guilherme B. Brandão PittacIEnTífIcO Edmund Chada BaracatcOmunIcAçõEs Jane Maria Cordeiro LemosculTuRAl Hélio Barroso dos ReisDAP Robson Freitas de MouraDEfEsA PROfIssIOnAl Jurandir Coan Turazzi EcOnOmIA méDIcA Roberto Queiroz GurgelmARkETIng José Carlos V. Collares FilhoPROTEçãO AO PAcIEnTE Rogério Toledo JúniorRElAçõEs InTERnAcIOnAIs Miguel Roberto JorgesAúDE PúblIcA Modesto A. de Oliveira JacobinoAssunTOs PARlAmEnTAREs José Luiz Dantas Mestrinho

www.amb.org.br

Associação Médica Mundial

DIRETORA REsPOnsávEl

Jane Maria Cordeiro lemosEDITOR REsPOnsávEl

Aldemir Humberto Soares; cOnsElhO EDITORIAl

Antonio Jorge Salomão; Luc Louis Maurice Weckx; José Luiz Bonamigo Filho; Edmund Chada Baracat; Florentino de Araújo Cardoso Filho.EDITOR ExEcuTIvO

César Teixeira (Mtb 12.315)cOlAbORAçãO

Natália Cesana, Helena FernandesDIAgRAmAçãO, EDITORAçãO E ARTE

Sollo ComunicaçãoDEPARTAmEnTO cOmERcIAl

Fone (11) 3178-6809/6801TIRAgEm

60.000 exemplaresPERIODIcIDADE

BimestralImPREssãO

DuograffIlIADO à AnATEcREDAçãO E ADmInIsTRAçãO

Rua São Carlos do Pinhal, 32401333-903 – São Paulo – SPTel. (11) 3178-6800Fax (11) 3178-6816E-mail: [email protected]

AssInATuRAAnual R$ 60,00; avulso R$ 10,00Fone (11) 3178-6800, ramal 130

EDITORIAL

2 JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Eis nosso Jamb que tem o papel precípuo de divulgar as ações da AMB, engajada às demais entidades médicas nacionais e suas respectivas representações estaduais, em incessante luta pela valorização do médico e melhoria da assistência à saúde da população.

A leitura deste número evidenciará o trabalho desenvolvido de forma intensa, diversificada e integrada pela Diretoria da AMB e suas Comissões ao mesmo tempo em que apresenta eventos de relevante interesse como o “Seminário: Biológicos na prática médica – cenário atual e perspectivas” com expressivos nomes da medicina brasileira que detêm conhecimentos profundos e atualizados sobre o tema que representa grande avanço da ciência com inovação e eficácia.

Outro tema de relevância são os estudos realizados pelo Conselho Federal de Medicina e CREMESP - “Demografia Médica no Brasil” demonstrando o crescimento exponencial do número de médicos, o percentual de especialistas e não especialistas e as diferentes características nas diversas regiões do país. Também merece destaque o III Fórum de Especialidades Médicas debatendo os rumos da formação e do trabalho médico no Brasil. Este evento além de exposições sobre o tema contou com grupos de discussão sobre: impacto do reconhecimento das especialidades médicas; parâmetros que definem a formação do especialista, da especialidade e da área de atuação: conceitos e propostas.

Não podemos deixar de assinalar o lançamento de dois livros publicados por entidades médicas no decorrer 2011: “AMB: 60 anos”, que destaca as principais ações e finalidades da entidade e “o que a AMB fez e faz pelos médicos, pela sociedade, pela medicina e pelo país, descrito em detalhes nas páginas desta verdadeira obra de arte” (Barroso, H). “Associação Médica de Pernambuco – 170 anos- História e Contribuição Social”,

PaPel fundamental

edição comemorativa aos 170 anos da antiga Sociedade de Medicina de Pernambuco, atual Associação Médica de Pernambuco, a mais antiga entidade médica estadual do país. Nesta obra está registrada grande parte da história da medicina de Pernambuco. "Pode-se dizer que representa passado, presente e futuro da medicina pernambucana." (Lemos, J).

Registre-se ainda o Centenário da Sociedade Brasileira de Dermatologia, comemorado com o projeto "Laços de Família: Etnias do Brasil". Fica assinalado ainda a atuação do Conselho Científico, das Comissões de Prevenção e Tratamento da Obesidade, Dor, Mista de Especialidade (CME), Comissão de Assuntos Políticos que acompanha os projetos de leis prioritários para a saúde. Há notícias também sobre as diversas parceiras da AMB – CAPES INTERFARMA, entidades associativas dos publicitários e empresas de propaganda objetivando a campanha: ”O futuro promete. Eu quero chegar bem lá”.

Fica demonstrada a pujança da AMB, porém a sua força e grandiosidade depende dos associados, razão pela qual conclamamos todos os médicos que ainda não pertencem ao nosso quadro para se associarem contribuindo assim para o êxito de nossas lutas.

Jane Maria Cordeiro Lemos

Diretora de Comunicações

Os anúncios e opiniões publicados no JAMB são de inteira responsabilidade de seus anunciantes e autores. A AMB não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos.

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JANEIRO/FE VEREIRO 2012 3

Florentino CardosoPresidente da Associação Médica Brasileira

a associação médica Brasileira tem assumido cada vez mais compromissos com a classe médica brasileira: escolas médicas que formem bem, com grade curricular adequada, corpo docente qualificado e hospital de ensino bem estrutu-rado; revalidação do diploma de médico formado no exterior com respeito ao conhecimento e habilidades; fortalecimento da pós-graduação em todos os níveis, especialmente a residência médica; valorização do título de especialista e sua recer-tificação; fortalecimento da atenção primária (básica); defesa incessante de melhorias na gestão da saúde e mais recursos para o sistema público de saúde (SuS); acompanhamento das leis que tramitam no Congresso nacional, cujo teor dizem respeito à medicina e à saúde; condições de trabalho do médico; remuneração do trabalho médico; a autonomia do médi-co no exercício da profissão; o respeito ao mérito nos processos seletivos; um plano de cargos, carreira e vencimentos; a carreira de estado para o médico nos locais de difícil acesso e provimento; melhorias na relação dos médicos com as operadoras de planos e seguro-saúde e tantas outras questões.

Cresce o número de escolas médicas no Brasil (ao escrever esse editorial são 185, porém na sua leitura, já podem ser mais), a grande maioria privada, muitas sem obedecer aos critérios que um país como o nosso necessita. fala-se que existem outras 45 para serem autorizadas. de quantos médicos o Brasil precisa hoje e daqui a 10 ou 20 anos? Quantos precisamos formar cada ano? Qual o perfil do médico que precisamos? Com a palavra o governo federal. O Brasil precisa formar médicos com qualidade. não é interessante que pensemos somente em quantidade. aqui mesmo temos cidades com número excessivo de médicos e a população ainda peregrina em filas de espera para consultas, exames e cirurgias. O que acham se antes que se abram novas escolas médicas fechemos ou adequemos as que não formam adequadamente?

Caso médicos formados no exterior, brasileiros ou não, queiram trabalhar no Brasil, são muito bem-vindos. Porém, seu diploma deve ser revalidado de maneira igual para todos, seguindo critérios que contemplem e respeitem as necessi-dades do nosso povo querido. nesse momento defendemos o ReValIda e não qualquer escola médica revalidar, como algumas estão fazendo (“fazendo de conta”). não podemos aceitar vieses que colocam em risco a saúde, nem que beneficie quem quer que seja.

a residência médica tem sido a melhor maneira de termos médicos mais qualificados na assistência à população. a residência médica deve ser fortemente valorizada. as vagas devem ser respeitadas de acordo com as necessidades do país, distribuídas por áreas do conhecimento e locais onde se necessita. O processo seletivo deve priorizar o mérito. a Comis-são nacional de Residência médica (CnRm) deve ser respeitada e valorizada. não nos parece lógico a recente criação da câmara recursal, com três membros, sendo dois do governo. não concordamos com o bônus criado pelo governo de 10% e 20% dos pontos no concurso para residência médica, quando o médico passa um e dois anos, respectivamente, nos PSfs (programas de saúde da família) ou na atenção básica das cidades que o governo escolheu. Queremos a estratégia saúde da família valorizada e isso passa, no mínimo, por profissionais qualificados. não podemos deixar nossa população pobre e carente dessas cidades à mercê de recém-formados, muitos em escolas de qualidade questionável. Vamos formar verdadeiros médicos de família e comunidade!

finalizando, gostaríamos de contar com a ajuda de todos para que tenhamos sucesso no Projeto de lei de Iniciativa Popular que trará mais recursos para a saúde. não fica-mos satisfeitos com o resultado da aprovação, no final de 2011, da regulamentação da eC 29 (lei 141/12), nem da sanção, com 15 vetos da Presidência da República, publicada no dia 16 de janeiro de 2012. a saúde pública carece de boa gestão em muitas situações, além de rigoroso controle, para que evitemos os desvios, a corrupção, mas é impreterível mais recursos. não podemos aceitar que um país com a nossa economia (6a do planeta), com essa elevada carga tributária (uma das maiores do mundo), com o baixo retorno que temos nos serviços públicos, saúde, educação, segurança, infraestrutura (a pior em recente pesquisa, onde foram avaliados 30 países) tenha o atual investimento do governo federal na saúde pública (cerca de 3,5% do PIB). um dos principais artigos da lei que defendemos é que a união aporte 10% da RCB (receita corrente bruta) na saúde pública, como já fazem os estados (12%) e os municípios (15%). Vamos ver se será feita a vontade do povo. Vamos nos unir e colher milhões de assinaturas para pressionar o Congresso nacional, mostrando respeito à iniciativa da população, respeito ao que o povo clama.

lançamos o projeto na sede da amB, no último dia 3 de fevereiro, com o importante apoio de várias outras entidades médicas, não médicas e da

sociedade civil como um todo.

Vamos adiante, pois temos muito trabalho pela frente. Participemos e estejamos unidos pelas causas coletivas. feliz 2012 para todos!

Compromissos assumidosMENSAGEM DO

PRESIDENTE

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4 JANEIRO/ F E V E R E I R O 20124 JANEIRO/FE VEREIRO 2012

ENTREvISTA

Bogdana Kadunc

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Formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); assistente da Clínica Dermatológica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo; editora-chefe da revista científica Surgical & Cosmetic Dermatology, Bogdana Victória Kadunc preside a Sociedade Brasileira de Dermatologia (gestão 2011-2012), entidade que este ano comemora o seu centenário. Ela concedeu a seguinte entrevista ao Jamb.

A SBD completa o seu centená-rio neste ano. O projeto Laços de Família: Etnias do Brasil foi criado especificamente para essa come-moração?

Bogdana Kadunc – O projeto Laços de Família: Etnias do Brasil foi desenvolvido como forma de comemorar os 100 anos da Socie-dade Brasileira de dermatologia. trata-se de um projeto cultural, com base na lei Rouanet, focado na miscigenação do povo brasileiro, mistura ref letida em sua pele.

Poderia explicar em que consis-te este projeto detalhadamente?

Bogdana Kadunc – O centená-rio da SBd é comemorado no dia 5 de fevereiro de 2012, data em que também é celebrado o dia do dermatologista. Para dar início às comemorações, no dia 4 de feverei-ro o projeto Laços de Família: Etnias do Brasil, composto por uma expo-sição fotográfica concebida a partir de uma expedição realizada no ano passado em diferentes estados do país por renomados fotógrafos brasileiros, seguida do lançamen-to do livro que detalha as histó-rias colhidas durante este trabalho inédito e por um retrato histórico e cultural da população brasilei-ra, será lançado no museu de arte moderna (mam), às 14h30, no Rio de Janeiro. a exposição fotográfica é itinerante e irá percorrer também, ao longo de 2012, as cidades de São Paulo, Brasília e Curitiba.

Existe alguma ação voltada especificamente para a internet?

Bogdana Kadunc – O proje-to cultural pode ser acompanhado pela sociedade por meio do portal www.etniasdobrasil.com.br, desen-volvido com o propósito de ser ferramenta de democratização e de inclusão digital. O acesso é total-mente gratuito e abriga os seguin-tes conteúdos produzidos: imagens, vídeos, áudios, textos, depoimen-tos, comentários e, após a inaugu-ração no mam-RJ, livro e catálogo digital. no caso da expedição, uma plataforma digital abrigará ferra-mentas diversas com o objetivo de difundir seu conteúdo, dando aces-so a todos os interessados. entre as ferramentas usadas haverá uma galeria de fotos, um podcast, com os vídeos gerados pelos integrantes da expedição sobre a experiência da viagem, depoimentos e histó-rias dos personagens, gifts digitais, como wallpapers, entre outros.

Até pouco tempo atrás a Dermatologia era somente espe-cialidade clínica. Hoje esse papel mudou? É mais ampla?

Bogdana Kadunc – O exercí-cio da dermatologia no Brasil teve início nos primórdios do século XX, no contexto da saúde pública, como especialidade eminentemen-te clínica, dedicada principalmente a doenças infecciosas, como sífilis e hanseníase. ao longo do tempo, foram incorporadas à dermatologia

as doenças cutâneas alérgicas, inf la-matórias, imunológicas e tumorais, entre outras. atualmente, a derma-tologia transformou-se em especia-lidade clínico-cirúrgica.

A cirurgia e cosmiatria também são papéis dos dermato-logistas?

Bogdana Kadunc – a partir de 1990, seguindo as tendências mundiais, a dermatologia incor-porou a cirurgia dermatológica e também a cosmiatria.

Quais os principais problemas hoje enfrentados pelos dermatolo-gistas e como a AMB pode auxiliar nesse sentido?

Bogdana Kadunc – O prin-cipal problema que enfrentamos hoje é uma concorrência desleal no mercado de trabalho provocada pela existência de cursos de pós-graduação lato sensu de curtíssi-ma duração e oficializados pelo meC. eles formam profissionais que competem o mesmo mercado com os dermatologistas egressos dos nossos 73 serviços de residên-cia médica em dermatologia, que, por sua vez, exigem 8.700 horas de rigoroso treinamento na especiali-dade. É de conhecimento geral que há uma pletora de médicos forma-dos no Brasil e, embora mal distri-buídos, aqueles que não conseguem vagas em serviços credenciados, se voltam para estes cursos. Pedimos à amB que não apoie estes cursos e que tente interferir junto ao meC para a sua extinção.

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ENTREvISTA

antônio Britto

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Em maio de 2009, Antônio Britto assumiu a presidência executiva da Interfarma - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, entidade que congrega as indústrias farmacêuticas instaladas no Brasil responsáveis por promover e incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novos medicamentos no País. Jornalista, Antônio Britto ganhou notoriedade como porta-voz do ex-presidente Tancredo Neves. Foi deputado federal; ministro da Previdência Social, governador do Estado do Rio Grande do Sul. Ele falou ao Jamb sobre medicamentos biológicos.

Como a Interfarma é estruturada?

Antônio Britto – a Interfarma é uma associação que reúne 42 empre-sas farmacêuticas que se dedicam à pesquisa e à inovação em saúde humana. Hoje, nossa entidade repre-senta 47% do total de medicamentos vendidos no País e destes, 78% são inovadores e, por meio de empresas controladas, 43% são de medicamen-tos genéricos. ao longo dos seus 20 anos, a Interfarma tem procurado contribuir com o Brasil especial-mente em três temas: promoção de acesso para que mais pessoas possam se beneficiar de medicamentos segu-ros e eficazes; o incentivo à inovação para que o Brasil se transforme em um pólo de pesquisa e desenvolvi-mento em saúde humana; defesa da ética na pesquisa, no desenvolvimen-to, produção, comercialização, pres-crição e consumo de medicamentos.

Quais são os projetos da entida-de para 2012?

Antônio Britto – estamos profundamente envolvidos no diálo-go e na colaboração com o governo para que, juntos, possamos encon-trar formas de democratizar o aces-so. Graças à indústria farmacêutica, o governo pode ampliar o progra-ma farmácia Popular e distribuir gratuitamente medicamentos para diabetes e hipertensão. mas é preci-so ir além. Por isso, nossa agenda de acesso discute temas como carga de impostos sobre medicamentos, recursos para a saúde e formas de parceria com o ministério da Saúde para provermos mais medicamentos à rede pública. Outro ponto impor-tante de nossa agenda para 2012 é, em parceria com os médicos e pesquisadores, convencer o governo a melhorar as condições para pesquisa

clínica no Brasil. não é mais possível, com o estágio científico que o Brasil alcançou, ficarmos em uma posição secundária em pesquisa clínica, o que prejudica os pacientes, o desenvolvi-mento da ciência médica e o País. a terceira grande agenda é de ordem ética: um novo Código de Conduta para nossos associados, parceria com o Instituto etCO para a defesa da legalidade e da ética nas atividades que envolvem medicamentos. estas são algumas das iniciativas para o ano de 2012.

Em que consiste e qual a impor-tância da parceria com a AMB?

Antônio Britto – nos contatos que mantivemos com o ex-presiden-te da amB, José luiz amaral, e o atual presidente florentino Cardo-so, ficou claro que tínhamos pontos em comum que deveríamos somar forças, respeitadas as características de cada entidade. e assim chegamos com muita facilidade e satisfação a um programa de trabalho de dois anos, iniciado já em 2011, em que a prestigiosa amB e a Interfarma desenvolverão atividades especial-mente em dois campos: a discussão sobre medicamentos biológicos, uma das novas fronteiras da ciência, e o apoio para que a amB execute um projeto essencial para ela e para o País: a elaboração de um atualiza-do, detalhado e revelador mapa dos médicos e da atividade médica no Brasil.

Qual o plano para difundir os biológicos? A população em geral terá acesso aos benefícios desses medicamentos?

Antônio Britto – a ciência avan-ça em direção a um maior desen-volvimento e produção de produtos

biológicos que estão assumindo um papel preponderante no arsenal tera-pêutico à disposição dos pacientes. evidentemente, pelas suas caracterís-ticas, os produtos biológicos exigem das autoridades reguladoras e dos prescritores cuidados intensos em relação à sua procedência, qualida-de, segurança e eficácia. O primei-ro passo foi dado corretamente pela anVISa ao lançar, em dezembro de 2010, regulamentação que estabele-ce, alinhada com padrões mundiais, exigências que permitirão proteger os pacientes. temos agora trabalha-do com as autoridades sanitárias no detalhamento daquela regula-mentação que está se desdobrando em guias específicos por produto biológicos. Os dois primeiros foram Heparina e Interferon alfa. Sabemos, porém, que o marco regulatório é um passo essencial, mas inicial. no longo caminho para que os brasileiros recebam e se beneficiem de produ-tos biológicos, o papel central, uma vez mais, caberá aos médicos. Por isso, em parceria com a amB, esta-mos realizando e preparando, desde o último dezembro, eventos, semi-nários, publicações, material virtual, enfim, tudo que possa levar à classe médica informações, visões, experi-ências sobre biológicos. a partir de abril deste ano repetiremos a expe-riência de debater o tema medica-mentos biológicos com os médicos de fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Rio e Porto alegre. nosso objetivo, ao final do projeto, é termos conse-guido levar, sob a liderança da amB, o maior número possível de médicos e jornalistas brasileiros a discutir, atualizar e ampliar sua visão sobre o biológicos.

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6 JANEIRO/ F E V E R E I R O 2012

SAúDE PúbLIcAbIOLóGIcOS

AMB promove seminário sobre medicamentos biológicos

em 2 de dezembro, a amB, em parceria com a associação da Indús-tria farmacêutica (Interfarma), promoveu o seminário Biológicos na prática médica – cenário atual e pers-pectivas, em São Paulo.

“uma das atribuições da amB é difundir o conhecimento na área da saúde. esse evento tem como objetivo levar aos médicos as melhores infor-mações sobre medicamentos biológi-cos”, disse florentino Cardoso, presi-dente da amB na abertura do evento (foto acima).

Solange nappo, professora adjunta do departamento de Ciên-cias Biológicas da unifesp, proferiu conferência sobre conceitos, desen-volvimento, dificuldades e pers-pectivas do uso de biológicos. ela explicou que os princípios ativos

Fotos: César Teixeira

desses medicamentos são obtidos de sistemas vivos por meio de processos biotecnológicos. “esses fármacos são a maior fonte de inovação dos últi-mos tempos devido à eficácia para condições médicas graves, que são inacessíveis pelas terapêuticas dispo-níveis”. Outro ponto que a professora ressaltou foi a quebra de paradigmas. “O conhecimento acumulado na área de fármacos sintéticos teve padrões modificados em função do surgimen-to dos medicamentos biológicos”.

Os biofármacos são moléculas grandes e complexas, por isso não é viável representar sua estrutu-ra química por meio da ligação de átomos. “em função da complexida-de, os biológicos são moléculas mais instáveis que podem ser afetadas por fatores como: calor, oxigênio,

alteração de pH ou mudanças no processo de fabricação, levando à redução ou à perda completa da ativi-dade biológica”, explicou a professora da unifesp.

durante a conferência, Solange frisou que não existem biológicos genéricos. “Como esses medicamen-tos são muito dependentes do proces-so de fabricação, é possível afirmar que não há biológicos iguais, apenas similares”. Outro aspecto destacado pela conferencista foi a farmacovi-gilância. “O plano de gerenciamento de risco deve ser robusto e é impres-cindível para o monitoramento do produto no mercado”.

Por fim, a professora abordou a expiração das patentes. “no Brasil, os fármacos que tiverem origem nas patentes vencidas serão chamados de

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produtos biológicos não novos. enquanto um medicamento genérico leva de um a dois anos para ser desenvolvido e reduz em 80% o preço do remédio, um biológico não novo precisa de cinco a oito anos e a redução é de 15% a 20%”.

Jorge Kalil, diretor do laboratório de Imunologia do Insti-tuto do Coração e do Instituto Butantan, ministrou confe-rência sobre biológicos e biossimilares. “Vale a pena produzir biológicos no Brasil? Quais são as questões regulatórias? esses fármacos são um desafio e uma oportunidade. embora tenha grande visibilidade na produção de genéricos, o país já perdeu a possibilidade de ter posição de destaque como produtor de matérias-primas para os medicamentos sintéticos”.

Segundo Kalil, em 2007, o mercado de biológicos foi de uS$ 68 bi e as estimativas para 2010 eram de uS$ 100 bi. O uso cresce em média 20% ao ano. “não há produção nacional de biofármacos inovadores ou biossimilares, porém existem iniciativas do setor privado. a grande maioria dos medicamen-tos é importada a custos altíssimos”.

no Brasil, o marco regulatório para a produção de bioló-gicos não novos ainda está indefinido. “Há controvérsias na legislação regulatória no Brasil em comparação ao que se faz no resto do mundo. além disso, o processo de registro é mais complexo e oneroso comparado ao de genéricos/ similares de pequenas moléculas”, disse o diretor do Butantan.

a segunda parte do seminário foi dividida em duas mesas-redondas sobre as indicações e os efeitos do uso de biológicos na prática médica. Hélio tedesco, médico do Hospital do Rim e Hipertensão da unifesp, falou sobre a utilização de biológicos em transplantes renais. Cármino de Souza, professor da discipli-na de Hematologia e Hemoterapia da unicamp, relatou como os biológicos são usados em doenças hematológicas. Completou a sequência a apresentação de Raymundo Paraná, livre-docente de Hepatologia Clínica da faculdade de medicina da universidade federal da Bahia, sobre a utilização em doenças hepatológicas.

a outra mesa-redonda foi composta por: Gilberto de Castro, médico assistente do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do estado de São Paulo, que discorreu sobre tera-pias de alvo molecular em oncologia; nádia aikawa, reumato-logista pediatra do Centro de dispensação de medicamentos de alto Custo do Hospital das Clínicas, que explicou como os biológicos são utilizados em doenças reumatológicas, e Walter Gomes, professor de Cirurgia Cardiovascular da unifesp, que fechou o evento com apresentação sobre heparinas.

Workshopna parte da manhã do mesmo dia, ocorreu workshop sobre

biológicos para jornalistas especializados em saúde. além de explicações em relação à fabricação dos fármacos, vias de administração, intercambialidade, acesso por parte população, foram proferidas palestras sobre o uso desses medicamentos em algumas especialidades. antonio Carlos Pires, professor da faculdade de medicina de São José do Rio Preto, falou sobre biológicos na endocrinologia. Valderilio azevedo, professor da faculdade de medicina na universidade federal do Paraná, relatou a utilização em reumatologia, e Carlos Barrios, profes-sor da faculdade de medicina da PuC-RS, em oncologia. Jorge Kalil

Solange Nappo

Biológicos: debates sobre indicações e efeitos na prática médica

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SAúDE PúbLIcADEMOGRAfIA

MéDIcA

número de médicos no Brasil chega a quase 400 mil

enquanto a população brasileira cresceu 12,3% na última década, o número de médicos quase dobrou no mesmo período, atingindo 21,3%. este índice elevou para 371.788 os profissionais em atividade no país, garantindo ao Brasil o quinto lugar mundial em número absoluto de médicos. Os números fazem parte da pesquisa demogra-fia médica no Brasil, divulgada pelo Conselho federal de medicina (Cfm) e o Conselho Regional de medicina do estado de São Paulo (Cremesp), em novembro.

O estudo mostra que, em outubro de 2011, os conse-lhos de medicina registravam a existência de 371.788

Arte

/CFM

médicos em atividade no Brasil. O número confirma uma tendência de crescimento exponencial da cate-goria, que perdura 40 anos. entre 1970, quando havia 58.994 médicos, e o presente momento, o número de médicos saltou 530%. O percentual é mais de cinco vezes maior que o do crescimento da população, que em cinco décadas aumentou 104,8%.

Não faltam médicosOs resultados corroboram o que sempre afirmaram as entidades médicas nacio nais,

8 JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Estudo do CFM e Cremesp comprovou desigualdade existente no país

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entre elas a amB: não há falta de médicos, eles estão apenas distribuídos de forma desigual entre as regiões. Sul e Sudeste continuam a concentrar a maioria - com duas vezes mais médicos que as outras regiões. Os moti-vos são a maior oferta de emprego, de rede de hospitais, de escolas e a melhor qualidade de vida, o que acaba atraindo mais profissionais.

Os pesquisadores calculam 1,95 médico para cada mil brasileiros. O distrito federal lidera o ranking com 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (3,57), por São Paulo (2,58) e pelo Rio Gran-de do Sul (2,31) - taxas comparadas às de países euro-peus. na outra ponta estão amapá, Pará e maranhão com menos de um médico por mil habitantes.

É nas cidades de maior porte, especialmente nas capitais, que se concentram a maioria dos médicos brasileiros. em média, o conjunto desses municípios apresenta uma razão de médicos registrados por 1.000 habitantes de 4,22. esse índice é mais que duas vezes superior à média nacional (1,95).

Público x privado

a pesquisa indica que os usuários do Siste-ma Único de Saúde contam com quatro vezes menos médicos que os usuários do

setor privado para atender suas necessidade de assis-tência. Quando se considera a dimensão da população que depende exclusivamente do SuS (3,25 vezes maior que a dos planos), constata-se que a clientela da saúde privada conta com 3,9 vezes mais postos de trabalho médico disponíveis que os usuários da rede pública.

no conjunto do país são 46.634.678 usuários de planos de saúde, segundo dados de 2011 da agência nacional de Saúde Suplementar (anS). O levantamen-to indica a existência de 354.536 postos de trabalhos médicos em estabelecimentos privados que, em tese, prestam todos eles serviços às operadoras de planos de saúde. Isso significa que para cada 1.000 usuários de planos no país, há 7,60 postos de trabalho médico ocupados.

Setor privado

O levantamento indica que o setor priva-do oferta cada vez mais posto de traba-

lho para população médica brasileira. a conclusão do levantamento realizado pelos conselhos de medicina levou em consideração os dados de três anos distin-tos – 2002, 2005 e 2009. nesses anos, o número de

médicos em geral cresceu 14,8% em sete anos: foi de 305.934 médicos, em 2002, para 330.381, em 2005, e 359.254, em 2009. mas ao se analisar, nos mesmos anos, o crescimento dos postos de trabalho médi-co ocupados, observa-se uma evolução diferenciada nos setores público (72.156 postos a mais) e priva-do (98.350 postos). a diferença a favor do privado é potencialmente maior considerando-se o tamanho das populações cobertas pelos SuS e pelos planos privados.

Especialistas

dos 371.788 médicos brasileiros em ativi-dade, 204.563, ou seja, 55,1% são espe-cialistas. Os demais 167.225 (44,9%) são

generalistas. O Sul tem o maior número de especialis-tas, 1,95 para cada médico generalista. O norte, com 0,83, e o nordeste, com 0,96, ocupam posição oposta, com mais generalistas do que especialistas. a região Centro-Oeste tem 1,66 especialistas para cada genera-lista, o que se explica também pela presença do distri-to federal, onde a razão é de 2,11, a mais alta do país. O Sudeste aparece abaixo da média nacional – 1,16 especialistas para cada generalista. duas das especia-lidades, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia, reúnem 24,4% do universo de especialistas, ou seja, quase um quarto de todos os profissionais titulados. Sete espe-cialidades concentram mais da metade dos profissio-nais, 52,7% deles. as dez primeiras no ranking com mais especialistas reúnem 64,9% do total de médicos titulados. além de Pediatria e GO, estão anestesio-logia, Cirurgia Geral, Clínica médica, Ortopedia e traumatologia, Oftalmologia, medicina do trabalho, Cardiologia, e Radiologia e diagnóstico por Imagem.

Mulheres x Homens

entre os especialistas titulados em ativi-dade no país, 59,3% são homens e 40,6% são mulheres. as mulheres são maioria em

cinco das seis áreas consideradas básicas. dominam em Pediatria, com 70%, e ficam um pouco acima da metade em Ginecologia e Obstetrícia (51,5%), Clínica médica (54,2%), medicina de família (54,2%) e medi-cina Preventiva (50,3%). nas especialidades básicas, só perdem na Cirurgia Geral, onde são apenas 16,2%. as seis áreas mais masculinas, onde os homens são 90,0% ou mais, são as de Cirurgia Cardiovascular (90%), do aparelho digestivo (91,4%), torácica (93,5%) e neuro-cirurgia (91,8%).

JANEIRO/FE VEREIRO 2012 9

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cIENTífIcO

Primeira reunião do Conselho Científico na nova gestão

“a amB é a casa de todos vocês e as sociedades de especialidade são, junto com as federadas, um dos eixos mais importantes que temos para caminharmos sempre de forma harmoniosa, com um só foco: o médico brasileiro e, por consequência, toda a população”, declarou florentino Cardoso, novo presidente da amB, ao abrir a reunião.

O primeiro item da pauta foi a solicitação feita pela Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBR) para ser a enti-dade representativa na amB desta especialidade médica, reconhecida por meio da Resolução Cfm nº 1973/11.

Robson ferrigno, presidente da SBR, falou sobre a situ-ação do atendimento radiológico no país. em 2010, foram

489 mil novos casos de câncer e, deste total, 293.400 preci-saram de radioterapia.

“Os serviços de radioterapia têm um déficit de equi-pamentos muito grande. Haveria a necessidade de 488 aparelhos, mas temos apenas 284. O reflexo disso é que, anualmente, cerca de 100 mil pessoas ficam sem atendi-mento”, falou.

ao final, o Conselho Científico aprovou a representa-ção da Sociedade Brasileira de Radioterapia.

“É preciso agora cumprir o caminho natural, isto é, temos que romper o convênio com Colégio Brasileiro de Radiologia e diagnóstico por Imagem, que era quem

Conselho Científico: primeira reunião durante a nova gestão

Fotos: César Teixeira

O primeiro encontro do Conselho Científico da AMB desta nova gestão ocorreu no dia 17 de novembro, na sede da entidade

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representava e fazia as provas de título, e assinar um novo convênio com a Sociedade Brasileira de Radioterapia”, explicou aldemir Soares, secretário-geral da amB.

foi aprovado também o convênio com a associação Brasileira de medicina legal e Perícias médicas, fusão da associação Brasileira de medicina legal e da Socieda-de Brasileira de Perícias médicas. as duas especialidades médicas passam a ser representadas por esta entidade e seguirão o mesmo rito de quebra de convênio e assinatura de um novo.

edmund Baracat, diretor científico da amB, reiterou o pedido para que todas as sociedades enviem o conteúdo de seus programas de residência médica atualizado. aquelas que já enviaram, mas fizeram alguma alteração nos últi-mos 60 dias, precisam reenviar.

“estamos prorrogando o prazo de entrega, mas a Comissão nacional de Residência médica precisa deste material para o começo do ano que vem. Por isso estamos ressaltando que vamos mandar os programas que tiver-mos recebido até o fim do mês”, disse.

O último assunto discutido foi o fórum de especiali-dades médicas, marcado para 14 de janeiro de 2012, em São Paulo, na sede da associação Paulista de medicina (mais detalhes na págs. 16 e 17). algumas questões como conceitos e objetivos de especialidades e área de atuação, referendados pela resolução Cfm 1634/02, serão debatidos visando a promoção de ampla discussão.

O presidente Florentino Cardoso fala durante o Conselho Científico

Robson Ferrigno, presidente da SBR

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AUDIÊNcIA PúbLIcA

Planos devem cobrir quimioterapia oral

no último dia antes do recesso parlamentar, a Comis-são de assuntos Sociais do Senado federal (CaS ) discutiu, em audiência pública, a proposta de ampliar a cobertura dos planos de saúde, para inclusão do tratamento oral de quimioterapia, de acordo com o projeto de lei do Senado (PlS 352/11).

O presidente da amB, florentino Cardoso, partici-pou da audiência pública e falou que a amB estará sempre defendendo o que for melhor para os pacientes. a quimio-terapia oral já tem larga aceitação e resultados excelentes em vários tipos de câncer (mama, pulmão, rim etc.). existem situações em que a quimioterapia oral tem custos inferiores a determinados tratamentos convencionais (por via venosa).

lembrou ainda, que existem “custos não mensuráveis”, apontando que “resultados iguais ou melhores” podem ser alcançados com o tratamento em casa, onde o pacien-te está perto da família e tem menos riscos para contrair outras doenças, quando no ambiente hospitalar. florentino

Cardoso também chamou atenção que nesse momento a prescrição desses quimioterápicos deve ser feita por médi-cos especialistas e sob diretrizes clínicas.

a vantagem do tratamento em casa também foi ressaltada pela presidente do Instituto Oncoguia, luciana Holtz, para quem a legislação deveria ser atualizada para incluir trata-mentos orais de quimioterapia nos planos de saúde privados.

as pessoas portadoras de neoplasias devem ter direito ao “que há de melhor” para seu tratamento. essa é a opinião manifestada por Waldemir moka (PmdB-mS) relator do projeto, apresentado por ana amélia (PP-RS). moka também avalia que “quem sai na chuva é para se molhar. não posso colocar no mercado um plano de saúde e, após 20 anos, quando o cliente mais precisa, dar a informação de que infelizmente o seu caso não tem cobertura”.

Representante da agência nacional de Saúde ¬Suple-mentar (anS), martha Regina de Oliveira observou que os medicamentos orais já possuem eficácia muitas vezes supe-rior à dos tratamentos tradicionais endovenosos.

Por sua vez, o médico Paulo Hoff, diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio libanês, de São Paulo, informou que já existem mais de dez drogas orais para o tratamento do câncer. não deve haver liberdade excessiva na prescrição de medicamentos desse custo. O sistema de saúde complementar deveria ver essas medicações como vê as endovenosas, pois estas vão ser a exceção, e a rotina vai ser o tratamento oral, mais eficiente e provavelmente mais econômico — previu Hoff.

Para o presidente da associação Brasileira de medicina de Grupo, arlindo de almeida, a inclusão de mais obriga-ções para os planos pode acabar “elitizando” o sistema. Fonte: Agência Senado

Regulamentação deverá ser votada este anoa luta pela aprovação do Pl 268/02, que trata da regulamentação da profissão médica, continua este ano. no final de 2011,

um pedido de vista conjunta adiou a votação do projeto de lei. durante a apreciação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado federal em dezembro, o senador demóstenes torres (dem/GO) pediu prazo para analisar o projeto.

O pedido foi feito logo após a apresentação do relatório do senador antônio Carlos Valadares (PSB/Se), relator da proposta na Comissão, que deu parecer favorável à matéria.

agora, será preciso aguardar a próxima sessão legislativa para acompanhamento da votação da proposta. apesar do pedido de vista, a leitura do relatório foi de muita importância, porque obriga a votação a partir de fevereiro quando termina o recesso parlamentar, não havendo mais espaço no regimento interno para pedidos de adiamentos e vistas.

O Pl 268/02 está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça do Senado federal. Se aprovado, segue para a apreciação de mais duas comissões, a de educação, Cultura e esporte (Ce) e a de assuntos Sociais (CaS). Passando por essas etapas, segue ainda para a votação do Plenário e se pleiteado, para a sanção presidencial.

ATO MéDIcO

Florentino Cardoso durante audiência no Senado

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MOSTRA FOTOGRÁFICA

Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro

A Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD tem a honra de convidá-lo para a Mostra Fotográfica Laços de Família – Etnias do Brasil, resultado de um Projeto Cultural especialmentedesenvolvido para as comemorações do seu CENTENÁRIO. A exposição itinerante ainda irá passar por Brasília, São Paulo e Curitiba. Compareça e se encante com a maravilhosa mistura do povo brasileiro.

Aconteceu no Rio (5/02)

Dia do Dermatologista.

Teve início as

comemorações do

centenário da SBD.

Locais

Rio de Janeiro

Brasília

São Paulo

Curitiba

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Visite o portal e

conheça o projeto:

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1 4 JANEIRO/ F E V E R E I R O 2012

cAMPANhA

O futuro promete.eu quero chegar bem lá

florentino Cardoso, presidente da amB, e Jorge Curi, 1º vice-presidente da entidade, participaram da solenidade de lançamento da campanha O futuro promete. Eu quero chegar bem lá, que ocorreu dia 18 de novembro, em São Paulo. O movimento, que é uma parceria da amB, Cfm, associação Brasileira de Publicidade, associação Brasi-leira de anunciantes, associação Brasi-leira de Propaganda e federação nacio-nal das agências de Propaganda, tem como proposta incentivar bons hábitos alimentares e combater o sedentarismo.

foram cinco meses de trabalho voluntário que reuniu médicos e publi-citários. “nesse evento inédito, estamos plantando a primeira semente do movi-mento”, disse dalton Pastore, coordena-dor da campanha.

Segundo a Organização mundial da Saúde, em 2008, 36 milhões de pesso-as morreram em consequência de doenças crônicas não transmissíveis (dnCt) e 80% destas mortes ocorreram em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento. no Brasil, as dCnt constituem um problema de saúde de grande magnitude e respondem por cerca de 70% das mortes, com destaque para as doenças cardiovasculares

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(30%) e o câncer (15,6%), atingindo principalmente a população de baixa escolaridade e baixa renda, além de grupos vulneráveis como os idosos.

“É com muita satisfação que a amB participa dessa campanha. médicos e publicitários aliados para buscar

o bem coletivo, certamente poderemos chegar lá. duas mudanças simples: alimentação e atividade física produzem resultados tanto na saúde da população como nos custos para o sistema”, relatou Cardoso.

durante o evento, declararam apoio ao projeto os grupos Camargo Corrêa e Pão de açúcar. Por fim, alexandre Padi-lha, ministro da Saúde, falou sobre o impacto que a campanha gerará para a saúde pública. “O profissional de saúde tem poder de auxiliar pessoas a modifi-carem seus hábitos, mas há limites para

implementar novos caminhos, por isso é importante a aliança com os profissionais de comunicação”.

Para saber mais acesse: chegarbemla.com.br. “O site é colaborativo. além de dar dicas para uma vida mais saudável, as pessoas podem postar vídeos sobre o tema”, finalizou o presidente da amB.

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amB lança livro comemorativo ao seu sexagenário

AMB 60 anos1951 – 2011

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ISBN 978-85-89073-11-0

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a eleição da primeira diretoria, durante o Congres-

so do Brasil Central, realizado em uberaba (mG), em

1951 (composta pelos doutores alípio Corrêa netto

(SP), presidente; José martinho da Rocha (df), 1° vice-

presidente; Hilton Rocha (mG), 2° vice-presidente;

Hosannah de Oliveira (Ba), 3° vice-presidente; dorival

macedo Cardoso (SP), secretário-geral; Haroldo Vieira

Vasconcelos (df), subsecretário; Osvaldo lange (SP),

tesoureiro; e eraldo lemos (Se), subtesoureiro), passan-

do por todas as transformações até chegar aos dias de

hoje estão agora registradas na história: o livro “amB

60 anos”, lançado oficialmente durante a cerimônia

oficial de posse da nova diretoria 2011/2014, realizada

no dia 22 de outubro, no teatro municipal de São Paulo.

Segundo Hélio Barroso dos Reis, organizador da publi-

cação, a obra destaca as principais ações da entidade.

“O que a amB fez e faz pelos médicos, pela sociedade,

pela medicina e pelo país é descrito em detalhes nas pági-

nas desta verdadeira obra de arte”, conta. “ela demarca as

principais ações e finalidades da amB, em áreas diversas,

como cultural, política, educativa e histórica”, completa o

diretor cultural da amB.

Quase 40 autores, entre diretores da amB, médicos

historiadores e jornalistas participaram desse projeto que

apresenta, de forma dinâmica, a trajetória da entidade

em várias ações temporais: o ontem, o hoje e o amanhã.

além do volume em português, a obra também tem edição

impressa na língua inglesa.

Desde a década de 50, quando médicos reivindicavam melhores condições de trabalho e remunera-ção, colocou-se em pauta a necessi-dade da criação de uma instituição médica nacional. Foi quando dois expoentes da área, os professores Alípio Corrêa Netto e Jairo de Almeida Ramos, idealizaram a Associação Médica Brasileira.

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1 6 JANEIRO/ F E V E R E I R O 2012

III Fórum de Especialidades Médicas debate rumos da formação e do

trabalho profissional

fóRUM

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no sábado, dia 14 de janeiro, ocorreu em São Paulo o III fórum nacional de especialidades médicas, cujo intuito foi discutir os critérios que definem o que é área de atuação e o que é especialidade médica e quais são os impactos dessa fragmentação do conhecimento na profissão médica e no atendimento à população.

“Passados 10 anos da criação da Comissão mista de espe-cialidades, chegou a hora de rediscutirmos a forma como temos trabalhado e qual será o norte da comissão a partir de agora”, falou aldemir Soares, secretário-geral da amB e representante da entidade na Cme.

ao saudar os participantes, o presidente da amB, floren-tino Cardoso, ressaltou as dificuldades que os médicos enfrentam para trabalhar em algumas regiões do país.

“existem várias opções que podem ter efeito na fixação do médico em locais de difícil acesso. estas ações passam certa-mente por condições de trabalho e remuneração adequadas, com possibilidades de educação médica continuada. deve-mos lutar pelo PCCV e por uma carreira de estado. a amB defende a qualificação na estratégia da Saúde da família, com médicos aptos a resolver as demandas da população. Somos contumazes defensores da qualidade e do mérito da residên-cia médica e não aceitamos manobras que ponham em xeque o mérito de quem quer cursar residência”, disse.

“temos a firme convicção de que se colocam no merca-do profissionais sem formação adequada e há tentativas de se fazer isso também com os especialistas. não podemos banalizar”, falou florisval meinão, presidente da associação Paulista de medicina (aPm), entidade que sediou o encontro.

a primeira conferência foi ministrada por fábio Jatene, que tratou dos “Conceitos de especialidade médica e Área de atuação”. ele ocupou o cargo de diretor científico da amB durante duas gestões, de 1999 a 2005, e acompanhou o processo de unificação das especialidades médicas.

“até os anos 80, existiam diferentes especialidades e dife-rentes áreas de atuação para a amB, Cfm e para a Comissão nacional de Residência médica, o que totalizava quase 100 nomes diversos, em completo descompasso com o resto do mundo”, disse. a partir do final desta década, as entidades tentaram uniformizar as denominações, até que em 2002 a Comissão mista de especialidade (Cme) foi criada para não só regularizar a situação, mas também para especificar os modos de formação e registro de títulos e definir os critérios de reconhecimento de novas áreas.

“Considero que este modelo foi criado para ser dinâmico e mutável, acompanhando as necessidades reais da atividade médicas e as necessidades sociais e epidemiológicas do país”, disse Jatene.

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atualmente, de acordo com a Resolução Cfm 1973/2011, de agosto de 2011, são reconhecidas 53 especialidades médi-cas e 53 áreas de atuação.

a segunda conferência foi ministrada por mário Scheffer, assessor do Conselho Regional de medicina de São Paulo (Cremesp). ele apresentou os dados coletados pela pesquisa “demografia médica no Brasil”, coordenada pelo Cremesp/Cfm.

O estudo cruzou os bancos de dados da amB, Cfm e da Comissão nacional de Residência médica com dados da Pesquisa de assistência médico-Sanitária do IBGe e chegou a cinco conclusões principais:

1. O Brasil assistiu a um crescimento exponencial históri-co (com significância estatística) do número de médicos em

relação ao crescimento de habitantes e conta hoje com subs-tancial reserva de profissionais em atividade;

2. as desigualdades regionais na distribuição dos médicos são grandes, confirmadas pela distribuição dos médicos nos postos de trabalho ocupados nos estabelecimentos de saúde;

3. a população coberta por planos de saúde tem à sua disposição muito mais médicos que os cidadãos que dependem exclusivamente do SuS. tem havido o acirramento da desi-gualdade na distribuição de médicos, a favor do setor privado;

4. O Brasil tem a quinta maior população de médicos do mundo, mas há diferentes realidades pelo país: alguns locais têm taxas africanas de concentração de médicos enquanto outros, ao mesmo tempo, possuem taxas muito acima da média europeia;

5. O Brasil conta com aproximadamente 55% de médicos especialistas e 45% de generalistas (sem especialidade titu-lada). a concentração de especialistas é semelhante entre as especialidades e segue a distribuição dos médicos em geral.

“O que precisa ficar claro é que dificuldade de contrata-ção de médicos não significa falta de profissionais. Significa falta de plano de carreira, falta de estrutura para trabalhar. a distribuição irregular se dá pelas leis do mercado e pela oferta de renda e não é possível dizer que seja preciso formar mais médicos para solucionar o problema. É preciso uma política pública de saúde”, concluiu Renato azevedo, presidente do Cremesp.

em seguida, os participantes do fórum foram divididos em quatro grupos de trabalho, que discutiram os seguin-tes tópicos: impacto do reconhecimento das especialidades médicas na formação médica, na profissão, na assistência à Saúde e para a sociedade em geral; parâmetros que definem especialidade médica e área de atuação – revisão do conceito e proposições; parâmetros que definem a formação do espe-cialista no Brasil – revisão do conceito e proposições; e neces-sidade de especialistas no Brasil.

as propostas apresentadas foram debatidas e serão sinte-tizadas em um texto que orientará o trabalho da Comissão mista de especialidade (veja quadro). ao final, os coorde-nadores da mesa de debates opinaram sobre os resultados do fórum.

“Conseguimos avançar com o que nos propusemos, ou seja, discutir o impacto do reconhecimento das especiali-dades médicas na atuação destes profissionais. as propos-tas acrescentarão muito ao trabalho da Comissão mista”, falou maria do Patrocínio tenório nunes, representante da CnRm dentro da Cme.

“fica clara a necessidade de uma regulação uniforme tanto dos programas de residência médica como dos cursos de especialização de modo a garantir qualificação efetiva do médico e o desenvolvimento de habilidades e competências para tal”, concluiu Carlos Vital, 1º vice-presidente do Cfm e representante da entidade na Cme.

“tivemos aqui uma visão holística dos aspectos da termi-nalidade ou não do curso de medicina, da formação e da atuação médica. Os debates devem ser ampliados e feitos com mais regularidade”, falou Cid Célio Carvalhaes, presidente da fenam e representante da CnmR na Cme.

nos próximos meses deverá ocorrer mais uma edição do fórum de especialidades para dar andamento às discussões.

Fabio Jatene

Mário Scheffer

Carlos Vital, Maria do Patrocínio, Aldemir Soares e Cid Carvalhaes durante a mesa final do evento

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1 8 JANEIRO/ F E V E R E I R O 20121 8 JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Propostas apresentadas durante o Fórum

Grupo 1 - Impacto do reconhecimento das espe-cialidades médicas na formação médica, na profissão, na assistência à Saúde e para a sociedade em geral

- falta avaliação global quanto à necessidade de determinada especialidade, distribuída por regiões;

- carência mais detectada nas especialidades de pediatria, anestesiologia, medicina de família e comunidade, emergencista/terapia intensiva;

- esclarecimento e instalação das especialidades de acupuntura e homeopatia na saúde pública;

- melhores condições de trabalho (salário, carreira, qualidade de vida, segurança e atualização)

Grupo 2 - Parâmetros que definem especialida-de médica e área de atuação – revisão do conceito e proposições

em relação a um trecho da definição de “especialida-de médica”, presente na Resolução Cfm 1634/2002, foi sugerido que seja retirado o termo “complexida-de das patologias”.

Grupo 3 - Parâmetros que definem a formação do especialista no Brasil – revisão do conceito e proposições

- em relação ao cursos de especialização lato sensu, ficou aprovado que a Comissão mista de espe-cialidade deverá encaminhar ofício ao Conselho nacional de educação esclarecendo que pode haver distinção entre eles;

- a titulação feita amB/sociedade de especialidade é uma via permanente de certificação de especialis-tas. Sobre este item foi frisado ainda que é preciso rever os critérios de pontuação, que existam parâ-metros únicos para todas as sociedades, parâmetros de qualidade para centros formadores que não são residência médica (ficando a cargo da Cme).

Grupo 4 - Necessidade de especialistas no Brasil- definir política de estado para a saúde, incluindo financiamento;- mecanismo formador com enfoque para as reali-dades epidemiológicas regional e geral;- acatar e orientar as demandas específicas dirigidas;- melhorar a definição de médico especialista e generalista.

fóRUM

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JANEIRO/FE VEREIRO 2012 1 9

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2 0 JANEIRO/ F E V E R E I R O 2012

SAúDE PúbLIcA

Projeto de lei garante maior financiamento à saúde

a associação médica Brasileira, a Ordem dos advo-gados do Brasil e a academia nacional de medicina, entre outras entidades nacionais, lançaram, no dia 3 de fevereiro, na sede da amB, em São Paulo, proposta de projeto de lei de iniciativa popular visando aprimorar a recente regulamentação da emenda 29, sancionada com vetos pela Presidência da República, com foco pautado em melhorias na saúde pública.

a proposta das entidades é de que 10% da receita corrente bruta (RCB) da união seja direcionada para o setor da saúde, pois sabidamente a união é quem mais arrecada em impostos no país, que conta com uma elevada carga tributária.

de acordo com estudo “Retratos da Sociedade Brasi-leira – janeiro 2012”, feito pela Confederação nacional da Indústria e pelo Ibope, os brasileiros defendem que recursos adicionais para a saúde também podem ser conseguidos se o governo acabar com a corrupção. Por isso, o projeto de lei visa também combater os desvios de recursos no Brasil.

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Sancionada no último dia 16 de janeiro pela presi-dente dilma Rousseff com 15 vetos, a lei Complementar nº 141/2012, que regulamenta a emenda Constitucional 29, é motivo de insatisfação entre médicos, profissionais da saúde e no seio da sociedade civil. depois de mais de 10 anos de espera e de muita pressão social, o resulta-do acabou frustrando as expectativas de solucionar o grave problema do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SuS), mantendo as bases de cálculo da união. dessa forma, o SuS deixará de ter incrementado recur-sos novos de cerca de R$ 35 bilhões, o que ocorreria se a opção fosse pela aprovação do projeto original do Sena-do, o PlS 121/2007, de autoria do senador tião Viana.

“estamos muito preocupados com a saúde da popu-lação, especialmente a mais pobre e carente, que depen-de exclusivamente do SuS. O governo brasileiro conti-nuará a investir aquém do que o povo brasileiro precisa, por isso defendemos um referencial mínimo de investi-mento também para a união”, disse florentino Cardo-so, presidente da amB.

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JANEIRO/FE VEREIRO 2012 2 1

Segundo a pesquisa CnI/IBOPe relativa ao último trimestre do ano passado, 67% não aprovam as políticas de saúde do país. nas principais capitais do país, esse índice é ainda maior, atingindo 75%. entre os entrevistados, 42% não percebem mudança no sistema público de saúde do País e 43% consideram que piorou. Ou seja, para 85% da popula-ção brasileira a situação da saúde pública no País não avan-çou nos últimos três anos.

67% não aprovam as políticas de saúde

um dos vetos da presidente dilma na regulamentação da emenda Constitucional 29 foi um duro golpe na já combali-da saúde brasileira. ao impedir investimentos mínimos da união com o percentual de 10% da receita bruta corrente, deixará de investir cerca de R$ 35 bilhões que seriam soma-dos ao orçamento, reduzindo, consequentemente, investi-mentos no setor, número de leitos, condições de trabalho ao profissional de saúde, novos hospitais, campanhas espe-cíficas, ambulatórios, entre outros. desta forma, o governo preferiu manter a atual base de cálculo.

menos R$ 35 bilhões

no Brasil se gasta com saúde o equivalente a R$ 1,82 por habitante/dia. neste ano, o orçamento da união é de R$ 2,2 trilhões, mas apenas 3,89% serão destinados ao setor. Isso quer dizer que o governo federal investe somente 3,5% do PIB em saúde pública, ou seja, metade do que seria o míni-mo adequado, ainda mais tendo em vista a proposta de aten-dimento universal.

Saúde agonizante

O IBGe constatou que as famílias gastam com saúde 29,5% mais do que os três níveis de governo. em 2009, os gastos da administração pública nessa área foram equiva-lentes a R$ 645,27 per capita, enquanto os gastos das famí-lias alcançaram R$ 835,65. O IBGe havia feito estudo seme-lhante tendo como base o ano de 2005, mas esta é a primeira vez que se calculam os gastos privado e público por habitan-te. em valores absolutos, as famílias despenderam R$ 157,1 bilhões (ou 4,8% do PIB) com saúde em 2009 e a administra-ção pública, R$ 123,6 bilhões (3,8% do PIB).

Papel invertido

O presidente da OaB, Ophir Cavalcante, que se reuniu com florentino Cardoso, afirmou que as novas regras não garantirão a saúde como direito de todos, conforme determina a Constituição nacional.

“a impressão é de que a lei é um jogo de faz de conta, pois não adianta fixar percentuais se não houver obriga-toriedade de prazos para sua implementação”, completou.

de acordo com o texto da nova lei, os recursos só poderão ser usados em ações e serviços de “acesso universal” que sejam compatíveis com a saúde de cada estado ou município e de “responsabilidade específica do setor de saúde”.

“nós precisávamos regulamentar a emenda 29, mas não foi como a amB defendia nem como a população precisava”, diz o presidente da amB. “avançou apenas no que determina gasto em saúde, mas mesmo todo o recurso aplicado corretamente ainda não é suficiente. O que vemos é cada vez mais o governo federal deso-nerando seu gasto com a saúde e a população sofrendo cada vez mais, peregrinando para conseguir consultas, exames e cirurgias.”

Projeto de Lei

a mobilização para reverter esse quadro vem, a cada dia, contabilizando novas adesões e estão sendo

realizados contatos com diversas instituições da enti-dade civil para angariar novos apoios à frente nacio-nal Por mais Recursos à Saúde. O lançamento oficial da frente e do projeto de lei de iniciativa popular para mudar a lei Complementar 141/2012 ocorreu durante coletiva de imprensa, na sede da amB.

“O aumento dos recursos para a saúde que pleite-ávamos lamentavelmente não se concretizou”, salien-tou florentino Cardoso. “entretanto, somos firmes em nossas convicções e não retrocederemos. a saúde do Brasil necessita de mais investimentos e esta é uma luta da qual não abrimos mão, inclusive em respei-to aos nossos queridos pacientes. O Projeto de lei de Iniciativa Popular visa, entre outras premissas, garantir legalmente que a união invista 10% da Receita Corrente Bruta (RCB) na saúde pública”.

“a despeito de o próprio ministro da Saúde já haver declarado publicamente a necessidade de mais R$ 45 bilhões para estruturar o sistema público de saúde do Brasil, os investimentos no setor continuarão pratica-mente nos mesmos patamares de hoje, conforme defi-nido pela lei 141/2012 (emenda Constitucional 29), sancionada pela Presidência da República”, complemen-ta florisval meinão, presidente da aPm, entidade que também já aderiu ao movimento.

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cOMISSõES

comissão de Prevenção e Tratamento da Obesidade

durante reunião da Comissão de Prevenção e trata-mento da Obesidade da amB, Rogério toledo Jr., diretor de Proteção ao Paciente e coordenador do grupo, reiterou a importância de que todas as sociedades de especialidade participantes enviem para o e-mail [email protected] informações qualificadas sobre os malefícios que a obesi-dade causa em cada área.

“a mídia em geral tem publicado muitas notícias sustentadas em estudos em fase inicial com soluções miraculosas e imediatistas para o problema da obesi-dade, que podem produzir na sociedade interpretações equivocadas. temos que orientar a população sobre isso”, explicou toledo.

Os representantes das especialidades presentes listaram alguns aspectos específicos, como aumento na incidên-cia dos casos de obesidade em indivíduos até 20 anos, casos de dermatite seborréica, e maior de câncer de fígado, esteaotose hepática e esteatohepatite.

Com isso, a comissão pretende elaborar material de confiança que sirva de referencial para a população ser prevenida sobre os malefícios do sobrepeso e quais são os tipos de tratamento disponíveis.

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comissão da Dor

a Comissão de dor e a Comissão de medicina Palia-tiva reuniram-se no dia 28 de novembro, na amB, para discutir e aprovar os critérios de admissão de médicos nas duas áreas de atuação, que serão os primeiros a ser admitidos nas respectivas áreas de atuação.

“agora o assunto será discutido no âmbito da amB para que, depois de finalizados, seja divulgado a todos os médicos”, explicou newton Barros, integrante da Comissão nacional de medicina Paliativa e 2º vice-presidente da entidade.

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comissão Mista

a Comissão mista de especialidades (Cme), integra-da pela associação médica Brasileira, Conselho federal de medicina e Comissão nacional de Residência médica, realizou a última reunião de 2011 na manhã do dia 16 de dezembro, na sede da amB.

no encontro foi finalizada a programação do fórum de especialidades médicas, marcado para janeiro, na sede da associação Paulista de medicina, em São Paulo ( mais detalhes nas págs. 16 e 17). Outro assunto discutido foi o conteúdo do programa de formação da área de atuação em toxicologia médica.

O terceiro tema em pauta e discutido pelos membros da Cme tratou dos “Cursos de especialização”, e contou com a participação especial do membro da Comissão de ensino do Conselho federal de medicina, luiz a. Baches-chi. Os representantes das entidades médicas neste encontro foram: aldemir Soares (amB); maria do Patrocínio (Comissão nacional de Residência médica), dalvélio P. madruga e Carlos Vital C. lima (Conselho federal de medicina). a reunião contou ainda com as participações das Sociedades de Pediatria e Pneumologia.

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JANEIRO/FE VEREIRO 2012 2 3

GOTA A GOTA

� fARMAcOLOGIA APLIcADA EM MEDIcINA INTENSIvA

Resultado do trabalho conjunto e colabo-rativo de acadêmi-cos e médicos que compõem as ligas acadêmicas de medicina Inten-siva dos diversos estados brasilei-ros, o livro, or-ganizado por Gerson luiz

de macedo e luiz fernando dos Reis falcão, abrange

de forma simples e completa o tema de farmacologia. Com estrutura de fácil leitura, a obra está organizada dida-ticamente em 18 seções e 34 capítulos assinados por profissionais renomados na especialidade. Cada texto traz infor-mações recentes, formuladas por meio de intenso trabalho de pesquisa.

� AGÊNcIA NAcIONAL DE SAúDE

SUPLEMENTAR

O nome do vice-corregedor e ex-presidente do Conselho Regional de medicina de Pernambuco (Creme-pe), andré longo araújo de melo, foi ratificado pela presidente dilma Rousseff à diretoria da agência na-cional de Saúde Suplementar (anS). O conselheiro foi indicado para o car-go pelo ministro da Saúde, alexan-dre Padilha. a decisão foi publicada no diário Oficial da união do dia 18 de novembro. O documento seguiu para apreciação pelo Senado federal, onde o vice-corregedor foi sabatinado pela Comissão de assuntos Sociais. andré longo é cardiologista; conse-lheiro federal suplente representante de Pernambuco; ex-presidente do Cre-mepe; foi diretor da federação nacio-nal dos médicos e presidente do Sindi-cato dos médicos pernambucano.

� ANS cRIA bUScADOR DO ROL DE PROcEDIMENTOS E EvENTOS EM SAúDE

a agência nacional de Saúde Su-plementar (anS) incluiu em seu sítio eletrônico um buscador que permitirá aos usuários consulta-rem as novas coberturas previstas no Rol de Procedimentos e eventos em Saúde, que passará a valer a par-tir de janeiro de 2012. acessando esta página, após informar o tipo de cobertura do plano, o interessado po-derá buscar o procedimento que dese-ja e saber se  faz parte da cobertura. Para facilitar a pesquisa, o buscador inclui a correspondência com a ter-minologia unificada da Saúde Suple-mentar (tuSS) e sinônimos de di-versos procedimentos em linguagem leiga. dada a dimensão territorial e diversidade cultural do país, a anS está recebendo sugestões de sinôni-mos de procedimentos em saúde, que podem ser encaminhados pelo e-mail [email protected] .acesso ao busca-dor  (http://www.ans.gov.br/index.php/planos-de-saude-e-operado-ras/espaco-do-consumidor/1149-veri f icar-cober tura-de-plano#). fonte: anS

� PROjETO DE LEI

a Comissão de assuntos Sociais (CaS) analisou o projeto de lei de autoria do senador Paulo davim (PV-Rn), que trata da jornada de trabalho e a concessão de férias aos trabalha-dores de saúde que atuam em uni-dades de urgência e emergência de serviços de saúde. O senador davim ressaltou que os profissionais que atuam em unidades de urgência são expostos a grande carga emocional e precisam de dois períodos de férias anuais, como já acontece com os ra-diologistas. em seu relatório, o sena-dor Paulo Paim (Pt-RS) pediu que a

proposta (PlS 144/11) seja examinada pela Comissão de Constituição, Justi-ça e Cidadania (CCJ), antes de a CaS se pronunciar.

� ANvISA DEfINE cOMPOSIçãO DE vAcINA cONTRA GRIPE PARA 2012

a agência nacional de Vigilância Sa-nitária (anvisa) publicou resolução  que determina as cepas (linhagens) de vírus que devem ser utilizadas na formulação das vacinas contra gri-pe, para utilização no país em 2012. as vacinas, que serão utilizadas a partir de fevereiro, deverão conter, obrigatoriamente, três tipos de cepas de vírus em combinação: um vírus similar ao vírus inf luenza a/Califor-nia/7/2009 (H1n1), um vírus similar ao vírus inf luenza a/Perth/16/2009 (H3n2) e um vírus similar ao vírus inf luenza B/Brisbane/60/2008. a re-solução está de acordo com as reco-mendações da Organização mundial da Saúde (OmS) para o Hemisfério Sul e está proibida a utilização de quaisquer outras cepas de vírus em vacinas contra gripe.

� hISTóRIA DA MEDIcINA

este livro, de au-toria de Catherine allamel-Raffin, alain leplège, e lybio mar-tire Junior, apresenta uma aproximação inovadora da histó-ria do conhecimento médico no Ocidente. um estudo traduzido do francês e enriquecido com um capí-tulo que descreve a história da medicina no Brasil estimula uma atitude reflexiva em relação ao conhecimento médico, adotando uma perspectiva crítica e epis-temológica, e não meramente descritiva de uma evolução tecno-científica.

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ENSINO

Instituições de ensino terão 50 mil vagas cortadas

em novembro, o meC divulgou o resultado do exame nacional de desempenho (enade) nas áreas de ciência da saúde e agrárias. O exame avaliou 2.176 instituições de ensino superior, das quais 683 (mais de 30%) apresentaram índices 1 e 2, considerados insatisfatórios (a escala vai até 5). a maioria é privada - apenas 43 com índice ruim são públicas.

tiveram desempenho insuficiente 594 cursos (27,2%) dos avaliados. desses, 504 passarão por supervisão e terão cortadas 50 mil vagas de cursos das áreas de Ciências médi-cas, administração e Ciências Contábeis que obtiveram conceitos ruins no Sistema nacional de avaliação do ensi-no Superior (Sinaes). Os cortes, válidos já para 2012, repre-sentarão 20% das vagas oferecidas hoje nos processos sele-tivos, mas podem chegar a 65% em instituições com mais problemas. Cursos de medicina terão 446 vagas cortadas.

dos cursos de saúde, o maior corte será na área de enfermagem - hoje a que tem maior oferta. Cursos de administração e Contábeis vêm em seguida. mas o meC não divulgou quais são as instituições nem qual será o corte em cada uma delas. Os processos de supervisão e as medi-das cautelares só serão formalizados na próxima semana.

apenas um dos 17 cursos de medicina que passa-ram pela supervisão não melhorou, mas receberá outra chance: o Centro universitário Serra dos Órgãos, do Rio. Outro processo será aberto e, além do corte de 20% a 65%, serão retiradas mais 30% das vagas oferecidas no vesti-bular de 2012. Já o curso da universidade Iguaçu, do

Rio, melhorou o desempenho de 1 para 2 - nota ainda insuficiente. Por isso, passará por outra supervisão.

Conceito preliminar nenhum dos cursos de medicina avaliados obteve o

Conceito Preliminar de Curso (CPC) suficiente para ser clas-sificado na faixa máxima, de nota 5. dos 141 cursos que obti-veram algum conceito, 23 (cerca de 16,3% do total) tiveram notas ruins, entre 1 e 2. O restante está nas faixas 3 e 4. a nota mais alta do País foi obtida pela universidade estadual de maringá (uem), com conceito 3,64 no CPC. a nota mais baixa - e também o único curso a obter 1 no CPC - foi do Centro universitário Presidente antônio Carlos de araguari (unipac), em minas, cuja nota foi 0,64.

foi o primeiro processo em que o meC decidiu iniciar a supervisão em todos os cursos com conceitos ruins. até agora, as áreas que haviam merecido esse cuidado eram direito - uma decisão tomada sob forte pressão da Ordem dos advogados do Brasil (OaB), que critica constantemente a quantidade de cursos no País -, medicina e Pedagogia.

“a metodologia que desenvolvemos com direito, medi-cina e Pedagogia vai ser empregada em todas as áreas para corrigir ofertas abusivas e sem qualidade”, afirmou o ministro da educação, fernando Haddad. ele admi-te que havia dúvidas sobre a eficácia do corte de vagas na qualidade das instituições, mas foi convencido pelos resultados da supervisão em medicina. Segundo ele, 95% das instituições recuperaram a nota após o processo.

a associação médica Brasileira vem publicamente escla-recer que não é contra médicos formados no exterior traba-lharem no Brasil. É necessário, porém, que a documentação de todos os profissionais, formados em qualquer país do mundo, seja validada de acordo com as normas vigentes no País.

O ministério da educação (meC), em 2010, aplicou, ainda em formato piloto, um novo modelo de  revalidação de diplo-mas, cujo objetivo era padronizar o processo. nesta fase, 628 pessoas, oriundas de 32 países, se inscreveram e apenas 2 candidatos foram aprovados.

neste ano de 2011, com o exame nacional de Revalidação de diplomas médicos expedidos por universidades estrangei-ras (Revalida) já instituído por meio de portaria interministe-rial, 677 pessoas estavam inscritas no processo e 65 terão seus  diplomas revalidados (cerca de 10% dos inscritos).

a amB já havia manifestado apoio a este mode-lo, por  considerar uma forma justa e séria de avaliar os profissionais. entretanto,  algumas universidades fede-rais e estaduais têm certificado os diplomas de forma alheia ao  processo do Revalida, apenas atestando a

nota da amB sobre revalidação de diplomas médicosequivalência curricular, o que garante  índices de mais de 90% de aprovação.

a informação  mais recente, e que vai de encontro ao que tem defendido o movimento médico, refere-se à proposta do gover-no federal, com apoio de alguns governos estaduais, de oferecer exclusivamente aos alunos  formados pela escola latino-ameri-cana de medicina (elam), em Cuba, um curso preparatório gratuito que abordará temas não contemplados pela faculdade. O convênio oferecerá ainda uma ajuda de custo durante o perí-odo em que os candidatos fizerem o curso de reforço (fala-se em R$ 1.400,00/mês). a medida favorecerá cerca de 500 médicos  brasileiros formados em Cuba.

Consideramos um abuso esse modelo de utilização do dinheiro público.

É necessário um grande esforço das entidades médicas, levando a boa informação a todos, para que juntos possamos reverter esse  quadro danoso à saúde da população brasileira.

São Paulo, 23 de novembro de 2011Associação Médica Brasileira

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EDITORES cIENTífIcOS

O desenvolvimen-to da ciência brasilei-ra nos últimos anos é indiscutível. O que se questiona, entretanto é se este crescimento aconteceu de manei-ra homogênea em termos de quantidade e qualidade.  

alguns dados indicam que aumen-tamos em quantida-de graças à recente indexação de diversos periódicos brasileiros na base ISI Web of Science. a análise do número de citações como índice da qualidade da nossa produção científica, entretanto, não revela a mesma disposição.  

este “descolamento” da qualidade e quantidade tem incomodado pesquisadores, editores, agências de fomento e os órgãos reguladores de pesquisa e de pós-graduação no Brasil.

todos concordam que a situação é incômoda e deve ser estabelecida uma agenda de melhoria de qualida-de para nossa produção científica. neste contexto, produção científica e seus veículos de divulgação (as revistas) são indissolúveis. O círculo virtuoso, publica-ção/geração de nova hipótese/nova publicação requer trabalhos e periódicos, ambos de boa qualidade. Prova disto, a fapesp, criadora e mantenedora do ScielO, manifestou seu interesse em conhecer os problemas e as perspectivas dos periódicos nacionais e está plane-jando contribuir para seu crescimento e melhoria da qualidade.

do seu lado, a CaPeS recentemente manifestou sua intenção de apoiar alguns periódicos brasileiros através de suporte financeiro e/ou uma elevação do conceito QualIS no sistema de avaliação da CaPeS. a comissão da amB, formada por editores de revistas médicas cientí-ficas, se reuniu em novembro (foto acima) para dar anda-mento às discussões sobre a indicação de periódicos brasi-leiros que deverão receber apoio da CaPeS. O encontro foi coordenado por Bruno Caramelli, editor da Revista da associação médica Brasileira. João leite, coordenador da área de medicina 2 da CaPeS e representante da medicina

CaPeS esclarece apoio a periódicos nacionais

no Conselho técnico-Científico da mesma agência, veio à reunião para esclarecer como será feita a seleção de revistas e quais serão os critérios.

ele deixou claro que a CaPeS deverá auxiliar de fato peri-ódicos nacionais por meio de apoio finan-ceiro e elevando a qualificação QualIS, mas os critérios de seleção já foram defi-nidos e visam benefi-ciar revistas indexadas

a importantes bases.

“a escolha da CaPeS nesse momento é apoiar revistas consolidadas em seu meio e de ampla abran-gência de publicação, para que assim a ciência brasilei-ra possa se internacionalizar”, explicou leite. Segundo ele, há muita resistência para apoiar um grande núme-ro de revistas médicas o que poderia representar um peso maior para a medicina que tem mais revistas, em detrimento de outras áreas. assim sendo, ele acredi-ta que no máximo serão apoiados 24 periódicos, o que representa cerca de dois periódicos por área.

Os editores, entretanto, questionaram que esta política poderia prejudicar os periódicos que ficarem de fora, em especial os mais recentes, com baixa ou nenhuma indexação e cuja gama de publicação é mais restrita, e solicitaram ao coordenador que exortasse à agência de fomento que o consenso do grupo é que as medidas de estímulo deveriam ser voltadas a todos os periódicos brasileiros. O documento contendo a súmu-la da reunião e a posição dos editores será entregue a João leite para leitura na próxima reunião do CtC da CaPeS.

“O fato de estarmos aqui discutindo esse assunto, de termos mandado sugestões e agora João leite estar aqui nos ouvindo já é uma evolução, mas gostaríamos que a CaPeS nos atendesse e ampliasse sua base de apoio. além disto, é importante que o órgão  acom-panhe e registre passo a passo se com essa política de apoio a ciência brasileira de fato irá melhorar e se este caminho está correto”, disse Caramelli ao final.

Foto: César Teixeira

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cAP

Comissão analisa projetos e define atuação para 2012

Membros da CAP reunidos em Brasília

a última reunião de 2011 da Comissão de assuntos Políticos ocorreu no dia 16 de dezembro, na sede da associação médica de Brasília (amBr). José luiz mestri-nho, que coordenou a reunião, luc Weckx e Jurandir marcon-des representaram a amB. neste encontro, a CaP definiu os proje-tos de lei prioritários para 2012, cuja tramitação será acompanhada minuciosamente:

• Pl 268/02, que regulamenta a profissão médica;

• PlP 472/09, que trata de aposen-tadoria de servidores públi-cos que exercem atividade sob condições especiais que preju-diquem a saúde ou a integridade física;

• Pl 3734/08, que altera o piso salarial dos médicos;

• PlC 39/07, que estabelece crité-rios para a edição do Rol de Procedimentos e Serviços médi-cos com base na CBHPm;

• Pl 2203/11, cria mudanças remuneratórias e estruturais em mais de 30 categorias da base

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da Condsef (Confederação dos trabalhadores do Serviço Públi-co federal);

• Pl 7811/11, regulamenta o exer-cício da atividade e define as atribuições do perito judicial;

• Pl 6964/10, que torna obriga-tória a existência de contratos escritos entre as operadoras e seus prestadores de serviços;

• PlS 380/11, que estabelece como competência da anS definir índices de reajustes dos hono-rários médicos, procedimentos e eventos em saúde oferecidos pelas operadoras de planos de saúde;

• PlS 140/09, fixa o valor do piso salarial e a jornada de trabalho dos médicos;

• Pl 2750/11, fixa o piso salarial nacional dos médicos;

• PeC 454/09, estabelece diretri-zes para a organização da carrei-ra única de médico de estado;

• Pl 65/03, proíbe a criação de novos cursos médicos e a ampliação de vagas nos cursos

existentes, nos próximos dez anos;

• Pl 2598/07, referente ao servi-ço social prestado por alunos da área da saúde graduados em instituições públicas de ensino custeadas por recursos públicos.

além disso, foram analisados 22 novos projetos de lei, dos quais apenas o Pl 2750/11, que fixa o piso salarial nacional dos médicos, foi incluído na agenda Parlamentar da Saúde Responsável.

no dia 23 de novembro, também em Brasília, o grupo analisou 55 projetos de lei. destes, dois passa-rão a constar da agenda. O primei-ro é o Pl 2328/11, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, para assegurar a todos os beneficiários de planos de saúde, o direito à cobertura total e integral de todos e quaisquer atendimentos e procedimentos médicos, custos assistenciais ou de serviços de assistência à saúde em todas as modalidades. a CaP posi-cionou-se favoravelmente, pois a proposta beneficia os usuários pela ampliação do rol de procedimentos médicos, garantindo acesso pleno aos tratamentos cientificamente comprovados.

O segundo projeto que entra para a agenda é o 599/11, que pretende regulamentar a profissão de Quiro-praxista. de acordo com orientação da Sociedade Brasileira de Reuma-tologia e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e traumatologia, a CaP posicionou-se contrária à proposta, pois a quiropraxia deve ser revista e estudada à luz da ciência e não deve ser introduzida sem que antes haja real comprovação de sua eficácia, por estudos científicos bem feitos e com metodologia adequada.

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DIRETRIzES

Programa diretrizes lança nono volumeO programa de educação médica Continuada da amB conta com mais uma

novidade: o nono volume do Programa diretrizes, que acaba de ser lançado. São

40 novas diretrizes voltadas para a área de terapia nutricional e nutrição parente-

ral e enteral. Participaram do processo de elaboração a Sociedade Brasileira de

nutrição Parenteral e enteral, Sociedade Brasileira de nutrologia, Sociedade

Brasileira de Clínica médica, associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica,

Colégio Brasileiro de Cirurgiões, federação Brasileira de Gastroenterologia,

Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Patologia.

Veja no quadro abaixo os temas deste novo volume do Projeto diretrizes.

• terapia nutricional no paciente com alergia ao leite de vaca

• terapia nutricional no paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica

• terapia nutricional no paciente com injúria renal aguda

• terapia nutricional no paciente com insuficiência renal crônica em diálise peritoneal

• terapia nutricional no paciente com transtornos alimentares

• terapia nutricional no paciente grave• terapia nutricional no paciente pediátrico com

desnutrição energético-preteica• terapia nutricional no perioperatório• terapia nutricional no prematuro extremo• terapia nutricional no transplante de célula

hematopoiética• terapia nutricional no trauma• terapia nutricional para pacientes com obesidade

extrema• terapia nutricional para pacientes em hemodiálise

crônica• terapia nutricional para pacientes na fase não-dialí-

tica da doença renal crônica• terapia nutricional para pacientes na senescência

(geriatria)• terapia nutricional para portadores de úlceras por

pressão• terapia nutricional: administração e monitoramento• terapia nutricional: indicadores de qualidade

• triagem e avaliação do estado nutricional

• acessos para terapia de nutrição parenteral e enteral• Recomendações nutricionais para adultos em terapia

nutricional parenteral e enteral• Recomendações nutricionais para crianças em

terapia nutricional parenteral e enteral• Recomendações para preparo da nutrição enteral• Recomendações para preparo da nutrição parenteral• terapia nutricional domiciliar• terapia nutricional na disfunção cardíaca da criança• terapia nutricional da doença de Crohn• terapia nutricional na fibrose cística• terapia nutricional na gestação• terapia nutricional na insuficiência cardíaca

congestiva• terapia nutricional na oncologia• terapia nutricional na pancreatite aguda• terapia nutricional na pancreatite crônica• terapia nutricional na prevenção e no tratamento da

enterocolite necrosante• terapia nutricional na Síndrome da Imunodeficiência

adquirida (HIV/aIdS)• terapia nutricional na síndrome do intestino curto –

insuficiência/ falência intestinal• terapia nutricional nas dislipidemias• terapia nutricional nas doenças hepáticas crônicas e

insuficiência hepática• terapia nutricional nas fístulas digestivas• terapia nutricional no diabetes mellitus

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ESPEcIALIDADES

• aneSteSIOlOGIa

após apuração dos votos na assembleia Geral, ocorri-da em 11 de novembro, durante o 58º Congresso Brasileiro de anestesiologia, em fortaleza - Ce, a diretoria execu-tiva da SBa para o ano de 2012 ficou assim constituída: Presidente: José mariano Soares de moraes (mG); Vice-presidente: airton Bagatini (RS); Secretário geral: Ricar-do almeida de azevedo (Ba); tesoureiro: Sylvio lemos – (RJ); diretor do departamento Científico: Oscar Cesar Pires (SP); diretor do departamento de defesa Profis-sional: fernando Carneiro (GO); diretor departamento administrativo: fábio topolski (PR).

• Cirurgiões

foi eleito no dia 25 de novembro o novo diretório nacional do Colégio Brasileiro de Cirurgiões para o biênio 2012/2013. a posse foi realizada no dia 13 de janeiro, na sede do CBC, e terá armando de Oliveira e Silva como presidente e fernando César d. Silva como 1º vice. a dire-toria executiva é composta ainda por: flávio tavares Rothfu (Secretário-Geral); Pietro accetta (1º Secretário); Ricardo antonio Correia lima (tesoureiro-Geral).

• Cirurgia PlástiCa

O cirurgião plástico do Rio de Janeiro, José Horácio aboudib Junior, foi eleito o novo presidente da Socieda-de Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) para o biênio 2012/2013. aboudib Junior, de 58 anos, é membro especia-lista da SBCP desde 1979, foi residente de Ivo Pitanguy e já ocupou o cargo de presidente da regional do Rio de Janeiro.

• ORtOPedIa

O ortopedista carioca Geraldo motta filho foi empos-sado presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e traumatologia (SBOt), em solenidade ocorrida durante o 43º Congresso da entidade, no expo transamérica, de São Paulo. O novo presidente, que é o diretor-geral do Institu-to nacional de Ortopedia e traumatologia - IntO, onde é médico de carreira, sucede no cargo ao ortopedista gaúcho Osvandré lech, que comandou a entidade durante 2011.

• aMiB

tomou posse em 16 de dezembro a nova diretoria da amIB. na ocasião, ederlon Rezende, que ocupou a presi-dência da entidade nos últimos dois anos, passou o cargo a José mario teles. também integram a diretoria: arnal-do Prata Barbosa (RJ) - Vice-Presidente; Ricardo antônio Correia lima (RJ) – Secretário-Geral ; mirella Cristine de Oliveira (PR) - tesoureira; José auler Otávio Costa Junior (SP) - diretor do fundo amIB.

• Patologia ClíniCa

no dia 16 de dezembro foi empossada, na sede da Socie-dade Brasileira de Patologia Clínica/medicina laboratorial (SBPC/ml), no Rio de Janeiro, a nova diretoria para o biênio 2012/2013, que tem como presidente Paulo Sergio Roffé azevedo. natural de Belém (Pa), Paulo azevedo formou-se em medicina em 1973 pela universidade federal do Pará, e participa da diretoria da SBPC/ml desde 1991, onde ocupou cargos na defesa de Classe e no Conselho fiscal.

Gestão de Consultórios MédiCos e Pequenas eMPresas de saúde

O curso Gestão de Consultórios Médicos e Pequenas Empresas de Saúde foi inteiramente desenvolvido para a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro pelo FGV in company e reúne um corpo docente altamente qualificado. Seu objetivo é preparar os profissionais para o cotidiano administrativo, abordando os principais aspectos da medicina suplementar, o relaciona-mento com convênios, o gerenciamento de consultórios, finanças, marketing pessoal, entre outros.

CoordEnação:

EMEnta: Serão oferecidas 16 disciplinas, entre as quais estão: Planejamento Estratégico Aplicado ao Setor de Saúde, Marketing Pessoal e em Serviços de Saúde, Desafios da Saúde no Mundo Digital, Finanças Pessoais e Investimentos e Finanças Empresariais Aplicadas a Clínicas e Consultórios.

ana Maria Malik: Doutora e graduada pela FMUSP é atualmente coordenadora do GVSaúde, publicou diversos artigos e foi Superintenden-te de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.

luCiano Patah: Doutor em Administração de Empresas pela FGV, Mestre em Ginecologia pela UNIFESP, graduado pela Faculdade de Medi-cina do ABC e membro do GVSaúde - Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP.

oS PartICIPantES dEVErão ConFIrMar o IntErESSE atÉ 30 dE Março.InÍCIo: 5/05 das 8h30 às 17h05 quinzenalmente aos sábados.LoCaL: Sede da SMCRJ - Av. Mem de Sá, 197 - CentroInForMaçõES: www.smcrj.org.br / (21) 2507-3353

Realização: Apoio:

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JANEIRO/FE VEREIRO 2012 2 9

fEDERADAS

PERNAMBUCOfoi lançado em dezembro do ano passado,

o livro comemorativo dos 170 anos da associa-ção médica de Pernambuco. São doze textos de profissionais da medicina que descrevem a história da amP: os primórdios, por maria Cristina Cavalcanti de albuquerque; o desem-penho da antiga Sociedade de medicina, por miguel doherty e Waldenio Porto; o roteiro dos Congressos médicos, por Claudio Renato Pina moreira; a entrega da medalha maciel montei-ro, fundador da associação, por Gildo Benício;

o registro da Sociedade dos Internos, por Gilson edmar Gonçal-ves e Silva e nair Cristina de almeida; a imprensa médica, por Geraldo Pereira; a associação no cenário nacional, por José luiz do amaral; a Sociedade de medicina em tempos recentes, por Jane lemos, José falcão e Sílvia Costa Carvalho; a relação com o CRemePe, por Helena maria Carneiro leão; a relação com o sindicalismo médico, por Silvio Sandro Rodrigues; e a interface com instituições médicas no estado, por assuero Gomes.

ACREfoi impressa, com data de outubro de 2010,

o volume nº 1 da Revista Panorama médico, editada pela associação médica do acre. a “Panorama médico” terá periodicidade trimes-tral e, a exemplo desta primeira edição, trará aos médicos acrianos opinião, informação e atualiza-ção. no volume inaugural, por exemplo, há um artigo assinado pela ginecologista Grace araújo, propondo uma reflexão sobre o papel do profis-sional médico na sociedade e da presidente da amC, Jene Greyce, sobre a medicina do trabalho

no acre. a revista traz ainda matérias sobre defesa profissional, uma página dedicada ao espaço universitário, além de outras maté-rias dedicadas à saúde e bem-estar. O secretário-geral da amB, aldemir Soares, encaminhou ofício congratulando a amC pela impressão do primeiro volume da Panorama médico. “a direto-ria da amB estará sempre à disposição para colaborar no que for possível para consolidação da “Panorama médico”, pois entende que só tornando o médico bem informado e valorizando as ações promovidas por nossas entidades é que tornaremos nossas associa-ções mais fortes e representativas”, diz trecho do ofício.

ESPíRItO SANtOdurante a solenidade de posse da nova

diretoria eleita para o triênio 2011-2014, realizada no auditório do Conselho Regio-nal de medicina – seccional espírito Santo, a associação médica do espírito Santo (ames) lançou, no dia 6 de janeiro, um livro contando toda a sua história, desde a criação da entida-de, em 1924, até os dias de hoje. O livro, inti-tulado “associação médica do espírito Santo

– histórias e memórias” foi organizado pelo médico ortopedista Hélio Barroso dos Reis, que presidiu a entidade entre 2002-2005. atualmente, Hélio Barroso é diretor cultural da amB e delegado da ames. Barroso também organizou e publicou, no final do ano passado, livro semelhante, contando a história da amB.

NOVEMBRO/DEZEMBRO 2011 2 9

• Desastresalém de ter empossado o ex-presidente da

amB José luiz Gomes do amaral na presidên-cia da associação médica mundial (Wma), a 150ª assembleia Geral da entidade também aprovou por unanimidade a proposta brasi-leira sobre desastres, entrando para a história como a primeira proposta brasileira aprovada na Wma. a partir da sua aprovação, a suges-tão brasileira foi transformada no documento “ declaração de montevidéu”, ganhando impor-tância e conotação internacional. “O simples fato de ter sido transformada em declaração reflete a importância da associação médi-ca mundial sobre o tema, reforçando o papel que todas as suas associações filiadas devem, a partir de agora, ter em relação a situações de desastres”, explica o novo presidente da asso-ciação médica mundial, José luiz Gomes do amaral.

• Nova listagem de coberturas obrigatóriasentra em vigor

desde o dia 1º de janeiro, está em vigor a Resolução normativa nº 262 da anS, que atualiza o Rol de Procedimentos e eventos em Saúde, listagem mínima de consultas, cirur-gias e exames que um plano de saúde deve oferecer. a norma determina que as operado-ras de planos de saúde deverão oferecer cerca de 60 novos procedimentos aos consumidores de planos novos (contratados após janeiro de 1999) ou adaptados à legislação. O novo rol foi elaborado com a participação de um grupo técnico, composto também por representantes da amB e das sociedades de especialidade, e inclui 41 cirurgias por vídeo (como colecistec-tomia com fístula biliodigestiva, herniorrafia com ou sem ressecção intestinal, adenoidec-tomia, prostatavesiculectomia radical, gastro-plastia), novos exames (análise molecular dna dos genes eGfR, K-RaS, HeR-2) e trata-mentos (terapia imunobiológica endovenosa para tratamento de artrite reumatoide, artri-te psoriática, doença de Crohn e espondilite anquilosante). O novo rol pode ser consultado na internet: (http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/2anexo%20i%20-%20rn%20rol.pdf).

• AtualizaçãoCadastralMédicoResidentea associação nacional de médicos Residen-

tes (anmR), entidade representativa de todos os médicos residentes do país, está atualizando os dados cadastrais de todos aqueles que repre-senta. acesse a página da anmR para enviar suas informações: http://www.anmr.org/index.php?formulario=noticias&metodo=0&id=416&voltar=sim . Para outros esclarecimentos, a diretoria da anmR está à disposição por meio do e-mail [email protected].

NOTAS

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3 0 JANEIRO/ F E V E R E I R O 2012

jURíDIcO

a “COnCIlIaÇÃO” nO PROCeSSO Penala responsabilização criminal do médico pressupõe a

tipificação de sua conduta como crime pelo ordenamento jurídico pátrio, sendo que a apuração do evento reputado como crime constitui função e dever do estado. a ofensa às normas penais vigentes suplanta o terreno das relações entre particulares e adentra a esfera de interesse da socie-dade.

ao nos limitarmos ao âmbito da relação médico-paciente, teremos os delitos de homicídio e lesão corporal, ambos em suas modalidades culposas, como os tipos de injusto mais evidentes.

O poder punitivo do estado exercita-se por meio da ação penal que, dependendo da natureza do delito, poderá ser precedida do regular inquérito policial, proce-dimento administrativo que busca coletar provas e/ou indícios acer-ca de um evento criminoso, a fim de fornecer subsídios para juiz e promotor decidirem sobre a ocor-rência do crime e sua autoria.

muito se discute na doutrina jurídica a questão da função do direito Penal, mormente pelo fato de que, pela relevância dos bens jurídicos que ele protege, não pode ser utilizado de forma indiscrimi-nada, como instrumento de vindi-ta ou para suprir lacunas nas quais outros ramos do direi-to falharam. assim, a pena somente pode ser aplicada após um processo formal, obediente aos princípios e garantias fundamentais, consubstanciados na Carta magna da República.

a lei 9.099/1995, com as alterações trazidas pela lei 10.259/2001, instituiu os Juizados especiais e, na esfera criminal, definiu o rol de delitos considerados de menor potencial ofensivo, cuja pena máxima cominada não seja superior a dois anos, estabelecendo para estes um rito procedimental mais célere, permeado de peculiaridades.

Buscam os Juizados especiais Criminais processar e julgar as condutas delituosas de menor gravidade, de forma a dar uma resposta rápida e eficaz à vítima, priori-zando a reparação dos danos por ela sofridos e imputando ao infrator penas diversas das restritivas de liberdade.

a criação dos Juizados especiais, que tem dentre seus objetivos a despenalização, trouxe para o nosso ordena-mento jurídico o instituto da transação penal, proposta a ser formulada pelo ministério Público que envolve apli-cação de pena restritiva de direitos ou multa. trata-se de uma espécie de conciliação dentro do processo penal, por meio da qual o autor do delito aceita o cumprimento de determinadas condições para por fim ao processo e ter declarada extinta a sua punibilidade.

não obstante as diversas discussões doutrinárias acer-ca da natureza jurídica da decisão do juiz que aceita a transação penal – se condenatória, absolutória ou homo-logatória, o fato é que existem requisitos objetivos e subje-tivos para sua admissão. a lei exige que o autor da infração não tenha sido condenado, por sentença definitiva, à pena privativa de liberdade; que não tenha sido beneficiado nos últimos cinco anos com pena restritiva de direitos ou multa e que seus antecedentes, conduta social, e personali-dade, bem como os motivos e circunstâncias, indiquem ser necessária e suficiente a aplicação da medida. note-se que

se preocupou o legislador em não banalizar o instituto, oferecendo-o somente àqueles que estiverem dentro do perfil traçado.

não se pode negar o fato de que a transação penal traz inúme-ras vantagens para o réu que aceita transigir. Poupa-se tempo e recur-sos com um processo judicial que poderá acarretar enorme desgaste emocional. O ministério Público formula uma proposta, envolven-do restrição de direitos ou multa, e o acusado aceita, desonerando-se com isso do enfrentamento do processo e das discussões probató-rias que o compõem.

no entanto, um fator de rele-vância deve ser indubitavelmente

esclarecido ao réu quando da apresentação da proposta de transação penal, qual seja, o fato de que a aceitação dessa modalidade de conciliação impede sua utilização nos próximos cinco anos.

Importante destacar essa referência porque, a depen-der da natureza do delito objeto da ação penal, o acusado deverá ponderar se é vantajoso valer-se da transação penal e ficar impedido de utilizá-la no quinquênio seguinte. em alguns casos, o mérito da acusação aliado à robustez das provas que amparam a não culpabilidade do suspei-to, podem favorecer a decisão de não aceitar transigir e estimular o réu a defender-se plenamente, buscando uma sentença absolutória.

Roberto Augusto de Carvalho Camposmestre e doutor em medicina pela universidade federal de São PauloProfessor doutor do departamento de direito Penal da faculda-de de direito da universidade de São Pauloassessor Jurídico da associação médica Brasileira

Rosmari Aparecida Elias Camargomestre em direito pela faculdade de direito da universidade de São Pauloassessora Jurídica da associação médica Brasileira

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JANEIRO/FE VEREIRO 2012 3 1

AGENDA

JANEIRO/FE VEREIRO 2012 3 1

NOvEMbRODiretoria• 3 (SP) – Reunião da Comissão de Medicina Paliativa – Newton

Barros• 3 (SP) – Reunião da Comissão de Dor – Newton Barros • 3 (SP) – Reunião com os editores de revistas científicas – Edmund

Baracat• 3 (RJ) – Reunião do Copiss Coordenador – Florisval Meinão• 4 (SP) - Reunião da diretoria Plena da AMB 2011/2014- Florentino

Cardoso, Aldemir Soares, José Bonamigo, Antônio Salomão, Luc Louis Weckx, Jorge Curi, Newton Barros, Lairson Rabelo, Carlos Bichara, Maria Sideneuma Ventura, Petrônio Gomes, José Weffort, José Macedo, Murillo Capella, Robson Moura, Jurandir Turazzi, Ro-berto Gurgel, Modesto Jacobino, Guilherme Pitta, Nivo Moreira

• 4 (SP) – Reunião da diretoria Executiva com representantes das Federadas e Sociedades de Especialidade - Florentino Cardoso, Al-demir Soares, José Bonamigo, Antônio Salomão, Luc Louis Weckx

• 10 (SP) - Reunião da Comissão Mista de Especialidade – Aldemir Soares

• 10 (SP) - Reunião da Comissão da Obesidade – Rogério Toledo• 10 (SP) - Reunião com as Sociedades para avaliação das DUTS –

Wanderley Bernardo• 17 (SP) – Reunião do Conselho Científico – Florentino Cardoso, Al-

demir Soares, José Bonamigo, Antônio Salomão, Edmund Baracat, Rogério Toledo, Guilherme Pitta

• 17 (SP) – Reunião do projeto SP 2040 – Jorge Curi• 18 (BA) - Diligência no Hospital Geral Roberto Santos, Salvador (BA)

para dar continuidade ao trabalho de avaliação das situações de urgências e emergências hospitalares e propor medidas para seu aprimoramento – Robson Moura

• 21 (PE) - Reunião solene em homenagem aos 80 anos do SIMEPE e outorga da medalha do Mérito Sindical – Jane Maria Cordeiro

• 21 e 22 (DF) - Sessão Plenária de Suplentes CFM – Aldemir Soares • 22 e 23 (DF) - Seminário Nacional sobre Direito e Saúde – Lairson

Rabelo• 22 (DF) - Reunião da Comissão de Assuntos Sociais com visita aos

gabinetes dos senadores – José Luiz Mestrinho• 22 (DF) - Jalecaço- deputados e senadores vestidos de branco en-

traram no plenário do Senado para pedir a regulamentação da EC 29 – José Luiz Mestrinho

• 23 (SC) – Solenidade de abertura do XXXIII Congresso Brasileiro de Urologia – Murillo Capella

• 25 (SP) - Reunião com representantes da Nippon Foundation e da WMA para discutir evento sobre lepra – Jorge Curi

• 25 (SP) – Solenidade de comemoração aos 40 anos da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo – Jorge Curi

• 26 (PR) - Posse da nova diretoria para o biênio 2011-2013 da Acade-mia Paranaense de Medicina – José Macedo

• 28 (SP) – Reunião da Comissão de Dor – Newton Barros• 28 (SP) – Reunião da Comissão de Medicina Paliativa – Newton Barros• 29 (MG) - Evento de inauguração da Delegacia Sindical do Sindica-

to dos médicos de Minas Gerais em Uberlândia – José Luiz Weffort• 30 (DF) - Reunião da Comissão Nacional da Pró-SUS: remuneração

e mercado de trabalho do médico – Modesto Jacobino• 30 (RJ) - Solenidade de lançamento da Reacess Rio - IV feira Nacio-

nal de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade – Celso Ramos• 30 (DF) – 14ª Conferência Nacional de Saúde – Nivio Moreira e Re-

nato Passini

Presidência• 3 (SC) – Abertura oficial do III Encontro de Comunicação das Enti-

dades Médicas

• 4 (SP) – Jantar em homenagem a José Luiz Amaral promovido pela SPDM

• 9 (RJ) - Reunião com a Diretoria da Sociedade Brasileira de Colo-proctologia

• 9 (RJ) - Reunião com Bruno Sobral, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS

• 10 (SP) - Reunião com diretores do CFM• 10 (CE) – Solenidade de abertura do 58º Congresso Brasileiro de

Anestesiologia• 12 a 15 (BH) – Congresso Brasileiro de Educação Médica• 16 (DF) - Reunião com a diretoria da Associação Médica de Brasília• 18 (SP) - Lançamento da campanha O Futuro Promete. Eu quero

chegar bem lá• 18 (SP) - Reunião com Álvaro Roberto Barros, presidente da Asso-

ciação Médica do Rio Grande do Norte• 21 a 25 (Singapura) – Curso de liderança para médicos promovido

pelo Insead• 27 a 30 (Macau, China) - I Conferência Internacional de Medicina de

Macau e dos países de Língua Portuguesa

DEzEMbRODiretoria• 1 (SP) - Jantar de Confraternização Fehoesp/ Sindhosp – Jorge Curi• 2 (SP) – Seminário sobre Biológicos na prática médica: cenário

atual e perspectivas – Florentino Cardoso, Luc Weckx, Jorge Curi, Leonardo Silva e Rogério Toledo

• 3 (SP) – Cerimônia de transmissão de cargo da Sociedade Brasileira de Urologia seccional São Paulo para o biênio 2012/2013 – Jorge Curi

• 7 (SP) - Reunião sobre DUTS – Wanderley Bernardo• 8 (SP) - Reunião da Comissão da Comissão de Obesidade – Rogério

Toledo• 12 (DF) - 25º Reunião Ordinária do Fórum Permanente Mercosul

para o Trabalho em Saúde – Aldemir Soares• 13 (DF) - Sessão Plenária de Suplentes CFM – Aldemir Soares• 16 (SP) - Reunião da Comissão Mista de Especialidades – Aldemir

Soares e Edmund Baracat• 16 (DF) – Reunião da Comissão de Assuntos Políticos – Luc Weckx

Presidência• 2 (GO) – Palestra de abertura da I Jornada do departamento de Gi-

necologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás

• 8 (DF) - Audiência no Ministério da Educação• 9 (SP) – Palestra inaugural do Fórum Preparatório para a Constru-

ção do Programa Essencial de Oftalmologia CNRM/CBO• 13 (AL) – Palestra sobre a formação do médico a convite da Socie-

dade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular e a Sociedade de Medicina de Alagoas

• 14 (SP) - Reunião com Bruno Sobral, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS

• 14 (SP) - Reunião com Antonio Pedro Mirra, coordenador da Comis-são de Tabagismo da AMB

• 14 (SP) - Reunião com Eudes Freitas, presidente da Unimed Brasil• 15 (DF) - Audiência pública relativa à lei “que dispõe sobre os

planos e seguros privados de assistência à saúde, para incluir os tratamentos antineoplásicos de uso oral entre as coberturas obri-gatórias”, realizada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado

• 16 (RJ) - Cerimônia de posse da diretoria 2012/2013 da Sociedade Brasileira de Cardiologia

• 16 (RJ) - Solenidade de posse da diretoria 2012/2013 da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial

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3 2 JANEIRO/ F E V E R E I R O 2012

LIvROS TíTULOS/ áREAS DE ATUAçãO

DE VOLTA PARA CASA – UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O

TRATAMENTO DOMICILIAR NO BRASIL

André François

Por meio de um documentário fotográfico, o autor tenta responder: Quem são e como vivem os pacientes que recebem atendimento domiciliar no Brasil? Como conseguir acesso ao sistema? Como as famílias lidam com as necessidades de medicamentos equipamentos médicos e adaptações na casa?

COMBINAÇÕES DE FÁRMACOS – ANTI-HIPERTENSIVOS NA

PRÁTICA CLÍNICAMarcus Malachias, Rui Póvoa, Oswaldo Passarelli e Luiz Bortolotto

Segmento Farma Editora

no Brasil, a hipertensão afeta mais de 30% da popu-lação adulta. Por isso, o departamento de Hiperten-são arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia produziu obra dedicada à escolha da melhor combi-nação de fármacos para tratar a doença. no livro, são abordados o racional do tratamento, as evidências, as diretrizes, a importância da redução dos níveis pressóricos, as combi-nações mais sinérgicas, as que poderiam ser deletérias, as combinações triplas e a dificuldade de indicação do quarto fármaco.

MANUAL PRÁTICO DE DIABETES – PREVENÇÃO,

DETECÇÃO E TRATAMENTORodrigo Nunes, Silmara Leite e Walter MinicucciEditora Guanabara Koogan

O livro sintetiza grande quantidade de informações dispo-níveis em relação ao tratamento da diabetes, visando auxiliar nos controles clínico e metabólico da doença. de maneira condensada e de fácil consulta, foi desenvolvido para médicos por uma equipe multidisciplinar em saúde.

TRATADO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA

Elizabete Viana de Freitas e Ligia Py (editoras)Grupo Editorial Nacional

a obra explora assuntos introdutórios ao envelhe-cimento, analisa os sistemas, avalia temas especiais em geriatria e, por fim, aborda assuntos relacionados à gerontologia. Reúne estudos detalhados e revela a importância da geriatria preventiva. também são exploradas considerações importantes sobre geria-tria paliativa e pacientes crônicos, portadores de sequelas, que estão fora de perspectivas terapêuticas e terminais.

CONFLITOS BIOÉTICOS DO VIVER E DO MORRER

Rachel Duar te Mor tiz (Organizadora)

Conselho federal de medicina

Cada vida humana chega ao seu fim. assegurar que esta passagem ocorra de forma digna, com cuidados adequados e buscando-se o menor sofrimento possí-vel, é missão daqueles que assistem aos pacientes portadores de enfermidades terminais. O livro tem como intuito trazer novas percepções aos leitores, além de melhorar o modo de viver e de morrer.

TÍTULOS DE ESPECIALISTACancerologia Pediátrica – 17 de

abril – natal (Rn) – Inf. (71) 3240-4868Pediatria – 26 de maio – nas capitais

de todos os estados – www.sbp.com.brGastroenterologia – 28 de abril -

Salvador (Ba) e 24 a 29 de novembro – fortaleza (Ce) – Inf. (11) 3813-1610

Patologia – 13 e 14 de abril – São Paulo (SP) – Inf.: (11) 5571-5298 e www.sbp.org.br

Nefrologia – 22 de março (prova teó-rica) e 23 de março (prova prática) – São Paulo (SP) – Inf.: (11) 5579-1242 e www.sbn.org.br

Reumatologia – 9 e 10 de março - São Paulo (SP) – Inf.: (11) 3289-7165 e www.reumatologia.com.br

Dermatologia - 25 de março – São Paulo (SP) – Inf.: (21) 2253-6747 e www.sbd.org.br

Psiquiatria (categoria especial) – 9 de outubro – natal (Rn) – Inf.: www.abpbrasil.org.br

Geriatria – 19, 20 e 21de abril – Rio de Janeiro – (RJ) – Inf.: www.sbgg.org.br

Cirurgia Cardiovascular – 11 de abril – São Paulo (SP) – Inf.: (11) 3849-0341 e [email protected]

Nutrologia – 20 de abril – maceió (al) – Inf.: (17) 3523-9732 e www.abran.org.br

Medicina de tráfego – 20 de maio – São Paulo (SP) – Inf.: (11) 2137-2700 e www.abramet.org.br

CERTIFICADOS DE ÁREA DE ATUAÇÃONefrologia Pediátrica – 22 de mar-

ço (prova teórica) e 23 de março (prova teórica-prática) – São Paulo (SP) – Inf.: (11) 5579-1242 – www.sbn.org.br

Cirurgia Crânio Maxilo-Facial – 12 de abril – Gramado (RS) – Inf.: (11) 5053-7500

Neonatologia – 26 de maio de 2012 (prova teórica) nas capitais de todos os estados e 13 de novembro de 2012 (pro-va prática) – Curitiba (PR) – Inf.: (21) 2548-1999 – www.sbp.org.br

Nutrologia Pediátrica – 12 de abril – Gramado (RS) – Inf.: (11) 5053-7500

Reumatologia Pediátria – 15 de maio – fortaleza – Ce – Inf.: (21) 2548-1999 – www.sbp.org.br

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