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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº204 — Maio de 2012 Foto: Patrícia Araújo/Acervo Embasa Obras de esgotamento sanitário no centro de Barreiras são intensificadas PÁGINA 7 PÁGINA 7 Ações fraudulentas desviaram 1,3 bilhão Ações fraudulentas desviaram 1,3 bilhão de litros de água, em 2011, na RMS de litros de água, em 2011, na RMS PÁGINA 6 PÁGINA 6 Obras ajudam a enfrentar os efeitos da seca A Embasa está realizando ações nos sistemas de abastecimento de água de 108 municípios em situação mais crítica na Bahia por causa da seca. Além de grandes obras estruturantes, dentro do Programa Água para Todos, também estão sendo realizadas intervenções emergenciais. Para garantir a continui- dade do serviço, a empresa adotou a medida preventiva do racionamento em algumas cidades. PÁGINAS 4 E 5 PÁGINAS 4 E 5

Foto: Patrícia Araújo/Acervo Embasa os efeitos da seca€¦ · Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº204 — Maio de 2012 Foto: Patrícia Araújo/Acervo Embasa

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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº204 — Maio de 2012

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Obras de esgotamento sanitário no centro de Barreiras são intensificadas

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Ações fraudulentas desviaram 1,3 bilhão Ações fraudulentas desviaram 1,3 bilhão de litros de água, em 2011, na RMSde litros de água, em 2011, na RMS

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Obras ajudam a enfrentar os efeitos da seca

A Embasa está realizando ações nos sistemas de abastecimento de água de 108 municípios em situação mais crítica na Bahia por causa da seca. Além de grandes obras estruturantes, dentro do Programa Água para Todos, também estão sendo realizadas intervenções emergenciais. Para garantir a continui-dade do serviço, a empresa adotou a medida preventiva do racionamento em algumas cidades. PÁGINAS 4 E 5PÁGINAS 4 E 5

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DIRETORIA EXECUTIVA

PresidenteAbelardo de Oliveira Filho

Diretor Financeiro e ComercialDilemar Oliveira Matos

Diretor de Gestão CorporativaBelarmino de Castro Dourado

Diretor de Operação e Expansão RMSCarlos Ramirez Magalhães Brandão

Diretor de Operação e Expansão Norte Eduardo Benedito de Oliveira Araújo

Diretor de Operação e Expansão Sul Carlos Alberto Pontes de Souza

Diretor Técnico e de SustentabilidadeCésar Silva Ramos

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

AssessoraDébora Ximenes

EditorDébora Ximenes/Daniel Menezes

RedatoresDaniel Menezes, Fernanda Macedo,

Marcos Fonseca, Carlos Alberto Reis, Mariana Paranhos, Patrícia Araújo (UNI), Cássia Dias (UNF), Hebert Régis (UNB)

Editoração GráficaPatrícia Resende

FotógrafosLuiz Hermano Abbehusen e

Luciano S. Rêgo

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

Impresso na Cian Gráfica e Editora

EXPEDIENTE

O presidente da Embasa, Abelardo de Oli-veira Filho, e o presidente da Coelba, Moisés Sales Filho, assinaram, em abril,

um protocolo de intenção para pesquisa e desen-volvimento de projeto de inovação para produção de energia elétrica utilizando o biogás gerado no processo de tratamento de esgoto da estação Jacuípe II, em Feira de Santana. O projeto, que envolve recursos da ordem de R$ 3,4 milhões, será desenvolvido em 30 meses sob a gerência da Coelba e a coordenação da Embasa. “Essas empresas estão iniciando um processo inova-dor de produção de energia limpa, contribuin-do para reduzir a emissão de gases no meio

ambiente. É essa experiência que queremos levar para a Conferência Rio + 20, para esti-mular iniciativas deste tipo em outros estados brasileiros”, afirmou Abelardo.

Segundo o diretor de Operação e Expansão Norte da Embasa, Eduardo Araújo, esta é uma parceria que vem ocorrendo há cerca de um ano, pois as duas empresas têm interesse em inicia-tivas voltadas para a sustentabilidade de suas cadeias produtivas. “Esse documento formaliza esta parceria e abre caminho para o aproveita-mento do biogás existente no esgoto coletado pela Embasa em Feira de Santana e, futuramente, em outras cidades”, explicou Eduardo.

Parceria para produção de energia

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Convocação

Treinamento

Abelardo de Oliveira Filho assina protocolo de intenções

Mais 133 candidatos classificados no último con-curso público da Embasa foram convocados, dia 05 de maio, para apresentação de documentação requisitada em edital e encaminhamento para exa-

mes médicos admissionais. Os aprovados serão lotados em Salvador e mais 13 unidades regionais. Em abril, foram chamados 236 candidatos. A lista pode ser conferida no site www.embasa.ba.gov.br. www.embasa.ba.gov.br.

Até o mês de julho, 240 jovens aprendizes, en-tre 14 e 16 anos, contratados pela Embasa, as-sistirão aulas de informática, relações humanas, ambiente de trabalho e matemática, previstas no curso de formação teórica preparado pelas Vo-luntárias Sociais. O curso está sendo realizado no Colégio Estadual Severino Vieira, em Nazaré. Após esta etapa, os aprendizes serão encaminha-dos para as unidades da empresa em Salvador onde exercerão atividades administrativas. Desde 1999, quando firmou parceria com o Programa Jovem Aprendiz, a Embasa já contratou 1.736 jo-vens, sendo 1.236 aprendizes administrativos e 500 aprendizes operacionais.

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Desde o dia 1º de maio, entraram em vigor os novos valores das tarifas de água de 2012 nos 361 municípios atendidos pela

Embasa. O reajuste linear de 12,89%, autorizado pela Comissão de Regulação dos Serviços Públi-cos de Saneamento Básico da Bahia (Coresab), inclui a correção pela inflação da cesta de despe-sas da empresa (7,583%) e a segunda parcela (5,306%) da revisão extraordinária de 2011.

A estrutura tarifária da Embasa adota a progres-sividade na cobrança do volume de água consumi-da, ou seja, quanto menor o consumo, mais barato fica o valor pago na conta mensal. Mesmo com o reajuste, a tarifa residencial normal da empresa, na faixa mínima de 10 mil litros (10m³), no valor de R$ 17,65, continua sendo uma das mais bai-xas do país, de acordo com quadro comparativo da tarifa residencial normal aplicada por 20 com-panhias estaduais de saneamento do Brasil até o início de maio. Para esta faixa, a tarifa é mais barata do que a aplicada nos estados nordestinos de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Piauí (ver tabela).

INVESTIMENTOINVESTIMENTO A revisão tarifária extraordinária, homologada

pela Coresab em 2011, tem como objetivo dar condições para que as metas de universalização dos serviços prestados pela Embasa, um dos prin-cípios fundamentais da Lei nº 11.145, de 2007, sejam alcançadas na Bahia. De acordo com estudo realizado pela Fundação Instituto de Administra-ção (FIA), para viabilizar em 30 anos a universali-zação dos serviços prestados pela empresa, com investimentos na ordem de R$ 17 bilhões, seria necessário um reajuste tarifário de 66,6%.

“A diretoria da empresa, respeitando o princípio da modicidade tarifária e reconhecendo que o im-pacto de um aumento dessa ordem seria muito grande para a população, apresentou a proposta com metade do percentual (33,3%), diluído ao longo de quatro anos, de 2011 a 2014”, explica o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho.

Os recursos tarifários constituem parte dos R$ 535 milhões que estão sendo investidos pela em-presa em obras estruturantes e emergenciais no enfrentamento contra os efeitos da seca no estado.

Tarifa residencial da Embasa é uma das mais baixas do país

TARIFA RESIDENCIAL 10m³ (R$)

1 CORSAN (RS) 50,532 CEDAE (RJ) 27,933 COMPESA (PE) 26,234 CASAN (SC) 25,795 CAERN (RN) 24,026 SANEAGO (GO) 22,907 CASAL (AL) 22,608 SANEPAR (PR) 22,109 CAGEPA (PB) 20,93

10 COPASA (MG) 20,5911 CESAN (ES) 20,5012 DESO (SE) 19,9413 AGESPISA (PI) 19,6014 CAESB (DF) 18,9015 EMBASA (BA) 17,6516 SABESP (SP) 15,1617 CAER (RR) 14,7518 COSANPA (PA) 14,0019 CAGECE (CE) 13,90

20 SANESUL (MS) 12,00

Com espaço amplo e moderno, a Embasa reinaugurou, dia 4 de maio, a loja de atendimento presencial no bairro do Cabula, uma das regiões mais populosas de Salvador. Localizado na rua Silveira Martins, s/nº, após a reforma, o espaço volta climatizado, com seis guichês de atendimento e um balcão de pré-atendimento e informações. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.

“Com esse novo espaço, temos em Salvador 16 lojas de atendimento presen-cial, sendo cinco nos SACs, uma forma de estar cada vez mais perto da popu-lação”, explica o gerente da Divisão de Relacionamento com Cliente da Embasa, João Ricardo Souza. A loja Cabula, assim como as lojas inauguradas nos shoppin-gs Piedade e Paralela, segue um novo conceito de atendimento, com conforto, segurança e rapidez na resolução das solicitações dos usuários. A previsão é de que, nesta loja, sejam realizados cerca de 2,2 mil atendimentos por mês.

Loja de atendimento com novo conceito no Cabula

Além da tarifa residencial normal, a Embasa possui a tarifa residencial inter-mediária, no valor de R$ 15,60, para residências com área menor a 60m², dois banheiros e até oito pontos de utilização de água; e a tarifa social, de R$ 7,90, para famílias cadastradas no programa Bolsa Família.

TARIFAS RESIDENCIAISTARIFAS RESIDENCIAIS

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Faixa mínima de 10 mil litros por mês é utilizada pela maior parte dos consumidores da empresa

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Embasa investe R$ 5de enfrentamento

Até o dia 8 de maio, 229 municípios baianos decretaram situação de emergência por consequência dos efeitos da seca. O nú-

mero de cidades que sofrem com a falta de chuva vem aumentando a cada dia. Afinal, a estiagem prolongada já é considerada a maior das últimas três décadas na Bahia. Integrando as ações do Governo do Estado no enfrentamento aos efeitos da seca, a Embasa está realizando ações nos sis-temas de abastecimento de água de 108 municí-pios que estão em situação mais crítica. Desses, 85 já contam com intervenções em andamento.

As ações totalizam cerca de R$ 535 milhões, sendo R$ 221 milhões de recursos próprios da Embasa. “Além de grandes obras estruturantes do Programa Água para Todos com conclusão prevista para este ano, que vão levar água de qualidade a regiões com falta de disponibilidade hídrica, a empresa também está investindo em ações emergenciais”, declara Abelardo de Oli-veira Filho, presidente da Embasa.

com a construção da primeira etapa da aduto-ra de Pedras Altas, que interligará a Barragem de Pedras Altas, em Capim Grosso, ao sistema de Abastecimento de Água do Sisal. A obra, com conlusão prevista para julho, está orçada em R$ 59,4 milhões e vai melhorar a vida dos morado-res de 20 municípios. O atual sistema adutor do Sisal utiliza reservatório da barragem de São José do Jacuípe, que apresenta elevado teor de clore-tos, tornando a água salobra.

OBRAS EMERGENCIAISOBRAS EMERGENCIAISA Embasa também está realizando ações emer-

genciais para garantir o abastecimento nos municí-pios em situação crítica. Entre elas, estão: integra-ção de sistemas de abastecimento com disponibi-lidade hídrica aos sistemas que se encontram em colapso; abastecimento alternativo por meio de carros-pipa; e colocação em operação de poços que apresentam água com qualidade apropriada para consumo humano.

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IRECÊIRECÊPara fazer frente à queda contínua do volume do

lago da barragem de Mirorós, a Embasa está com as três etapas de construção da Adutora do São Francisco em pleno andamento. Com previsão de entrega em outubro deste ano, a obra é o maior empreendimento executado pelo Governo do Es-tado em abastecimento e vai levar água do rio São Francisco, a partir de Xique-xique até a microrre-gião de Irecê, beneficiando cerca de 350 mil pes-soas. Serão atendidos, inicialmente, 16 municípios.

GUANAMBIGUANAMBIOutra obra estruturante é a implantação da

Adutora do Algodão, que permitirá a solução do problema de suprimento de água na microrregião de Guanambi. Isso porque os lagos das barra-gens de Ceraíma e Magro, mananciais utilizados para abastecer a região, também vêm apresen-tando redução em seus volumes.

Com investimento de R$ 98,2 milhões, o siste-ma adutor terá 265 quilômetros de extensão e vai levar água do Velho Chico, no município de Malhada, para beneficiar 226 mil pessoas em 13 distritos de sete municípios, além das sedes e inúmeras localidades situadas ao longo da área de influência da adutora, inclusive a população rural. A previsão é de que o sistema seja entre-gue em setembro de 2012.

REGIÃO DO SISALREGIÃO DO SISALCerca de 172 mil pessoas serão beneficiadas

Obras estruturantes

ETAPAS (MUNICÍPIOS) ADUTORA INVESTIMENTO (R$)

1ª Etapa Xique-Xique e Itaguaçu 61,7 km 75 milhões

2ª Etapa Itaguaçu e Central 20,1 km 31,57 milhões

3ª Etapa Central e Irecê 50,4 km 72,08 milhões

TOTAL 132,2 KM 178,6 MILHÕES

ETAPAS (MUNI ÍÍCÍPIOS) ADUTORA INVESTIMENTO

Adutora do São Francisco

535 milhões em ações aos efeitos da seca

América DouradaAndorinhaAracatuBarra do MendesBarro AltoBelo CampoCaetanosCaetitéCanaranaCandibaCaraíbasCentralGuajeruGuanambi Ibicoara

IbipebaIbipitangaIbititáIrajubáIramaia IrecêItaquaraItiruçuItiúbaJacobinaJaguaquara JaguariJoão DouradoJussaraLagoa real

Lajedo do TabocalLapãoLicínio de AlmeidaMaetingaMairiMalhada de PedrasMaracásMiguel CalmonMiranteMundo NovoPalmas de Monte AltoPilõesPindaíPiripaPiritiba

PlanaltinoPresidente DutraQuixabeiraRio do AntônioRio do PiresSão GabrielSaúdeTanhaçúTremendalUibaíVárzea do PoçoVitória da Conquista

Antônio GonçalvesBonito Brotas de MacaúbasCampo FormosoCandealCapela do Alto Alegre

Capim GrossoGaviãoIchuLençóisNova FátimaPalmeiras

Pé de SerraPintadasRiachão do JacuípeSão DomingosSão José do JacuípeSeabra

Senhor do Bonfim SerrolândiaValenteVárzea da Roça

Devido ao período de seca em algumas regiões da Bahia e a consequente diminuição do nível dos mananciais (barragens, açudes, rios e poços) uti-lizados para abastecimento, a Embasa vem ado-tando, em alguns municípios, a medida preventiva de distribuir água em regime de racionamento. “A distribuição de água tratada nesse regime é a úni-ca forma de garantir a continuidade do serviço até que volte chover na região”, explica o presidente da empresa, Abelardo de Oliveira Filho.

Na prática, significa que, com menos água para distribuir, os imóveis atendidos terão água nas tor-neiras em menos dias da semana. Como medida para ter acesso a água nos períodos de desabas-tecimento, a população deve reservar o recurso, instalando uma caixa d’água de acordo com as ne-cessidades diárias da sua família, como determina a Resolução n° 001 da Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento da Bahia (Core-sab). Além disso, deve fazer o consumo racional da água, evitando desperdício e usos menos importan-tes como irrigação de jardins, lavagem de carros, calçadas, áreas externas, entre outros espaços.

Nos municípios em que há o racionamento, a em-presa está desenvolvendo campanhas nos meios de comunicação para alertar a população e distribuin-do o calendário dos dias em que fornecerá água.

MUNICÍPIOS COM RACIONAMENTO DE ÁGUAMUNICÍPIOS COM RACIONAMENTO DE ÁGUA

MUNICÍPIOS QUE PODEM ENTRAR EM RACIONAMENTO EM JUNHO CASO NÃO CHOVA EM MAIOMUNICÍPIOS QUE PODEM ENTRAR EM RACIONAMENTO EM JUNHO CASO NÃO CHOVA EM MAIO

Utilização racional

Abastecimento alternativo é feito com carros-pipa

Governador Jaques Wagner visita obras da adutora do São

Francisco

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Foto: Manu Dias/Secom

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Ações fraudulentas envolvendo a utilização da água canalizada e tratada pela Embasa foram

responsáveis, em 2011, pelo desvio indevido de mais de 1,3 bilhão de litros de água em Salva-dor e Região Metropolitana. “O volume, capaz de abastecer a capital baiana durante quase dois dias inteiros, deveria estar correndo nas torneiras do usuário residencial e comercial, mas foi afastado de seu caminho por ligações clandestinas ou frau-des em hidrômetros”, explica o superintendente de abastecimento de água da RMS, José Moreira.

Os 31,7 mil casos de fraudes registrados na ca-pital baiana, no ano passado, resultaram em pre-juízo da ordem dos R$ 9,5 milhões, decorrente do volume de água não faturado. A estimativa é que a perda seja ainda maior, já que nem toda a atividade fraudulenta é descoberta, mesmo com uma rotina de fiscalizações periódicas. A fiscalização é feita

após observação de matrículas que apresentam consumo atípico, além da revisão de ligações ina-tivas. Após a seleção, equipes de campo realizam pesquisas para detecção de irregularidades. Imó-veis construídos em áreas de ocupação irregular e

Desvios chegam a 1,3 bi de litros em 2011

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FURTO DE ÁGUAFURTO DE ÁGUA

A Embasa participou, pelo sex-to ano, da 14ª Exposição Agrope-cuária da Região de Irecê (Expo-agri), realizada entre os dias 26 e 29 de abril, com um estande mostrando as características da água proveniente de diferentes mananciais que abastecem a região. Além de uma palestra so-bre o trabalho da empresa para garantir a qualidade do recurso natural com base nos parâme-tros exigidos pela Legislação, a Embasa também realizou uma mostra fotográfica com imagens da Barragem de Mirorós desde 2008 e evolução das obras da Adutora do São Francisco.

O Museu Arqueológico da Embasa (MAE) participou da 10ª Semana Nacional de Museus, realizada entre 14 e 20 de maio, em diversas ci-dades brasileiras. Dia 15, o MAE integrou a Feira de Museus na Praça Municipal de Salvador, onde distribuiu materiais informativos sobre as peças do seu acervo. Nos dias 14 e 20, a instituição recebeu visitas guiadas de alunos do Colégio Es-tadual Francisco Conceição Menezes e dos cola-boradores da Embasa. O Museu Arqueológico da Embasa, criado em 2006, está localizado na Rua Saldanha Marinho, bairro da Caixa D´Água (em frente ao Hospital Ana Nery) e funciona de se-gunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17 horas. O acesso é gratuito. A Semana de Museus é uma grande oportunidade para esses espaços divulgarem seus trabalhos e suas linhas de ação com o intuito de intensificar o diálogo com a sociedade.

MAEMAEEXPOAGRIEXPOAGRI

A Embasa estima que haja cerca de 850 lava a jatos irregulares em Salvador que cau-sam um desperdício de água em torno de 51 milhões de litros por mês. Esta quantidade de água seria suficiente para abastecer 5,1 mil famílias de cinco pessoas cada durante o mesmo período. Cabe à Embasa a identificação, retirada e regularização das ligações in-devidas, ações que, por si só, não resolvem o problema, já que a empresa não tem poder de polícia e os fraudadores, muitas vezes, restabelecem a ligação clandestina. A autuação destas irregularidades é de responsabilidade da Prefeitura de Salvador. Denúncias de usuários são uma arma importante no combate às fraudes e podem ser feitas pelo telea-tendimento da Embasa (0800 0555 195).

Lava a jatos

lava a jatos clandestinos são alvos recorren-tes das inspeções.

CRIMECRIMEAs principais formas de furto de água são

as ligações clandestinas (quando o usuário interliga o seu ramal indevidamente à rede distribuidora de água), as fraudes na medi-ção (quando o hidrômetro é danificado ou desviado, visando adulterar a medição do consumo) e as fraudes no corte (quando a ligação é cortada por falta de pagamento e o usuário faz a reativação de maneira indevi-da). A prática é qualificada como crime con-tra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é re-clusão de um a quatro anos e multa.

Juntas, as fraudes desvendadas pela Emba-sa, em 2011, foram responsáveis pela aplica-ção de multas que, somadas, ultrapassam o montante de R$ 4,7 milhões. O valor individual de cada multa pode chegar a R$ 157, acresci-do do preço do serviço executado para elimi-nar a fraude, além do valor de uma estimativa do desperdício causado pelo ato criminoso.

Ligações clandestinas

estão entre as principais

formas de furto de água

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Obra acelerada no centro de Barreiras

A Embasa e o consórcio responsável pelas obras de esgotamento sanitário de Bar-reiras aceleraram, desde o início do mês,

as intervenções nas ruas do centro comercial do município. Desde então, a escavação, o as-sentamento da tubulação e a pavimentação dos trechos danificados passaram a ser realizados também em horário comercial, e não apenas nos finais de semana e feriados. A meta é terminar as obras no prazo de 45 dias para que a Prefeitura possa atuar de forma mais racional na recupe-ração das vias do centro.

Com um contingente de 400 trabalhadores, a obra está atuando em três frentes de trabalho, que trabalharão em 18 ruas no polígono que compreende a Av. ACM, Rua D. Pedro I, Rua Capitão Manoel Miranda e Rua Abílio Farias. Segundo o fiscal da obra de esgoto de Barrei-ras, Teobaldo Gomes, as ações devem se con-centrar principalmente no assentamento dos ramais prediais – estrutura que liga o esgoto doméstico dos imóveis à rede coletora pública.

Apesar dos transtornos da obra, os comer-ciantes aprovam as intervenções que vão retirar os esgotos domésticos do centro co-mercial. O vendedor de uma loja de autopeças Herbert Razia afirma que obra vai possibilitar uma melhor aparência para a área. “Não é nada agradável ver o esgoto passando entre as calçadas provocando o mal cheiro, cau-

sando uma má impressão, principalmente nos clientes e visitantes”, avalia

Neste período, a Prefeitura Municipal está disponibilizando a Guarda Municipal e os agentes de trânsito para controlar o fluxo dos veículos nas ruas interditadas para as inter-venções. Segundo o secretário de infraestru-tura de Barreiras, Marcus Penalber, todos os esforços estão sendo utilizados para diminuir os transtornos inerentes a este tipo de obra. “Estamos querendo acelerar a obra para me-lhorar a área central que, em pouco tempo, terá rede de esgoto e o seu asfalto totalmente recuperado”, afirma. O trabalho de renova-ção asfáltica vai contemplar 55 ruas da cida-de. Em caso de reclamações ou sugestões, a população do local pode entrar em contato pelo telefone: (77) 3613 0045.

OBRAOBRACom um investimento público no montante de

R$ 78 milhões (recursos da Embasa financia-dos pela Caixa Econômica Federal), a obra de ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Barreiras já tem implantados 74% da rede coletora e 47% dos ramais prediais. Após sua conclusão, prevista para este ano, o empreendi-mento projeta a implantação de 24 mil ligações intradomiciliares e vai atender uma população de aproximadamente 91,2 mil habitantes.

A Embasa ultrapassou, em março, a marca de 4 milhões de pessoas beneficiadas com serviço de esgo-tamento sanitário nos 72 municípios em que atua no estado. Somente entre janeiro de 2007 e março de 2012, a empresa executou 268.359 novas ligações pelo Programa Água para Todos, levando qualidade de vida para mais 1.238.904 baianos, que passaram a contar com coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada dos efluentes.

Por meio de uma iniciativa interins-titucional envolvendo Secretária de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Embasa, Companhia de Desenvolvi-mento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e Secretaria do Meio Am-biente (Sema), foi iniciada, no final de abril, a primeira turma do proces-so de capacitação de técnicos sociais das instituições envolvidas nas ações do PAC II na Bahia (foto). O objetivo é preparar esses profissionais para atuar junto às comunidades que serão beneficiadas com as obras de infraestrutura financiadas pelo programa. O primeiro módulo, que vai até agosto, é voltado para Edu-cação Ambiental e Mobilização So-cial. O encontro inicial foi ministrado pelo diretor de Educação Ambiental da Sema, Luiz Antônio Ferraro.

“Com a capacitação, queremos in-vestir na educação continuada dos técnicos sociais, proporcionando a troca de experiências, o alinha-mento de conceitos e a ampliação dos conhecimentos metodológicos, legais e técnicos necessários para o acompanhamento e fiscalização das ações do PAC”, explicou Viviane Vasconcelos, gestora da Embasa e uma das responsáveis pela estrutu-ração da iniciativa.

ESGOTAMENTOESGOTAMENTO4 MILHÕES4 MILHÕES

CAPACITAÇÃO PAC IICAPACITAÇÃO PAC IIFoto: Luiz Hermano

Cerca de 400 operários estão atuando em três frentes de trabalho

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8cliente Renato Santana Silva chegou ao posto da Embasa, no SAC do Shopping Iguatemi, intrigado. Nas faturas de água de 2012, ele estava sendo cobrado pela média do consumo que realizava quando morava, com sua família, em uma casa no

bairro de Nova Dias D’ávila, município de Dias D’ávila. Acontece que, desde novembro de 2011, o imóvel estava vazio e ele, na épo-ca, optou por manter a ligação ativa e pagar tarifa mínima. “Conver-samos com o cliente, pedimos calma e resolvemos o problema em menos de dez minutos”, explica a gerente do posto, Ana Luíza Ribeiro.

Atender com eficiência e buscar a satisfação dos usuários são metas da Embasa. Por isso, qualquer usuário dos serviços da empresa que discordar do valor cobrado pode solicitar revisão de conta em uma das lojas de atendimen-to da empresa, no endereço eletrônico www.embasa.ba.gov.br ou por meio do teleatendimento 0800 0555 195. Para tanto, basta informar ou apresentar (no caso de atendimento presencial) conta de água com número de matrícula, além de RG e CPF do titular. Durante os três primeiros meses de 2012, foram reali-zados 268.645 atendimentos por meio do teleatendimento e nas lojas de Sal-vador, sendo apenas 6,29% referente a serviço de análise de consumo.

O prazo médio para conclusão deste serviço é de 16 dias úteis, como explica a gerente do Departamento de Relacio-namento com Clientes e Mercado da Embasa, Thalita Vieira. Isso porque a reclamação é registrada, a situação analisa-da e emitido um parecer técnico. “Quando, para completar a análise, a empresa tiver necessidade de realizar revisões de campo ou aguardar o encerramento do próximo ciclo de faturamento, o atendimento pode levar mais tempo”, informa.

“É importante que o usuário tenha consciência sobre as possíveis motivações do aumento na sua conta de água, como, por exemplo: existência de vazamentos, aumento da quantidade de pessoas no imóvel, incidência de ICMS, entre outros”, lembra Thalita. “Para não tomar susto, é preciso manter o hábito de revisar periodicamente as instalações hidráu-licas, ação essa que é de responsabilidade do morador e acom-panhar o consumo no hidrômetro”, conclui a gerente.

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