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S ETEMBRO DE 2014 EDIÇÃO: 336 ANO: XXXII 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA PUB Proposta da LBP Cartão Social Bombeiro Cartão Social Bombeiro Mandato LBP 2015-2017 ENTREVISTAS CANDIDATOS AOS AOS Página 32 Páginas 12 e 13 Páginas 14 e 15 para incentivar voluntariado do Foto: Miguel Moniz./ CMFunchal Fotos: Marques Valentim REPORTAGENS REPORTAGENS VALADARES VOUZELA CANTANHEDE LISBONENSES GONDOMAR Página 8 Página 16 Página 17 Página 24 Página 25

Foto: Miguel Moniz./ CMFunchal Cartão Social Proposta da ... · De facto, o Deus é o mes-mo, ... Não são super-mu - lheres nem super-homens. Mas são, ... aos comandos e corpos

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S e t e m b r o d e 2 0 1 4 edição: 336 Ano: XXXii 1,25€ director: rui rAmA dA SilvA

PUB

Proposta da LBP

Cartão SocialBombeiro

Cartão SocialBombeiro

Mandato LBP 2015-2017

ENTREVISTASCANDIDATOS

AOSAOS

Página 32

Páginas 12 e 13Páginas 14 e 15

para incentivar voluntariadodo

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REPORTAGENSREPORTAGENSVALADARES

VOUZELA

CANTANHEDE

LISBONENSES

GONDOMAR

Página 8

Página 16

Página 17

Página 24

Página 25

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2 SETEMBRO 2014

Os filhos de um Deus diferenteAssociações e corpos de

bombeiros sem gente não existem. São as pessoas que os fazem, lhes dão alma, coe-rência, lógica e razão de ser.

Nas histórias das associa-ções encontramos muita gen-te. Uns, que passaram fugaz-mente, fruto do acaso ou das contingências do momento, com mais ou menos empenha-mento e resultados. Há outros que, pelo contrário, fizeram da sua passagem, mais ou menos longa, um desígnio de vida, um projecto a que foram dan-do corpo, com a participação mais ou menos próxima dos que os acompanharam. E os resultados ficam à vista.

A longevidade das associa-ções de bombeiros, e a sua ca-pacidade de vencer as dificul-dades, é prova da dedicação de tanta dessa gente, boa, ge-nerosa, desinteressada e, nem sempre, valorizada e respeita-da.

São pessoas, nem melhores nem piores que as outras. Mas são, sem dúvida, diferentes. Por que aceitaram o desafio e quiseram ser diferentes. Pri-meiro, pela convicção com que abraçaram o projecto de gerir uma associação. Em segundo, pela vontade de a transformar, a mudar, a melhorar, a inovar em prol do bem comum.

Uns, mais comunicativos, não escondem o gozo interior que isso os anima e incentiva, e exteriorizam-no. Outros, mais reservados, não extrava-sam tanto o sentir, mas não deixam de demonstrar tam-bém força, coragem e capaci-

dade para os diferentes desa-fios.

Tem actividades profissio-nais diferentes, são oriundos de grupos sociais igualmente diferentes, há ricos e pobres, académicos e indiferenciados. Tão diferentes quanto iguais. Neste caso, no mesmo desíg-nio, na mesma determinação de vencer as adversidades e salvaguardar a sustentabilida-de das associações a que per-tencem.

Todos correm riscos. O seu próprio património pessoal e familiar pode até ser posto em causa. Cada um, como sabe e como pode, faz frente aos ris-cos, estuda-os, assume-os, enfrenta-os, contorna-os ou até antecipa-os para melhor os poder vencer. E, no final, o re-sultado pretendido é o mesmo.

Assumem a decisão com co-ragem, a adversidade também. Acumulam competências, ex-periência, desenvolvem boas práticas e massa crítica invejá-vel. Que os tornariam, noutras circunstâncias, quem sabe, ad-ministradores de grandes em-presas ou governantes. Mas não, pretendem manter-se fora da grande cena, fora do palco que lhes daria a visibili-dade e lhes granjearia, porven-tura, até benesses.

Se muitas associações não têm claudicado com as crises vividas ao longo do século, ou mais anos que muitas já le-vam, é porque se orientam por perspectivas visionárias que permitem, tantas vezes, pen-sar, fazer e antecipar as mu-danças.

Que empresas consegui-riam, como foi o caso da que-bra no transporte de doentes, sofrer perdas de receitas a rondar os 40 por cento ou mais e continuar a trabalhar?

A gente de que falo é persis-tente, difícil de superar na de-fesa dos interesses das suas associações, logo, das suas comunidades.

Por um lado, são gestores sujeitos às regras que a reali-dade vai ditando e obrigando. Também no cumprimento rigo-roso e na transparência garan-tida exigida à aplicação do di-nheiro de todos. E, por outro lado, sem perder a alma de sempre, a vontade e capacida-de de sonhar e de acreditar, que marcou e marca a forma de estar na vida dos bombei-ros e das suas associações. Poderemos dizer que é uma escola de vida, uma cultura que toca a todos, que cada um interpreta e concretiza como melhor sabe.

Manuel Madeira Grilo, re-centemente falecido, era um dos melhores desse grupo de

gente boa e generosa. Cha-mam-lhes bombeiros sem far-da.

Manuel Madeira Grilo fale-ceu aos 83 anos, de certeza em paz. O seu currículo asso-ciativo e o empenhamento de-monstrado em todas as fun-ções que desempenhou nesse domínio garantem-nos isso.

Foi autarca e dirigente asso-ciativo empresarial. Nos bom-beiros fez quase tudo. Foi pre-sidente da direção e presiden-te de assembleia-geral dos Egitanienses, presidente da direção e presidente da as-sembleia-geral da Federação de Bombeiros da Guarda, con-selheiro nacional de bombeiros e, acima de tudo, sempre, um apaixonado pela vida, pelos bombeiros e, ainda, pela mis-

são de pedagogo e escritor, que tão bem também cumpriu.

Nas comemorações do 10 de Junho deste ano, realizadas na Guarda, foi muito justa-mente distinguido pelo Presi-dente da República como Ofi-cial da Ordem do Mérito.

Ao contrário do que às vezes se diz, não há filhos de um Deus diferente. Quando se pretende identificar alguém com esse tipo de estatuto, no fundo, pretende-se é, de facto fazer crer que lá se chegou, menos por mérito próprio e, mais, mercê de vantagens ou facilidades de que outros não dispuseram..

De facto, o Deus é o mes-mo, chame-se o que se lhe quiser chamar. E todos são fi-lhos de Deus. E as diferenças

que os distinguem, em primei-ro lugar, diz respeito aos pró-prios, à vontade, ou não, à co-ragem, ou não, à determina-ção, ou não, com que na sua vida abraçam causas e sonhos, lutando denodadamente por eles. O associativismo e o vo-luntariado cabe aí. E, Madeira Grilo, sem dúvida, foi um dos que soube e quis abraçá-los. E, se assim pensou, assim o fez. Fica-nos o exemplo e a convicção com que defendeu as associações e os bombei-ros. Saibamos honrar a sua memória, antes de mais, con-tinuando a luta, porventura com novas ferramentas, mas sempre com a mesma deter-minação.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Numa sociedade fechada em si mesmo, em que cada cidadão

tende em cumprir não mais que o seu papel, mas que não se inibe em imis-cuir no trabalho dos outros, em anali-sar criticar ou avaliar mesmo aquilo que desconhece, o bombeiro conse-gue ainda preservar a imagem de he-rói, de ícone de coragem quase in-consequente que lhe permite salvar vidas.

Essa imagem ainda poética, não corresponde à verdade, obviamente, até porque os bombeiros são huma-nos por isso também erram, também hesitam, sentem medo e choram, ca-racterísticas banais e que, talvez por isso, tornem estes homens e mulhe-res tão especiais. Apesar de iguais na essência são diferentes na ação, por-que se aceitam como são para se su-perarem todos os dias.

Normalmente, nas cerimónias de bombeiros, mais concretamente nos momentos de homenagem e tributo aos operacionais, são enaltecidos o rigor, o profissionalismo, a bravura e a forma destemida como enfrentam as mais distintas missões. Num des-tes dias, o comandante Bruno Tomás, dos Voluntários de Almoçageme, no

discurso por ocasião do 119.º aniver-sário do seu corpo de bombeiros, fa-lou com emoção, das emoções senti-das pelos homens e mulheres nos mais adversos teatros de operações.

Depois de homenagear com um louvor os 25 bombeiros que estive-ram envolvidos nas operações de res-gate dos corpos do casal no Cabo da

Roca, o comandante com a voz em-bargada falou das dificuldades desta missão muito mediatizada, em que os olhos do mundo estiveram colocados nas movimentações não só dos bom-beiros mas em todas as entidades en-volvidas.

Bruno Tomás falou do profissiona-lismo e preparação dos seus opera-

cionais, mas sem esconder que esta intervenção marcou pela componen-te mais humana, com o drama de duas crianças que assistiram à morte dos seus pais, que ficaram sozinhas no centro de uma tragédia de dimen-sões inimagináveis. Por isso, esta foi uma missão, também, cumprida com o coração, até porque era impossível ficar indiferente ao sofrimento, mes-mo para os bombeiros, tantas e tan-tas vezes confrontados com a fatali-dade.

Não é a farda que faz um bombei-ro, nem tão pouco qualidades espe-ciais quase sobre-humanas, mas tão--somente a firme determinação em salvar vidas em minimizar o sofri-mento dos outros.

Todos podemos ser melhores e os bombeiros são!

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Coração de bombeiro

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3SETEMBRO 2014

A expressão é comum, mas ates-ta bem a perspetiva com que abordamos a questão. Nomea-

damente, a que diz respeito a alguns bombeiros ou, na maioria, ex-bom-beiros, que, segundo o que pontual-mente tem vindo a público, porventu-ra feriram as regras sociais e concor-reram para a prática eventual de comportamentos presumivelmente censuráveis e puníveis pela justiça. Na lógica de que, antes de tudo, exis-te a presunção da inocência até que se provem os factos e a respetiva condenação, a existir, transite em jul-gado.

Haverá pessoas, sabe-se lá com que intenções, que até parecem ficar satisfeitas quando algum dos nossos prevarica. Mas quando pedem socor-ro, esquecem-se facilmente disso e não cuidam de saber da vida particu-lar dos bombeiros que os socorrem.

Tenhamos em conta que, antes de

tudo, estamos a falar de cidadãos, ci-dadãos como os outros, sujeitos às regras que a todos cabe respeitar, defender e cumprir, muito antes de serem bombeiros, agentes da autori-dade, médicos, engenheiros, advo-gados, agricultores ou qualquer ou-tra atividade, missão ou função.

Os bombeiros, como todos os ou-tros grupos sociais, antes de mais, estão sujeitos aos princípios que di-tam e valorizam a sã convivência em sociedade. Todos, sem exceção, te-mos tantos direitos como deveres em partilhar mutuamente as compe-tências, as capacidades, as qualida-des, os méritos e as ambições. A vida em sociedade é tudo isso, a intera-ção, os contactos e as partilhas infor-mais e dinâmicas, o trabalho em gru-po e o esforço coletivo.

Os bombeiros, como cidadãos, de-senvolvem todo esse tipo de ações e, por iniciativa própria, por exclusiva

vontade de cada um deles, fazem mais do que isso. Não são super-mu-lheres nem super-homens. Mas são, por certo, por mérito próprio, mulhe-res e homens diferentes, fruto do seu trabalho, do tempo despendido e do próprio risco, que assumem em qual-quer altura e em todas as circunstân-cias, por mais difíceis que sejam, ao ponto de colocarem em risco a sua própria vida para salvar a vida do ou-tro homem seu irmão.

Entre as dezenas de milhares de bombeiros existentes em Portugal, eventualmente, poderá haver casos censuráveis passíveis de juízo ou até pena judicial. Lamentamos que isso aconteça. Acreditamos que todos so-mos poucos, que todos somos preci-sos para cumprir a nobre missão de socorrer pessoas e bens. Defende-mos, a propósito, que não se pode confundir a árvore com a floresta, mesmo que sacrificar apenas uma

árvore possa também constituir um pesar e uma dor, por que todas con-correm para o grupo, para o coletivo-colectivo. Mas, também na defesa desse coletivocolectivo, há momen-tos em que, depois de estudadas to-das as hipóteses, importa salvaguar-dá-lo.

Pessoalmente, quero aqui declarar a minha total confiança em todas e todos os Soldados da Paz, mulheres e homens que compõem o universo dos Bombeiros Portugueses. Con-fiança que se estende igualmente aos órgãos sociais, aos comandos e corpos ativosactivos.

Importa lembrar que a larga maio-ria dos comportamentos antissociai-santi-sociais que têm vindo a público referem-se precisamente a ex-bom-beiros, prova de que os dirigentes e os comandos das respetivasrespecti-vas associações e corpo de bombei-

ros estiveram atentos e intervirem ao tempo e a tempo.

De qualquer modo, seja em rela-ção a cidadãos que são ou já foram bombeiros, ou aos cidadãos em ge-ral, importa que o tribunal da opinião pública, como infelizmente tem acontecido, não julgue e condene an-tes de tempo. A notícia, só por si, nos termos em que tantas vezes é feita, é já um juízo e uma condenação an-tecipada.

Nós, aguardamos o desenrolar de todos os casos presentes à justiça, cientes de que nos fundamentos para as situações geradas haverá muito trabalho a fazer, de mais atenção, de análise detalhada sobre a vida em sociedade, sobre as oportunidades e deveres de cada um, nesse e noutros domínios.

Não é por se perder uma árvore que a floresta vai deixar de cumprir a sua função.

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Obviamente que ninguémestá acima da lei.

Mas, não se confunda a árvore com a floresta

Obviamente que ninguémestá acima da lei.

Mas, não se confunda a árvore com a floresta

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4 SETEMBRO 2014

Chegou ao fim a campanha “Vamos proteger os nossos heróis” promovida pelo grupo “Os

Mosqueteiros” em articulação com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Realizou-se, en-tretanto, o sorteio das 46 associações de bom-beiros voluntários que vão ser contempladas, cada uma, com 5 conjuntos completos de equi-pamento de proteção individual (EPI). A ceri-mónia de entrega deverá realizar-se em outu-bro em local a designar.

No total, serão contempladas 51 associações. Cinco delas já receberam os EPI, Alcabideche, Covilhã, Estoril, Miranda do Douro e Valença. A sua escolha ficou a dever-se ao facto de todas terem perdido em 2013 bombeiros no combate às chamas.

A entrega dos EPI a estas associações decor-reu na cerimónia de abertura da campanha realizada nos Voluntários de Alcabideche, Cas-cais.

CAMPANHA DO “INTERMARCHÉ”

Sorteadas as 46 associações contempladas com EPI

AHB Albergaria-a-VelhaAHB AlcobaçaAHB ArrifanaAHB BaiãoAHB BelmonteAHB BenaventeAHB CarvalhosAHB Castro VerdeAHB Condeixa-a-NovaAHB ElvasAHB FafeAHB FelgueirasAHB FundãoAHB GuimarãesAHB LagosAHB MalveiraAHB MoitaAHB Mondim de BastoAHB NelasAHB Oliveira de AzeméisAHB OurémAHB Paço de ArcosAHB Paredes

AHB Paredes de CouraAHB PataiasAHB Peso da RéguaAHB PortalegreAHB PortimãoAHB São Martinho do PortoAHB SátãoAHB SeiaAHB SerpaAHB SetúbalAHB SinesAHB Sobral de Monte AgraçoAHB TábuaAHB TorrejanosAHB ValongoAHB Vendas NovasAHB VialongaAHB Viana do AlentejoAHB Viana do CasteloAHB Vieira de LeiriaAHB Vila Praia de ÂncoraAHB Vila VerdeAHB Viseu

Associações beneficiadas

O bombeiro de 2.ª dos Volun-tários de Penacova, Nuno

Rafael Costa e Silva, foi o vence-dor do concurso aberto para a criação do logótipo identificativo do 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A iniciativa em lançar o concurso foi conjunta, da LBP, da Federação de Bombeiros do Dis-trito de Coimbra e das associa-ções e corpos de bombeiros suas integrantes para a criação de um logótipo “que identifique, não apenas o Congresso, mas tam-bém a cidade capital do distrito e seja assumido pelos seus bom-beiros”.

O trabalho do Nuno Rafael foi o escolhido pelo júri, entre as 5 candidaturas apresentadas.

“Desde novo que o voluntaria-do está presente na minha vida, pelo facto de muitas das brinca-deiras de criança terem sido so-bre bombeiros mas também in-centivado por um vizinho e mais tarde pelo facto de trabalhar jun-to ao quartel” explicou-nos aque-le bombeiro sublinhando que “estas circunstâncias levaram--me a entrar como voluntário no ano de 2000 ao completar os 18 anos”.

Criativo e empresário ligado

às artes gráficas, o bombeiro dos Voluntários de Penacova adianta que desde o seu ingresso” tenho cumprido, fazendo muito esforço para conciliar a minha atividade profissional com as responsabili-dades inerentes à participação no Corpo de Bombeiros, quer ao nível do cumprimento dos servi-ços de escala, no mínimo quatro noites por mês e fins de semana, quer ao nível do socorro e da for-mação, esta também cada vez mais necessária e simultanea-mente cada vez mais exigente”.

Nuno Rafael não tinha antece-dentes familiares ligados aos bombeiros mas adianta que “de-pois do meu ingresso, isso sim, já outros familiares meus entra-ram também, certamente moti-vados pela minha presença”.

Nuno Rafael explicou-nos as razões que o levaram a participar no concurso para o logótipo, “ principalmente por ser um desa-fio à minha criatividade numa área a que estou intimamente li-gado, por fazer parte da minha atividade profissional e, natural-mente, o próprio incentivo do nosso comandante, muito impor-tante para a minha tomada de decisão”.

“Fiquei, aliás, muito contente

por ter contribuído desta forma simples, para dignificar o 42.º Congresso da Liga dos Bombei-ros Portugueses, mas também para dignificar a Associação e o Corpo dos Bombeiros Voluntários de Penacova a que me orgulho muito de pertencer” sublinha Nuno Rafael Costa e Silva.

A propósito, dedica “este mo-mento ao meu comandante, que me incentivou e a todos os meus Colegas, que no dia a dia parti-lham as mesmas dificuldades na prestação de um socorro profis-sional e de qualidade”.

“Oxalá que as conclusões do Congresso, para o qual modesta-

mente contribuí, e as decisões dos nossos dirigentes e gover-nantes sejam sempre orientadas para o bem estar dos Bombeiros, mas sobretudo para a população que honradamente servimos”, sublinha o artista gráfico e bom-beiro voluntário.

Questionado sobre o sentido da sua proposta, Nuno Rafael ex-plica que, “procurei naturalmen-te adaptar o meu trabalho às exi-gências do próprio concurso e transportar para o logotipo aqui-lo que são as permanentes moti-vações dos colegas do meu corpo de bombeiros e dos bombeiros em geral”.

No logótipo surge a cor azul de fundo. Nuno Rafael explica que “a cor azul que estimula a criati-vidade e ao mesmo tempo signi-fica tranquilidade, serenidade e harmonia, tudo aquilo que os Bombeiros mais precisam nos di-fíceis momentos que antecedem a tomada de decisão. Mas este fundo azul representa também a cor dos rotativos das viaturas dos bombeiros, como símbolo da emergência”.

“Representando as diversas valências dos bombeiros e sua atitude sempre presente na so-ciedade, decidi colocar um bom-beiro a abraçar/proteger Portu-gal pois essa é a forma como a população vê os Bombeiros sem-pre protetores”, explica o Nuno Rafael adiantando que, “de uma forma linear o logótipo faz tam-bém uma alusão a Coimbra e à sua universidade como patrimó-nio Mundial da Unesco”.

LOGÓTIPO DO 42.º CONGRESSO DA LBP

Vencedor é criativo e bombeiro em Penacova

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5SETEMBRO 2014

Na passada edição, demos conhecimentoda decisão recente, tomada pela Câmara

Municipal de Lisboa, de cederà Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)

um dos palacetes existentes na zonado Paço do Lumiar,

para que a confederação ali possa instalar todos os seus serviços.

Para o presidente do conselho executivoda LBP, comandante Jaime Marta Soares,

“trata-se de uma solução que associaa dignidade com que os bombeiros sem

dúvida merecem ser tratados à eficácia que a existência de mais espaço e o seu melhor

aproveitamento irá garantir”. Hoje, apresentamos outras perspectivas

do imóvel e da zona envolvente postosà disposição da LBP, num processo marcado

por uma celeridade que deveser reconhecido e, no qual, o presidente

da Câmara de Lisboa, António Costa, desempenhou um papel fundamental.

A NOVA CASA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES

Quinta de S. Cristóvão é uma solução digna e eficaz

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6 SETEMBRO 2014

As imagens que publica-mos, pertença do nosso Arquivo Fotográfico, teste-

munho do longo e continuado esforço humano na luta contra os incêndios florestais, remon-tam ao ano de 1966 e têm a ver com uma das mais dramáticas ocorrências que impressionaram o país e o estrangeiro. Referimo--nos ao fogo que lavrou, com in-tensidade brutal, na serra de Sintra, entre os dias 6 e 12 de Setembro daquele ano, eterna-mente marcado pela morte de 25 militares do então Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF).

Dos comandantes, e foram muitos, que coordenaram os tra-balhos de extinção, apenas dois se encontram entre nós, ambos integrados no Quadro de Honra: José Alberto Caetano, dos Bom-beiros Voluntários de Almoçage-me, e José Francisco do Rio França de Sousa, dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses.

Tratemos, pois, dos factos his-tóricos vividos por aqueles dois prestigiados comandantes e de muitos operacionais que, ao tempo, menos categorizados na hierarquia dos respectivos qua-dros activos vieram mais tarde a atingir notoriedade e a assumir relevantes funções nas estrutu-ras dos bombeiros:

As chamas irromperam na Quinta da Penha Longa, alas-trando à Quinta de Vale Flor, La-goa Azul e Capuchos.

Em diversos momentos, a si-tuação apresentou-se incontro-lável, motivada por elevadas temperaturas e constantes mu-danças de vento forte.

Vários pontos de referência da vila de Sintra estiveram sob ris-co elevado, caso do Palácio de Seteais, Palácio de Monserrate e Parque da Pena, entre outros. A própria localidade de S. Pedro de Sintra chegou a correr perigo.

A presença, no ar, de corpos

incandescentes, originou focos de incêndio noutros pontos do concelho – Albarraque, Cacém, Colares, Gouveia, Magoito, Mu-cifal, Pinhal da Nazaré, Praia Grande e Praia das Maçãs – obrigando à dispersão dos meios de combate.

Foram mobilizados todos os corpos de bombeiros do distrito de Lisboa, aos quais se junta-ram, ainda, por absoluta neces-sidade de reforços, pessoal e material de Caldas da Rainha, Elvas e Leiria. Também várias forças militares e militarizadas integraram o dispositivo de luta contra o fogo. Ao todo, estive-ram no terreno mais de quatro mil homens em acção.

A Lagoa Azul e o largo do Pa-lácio Nacional de Sintra trata-ram-se, em termos estratégi-cos, dos locais escolhidos para concentração dos meios de combate.

“Sintra: uma vila ocupada”, referia o jornal “Diário de Notí-cias”, em 10 de Setembro de 1966, ao legendar uma foto que dava conta do abastecimento de veículos de bombeiros e mi-litares, defronte do vulgarmen-te designado “Palácio da Vila”.

O edifício do recém-encerra-do Museu do Brinquedo, ao tempo quartel-sede dos Bom-beiros Voluntários de Sintra, acolheu o “quartel-general de combate e alerta”.

Toda a região de Sintra ficou envolta numa enorme nuvem de fumo – negro e espesso – vi-sível a vários quilómetros de distância.

À noite, um “medonho cla-rão”, que se avistava de Lisboa e arredores, fez convergir, dia após dia, muitas pessoas a Sin-tra, para assistirem, de perto, ao gigantesco incêndio.

Enquanto uns tinham a aten-ção centrada no rasto de des-truição, outros combatiam o fogo até à exaustão, com todos

os meios ao seu alcance. Na fal-ta de uma estrutura específica e planeada de apoio logístico, serviu para amenizar o cansaço a corrente de solidariedade de-sencadeada pelas gentes de Sintra. Por exemplo, conforme destacado pela imprensa, “res-taurantes, cafés e pensões ser-viram, gratuitamente, alimen-tos a bombeiros e soldados”.

Combate eficaz apesar da falta de meios

Em 1966, ao contrário de ou-tros países, não existiam, em Portugal, meios aéreos para o combate a incêndios. Por outro lado, os veículos de bombeiros não dispunham de tracção às quatro rodas e muito menos de depósitos de grande capacidade e de bombas de grande débito. Os mais modernos que existiam eram os célebres pronto-socor-ros de nevoeiro (na primeira foto), tecnicamente indicados para os incêndios urbanos, e também esses avançaram em força, dadas as suas garantias no transporte de água.

Muitas das frentes de incên-dio foram debeladas com recur-so, entre outras técnicas, ao batimento do fogo, mediante a utilização de ramos de árvores e material sapador, saldando-se num trabalho deveras penoso e extenuante. Calcule-se, portan-to, as difíceis condições enfren-tadas pelo pessoal combatente,

na presença de altas tempera-turas, agravadas pelas caracte-rísticas dos uniformes em uso, com destaque para o capacete de latão e botas de borracha.

Apesar das condições de ex-trema adversidade e da ausên-cia de meios, incluindo sistema de telecomunicações, bombei-ros e militares conseguiram de-fender o património edificado de Sintra e evitaram que o fogo atingisse maior número de área arborizada.

A abundância de mato resse-quido constituiu um dos maio-res inimigos enfrentados pelos bombeiros e, por sua vez, re-presentou um dos maiores ami-gos da combustão.

Na altura, havia sido deter-minada a proibição de apanhar mato na serra. Como tal, a falta de limpeza dos terrenos foi um dos factores considerados na avaliação das causas da rápida propagação do incêndio. A este respeito, importa referir que o conceito de prevenção, mesmo ao nível da antiga Direcção-Ge-ral dos Serviços Florestais e Aquícolas, não tinha as incidên-cias dos dias de hoje.

Vegetação rara da serra so-freu danos bastante considerá-veis, antevendo os técnicos, desde logo, a difícil probabilida-de do seu florescimento. Os parques da Pena e de Monser-rate salvaram-se, ao contrário da Tapada do Mouco, onde os prejuízos atingiram quase a to-

talidade da sua área. Os terre-nos de particulares foram os mais causticados.

Serra de luto

Grande parte da serra perdeu a sua beleza e viu-se convertida num horizonte negro, como a significar um manto de luto. Luto, também, pela perda de 25 vidas humanas. Tudo aconteceu na noite de 7 de Setembro, no Alto do Monge, numa altura em que o fogo atingiu o seu máxi-mo. Um grupo de militares do RAAF que operava no local, sem preparação adequada para o combate a incêndios, viu-se surpreendentemente cercado pelas chamas… A detecção dos seus corpos carbonizados – diz quem testemunhou a tragédia – foi “chocante”.

Desejada por todos, só a queda de chuva permitiu a ex-tinção do incêndio. No dia 12, às sete da manhã, chegava fi-nalmente a solução para um problema que parecera não ter fim: a chuva caía sobre Sintra. Apesar disso, numa medida de prevenção, alguns meios dos bombeiros permaneceram vigi-lantes no terreno, a fim de fazer face a inevitáveis reacendimen-tos. Somente, no dia 25, foram dadas por concluídas todas as operações.

Este foi o mais grave incêndio ocorrido na serra de Sintra, to-talizando 50 quilómetros qua-

drados de área ardida. Segundo investigação da Polícia Judiciá-ria, o mesmo teve origem num simples descuido, na zona da Lagoa Azul.

A experiência vivida pelos bombeiros suscitou entretanto um conjunto de reflexões, no domínio organizativo da pre-venção e do combate, cuja es-sência permanece actual e continua, curiosamente, a ali-mentar o debate sobre o flage-lo dos incêndios florestais. Ao estudo do assunto, privilegian-do uma visão sistémica e na-cional, de resto apresentado como tese no XVIII Congresso Nacional dos Bombeiros Portu-gueses, reunido de 16 a 20 de Outubro de 1968, dedicaram--se dois comandantes de bom-beiros do concelho de Sintra: Mário Ferreira Lage, dos Bom-beiros Voluntário de S. Pedro de Sintra, e José Maria de Ma-galhães Ferraz, dos Bombeiros Voluntários de Algueirão-Mem Martins.

Já nessa época, à semelhan-ça do que se verifica nos nossos dias, era defendido um trabalho a montante ao nível da preven-ção, interligado entre várias en-tidades intervenientes na pro-blemática dos incêndios flores-tais.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Sintra 66: O grande fogo e o seu combatePesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

“42 Congressos, 42 Peças” é o título da mostra documental evo-cativa dos congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses,

cuja visita virtual poderá ser feita a partir do dia 4 de Outubro, atra-vés do domínio www.42congressos42pecas.blogspot.pt.

A sua organização, da responsabilidade do Núcleo de História e Património Museológico (NHPM) da Confederação, resulta do aturado e minucioso trabalho em curso, desde Junho de 2012, no âmbito de uma estratégia alargada, assumida pelo actual Conselho Executivo, tendente à divulgação da história dos bombeiros portugueses, nas suas várias vertentes.

“Embora não sendo objectivo desta Mostra contar a história da LBP,

ela está permanentemente presente em cada um dos fragmentos se-leccionados e desafia a nossa imaginação quanto ao muito que, ou-trora, foi necessário planear e agir para que os Bombeiros Portugue-ses se vissem configurados em novas realidades, à luz dos seus inte-resses e aspirações”, escreve o presidente Jaime Marta Soares no texto de apresentação da mostra.

Entre outras curiosidades, onde se incluirá, como complemento, uma galeria com dezenas de antigas fotografias de congressos, os visitantes poderão tomar conhecimento de alguns dos mais interes-santes documentos em suporte de papel recuperados pelo NHPM, tais como, livros, boletins, cartazes e impressos diversos.

MOSTRA DOCUMENTAL DO NHPM

“42 Congressos, 42 Peças”

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7SETEMBRO 2014

A Liga diz que este é um documento que resulta de muito “empenho” num

processo “longo” e “difícil”. A negociação arrastou-se durante quase dois anos mas a Liga dos Bombeiros Portugueses conse-guiu ultrapassar o ponto mais “polémico” do texto inicial deste acordo – a intenção do Governo de colocar na estrada a VSTD (Viatura Simples de Transporte de Doentes). Recorde-se que em junho de 2012, altura em que foi publicada a portaria que criou a figura de Veículo de Transporte Simples de Doentes, destinado a doentes não urgen-tes, e cuja situação clínica “não faz prever a necessidade de cui-dados de saúde durante o transporte”, Jaime Marta Soa-res, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses amea-çou na altura com a paragem total do serviço de transportes feito por bombeiros, acusando o Governo de avançar com uma medida que seria um “rude gol-

pe” para bombeiros e utentes. “Isso não é transporte de doen-tes, é meter os cidadãos de qualquer maneira em carros que se podem comprar em qualquer concessionário. E à chegada ao hospital, são leva-dos às cavalitas ou metidos numa empilhadora? Não há comparação possível com o ser-viço de alta qualidade e espe-cializado prestado pelos bom-beiros”, argumentou na altura o dirigente.

Na sequência desta polémi-ca, e com o Ministério da Admi-nistração Interna a ver-se obri-gado a servir de intermediário na negociação, o executivo de-cidiu suspender a entrada em vigor da VSTD e criar um grupo de trabalho para tentar chegar a acordo. O texto está final-mente pronto e só falta a assi-natura formal para posterior publicação. “Este sim é uma cordo que serve os bombeiros e que se adapta às novas realida-des do transporte de doentes,

sem que os bombeiros sejam postos em causa”, declaração de Jaime Marta Soares ao ‘BP’ a poucos dias da conclusão deste processo.

O novo Regulamento, que de-fine preto no branco o que é e o que não é transporte de doentes não urgentes, regula de forma “substancial”, “concreta” e “ob-jetiva” a prestação deste serviço por parte de todos os agentes de socorro. O Governo substi-tuiu a polémica VTSD pela nova VDTD – Veiculo Dedicado ao Transporte de Doentes, ou seja, uma nova designação para um veículo caracterizado e com configuração de uma ambulân-cia, com apenas um tripulante. Com a introdução desta nova viatura, que vem substituir as

atuais ABTM, Portugal transpõe a norma europeia EN1789, a qual determina que as ambulân-cias são apenas os veículos de transporte sanitário equipados com uma maca.

Segundo o novo Regulamen-to, as entidades que exerçam esta atividade deverão agora nomear um “responsável pela frota, o tripulante tem de andar

“fardado” e a viatura legalmen-te “identificada”.

O último artigo deste novo Regulamento, que define todas as disposições legais para a missão do transporte de doen-tes, equipamentos e recursos humanos que lhe estão afetos, define ainda um período de adaptação no que diz respeito à revalidação dos certificados de

vistoria ao abrigo do novo arti-culado. Assim, os certificados de vistoria emitidos até ao dia 31 de dezembro de 2010, têm agora 36 meses para serem reavaliados. Já as vistorias emitidas a partir de 1 de janei-ro de 2011 deverão ser reava-liadas no prazo de 48 meses a contar da data da respetiva va-lidade.

REGULAMENTO DE TRANSPORTE DE DOENTES NÃO URGENTES

Liga garante que bombeiros saem beneficiadosEsta prestes a ser publicado o novo

Regulamento de Transporte de Doentes não Urgentes (RTDNU), um documento que foi

negociado “linha a linha” com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A Liga diz

que este novo Regulamento é mais “sério”, que “reconhece” todo o investimento que os bombeiros têm feito nos últimos anos

nesta área.Texto: Patrícia Cerdeira

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A época mais crítica de incêndios florestais terminou no passado dia 30 se setembro

com o menor número de ignições da última década e o segundo melhor em matéria de área ardida. Do dia 1 de janeiro até ao dia 30 de setembro, a Autoridade Nacional de Prote-ção Civil registou 6.939 ocorrências num total de 19.458 hectares de área ardida. Fonte do Ministério da Administração Interna referiu ao ‘BP’ que dos 80 milhões de euros orçamenta-

dos para o DECIF deste ano, deverá registar--se uma poupança de cerca de 5 milhões de euros, caso as condições meteorológicas se mantenham até 30 de outubro.

Esta diminuição regista-se, segundo a mes-ma fonte, no item das despesas extraordiná-rias que até ao momento ascendem a cerca de cinco milhões de euros, contra os oito milhões inicialmente orçamentados

Patricia Cerdeira

GOVERNO ADMITE POUPANÇA DE 3 MILHÕES

2014 é o segundo melhor dos últimos dez

Os sete bombeiros dos Vo-luntários da Cruz Branca e

da Cruz Verde – Vila Real, feri-dos na explosão que ocorreu em Ferreiros, Borbela, Vila Real, já se encontram em fase de restabelecimento. Os danos físicos sofridos pelos bombeiros resultaram em escoriações de-vidas à projecção provocada pela onda de choque e a ligeiras queimaduras geradas pelas chamas.

Dos Voluntários da Cruz

Branca ficaram feridos, o sub-chefe Paulo Coelho, os bombei-ros de 1ª, Antero Nunes e Antó-nio Manuel Gonçalves, e o bom-beiro de 3ª José Miguel Almei-da.

Nos Voluntários da Cruz Ver-de também sofreram ferimen-tos os bombeiros de 2ª, Hugo Parente e Paulo Moreira, e o bombeiro de 3ª Leandro Fonse-ca.

Na sua página no “Facebook”, Os Bombeiros da Cruz Verde

endereçam “uma mensagem de força e de rápida recuperação para os nossos bombeiros e, também, para os nossos congé-neres da Cruz Branca”.

VILA REAL

Bombeiros feridos a recuperarem

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8 SETEMBRO 2014

Fundada a 6 de dezembro de 1914, a Associação Huma-nitária dos Bombeiros Vo-

luntários de Valadares tem na sua história o maior património e nos homens e mulheres que a representam a força motriz que abre caminho ao futuro.

Direção e comando unem-se na firme determinação de atin-gir “patamares da excelência”, o que só é possível com traba-lho “muito trabalho”, porque importa garantir valor acres-centado à instituição e aos que nela actuam tanto nas valên-cias associativa e social como na operacional, como salienta o presidente António Silva.

A finalizar o primeiro manda-to, o dirigente fala com orgulho do desempenho da equipa que encabeça, mas também dos contributos do comando, do corpo ativo e até dos elementos do Quadro de Honra (QH), que continuam a emprestar tempo e dedicação às coisas e às cau-sas desta instituição.

O projeto sufragado pelos as-sociados em janeiro de 2013 está a ser concretizado. Não obstante as limitações financei-ras, a obra de requalificação do quartel prossegue a bom ritmo, prevendo-se que em breve os Voluntários de Valadares dispo-nham de uma nova casa, mais

arrumada e, por isso, mais ope-racional.

Para além dos trabalhos es-truturais num edifício com inú-meras infiltrações, a empreita-da contempla a pintura exterior e interior do complexo. A ne-cessidade de garantir poupan-ças energéticas impôs a substi-tuição de caixilharias, bem como alterações no sistema de iluminação. A modernização in-formática e a aquisição de uma nova central telecomunicações, foram outros dos investimentos recentes, sendo que falta ainda assegurar a beneficiação das camaratas, a requalificação de posto de abastecimento de combustíveis gerido pela asso-ciação e o reordenamento no acesso ao quartel, conforme re-vela António Silva.

Até ao final do ano, a tempo

VALADARES

Voluntários preparam centenário

dos festejos do centenário, de-verá ainda estar concluído o núcleo museológico da associa-ção, um espaço amplo com condições para acolher um rico acervo. Neste moderno polo, ganham merecido destaque muitas peças, pedaços de his-tória de cem anos de atividade. A “joia rara” desta mostra será, contudo, o carismático Dodge de 1947, “o ícone do corpo de bombeiros” que esteve ao ser-viço do transporte de doentes até 1962 e que começou a ser recuperado em 2006 por um grupo de bombeiros. O presi-dente da direção fala com orgu-lho do “trabalho de pesquisa, dedicação, paciência, generosi-dade e abnegação” do coman-dante Ludgero Gaspar (QH) que liderou uma equipa constituída, ainda, pelos bombeiros Carlos Freitas (QH), Jorge Prazeres e Paulo Rocha.

No futuro núcleo estará, ain-da, patente o “Socorro dos Afli-tos” um Land Rover de 1958, que passou à reserva em mea-dos de 1990 que mercê do em-penho dos bombeiros escapou à sucata, para abrilhantar esta mostra.

Em apenas dois anos muito mudou nesta associação. O in-vestimento global em todas es-tas intervenções não é fácil contabilizar, diz António Silva até porque neste novo ciclo os Bombeiros de Valadares pude-ram “felizmente” contar com o auxílio de amigos, de antigos

bombeiros, que tudo dão à as-sociação, nomeadamente tem-po, materiais e mão-de-obra.

Da mesma forma, também não têm faltado apoios das em-presas locais e da Câmara Mu-nicipal de Vila Nova de Gaia, que não obstante todos os cor-tes impostos pela austeridade, manteve os apoios aos seis cor-pos de bombeiros voluntários do concelho.

A população, que andava um pouco arredada da realidade da associação, começa, também, a aproximar-se, essa é pelo me-nos a convicção de António Sil-va, incansável na dinamização de muitas e variadas iniciativas, numa estratégia de proximida-de que assegura proventos à instituição.

Só assim, afiança o presiden-te, é possível dar condições aos mais de 90 operacionais e satis-fazer os compromissos com os 27 funcionários e com os forne-cedores e ainda ampliar o servi-ço prestado a mais de 60 mil pessoas.

Esta é uma instituição volta-da para fora, atenta e preocu-pada com a comunidade, tanto que após a falência da Cerâmi-ca de Valadares se uniu à junta de freguesia e à comissão fabri-queira da paróquia para criar um refeitório solidário, uma so-lução que começou por ser temporária e dirigida às famí-lias atingidas pelo desemprego, mas que a crise do País acabou por transformar num projeto sólido, de enorme dimensão e

importância para os mais ca-renciados.

“Começamos por apoiar uma dúzia de pessoas hoje já são mais de uma centena”, refere o dirigente.

Bombeiro em Valadares há mais uma década, Alexandre Sousa que assumiu o comando há pouco mais de oito meses, não esconde as dificuldades da sua missão só compensada pelo orgulho de liderar este contin-gente da paz, com homens e mulheres de enorme valor.

Considerando que o corpo ativo se encontrava um pouco “desmotivado”, considerou im-portante investir na formação dos operacionais, como forma de valorização pessoal. Por ou-tro lado, a modernização quer do parque de viaturas quer a ní-vel de equipamentos funcionou como um incentivo para um grupo que estava um pouco

acomodado aos meios de que dispunha e à resposta que con-seguia dar. Neste momento, to-dos querem fazer e dar mais, procuram estar sempre prepa-rados para novos desafios, uma mudança que não tem apenas o cunho da nova estrutura de co-mando, mas também da dire-ção “sempre atenta às necessi-dades dos bombeiros”, segundo defende Alexandre Sousa.

Direção e comando falam a uma só voz, norteados por pro-jetos e estratégias comuns, porque só dessa forma é possí-vel fazer obra e rentabilizar a legado deixado há quase cem anos, por um punhado de ho-mens determinados. A herança não foi desbaratada, pelo con-trário. A Associação Humanitá-rio dos Bombeiros Voluntários cresceu, ganhou estatuto, res-ponsabilidade social e operacio-nalidade.

Quase a assinalar um século de atividade, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valadares assume o desígnio de

alcançar a excelência no serviço prestado aos mais de 60 mil habitantes, no concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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9SETEMBRO 2014

O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra elaborou uma nota téc-

nica sobre o acidente ocorrido num in-cêndio em Macedo de Cavaleiros, distri-to de Bragança, no passado mês de ju-lho, e do qual resultou um bombeiros que sofreu queimaduras graves. No do-cumento de seis páginas, assinado por Xavier Viegas, e ao qual o ‘BP’ teve acesso, o autor começa por referir que a nota técnica resulta de uma “investiga-ção relativamente expedita” e sem ca-rácter “oficial”. O trabalho, refere Xavier Viegas, baseia-se num conjunto de in-formações obtidas no terreno que con-taram com a ajuda dos principais “inter-venientes” no acidente. Xavier Viegas explica o trabalho com o “interesse ge-ral do autor”, o facto do acidente ter provocado vítimas e perda total de uma viatura que dispunha de um “sistema de proteção”. Por fim, Xavier Viegas diz que quis compreender o motivo de este ser o segundo acidente em dois anos a en-volver os Bombeiros Voluntários de Mi-randa do Douro. Após uma exaustiva enumeração dos factos ocorridos, in-cluindo meios envolvidos e fita de tem-po, Xavier Viegas admite nas conclusões que nesta nota técnica há “dados in-completos ou imprecisos”. Mesmo as-sim, concluiu o professor que a equipa

de Miranda do Douro atuou de forma “correta”. “As manobras realizadas com a viatura dificilmente podem ser critica-das”, lê-se no documento que mais à frente acrescenta: “A falta de coesão da equipa de Miranda do Douro, que já ocorrera em alguns acidentes de 2013, (…) sugere que as lições desses aciden-tes não foram ainda incorporadas”. So-bre a decisão da ANPC que retirou do sistema (DECF) os bombeiros de Miran-

da do Douro, Xavier Viegas considera-a “acertada” mas, logo à frente, admite que o prolongamento desta decisão “não se justifica e deve ser revogado”, refere esta análise com data de 26 de agosto.

Continuando a decorrer nesta altura o inquérito ao acidente aberto pela ANPC, e sabendo o ‘BP’ que o ministério da Ad-ministração Interna não encomendou este ano qualquer trabalho do género a

Xavier Viegas, confrontamos algumas fontes ligadas ao processo sobre o por-quê deste trabalho que contou com in-formação do CDOS de Bragança.

Ao que apurámos tanto a tutela, como a própria direção da ANPC recebe-ram o documento com alguma perplexi-dade e até “desconforto” e por ordem do presidente da Autoridade, a nota téc-nica foi arquivada.

Patricia Cerdeira

XAVIER VIEGAS ANALISOU ACIDENTE DE BRAGANÇA

ANPC manda arquivarA Liga dos Bombeiros

Portugueses (LBP) e a Escola Nacional de Bom-beiros (ENB) propuseram ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que no âmbito da rees-truturação da formação na área da saúde a nota mínima de aprovação fosse alterada. Assim, e após acordo com o INEM, todos os cursos de for-mação de Tripulante de Ambulância de Transpor-te (TAT), bem como a sua recertificação (RTAT), passam a ter nova escala de avaliação. Desde o dia 8 de setembro que a nota mínima é de 10 valores contra os 15 exigidos até ao momento. A nota fi-nal do curso será fixada com base no resultado da média das vertentes de avaliação teórica e práti-ca.

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10 SETEMBRO 2014

Para os bombeiros garantirem uma prestação de socorro

mais eficaz e com melhor quali-dade, é necessário aprender com os erros e também com os êxitos.

Para cada missão e em cada Teatro de Operações, quando os cenários se alteram é preci-so responder com prontidão no decorrer da emergência. Poste-riormente, é crucial retirar aprendizagens para futuras missões, quer ao nível dos pro-cedimentos e da eficiência das manobras e táticas, como da articulação entre equipas e di-ferentes agentes da proteção civil.

Da resposta a uma ocorrên-cia invulgar, seja um combate a um incêndio, um desencarcera-

mento ou uma emergência pré--hospitalar, podem nascer no-vas aprendizagens que contri-buíram para o êxito da missão. No entanto, também são come-tidos erros (técnicos, de toma-da de decisão, de segurança operacional, entre outros), que desanimam os operacionais e são alvo de críticas destrutivas. Analisar os sucessos e os erros é essencial para retirar ensina-mentos para futuras missões e garantir um socorro cada vez melhor.

Após este tipo de ocorrên-cias, o Comando do Corpo de Bombeiros deve implementar um sistema de lições aprendi-das. O primeiro passo é a reali-zação de um debriefing técnico, com vista a que os bombeiros

envolvidos na operação parti-lhem a sua perspetiva do que correu bem e do que correu menos bem. Este debriefing não é um ato de fiscalização, nem pretende procurar culpa-dos. Deve existir uma cultura de abertura, em que a partilha de erros é tão encorajada como a partilha dos êxitos.

Com as lições aprendidas, o objetivo é reduzir o risco de re-petir um erro e aumentar a probabilidade de voltar a ter êxito. Um erro hoje identificado por um Corpo de Bombeiros é um erro que pode ser evitado amanhã a nível nacional, se a respetiva lição aprendida for di-fundida globalmente.

De modo muito resumido, este processo de lições apren-didas desenvolve-se em 4 fa-ses:

Fase de observação: reco-lher informações detalhadas sobre o que aconteceu (data, hora, local, material utilizado, desenvolvimento das opera-ções segundo a fita do tempo, etc.);

Fase de análise: análise mi-nuciosa do que aconteceu, para identificar erros e êxitos, com base nos quais se elabora recomendações para o futuro;

Fase de ação: implementar as recomendações no terreno e avaliar o seu efeito. Se for efi-caz, está validada a recomen-dação e a lição aprendida;

Fase de mudança: divulgar e

partilhar as recomendações e as lições aprendidas a nível na-cional.

As lições aprendidas nascem da criatividade e esforço dos bombeiros em garantir um so-corro progressivamente me-lhor. A partir das boas práticas, mas também dos erros, dimi-nuímos o risco operacional, melhoramos a utilização dos recursos, a eficácia operacional e contribuímos para o princípio de que “a primeira vida a pro-teger é a tua...!”.

Para mais informações sobre como implementar este pro-cesso ou partilha de lições aprendidas, contacte a Direção Nacional de Bombeiros – Nú-cleo de Segurança e Saúde para o e-mail [email protected].

Lições aprendidas: a partir do que aconteceu hoje, fazer melhor amanhã!

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

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Foram mais de duas horas de confronto direto entre Joa-quim Marinho e Jaime Marta

Soares, os candidatos repeten-tes à liderança da Liga dos Bom-beiros Portugueses. O desafio, para a realização daquele que foi o único frente a frente entre os dois históricos dos bombeiros neste período eleitoral, foi lan-çado pelos Bombeiros Voluntá-rios da Azambuja, em estreita colaboração com o Site Bombei-ros para Sempre. Os candidatos disseram sim e no dia 13 de se-tembro responderam às per-guntas feitas por Ricardo Cor-reia, um dos administradores do Site, também ele bombeiro. Os temas em discussão foram pre-viamente definidos com a luz verde dos candidatos e o debate foi transmitido na internet.

Este era um frente a frente há muito aguardado e acabou por corresponder ao principal obje-tivo: perceber o que cada um dos candidatos tem para dar aos bombeiros portugueses e tam-bém o que pensam do atual mo-mento do setor.

Contra muitas das expectati-vas o confronto decorreu quase sempre de forma equilibrada, sendo que num ponto ou outro houve alguns minutos de tensão nas palavras.

O debate começou por uma análise aos estatutos da Liga, os quais Joaquim Marinho defende “devem ser alterados” porque os atuais, defende, fazem da Confederação uma estrutura “lenta”, “atrasada”, que não dá resposta às “necessidades”. O candidato diz mesmo que a Liga

tem órgãos a “mais” e o modelo de eleição deve ser “repensa-do”. Na resposta, Jaime Marta Soares referiu que “nada ficou por fazer” por causa dos atuais estatutos que são a “matriz” da instituição. “Se são assim tão impeditivos, porque não foram alterados há mais tempo”, ques-tionou. Ainda sobre o tema dos estatutos, o atual presidente da Liga referiu que a sua candida-tura tem sobre esta matéria um claro objetivo: “Interceder junto do Governo para que a Liga seja equiparada a uma IPSS e assu-mida como parceiro social”.

Já sobre o transporte de doentes não urgentes, Joaquim Marinho defendeu que esta área deve ficar fora do futuro modelo de financiamento e ter “outro tratamento”. A nova Lei de Fi-nanciamento deve ir buscar di-nheiro “onde está o risco”, sen-do que não deverá “onerar ain-da mais”, os contribuintes, de-fendeu.

Jaime Marta Soares aprovei-tou este preciso momento para

revelar que está pronto a ser assinado e publicado o novo Re-gulamento de Transporte de Doentes Não Urgentes, e que até ao final do ano, será aprova-do a futura Lei de Financiamen-to, que está a ser trabalhado com o Ministério da Administra-ção Interna. Concluiu Marta Soares: “Contra a dialética, há quem mostre resultados”. É isto que temos feito”, concluiu pe-rante as críticas do adversário que acusou a Liga de tratar na “retaguarda” assuntos decisivos para os bombeiros sem que as federações sejam chamadas a participar. Jaime Marta Soares rejeitou a crítica e lembrou as discussões havidas nos últimos conselhos nacionais.

A necessidade de reorganiza-ção institucional e operacional é um dos poucos temas que une os dois candidatos. Joaquim Ma-rinho diz que é preciso “refor-çar” a autonomia da Direção Nacional de Bombeiros, já que a recente alteração à Lei Orgânica da ANPC foi um “falhanço abso-

luto”. Jaime Marta Soares admi-te que é preciso continuar a lu-tar para que a DNB “sirva me-lhor” os bombeiros portugue-ses. Já sobre o comando único, os dois candidatos unem-se no mesmo desígnio, apesar de adotarem conceitos diferentes – comando e coordenação.

Para Joaquim Marinho, tam-bém os estatutos da Escola Na-cional de Bombeiros devem ser alterados, criticando a perda de competência desta instituição ao nível da decisão em matéria de conteúdos programáticos e liderança dos júris dos concur-sos, agora na mão da ANPC. “Inadmissível”, referiu Joaquim Marinho. Jaime Marta Soares não respondeu diretamente, lembrando apenas que a Escola é “hoje dos bombeiros”, “virada para os bombeiros”, ao contrá-

rio do que aconteceu no “passa-do recente”.

Ao longo de quase duas horas os candidatos foram sendo con-frontados pelo moderador com os temas que mais preocupam o setor, perguntas que se esten-deram vários bombeiros e diri-gentes presentes na plateia.

As alegadas responsabilida-des de vários protagonistas do setor bombeiros, incluídos os dois candidatos, no fim do servi-ço Nacional de Bombeiros (SNB) fizeram por alguns momentos exaltar os ânimos. Joaquim Ma-rinho rejeitou qualquer respon-sabilidade na extinção do ex SNB, até porque “já nem era presidente”, sublinhou. Às críti-cas sobre este tema, Marta Soa-res lembrou apenas que os mu-nicípios “não foram chamados” a pronunciar-se na altura da fu-

são da proteção civil com os bombeiros.

Cada candidato teve ainda di-reito a dirigir-se aos bombeiros. Foram apresentados os argu-mentos, fizeram-se balanços e apelos diretos ao voto. “Tenho o sonho de ser presidente da Liga e lutarei por ela. Apelo ao voto e se não ganhar não fico zanga-do”, concluiu Joaquim Marinho. Já Jaime Marta Soares referiu que o seu sonho de continuar como presidente assenta no tra-balho “dos últimos três anos”, e em todos os objetivos que têm traçados para o próximo triénio. Já em tom de brincadeira, o atual presidente dirigiu-se ao seu único opositor e disse: “Não se enerve pois quero-o com saú-de para me dar os parabéns no final do Congresso em Coimbra”.

Patrícia Cerdeira

BV DA AZAMBUJA E BPS PROMOVEM DEBATE ENTRE CANDIDATOS

Confronto de estratégias e apelos ao voto

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11SETEMBRO 2014

A sede da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) é o local definido estatutariamente para a entrega das listas concorrentes aos órgãos sociais da confederação. Assim acon-teceu no passado dia 18, com a entrega da lista “Com os Bombeiros pelo Futuro”, enca-beçada por Joaquim Marinho, e no dia 22, a entrega da lista “Pelos Bombeiros por Por-tugal”, encabeçada pelo comandante Jaime Marta Soares.

A entrega de ambas foi feita ao presidente da Mesa dos Congressos da LBP, Duarte Caldeira. No caso da lista “Com os Bombeiros pelo Futuro”, designada por Lista A, foi entregue pelo cabeça da lista, Joaquim Marinho. E, no caso da lista liderada pelo coman-dante Jaime Soares, “Pelos Bombeiros por Portugal”, designada por Lista B, foi entregue pelo mandatário nacional, Álvaro Guerreiro.

“Com os Bombeiros pelo Futuro” – Lista A “Pelos Bombeiros por Portugal” – Lista B

Apresentação de listas

MESA DOS CONGRESSOSPresidente – Cmdt. António José Jesus Carvalho | AHBV Póvoa de Santa Iria | LisboaVice-Presidente – Fernando Eirão Queiroga | AHBV Boticas | Vila RealSecretário – Cmdt. QH António Castro Valente |CBP Salvador Caetano | AveiroSecretário Adjunto – António Lopes Marques | AHBV Caldas da Rainha | LeiriaVogal – Cmdt. António Manuel Marinho Gomes | FBD Braga | BragaSuplentesInácio José Ludovico Esperança | AHBV Vila Viçosa | ÉvoraManuel de Sousa Eusébio | AHBV Castelo Branco | Castelo BrancoCmdt. Ilda Maria Flores Cadilhe Coelho | AHBV Póvoa de Varzim | Porto Marcelo Jorge Lago | AHBV Mirandela | BragançaCmdt. José Marino Veladeiro Serra Fernandes | AHBV Sousel | Portalegre

CONSELHO EXECUTIVOPresidente – Cmdt. QH Jaime Carlos Marta Soares | AHBV Vila Nova de Poiares | CoimbraVice-Presidente – António João Rodeia Machado | AHBV Beja | BejaVice-Presidente – Cmdt. QH José Joaquim da Silva Miranda | AHBV Santa Marinha do Zêzere | Porto Vice-Presidente – Luís António Vicente Gil Barreiros | AHBV Gouveia | GuardaVice-Presidente – Cmdt. Adelino Lourenço Gomes | AHBV Constância | Santarém Vice-Presidente – Adriano da Graça Mourato Capote | FBD Portalegre | Portalegre Vogal – Rui Sousa Dias Rama da Silva | AHBV Cascais | LisboaVogal – Cmdt. José Luís de Carvalho Morais | AHBV Paredes | PortoVogal – Cmdt. José Sebastião Fernandes | AHBV Bragança | Bragança Vogal – Cmdt. José Alberto Lopes Requeijo | AHBV Moimenta da Beira | ViseuVogal – Cmdt. Mário Jorge de Deus Gil Leal Cerol | AHBV Alcobaça | Leiria SuplentesCmdt. Fernando da Silva Barão dos Santos | AHBV Torres Vedras | LisboaCmdt. Miguel Ângelo e Silva David | AHBV Carregal do Sal | ViseuCmdt. Paulo Jorge Linares Simões | AHBV Vila Real de Santo António | FaroCmdt. QH José Gomes da Costa | AHBV Espinho | Aveiro João António das Neves Inverno | AHBV Évora | Évora Manuel Simões Rodrigues Marques | AHBV Pombal | LeiriaCmdt. João Carlos Lopes Serras | AHBV Vila de Rei | Castelo BrancoJoão Ilídio Monteiro da Costa | AHBV Vizela | BragaCmdt. Noémia Ermelinda Rocha Fragoso Ramos | AHBV Vidigueira | BejaCmdt. Paulo Jorge Lima Vieira | AHBV Alcochete | Setúbal Cmdt. QH José Francisco do Rio França de Sousa | AHBV Lisbonenses | Lisboa

CONSELHO FISCALPresidente – Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes | AHBV Figueira da Foz | CoimbraVice-Presidente – Vasco Manuel Verdasca da Silva Garcia | AHBV Ponta Delgada | RA AçoresRelator – Cmdt. QH Joaquim Mano Póvoas | AHBV Carvalhos | PortoSecretário – Eduardo Osvaldo Louro da Silva Correia | AHBV Barreiro – Sul e Sueste | SetúbalVogal – Rogério Viera Silva | AHBV Pampilhosa do Botão | AveiroSuplentesJosé Miguel Mafra Iglésias | CBM Funchal | RA Madeira Cdmt. QH Arnaldo Filipe R. dos Santos | AHBV Torrejanos – Torres Novas | SantarémJosé Gabriel Martins Borges | AHBV Ribeira de Pena | Vila RealCmdt. Pedro Manuel Lopes Ferreira de Lima | AHBV Sobral de Monte Agraço | LisboaJoão José Baptista de Sousa | AHBV Trancoso | Guarda

CONSELHO JURISDICIONAL Presidente – Cmdt. QH Carlos Ricardo Gaudêncio Bucha | AHBV Montemor-o-Novo | ÉvoraVice-Presidente – Cmdt. QH António Jaime Gualdino Ribeiro | AHBV Belas | LisboaVogal – Ana Paula de Figueiredo Simões Gomes Santana | AHBV Viseu | ViseuVogal – Luciano José Quintas Moure | AHBV Viana do Castelo | Viana do Castelo Vogal – Carlos Manuel Lopes de Almeida | AHBV Fajões | AveiroSuplentesAbel Manuel Barbosa Maia | AHBV Vila do Conde | PortoJosé Luís Mendes da Palma Pires | AHBV Serpa | BejaGermano Manuel de Lima Amorim | AHBV Arcos de Valdevez | Viana do CasteloRicardo João Duarte Rodrigues Avelãs Nunes | AHBV Pinhelenses – Pinhel | GuardaCmdt. Acácio José Ferreira Raimundo | Arruda dos Vinhos | Lisboa

CONSELHO SUPERIOR CONSULTIVOJosé António da Piedade Laranjeira | AHBV Albergaria-a-Velha | AveiroJosé Manuel Lourenço Baptista | AHBV Dafundo | LisboaJosé Manuel Barreira Abrantes | AHBV Malveira | LisboaAlberto Rui Freixo Guedes de Moura | AHBV Crestuma | PortoAgostinho Pinto Teixeira | AHBV Esposende | BragaCmdt. José da Silva Campos | AHBV Lixa | PortoCmdt. Nélio José dos Santos Gomes | AHBV Pataias | Leiria Cmdt. QH Eduardo do Rosário Agostinho | AHBV Rio Maior | SantarémCmdt. QH Miguel Maurício de Jesus Antunes | AHBV Linda-a-Pastora | LisboaManuel Baeta de Castro | AHBV Calheta | RA MadeiraJosé Gonçalo Nobre Duarte da Silva | AHBV Monchique | Faro SuplentesCmdt. José Luís de Sousa Ribeiro da Quinta | AHBV Barcelos | BragaCmdt. José António da Silva Ferreira | AHBV Alter do Chão | PortalegreCmdt. Carlos Alberto Nunes Pires | AHBV Aveiro – Velhos | AveiroAntónio Manuel Batista | AHBV Macedo de Cavaleiros | BragançaCmdt. QH Carlos Manuel António Seara Pires | AHBV Vila Nova de Tázem | GuardaMário Augusto Ferreira Teixeira | AHBV Anadia | AveiroJoão Luiz Martinho Santa Bárbara | AHBV Sines | Setúbal Augusto Jorge Chaves Rodrigues | AHBV Borba | Évora António Fernando Ceia Biscainho | AHBV Portalegre | PortalegreJoaquim Pinto Ascensão Martins | AHBV Figueiró dos Vinhos | LeiriaAntónio Alberto Soares da Costa Barros | AHBV Vila Real – Cruz Verde | Vila Real

MESA DOS CONGRESSOSPresidente - Duarte Nuno da Silva Quintão Caldeira | AHBV Agualva-Cacém | LisboaVice-Presidente - José Alfredo Saraiva Almeida | AHBV Peso da Régua | Vila RealSecretário - Cmdt. David Alexandre Amaral Lobato | BM Cartaxo | SantarémSecretário Adjunto - Cmdt. Rui Pedro Gouveia de Sousa | AHBV Madeirenses |MadeiraVogal - Cmdt. QH Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa | AHBV Peniche | LeiriaSuplentes Carlos Manuel da Silva Coelho |AHBV São João da Madeira | AveiroCmdt. QH Manuel João Martins de Carvalho |FB Algarve | FaroCmdt. Humberto Jorge Borges Sarmento | AHBV Tarouca | ViseuCmdt. Victor Joaquim Antunes Marques da Silva | AHBV Castro Verde |BejaAdj.Com. Marco André Ribeiro Domingues | AHBV Valença | Viana do Castelo

CONSELHO EXECUTIVOPresidente - Joaquim Manuel Rebelo Marinho | AHBV Sátão |ViseuVice-Presidente - Cmdt. Pedro Ernesto Narciso Nunes | AHBV São Pedro de Sintra | LisboaVice-Presidente - Cmdt. Delfim Manuel Sousa Cruz | AHBV Baltar | PortoVice-Presidente - Cmdt. Victor Manuel Machado Ferreira | Vale de Cambra | AveiroVice-Presidente - Cmdt. Joaquim Belmiro Alves de Oliveira Teixeira | AHBV Murça | Vila RealVice-Presidente - Luís Mário Pereira Novais de Oliveira | AHBV Guimarães | BragaVogal - Cmdt. José Carlos Fonseca de Almeida e Lopes | AHBV Leiria | LeiriaVogal - José Ribeiro Mendes Albuquerque | AHVB Penalva do Castelo | ViseuVogal - Cmdt QH Vítor Manuel Ferreira Pires | AHBV Montijo | SetúbalVogal - João Manuel Gaspar Pedro – AHBV Faro | Cruz Lusa | FaroVogal - Cmdt. Pedro Alexandre Marmelo Rabaça | AHBV Castelo de Vide | PortalegreSuplentesCmdt. Francisco José Viegas Santos | AHBV Pernes | SantarémJorge Manuel dos Anjos Alves | AHBV Almodôvar | BejaLuís Alexandre Valente de Matos | AHBV Melgaço | Viana do CasteloCmdt. José Manuel Rodrigues Pereira | AHBV Oeiras | LisboaJosé Eduardo Machado Alves Quinteiro | AHBV Vila Pouca de Aguiar | Vila RealCmdt. José António Afonso Marques | AHBV Vinhais | BragançaCmdt. Vítor Manuel Nery da Graça | AHBV Marinha Grande | LeiriaJoaquim Manuel Silva Gonçalves | AHBV São Bartolomeu de Messines | FaroPorfírio Correia Saraiva | AHBV Penamacor | Castelo Branco

CONSELHO FISCALPresidente -Carlos Alberto dos Santos Batista | AHBV Ourém | SantarémVice-Presidente - Joaquim Moreira Vicente | AHBV Odivelas | LisboaSecretário - Ilídio Maria Rodrigues | AHBV Sendim | BragançaRelator - José Maria Ferreira de Sousa | AHBV Leixões | PortoVogal - Cmdt. Carlos Alberto Ribeiro Gonçalves | AHBV Vila Nova da Barquinha | SantarémSuplentesJoão Manuel Dias Cruz | AHBV Murtosa | AveiroCmdt. Vitor José Tomaz | AHBV Cercal do Alentejo | Setúbal Cmdt. Duarte Nuno Pereira Ribeiro | AHBV Cabeceirenses | BragaCmdt. Mário Daniel Brigantim Ribeiro | AHBV Beato |LisboaJoão dos Santos Lopes | AHBV Benedita | Leiria

CONSELHO JURISDICIONALPresidente - Asuil Dinis Linhares Carneiro | AHBV Santo Tirso | PortoVice-Presidente - Paulo Marco de Matos Couceiro e Costa Braga | AHBV Estarreja | AveiroVogal - Filomena Maria Sousa Martins Pereira Rodrigues | AHBV Entre-os-Rios |PortoVogal - João Pedro Leite Castro Frazão | AHBV Fafe | BragaVogal - Cmdt. Pedro Manuel Pereira de Almeida Santos | AHBV Pontinha | LisboaSuplentesJosé António Bento Marques | AHBV Sintra | LisboaJosé Alberto Almeida Vitorino | AHBV Almeirim | SantarémCmdt. José Pinto Oliveira | AHBV Ortigosa |LeiriaCmdt. João António Cordeiro Martins | AHBV Alfândega da Fé | BragançaHumberto João Barbosa dos Santos | AHBV Alijó | Vila Real

CONSELHO SUPERIOR CONSULTIVOAbílio José da Fonseca Martins Fatela | AHBV Algés | LisboaAntónio Manuel Fontes da Costa | AHBV Famalicão da Serra | GuardaCmdt. David José Varela Teixeira | AHBV Montalegre | Vila RealHélio dos Santos Teles Pamplona | AHBV Faial | AçoresJoão Pedro da Silva Saraiva | AHBV Ponte de Lima | Viana do CasteloJoaquim Jordão Morais | AHBV Nazaré | LeiriaJorge Manuel Matos da Silva | AHBV Côja | CoimbraManuel Oliveira Guedes | AHBV Aguda | PortoCmdt. Nazário Duarte Viana | AHBV Odemira | BejaCmdt. Valdemar da Luz Jones Gonçalves | AHBM Alcácer do Sal | SetúbalCmdt. Vitor Manuel Granadeiro Rio Alves | AHBV Lagoa | FaroSuplentesRamiro da Silva Ramos | AHBV Queluz | LisboaFernando David Costa Gato | AHBV Sesimbra | SetúbalCmdt. Inácio Silvestre Mitra Pacheco | AHBV Reguengos de Monsaraz | ÉvoraJosé Araújo Marques | AHBV Proença-a-Nova | Castelo BrancoJosé Policarpo da Rocha Carvalho | AHBV Portuenses | PortoCmdt. Luís Miguel Romão Cabrita Simões | AHBV Silves | FaroManuel Soares Silvestre | AHBV Velas | Açores Martinho Mendonça de Freitas |AHBV Santana | MadeiraCmdt. Sérgio Fernando Sequeira Monteiro | AHBV Resende | Viseu

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12 SETEMBRO 2014

Bombeiros de Portugal (BP) – O que o leva a acredi-tar na vitória neste Congres-so?

Joaquim Rebelo Marinho (JRM) – A forte convicção de que a minha candidatura repre-senta um discurso novo, uma esperança de renovação, e uma resposta consistente aos pro-blemas do presente e aos desa-fios do futuro dos bombeiros portugueses. Tudo isto alicerça-do numa agenda de compro-missos calendarizados para o triénio, numa equipa coesa e empreendedora, capaz de fazer rupturas com modelos, priori-dades e métodos e no apoio de várias gerações de dirigentes e elementos de comando das nossas instituições.

BP – Como vê a situação actual dos bombeiros portu-gueses?

JRM – A situação atualmente vivida no seio da nossa institui-ção é de perigosa estagnação, apesar de algumas medidas desgarradas que servem para “encher o olho” dos mais incau-tos. É preciso, por isso, fechar um ciclo, que fez o seu cami-nho, mas que, do ponto de vista das soluções estruturais, não encontrou respostas e está ma-nifestamente esgotado. As nos-sas estruturas precisam de um novo fôlego, de novas soluções e de objectivos mobilizadores e agregadores, que envolvam o entusiasmo e despertem a energia de todos.

BP – O que mudou nos úl-timos 3 anos?

JRM – Foi conseguido muito pouco, para um mandato de 3 anos, e de valor estratégico,

quase nada. Nada no modelo de financiamento, nada na estru-tura operacional autónoma, nada na revisão estatutária, nada na tipificação, nada no re-gime jurídico regulador das re-lações de trabalho, nada no sis-tema integrado de transporte doentes. Das 15 medidas pro-metidas na Carta de Compro-misso do CE, 10 ficaram na ga-veta e são metade das 20 com que o CE se propõe, de novo, ir a votos .E isso é revelador da dificuldade em fazer e da inca-pacidade em cumprir por parte do CE.

BP – Mais uma vez não foi possível encontrar uma lisi-ta única, de consenso. Por-quê?

JRM – Porque o Conselho Executivo não fez qualquer dili-gência nesse sentido, apressan-do-se a anunciar uma candida-tura, sem viabilizar qualquer outra solução. Não promoveu o diálogo e não quis qualquer aproximação, mas essa atitude é da sua exclusiva responsabili-dade. Aliás, Jaime Soares é re-petente no método, pois já em 2011,como Presidente da Mesa dos Congressos, fez o mesmo, excluindo-me de qualquer abor-dagem e contacto.

BP – Olhando para o seu o perfil enquanto elemento li-gado ao sistema há vários anos, qual considera ser a sua mais valia para liderar este setor?

JRM – Tenho mais de 30 anos de militância activa nos Bombeiros, do tipo “mão na massa”, e não rodeado de “ofi-ciais às ordens” a trabalharem para mim. Tenho um conheci-

mento actualizado e transversal de todas as áreas dos Bombei-ros. Invisto no trabalho de equi-pa e aposto no pensamento próprio.

BP – Numa leitura atenta ao conteúdo dos programas eleitorais das duas candida-turas encontramos pontos em comum, mas também, algumas divergências. Quais são afinal as grandes dife-renças entre as duas candi-daturas?

JRM – As diferenças são muitas, e ficarão bem expres-sas na divulgação da versão fi-nal do Programa. Mas destaco a definição de um novo modelo de financiamento do socorro confiado a Bombeiros, baseado no compromisso Governo-Mu-nicípios-Bombeiros, a organiza-ção operacional do socorro, conquistando os Bombeiros a sua autonomia e hierarquia próprias, no contexto do Siste-ma de Protecção Civil e uma ampla reestruturação interna da Liga, de modo a torná-la mais eficaz e mais próxima das suas filiadas.

BP – Uma das propostas comuns aos dois candidatos é a sustentabilidade dos corpos de bombeiros. Que tipo de Lei de Financiamento defende?

JRM – Temos um estudo muito interessante e inovador sobre essa matéria, que apre-sentaremos em primeira via no Congresso.

Um financiamento indexado aos factores de risco, com uma componente fixa e outra variá-vel e inspirado no princípio do reforço e da redistribuição dos dinheiros públicos já arrecada-dos.

BP – Relativamente ao modelo organizativo dos bombeiros, é defendida por ambas as candidaturas a criação de um comando au-tónomo para os bombeiros. O que poderá esperar o sec-tor desta promessa eleito-ral?

JRM – Não se trata de uma promessa, mas de uma causa pela qual vale a pena lutar. Esta é uma matéria que desperta nos Bombeiros um sentimento

transversal de agrado. Connos-co, este assunto é uma priori-dade absoluta e não será ape-nas tratado em final de manda-to, como o CE está a fazer, com esta e outras matérias. O Con-selho Executivo deixou cair co-modamente este objectivo. Pro-va disso é que no actual man-dato, os dois principais diplo-mas, LO da ANPC e SIPOS, que permitem que a ANPC continue a superintender e a comandar os Bombeiros e a retirar-lhes representação, foram altera-dos, mas mesmo assim, a CE, fracassando em absoluto, não conseguiu que se corrigissem esses erros grosseiros, até per-mitiu que se agravassem, per-dendo-se uma oportunidade única de introduzir boas modifi-cações.

BP – Na área da saúde, nomeadamente no que diz respeito à relação com o INEM, e com o próprio Esta-do, em matéria de transpor-te de doentes não urgentes, o que defende?

JRM – Esta é mais uma área onde o Conselho Executivo foi

derrotado nos últimos três anos. Temos de chamar o Minis-tério da Saúde à negociação, com firmeza. Importa que se negoceie um Regulamento de Transporte de Doentes que re-conheça a especificidade dos Bombeiros, enquanto operador, mas também agente de protec-ção civil. E é urgente que traba-lhemos num modelo integrado de TD, que valorize os agrupa-mentos de AHB, incorpore um sentido empresarial de gestão, que nos dê valor competitivo e escala. Quanto ao INEM, é pre-ciso prosseguir o objectivo defi-nido há 5 anos de dotar todos os municípios com um PEM e, em alguns casos, colocar um segundo PEM. É preciso tam-bém enquadrar a participação dos Bombeiros no SIEM numa lógica alargada de cooperação com vários ministérios, reto-mando o objectivo de celebra-ção de um Pacto de Coopera-ção, ao exemplo do assinado entre o Governo e as Institui-ções Particulares de Solidarie-dade Social.

BP – Como é que o país

JOAQUIM REBELO MARINHO

“Parto para o congresso com umaEntrevista: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

Nome: Joaquim Manuel Rebelo MarinhoHabilitações Académicas: Licenciatura em Ensino - variante

de Estudos: Ciências Económico -Sociais.

Situação Profissional: Professor do Quadro do Agrupamento de Escolas de Sátão

INTERVENÇÃO CÍVICA

É sócio fundador – nº1 – da AHBV Sátão e integra, há trinta anos, os seus Órgãos Sociais, tendo sido seu Presidente da Di-recção.

É Presidente da Assembleia Geral da AHBV Sátão.É Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu.

Foi Vice-Presidente do Conselho Executivo e Técnico da Liga dos Bombeiros Portugueses, no triénio 1994/1996.

É membro do Conselho Nacional da LBPFoi Vogal da Direcção do Serviço Nacional de Bombeiros, e

seu Presidente.Foi Vogal da Direcção da Escola Nacional de Bombeiros.

DISTINÇÕES

Possui a Medalha de Dedicação-Grau Ouro e duas “Medalhas de Serviços Distintos – Grau Ouro” – da LBP.

Foi-lhe atribuído o “Prémio Prestígio 2002” pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais.

É detentor do CRACHÁ DE OURO da LBP.

Breve nota curricular

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13SETEMBRO 2014

– “COM OS BOMBEIROS PELO FUTURO!”

firme convicção de vitória”

poderá manter e incentivar o voluntariado?

JRM – Transformando o Fun-do de Protecção Social numa plataforma de expansão dos apoios sociais, mobilizando as verbas disponíveis para um efectivo apoio ao voluntariado, em vez de estar a substituir o Estado numa responsabilidade, que é sua, desde há de 30 anos, como é o caso das inspecções médico-sanitárias dos bombei-ros. Seguidamente, modifican-do o perfil dos actuais incenti-vos na educação e na saúde e lutando pelo reconhecimento da actividade de Bombeiro como

profissão de risco, com a ante-cipação da idade de reforma para os 58/60 anos. E, por últi-mo, em articulação com a ANMP, introduzir uma dimen-são, à escala municipal, tornan-do mais próximos, muitos dos incentivos.

BP – E os municípios, têm feito o que devem?

JRM – Os municípios não têm feito o que devem há mui-tos anos. E nesta falta de com-parência há responsáveis obje-tivos, que hoje querem fazer esquecer essa circunstância no seu curriculum.

BP – Alvo de várias altera-

ções recentes, a Escola Na-cional de Bombeiros está no bom caminho?

JRM – Em 2015, a ENB com-pleta 20 anos como associação privada sem fins lucrativos, de-pois de ter estado 8 anos em regime de comissão instalado-ra. A ENB possui um inestimá-vel património de serviço públi-co. A Liga teve um papel essen-cial na missão da ENB, em es-pecial nos últimos 20 anos. Teve de enfrentar muitas inve-jas e criticas, até de alguns que hoje se assumem como seus grandes defensores. A Federa-ção de Viseu vai propôr ao pró-

ximo Congresso a atribuição do Colar de Mérito da Liga a esta instituição, a ser-lhe entregue em Maio do próximo ano quan-do completar 20 anos.

BP – Numa visão mais in-terna, e olhando para a Liga dos Bombeiros Portugueses como instituição que serve os bombeiros, a casa precisa de ser arrumada?

JRM – A Liga precisa de ser dotada das medidas organizati-vas que lhe permitam responder às exigências da sua responsa-bilidade institucional. Precisa de uma orgânica onde o papel dos seus funcionários seja devida-

mente respeitado e dignificado e de uma reforma estatutária que agilize o seu funcionamento e o torne mais expedito e menos oneroso. Precisa de se descen-tralizar potenciando um novo modelo de regionalização, no-meadamente valorizando as Fe-derações e delegando nelas mais competências e meios. Precisa finalmente de se assu-mir como casa comum de todos os Bombeiros Portugueses, abrindo espaço para o diálogo fraterno e construtivo entre to-das as sensibilidades que a inte-gram. Precisa que se faça mais e melhor, e diferente.

BP – Já em 2011, a remu-neração do presidente da Liga foi um dos temas abor-dados de forma diferente pelos dois candidatos. Man-tém a sua posição? Deve ou não o presidente ser remu-nerado?

JRM – Essa é uma falsa ques-tão, que tem sido tratada com uma enorme hipocrisia, com ób-vias intenções eleitoralistas.

Nenhum dirigente da Liga em funções no Conselho Executivo prescinde de receber o valor de deslocações que faz ao serviço da Liga, nem de outros abonos. A bem da clarificação, sugiro ao Presidente da Liga que autorize a divulgação, atempada, da es-trutura de custos do pessoal di-rigente da LBP, com a discrimi-nação de todas as suas compo-nentes, nos 3 anos deste man-dato. Sou professor quase há 40 anos, tenho emprego, não sou reformado, por isso, para estar ao serviço da Liga como defendo que o Presidente deve estar, tenho de ter um estatuto a tempo inteiro, e nessa medi-da, remunerado, mas auferindo apenas o que recebo na minha profissão de origem, e não mais do que isso. Quanto ao modelo de viabilização financeira deste objectivo, ele passa por várias soluções, nomeadamente rei-vindicando ao Governo que seja conferido ao Presidente da LBP o mesmo estatuto de disponibi-lidade que é dado a outros pre-sidentes de organizações so-ciais do país. Mas há outras.

BP – O que irá fazer em caso de derrota?

JRM – Nunca se parte para uma missão pensando no seu fracasso. Eu parto para o Con-gresso com humildade, sem triunfalismos, mas com uma fir-me convicção de vitória.

A entrega da lista “Com os Bombeiros pelo Futuro” (Lista A), encabeçada por Joaquim Marinho, realizou-se no passado dia 18 na sede da LBP

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14 SETEMBRO 2014

Nome: Jaime Carlos Marta SoaresHabilitações Literárias: Frequência do 2.º Ano de DireitoActuais funções: Presidente do Conselho Executivo da Liga

dos Bombeiros Portugueses (LBP) Comandante Honorário dos Bombeiros

Voluntários de Vila Nova de Poiares

DISTINÇÕES E CONDECORAÇÕES

Ordem do Mérito - Grau de Comendador.Crachá de Ouro da LBP.Medalha de Serviços Distintos, Grau Ouro, da LBP.

BOMBEIROS E PROTECÇÃO CIVIL

– Presidente da Mesa dos Congressos da LBP– Membro da Comissão Nacional Especializada de Combate a

Fogos Florestais (CNEFF)

– Conselheiro Superior de Bombeiros– Conselheiro Regional de Bombeiros da Região Centro– Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de

Coimbra– Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de

Poiares– Comandante Operacional de ZO-2 do Distrito de Coimbra – Representante da LBP na primeira CNEFF - decreto regula-

mentar 55/81– Comandante do Sector Operacional Distrital

Outros cargos

– Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, de 1974 a 2013

– Deputado à Assembleia da República em diversas Legisla-turas, desde 1979 a 2009

– Auditor de Defesa Nacional - Curso de 1989.

Breve nota curricular

Jornal Bombeiros de Por-tugal (BP) – O que leva a acreditar na vitória neste Congresso?

Jaime Marta Soares (JMS) – Parto para o próximo Con-gresso de Coimbra confiante nas estruturas dos bombeiros portugueses e, especialmente, na capacidade de discernimen-to dos seus operacionais e diri-gentes. Nos contactos de proxi-midade estabelecidos ao longo do país, tenho constatado que eles sabem e reconhecem quem tem agido, com sentido ético e responsável, na defesa dos seus interesses. Para além dis-so, importa referir que a candi-datura “Pelos Bombeiros, Por Portugal” entendeu, à seme-lhança do verificado nas elei-ções de há três anos, conceber um projecto que configura o sentir e a vontade das associa-ções e corpos de bombeiros. Ou seja, tivémos mais uma vez a preocupação de querer ser in-térpretes do país real e não im-pormos, ao eleitorado, quais-quer ideias surgidas da inspira-ção ou da visão meramente pessoal dos candidatos. A nossa candidatura apresenta-se como sendo dos bombeiros para os bombeiros.

BP – Como vê a situação actual dos bombeiros portu-gueses?

JMS – Diríamos que os bom-beiros estão diferentes, para melhor, mas não nos considera-mos satisfeitos, razão por que nos recandidatamos. O grande problema do momento reside, a nosso ver, no sufoco financeiro que é transversal à maioria das associações e corpos de bom-

beiros, por limitação dos recur-sos programados e também motivado pela crise económica que vem atingindo a vida nacio-nal. Todavia atente-se que, mesmo em tempos de sérias di-ficuldades para todos, foram feitas importantes conquistas, por acção directa e permanente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), junto dos pode-res instituídos, com recurso ao diálogo e à negociação.

BP – O que mudou nos úl-timos 3 anos?

JMS – Mudou muita coisa, a começar pela nossa afirmação e recuperação da nossa credibili-dade. Passámos a ser ouvidos. Sabemos haver quem defenda o inverso e até compreendemos por que o fazem, mas isso não nos desmotiva. Dizer o contrá-rio é escamotear a realidade e entrar em falsas questões, com o fim meramente eleitoralista e de perturbar o sentido das con-quistas conseguidas, fruto da seriedade, credibilidade e acei-tação das nossas propostas. Temo-lo dito muitas vezes e voltamos a frisar: a Liga não governa, pelo que está sempre dependente da decisão de ter-ceiros. Apesar disso, foi possí-vel iniciar o processo de Vigilân-cia Médico-Sanitária dos Bom-beiros, uma aspiração com mais de 30 anos, garantida pelo MAI e financiada pelo Fundo de Protecção Social do Bombeiro (FPSB), mediante o reforço de verbas próprias. Por conseguin-te, o financiamento do FPSB passou de 512 mil euros/ano para 900 mil/ano. Os valores aplicáveis ao Seguro de Aciden-tes Pessoais foram substancial-

mente aumentados, passou a vigorar a isenção do pagamento de IRS no que se aplica às com-pensações específicas recebi-das pelos bombeiros, quando da sua actividade voluntária ao serviço do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Flores-tais (DECIF). Falamos, portan-to, de um alargado número de resultados, para os quais este espaço é de todo limitado para elencar com o devido pormenor. Garantidamente, ao longo dos últimos 15 anos, nunca se fez tanto em tão pouco tempo. Atente-se ainda ao Projecto “Bombeiros Século XXI”, pro-movido pela LBP, em articula-ção com a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), enquadrado nos objectivos definidos pelo Programa Operacional do Po-tencial Humano (POPH), no âm-bito do Programa de Formação--Acção para Entidades de Eco-nomia Social. Preocupámo-nos e por essa via concretizámos os

nossos compromissos e todo um imenso manancial de pro-postas e outros protocolos. Pro-metemos e cumprimos.

BP – Mais uma vez não foi possível encontrar uma lista única, de consenso. Porquê?

JMS – Relativamente a esse aspecto, considero que muitas diferenças nos separam da can-didatura concorrente e isso pa-rece-me ser, desde logo, entra-ve no plano da formação de lis-tas de consenso. Nós vivemos e sentimos a causa dos bombei-ros com total desprendimento de interesses, senão os de or-dem orgânica e funcional da LBP e das suas federadas. O consenso nem sempre significa, em meu entender, a melhor so-lução. Por mais que as partes procurem compatibilizar-se há sempre aspectos estruturais de fundo que não se interligam e acabam, quase sempre, por dar resultado negativo.

BP – Olhando para o seu

perfil enquanto elemento li-gado ao sistema há vários anos, qual considera ser a sua mais-valia para liderar este sector?

JMS – Tenho uma experiên-cia de bombeiro com mais de 50 anos. Conheço os bombeiros de Portugal em todas as suas vertentes. Fui comandante, presidente de federação, conse-lheiro regional, conselheiro su-perior, entre muitas outras fun-ções exercidas, sempre no âm-bito das estruturas representa-tivas dos bombeiros. Nunca fiz parte do outro sistema, nunca me deixei seduzir por lugares de nomeação política, estive sempre do mesmo lado: o dos bombeiros. Acresce-me dizer que fui sempre um homem li-vre, expressando a minha opi-nião, não me deixando intimi-dar por qualquer tipo ou orien-tação de poder. Fui sempre igual a mim próprio: um bom-beiro de Portugal, de base, que

não abdica, em circunstância alguma, dos seus ideais e con-vicções.

BP – Uma das propostas comuns aos dois candidatos é a sustentabilidade dos corpos de bombeiros. Que tipo de Lei de Financiamento defende?

JMS – Do nosso ponto de vista, o financiamento das as-sociações e corpos de bombei-ros deve assentar num modelo de Tipificação e de responsabili-zação social, envolvendo o Go-verno, os Municípios e a Socie-dade Civil. Deve obedecer a no-vos critérios, consagrados em Lei, extinguindo o actual e de-sajustado PPC. Todavia, devem ser mantidos, sem qualquer tipo de prejuízo, todos os apoios já recebidos, resultantes de acordos específicos e da contra-tualização de serviços, nas áreas do INEM, do SNS e do DECIF/Circulares Financeiras, incluindo os rendimentos obti-

CTE JAIME MARTA SOARES

“O nosso projeto configura o sentir dasEntrevista: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

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15SETEMBRO 2014

A entrega da lista “Pelos Bombeiros, por Portugal”, liderada pelo comandante Jaime Marta Soares, designada por Lista B, foi entregue pelo mandatário nacional, Álvaro Guerreiro, no passado dia 22

dos pelas associações através de fontes próprias e outras.

Sem prejuízo da melhoria das nossas propostas, que já se encontram na posse do Gover-no, decorrente das conversa-ções ao longo do mandato, acreditamos que a Lei de Finan-ciamento será, a breve trecho, uma realidade, de acordo com o projecto perfilhado pela LBP.

BP – Relativamente ao modelo organizativo dos bombeiros é defendida por ambas as candidaturas a criação de um comando au-tónomo para os bombeiros. O que poderá o sector espe-rar desta promessa eleito-ral?

JMS – Juntamente com a Lei do Financiamento parece-nos que é prioritária a institucionali-zação do Comando Autónomo de Bombeiros, numa lógica de autonomia destes no Sistema Nacional de Protecção e Socor-ro, por via da criação de mode-los e mecanismos de organiza-ção administrativa e operacio-nal que recuperem a identidade dos corpos de bombeiros no âmbito do mesmo sistema e, ao mesmo tempo, reorganizem as anteriores zonas operacionais, com competências ao nível ope-racional e de comando.

Neste contexto, pugnaremos para que, à semelhança do que se passa nos outros países da Europa e do Mundo, a coorde-nação global do sector de Pro-tecção Civil seja da competên-cia da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a res-ponsabilidade do comando das operações de protecção e so-corro seja dos Bombeiros, inte-grado na orgânica da Direcção Nacional de Bombeiros. Por sua vez, para esta, defendemos um novo quadro orgânico, configu-

rado em condições de autono-mia, independência, reforço de competências e orçamento pró-prio.

BP – Na área da saúde, nomeadamente no que diz respeito à relação com o INEM, e com o próprio Esta-do, em matéria de transpor-te de doentes não urgentes, que defende?

JMS – Defendo que os bom-beiros têm de ser respeitados à dimensão da importância do serviço social que prestam, pelo que não comungamos das res-trições que o Estado vem colo-cando nesta área. Essa tem sido a nossa permanente bata-lha nas negociações com os vá-rios departamentos governa-mentais, defendendo com fir-meza e determinação os inte-resses dos bombeiros. Acreditamos que o novo Regu-lamento, para o qual demos o nosso contributo, interpretando os pontos de vista das nossas estruturas e cuja publicação se aguarda, dará resposta aos in-vestimentos efectuados pelas associações de bombeiros na dotação de recursos, à qualida-de do serviço assegurado e aos interesses das populações.

Relativamente ao INEM, por-que os bombeiros garantem mais de 60 por cento do serviço assegurado por aquele institu-to, defendemos que é impor-tante pugnar pela integração de um director não executivo na respectiva administração, em representação da LBP, para além da participação no Conse-lho Científico. Isto à luz de uma estratégia abrangente que compreenda soluções para uma melhor cobertura do território nacional ao nível do socorro na emergência, reclamando, para os bombeiros, o reforço da sua

capacidade de intervenção aos vários níveis do Sistema Inte-grado de Emergência Médica. De igual modo, porque desajus-tado da realidade e, sobretudo, das exigências actuais, defen-demos a urgente revisão do protocolo acordado em tempo pelas duas entidades: INEM e LBP.

BP – Como é que o país poderá manter e incentivar o voluntariado?

JMS – A nossa principal pro-posta para esta área, sem pre-juízo de outras, reside na cria-ção do Cartão Social do Bom-beiro. Pensamos ser um modelo moderno e inovador a nível dos incentivos ao Voluntariado, cujo projecto a apresentar ao Gover-no prevê o envolvimento do Es-tado (Poder Central + ANPC), o Poder Local (CIM’s + Câmaras Municipais + Freguesias) e a Sociedade Civil (Empresas +

Instituições). Para o Cartão So-cial estão reservados vários be-nefícios, nomeadamente no que concerne às taxas moderado-ras, ao processo de reforma e a outros aspectos que reconhe-çam, com amplitude e dignida-de, por parte dos poderes insti-tuídos, o papel desempenhado pelos bombeiros portugueses na sociedade. Temos estado a estudar com rigor a viabilidade deste projecto, porquanto está em causa a recuperação de al-guns benefícios que o anterior Conselho Executivo permitiu que fossem retirados. Falo, por exemplo e objectivamente, da isenção do pagamento de taxa moderadora nas consultas hos-pitalares.

BP – E os municípios, têm feito o que devem?

JMS – Os municípios são uma parte essencial na vida dos bombeiros portugueses, haven-

do casos ao longo do país onde se destacam como o garante de uma boa parte do financiamen-to das associações e corpos de bombeiros existentes nas res-pectivas áreas de jurisdição. Defendemos que os apoios dos municípios têm de ser transver-sais e não podem depender de critérios isolados ou, como por vezes acontece, da simpatia dos autarcas pelos responsá-veis associativos. Significa, por-tanto, que o papel dos municí-pios, em matéria de financia-mento do sistema de protecção civil, tem de ser definido e devi-damente enquadrado na futura Lei de Financiamento, de resto, conforme temos vindo a defen-der na mesa das negociações com o Governo. E, nesse aspec-to, é crucial, também, o modelo de Tipificação, enquanto instru-mento normalizador, que res-ponda às características do ris-co, à geografia e a outras facto-res que, uma vez convertidos matematicamente, determinem a justeza dos apoios a conceder aos bombeiros.

BP – Alvo de várias altera-ções recentes, a Escola Na-cional de Bombeiros está num bom caminho?

JMS – Consideramos que sim. São notórios e reconheci-dos pelos próprios comandan-tes de bombeiros os efeitos das opções que estão a ser toma-das, que apontam no sentido de levar a Escola cada vez mais aos bombeiros e não o inverso. Continuamos e continuaremos a ser defensores da descentrali-zação da Escola, por via de uma maior cobertura do país através da instalação de Unidades Lo-cais de Formação, olhando à disponibilidade e às caracterís-ticas do voluntariado. Mas para que isso aconteça é também necessário rever todo o proces-so de financiamento da forma-ção. Desde 2005 que o assunto não é encarado de frente pela

ANPC. A Escola recebe anual-mente para tudo – funciona-mento, pessoal e formação – 2,8 milhões. Isto não pode con-tinuar, sob o risco de se perder capacidade e qualidade.

BP – Numa visão mais in-terna, e olhando para a Liga dos Bombeiros Portugueses como instituição que serve os bombeiros, a casa precisa de ser arrumada?

JMS – Arrumar tem sido a nossa actividade permanente, intra e extra LBP, desde o dia em que assumimos funções. Pensamos que o culminar dessa tarefa ocorrerá quando tiver-mos a oportunidade de nos mu-darmos para o novo edifício-se-de, o Palácio de São Cristóvão, no Passo do Lumiar, recente-mente cedido pela Câmara Mu-nicipal de Lisboa, por sensibili-zação do actual Conselho Exe-cutivo e para o qual se perspec-tiva a instalação dos serviços da LBP, numa nova lógica de orga-nização e modernidade.

Ao mesmo tempo, pensamos também que há necessidade de promover uma revisão estatu-tária, que potencie o papel coo-perante das federações, racio-nalize a estrutura dirigente, que de momento é excessivamente pesada, e institucionalize a fi-gura de secretário-geral, para efeitos de reestruturação e orientação dos serviços.

Ambicionamos ainda que a LBP seja uma IPSS ou equipa-rada, bem como elevada à con-dição de Parceiro Social, sem esquecer a mais-valia que po-derá representar a sua partici-pação no Conselho de Concer-tação Social.

BP – Já em 2011, a remu-neração do presidente da Liga foi um dos temas abor-dados de forma diferente pelos dois candidatos. Man-tém a sua posição. Deve ou não ser remunerado?

JMS – Disse atrás que não abdico, em circunstância algu-ma, das minhas convicções. Nessa mesma ordem de pensa-mento volto a afirmar o que dis-se há três anos: receber um sa-lário pela ocupação do cargo de presidente é coisa que não se coaduna com a minha maneira de ser. Considero impensável e impraticável, designadamente, quando por este país uma ele-vada percentagem de cidadãos bombeiros voluntários se vêem confrontados com a situação de desemprego e, muitos outros vivem situações extremamente difíceis.

BP – O que irá fazer em caso de derrota?

JMS – A derrota é algo que não faz parte do meu pensa-mento e muito menos do pron-tuário do bombeiro português. Servir, não me servindo, é o meu lema e a minha prática de vida.

– “PELOS BOMBEIROS, POR PORTUGAL”

associações e corpos de bombeiros”

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16 SETEMBRO 2014

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Vouzela, que assi-

nalou, no passado mês de ju-lho, 129 anos de existência, uma data importante, que exi-ge redobrada responsabilidade na renovação do compromisso assumido com esta comunidade do distrito de Viseu.

No quartel-sede e na Seção Destacada de Campia cerca de 80 operacionais dão todos os dias o seu melhor, tanto nos di-ferentes teatros de operações, como nas ações dinamizadas pela associação. Esta é uma equipa que não hesita em “dar cara” pelas diferentes campa-nhas que visem a angariação de fundos e em “arregaçar as mangas” nas mais distintas ta-refas e obras de beneficiação das instalações, segundo res-salvam o presidente da direção, Carlos Lobo e o comandante Joaquim Tavares.

A participação nas festas do concelho e promoção de um conjunto de eventos, garantem à associação verbas substan-ciais a que se somam os apoios da população que “muito acari-nha os seus bombeiros”, mas também das empresas locais e da autarquia.

“Há muitos anos que a Câ-mara Municipal de Vouzela, in-dependentemente da cor políti-ca do executivo, prova ser ami-

ga e estar atenta às nossas ne-cessidades. Nunca nos faltou”, diz o comandante, adiantando que “esse apoio vai muito para além do subsídio mensal para fazer fase aos ordenados dos 11 funcionários da instituição”.

Esta cooperação tem permiti-do aos Voluntários de Vouzela investir em meios para os ope-racionais:

“Temos feito um esforço para equipar, convenientemente, os nossos bombeiros. Ainda, re-centemente, investimos cerca de 40 mil euros na segurança do corpo ativo”, realça o presi-dente da direção.

O comandante dá conta do processo de renovação e mo-dernização do parque de viatu-

VOUZELA

Prontidão fora e dentro do quartelSobram elogios e agradecimentos da direção e do comando aos

cerca de 80 operacionais que servem no Corpo de Bombeiros Voluntários de Vouzela, tanto no quartel sede, como na seção

destacada de Campia.Homens e mulheres bem preparados garantem à população uma

resposta de qualidade e todo o apoio à associação. Nos teatros de operações, como noutros cenários, prontidão é

palavra de ordem

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

ras, há poucos meses reforçado com uma ambulância de socor-ro e uma outra de transporte múltiplo.

Naturalmente animado pelos resultados obtidos pela equipa que lidera, o dirigente salienta que, em “tempos difíceis” a es-tabilidade financeira desta insti-tuição só é possível com “uma boa e a rigorosa gestão”. Por outro lado, fala ainda “do espíri-to de união e da entrega de bombeiros motivados e deter-minados em contribuir para o engrandecimento desta institui-ção”.

A vasta mancha florestal e a A25 merecem atenção redobra-da destes operacionais, que, no entanto, não descuram outro

tipo de perigos, nomeadamente nas novas áreas industriais do concelho.

Para responder a estes e a muitos outros desafios, o co-mando, com o beneplácito e pa-trocínio da direção, muito tem investido na formação, “sobre-tudo nas áreas da saúde e de-sencarceramento, mas também de matérias perigosas e salva-mento em grande ângulo”.

“Estamos sempre muito atentos à formação e não des-curamos a instrução semanal” diz o comandante, defendendo que só desta forma “é possível dar uma resposta de qualidade às cerca de 12 mil habitantes do concelho de Vouzela.

A dinâmica desta equipa abre caminho à entrada de jo-vens norteados pelo desígnio de servir o próximo e engros-sar as fileiras do voluntariado

que, por aqui, exala vitalidade, não sendo, por isso, difícil as-segurar a renovação do corpo ativo.

Aos comandos do corpo de bombeiros desde 1998, Joa-quim Tavares dá conta de um “grupo, cada vez mais unido e coeso”, numa casa onde todos se sentem na obrigação de “dar tudo”.

Assim sendo, projetos não faltam. Depois da inauguração, em 2012, do operacional quar-tel de Campia, terá chegado a ocasião para intervir no com-plexo-sede onde para além de pequenos melhoramentos, es-sencialmente para garantir ganhos energéticos, a requalifi-cação de um pavilhão polivalen-te e a instalação de “um mini auditório” para formação, ga-nha caráter de urgência “a substituição da cobertura de

amianto”. A empreitada está devidamente orçamentada e será, certamente, um projeto a concretizável a breve trecho.

Apesar do corpo de bombei-ros constituir prioridade, a as-sociação não descura o apoio à fanfarra, atualmente com 39 elementos. Este grupo com per-gaminhos, que, em tempos idos, percorreu todo o País tem, agora, uma agenda mais restri-ta, mas mantém, como no pas-sado, o estatuto de “alfobre” de novos bombeiros, que importa, obviamente, manter.

Em várias frentes, trabalho é o lema dos Voluntários de Vou-zela, que não obstante a situa-ção difícil que enfrentam estas associações de norte a sul do País, consegue manter e até elevar os padrões de qualidade, com que desde 1885 serve as gentes deste concelho.

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17SETEMBRO 2014

Basta consultar as páginas das últimas edições do Jornal Bombeiros de Por-

tugal para confirmar que no quartel dos Voluntários de Can-tanhede há espaço para todo o tipo de atividades, num frene-sim que extravasa, aliás, os do-mínios da instituição e chega a todos cantos e recantos do con-celho,

Direção e comando dão o rosto por um enorme e unido grupo determinado em garantir excelência a todas as missões, quer a nível operacional, quer nas vertentes mais associativas e de proximidade com a comu-nidade.

Sem descurar a proteção e socorro às populações, um total de 118 operacionais desdo-bram-se em várias outras ações nos domínios da divulgação do trabalho da instituição, sensibi-lização, formação e informação dos cidadãos. Esta ligação às gentes da terra traduz-se em todo o tipo de apoios e contri-butos e “cada vez mais associa-dos”, como revela o comandan-te Jorge Jesus.

A Câmara Municipal de Can-tanhede não escapa a esta ver-dadeira onda de apoio à asso-ciação e ao corpo de bombei-ros, cumprindo com todos os acordos estabelecidos, mas também com a disponibilidade para ouvir, analisar e validar to-das as propostas que promo-vam e beneficiem os bombeiros do município,

Da mesma forma, também as empresas da região há mui-to firmaram contratos de coo-peração com os voluntários, que “recusam andar de mão estendida” e “começar por dar, antes de receber”. Nesse senti-do, a instituição já assegurou a formação de centenas de tra-balhadores de vários setores de atividade e, em troca, ga-nhou um número expressivo de “Sócios-empresa”.

Para além destas iniciativas, muitas outras de índole des-portiva, cultural, recreativa ou até gastronómica, integram um amplo e diversificado pro-grama de atividades que asse-gura recursos importantes para formar e equipar o efeti-vo.

São grandes os desafios deste corpo de bombeiros num território com 14 freguesias e mais de 37 mil habitantes. A importante mancha florestal, os vários polos industriais e as

praias apresentam riscos que exigem uma forte aposta na formação alicerçada num com-pleto e rigoroso plano, que “é cumprido à risca”.

A proteção individual dos homens e mulheres do quartel de Cantanhede, determinam grandes investimentos, porém “mais que justificados” até porque a segurança dos bom-beiros “não tem preço”.

Numa outra vertente, o co-mandante salienta também que

o parque de viaturas dá garan-tias de operacionalidade;

“Contamos com mais de 50 viaturas. Conseguimos, nos úl-timos anos, não só reforçar como renovar a frota, nas áreas da saúde e de combate a incên-dios” garante Jorge Jesus, ain-da que reconheça a necessida-de de um novo Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI) e de mais duas ambulâncias, la-cunas que, certamente, serão supridas em breve.

Já na Seção Destacada da To-cha, criada em 1996, e, atual-mente, com uma guarnição de 26 bombeiros dispõe de “uma viatura de cada valência”, o que permite reforçar e otimizar a atuação dos Bombeiros de Can-tanhede.

Refira-se que, para além do enorme volume de ocorrências diárias, durante todo o ano - “cada vez mais” -, no verão este corpo de bombeiros ainda assegura a vigilância das praias e piscinas fluviais, integra o

Dispositivo de Combate a In-cêndios Florestais e, entre mui-tos outros serviços prestado à comunidade, ainda disponibiliza um efetivo diário de 25 opera-cionais e três viaturas à Expofa-cic, o mais importante certame da região, que no mês de julho leva milhares de visitantes a Cantanhede,

Tão grande capacidade de resposta só é possível com mui-ta organização, “empenho do corpo de bombeiros” e a “com-preensão das suas famílias”, faz questão de salientar o coman-dante.

Também Hugo Oliveira, Co-mandante Operacional Munici-pal, de visita ao quartel, reco-nhece o “trabalho, a todos os títulos, notável da direção e do comando”, bem como “os ele-vados níveis de motivação do corpo ativo”, desta forma diz ter a sua missão facilitada, ali-

geirada por uma sólida parce-ria.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede pode, ainda, orgu-lhar-se da sua fanfarra abri-lhantada por cerca de meia centena de elementos com ida-des compreendidas entre os 5 e os 70 anos, “com muitos jo-vens”, que já no próximo ano serão convidados a ingressar na Academia de Infantes e Cade-tes e a dar o “pontapé de saída” a um novo projeto da institui-ção.

A assinalar o 112,º aniversá-rio, esta é uma associação que não acusa qualquer desgaste é, aliás, exemplo de rejuvenesci-mento, “fenómeno” que Jorge Jesus atribui ao “excelente rela-cionamento entre o comando e a direção”, salientando entrega do presidente Adérito Machado a esta nobre causa.

CANTANHEDE

A bem dos bombeiros tudo é possívelA centenária Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC), fundada a 24 de agosto de 1902,

sempre se adaptou aos novos desafios e realidades, assumindo-se, hoje, como uma

instituição ainda mais “viva” e com engenho para “fazer acontecer”.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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18 SETEMBRO 2014

Os Bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães

resgataram 5 turistas ale-mães da margem rochosa e íngreme do rio Douro onde se refugiaram depois da embar-

cação semelhante a um caia-que onde se deslocavam se ter virado e partido.

Os turistas deslocavam-se na embarcação quando, por influência do cruzamento com

outra de maior envergadura, quando navegavam na zona do túnel da Rapa, a ondulação provocada acabou por lançar todos no rio. As vítimas do acidente acabaram por nadar

para a margem e esperar a chegada dos bombeiros.

O resgate foi feito com o apoio de um veículo de ma-nutenção do caminho-de-fer-ro cedido pela Refer, por ser o

único meio de acesso ao lo-cal. Aí chegados, os bombei-ros auxiliaram os turistas a vencer a encosta íngreme e rochosa. Depois, chegados à estação do caminho-de-ferro

de Foz do Tua, por não apre-sentarem ferimentos nem outras sequelas, puderam então, em segurança, pros-seguir o passeio interrompi-do.

CARRAZEDA DE ANSIÃES

Operacionais salvam turistas

Um dos dois banhistas atingidos por uma onda em Cascais, depois de estabilizado pelos

bombeiros e por um técnico do INEM, foi evacua-do num helicóptero da Força Aérea.

Os Bombeiros Voluntários de Cascais e a mota de emergência do INEM foram chamados a socor-rer duas vitimas na zona do Mexilhoeiro, entre a Boca do Inferno e o Farol da Guia, em Cascais. Um deles apresentava escoriações ligeiras e, de-pois de tratado pelos bombeiros e pelo técnico do INEM, saiu do local pelo seu pé, acompanhado

por eles, e o outro, depois de lhe terem sido diag-nosticadas várias fraturas, acabou por ser eva-cuado de helicóptero.

O local é de difícil acesso e toda a zona envol-vente de arribas apresenta grande instabilidade.

A zona é muito frequentada, não só por ba-nhistas mas, também, por pescadores, não obs-tante a proibição existente para o seu acesso. Os avisos ali colocados, quer pela Câmara Municipal de Cascais, quer pela Autoridade Marítima, têm sido, sucessivamente, vandalizados e destruídos.

CASCAIS

Banhista ferido resgatado por heli

Os Bombeiros Voluntários de Felgueiras empenhados no

combate à evasão das vespasvelutinas equiparam-se com

fatos de apicultores, um pulve-rizador para aplicação de inseti-cidas (permetrina, cipermetri-na, deltametrina ou SO2) e um aparelho para incineração a gás.

Vários ninhos das vespas asiáticas, como vulgarmente são conhecidas, foram localiza-dos nos últimos dias em vários pontos do município de Felguei-ras, e assim, correspondendo às solicitações da população, os Bombeiros Voluntários de Fel-gueiras com a colaboração do

veterinário da cooperativa agrí-cola local, procederam à des-truição de vários ninhos desta praga.

Esta vespa originária da Chi-na terá sido introduzida aciden-talmente na França, tendo-se espalhado pelo norte de Espa-nha e pelo norte de Portugal sendo um predador de outras vespas e abelhas, afetando di-retamente a produção de mel

com a destruição massiva dos apiários, afetando indiretamen-te a agricultura pondo em risco colheitas de frutos, tendo em conta que os principais agentes da polinização são as abelhas.

Os ninhos de forma redonda ou de pêra podem atingir cerca de 80 centímetros de diâmetro e por norma são feitos em lo-cais altos, geralmente nas cor-nijas das casas ou em árvores com altura superior a 5 metros.

Esta vespa que pode atingir três centímetros, não é consi-derada mais perigosa para os seres humanos do que a euro-peia, e só atacam quando se sentem ameaçadas.

FELGUEIRAS

Voluntários no combate à vespa asiática

Os Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, rece-

beram recentemente um pe-dido de socorro para extin-guir um incêndio urbano, em plena cidade da Régua, no Bairro Verde. Chegados ao local, informados de estaria uma criança no interior do apartamento, rapidamente procederam a uma busca pri-mária sem detetar a referida presença. Posteriormente, um vizinho dissipou essa

preocupação ao informar que a criança teria saído pelos próprios meios, minutos an-tes da chegada dos bombei-ros.

Foram montadas duas li-nhas de mangueira para combater o incêndio, com a ajuda da autoescada.

Devido há existência de muita carga térmica, o com-bate durou cerca de duas ho-ras, não se tendo apurado as causas do incêndio.

A proprietária da habitação teve que receber tratamento no Hospital de Lamego, devi-do a ligeiras queimaduras.

Ficaram desalojadas três pessoas, que receberam a ajuda da Câmara Municipal, através dos técnicos de ser-viço social e até dos vizinhos.

No local estiveram 21 bombeiros, agentes da GNR da Régua, Proteção Civil Mu-nicipal e vereadores da Câ-mara Municipal.

RÉGUA

Três desalojados em incêndio urbano

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19SETEMBRO 2014

PORTALEGRE

Mergulhadores localizam vítima na Barragem do Caia

Na sequência do desapare-cimento ocorrido no dia

23 de agosto, de um jovem de 21 anos, na Barragem do Caia, o Núcleo de Mergulho dos Bombeiros do Distrito de Portalegre (NMERG 12) de-senvolveu mais uma opera-ção, neste caso, para recu-perar o corpo da vítima.

No final da tarde de do-mingo dois jovens terão ten-tado nadar até uma pequena ilha, que se forma com a re-dução do nível das águas da barragem, contudo, devido à distância, decidiram regres-sar ainda no percurso de ida, mas apenas um conseguiu chegar a terra.

Eram cerca das 17h quan-do foi dado o alerta, tendo-se de imediato deslocado para o local uma ambulância de so-

corro e uma equipa de mer-gulhadores dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior, assim como, a ambulância de suporte imediato de vida do INEM sediada em Elvas e meios da GNR. Foi ainda acionado o NMERG 12, que disponibilizou para o local, para além do seu supervisor, mais quatro mergulhadores.

As operações de busca prolongaram-se pela noite dentro, e segundo Simão Velez, Supervisor do NMERG 12, houve necessidade “de validar uma extensa área da barragem”, sendo que o cor-po do jovem só foi localizado depois das 2.30h.

Nesta operação o NMERG 12 utilizou, pela primeira vez, uma câmara de vídeo subaquática, recentemente

adquirida, “um equipamento que marca a diferença em al-guns cenários, uma vez que permite não só substituir a

imersão de um mergulhador, como recolher imagens suba-quáticas de elevada qualida-de”.

Os Bombeiros Voluntários de Viatodos protagonizaram com su-cesso, em 27 de agosto último, o resgate de um homem do

fundo de um poço onde se encontrava ferido e inconsciente.O pedido de socorro foi recebido pelos bombeiros às 15 horas

para socorrerem um homem que se encontrava no fundo de um poço e que deixara de responder para a superfície.

De imediato, deslocaram-se para o local 8 bombeiros em 3 via-turas operacionais (ABSC, VLCI e VCOT).

Chegados ao local depararam-se com um homem no fundo do poço e inanimado sobre uma bomba com um motor a gasolina em funcionamento, presumivelmente devido à inalação dos gases li-bertados.

Enquanto procediam à descida ao poço para resgatar a vítima os Voluntários de Viatodos solicitaram a presença da viatura médica (VMER) sediada no Hospital de Barcelos.

Ao descer ao poço com o equipamento de proteção individual adequado a equipa de bombeiros desligou de imediato o motor da bomba e com a ajuda de cintos conjugados procedeu ao resgate da vítima para a superfície. Esta mantinha-se inconsciente e apresen-tava queimaduras nos membros inferiores provocadas pelo tubo de escape do motor.

Após o resgate a vítima foi socorrida pelos bombeiros e pela equipa da VMER. Concluída a sua estabilização foi então encami-nhado pelos bombeiros para a unidade hospitalar.

VIATODOS

Resgate do poçoOs Bombeiros Voluntários do

Peso da Régua foram cha-mados a mais uma situação de parto eminente. Desta feita passou-se em 21 do corrente, pelas 12.17h., no lugar da Dou-rolar.

Chegados ao local, a tripula-ção da ambulância de socorro constituída (……..) verificou que um recém-nascido do sexo fe-minino, acabara de nascer. Conforme nos referiu o coman-dante António Fonseca, os bombeiros efectuaram logo a respectiva avaliação clínica do bebe e da parturiente.

Posteriormente, chegou o apoio diferenciado da SIV de Lamego, realizando então uma avaliação mais pormenorizada do estado clínico de ambos.

Mãe e filha foram, depois, transportadas para o Hospital Distrital de Vila Real de perfeita saúde.

“Parabéns a todos os interve-

nientes da ocorrência e muita saúde e felicidades para a famí-lia, são os votos de todos os Bombeiros do Peso da Régua” foi a mensagem enviada a to-dos pelo comandante dos Vo-luntários do Peso da Régua, An-tónio Fonseca.

RÉGUA

Menina deu boas-vindasaos bombeiros

Os Bombeiros Voluntários de Lordelo foram chamados no passa-do dia 23 para prestar socorro a uma situação de trabalho de

parto. A equipa constituída pelo subchefe Armando Alves, o bom-beiro 2.ª Ricardo Oliveira e a bombeira 3.ª Ana Augusto.

São os próprios bombeiros que relatam, “que já a caminho do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa em Penafiel e com a colabo-ração da equipa da Viatura Médica Emergência e Reanimação do CHTS Penafiel realizou-se o parto”.

Eram 21:32 horas e, a menos de 1 quilómetro do hospital, “ a menina Maria Valentina resolveu presentear toda a equipa com um parto de sucesso.”A foto, colhida no CHTS, atesta bem a satisfação dos bombeiros pelo dever cumprido.

LORDELO

Maria nasce na ambulância

Quando a tripulação da ambulân-cia dos Bombeiros Voluntários

de Soure arrancou com a parturien-te Patrícia Santos da sua residência, em Degracias, a caminho da Mater-nidade Bissaya Barreto, em Coim-bra, admitia-se que seria possível lá chegar sem sobressaltos.

Mas os gémeos, prestes a nascer, aceleraram o passo e puseram à prova, com êxi-to, os três bombeiros, Carlos Cardoso, bombeiro de 1.ª, e Adriana Nogueira e Tiago Nunes, bom-beiros de 3.ª.

O primeiro gémeo, Rui, nasceu passados dois quilómetros da saída de casa de casa. O outro gémeo, Duarte, veio ao mundo 45 minutos mais tarde, a cerca de dois quilómetros do destino.

A calma demonstrada pela parturiente, quando

os três bombeiros chegaram a sua casa deixou-os à partida tranquilos.

Segundo a bombeira Adriana No-gueira, “pensei que conseguíamos chegar à maternidade, mas quando arrancámos, a mãe começou a ter muitas contrações seguidas e vi que tinha de ser ali”.

Os três bombeiros não escondem a satisfação do sucedido como “uma experiência única”. Para o bombeiro de 1.ª Carlos Cardoso, “há sempre receio porque são duas crianças, mas correu tudo bem”.

Tiago Nunes também não esconde a alegria que sentiu “quando nasceu o primeiro foi espeta-cular. Levei-o nos braços até à maternidade”.

O parto precipitou-se contra o previsto já que só era aguardado dentro de duas a três semanas.

SOURE

Parteiros a dobrar

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20 SETEMBRO 2014

A Câmara Municipal de Elvas e a Associação dos Bombeiros

Voluntários de Elvas estabele-ceram um protocolo no início do mês para a cedência de uma viatura da autarquia àquela ins-tituição.

A entrega da viatura verifi-cou-se em 5 de setembro últi-mo, durante uma cerimónia sin-gela realizada no quartel dos Bombeiros Voluntários de Elvas. A Câmara Municipal de Elvas fez-se representar pelo próprio presidente, Nuno Mocinha, en-quanto João Bugio, presidente da direção, representou a Associação.

O veículo em causa é uma Viatura Ligeira de Combate a Incêndios (VLCI), que vai estar ao serviço da corporação, numa altura ainda parti-cularmente crítica já que, apesar das oscilações

climatéricas, ainda nos encontramos em época de risco de fogos. Por outro lado, o VLCI cedido pela Autarquia vai permitir aos Bombeiros Volun-tários de Elvas substituir uma outra viatura ligeira que ficou inoperacional recentemente.

ELVAS

Autarquia cede viatura

Os Bombeiros Municipais de Gavião adquiriram recentemente um kit de comunicações suba-

quáticas composto por duas unidades de mergu-lhador e uma unidade de superfície, em sistema wireless.

Com apoio do QREN, no âmbito de um concur-so conduzido pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Portalegre foi, assim, possível adquirir entre equipamento.

Segundo Simão Velez, adjunto de comando dos Municipais de Gavião, e supervisor do Núcleo de Mergulho dos Bombeiros do Distrito de Porta-legre este investimento permite “alterar de forma relevante a ação do mergulhador”, pois, “por um lado, aumenta a perceção de “acompanhamento”

com a superfície, por outro, melhora a eficiência do trabalho desenvolvido, uma vez que permite a comunicação verbal com outros mergulhadores em trabalho e que, naturalmente, possuam a mesma tecnologia. Para quem supervisiona per-mite antecipar decisões e favorece a segurança da operação”.

Em funcionamento desde meados de agosto, e após práticas de treino a adaptação, os mergu-lhadores de Gavião já utilizaram o sistema em três missões de diferente, sendo o balanço “ex-traordinariamente favorável”.

GAVIÃO

Municipais investemem comunicações subaquáticas

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Portimão recebeu hoje, numa cerimónia que teve lugar no quartel-sede, um conjunto de equipamentos de proteção e in-tervenção, bem como um veí-culo florestal de combate a in-cêndios. A sessão solene incluiu ainda a assinatura de um con-trato-programa com a autar-quia que estabelece o quadro cooperação e funcionamento no âmbito da estrutura municipal de proteção civil.

A sessão presidida pela Isilda Gomes, que, depois de receber as honras da companhia ali pro-cedeu à entrega dos equipa-mentos adquiridos com verbas angariadas junto da sociedade civil, que incluem: 15 peças fa-ciais para Aparelho Respirató-rio, com o contributo do ator Fernando Mendes; 1 detetor multigás para atmosferas peri-gosas, (Hotel Penina); 3 pernei-ras de proteção para operador de motosserra e 50 tapa-nucas para capacetes de combate, (Junta de Freguesia de Porti-mão); 200 metros de cabo para operações de salvamento em grande ângulo, ( Mrs. Wagner - ALGARVEAGLES)

A Câmara Municipal de Porti-mão entregou o veículo flores-tal de combate a incêndios, ad-

quirido ao abrigo do PO Algarve 21, numa candidatura regional da AMAL, assumindo o municí-pio o valor da comparticipação nacional. Este viatura permite reforça a capacidade de inter-venção do corpo de bombeiros e sinaliza o início de um exigen-te plano de renovação da frota do quartel.

Ainda nesta ocasião foi assi-nado pelos presidentes da Câ-mara Municipal e da direção do Voluntários de Portimão um contrato-programa que, duran-te os próximos seis meses, ga-rante sustentabilidade financei-ra, logística e a prontidão do dispositivo operacional do corpo de bombeiros, às cerca de cinco mil ocorrências, anualmente, se registam neste concelho algar-vio.

A presidente da autarquia aproveitou a oportunidade para realçar o trabalho desenvolvido pelos Bombeiros de Portimão na segurança dos munícipes e de todos quantos visitam esta

região, deixando uma palavra de esperança e de confiança no futuro desta unidade operacio-nal, que “já é uma referência nacional”.

O quadro de cooperação ago-ra estabelecido com os bombei-ros, inclui ainda a concentração de toda a estrutura operacional da Proteção Civil Municipal no quartel, e a operacionalização de um Centro Municipal de Ope-rações de Proteção e Socorro, que deverá ser inaugurado já em outubro, contemplando além da sala de operações e co-municações, espaços de co-mando, controlo e monitoriza-ção, áreas técnicas e de planea-mento de proteção civil e defe-sa da floresta, assim como capacidade para, em situações de exceção, albergar a Comis-são Municipal de Proteção Civil, para a respetiva coordenação institucional.

A manhã culminou numa de-monstração prática dos meios agora adquiridos, com um exer-cício de resgate de uma vítima com recurso à equipa de salva-mento em grande ângulo e uma pequena demonstração da abordagem a um cenário envol-vendo matérias perigosas, com o intuito de dar a conhecer a quem nos apoiou o fim dos va-lores angariados.

PORTIMÃO

Voluntários recebem veículoe assinam contrato

Os Bombeiros de Aveiro - Velhos concluíram o processo de aquisição de uma ambulância de

socorro.Este novo veículo, Ford Transit, conta com di-

verso equipamento de estabilização de vítimas de trauma, assim como de monitorização de parâ-metros vitais e ainda um Desfibrilhador Automá-tico Externo (DAE) que até agora só existia na ambulância do INEM deste corpo de bombeiros. Em comunicado os Voluntários “Velhos”, salien-tam a mais valia desta viatura para a missão de socorrer a população.

AVEIRO

“Velhos” têm nova ABSC

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21SETEMBRO 2014

Os Bombeiros de Vagos, con-tam desde o passado mês

de julho com mais uma ambu-lância, ampliando assim a capa-cidade de resposta em matéria de emergência pré-hospitalar.

Este importante reforço do parque de viaturas só foi possí-vel mercê do trabalho empe-nhado e abnegado de uma co-missão assumiu o compromisso de angariar os fundos necessá-rios para a aquisição da nova ABSC dos Voluntários de Vagos. Integram este grupo, os bom-beiros Jorge Manuel Grave Sil-va, Licínia de Jesus Pequeno e Humberto Carlos Oliveira San-tos e o vogal da direção António Neves.

VAGOS

Emergência reforçada

O quartel dos Voluntários de Ferreira do Alentejo

acolheu, recentemente, a cerimónia de entrega aos operacionais dos novos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para com-bate a incêndios florestais.

Registe-se que este in-vestimento de cerca de 12.500 euros “só foi possí-vel com apoio das empre-sas, das instituições e dos particulares, ou seja da chamada sociedade civil”, conforme sublinham dire-ção e comando.

Marcaram presença nes-ta cerimónia representan-tes de varias entidades concelhias bem como das empresas bem como amigos e associados que colaboraram nesta

bem sucedida campanha de angariação de fun-dos.

FERREIRA DO ALENTEJO

Novos equipamentos

Depois do sucesso da campanha de angariação de fundos realizada em 2013 com a venda de

500 calendários de parede, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Baião re-edita a ação com o calen-dário de 2015.

O ano passado a verba angariada de aproxima-damente 600 euros foi um importante contributo para a aquisição de equipamento técnico diverso para a SAR – Team.

Este ano, o objetivo é recolher fundos que per-mitam a instalação de roll bars no Veículo Flores-tal de Combate a Incêndios (VFCI-06), que não dispõe deste tipo de sistema de segurança para os seus ocupantes.

Os 1000 calendários produzidos para esta campanha estão à venda por três euros no quar-tel, nos estabelecimentos comerciais de Baião aderentes e ou através do Facebook.

BAIÃO

Calendário para instalação de roll bars

A Câmara Municipal de Coimbra procedeu à en-trega simbólica de equipamentos de proteção

individual de bombeiros (EPI) para combate a in-cêndios florestais aos Sapadores de Coimbra, Vo-luntários de Coimbra e Brasfemes.

A entrega insere-se no protocolo estabelecido no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Re-gião de Coimbra (CIM-RC) para a aquisição de EPI para as associações e corpos de bombeiros de 19 concelhos: Arganil, Cantanhede, Coimbra, Con-deixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mea-

lhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Ve-lho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.

Na cerimónia de entrega, o presidente da Câ-mara de Coimbra, Manuel Machado, adiantou que no processo de aquisição liderado pela CIM-RC existiram contratempos que serão sanados em fu-turos concursos e que foi já aberto um novo con-curso para fornecimento do remanescente EPI, em substituição do anterior que ficou deserto.

COIMBRA

Entrega simbólica de EPI MAFRA

Novo quartel inaugurado em 2015

O Corpo de Salvação Pública Bombeiros Voluntários de

Mafra – Associação Humanitá-ria de Bombeiros está a convi-dar a população do concelho a visitar as novas instalações que serão inauguradas em 2015, em data a anunciar mas que deverá coincidir com o aniver-sário dos Bombeiros de Mafra no mês de março. de 2015.

As novas instalações situam--se no Juncal, Carapinheira.

Os Bombeiros de Mafra con-tam, como sempre, com a aju-da da população participando nos eventos que serão, em breve, concretizados. Para já, está previsto um cortejo de oferendas entre os dias 3 a 5 de outubro.

Também em breve vai ser acionado o toque da sirene ao meio-dia.

Os Bombeiros Voluntários de Mafra contam atualmente com uma frota de 17 viaturas, 4 ambulâncias de socorro, uma ambulância de socorro (INEM), 2 veículos de combate a incên-dios florestais, um veículo de

combate a incêndios urbanos, um autotanque, um veículo de desencarceramento e resgate, um veículo de comando e pla-neamento, uma viatura de apoio e transporte de pessoal; uma viatura de apoio auxiliar e administrativo; e 4 ambulân-cias de transporte de doentes.

A área operacional encontra--se dividida por várias fregue-sias do concelho de Mafra, in-cluindo as freguesias de Mafra, Igreja Nova – Cheleiros e a área geográfica total das anti-gas freguesias do Sobral da Abelheira e do Gradil, contando

com quase 108 quilómetros quadrados e uma população residente superior a 24 mil pessoas.

Os Bombeiros Voluntários de Mafra contam com um efetivo de 45 elementos no ativo. Para o comando o efetivo ideal, an-teriormente alcançado, será de cerca de 90 elementos e, para colmatar esta insuficiência, está em curso uma nova cam-panha de recrutamento de bombeiros

(Com a colaboração de Raul Portela,

do jornal “O Carrilhão”)

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22 SETEMBRO 2014

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Riba de Ave inaugurou no passado dia 19 de setembro o novo quartel

numa cerimónia presidida pelo ministro da administração interna, Miguel Macedo.

O moderno parque de viaturas recebeu a missa solene celebra-da pelo arcebispo primaz de Braga, Jorge Ortiga que deixou pala-vras de reconhecimento pelos “atos de solidariedade e amor às próximo feitas pelos saudosos bombeiros voluntários”.

Uma imponente formatura do corpo ativo acolheu as entidades convidadas, que assistiram à bênção e inauguração das novas ins-talações. O ministro da administração interna, Miguel Macedo; o presidente da autarquia famalicense, Paulo Cunha e o presidente da direção Narciso Silva depois do descerramento da placa come-morativa integraram a comitiva numa visita ao novo complexo

operacional construído em terreno cedido pela autarquia de Vila Nova de Famalicão que também comparticipou a obra com um valor de 100 mil euros.

Em breves intervenções, o presidente da direção Narciso Silva e o comandante Manuel Antunes falaram da “concretização de um sonho” patenteado num novo quartel, amplo, moderno e com me-lhores condições para os operacionais.

Nesta ocasião, direção e comando uniram-se nos elogios ao tra-balho do corpo ativo, deixando ainda agradecimentos às famílias dos bombeiros, autarquia famalicenses, e aos associados e benfei-tores que tanto têm colaborado com a instituição.

Entretanto, os Voluntários de Riba de Ave já projetam a cons-trução de uma unidade local de formação (ULF), da mesma forma que se agendam campanhas de angariação de associados e imple-

mentação de meios de gestão associativa e certificação de servi-ços, nomeadamente no âmbito da formação e transporte de doen-tes.

Durante a sessão o presidente Liga dos Bombeiros Portugueses da, Jaime Marta Soares procedeu à entregues de medalhas de mérito vários dirigentes.

Em dia de festa foi também inaugurada uma ambulância de so-corro (ABSC), apadrinhada pela benemérita Virgínia Pedrosa de Abreu.

O novo quartel que se situa junto a um dos acessos à via inter-municipal de Joane-Vizela, resulta de um investimento de cerca de 700 mil euros, montante comparticipado em 70 por cento por de fundos europeus.

Sérgio Santos

RIBA DE AVE

Soldados da paz têm nova casa

Os Bombeiros Voluntários de Lagoa acabam de receber

uma nova viatura urbana de com-bate a incêndios (VUCI), que cus-tou cerca de 215 mil euros, en-tregue no passado dia 19 pelo presidente da Câmara Municipal Francisco Martins.

Na cerimónia de entrega, que decorreu no quartel dos Bombei-

ros de Lagoa, o presidente da Au-tarquia sublinhou que «a doação desta viatura permite melhorar as condições de trabalho dos nos-sos bombeiros, dando-lhes maior eficácia perante as situações de diversa ordem a que diariamente têm de responder».

O autarca sublinhou ainda que a entrega da viatura se integra na

«preocupação do atual executivo camarário que, já no ano de 2014, atribuiu outras verbas, no-meadamente 209 mil euros, para funcionamento, 67.500 euros, para a proteção civil, financia-mento no valor mensal de 4.500 euros de refeições no âmbito do dispositivo de combate a incên-dios florestais e, ainda, 24.000

euros como comparticipação mu-nicipal na aquisição de uma nova viatura para a proteção civil».

No passado dia 8 de setembro, foi também inaugurado o novo Gabinete de Proteção Civil Muni-cipal de Lagoa, instalado no edifí-cio do quartel, com um investi-mento na ordem dos 36 mil eu-ros.

LAGOA

Voluntários recebem viatura urbana

As obras de construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários

de Vieira do Minho já arrancaram, pre-vendo-se que estejam concluídas den-tro de um ano. A obra foi adjudicada pelo valor de 953.230,06 euros, mais IVA.

A nova construção resulta da apro-vação da candidatura apresentada pela Associação ao QREN, Eixo Prioritário III do POVT, no domínio da Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos Natu-rais e Tecnológicos (Prevenção e Ges-tão de Riscos) e cujo financiamento e de 85% do valor elegível.

O novo quartel, a construir de raiz, situa-se no lugar de Loureiro, fregue-sia de Eira Vedra, terminando assim com uma situação de precariedade em que os Voluntários de Vieira do Minho têm vindo e de que neste jornal recen-temente demos conta.

O quartel aprovado contempla uma área de implantação superior a 1.400 metros quadrados e uma área de construção de 1.073. O projeto con-templa, ainda uma área de 3.845 me-tros quadrados de arranjos exteriores, 943 dos quais destinados a espaços verdes.

A concretização desta infraestrutura resulta do empenho da própria Asso-ciação mas, também, do presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, António Cardoso, que desenvolveu contactos regulares com o Ministério da Administração Interna nesse senti-do.

VIEIRA DO MINHO

Quartel em obras

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O quartel dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, conta com uma nova ambulância de socorro (ABSC), Esta veículo dispõe de equipa-

mento de Suporte Básico de Vida (SBV), destinadas à estabilização, assis-tência e transporte de sinistrados.

Este é um investimento que ronda os 60 mil euros, suportado na totalida-de pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo”

FERREIRA DO ALENTEJO

Frota reforçada

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23SETEMBRO 2014

A Juvebombeiro do distrito de Setúbal promoveu nos dias 5, 6 e 7 de setembro um acampamento distrital no parque de campismo da

Galé, em Grândola.Com um vasto programa educativo, cultural e desportivo os cerca de

120 jovens oriundos de corpos de bombeiros do distrito puderam usu-fruir de atividades de praia, visitas ao “Badoca Park”, “Centro Ciência Viva de Lousal” e de um “Mass Training de Suporte Básico de Vida” que juntou inúmeros utentes deste parque de campismo que puderam aprender os “pequenos gestos que salvam uma vida”.

Num momento de pura descontração os jovens participaram ainda numa “Color Sunset parti” a que se seguiu uma “Fire Parti” que encheu a praia da Galé de variadíssimas cores, sons, alegria e pura diversão.

No balanço desta organização os responsáveis da comissão distrital e da federação dos bombeiros do distrito de Setúbal mostraram-se satisfeitos, defendendo que iniciativas como estas que potenciam mo-tivação nas camadas jovens no seio das corporações de bombeiros, para além de proporcionarem aos participantes “momentos de confra-

ternização, entreajuda e aprendizagem”, conforme sublinhou Nuno Delicado, coordenador distrital da Juvebombeiro.

Sérgio Santos

SETÚBAL

Jovens em acampamento distrital

Os Voluntários de Barceli-nhos viveram um episódio

inédito com o roubo de uma viatura do interior do quartel.

Depois de horas de angústia e preocupação, o Veículo de So-corro e Assistência Tática foi encontrado, intacto, em Fafe, a quase 60 quilómetros do local de onde foi levado, ao que tudo indica, por um jovem com per-turbações mentais.

Na página do Facebook, a as-sociação regozija-se com este desfecho e agradece “a todos os que encetaram, desde a pri-

meira hora, esforços na locali-zação deste veículo que tanta falta faz à Corporação em parti-cular mas também à comunida-de em geral. Esta ajuda tornou--se imprescindível na sua locali-zação atempada”.

Tudo está bem, quando ter-mina bem, contudo, este caso insólito, na ótica de comando e direção, tornam ainda mais ur-gente e evidente o arranque da empreitada do novo quartel, que apesar de ter “luz verde” a tutela, aguarda, ainda, a dispo-nibilização de verbas.

BARCELINHOS

VSAT de volta ao quartel

Com intuito de dotar os ope-racionais de formação ade-

quada às funções desempenha-das, os corpos de bombeiros de Vagos, Ílhavo, Aveiro-Velhos e Aveiro - Novos muito têm apos-tada em parcerias, desenvol-vendo ações de instrução contí-nua que permitem a preparação dos meios humanos e a funda-mental troca de experiências.

Recentemente operacionais destes quartéis voltaram a reu-nir-se no exercício “Duna 2014” que contemplou manobras de orientação à coordenada, a adaptação dos veículos às exi-gências terreno, não descuran-do temas como a segurança, a utilização de ferramentas ma-nuais e a execução de faixas de contenção.

Formação 1.º COS

No quartel dos Bombeiros de Vagos, as ações de formação multiplicam-se, bem como o

“empenho dos bombeiros”, con-forme dão conta comando e di-reção salientando a, recente, participação de vários elemen-tos no curso de 1.º COS (co-mandante das operações de so-corro).

Uniram-se neste esforço de servir mais e melhor Mário Fra-de, Luís Silva, Anabela Capela, Carlos Sá e o Pedro Anacleto.

VAGOS

“Duna 2014” treina operacionais

O empenho e dedicação de vários operacionais dos Bombei-ros Voluntários de Oliveira do Bairro foi determinante, no

último ano, para o desenvolvimento e criação de um reboque destinado à vertente de escoramentos e desobstrução para situações de busca e resgate em estruturas colapsadas ou em pré-colapso.

Este reboque foi adquirido em estrutura e transformado pe-los bombeiros, contando com o apoio de algumas empresas locais, Anicolor, Atena e Eurocábrio.

Esta nova ferramenta multifacetada ao serviço dos bombei-ros tem a capacidade de transportar madeira standard para situações de escoramentos em estruturas em pré-colapso.

Dispõe também de pranchões para o resgate no caso de vítimas soterradas em valas ou trincheiras e diversos equipa-mentos destinados a situações de busca e resgate em estru-turas colapsadas, como escoras pneumáticas, ferramentas de corte e arrombamento, motodisco, martelos de percussão e perfuração, equipamento de levantamento e estabilização de cargas, almofadas pneumáticas, alavancas de elevação, cunhas, trifor, cabos de aço, cribings.

O reboque dispõe também de equipamento de iluminação, tal como balão de iluminação com tripé, projetores, cabos elé-tricos, gerador e ainda diverso material necessário nesta área, bem como marretas, pás, baldes, serra elétrica, mesas de tra-balho, câmara endoscópica, espias de trabalho, detetor de ga-ses, garrafas de ar comprimido, escoras metálicas, combustí-veis, equipamento de proteção individual, reforço alimentar, entre outros.

Apesar da panóplia de meios já referidos, o novo veículo operacional pode ainda transportar outros equipamentos que se entendam necessários em determinados teatros de opera-ções.

Apesar do seu ainda curto período de vida, este reboque já participou em vários exercícios de treino operacional revelan-do-se uma mais-valia ao serviço dos Bombeiros de Oliveira do Bairro e da população em geral.

OLIVEIRA DO BAIRRO

Criado reboque

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24 SETEMBRO 2014

Em tempos idos foram pio-neiros no uso do meio au-tomóvel no serviço de in-

cêndios. Desde 1959, ininter-ruptamente, dão apoio a ativi-dades desportivas, incluindo desde a fundação do antigo Es-tádio da Luz.

Continuam a acreditar na possibilidade de construir um novo quartel a concretizar nos próximos 3 anos, apesar das falsas partidas do passado.

Entre as suas principais preo-cupações estão os parques sub-terrâneos para estacionamento de viaturas e a inexistência de viaturas próprias para interven-ção naqueles espaços, razão pela qual estão a desenvolver um projeto precisamente para colmatar essa falta. O coman-dante Jorge Fernandes admite muito em breve poder ter novi-dades nesse domínio.

Os Lisbonenses nasceram em 1910 e foram instalar-se, na Rua Flores, num antigo quartel dos Voluntários de Lisboa. Pas-sados quatro anos instalaram--se na Avenida Duque Loulé, já próximo do atual quartel da Rua Camilo Castelo Branco. Em 1921 adquiriram o terreno que ainda hoje ocupam. O primeiro quartel ali erguido foi inaugura-do em 1925. O atual quartel re-sulta da sua remodelação e am-pliação em altura em 1946. Hoje é a única Associação de Lisboa proprietária das suas ins-talações.

O presidente da direção, Ma-nuel Garcia, e o comandante Jorge Fernandes não estão con-tra a sua localização mas sim contra a impossibilidade de am-pliá-lo de modo a garantir me-

lhores condições aos bombeiros e a proteção das viaturas, a maioria das quais a permanecer no exterior e, por consequência, a degradarem-se facilmente.

Um novo quartel chegou a ser um horizonte, à primeira vista, visível em 1989, com a cedência de um terreno em Sete Rios pela Câmara Municipal de Lis-boa. Que a construção do Eixo Norte-Sul e outras vicissitudes acabaram por inviabilizar. Hoje permanece no local uma casa - escola fantasma entretanto construída. Das terraplanagens ali também feitas na altura fica-ram apenas as memórias té-nues.

Em 2000, foram retomados os contactos com a Autarquia, continuados em 2005, para a cedência de um novo terreno, agora na zona do Rego. Segun-do o presidente e o comandante a ideia não morreu mas tam-bém não ganha velocidade.

O presidente Manuel Garcia lamenta a perda de muitos can-didatos a bombeiros que, pe-rante a falta de condições dos Lisbonenses, “acabam por op-tar em ir para outras associa-ções, até fora de Lisboa”.

Segundo o comandante Jorge Fernandes, os 68 elementos que compõem o corpo de bom-beiros “podem não ser os sufi-cientes ou desejáveis mas, sem dúvida, são os que temos e quem confiamos para darmos a resposta necessária”. Aquele responsável está esperançado na nova escola de 14 elementos e acredita poder dar a volta à situação que herdou. “O corpo de bombeiros sofreu uma des-truturação grave que vai demo-

LISBONENSES

Parques subterrâneoscausam preocupações

Os Bombeiros Voluntários Lisbonenses são uma das seis associações humanitárias da

cidade de Lisboa e nasceram da dissidência ocorrida em 1910 nos Voluntários de

Lisboa.

Texto: Rui Rama da Silva

Fotos: Marques Valentim

rar a corrigir, mas é isso que já estamos e vamos continuar a fazer”, garante aquele respon-sável.

Não têm escola de infantes e cadetes, não têm, mas já tive-ram, equipa de manobras. E querem voltar a ter, até por que têm formadores internos que fazem parte do júri nacional das manobras. Não têm pessoal para a fanfarra mas é objetivo já traçado poder retomá-la.

Aos fins de semana “levamos o quartel para o futebol”, admi-te o comandante Jorge Frenan-des. Por opção, apenas fica guarnecida a central de comu-nicações já que todos os meios migram para junto dos está-dios, “para intervir no seu inte-rior ou no exterior de forma concertada”.

Manuel Garcia elogia a pres-tação do comandante, por ter “posto a mexer, a mexer bem o corpo de bombeiros”, reconhe-cendo também que “o grau de exigência também aumentou”. Situação que, admite, “consti-tui, sem dúvida, um enorme desafio e também um estímu-lo”, para que se procurem e en-

contrem novas formas de ultra-passar as dificuldades de sus-tentabilidade com que vivem.

O comandante sublinha a importância do investimento feito no dispositivo de apoio aos estádios, quer do Benfica, quer do Sporting, este resgata-do recentemente à Cruz Ver-melha.

Jorge Fernandes lembra que há um ano só contavam com o material que estava nas viatu-ras mas que agora o apoio às bancadas é feito em 9 postos fixos com material próprio e su-ficiente para garantir a sua au-tonomia e mobilidade própria.

O comandante lembra a re-cente Final da Liga dos Cam-peões na Luz como a prova de fogo do novo dispositivo deli-neado para este tipo de inter-venções. Nesse dia, responde-ram a mais de 50 incidentes, mais do que os verificados no mesmo dia no exterior em toda a capital.

A sua equipa de “bikes” aca-bou por intervir dentro e fora do recinto, incluindo no Colom-bo. Recorreram ao mesmo nú-mero de bombeiros apenas

acrescidos de mais médicos e enfermeiros que o habitual. “Foi um verdadeiro teste à exi-gência, ainda maior, feita a nós próprios”, reconhece Jorge Fer-nandes. Para ele, “tudo passa também pela formação, um ob-jetivo fundamental em que te-mos apostado com resultados muito concretos nas diferentes vertentes” mas lamenta, por exemplo, que a área do desen-carceramento “seja um exclusi-vo do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB)”.

Presidente e comandante dos Lisbonenses reconhecem que “o relacionamento com o RSB já conheceu dias melho-res, já que muitas vezes só nos chamam quando estão para ir embora…”. Recordam que, no passado “as coisas eram de igual para igual mas agora é o chamado chega para lá”.

“Se a vontade é acabar com os bombeiros voluntários na ci-dade de Lisboa então a Câmara que o diga”, desafia Manuel Garcia, enquanto o comandan-te lamenta que não queiram “que tenhamos serviço de in-cêndio, quando essa foi de fac-

to a nossa génese, apesar de ninguém o dizer abertamente”.

“Não somos concorrentes, queremos é ser parceiros, como é natural e útil para a cidade e para os cidadãos, mas pelos vis-tos não está a ser possível”, de-fende Jorge Fernandes.

Vem a talhe de foice um pro-tocolo assinado em 2008 com a Câmara de Lisboa, ainda por cumprir, com promessas, no caso dos Lisbonenses, de um autotanque e uma viatura ligei-ra de combate a incêndios “mas de que hoje ninguém quer fa-lar”.

O presidente da direção, Ma-nuel Garcia, reconhece que, “não temos dívidas, temos tudo em dia, o que é muito bom, mas só isso não chega para garantir a sustentabilidade de estruturas como esta ou tantas outras”.

O comandante Jorge Fernan-des promete não baixar os bra-ços e lutar pelo apadrinhamento dos bombeiros pelas empresas, pela concretização do programa de desfibrilhação interno e pela obtenção da viatura própria para intervir nos parques de es-tacionamento subterrâneos”.

Page 25: Foto: Miguel Moniz./ CMFunchal Cartão Social Proposta da ... · De facto, o Deus é o mes-mo, ... Não são super-mu - lheres nem super-homens. Mas são, ... aos comandos e corpos

25SETEMBRO 2014

Cumprido o primeiro cente-nário, os Voluntários de Gondomar vão preparan-

do o próximo, continuando a escrever a história de uma ins-tituição, uma tarefa assumida com esmero, brio e paixão por Joaquim Ferreira Martins, hoje presidente da direção, mas que durante anos a fio, também, co-mandou o corpo de bombeiros, numa longa comissão de servi-ço cívico com quase quatro dé-cadas.

O Quartel Jeremias Neves, em homenagem a um homem bom de S. Cosme amigo e be-nemérito da associação, erigido em 1989 é ainda um espaço operacional com condições de trabalho e de conforto para aco-lher mais os mais de 90 bom-beiros. Para o futuro próximo está, no entanto, prevista a ampliação de áreas, mas o pro-jeto ainda aguarda financia-mento.

Esta instituição dá emprego a 24 pessoas, uma responsabili-dade enorme, e está na origem de “algumas dores de cabeça”, porque há compromissos assu-midos que, obrigatoriamente, devem ser cumpridos. Assim sendo, resta à equipa de Joa-quim Ferreira Martins trabalhar muito e gerir melhor escassos recursos.

O presidente fala das boas relações institucionais com a câmara e de apoios “razoáveis”, sendo que, o atual executivo, alterou as regras na distribui-ção de verbas aos corpos de bombeiros, repondo alguma justiça na atribuição de fundos destinados à proteção civil.

Já a população parece estar pouco atenta à realidade e às necessidades da associação, mas o presidente garante que “em Gondomar não há a tradi-ção de apoiar os bombeiros”.

A escassez de recursos é in-versamente proporcional à de-terminação dos operacionais, sempre dispostos, sempre prontos, segundo faz questão de sublinhar o presidente, que considera mesmo que os “bom-beiros são o maior património da associação”, gente muito jo-vem, mas ainda assim focada e dedicada à causa.

“De um total de 170 mil habi-tantes, os Voluntários de Gon-domar contam na sua área de intervenção com mais de 65 mil, contudo, pela nossa posi-ção geográfica, acabamos sem-pre assegurar o reforço de meios no apoio aos outros qua-tro corpos de bombeiros do concelho”, dá conta o adjunto de comando Eutíquio Costa, acrescentando que o corpo de bombeiros da sede do municí-pio “garante cerca de 33 por

GONDOMAR

“Os bombeiros são o nosso maior património”Fundada a 15 de setembro de 1913, a

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gondomar, completou,

assim, há poucos dias o 101.º aniversário, uma efeméride assinalada sob a égide do

“dever cumprido”.Os recursos não abundam, nada que pareça desmotivar direção, comando, corpo ativo e até infantes e cadetes, uma enorme família,

talhada para fazer o bem, para garantir o socorro e a proteção dos gondomarenses.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Sérgio Santos

cento, do total dos serviços no concelho”.

Os desafios ou exigências do concelho tornam imperiosa a criação de uma força de inter-venção operacional profissiona-lizada, “até mesmo conjunta” que assegure uma maior cober-tura do território, uma ideia de-fendida pelos Bombeiros de Gondomar, para a qual parece “haver abertura do executivo”, mas que neste momento está ainda em análise.

O número de solicitações dita uma resposta “musculada” e meios, que não faltam em Gon-domar, conforme sublinha o co-mando, que se bate por um cor-po de bombeiro “treinado pre-parado e formado”:

“Não queremos mais veícu-los. Neste momento a priorida-de é renovar um Veículo Urbano de Combate a Incêndios já com 20 anos. De resto, dispomos de 19 viaturas que nos dão garan-tias”, entre elas uma autoesca-da única em Gondomar e que “embora muita despesa dê à associação, é mantida, porque

importa continuar a assegurar este serviço ao município”.

O comandante Germano Mo-reira Martins, conta na estrutu-ra com Fernando Tavares (2.º comandante) e o adjunto Eutí-quio Costa, um grupo coeso, que em “sintonia” com a dire-ção consegue elevar os níveis de motivação, que garantem a prontidão de homens e mulhe-res e dar-lhes todas as condi-ções de trabalho e segurança.

“Os equipamentos de prote-ção individual são indispensá-veis. Temos os mínimos e o in-dispensável, mas queremos mais sobretudo em matéria de fogos florestais e essa é mesmo uma prioridade”, refere o ad-junto.

Mas como o equipamento não faz o bombeiro, aos opera-cionais de Gondomar, são exigi-das capacidade e competência técnica:

“Só com formação podemos fazer melhor. Trabalhamos mui-to o conceito de treino opera-cional, importante para o su-cesso das operações de prote-ção e socorro. O trabalho de equipa é muito importante, pois no teatro de operações todos devem falar a mesma lingua-gem e terem o mesmo nível de conhecimento”. Neste momen-to, este projeto já envolve os cinco corpos de bombeiros do concelho de Gondomar e a os dois de Valongo com bons re-sultados, garante Eutíquio Cos-ta.

Voluntários parecem não fal-tar a esta causa, sendo que em breve o quartel deverá acolher 14 novos elementos, um refor-

ço sempre importante para este contingente da paz.

Mas, desde 1999, que a as-sociação investe na captação de jovens para a causa dinami-zando uma escola de infantes e cadetes, projeto pioneiro que já deu “mais trinta operacio-nais ao corpo de bombeiros”. Atualmente, são mais de três dezenas de “bombeiritos” que aspiram no futuro ingressar no quartel, nada que agrade mais ao comando e à direção, que com orgulho fazem questão de revelar que “os instruendos de 1999 já são os formadores de hoje”, confirmando, assim, a

importância do trabalho de-senvolvido com os mais jo-vens.

Na vertente associativa des-taque para a escola de dança que movimenta dezenas de pessoas de todas as idades que levam a todos os pontos de país o bom nome da instituição.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gondomar vai construindo o fu-turo, e ainda que esta seja uma complexa empreitada, nada que demova este grupo a fazer mais e melhor em prol do seu semelhante, do concelho e do país que serve.

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26 SETEMBRO 2014

A associação humanitária de Bombeiros Voluntários de

Carnaxide comemorou a pas-sagem do seu 102.º aniversá-rio com a entrega de altas dis-tinções a diversas entidades. Uma imponente e briosa for-matura do corpo ativo acolheu as entidades convidadas que puderam assistir a bênção e inauguração de dois novos veí-culos; uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM) e um veículo tanque tático urba-no (VTTU), sendo apadrinhados pelo bombeiro de 2ª Aparício Marques e pelos “órgãos sociais e corpo de bombeiros” respeti-vamente.

No início da sessão solene, foram muitas as empresas e

entidades que foram distingui-das com lembranças da asso-ciação pelo apoio prestado bem como a amizade entre as insti-tuições do concelho e das asso-ciações geminadas com a anfi-triã. Marcada pelas distinções, esta cerimónia serviu ainda para condecorar alguns bom-beiros por vários anos de servi-ço com medalhas da LBP e da autarquia de Oeiras.

As mais altas distinções ho-noríficas da confederação dos bombeiros portugueses foram entregues neste aniversário, sendo alvo de distinção com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), o comandante Eduardo Rocha, o presidente do conselho fiscal,

Elias Quadros, e a título póstu-mo, a diretora Eugénia Godi-nho.

A Câmara Municipal de Oei-ras foi distinguida com a Fénix de Honra da LBP, entregue pelo

vice-presidente do conselho executivo, Rodeia Machado e também, a seu convite, pelo secretário de Estado, João Al-meida.

No momento das alocuções o

presidente da direção Fernando Curto proferiu palavras sobre as mudanças necessárias no setor dos bombeiros e da pro-teção civil de forma a melhorar a organização do território ope-racional e ainda atribuição dos subsídios das reais necessida-des das associações deixando ainda alerta para a necessidade urgente de se “procurar solu-ções para trazer as novas gera-ções às nossas casas”. Por fim fez referência aos novos trinta EPI’s, ao veiculo tanque e ao veículo desencarceramento ad-quiridos com apoio do QREN e da autarquia de Oeiras.

Por sua vez, o comandante Luís Gouveia enalteceu o apoio da tutela da proteção civil na-

cional e municipal, referindo que o que se tem construído no corpo de bombeiros tem sido graças ao trabalho con-junto de toda a estrutura, valo-rizando os homens e mulheres que voluntariamente servem a instituição.

Entre as entidades convida-das destaca-se a presença, para além dos citados, do pre-sidente da ANPC, Francisco Gomes Pereira, do o vice-pre-sidente da autarquia de Oeiras, Carlos Morgado, do 2.º coman-dante distrital André Fernan-des e do comandante Pedro Araújo, vice-presidente da Fe-deração dos Bombeiros de Lis-boa.

Sérgio Santos

CARNAXIDE

Fénix de honra da LBP para autarquia

Os Bombeiros Voluntários da Guarda (Egitanienses) aca-

bam de perder o seu coman-dante do Quadro de Honra (QH) José António Fernandes Sequei-ra, figura incontornável do uni-verso dos Bombeiros.

O comandante Sequeira é pai do atual comandante, Paulo Se-queira, e do subchefe Fernando Sequeira.

O corpo do falecido coman-dante do QH esteve em câmara ardente no salão nobre da As-sociação, seguiram-se cerimó-nias fúnebres na Igreja da Mi-sericórdia da Guarda seguindo depois o féretro para o cemité-rio velho da cidade.

Aos filhos do extinto, bom-beiros e órgãos sociais dos Egi-tanienses apresentamos senti-dos pêsames.

Nascido a 2 de junho de 1945, licenciado em Engenharia Eletromecânica, professor apo-

sentado com um gosto impar pela causa dos bombeiros, soli-dariedade, associativismo e vo-luntariado.

Esse gosto e dedicação come-çaram desde criança, no Dafun-do, onde morava com os seus pais junto ao quartel dos bom-beiros daquela localidade, de-pois em Alverca do Ribatejo, onde pertenceu a diversas dire-ções, tendo sido seu presidente,

O comandante José António Sequeira lecionou nas Escolas Marques de Pombal-Lisboa, Vila Franca de Xira, Alverca do Riba-

tejo, tendo terminado a sua carreira de professor na Escola Secundaria da Sé na Guarda.

Foi também na cidade da Guarda que assumiu em 07 de Maio de 1993 o comando do Corpo de Bombeiros da Guarda, como segundo-comandante/co-mandante interino posterior-mente como comandante, che-fe do então CCO (Centro Coor-denação Operacional da Guar-da), foi comandante de zona operacional, membro da Fede-ração de Bombeiros do Distrito da Guarda em diversas funções, desde a direção ao gabinete técnico e de formação.

O extinto assumiu inúmeras vezes funções de elemento co-mando serviço às operações e coordenador aéreo. Fez um percurso formativo notável no âmbito do socorro e proteção civil, foi delegado distrital de formação da Guarda pela Escola

Nacional de Bombeiros cerca de uma década contribuindo ativa-mente e de forma especialmen-te significativa para a evolução da formação dos bombeiros portugueses e em especial dos bombeiros do distrito da Guar-da, “tendo colocado o nosso corpo de bombeiros num pata-mar de formação, qualidade e eficácia de referência”.

O comandante José António Sequeira faleceu a 19 de Se-tembro último, “reconhecido como uma referência no Co-mando de Bombeiros, pela sua postura exigente, persistente, amizade, bom senso e altruís-mo incomparável, enfim um grande homem e um Grande Bombeiro que a grande família dos Bombeiros Portugueses perde e que se entregou de cor-po e alma durante toda a sua vida ao nosso lema de Vida por Vida”.

GUARDA

Faleceu comandante do QH

Os bombeiros de Portugal e em particular os de Alter do Chão, ficaram mais pobres, com

o falecimento do chefe, José Joaquim Abrantes Corrula Quina, Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses. Aos 55 anos e após lhe ter sido detetada, em fevereiro de 2013, doen-ça incurável, contra a qual lutou com garbo e valentia, acabou por perecer a 25 de agosto de 2014.

Com 36 anos e 11 meses de serviço aos Bom-beiros, foi distinguido com Crachá de Ouro “pela prática de atos e serviços altamente relevantes à causa”.

“O José Joaquim foi sempre um bom camara-da e um grande chefe, companheiro e amigo. Faz e fará parte da Família dos nossos Bombei-ros, sendo um exemplo a seguir”, fazem ques-tão de referir os Voluntários de Alter do Chão.

ALTER DO CHÃO

Quartel perde crachá de ouro

Quatro das associações de bombeiros voluntários do concelho de Oeiras candidataram-se a apoios no âmbito do Orçamento Par-

ticipativo da Câmara Municipal de Oeiras 2014/15 e apelam ao voto dos munícipes para vencer as próximas etapas daquele programa.

Os Bombeiros de Linda-a-Pastora apresentaram candidatura para apoio à aquisição de uma viatura de combate a incêndios flo-restais, com um investimento estimado de 125 mil euros e que irá substituir uma outra já antiga.

Os Bombeiros de Barcarena lançaram a candidatura para a ob-tenção de uma ambulância de socorro, em falta para responderem cabalmente aos pedidos de socorro registados na sua área de in-tervenção.

Os Bombeiros de Algés pretendem apoio para uma viatura ligei-ra de combate a incêndios para fazerem face às difíceis condições de circulação e de acesso em meio urbano na sua zona.

Os Bombeiros de Oeiras candidataram-se a uma ambulância de transporte de doentes, necessária para responderem aos pedidos crescentes daquele tipo de serviço.

OEIRAS

Associações no orçamento participativo

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27SETEMBRO 2014

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da

Ericeira comemorou a o 83º aniversário com um programa virado para a população.

As festividades tiveram inicio com a habitual romagem ao ce-mitério onde foi prestada ho-menagem aos bombeiros e diri-gentes falecidos. De seguida realizou-se um desfile apedado e motorizado pelas principais artérias daquela vila, A popula-ção aplaudiu e mostrou reco-nhecimento pela missão dos soldados da paz.

Mais tarde esta enorme famí-lia juntou-se num almoço ar-raial junto da Praia dos Pesca-dores, marcado pelo convívio, boa disposição e partilha

Sérgio Santos

ERICEIRA

Aniversário em comunidade

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) defende que

os apoios do Estado devem in-cluir também os Bombeiros Mu-nicipais. No uso da palavra, nas comemorações do 126º aniver-sário dos Bombeiros Municipais do Funchal, o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, defendeu que o “o Or-çamento do Estado (OE) finan-cie, em parte com os municí-pios, os quartéis de bombeiros municipais”.

“É necessário que haja en-tendimento para uma lei de fi-nanciamento que, não só cubra

parte das despesas e dos pro-blemas que surjam em termos de bombeiros voluntários, mas também que haja abertura para que o OE garanta aos Municí-pios esta parte suplementar que faz parte da Proteção Civil e que agora não consagra”, refor-çou o presidente do conselho executivo da LBP.

O comandante Marta Soares lembrou também a concordân-cia do Governo à reivindicação da LBP para a extensão da vigi-lância médica aos bombeiros dos Açores e Madeira.

A cerimónia do aniversário

dos Municipais do Funchal ficou também marcada pelo anúncio de que serão restituídas à cor-poração regalias há muito rei-vindicadas, tais como o regres-so às 35 horas de trabalho se-manal e o pagamento do subsí-dio de alimentação respectivo a 22 dias úteis, tal como todos os outros funcionários da autar-quia. Paulo Cafôfo, presidente da Câmara Municipal do Fun-chal, recordou que a CMF já as-sinou com as organizações sin-dicais o acordo de entidade em-pregadora pública, para que os bombeiros municipais sejam

FUNCHAL

Apoios do Estado devem incluir Municipais

desde já abrangidos pelas 35 horas de trabalho semanal. No seu entender, “a assinatura do acordo representa uma posição política e de justiça, uma vez que os bombeiros municipais têm sido particularmente preju-dicados.”

Outra das intenções avança-das foi a passagem dos Bom-beiros Municipais do Funchal a Bombeiros Sapadores, garan-

tindo-se todos os esforços para que, no âmbito da Assembleia Legislativa da Madeira, seja aprovado um decreto-legislati-vo regional que o torne possí-vel. De acordo com Paulo Cafô-fo, trata-se de “outra posição política que sempre assumi-mos, equiparando os nossos bombeiros municipais a uma carreira idêntica à dos seus co-legas do continente.” Com meia

centena de bombeiros presen-tes em formatura, a comemo-ração decorreu na Praça do Mu-nicípio e não no quartel, ao contrário do que é habitual. As viaturas de socorro e de com-bate a incêndios da corporação chegaram e abandonaram a praça em desfile e de sirenes ligadas, fazendo notar um visí-vel aparato no coração do Fun-chal.

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28 SETEMBRO 2014

O novo comandante dos Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha é Nelson Cruz, antigo

adjunto de comando e segundo-comandante, o 10.º do corpo de bombeiros em 119 anos de vida da instituição e o primeiro vindo da carreira de bombeiro.

A posse teve lugar durante a sessão solene co-memorativa do 119.º aniversário da Associação realizada recentemente, a par da expressiva ho-menagem ao anterior comandante, José António, retirado por ter atingido o limite de idade para aquela função.

Nesta sessão procedeu-se ainda à atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) aos chefes Ernesto Soares e Joa-quim Lucena Pinheiro e ao subchefe Vasco Con-de. Para a entrega desta distinção, o represen-tante da LBP, Rama da Silva, convidou o recém-

-empossado comandante Nelson Cruz, o anterior comandante José António, e o presidente da as-sembleia-geral, fénix de honra e crachá de ouro da LBP e antigo comandante Henrique Sales. Em conjunto, os três distinguidos perfazem mais de um século ao serviço dos bombeiros. O terceiro, o subchefe Vasco Conde é o bombeiro mais anti-go do quadro ativo.

Foram também entregues várias medalhas de assiduidade da LBP, de 10, 15, 20 e 25 anos. No primeiro caso, de 10 anos, coube a uma infante entregar a medalha à sua mãe, bombeira de 2.ª, Rita Sacramento. No segundo caso, 15 anos, fo-ram galardoados, o bombeiro de 1.ª José Gomes e os bombeiros de 2ª, Pedro Pereira e Pedro Ne-ves.

Com a medalha de 20 anos foram distinguidos oito bombeiros, incluindo o novo comandante,

que constituíram a recruta de novos bombeiros realizada precisamente há 20 anos.

Com a medalha de 25 foram galardoados, o subchefe Rui Ferreira e os bombeiros de 3.ª An-tónio Valmora e José António.

A Associação distinguiu também com o seu ga-lardão, com 30 anos de atividade, os bombeiros de 1.ª, Paulo Cardoso e Hélder dos Santos, e o bombeiro de 2.ª Vitor dos Santos, e com 35 anos, os chefes Joaquim Lucena e Ernesto Vaz e o bom-beiro de 2.ª José António Ferreira da Silva.

O troféu “Prestígio” foi entregue pela primeira vez: Coube recebê-lo ao chefe do QH Pedro Vi-cente Soares e ao segundo comandante do QH António Gaspar.

Por fim, decorreu a cerimónia de passagem ao QH do bombeiro de 1.ª Pedro Loureiro Pereira.

As comemorações contaram com a presença,

do presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, do presidente da Assem-bleia Municipal, Luis Ribeiro, do vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, do adjunto do coman-dante nacional de socorro da ANPC, Carlos Guer-ra, do presidente da Federação de Bombeiros de Leiria, comandante Mário Cerol, do comandante distrital da ANPC, Sérgio Gomes, do presidente da União de Freguesias de N.ª Sr.ª do Pópulo, Coto e S. Gregório, Victor Marques, do presidente do conselho fiscal, Joaquim Lopes, anfitreados pelo presidente da assembleia-geral, comandan-te Henrique Sales, e pelos presidente e vice-pre-sidente da direção, Abílio Camacho e António Marques.

Antes da sessão solene decorreu a tradicional romagem aos quatros cemitérios, Pópulo, Óbi-dos, Santo Onofre e Salir do Porto.

CALDAS DA RAINHA

Novo comandante toma posse

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O estandarte dos Bombeiros Voluntários de Almada passou a exi-bir a Fénix de honra da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)

atribuída durante as comemorações do seu 101.º aniversário.As comemorações culminaram com a sessão solene durante a

qual o presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas, procedeu à colocação da distinção a convite do vice-presidente da LBP, Rodeia Machado. A propósito, Joaquim Judas, depois de agra-decer a deferência fez questão de se referir “à nossa Liga”.Na mes-ma ocasião foram também entregues medalhas de assiduidade e outras distinções a bombeiros.

Além dos citados, participaram também na sessão, o presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia, o presidente da Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Setúbal, Eduardo Correia, o pre-sidente da União das Freguesias de Almada, Cacilhas, Cova da Pie-dade e Pragal, a presidente da direção, Alexandra Caetano e o co-mandante José Santos.

Antes da sessão solene, foram apresentadas na parada do quar-tel duas das três ambulâncias de socorro sujeitas a melhoramentos com o apoio da Câmara Municipal de Almada.

ALMADA

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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Almoçageme assinalou, no pas-sado dia 21, o 119.º aniversá-rio, pretexto para reunir no quartel a comunidade que, mais uma vez, se associou às come-morações,

O programa, que incluiu o hastear das bandeiras, a missa de sufrágio pelos bombeiros, di-rigentes e associados falecidos, teve como momento maior o re-conhecimento do profissionalis-mo, prontidão e entrega dos ho-mens e mulheres que integram o corpo ativo.

Por proposta da direção, fo-ram agraciados com um louvor os 25 bombeiros que, no passa-do dia 9 de agosto, estiveram envolvidos na missão de regaste do casal polaco vítima de uma queda fatal no Cabo da Roca, bem como no apoio às duas crianças que assistiram à morte dos pais.

Maurício Barra, presidente da direção, falou com emoção, mas sobretudo com enorme orgulho dos bombeiros de Almoçageme,

que considerou um exemplo de operacionalidade.

Também o comandante Bruno Tomás recordou a mediática ocorrência que expôs o corpo de bombeiros, mas que comprovou a preparação dos operacionais que servem neste quartel do concelho de Sintra, fruto da constante aposta na formação e do treino.

Nesta sessão muito participa-da foram ainda entregues me-dalhas da associação da Câmara Municipal de Sintra e da Liga dos Bombeiros Portugueses aos elementos que cumpriram 5, 10, 15, 20, 25 anos de serviço prestado à instituição.

Foram também agraciados os 40 associados que completaram 50 anos de ligação aos Voluntá-rios de Almoçageme. A outorga do emblema de 25 anos a mais de 600 pessoas ficou, contudo, agendada para próximo ano, por ocasião de uma festa intei-ramente dedicada aos associa-dos, conformo anunciou Maurí-cio Barra.

Também os beneméritos me-

receram sentido tributo os be-neméritos, nomeadamente, Má-rio Laginha e Luís Howard pelo contributo dado na recente ins-talação de um posto de farmácia no quartel, mas também a José Baeta “sempre disponível para apoiar e colaborar com a asso-ciação” e ainda a Vitor Cerquei-ra que este ano garantiu o far-damento da Equipa de Resgate dos Voluntários de Almoçage-me.

Na sessão presidida por Antó-nio Correia de Campos marca-ram presença, entre outras enti-

dades, o presidente da Assem-bleia Municipal de Sintra Domin-gos Linhares Quintas; Comandante Operacional Distri-tal, Carlos Mata; Capitão do Porto de Cascais Dario Pinto Mo-reira; presidente do conselho fiscal da Liga dos Bombeiros Portugueses, Lídio Lopes, o vi-ce-presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, Pedro Ernesto e ainda represen-tantes de várias associações congéneres do concelho de Sin-tra e de municípios limítrofes.

Sofia Ribeiro

ALMOÇAGEME

Operação bem-sucedida merece reconhecimento

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29SETEMBRO 2014

A equipa de “Rescue” dos Bombeiros Voluntários de

Cacilhas vai participar no “World Rescue Challenge”, que decorre no Reino Unido, entre 9 e 12 de outubro próximo.

Esta oportunidade de pre-sença internacional resultou das classificações alcançadas, entre 20 e 22 de junho passa-do, no II Campeonato Nacional de Salvamento e Desencarce-ramento, que se desenrolou no Estádio Municipal de Leiria.

Os Voluntários de Cacilhas alcançaram o 2.º lugar da clas-sificação geral, o 2.º de chefe de equipa, o 2º de técnicos e o 4.º de socorrista.

A presença dos Bombeiros

de Cacilhas na prova interna-cional, conforme os próprios reconhecem, só será possível, graças, desde logo, ao empe-nho e esforço da direção e tam-

bém aos apoios que consegui-ram obter junto das juntas de freguesia do concelho de Alma-da e de um conjunto de empre-sas locais.

CACILHAS

Operacionais em prova internacional

Os Bombeiros Aveiro – Velhos receberam uma delegação de bombeiros estrangeiros que

participaram num painel de peritos europeus em proteção civil subordinado ao tema de “Cheias e Inundações”.

A comitiva proveniente de França, Polónia, Re-publica Checa e Alemanha visitou o quartel, visio-nou veículos e equipamentos e tendo ficado com uma noção dos procedimentos operacionais ado-tados pelo corpo de bombeiros.

AVEIRO

Visita ao quartel

Cada vez mais, torna-se fundamental a ligação dos bombeiros à comunidade educativa, com o

propósito de instruir e estimular os professores em matérias de prevenção e de reação em situa-ções de risco.

Os Bombeiros de Águas de Moura, em colabora-ção com o Agrupamento de Escolas da sua área de atuação, promoveram, no passado dia 17 de setembro, na escola básica de Poceirão, a primei-ra de um conjunto de ações preventivas de sensi-bilização, marcadas pela importância de incutir à

comunidade escolar uma cultura pró-ativa de se-gurança no âmbito dos primeiros socorros e atua-ção em situação de emergência\incêndio.

A primeira ação sobre “Primeiros Socorros”, contou com a colaboração de dois elementos des-te corpo de bombeiros e com a participação de 18 docentes, e teve como objetivo principal a sensi-bilização dos professores para as temáticas de ati-vação do 112, avaliação dos parâmetros vitais, desobstrução da via aérea, posição lateral de se-gurança e suporte básico de vida.

ÁGUAS DE MOURA

Sensibilizar para prevenir

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) assi-

nalou o 112.º aniversário com um vasto pro-grama comemorativo, que incluiu a homena-gens ao quadro de honra e a alguns elementos do corpo ativo.

Em dia de festa a instituição foi agraciada pela Comunidade Intermunicipal de Coimbra com a entrega simbólica de algum equipa-mento de proteção individual (EPI), 51 calças, 51 dólmens, 51 capacetes e 51 cogulas, sendo que o material em falta – 51 pares e luvas e de botas – devem chegar ao quartel até final do próximo mês de outubro.

Das intervenções das entidades, destaque para a do presidente da direção da AHBVC, Adérito Machado, que elogiou e prestou mere-cido tributo aos elementos do Quadro de Hon-ra, salientando que os “homens grandes que compõem o Quadro de Honra da associação, que ao longo da vida, muitas vezes, para sal-var e proteger outros, que por ventura nem conheciam, arriscaram a própria vida”.

“Este é o verdadeiro espírito da solidarieda-de, este foi o espírito transmitido e o testemu-nho dado aos nossos bombeiros que felizmen-te por herança, chegou aos nossos dias”, con-siderou o dirigente.

Numa outra vertente, Adérito Machado deu conta que “apesar do mau estado das finanças públicas nacionais, apesar dos cortes e sacrifí-cios, o socorro e o auxilio às populações feito pela corporação apresenta um nível de satis-fação de elevada qualidade” O mais importan-te, destacou o responsável é “o respeito pelo

trabalho, espírito de sacrifício e dedicação ao próximo” que o bombeiro voluntário demons-tra por “dedicar a vida e contribuir com o suor do seu esforço para esta causa humanitária”.

Por isso defendeu que “apesar dos seus 112 anos de vida, a instituição é um exemplo de modernidade de plena adaptação aos nossos tempos” porque a instituição não perdeu “ o cariz associativo que a caracteriza e a liga à terra e às suas gentes, cujos desafios e proje-tos não faltam a esta grande família que aco-lhe homens e mulheres com ou sem farda, munidos de um único objetivo ajudar o próxi-mo e praticar o bem “.

Atualmente, os Bombeiros de Cantanhede contam e com cerca de 30 colaboradores e uma frota que ultrapassa as 50 viaturas, “nú-meros que exigem uma gestão rigorosa, transparente e muito trabalho e dedicação”. Integram também as fileiras dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede cerca de uma cen-tena de bombeiros “um grupo coeso e unido resistente ao perigo e às dificuldades no de-sempenho das suas funções”.

“De nada nos servem as viaturas, de nada nos servem os meios, de nada nos serve se-quer este magnífico quartel se os homens não estiverem bem equipados e satisfeitos no de-sempenho da sua missão”, defendeu o diri-gente, para terminar evidenciando o sentido de união que norteia direção, comando e cor-po ativo, uma equipa coesa que trabalha em prol do bem comum, facto, alias, corroborado por Jorge Jesus, comandante dos Bombeiros de Cantanhede.

CANTANHEDE

Equipamentos chegam em dia de aniversário

A Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga come-

morou no dia 31 de agosto 215 anos de existência.

As comemorações realiza-ram-se no quartel, onde todo o corpo ativo e de vários bombei-ros aposentados deram as boas vindas às entidades convida-das, entre as quais se o presi-dente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o vice-pre-sidente e o vereador da Prote-ção Civil, Firmino Marques,.

Registe-se que a Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga é uma das mais antigas das corporações profissionais das mais antigas do País. Cria-do oficialmente a 8 de junho de 1799 a pedido do arcebispo Pri-maz de Braga Dom Gaspar de Bragança ao rei Dom João VI, o contingente teria como missão a manobra de uma bomba braçal de combate ao fogo e atempada extinção dos incên-dios.

Dois meses depois, mais precisamente a 31 de agosto de 1799, este corpo de bombeiros recebe a designação de “Companhia da Bomba” e come-ça a trabalhar em pleno.

A extinção dos fogos era de tal forma uma preocupação das forças da cidade que um decre-to, datado de 1832, “inscreve nas competências do provedor do conselho a obrigação de evitar

incêndios, fazendo visitar as chaminés e fornos”. Na mesma época, por carta régia da Rainha D. Maria II, a companhia ganha novo impulso, pas-sando a contar com um efetivo de 100 homens, incluindo os respetivos oficiais.

Posteriormente, em 1858, a instituição passa a denominar-se “Companhia de Incêndios”, mas em 1910, após implementação da República, ga-nha a designação de “Corpo Salvação Pública”, em 1929 de “Corpo de Bombeiros Municipais” e só em 1981, ganha a designação de “Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga”.

BRAGA

Sapadores assinalam 215.º aniversário

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30 SETEMBRO 2014

ANIVERSÁRIOS1 de outubroBombeiros Voluntários de Póvoa de Varzim . . . . . . . . . . . . 137Bombeiros Municipais do Sardoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Bombeiros Privativos Vista Alegre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 de outubroBombeiros Voluntários de Queluz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93Bombeiros Voluntários de Velas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363 de outubroBombeiros Voluntários de Valbom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Bombeiros Voluntários de Ribeira de Pena. . . . . . . . . . . . . . 365 de outubroBombeiros Voluntários Torrejanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 836 de outubroBombeiros Voluntários de Salto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277 de outubroBombeiros Voluntários de Oleiros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Bombeiros Voluntários de Nespereira . . . . . . . . . . . . . . . . . 418 de outubroBombeiros Voluntários de Baião. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53Bombeiros Voluntários de Juncal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 de outubroBombeiros Municipais de Machico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva . . . . . . . . . . . . . 3911 de outubroBombeiros Voluntários de Torres Vedras . . . . . . . . . . . . . . 111Bombeiros Voluntários de Praia da Vitória . . . . . . . . . . . . . . 3012 de outubroBombeiros Voluntários de Armamar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8314 de outubroBombeiros Voluntários de Penedono . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4315 de outubroBombeiros Voluntários de Odemira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79Bombeiros Voluntários de Moura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga. . . . . . . . . . . . . . 54Bombeiros Voluntários de Lagoa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3618 de outubroBombeiros Voluntários de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146Bombeiros Voluntários de Espinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

19 de outubroBombeiros Voluntários de Setúbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13120 de outubroBombeiros Voluntários de Santiago do Cacém . . . . . . . . . . 101Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades . . . . . . . . . . . . 85Bombeiros Voluntários de Mourão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Bombeiros Voluntários de Santa Marinha do Zêzere . . . . . . . 2622 de outubroBombeiros Voluntários de Évora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132Bombeiros Voluntários de Campo Maior . . . . . . . . . . . . . . . 65Bombeiros Voluntários de Sátão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3624 de outubroBombeiros Voluntários de Vinhais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79Bombeiros Voluntários de Almodôvar . . . . . . . . . . . . . . . . . 3725 de outubroBombeiros Voluntários de Alcácer do Sal. . . . . . . . . . . . . . 103Bombeiros Municipais de Coruche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8626 de outubroBombeiros Voluntários da Marinha Grande . . . . . . . . . . . . 115Bombeiros Voluntários do Redondo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64Bombeiros Voluntários de Alcanede . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Bombeiros Municipais de Faro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9327 de outubroBombeiros Voluntários de Mortágua . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9128 de outubroBombeiros Voluntários Pinhelenses. . . . . . . . . . . . . . . . . . 108Bombeiros Voluntários de Borba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67Bombeiros Voluntários do Seixal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37Bombeiros Voluntários da Marinha Grande . . . . . . . . . . . . 11529 de outubroBombeiros Voluntários de Santarém. . . . . . . . . . . . . . . . . 143Bombeiros Municipais de Olhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos . . . . . . . . . . . . 6530 de outubroBombeiros Voluntários de Paço de Arcos . . . . . . . . . . . . . . 12131 de outubroBombeiros Voluntários de Alcochete . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra . . . . . . . . . . . . 8

Fonte: Base de Dados LBP

Foram 32 as viaturas presen-tes neste 1.º encontro de

Clássicos da Freixianda vindas de toda a região, numa organi-zação conjunta dos Amigos dos Clássicos da Freixianda e da Liga de Amigos da Seção de Bombeiros de Freixianda.

A concentração teve lugar no Largo Juvêncio Figueiredo (lar-go da Feira), iniciando-se de-pois o passeio que levou os par-ticipantes a alguns locais dos concelhos de Ourém e Tomar num percurso de cerca de 65 quilómetros.

No final Micael Graça fez um balanço positivo do evento, registando que a organização já co-meçou a trabalhar para a edição 2015 que deverá contar, “pelo menos, com o dobro dos participan-

tes”, boas notícias tendo em conta os objetivos solidários da iniciativa que visa “a angariação de fundos para a aquisição de equipamentos vários para os bombeiros de Ourém Secção de Freixian-da”.

FREIXIANDA

Sucesso para encontro de clássicosDe 13 a 17 de agosto a “Vila

do Surf”, em Cortegaça, re-cebeu mais uma edição do “Surf at Night” e, mais uma vez, os Bombeiros Voluntários de Es-moriz estiveram desde o primei-ro momento a apoiar a organi-zação e a logística do evento.

Ambulâncias, grua, gerado-res, Posto Médico Avançado e as equipas de prevenção e so-corro e nadadores salvadores integraram este dispositivo que assegurou a segurança e o bem-estar dos festivaleiros.

Para além do acompanha-mento no Parque do Buçaqui-nho, os bombeiros marcaram ainda presença na avenida e praia de Cortegaça, em espe-

cial, no mar com as motos de água e um barco.

As ocorrências, talvez em menor número que em edições anteriores, concentraram-se sobretudo nas madrugadas e mais uma vez com casos seve-ros de indisposição, alterações

de comportamentos, pequenas escoriações ou situações que na maior parte dos casos não ne-cessitaram ser encaminhados para unidade hospitalar.

Esta foi mais uma bem-suce-dida missão dos Voluntários de Esmoriz.

ESMORIZ

Dias e noites a “surfar”

Numa organiza-ção dos instru-

tores Luís Paulo Gonçalves (Figuei-ra da Foz) e Ale-xandra Nora (Can-tanhede), com o apoio da Câmara Municipal de Can-tanhede e da or-ganização da EX-POFACIC’2014, realizou-se uma mega-aula solidária de Zumba® Fitness, cujos ganhos reverteram a favor Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC), “sendo o apu-ramento significativo”.

Reconhecendo o mérito de quem, como os bombeiros, arriscam a vida para salvar os bens e a vida de outros, neste Zumbathon®, para além dos ZIN™ Luís Paulo LG e Alexandra Nora, e do convida-do especial Jordi Giralde Morales (Espanha), juntaram-se a esta nobre causa outros ZIN™ de todo o país:.

Comando e a direção dos Voluntários de Cantanhede sublinham a generosidade e a nobreza deste gesto e apresentam agradeci-mentos aos promotores da inciativa bem como a todos os partici-pantes nesta mega-aula solidária.

CANTANHEDE

Mega-aula solidária

Duas equipas de bombeiros, dos Voluntários de Cascais e dos Voluntários de Odemira, estiveram entre as 40 equipas de “gloriosos malucos das

máquinas voadoras” que participaram no início de setembro, em Cascais, no “Dia das Asas”/“Red Bull Flugtag”.

Mais de 40 mil pessoas puderam observar e aplaudir os voos mais ou menos curtos, mas sempre divertidos, dos objetos voadores em concurso operados por 4 elementos, o piloto/mergulhador e os restantes 3 que ga-rantiram a propulsão humana, vulgo empurrão, à máquina respetiva. O palco, bem escolhido, foi o anfiteatro natural da Praia do Peixe, em Cascais.

Apesar do esforço denodado dos participantes não foi alcançada a marca recorde de quase 79 metros de voo alcançado nos Estados Unidos da Amé-rica em setembro de 2013.

A edição de Cascais foi a primeira realizada naquela vila mas a terceira promovida em Portugal. As duas anteriores, 2002 e 2006, realizaram-se em Lisboa.

CASCAIS

Bombeiros no Dia das Asas

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31SETEMBRO 2014

em setembro de 1994

Apesar de ser sempre delica-do, diria até perigoso, faze-

rem-se “prognósticos” antes da chamada “época dos fogos flo-restais” ter acabado, mesmo assim atrevo-me a fazer algu-mas considerações acerca do verão que está a acabar e a ser substituído, antecipadamente, por um Inverno chuvoso como há muitos anos não se via.

Sendo certo que o mês de agosto teve alguns dias de ca-lor normais para a época, a verdade é que as temperatu-ras, raramente subiram muito para além da fasquia dos 30.º e a humidade também raramen-te desceu para menos dos 30%. O vento, esse teve dias, e em alguns deles ajudou a que alguns incêndios progredissem e tomassem alguma dimensão mas mesmo assim, face à faci-lidade como foram concentra-dos meios, nenhum deles se tornou dramático. Também em julho houve alguns dias quen-tes e nesses dias não deixaram de ocorrer alguns incêndios

que na generalidade, tirando algumas exceções, foram rapi-damente debelados.

E este setembro é o que es-tamos a ver, chuva todos os dias em todo o país, pelo que os incêndios, quando raramen-te aparecem, têm vindo a ser facilmente dominados.

Quer isto dizer que o S. Pe-dro foi este ano muito amigo dos Bombeiros e proporcionou--lhes um certo descanso de ve-rão que já não tinham há mui-tos anos, não lhes causando também outros sacrifícios, para além de alguns feridos que sempre podem acontecer quando se movimentam muitos meios e muitos bombeiros. Mas foi bom para todos. Foi bom para o país que gastou muito menos dinheiro no combate – meios aéreos, combustíveis, alimentação, reparação e/ou substituição de viaturas, subs-tituição de equipamentos que muitas vezes se perdem ou são destruídos pelo fogo, etc., etc., – mas também foi bom para os

proprietários de terrenos agrí-colas e florestais que assim vi-ram os seus bens poupados à fúria do fogo, apesar de muitas vezes não terem tomado as medidas mínimas para preveni-rem a defesa daquilo que é seu. Mas foi bom para todos.

Sendo assim e porque vai sobrar muito dinheiro do orça-mentado, seria útil e importan-te que esses remanescentes fossem aplicados ainda este ano, em favor dos Bombeiros, o mesmo é dizer-se em favor do País, na formação, no re--equipamento de proteção indi-vidual que continua a faltar e o que sobrasse que revertesse para o Fundo de Proteção So-cial do Bombeiro que o saberia aplicar em favor dos Soldados da Paz mais carenciados.

Deixa-se a sugestão e espe-ra-se que a mesma possa ser compreendida pela tutela e acarinhada por toda a grande família dos Bombeiros Portu-gueses.

Carlos Pinheiro

O verão de 2014

Em Aveiro, no ambiente da sua Federação de Bombeiros,

era voz corrente que, ali para os lados da vizinha Espanha, na cidade mais alta do pais, na vestuta Guarda, estava a surgir uma Federação Distrital com uma dinâmica que começava a deixar marcas positivas no pa-norama nacional.

Consegui averiguar que no cerne da dita dinâmica estava um Professor que dava pelo nome de Grilo que tinha conse-guido levar para a Guarda, em 1981, a “ Primeira Jornada Téc-nica Luso-Espanhola sobre o Transporte de Matérias Perigo-sas” um tema que se impunha pela sua oportunidade e urgên-cia em ser abordado. Outras manifestações andavam e anda-ram pela Guarda e pelas Vilas e Cidades do Distrito, em encon-tros de diversa ordem como dos Bombeiros do Quadro Honorário (hoje Quadro de Honra), dos acampamentos de Jovens Bom-beiros, de seminários, etc etc

Quando em 1983 tomei posse

como Presidente da Direcção do muito jovem Serviço Nacional de Bombeiros –SNB-, o ainda para mim desconhecido Profes-sor, não veio ao acto de posse mas marcou a sua posição com um telegrama em que a par dos votos de felicidades acrescenta-va que “esperava da minha par-te uma acção dinâmica, honesta e transparente para bem dos Bombeiros de Portugal”. Esta mensagem foi bem recebida porque se encaixava perfeita-mente na minha maneira de vi-ver a vida, e logo, poucas sema-nas depois, numa cerimónia que teve lugar nos Bombeiros de Manteigas, tive oportunidade de comentar publicamente o referi-do telegrama e conhecer o seu autor o Professor Manuel Madei-ra Grilo.

Naquela cerimónia tive opor-tunidade, perante a homena-gem prestada a directores, de pôr em evidência a importância dos sócios que exercem, volun-tária e graciosamente, funções nos orgãos sociais das Associa-

ções Humanitárias de Bombei-ros Voluntários- os designados pelo saudoso Dr- David Cristo como Bombeiros sem Farda- e ainda referi, com muito agrado, à destinção, que na mesma ceri-mónia, prestaram ao Eng.Fer-raia responsável na região dos Serviços Florestais, sabendo do bom relacionamento que ali se verificava entre os Bombeiros e Serviços Florestais, que referi como exemplar..

Ali em Manteigas teve lugar o inicio de uma forte amizade que se reforçou com o tempo e com a acção dinâmica e inteligente do Professor, quer a nível local como Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários Egitanienses e distrital como Presidente da Direcção da Federação, quer a nível regional como Conselheiro Regional dos Bombeiros da Região Centro, quer a nível nacional quando fez parte do Conselho Superior de Bombeiros, conselho a que tive a honra de presidir durante nove anos

Manuel Madeira Grilo, um puro “bombeiro sem farda”O Professor, como era referi-

do entre os mais próximos, era um defensor acérrimo do “Asso-ciativismo e do Voluntariado”, sem esquecer a sua adaptação às condições da evolução social das comunidades em que as as-sociações humanitárias estão implantadas, o que ainda mais nos aproximou, Eramos bons amigos mas não deixavamos de nos bater pelas nossas ideias e ás vezes com o ardor de quem gosta de lutar por objectivos

que julgamos ser os melhores para servirmos os Bombeiros de Portugal .

A cidade da Guarda e o Distri-to da Guarda muito devem à ac-ção do Professor pois ele, pe-rante a admiração de todos e às vezes até enfrentando resistên-cias, teimava em trazer para a sua cidade ou para outras vilas ou cidades do distrito, realiza-ções que movimentavam muitos pessoas muitas das quais sedia-das a longas distâncias, tinhan

que utilizar as velhas estradas então em uso que levavam ho-ras e horas a percorrer.

A cidade não deixou passar em vão esta dedicação e a Câ-mara Municipal aprovou dois dias de luto municipal

O Professor Manuel Madeira Grilo foi, atrevo-me a dizer é, um puro e digno exemplo de BOMBEIRO SEM FARDA..

Fique em Paz, amigo.José António

da Piedade Laranjeira

O “Passaporte de um Bombeiro” é o novo proje-to do “www.diariobombeiro.blogspot.com”

que arrancou este mês e que tem como objetivo “entrevistar a grande maioria de bombeiros por-tugueses que se encontram emigrados noutros países, para lhes darmos voz e dá-los a conhecer à comunidade”, conforme nos adiantou o funda-dor e diretor, Marco Francisco, bombeiro de Can-tanhede a viver nos Estados Unidos da América (EUA).

Segundo Marco Francisco, “serão abordados os temas em foco sobre os bombeiros em Portugal, e eles terão a possibilidade, dada a sua experiên-cia durante os anos ao serviço, de exprimir a sua opinião em relação à realidade e dia-a-dia dos bombeiros, bem como de falar um pouco deles”.

O título do projeto, “Passaporte de um Bombei-ro”, segundo Marco Francisco, surge da necessi-dade do passaporte para se poder viajar para al-guns países e de que muitos dos bombeiros tive-ram que se munir para emigrar para essas para-gens.

“A adesão a esta iniciativa tem sido enorme por parte dos Bombeiros, temos já alguns entrevista-dos das mais variadas partes do Mundo, desde Suíça, Luxemburgo, Brasil, Angola e Estados Uni-dos da América”, adianta-nos o diretor do blo-gue..

As entrevistas serão publicadas numa das pá-ginas do blogue, Á Conversa Com... “Passaporte de um Bombeiro”, com acesso direto através da página principal www.diariobombeiro.blogspot.

com, clicando na barra de menus superior em “PÁGINAS DB” e de seguida “Á Conversa Com...”

Também poderão ser acompanhadas na página do “Facebook” em: www.facebook.com/diario-deumbombeiro, página que se encontra em atua-lização diária, contando já com mais de 1 milhão de visitas, tendo uma média de visualizações diá-rias superior a 80 mil.

A propósito, Marco Martins lança o desafio “a todos os que souberem ou tiverem contactos de Bombeiros que se encontrem emigrados, para entrar em contacto com os elementos da admi-nistração do blogue ou enviem um email para [email protected].

O blogue “Diário de um Bombeiro” nasceu em 2010, pela mão de Marco Francisco, bombeiro de 1.ª dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, com apoio do seu irmão, António Francisco, sub-chefe no mesmo corpo de bombeiros e formador externo da Escola Nacional de Bombeiros (ENB). O primeiro, presentemente, vive nos EUA e o se-gundo, na Suíça, onde desempenha a profissão de bombeiro sapador.

DIARIOBOMBEIRO.BLOGSPOT.COM

Conhecer os bombeiros na emigração

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32 SETEMBRO 2014

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Há uns tempos, cá para cima dei de frente com uns senhores a fa-

zer um peditório. Não foi a primeira vez mas como aconteceu outras ve-zes não são mas até parece que se fazem passar por bombeiros. Não é honesto que o façam quer por que as pessoas que aceitam ajudar pensam que estão a dar para uma coisa que afinal não é e, ainda por cima, dei-xam mal vistos os bombeiros por que tantas vezes nem estão a fazer nem

pensam fazer peditórios naquela al-tura.

Este problema arrasta-se há muito tempo. Antes íamos aos governos ci-vis para pedir autorização e agora di-zem-me que é aí em Lisboa que se pede as ditas licenças. Na minha mo-desta opinião, todos têm direito a fa-zer peditórios, vender rifas ou outra coisa qualquer.

O que não podem fazer é a andar a tentar passar por outros. E quem dá a

licença deve ter isso em conta e con-trolar como por exemplo andam ves-tidos.

O peditório ou venda de bilhetes a que aqui faço referência diz respeito aos veteranos de guerra. Na tropa e na guerra andava-se de verde e de camuflado. Por que razão então an-dam os senhores que fazem a venda para os veteranos com coletes e bo-nés vermelhos?

Está mesmo à vista, e eles melhor

que ninguém sabem, que aquela far-pela só tem mesmo a ver é com os bombeiros, ou não é?

E só insistem com intenção ou não nessa vestimenta é por que quem li-cencia não lhes diz nada e não os proíbe de estabelecer a confusão.

Os senhores do MAI só têm que corrigir isso, como a Liga dos Bombei-ros, as federações e as nossas asso-ciações têm defendido. Só assim va-mos deixar de ouvir pessoas a dizer

que quando deram pensaram que era para os bombeiros e afinal não era.

[email protected]

Há coisas que não se percebe

Aos bombeiros voluntários e sapadores que, depois das enormes bátegas de chuva e inundações repuseram as normais condições de circulação na cidade de Lisboa e noutras cidades e vilas de Portugal.

Aos que, independentemente da amenida-de do clima estival e, se calhar, a coberto deste, ainda não perceberam que tem obri-gações a cumprir na prevenção e limpeza das matas e florestas portuguesas.

LOUVOR/REPREENSÃO

A Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) apresen-tou uma proposta ao Go-

verno com vista à criação do Cartão Social do Bombeiro, um cartão que reúna vários benefí-cios e apoios em diferentes áreas. Da saúde à educação, da cultura à segurança social, pas-sando ainda pelo acesso mais barato a diferentes bens de consumo.

Consciente de que este Car-tão depende da “união de esfor-ços”, a proposta da Liga é dirigi-da ao Estado, enquanto poder central, às Comunidades Inter-municipais (CIM), autarquias e freguesias, na qualidade de es-truturas representativas do po-der local, e também á socieda-de civil, representada por exemplo pelas empresas ou instituições. Ao Governo, a LBP pede isenção nas taxas mode-radoras, contagem de bonifica-ção do tempo de serviço para efeitos de reforma, bonificação de 5 por cento no valor a pagar em sede de IRC, garantia de Vi-gilância Médico-Sanitários, de caráter obrigatória, e redução

do IRC ou da Taxa Social única das empresas que dão emprego a bombeiros voluntários.

Nesta lista de benefícios que a Liga considera “determinan-tes” para incentivar o volunta-riado, é também solicitada a co-laboração ao poder local em matéria de redução de custos com equipamentos desportivos e culturais (piscinas, museus ou parques de campismo), isenção de taxas das certidões emitidas pelas câmara e freguesias e ou-tras. No caso de bombeiros aci-dentados em serviço ou por doença contraída no desempre-nho das suas funções, e familia-res falecidos, a Liga propõe apoio jurídico e forenses gratui-tos, prioridade do agregado fa-miliar no acessos a escolas e infantários das autarquias, e ainda bolsas de estudo.

À sociedade civil a LBP deixa também alguns desafios: proto-colos com empresas de distri-buição de combustíveis, redu-ção de custos em centros de análise e exames médicos e, por fim, descontos na aquisição de bens de primeira necessida-

de adquiridos nos grupos SO-NAE, Pingo Doce, Minipreço e Mosqueteiros. Às empresas for-necedoras de energia, a Liga propõe reduções nas tarifas de consumo. A lista de benefícios é “vasta” e a Confederação pro-mete “total empenho” para que os bombeiros possam vir a ter um cartão Social com o “maior número de apoios possível”. O documento vai ser apresentado e debatidos no próximo Con-gresso Ordinário a realizar em Coimbra, no final do mês de Outubro.

Patrícia Cerdeira

LIGA ENVIOU PROPOSTA AO GOVERNO

Cartão Social com vários benefícios

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A proposta é do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e já foi en-

tregue a Paulo Macedo, o ministro da Saú-de. Na proposta de regulamentação envia-da à tutela, o presidente do Instituto, Paulo Campos, defende que a nova carreira de técnicos de emergência, seja aberta aos agentes do sistema, como por exemplo, bombeiros e outros operacionais da prote-ção civil. Em declarações tornadas públicas na última semana, Paulo Campos, referiu que “uma única carreira de técnicos de emergência, com competências atribuídas e aberta não só a técnicos do INEM, garan-te o funcionamento da emergência médica em Portugal”. O dirigente referiu ainda que o INEM “não será a entidade patronal” dos operacionais das outras entidades, lem-brando que as competências dos técnicos de ambulância de emergência definidas num despacho publicado no passado dia 1 de agosto. Com base nesse mesmo docu-mento, os “atos clínicos de natureza médi-ca”, no âmbito da emergência médica, são obrigatoriamente inseridos em programas aprovados pelo conselho diretivo do INEM e

integrados no modelo de organização da cadeia de emergência médica.

Numa primeira reação a esta proposta, Jaime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, estrutura que também recebeu para análise a proposta de regulamentação, referiu ao ‘BP’ que não encontra “para já” motivos de contestação a esta ideia, sendo que para o dirigente só há uma alternativa: “os bombeiros jamais

poderão ficar de fora desta carreira porque 80 por cento do trabalho do INEM é garan-tido pelas associações e corpos de bombei-ros”.

Posição diferente tem o Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência que critica a alteração do nome da categoria profissional porque a palavra “ambulância” desaparece.

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INEM PROPÕE CARREIRA ÚNICA

Liga quer que bombeiros sejam incluídos

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