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ANO II | Nº 29 | 01 DE MARÇO DE 2011U N I Ã O N A C I O N A L D A S C O O P E R A T I V A S D A A G R I C U L T U R A F A M I L I A R E E C O N O M I A S O L I D Á R I A
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Encerrou-se ontem, em Bra-sília, mais uma reunião do Conselho Ampliado da Unica-fes. Pauta do Cooperativismo Solidário, estratégias com mi-nistérios e parlamentares, pla-nejamento institucional 2011, sustentabilidade e recompo-sição da executiva, foram al-guns dos temas abordados. No segundo dia de reuniões, dia 23, todos também parti-ciparam do Café da Manhã do Cooperativismo Solidário.
Café com deputados federais contou com 50 participantes
Congresso da Unicafes PRReunião AmpliadaLuiz Ademir Possamai foi elei-
to presidente na VI Assembléia Geral da Unicafes Paraná para atuar na gestão 2011-2013. Em seu pronunciamento, o presi-dente agradeceu o voto de con-fiança de todos e disse que con-tinuará com as atividades que estão sendo desenvolvidas pela entidade. Ele também firmou compromisso nas articulações com o governo estadual e fe-deral, visando o pleito de recur-sos para a agricultura familiar.
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O Café da Manhã do Co-operativismo Solidário, pro-movido hoje pela Unicafes (União Nacional das Coope-rativas da Agricultura Fami-l iar e Economia Solidária), se encerrou com um sal-do positivo nesta manhã. A pauta apresentada aos par-lamentares contou com di-versos pontos impor tantes ao cooperativismo solidário. Como em anos anter iores, vár ias demandas se repetem pelo entrave que há pr inci-palmente no Congresso. O Objetivo foi aproximar os de-putados das necessidades do cooperativismo solidário, sensibil izando-os para o tra-balho que deve ser feito em prol de milhões de agriculto-res familiares e empreende-dores da economia solidária.
Coopercuc na BiofachCom mais de 300 famílias de
agricultores cooperadas, esta é a quarta participação da Coo-percuc na Biofach. Este ano, a cooperativa ampliouas parce-rias comerciais ou de apoio à produção e pesquisa. No ano passado, a Coopercuc firmou um convênio de apoio à produ-ção e comercialização com uma entidade da áustria que dura até hoje. “Queremos é divulgar para todo o mundo o umbu que só existe no semimiárido brasileiro”.
ARTICULAÇÃO POLÍTICA
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O Café da Manhã do Coope-rativismo Solidário, promovi-do hoje pela Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Econo-mia Solidária), se encerrou com um saldo positivo nesta manhã. A pauta apresentada aos parlamentares contou com diversos pontos importantes ao
É com satisfação que lhe entragamos mais uma edição do nosso informativo sema-nal. A cada semana consegui-mos chegar até seu trabalho, sua casa e sua cooperativa com informações sobre nos-so trabalho de representação.
Cada dia mais conseguimos avançar sobre mais desafios que vão se colocando a nossa frente, entretanto, são esses desafios que tornam nosso trabalho cada vez mais pri-moroso. A cada edição deste boletim conseguimos agregar
mais informações ao seu dia-a-dia. Desejamos a todos óti-mos trabalhos em 2011, para continuarmos a levar a nos-sas comunidades os objeti-vos do cooperativismo que idealizamos. Uma boa leitura a todos.
AO LEITOR
cooperativismo solidário. Como em anos anteriores, várias de-mandas se repetem pelo en-trave que há principalmente no Congresso. O Objetivo foi apro-ximar os deputados das neces-sidades do cooperativismo so-lidário, sensibilizando-os para o trabalho que deve ser feito em prol de milhões de agricul-
tores familiares e empreende-dores da economia solidária.
“Isso que está sendo discu-tido aqui é um novo coopera-tivismo, que nasceu junto com a redemocratização de nos-so País no fim da década de 1980, quando a unicidade ao sistema OCB [Organização das Cooperativas Brasileiras]
José Paulo Ferreira, presidente da Unicafes; Deputado Edson Pimenta (PC do B - BA) e deputado Assis do Couto (PT-PR)
Pauta do Cooperativismo Solidário é en-tregue a deputados federais em Brasília
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começou a ser quebrada. Ape-sar dessas mudanças que nos permitiram um novo modelo de cooperativismo, chama-do por nós de solidário, ain-da temos muito trabalho para conquistar por essa causa. Só para citar um exemplo: até pouco tempo atrás, no nordes-te, ainda havia municípios em que a junta comercial não permitia o registro de cooperativas sem que estivem registradas, an-teriormente, à OCB”, afir-mou o deputado federal Assis do Couto (PT-PR).
José Paulo Crisóstomo, presidente da Unicafes, apresentou aos deputados a pauta do Cooperativis-mo Solidário 2011. “Nes-sa pauta, uma de nossas principais reivindicações de anos atrás volta com mais força: a reformulação da Lei Geral do Cooperativismo. O cooperativismo solidário está tomando uma dimensão de muito mais importância nas discussões e é impossível pensar desenvolvimento social e geração de renda sem in-cluir o cooperativismo solidá-rio como estratégia”, afirmou.
Outras reivindicações da pauta ficaram por conta da criação de um Conselho Na-cional de Cooperativismo, a exemplo dos mais de 90 con-selhos que ocorreram duran-te o governo Lula; um censo das cooperativas brasileiras; a democratização do Sescoop e a criação de um novo mar-co legal para o terceiro setor, desburocratizando e democra-tizando os processos e ações.
“O grande capital não resol-ve os problemas do povo. O cooperativismo é o caminho
Precisamos pensar estratégias para o cooperativismo soli-dário. Necessitamos investir em educação
para quem sonha um Brasil sem fome e miséria. Estamos em um momento de transi-ção e necessitamos que vo-cês [os movimentos sociais] estejam sempre nos cobran-do. Precisamos, além dessas demandas que vocês levan-taram, resolver outros proble-
mas sistêmicos que há, como por exemplo, a reforma agrá-ria. Precisamos estar ligados constantemente por esses diá-logos para que o cooperativis-mo solidário siga avançando”, declarou o deputado fede-ral Domingos Dutra (PT-MA).
Erradicação da pobreza
Outro debate, pre-ponderante ao coo-perativismo, que foi levantado com os de-putados trata da erra-dicação da pobreza extrema. Desde 2009 que a Unicafes já traz essa demanda clara em seus objetivos de trabalho. Em 2009 foi iniciada a Caravana do Cooperativismo pelo Fim da Pobreza.
“Precisamos, jun-
tamente com os movimentos sociais, pensar estratégias. Cooperativas de produção são uma das possíveis saídas. Ne-cessitamos investir cada vez mais em produção e em edu-cação. Somente com educa-ção é que nossas cooperativas poderão avançar nos proces-
sos que envolvem seu dia a dia. Grandes incubado-ras [de cooperativas] são saídas. Precisamos ter um fundo financeiro de apoio a esses empreendimentos, para assim gerar renda e desenvolvimento social”, afirmou o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
“Uma necessidade que temos de desenvolver ain-da mais esse modelo de cooperativismo é pela po-pulação rural que temos no Brasil. Por exemplo, em
meu estado, a Bahia, aproxi-madamente 50% da população vive no campo. Precisamos de um modelo de desenvol-vimento que democratização da renda e que não gere mi-séria”, disse o deputado fede-ral Waldenor Pereira (PT-BA).
Deputados e representantes receberam a pauta do cooperativismo
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Parceiros também participam do café e tiveram espaço para complementar as propostas da Unicafes
Terceiro SetorOutro ponto-chave da reu-
nião foi a discussão levanta-da pelo deputado federal Ed-son Pimenta (PC do B - BA) quanto a criação de um novo marco legal para a atuação do terceiro setor. “Estamos em um momento de crise pro-
funda, um momento em que a direita tenta des-moralizar os mov imen tos sociais. Ne-c e s s i t a m o s reabrir as d i s c u s s õ e s com relação a esse tema. As organiza-ções sociais p r e c i s a m acessar re-cursos dire-tamente com a União, sem precisar de um atraves-sador. Não podemos nos a c o m o d a r , temos que e n f r e n t a r .
A presidente Dilma, a exem-plo de Lula, precisa dialogar muito com a sociedade civil, pois há uma discrepância en-tre o que a sociedade debate e o que temos regulamenta-do por lei. Desse modo, con-seguiremos abrir mais cami-nhos para o cooperativismo, pois ele tem um papel funda-mental nessa luta”, afirmou.
Dentro desse tema, Crisós-tomo, também concorda com a iniciativa do deputado. “O repasse direto, desburocra-tizado e mais democrático, somente beneficiaria o co-operativismo solidário e os movimentos sociais como um
todo. O que ocorre em muitas regiões e em alguns municí-pios é a falta de vontade po-lítica de alguns governantes, ou, então, a inadimplência de prefeituras ou do estado impedidos de acessar esses recursos destinados a área social”, explicou Crisóstomo.
Representando o estado do Pará, o deputado fede-ral deste estado, Zé Geraldo, prosseguiu na mesma linha de discussão. “Minha expe-riência com o cooperativis-mo está ligada à agricultura familiar. Percebo, num todo, que há uma dificuldade de re-passar recursos das emendas parlamentares às organiza-ções civis por meio do próprio MDA [Ministério do Desen-volvimento Agrário]: tem que passar pelas prefeituras que em muitos casos nem se inte-ressam. Precisamos ter uma linha de repasse direta às cooperativas, agroindústrias e demais organizações, sem precisar desse atravessador público nos municípios. Pre-cisamos de repasse direto e desburocratização dos re-cursos”, afirmou Zé Geraldo.
A avaliaçãodos partici-pantes mos-trou que o encontro
representou uma oportu-
nidade de co-nhecer mais
profundamen-te o debate
do cooperati-vismo e, con-seqüentemen-te, fortalecer a relação com
a Unicafes
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” A pauta foi entregue a todos os parlamentares que se propuseram ajudar o cooperativismo solidário
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CompromissosOs dez deputados presen-
tes se comprometeram em trabalhar juntos em prol das demandas do cooperativismo solidário. Os pontos elabo-rados na pauta serão, tam-bém, trabalhados com eles juntamente com os minis-térios que se responsabili-zam por determinadas áreas.
“O cooperativismo é prio-ridade em minha agenda. O momento nos é favorável para essa discussão. Agregar valor e comercializar são deman-das quase impossíveis de se-rem pensadas sem estarem conjuntas com o cooperativis-mo. Temos muito pelo que tra-balhar e nossos desafios são grandes. Teremos que colocar conosco aqueles [deputados] que também têm afinidade com este tema e, juntamente de nós, estarmos todos à frente desse tema. Reforço aqui meu compromisso com o coopera-tivismo”, afirmou o deputado federal Padre João (PT-MG).
“Coloco-me a disposição de vocês, pois político é como feijão, só ‘pega’ na panela-de-pressão (sic). O meu es-tado [Rondônia] é muito jo-vem e ainda temos muitas dificuldades de avançar com a discussão do cooperativis-mo. Precisamos levar essa discussão, também, para es-ses lugares. Em cidades iso-ladas, muitas vezes o úni-co banco á cooperativa de crédito”, afirmou o deputado federal Padre Ton (PT-RO).
ResultadosA avaliação da Unicafes e de
suas parceiras é que o evento foi muito positivo e contará com resultados futuros bastante profícuos para o cooperativis-mo solidário. “Hoje demos um passo muito importante para estabelecer esse laço com os deputados, principalmente os que assumiram sua primeira gestão. Outro ponto positivo é que aqui se lançou a se-mente para a união destes e de outros deputados pela luta
de nossa causa: uma bancada do cooperativismo solidário”, avaliou a diretora executiva da Cenater (Central Nacio-nal das Cooperativas de As-sistência Técnica e Extensão Rural), Generosa de Oliveira.
Ao todo, dez deputados es-tavam presentes. O senador Humber to Costa (PT-PE), mandou um representante. Kenes Gonzaga representou a Secretar ia de Juventude l igada à Secretar ia Geral da Presidência. Agnaldo Meira, secretár io de agr icul tura de Juazeiro, Bahia. O deputa-do estadual de Santa Cata-r ina, Dirceu Drech também mandou representante. Par-t ic iparam, também, as se-guintes organizações par-ceiras: Unicafes Estaduais (RS, SC, PR, RJ, ES, BA, PE, MA, RN, CE, PA) Cena-ter, a Confesol , a Ancosol , a Unisol , a Contag, o Fórum Brasi le i ro de Economia So-l idár ia e o Inst i tuto Mar ista de Sol idar iedade.
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Encerrou-se ontem, em Bra-sília, mais uma reunião do Conselho Ampliado da Unica-fes. Na pauta deste mês diver-sos pontos ligados a atuação política da Unicafes e deline-amentos internos formaram as discussões que tomaram corpo entre os participantes. Pauta do Cooperativismo Solidário, estratégias com ministérios e parlamentares, planejamen-to institucional 2011, susten-tabilidade e recomposição da executiva, foram alguns dos temas abordados. No segundo dia de reuniões, dia 23, todos também participaram do Café da Manhã do Cooperativismo Solidário com 10 deputados fe-derais e entidades parceiras.
Com a saída de Gervásio Plucinski, ex-secretário geral da Unicafes, que agora assu-me um cargo no governo do Rio Grande do Sul, o cargo de secretário geral ficou vacante e, nessa reunião de fevereiro, foi discutida a substituição. Es-tatutariamente, o diretor de for-mação, Paulo Cezar Mendonça, ascende ao cargo de secretário deixando vacante a Formação. O ingresso de um novo mem-bro para esse cargo será no-vamente discutido na próxima reunião ampliada em março.
Durante a reunião, também, foi dado aprofundamento à Pauta do Cooperativismo Soli-dário 2011. Esta mesma pauta foi entregue aos dez deputados
José Paulo Ferreira, Presidente da Unicafes Nacional
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REUNIÃO AMPLIADA
federais que participaram do Café. “Nossa estratégia agora será acompanhar a atuação desses deputados e, juntamen-te com eles, somar esforços para que nossas reivindicações sejam atendidas por outros ór-gãos do governo. Marcaremos agendas e com a ajuda deles poderemos ter mais força nos espaços e ações que pleitea-mos”, afirmou o presidente da Unicafes, José Paulo Ferreira.
Outro tema que fez parte da reunião foi a preparação para o Congresso Unicafes 2011. A data ficou definida para os dias 19, 20 e 21 d e julho. Também foi definida a Assem-bléia Ordinária, que será rea-lizada em maio, antecedendo os preparativos do Congresso.
Cada Unicafes estadual e re-
presentantes de outros estados sem representação ainda tive-ram um momento para sociali-zar as ações que estão sendo desenvolvidas nas bases. Como praxe em todas as reuniões, esse ponto ganha bastante destaque, pois proporciona um intercâm-bio de informações e a possibi-lidade de soluções de entraves juntamente com os outros esta-dos. A Unicafes Paraná e a Uni-cafes Nacional assinaram um termo de cooperação, que per-mitirá que o Paraná ajude finan-ceiramente na contratação de profissionais para o quadro de trabalho da Unicafes Nacional.
Ao todo, estiveram presentes mais de 20 representantes das Unicafes estaduais, do Conse-lho Fiscal e Administrativo e os diretores da Executiva.
Encerrou-se semana passada mais uma Reunião Ampliada da Unicafes
Congresso e Encontro Nacional do CooperativismoA Unicafes Nacional, na última
reunião de Conselho Ampliado, de-finiu a data para o 5º Encontro Na-cional do Cooperativismo Solidário
e para o 3º Congresso da Unica-fes. A data ficou estipulada para os dias 19,20 e 21 de julho deste ano. A estimativa é que aproxima-
damente 600 pessoas estejam re-nunidas em Brasília para debater o cooperativismo e definir deci-sões importantes para a Unicafes.
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Luis Possamai assume presidência da Unicafes PRLuiz Ademir Possamai foi elei-
to, na semana passada, durante a VI Assembleia Geral da Uni-cafes Paraná, o presidente da Unicafes Paraná, para atuar na gestão 2011-2013. Em seu pro-nunciamento, o presidente agra-deceu o voto de confiança de to-dos e disse que continuará com as atividades que estão sendo desenvolvidas pela entidade. Ele também firmou compromisso nas articulações com o gover-no estadual e federal, visando o pleito de recursos para ações voltadas a agricultura familiar.
Possamai participa do mo-vimento do cooperativismo e economia solidária desde o iní-cio dos anos 90. Em 1995, foi sócio fundador e presidente da atual Cresol Marmeleiro, a se-gunda cooperativa a entrar em funcionamento no Sistema Cre-sol. Após, passou a integrar a direção da Central Cresol Baser.
Entre 1998 a 2004, Possamai fez parte da presidência da Cresol Beltrão. Durante dois mandatos consecutivos, 2002-2008, atuou também como presidente da Base Sudoeste. Na gestão anterior, 2008-2010, exerceu o cargo de vice-presidente da Cresol Baser.
Durante todos estes anos, des-de a fundação da Unicafes Pa-raná, Possamai sempre atuou como colaborador da entidade, através de articulações políti-cas entre os diversos ramos co-operativos e organizações go-vernamentais a nível nacional.
Segundo Possamai, “o Brasil é uma referência a todos os de-mais países da América Latina - é um dos cooperativismos mais representativos do continente. O movimento cooperativista no Paraná tem a vantagem de estar
muito bem integrado e represen-tado - tem Unicafes Paraná que permite uma integração além da fronteira, muito importante e que lhe dá coesão e representativi-dade”. Confira abaixo a entrevista.
Quais as perspectivas para o triênio 2011-2013?
Além de dar continuidade aos trabalhos já realizados na enti-dade, uma das principais metas é a integração entre os diversos ramos, a consolidação de novos ramos e a busca de maior susten-tabilidade da Unicafes PR, bem como manter as parcerias com en-tidades nacionais e internacionais.
O que as cooperativas filia-das podem esperar da nova di-reção?
Um maior apoio a gestão de suas cooperativas, visando o for-talecimento das mesmas, apoio no acesso às políticas públicas e na luta pela permanência da missão e dos princípios seguidos pelas cooperativas da agricultu-ra familiar e economia solidária. Também nos empenharemos para buscar o equilíbrio finan-ceiro das cooperativas filiadas.
Qual a representatividade da
Unicafes a nível internacional?A Unicafes Paraná já é re-
conhecida internacionalmente, entre os principais países cita-mos a Belgica, Holanda, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Argentina, Uruguai, Venezuela, Caribe, México, Itália, Alema-nha e recentemente a Bolívia.
Como você vê a atuação da Unicafes Paraná na repre-sentatividade cooperativista?
A Unicafes Paraná vem repre-sentando o coopera tivismo soli-dário de forma constante e cres-cente, procurando constituir e fortalecer cooperativas em todas as regiões do estado do Paraná, totalizando hoje mais de 140 coo-perativas distribuí das nos 110 mu-nicípios de área de abrangência, procurando dar transparência aos processos desenvolvidos pela en-tidade e pelos ramos, a fim de que as cooperativas singulares e seus associados tenham a compreen-são e o conhecimento de tudo o que acontece em todas as instân-cias, até porque as cooperativas singulares e Unicafes Paraná são a extensão dos agricultores.
Fonte: Lilian Lazaretti
Luiz Possamai, o novo presidente da Unicafes PR eleito no Congresso Estadual
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André Machado, durante o painel que dirigiu na Oficina de Biocombustíveis
COMERCIALIZAÇÃO
“Este ano, as empresas compradoras vieram para a Biofach dispostas a fechar negócio.” Assim a geren-te comercial da Cooperati-va Agropecuária Familiar de Canudo, Uauá e Curaçá (Co-opercuc), da Bahia, Jussa-ra Dantas de Souza, avaliou segundo dia da Biofach Ale-manha 2011, realizada em Nuremberg, na Alemanha.
A cooperativa trouxe para a Biofach Alemanha 2011 uma cartela de dez produtos à base de umbu, maracujá da Caatin-ga e goiaba com certificação orgânica e de comércio justo (fair trade). No primeiro dia a Coopercuc firmou uma compra de 30 mil unidades de sua car-tela, entre elas doces, geléias,
compotas, sucos e polpas.Com mais de 300 famílias
de agricultores cooperadas, esta é a quarta participação da Coopercuc na Biofach. Este ano, a cooperativa espe-ra ampliar as parcerias comer-ciais ou de apoio à produção e pesquisa. No ano passado, a Coopercuc firmou um con-vênio de apoio à produção e comercialização com uma en-tidade da áustria que dura até hoje. “Queremos é divulgar para todo o mundo o umbu, fruto de grande importância nutritiva que só existe no Se-miárido brasileiro. E a Biofa-ch é uma das vitrines”, afir-ma Jussara Dantas de Souza
Na avaliação da gerente, a Cooperativa tem condições
de atender às demandas co-merciais. “Comercializamos para o Programa de Aqui-sição de Alimentos (PAA) desde 2003. Isso ajudou a nos adequar às exigências do mercado.” A Coopercuc atende um cliente da áustria desde a primeira sua primei-ra participação na Biofach.
Outras duas cooperativas do Nordeste presentes na Bio-fach Alemanha 2011, a Coope-rativa dos Beneficiadores Ar-tesanais de Castanha de Caju do Rio Grande do Norte (Co-opercaju) e a Central das Co-operativas Apícolas do Semi-árido Brasileiro (Casa Apis) estão firmando parceriais para garantir mais qualidade de vida para os cooperados.
A Coopercaju, por exemplo, busca junto a uma empre-sa européia uma máquina de processamento da castanha que permite trabalhar senta-do. “Quem processa castanha de caju sabe o que isso signi-fica para a melhoria das con-dições de trabalho”, explica a gerente comercial da Coope-rativa, Terezinha Medeiros.
A Biofach Alemanha 2011 encerra neste sábado (19). Participam do estande do Brasil na Feira dez empre-endimentos familiares apoia-dos pelo Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA).
Fonte: MDA
Coopercuc fecha negócio internacional na Alemanha
Jussara Dantas de Souza, gerente comercial da CoopercucFo
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RELAÇÕES POLÍTICAS
No início do mês de fevereiro os diretores da Unicafes, junta-mente com alguns assessores, visitaram os ministérios da Pes-ca (MPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). Na Pesca foram recebidos pela ministra Ideli Salvatti e no MDA pelos secre-tários de Desenvolvimento Ter-ritorial (SDT) e de Agricultura Familiar (SAF), respectivamente. Os assuntos ficaram em torno das propostas para 2011 e, tam-bém, para criar uma aproxima-ção, visto a nova gestão de go-verno que se iniciou neste ano.
A ministra Salvatti ouviu aten-tamente a exposição dos traba-lhos que a Unicafes desenvolve na área das pesca e aqüicultura. “A demanda do Brasil exige que avancemos na aqüicultura. Fico feliz com essas experiências e com o trabalho que vocês me apresentaram”, afirmou a ministra.
Ministra e secretários recebem di-retores da Unicafes em audiências
Propostas para 2011 e erradicação da miséria fizeram parte das audiências
Salvatti, a exemplo dos direto-res da Unicafes, também expla-nou o trabalho que o ministério tem para essa gestão. “Temos di-versas demandas que envolvem que precisam de nossas ações. Política do uso da água, com-pensações ambientais no caso de grandes empreendimentos como hidrelétricas e platafor-mas marítimas e, principalmen-te, apoiar a produção. Não há lógica sermos um país imenso com muito potencial e estarmos importando pescado”, explicou.
MDAApós a audiência com a mi-
nistra do MPA, os diretores da Unicafes seguiram para o MDA onde foram recebidos pe-los secretário da SDT da SAF, José Humberto Oliveira e Lau-demir Muller, respectivamente.
Humberto Oliveira instigou a Unicafes a participar das dis-
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cussões sobre a erradicação da miséria, ação que desde o iní-cio do ano a Unicafes já come-çou a elaborar juntamente com parceiros e já tem um documen-to aprovado. “Como fomenta-dores do meio rural temos que pensar em nosso povo. Temos que pensar estratégias para chegar até os mais pobres do meio rural”, provocou Oliveira.
Além desse tema Olivei-ra falou dos trabalhos da SDT para 2011 e pediu a ajuda da Unicafes, como representan-te do cooperativismo solidário, para ajudar em questões polí-ticas de extrema importância para o meio rural. Questões que em alguns momentos tra-vam a atuação do ministério.
Após a audiência da SDT foi a vez da SAF receber a Unica-fes. Muller é o nome secretário e após apresentar-se afirmou que dará continuidade aos tra-balhos que a secretaria já vi-nha desenvolvendo e acrescen-tar outras estratégias. “Temos dois grandes enfrentamentos: como ajudar a agricultura fami-liar no atual cenário econômico do País e como superar a po-breza. Temos que nos desafiar a isso e só conseguiremos su-cesso com a organização de nosso povo”, afirmou Muller.
Ambos os secretários re-ceberam quatro documentos assinados pela Unicafes: um do ramos leite, outro sobre sementes, outro que trata de biocombustíveis e o último so-bre a erradicação da miséria.
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A prefeitura de São Paulo já
mapeou a capacidade de pro-
dução e logística de 29 coope-
rativas de agricultores e produ-
tores familiares interessadas no
fornecimento para a merenda
escolar do município. Cada en-
tidade apresentou seus produ-
tos e informou a quantidade que
poderá entregar à prefeitura, na
audiência pública realizada na
última sexta-feira, 25, na Secre-
taria Municipal de Educação.
“Vamos analisar todas as
propostas e, sem dúvida, am-
pliar a variedade da compra
de alimentos deste setor”, diz
o presidente da comissão de
processamento da chamada
pública, Rodrigo Ribeiro Sousa.
O edital definitivo de compra
da agricultura familiar para a
merenda escolar de São Pau-
lo, no entanto, ainda não tem
data definida de publicação.
Pela Lei no 11.947/2009, pelo
menos 30% dos recursos re-
passados a estados e municí-
pios pelo Programa Nacional de
Alimentação Escolar, do Fundo
Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE), devem
ser investidos na compra de
produtos da agricultura familiar.
Perecíveis
A distribuição dos gêneros
alimentícios será acompanhada
de perto pela prefeitura. “Temos
uma boa estrutura de arma-
zéns para estocar produtos não
perecíveis, mas precisamos
estudar soluções para o rece-
bimento de perecíveis, prin-
cipalmente quando vierem de
outros estados”, afirma Sousa.
O representante da Coopera-
tiva de Agricultura Familiar In-
tegrada do Paraná, Álvaro Jun
Guibu, reconhece que as des-
pesas com transporte e arma-
zenagem encarecem o preço
final, o que dificulta um forne-
cimento em termos nacionais:
“A logística sempre é o nosso
maior gargalo para entregar
alimentos em outros estados”.
O macarrão é o carro-chefe da
cooperativa, composta por 17
associadas e cerca de cinco
mil famílias produtoras. “Somos
uma região muito forte na pro-
dução de trigo”, conta Guibu.
Caminhão “Esta é a chance de chegar-
mos à capital”, diz o agricul-
tor Antonio Pereira da Penha,
da Cooperativa de Produtores
Rurais da Agricultura Familiar
de Juquiá, no Vale do Ribeira.
Uma das 18 cooperativas de
São Paulo presentes na au-
diência – as demais eram de
Goiás, Minas Gerais, Paraná,
Rio Grande do Sul e Santa Ca-
tarina –, ela fornece alimentos
para a merenda de 13 municí-
pios do estado, incluindo o ABC
paulista. A cooperativa tra-
balha com hortifrutigranjeiros e
está comprando seu segundo
caminhão para melhorar sua
logística. “Além disso, vamos
nos unir a outras cooperativas
para garantir o atendimento
desta alta demanda”, afirma.
Fonte: FNDE
29 cooperativas querem fornecer para alimentação escolar em SP
COMERCIALIZAÇÃO
A distribuição dos gêneros alimentícios será acompanhada pela prefeitura
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A
Produtos, apreendidos pela
Receita Federal, poderão ser
destinados a projetos de in-
clusão produtiva de benefi-
ciários de programas sociais
Até o próximo dia 18 de março,
instituições públicas e privadas
sem fins lucrativos de qualquer
lugar do País podem se inscrever
para concorrer aos editais de do-
ação de um carro e um ônibus.
Os interessados devem ela-
borar projetos na área de inclu-
são produtiva, voltado ao públi-
MDS seleciona entidades sociais para doação de carro e ônibus
VEÍCULOS
co beneficiário dos programas
sociais do Ministério do Desen-
volvimento Social e Combate à
Fome (MDS), preferencialmente
os inscritos no Cadastro Único.
Os projetos deverão ser sub-
metidos à Secretaria de Articu-
lação para Inclusão Produtiva
(Saip), contemplando todas as
especificações constantes nos
editais, para análise da Comis-
são de Doações Fome Zero,
composta por servidores do
MDS. O processo ocorrerá con-
forme os procedimentos e crité-
rios descritos no portal do Fome
Zero (www.fomezero.gov.br).
Os dois veículos disponíveis
por meio do edital são originá-
rios de apreensões da Receita
Federal e estão armazenados
nos municípios de Ponta Gros-
sa e Apucarana, no Paraná.
As propostas devem ser en-
viadas, impreterivelmente, até
18 de março, pelos correios,
com o requerimento de doa-
ção, declaração de uso do ve-
ículo e declaração de uso ge-
ral devidamente preenchidos.
Fonte: Ascom/MDS
EXPEDIENTE
11
Diretoria Executiva - Presidente José Paulo Ferreira Vice-Presidente Silvio Ney Monteiro Secretário Gervá-sio Plucinski Diretor Financeiro Valons Mota Diretor de Formação Paulo Cezar Mendonça Secretária de Mu-lheres Célia Firmo Jornalista Responsável Oniodi Gregolin | SDS Conjunto Baracat, sala 415, CEP 70300-000 Brasília - DF Fone: (61) 3323-6609 | [email protected] | w w w . u n i c a f e s . o r g . b r
Oportunidades
Agenda UnicafesNo fim do mês , entre os dias
28 e 30 de março, a Contag or-ganiza o Encontro do Coopera-tivismo e Sindicalismo. que ocor-
rerá em Brasília. Para o mês de abril, a Unicafes está mobilizan-do as bases estaduais para os Seminários Regionais de deba-
te sobre os coletivos Formação, Projetos, Juventude e Jurídico. Essas oficinas ocorrerão nas re-giões Sul, Sudeste e Nordeste.
Audiência com Ministros é solicitada A exemplo do que ocorreu com
parlamentares, agora é a vez de
ministros receberem a Unicafes.
Na semana passada foram proto-
colados em oito ministérios solici-
tação de audiências com os minis-
tros. Juntamente com a solicitação
a Pauta Brasil Cooperativo Solidá-
rio 2011 foi entregue junto. As au-
diências são esperadas para mea-
dos deste mês ou de abril, quando
a diretoria da Unicafes estará em
Brasília para reuniões e rodadas
de negociações. Foram solicitadas
reuniões com os seguintes minis-
térios: do Desenvolvimento Agrá-
rio, do Desenvolvimento Social, da
Pesca e Aqüicultura, da Agricultura
Pecuária e Abastecimento, da Fa-
zenda, do Trabalho e Emprego e,
também, com os ministros da Casa
Civil da Presidência da Repúbli-
ca e da Secretaria Geral da Pre-
sidência da República. O assunto
das audiências ficará por conta da
pauta do cooperativismo solidá-
rio e para a aproximação com os
novos ministros que iniciaram na
nova gestão do Governo Dilma.