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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar http://slidepdf.com/reader/full/fraseologia-musical-esther-scliar 1/48 Ensa ísta, professo r a de com - p osição e re gênci a em vários seminário s d e música, nacio- nais e int ernacionais, compo- sito ra d e m úsica c ora l e de mara, Esther Sclia r é uma das figur as expone ncia is d o cenár io mus i c al b ra sil e iro con- temporâneo. Resultado de uma longa e in tensa práxis musical, Fraseo l o gi a M us ic al apare ce c omo um livro defi- nitiv oe irnpresc ind í vel. Mai s um livro de v alor da E DI TOR A M OV IMENTO I L, ' J - - .. 1  \\11 I . - - - ~ EDITORA MOVIMENT O

Fraseologia Musical - Esther Scliar

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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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Ensa ísta, professora de com-

posição e regência em vários

seminários de música, nacio-

nais e internacionais, compo-

sitora de música coral e de

câmara, Esther Scliar é uma

das figuras exponenciais do

cenário musical brasileiro con-

temporâneo. Resultado de

uma longa e intensa práxis

musical,

Fraseologia Musical

aparece como um livro defi-

nitivo e irnprescind ível.

Mais um livro de valor da

EDITORA MOVIMENTO

I

L ,

'

I  

J

- - ..

1

 \\11

I

. -

- -

~ EDITORA MOVIMENTO

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.••.•.,. • ,....,~t~ '.,..,.....,..

~  

....

A

OBRA INÉDITA DE

ESTHER SCLlAR

ESTHER SClIAR

Poucos são os músicos, em todo

país, que não conhecem Esther Scliar.

Durante anos, foi professora de todos

os seminários de música importantes

realizados entre nós. Mas são igualmen-

te poucos os que conhecem a exten·

sa obra que deixou, pra ti camente iné-

dita.

Deve-se a Leonor Scl ia r Cabra I o

surgimento des te primeiro volume, in-

titulado

Fraseologia Musical.

Devido

à sua dedicação, toda a obra foi reuni-

da, estudada. Leonor Scliar teve o

cuidado de reunir musicólogos que pu-

dessem avaliar a importância e exten-

são do trabalho deixado por sua irmã.

Ainda estão sendo co letadas algu-

mas composições de música para coro

que desapareceram em meio ao inten-

sivo trabalho de seminários e confe-

rências.

Já se pode ter, agora, pelos volu-

mes organizados, uma noção da im-

portância da obra de Esther Scliar.

Na medida em que os próximos volu·

mes aparecerem, tanto os ensaios

quanto as composições, o públicodes-

cobrirá uma das maiores expressões

da música brasi leira.

Os alunos de Esther Scliar dos se-

minários de música ou seus cantores

dos inúmeros corais-que e la organizou,

F R AS E O l OG I A MUSI CA l

Prefác io d e Co n ra do S il va

~ MOVIMENTO

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Ca~â\~,;.......~:,;, 

~. < .

i ..;.{

.;;Çi~u~i~lsaool

M.i$~ i~lJ g ~ 

R~4isão , i.L ~ ;& ;,7' (   >,

. L e , il.o~

.Sc,l4ar Ç~b~al.

Myrna Bier Appel

~ ~ • , o,·· :, • ~ ,

, I.

i'. -. •.

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1••• , i•• ;:::.:

~ f   ~ .? ~Lií t,:: i~~'; ;~' :, ;,~

Cili.mpi~ça~,·:;J f f: n .,.4~~':i  ~..'f'} : 'J ~cr~(n'';  :.;~ \l~ j~~.~

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~~- '1

írf <)

~~OJ~ r1 ~ pobFR~'fI)~~,. : '.''i ~.-::i;'; ; -T -;

'. l .';' '.~

1982 .  _.,

~-:i

l \_~

';;'~;'1, :I :; l4

Direitos desta edição reservados

à

Editora Movimento

República, 130 . Fone: 24.5~ .78

Porto Alegre· RS . Brasil

Fraseo ogia /9

Da semelhança e diferença /9

Da

proximidade e separação /

10

Da influência das qualidades do som sobre o início

e o final dos agrupamentos / 18

Dos elementos fraseolóqicos / 21

Da delimitação dos incisos / 22

D6 membro da frase / 26

Agrupamentos especiais /

32

Da frase /37

Agrupamento em cadeia / 42

Da frase isolada / 44

Do período ou sentença /45

Dos períodos afirmativos / 55

Dos períodos contrastantes / 55

Bibliografia /86

SUMÃRIO

li

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PREFÃCIO

I

r~uma linguagem concisa, sem o acumulo de palavras a cuja pre-

sença em torno da arte Valéry aludia criticamente, neste livro/fisi

ther Scliar, decantando longos anos de fecund~tê~perl'êíícià ditlati-

ca, mergulha numa temática abstraia e pouco trilhada, desentra-

nhando exaustivamente alguns dos

mecanismosqúé

n~lirr1 oscéle-

mentos no discurso musical.

'P1;;i~

w ::,;  : :, ;', '

Compositora, musicóloga, intérprete, professora exempJarç  ela

soube encaminhar gerações de artistas para um

 ~sf ut ft) fséH oJcrfti-

co das diversas fases de música, especialmente na área da música

contemporânea.

A bibliografia musical brasileira padece de uma falta crônica de

material escrito no campo da musicologia, da pedagogia ou da esté-

tica musical. As contadas exceções de trabalhos universitários ou

pesquisas de fôlego devem-se ao esforço pessoal, poucas vezes re-

conhecido, de alguns destemidos estudiosos

que.icorn

enorme difi-

culdade, conseguern ..àsvezes.vencer-a -indiferençà do meio ou a le-

  '-\ ~. 1.••. - . . . . •..

I . 

l - r -, ( j ' •

targia das casas editoras. Uma.

segun da

.~,i1eq9~Jpse começará en-

~ ' . ~ . } j .•• : r . , .   • •

tão nas prateleiras das Iivrar .ias;,m~\r.~ GbJ~gár,~s_mãose algum estu-

dante que por pr1pfi~·J~i~i8't ~i-~e dispoiin~a~lê:J:q~-\. .

Neste contexto, fa-zet:1dQ...:pÍlr:taoo-um-embiclosd projeto da au-

'-..

, _

. . ..~.

,

 

tora, o livro integra-se também numa visão ampla onde o fenôme-

no musical é analisado sob diferentes pontos de vista.

A autora pesquisou numerosos autores e obras, trazendo para

este livro grande quantidade de usos e modos, em forma de exem-

plos do texto, convertendo o livro num dos mais documentados so-

bre o assunto.

Em suma, um livro capaz de introduzir ao estudo e para ser usa-

do como material de base em mãos de estudiosos e amantes da

música.

- .~~f-~;·q;. ~·liJ·1',g .,~:1'Jt:

 ::r

1

fl o

J ~ , t

-.'.),~o(.\l;~ :-:.~~~  :.::).1G n ~ ~   ~ j

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2 rA J J· )R ~.H3l~ nil~t,

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(lJTr:j-r{fc.;{l

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. J

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, '. ';: 0-

.

:-;-,  .:-. ' 

,

' .:n

...

FRASEOLOGI A

.

 

.j:

Em sua projeção temporal, os sons tendem a se articular em

pequenos .ii'~I) .:HW:lm;mtos

de l im it;a çl o .s

.por

ces ura s.

Estes

agrupa-

melwl:0~'rol1Dpt-e.rlam-se entre

.si,·foiiq~n90, conjuntos maiores, 

os 

qu a ;is se

encsdelarn ..comossequlntes,

for~n and () 'H ôvo s grúpos.O ' , >

caráter dest~ projeção ésinÚtico, s~meihante ao discurso verbal.

S et :l ::~stjjdGF ,:: .ffa ;se o;.ogi a . '. :, ' ' ... ,

',r.:' '3 ;~ grtj· r> .~m ento

.fraseolóqico -

 é o produto da semelhança,

dif,eren.ça,prox i:llidade ou separação dos sons percebidos pelo

ou.yido € .organáados peta mente.  1

1. DA SEMELHANÇA E O~FERENÇA

, -Ó

Quanto major a afinidade entre os componentes estruturais,

tanto maior a coesão e více-versa. ' ..

. -J :-. , ç . . ~ . , ~; ~ : - .:.   } ) 1 : ~ . )' ;   ': ~ ~  'n- ~- • :' .:'- ,-  .:.:~ri

Fatores Básicos de Coesão

Att~ª~,,,, ,,', '\/1.

-1, _ .... :' ..

Durações

-l\,1Q.,Vim~otQ.@jd,Úgcional 'w :. ~'Êmjsso~s isócronas

:\. . • .. J • • . .., ~ ~ - •

< 1 . : • • • _ •• , 1 .• • .• -

t .. .• -

- .Ham8g~l1ei.~ad~

dp,.gê,nero· ... ' .~ Cónfiguraçõe~ honiogêneas

2

_ t-jpn.W~efiI~~d~qep~.(\coeTê,ld~ ',.

C• ' •• ' ,~ ,   .  

harmônica ..   ',' >

- Hornoqeneidade de confiqu- ~.::-', ',·1 '

ração?

- Textura homogênea

1, Cooper, Grosvenoz W. e Meyer, Leonard

a ., The Rhvtmic Structure of Music,

Chica-

go: The University of Chicago Press, 1960 .

: . Esclarecimento posterior.

I

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N. B. - Embora a homogeneidade dos timbres condicione a coe-

são, torna-se inoperante sua especificação na estrutura da

sintaxe.

2. DA PROXIMIDADE E SEPARAÇÃO

Proxi

m id ~ d ~ : ' : , ; ,. , ; ~ ' , ; ~   : ;

~~I~Ü ;~ ~ ;';;:,::,~

~ ; ~ ~ ~ ~ ';

~<J

0 9 ~

ldênticosou

é ( n i { t g ~ q ; J : _ . · B 'e g , ~ t r ô n ) o:' ':',;,:'1 :'.:D is tanêia(1fos ;: ./tf;8r:1

Mínimo: '. '. :·; ·;', ;,,,:·~~paçoriúk'16dicd :  Maxirito,> ~~~,;' :;ifUP

(st)3

. .   .. ,':: ','(:,,',

 :....•. ' ..

: ....~'.~., ;<,;

t . ; 'J ~ · : . - ~ i: . ·  L)j ~ if~;

.Notas atr~tivas \ . Espaço harmônico : ':; Resolução.,tEsp:e'U82

,;: ·c·  : '~: .' '- . .'•r: • .   \ 

'c

ia

Ir n er rte 'a ca d ên -

• - .: < l i . ~~ .. •

:; ,:.

 

-:~.~~·· ~·~-~1Ii: : , , ';   ~ :J q

:·~.(Jtir.:~,-.\ir t;r~··; .J:.~

·C.b?VUf)

Durações

Pausa .:~)~ ;;~.

:~·~~.·i··: ~)-;/\~~~~; ::~~:

:::.f~ /:~. i~ . '-~.1

~f

Quanto mais longa, tanto maior a separação.

, . , . ,   ~ ~ • .   . , . : : i   1   . : -   ~   ,   :   .   , : . • . -.- ,~ ',.'~ .' . - t .   . .. . •   i ~   \.<;, '~.''~~ I '\ . (  

.- '. - ~.;;·d.L....n -.J:rqí.f~.j.:-_, 

Velocidade das emissões

»:

~X') .,;:,;',' f' < l'.~(»:- ',_

::;;;;;1\

:-j \:

:;::t

Quanto mais rápida, tanto maior o nexo com o proximo som e 'VI- .,.

ce-versa.

Obs.: Contradit()r.iar;n~n(e~~  semelhança de confiqura çõe s

mélóm

Jt

\

cas ou rí.1:rt:llC;;é3~g~~ic'i.ona a coesãO': ~'â;'sfipà1fáçã8'dós;ag1ti-

panientos.E

m '

o ú t r a s pa la vras :.? B b ~ r ) 1 d ~ é h e ta a d 1 Fprdpftfà~~-

_ t:,~_··'J~:;·_l.<.i ~.'-: ; ,Jt·;:: ..::l~; -;,·.. ~  ,,··;.4_

coesao do conjunto; os agrupamentos, porem; sao al,ltol' <J-

mos, estando separados por cesuras.. ~',;) ;:, I.. ;,

.; 

····:r~ ·  ~-' ~ :-: '~ ;

·ij\~:/~i~1-;í[:r.c~fn~}~

 

. : .. '   ~::

c-. ~ ...•

' . ' ; . ; . o ~ - ;: . • • • ,   o : : .; ~ ; o'  

3. No temperamento igual.

10

E xe mp lo 1

L ud w ig v an Be e th ov en , z a S in fo ni a - 1

0

movimento .

~

~

~~l, -

o

T

o 'r o

,~ Ii G   J I

e ,

I A --.lI B I

A B

movimento \ ~ movimento I

qên ero d ia tõn ico ~  gênerO cromático

duraçõ~s, predomin7ate- semelhança\dUraçÕes isócronas

mente

isocronas

timbre homogêneo timbre homogêneo

registros: 5 a 4 /registros: 3 a 4

intervalos:

2

as

e

s= nV Proximidade, intervalos:

2

as

B: A

I I

,

I

I

iferenças

Semelhanças

Separação

Proximidade

Movimento

Timbre ho- Registros

Complementação

direcional

mogêneo

melódica:

gênero

Espaço inter-

Config.

1)

movim.\ - mo-

vaiar

melódica+

vim./'

Durações

2) pon-

sensível

(só

1 dife-

tua-

rença) ção dominante

redundância

harmônica

4. As configurações estão separadas melodicamente pela diferença de gênero e di recio-

nalidade.

11

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Agrupamentos menores

Separação

a : b +

C,  ,

t • :~

 

~j

ur açã o maior

 

~i,~

, ,

;

~.:

,

 

Os eiêmentos ft aseofóg icos subordinam-se às leis d o movi- I

rn en to. A ha seo lo gia é, pois, uma man ifesta ção d o R ITM O.

. ,,~o~ofoi.vi§Wi~p~e~i?rf :le~~~~:~7-?a ~o~i~l~~~Oconstit

,fç lglT i~ :é l

, {jeduasrases: , ,

, r ,) :,:, u:':; ,' J

,ll ~:i;l:'l'{lwk 

Im pu ls_º ou ARS IS

Apoi~-bü'TH~sl ':; -'-- -;,~-=;, ~ ; -:'-,' i c' , ; - q

Eni

muitos

'ágrupam'et/osf '_ARS~S ' e \ ; t a

ômitidâ.· '~s{rridô

• • • __ . _J _ _ _ ~t

presente, constitui a fase inicial do mov'mentov cabendo â -rH E34S

a complementação. Cada um dos movimentos possui urn a tendên-

cia e sp ec ífica .

O

Impulso

é

a

manifestação

d e en er g ia ,

tendendo a

durar o menos

, P O S S í v e l , e ,

nquanto que o apoio se

id~n~,in9~9 .m  ,a J

H I

re po uso, ten d en d o a d urar m a is. ' ,.',

.M~ ' 

~ada~' ágfúparr êlit6 ': nt sicah pôde

j

ser

G .I;ass .lfi~ aqo ;:,~ :?n?- ~ las '

ma n e~a s~ ua n to a o

i

íciO   '. ' .  ,,,, ',

, , ; , b l

bl

quanto

ao final. r'\:i'F( ~jd,

Em cad a uma d a s man eira s, há vária s pos sibil id ad e : ;:: : , 'q(::n/l[

I

5, o fragmento que precede-a Thesis denomina-se anacruse.

12

e

;

Exe m plo 2a

A nto nio V ivaldi,

L e

qu at tr o s tag ion i

( L ' E s t a t e l

adagio '

Exe m plo

2b

H e i t 9 { V U J ~ ~ L Ó b o 's , C h o r o s 'r i ° 9 ,

len to  sÓ» ,< '

.~i\.' ~ .'~;: ,,,,

.'

'

L_ 3-~

, . . :

. .i .~ 1 - •. - • .

. ~

Ex em pjp ~á,,-

7  ::,

  ,i , ;  

Johann:es'

B r a h m s , :3

a

S í h f O n ía

p o c o a í le q r e t t o

,.i

f : :: .• , i j. •

:

. ; ' .. ; .•:-   . , .- ':  

E x e ~ 'p   o , 3 b   ' : ' : , - : ; ,

B e e t h à v é ~ , : , 8 a

's l h f

o n i a ' ~

1 '0

' m o v i

r n e n t o

13

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E x e m p l o 4

G i a m b a tt i s ta M a rt i n i , S in f o n ia a q u a tt r o

g r a v e

I '.,

i

::1 :;1

lC ,y: ',

Obs.: Algumas vezes, o desenho se inicia na.Thesis, rna~seui~r~,-,:;,;,~

ter é anacrúsico. Este caráter se deve fundamentalmente ao , ..:

•• (;(..:

parâmetro duração, ou seja, rapidez das emissões, muitas ve~J'-i'

zes

reforçadas

:j:)Qr,5a lto'smovimento ascendente.Exernpro'õ. I

, ._- _ ' .. ~.::.:._~..   . . . .•.. • : .. -•. __00 _ • ~ - '

· · ·· · .1\

. .:; -~y -~~: ~~

E x e m pl o 5

B e e t h o v e n , S o n a t a o p . 2 n O 2 ( R o n dá )

Sob o ponto de vista perceptivo, o ritmo ACÉFALO se rela-

ciona diretamente com o TÉTICO, pela supressão de seu in i-

cio. Entretanto, este relacionamento só se evidencia q.uando .

1

0

) houver reprodução de aqrupamento (le da ,sillJ~tr;ia).t~::;;.

~

xemplo 6a. .. '. '. .

o

,;<,',

;; ;·o ,d '· , j ';.

i

2

0

) a duração-dos .a Jrupamento~'for relativamente longa. E-

xemplo~::: ':' .:  ~.

~,..:~~;~,.>~:....- ~ - : ~ ~ ,: : . .

- . ~ ~ .~ , ,< J - - : 'h

O segundo aspecto

é

maisimpOftànte/pois os sonS.rle·.br~eve

duração tendem a se concatenar com os seguintes, caracterizando

por seu ritmo impulsivo, os ritmos anacrúsicos. Exemplo 6c.

14

E x e m p l o 6 a

J o h n B lo w . G ro u n d

{ ; -. 1 ,,'1: .,-:, , .,,' ', .

I

  •I i ( ••••- ,.- •••

I

I

I

I

\ I ~

.• ~,.

, '., I t   _ ~ •

- , • • o .

I

 .   , .I - . - . . • . • • J

t

15

. . • . . .

_-'~.--

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Os agrupamentos de maior extensão são constitu idos de vá-

rias thesis.

A

primeira e a última são os principais p; .itOS de

apoio, denominando-se ICTUS. E~emplo 12.

Exemplo 1 2

G us ta v M a hle r, 5 3 S infonia

adagiettci

- ; 1

I,

., - :; , -Ó:r ; ::.~

3.

DA

INFLUÊNCi'A'DÀS~ÓUA:LlDADES'DO~sorVrsoBRE

O INfCIO E O FINAL DOS AGRUPAMENTOS

Duração: A diferença de velocidade .que, por , y , r r ' .,I~9°',,~9a,rre~~a

proximidade eporoutro, pr opicia a>s.eparaç~à~J~y?~~c~,·ncr ro 'C a -

so o início anacrúsico; no 2

0

caso, a terminéjçãú'masó:.illna. As-

1 ~_~: ' ..• ~~•.••

  • • . . . •. : . • . . •

«r-

sim, na relação causa e efeito, observamos:   .,  

precedência de valores menores _. proximidade ...;.,'nfeiotana-

I •

(l j • ~', \,'~

crusrco.   ..

Seqüência de valores menores - separação - tern11rtaçNó 'rnasculi-

na. Exemplos 13a; 13b.

.~

 

E xe m p l o 1 3 a

F r éd é ri c Chopi n, S on ata op. 5 8

al legro maestoso

18

Exemplo 1 3 b

B ee thover. ,

S o n a t a pl

violino 8 piano em Fa

M

..••1_

Infens'idad~:A:'th~sis:é m ~tto -mais umcentro de..9r~avidad~cr tm ica

do que uma'

manifestação'

de :1~nJensidade;poftarito,<5:.sé(rv8Iume

está implícito, em conseqüência dos fatores condicionantes do

acento. Todavia, os sinais de maior grandeza na intensidade en -

fatizam o ataque tático. assim como reforçam o

aumento.deten-

são, quando esta se manifesta'na .projeção il1elódica~,hwmonicâ~u

tímbríca. Exemplo 14.

, - ,

Exe mplo

1 4 : : - · : . : : i ~ : < ~ : .   . ·   .,  

W . A,

Mot~Tt;'Ae ~'üiém ~'11 ~ Í<rem .énd ae .

c,

: ; ;> . . . .

_ . . .

. ; ';,:

A combinação das diferençasdeduráçâo ê' iriterisidacl~;:propicia o

início

g,nacrlU, COcom terminação feminina.

Exemplo 15.

fb5~. :/~~ ~g~r~;~~\ ~' ~· irlé~ ~.:.f~ · ~1P}rii/cb '~,c~~ tát~ r.~a '~é ~-li'~ ~stá

 ' precedida pcMY~;lpr~sménbr{{s: S~a~~6rrê~da,;po~é~,;:'~~fe-

, tua após a Thesis, a ~ual, assim como no in icio anacrúsico,

resulta dos fatores condicionantes do acento. Exemplos

:. r,';~ ~H)a;J6b~,.,.,- -  , '

. . '~ '.: ~: ;.:. ' t · ~

 z . . o)~:d ; ~~. ~;; I'  1

· ; ~ ~ : . .

i

1-. ::~~~ ~,~

.1:'~.:'; • r

...;  .': ~.

:Çf~ '1

:~··l~·;:

0~ ~· J

()~u.~r~.í'.~:.

'Y1 :: ;G~Ú ~.~-'i~,.

. ·· .~ ~ \ . '} f , ' , : '. ' ' ., ;~ -; ' ,: ' -   ~ '

< . ~ .. . .: ] . ~ , :- r

:?~~7. U~r~~~-:~..: (; .

19

-

---~----

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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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Exe mplo 15

P. I. T c ha ik o ws k i, 6

8

S infonia ~1 o movimento

Exe mp lo 1 6a

Georg F . Haendel. O Mess ias - C ho rus nO 2 8

~=

t

Exemplo16b

M a h le r, 2

a

S info nia - 1

0

movimento

3 g b , ~ ~ . ~

bC__

: ' ,t

l..3 -.I -1,'

Em determinadas circunstâncias, a

neta

que

sucede

o valor

maior pode corresponder à terminação feminina como se ve-

rifica, por exemplo, quando a configuração do novo aqru-

parnento éunidirecional. Exemplo 17.

E xe mp lo 1 7

Beethoven, 6

a

Sinfon ia -

50

movimento

. . ~

20

Quando a resolução da apogiatura corresponde a som de breve

valor, este se concatena com o próximo, caracterizando o iní-

cio anacrúsico. A coesão se intensifica quando os seus compu

nentes formam um semitom ascendente. Exemplo 18.

21

,- -.

~ ) < ; ~ ç n p o 18 ,

Bsethoven. S onata

o p .

7

,t~~gg,;.'. '.

----+-,_.

I

~

 .

.:. . -

. ,. ~

  .

.'

,

f;..'> : O menor el emen to fra seol óq lco é o I NCISO.

Dois ou mais in•..sos formam um

MEMBRO

DE FRASE.

Dois OL i mais membros de frase formam uma FRASE.

Duas ou mais frases formam um PE R ro oo (as exceções serão

examinadas posteriormente).

A propósito do inciso, há muitas controvérsias no que se re-

:  'refe '

ao-slqnificado

e 'sign·f1cante. Hiernann e Bas empregam como

';')sinôI1imtro

termomotivo.Parao último, tais.elementos constituem

o germe da composição musical, da mesma maneira que os pés

..c:·~9~l~ .itlJemos elementos fundamentais do ritmo e da palavra. Vin-

cent d' Indy utiliza o vocãbulo cé lula , referindo-a como o menor e-

 

'

  .. ; ;.< , -- ~~;

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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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lem 1110

int ti

o morfolóqlco, Paru

r

k 11 Ich ntr t

t,

o.

motivos constituem a matéria-prima da construção musical. chl-

nardi usa a terminologia grega ( Kolon// e  Kolàs - este, no plu-

r ') para expressar qualquer figuração sintática.

Schoenberq

se re.:

fere apenas ao motivo-germe da idéia, considerado como o'''nWríii

mo múltiplo comum da composição. Stein propõe ': figuraçãÕi.:,

(figure) como a menor unidade da construção musical: elem~l1tb

formado no mínimo por um intervalo característico, podendo In -

cluir dedois;~.po~e>~ns, enquanto clQe o,m9t(Vb's~nifica, ,..;orum

lado, um breve SuJeit6de'umã irlVençã06

e ;

por outrolado:

ur n - fraq-

mento temático constituído de

20U ~

figurações. . . '.' ,

i

Por questões didáticas, adotaremos os seguintes critérios: :

O menoragr~pa~~ntó- da 'sintaxe .rnusical

é

aquele no.;~ual

a

Thesisse

Insereou seja,

INCISa ... ', .~-:, '; ,-~ :;:}

Ouandoo inciso é segmentável, cadd ~m dos~:f~~gmentos cor-

responde a uma FIGURAÇÃO. .

As figurações podem também funcionar como eiementos de

ligação.

7

O inciso pode estar oculto em algumas vozes. Sua evidência

emana da inserção tética nas vozes superpostas.

~ ;. : ' , ~ ~ ? • . ~ ~ - : - : , :: ;

o : ? ; . :: . . .~_ _

~ :~ ~::1.~':~:~ . . _ ~ ': ~ .~ ~ ~.J : 1 ) : ~ ) ~

N.B.: Muitas vezes, o inciso se identifica como motivo, consti tuin-

do o germe da estruturamusical.No volurnesobre.torma, exa-

minaremos esta questão 'com mais detalhes.v.r, :). ,'  .:

j

.

...

,..

• : .: . ~ ._0 :

5. DA DELIMITAÇÃO DOS INCISOS ,:-;'

Nem sempre é fácil delimitsrosãrreisos. :Entf1eQ~\if~iQre.s:<Que

dificultam esta tarefa reside 'o da repr·esentaçãodefeitu'O~,p~.~q TI-

6. Aplicando-se ta~be;n ao rnoteto , r'n~drigai e todas formas mct ívicas, asstrncorno

na elaboração dos.desenvolvirnerrtos ou demais seções daestrutura a serem exa-

minadas no volume

Estudos sobre Forma; .   {', ' . ,.,.

1. Maiores esclarecimentos, no final deste capítulo.

22

dlfl

ul.d

d

an

lftlcu.

Obs.: Na linguagem polifônica, a sintaxe .de cada voz é ind pCII

dente.

O,?~/~Çi~9s;~1Tlaisáceis .de reconhecer .são aqueles cujo final

esta delimitado por:

1

0

) P('t~sa.Exemplo 19a:

E x em p lo 1 9 a

L L u z za s c hi ( s sc . XVI), Q u iv i s os pi ri - M a d ri ga l

$ Y

f; -. J~2t~

t .

2

0

) Som de maior duração. Exemplo 19b.

E xe m pl o 1 9 b

H . P u rc e ll , S u it e.l II -Corrente

~ ~ .:,

,:;::~~

-l} ~~)~_;~ ''':.~''

1.:~:

.,i 

3

0

) Reproduçãoig'ual ou elaborada do.desenhn.Exernplo 19c .

E xe mp lo 1 9c

F . J os ep h H a yd n, S in fo ni a L o nd re s - F i na le

~

I.T. '. .

t I.r. ..•..

23

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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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Os incisos podem ainda ser delimitados pela: '

4

0

) Mudança de configuração, inclusive no movimento dire-

cional do desenho. Exemplos 19d; 1ge.

50}

Reprodução de nota. Exemplo 19f.

,

-

E xe mp lo 1 9d

W . A . M ozart, Sonata K 330 - 1

0

movimento

E xe mp lo 1 ge

W . A. M oz art, S onata K 333- 3

0

movimento

E xe mp lo 1 9f

W . A . M oz art, Sonata K 330 - 1

0

movimento

N.B.: No exemplo 19f o fator primordial

é

a reprodução do dese-

nho: a reprodução da nota apenas, reforça este fator. Por ou-

tro lado, no exemplo 1ge o fator mudança de, confjg;~.reç~o

sobrepuja o da repetição da nota.

24

't

É necessário estabelecer-se distinção entre o efeito da repro-

duçãerou

mudança de configuração do desenho sobre

o

acen-

to condicionado e a delimitação do agrupamento. Neste caso,

a cesura se estabelece exatamente entre os dois desenhos en-

.

,

quanto que o 1

0

caso ocorre no momento tético, como se ve..

rifica nos exemplos 19d e'19g, no último com mudanças de

compasso por nós estabelecidas em conseqüência da supracita-

da reprodução de desenho.

Exemplo

19 9

B rahms, ja S in fo nia - 4

0

m ov imento

 

J

r

Exceções

n

No 1

0

fator, a linha melódica do inciso pode estar fragmen-

tada em figurações separadas por pausas. Esta ocorrência se

verifica mais. freqüentemente nas linhas ornamentais e nos

:agn. pamentos piramidais, este a ser elucidado posteriormente.

Seja num ou noutro caso, o inciso só se efetiva com a inser-

ção

tética ,

Exemplo '19h .

.-.~, ç ;

Exem plo 18 h

W . A. M oza rt,Sonata K 330 - 1

0

movimento

: < ,o No ;2

0

fator, eventualmente os sons de maior duracão dão

,~ LJ • -••1 ,; •

25

I

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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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início a um novo agrupamento. Esta exceção se manifesta,

por exemplo, na mudança de textura ou de timbres. Exem-

plo 19i.

Quanto ao 39 tator., serão dados ma iores esclarecimentos no

estudo de agrupamentos piramidais.

Exem plo 19i

W , A, Mozart , S onata K 31 0

ar , jante

6. DO MEMBRO DE FRASE

Em principio, dois ou três 'incisos formam um membro de

frase. Os membros de frase, portanto, podem ser'

bínáriósóLJ

ter-

nários, de acordo com o número de incisos que os compõem.

O acoplamento dos incisos se fundamenta 'nos prlncíplos da

coesão, cornplernentaçâo e redundância. No 1

0

caso, prevalece o

fator proximidade: relações de segundas, registros hornoqêneos ou

contíguos, além dos pressupostos examinados anteriormente. Na

complementação, o princípio da inteligibilidade está em primazia:

a.rernataçâo harmônica, clareza rítmica e, de maneira mais sutil,

o concatenamento, tensão e distensão n a melodia. A redundância

contribui para a unidade do discurso, consubstanciandó aênfase

das proposições sintáticas. Exemplo 20a.

Examinemos este exemplo.

No 1

0

membro  de frase, 'o acoplsmento dos dóis primeiros in-

Exemplo 20a

Brahms , 2

a

S in fon ia - 2

0

mo vime nto

411 , ,,~

Dq~) D9-1 --5-1- D1-

s' ; .

&»;~

ij

t   ~~ •. ~~ ~~

- '1'-,,-:-00-- T --'. -' D -- '1'••.

cisos decorre da semelhança da configuração. O 3ÇJinciso poderia

dar início a um novo agrupamento; todavia, em cada um dos três

incisos iniciais, predomina a linha diagonal enquanto que o perfil

dos demais é fundamentalmente angular. Por outro lado, o enca-

deamento harmônico do aludido inciso reforça a harmonia do pre-

cedente no qual as funções D e T aparecem após as funções D e

(O

9) da Sr,ou seja:

D7 (~9)

.~

Sr

D9 T

3

STDT

No 2

0

membro de frase, o 2

0

inciso enfatíza harmonicamente

asuspensão do 1o eisó após, processa-se a cadência.

26 27

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T D TD

Ta

Assim, a redundância harmônica do 2

0

membro de frase for-

talece este agrupamento, separando-o ainda mais do precedente.

Eventualmente, a proposição torna-se resumida, restringindo-

se apenas a um inciso. Este fato pode ocorrer quando, porexem-

pio, após a cadência, um desenho é reexposto com diminuição de

valores. Exemplo 20b.

E x e m p l o 2 0 b .

B e e t h o v e n , S o n a t a o p . 2 , n O 2 - 1

0

m o v i m e n t o

~.

. :.. I ~

~ = É

I

. ~)

p

> - , , . , -

o.. ., . ,_

,

I , '

Neste exemplo, há.dois aqruparnentos maiores, separados en-

tre si pela cadência

e

pela

reprodução

da co~fig~ia · ção.Porsua ve z,

I ( o 10 agrupamento é dividido em três membros de frase, no 10 dos

28

'.#  :,,--.-,

quais os incisos se acoplam fundamentalmente em conseqüência da

proximidade intervalar e da unidirecionalidade do movimento.

Após a cadência, o agrupamento inicial é t ransposto uma

5

a

J. acima; esta circunstância condiciona a diminuição de valor da

1

a

figura e, assim, o membro d e fra se que inicialmente fora bi n á-

nário fica reduzido a 1 elemento, como se verifica nos esquemas

a seguJr:

' : ;   :

••

w

0

T

(D7)

D7)

D7

. I

I

Cad , Irrper fe í.t.a

I I

~

I

I I

I I I

I I I

~

Sob o ponto de vista qualitativo, os membros de frase classi-

ficam-se em afirmativos e contrastantes.

Afirmativos: os incisos são iguais ou semelhantes .

Contrastantes: os incisos diferem.

Nos membros de frase ter n ár ios, pode haver reprodução ou

semelhança entre dois incisos; ainda assim, basta uma diferença

para caracterizar o contraste. Exemplos 21a; 21b; 22a; 22b; 22c;

22d.

N.S.: A

estruturação

do

discurso musical se estabelece com a pro-

posição - uma articulação menor, cujo perfi possui um certo

acabamento, propiciando, assim, sua conexão com outras uni-

nidades. Geralmente, a proposição é exposta pelo primeiro

membro de frase do agrupamento, pois sua estrutura se assen-

29

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l xn m pln 21 .

J

h a n n e b a s t i a n 8 a c h , P a i x ã o s . S . J o ã o - C o r o

67

l > : e m p l o 2 2 c

H a e n d e l ,

O

M e s s i a s - n O

1 3

la r g h e t t o

$Al~

membr o de f r as e bi n ár i o af i r mat i v o

4 ~

v Ó:

membrode frase ternário contrastante ( o 19 inc~so difere )

E x e m pl o 2 1 b

B e e t h o v e n , S o n a t a o p . 2 , n O 3 - 1

0

m o v i m e n t o

a ll e g ro c o n b ri o

E x e m p l o 2 2 d

W . A.

M o z a rt , S o n a t a

K

3 3 0

a l l e g r e t t o

~

membr o . de f r a s e bi n á r i o c o nt r as t ant e

.' .

.~ ,~ :~ . / . - -   .. .   ---

c:b .,'.

rnanbrode frase ternário =ntrasti'lnte ( o 39 .íncíso difere)

E x e m p l o 2 2 a

W . A.

M o z a r t, S o n a t a

K

3 3 0 - 1

0

m o v i m e n t o

a l l e g r o m o d e ra t o , . '

ta sobre sólido encadeamento harmônico. Muitas vezes, po-

rém, especialmente nos andamentos lentos, a proposição

'já

se

define no inciso. Nos andamentos muito rápidos, aproposi-

ção pode corresponder a uma frase.

a

 

Exemplos 23a; 23b.

E x é r } l p ~ i d 2 3 á : : · . ,

J.

H a y d n , S in f o n i a n a 2 2 - 2

0

m o v i m e n t o

p r e s t o . ~ ' \ . .

t.:- '. - i i

1 -

- ...

:  -

~~~9~

rnanbrode frase ternário af írmacj.vo. . . ,',' '.,~ ... ,.

,.-

._ 00

 

,.

;

~

;.-

I

'-

.

~ . .

I

' 1 1

li-

.,'

>.

..

I

4-

'  .

E x e m p l o 2 2 b

W . A . M o z a r t , S o n a t a K 2 8 3 - 1

0

m o v i m e n t o

a l l e g r o ' . '. . .. . '

r.

: - .. . . • (.

30

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, ,Agrupamento Piramidal:

é

antinômico ao precedente, refe-

-  rericiando-se a um inciso (e portanto unitético) dividido em peque-

nas articulações, entre as quais, pelo menos numa, o apoio não é

preponderante. ,

As articulações dos agrupamentos piramidais são distintas das

figurações, pois estas, por um lado, correspondem a distintas fases

~-P::-CI,-;c Ô------'._---; '

)<,:0 do movimentof e, por outro lado, correspondem a ornamentações

-

:\' 

\ [ ~ 4 ~ .~ ~

\'~Iíªt~~.~~

~?=,

Hb :i

': hU~::~~i~~bO:~~~~n~~~~~ : : o: ~ : ~ : a ~ .a r x ,o ~ ~ ~ e : ~ ~; : ~ : ~ d : :

)W; t ~~=--. = = T= :':t';,, [lj\i~'. 

t - ~ ç;- ..  'c   ,o-,nt _ , o

= , . ' .  

, ,  ; li ,

o; :ZU :j .• ,: ~ ,jM üi ta 's '{i ezes reapresentadss.em ccin d en ,sa \.ões~ ',, ' ,

J  Z) ll'r~'~; -:;;~;.~; ,', 'i~;; ;n ; )~ : '; ,I ~ ;, , '' , r , : : '; ' : : r : ' ; : ~ ~ ~ ' ~ 7 ~ : ·: : : ,

Exe mplo

23b

Richard S tr au ss , T il l E ul en sp ie gel

co modamente

7. AGRUPAMENTOS ESPECIAIS

I

Agrupámento Pivô é uma estrutura pluritética, cujo perfil é

indivisível em agrupamentos menores. . '.. ~_

Mormente; a unificação deste agrupamento decorre

aos

'~?r

guintes fatores:

1) Movimento unidirecional.

2)

Arpe]o

(geralmente unidirecional).,:

3) Durações lsócronas. . ; . ,,'  : ::

4) Complementação harmônica. .'

5)

Conjunção melódica, especialmente o sernrtorn ascendente.

Exemplos 24a; 24b.' , ,:~

E xe mp lo 2 48

Giovanni

B,

Pe rgolesi, S e Tu m 'arni

andantino

32

Exe mp lo 2 4b

A nriq uz d e V ald erra va no (- /1 54 7), D ife re nc ia s s ob r e G ua rd am e I as v ac as p /

alaúde

33

I

I I-AP-~--

I

I

I

I

I:

j-

- ' : - - i

  b .' I

= : [Obs.: Dentre os fatores acima expostos, so ressai a comp ementa-

, --r: ção harmônica, especialmente quando

é

reforçada pelo serni-

tom ascendente, pois o volume dos acordes, fortalecido pela

solidez do encadeamento, favorece a coesão e a proximidade

L : : . } - : : ': : ; ' 1 ';entr:e os sons do agrupamento; reciprocamente, a indivisibili-

r - - - ; . -

-' dade da melodia torna o encadeamento mais resistente. '

I I t . - : _ : ~ - ;   L

Geralmente, o aqruparnento pivô se encontra no final de u~a

,,~~.:~L

frase cuja proposição

corresponde a

.urn membro de frase

afir-

. rn a tiv o.

A coesão do agrupamento

pivô

contríbu i para

a

con-

sistência

do

agrupamento fraseológico. Exemplos 24c; 24d.

~

I

I

I I

I

.l.

I o

--

,

v

J

,~-

+,

+

. , .

1t--

.

. ,

~

,

I

I

I< wo i

I

• • • • • •

-

,

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Oos.:

É

comum a ocorrência da reprodução do desenho neste agru-

pamento. Como foi visto anteriormente, esta característica é

uma das premissas para o condicionamento do acento que

(;10 caso) pode corresponder ao apoio preponderante. No

. agrupamento piramidal, porém, a Thesis não se insere n a ' a i~i-

culacão

recorrente, pois, geralmente, este agrupamento

apa -

rece nas seguintes circunstâncias: '  

1

0)

as articulações piramidais reproduzem, elaboradarnente,

o agrupamento anterior.

2

0

)

as articulações piramidais estão interligadas pela proximi-

dade rítmica e melódica; no último caso, em relaçõesde

2

a

s, aplicando-se também

à

harrnonia.U '

3

0

,

o nO de compassos do agrupamento piramidal é equiva-

lente ao da proposição (simetria). Exemplos 25d; 25e.

Exem plo 25 d

W . A. Mozart, S on at a K 281 - 1

0

m ov im ent o

Exem plo 25 e

Brahm s, 2

a

Si nfonia - 1

0

m ov im ent o

mudançaauditiva de o::npasso Em virtude dos fatores condicionantes do

acento

11, Nem sempre as relações de 2

a

aparecem na harmonia; na melod ia, porém, são fre-

qüentes.

Agrupamento Fusão é aquele no qual a prolongação dosam

faz arrastar a figuração impulsiva para o momento de apoio. Exem-

plos 26a; 26b.

Ex emp lo 26 a

6é sthoven, 2

a

S in fonia

allegro con b rio

d. FusdO

~~~I

·_--- -r-r- -.-

-: - - - ~ .. , = = = - - - - . -

Exe m plo 26b

Brahm s, 1

8

Sinfoni a .. 1a m ovimento

A frase se distingue dos agrupamentos anteriores pelo acaba-

mento de sua estrutura; é mais extensa e finaliza com cadência.

O

membro da frase poderá concluir com cadência; esta, porém, é

menos contundente, pois, por um lado, sua

l inha

melódica está in-

- , .

cornpteta.e, por outro lado, a duração de seu transcurso é efêmera.

Geralmente, a frase resulta da conexão de dois ou três mem-

bros de frase. Muitas

vezesporém,

sua estrutura é mais ampla, seja

~ela soma

de

quatro membros de frase binários e/ou ternários se-

ja ~e ? acréscimo de IJm inciso a um grupo ternário. Contudo, a

maror ra d a s frases é bin éria ou ternária.12 -

12. Posteriormente serão dados esclarecimentos sobre  agrupamento em cadeia .

37

j

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Sob o ponto de vista qualitativo, as frases podem ser:

1) Afirmativas

2) Contrastames

3) Irregu lares

1) Afirmativas: os membros de frase são iguais ou semelhan-

tes. Exemplos 27a; 27b; 28a; 28b.

Exumplo 27a

Schube rt, D ie schoen eMuellerin -Trock ne 81 umen

ziemlich langsam

I,~ II

4 ; . . . . - - - - . -

= .

I' 'I' 'l'.. '1:: (o) T•.• CP.

f r as e b: L nár i a 3f i n r at i v a

 . 

,.

,

..

Exemplo 27b

W . A. Mozart, Si n foni a nO 40 - 3

0

movimen to / Menuetto

al egretto ~

C 1 10 · ,,,_.

-~

~h~ ~~

-

t l' 1'D 'T T DD ' 1

1   11-- J I I

Exemp lo 28a

J. S. B ach, Invenção aduas vozes em Sib M .

~1C~.

~'

f r as e t e r n á r i a a f i r mqt i va

. : .;;  .;   ,-.j :::.

38

I

I

Exemplo 28b

Beethov en , 9

a

S in foni a - 2

0

movimen to

J =

106

.: ,   r .

1 •.I~ . I

: l = = = ~ . ~ ~   t

.

-

- .

- . . .--  ---

f r as e t er n á r i a a f i r ma t i v a

r. '~;.' (nContrastantes: OS membros de frase diferem em seu perfil.

l,~·:f~err.rplos 27c; 27d; 28c;28d; 28e.

I .

l

L\ ,;F ~femp (1 27c

..\;tiJbhn Dow lan d , W hat if

i

neve r speed

, . J

~'.. .

..

;,

39

 

Page 21: Fraseologia Musical - Esther Scliar

7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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E xem plo 2 7d

8 ra hm s, 2

a

S infonia - 2

0

movimento

a da gio n on t ro pp o

/ p l t l t } ,

L_______ - _ _ _ ~

ij'I/lf_~_ ~~

- , ' _ I

--~--- frase bí.nârLa cont.rastante

Exem plo 28 c

W . A. M oz art, Sonata K 2 79

andante

3) Irregulares: os membros de frase diferem na sua extensão.

Assim, por exemplo, numa frase binária, o primeiro membro de

frase pode ser binário, e o 20, ternário. Exemplos 29a; 29b.

~xem pio

2 9 ( 1

W ,

A. M ozart, sonata

K 330

Exemplo /8d   : .r

Haendst, O M e ss ia s - Á ri a nO 36 j , ' ,'

e

allegro ,,. ., -:'n  .

frase ternârt a irregular

I

, '   '

Obs: a frase é ~otal;1PJlteoontrasta.'1tee o 29narbro de frase é afirmativo.

_ ~ nãoobstante o pequenooontraste no 19 Lncí.so

'I ~~ ~ F f'W 3 : E '

I I, 1\' I

Frase ternária CCI1trastante ( o 39 rreTt:rc0 de frase difere )

-. ~.. 110

. '(

'Exemplo 2 8e

C h r t t o p h

W . R . G lu ck, Iph ig en ie en Aulide .. D ia ne i mp itayable

~

.

9:-,~~~ '

L -(I II~I

frase ternária =ntrastante ( os 3membrosdefrase diferan )

40

. -.~•. :k .

41

 

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I xu m plo

z s e

I lao nde l,

O

Messias - A ria nO 2 0

-

, L ' __ - '-- _ _

JVo.F.e M~.T.

frase bin .irreg .

oos, assim CCflI) os m. de f. a frase

é

constrastante nãoobstante

a identi.dadeentre os incisos iniciais. '-'

N.B.: No exemplo 29a, o 39 inciso inicia o novo agrupamento,

pelas seguintes razões:.. .  .

l) em cada membro de frase, as funções haim-ô-niÓá;~;~stão

aproximadas por relações de

2

às

.· Nas notas mais a4udas

dos dois primeiros agrupamenfos,. observamos 9.:s~~inte

eixo: fá-mi-fá-ré-dó# -dó~-si-dó:' .. .-'.~.~ ~':.,-).:.3:··

2

a

} a anacruse deste inciso, por seu caráter impulsivo, dina-

miza o movimento, aproximando-o, assim, das articula-

ções subseqüentes.

3

a

) no 2

0

membro da frase, o primeiro inciso origina os

demais.

9.

AGRUPAMENTO EM CADEIA

É

um agrupamento maior, cuja extensão é geralmente provo-

cada por progressões modulantes. Este agrupamento condiciona a

cadência evadida; esta, porém, poderá ser condicionada por outros

fatores, como será visto posteriormente. Exemplo 30.

42

Ex emplo 30

B e et ho v en , 3

a

Si nfon ia - 1

0

movimento

al le gr o c on b rio

< ~ • •• ~- -.

~

'~:krª_\ ....._,'

~9 \? li ~

~~

~

  ~ ~g) ,.----------

~

I

L.i<~.

...5,., .

(~9)   1  ,. .

T

' 1

~~,:fL.1 ,.~  ,.------1.--,--

, :,,> tt ..,,; ..,. 1 . '1 p

-- .- .

, . . .

.~

1 -

s

(D )

o

. CAt> o PEItF61

T

-, ',

7  

o

 _

D

i. '.~\:

~:. .

 ,.;

.~ , .'

:

agrupamento em cadeia

P . C.

U U W W 'l l J

-

.

 

.

-

.

a a 3 a '6 '., i 3·

G

6-

4 4 4 ~

43

I

~ 'r::

1WJHF

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Considerações sobre o exemplo 30.

Os três primeiros membros de frase são afirmativos; o 3

0

,

po-

rém, contrasta com os precedentes. o último dos quais está con-

densado, .niciando a preparação para o ponto culminante quese

 

intensifica com hovas condensações e a projeção para o agudo   c 6 fn

uma anacruse, que atinge o ponto culminante no início do 40

membro de frase; este finaliza em suspensão, preparando a

cad~r;;-

cia, que é atingida com uma linha diagonal descendente.

 

10. DA FRASE ISOLADA

Em geral, as frases se concatenam entre si, formando aqrupa-

parnento de maior dimensão. Vez por outra, porém, a frase é au-

tônoma, a exemplo das introduções, transições, cedas e demais e

e · ,

mentos auxiliares da forma 13. Exemplo 31. '

Ex em plo 3 1

W , A. M oz art, S on ata K 2 83 - 1

0

m oviment o

s,

 

: ,;,-

·.l·

13. Maiores detalhes no volume Estudos sobre Forma.

.:~f:

4 4

• . . .

-

frase

/ af

ízrrat.íva

isolada

I

- ' f · '

. , ., a

;.J .4 i t ~ . l

: I

I

j.:~~--.-J

I

L J

a

Cad, Def írrí.

ti

va

11. DO PERfODO OU SENTENÇA

o

período é o agrupamento mais completo da fraseologia,

.correspondendo, muitas vezes, a uma parte da estrutura morfoló-

gica. Há peças formadas por um só período, como se verifica em

 A dew, a dew de Robert Cornysh. Exemplo 32.

~.::E~

I

I I

i

I

I

1

I

 

...

 

I I I 

I,

11

J

 

1

i

11

1

11)

.

I

i

I

,*-

J-I_

I

-+--r-I

..•

I

I

/

I

I

I

I

I

1

r,:~

'i -,

'(

I~ \

i ,

l . 

;  .

45

quando:

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Sob o ponto de vista quantitativo, os períodos se classificam

em binários, ternários ou duplos.

O

condicionamento destas estru-

turas depende basicamente do princípio da complementação, prin-

cípio este que se define em função do relacionamento entre o an-

tecedente e o conseqüente. '

O antecedente enuncia uma proposição cuja cadência não ~.

definitiva. Esta condição está relacionada com o caráter da propo-

sição, cuja oração é geralmente interrogativa, pois finaliza com Ia

cadência suspensiva. '

i

O

conseqüente complementa o antecedente e, portanto, quan-

do esta oração é interrogativa, a subseqüente pontua com a cadên-

cia conclusiva. Este paradigma é mais característico nos períodos

binários, especialmente naqueles que do ponto de vista qualitativo

são afirmativos (paralelos). Exemplos 33.

r

r

Ex em plo 33

S c hu b er t: I mp ro vi so p ós tu m o o p.

142.n

o

3

• 0-' ~

ti

. ~ ~);J l?

. ; . ,   ~~   - \ ~t

j .

T D

T

S (D-----) P

\~~~~m~~~

(~~M~-~~~~

Exceções

- _ . '-- . '

.-

  :   .. ~

:

:, .  

~

O

antecedente pode finalizar com a cadência conclusiva

46

1

0

) A função tônica é enfatizada.

Ex em plo 34a

: tI - .

A.

Moz art.Sona ta

K 281 - 1

0

m ovi m ento '

 j~ legr() . .

Exemplo 34a.

T

.dI

T.

5

T

Co,..se<li.i~NTE. ~

t.

~ ~

~3~

~,,-

~3 

J

T

$J

T3

D '1'

./

c .c .

P

0

6-5

~_5 -

T

. 2

0

)

O conseqüente modula, fin~lizando em cadência conclu-

siva ou suspensiva. Exemplo 34b.

~~- ._~}_.-,,-::

1

·$::~.~3q)

Os membros de frase 'doa ntecedente .são ,jguais ou seme-

lhantes. 14 Exemplo 34c. '. ' ..

'- .

O conseqüente pode tu. '. d ê

on uar com' ca enciasuspensiva

quando:

. 1

0)

_Como el~~ento auxiliar da forma, se encontra inserido na

Introduçao, transição, ou retransição 15. Exemplo 35a.

14. Geralmente, enfatizando a Tônica.

15: oSS::;:~i~~sn~

i ~ ~ ~ ~ ~ ~ i : s t~ : ; : , ~ é s ~ b ~ e O d : m

inalizar com cadência suspensiva, como

rorme.

47

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Exemp lo 34 b

Schubert, D ie s choen e M uellerin

langsa m

c.c.

P_

--_[

\ :

_ '''::e-::.f

'..::- --~:. 

. >

- .

-

48

Ex emplo 34c

Be ethoven, Sonata op. 2 , n O 3 - 1

0

m ov im ento

• - n

I

-

- -

.--

I

~

I

I

» ~ ~

.

~

.  T

o

i li' •• li' ••

~

q . • .

.

I

I

c.c.

p_

n

-T

D

D

  T I

I

49

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30)

Fu parte de um período duplo. Neste caso, o 2

0

perío-

do geralmente pontua em cadência conclusiva, respondendo como

conseqüente ao antecedente inicial. Exemplo 35c .

.---._---

Exemplo 35 c

M o z a r t - S o n a t a K /3 0 9 - A n d a n t e

perícdo

~-----

U

lJ

C. C. P.

antecedente

S T

T

Tr D T

T S T

T

T(D)

ti

T

v

Tr

Obs.: Muitasvezes, todo um período

é

reproduzido. Esta repeti-

ção, geralmente ornamentada, não afeta a estrutura sintática,

pois a redundância

é

total como se verifica no exemplo a n t   ~ 7

dor (c l 17

a

29 em relação. ao

c/ 

a 16) caracterizando ap'e;-

'nas

o período

recorrente.

16  . '.. -.: \;;

Em determinadas circunstâncias, a suspensão no conseqüente

propicia a ec osão de elementos conectivos (transição ou retransi-

cão). os quais, especiaimente nas partes intermediárias;

poderão

emergir da dilatação da cadência. Exemplo 35 d. . <;\

16, Aplicando-se também à frase,

  J

52

.-1

. '.

53

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--- ~-

:

.

56

.~:.

'

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Exe m plo 3 6a

Beethoven, Sonata op . 28 - Scherzo

al legro vivace,

Exe mp lo 3 6c

Chopin, Mazurka, op. 59, nO 3

r

(

vivace '

c~

 ~-,  - -é~ -,   .,

=

C.

 P 

'I . U .E

f' II re ~

,.... I- .-~_

J-~l

r1

1

j--j I

r - ,

,

I

Iu

-----t--;-- -

-#

~i.--

t--'

I

'I

J ,- - -

r - -- J .

~

~

4-

. . .

•  

. ,-- ,

I

, I

I

I

E xe m plo 2 6 b

françois C ouperin, Le H ossi cno ] e n a mour

.< E'xerr lplo' 36d

:;$churhànn,

Á l b u r n p a r a a j u v e n t u d e -

Schnittertiedc hen n ic ht s eh r

s c h n e l l .

' ~ - 1 ' , '

I

, I

  : ~~~~~~~~~

(,~~~~~~~

II

D,C . A O

19

ao

49

ocrrpasso - frase binária' afinnativa.

Cada

rnerbro da frase

é

binária'

sesve

oontrastante

59 ao, 89 <XfTl:asso - tl:an.sl'oslção( D )

=

J ltrap:mto (29 f Case)

3~ ixese - retôrno   19 .30 ..49 J   SSTI repetiçã:o

 ;O'~ ;clusãc -

perioc1o,tE~'iC)píii.. lllat,iw

~ -, - ; -... ;:-.:,i /~:J ~:~}'::'

61

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Exe mplo 37c

Ex em plo 3 7d

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C h o p i n , M a z u r k a , o p . 33 , n O 4

)=144 - l52

:,

l

Exemplo 37b

A 2a frase corresponde ao 2

0

antecedente, caráter cujo con-

dicionamento advém fundamentalmente do processo rnodulató-

rio: a frase modula para a subdominante, criando urna tensão que

se' enfatiza com o impulso do 2

0

membro de frase. A cadência

desta frase é prolongada, não obstante a ornamentação,

mas

seu

caráter

é

interrogativo, pois, apesar de imperfeita, encontra-se na

subdominante, tipificando uma das possibilidades de meia cadên-

cia, não obstante o penúltimo acorde ser uma dorninante

indivi-

dual. Toda 'a projeção da 1a frase torna inadmissível a resposta i -

mediata do conseqüente. Assim, a 2

a

frase em suspensão subordi-

na-se ao 1

0

antecedente e só na 3

a

frase

é

feita a cornplernentação.

cuja frase, embora não muito diferenciada, se distingue das demais,

conferindo ao per iodo um caráter contrastante.

64

 ,'T~'

 

' i '.,

.. .. . . . .

~

. . . • ..

W . A, M o z a r t , S i n fo n i a L i n z

p oc o a da g i o

T

, ---...:..,FRA5f co~ TU.nhTIt

\

5, -D

\

5

-T S T

A

N T

f c.e. Je

..sT·e )-

i: >

rrE~A: PEA OOO TfRNIÍ t< io

ç.;nJ-r~f't5rAN-rf.

c : . ~ ~ ~

= p ~ .

==~:~~

i

==

~ .. ' ,--=_,;; ~ .~

i

F9

i

,~ F - = e

  :

;~'

' I '   , - - ,~ ~ ,~ y

li

J

r

e

, 1-4--, ..---,.-

l

I

l

  j

-

- --

J

L . . . . .= : . . . . .J

I

~

.

.-#-

~

r- ,

r - - - - ,

r

I

r'

~

-

I

t-

I I

7'

r I  

r

I.-..-.J

65

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· ,.

~:

f ;

68

.. ',-.-

 o  

I

Ex em plo 38

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J: H ay dn , S in fo nia n O 4 5

~dagio

, pe.dcdo

- ---- ----

>

antecEdente

ternário contrastante

~~~

U '-[j L J

u

  o ) S r 0 ) 0 9 0   i ) S r 0 ) 0   O) S   O) )   l 9 ) Tr I Y r 0 7 ) S 0 ) S

S r   ) 1 l 9 ) T r ) 1l 9 T

pEdal

D----------

cld _suspens.íva

c.c.e, -;

prolongada:'

meia'cad.

prolongada

Este períooosintetiza uma grande cadência plagal, como e~t~

esquema demonstra: ' . .

t

~

1a f 2

a

f ' 3a f ,- ,. - :~

rase ' rase . rase '. '-,''';:.

::;t- í

 

J , ~ , ' ~ : . ~ - '-

,'1 .,

n

 ~

:~

.. - j~

; ' ' J : :

. .:

~

• . .::

:'-~

D

s

'i

CAD . .s~~P.

---,'

--~

 ._-

_;

Dos períodos irregulares

Assim como nas frases irregulares, os períodos desta categoria

são formados por frases diferenciadas pela extensão, independendo

como estas da configuração do perfil: contrastante ou paralelo.

Exemplo 38.

Processos de Dilatação

. . 1) Prolongação do som, processo cujo efeito condiciona 0(5)

InC I~(S) oculto(s). A ocorrência destes incisos só se manifesta,

porem, quando as outras vozes apresentam novos agrupamentos.

Exemplo 39a.

Da irregularidade fraseológica

A irregularidade fraseológica pode ser provocada por vanos

processos englobados em dois grupos: Dilatação e Contração.

Obs.: Nas pausas também podem estar implícitos os incisos ocul-

tos. Exemplo 39b.

70

71

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Exe m plo 3 9c

Brahms, Sa lomé

E xe m pl o 4 1

J. S . Bach, Cra vo b e m t em p erad o, 1

0

volume - F uga nO V III

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.1

1  1

-+---.

< :   ; 1 • . . . . . . .

: - :   I .~ L

I

. I

r- ~

-r-t

  .

,

, - .  . .. ..   .•

4) Repetiç ão d o(s) a gr upa rhg1 21 t-o( s~.; Exemplos .26a ; 29 a : '

I I

,-3,

. . . .

::::. r. j

-  

, .

 ..:

....•... . . , . '

. I·

1+,

 

.~ I

J

/~J .....

.

.

I

I I

'L

7 7

II ~, I . I , 1 ' 1

l~~-~-~: 

I

.'

E xe mp lo 4 0

W . A. Mo z a rt , S o na ta K 28 3·

allegro

~ I

. '.

I

I

 o •

••••• I _

I I I

Page 39: Fraseologia Musical - Esther Scliar

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3

4

uu

'

4

T

T T apag. Ta

5

I

C. C. P.

_~7

D T 56 T 5 D6  ~T D7 T

5 4-3

N. P.

+

o

processa de ditatação sauucia com a ênfase dada a T,

cu]a redundância é compensada pelo efeito suspensivo da Ta

CQ .j'Tl

apogiatura. A tensão é rnantica no in ício ao ·3°·membro de frase:

no

10

inciso, por iniciar com ariacruse su spe n siva e n o;:;{ ·QAw ,i.,

s

9 ,

. por finalizar com a.

06;

somente no

39

lnciso, é jeità~,

r8~~I:uQ~i9·

N.B.:

Os acordes iniciais não estão incorporadosà

h~sê',

çaracte-

rizando-se como olernentos.da lntrodução. > à

,~ . .:.. .~

6)

Confirmação harmônica.

Exernplo

43.

...   .. : '. ..

.

..... . -   .

.

'.

,

~-,

1 '   ,. '; ,

7}'

J r)~~f.p,~úção;'

rocesso caraéte;,i,iacló p~ia 'nsetçgõ

B ' t } '@ g r '; ; j -

pamentos n o cerrie' d ê ' é - S t r u t u r a ' d e

rn1áíor

'd ~h1 'e'n sã6 :'G 'etMrtl& li1 e

' ? S t ~ pr6

c

essú' provoca. paloatastaménto àà toha í1 dád~

e , '

'ê'ó' ~-oh~

,i~ast,edos

a grupamen tos,

oetelfô

d'e umpa rên t'ése : ' Ex é;mpit i:~~ '.

. : ' . . .

 

,

 , - - , 1 -: t • • ~: ' \-..

(Vide também

o Exemplo 24c.)

Este período é constitu ido de 2 frases: a 1

a

é

binárla

con-

trastante e cada membro de frase é blnário; nÓ .~

o,

  h á ·

ü f. t . : : · i ' (. f c ' i 'S 'o

oculto n~ cadência if11pHcita; o

2 Ç J ,ê

um aqruparnento pivô.,

. 'AJrase

se a

ssenta

sobre .os

gr~li's::t()n àrs': :~' :: ; ;,~<:',

  1 ,

, ,~. c', '; '~.

' e'.:k ,',' .

·: ;: 8~';:'1;{'(~::~1~::'~~ ';~i:i~;1~1~,~:h'~'~~;~ ' ; i :. ~ , , : .

antecedente

I

l,_

cad.

suspenaí,

va

T.

o

'1' D T S 0

6

--

5

'. 4--3

Exemp lo 4 3

W . A. M o z a r t . S on ata K 333

a l leg re to g racioso

.\.

.

,

frase tcrnâr ía irregUlar - no 39 rreroro de frase , o 3Qí.ncí.so confirrna

harrrorucemerite as

funçÕes

precedentes.

77

Ex em plo 44

Beeth ov en , S o na ta o p. 2 , nO 2 - Rondá

consequente

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7/23/2019 Fraseologia Musical - Esther Scliar

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~ J

LI

I~

U

U ' 

j;j9

(07) SOr (07) (07) SOr(D7)

(j;j9)

Sr

Sr Dt~ T

SO

-

~:_ -.-. '

\ -

I

  Ao examinarmos esta frase com mais detalhes, verificamos

os

seçutntesaspectos: .,' '.

'. ,',: lt 8:é 'côrde':pivô desta digressão (~9 = 7

a

di~í reaparece

'e~â'fmó'rticiimenten(r30 m. de frase da lnterpolação. funcionando

.nHldámehte~cbm6 elemento conectivo.

-8;~B:).:2;)

lQQitsp,as. funções da interpolação estão relacionadas com

a'

S. .. ..   ', '; < ' , : , ; : , ; , ' , ~   . ,

3)

O 1

o membro

de

rrá'sê'\:faintérpofação derlva os demais;

o 2

0

, com intercalação de.notas: o,3?, por condensação. '.

Analogamenteã inte~ípretáçãd,' o;:agruparn,ento

e m

cadeia

con-

diciona a cadência evadida. Todavia, o caráter destes agrupamentos

f~:,í ii'(,~J~qi'.p@,[m.J~Jl~o~jJ~terp91;~ç:~()~nc9Jl~r~-~~jn,~eri?a, no cerne

f;;de:.;~m~agrPP9.im~filq,-à·Ô1é;ln~itádê

.un í'r.i~rê 'n tes~,~ehqúán tó

que

no

.· '~g r.uP a~e ri~oem,;ça<ie~i~ r~:,ei~ll1~ntQl~~$,~·~êg.pi~M::'HurT)oriti~:l;um,

.{fbr~ a rf' irl0;[J~Et()dÔ ';,~L JJÇ l: d ,ffª~~çã-~~g~rà· in ;e~~ed~ébrtê> ~é ;'li~~'

qüência em progressões modula~t~s,' cdtrl~ s'~;:verJfica/-no

'êx~~-

p/ Ó30 .

( _ :

~-

(-

. . . •

;~• .. ,   '   _ .

O in

í

cio da: frase Cánseqüenteéaná logo aO d~ l~~ffas~:\toda-

via, o

1

0

movimento de. f?~s'e,t r:l?liz~com' a

(~9J9r~S '~1 .~:I :,~ ,a

ir-

cunstância proplcia urnadiqressãó melódico-harmônicalatravés dé

interpolações. Assim, os três membros de frasessubseqüentes en-

contram-se intercalados entre dois membros de frase, condicio-

nando a dilatação.

  ~ ,o ,

I.  , ,_ :.; ~. .•;_

'.1

~ '

~ J:.-,. .\','

(c ..··   :- :-( - ,~ .. '

.' ,P,r.oce$~~~i:d~,có,:,ir:~,~~~?·;·

< > , ' , ' : ;  

-~.l'J~':. ,

> -

' , i ' : :   • • ,

. ; . ~   - ~ : ; ;1 - ~~:~;i~~{.:: ?:;?, .~~. ,í_ :.;.'~::- . ' . :

. • J '. : _ ~ - . : - · . . .

/· :   ·   .. .   - ' .; : ~ •

 .::,....

7  ',,_ .. ; . _

1)

Elisão: pro-ées~s:Q,,~eguridQ,: quàPê>libal deum aqruparnen-

to coincide com oirÍi6Ü»dê'\)bir'6:'Esfe/eV~\~t6é fuais caracte-

rístico quando as

thesis

coincidem. Exemplos 45a; 45b.

,-

. '-,

- .

..-. ,  

78

 .79

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3)

Diminuição de valores, fator cuja ocorrência pooe proVOC2' 

a rnudanca auditiva.de compasso. Exemplo 47.

'~Sãd)

Mu

ítas

vezes ; osta s1 n ota s

traosformamt;Ojn f 3iÇ:l;t~t~s~m ana-

-crúslco-ou-e terrnlnação masculina em feminin~,)i?<empIQ i.s48a;

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~..

:'48 b :· :· :· · ' ',. '. .» :. '. :. :: , : ; 1 ~ ., '; Õ ; f;',' . Ir: ':.: ,,'

Ex em plo 4 7

B rahm s ,R éq u iem - V :   Ih r h ab t n un T ra urig ke it

. I

Ex emplo 48 a

W . A. M oz 8 ft, S in fonia nO 41

rT I • . -q f':~ ~ }

:_:~.<;'.:l~.':- ' '_.,' ; 1 

~ u

 

. i

1 ; o'.

C· D. MODOIANTf ---}

(D7) 5

· . i ( ' , . )

~ ~ ,~  .~ .,.: -. .- ii

E l e ~ ~ ~ : : ~ ~ j ~ ~ ~ J T 5 l ; 4   ~ ~ c ) ~ ~. 1 ;~ ~ { f f :   ; i } ; J [

..... Qs.'élemer)Jô:s.~d(ligF~,,~>~·~r:_cBJl:[r:at?J~~~~~~ r.r~p~~àJlru-

parneritos frà5eológic6S: iâüntterrnm~os:pod:Êka..:~s.

: n t f j e o o a f : '

duas

funções: preencher o silêncio das pausas e/ou preparar o apareci-

cimento de outra estrutura. Classificam-se em duas espécies:

l}.Notasdejunção:. _ .

' ; ; : ~ , ? i 'S o   ~ i ~ H ~ ~ i : : : ~ ; ~: ' ~ ~ L : ~ i : ; r ; C ~ : ; ~ ;: ~ : ; : ~ f  ~ ~ i : ~~:~;:~~~~~~

As notas de

junçao

concatenam com

mais

frequenc,I~.,bs t n c 1 '

sos ou membros de frase e, por essa razão, são de pequ~h~ ex'tQn-

.-+/ )

. .~

:-:.~

84

85

.'

: . - w ~'A

; S d l H a c r d f ~

;~érafmen te  eonC 'atena , os cperfpd~s v Sua ,~~ il:Em ?ã.o

:é:~ 'a rlM ei '  EW -< rfi uità s 'v 'ezes ,so b a :· fo r,ma de-qrande.anacruse, funcio-

n a como elem en to d e prepa ra ção em rela çã o à outra estrutura .

 

D as A na eruses

',; 1

'i l

,

An acrus es in te gra n te s S ã o a q ue la sc uj ae li rn ln a çâo torn a irre -

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Exemplo

49.

19

-

r: [ ? ,~ \

u ; q d : :1 \ 3

Exemplo 49

i~. :q ~+~f-,:ft;'~li,  ') r \ v

Felix

M e n d e l s s n h n - B a r t h o l d v , Conrarto

para viol ino e orquestra em mi

m

al le gro m oita

v i v a c e

[.~-.f ~

[~~--

;

'

( -

l~  c

*) vide : ~ cÇlut..iilaôaS

:; f;

i,  

,o,. [ < _ :

 i -~ . ~. ,.

'íi : ~.

I;; .

---------~:--+IJ-li ;

J , , '

19. Vide também o exemplo 35d, c/107 a 120.

 

,

co n hecível o d esen ho. Em ca so con trário, são a cessória s. Exem -

pl os 50a ; 5 0b .  

i. ' l,~ ,

,1

86

, t P_

 

; ..

. ,

Ex emplo 5 0a

Haendel,

O

M essias - C oro nO

2 6

~ : ,' ~ ','  ~ ~ , o

lt ;~

.

~

~.;.

;.

.

~, 

., >,

, :

Ex em plo 5 0b

~j

Be ethoven , S on at a

D p r : '

l'O,fl(}

l .

a d ag io

m oita

I,

r

87

. ' -

',.

.i'

 ,

~

o

 

Exe mp lo 5 1a' : ,

Franz Liszt, les P rà l u d e s

• -. '$-._~

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EX énipló 5 1 h-

B r a h m s , 1 a

Sinfonia

a ll e g r o n 'D ~ c Q ,Q ,b r iQ . . . .   . , i .

fttl.~.

, -  

4 . ,~,

~<;~~::'I

. -. , ~ ,   -  - L - I   ; J . .

,...~'

~ .1

,:-'

;

::

' ....'_,.

-~~~-~  .

\

- ,

 , '.

, ': . : .

'

 

..

. .

20, Vi de também o exemplo 3b.

~ r , ,, : ,

88

Da fraseologia na linguagem amétrica

Na linguagem amétrica do

passadora

~strútúriiudo' Fegf.liP~-

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mentos de maior dimensão, especialmente dos períodos,

é

t5Jástià'rl~e

imprecisa, não somente. pela liberdade rítm ica como também pela

freqüe~;t~éf.~~_~~~:: >~~~~~_~~_;:f n~ i@-:3j ~c~~nte e_o

;~~~~~:rI~e~~~sJ~~:~~tef~:~

estão f~~_~e1t~ t ç   5 ~ _e'I'_ ?~~segf...n;_,a~. dos _seg~~es fatores:

reprod~~~' _. _ .__~itQ.~l~s_~s, fer-

matas e mudariçádêfêq s

FO~--

-- ._-.= L_~ .::.:~ ,t- ---.,-

:= :'

Por outro lado, a unificação dos elementos nos agrupamentos

decorre do princípio da coesão: homogeneidade de gênero, unidi-

reciona~.idaÇE °i.êf.r.aan;\~Qtac~d.~ a.çqrde, durações hornoq êneas,

re-

. - .,.,.;- .y.R J '-~

6i'iJJ

~.>1~}I;j'6

ú>iZ Z91~''''j6f . z a z • . . .

iJ

la ções de Se,gU :8Réb'\

COJ;J~inu~aH~<n~r.n'lOnlGá.

·l:X~III~J~~. ~.

,G.

Enl}.~I,). h.u ,;';:flO  :;.

? m  5 Jnl)llnCl 'n~' 

1

0

 1°

.... ~

o:K ..

_11J

1 ... •

1';:1'

,t ~

..... olqm~~}d ,2. .s'iili b oâoston

Na música contemporânea, cuja linguagem se carafter;iza pelo

atonalismo, autonomia da intensidad

1

Bi'tV~br~}: .ritfo~: W{ ~e~:~bs

critérios sintáticos são bem diversos, pàis\-éqmrm~bO~cóln\s~9tiT~1

ocorrência de:

Qjn5b n r,

1

0

) registros distanciados

~~lJ>~u$as .~)q~~~~4[~qª,9.:L. :

' : 0 ' .. 0 . 1 . . . t : .

~O}' n1pvímêilt~::.púiidff.eqic5:nWi~:~.: -:-:--tr?i~:'i:~~~:ofr~jo .ijJ)

40) mu dança de ti~bre22'

\ :1 '

,,;.3 (,.L

I, ,- ..---'1

50)

mudança de intensidade

Neste estilo, portanto, não há períodos

23

. Na projeção linear,

-: '. ~ ;,;r.<;

J: ~ ~ _ : i~ ; l

~~ê

:.~up

2S~S fj)f1 ~)'52 c 3~:ii;r)'~luh'ir;

~· ~.~~'';~f~,.:r.

22. A mudança de timbres na melodia é um proFelso COlor'ístiç õ~ma·it.ã·rM:a.·ve. à oro

questra, pois ,o material é mai~ versátil. A ,prrméltà1~ )(f'étffln~1~~lt@té $ ~ste

processo - a K/angfarbenmelodle   se encontra na 3

B

das  Cinco peças para or-

questra op, 16 de Schl1enberg.

23 . Esta consideração, como as demais que se seguem, aplica-se fundamentalmente à

música contemporânea, especialmente àquela cuja linguagem apresenta as carac-

terísticas acima expostas. Na obra de Bartok, Strawinski, Schffenberg e Alban

-Berq, entre outros, mu itas vezes os períodos estãacar::acwlzados não obstante a

 inguagem atonal, prevatecendo, no caso, a coesão melódica'e-;:ítffiiêaêiít~e as

. 'frasês ... ~...-;~;Y'~9 ~ n.t :'lr:qr,' i -',; 2 ;;'~jLÇiq0'Jí'Ji~1 oi:;n~ O ilHi'  r. { ...•....,c;;Y.:H /('

'..;ç~. :-.,. ..'~ .... • .. - I   ) \ •

11.

4

\

I •• -

~  .. ,\ > \. ~J~\ t.HIA~ ifi~ Jr~ só

r~'

If Lin0li.fê Bh etq

90

91

. .. • .

 ,~.

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92

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93

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