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ANO II | Nº 29 | 01 DE MARÇO DE 2011 UNIÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA 1 Encerrou-se ontem, em Bra- sília, mais uma reunião do Conselho Ampliado da Unica- fes. Pauta do Cooperativismo Solidário, estratégias com mi- nistérios e parlamentares, pla- nejamento institucional 2011, sustentabilidade e recompo- sição da executiva, foram al- guns dos temas abordados. No segundo dia de reuniões, dia 23, todos também parti- ciparam do Café da Manhã do Cooperativismo Solidário. Café com deputados federais contou com 50 participantes Congresso da Unicafes PR Reunião Ampliada Luiz Ademir Possamai foi elei- to presidente na VI Assembléia Geral da Unicafes Paraná para atuar na gestão 2011-2013. Em seu pronunciamento, o presi- dente agradeceu o voto de con- fiança de todos e disse que con- tinuará com as atividades que estão sendo desenvolvidas pela entidade. Ele também firmou compromisso nas articulações com o governo estadual e fe- deral, visando o pleito de recur- sos para a agricultura familiar. Foto: O O Café da Manhã do Co- operativismo Solidário, pro- movido hoje pela Unicafes (União Nacional das Coope- rativas da Agricultura Fami- liar e Economia Solidária), se encerrou com um sal- do positivo nesta manhã. A pauta apresentada aos par- lamentares contou com di- versos pontos importantes ao cooperativismo solidário. Como em anos anteriores, várias demandas se repetem pelo entrave que há princi- palmente no Congresso. O Objetivo foi aproximar os de- putados das necessidades do cooperativismo solidário, sensibilizando-os para o tra- balho que deve ser feito em prol de milhões de agriculto- res familiares e empreende- dores da economia solidária. Coopercuc na Biofach Com mais de 300 famílias de agricultores cooperadas, esta é a quarta participação da Coo- percuc na Biofach. Este ano, a cooperativa ampliouas parce- rias comerciais ou de apoio à produção e pesquisa. No ano passado, a Coopercuc firmou um convênio de apoio à produ- ção e comercialização com uma entidade da áustria que dura até hoje. “Queremos é divulgar para todo o mundo o umbu que só existe no semimiárido brasileiro”.

Foto: O Café com deputados federais contou com 50 ... · sição da executiva, foram al- ... boletim conseguimos agregar ... lidário, sensibilizando-os para

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ANO II | Nº 29 | 01 DE MARÇO DE 2011U N I Ã O N A C I O N A L D A S C O O P E R A T I V A S D A A G R I C U L T U R A F A M I L I A R E E C O N O M I A S O L I D Á R I A

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Encerrou-se ontem, em Bra-sília, mais uma reunião do Conselho Ampliado da Unica-fes. Pauta do Cooperativismo Solidário, estratégias com mi-nistérios e parlamentares, pla-nejamento institucional 2011, sustentabilidade e recompo-sição da executiva, foram al-guns dos temas abordados. No segundo dia de reuniões, dia 23, todos também parti-ciparam do Café da Manhã do Cooperativismo Solidário.

Café com deputados federais contou com 50 participantes

Congresso da Unicafes PRReunião AmpliadaLuiz Ademir Possamai foi elei-

to presidente na VI Assembléia Geral da Unicafes Paraná para atuar na gestão 2011-2013. Em seu pronunciamento, o presi-dente agradeceu o voto de con-fiança de todos e disse que con-tinuará com as atividades que estão sendo desenvolvidas pela entidade. Ele também firmou compromisso nas articulações com o governo estadual e fe-deral, visando o pleito de recur-sos para a agricultura familiar.

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O Café da Manhã do Co-operativismo Solidário, pro-movido hoje pela Unicafes (União Nacional das Coope-rativas da Agricultura Fami-l iar e Economia Solidária), se encerrou com um sal-do positivo nesta manhã. A pauta apresentada aos par-lamentares contou com di-versos pontos impor tantes ao cooperativismo solidário. Como em anos anter iores, vár ias demandas se repetem pelo entrave que há pr inci-palmente no Congresso. O Objetivo foi aproximar os de-putados das necessidades do cooperativismo solidário, sensibil izando-os para o tra-balho que deve ser feito em prol de milhões de agriculto-res familiares e empreende-dores da economia solidária.

Coopercuc na BiofachCom mais de 300 famílias de

agricultores cooperadas, esta é a quarta participação da Coo-percuc na Biofach. Este ano, a cooperativa ampliouas parce-rias comerciais ou de apoio à produção e pesquisa. No ano passado, a Coopercuc firmou um convênio de apoio à produ-ção e comercialização com uma entidade da áustria que dura até hoje. “Queremos é divulgar para todo o mundo o umbu que só existe no semimiárido brasileiro”.

ARTICULAÇÃO POLÍTICA

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O Café da Manhã do Coope-rativismo Solidário, promovi-do hoje pela Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Econo-mia Solidária), se encerrou com um saldo positivo nesta manhã. A pauta apresentada aos parlamentares contou com diversos pontos importantes ao

É com satisfação que lhe entragamos mais uma edição do nosso informativo sema-nal. A cada semana consegui-mos chegar até seu trabalho, sua casa e sua cooperativa com informações sobre nos-so trabalho de representação.

Cada dia mais conseguimos avançar sobre mais desafios que vão se colocando a nossa frente, entretanto, são esses desafios que tornam nosso trabalho cada vez mais pri-moroso. A cada edição deste boletim conseguimos agregar

mais informações ao seu dia-a-dia. Desejamos a todos óti-mos trabalhos em 2011, para continuarmos a levar a nos-sas comunidades os objeti-vos do cooperativismo que idealizamos. Uma boa leitura a todos.

AO LEITOR

cooperativismo solidário. Como em anos anteriores, várias de-mandas se repetem pelo en-trave que há principalmente no Congresso. O Objetivo foi apro-ximar os deputados das neces-sidades do cooperativismo so-lidário, sensibilizando-os para o trabalho que deve ser feito em prol de milhões de agricul-

tores familiares e empreende-dores da economia solidária.

“Isso que está sendo discu-tido aqui é um novo coopera-tivismo, que nasceu junto com a redemocratização de nos-so País no fim da década de 1980, quando a unicidade ao sistema OCB [Organização das Cooperativas Brasileiras]

José Paulo Ferreira, presidente da Unicafes; Deputado Edson Pimenta (PC do B - BA) e deputado Assis do Couto (PT-PR)

Pauta do Cooperativismo Solidário é en-tregue a deputados federais em Brasília

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começou a ser quebrada. Ape-sar dessas mudanças que nos permitiram um novo modelo de cooperativismo, chama-do por nós de solidário, ain-da temos muito trabalho para conquistar por essa causa. Só para citar um exemplo: até pouco tempo atrás, no nordes-te, ainda havia municípios em que a junta comercial não permitia o registro de cooperativas sem que estivem registradas, an-teriormente, à OCB”, afir-mou o deputado federal Assis do Couto (PT-PR).

José Paulo Crisóstomo, presidente da Unicafes, apresentou aos deputados a pauta do Cooperativis-mo Solidário 2011. “Nes-sa pauta, uma de nossas principais reivindicações de anos atrás volta com mais força: a reformulação da Lei Geral do Cooperativismo. O cooperativismo solidário está tomando uma dimensão de muito mais importância nas discussões e é impossível pensar desenvolvimento social e geração de renda sem in-cluir o cooperativismo solidá-rio como estratégia”, afirmou.

Outras reivindicações da pauta ficaram por conta da criação de um Conselho Na-cional de Cooperativismo, a exemplo dos mais de 90 con-selhos que ocorreram duran-te o governo Lula; um censo das cooperativas brasileiras; a democratização do Sescoop e a criação de um novo mar-co legal para o terceiro setor, desburocratizando e democra-tizando os processos e ações.

“O grande capital não resol-ve os problemas do povo. O cooperativismo é o caminho

Precisamos pensar estratégias para o cooperativismo soli-dário. Necessitamos investir em educação

para quem sonha um Brasil sem fome e miséria. Estamos em um momento de transi-ção e necessitamos que vo-cês [os movimentos sociais] estejam sempre nos cobran-do. Precisamos, além dessas demandas que vocês levan-taram, resolver outros proble-

mas sistêmicos que há, como por exemplo, a reforma agrá-ria. Precisamos estar ligados constantemente por esses diá-logos para que o cooperativis-mo solidário siga avançando”, declarou o deputado fede-ral Domingos Dutra (PT-MA).

Erradicação da pobreza

Outro debate, pre-ponderante ao coo-perativismo, que foi levantado com os de-putados trata da erra-dicação da pobreza extrema. Desde 2009 que a Unicafes já traz essa demanda clara em seus objetivos de trabalho. Em 2009 foi iniciada a Caravana do Cooperativismo pelo Fim da Pobreza.

“Precisamos, jun-

tamente com os movimentos sociais, pensar estratégias. Cooperativas de produção são uma das possíveis saídas. Ne-cessitamos investir cada vez mais em produção e em edu-cação. Somente com educa-ção é que nossas cooperativas poderão avançar nos proces-

sos que envolvem seu dia a dia. Grandes incubado-ras [de cooperativas] são saídas. Precisamos ter um fundo financeiro de apoio a esses empreendimentos, para assim gerar renda e desenvolvimento social”, afirmou o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).

“Uma necessidade que temos de desenvolver ain-da mais esse modelo de cooperativismo é pela po-pulação rural que temos no Brasil. Por exemplo, em

meu estado, a Bahia, aproxi-madamente 50% da população vive no campo. Precisamos de um modelo de desenvol-vimento que democratização da renda e que não gere mi-séria”, disse o deputado fede-ral Waldenor Pereira (PT-BA).

Deputados e representantes receberam a pauta do cooperativismo

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Parceiros também participam do café e tiveram espaço para complementar as propostas da Unicafes

Terceiro SetorOutro ponto-chave da reu-

nião foi a discussão levanta-da pelo deputado federal Ed-son Pimenta (PC do B - BA) quanto a criação de um novo marco legal para a atuação do terceiro setor. “Estamos em um momento de crise pro-

funda, um momento em que a direita tenta des-moralizar os mov imen tos sociais. Ne-c e s s i t a m o s reabrir as d i s c u s s õ e s com relação a esse tema. As organiza-ções sociais p r e c i s a m acessar re-cursos dire-tamente com a União, sem precisar de um atraves-sador. Não podemos nos a c o m o d a r , temos que e n f r e n t a r .

A presidente Dilma, a exem-plo de Lula, precisa dialogar muito com a sociedade civil, pois há uma discrepância en-tre o que a sociedade debate e o que temos regulamenta-do por lei. Desse modo, con-seguiremos abrir mais cami-nhos para o cooperativismo, pois ele tem um papel funda-mental nessa luta”, afirmou.

Dentro desse tema, Crisós-tomo, também concorda com a iniciativa do deputado. “O repasse direto, desburocra-tizado e mais democrático, somente beneficiaria o co-operativismo solidário e os movimentos sociais como um

todo. O que ocorre em muitas regiões e em alguns municí-pios é a falta de vontade po-lítica de alguns governantes, ou, então, a inadimplência de prefeituras ou do estado impedidos de acessar esses recursos destinados a área social”, explicou Crisóstomo.

Representando o estado do Pará, o deputado fede-ral deste estado, Zé Geraldo, prosseguiu na mesma linha de discussão. “Minha expe-riência com o cooperativis-mo está ligada à agricultura familiar. Percebo, num todo, que há uma dificuldade de re-passar recursos das emendas parlamentares às organiza-ções civis por meio do próprio MDA [Ministério do Desen-volvimento Agrário]: tem que passar pelas prefeituras que em muitos casos nem se inte-ressam. Precisamos ter uma linha de repasse direta às cooperativas, agroindústrias e demais organizações, sem precisar desse atravessador público nos municípios. Pre-cisamos de repasse direto e desburocratização dos re-cursos”, afirmou Zé Geraldo.

A avaliaçãodos partici-pantes mos-trou que o encontro

representou uma oportu-

nidade de co-nhecer mais

profundamen-te o debate

do cooperati-vismo e, con-seqüentemen-te, fortalecer a relação com

a Unicafes

” A pauta foi entregue a todos os parlamentares que se propuseram ajudar o cooperativismo solidário

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CompromissosOs dez deputados presen-

tes se comprometeram em trabalhar juntos em prol das demandas do cooperativismo solidário. Os pontos elabo-rados na pauta serão, tam-bém, trabalhados com eles juntamente com os minis-térios que se responsabili-zam por determinadas áreas.

“O cooperativismo é prio-ridade em minha agenda. O momento nos é favorável para essa discussão. Agregar valor e comercializar são deman-das quase impossíveis de se-rem pensadas sem estarem conjuntas com o cooperativis-mo. Temos muito pelo que tra-balhar e nossos desafios são grandes. Teremos que colocar conosco aqueles [deputados] que também têm afinidade com este tema e, juntamente de nós, estarmos todos à frente desse tema. Reforço aqui meu compromisso com o coopera-tivismo”, afirmou o deputado federal Padre João (PT-MG).

“Coloco-me a disposição de vocês, pois político é como feijão, só ‘pega’ na panela-de-pressão (sic). O meu es-tado [Rondônia] é muito jo-vem e ainda temos muitas dificuldades de avançar com a discussão do cooperativis-mo. Precisamos levar essa discussão, também, para es-ses lugares. Em cidades iso-ladas, muitas vezes o úni-co banco á cooperativa de crédito”, afirmou o deputado federal Padre Ton (PT-RO).

ResultadosA avaliação da Unicafes e de

suas parceiras é que o evento foi muito positivo e contará com resultados futuros bastante profícuos para o cooperativis-mo solidário. “Hoje demos um passo muito importante para estabelecer esse laço com os deputados, principalmente os que assumiram sua primeira gestão. Outro ponto positivo é que aqui se lançou a se-mente para a união destes e de outros deputados pela luta

de nossa causa: uma bancada do cooperativismo solidário”, avaliou a diretora executiva da Cenater (Central Nacio-nal das Cooperativas de As-sistência Técnica e Extensão Rural), Generosa de Oliveira.

Ao todo, dez deputados es-tavam presentes. O senador Humber to Costa (PT-PE), mandou um representante. Kenes Gonzaga representou a Secretar ia de Juventude l igada à Secretar ia Geral da Presidência. Agnaldo Meira, secretár io de agr icul tura de Juazeiro, Bahia. O deputa-do estadual de Santa Cata-r ina, Dirceu Drech também mandou representante. Par-t ic iparam, também, as se-guintes organizações par-ceiras: Unicafes Estaduais (RS, SC, PR, RJ, ES, BA, PE, MA, RN, CE, PA) Cena-ter, a Confesol , a Ancosol , a Unisol , a Contag, o Fórum Brasi le i ro de Economia So-l idár ia e o Inst i tuto Mar ista de Sol idar iedade.

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Encerrou-se ontem, em Bra-sília, mais uma reunião do Conselho Ampliado da Unica-fes. Na pauta deste mês diver-sos pontos ligados a atuação política da Unicafes e deline-amentos internos formaram as discussões que tomaram corpo entre os participantes. Pauta do Cooperativismo Solidário, estratégias com ministérios e parlamentares, planejamen-to institucional 2011, susten-tabilidade e recomposição da executiva, foram alguns dos temas abordados. No segundo dia de reuniões, dia 23, todos também participaram do Café da Manhã do Cooperativismo Solidário com 10 deputados fe-derais e entidades parceiras.

Com a saída de Gervásio Plucinski, ex-secretário geral da Unicafes, que agora assu-me um cargo no governo do Rio Grande do Sul, o cargo de secretário geral ficou vacante e, nessa reunião de fevereiro, foi discutida a substituição. Es-tatutariamente, o diretor de for-mação, Paulo Cezar Mendonça, ascende ao cargo de secretário deixando vacante a Formação. O ingresso de um novo mem-bro para esse cargo será no-vamente discutido na próxima reunião ampliada em março.

Durante a reunião, também, foi dado aprofundamento à Pauta do Cooperativismo Soli-dário 2011. Esta mesma pauta foi entregue aos dez deputados

José Paulo Ferreira, Presidente da Unicafes Nacional

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REUNIÃO AMPLIADA

federais que participaram do Café. “Nossa estratégia agora será acompanhar a atuação desses deputados e, juntamen-te com eles, somar esforços para que nossas reivindicações sejam atendidas por outros ór-gãos do governo. Marcaremos agendas e com a ajuda deles poderemos ter mais força nos espaços e ações que pleitea-mos”, afirmou o presidente da Unicafes, José Paulo Ferreira.

Outro tema que fez parte da reunião foi a preparação para o Congresso Unicafes 2011. A data ficou definida para os dias 19, 20 e 21 d e julho. Também foi definida a Assem-bléia Ordinária, que será rea-lizada em maio, antecedendo os preparativos do Congresso.

Cada Unicafes estadual e re-

presentantes de outros estados sem representação ainda tive-ram um momento para sociali-zar as ações que estão sendo desenvolvidas nas bases. Como praxe em todas as reuniões, esse ponto ganha bastante destaque, pois proporciona um intercâm-bio de informações e a possibi-lidade de soluções de entraves juntamente com os outros esta-dos. A Unicafes Paraná e a Uni-cafes Nacional assinaram um termo de cooperação, que per-mitirá que o Paraná ajude finan-ceiramente na contratação de profissionais para o quadro de trabalho da Unicafes Nacional.

Ao todo, estiveram presentes mais de 20 representantes das Unicafes estaduais, do Conse-lho Fiscal e Administrativo e os diretores da Executiva.

Encerrou-se semana passada mais uma Reunião Ampliada da Unicafes

Congresso e Encontro Nacional do CooperativismoA Unicafes Nacional, na última

reunião de Conselho Ampliado, de-finiu a data para o 5º Encontro Na-cional do Cooperativismo Solidário

e para o 3º Congresso da Unica-fes. A data ficou estipulada para os dias 19,20 e 21 de julho deste ano. A estimativa é que aproxima-

damente 600 pessoas estejam re-nunidas em Brasília para debater o cooperativismo e definir deci-sões importantes para a Unicafes.

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Luis Possamai assume presidência da Unicafes PRLuiz Ademir Possamai foi elei-

to, na semana passada, durante a VI Assembleia Geral da Uni-cafes Paraná, o presidente da Unicafes Paraná, para atuar na gestão 2011-2013. Em seu pro-nunciamento, o presidente agra-deceu o voto de confiança de to-dos e disse que continuará com as atividades que estão sendo desenvolvidas pela entidade. Ele também firmou compromisso nas articulações com o gover-no estadual e federal, visando o pleito de recursos para ações voltadas a agricultura familiar.

Possamai participa do mo-vimento do cooperativismo e economia solidária desde o iní-cio dos anos 90. Em 1995, foi sócio fundador e presidente da atual Cresol Marmeleiro, a se-gunda cooperativa a entrar em funcionamento no Sistema Cre-sol. Após, passou a integrar a direção da Central Cresol Baser.

Entre 1998 a 2004, Possamai fez parte da presidência da Cresol Beltrão. Durante dois mandatos consecutivos, 2002-2008, atuou também como presidente da Base Sudoeste. Na gestão anterior, 2008-2010, exerceu o cargo de vice-presidente da Cresol Baser.

Durante todos estes anos, des-de a fundação da Unicafes Pa-raná, Possamai sempre atuou como colaborador da entidade, através de articulações políti-cas entre os diversos ramos co-operativos e organizações go-vernamentais a nível nacional.

Segundo Possamai, “o Brasil é uma referência a todos os de-mais países da América Latina - é um dos cooperativismos mais representativos do continente. O movimento cooperativista no Paraná tem a vantagem de estar

muito bem integrado e represen-tado - tem Unicafes Paraná que permite uma integração além da fronteira, muito importante e que lhe dá coesão e representativi-dade”. Confira abaixo a entrevista.

Quais as perspectivas para o triênio 2011-2013?

Além de dar continuidade aos trabalhos já realizados na enti-dade, uma das principais metas é a integração entre os diversos ramos, a consolidação de novos ramos e a busca de maior susten-tabilidade da Unicafes PR, bem como manter as parcerias com en-tidades nacionais e internacionais.

O que as cooperativas filia-das podem esperar da nova di-reção?

Um maior apoio a gestão de suas cooperativas, visando o for-talecimento das mesmas, apoio no acesso às políticas públicas e na luta pela permanência da missão e dos princípios seguidos pelas cooperativas da agricultu-ra familiar e economia solidária. Também nos empenharemos para buscar o equilíbrio finan-ceiro das cooperativas filiadas.

Qual a representatividade da

Unicafes a nível internacional?A Unicafes Paraná já é re-

conhecida internacionalmente, entre os principais países cita-mos a Belgica, Holanda, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Argentina, Uruguai, Venezuela, Caribe, México, Itália, Alema-nha e recentemente a Bolívia.

Como você vê a atuação da Unicafes Paraná na repre-sentatividade cooperativista?

A Unicafes Paraná vem repre-sentando o coopera tivismo soli-dário de forma constante e cres-cente, procurando constituir e fortalecer cooperativas em todas as regiões do estado do Paraná, totalizando hoje mais de 140 coo-perativas distribuí das nos 110 mu-nicípios de área de abrangência, procurando dar transparência aos processos desenvolvidos pela en-tidade e pelos ramos, a fim de que as cooperativas singulares e seus associados tenham a compreen-são e o conhecimento de tudo o que acontece em todas as instân-cias, até porque as cooperativas singulares e Unicafes Paraná são a extensão dos agricultores.

Fonte: Lilian Lazaretti

Luiz Possamai, o novo presidente da Unicafes PR eleito no Congresso Estadual

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André Machado, durante o painel que dirigiu na Oficina de Biocombustíveis

COMERCIALIZAÇÃO

“Este ano, as empresas compradoras vieram para a Biofach dispostas a fechar negócio.” Assim a geren-te comercial da Cooperati-va Agropecuária Familiar de Canudo, Uauá e Curaçá (Co-opercuc), da Bahia, Jussa-ra Dantas de Souza, avaliou segundo dia da Biofach Ale-manha 2011, realizada em Nuremberg, na Alemanha.

A cooperativa trouxe para a Biofach Alemanha 2011 uma cartela de dez produtos à base de umbu, maracujá da Caatin-ga e goiaba com certificação orgânica e de comércio justo (fair trade). No primeiro dia a Coopercuc firmou uma compra de 30 mil unidades de sua car-tela, entre elas doces, geléias,

compotas, sucos e polpas.Com mais de 300 famílias

de agricultores cooperadas, esta é a quarta participação da Coopercuc na Biofach. Este ano, a cooperativa espe-ra ampliar as parcerias comer-ciais ou de apoio à produção e pesquisa. No ano passado, a Coopercuc firmou um con-vênio de apoio à produção e comercialização com uma en-tidade da áustria que dura até hoje. “Queremos é divulgar para todo o mundo o umbu, fruto de grande importância nutritiva que só existe no Se-miárido brasileiro. E a Biofa-ch é uma das vitrines”, afir-ma Jussara Dantas de Souza

Na avaliação da gerente, a Cooperativa tem condições

de atender às demandas co-merciais. “Comercializamos para o Programa de Aqui-sição de Alimentos (PAA) desde 2003. Isso ajudou a nos adequar às exigências do mercado.” A Coopercuc atende um cliente da áustria desde a primeira sua primei-ra participação na Biofach.

Outras duas cooperativas do Nordeste presentes na Bio-fach Alemanha 2011, a Coope-rativa dos Beneficiadores Ar-tesanais de Castanha de Caju do Rio Grande do Norte (Co-opercaju) e a Central das Co-operativas Apícolas do Semi-árido Brasileiro (Casa Apis) estão firmando parceriais para garantir mais qualidade de vida para os cooperados.

A Coopercaju, por exemplo, busca junto a uma empre-sa européia uma máquina de processamento da castanha que permite trabalhar senta-do. “Quem processa castanha de caju sabe o que isso signi-fica para a melhoria das con-dições de trabalho”, explica a gerente comercial da Coope-rativa, Terezinha Medeiros.

A Biofach Alemanha 2011 encerra neste sábado (19). Participam do estande do Brasil na Feira dez empre-endimentos familiares apoia-dos pelo Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA).

Fonte: MDA

Coopercuc fecha negócio internacional na Alemanha

Jussara Dantas de Souza, gerente comercial da CoopercucFo

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RELAÇÕES POLÍTICAS

No início do mês de fevereiro os diretores da Unicafes, junta-mente com alguns assessores, visitaram os ministérios da Pes-ca (MPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Na Pesca foram recebidos pela ministra Ideli Salvatti e no MDA pelos secre-tários de Desenvolvimento Ter-ritorial (SDT) e de Agricultura Familiar (SAF), respectivamente. Os assuntos ficaram em torno das propostas para 2011 e, tam-bém, para criar uma aproxima-ção, visto a nova gestão de go-verno que se iniciou neste ano.

A ministra Salvatti ouviu aten-tamente a exposição dos traba-lhos que a Unicafes desenvolve na área das pesca e aqüicultura. “A demanda do Brasil exige que avancemos na aqüicultura. Fico feliz com essas experiências e com o trabalho que vocês me apresentaram”, afirmou a ministra.

Ministra e secretários recebem di-retores da Unicafes em audiências

Propostas para 2011 e erradicação da miséria fizeram parte das audiências

Salvatti, a exemplo dos direto-res da Unicafes, também expla-nou o trabalho que o ministério tem para essa gestão. “Temos di-versas demandas que envolvem que precisam de nossas ações. Política do uso da água, com-pensações ambientais no caso de grandes empreendimentos como hidrelétricas e platafor-mas marítimas e, principalmen-te, apoiar a produção. Não há lógica sermos um país imenso com muito potencial e estarmos importando pescado”, explicou.

MDAApós a audiência com a mi-

nistra do MPA, os diretores da Unicafes seguiram para o MDA onde foram recebidos pe-los secretário da SDT da SAF, José Humberto Oliveira e Lau-demir Muller, respectivamente.

Humberto Oliveira instigou a Unicafes a participar das dis-

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cussões sobre a erradicação da miséria, ação que desde o iní-cio do ano a Unicafes já come-çou a elaborar juntamente com parceiros e já tem um documen-to aprovado. “Como fomenta-dores do meio rural temos que pensar em nosso povo. Temos que pensar estratégias para chegar até os mais pobres do meio rural”, provocou Oliveira.

Além desse tema Olivei-ra falou dos trabalhos da SDT para 2011 e pediu a ajuda da Unicafes, como representan-te do cooperativismo solidário, para ajudar em questões polí-ticas de extrema importância para o meio rural. Questões que em alguns momentos tra-vam a atuação do ministério.

Após a audiência da SDT foi a vez da SAF receber a Unica-fes. Muller é o nome secretário e após apresentar-se afirmou que dará continuidade aos tra-balhos que a secretaria já vi-nha desenvolvendo e acrescen-tar outras estratégias. “Temos dois grandes enfrentamentos: como ajudar a agricultura fami-liar no atual cenário econômico do País e como superar a po-breza. Temos que nos desafiar a isso e só conseguiremos su-cesso com a organização de nosso povo”, afirmou Muller.

Ambos os secretários re-ceberam quatro documentos assinados pela Unicafes: um do ramos leite, outro sobre sementes, outro que trata de biocombustíveis e o último so-bre a erradicação da miséria.

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A prefeitura de São Paulo já

mapeou a capacidade de pro-

dução e logística de 29 coope-

rativas de agricultores e produ-

tores familiares interessadas no

fornecimento para a merenda

escolar do município. Cada en-

tidade apresentou seus produ-

tos e informou a quantidade que

poderá entregar à prefeitura, na

audiência pública realizada na

última sexta-feira, 25, na Secre-

taria Municipal de Educação.

“Vamos analisar todas as

propostas e, sem dúvida, am-

pliar a variedade da compra

de alimentos deste setor”, diz

o presidente da comissão de

processamento da chamada

pública, Rodrigo Ribeiro Sousa.

O edital definitivo de compra

da agricultura familiar para a

merenda escolar de São Pau-

lo, no entanto, ainda não tem

data definida de publicação.

Pela Lei no 11.947/2009, pelo

menos 30% dos recursos re-

passados a estados e municí-

pios pelo Programa Nacional de

Alimentação Escolar, do Fundo

Nacional de Desenvolvimento

da Educação (FNDE), devem

ser investidos na compra de

produtos da agricultura familiar.

Perecíveis

A distribuição dos gêneros

alimentícios será acompanhada

de perto pela prefeitura. “Temos

uma boa estrutura de arma-

zéns para estocar produtos não

perecíveis, mas precisamos

estudar soluções para o rece-

bimento de perecíveis, prin-

cipalmente quando vierem de

outros estados”, afirma Sousa.

O representante da Coopera-

tiva de Agricultura Familiar In-

tegrada do Paraná, Álvaro Jun

Guibu, reconhece que as des-

pesas com transporte e arma-

zenagem encarecem o preço

final, o que dificulta um forne-

cimento em termos nacionais:

“A logística sempre é o nosso

maior gargalo para entregar

alimentos em outros estados”.

O macarrão é o carro-chefe da

cooperativa, composta por 17

associadas e cerca de cinco

mil famílias produtoras. “Somos

uma região muito forte na pro-

dução de trigo”, conta Guibu.

Caminhão “Esta é a chance de chegar-

mos à capital”, diz o agricul-

tor Antonio Pereira da Penha,

da Cooperativa de Produtores

Rurais da Agricultura Familiar

de Juquiá, no Vale do Ribeira.

Uma das 18 cooperativas de

São Paulo presentes na au-

diência – as demais eram de

Goiás, Minas Gerais, Paraná,

Rio Grande do Sul e Santa Ca-

tarina –, ela fornece alimentos

para a merenda de 13 municí-

pios do estado, incluindo o ABC

paulista. A cooperativa tra-

balha com hortifrutigranjeiros e

está comprando seu segundo

caminhão para melhorar sua

logística. “Além disso, vamos

nos unir a outras cooperativas

para garantir o atendimento

desta alta demanda”, afirma.

Fonte: FNDE

29 cooperativas querem fornecer para alimentação escolar em SP

COMERCIALIZAÇÃO

A distribuição dos gêneros alimentícios será acompanhada pela prefeitura

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Produtos, apreendidos pela

Receita Federal, poderão ser

destinados a projetos de in-

clusão produtiva de benefi-

ciários de programas sociais

Até o próximo dia 18 de março,

instituições públicas e privadas

sem fins lucrativos de qualquer

lugar do País podem se inscrever

para concorrer aos editais de do-

ação de um carro e um ônibus.

Os interessados devem ela-

borar projetos na área de inclu-

são produtiva, voltado ao públi-

MDS seleciona entidades sociais para doação de carro e ônibus

VEÍCULOS

co beneficiário dos programas

sociais do Ministério do Desen-

volvimento Social e Combate à

Fome (MDS), preferencialmente

os inscritos no Cadastro Único.

Os projetos deverão ser sub-

metidos à Secretaria de Articu-

lação para Inclusão Produtiva

(Saip), contemplando todas as

especificações constantes nos

editais, para análise da Comis-

são de Doações Fome Zero,

composta por servidores do

MDS. O processo ocorrerá con-

forme os procedimentos e crité-

rios descritos no portal do Fome

Zero (www.fomezero.gov.br).

Os dois veículos disponíveis

por meio do edital são originá-

rios de apreensões da Receita

Federal e estão armazenados

nos municípios de Ponta Gros-

sa e Apucarana, no Paraná.

As propostas devem ser en-

viadas, impreterivelmente, até

18 de março, pelos correios,

com o requerimento de doa-

ção, declaração de uso do ve-

ículo e declaração de uso ge-

ral devidamente preenchidos.

Fonte: Ascom/MDS

EXPEDIENTE

11

Diretoria Executiva - Presidente José Paulo Ferreira Vice-Presidente Silvio Ney Monteiro Secretário Gervá-sio Plucinski Diretor Financeiro Valons Mota Diretor de Formação Paulo Cezar Mendonça Secretária de Mu-lheres Célia Firmo Jornalista Responsável Oniodi Gregolin | SDS Conjunto Baracat, sala 415, CEP 70300-000 Brasília - DF Fone: (61) 3323-6609 | [email protected] | w w w . u n i c a f e s . o r g . b r

Oportunidades

Agenda UnicafesNo fim do mês , entre os dias

28 e 30 de março, a Contag or-ganiza o Encontro do Coopera-tivismo e Sindicalismo. que ocor-

rerá em Brasília. Para o mês de abril, a Unicafes está mobilizan-do as bases estaduais para os Seminários Regionais de deba-

te sobre os coletivos Formação, Projetos, Juventude e Jurídico. Essas oficinas ocorrerão nas re-giões Sul, Sudeste e Nordeste.

Audiência com Ministros é solicitada A exemplo do que ocorreu com

parlamentares, agora é a vez de

ministros receberem a Unicafes.

Na semana passada foram proto-

colados em oito ministérios solici-

tação de audiências com os minis-

tros. Juntamente com a solicitação

a Pauta Brasil Cooperativo Solidá-

rio 2011 foi entregue junto. As au-

diências são esperadas para mea-

dos deste mês ou de abril, quando

a diretoria da Unicafes estará em

Brasília para reuniões e rodadas

de negociações. Foram solicitadas

reuniões com os seguintes minis-

térios: do Desenvolvimento Agrá-

rio, do Desenvolvimento Social, da

Pesca e Aqüicultura, da Agricultura

Pecuária e Abastecimento, da Fa-

zenda, do Trabalho e Emprego e,

também, com os ministros da Casa

Civil da Presidência da Repúbli-

ca e da Secretaria Geral da Pre-

sidência da República. O assunto

das audiências ficará por conta da

pauta do cooperativismo solidá-

rio e para a aproximação com os

novos ministros que iniciaram na

nova gestão do Governo Dilma.