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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 257 | Série II, du 23 mars 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais LusoJornal / Mário Cantarinha Evento organizado pela ARCOP juntou milhares de Portugueses 03 Ulisses Correia da Silva do MpD vai ser o próximo Primeiro Ministro de Cabo Verde. O PAICV perdeu também em França. 11 Vinhos. O conhecido Chef francês Mickaël Féval conhece os vinhos portu- gueses e felicita a organização do 1° Salão dos Vinhos Portugueses em Paris. 07 Livro. O livro “Trois notes de Blues pour un Fado” de Dan Inger, à conversa com Altina Ribeiro, foi lançado no Consulado de Portugal em Paris. 14 Geminação. Foram comemorados os 10 anos da geminação entre Quin- cieux, nos arredores de Lyon, e Cavez, no concelho de Cabeceira de Basto. 06 Futebol. Os Lusitanos de Saint Maur (CFA2) venceram ao Marck e estão agora em 2° lugar no Campeonato, a dois pontos do líder, a reserva do LOSC. 20 Missão empresarial da Guarda procura clientes em França Empresário Jean Pina recebeu o Presidente Álvaro Amaro 08 PUB PUB Produtos portugueses na Feira de Nanterre

FRANCE Missão empresarial da Guarda procura clientes em … · anos, quiçá dez, serão de absoluta permeabilidade entre o individuo e o cargo que representa. Viveremos, que ninguém

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 257 | Série II, du 23 mars 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

LusoJornal / Mário Cantarinha

Evento organizado pela ARCOP juntou milhares de Portugueses

03Ulisses Correia da Silva do MpD vaiser o próximo Primeiro Ministro deCabo Verde. O PAICV perdeu também em França.

11

Vinhos. O conhecido Chef francêsMickaël Féval conhece os vinhos portu-gueses e felicita a organização do 1° Salãodos Vinhos Portugueses em Paris.

07

Livro. O livro “Trois notes de Blues pourun Fado” de Dan Inger, à conversa comAltina Ribeiro, foi lançado no Consuladode Portugal em Paris.

14

Geminação. Foram comemoradosos 10 anos da geminação entre Quin-cieux, nos arredores de Lyon, e Cavez,no concelho de Cabeceira de Basto.

06

Futebol. Os Lusitanos de Saint Maur(CFA2) venceram ao Marck e estão agoraem 2° lugar no Campeonato, a dois pontosdo líder, a reserva do LOSC.

20

Missão empresarial da Guardaprocura clientes em FrançaEmpresário Jean Pina recebeu o Presidente Álvaro Amaro 08

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Produtos portuguesesna Feira de Nanterre

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02 Opinião le 23 mars 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manueldo Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira,Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: AntónioBorga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves,75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mars 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Nem Putas, nem Piegas

Crónica de opinião

Numa sondagem Ipsos para a as-sociação Mémoire traumatique etvictimologie, publicada dia 2 demarço, entre outros dados sur-preendentes, ficámos a saber quemais de um quarto dos Franceses(27%) declararam que, em certascondições, uma vítima de violaçãoé responsável pelo crime, ou seja,advogam a chamada teoria do “Ellel’a bien cherché!”, ou como se dizem português “Eh pá, a gajameteu-se a jeito!”.Mais de um terço (30,7%) dos jo-vens entre os 18-24 anos defen-dem que a mulher pode ter prazersendo forçada numa relação se-xual, ou seja acreditam na teoria,de fina análise psicológica, do “eladisse Não mas queria dizer Sim”.Sabemos também que somente10% das vítimas de violação fazemqueixa. Ora é caso para dizer “nemputas, nem piegas”, para aportu-guesar e readaptar o slogan do mo-vimento feminista francês “Niputes, ni soumises”.Estes dados significam que a lutacontinua, que ganhámos batalhas,sim, mas que não podemos baixaros braços, porque os números são

ainda implacáveis, e não deixamsombra para dúvidas, sobre omundo ainda estruturalmente ini-gualitário e discriminatório em quevivemos, e isto sem necessitar derecorrer, para o auxílio à demons-tração, dos casos mais dramáticosde países como a Arábia Sauditaou o Iémen.Ora deixo aqui um dado pitoresco,para o leitor menos atento a estespequenos detalhes da História, queresume bem o porquê da necessi-dade de prosseguir a luta... Não háum único país no mundo em que aigualdade de género seja efetiva.Estamos, portanto, perante a maisvasta violação planetária dos direi-tos humanos, tendo em conta queela diz respeito a metade da Hu-manidade. O mesmo leitor, menosatento, estará porventura agora alevar as mãos à cabeça e a pensar“mas que raio! A mais vasta viola-ção dos direitos humanos e eu nãodei por ela?”, pois não deu, porqueestamos a falar de discriminaçõesde tal forma enraizadas e resisten-tes que passam despercebidas. Eainda por cima... estamos tãobem... está já tudo tão eficazmente

organizado, para quê inquietar ostatus quo, esse moço tão reconfor-tante? Para quê meter rebuliço naconcórdia?É preciso dizer que este status quomantêm metade da humanidadenuma situação de exploração labo-ral, em que mesmo na ocidental ecivilizada praia europeia se man-têm uma desigualdade de saláriosque atinge quase os 17%, o queequivale a 59 dias de trabalho gra-tuito efetuado pelas mulheres secompararmos com o nível salarialdos homens.E se o leitor está agora, quiçá, forade si, ruborizado, com o estômagoem fogo a pensar “mas isto é alta-mente injusto! E porque não esta-mos todos na rua a mandar vir comesta pouca vergonha! E porque nãopensei nisto antes?” Sossegue!Não é o único neste caso.A causa feminista que, na sua ace-ção mais simples e fundamental,consiste na defesa da igualdade dedireitos entre homens e mulheres,não reúne consenso, pois até o re-presentante-mor de todos os Portu-gueses, Marcelo Rebelo de Sousa,declarou a semana passada, ser

um Presidente quase feminista, ouseja, um Presidente que é quasepela igualdade de direitos entre osseus compatriotas. Esta hesitaçãodesajeitada, fruto porventura doimproviso, mas reveladora das con-vicções do Presidente, põe a nuuma questão mais profunda que éa da (des)mobilização respeitantea esta causa. Estamos [quase]todos de acordo em relação aoenunciado, mas divergimos na ne-cessidade de luta e na estratégia aadotar.É corrente ouvirmos, hoje, da bocade alguns que afirmam defender aigualdade, que o combate femi-nista é uma anacrónica e desne-cessária luta, alicerçada numdiscurso piegas de vitimização.“Para quê bater na mesma tecla?”,“Já toda a gente sabe que a mulheré igual ao homem!”, “E já houveprogresso, deixa o curso natural daHistória fazer o seu trabalho!”, “Eos homens que também são violen-tados?”, atiram-nos em desesperode causa, como último argumento,desvalorizando a luta feministaatravés da árvore que esconde afloresta.

A História é neste, como em mui-tos casos, mais vagarosa que asnossas consciências, e em váriosdomínios, sem ações positivas evoluntárias atingiríamos a igual-dade somente daqui a um século,sem esquecer que nenhum pro-gresso civilizacional, que nenhumdireito que foi arrancado com mili-tância, convicção e por vezes àcusta de vidas, está eternamentegarantido, como o comprovam osrecentes ataques ao direito à IVG.Necessitamos de repensar as leispara atingirmos não somente aigualdade de oportunidades massobretudo a igualdade de resulta-dos, mas necessitamos igualmentede uma mudança de mentalidadespara que as mulheres se sintam emsegurança para poderem declararque são vítimas sem serem apeli-dadas de piegas, para que se sin-tam livres do seu corpo e do seudesejo sem serem batizadas deputas, para que se sintam fortes ecapazes para quebrar telhados devidro, reivindicarem direitos eigualdade.A luta continua... Não estás sozinha.

O beija-mão de Marcelo ao Papa, o Laicismo e a República

Nuno Gomes GarciaEscritor

[email protected]

Crónica de opinião

Devo admitir que, durante uma se-mana, assisti sorridente ao benigno(julgava eu!) espetáculo mediático -na sequência da sua longa campanhaeleitoral televisiva que durou quinzeanos - em redor do estilo elitista-po-pulista do novo Presidente da Repú-blica. Um homem, ao que constamuito inteligente, que se sente à-von-tade em diferentes ambientes, quasecontrastantes: seja em férias passa-das com Ricardo Salgado, o ex-ban-queiro, seja em romarias popularesou em bairros sociais problemáticos,seja na Festa do Avante!Confesso, até, que cheguei a criticaro facto de uma parte dos Deputadosno Parlamento não ter aplaudido o ju-ramento prestado por Marcelo Rebelode Sousa, de mão direita pousada naConstituição da República. Critiqueipor considerar esse momento como odesfecho de um processo democrá-tico pelo qual muitos deram a vidapara que, hoje, dele desfrutássemos.A minha tolerância para com o estilobonacho do novo Presidente da Re-pública foi, todavia, abalada quandoescutei o discurso que se seguiu ao

tal juramento. Uma boa parte da suacomunicação ao país não passou deum chorrilho de anacronismos histó-rico-culturais, passadistas e bacocos,que refletem bem o espírito de umacerta franja da elite portuguesa,ainda agarrada ao que Marcelo Re-belo de Sousa chamou de “Portugalde Sempre”. Bem, como não sei noque consiste esse “Portugal de Sem-pre” - embora calcule que seja o Por-tugal Imperial, colonialista edesrespeitador dos direitos dos outrospovos, nomeadamente dos povos afri-canos… daí a citação de Mouzinhode Albuquerque, o militar que esma-gou a rebelião de Gungunhanha, oherói da nação moçambicana - limi-tei-me a encolher os ombros, pen-sando: “bem, este discurso bafientoé triste, mas não é admirar dadas asorigens do Presidente da República.É o que temos”.A tolerância zero, que rapidamente setransformou em indignação, chegouesta semana com a visita oficial - emrepresentação, portanto, do EstadoPortuguês - do Presidente da Repú-blica ao Vaticano. Nesse momento,

verifiquei que os próximos cincoanos, quiçá dez, serão de absolutapermeabilidade entre o individuo e ocargo que representa. Viveremos, queninguém tenha dúvidas disso, a“marcelização” da Presidência daRepública. E esse processo será alta-mente perigoso para Portugal e osPortugueses. Senão, vejamos.O Papa Francisco, homem quetrouxe, indubitavelmente, um ar dealguma modernidade, seja ele real ounão, à organização católica, é o chefede uma Teocracia que é, também,um Estado soberano. Ora, o Presi-dente da República Portuguesa, re-presentante de um Estado Laico,eleito por crentes de diversas reli-giões, agnósticos e ateus, não pode,de maneira nenhuma, beijar a mãode um outro Chefe de Estado - que étambém o líder espiritual de uma(entre tantas) religiões - pois, além deser um ato indigno de submissão auma entidade estrangeira, queofende muitos Portugueses não se-guidores do catolicismo, é a prova datotal e absoluta promiscuidade entreMarcelo Rebelo de Sousa, o homem

conservador e católico, e o cargo dePresidente da República, laico pordefinição, para o qual foi eleito.Para que conste: Marcelo Rebelo deSousa não pode incorporar, nem empalavras nem em atos, na Presidên-cia da República elementos que con-trariem e deturpem a sua naturezainstitucional. Se Marcelo Rebelo deSousa desejar beijar o anel do Papaou ajoelhar-se perante o túmulo deJoão Paulo II deverá fazê-lo em visitaprivada e nunca numa viagem oficialde Estado como Presidente da Repú-blica e em representação do povoportuguês, que é, obviamente, di-verso, plural e multirreligioso.Portanto, graças a esta atitude deMarcelo Rebelo de Sousa, os Depu-tados que se recusaram a aplaudir oseu juramento provaram estar cober-tos de razão e que, premonitórios,não se deixaram enganar pelo “dis-curso de afetos” do novo Presidenteda República. O povo português, se-jamos francos, não precisa de afetosvãos que nada trazem ou de discur-sos que relembrem (supostas) glóriaspassadas.

O que os Portugueses precisam é deum Presidente da República que res-peite a diversidade religiosa daquelesque representa, sejam católicos, mu-çulmanos, protestantes ou ateus.O que os Portugueses precisam é deum Presidente da República que nãose arroje aos pés de outros Chefes deEstado em genuflexões beatas quemais parecem vassalagens medie-vais.Marcelo Rebelo de Sousa, ao beijara mão do Papa, fez-me sentir vergo-nha de ser Português, tal qual o seuantecessor quando permitiu quePortugal fosse humilhado pelo Pre-sidente checo. E essa sensação éalgo que um Presidente da Repú-blica jamais deveria causar aos seusconcidadãos.Marcelo Rebelo de Sousa, e isso éclaro à luz deste já avançado séculoXXI, infantilizou o cargo para o qualfoi eleito, menorizando-o, a ele,mas, também, ao país. Este episó-dio, porém, terá sido, infelizmente,apenas o primeiro de uma longa te-lenovela de outras (in)esperadas emediáticas saloiices.

Luísa SemedoConselheira das ComunidadesPortuguesas

[email protected]

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03Política

lusojornal.com

emsíntese

10 de Junho:Ferro Rodriguesjá não vem aParis

O Presidente da Assembleia da Re-pública decidiu, com a concordân-cia do Presidente da República, nãoestar presente nas comemoraçõesoficiais do 10 de junho em Paris,disse à Lusa fonte do Gabinete deFerro Rodrigues.De acordo com a fonte, a ideia ini-cial era estarem em Paris, para ascomemorações oficiais, o Presi-dente da República, Marcelo Re-belo de Sousa, o Primeiro-Ministro,António Costa, e o Presidente daAssembleia da República, EduardoFerro Rodrigues. No entanto, e emconcordância com o Presidente daRepública, foi decidido que FerroRodrigues, a segunda figura do Es-tado, ficaria em território nacional,mantendo-se a participação nas ce-rimónias que se realizarem em Lis-boa para assinalar o Dia dePortugal, de Camões e das Comu-nidades Portuguesas.

10 de Junho:José Luís Carneiro satisfeito

O Governo português está “muitosatisfeito” com a decisão do Presi-dente Marcelo Rebelo de Sousa,em escolher Paris para as comemo-rações oficiais do Dia de Portugal,disse à Lusa o Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas.“Ficamos muito satisfeitos comessa decisão do Presidente da Re-pública, porque se trata do reco-nhecimento de uma novaabordagem da relação das institui-ções portuguesas com os Portugue-ses que vivem no estrangeiro”,referiu José Luís Carneiro à Lusa.“O próprio Primeiro-Ministro, namensagem que transmitiu ao corpodiplomático em dezembro tinhafeito questão de assinalar a sua von-tade de estar com os Portuguesesno dia 10 de junho”, recordou o Se-cretário de Estado, antes de subli-nhar que no programa do Executivotambém está expressa a preocupa-ção de modificar “para melhor” oconceito da relação estabelecidaentre as instituições portuguesas eos Portugueses que vivem no es-trangeiro.“Esta decisão efetivamente altera aperceção que há em Portugal dosPortugueses que se encontram foracomo também a própria perceçãodos Portugueses que olham para oseu país com a vontade de partici-parem na construção do nossodevir coletivo”, sublinhou José LuisCarneiro.

MpD venceu as eleições legislativas em Cabo Verde

O Movimento para a Democracia(MpD), liderado por Ulisses Correia eSilva, venceu no domingo passado,com maioria absoluta, as eleições le-gislativas em Cabo Verde, conquis-tando 53,7% dos votos, segundo osresultados oficiais provisórios.De acordo com os dados do ‘site’ ofi-cial “Eleições legislativas 2016”, oMpD conquistou a maioria dos lugaresdos 72 lugares de Deputados. O Par-tido Africano da Independência deCabo Verde (PAICV), até agora nopoder, obteve 81.319 votos (37%). AUnião Cabo-verdiana Independente eDemocrática (UCID) é a terceira forçamais votada, com 15.380 votos (7%).A abstenção registada situou-se nos33,2%.O Presidente do MpD e futuro Pri-meiro-Ministro, Ulisses Correia eSilva, prometeu começar a trabalhar“imediatamente para pôr o país narota do crescimento económico”,pondo fim a 15 anos de governaçãodo PAICV. “A minha primeira tarefaserá pôr de pé um programa de emer-gência para podermos dar respostasconcretas aos problemas que os cabo-verdianos sofrem neste momento e àexpectativa que foi criada”, disse Ulis-ses Correia e Silva durante o discursode vitória, na sede nacional do MpD,na cidade da Praia. “Começar a tra-balhar imediatamente para colocareste país na rota do crescimento eco-nómico que haja criação de condiçõespara mais investimentos no país, querdas nossas empresas, quer investi-mento externo”, acrescentou o líderdo MpD, que estabeleceu como metade crescimento da economia os 7%ao ano.Ulisses Correia e Silva, que faloutendo como som de fundo os efusivosfestejos dos militantes do MpD queenchiam as ruas junto à sede do par-tido, dedicou a vitória a “todos os ca-boverdianos no país e na diáspora”.Considerou também que “esta é umavitória para começar um novo ciclo,um ciclo de novas soluções” paraCabo Verde.“Podem contar que connosco terãoum Primeiro-Ministro de todos os ca-boverdianos, sem discriminação denatureza política ou partidária. A partirdeste momento vamos abraçar toda a

nação caboverdiana para podermosjuntos, com sentido de Estado, comrespeito pela liberdade dos outros,com pluralismo, com tolerância e comum espírito de participação, colocarCabo Verde na senda do desenvolvi-mento”, disse.

Vitória também em FrançaO MpD também venceu as eleiçõesem França, deixando o Coordenadordo Partido e também candidato, JoséLopes, “com alegria e contenta-mento”. Em declarações ao LusoJor-nal, José Lopes, que era o númerodois da lista do MpD pelo círculo elei-toral da Europa, referiu que “a Diás-pora saiu vencedora e abriu novasportas”.A também candidata em segundolugar, pela lista do PAICV, Isabel Bor-ges, registou a derrota e disse que“estamos consternados, mas o povo équem mais ordena”. Por isso fezquestão de felicitar o MpD, os seus di-rigentes, o candidato pelo MpD emFrança, José Lopes. “É assim a De-mocracia” disse ao LusoJornal.Isabel Borges aguarda uma reunião doPAICV para fazer a análise dos resul-tados. Até lá, prefere não tecer “co-mentários pessoais”, mas vaievocando o “evidente desgaste de 15anos de governação” para explicar aderrota do PAICV.

José Lopes prefere falar de “descon-tentamento generalizado”. Para ocandidato vitorioso, “a Embaixada deCabo Verde funciona muito mal. Todaa gente se queixa”, mas evoca tam-bém o facto de “o Governo do PAICVter gerido mal as questões relaciona-das com a Diáspora”, assim como “asquestões relacionadas com os TACV eas elevadas taxas alfandegárias”. Sãoassuntos que considera terem con-tado para a vitória do MpD em França.Com apenas a exceção de Roubaix(onde os dois partidos estão separadospor um voto, mas onde apenas houve23 votantes) e Oyonnax (onde oPAICV teve mais do dobro dos votosdo MpD), o MpD venceu em todas asoutras cidades.Os dois candidatos de França dizemque o ato eleitoral decorreu com nor-malidade, mesmo se consideram quea abstenção foi grande. O LusoJornaltentou falar com os responsáveis pelaComissão do Recenseamento Eleitoral(CRE) e pela Comissão Nacional deEleições (CNE) na Embaixada deCabo Verde em França, mas sem su-cesso.Por isso, não nos foi possível confir-mar os problemas levantados pelocandidato do MpD. José Lopes dizque no momento de abertura dasmesas de voto, apenas aceitavam osdocumentos caboverdianos. “Por

nossa intervenção, veio a indicação daPraia, de que podiam aceitar o Passa-porte francês, e mais tarde veio outraindicação que podiam aceitar o Pas-saporte de outro país, como docu-mento de identificação. Mas muitagente foi embora sem poder votar”confirmou José Lopes ao LusoJornal.No final, o resultado não mudou: nocírculo eleitoral da Europa foram elei-tos dois Deputados, Emanuel Barbosado MpD e Francisco Pereira do PAICV.

O novo Primeiro-MinistroUlisses Correia e Silva quer usar a suaexperiência de gestor e de autarcapara dar confiança à economia dopaís, aplicando no país o mesmo mo-delo de governação da capital. “Se tiver bons gestores, bons gover-nantes, boa administração, gere bema educação, a saúde, os transportes,a regulação, cria confiança na econo-mia”, disse José Ulisses de Pina Cor-reia e Silva, nascido a 04 de junho de1962 na Praia.Casado e pai de dois filhos, estudouno histórico Liceu Domingos Ramosda Praia e é licenciado em Organiza-ção e Gestão de Empresas pelo Insti-tuto Superior de Economia daUniversidade Técnica de Lisboa, em1988.Depois de licenciado, Ulisses Correiae Silva trabalhou no setor bancário,tendo chegado a diretor do Departa-mento de Administração do Banco deCabo Verde.No setor privado, o novo Primeiro-Mi-nistro foi também professor na Uni-versidade Jean Piaget entre 2002 e2007, lecionando disciplinas de Ges-tão Orçamental, Estratégia Empresa-rial e Economia de Empresa.Em 1995, chegou ao Governo, tendosido Secretário de Estado e Ministrodas Finanças, tendo sido sob a sua tu-tela que o valor escudo caboverdianopassou a estar indexado ao euro. De-pois da vitória do PAICV, Ulisses Cor-reia e Silva foi eleito Deputado, tendochegado a líder parlamentar do maiorpartido da oposição, entre 2006 e2008. Nesse ano, candidatou-se,com sucesso, a Presidente da Câmarada capital, com o ‘slogan’ “Praia temsolução”. Em 2013, ganhou a lide-rança do MpD e deixou agora a maiorautarquia do país para conquistar oGoverno nacional.

PAICV também foi derrotado em França

Por Carlos Pereira, com Lusa

le 23 mars 2016

Cidade

AmiensCannesCreilLyonNiceMarseilleOyonnaxParisPontoiseRoubaixTOTAL

PAICV

51220344943254345112685

MpD

3114267710762115027211913

UCID

0000070161024

PSD

00011001003

Nulos

1111020161023

Brancos

00100004106

Resultados provisórios recolhidos pelo LusoJornal. Fonte não oficial.

Ulisses Correia da SilvaLusa / Mário Cruz

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04 Comunidade

lusojornal.com

Conferência/debate sobre o estatuto de‘Residente Não Habitual’ (RNH)

Decorreu no passado dia 12 de março,pelas 17h00, uma Conferência nasala Bon Pasteur, em Strasbourg,sobre o tema do estatuto dos ‘Residen-tes não Habituais’.Esta iniciativa foi levada a cabo pelaAssociação Cultural Portuguesa deStrasbourg (ACPS), com o alto patro-cínio do Consulado-Geral de Portugale teve como convidados o advogadoSantos Carvalho, o Técnico consularHenrique Augusto e Vítor Martins, Di-retor da Animação Comercial do Ban-que BCP.Isabel Cardoso, Presidente da ACPSabriu a sessão agradecendo a presençadas entidades e das cerca de noventapessoas que acederam ao convite epassou a palavra a Miguel Rita, Côn-sul-Geral de Portugal em Strasbourgque frisou a atratividade de Portugalpara os reformados sob o ponto devista do clima, da história, da gastro-nomia, da hospitalidade portuguesa edas benesses fiscais que concede aesta franja de população que se queirainstalar em Portugal.Henrique Augusto falou do ‘modusprocedendi’ ao qual os candidatos têm

que se submeter quando chegam aPortugal e aos requesitos legais paraobter aquele estatuto.Vítor Martins exibiu um vídeo com otestemunho de um casal francês quese instalou em Portugal recentemente,os passos que tiveram que dar paraobter o estatuto RNH e as vantagensque tiveram em mudar-se para o nossopaís. Também fruto da experiência ad-quirida com a quantidade de clientesque se dirigiram até agora ao banco

apontou as várias soluções que estainstituição tem para lhes oferecer, no-meadamente o financiamento emFrança do bem a adquirir em Portugal,sem hipoteca e na presença de cola-boradores bilingues em França e emPortugal.Seguiu-se um interessante debateentre o público e os intervenientessobre a isenção de impostos, as suasrepercussões em França e em Portu-gal, a Segurança Social, a Assistência

Médica quer fossem eles franceses ouportugueses.Recorde-se que este estatuto requerque os interessados provem que nosúltimos cinco anos não foram residen-tes em Portugal sob o ponto de vistafiscal e que aufiram rendimentos dereforma de um país da União Euro-peia, pois só estes rendimento sãoabrangidos pela isenção de impostosdurante 10 anos.Muitas dúvidas subsistiam ainda sobrea questão dos reformados portuguesescom reformas auferidas num país daUnião Europeia e com residência fis-cal fora de Portugal se de facto bene-ficiavam ou não desse estatuto. Aresposta foi inequívoca e unânimeentre os intervenientes. Este estatutocontempla também os Portugueses.A sessão encerrou por volta das 19h00com um Porto de honra oferecido pelaACPS e com a oferta de um guia sobrea “Retraite Dorée” em língua francesaeditada e oferecida pelo Banque BCP.Pelo depoimento prestado pela Presi-dente da ACPS outros temas de inte-resse geral virão a debate muito embreve tais como a EAI fiscal (ÉchangeAutomatique d’Informations), as por-tagens das Scuts em Portugal, etc.

Em Strasbourg

Por José de Jesus André

Cônsul de Lyon deslocou-se a DôleNo passado dia 14 de março, a CônsulGeral de Portugal em Lyon, Maria deFátima Mendes, deslocou-se a Dôle, nodepartamento do Jura, acompanhadado Conselheiro das Comunidades Por-tuguesas Manuel Cardia Lima, para seencontrar com as edilidades para pro-mover e criar parcerias que permitamfuturas Permanências consulares nestacidade. Vivem na área mais de 5.000Portugueses que vão poder evitar de sedeslocarem a Lyon, que fica a 200 qui-lómetros, para tratar dos seus docu-mentos.Maria de Fátima Mendes foi recebidapelo Deputado e Maire Jean-Marie Ser-mier. No encontro foram abordadas asquestões ligadas às Permanências con-sulares, mas também dos Portuguesesresidente em Dôle. Por seu lado, oMaire elogiou muito a maneira comoos Portugueses “se integram e partici-pam na vida local”.O autarca organizou uma visita à ci-

dade, acompanhando a Cônsul-Geral eo Conselheiro das Comunidades, e jun-taram-se à comitiva o Presidente da As-sociação Portuguesa local, AntónioAlmeida e a Secretária Arménia Pereira.De seguida, deslocaram-se ao Santuá-rio do Mont Roland, onde se realiza no

segundo domingo de maio a famosaperegrinação a Nossa Senhora de Fá-tima, que junta milhares de Portugue-ses. Aqui foram recebidos peloresponsável Jacky da Costa, mas tam-bém estava presente Fernando Pereira,responsável do apoio logístico à orga-

nização da peregrinação.Os dirigentes da Associação tambémaproveitaram esta ocasião para mostraros novos locais que foram cedidos pelaMairie, mas que ainda estão em obras.Os trabalhos estão a cargo da coletivi-dade e a inauguração está prevista parao mês de junho.A visita terminou com uma receção ofi-cial na Mairie com a presença de todoo Conselho Municipal, de entidades lo-cais e de representantes da Comuni-dade portuguesa. Depois dos discursosfoi oferecido um Porto de honra quepermitiu à Cônsul-Geral falar e ouvir aspessoas, mas também serviu para re-colher informações.A primeira Permanência consular vai játer lugar no dia 27 de maio, na Mairiede Dôle. As pessoas podem desde jácomeçar as marcações enviando um e-mail para o Consulado.

[email protected]

Sabores e Saberes Portugueses em Givors

Hélder Garcia, natural de Espinho,emigrou para França há cerca de 4anos. É licenciado em Hotelaria e Tu-rismo na Escola de Hotelaria do Porto.Aventureiro e empreendedor por natu-reza, arriscou mudar de país para apli-car a sua arte. Começou por trabalharnum conhecido restaurante portuguêsna região de Lyon, onde permaneceunos três primeiros anos de emigrante.Depois de ter ganho experiência narestauração e domínio na língua fran-cesa, tomou a decisão de se estabele-cer por conta própria, transformandoum sonho em realidade.

O “Sabores de Portugal” em Givors,nos arredores de Lyon, é um pequenorestaurante com ambiente acolhedor,em que a típica gastronomia portu-guesa está ao alcance da Comunidadeportuguesa daquela região.Neste restaurante pode-se degustar oconceituado Bacalhau à casa, Lulas àlagareiro, Frango de churrasco e a cé-lebre Francesinha, entre outros pratos.Hélder Garcia tem uma paixão pelacozinha desde muito novo e costumadizer que “cozinhar é uma forma deamar os outros”.Sabores de Portugal26 rue Joseph Longarini - em GivorsInfos: 04.78.45.78.63.

Por Paula Martins

O que é o trabalho doméstico?

Resposta:

Face à sua especificidade, o tra-balho doméstico tem um enquadra-mento legal próprio em Portugal, oqual se encontra previsto no Decreto-Lei nº 235/92, de 24 de outubro.O contrato de serviço doméstico éaquele pelo qual uma pessoa seobriga, mediante uma retribuição, aprestar a outrem, com carácter regu-lar, sob a sua direção e autoridade,atividades destinadas à satisfaçãodas necessidades próprias ou espe-cíficas de um agregado familiar, ouequiparado, e dos respetivos mem-bros, nomeadamente ao nível da:- Confeção de refeições;- Lavagem e tratamento de roupas;- Limpeza e arrumo de casa;- Vigilância e assistência a crianças,pessoas idosas e doentes;- Tratamento de animais domésticos;- Execução de serviços de jardina-gem;- Execução de serviços de costura;- Outras atividades “consagradaspelos usos e costumes” como es-tando compreendidas neste tipo deserviço.Independentemente do tipo decontrato que se celebre, o qual podeser a termo certo (onde se fixa umprazo de duração), a termo incerto(onde se define que em certas cir-cunstâncias o contrato cessa) econtrato sem termo (que não definenem datas nem circunstâncias paraa cessação), convém que o mesmoseja celebrado por escrito para segu-rança das partes quanto aos termoscontratuais acordados, constando onúmero de horas trabalhadas e o sa-lário pago por exemplo. Refira-se queo contrato de serviço doméstico sóestá sujeito a forma escrita se for ce-lebrado a termo.Independentemente da forma de re-muneração, o trabalhador de serviçodoméstico tem direito a um períodode férias remuneradas de 22 diasúteis, bem como ao respetivo subsí-dio, e a um subsídio de Natal.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

A Conferência foi muito concorridaDR

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06 Comunidade

emsíntese

Valérie Pécresseinvitée de laCCIFP

La Chambre de commerce et d’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP) or-ganise un déjeuner-débat sur «Lesfuturs projets en Île-de-France pourles entrepreneurs», avec la Prési-dente du Conseil Régional Île-de-France, Valérie Pécresse, le jeudi 31mars, à 12h30, à l’Hôtel InterConti-nental de Paris.La Région Île-de-France séduit tou-jours autant grâce à son attrait touris-tique indétrônable. Elle disposeégalement d’opportunités futures in-contestables pour les entrepreneurspar le biais de projets tels que leGrand Paris et la Candidature aux JOde 2024...

Carlos Gonçalvesem Paris e Lyon

O Deputado Carlos Gonçalves tevetrês dias de atividade intensa nas re-giões de Paris e de Lyon.Na sexta-feira, dia 18 de março assis-tiu à cerimónia de abertura da Feirados Produtos Regionais e de Artesa-nato de Nanterre.No sábado, já em Lyon, reuniu com oConselheiro das Comunidades Portu-guesas eleito pelo círculo eleitoral deLyon-Marseille, Manuel Cardia Lima eparticipou depois nas comemoraçõesdo 10º Aniversário da Geminaçãoentre o Munícipio de Quincieux e aFreguesia de Cavez. Nesse mesmodia, à noite, participou no Jantar anualde Solidariedade organizado pela As-sociação de Beneficência Portuguesa,em Le Raincy, nos arredores de Paris.No domingo teve um encontro comautarcas de origem portuguesa e visi-tou os Mercados de La Varenne e Vil-liers-sur-Marne, para contactos comos comerciantes portugueses.

Paulo Pisco naregião parisiense

O Deputado Paulo Pisco também es-teve na região de Paris no fim de se-mana passado.Na quinta-feira, dia 17, esteve noConsulado-Geral de Portugal emParis, na apresentação do livro de DanInger e Altina Ribeiro “Trois notes deblues pour un fado”. No dia 18, assis-tiu ao lançamento da primeira pedrade um projeto de construção de em-presários portugueses da sociedadeSCI Saint Pierre, em Saint Maxime. Aofinal do dia foi à abertura da Feira deNanterre, que anualmente acolheperto de uma vintena de municípiosde Portugal para apresentarem assuas especialidades regionais. O De-putado passou aliás uma parte do diade domingo nessa mesma Feira deNanterre.

10 anos da Geminação entre Quincieux e CavezNo fim de semana passado, de 18 a20 de março, decorreram as comemo-rações dos 10 anos da geminaçãoentre as localidades de Quincieux, ar-redores de Lyon, e Cavez, no concelhode Cabeceiras de Basto. O Presidenteda Junta de Freguesia, António PauloPereira Carvalho Guerra, deslocou-se aFrança e veio acompanhado de umadelegação. O Maire de Quincieux, Pas-cal David e o seu Conselho municipal,quizeram marcar a importância quetem esta relação entre as duas locali-dades com um programa bem preen-chido.A cerimónia oficial, que teve lugar nosábado 19 de março, estava previstanos salões da Mairie, mas visto o nú-mero importante de pessoas, acaboupor decorrer na Sala de festa. Paraalém dos dois autarcas, estava tam-bém Monique Aubert, Presidente doComité de geminação, a Cônsul Geralde Portugal em Lyon, Maria de FátimaMendes, o Deputado Carlos Gonçalves,o Conselheiro das Comunidades Portu-guesas Manuel Cardia Lima, JoaquimMagalhães Ferreira, Presidente da As-sociação Portuguesa de Quincieux, oPresidente da Associação Portuguesade Trévoux, Sr Ribeiro, e os antigos

Presidentes da Associação Portuguesa.Aliás Carlos Gonçalves confirmou aoLusoJornal que “Cavez era a terra daminha avó paterna”.Da parte francesa, marcaram presençao Deputado Philippe Cohet, que tam-bém é Maire de Caluire et Cuire e osantigos Maires desta localidade. Nosdiscursos, todos destacaram os gran-des laços de amizade que existementre as duas localidades mas também

da França com Portugal e da “impor-tante participação” dos Portuguesesem França. Ambas as partes promete-ram continuar com os intercâmbios.De destacar a presença do ex-Maire deQuincieux e ex-Presidente do MEDEF,M. Fontanel, empresário na área daconstrução, bem conhecido e estimadoda Comunidade portuguesa já que temmais de 200 empregados, a maioriaPortugueses, e muitos deles são de

Cavez. Ele está na origem desta gemi-nação.A Delegação portuguesa participou naFesta dos Conscritos que estava a de-correr. Eram os recrutas que nasceramno mesmo ano, convocados para pres-tar serviço militar, a tradição mantém-se percorrendo a vila em cortejo, acantar, a beber, a dançar,… a Comitivaportuguesa apreciou muito este mo-mento de convívio.

Nos arredores de Lyon

Alexia Silva Costa foi encontrada morta em Oléron

A jovem Alexia Silva Costa que se en-contrava desaparecida há 40 dias emSaint-Trojan-les-Bains (Charente-Ma-ritime) foi encontrada morta numamata perto da praia e ao lado doliceu, dissimulada com muito cui-dado por baixo dos ramos e arbustos.Desde o seu desaparecimento, popu-lares, militares e polícia francesa pro-curaram a lusodescendente de 15anos desaparecida desde 1 de feve-reiro na ilha de Oléron. A foto até foidivulgada no ecrã gigante de um es-tádio com 15 mil pessoas.No sábado passado os testes de ADN

confirmaram ser a jovem Alexia. Ocorpo apresentava sinais de violênciae marcas de sangue, mas não sofriade nenhuma viloência sexual, peloque as autoridades acreditam tratar-se de um homicídio.Alexia foi vista pela última vez apóssair da escola às 17h30. Deixou a bi-cicleta e a pasta na escola e regres-sou a pé, a mais de 1 km de casa. Etrocou dois sms’s com uma amigaem Lyon à saída do liceu, quando otelemóvel ficou inoperacional. Nuncamais ninguém a viu a partir de aí.De pai português e de mãe francesa,foi a mãe que, à noite, assinalou odesaparecimento da filha. O pai, Ma-

nuel Silva Costa, que vivia nos arre-dores da cidade, descreve-a comouma jovem tímida e temerosa, nosentido em que não acreditava queela pudesse afastar-se por sua própriavontade e a mãe com quem tinhaboas relações não acreditava na suafuga. Fisicamente a adolescentemedia 1m60 e pesava 57 kg. Tinhaolhos castanhos e cabelo compridocastanho claro. Nasceu em Lyononde ficou escolarizada até aos 11anos. Atualmente frequentava oCepmo, de Saint Trojan, um Centroexperimental pedagógico marítimoem Oléron, um estabelecimento quepropõe uma pedagogia diferente e

uma educação que visa a autonomia.Mais de 80 pessoas que a conhe-ciam foram interrogados em vão.Rapto ou fuga, era a pergunta quetodos faziam. Mais de um mês depesquisas intensivas, que termina-ram com a descoberta trágica docorpo. Porque é que demoraramtanto tempo a encontrá-la?Agora só resta encontrar o culpado,pois o receio tormenta todos os diasos habitantes de Saint-Trojan quetemem o criminoso em liberdade.Quanto ao pai escreveu nas redes so-ciais: “Viverás sempre no meu cora-ção, sempre no presente e nunca nopassado”.

Por Clara Teixeira

O destino ‘Portugal’ em vedeta nos 25 anos da Carrefour VoyagePortugal regista cada vez mais turistasfranceses. “Temos crescido de formanotável nas vendas dos operadores eagências de viagem francesas comcrescimentos da ordem dos 45 % em2015” diz Jean-Pierre Pinheiro, Dire-tor do Turismo de Portugal em França.“Mas, sabemos que temos que man-ter nossos esforços de comunicaçãopara continuar a vender Portugal nasagências de viagem”.Uma das grandes operações de comu-nicação este primeiro semestre 2016pelo Turismo de Portugal em França éuma campanha de vendas de Portugalde grande envergadura nos Hipermer-cados Carrefour em toda a França.São mais de 210 hipermercados e160 agências de Viagem CarrefourVoyages.A campanha, com duração de três se-manas, tem como principal objetivocolocar Portugal no Top 5 dos destinoscom que a Carrefour Voyages opera.

A campanha consiste na oferta de vá-rios pacotes turísticos com destaquenotável de Portugal por várias plata-formas e suportes, quer nos hipermer-cados do grupo Carrefour, quer nasagências de viagens, no website e nas

redes sociais da Carrefour Voyages.Dificilmente se pode passar ao ladodesta bela visibilidade de Portugalcom os cartazes, com os totem, osecrãs de TV’s, os separadores decaixa, o catálogo de Carrefour em mi-

lhões de exemplares, newsletter declientes Carrefour…E foram formados mais de 600 ven-dedores das agências Carrefour Voya-ges pela equipa de Turismo dePortugal em Paris, em 10 sessões portoda a França.Os resultados ao fim da primeira se-mana são muito positivos, o objetivoprevisto para as três semanas de cam-panha já foi ultrapassado. Duplicou-se o número de reservas emcomparação com o mesmo período doano anterior, não só dos pacotes inse-ridos na campanha, mas também deoutros circuitos turísticos por Portugalcontinental e ilhas (Madeira).Tanto os dirigentes da Carrefour Voya-ges como do Turismo de Portugalmostraram interesse em renovar estetipo de operação de grande impactopara as vendas de férias a Portugaljunto dos milhões de clientes do hi-permercado.

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07Comunidade

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Ets. Mariano festeja 35 anos de atividadeO empresário Victor Mariano reuniucerca de cem convidados, entre em-pregados, alguns amigos e clientes,num almoço de confraternização queteve lugar no domingo passado, dia20 de março, na sala de festas e cen-tro cultural de Semoy, na períferia deOrléans, onde se encontra sediado oestabelecimento principal.Foi uma cerimónia muito especial,cheia de emoções, animada pelo fa-dista Tony do Porto, num almoço fes-tivo elaborado pela Pastelaria Canelas,que se estendeu por toda a tarde, ce-rimónia esta entremeada por várias in-tervenções de Victor Marianofortemente alusivas à família quetanto o ajudou e contribuiu para uma

história de sucesso que teve início há35 anos. Os agradecimentos foram,em primeiro lugar para o filho Frédé-ric, num louvor cheio de emoção, epara a esposa Olívia Mariano ou afilha, Virginie, que veio diretamentede Bordeaux.Com cerca de 60 empregados, muitosdeles presentes, alguns foram distin-guidos pelo próprio com medalhas deantiguidade e mérito. Em longa elo-cução, Victor Mariano fez um resumodos 35 anos de atividade dos Ets. Ma-riano, outros tantos anos de trabalhocom balanços sempre positivos, e fe-licitou-se pela evolução financeira daempresa que lhe permite hoje a ob-tenção da nota máxima de crédito es-

tabelecida pelo Banque de France, oque muito o honra. Os agradecimen-tos foram extensivos a todos os pre-sentes, que nomeou, desde o notárioao médico, passando pelo responsávelfinanceiro, ou ainda o Conselheiro dasComunidades e o Cônsul Honorário dePortugal em Orléans, igualmente pre-sentes.Os Ets Mariano dispõem de quatrocentros de difusão sediados em Or-léans, Chennevières, Lyon e Bor-deaux, de uma dezena de lojasespalhadas pela França e uma no Lu-xemburgo. Em Portugal tem várias ati-vidades e, em particular, uma centralde compras ligada ao ramo agroali-mentar.

Semoy (Orléans)

Le Chef étoilé Mickaël Féval se félicite du 1er SalonInternational du Vin Portugais 2016 à ParisFormé par quelques grands noms dela cuisine, dont le célèbre Chef gas-tronomique Bernard Loiseau, MickaëlFéval s’est fait un nom à Paris dans leprestigieux restaurant «Antoine», spé-cialisé dans le poisson, dans lequel ila décroché une étoile. Auparavant, ilavait rejoint Antoine Westermanndans son prestigieux restaurant 3étoiles, le «Buerehisel» à Strasbourg,puis Thierry Barot au «II Palazzo», latable centenaire de l’hôtel Normandy,à Paris.C’est dans le sud de la France, à cotéd’Aix-en-Provence, que le ChefMickaël Féval, récompensé en 2010par le Prix Jacquart de «l’Etoile Mon-tante» et en février 2011 par sa pre-mière étoile au Guide Michelin,décide de s’installer. Tout d’abord, ilprendra la direction des cuisines ducélèbre «Pigonnet», où il enchanta lesclients de ce 5 étoiles de charme deses spécialités.Ensuite il ouvre son propre restaurantqui porte son nom «Mickaël Féval»,au cœur de la ville d’Aix-en-Provence,où il savoure le plaisir d’être enfinchez lui pour accueillir ses clientsdans un cadre personnalisé. Riche de

ses années d’expérience dans la hautegastronomie, ce Chef talentueux pro-pose aujourd’hui une cuisine raffinéerespectant avant tout la saisonnalitédes produits et privilégie les rapportsdirects avec les producteurs et maraî-chers locaux.

Première découverte des vins portugais chez «Antoine»C’est au cours des trois dernières an-nées passées au restaurant «Antoine»,que le Chef Mickaël Féval découvrepour la première fois des vins portu-gais grâce à son Chef Sommelier, Mi-caël Morais.Il appréciera notamment les vinsblancs de chez Anselmo Mendes quiaccompagneront avec délicatesse sesspécialités de poissons, ou encore levin de Porto «Barão de Vilar» qui s’ac-corde parfaitement avec ses délicieuxdesserts chocolatés.C’est pour ces raisons que le MickaëlFéval fera volontiers le déplacementdepuis Aix-en-Provence pour se ren-dre au 1er Salon International du VinPortugais qui se déroulera du 4 au 6juin, au Parc Floral de Paris.«Je suis curieux de nature et j’attends

de ce Salon d’y découvrir des petitesmerveilles [...] Que ce soit dans macuisine ou dans ma carte, chaque vindoit être un coup de cœur et une dé-couverte pour ma clientèle», confieMickael Féval.En effet, Mickaël Féval aime avanttout se faire plaisir et partager sescoups de cœur avec ses clients. Sa vi-site au Salon International du Vin Por-tugais sera l’occasion pour ce jeuneChef gastronomique, de se laisser sé-duire par la qualité des vins portugaisqui y seront exposés, afin, dit-il, d’ydécouvrir de nouveaux produits quienrichiront la carte de son restaurant.

Arcos de Valdevez aposta no intercâmbio de alunos com CenonO Município de Arcos de Valdevez, emestreita parceria com o Agrupamentode Escolas de Valdevez e o Municípiode Cenos, nos arredores de Bordeaux,irá proporcionar mais um intercâmbiode jovens, desta vez com alunos en-quadrados na Secção Europeia de Lín-gua Francesa.O Protocolo de parceria foi assinado nasexta-feira, dia 11 de março, pelo Pre-sidente da Câmara Municipal de Arcosde Valdevez, João Manuel Esteves, oMaire de Cenon, Alain David, e o Dire-tor do Agrupamento de Escolas de Val-devez, Carlos Costa. Nele constam oscompromissos assumidos pelas partespara que os cerca de 45 alunos daSecção Europeia de Língua Francesase desloquem àquela cidade da áreade Bordeaux.Conforme assumiram os representan-tes das três entidades envolvidas, esteé um esforço conjunto que tem como

principal objetivo estimular o sentidoativo de cidadania europeia, a solida-riedade e a tolerância entre os jovenseuropeus, bem como a promoção dadiversidade social e cultural e a aber-tura à Europa.João Manuel Esteves e Alain Davidenalteceram o trabalho de colaboraçãoe empenho desenvolvido, neste âm-bito, por Fernanda Alves, arcuense eMaire Adjointe de Cenon.Durante a visita, os alunos irão ter aoportunidade de contactar com jo-vens da mesma idade a frequentar ocolégio Jean Jaurès, bem como visi-tar a região, conhecer a cultura e osprincipais atrativos turísticos damesma.Irá ser igualmente importante a articu-lação com a Comunidade portuguesaa residir naquela cidade, sendo de des-tacar o apoio da Associação AlegriaPortuguesa de Gironde, a qual será a

grande responsável pelas refeições queirão ser servidas a estes alunos.Esta é uma iniciativa que se vem jun-tar a outras já desenvolvidas pelo Mu-nicípio no ano anterior, nomeadamente

a realização de um intercâmbio com oMunicípio de Cenon e o Centro de Pre-venção e Lazer de Jovens, sedeado na-quela cidade francesa, que envolveu12 jovens arcuenses; a realização de

um intercâmbio com o Município deDammarie-les-Lys, enquadrado naFesta do Território, desenvolvida peloreferido município francês, e que en-volveu 4 jovens arcuenses e cerca de20 jovens de diferentes nacionalida-des (Francesa, Húngara, Italiana eAlemã); a realização de um intercâm-bio, efetuado no âmbito do ProgramaErasmus, que envolveu também oMunicípio de Dammarie-les-Lys e aAssociação Social e Recreativa Juven-tude de Vila Fonche, tendo sidoabrangidos 10 jovens arcuenses.João Manuel Esteves mostrou-semuito satisfeito com a realizaçãodeste intercâmbio, tendo referido que“é um tipo de iniciativa para conti-nuar, pois não só permite aos jovens atroca de experiências, como tambémlhes permite uma maior abertura so-ciocultural e consequentemente umamelhoria do seu sucesso educativo”.

Victor Mariano com a família e empregadosDR

Guillaume Esteve

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08 Comunidade

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Delegação da Guarda em prospeção comercial em Paris

Foi durante 3 dias, do 15 ao 17 demarço, que o Presidente da CâmaraMunicipal da Guarda acompanhadopor vários empresários vieram promo-ver os seus produtos e sobretudo a re-gião beiroa a Paris trocando contactoscom empresas de Portugueses radica-dos em França. Uma iniciativa de JeanPina, outro empresário de sucesso quetem vindo estes últimos anos a dedi-car-se à promoção da Guarda. O Presi-dente do grupo Jean Pina tem-seenvolvido em várias ações em prol dodesenvolvimento da sua região natalque deixou com 21 anos.Segundo Jean Pina, os principais ob-jetivos que trouxeram a comitiva daGuarda até Paris foram o desenvolvi-mento da economia da região, encon-trando acordos com os empresáriosinstalados em França e os produtoresda região da Beira Alta. “Queremos de-senvolver a região comercialmente etentar criar emprego”, começou por ex-plicar.Em três dias a comitiva municipal e osempresários guardenses visitaram vá-rias entidades e empresas de forma apromover e seduzir os potenciais par-ceiros ou clientes em França. “Foi umacorreria em pouco tempo, mas commuito sucesso a começar pela receçãono Consulado Geral de Portugal emParis onde contámos com 130 pes-soas”.O Cônsul Geral António Moniz come-çou por explicar que havia sido contac-tado por Jean Pina, há 2 meses paraque o apoiasse através de contactosinstitucionais, de disponibilização doespaço e com a organização de umcocktail. “Uma iniciativa meritória quedá oportunidade aos empresários dodistrito da Guarda de contactarem nãoapenas os Portugueses que trabalhamaqui mas também empresas francesasa fazerem os seus negócios”. O Cônsulapontou para as delícias que ali se po-diam provar. “Embora já conhecessequase tudo, confesso que há ali unsbolos muito bons que descobriagora”. António Moniz sublinhou nofim muitas outras riquezas da região,e concluiu acreditar que havia alimuita riqueza para atrair novas par-cerias, de forma a poder dinamizar e

enriquecer aquela região.Quanto ao Presidente da Câmara Mu-nicipal da Guarda começou por referirque não apostava apenas na “econo-mia da saudade”, mas fundamental-mente na “economia da diáspora”. “Alocalização estratégica da Guarda servepara o desenvolvimento da compo-nente turística e também para umabase industrial importante. Temos umaplataforma logística importante numacidade bem localizada e por que temosessa capacidade de satisfazer os em-presários portugueses de sucesso emparticular nesta região que são muitosmas também aos empresários france-ses”, começou por explicar ao LusoJor-nal.Jean Pina acompanhou a comitiva nasmúltiplas visitas aos principais super-mercados portugueses e a uma lojagourmet em Paris, que se sucederamdurante a estadia e confessou que osucesso ultrapassou as suas expetati-vas. “Na quinta-feira de manhã visitá-mos a Câmara de comércio e indústriafranco-portuguesa (CCIFP) onde foi as-sinado um protocolo de cooperaçãoentre a municipalidade e a CCIF, de-pois o dia continuou com a visita daMairie de Paris, acolhidos pelo Conse-

lheiro Hermano Sanches Ruivo e final-mente a estadia culminou com umapequena receção na Embaixada dePortugal, convidados pela CCIFP, comdiversos empresários e que tambémpode vir a dar os seus frutos”, disse oti-mista.Segundo o empresário esta visita fru-tuosa foi repartida em momentos cru-ciais, salientando que cada encontrotornou-se numa oportunidade de negó-cio. “Brevemente será a vez da Guardareceber empresas daqui, o que seráuma excelente ocasião para verem otipo de oportunidades comerciais aliexistentes. Quanto a mim acredito quevalerá a pena, pois, investi-me seria-mente nesta causa pela região daGuarda e sei que há muita coisa afazer”, afirmou.O autarca Álvaro Amaro sublinhou aimportância da assinatura do acordo decooperação com a Câmara de comércioe indústria franco-portuguesa, apon-tando que não quer que esse acordoseja “um ponto de chegada, mas umponto de partida”. Álvaro Amaro evo-cou ainda querer retribuir, tendo con-vidado a CCIFP e outras empresasportuguesas e francesas a visitarem aregião com o intuito de querer projetar

a Guarda. “Queremos captar investi-mentos para a Guarda, queremos aju-dar a criar riqueza para a Guarda”.Para além das empresas que vieram:Pastelaria Colmeia da Beira, do Fumei-ros da Guarda - que trouxeram os en-chidos, presunto e queijos da“Portugueses Lands” - com compotas,frutos secos, azeite e mel, da EncostaTour - Viagens e Turismo, ou ainda daAltitude Business Angels da Guarda -colaboração na iniciativa, o Presidenteda Câmara referiu ainda que havia ou-tros setores atrativos “tanto no setorautomóvel como temos alguma basecientífica através do Instituto politéc-nico e queremos aproveitar este poten-cial para projetar-nos cada vez mais”.Finalmente reconheceu um balançopositivo desta estadia em Paris. “Tive-mos muitos contactos, encontrei mui-tos empresários de sucesso, e euaposto muito na ideia que os negóciosfazem-se não por coração como todossabem, mas pela razão, mas eu tam-bém sei que quando a razão pode pen-der para um lado ou para o outro, aívale o coração. E foi esta mensagemque quis trazer aqui».Álvaro Amaro homenageou há poucosmeses Jean Pina, que disse conhecer

há uns 3 anos. “Foi por ser um homemque se preocupa pela região natal,como muitos outros, mas Jean Pinaabraça esta causa com afeto muitogrande e calor intenso que é conta-giante e neste sentido não podia deixarde aceitar este convite que me fez háum tempo atrás”.Jean Pina nasceu em Trinta e veio paraFrança em 1988. Abriu a primeira em-presa em 2003, e rapidamente abriuoutras novas empresas. “Hoje é umgrupo de dimensão familiar mas queproduz eficazmente”, acrescentou.Estes últimos tempos o empresário re-conheceu ter uma vertente mais social,promovendo junto da Instituição deSolidariedade Social da Guarda, lares,e outros centros, uma verdadeira obraaltruísta em prol dos outros com espe-cial enfoque nas crianças e idosos.“Acho que a Guarda precisa e tem ca-pacidades para bons investimentos, edaí eu querer dar uma mão à munici-palidade para que possamos concreti-zar oportunidades comerciais e paradar mais confiança aos Beirões”, disseno final da receção.

(*) Com Carlos Pereira eMário Cantarinha

Numa iniciativa do empresário Jean Pina

Por Clara Teixeira (*)

Protocolo assinado com a Câmara de Comércio

Na quinta-feira passada a Câmara doComércio e Indústria Franco-Portu-guesa assinou o Protocolo de coope-ração com o Município da Guarda, emParis. Acompanhado por uma comi-tiva de empreendedores guardenses,Álvaro dos Santos Amaro, Presidenteda Câmara Municipal visitou os locaisda CCIFP durante a manhã e reconhe-ceu ser importante esta colaboraçãocom a CCIFP de modo a promover aGuarda e as suas terras. “Contamoscom esta cooperação para pôr emcontacto os nossos empresários locaiscom as empresas portuguesas radica-das em França, assim como as em-presas francesas e esperamosrecebê-las na Guarda brevemente”. Oautarca declarou ainda que o fazia por

que havia interesses por ambas partese não por simpatia. “A economia dadiáspora é importante para nós, e nósestamos conscientes disso e de todoo caminho a percorrer para vingar nomercado francês. Precisamos de esti-mular a economia local através da in-dústria do turismo à qual ele chamoude indústria do ‘sorriso’”.Quanto ao presidente da CCIFP, Car-los Vinhas Pereira, após ter explicadoo papel da CCIFP apontou para a im-portância de comunicarem uns comos outros para “poderem veicular asoportunidades guardenses” e facilitaros contactos e organizar missões entreas empresas. “Isso passa primeiropelo contacto dos membros da CCIFPe os empresários do concelho, umaforma de ajudá-los a internacionaliza-rem-se”.

Por Clara Teixeira

Delegação da Guarda no Consulado de PortugalLusoJornal / Mário Cantarinha

LusoJornal / Clara Teixeira

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Comunidade

As empresas da Guarda que vieram procurar clientes em França

6 empresas da Guarda integraram amissão empresarial que se deslocoua França na companhia do PresidenteÁlvaro Amaro, numa iniciativa do em-presário Jean Pina.

Encosta Tour: Novos pacotes para visitar a região da GuardaA representante da Encosta Tour, Bár-bara Avelino, mostrou-se otimistaacerca dos seus produtos em França.Um dos objetivos da empresária élevar as pessoas até à região daGuarda e dar a conhecer um poucode Portugal. “Vamos poder readaptaros nossos pacotes consoante as ne-cessidades e vontades dos clientesfranceses ou portugueses radicadosem França”.A Encosta Tour tem feito muito o“transporte de convívio”, para as des-locações em família, com amigos,clubes, associações, empresas, esco-las, etc. “Mas nós queremos oferecerum serviço mais alargado, nomeada-mente entre França e Portugal, ouseja trazer para França o que temoslá, fazer uns pacotes adicionais, po-demos vir buscar as pessoas ou elasvão lá ter, mostrar um pouco de Por-tugal e mostrar fundamentalmente aregião da Guarda”, refere ao LusoJor-nal. A empresa propõe visitas guiadasde toda a região: Seia, Raia, ou aindaa Serra da Estrela ou Fátima. A En-costa Tour também vai poder trazer aspessoas de lá “se quiserem vir à Dis-ney, ou visitar a Tour Eiffel”, acres-centou.Sediada em Seia, no distrito daGuarda, a Encosta Tour foi criada em2009 por um jovem empreendedor, etem como atividade principal o trans-porte rodoviário nacional e internacio-nal de passageiros. “Prestamos umserviço de qualidade aos nossosclientes com viaturas modernas emdiferentes configurações (9, 19, 30,53 e 55 lugares), com o máximo desegurança e profissionalismo porparte dos nossos motoristas”. Aindasegundo a representante, a frota,estáem constante atualização e moderni-zação e é constituída por mais de 10viaturas “capazes de satisfazer osmais exigentes serviços”, sublinhou.

Colmeia da Beira quer trazernovas delícias

Sócio gerente da pastelaria Colmeiada Beira, Leonor Fonte, integrou estainiciativa empresarial além fronteiras,pela primeira vez. A empresa só tem1 ano. “Já tivemos várias empresasno ramo da pastelaria e confeitaria, ecom a Colmeia da Beira queremos irmais longe, abrir as portas à diásporae aumentar a nossa equipa”. A res-ponsável insistiu na importância des-tas iniciativas e saudou o empresárioJean Pina. “Trabalhamos muito compastelaria fina e em eventos diversos,estamos agora aqui numa primeirafase de conhecer o mercado francês,uma vez que sabemos que há aquimuitos emigrantes da nossa zona.Tentar abrir aqui uma porta quiçápara o futuro”.A padaria, pastelaria, confeitaria, Col-meia da Beira, abriu finais de dezem-bro de 2014, pela mão de doisambiciosos empresários, o ChefeMário Pinhal e Leonor Fonte, em-preendedores, criativos, experientesno setor, ávidos de inovar e experi-mentar coisas novas. Leonor Fonteapontou para as especialidades pró-prias da casa: o bolo típico ‘dom San-cho’, o bolo ‘delícia da Beira’, que éum bolo de requeijão, a ‘queijadaraiana’ e mais algumas especialida-des que só a Colmeia da Beira vende.“Trouxe tudo o quanto podia trazer etudo desapareceu no Consulado oque prova que as pessoas gostaramdos nossos produtos, alguns dosquais só nós vendemos”. E é esse oprincipal argumento da empresa queLeonor Fonte quer fazer sobressairpara penetrar no mercado estran-geiro. Durante os 3 dias visitou algunsdos comerciantes e casas gourmetsna região parisiense. “Tentei ver porque porta podemos entrar porquetambém me apercebi que há aquipastelarias agora vamos ver com estatroca de contactos feita estes dias oque irá resultar”.

Portuguese Lands aposta nos produtos com qualidadee rarosSócio-gerente da ‘PortuguesesLands’, Paulo Velho manifestou-seentusiasmado com os encontros emque participou em Paris. Comerciantede produtos alimentares na sua maio-ria biológicos, explicou que a em-presa começou por representar 9produtores do Interior no ano pas-sado. “Inicialmente começámos com

o azeite biológico familiar, temos aliásum lagar próprio. Ao comercializar oazeite biológico, apercebi-me quepodia deixar no mesmo sítio mais pro-dutos, daí a criação da ‘PortuguesesLands’ que veio representaro meuazeite e mais 8 produtores”. Vinhosdo Douro, vinhos biológicos de Freixode Espada à Cinta, azeites dumagama inferior, vinagres biológicos, ecogumelos, entre outros, eis os prin-cipais produtos que propõe na região.“Surgiu esta oportunidade de virmosa França e cá estou a defender osmeus produtores, tentar trazer os nos-sos sabores e promover a nossa regiãoao mesmo tempo”, disse com orgu-lho.Segundo o empresário guardense, osprodutos têm duas particularidades,“são de pequenos produtores por-tanto são raramente banalizados e emPortugal dá-se-lhe muito valor porquea loja da frente não tem igual. E eucostumo respeitar quando deixo numsítio já não deixo nas proximidades. Edepois em termos de quantidades,tento respeitar de forma uma vezmais a não banalizar os produtos”.Paulo Velho acrescentou ainda quesão produtos de “nicho de mercado,muito procurados”. Finalmente estasaída da terra agradou ao empresárioque apreciou bastante o contactocom os patriotas em Paris. “Já traba-lho com 22 lojas em Portugal agorasó falta aqui em França. Espero quedê os seus frutos”, contudo admitiunum primeiro tempo ter que rever arotulagem dos seus produtos segundoa lei francesa, mas disse estar prontoa conquistar o mercado em França.

Clube Business Angels promove riquezas da Guardapara captar investimentosRicardo Moura, Presidente do Clubede Business Angels da Guarda referiuque a sua função é tentar ajudar em-presários de todo o lado a tentar in-vestir na região. Assim como sendoele empresário na área da consulto-ria tenta ajudar as empresas que vãopara Portugal obterem as comparti-cipações dos fundos comunitários eajudá-las a desenvolver modelos denegócio. “Somos um clube recente,criado em finais de 2014, no qualassumi a presidência um ano de-pois”.Um Business Angel é alguém queacredita num projeto que lhe apre-

sentam numa ideia que tem de serdesenvolvida e apoia essa mesmaideia. Os Business Angels “são enti-dades profissionais que apostam emáreas de negócio que já conhecem ese houver boas iniciativas elasdevem ser suportadas e o facto deaparecer um business Angel a apoiarum determinado negócio, isso só ali-cerça a rapidez com que essemesmo negócio vai ser um sucesso”.Ricardo Moura disse ainda que sepode beneficiar dum potencialenorme, “quando olhamos para Por-tugal e vemos que a maior parte dapopulação está encostada ao litorale nós estamos encostados à fronteiracom espanha, ainda gostava desaber o que é que é o litoral para aEuropa? Estamos muito mais próxi-mos quer de Espanha, quer do restoda Europa, temos acessos ferroviá-rios e rodoviários muito bons”, afir-mou. O consultor apontou tambémpara os custos de terrenos muito bai-xos, relembrando que neste mo-mento têm os apoios comunitáriosque poderão ser ainda utilizadosaté 2020. “Portanto quem quiserutilizar os recursos que tem naGuarda para produzir e exportardeve aproveitar sem sombra de dú-vida. Estamos na Guarda mas po-demos satisfazer as necessidadesque têm no mercado, somos bons aproduzir, somos bons a acolher, aofim e ao cabo somos capazes de pro-duzir em qualquer parte do mundo eo exemplo da diáspora é perfeita-mente esta realidade, nós somosbons, precisamos ter é mercado»,declarou ao LusoJornal.

Fumeiros da Guarda semprea inovar com novos saboresPara Miguel Espírito Santo, Adminis-trador da empresa Fumeiros daGuarda, esta foi a primeira missãoempresarial fora de Portugal. Con-fiante que trará os seus lucros, o res-ponsável acredita que tem produtosde qualidade para satisfazer o mer-cado francês. Temos toda a gama deenchidos, de presuntos, temos agorauma nova gama de enchidos deperú, que estamos a tentar colocarno mercado (chouriços e paio, etc).Miguel Espírito Santo diz apostarcada vez mais na novidade, para sairdos produtos tradicionais. “Os nos-sos produtos são caseiros e de qua-lidade com sabores únicos, há

clientes que preferem umas regiõesou outras, nós aqui estamos a venderclaro a nossa região”.Porém sublinhou que ia manter amesma linha de produtos que emPortugal. “Não vou produzir produ-tos específicos para o mercado fran-cês, mas teremos que respeitar claroa rotulagem e outros parâmetrospara podermos proceder à venda nomercado francês”, reconheceu.Fumeiros da Guarda iniciou a tradi-ção em 1978 numa pequena salsi-charia onde preparava os seusprodutos utilizando os ingredientesusados pelos seus antepassados ecom métodos artesanais caracterís-ticos da região da Guarda, tão ricaem fumeiros. Depressa sentiu a ne-cessidade de alargar a gama de pro-dutos mantendo sempre a tradição equalidade. “Os nossos produtos sãoproduzidos segundo as mais exigen-tes condições de higiene e segu-rança alimentar garantindo aocliente e consumidor final um pro-duto seguro e de qualidade supe-rior”, apontou ao LusoJornal.

Maria da Conceição Bovetpronta para ajudar e investirEmpresária na área alimentar, parti-cipou na missão empresarial emParis, mas não veio de Portugal.Maria da Conceição Bovet, é proprie-tária também duma rede de salõesde cabeleireiro em Genebra, naSuíça. Foi por amizade por Jean Pinae carinho pela região da Guarda quedecidiu ajudar na dinamização destaregião da Beira. “A primeira vez quefui à Guarda para participar numjantar de confraternização, fui muitobem acolhida e quis investir na re-gião”, começou por declarar. Mariada Conceição Bovet foi convidadapelo empresário Jean Pina parapoder vender vinhos, queijos e baca-lhau e apoiar os empresários portu-gueses. “Para mim não existemcoisas impossíveis, desafios temosdurante toda a vida, eu e o meu ma-rido estamos dispostos a investir naGuarda. Gosto de ajudar, e esta açãoparece-me ser interessante, quantoao dinheiro ganha-se e perde-se”,diz a sorrir.Sobre a visita empresarial, a empre-sária diz estar satisfeita e tirar sinaispositivos. “É com coração que faze-mos isso, tanto em Portugal comonoutros países”, referiu.

Missão da Guarda em Paris

Por Clara Teixeira

Bárbara AvelinoEncosta Tour

Leonor FonteColmeia da Beira

Paulo Velho Portuguese Lands

Ricardo Moura Clube Business Angels

Miguel Espírito Santo Fumeiros da Guarda

le 23 mars 2016

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10 Comunidade

emsíntese

Remessas deemigrantes caíram mais de21% em janeiro

As remessas dos trabalhadores por-tugueses no estrangeiro caíram21,4% em janeiro deste ano compa-rativamente com o primeiro mês doano passado, diminuindo de 261,9milhões de euros para pouco mais de205 milhões de euros.

Nathalie Kosciusko-Morizetveut que les jeunes parisiensapprennent leportugais

Nathalie Kosciusko-Morizet, Jean-Di-dier Berthault et les élus du groupeLes Républicains au Conseil de Parisvont déposer un Vœu «relatif à l’ap-prentissage du portugais dans lecadre de la politique périscolaire de laVille de Paris» lors de la Séance duConseil de Paris des 29, 30 et 31mars 2016.«Les élus du groupe Les Républicainsémettent le vœu que: La ville de Pariss’engage à proposer aux jeunes pari-siens qui le souhaitent la possibilitéd’étudier la langue portugaise dans lecadre des ateliers périscolaires desmardi et vendredi et ce dès la rentréeprochaine» dit le document.

Conferência deMouette Barboffem Lisboa

No âmbito do evento “Goût deFrance”, que terá lugar no mundo in-teiro a 21 de março, a Embaixada deFrança em Portugal organizou umaconferência sobre “Os grandes clás-sicos da pastelaria francesa”, que foiapresentada por Mouette Barboff,doutorada em etnologia e antropolo-gia social pelo EHESS de Paris e fun-dadora da associação “A Europa,Civilização do Pão” a fim de dar a co-nhecer melhor esta componente es-sencial da gastronomia francesa.O evento teve lugar na semana pas-sada, dia 15 de março, no Auditóriodo Instituto Superior de Economia ede Gestão (ISEG), em Lisboa.A Conferência, realizada em francêse com entrada livre, foi seguida deuma degustação de pastelaria tradi-cional francesa, acompanhada poruma taça de champanhe. Esta foitambém uma oportunidade paraapreciar a exposição de fotografia“Arts&Food”, apresentada pela Em-baixada de França e pelo InstitutFrançais du Portugal, em parceriacom o ISEG.

lusojornal.com

‘Le Cœur d’Elsa’ revient à la boutique Ephémère

Après le gros succès de la boutiqueEphémère au mois de février, ElsaLopes ouvre de nouveau les portes dela boutique du 22 mars au 3 avril àSucy-en-Brie (94).Créatrice de la marque ‘Le Cœurd’Elsa’, la jeune portugaise proposedes produits divers: du linge de mai-son élégant, des collections de qua-lité supérieure qui vous plongerontau cœur d’un pays de caractère et desensualité. ‘Le Cœur d’Elsa’ vous pro-

pose plusieurs collections de grandsdesigners et des marques innova-trices des pièces de décoration origi-nales faites main, ou encore desbijoux. «Je reviens car ce concept medonne l’opportunité de faire connaî-tre mon travail et après la réussite dumois dernier j’apporte des nouveau-tés».Après un aller-retour au Portugal,Elsa Lopes nous séduit notammentavec 3 collections de linge de maisonidéales pour le printemps et pourcette période de Pâques. De la vais-

selle en grès, une nouvelle collectionde meubles, puis toute une ligne devêtements et des sacs à main inspi-rés dans le folklore. «Ce sont despièces d’artisanat de qualité et detrès bon goût».Déterminée et confiante Elsa Lopesespère conquérir un public fidèle etqui sait pouvoir vendre ses articles aucœur de Paris.

La Boutique Ephémère9 rue de la Porte94370 Sucy-en-Brie

À Sucy-en-Brie

Par Clara Teixeira

Visitportugal.com melhor site internet deTurismo pelos internautas francesesNuma cerimónia onde participarammais de 600 profissionais do turismoem Paris e as mais prestigiosas empre-sas francesas do setor, o Turismo dePortugal, pelo seu representante emFrança, Jean-Pierre Pinheiro, recebeuo Travel d’Or de site internet preferidodos Franceses na categoria Offices deTourisme.“O destino Portugal está a bater todosos recordes em França, e este reco-nhecimento prestigioso vem recom-pensar o trabalho do Turismo dePortugal em termos de comunicaçãodigital. O site Visitportugal é uma vi-trina e trabalhamos diariamente comequipas de grande qualidade na sededo Turismo de Portugal em Lisboapara fazer de Visitportugal.com uma

referência. O nosso site registou meiomilhão de visitantes em 2015, dosquais cerca de 100.000 Franceses,nosso principal mercado estrangeiroem termos de consulta do Visitportu-gal.com”.Já a página Facebook de Visitportugalconta mais de 1 milhão de fãs. Os su-portes digitais têm sido uma forteaposta do Turismo de Portugal. “Esteprémio motiva-nos para continuarmosos nossos esforços no digital e fazer-mos ainda melhor. Fico muito orgu-lhoso deste reconhecimento neste galaque contou com os principais dirigen-tes da indústria turística francesa”.Estavam em concurso mais de 20sites internet oficiais de destinos es-trangeiros.

Cerimónia dos Travel d’Or

Empresas francesas em Portugal geraram 10 mil milhões de euros de negócio em 2015O Secretário de Estado francês do Co-mércio Externo, Matthias Fekl, dissena semana passada que as 700 em-presas francesas presentes em Portu-gal geraram cerca de 10 mil milhõesde euros em 2015 e são responsáveispor 60 mil empregos.“Há 700 empresas francesas em Por-tugal, 60 mil postos de trabalho cria-dos por essas empresas, cerca de 10mil milhões de euros de volume denegócios francês em Portugal e cercade 10 mil milhões de euros de trocasentre os nossos dois países em2015”, disse em Lisboa MatthiasFekl, na 4ª Conferência EconómicaFranco-Portuguesa sobre o “Contri-buto do Investimento Francês para oCrescimento Português”, que decor-reu em Lisboa, com o apoio da CaixaGeral de Depósitos.O Secretário de Estado francês do Co-mércio Externo, da Promoção do Tu-rismo e dos Franceses do Estrangeirofrisou que estes números “mostrambem a intensidade” da relação entreos dois países e afirmou que a mesma“pode aumentar ainda mais no fu-turo”.Por seu lado, o Ministro do Planea-mento e das Infraestruturas, PedroMarques, sublinhou o reforço do in-vestimento francês em Portugal noperíodo de “mais profunda” crise eco-nómica.

“O reforço da presença do investi-mento francês em Portugal aconteceunum período difícil, de crise econó-mica profunda”, disse Pedro Mar-ques. O Ministro destacou “aimportância ainda maior” do investi-mento francês em Portugal nos últi-mos anos.“Houve muitas empresas francesasque apostaram e investiram em Por-tugal e, ao criarem emprego no nossopaís, também reforçaram as nossascondições para passar pela crise, commenos consequências sociais”, afir-mou.Pedro Marques disse que “o investi-mento francês já criou em Portugaldezenas de milhares de posto de tra-balho” e que é por aí que o Governoquer continuar.O Ministro afirmou ainda que o Go-verno vai “continuar a trabalhar paramanter o mesmo ritmo de apoio ao in-vestimento”, garantindo que “os fun-dos europeus ao dispor” de Portugal“vão estar rapidamente ao serviço doapoio ao investimento”.Quem também sublinhou a importân-cia do investimento francês em Por-tugal foi o Embaixador de França nopaís, Jean-François Blarel. “A pre-sença francesa, muito antiga, temuma grande importância na economiaportuguesa, representa 3,6% do valoracrescentado gerado pelas empresas

não financeiras em 2014, o que fazcom que França seja agora o principalinvestidor estrangeiro em termos devalor acrescentado gerado em territó-rio português”, disse Jean-FrançoisBlarel.O diplomata salientou que os resulta-dos “também são significativos” emtermos de emprego, exportações oude inovação. “Esta presença reforçou-se ainda mais desde há cinco anos,apesar da crise que o país atravessou,ao contrário do que aconteceu com osnossos concorrentes”, disse.Em destaque estiveram os investi-mentos da Vinci, que adquiriu a ANA- Aeroportos de Portugal em 2013, eda Altice, através da compra da PTPortugal no ano passado. Aindaassim, o diplomata fez questão dedizer que “estas árvores não devemesconder a floresta”, dando enfoque“à diversidade dos investimentos fran-ceses para o crescimento português”.O anfitrião da conferência, a CaixaGeral de Depósitos (CGD), através doseu Presidente executivo, José deMatos, falou sobre a presença dobanco em França e aproveitou paraafirmar a importância “de toda ativi-dade de investimento estrangeiro emPortugal”, seja francês ou de outrasorigens. “A CGD está presente emFrança desde 1975, através de umasucursal da Caixa. Somos em França

o maior banco português, temos 48agências, e o segundo maior bancoestrangeiro com maior rede de retalhoe a sucursal assume-se como bancode referência à Comunidade portu-guesa”, disse José de Matos.O Presidente da CGD abordou tam-bém a questão das exportações portu-guesas para França, que em 2015aumentaram mais de 7%, para 6,42mil milhões de euros, assim como asimportações, que atingiram os 4,431mil milhões, representando uma su-bida de 6,4%. França é segundomaior cliente de Portugal e terceirofornecedor do país. “O investimentofrancês em Portugal registou em2015 um ano muito positivo face aosanteriores”, disse, dando como exem-plos os investimentos realizados emdiversos setores, como as comunica-ções, automóvel, aeronáutico, imobi-liário ou agrícola.Os Governos português e francês afir-maram que há dezenas de novos in-vestimentos franceses em vista emPortugal, em diversos setores, como aindústria e os serviços. “Temos muitosprojetos para Portugal e, portanto, nãovou adiantar tal ou tal projeto, porqueexistem dezenas de projetos queforam abordados no âmbito destefórum económico”, avançou o Secre-tário de Estado francês do ComércioExterno, Matthias Fekl.

Alexandre Nestora

le 23 mars 2016

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Comunidade 11

Feira de produtos portugueses em Nanterrevoltou a ser sucesso

A Feira de produtos portugueses deNanterre voltou a ocupar, pelo 13° anoconsecutivo, o Espace Chevreul, na-quela cidade, e voltou a ser um su-cesso, tanto em termos de público,como em termos de negócio.O princípio é o mesmo desde a pri-meira edição: 20 municípios estavamrepresentados e trouxeram a Nanterreaquilo que de melhor têm, desde os vi-nhos aos enchidos, passando pelosqueijos, azeite e artesanado.A organização está a cargo da Associa-ção recreativa e cultural dos origináriosde Portugal (ARCOP) de Nanterre, co-letividade presidida por Manuel Brito.A novidade deste ano foi a presençade mais dois municípios: Melgaço ePombal. “Apertámos mais um pouco,criámos mais um espaço central econseguimos aceitar mais dois muni-cípios, mas sabemos que temos pelomenos uns 10 que tivemos que rejei-tar por falta de espaço” disse ao Lu-soJornal o Presidente Manuel Brito.A falta de espaço é um problema re-corrente há muitos anos. A soluçãopassa por ocupar um novo complexomunicipal que está agora em constru-ção. Há anos que está prometido, masa construção tem sido demorada. “Es-távamos a prever ocupar esse espaçoem 2017, mas as obras estão nova-mente paradas e talvez ainda não sejano próximo ano que vamos mudarpara lá” confessou Manuel Brito. Sairde Nanterre para outra cidade “estáfora de hitótese” diz radicalmente oPresidente da coletividade. Fazer aoar livre, mesmo se mais para o verão,também “seria arriscar demais porquepor aqui, nunca se sabe quando choveou quando está bom tempo. Podia-mos deitar tudo por água abaixo” ar-gumenta Manuel Brito.A Feira tem pois de continuar comesta fórmula.Na sexta-feira foi feita a inauguraçãocom a presença de uma boa parte dosautarcas que vieram de Portugal, mastambém dos Deputados Carlos Gon-çalves (PSD), Paulo Pisco (PS) e Carla

Cruz (PCP), do Cônsul Geral de Por-tugal em Paris, António Moniz e doPresidente da Câmara de comércio eindústria franco-portuguesa (CCIFP),Carlos Vinhas Pereira.A cerimónia foi presidida pelo Mairede Nanterre, Patrick Jarry, “grandeamigo de Portugal e dos Portugue-ses”.Tanto o Cônsul Geral como os três De-putados portugueses, agradeceram aoMaire de Nanterre pelo apoio que temdado à Comunidade portuguesa e emparticular à ARCOP. “A França é o se-gundo parceiro comercial de Portu-gal. Tudo o que possa contribuir paramelhorar ainda mais esta situação, émuito útil” disse o Cônsul Geral.“Mas esta também é uma forma dePortugal estar mais próximo dos Por-tugueses que estão cá fora e dos seusamigos”.Esta foi a primeira vez que AntónioMoniz foi à Feira de Nanterre, “masprometo voltar nos próximos anos”.O Deputado Paulo Pisco explicou que“há aqui um ambiente especial,como se estivessemos na nossa terra.

Vir aqui, ter acesso aos produtos re-gionais, encontrar amigos e falar comeles, é bem caraterístico desta feira.Aqui sentimos o sentido de comuni-dade”.Também o Deputado Carlos Gonçal-ves destacou que “aqui fica demons-trada a forma como nós vemosPortugal. Esta festa foi organizadapara que nós possamos dar o nossocontributo para a economia regionale local e Portugal tem os resultadosque tem em termos económicos,também graças ao nosso contributo”.O Partido Comunista não tem Depu-tados eleitos pela emigração, mas“compete-nos a nós virmos aqui, sen-tir quais são os vossos problemas,para depois tentarmos resolvê-los emLisboa” disse no seu discurso a De-putada Carla Cruz, que também valo-rizou a presença dos Presidentes deCâmara e demais autarcas. “O poderlocal tem um papel importante no de-senvolvimento do país”.“Esta feira traz-vos um pouco do quedeixaram no nosso país. É por isso queo PCP faz questão de aqui estar. O país

precisa de dar apoio e respeitar as Co-munidades portuguesas, temos decontinuar a dar e aprofundar a nossalíngua e a cultura portuguesa”.Durante os três dias, a feira tambémfoi festa. O serão de fados organizadona sexta-feira à noite e transmitido emdireto pela rádio Alfa, foi mais um su-cesso. “Temos cada vez mais france-ses” constata Manuel Brito.No sábado à noite, a sala foi transfor-mada num baile popular, animadodesde a primeira edição pelo grupoRokonorte, um ex-libris do norte dePortugal.Manuel Brito gostava que as Câmarasmunicipais apostassem mais nos pro-dutos culturais, “por exemplo artesa-nato e livros, para não trazerem todosos mesmos produtos”. Mas cada mu-nicípio escolhe os produtos que querpromover, como é o caso da CâmaraMunicipal de Montalegre, presentedesde a primeira edição.“Na altura viemos com espírito deaventura, tentar perceber o que eraesta feira e encontrámos que havia es-paço para desenvolver a economia

local” disse Orlando Alves ao LusoJor-nal. “Sentimos que havia aqui espaçopara ajudar a economia local e paraque as pessoas que aqui vêm se sin-tam verdadeiramente empresários eque tenham espírito empresarial. Oque falta fazer é dar dimensão, darescala às coisas e este é um espaçoideal”.A Feira é completamente autofinan-ciada. “Antes de iniciarmos o evento,a associação já tem 70.000 euros dedespesas” explica Manuel Brito.“Temos ótimas relações com o Maireque nos ajuda muito, mas este es-paço, mesmo se é municipal, é geridopor uma empresa privada. Pagamos10.500 euros de aluguer por estestrês dias” disse ao LusoJornal.Por isso é importante a contribuiçãodas autarquias que alugam os stands,o baile e a note de fados, o bar e asmilhares de refeições que são servi-das durante os três dias e confeciona-das por voluntários. Por isso tambémé importante a participação de em-presas como a Caixa Geral de Depó-sitos. Rui Soares, o Diretor Geral daCGD esteve em Nanterre no domingoe discursou na cerimónia de encerra-mento.“Orgulho-me que os amigos de Nan-terre tenham criado esta feira. Umafeira que foi crescendo e nós cresce-mos juntos” disse no seu discurso Pa-trick Jarry, Maire de Nanterre. “Maseste é sobretudo um evento que des-taca a amizade entre Nanterre e Por-tugal. Os amigos portugueses que seinstalaram em Nanterre há muitotempo, fundaram famílias, construi-ram casas, criaram empresas, efazem parte integrante da cidade. Epara que numa cidade toda a genteviva com conjunto e em harmonia,temos de fazer com que cada um sesinta bem. Os amigos de Portugalserão sempre benvindos a Nanterre”concluiu.O folclore, as rusgas, os cantares àdesgarrada, a atuação da Banda Filar-mónica Portuguesa de Paris,... vieramprovar que mais do que uma Feira,este evento é também... uma Festa.

Organizada pela associação ARCOP

Por Carlos Pereira

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LusoJornal / Mário Cantarinha

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12 Cultura

lusojornal.com

Trio Pangea cherche a financer son nouveau CDLe Trio Pangea vient de lancer unecampagne de financement participatifpour l’édition d’un nouveau CD demusique portugaise, avec les trios deLuiz Costa, Cláudio Carneyro et SérgioAzevedo.

Qui compose Trio Pangea?Le Trio Pangea est formé de AdolfoRascón Carbajal, violoniste espagnol,de Bruno Belthoise, pianiste françaiset de Teresa Valente Pereira, violon-celliste portugaise. Chacun des troismusiciens se sent profondément lié àsa terre d’origine. De tous ces mé-langes culturels est né un échange vi-vant et musical qui constitue notrepropre identité en tant que groupe demusique de chambre.

Comment vous êtes-vous rencontré?Teresa et Bruno se connaissent depuisplus de 20 ans. Bruno a découvert en1991 la culture et la musique portu-gaise pour laquelle il a développé unevéritable passion. Teresa a connuAdolfo plus tard à l’Ecole SupérieureReine Sophie de Madrid. Ils ont jouéensemble de la musique de chambreet l’idée de se rassembler pour formerun trio est venue naturellement. Il y adéjà presque 10 ans…

Avec quel objectif?Dès la formation, l’un des principauxobjectifs du Trio Pangea a été de faireconnaître le répertoire des XXème etXXIème siècles et notamment la mu-sique portugaise. Parallèlement, nousaimons toujours explorer les grandstrios du répertoire pour développer nospropres interprétations.

Quels compositeurs pouvons-nousécouter dans ce CD?Dans ce premier CD, on peut décou-vrir les trios de Luiz Costa, CláudioCarneyro et Sérgio Azevedo, ce dernierétant dédié au Trio Pangea. Le trio deLuiz Costa (1937) se caractérise parson romantisme et sa forme très clas-

sique. Il suscite toujours l’enthou-siasme du public! Le trio de CláudioCarneyro (1928), composé avant celuide Luiz Costa, est plus expérimentalet libre, en trois mouvements extrê-mement différents. Enfin, le «Huk-valdy Trio» de Sérgio Azevedo (2013)est construit à partir d’un fragmentd’une œuvre de Janacek.

Le choix a été facile?Nos critères pour choisir les composi-teurs sont très divers. Chaque trio re-présente un courant esthétiquedifférencié. Chaque CD de l’antholo-gie, conçue pour Naxos, comporteraune commande du Trio Pangea à uncompositeur portugais actuel. Joindreces différences musicales dans unseul CD fait partie du projet, lescontrastes qui en naissent font partiede ce projet anthologique.

Et, que pense Adolfo Carbajal de lamusique portugaise?Pour Adolfo, la musique portugaise aété une grande découverte, une mu-

sique originale et intense, capable des’exprimer à travers une grande pa-lette de couleurs et d’émotions. Il y ades compositeurs très intéressantdans la première moitié du XXèmesiècle et qui méritent toute notre at-tention.Son premier contact avec la musiqueportugaise s’est passé à Alfama, dansl’une de ces merveilleuses maisonsde fado à l’occasion d’une nuit ma-gique de Lisboa. Quelle meilleurefaçon pour devenir un passionné demusique portugaise?

Le trio a conquis les publics dans di-vers pays. A quoi attribuez-vous cesuccès?Le trio Pangea a toujours voulu ancrerd’abord ses racines dans le grand ré-pertoire pour trio: Haydn, Beethoven,Fauré, Debussy, Schumann… Depuis10 ans, nos concerts ont eu lieu enEurope: France, Espagne, Portugal etBelgique. En parallèle, les collabora-tions avec des compositeurs d’au-jourd’hui comme Emmanuel Hieaux,

Alberto Colla ou Sérgio Azevedo nousont beaucoup apporté sur le plan ar-tistique. C’est avec la musique portu-gaise que le Trio Pangea a le plusattiré l’attention du public et prouveque cette mise en valeur des triosportugais comble une attente signifi-cative. Des projets sont en cours pourdes concerts hors d’Europe.

Comment le projet a été reçu par lelabel Naxos?La proposition du Trio Pangea pourconstruire une anthologie de musiqueportugaise a été très bien reçue parNaxos. Le projet Portuguese Trios An-tology Projet est le seul projet disco-graphique d’envergure qui permettrade mettre la musique de chambreportugaise sur la scène internatio-nale. Le projet n’existe que par la vo-lonté et le financement de notreensemble. Toutes les dépenses deproduction du prochain Master (loca-tion, enregistrement, montage etmastering) sont à la charge du TrioPangea, auxquelles s’ajoute le finan-cement de la commande d’un nou-veau trio composé pour le volume 2.Naxos ne reverse aucunes royaltiesaux interprètes. Malgré cescontraintes, nous croyons que le pro-jet est essentiel pour la diffusion dela musique portugaise dans lemonde.

Comment les fans peuvent-ils soute-nir le projet?Pour garantir la poursuite du projet,nous devons atteindre 3.000 eurosavant le 12 avril prochain. Nousavons donc plus que jamais besoindu soutien du public grâce au finan-cement participatif. Nous avons crééune campagne de crowdfunding. LeTrio Pangea invite donc les passion-nés de musique à s’associer pourcontribuer à ce projet qui ne pourracontinuer qu’avec le soutien de cha-cun. Nous avons vraiment besoin del’appui (même modeste) de tous!

http://ppl.com.pt/pt/prj/trio-pangea

Musique classique

Par Ricardo Vieira

«Resistência poética - viagens na lusofonia»

O espaço cultural internacional da as-sociação Kotopo, situada no bairroCroix Rousse, na cidade de Lyon, foipalco de um concerto dedicado à lu-sofonia, onde Portugal, Brasil e An-gola estiveram representados comcanções, textos e poesias, no sábadopassado, dia 19 de março. Elza Gon-çalves, jornalista, e visivelmente apai-xonada pela cultura lusófona, crioucom amigos este conceito cultural, ameio caminho entre um concerto mu-sical, uma conferência e declamaçãode poesias.“À partida estaria só com a minha es-pecialidade, a poesia, mas finalmentetambém vou cantar. O que vamosfazer aqui é como um teste e depoisse funcionar, quero fazer ainda mais,com mais países lusófonos do que ostrês que hoje aqui vamos apresentar”disse Elza Gonçalves ao LusoJornal.Os músicos que animaram a parte

musical foram André Costa no bando-lim, Pablo Oassando na guitarra clás-sica, François Fernandes com músicaeletrónica e Sara Vandervilts naflauta. “Escolhi estes locais, aqui naassociação Kotopo, porque os encon-tro muito acolhedores e também por-que é um espaço multicultural muitodiverso. Eles aceitaram na sua progra-mação este nosso espetáculo e é oque está a acontecer” disse ao Luso-Jornal.O público, essencialmente francês,gostou do espetáculo, e Elza Gonçal-ves teve o cuidado de traduzir os poe-mas e os textos lidos ou declamados.As canções interpretadas por Pablo eElza, eram de Carlos Drumond, ZecaAfonso, Sérgio Godinho, Chico Buar-que e Pixinguinha. Uma experiênciamuito positiva que certamente darálugar a outras do mesmo, com assi-natura de Elza Gonçalves, que no sá-bado passado fez novidade na cidadede Lyon.

Um projeto de Elza Gonçalves em Lyon

Por Jorge Campos

“A Praça da Canção”, de Manuel Alegre

No pas-sado mêsde feve-reiro, Ma-n u e lA l e g r eparticipouem doiseven tosque co-memora-vam os50 anos

da publicação do seu livro de poemas“A Praça da Canção”: um em Lou-sada, onde o poeta esteve escondidoantes de partir para o exílio, e outroem Oeiras, a propósito de livros proi-bidos, como “A Praça da Canção”,mas também “O Canto e as Armas”,os primeiros livros de Manuel Alegre,que circulavam cladestinamente emcópias manuscritas.Nascido em Águeda, em 1936, Ma-nuel Alegre é um dos poetas portu-gueses mais conhecidos atualmente.Construiu uma obra rica e variadaonde a condição de exilado ocupaum lugar central. Em abril de 1963,na sequência de uma tentativa degolpe de Estado cujo objetivo era der-rubar o regime em Luanda, foi presoe entregue à PIDE. Mais tarde,conseguiria passar clandestinamentea fronteira a caminho do exílio (Argel,Paris). Durante os anos 60, partilhoua vida com os seus compatriotas emi-grantes no célebre “bidonville” deChampigny-sur-Marne, perto deParis. É autor de várias recolhas depoemas que se referem a este pe-ríodo. Numa entrevista a Daniel La-cerda (“Latitudes”, set. 2008), o autorafirma: “O destino de Portugal está li-gado à França desde o início. Pelahistória, pela cultura, pelos afetos,pelo que representa politicamente. AFrança também deve muito aos tra-balhadores portugueses emigrados”.Manuel Alegre foi Deputado europeu,Vice-Presidente da Assembleia daRepública e, em 2011, foi candidatoàs eleições presidenciais.Lirismo e epopeia são as duas cara-terísticas fundementais dos poemaspublicados em “A Praça da Canção”.Através de trovas, odes, sonetos, ba-ladas, canções ou elegias, o poetatranforma o “eu”- lírico (inspirado deexperiências concretas: a guerra co-lonial, a prisão, o exílio) num “nós-épico e coletivo. Fazem parte destelivro poemas bem conhecidos, como“Trova do vento que passa”, “Trovado emigrante”, “A rapariga do país deabril” ou “Corpo renascido”, do qualtiramos estes versos: “Cantando écomo se dissesse: estou aqui / namultidão que está dentro de mim”.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

LusoJornal / Jorge Campos

le 23 mars 2016

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Cultura

Missa Grande de Marcos Portugal dans le Nord

Les villes de d’Arras, Douai et Carvin,respectivement les 11, 19 et 20mars, ont pu assister à trois concertsd’exception, interprétés par l’ensem-ble vocal La Cantarella d’Arras. Pourfêter ses 30 ans d’existence, le choixs’est porté sur l’œuvre magistrale,‘Missa Grande’ de Marcos Portugalpour cœur, soliste et continuo. Pourdiriger l’Ensemble de 67 choristes,Thomas Flahauw. Les arrangementsont été du musicologue António JorgeMarques.Marcos Portugal (1762-1830), quipendant un siècle et demi a été ou-blié, est probablement le plus grandcompositeur de musique classiqueau Portugal par la qualité de ses œu-vres, mais aussi par sa quantité. Onrécence plus de 40 opéras, 150œuvres sacrées, sans parler desœuvres profanes. Il a égalementécrit le premier hymne national duBrésil et un chant patriotique pourle Portugal.Le musicologue António JorgeMarques, travaille sur cet auteurclassique majeur depuis de nom-breuses années et a publié en 2012un travail de plus de 1.000 pages quia pour titre: «L’œuvre religieuse deMarcos Portugal».La ‘Missa Grande’ est composée de18 morceaux et a été écrite à l’âgede 20 ans par Marcos Portugal. C’estune création «vive, ardente, très re-présentative de la culture musicaleextra-européenne de son époque…entre musique et liturgie, elle pro-pose de surprenantes et belles sono-rités en montrant en particulier debelles alliances entre chœurs et so-listes». La version jouée à Douai a étéréécrite de façon à pouvoir être lue etinterprété par des solistes et cœursde notre temps.Profitant de la venue d’António Jorge

Marques dans le Nord, le grand spé-cialiste de Marcos Portugal, LusoJor-nal a voulu en savoir plus sur cesdeux personnages:

À quoi doit-on votre venu à Douai età Carvin?Je suis musicologue et j’ai fait unethèse sur l’œuvre religieuse de Mar-cos Portugal qui a été publiée au Por-tugal et au Brésil. C’est moi qui aiédité et transcrit à partir du manus-crit, la présente version de ‘MissaGrande’ que La Cantarelle a inter-prété ce soir. Ma passion pour Mar-cos Portugal ma conduit ici car j’aivoulu écouter la version que j’ai tra-vaillée. C’est pour moi un grand évè-nement, plein d’émotion, d’assister àces représentations.

Comment peut-on décrire MarcosPortugal, cet inconnu?Les choses sont en train de changertrès rapidement. Il y a un grouped’études à l’Université Nova de Lis-

boa qui a comme projet Marcos Por-tugal. Je fais partie de ce groupe quia pour mission de faire connaitre lavie et l’œuvre de Marcos Portugal.Grande partie de mon travail est deréécrire la biographie de cet auteurqui est pleine de fautes et men-songes. J’ai été aux sources primairespour recueillir les informations cor-rectes. Il est vrais que l’œuvre deMarcos Portugal, pour pouvoir êtrechantée, il faut faire tout un travailde réécriture, pour passer des ma-nuscrits vers des notions plus mo-dernes et ainsi être adapté à certainstypes d’instruments et pour que leschanteurs et choristes puissent, denos jours, interpréter ses composi-tions. Ce travail de recherche etd’adaptation permet par ailleurs lapréservation de ce patrimoine Luso-Brésilien. Marcos Portugal a été ap-pelé par le Prince Régent du Brésilpour y travailler et composer pour laCour. Il a décédé au Brésil en 1830.Ma version de ‘Missa Grande’ a par

ailleurs été enregistrée par le Coro deCâmara de Lisboa en 2009 et par leChœur d’Echelle de Paris. D’autresœuvres ont été enregistrés de MarcosPortugal. Il s’agit de ‘Matinas deNatal’, sous la direction de José Alvesda Silva, ainsi que deux opéras. Mar-cos Portugal mérite d’être connu, cardans l’histoire de la musique clas-sique portugaise nous n’avons pas unautre auteur aussi prolifique. Il a écrit40 opéras et presque 200 œuvres re-ligieuses. En termes absolus MarcosPortugal est le compositeur classiquele plus fameux que Portugal a eu. Il amême travaillé en Italie, aux racineset patrie de l’opéra, là où le marchéest très exigent, et ceci pendant sixans et demi, à partir de 1793. SesOpéras comiques sont partie d’Italieet ont rayonné sur toute l’Europe. Il atravaillé et écrit 10 Opéras, tout spé-cialement pour la super star del’époque, Eugène Catalani. Moinsprécoce que Mozart, qui a commencéà écrire à 6 ans, nous savons que la

première œuvre de Marcos Portugal aété écrite à 14 ans.

Quelle est la situation de la musiqueclassique actuellement au Portugal?Il y a eu énormément d’évolutionsces dernières années au Portugal. Ily beaucoup jeunes auteurs, même sipar ailleurs, le Ministère de l’Educa-tion et de la Culture donnent très peud’appuis. Au Portugal la culture etl’éducation passent souvent audeuxième plan.

Vous vivez à Londres. Sur quoi vouspenchez-vous actuellement?Mon épouse, chanteuse d’Opéra, Su-sana Gaspar, a participé au concoursCardiff en représentation du Portugalet se perfectionne en Angleterre. Jel’ai rejoint. Je fais partie du Centro deEstudos da Universidade Nova deLisboa de Sociologia e Estética Mu-sical, mon travail étant actuellementconsacré à la musique profane deMarcos Portugal.

La renaissance de Marcos Portugal par António Jorge Marques

Par António Marrucho

Fado joyeux à Bois d’Arcy

Un discours de bienvenue de João Fer-reira, Président du Centre culturelluso-français de Bois-d’Arcy, un dis-cours de soutien du Maire, la présencedu jeune et sportif Curé de la paroisseparmi les deux cent participants (unrecord pour l’association) à cette soiréede fado autour d’un sympathiquerepas dans une belle salle claire prêtéepar la Mairie, une équipe associativeattentionnée et diligente pour l’ac-cueil, le service en salle et la sonorisa-tion, pas évidente pourtant, du specta-cle: tout était en place pour une soiréede fado réussie. Et elle le fut.Conceição Guadalupe n’a pas sa pa-reille pour mettre un public dans sapoche, la fantaisie d’un virevoltantPaulo Manuel suscite vite la sympa-thie. Accompagnés par Vitor doCarmo, autre pilier du fado francilienà la viola do fado, et Lino Ribeiro à laguitare portugaise, et qui se tailla unbeau succès en fin de soirée dans unpot-pourri de chansons du folklore por-tugais, repris en cœur par la salle, JoãoFerreira en tête (il nous avait aupara-vant donné un échantillon de ses ta-lents de chanteur de fado de Coim-

bra), Conceição et Paulo ont su insuf-fler à la soirée émotions et allégresse.Le public ne s’y trompa pas, resténombreux jusqu’à une heure dumatin, lorsque les guitares se turent et

que prit fin cette neuvième édition dela soirée annuelle de fado organiséepar l’association. Nous eûmes aussi enbonus, le plaisir d’accueillir dans leclub, très sélect, des français sans fi-

liation lusophone qui chantent le fadoun nouveau, Jean-Philippe, qui suitdes cours de portugais dispensés parl’association.Ce fut dans un répertoire conforme aux

traditions que s’exprimèrent Concei-ção Guadalupe et Paulo Manuel. Onentendit ainsi notamment ‘Nem às pa-redes confesso’ et ‘O xaile de minhamãe’ (du répertoire d’Amália Ro-drigues) ou ‘A velha tendinha’ (decelui d’Herminia Silva) par Conceiçãoet, entre autres, ‘Lisboa, menina emoça’ (répertoire de Carlos do Carmo)ou le ‘Fado bolero’ de José Inácio parPaulo Manuel. Sans oublier une des-garrada humoristique ou la ‘Casa Por-tuguesa’, par les deux, ou encore, enhommage aux français présents dansla salle, ‘La maison sur le port’, versionfrançaise de ‘Vou dar de beber à dor’,par Guadalupe. Bref, des fados à lafois joyeux et familiers, qui firent beau-coup pour le succès de la soirée.Un succès qui témoigne de la vitalitéde la vie associative lusophone enFrance, et de l’intérêt croissant du pu-blic drainé par ces associations pourle fado, genre musical qui s’accordetout à fait au besoin de convivialité quise manifeste en ces temps incertains,parfois menacés par un individualismequi entrave le vivre ensemble. A Boisd’Arcy, comme en d’autres lieux, ce futune soirée de vivre ensemble, et celafait chaud au cœur.

La Canterelle dirigée par Thomas FlahauwLusoJornal / Luís Gonçalves

Thomas Flahauw et António Jorge MarquesLusoJornal / Luís Gonçalves

Conceição Guadalupe face au publicDR

Par Jean-Luc Gonneau

le 23 mars 2016

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14 Cultura

emsíntese

Festival Cinémadu Réel com dois filmes portugueses emcompetição

Os filmes “No escuro do cinema des-calço os sapatos”, de Cláudia Vare-jão, e “Fora da vida”, de João MillerGuerra e Filipa Reis, foram escolhi-dos para o Festival Cinéma du Réel,que se iniciou na semana passadaem Paris.Neste festival internacional dedicadoao documentário, o filme “No escurodo cinema descalço os sapatos”,sobre a Companhia Nacional de Bai-lado e o trabalho dos bailarinos, seráintegrado na competição de primei-ras obras.Cláudia Varejão acompanhou o tra-balho da Companhia Nacional deBailado durante um ano, recolhendoas imagens que fazem parte do do-cumentário sobre a companhia. Oquotidiano dos bailarinos, coreógra-fos, músicos, ensaiadores, costurei-ros, técnicos de luz, som e toda umavasta equipa que trabalha até levaras coreografias até ao palco ficaassim documentado pela realiza-dora.O título do filme provém de umpoema de Adília Lopes.“Fora da vida”, de João Miller Guerrae Filipa Reis, distinguido no IndieLis-boa 2015, e que nasceu de um pro-jeto da Fundação Francisco Manueldos Santos sobre o salário mínimonacional, faz parte da competição decurtas-metragens.O festival Cinéma du Réel decorreaté 27 de março, no Centre Pompi-dou, em Paris.Em 2014, o filme “Metáfora ou a tris-teza virada ao avesso”, de CatarinaVasconcelos, venceu o prémio decurtas-metragens. Nesse ano, o fes-tival dedicou ainda uma programa-ção especial ao cinema português,no âmbito dos 40 anos da “Revolu-ção dos cravos”.Em 2010, o prémio máximo do fes-tival Cinéma du Réel foi atribuído àrealizadora Susana de Sousa Dias,pelo filme “48”.

lusojornal.com

Livre sur Dan Inger avec Altina Ribeiro a étéprésenté au Consulat du Portugal à Paris

Le 17 mars dernier, le Consulat Géné-ral du Portugal à Paris a accueilli laprésentation du livre «Trois notes deBlues pour un Fado», entretiens duchanteur Dan Inger avec la romancièreAltina Ribeiro. Publié récemment parChiado Editores, c’est Yann Lavoix,journaliste de France 2, qui s’estchargé de la présentation de l’ouvrageet qui a commencé par plaisanter faceà une salle remplie, sur l’idée curieusede faire une biographie du jeune chan-teur, en encourageant cependant lesprésents à acheter le livre afin demieux connaître Dan Inger.Sa naissance à Champigny-sur-Marne,ses études, sa passion pour la mu-sique, son village d’où sont originairesses parents, Casaria, sans oublier sonamour pour ses origines, mais sanspour autant vivre dans le communau-tarisme, puis son choix de chanterdans les deux langues, le lecteur finipar connaître l’ensemble des étapesles plus importantes du chanteur lu-sodescendant.Dan Inger a avoué que malgré sonjeune âge, son passé est rempli de ren-contres diverses et surprenantes.Composé de questions-réponses et dedifférents témoignages, notamment decertaines figures importantes aussibien dans le milieu portugais que fran-çais, il coécrit ce livre avec Altina Ri-beiro, «une expérience agréable etenrichissante».Divisé en trois parties, «Trois notes deBlues pour un Fado» démarre par l’ar-rivée en France du grand père deDan, puis de ses parents ainsi sonque son parcours personnel et sa re-lation avec le Portugal et la France.

Ensuite sa première guitare, son pre-mier concours, puis son parcoursprofessionnel parsemé de momentsde doutes mais également de bellesrencontres notamment avec Rui Ve-loso, Lio, Misia, Jean Luc Reichmanet bien d’autres. Finalement lestextes des chansons les plus mar-quantes et quelques photos artis-tiques complètent cet ouvrage.Malgré son âge, bientôt 49 ans, à tra-vers ce livre Dan Inger ne cache rienet dévoile ses vrais sentiments et l’en-semble de sa vie. L’ouvrage est illustréde photos, des textes de chansons etenrichi de témoignages, de musicienset de personnalités: Yann Lavoix, Ka-rine Lima (animatrice et comédienne),Mario Scodinu (Radio Latina), Jean-Louis Bongrand (photographe), DanielRibeiro (Jornal Expresso), Carlos Pe-reira (LusoJornal) et Mário Pontifice

(Portugalmania.com). «C’est un livrepour les amis, la famille et les autrescompatriotes».Une première expérience pour AltinaRibeiro d’écrire à 4 mains. «Avec Dancela a été très agréable, je sais que cen’est pas toujours facile, moi qui suishabituée à écrire en solo».Auteur de son autobiographie, «Lefado pour seul bagage» publié en2005, Altina Ribeiro a également pu-blié en 2010 «Alice au pays de Sala-zar».Si le Folk et le Blues a la françaiseteintent les deux premiers disques deDan Inger «Vivre avec Amour» en1996 et «Au Belvédère» live sorti en1998, pour son troisième album inti-tule «Atlanticoblues» sorti en 2002,Dan se tourne avec ses invités (Lio,Jean-Luc Reichmann, MarianaRamos, Ricardo Vilas, Bévinda...), vers

les sonorités chaudes des pays luso-phones donnant un voyage musicalautour de l’Atlantique. Après le singlenumérique «Nunca fui um Anjo» pré-senté en 2006, «Le Quatrième»,album acoustique sorti en 2007, estcoproduit et coécrit par la romancièreAlice Machado et le journaliste YannLavoix. Cet opus marque un retour a lalangue française, en gardant un grosclin d’œil aux origines latines de l’ar-tiste.Depuis 2008 il est sur la route avecles spectacles «Rock n’ Momes» et«On Henri encore», en hommage a Henri Salvador.Le Consul du Portugal António Moniza félicité les auteurs et les présents sesont régalés avec le showcase de DanInger dans une ambiance chaleureuse,surtout à la suite de la participation dela jeune Júlia Ribeiro.

«Trois notes de Blues pour un Fado»

Par Mário Cantarinha

Alice Vieira veio ao encontro dos alunos da Cité Scolaire Internationale de LyonNa sexta feira dia 18 de março, a con-vite da Cité Scolaire Internationale(CSI) de Lyon e do Instituto Camões,a escritora e jornalista Alice Vieira veioao encontro dos alunos e dos pais daSecção de português daquela escolainternacional. Logo pela manhã teveum encontro com os alunos da “écoleélémentaire” e mais tarde um atelier“Como se escreve um romance”. Pelatarde, Alice Vieira falou sobre as suasoitenta obras, algumas traduzidas emmúltiplas língua pelo mundo. Assistiuà representação da peça de teatro“Leandro Rei da Hiléria” pelos alunosde 4ème sob a direção de Barbara. Nofinal respondeu aos pais e aos alunosde todos os níveis, sobre questões dasua profissão, os seus gostos, família,onde vive e como se organiza.Alice Vieira mostrou ser uma pessoamuito acessível, paciente e simpática,que deixou uma boa recordação coma sua visita, e também grande vontadenos alunos de descobrirem ainda maisas obras que escreve há já 35 anos,especialmente feitas para eles.“O meu primeiro livro, que depois deunascença a uma trilogia, foi ‘Rosa...

minha irmã Rosa’, com o qual ganheium prémio no quadro do Ano Interna-cional da Criança, em 1979. Eu nemsabia, foi o meu marido que pôs o livrono concurso e depois foram os meuscolegas de trabalho, no jornal, que mealertaram que eu tinha ganho o pré-mio. Eu sempre gostei de escrever ecomo tenho gosto de o dizer, euaprendi a ler sozinha. Ninguém liapara mim... então esforcei-me a

aprender a ler. Tudo o que era escrita,eu gostava de ler, mas o escritor quemais me fascinou e me levou a ser oque sou hoje, foi o escritor brasileiroErico Verissimo. Adorei”, contavaAlice Vieira aos alunos. “No jorna-lismo comecei com 18 anos. Aí en-contrei tudo o que eu gostava de ser.Escrever livros para os jovens e tam-bém para os adultos, surgiu depois, edurante anos fiz os dois. Mas claro,

hoje já não é como antes, pois o meufilho tratou de me aposentar. Acabeia minha carreira de jornalista no Jor-nal de Notícias. Agora ainda escrevotextos para um jornal e para uma re-vista dirigidos aos jovens, e escrevo osmeus livros, claro. O meu último tra-balho estará à venda em outubro pró-ximo, vai ser um diário de um jovempelo 5 de outubro. Gostei muito de oescrever”.Alice Vieira é natural de Lisboa, mastoda a sua família veio da região deTorres Vedras, onde ainda hoje vive ofilho.Neste dia estiveram também presen-tes, a Coordenadora do ensino de por-tuguês em França, Adelaide Cristóvão,e a nova Leitora do Instituto Camõesem Lyon, Luísa Gonçalves Dutra.“Os alunos mostram muito interessepela possibilidade de frequentarem aSecção portuguesa, em paralelo como ensino francês, e muitos até sãorecém chegados a França, vindos devárias regiões de Portugal, sobretudodo norte” disse ao LusoJornal Luís Vi-veiros, responsável da Secção portu-guesa na CSI. A Secção tem quatroprofessores - Sérgio Vieira, Sílvia Pa-redes, Ângela Batista e Luís Viveiros.

Por Jorge Campos

LusoJornal / Mário Cantarinha

Alice Vieira com os alunos que representaram a peça de teatroLusoJornal / Jorge Campos

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Cultura 15

emsíntese

Caixa Geral de Depósitos offredes billets pour le concert Gisela João

Gisela João chante le samedi 9 avril, àl’Alhambra, à Paris, dans le cadre duFestAfilm.E c’est justement dans le cadre dupartenariat au FestAfilm - Festival ducinéma lusophone et francophone,que Caixa Geral de Depósitos Franceorganise jusqu’au 26 mars inclus, unjeu concours intitulé «Assistez au con-cert de Gisela João!».Pour jouer, et tenter de remporter desbillets, il suffit de compléter le formu-laire de participation, en cliquant sur labannière du jeu accessible en paged’accueil du site Internet de la banquewww.cgd.frLes heureux gagnants seront tirés ausort le 29 mars.

Leitores de Oeirasescolhem autorpara o Festival duPremier Roman deChambéry

Os escritores Clara Ferreira Alves, He-lena Vasconcelos, Maria João Carrilhoe Eduardo Sá estão indigitados para oFestival du Premier Roman de Cham-béry, informou o Grupo de Leitores dasBibliotecas de Oeiras.Cabe a este grupo de leitores das Bi-bliotecas da vila de Oeiras e da fregue-sia de Algés escolher os candidatosnacionais ao festival literário francês,que se realiza de 26 a 29 de maio pró-ximo, cumprindo a sua 29ª edição.

“O Cônsul de Bordéus” estreianos EUA

O filme “O Cônsul de Bordéus”, ba-seado na vida de Aristides de SousaMendes, tem a 25 de março a sua es-treia comercial nos Estados Unidos, noCentro Paramount, em Boston. O filmerealizado por Francisco Manso e JoãoCorrêa será exibido seis vezes, durantetrês dias, através de uma produtora es-pecializada em cinema independente,a SPIA Media Productions Inc.“O Cônsul de Bordéus” é protagoni-zado por Vítor Norte, no papel de Aris-tides de Sousa Mendes, o diplomataportuguês que, à revelia de Oliveira Sa-lazar, o Presidente do Governo da di-tadura, atribuiu cerca de trinta milvistos a refugiados perseguidos peloregime nazi, em 1940. Do elencofazem parte ainda atores como CarlosPaulo, no papel do rabino Chaim Kru-ger, que dirigia uma Sinagoga em Bor-deaux, Leonor Seixas, Laura Roveral ePedro Cunha.

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Josepha de Óbidos da Misericórdia do Portodeverá ir ao Louvre em exposição temporáriaO quadro de Josefa de Óbidos adqui-rido pela Santa Casa da Misericórdiado Porto (SCMP) e apresentado na se-mana passada deverá juntar-se ao seupar, no museu parisiense do Louvre, noâmbito de uma exposição temporária,disse o Provedor.“Quando abrir a sala de Portugal noLouvre é previsível que este quadro vápara lá para estar numa exposição tem-porária de pintura portuguesa e é pre-visível que alguns outros quadros doLouvre possam cá vir para participarem exposições temporárias também”,afirmou aos jornalistas o Provedor daSanta Casa da Misericórdia do Porto,António Tavares, antes da apresentaçãode “A Sagrada Família com São JoãoBatista, Santa Isabel e Anjos”, com-prado em janeiro num leilão da Sothe-by’s em Nova Iorque por 228 mileuros.António Tavares realçou que “o que éimportante é esta associação entre umgrande museu com nome mundial eum museu que começou agora” comoé o Museu da Misericórdia do Porto.O Provedor da SCMP lembrou queaquela era uma data importante querpara a instituição quer para o Porto epara o país, uma vez que “é um quadroque estava fora do país e que regressaao país”.“Geralmente o que assistimos é aobras de arte a saírem do país e esta éum regresso a casa e portanto é ummomento de particular significado e

para o nosso museu também porquepassa a ter um ponto de atração maisforte que se junta à coleção que temosaqui e que se enquadra na dinâmica etemática do museu”, disse António Ta-vares.O Provedor da SCMP disse que a am-bição do museu passa pelo reforço doacervo museológico, mas, acima detudo, pelo “abrir as portas a uma formade cultura que assenta na solidarie-

dade, que tem um referencial que sãoas pessoas”.Presente no leilão em Nova Iorque, arepresentar o museu portuense e o Pro-vedor da Santa Casa da Misericórdia doPorto, António Tavares, esteve o gale-rista Filipe Mendes, também presentena sessão no Porto, que tinha apeladoa vários museus portugueses para acompra desta obra datada de 1678 eque, no ano passado, tinha adquirido

um quadro da mesma pintora, paradoar ao Museu do Louvre.Na altura, Filipe Mendes reiterou que“A Sagrada Família com São João Ba-tista, Santa Isabel e Anjos” é a obraque formaria par com “Maria Mada-lena confortada pelos Anjos”, que ar-rematou há quase um ano, também naSotheby’s, por 269 mil dólares(238.615 euros) e que já entrou noMuseu do Louvre.

Quadro tem um «irmão» em Paris

Julião Sarmento e Felipe Oliveira Baptistacriam “Marie” para Gulbenkian em ParisUma instalação criada por Julião Sar-mento, em colaboração com o designerde moda Felipe Oliveira Batista, vai serinaugurada, no pátio interior da dele-gação da Fundação Calouste Gulben-kian, em Paris, a 31 de março.Intitulada “Marie”, a obra - que mostrauma figura feminina com um longovestido sensual - é “uma escultura‘vestível’”, inspirada na “Petite Dan-seuse de 14 ans”, de Edgar Degas, efoi criada no âmbito da exposição do

artista plástico português, que estarápatente até 17 de abril em Paris.A peça será inaugurada às 19h00, dodia 31 de março.“O vestido começa a deteriorar-se como tempo, com a chuva, com o sol, masa escultura fica sempre lá”, disse o ar-tista à Lusa, em Paris, quando da inau-guração da mostra “Julião Sarmento.La chose, même - the real thing”, nopassado mês de janeiro. “Quando ovestido estiver completamente podre,

há um lado giro de descoberta e de ex-perimentação, que é uma coisa queme interessa”, descreveu Julião Sar-mento, acrescentando que, em vez deser ele a fazer o vestido, decidiu convi-dar Felipe Oliveira Baptista, que moraem Paris.O curador Ami Barak, Comissário daexposição, escolheu o título “JuliãoSarmento. La chose, même - the realthing”, porque faz referência a umasérie do artista com o mesmo título e à

instalação “The Real Thing” (2010),na qual 121 molduras com imagensde mulheres, a maior parte nuas, se ex-põem em cima de uma mesa.A exposição traça um panorama do tra-balho de Julião Sarmento através de25 obras, realizadas entre 1973 e2013 e que têm como denominadorcomum a busca da representação de“Esse obscuro objeto do desejo”, emreferência ao filme do cineasta LuisBuñuel.

João Soares, Ministro da Cultura foi ver o quadroLusa / José Coelho

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Noiserv: encontroexclusivo com osfãs na sede daCap Magellan

David Santos, o cantor portuguêsmulti-instrumentos mais conhecidopelo nome Noiserv, presenteou osseus fãs com a sua presença no dia17 de março, na sede de Cap Ma-gellan, na Porte de Vanves, emParis 14.O encontro, organizado pela asso-ciação foi uma oportunidade únicapara os fãs de Noiserv de trocarideias com o artista, um dia antesdos concertos em Paris, e descobrirum pouco mais sobre o seu uni-verso.A originalidade presente nas músi-cas criadas pelo artista, inspiradopor Radiohead ou Pearl Jam, tornadifícil definir o seu estilo de musical,que é frequentemente nomeadocomo “música alternativa” ou refe-rido anteriormente como “pop sau-dade”.Após uma breve apresentção da as-sociação, cujo principal objetivo é ode promover as trocas culturaisentre França e Portugal e fortalecero diálogo intercultural, os fãs passa-ram às perguntas.Os participaram descobriram o por-quê do nome Noiserv - inversão dapalavra “Version” - utilizado pelaprimeira vez num concurso de ban-das e que permaneceu como a suaidentidade artística. Desvendaramigualmente o mistério à volta da suaidade e o porquê da utilização defrases como títulos de músicas.No que diz respeito à exportaçãodeste género de projetos, Noiservconfessou que a situação periféricade Portugal e a escassez de apoiospara difusão da cultura portuguesano exterior torna difícil a internacio-nalização dos artistas portugueses.No entanto, Noiserv está satisfeitocom a receção do público no es-trangeiro pois “não é o local que fazo concerto, mas sim as pessoas”.Após a conversa David Santos agra-deceu o convite da Cap Magellan,felicitando a associação pelo traba-lho efetuado durante 25 anos e dei-xou a seguinte mensagem no muralde visitas “Olá! Muito obrigada peloconvite! Muitos parabéns pelos 25anos! E obrigado por ajudarem osportugueses que por aqui vivem!”.Os concertos de Noiserv tiveramlugar no dia 18 março no Pavillond’Arsenal e no dia 19 na La GaîtéLyrique.

Cap Magellan

Leituras entre pais e filhos

Realizou-se no sábado passado, dia19 de março, uma nova sessão de lei-tura da equipa do Conto-Contigo.fr.Aproveitando que este dia é cele-brado em Portugal como o Dia do Pai,a história escolhida foi “Pê de Pai”,de Isabel Minhós Martins, da editoraPlaneta Tangerina.À medida que desciam as escadas, ascrianças e os adultos entravam numaespécie de caverna mágica que é agaleria do Lusofolie’s. Ali todas as his-tórias são possíveis, o mundo exteriorfica para trás e a curiosidade começaa despertar. Num dia dedicado aospais, as mães e as avós presentes ti-veram de entrar na personagem eusaram um elegante bigode.Como descrever o multipremiado livro“Pê de Pai”? Ilustrações simples,cores fortes, o que permite perceberimediatamente o que se passa naimagem. Cada página só tem duaspersonagens e duas palavras e porisso não há uma história, há um de-safio à imaginação de quem está acontar e um estímulo à imaginaçãodas crianças. E lendo depressa en-contramos a rima e podemos até can-tar juntos.Os pais são um mundo de potenciali-dades, eles podem transformar-se,desdobrar-se, adaptar-se. Podem serúteis: o pai-cabide, o pai-esconderijo,o pai-boia, o pai-esfregão. Podem serbrincalhões: o pai-cavalinho, o pai-

túnel, o pai-avião. Podem salvar: opai-ambulância, o pai-travão, o pai-doutor que cura tudo com beijinhos.Este livro homenageia essa relaçãosimples e cúmplice que se constróinos pequenos gestos do dia-a-dia,uma mistura de amor e aventura.E porque os pais são os nossos heróis,desta vez o objeto-memória só podiaser uma medalha colorida com um pêde pai. Outro aspeto que ficará namemória de todos é a magnífica pres-

tação da contadora de histórias RitaPereira da Silva da equipa do Conto-Contigo.fr que soube muito bem en-volver e prender a atenção do seupúblico.O espaço Lusofolie’s mais uma vezproporcionou um bom momento deentretenimento e ajudou a promovera nossa cultura.O Conto-Contigo é um projetoAGRAFr que propõe sessões de lei-tura mensais em português destina-

das a crianças dos 3 aos 6 anos, rea-lizadas em espaços diferentes, sãogratuitas e abertas a todas as idades.A próxima sessão terá lugar no dia 16de abril e o tema é Mesa Farta. Seráuma história sobre comida? Sobremesas? Sobre glutões? Vamos espe-rar.Sigam as novidades em www.agrafr.fr.

(*) Patrícia Mota é tradutora e mem-bro da equipa Conto-Contigo.fr

Conto-Contigo.fr

Por Patrícia Mota (*)

José da Rocha falou do seu percurso profissional, cultural e político

A delegação de Lyon da AGRAFr, a As-sociação dos graduados portuguesesem França, organizou o seu encontro“Lyon café com...”, com José daRocha, autarca em Feyzin (69) e Se-cretário da Secção do Partido Socia-lista português em Lyon. Este encontroteve lugar no “Grand Café” da Préfec-ture de Lyon, situado no terceiro bairroda cidade.O convidado foi acolhido no sábadopassado, dia 19 de março, pela repre-sentante de AGRAFr em Lyon, Ana An-tunes, e por um público muitointeressado pelas revelações de José daRocha, sobre a sua carreira profissio-nal, a cultura e a política, na região deLyon. Ana Antunes animou o encontroonde José da Rocha, com a sua habi-tual sinceridade e simpática franqueza,respondeu às perguntas do públicopresente.“Eu vim para França com os meuspais, muito novo, tinha 8 anos, e de-pois rapidamente me integrei na vidaescolar francesa onde tive um percursoatípico. A formação cultural francesaobtive-a ao frequentar também asMJC’s e onde no final, após uma pas-sagem pelo mundo do trabalho, obtiveum diploma profissional na indústriametalúrgica” explica José da Rocha.“Mais tarde, e em paralelo com aminha vida profissional, fui Presidenteem regime de voluntariado, durante vá-

rios anos, da ‘Epicerie Moderne’, ocentro cultural e de espetáculos deFeyzin. Com a minha equipa, tínhamosde gerir uma agenda anual de espetá-culos e outras manifestações culturais,com verbas superiores a um milhão deeuros, que nos eram atribuídos por di-ferentes organismos, como a Mairie ea Região”.Durante vários anos, José da Rocha foitambém Presidente da Associação Cul-tural Portuguesa de Feyzin (ACPF).“Com a ajuda da equipa de Direção edos amigos voluntários, concretizámostambém muitos eventos e muitas ati-vidades. A mais importante, e queainda hoje tem grande relevo, é a

‘Noite de Portugal’, em parceria com a‘Epicerie Moderne’, onde tivemos aoportunidade de trazer até Feyzin artis-tas portugueses que hoje são conheci-dos mundialmente”.Atualmente, José da Rocha é MaireAdjoint de Feyzin. “Tenho a meu cargoas equipas da cidadania, da comuni-cação, do registro civil, social e do am-biente”. Também foi responsável pelo“Bureau” do Partido Socialista no EsteLionês.Falando de Portugal, José da Rochadisse que “gosto de aí passar muitotempo, visito regularmente a minha re-gião, e a vila de Lomba, onde reside aminha família”. A sua relação com Por-

tugal leva-o a ser militante também doPartido Socialista português e é o Se-cretário-coordenador da Secção do PSportuguês em Lyon. “Acolhemos eacompanhamos várias vezes em visita,o amigo e camarada Deputado PauloPisco”.Interrogado sobre o futuro, José daRocha diz que não pode “anteciparprevisões”, mas que gosta de “viver nopresente”.O próximo evento da associaçãoAGRAFr em Lyon está previsto para odia 9 de abril, o local será divulgadomais tarde, mas o convidado será TiagoSimas Freire, músico e especialista demúsica barroca e medieval portuguesa.

Convidado da AGRAFr em Lyon

Por Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

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Associações

emsíntese

Week-end de Formation à Clairefontaine:«Droit de ne pasémigrer: illusionou réalité?»

Le Mouvement des Laïcs Scalabri-niens organise un week-end deformation au Centre d’accueil deClairefontaine pour approfondir etmieux comprendre la réalité mi-gratoire qui préoccupe et inquiètenotre société.Vont intervenir Luca Marin, socio-logue, directeur, à Paris, du CIEMI(Centre d’Information et d’Etudessur les Migrations Internationales),le père Gabriele Bentoglio, sous-secrétaire du Conseil pontifical dela Pastorale pour les migrants et iti-nérants (Vatican), le père BrunoMioli (Italie), responsable de laPastorale des Migrants en Calabre,Patricia Auger (Thionville), délé-guée provinciale du Grand Est(France) pour les migrants, Marie-Christine Ries (Luxembourg), duProject pour les réfugiés «Reecheng Hand» et Jean-Claude Brau(Belgique), bibliste.C’est le rendez-vous annuel orga-nisé, à Clairefontaine, par les Mission-naires scalabriniens du Luxembourg,France et Belgique pour la formationdes laïcs engagés avec les migrants etrefugiés. Diversité des participants:adultes, jeunes et enfants; Italiens,Portugais, Luxembourgeois, Fran-çais, Belges, Arméniens, Congo-lais, Colombiens, Brésiliens… detoutes langues et race, laïcs, reli-gieuses et prêtres.Les participants viennent d’Arlon,Paris, Herserange, Longwy, Ro-dange, Hayange, Nancy, Metz,Esch-sur-Alzette… Cette rencontre, si variée et diver-sifiée, valorise le partage et facilitela prise de conscience de l’expé-rience migratoire, mais aussi étu-die et analyse les causes quiprovoquent les migrants à quitterleur pays.«S’il y a le droit à émigrer y a-t-il,aussi, le droit à ne pas émigrer?»Les participants seront invités àapprofondir ce thème, si actuel, àdonner leur témoignage, à propo-ser des pistes de réflexion et d’ac-tion.Le Pape Benoît XVI avait déjà sou-levé ce problème dans le messagepour la Journée mondiale du mi-grant et du refugié, 2013: «Le droit de la personne à émigrerest inscrit au nombre des droitshumains fondamentaux… Dans le contexte sociopolitique ac-tuel, avant même le droit d’émi-grer, il faut réaffirmer le droit à nepas émigrer, c’est-à-dire d’être encondition de demeurer sur sa pro-pre terre».

Exposition des pavés du PortugalLe week-end des 12 et 13 mars,l’association Portugal Passion Tradi-tions a proposé une exposition sur«Les Pavés au Portugal» qui a eulieu à Saint Martin de Seignanx(41), dans les Landes.Après avoir organisé depuis le débutde l’année des découvertes gastro-nomiques (Bolo Rei, repas morue),l’association est donc partie à ladécouverte d’un autre symbole cul-turel du Portugal, tout aussi spec-taculaire que les Azulejos: la Calçada portuguesa.Ce type de pavage se retrouve sur laplupart des trottoirs à travers lepays. Mais c’est à Lisboa qu’il a prisses origines.Lors de cette exposition étaient pré-sentés de nombreuses photos per-mettant aux visiteurs d’apprécier letravail artisanal de ces spécialistesdu pavé, les Calceteiros. Un labeurphysique et artistique qui a en-chanté.Les fresques et les motifs évoquent

l’âge d’or des Découvertes mari-times portugaises, faisant allusion àla mer.

Cette exposition se composait de33 tableaux photos intitulée “Cal-çada à portuguesa em Lisboa”, pro-

priété de l’association France Por-tugal d’Oloron, mise à dispositionsous convention payante et de 12autres photos prises sur Bayonne etSaint Martin de Seignanx (chantieren cours et rond point).De plus, le Président de l’associa-tion, Carlos Águeda Rosa, avait pré-paré un petit atelier pratique avecdes pavés en granit, du sable, de lagravette et des outils pour faire dé-couvrir concrètement cet art du pa-vage au Portugal.Lors de son intervention, il a remer-cié tous les visiteurs bien nom-breux. Étaient présents le MaireLionel Causse et de nombreux au-tres élus. Un pot de l’amitié a étéservi avec du vin de Porto et di-verses spécialités portugaises pré-parées et servis par les adhérents.L’association a accueilli de nou-veaux adhérents portugais et fran-çais tous très contents de partagerces moments conviviaux à la décou-verte du Portugal.

À Saint Martin de Seignanx

Novos membros da Academia do Bacalhaude RouenA Academia do Bacalhau de Rouenrealizou no passado dia 11 de marçoo seu jantar mensal que contou coma presença das Comadres e dos Com-padresn assim como de amigos “aquem agradece a presença”.Quem também não faltou ao encon-tro foi a Amizade, a Portugalidade ea Solidariedade, e foi assim num am-biente “fantástico”, “de corações ebraços abertos” que os Compadresacolheram 5 novos membros nestaque ainda é uma jovem Academia.“Caso para dizer, ou cantar ‘Venhammais cinco’”.Os dirigentes da Academia do Baca-

lhau de Rouen agradeceram “o cari-nho, a boa receção e o deliciosojantar” ao restaurante / braserieL’européen, em Rouen, onde o ge-rente português, Paulo Peixoto, etoda a sua equipa, acolheu maisuma vez o Jantar académico. “Serácom muito gosto que o recebere-mos brevemente como Compadre,juntamente com outros futurosCompadres que também nos hon-raram com a sua presença e até jáestão a aprender o Hino das acade-mias” diz o Presidente da ABR. “AAcademia do Bacalhau de Rouenestá a crescer”!

Grupo musical Enigma celebra 3º aniversário

No passado dia 19 de março, o grupomusical Enigma organizou um grandeespetáculo na Sala de festas Montis-sion, em Saint Jean-le-Blanc (perto deOrléans), em conjunto com o cantorDavid Garcia. O evento assinalou oterceiro aniversário do agrupamentomusical e, apesar da recente existên-cia, há muito tempo que os seus fun-dadores, Fátima e Nuno, estão ligadosà música.Ambos começaram o percurso artís-tico, no rancho da coletividade local,quando tinham 8 anos. O gosto pelorancho era tal que nele atuaram cercade 15 anos. Já adulta, Fátima inte-grou um grupo musical, na qualidadede vocalista.Em 2013 o casal decidiu aventurar-se num projeto maior, criar um grupomusical. O arranque deste projeto foidifícil e houve um grande investi-mento, quer em termos de recursoscomo de tempo, mas o gosto pela mú-sica falou sempre mais alto. Nestesentido, um dos esforços necessários,foi a adaptação de uma parte da casado casal, para criar um estúdio, onde

pudessem ensaiar. Assim sendo, emmarço de 2013 começaram os en-saios, e sete meses depois deram oprimeiro concerto, numa grande festaem Montargis.

O repertório musical é exclusivamentecomposto de música popular portu-guesa e já fizeram meia centena deespetáculos. As localidades ondeatuam com maior regularidade são:

Orléans, Tours, Bourges, Paris e Sal-bris. Mas, obviamente deslocam-sepor toda a França.Normalmente, durante a época baixa,ensaiam duas vezes por mês e, emperíodo de concertos, não há ensaios.Atualmente, fazem parte do grupoEnigma 12 pessoas, sendo que 11têm origens portuguesas. O Fábio ébaterista, o Fernando é baixista, oDavid, Italiano, é guitarrista, o Keviné cantor, a Amandine e a Matilde sãobailarinas, o David é teclista, a Fátimaé cantora, o Nuno é responsável e téc-nico de luz, o Márcio é técnico desom, o Jorge é ajudante e a Céline ésecretária.Uma vez que o grupo conseguiu ga-nhar alguma estabilidade e reconhe-cimento, Nuno explica que jácomeçam e pensar em projetos futu-ros, nomeadamente a edição de umCD de originais, e a compra de um ca-mião palco para percorrerem Portugalde lés-a-lés a cantar nas romarias.Na conversa com o LusoJornal, ogrupo deixou também “um agradeci-mento” a três pessoas que já fizeramparte do grupo: Céline, Fabrice eMarco.

Por Luís Cardoso

Novos Compadres para a Academia de RouenDR

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18 Religião

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emsíntese

Francês RemiCavagna ganhoua última etapa daVolta ao Alentejo

O ciclista espanhol Enric Mas (KleinConstantia) tornou-se no 34º vence-dor da Volta ao Alentejo em outrastantas edições, ao ultrapassar na úl-tima etapa o norueguês Krister Hagen(Coop-OsterHus) graças às bonifica-ções.Com apenas um segundo de atrasoà entrada para os derradeiro 172,3quilómetros, entre Santiago doCacém e Évora, Enric Mas conseguiurecuperar essa desvantagem numameta volante. Empatados com omesmo tempo, Mas venceu no de-sempate entre classificações nascinco etapas.A quinta e última etapa foi ganha pelofrancês Remi Cavagna (Klein Cons-tantia), que cortou a meta isolado,após se lançar numa fuga a menosde 25 quilómetros da meta.

Rony Lopes etHélder Costa naSeleção de sub-21

O guarda-redes Diogo Costa, do FCPorto, foi chamado por Rui Jorge àSeleção portuguesa de sub-21 de fu-tebol, substituindo o lateral João Can-celo, do Valência. O guarda-redes, de16 anos, já foi algumas vezes cha-mado aos trabalhos da equipa prin-cipal dos ‘dragões’, estreando-seagora dos sub-21 lusos.Na lista de convocados estão tam-bém Rony Lopes do Lille e HélderCosta do Mónaco.A seleção de sub-21 vai defrontar oLiechtenstein, na quinta-feira, no Es-tádio São Miguel, em partida de qua-lificação para o Campeonato daEuropa de 2017.

Domingo de Ramos festejado em Lyon

A Comunidade católica portuguesa daDiocese de Lyon festejou o domingode Ramos assistindo à celebração daEucaristia, presidida neste dia peloPadre Eric Besson, na igreja de StLuc, em St Foy-les-Lyon. A igreja pa-roquial acolheu esta assembleia comcerca de quatrocentas pessoas que vi-veram este tempo pascal com a pro-cissão e a benção dos Ramos, e queconteve a leitura da Paixão de Cristo.O meninos da catequese e familiarestambém participaram na celebraçãocom o apoio dos catequistas Isabel,Graça, Edelson, Glória e Jorge, apre-sentando no “ofertório” as suas inten-ções e agradecimentos a Deuscolocando-os numa cruz prevista aesse efeito.“Fazemos tudo, para que as criançasque frequentam a Catequese, e emtodos os níveis, participem o maispossível nas celebrações dominicais,e que os seus pais também estejampresentes, pois é deste modo que a fépode ser transmitida. É também opapel dos pais, de serem o exemplo

para eles. É no seio da família quetudo começa e deve ser construído”disse ao LusoJornal Isabel Santos,responsável pela Catequese na Pasto-ral portuguesa de Lyon. “Nós, os ca-tequistas, estamos em complementopara este ensino, e se na família nãohouver nada ou pouco que seja feito,será muito difícil obter-se um finalfeliz na construção da vida espiritual

dos nossos jovens”.“Fiquei muito contente por viver denovo esta bela celebração, e tambémpelo grande número, um pouco ines-perado até, de participantes” dissepor sua vez Maria Santos. “Infeliz-mente hoje em dia as pessoas afasta-ram-se da igreja e não pensam emmais nada a não ser no materialismo,no ter e no parecer. É pena que assim

seja, pois isto só mostra uma grandepobreza cultural e espiritual da nossaComunidade”.No domingo de Páscoa, a 27 demarço, será celebrada a Missa da res-surreição na Igreja da Paróquia de S.Nome de Jesus, às 9h00 da manhã,no 91 rue Tête d’Or, em Lyon 6, cele-brada pelo Capelão da Comunidade,o Padre José Luís de Almeida.

Comunidade católica portuguesa da Diocese de Lyon

Por Jorge Campos

Milhares de fiéis na benção do Ramo no Santuáriode Nossa Senhora de Fátima, em Paris

Concerto musical multimédia de Páscoaem Saint-OuenA ADD Paris, igreja protestante delíngua portuguesa presente na re-gião de Paris desde 1966, come-mora este ano o seu 50° aniversárioe, para festejar este momento im-portante, marcou vários eventos es-peciais ao longo do ano, entre eles,a celebração da Páscoa com umaapresentação musical.Assim, no domingo dia 27 demarço, pelas 10h30, na sede emSaint-Ouen (26-28 rue Arago), aADD Paris irá apresentar um con-certo musical multimédia intitulado“Jesus Sempre Presente”.Este espetáculo é o resultado dotrabalho do grupo juvenil desta

igreja, que inclui música ao vivo eapresentações de alguns dos mo-mentos marcantes da vida de Jesusem vídeo.“Como sempre, o nosso desejo éexpressar através da música e darepresentação, a nossa gratidão aDeus por tudo quanto têm feito pornós” explica em comunicado o Pas-tor Samuel Martins e Sílvia Mar-tins, o casal responsável peladireção da ADD Paris. A entrada égratuita.Apesar de sediada em Saint-Ouen,a ADD desenvolve trabalho em Rou-baix, Clermont-Ferrand, Lyon eLondres.

Igreja Protestante de Língua Portuguesa

Lusa / Nuno Veiga

LusoJornal / Jorge Campos

Alfredo de Lima Alfredo de Lima

le 23 mars 2016

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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20 Desporto

lusojornal.com

Les Lusitanos marquent les esprits

Pour l’un de ses plus longs déplace-ments de la saison, les Lusitanos ontramené une précieuse victoire, 1 butà 0, qui les replacent dans la course àla montée en CFA!Il y a des victoires qui marquent unesaison et nul ne doute que celle rame-née de Marck comptera au momentde faire le bilan de l’exercice 2015-2016. Après avoir digéré les 300 kmdu trajet jusqu’à Calais, les Lusitanosse devaient d’affronter une équipe del’AS Marck, à la lutte pour sa survieen CFA 2 et, paradoxalement, meil-leure défense du Groupe G.Les Saint-Mauriens étaient prévenusmais ce devaient de réagir après la dé-faite amère (2-1) du côté d’Amiens.Au Stade Jean-Claude Agneray, ilsn’allaient pas recevoir non plus de ca-deaux de la part de leurs adversairesdu jour, sur le terrain. Au momentdu coup d’envoi, les Lusitanos, pri-vés de leur couleur rouge tradition-

nelle et exceptionnellement habillésd’un maillot bleu ciel, prêté par lesdirigeants marckois, attaquaient piedau plancher. Sur une pelouse sècheet inégale, le jeu placé des Lusitanosne trouve pas ses marques. Malgrécela, la supériorité technique des

Franciliens se faisaient sentir. D’ail-leurs, sur plusieurs occasions de JoëlSaki et João Fonseca, Saint-Maur au-rait pu faire la course en tête sans lesmiracles du portier marckois, Tho-mas Tellier.Et le carton rouge direct du Capitaine,

Ayrton Nascimento, à la 37ème, allaitquelque peu compliquer la tâche desSaint-Mauriens. Pourtant, dès le re-tour de la pause, les Lusitanos repar-tent à la conquête des buts adverses.Et sur presque sa première occasionde la 2ème mi-temps, João Fonsecaest à la réception d’un coup de piedarrêté pour tromper le gardien de l’ASMarck à la 55ème minute (1-0). Cedernier tentera bien d’empêcher leballon de franchir complètement laligne mais, bien aidé par son assis-tant, l’arbitre validera ce but qui ré-compense les efforts des Lusitanos à10 contre 11, offrant au passage lepremier but du défenseur portugaisaux Lusitanos!Derrière, Marck sera tout pour revenirmais la défense saint-maurienne feracorps pour protéger son but et soula-ger un Revelino Anastase, impérialdans sa surface. Les entrées succes-sives de Kévin Farade, Bituruna et Re-douane Kerrouche viendront soulagerles efforts de Kévin Diaz, Diogo Torres,

Filipe Sarmento, Johan Caurant, HugoSilva et Pedro Nova. Et même le nou-veau carton rouge de Joël Saki, en finde match, n’aura aucun impact sur lescore final.Les Lusitanos repartent des Hauts-de-France avec la satisfaction du devoiraccompli. Pour Carlos Secretário,cette victoire récompense d’abord toutle groupe qui a su multiplier les effortsmalgré les coups du sort en sa défa-veur. “C’est une victoire méritée à mesyeux. Même à 10 contre 11 et puis à9 contre 11, on n’a jamais rien lâché.Les joueurs ont réussi à mettre les in-grédients qu’il fallait pour ramener unbeau succès. J’ai aimé l’attitude dugroupe et de l’équipe sur le terrain.Cette victoire fait du bien au moral etprouve qu’il faudra compter sur nousjusqu’au bout. On ne lâchera rien”.Désormais 2ème au classement etprofitant des résultats de ses adver-saires, les Lusitanos reviennent à deuxpoints du leader, le réserve du LOSC.De bon augure pour la suite.

CFA 2

Par Eric Mendes

Futsal: Victoire du Sporting face à Bastia

Il n’y a des matchs qui ne resterontpas gravés dans les mémoires desamateurs de futsal. C’est le cas decette rencontre qui opposa le Spor-ting Club de Paris au club corse deBastia Agglomération. Les Parisiens

se sont imposés sur la marque de 7buts à 3.Les hommes de Rodolphe Lopes,auront maîtrisé leur premier acte dela partie en concrétisant ses actionspour mener sur le score de 3 buts à0. Mais un penalty imaginaire relan-çait les Corses avant que Teixeira parun manque de concentration coupa-ble en ne se voyant pas un bastiaisvenir à sa rencontre pour marquerpermettait ainsi de sceller le sort dece premier acte par 3-2.Le Sporting reprend le cours de sonmatch en privant les corses de bal-

lon puis en marquant un quatrièmebut mais un contre fatal permet auxinsulaires de revenir à 4-3. Les vertset blancs restent cependant en têteen creusant un écart définitif maisrestent sous la menace de valeureuxcorses qui joueront leur va tout lorsdes derniers instants en pratiquantle power play mais c’est finalementles actuels tenants de la Coupe na-tionale qui marqueront le dernierbut et ainsi remporter une nouvellevictoire qui les rapprochent de ma-nière quasi définitive des play off demai prochain.

Par Julien Milhavet

Futebol: Éder feliz por regressar à Seleção

A Seleção Portuguesa joga esta se-mana frente à Bulgária, em Leiria, nodia 25 de março e defronta no dia 29de março a Bélgica, em Bruxelles. Deregresso aos convocados está Éder, oavançado que foi emprestado peloSwansea (Inglaterra) ao Lille (França)no mercado de inverno, em janeiro.O LusoJornal falou com o internacio-nal português que já apontou doisgolos em seis jogos com o clube doNorte da França.

Foi novamente convocado para repre-sentar a Seleção portuguesa. Qual é oseu sentimento?Claro que fiquei muito contente porvoltar à Seleção. Estou ansioso por ire fazer o meu melhor.

Marca no Lille, regressa à Seleção,mostra que Fernando Santos, o Sele-cionador nacional, tem confiança emsi?É sempre bom ser convocado. Se o‘Mister’ me convocou é porque acre-dita em mim. Estou feliz e com von-tade de representar a Seleção.

Ser convocado agora, traz mais espe-

ranças para o Europeu?O importante é sobretudo continuar atrabalhar da melhor forma e continuara obter bons resultados, e assim simpoderei sonhar com o Europeu.

Como podemos antever os jogos frenteà Bulgária e à Bélgica?Os jogos vão ser para vencer. Essa é amentalidade de Fernando Santos e danossa Seleção.

Avançados móveis e não fixos, é o de-sejo de Fernando Santos, pode en-quadrar-se nesse esquema?Eu vou fazer o meu melhor para poderser opção e se assim entender,quando for chamado, vou dar o meumelhor para corresponder.

Fernando Santos é diferente dos ou-tros Selecionadores?Fernando Santos é um óptimo Treina-dor, que está a fazer o melhor para aSeleção. Tem obtido bons resultadose vai continuar a obter grandes resul-tados.

4 Vitórias, um empate e uma derrotacom o Lille, têm sido bons resultadosaté agora?Vim para o Lille para alcançar bons re-

sultados, boas exibições e é isso queestá a acontecer. A equipa tem-se por-tado muito bem, tem-me ajudadobastante e eu procuro ajudar a equipa.

Já apontou dois golos com o Lille…Claro que é importante marcar. Tenhoque continuar a trabalhar todos osdias da melhor forma para conseguirmarcar mais, fazer melhores exibiçõese ganhar todos os jogos que é o quenós queremos.

Até onde pode ir o Lille nesta Ligue1?Acho que temos qualidade para atin-gir mais, acredito nisso, aliás comestas três vitórias consecutivas, achoque podemos esperar mais. Temosque continuar com a mentalidadevencedora e encarar os jogos semprepara ganhar.

Que avaliação faz do Campeonato

francês?É uma divisão difícil, muito competi-tiva. Tenho gostado e acho que metenho adaptado bem.

Teve dificuldades na adaptação?Claro que é diferente visto que nuncatinha jogado em França e claro que énecessário alguma adaptação, mascom vontade e trabalho acho que seconsegue ultrapassar certas coisas.Não posso esquecer que a equipa meajudou bastante, como os meus cole-gas ou ainda o Rony. Foi mais fácilassim.

Que opinião tem sobre a vitória doPSG no Campeonato?Temos que dar os parabéns ao PSGporque o Paris Saint-Germain temfeito uma Liga dos Campeões excep-cional, compete com grandes equipaseuropeias e tem sido bem sucedidoentão não é um acaso o que tem feito.Acho que só temos que dar valor àconquista desse título pelo PSG.

De referir que na Seleção portugueahá mais quatro “franceses”: AnthonyLopes (Lyon), Raphaël Guerreiro (Lo-rient), Ricardo Carvalho (Monaco) eBernardo Silva (Monaco).

Por Marco Martins

Sporting Club de Paris 7-3 Bastia Agglomération

Buteurs: Pupa x2, Teixeira x2, Gasmi,Chaulet, (Csc)

Lusitanos de Saint Maur / EM

le 23 mars 2016

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O ‘Rallye Aicha des Gazelles’ arrancaesta quarta-feira 23 de março, é oúnico rali 100% feminino e decorreem Marrocos. Quatro categorias esta-rão presentes e na prova 4X4/Camiões,a categoria com mais concorrentes,temos uma lusodescendente de 24anos, Daniela Batista, que terá comocolega de equipa, Khadra Moumni.Esta dupla participa pela primeira vezna prova ao volante de um Isuzu.O LusoJornal falou com a jovem pilotopoucos dias antes do início da prova.

Como nasceu este projeto?Este projeto nasceu com a minha co-lega de trabalho, Khadra Moumni. Elaestava à procura de uma co-piloto paraparticipar no ‘Rallye Aicha des Gazel-les’, eu admito que nunca tinha ouvidofalar desse rali, mas gosto dos despor-tos motorizados e interessei-me peloprojeto. Falei com a Khadra e desdeentão o projeto ficou um sonho quequeria realizar. Há um ano e meio quetrabalhamos neste projeto para ele seconcretizar.

Era um objetivo seu participar um dianum rali?Tornou-se um objetivo. No início foiquase uma «maluqueira» e depois tor-nou-se realmente num objetivo. Aliásganhámos muita experiência em váriosdomínios para chegarmos a concretizaro projeto. Agora o objetivo é participare chegar ao fim da prova.

É complicado em termos financeiros?Muito! Quando iniciámos este projetocom a Khadra, nunca pensei que ia sertão complicado ter patrocinadores.Quando começou a ser realmente difí-cil, tivemos que organizar eventos evender produtos para termos o orça-mento necessário. Aliás com este pro-jeto, vi que nós todos temos tendênciasem ir bater à porta das grandes empre-sas para ter o máximo de financia-mento, mas afinal são as pequenasempresas que ajudam mais e queficam ligadas emocionalmente ao pro-jeto. O projeto custa à volta de 35.000

euros, tudo incluído.

O que vem a ser mais caro?A inscrição ao rali que custou 15.000euros e depois o carro que foi 8.000euros. Há realmente muitas coisas acomprar para todo o rali e isso é umcusto elevado. Temos que pensar emtudo.

Em termos de preparação como foi?A parte técnica começou no passadomês de janeiro com estágios de pilota-gem e de navegação, bem como umapreparação física. Não tivemos quefazer um regime específico mas tive-mos a treinar com os Minhotos de Paris14, uma equipa de futebol, para ter-mos uma boa preparação física e ad-mito que sofremos um pouco (risos).Era obrigatório trabalhar os braços e aspernas mais especificamente paraquando tivermos de mudar uma rodaou se temos outros problemas.

Escolheram um Isuzu…A escolha deve-se ao facto da Khadrater realizado dois estágios no desertocom um Isuzu, então foi simplesmentepor isso que decidimos competir comum Isuzu. Pelo menos ela tem umcerto conhecimento deste carro.

Como tem sido conduzir com este au-tomóvel?Passa realmente por uma aprendiza-gem porque é um 4x4 com 5 metrosde cumprimento, então comecei porconduzí-lo na auto-estrada. Depoistambém estive a conduzí-lo no estágioque tivemos perto de Limoges. Foi umaboa aprendizagem.

Qual é o sentimento antes do início daprova?Primeiro, feliz por ir embora porquetemos um certo orgulho de ter chegadoa concretizar o projeto. Trabalhámosmuito neste projeto, foi muito duro.Agora admito que também tenho umpouco de apreensão porque eu porexemplo vou pela primeira vez a Mar-rocos, a minha colega não porque temorigens marroquinas. Há uma misturade apreensão e de ansiedade para oinício da prova.

Quais são os objetivos na prova?O objectivo nunca passa por vencervisto que há muitas concorrentes commuita experiência. O nosso objetivoserá de chegar ao fim com uma boaparticipação, sem danos no carro e deviver uma experiência incrível.

Como vai ser a prova em si?

Vamos-nos levantar às quatro horas damanhã todos os dias, depois temos o“briefing” quanto ao percurso do dia eclaro durante o dia é a prova. À noitetemos de ir para o “bivouac” onde po-demos jantar, dormir e claro ver se tudoestá bem no carro. Sensivelmentevamos dormir entre a meia-noite e asquatro horas da manhã. Temos 6 eta-pas em oito dias. Há duas etapas emque não há “bivouac”, temos de fazeressas etapas em dois dias e vamos terde dormir com as tendas no deserto.Vamos ter que nos desenrascar nessasduas etapas específicas.

A navegação vai ser sem GPS?Exactamente. Vai ser com uma carta,uma bússola e com os dados geográfi-cos. Temos de passar pelas balizaspara chegar à meta. Estamos proibidasde ter os nossos telemóveis e até má-quinas fotográficas.

Como vai ser a comunicação com a fa-mília por exemplo?A ‘La Poste’ tem um serviço específico.Temos um e-mail específico, a equipa204, para o qual as pessoas podemenviar-nos mensagens. A ‘La Poste’ vaiimprimir as mensagens e nós temos al-guns minutos para responder.

Como vai ser o trabalho de pilotagem ede navegação?Decidimos que tanto eu como a Kha-dra vamos conduzir e fazer a navega-ção. Vamos tentar partilhar segundo acondição física de cada uma. Gosta-mos as duas de conduzir e queremossimplesmente desfrutar desta expe-riência.

Vai ser a primeira experiência, podeabrir as portas para outros ralis?Estou nesta primeira aventura e depoisnunca se sabe. Admito que descobrique sou “aventureira”, mas tambémsei que quando voltar vou estar muitomuito cansada e vou precisar de des-canso. Veremos o que vai acontecer. O‘Rallye Aicha des Gazelles’ com maisexperiência ou um ‘Dakar’ um dia,nunca se sabe.

Daniela Batista e Khadra MoumniEquipa 204www.gazellotop.comwww.rallyeaichadesgazelles.com

21Desporto

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emsíntese

Toulouse: Sorteiodo Torneio U13de apresentaçãodo Euro 2016

No passado dia 10 de março decor-reu em Toulouse o sorteio dos grupose jogos da “Coupe U13 Euro 2016”.A cerimónia teve lugar na “Salle desIllustres” da Mairie de Toulouse.O torneio é organizado pelo “Districtde Football Haute-Garonne Midi-Tou-lousain” e conta com o apoio da Fé-dération Fraçaise de Football. Visa apromoção do UEFA Euro 2016 quedecorrerá em França durante o pró-ximo verão, e o qual contará com arealização de alguns dos jogos na ci-dade de Toulouse. Existe aliás a pos-sibilidade da equipa das quinaspoder jogar em Toulouse nos oitavosde final da competição.Durante o torneio de promoção parti-cipam equipas U13 de vários clubesde jovens da região de Haute-Ga-ronne. Cada uma destas equipas jo-gará em representação de umaSeleção que estará presente no Euro2016. Portugal conta com 3 equipasjovens a representá-lo neste Torneio.As várias equipas participantes joga-rão com equipamentos com as coresalusivas às Seleções dos vários paísesparticipantes no Euro 2016.A convite da organização esteve pre-sente no evento Paulo Santos, vice-Cônsul de Portugal em Toulouse, eque por sua vez teve oportunidade deentregar os equipamentos às equipasjovens que representarão Portugaldurante o torneio.No sorteio e nomeadamente na tira-gem das bolas do mesmo, estevepresente Just Fontaine, ex-Seleccio-nador da França e uma lenda da his-tória do futebol françês e Mundial. Oex-jogador mantém até hoje o recordede golos num só mundial de futebol.13 golos no mundial de futebol de1958.

Por Vítor Oliveira

Daniela Batista: «Objetivo é chegar ao fim da prova»

Todo-o-Terreno / ‘Rallye Aicha des Gazelles’

Por Marco Martins

Daniela Batista e Khadra MoumniDR

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22 Tempo Livre

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A manhã da Ressurreição

Uma das pinturas mais bonitas ex-postas no museu de Orsay é a fa-mosa obra-prima do pintor suíçoEugène Burnand, intitulada «Les dis-ciples Pierre et Jean courant au Sé-pulcre le matin de la Résurrection».É um quadro que nos ajuda a “en-trar” no episódio descrito no Evange-lho do próximo domingo: é a manhãde Páscoa e Pedro e João correm aosepulcro!João, o único dos apóstolos que tes-temunhou a humilhação e a mortede Jesus, corre apressadamente… eo artista imagina-o com as mãos jun-tas, em jeito de oração, e a frontefranzida que indica preocupação,desassossego… mas também, me-ditação e esperança.Já Pedro é retratado com os olhos ar-regalados, esbugalhados… quaseperdidos no horizonte. E as suasmãos deixam adivinhar a missão fu-tura da Igreja: a mão direita no peitorecorda o gesto humilde com quetodos nós nos reconhecemos peca-dores no início da santa Missa; naoutra mão vemos um dedo indicadorem riste, como que a apontar a es-trada que os discípulos percorreramaté à certeza da Ressurreição.A raiz do Cristianismo não é uma ex-periência de auto-sugestão ou a ela-boração de um mito consolador! Afilosofia grega concebia uma imorta-lidade imaterial em que a alma se li-bertava dos limites do corpo, masPedro e João eram hebreus: para oshebreus uma “ressurreição espiri-tual” não teria sentido.Um facto real permitiu aos discípulossuperar o trauma e o horror do Cal-vário; um facto real marcou o inícioda Igreja e da aventura de evangeli-zação que transformou a face daterra. A Ressurreição é algo que osapóstolos experimentaram (“toca-ram”… tal como São Tomé) e tudocomeçou nesta manhã, nesta corre-ria que os levou ao sepulcro vazio eao sudário enrolado.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Basilique de Saint Denis8 rue Boulangerie93200 Saint DenisDomingo às 8h00

boanotícia

Du 22 au 26 mars «Dreams and Divinities & Art of Imagina-tion» avec 55 artistes internationaux, visio-naries, surrealists et fantastiques, doncIsabel Meyrelles et Santiago Ribeiro. Ate-lier Gustave, 36 rue Boissonade, à Paris14. Infos: 06.22.51.57.46.

Jusqu’au 29 mars «Carnet de voyage, Portugal» de JB César,exposition photographique en plein air,dans le cadre de l’évènement «Ici et Ail-leurs - Le Portugal». Place de la Communede Paris, à Tourville-la-Rivière (76). Accès libre.

Jusqu’au 29 mars «Pour une vie meilleure» de Gérald Blon-court, exposition photographique en pleinair, dans le cadre de l’évènement «Ici etAilleurs - Le Portugal». Patio de la Média-thèque, à Tourville-la-Rivière (76). Accèslibre aux heures d’ouverture de la Mairie.

Jusqu’au 29 mars Exposition de planches BD «Amália Ro-drigues» et «Lisbonne, dernier tour»d’Aude Samama, dans le cadre de l’évè-nement «Ici et Ailleurs - Le Portugal».Médiathèque Pierre Perret, à Tourville-la-Rivière (76). Accès libre aux heures d’ou-verture de la Médiathèque

Du 23 au 31 mars Exposition de photographies sur l’Angola,«Especiaria intocada», par Mauricio Vieira,au Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil, àParis 12.

Le jeudi 31 mars, 19h00 Présentation au public de l’installation pé-renne «Marie» de Julião Sarmento, en col-laboration avec Felipe Oliveira Baptista,pour la cour extérirur de la Délégation en

France de la Fondation Calouste Gulben-kian, 39 boulevard de la Tour Maubourg, àParis 7.

Du 11 mars au 3 avril Exposition de peinture de Luís Rodrigues,dans le cadre du Mois du Portugal. CentreCulturel Wladimir d’Ormesson, 14-22 ave-nue Wladimir d’Ormesson, à Ormesson-sur-Marne (94).

Jusqu’au 17 avril Exposition “Le Plan Flexible”, de LeonorAntunes, en collaboration avec l’Ambas-sade du Portugal en France, Centre cultu-rel Camões à Paris. Dans la Nef Centraledu CAPC - Musée d’art contemporain deBordeaux, 7 rue Ferrère, à Bordeaux (33).

Jusqu’au 17 avril «La chose, même - the real thing». Expo-sition de l’œuvre de Julião Sarmento, figurede proue de l’art contemporain portugais.Fondation Calouste Gulbenkian - Déléga-tion en France, 39 boulevard de la TourMaubourg, à Paris 7.

Jusqu’au 22 mai Exposition “Corpus” de Helena Almeida,l’une des plus grandes artistes contempo-raines portugaises. Jeu de Paume, 1 placede la Concorde, à Paris 8.

Jusqu’au 22 mai “L’espace en jeu - Maria Helena Vieira daSilva” avec des œuvres de Vieira da Silva(1908-1992). Musée d’Art Moderne, 8boulevard Maréchal Joffre, à Céret (66).Infos: 04.68.87.27.76.

Le vendredi 25 mars Rencontre avec l’auteur João GuimarãesRosa pour présentation de «Mon oncle lejaguar et autres histoires». Librairie Portu-gaise & Brésilienne, 19/21 rue des Fossés

Saint-Jacques, Place de l’Estrapade, àParis 5. Infos: 01.43.36.34.37.

Le samedi 26 mars, 16h00 Café artistique et littéraire avec l’artisteMaurício Maluta Vieira, autour de son ex-position de photographies sur l’Angola etprésentation du livre de João Guilhoto «OLivro das Aproximações». Lusofolie’s, 57avenue Daumesnil, à Paris 12.

Le jeudi 31 mars, 20h00 Conférence de António Guterres, dans lecadre de l’Université de la Paix, à la Mai-son de l’Allemagne, Cité universitaire deParis, Bd Jourdan, à Paris 14.

Le jeudi 31 mars, 12h30 Déjeuner-débat sur «Les futurs projets enîle-de-France pour les entrepreneurs» avecla Présidente du Conseil Régional Île-de-France, Valérie Pécresse, organisé par laChambre de commerce et de l’industriefranco-portugaise (CCIFP) à l’Hôtel Inter-Continental, 2 rue Scribe, à Paris 9.

Le samedi 2 avril, 14h00 Rencontre avec les écrivains portugaisJoëlle Nascimento, Alice Mendes-Lucas,Manuel do Nascimento et Edite Fonseca.Musées réunis de Cormeilles, 31 rue Thi-bault Chabrand, à Cormeilles-en-Parisis(95).

Le mercredi 6 avril, 17h30 Rencontre avec Teresa Rita Lopes, autourde la poésie de Fernando Pessoa, avec lareprésentation à 19h30 de la pièce «Pes-soa, voyages de l’insomniaque». ThéâtreLes Déchargeurs / Le Pôle, 3 rue des Dé-chargeurs, RDC Fond Cour, à Paris 1.

Le dimanche 17 avril, 16h00 Présentation du livre «Trois notes de bluespour un fado» de Dan Inger et Altina Ri-beiro, avec Dan Inger en showcase et dé-dicaces, avec la participation du guitariste

Red Mitchel. Au LusoFolie’s, 57 avenueDaumesnil, à Paris 12.

Le samedi 26 mars, 20h00 “Olá”, one man show de José Cruz (versionfrançaise) dans le cadre du Festival Hu-mour Mormant de Rire. Salle des Fêtes,Impasse des Oisons, à Mormant (77).Infos: 01.64.42.53.00.

Jusqu’au 9 avril, 19h30 «Pessoa, voyages de l’insomniaque» deFernando Pessoa, adaptation de TeresaRita Lopes, mise en scène de LaetitiaLambert avec collaboration artistique deTeresa Demarcy Mota, avec Olivier Brota.Du mardi au samedi. Théâtre Les Déchar-geurs / Le Pôle, 3 rue des Déchargeurs,RDC Fond Cour, à Paris 1.

Le mercredi 13 avril, 20h30 Lecture de la pièce «Mademoiselle Julie»de Strindberg par la brésilienne ChristianeJatahy, dramaturge, réalisatrice et met-teure en scène, avec sa compagnie «Vér-tice de Teatro». Dans une villa des beauxquartiers de Rio, confrontation amoureusecomplexe entre «Julia» et son chauffeur.En portugais surtitré. Espaces Pluriels,Théâtre Saragosse, à Pau (64). Infos: 05.59.84.11.93.

Le mercredi 23 mars, 20h00 FlamenFado, concert de Flamenco et Fado,organisé par l’Académie de fado et l’Académiede Flamenco, avec Paco el Lobo, chanteur deflamenco, Mónica Cunha, jeune interprètemontante du fado en France, Filipe de Sousa,guitariste-compositeur, Nuno Estevens à laviola de fado, Vitor do Carmo, interprète dechant, Bálint Perjési, violoniste, Anita Losada,danseuse de flamenco et Isidoro FernándezRomán, percussionniste. A l’Auditorium Cœur

SORTEZ DE CHEZ VOUS

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

THÉÂTRE

FADO

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de ville de Vincennes, 98 rue de Fontenay, àVincennes (94). Infos: 01.43.28.14.61.

Le vendredi 25 mars Concert de Gisela João. Salle de Fêtes, 14place Henri Barbusse, à Gentilly (94). Infos: 01.41.24.27.10.

Le samedi 26 mars, 20h00 Soirée fado avec Mónica Cunha et CláudiaCosta, accompagnées par Filipe de Sousa etNuno Estevens, suivi d’un bal avec José Es-teves, organisé par l’Association Franco-Por-tugaise du Val d’Yères. Salle René Fallet, 29bis avenue Jean Jaurès, à Crosne (91). Infos:06.14.86.74.94.

Le samedi 26 mars, 20h30 Concert de Gisela João (fado) avec MarcoRodrigues, Le Sax, 2 rue des Champs, àAchères (78).

Le mercredi 30 mars, 20h45 Fado avec Duarte, pour présentation de sondernier album «Sem dor nem piedade». SalleJacques Tati, 12 bis rue Danes de Montardat,à Versailles (78).

Le mercredi 30 mars, 20h00 Soirée Fado Vadio avec Filipe de Sousa (gui-tarra), Nuno Estevens (viola), avec la partici-pation de Jean-Luc Gonneau (Coin du fado),de l’Académie de fado et de l’association Gai-vota. Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil, àParis 12.

Le jeudi 31 mars, 20h45 Fado avec Duarte, pour présentation de sondernier album «Sem dor nem piedade». SalleCabaret Ariel, 99 avenue Paul Doumer, à RueilMalmaison (92).

Le samedi 2 avril, 20h30 Spectacle de fado avec Joaquim Campos, Ma-nuel Miranda, Jenyfer Rainho et PompeuGomes. Organisé par G.F.P Egly ‘Terras Min-hotas’. A l’auditorium du Centre Culturel, 1rue des Ecoles, à Egly (91). Infos: 06.11.11.20.99.

Le samedi 2 avril, 20h30 Concert de Gisela João (fado) à l’EspacePrévert, place Miroir d’Eau, à Savigny-le-Temple (77).

Le samedi 9 avril, 20h00 Soirée de clôture Festafilm 2016 avec leconcert de fado de Gisela João, dans lecadre du 8ème Festival du Cinéma luso-phone et francophone, en première partie:Lizzie Levée avec Filipe de Sousa, à l’Al-hambra, 21 rue Yves Toudic, à Paris 10.

Le vendredi 25 mars, 20h30 Concert de Tony Carreira. Salle de la Pales-tre, Le Cannet (06). Infos: 06.22.69.76.77.

Le samedi 2 avril, 21h00 Bévinda présentera son spectacle ‘Mes Suds’au Triton, 11 bis rue du Coq-Français, à LesLilas (93). Infos: 01.49.72.83.13.

Le mardi 5 avril, 20h00 Concert du groupe Lisbonne Café (cabaret,fado, morna, bossa nova), au La Folie Douce,111 boulevard Ménilmontant, à Paris 11.

Le dimanche 24 avril, 17h00 Concert du groupe Lisbonne Café (cabaret,fado, morna, bossa nova), au Lusofolie’s, 57avenue Daumesnil, à Paris 12.

Le dimanche 27 mars, 12h30 Fête de Pâques avec repas dansant puis balen fin de soirée animé par Carlos Pires et sonorchestre. Orchestre Ivason. Organisée parl’Association Agora, Salle Jean Vilar, 9 boule-vard Héloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le lundi 28 mars, 14h00 Thé dansant animé par ProSound et organisépar l’Association culturelle amicale franco-portugaise du Canton Orly, Villeneuve-le-Roi,Ablon. Salle Marco Pollo, rue Vasco da Gama,à Orly (91). Entrée libre.

Le samedi 2 avril, 21h00 Fête portugaise avec Nemanus et bal avec legroupe Lusibanda, organisé par l’associationLusibanda. Salle des Fêtes de Bleville, ruePierre Farcis, Le Havre (76). Infos: 07.62.01.78.23.

Le samedi 23 avril, 20h00 Dîner dansant animé par José Cunha et or-ganisé par l’Association Centre PastoralPortugais. Salle Jean Vilar n°2, 9 boulevardHéloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le dimanche 3 avril, 14h00 Festival de folklore avec les groupesProvíncias do Minho de Chelles, Ami-zade et Sorrisos de Clamart, Estrelas deVersailles, Vale do Ave de Montreuil, or-ganisé par l’association Les AmisFranco-Portugais de Montfermeil, Ecole

Henri Wallon, 51-55 rue Paul Doumer,à Montreuil (93). Infos: 06.22.48.07.05.

Le dimanche 10 avril, 14h00 Festival de la Fédération du FolklorePortugais, organisé par l’ACLF La Joiede Vivre avec les groupes Meu País deMaisons Alfort, Alegria dos Emigrantesde Montfermeil, Lembranças de Portu-gal de Montataire, Alegria do Minho dePlaisir, A Roda do Alto Paiva de Orsaye Portugal Novo de Colombes. Salonsdu Moulin Brulé, 47 avenue Foch, àMaisons Alfort (94). Infos: 06.15.59.04.99.

Le dimanche 10 avril, 9h00 Dans la salle Laulhère, rue Rocgrand,l’Association France-Portugal organiseson 2ème Vide-Grenier à Oloron SteMarie (64). Infos: 06.14.62.62.17.

Du 8 au 23 avril 23ème Portugal d’Avril sur «La luso-phonie: entre Brésil et Afrique», orga-nisé par l’association culturelle O Solde Portugal en partenariat avec le Co-mité de jumellage de Pessac (33).Infos: 05.56.01.04.19.

Le mercredi 23 mars, 11h50 «Les recettes de Babette», magazine(10 min) sur la Moqueca brésilienne.Retour sur les meilleures recettes deBabette, où la reine de la cuisine créoleaffûte son savoir faire et ses connais-sances culinaires, pour captiver, fairesaliver et partager. Sur France Ô.

Le mercredi 23 mars, 21h45 «Racisme, le visage sombre du Brésil»,documentaire (44 min). Ce documen-taire traite des humiliations subies parles catégories défavorisées au Brésil.Sur France Ô.

Le mercredi 23 mars, 00h15 «Un air de paradis: le Cap-Vert», docu-mentaire (55 min) en rediffusion. SurFrance Ô.

Le jeudi 24 mars, 11h05 «Quel Cirque: le Brésil», documentaire(34 min). Créatif, bouillonnant et populaire, lecirque brésilien est le fruit du métis-sage des cultures indienne, africaine eteuropéenne. Ses artistes viennent aussi bien de larue que des grandes écoles d'acrobatie.Sarah Schwarz commence son voyagesur les hauteurs de Rio de Janeiro, oùont débarqué de nombreux cirquesétrangers. Sur Arte TV.

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LJ 257-II

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Luyanna naRádio Enghien

No próximo sábado, dia 26 de março,a convidada do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien, éLuyanna para apresentação do seunovo trabalho.O programa tem lugar aos sábados,das 14h00 às 16h00, e às segundas,das 19h00 às 20h00, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

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