Artigo Esther Lopes

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO SUPERINTENDNCIA DA EDUCAO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL/PDE

ESTHER LOPES

FLEXIBILIZAO CURRICULAR: um caminho para o atendimento de aluno com deficincia, nas classes comuns da Educao Bsica

LONDRINA 2008

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FLEXIBILIZAO CURRICULAR: um caminho para o atendimento de aluno com deficincia, nas classes comuns da Educao Bsica

Esther Lopes1

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ProfessoradaRedeEstadualdeEducaodoEstadodoParan,atuandocomoProfessoradeApoio PermanentePAP,noEnsinoMdio. AlunaRegulardoProgramadeMestradoemEducao,Ncleo:EducaoEspecial,daUniversidade EstadualdeLondrinaUELTurma2008. EspecialistaemEducaoEspecial,AlfabetizaoeMetodologiadoEnsinoSuperior Pedagoga

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FLEXIBILIZAO CURRICULAR: um caminho para o atendimento de aluno com deficincia, nas classes comuns da Educao Bsica

Resumo Chamar a ateno de professores e demais profissionais da Educao e convid-los a refletirem acerca das necessidades educacionais especiais apresentadas por alunos com deficincia, que nos ltimos anos, tm sido includos, nas classes comuns da Educao Bsica, so os objetivos principais deste artigo, que fruto de pesquisa bibliogrfica. Destaque se faz para a urgncia de entender e iniciar um processo de Flexibilizao/ Adaptao curricular para atender, com qualidade, a todos os alunos presentes nas salas de aula, inclusive aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais, em decorrncia de deficincia. Lembra a necessidade de capacitao dos professores para o desenvolvimento deste novo fazer pedaggica necessrio no cotidiano da sala de aula, dada a diversidade presente. Ao final, apresenta indicativos para a promoo de flexibilizaes/ adaptaes necessrias e possveis no cotidiano escolar.

Palavras-Chave: Incluso. Flexibilizao. Adaptao Necessidades Educacionais Especiais. Educao Especial

Curricular.

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CURRICULAR FLEXIBILIZAO: a wa for the attendance of pupil y with deficiency, in the common classrooms of th Basic Education e Esther Lopes

Abstract To call the attention professors and others professional of Education and to invite them to reflect it concerning the educational necessities special presented by pupils with deficiency, who in recent years, have been enclosed, in the common classrooms of the Basic Education, are the main objective of this article that is fruit of bibliographical research. Prominence if makes for the urgency to understand and to initiate a flexibilizao/ adaptation curricular process to take care of, with quality, to all the pupils gifts in the classrooms, also those that present educational necessities special, in deficiency result. It remembers the necessity of qualification of the professors for the development of this new to make pedagogical necessary in daily of the classroom, given the present diversity. To the end, it presents indicative for the promotion of flexibilizaes/ adaptations necessary and possible in the quotidian of the school. KeyWords: Inclusion. Flexibilizao/ Educational Needs. Special Education Adaptation Curricular. Special

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SUMRIO

INTRODUO ..............................................................................6

1 Falando de Incluso Escolar ...................................................................... 7 2 Entendendo o conceito de Flexibilizao/ Adaptao .............................. 10 3 Como estabelecer Flexibilizao/ Adaptao num Currculo que j est posto .... ......................................................................................................10 4 Flexibilizaes/ Adaptaes Curriculares necessrias e possveis.............14 5 O que dizer das adaptaes curriculares para os alunos com deficincia mental ou intelectual?..................................................................................19

CONSIDERAES FINAIS............................................................ 22

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................23

6INTRODUO

Enquanto o acesso educao for seletivo, tanto para o ingresso como para a permanncia de milhares de alunos na escola, no poderemos falar em igualdade de oportunidades, nem em pleno exerccio da cidadania. (CARVALHO, 1997, p. 61).

A presena de alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes de deficincia, nas classes comuns da Educao Bsica tem instigado os profissionais da Educao, nos ltimos anos, em especial os professores que atuam nas salas de aula das sries do Ensino Fundamental. Fundamentada na Declarao Mundial sobre Educao para Todos: Plano de Ao para satisfazer as necessidades bsicas de aprendizagem, aprovada na Conferncia Mundial de Educao para Todos, realizada em Jomtien, Tailndia, em maro de 1990, principal e especificamente no que rezam os itens: 1, 2 e 5 do Artigo 3 Universalizar o acesso Educao e promover a equidade, abaixo transcritos: 1. A educao bsica deve ser proporcionada a todas ascrianas, jovens e adultos. Para tanto, necessrio universaliz-la e melhorar sua qualidade, bem como tomar medidas efetivas para reduzir as desigualdades. 2. Para que a educao bsica se torne eqitativa, mister oferecer a todas as crianas, jovens e adultos, a oportunidade de alcanar e manter um padro mnimo de qualidade da aprendizagem. [...] 5. As necessidades bsicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficincias requerem ateno especial. preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso educao aos portadores de todo e qualquer tipo de deficincia, como parte integrante do sistema educativo.

Considerando que um dos princpios da Declarao de Salamanca: De Princpios, Poltica e Prtica para as Necessidades Educativas Especiais (1994, item 2, p. 1) diz:Cremos e proclamamos que: . [...]

7. as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso escola regular que deveria acomoda-las dentro de uma Pedagogia centrada na criana, capaz de satisfazer tais necessidades.

E, partindo da premissa que incluso no a simples colocao dos alunos em salas de aula, mas que se trata de tentativa de mudana no sentido de aceitao das diferenas, considero de suma importncia a participao dos professores do ensino regular nesse processo inclusivo, no qual as escolas esto sendo conclamadas a se envolver. Percebemos a urgncia de dar condies de diferenciao no agir pedaggico, adequandoo para esse novo momento, que exige o enxergar, com clareza, as peculiaridades especficas e especiais de cada aluno e ser capaz de atendlos, promovendo os necessrios ajustes e flexibilizaes/ adaptaes termos que, neste artigo, sero tratados como sinnimos - no currculo regular que est posto, favorecendo a participao de todos os alunos e de cada um individualmente, nas atividades escolares. 1 Falando de Incluso Escolar Ao falar sobre princpios e diretrizes de uma Educao inclusiva, Oliveira (2008, p.129) afirma:A construo de sistemas educacionais inclusivos, obrigatria e conseqentemente, exige mudanas substanciais no interior das escolas, pressupe um movimento intenso de transformao da escola e de suas prticas pedaggicas, com o objetivo de atender adequadamente a toda a diversidade presente em seu interior.

O objetivo deste artigo falar sobre as flexibilizaes/adaptaes necessrias no currculo para atender diversidade de alunos que esto presentes na escola, atualmente, num processo supostamente inclusivo. No entanto, para falar sobre flexibilizao/adaptao curricular sentimos que necessrio, antes, abordar o tema incluso escolar, que est posto nos meios educacionais e que suscitou a necessidade de um novo olhar para o currculo.

8A incluso o processo de insero de pessoas com deficincia nos mbitos educacional e social. O espao para o incio desse processo representado pela escola. As polticas pblicas garantem essa implantao baseada em Leis que permitem e incitam a luta pela igualdade de oportunidades e pelo direito educao para todos. Ao fazer a Apresentao das Diretrizes Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica, o Ministro da Educao Paulo Renato de Souza, enfatiza a afirmao de que a escola tem papel fundamental no processo de incluso, quando afirma que:No desempenho dessa funo social transformadora, que visa construo de um mundo melhor para todos, a educao escolar tem uma tarefa clara em relao diversidade humana: trabalh-la como fator de crescimento de todos no processo educativo. Se o nosso sonho o nosso empenho so por uma sociedade mais justa e livre, precisamos trabalhar desde a escola o convvio e a valorizao das diferenas [...]. (MEC/SEESP, 2001, p. 5).

No texto em destaque, o Ministro da Educao fala em convvio e valorizao das diferenas. Como educadores e agentes do processo ensino aprendizagem entendemos que a funo social transformadora passa, obrigatoriamente, pela funo precpua da escola, na relao professor/ aluno, que o ensinar e o conseqente aprender. Relao esta, desenvolvida no cotidiano da escola que, poder, caso se d de forma adequada, assegurar a igualdade de oportunidades em todos os sentidos. Beyer (2006, p.81) diz:A incluso escolar dos alunos com necessidades especiais um desafio porque confronta o (pretenso) sistema escolar homogneo com uma heterogeneidade inusitada, a heterogeneidade dos alunos com condies de aprendizagem muito diversas. E isto inquieta os professores em geral.

Embora, a nfase na Educao Inclusiva ou Incluso Escolar tenha tomado corpo nos ltimos anos, desde meados dos anos 80 e incio dos anos 90 j se falava no assunto em mbito internacional. Prova disto o movimento que surgiu nos EUA denominado Regular Education Iniciative REI, cujo objetivo era a incluso na escola comum das crianas com

9deficincia, do qual temos notcias pelas citaes de Reynolds, Wang & Walberg, que datam de 1987 (SANCHEZ, 2005, p. 8). No Brasil, o movimento pela insero de alunos com necessidades especiais no ensino regular iniciado nos anos 70, tomou vulto na dcada de 80, com as discusses sobre os direitos sociais. Siqueira (2008, p.313) em uma citao diz: nesse sentido que Bueno (2001, p. 24 afirma que: ... a insero de alunos deficientes no ensino regular no foi inaugurada pela Declarao [de Salamanca]. Muito antes disso, j se falava e se estabeleciam normas a respeito dessa insero. Em nosso Pas, pelo menos desde a dcada de 70, j se levantava a bandeira pela integrao dos deficientes no ensino regular.

A Constituio Federal, promulgada em 1988, traz em seu texto marcas destas discusses, reveladas no Inciso III do artigo 208, que reza sobre a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia, preferencialmente na rede regular de ensino, como um dever do Estado. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Especial (MEC/ SEESP, 1998) traz o conceito de educao inclusiva que implica em uma nova postura da escola regular, no que tange a propor, no projeto poltico pedaggico, no currculo, na avaliao e nas estratgias de ensino, aes que favoream a incluso social e prticas educativas que atendam a todos os alunos. Isto significa que as escolas devem estar preparadas para acolher e educar a todos os alunos e no somente aos considerados educveis. (SANCHEZ, 2005, p. 11). A Secretria de Educao Especial Claudia Pereira Dutra, em entrevista Revista Incluso, no ano de 2005, afirma que:A educao especial, compreendida como modalidade que perpassa todos os nveis e etapas de ensino, definida como proposta pedaggica que assegura recursos, servios especializados e atendimento s necessidades educacionais especiais dos alunos, tem provocado mudanas nos sistemas educacionais, possibilitando que cada vez mais os alunos estejam includos no ensino regular. Dessa forma a SEESP desenvolve aes integradas com as secretarias de Educao estaduais e municipais e as organizaes no governamentais, constituindo polticas de incluso que visam a eliminao das barreiras pedaggicas, fsicas e nas comunicaes, fortalecendo o movimento de transformao. (2005, p.5).

10Nossa esperana, como educadores, est posta nas mudanas que esto ocorrendo e ocorrero na (re)organizao da escola, no que tange capacidade, que tem de buscar fortalecer, de oferecer possibilidades objetivas de acesso, permanncia e sucesso a todos os alunos, inclusive queles portadores de deficincia. 2 Entendendo o Conceito de Flexibilizao/Adaptao Como afirmamos, anteriormente, os termos flexibilizao e

adaptao, neste artigo, esto sendo tomados como sinnimos. Na busca de entendimento que ajudasse a conceituar os dois termos, recorremos ao dicionrio onde encontramos os seguintes significados para o vocbulo de textos adaptao: aparece o ajustar, seguinte amoldar, alerta: acomodar. J o termo ser "flexibilizao" no encontrado nos dicionrios. Quando digitado no editor flexibilizao pode considerado um caso de neologismo. No entanto, com significado semelhante encontra-se o termo "flexibilidade", que qualidade do que flexvel. Cientes de que a idia de flexibilizao vincula-se necessidade de conceder maior plasticidade, maior maleabilidade, ao que se quer flexionar, destituindo-o da rigidez tradicional, neste caso o currculo escolar, podemos adotar este conceito. No contexto da educao inclusiva, portanto, pode-se entender a flexibilizao ou adaptao como a resposta educativa que dada pela escola para satisfazer as necessidades educativas de um aluno ou de um grupo de alunos, dentro da sala de aula comum, na medida em que o que se faz ou deve-se fazer so ajustamentos, adequaes do currculo existente s necessidades do aluno. 3 Como Estabelecer Flexibilizao/Adaptao num Currculo que j est posto? A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional promulgada em 1996, em vigor, assegura s pessoas com necessidades educacionais

11especiais o direito educao, preferencialmente na rede regular de ensino, para tanto, exigindo adaptao e ou flexibilizao de currculos, mtodos, tcnicas e recursos para atender as especificidades do alunado. Isto j estava posto na Declarao de Salamanca e em outros documentos internacionais. No entanto, a realidade atual demonstra que as instituies de ensino no esto preparadas e nem estruturadas para receber e dar atendimento adequado e de qualidade a essa nova demanda. Dando esclarecimentos sobre as nfases da Declarao de Salamanca, Carvalho (1997, p. 60) faz as seguintes afirmaes:Na escola, os aspectos a serem revistos para o desenvolvimento de uma proposta inclusiva foram: currculos, espaos fsicos sem barreiras, organizao escolar, pedagogia que explore contedos significativos e os processos de avaliao do aprendizado do aluno e das respostas educativas que a escola oferece. (Grifo nosso).

Sabe-se, que o processo de construo de um sistema educacional inclusivo responsabilidade de todos que fazem parte da sociedade e que a Escola Regular considerada um dos meios mais eficientes e eficazes para combater as atitudes preconceituosas e discriminatrias, na tentativa de oferecer educao de qualidade para todos. Sabe-se, tambm, da importncia do papel que o professor exerce no processo ensino aprendizagem e o seu compromisso em atender e responder as necessidades educacionais de todos os alunos, cada um com suas peculiaridades, isto , de atender diversidade que se apresenta na sala de aula. Fazendo referncia Declarao de Salamanca (Espanha, 2004), o texto das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Especial na Educao Bsica ressalta alguns trechos que criam as justificativas para as linhas propostas [...}, dentre elas, a que diz: o corpo docente, e no cada professor, dever partilhar a responsabilidade do ensino ministrado a crianas com necessidades educacionais especiais (p.18). Isto refora a importncia do papel do professor, mas tambm da ao coletiva da escola, retirando a idia de uma ao solitria, no cotidiano da sala de aula. Blanco (2004, p. 293) afirma que: responder diversidade significa romper com o esquema tradicional em que todas as crianas fazem a

12mesma coisa, na mesma hora, da mesma forma e com os mesmos materiais. Esta prtica, prpria de uma viso tradicional de ensino e, portanto solitria, permanece no entorno da escola e, muitas vezes, se revela como barreira para a mudana necessria para o atual contexto educacional. Nas Diretrizes da Educao para a Construo de Currculos Inclusivos est posto que a ampliao do nmero de alunos com necessidades educacionais funcionamento especiais a dos serem e atendidos servios na de escola regular apoio est condicionada adoo de currculos abertos e flexveis e ao efetivo recursos pedaggico especializados, necessrios para o acesso ao currculo e aprendizagem e participao dos alunos com necessidades educacionais especiais. (SEED/ PR, 2006, p.54). O processo de flexibilizao/ adaptao no pode ser entendido como uma mera modificao ou acrscimo de atividades complementares na estrutura curricular. Ele exige que as mudanas na estrutura do currculo e na prtica pedaggica estejam em consonncia com os princpios e com as diretrizes do Projeto Poltico Pedaggico, na perspectiva de um ensino de qualidade para todos os alunos. Sobre as adequaes do Projeto Poltico Pedaggico para atender diversidade, Beyer (2006, p. 75) d a seguinte contribuio:O projeto poltico pedaggico inclusivo [...] objetiva no produzir uma categorizao alunos com e sem deficincia, com e sem distrbios, com e sem necessidades especiais (a adjetivao ampla e flutuante, conforme os vrios diagnsticos possveis). Para tal abordagem educacional no h dois grupos de alunos, porm apenas crianas e adolescentes que compem a comunidade escolar e que apresentam necessidades variadas.

importante ressaltar que flexibilizar/adaptar o currculo no significa simplifica-lo ou reduz-lo, mas torn-lo acessvel, o que muito diferente de empobrec-lo. O processo de flexibilizao, tampouco pode ser entendido como uma mera modificao ou acrscimo de atividades complementares na estrutura curricular, pois h aprendizagens imprescindveis a todos os alunos, das quais no podemos abrir mo. H saberes que so essenciais como base

13para outras aprendizagens e que devem ser mantidos, como garantia de igualdade de oportunidades de acesso a outras informaes, portanto fundamentais para a construo do conhecimento. Se o que buscamos a igualdade de oportunidades, temos que aumentar a qualidade da educao que oferecemos e no diminu-la Para Leite (1999):[...] a gesto flexvel do currculo tem subjacente o princpio da importncia da escola e dos professores na configurao curricular, no implicando, portanto, uma estrutura organizacional nica e pressupondo, sim, uma adequao do trabalho diversidade dos contextos e, simultaneamente, a promoo de um ensino de melhor qualidade para todos 2. Por esta e outras razes, expressei, na altura, a minha adeso a esta forma de fazer a escola e de conceber e viver o currculo. E evidente que para essas outras razes contriburam os princpios em que se estrutura esta concepo curricular e que se orientam na linha do que muitos de ns professores h muito reclamvamos quando criticvamos a escola e a formao que oferecida.

Neste contexto, a flexibilizao curricular no tem uma explicao em si mesma. O seu significado est na relao que estabelece com o Projeto Poltico-Pedaggico da Escola. Na discusso do Projeto Poltico-Pedaggico, a flexibilizao curricular se constitui em uma questo central. Ela parte inerente proposta de reforma curricular. Carvalho (s.d, p. 1) escreve:Com muita propriedade, afirma-se que o currculo escolar traduz as intenes de um sistema educativo para com seu alunado. Em outras palavras, definir um currculo significa eleger princpios e valores considerados significativos para a qualidade de formao a ser oferecida na escola, a todos os alunos, indiscriminadamente.

Tal afirmao implica em seriedade e compromisso por parte da escola no que tange ao atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, em decorrncia de deficincias e outras situaes de diversidade presente no cotidiano da sala de aula. Se o Projeto Poltico Pedaggico que considerado a identidade da escola no for adequado a esta nova viso, a escola no ter competncia,2

InMinistriodaEducao(Maro,1998).Educao,integrao,cidadania.Documentoorientador daspolticasparaoensinobsico,p.19.

14tampouco ser eficiente para atender a demanda da diversidade que precisa atender. 4 Flexibilizaes/ Adaptaes Curriculares n ecessrias e possveis Para falar sobre as flexibilizaes adaptaes necessrias e possveis, novamente lano mo dos escritos de Beyer:O desafio construir e pr em prtica no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum e vlida para todos os alunos da classes escolar, porm capaz de atender os alunos cujas situaes pessoais e caractersticas de aprendizagem requeiram uma pedagogia diferenciada. Tudo isto sem demarcaes, preconceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados estigmas. (2006, p. 76).

O Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e a permanncia de todos os alunos na escola Alunos com necessidades especiais, publicado pelo MEC/SEESP (2000), volumes 5 e 6 trata das Adaptaes Curriculares de Grande e de Pequeno Porte, respectivamente. Ao introduzir os conceitos de adaptaes Curriculares de Grande Porte Adaptaes Significativas, o documento traz as afirmaes:Sabe-se que cada aluno tem: . sua prpria histria de vida; . sua prpria histria de aprendizagem anterior [...]; . Caractersticas pessoais em seu modo de aprender. [...]; Enfim, cada um diferente do outro, tanto em termos de suas caractersticas fsicas, sociais, culturais, como de seu funcionamento mental. Sabe-se, tambm, que no h aprendizagem se no houver um ensino eficiente. [...]. (V. 5, p. 8).

Levando-se em conta estes aspectos, o professor deve buscar conhecer cada aluno e suas peculiaridades e consequentemente as suas necessidades especiais,As necessidades especiais revelam que tipos de estratgias, diferentes das usuais, so necessrias para permitir que todos os alunos, inclusive as pessoas com deficincia, participem integralmente das oportunidades educacionais, com resultados favorveis, dentro de uma programao to normal quanto possvel (p. 9}.

O documento, ainda, esclarece que algumas dessas estratgias compreendem aes que so de competncia e atribuio das instncias poltico-administrativas superiores e d os motivos pelos quais so, assim,

15compreendidas, a saber: exigem modificaes que envolvem aes de natureza poltica, administrativa, financeira, burocrticas, etc.. Essas estratgias so denominadas Adaptaes Curriculares de Grande Porte (p. 9). Outras, denominadas nos Parmetros Curriculares Nacionais PCNs de Adaptaes Curriculares no Significativas, porque compreendem modificaes menores, de competncia especfica do professor. Elas configuram pequenos ajustes nas aes planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula. A essas, o documento do MEC/SEESP denomina Adaptaes Curriculares de Pequeno Porte. Na continuidade deste artigo, vamos nos ater s flexibilizaes/ adaptaes curriculares do segundo grupo, por serem [...] as aes que cabem a ns, professores, realizar para favorecer a aprendizagem de todos os alunos presentes em nossas salas de aula, [...] (p 8). Estas aes devem ser planejadas e construdas tendo como referncia, primeiramente, os contedos curriculares oficiais para a srie/ciclo em que se est trabalhando, levando em conta os objetivos fundamentais e os contedos mnimos essenciais, aos quais os alunos devem ter acesso para alcanarem sucesso e promoo para a srie superior. Considerando que as Adaptaes Curriculares de Pequeno Porte encontram-se no mbito de responsabilidade e de ao exclusivo do professor, no exigindo autorizao, nem dependendo de qualquer outra instncia superior, nas reas poltica administrativa, e/ou tcnica, como afirma o documento citado. preciso ter clareza e domnio do que est posto nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, bem como no Projeto Poltico Pedaggico da escola, para que as aes estabelecidas no processo de flexibilizao favoream a aprendizagem do aluno sem, no entanto, configurar desvio na caminhada da escola. Alm disso, para obter xito, o professor precisa adequar sua interveno maneira peculiar de aprender de cada um de seus lunos, em respeito s diferenas individuais [...], como afirma Carvalho (s.d., p.3).

16Duk, Hernandz e Sius3 (s.d) distinguem, dentro do processo de adaptaes curriculares, trs etapas diferenciadas, a saber: 1 Etapa: Formulao das adaptaes curriculares Para iniciar este trabalho o professor deve ter como referncia, por um lado, a situao do aluno, ou seja, um conhecimento exato de quais so as potencialidades e dificuldades do aluno nas distintas reas curriculares ou dito de outro modo, quais so as necessidades educativas especiais do aluno e por outro lado, a proposta curricular do seu grupo de referncia (a srie/ciclo na qual o aluno est inserido). Com base nestas informaes e levando em conta os recursos disponveis, o professor poder decidir o tipo e o grau de adaptaes ou flexibilizaes que seria conveniente pr em andamento para ajudar o aluno a progredir em sua aprendizagem. 2 Etapa: Implementao das Adaptaes Curriculares Uma vez definidas as adaptaes curriculares, o professor dever buscar estratgias que lhe permitam p-las em prtica, sem que isto implique deixar de atender os demais alunos, pelo contrrio, ele deve garantir que tais aes conduzam ao enriquecimento da prpria prtica pedaggica e das experincias de aprendizagem de todo o grupo. 3 Etapa: Continuidade e Avaliao das Adaptaes Curriculares No decorrer do processo ensino aprendizagem, o professor dever verificar se as adaptaes estabelecidas para o aluno, com necessidades educativas especiais, esto sendo eficazes, ou seja, se facilitam a aprendizagem, caso contrrio ser necessrio revis-las, com vistas a mudanas pertinentes. Quando as adaptaes implicam em modificaes nos contedos e objetivos de aprendizagem preciso avaliar o nvel de sucesso alcanado pelo aluno em funo das referidas modificaes e no em relao aos contedos estabelecidos para a srie/ciclo.

3

Traduo livre do texto LAS ADAPTACIONES CURRICULARES: Uma estrategia de individualizacindelaensenanza(s.d.).

17As adaptaes possveis no nvel da sala de aula esto basicamente relacionadas :

a) Adaptaes de objetivos de aprendizagem, com aes que levem a:- priorizao de objetivos que so considerados fundamentais para a aquisio de aprendizagens posteriores; - introduo de objetivos ou contedos que no esto no currculo, mas que podem complement-lo; - eliminao de determinados objetivos ou contedos, cuidando para que no sejam aqueles considerados bsicos. Estas adaptaes se referem aos ajustes que o professor pode fazer nos objetivos pedaggicos constantes de seu plano de ensino. Consistem em modificaes organizadas para dar respostas s necessidades de cada aluno, em especial daqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem, decorrentes ou no de deficincia. Ressalta-se a necessidade de cuidado e conhecimento suficientes para no ocorrer o empobrecimento do currculo oferecido ao aluno, por conta das adaptaes que se est propondo. Pois, conforme nos alerta Carvalho: uma educao de qualidade para atender diversidade do alunado no deve ser sinnimo de diversidade de educaes, [...],(s.d, p.7). b) Adaptaes de Contedos:Os tipos de adaptao de contedos podem ser a priorizao de tipos de contedos, a priorizao de reas ou unidades de contedos, a reformulao da seqncia de contedos, ou ainda, a eliminao de contedos secundrios, acompanhando as adaptaes propostas para os objetivos educacionais. (p. 24 grifo do autor).

No

se

pode

esquecer

que

os

contedos

curriculares

esto

intimamente relacionados aos objetivos de ensino. Portanto importante e necessrio que as adaptaes significativas se desencadeiem a partir dos contedos, admitindo-se a possibilidade de que com os contedos adaptados, possam-se manter, sem modificar, os objetivos inicialmente estabelecidos (CARVALHO, sd. p.14). Tendo este cuidado, a qualidade do ensino ofertado por professores conscientes de seu papel como profissionais do processo ensino

18aprendizagem possibilitar ao aluno construir seus conhecimentos e se apropriar do saber.

c) Adaptaes de mtodo de ensino e da organizao didticaAdaptar o mtodo de ensino s necessidades de cada aluno , na realidade, um procedimento fundamental na atuao profissional de todo educador, j que o ensino no ocorrer, de fato, se o professor no atender ao jeito que cada um tem para aprender.: Faz parte da tarefa de ensinar procurar estratgias que melhor respondam s caractersticas e s necessidades peculiares de cada aluno. (p 25 grifos do autor).

preciso ter em mente que as adaptaes/flexibilizaes que esto sendo ou tero necessidade de serem propostas se referem s diversas reas da deficincia, da o alerta para observar as necessidades educacionais especiais peculiares a cada aluno. Ainda, preciso levar em conta que alunos com a mesma deficincia podem exigir diferentes adaptaes de metodologia para diferentes contedos e objetivos.

d) Adaptaes de materiais: A adaptao do material pedaggicopropicia a interao, convivncia, autonomia e independncia nas aes; aprendizado de conceitos, melhoria de auto-estima e afetividade do aluno com necessidades educacionais especiais, bem como favorece o aprendizado dos demais alunos da turma, que eles tiverem acesso ou necessitar utilizar.

e) Adaptaes no processo de avaliao: nesta rea da prticapedaggica, tambm, se fazem necessrios ajustes e flexibilizaes, seja por meio de modificao de tcnicas, como dos instrumentos utilizados. O documento do MEC/SEESP (2000, p. 28) nos apresenta alguns exemplos de ajustes possveis e necessrios, tais como: utilizar diferentes procedimentos de avaliao, adaptandoos aos diferentes estilos e possibilidades de expresso dos alunos; possibilitar que o aluno com severo comprometimento dos movimentos de braos e mos se utilize do livro de signos para se comunicar, em vez de exigir dele que escreva com lpis, ou caneta, em papel; possibilitar que o aluno cego realize suas avaliaes na escrita braile, lendo-as ento, oralmente, ao professor; nas provas escritas do aluno surdo, levar em considerao o momento do percurso em que ele se encontra, no

19processo de aquisio de uma 2 lngua, no caso, a lngua portuguesa. (p. 28 e 29).

Julgamos importante reforar que as adaptaes feitas, neste item da proposta curricular, devem estar diretamente relacionadas com os objetivos e os contedos estabelecidos.

f) Adaptaes do espao fsico e organizao tempo: esta uma aocolocada como uma das primeiras responsabilidades do professor, no que se refere ao compromisso de garantir a todos os alunos o acesso ao conhecimento que lhe cabe socialzar. i As medidas de apoio planejadas dentro desta lgica certamente contribuiro para facilitar o processo de aprendizagem de qualquer aluno, particularmente daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais. preciso lembrar que numa mesma escola e, at mesmo, sala de aula pode haver alunos as com necessidades educacionais adaptaes dever especiais, tais decorrentes de deficincia de diferentes reas e que, o professor, ao estabelecer flexibilizaes/ considerar especificidades.

5 O que dizer das adaptaes para os alunos com deficinciamental ou intelectual? Almeida (2007, p. 1) inicia seu texto afirmando:A deficincia intelectual um enorme desafio para a educao na escola regular e para a definio do conceito de apoio educativo especializado, pela prpria complexidade que a envolve e pela grande quantidade e variedade de abordagens que podem ser utilizadas para entend-la.

A

dificuldade para estabelecer diagnsticos

precisos sobre

a

deficincia tem, tambm,

dificultado o processo de incluso dos alunos

com dificuldades educacionais nesta rea, nas classes do ensino regular.A deficincia mental desafia a escola comum no seu objetivo de ensinar, de levar o aluno a aprender o contedo curricular, construindo o conhecimento. O aluno com essa deficincia tem uma maneira prpria de lidar com o saber, que no corresponde ao que a escola preconiza. Na verdade, no corresponder ao esperado pela escola pode acontecer com

20todo e qualquer aluno, mas os alunos com deficincia mental denunciam a impossibilidade de a escola atingir esse objetivo, de forma tcita. ( SEESP / SEED / MEC Braslia/DF 2007, p. 22).

Quando nos propusemos a escrever este artigo, no pensvamos em separar as adaptaes por rea de deficincia. No entanto, na busca de fundamentao e estratgias de flexibilizao/adaptaes percebemos que a maior parte dos documentos aborda o assunto de maneira geral, no que tange teoria. No entanto, ao propor exemplos em cada aspecto do currculo escolar, os mesmos especificam possibilidades para as reas das deficincias fsica, visual (cegueira e baixa viso) e auditiva (surdez ou baixa audio). Portanto, a exemplificao, tambm, recai sobre as mesmas reas. Se retomarmos o texto do documento sobre Adaptaes Curriculares de Pequeno Porte, j citado, poderemos constatar que, ao serem apresentadas as Categorias de Adaptaes Curriculares de Pequeno Porte, a deficincia mental citada, apenas, em dois momentos, nas Adaptaes do Mtodo de Ensino e da Organizao Didtica, No primeiro quando aborda a utilizao de material concreto para alunos com grande dificuldade de abstrao e, em seguida, quando afirma que alunos com deficincia mental podem necessitar tanto de atividades alternativas s originalmente propostas, como de atividades complementares (p.27) Talvez possamos justificar a quaseomisso da rea com base no que dizem Fontes; Pletsch; Braun e Glat (2007):A educao de alunos com deficincia mental at bem pouco tempo ocorria de forma exclusivamente segregada, em classes e escolas especiais, sob a responsabilidade de professores educacionais especializados vigentes que com suporte a de equipe de multidisciplinar. Entretanto em consonncia com as polticas privilegiam proposta Educao Inclusiva, o ensino desses educandos tornou-se uma grande preocupao para a escola regular, ao expor as mazelas do ensino pblico despreparado para trabalhar com aqueles que no se encaixam ao modelo do aluno ideal. Por um lado, os professores, de modo geral, no esto preparados para lidar com alunos com necessidades educacionais

21diferenciadas em suas classes. Por outro, ainda presente no imaginrio social deficincia p. 79) a falsa noo de que sujeitos tm poucas possibilidades com de mental

desenvolvimento e aprendizagem formal. (apud GLAT, 2007,

As autoras propem refletir sobre o conceito de deficincia mental, suas caractersticas com a inteno de apresentar estratgias para aprimorar a prtica pedaggica de professores do ensino regular que tenham em suas classes alunos com deficincia mental (p.79). Nossa preocupao est centrada em saber que espao os alunos com deficincia mental esto ganhando/ocupando nas classes regulares. Eles esto nas classes regulares. Eles esto usufruindo, apenas, do direito ao ingresso e permanncia nas referidas classes ou o direito participao e aprendizagem do contedo escolar e da possibilidade de avanar na escolarizao, com qualidade est sendo respeitado e garantido? preciso pensar seriamente sobre a situao desses alunos. Professores e demais profissionais da educao, diretamente envolvidos com as questes pedaggicas da escola precisam refletir sobre os espaos que esto oferecendo aos alunos diagnosticados como deficientes aprendizagem mentais que ou alunos o com dificuldades acentuadas das de dificultam acompanhamento atividades

curriculares que so desenvolvidas regulamente em nossas escolas. No podemos nos conformar com o simples acolhimento desses alunos na escola. preciso oferecer educao de qualidade. Mantoan (2001b) afirma que,se o aluno deficiente mental for acolhido entre os normais na escola, ser sem dvida mais fcil de ocorrer a sua desmarginalizao em outros ambientes, incluindo nestes a prpria famlia. A nosso ver, isto pouco e demonstra, apenas, o carter socializador da escola. preciso muito mais. preciso investirem flexibilizaes/ adaptaes curriculares que dem conta do ensinar e do aprender, sem que haja empobrecimento do currculo e minimizao dos direitos que cada alunos tem educao de qualidade e, conseqentemente de uma educao inclusiva consciente e eficaz.

22CONSIDERAES FINAIS Propor um currculo igual para todo o territrio nacional, numa escola que plural, ou seja, composta por diferentes realidades e que freqentada por alunos diferentes entre si, inadequado quando se deseja que tais alunos obtenham sucesso. Tal atitude no pode ser aceita numa poca em que a linguagem nos meios educacionais de incluso. J afirmamos que a educao inclusiva no pode ser entendida unicamente como a possibilidade de integrao fsica, social e moral, mas, sobretudo ela precisa ser pensada como a possibilidade de integrao acadmica. As flexibilizaes/ adaptaes curriculares e estruturais da escola precisam ser analisadas e desenvolvidas de forma a atender a diversidade, as diferenas entre os alunos partindo, at mesmo, da deficincia presente. A heterogeneidade das turmas nas quais os alunos com necessidades educativas especiais esto ou estaro includos dever ser pensada e fazer parte nos planos nacionais e estaduais de educao e conseqentemente do Projeto Poltico Pedaggico da escola. As flexibilizaes de pequeno porte, que so as respostas educativas que cabem ao professor visto como integrante de uma equipe escolar - dar aos alunos com necessidades educacionais especiais podem mudar a situao de aprendizagem de muitos alunos nas salas de aula, garantindolhes acesso, permanncia e sucesso. Ao enfatizar que o professor integrante da equipe escolar queremos destacar a importncia e a necessidade de se desenvolver um trabalho em parceria, pelo qual todos os profissionais da escola tenham responsabilidade Com relao ao processo de mudana da escola para atender as necessidades educacionais dos alunos, Oliveira e Leite (2000) fazem uma importante alerta, que no pode passar despercebida por ns:Deve-se considerar, inclusive, a dificuldade que as escolas tm para administrar a conquista da flexibilizao e da sua autonomia, pois est tambm em suas mos a responsabilidade de efetivar mudanas que impeam o processo de excluso e permitam construir, verdadeiramente, uma escola inclusiva que d respostas educativas diversidade, sejam elas sociais, biolgicas, culturais, econmicas ou simplesmente, educacionais. (p.14).

23No entanto, tal dificuldade no pode se tornar impeditiva para as aes da escola na busca de transformaes que a tornem realmente inclusiva, capaz de atender a todos e a cada um em suas necessidades educacionais. Se tais aes forem postas em prtica, quem sabe possamos repensar e venhamos a retirar o pensamento com o qual este artigo foi iniciado.

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