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CORREÇÕES ÀS ATAS DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ARCOZELO, DESDE O
INÍCIO DO MANDATO E, APENAS NO QUE ÀS INTERVENÇÕES DO PRESIDENTE DA
JUNTA DE FREGUESIA, DIZ RESPEITO
Enderecei à Sr.ª Presidente da Assembleia de Freguesia, um ofício sobre este
assunto, que aqui reproduzo, para conhecimento e introdução à matéria de
facto que pretendo abordar nesta sessão, secundada de proposta da Junta
de Freguesia, para de uma vez por todas, este assunto ficar resolvido.
Cópia da carta à Presidente da Assembleia de Freguesia:
Apesar de reiterados apelos meus, sempre com a discordância do 1.º
Secretário da Mesa da Assembleia de Freguesia, nunca V. Ex.ª promoveu a
resolução desta importantíssima questão. Aliás, é imperativo legal, para todos
os órgãos das autarquias locais, a celebração, aprovação e assinatura das
atas das respetivas reuniões.
Este imperativo legal não é cumprido na Freguesia de Arcozelo.
Como tenho afirmado, quer nas minhas intervenções durante as sessões, quer
através dos requerimentos que apresentei, nada aconteceu no sentido de
resolver este gravíssimo problema.
Apesar de V. Ex.ª ter dado o mote quando pretendeu calendarizar a
realização de uma reunião extraordinária para o efeito, tendo-me consultado
e obtido a minha opinião favorável para que tal acontecesse, tal nunca veio
a ser promovido.
O Presidente da Junta de Freguesia e o Executivo da mesma, não toleram
mais esta situação, vindo por isso chamar a atenção de V. Ex.ª para a
urgência da sua resolução.
Deste modo, venho enviar como anexo a esta missiva, todas as atas corrigidas
por mim e um texto no qual estão sequencialmente colocadas todas as
objeções que o Presidente da Junta de Freguesia faz ao à forma e conteúdo
do teor das suas intervenções nas sessões da Assembleia de Freguesia.
Naturalmente que, faço nas próprias minutas das atas correções quer de
ortografia, sintaxe ou semântica, mas o que para mim importa é ver corrigido
o teor das minhas intervenções. Tenho igualmente consciência que outros
membros haverá que terão a mesma opinião que eu nesta matéria, que não
devem deixar de ser consultados antes de se equacionar a resolução do
problema.
Como bem sabe fiz em tempos chegar ao conhecimento do 1.º Secretário da
Mesa as correções que entendi fazer ao conteúdo das atas, no que às minhas
intervenções dizia respeito e não foram acolhidas pelo 1.º Secretário, bem pelo
contrário, afirmando que eu nada tinha a ver com as atas.
Tenho plena consciência que esta situação perdura no tempo com o
desconforto de V. Ex.ª, mas também não posso deixar de dizer que é da sua
responsabilidade resolver este problema.
Deixo nas suas mãos a promoção dos meios adequados para ultrapassarmos
este grave problema, colocando-me, desde já à disposição, para ajudar em
tudo aquilo que entender conveniente.
Aceite V. Ex.ª os protestos da minha consideração e da minha amizade.
Com os melhores cumprimentos
◊
Já em Novembro de 2015, antes da realização da sessão da Assembleia de
Freguesia, enderecei uma outra carta à Sr.ª Presidente da Assembleia de
Freguesia, sobre a mesma questão. Passo a incluir igualmente o texto da
mesma, para total esclarecimento dos membros desta Assembleia e, para
reiterar a preocupação que a não resolução do problema das atas causa, à
Junta de Freguesia e a mim próprio.
Cópia da carta à Presidente da Assembleia de Freguesia:
Vou apenas transcrever alguns excertos da última acta e da autoria do 1.º
Secretário da Mesa da Assembleia de Freguesia. Cito:
“Sobre o requerimento enviado pelo Sr. Presidente da Junta, nomeadamente
o ponto n.º 1 tem a informar que o assunto já foi falado na sessão anterior,
sendo que a ata em minuta já está a ser elaborada e votada em minuta.
Sobre o ponto n.º 2 a constar na ordem de trabalhos para analise e
aprovação das atas desde o inicio do mandato que as mesmas já estão
analisadas e votadas.
Sobre o ponto n.º 3 a mesa da Assembleia de Freguesia é que terá de tomar
uma posição ou resolução sobre este assunto”, e disse ainda e, continuo a
citar: “Quer deixar bem claro que não admite falta de respeito pela Mesa da
Assembleia e pelo trabalho efetuado no período desde o início do mandato,
nomeadamente pelo Secretário. Passa horas a fazer este trabalho e vem o Sr.
Presidente com leis de Inquisidor inventar as leis que lhe convém.” “Os Criados
pagam-se caro Sr. Presidente.”
Como se pode constatar, pelas afirmações do 1.º Secretário da Mesa da
Assembleia, ele não percebeu nada do conteúdo dos requerimentos que o
signatário fez chegar à Mesa da Assembleia de Freguesia, nas duas últimas
sessões, de Junho e de Setembro.
O Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo não pretende, não quer,
interferir no trabalho que é da exclusiva responsabilidade da Mesa da
Assembleia, mas, não admite que a Mesa da Assembleia interfira no conteúdo
das respostas, esclarecimentos e intervenções que, sendo da sua exclusiva
responsabilidade, dentro do quadro legal de responsável pela representação
da Freguesia, em juízo e fora dele, devem merecer tratamento em acta da
forma e conteúdo que o seu autor bem entender. E isso não se verifica.
Os requerimentos que deram entrada na Mesa da Assembleia e devem ser
mencionados na acta, menção essa que não se pode limitar a dizer «deu
entrada na Mesa um requerimento do Presidente da Junta», mas
minimamente fazer referência ao seu conteúdo, tiveram como intenção
primeira recordar à Mesa da Assembleia que, apesar de se ter já falado e
muito, sobre a fiabilidade das actas aprovadas, nada foi feito de concreto.
Melhor dizendo, as actas postas à discussão, para aprovação, sofrem
alterações, sejam elas através de requerimentos, quer através de intervenções,
feitas pelos membros ou até pelo Presidente da Junta de Freguesia. São depois
votadas e aprovadas, mas esta aprovação pressupõe a integração na acta
das alterações que lhe foram introduzidas, verbalmente, no decorrer da sua
discussão, ou pelo teor dos requerimentos entregues para o mesmo efeito. Se
assim é e a Mesa assim o entende, por força da lei, é pressuposto que seja
elaborada uma nova acta, onde constem as alterações e correcções
introduzidas e ela seja assinada, entregue na sede da Junta de Freguesia para
ser arquivada nos documentos da Assembleia de Freguesia e colocada na
página da Freguesia como a acta correcta, ou seja, a acta que foi presente à
Assembleia de Freguesia para apreciação e que foi aprovada com as
respectivas alterações. Isto não está feito, desde o início do mandato. É tão só
esta questão, mas que é muito importante, que o Presidente da Junta vem
alertar nos dois requerimentos que apresentou, sem querer interferir
minimamente no trabalho da Mesa da Assembleia, mas no respeito do
cumprimento da legalidade.
Aconselho os membros desta Assembleia, a lerem com olhos de ler, as actas
que estão na página da freguesia, onde podem verificar que não existem
actas, aí colocadas, que sejam correspondentes às actas primitivas que
depois de submetidas a apreciação, tiveram correcções. Não estão lá,
porque não existem.
Julgo que tenho o direito, ou melhor, tenho todo o direito de rectificar todos os
conteúdos constantes das actas enviadas para aprovação, colocando nelas
os textos e contextos que entender no que às minhas intervenções diz respeito,
de esclarecimento, de informação, de resposta às questões que me foram
colocadas, etc., etc., etc. Não abdico desse direito e não aceito que face a
questões colocadas, pertinentes e que exigem a resposta concreta da parte
do Presidente da Junta de Freguesia, apenas conste na acta e, cito, “O Sr.
Presidente da Junta de Freguesia deu resposta às questões que lhe foram
colocadas.
Não quero fazer deste facto campo de batalha, mas apenas a exigência para
que sejam vertidas para as actas as posições que os membros da Assembleia
de Freguesia expressam e igualmente as do Presidente da Junta de Freguesia,
para que elas, actas, não sejam apenas repositórios de anexos e afirmações
comicieiras do membro Acácio Fernandes, eleito pela CDU, numa tentativa
de aparecer, no futuro, como paladino da verdade, da transparência e da
defesa da população de Arcozelo. Não pugno por prosas de oratória
queirosiana, mas por actas que, apesar de na sua génese estar plasmada a
síntese do que verdadeiramente aconteceu no decurso da sessão, sejam
escritas em português, claras nos conteúdos e de fácil entendimento e
interpretação pelos vindouros no que às questões e factos discutidos, diz
respeito.
Assim, não me querendo alongar mais, reafirmo que não abdico do direito
que legalmente me assiste como Presidente da Junta de Freguesia e, apesar
de achar que há boa vontade da Sr.ª Presidente, pelas conversas que sobre
este assunto já tivemos, quero expressar aqui uma vontade, traduzida num
pedido:
1. Que a Sr.ª Presidente da Assembleia de Freguesia de Arcozelo promova,
antes da próxima sessão ordinária do mês de Abril, a realização de uma
sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, cujo ponto único
seja a discussão e aprovação de todas as actas do mandato
devidamente consolidadas com a integração de todas as alterações e
correcções que lhes foram feitas.
Se tal não acontecer, reservo-me o direito de apresentar na sessão do mês de
Abril, um documento a integrar o conteúdo da acta, não como anexo, mas
devidamente expresso no corpo da mesma, sobre toda esta situação.
Com os melhores cumprimentos,
◊
Atentos todos estes factos e episódios, venho junto de V. Ex.ª, Sr.ª Presidente da
Assembleia de Freguesia, apresentar a proposta que se segue:
PROPOSTA
Considerando as recusas sistemáticas do 1.º Secretário em atender os apelos do
Presidente da Junta de Freguesia quanto ao conteúdo das atas do mandato, cujas
alterações nunca foram efetuadas, pelo menos no que às minhas intervenções diz
respeito;
Considerando que me assiste o direito de ser o único responsável pelo que quero dizer
e ficar plasmado em ata e não é o 1.º Secretário da Mesa que escreve o que lhe
apetece.
Considerando que me custa ficar vinculado, embora não faça parte dele, ao órgão
autárquico que é só o mais importante da Freguesia de Arcozelo, para o futuro, através
de atas cuja redação deixa muito a desejar, quer pela ortografia, pela sintaxe e pela
semântica, onde o texto expresso é muitas vezes uma autentica charada;
Considerando que desde o início do mandato, para além da ata da instalação da
Assembleia de Freguesia, não existem atas assinadas na sede da Junta de Freguesia;
Proponho:
1. Que a Sr.ª Presidente da Assembleia desenvolva os esforços necessários para
resolver esta questão que é crucial e tem contornos de ilegalidade gritante;
2. Declarar a minha total disponibilidade para colaborar, tanto mais que assinalei
em todas as atas recebidas, os aspetos que me merecem reparo, sobretudo
quando estes documentos são espólio importantíssimo da Freguesia de Arcozelo
e vão, mais tarde, ser apreciados pelos vindouros, deixando uma péssima
imagem dos intervenientes;
3. Que este meu documento, que engloba em anexo as correções feitas por mim
apenas ao que às minhas intervenções diz respeito, fique apenso à presente ata,
fazendo parte integrante dela;
Arcozelo, 19 de Abril de 2016
O PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE ARCOZELO
_____________________________________________
(João Inácio Reis Lopes Barreto, Eng.º)
ANEXO – Correções às atas
Acta da Assembleia de Freguesia de 2013-12-27
Correções à acta:
Alínea c) do ponto n.º 1 – Assuntos de interesse para a Freguesia:
Relativamente às questões levantadas pelo elemento António Fiúza … o Sr. Presidente
informou … que foi o Executivo anterior que deu início ao processo de legalização dos terrenos
baldios cedidos para construção de habitações. Referiu que esta iniciativa teve como princípios
fundamentais a forma das cedências feitas pelas Juntas de Freguesia anteriores que o faziam
à margem da lei e sem qualquer critério de equidade face às carências económicas que
estavam na génese da cedência. Verifica-se que foram dados inúmeros terrenos a várias
pessoas da mesma família e outros, carenciados e que também tinham requerido terrenos, não
foram contemplados. O segundo princípio que levou a organizar este processo foi a acção
interposta pelo Ministério Público no sentido de forçar a Junta de Freguesia a cumprir a Lei dos
Baldios, designadamente o estabelecido no seu artigo 31.º. Estava a Junta de Freguesia
obrigada a comunicar ao Ministério Público quantas situações foram regularizadas e a
apresentar uma listagem daqueles que não procederam à legalização. Naturalmente que para
aqueles que não procederam à legalização dos terrenos poderão vir a ter surpresas
desagradáveis.
Independentemente do cumprimento obrigatório da lei, verifica-se ainda hoje, passados mais
de trinta anos após as cedências que os proprietários das casas construídas nesses terrenos
não as conseguem registar na conservatória do Registo Predial de uma forma normal e utilizam
o subterfúgio do usucapião para o fazer, registo este que não tem qualquer validade pois o
usucapião não se aplica a baldios.
Todo o processo foi efectuado no estrito cumprimento da lei, o que significou a convocação de
uma Assembleia de Compartes para aprovar a alienação e o preço base e, após esta, foram
colocados os editais para a indicação da data da hasta pública e nos quais se dava conta de
toda a informação necessária para os procedimentos a ter em conta pelos interessados. Já
efectuamos mais de uma centena de escrituras e temos porventura outras tantas para realizar
porque a Junta de Freguesia permitiu aos mais carenciados que pagassem os terrenos
adquiridos ao longo de dois anos, havendo por isso muitos processos a aguardar a finalização
do pagamento.
No que diz respeito à distribuição da documentação referente aos assuntos a discutir nas
Assembleias de Freguesia, referiu que eles são colocados na página da freguesia e em
situações como as que referiu, de ausência de internet, basta dirigir-se à sede da Junta de
Freguesia para aí receber a documentação que entender.
Em relação às questões levantadas pelo elemento Acácio João Fernandes, no que respeita
aos baldios, o Sr. Presidente afirmou … no entanto entende que … a obrigatoriedade vigente
do Regime Florestal, no qual o baldio está submetido à gestão florestal por parte do Ministério
da Agricultura através da ex-DGF, ex-AF e hoje ICNF, é ruinosa para as freguesia que detêm
baldios. O Estado é o grande usurpador das receitas do baldio porque arrecada 40% das
receitas a troco da gestão e não faz absolutamente nada. Não promove a limpeza, a
conservação dos caminhos, a reflorestação que se impõe para gerar rendimento, limitando-se
simplesmente a meter nos cofres o dinheiro da madeira que vende, pois só ele pode vender.
Entendo que esta situação deve ser analisada com rigor e pensarmos na interposição de uma
acção judicial para passarmos o baldio para a gestão directa dos compartes através dos seus
órgãos legítimos. Existem vozes que dizem que está a ser preparada uma nova lei onde
existem pressões para que os baldios sejam entregues aos municípios ou às comunidades
intermunicipais, o que a acontecer será um verdadeiro desastre e teremos que estar atentos
para evitarmos isto a todo o custo.
Outro dos assuntos abordados … sobre as despesas correntes … O Presidente da Junta
respondeu ao membro António Fiúza, dizendo que o conceito de despesa corrente engloba os
encargos com salários, daí o aumento dessa despesa. Mas na prática esta despesa é de
investimento, na Educação, no apoio aos alunos no transporte escolar, no apoio aos
estabelecimentos de ensino (Jardim de Infância e Centro Educativo), e no apoio à associação
de pais (cantina, semana de praia, visitas de estudo, etc.). A Junta de Freguesia investe muito
perto de cem mil euros com a educação e, continuaremos a fazê-lo pois entendemos que este
é o melhor investimento que podemos fazer, nas mulheres e homens de amanhã, no futuro de
Arcozelo.
Por fim em resposta à questão levantada pelo elemento Acácio João Fernandes … o Sr.
Presidente informou … que entende, apesar da autarquia Arcozelo ser laica, ser o padre
Miranda merecedor de uma homenagem por parte da freguesia, pelos mais de quarenta e nove
anos que esteve à frente dos destinos da paróquia. Acha, no entanto, que essa homenagem
deve ocorrer após a substituição definitiva do padre Manuel Barbosa Miranda, ou seja com a
chegada de um novo pároco para Arcozelo. Com um novo pároco, definitivo, a Junta de
Freguesia promoverá a homenagem que se impõe e a que o padre Miranda tem direito. Nessa
cerimónia daremos, naturalmente, as boas-vindas ao novo pároco.
O elemento António Fiúza tomou a palavra questionando sobre qual o valor que a Camara
financia mensalmente … sendo que em resposta o Sr. Presidente informou … ser de 20.000,00
euros, anuais.
As outras correções, de pequena relevância estão assinaladas nos comentários feitos na
própria acta.
Assembleia de Freguesia Extraordinária de 2014-02-10
Correcções à acta:
Alínea b) do Ponto 1
Tomou a palavra o Sr. Presidente da Junta que fez a abordagem do tema em discussão,
dizendo:
i. A Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, impõe que a Câmara Municipal e a Junta de
Freguesia promovam a celebração de um acordo – Acordo de Execução – para
determinarem as condições e as transferências de meios (humanos, patrimoniais e
financeiros), para que a Junta de Freguesia possa assumir as competências municipais
delegadas agora nas freguesias, por força da mesma lei. Este acordo de execução,
bem como as delegações de competências do Município nas Juntas de Freguesia,
carece de aprovação pela Assembleia Municipal e pela Assembleia de Freguesia
respectiva.
ii. O pedido efectuado pelo Presidente da Junta de Freguesia à Sr.ª Presidente da
Assembleia de Freguesia para a realização desta sessão ordinária, tinha dois
pressupostos subjacentes, o primeiro consistia na entrega pela Câmara Municipal à
Junta de Freguesia do acordo de princípio a ser discutido e votado, o segundo
pressuposto baseava-se na oportunidade da aprovação nesta data, que evitaria atrasos
nas transferências de verbas para a Freguesia.
iii. A informação que nos foi transmitida pela Câmara Municipal subentendia que após a
aprovação pelas Assembleias de Freguesia, o Município solicitaria o agendamento de
uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal, para aprovar os Acordos de
Execução entretanto celebrados.
iv. Apesar das insistências feitas junto do Presidente da Câmara Municipal, não foi
possível obter o prometido acordo de princípios, pelo que apenas resta a esta
Assembleia de Freguesia, se assim o entender, autorizar a Junta de Freguesia a
proceder à negociação e celebração do acordo de execução, ficando responsável por
apresentar o mesmo, numa próxima sessão da Assembleia de Freguesia para
ratificação.
…
Tomou novamente a palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia lendo a carta que
enviou à Camara Municipal de Ponte de Lima, informando que o n.º 1 do artigo 132º da Lei n.º
75/2013, atribui novas competências às Juntas de Freguesia, mas contrariamente ao desejável
que seria igualmente a atribuição directa das verbas para assumir a responsabilidade de
exercer essas competências, remete a obtenção dessas verbas para uma negociação entre as
duas autarquias (Câmara Municipal e Junta de Freguesia), sabendo nós, de antemão, quanto é
difícil esta negociação, se mais não fosse, porque nenhuma Câmara Municipal gosta de poder,
nomeadamente o de aumentar a autonomia financeira das Juntas de Freguesia.
Cabe-me a mim, Presidente da Junta de Freguesia, encontrar o ponto de equilíbrio na
negociação, ou seja, procurar assumir as competências agora delegadas, por uma questão de
dignificação do estatuto das Freguesias, e obter os meios financeiros e os outros, que sejam
suficientes para exercê-las.
Alínea c) do Ponto 1
Interveio o Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Arcozelo, para contextualizar a
questão da venda de parte dos terrenos do Pólo Industrial do Granito, à Câmara Municipal,
referindo o seguinte:
i. A infra-estrutura que vai albergar toda a indústria e possibilitar todo o ordenamento e
licenciamento da transformação de granito em Arcozelo, envolve uma área útil de cerca
de 25,00 hectares, onde após o investimento municipal de mais de 1,4 milhões de
euros no terraceamento e terraplanagens, necessita ainda de um investimento superior
a 3,0 milhões de euros para promover o loteamento industrial com todas as infra-
estruturas necessárias.
ii. As Juntas de Freguesia, infelizmente, não são elegíveis em sede de candidatura a
apoios financeiros comunitários, para este tipo de investimento, coisa que já não
acontece com os municípios. Atenta a disponibilidade da Câmara Municipal em
participar na dinamização de tão importante parque industrial, ela só pode apresentar a
candidatura a apoios financeiros comunitários na condição única de proprietário dos
terrenos onde se vai processar o investimento.
iii. Em primeira análise da questão, foi decidido ainda no mandato de 2005 – 2009,
proceder à transmissão da posse dos terrenos, baldios, através da figura da
expropriação amigável, figura esta enquadrada pela Lei dos Baldios, cuja Assembleia
de Compartes se pronunciou favoravelmente. O preço a pagar a título compensatório
pela Câmara Municipal seria encontrado através de uma avaliação a efectuar por
técnicos habilitados e teria que ter a concordância da Junta de Freguesia, na qualidade
de administrador do baldio.
iv. A referida expropriação, aceite pela Lei dos Baldios, só seria válida se fosse efectuada
por razões de utilidade pública, havendo aqui que obter essa declaração emitida pelo
membro do governo com a tutela do ordenamento do território. Era então Secretário de
Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, o Eng.º Daniel Campelo, estando o
ordenamento do território sob a tutela da respectiva ministra, Assunção Cristas. Foi
desenvolvida toda a sensibilização junto destes governantes para que fosse emitida a
declaração de utilidade pública para os terrenos do pólo industrial, mas isso nunca veio
a acontecer. O atraso na publicação do PU das Pedras Finas também contribuiu para
este impasse, porque se este plano fosse aprovado, a declaração em causa seria
emitida pela Assembleia Municipal de Ponte de Lima.
v. Cientes da necessidade imperiosa de imprimir uma outra dinâmica a esta questão, a
Junta de Freguesia, no mandato anterior, com a aprovação da Assembleia de
Freguesia e no âmbito da alienação de terrenos baldios para construção de habitações,
adquiriu e inscreveu no domínio privado da freguesia, os terrenos em questão, situação
esta que obriga agora à pronuncia da Assembleia de Freguesia para autorizar a
alienação à Câmara Municipal e o respectivo preço de venda.
…
Em resposta, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia, referiu ainda que todo este processo é
demasiado complexo, não só pela sua especificidade mas igualmente porque nele intervêm
várias entidades, cada uma com a sua sensibilidade, havendo até agora, mais uma questão
que tem que ser enquadrada e que vai obrigar à pronuncia da Assembleia de Compartes, pois
existem ainda situações de Regime Florestal dentro da área do PU das Pedras Finas que é
preciso retirar e compensar e ainda o estabelecimento de uma faixa de gestão de
combustíveis, imposta pelo ICNF e para a qual é necessário o estabelecimento de um plano de
intervenção da responsabilidade da Câmara Municipal, entidade responsável pela sua gestão.
Todos estes aspectos têm que ser aprovados pela Assembleia de Compartes que a Junta de
Freguesia, como administrador do baldio, vai solicitar a sua convocação.
…
(Dada continuidade…) Dando continuidade à sua intervenção o Sr. Presidente da Junta de
Freguesia reforçou a existência de deliberações bastantes e competentes para que a Junta de
Freguesia procedesse à transmissão dos terrenos para a Câmara Municipal, enquanto terrenos
baldios, a um preço já definido de 1,50€ por metro quadrado, mas estamos agora perante uma
situação diferente, pois os terrenos são propriedade da Freguesia de Arcozelo e só a
Assembleia de Freguesia pode autorizar a sua alienação e o preço dela.
Chamo a atenção para a importância deste assunto, que já dura à tempo demais, causando
grandes dificuldades aos empresários, pois as coimas da ACT e do Ambiente, são enormes e
poucos têm capacidade de as suportar.
É apenas isto que está em causa, a Assembleia tem que decidir se autoriza a venda e por que
preço. A Junta de Freguesia não apresentou nenhuma proposta para não condicionar a
Assembleia e deixá-la decidir em consciência. Se for o entendimento da Assembleia que a
Junta de Freguesia deve apresentar uma proposta orientativa da discussão e que este assunto
deve ser presente a uma outra sessão da Assembleia, por nós tudo bem, pois só solicitamos a
colocação deste assunto na Ordem de Trabalhos poe questão de oportunidade, pois esta
sessão foi convocada para discutir o Acordo de Execução e cabia mais este assunto, porque
daria tempo de discussão mais prolongado por se tratar de sessão extraordinária sem período
de antes da Ordem do Dia. Acatamos a decisão que V- Ex.as venham a tomar, sem qualquer
relutância.
…
Por parte do Sr. Presidente da Junta de Freguesia foi dada a seguinte informação:
i. A firma Prego & Fernandes, Lda. tem hoje uma grande carteira de contratos para
exportação de granito, não podendo continuar nas instalações onde se encontra –
Tendeiros – por ausência de condições e até pela imagem junto dos fornecedores
estrangeiros.
ii. Solicitou à Junta de Freguesia o arrendamento de uma parcela de terreno no futuro
Pólo Industrial, parcela essa que corresponde a um dos futuros lotes. A Junta de
Freguesia deliberou, por unanimidade arrendar a parcela à empresa, tendo no entanto,
antes da tomada da deliberação, havido uma conversa do Presidente da Junta de
Freguesia com o Vereador responsável pela área para conhecimento e apoio à
decisão.
iii. A informação que dispomos da Câmara Municipal vai no sentido de estarem a decorrer
todos os trâmites do licenciamento porque já deu entrada o processo de obras.
iv. Para finalizar, posso acrescentar que era nossa vontade que houvesse já mais 3 ou 4
empresas a deslocalizar as suas instalações para o local. Era um sinal excelente do
sucesso futuro da nossa indústria.
As outras correções, de pequena relevância estão assinaladas nos comentários feitos na
própria acta.
Acta da Assembleia de Freguesia de 2014-04-28
Correções à acta:
Alínea c) do ponto n.º 1 – Assuntos de interesse para a Freguesia:
Dando continuidade ao que restava da sessão, o Sr. Presidente passou a responder às
questões levantadas … respondendo de imediato ao 1.º elemento José Fernando Santos,
afirmando que … conhece realmente a existência de obras em igrejas de várias paróquias,
sendo estas fruto da dinâmica das comissões fabriqueiras e IPSS (irmandades e Centros
Sociais e Paroquiais) que candidataram ao PRODER essas mesmas obras e foram aprovadas
as candidaturas. Em conversa com o padre da freguesia, que se encontra cá em regime
provisório, ele próprio referiu que aprovou uma candidatura para as obras da igreja de Refoios.
Tem esperança que no futuro, com um novo pároco em Arcozelo possam existir outras
dinâmicas e que as próprias irmandades possam também elas contribuir para o
desenvolvimento da paróquia, a exemplo do que acontece na freguesia com a actuação da
respectiva Junta. No que respeita a obras em S. António afirmou que, como é publicamente
reconhecido, as autarquias (Câmara e Junta), não podem financiar obras no património privado
da Igreja, havendo pois que encontrar outros mecanismos. Quer a Junta de Freguesia, quer a
Câmara Municipal, com quem já conversou sobre o assunto, estão abertas a encontrar
soluções para ajudar, se a irmandade assim o entender.
Respondeu ao elemento, Victor Oliveira … informou que a Junta de Freguesia respondeu
afirmativamente ao pedido formulado pela empresa Prego & Fernandes, para lhe arrendar uma
parcela de terreno para implantar uma indústria de granito. Respondeu afirmativamente porque
se trata de uma empresa que está instalada no lugar de Tendeiros e tem que sair de lá em
virtude de o PU de Ponte de Lima, que abrange também Arcozelo, não permitir naquele local
qualquer tipo de indústria. Tem que sair ele e todos os outros. Também é verdade que pesou
na decisão o facto de a empresa ter vários contratos de fornecimento de granito para a França,
situação esta que obriga à vinda de técnicos estrangeiros a Arcozelo. Ao aceitar arrendar a
parcela de terreno não poderíamos deixar de conversar com a Câmara Municipal, pois está
decidido que o terreno do futuro Polo Industrial do Granito vai ser vendido ao Município e a
parcela em questão está dentro desse polo, ficando devidamente acautelado no contrato de
arrendamento a observância dessa questão. É evidente que a Junta de Freguesia não está
satisfeita com o andamento do PU das Pedras Finas pois já lá vão mais de seis anos desde
que se deu o pontapé de saída para a sua elaboração, mas também reconhecemos que a
culpa não é do Município, mas da burocracia nacional que leva demasiado tempo a aprovar
estas alterações dos instrumentos de ordenamento do território e, sem essas alterações
aprovadas e publicadas em Diário da República, nada pode ser feito.
Em relação à limpeza de um terreno … referiu que não é da responsabilidade directa da Junta
de Freguesia a limpeza do baldio que se encontra integrado no Regime Florestal, sendo essa
responsabilidade do ICNF. Já solicitou ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas a
limpeza do baldio sob a sua gestão, mas ainda não obteve qualquer resposta. A título de
exemplo refere ainda que solicitou a esse mesmo organismo a cedência de madeira seca para
a Comissão de Festas de Santa Marinha fazer o leilão da festa, mas também não obteve
qualquer resposta.
Em resposta às questões levantada pelo elemento António Fiúza … mas terá que ser mesmo
assim … não podem ser discutidos a correr e requerem ponderação e esclarecimento cabal
dos documentos mais importantes do quotidiano da freguesia – PPI, Plano e Orçamento e
Conta de Gerência.
Relativamente à reclamação pela duração das obras referiu "ainda bem que há obras em
Arcozelo", situação que só existe após a minha chegada à Junta de Freguesia. Nos últimos
vinte anos foi um verdadeiro marasmo. A esse propósito esclareceu: A nova legislação,
designadamente a Lei n.º 75/2013, atira para a competência das Assembleias, Municipal e de
Freguesia, a celebração de contratos de delegação de competências para a transferência de
responsabilidades para as Juntas de Freguesia. Anteriormente essa delegação era acordada
entre o Município e a Junta de Freguesia, o que tornava o processo mais expedito e fácil. Para
além disso as condições climatéricas e a interferência de entidades externas à Junta de
Freguesia, a EDP e a Estradas de Portugal, são um exemplo, tem reflexo no andamento das
obras, estando dentro destes impasses a Estrada da Presa e o Caminho do Posto do Leite
onde a retirada de um poste pela EDP e a intenção manifestada pela EP em pavimentar o
caminho do Posto do Leite e a estrada municipal do Ribeiro a troco de constituir uma
alternativa à EN 202 para alargamento da ponte de Ferreira está a ser negociada. Neste último
caso a Junta de Freguesia fez chegar à Câmara Municipal um conjunto de condições e
reivindicações para viabilizar esta pretensão.
No que respeita ao Regulamento de taxas e licenças … afirmou que o regulamento existente
não tinha legalidade nenhuma, pois não tinha sido publicado em Diário da República nem
cumpria os critérios de fundamentação exigidos para as taxas a aplicar. Foi preciso refazer
tudo e dar cumprimento ao estabelecido pela lei.
Em resposta às questões do elemento João Carlos Oliveira … informou que … está marcada
para amanhã a audiência de julgamento da questão da Poça Grande. Foi afirmado pelo
advogado da parte contrária que havia intenção em desistir da acção reconhecendo à Junta de
Freguesia o pleno direito de posse da Poça Grande. Esta acção tem origem no pedido de
impugnação efectuado pelo Executivo da Freguesias relativamente a uma justificação para
celebração de escritura por usucapião de um artigo de cerca de sete mil metros quadrados por
parte do Sr. Adelino Cerqueira, artigo esse que tinha a Poça Grande no meio. É um processo
que se desenrola há mais de dois anos e que esperamos sinceramente se resolva de forma
rápida.
Quanto ao muro das Barrosas que ruiu, tem esperança que haja disponibilidade do proprietário
em deixar alargar o caminho. A Junta de Freguesia, nestes casos, procederá ao alargamento
do caminho e à construção de um novo muro, pois só nestas situações é possível a
intervenção da Junta, porque legalmente não se pode substituir aos privados na realização de
obras que são da sua competência mesmo que estas causem entraves e dificuldades nos
arruamentos do domínio público.
Em relação … aos comportamentos dos moradores do Bairro, esclareceu que estes se
resumem a uns poucos moradores, normalmente àqueles que não são da freguesia e são
"despejados" no Bairro pela Câmara Municipal, sem qualquer critério e sem que a Junta de
Freguesia seja chamada a dar parecer. A constituição da Associação de Moradores que a
Junta de Freguesia patrocinou tem como objectivo primeiro criar condições para podermos
intervir, em parceria, nestas situações, sendo no entanto obrigatório, a celebração de protocolo
entre a Câmara, a Junta e a Associação. Naturalmente que estas situações não dignificam
Arcozelo, mas nada podemos fazer no presente momento, esperando que a abertura de um
espaço dedicado à associação possa permitir interagir com a população no sentido de
minimizar e mesmo erradicar todos os comportamentos menos próprios.
Passando a responder às questões levantadas pelo elemento da CDU Acácio João Fernandes
… rejeitou as acusações. Não tem nada contra ninguém, pessoalmente, mas não ceita que os
assuntos da freguesia, Assembleia e Junta, sejam discutidos nas redes sociais. Sabe bem que
os documentos são públicos mas só interessam à população de Arcozelo, o que contraria a
sua colocação nas redes sociais que extravasam, em muito, a esfera da freguesia. É evidente
que não pretendo calar ninguém nem influenciar comportamentos porque a cada um cabe a
responsabilidade pelo que diz ou escreve.
Sobre o problema das passadeiras e acidentes na zona da Romeira … o Presidente da Junta
colocou na página de Arcozelo todas as intervenções que fez na Assembleia Municipal sobre a
matéria, reclamando uma intervenção urgente por parte da Câmara Municipal e da empresa
Estradas de Portugal. Nessas intervenções chamou também à atenção da Câmara Municipal
sobre o estado do rio Labruja e da necessidade de ser tomada por ela uma posição firme junto
da entidade gestora, a ARH Norte.
Alínea d) do ponto n.º 1 – Intervenção do público:
… No que respeita à toponímia, pensa o Sr. Presidente que … a toponímia de Arcozelo deve
fazer muita confusão à Câmara Municipal. Entregamos a proposta aprovada pela Assembleia
de Freguesia em 2008 e de lá até hoje não atam nem desatam. Querem que mudemos
topónimos que consideramos essenciais para plasmar na toponímia a história e as figuras
ilustres de Arcozelo. Já solicitamos, por duas ou três vezes, a marcação urgente de reunião,
mas até agora não obtivemos qualquer resposta.
… No que respeita ao polidesportivo não se sabe ao certo o que vai acontecer… pois a
empresa Estradas de Portugal exige a construção de uma rotunda na zona para dar parecer
favorável ao PU das Pedras Finas. Todo o trânsito na zona será direccionado para a rotunda a
construir, o que pode implicar o desaparecimento do polidesportivo. A Junta de Freguesia
tinha, anteriormente a estas questões serem levantadas, a intenção de requalificar o
polidesportivo com a construção de balneários e bancadas e, possivelmente a colocação de
uma cobertura.
As outras correções, de pequena relevância estão assinaladas nos comentários feitos na
própria acta.
Acta da Assembleia de Freguesia de 2014-04-28, 2.ª sessão realizada em 2014-05-02
Correções à acta:
… A Sra. Presidente da Assembleia, deu início … concedendo a palavra ao Sr. Presidente da
Junta … Adiantou, dizendo que é inconcebível que por ausência total de responsabilidade das
entidades nacionais, aconteçam coisas destas. A lei das pedreiras, de 2007, resolveu o
impasse criado pela lei anterior de 2001, possibilitando a atribuição de licenças provisórias às
pedreiras, situação reconfortante para os empresários. No entanto, a mesma lei dizia que as
licenças provisórias eram por um ano e que passado esse tempo elas passariam a definitivas
com a implementação de planos de lavra e planos de recuperação e requalificação
paisagística. Só que a tramitação destes processos eram da responsabilidade do Ministério da
Economia, que irresponsavelmente manteve tudo como estava e as licenças agora deverão
ser, penso eu, provisoriamente definitivas. É por causa de toda esta situação que não existem
planos de segurança eficazes que minimizem os riscos para situações como a que aconteceu.
Alínea a) do ponto 2 da Ordem do Dia – Assuntos de interesse para a Freguesia:
Tomou a palavra o Sr. Presidente da Junta de Freguesia … Em resposta ao 1.º membro
inscrito … informou que … o membro António Fiúza conhece bem a situação pois já no
mandato de 2005/2009 este assunto foi discutido na Assembleia de Freguesia de que era 1.º
Secretário. A alienação dos terrenos à Câmara Municipal é obrigatória porque a candidatura a
fundos comunitários para as infra-estruturas só pode ser feita pelo Município e para ser
possível ele tem que ser o proprietário dos terrenos. Naturalmente que a intervenção da Junta
de Freguesia é indispensável porque uma vez aprovada a alteração parcial do PDM em 2012,
os terrenos em questão deixaram de ser baldios, ou seja, saíram do uso e fruição agro-silvo-
pastoril pelos compartes e passaram a áreas industriais. Assim sendo a Junta de Freguesia, no
âmbito da autorização dada pela Assembleia de Compartes, adquiriu os terrenos. Esta
operação teve que ser assim construída porque a Junta de Freguesia tinha um compromisso
com a firma João Guerra & Filhos para entregar duas parcelas industriais a troco do terreno
cedido à Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, para o Centro Comunitário. Ora se os
terrenos fossem vendidos directamente à Câmara Municipal não teríamos possibilidade de
cumprir o que está acordado com a empresa, aliás toda esta questão é igualmente do
conhecimento do membro da Assembleia António Fiúza pois passou-se igualmente no
mandato já referido de 2005/2009.
Aproveito a oportunidade para esclarecer que existem problemas com a transferência dessas
parcelas para a firma João Guerra & Filhos, pois não obtivemos qualquer resposta à notificação
que lhe fizemos para marcarem o local e hora para a escritura. Naturalmente que, como os
sócios andam todos em guerra (eu próprio fui testemunha de um em Tribunal), porventura ser-
lhes-ia mais favorável receber os 400.000,00 ou 450.00,00 euros que teríamos que pagar se o
contrato não fosse cumprido. Estamos atentos e a tratar do assunto.
Em relação à Casa da Cultura … Sobre a Casa da Cultura e Recreio de Arcozelo referiu que a
obra foi objecto de uma candidatura ao PRODER, Acção 3.2.2, no âmbito da ADRIL. A
candidatura só permitia a obra se fosse pela via de a refuncionalização de um edifício já
existente (a nossa vontade era construir de raíz), tendo por isso sido aproveitado o edifício da
antiga Fábrica da Cerâmica, na parte que não está ocupada. A candidatura aprovada prevê um
financiamento a fundo perdido de cerca de 117.000,00 euros, para um investimento total de
cerca de 270.000,00 euros. Acontece que no arranque da empreitada verificou-se da existência
anomalias estruturais que não aconselhavam a manter o projecto existente, sendo elaborado
um relatório com a sinalização da situação e a proposta das alterações a fazer. Este relatório
foi aprovado pela ADRIL e assim sancionadas favoravelmente as alterações a introduzir.
Naturalmente que estas alterações vão encarecer a obra final, passando o investimento para
cerca de 350.000,00 euros, mantendo-se a comparticipação do PRODER no mesmo valor
aprovado anteriormente. Enviamos igualmente à Câmara Municipal a cópia do contrato de
financiamento com o IFAP e aguardamos a atribuição da respectiva comparticipação. Como é
do conhecimento geral as candidaturas a estes programas obrigam a uma rigorosa
organização administrativa e financeira, através de conta bancária própria, porque se assim
não for corremos o risco de perder o financiamento, em parte ou mesmo na totalidade.
Sobre os terrenos baldios para habitação … Relativamente à legalização dos terrenos baldios
para construção de habitações, podemos afirmar que os processos estão em bom andamento
e as respectivas escrituras. Aqueles que não apareceram para legalizar assumirão a
responsabilidade da decisão que o Ministério Público vier a tomar. Existem, para além destes
casos, outros que se prendem com entidades públicas, sendo exemplo disso a ex-escola EB1
de Vilar e o Jardim-de-Infância e ainda a Casa dos Cantoneiros registada pela ex-Junta
Autónoma das Estradas (JAE) com base num despacho de 3 ministros.
Relativamente à situação financeira … afirmou que a Junta de Freguesia só pode contar com
as suas receitas próprias pois tudo o resto assenta em previsões de transferências por parte do
Município de Ponte de Lima e dos apoios comunitários para as candidaturas que forem
aprovadas.
… Em resposta ao 3.º membro inscrito … Sobre as obras … disse que as prioridades estão
estabelecidas mas as condições climatéricas obrigam à sua alteração. O inverno foi rigoroso e
condicionou a actividade da Junta de Freguesia mas tudo será realizado dentro do calendário
estabelecido se os financiamentos municipais forem atribuídos.
Sobre o Banco Alimentar … Sobre a parceria com o Banco Alimentar de Viana do Castelo
esclareceu que a Junta de Freguesia respondeu à solicitação de colaboração feita pelo Banco.
O Centro Social e Paroquial de Arcozelo suspendeu a sua colaboração e havia que encarar o
pedido de colaboração apesar de entendermos que existem muitas desigualdades na
atribuição de alimentos por parte da Segurança Social, que é a entidade responsável pela
selecção dos beneficiários. No entanto reservamos a nossa colaboração à anuência por parte
da Confraria de S. Vicente de Paula, que aceitou colaborar com a Junta de Freguesia. Apesar
do contacto feito pelo Banco Alimentar, a reunião prevista com a Junta de Freguesia para o
mês de Abril, ainda não aconteceu.
… Em resposta ao 4.º membro inscrito … sobre a escritura … de aquisição dos terrenos
baldios para os polos industriais, as verbas envolvidas transitam na contabilidade da Junta de
Freguesia por esta ser igualmente o administrador do baldio por delegação da Assembleia de
Compartes.
Alínea d) do ponto 2 da Ordem do Dia – Acordos de Execução:
Interveio o Sr. Presidente da Junta de Freguesia … Da reunião que teve com o Sr. Presidente
da Câmara reclamou todas as competências que se encontram na lei … As Juntas de
Freguesia devem assegurar as novas competências que lhe foram atribuídas por esta nova lei.
A Freguesia de Arcozelo tem capacidade para as desempenhar se a Câmara Municipal lhe
atribuir os meios. Receia que tal não venha a acontecer porque a maioria das outras Juntas de
Freguesia, senão a totalidade, não pretendem assumir e delegaram na Câmara Municipal
essas competências. No Orçamento Municipal aprovado pela Assembleia Municipal estão
inscritos mais de um milhão de euros para estes acordos de execução. Há, de facto, um
aumento das verbas, sendo exemplo disso o caso de Arcozelo que recebia cerca de 20.000,00
euros nos antigos Termos de Aceitação e agora vai receber mais do dobro. Acrescentou ainda
que discorda da verba atribuída para a limpeza de vias municipais, mas vai questionar a
Câmara Municipal no sentido de ela ser aumentada.
Alínea f) – Apreciação e votação da proposta … alienação ao Município de Ponte de Lima
dos terrenos que vão constituir o futuro Pólo industrial do granito das Pedras Finas.
Interveio o Sr. Presidente da Junta de Freguesia que reiterou o já afirmado em assembleias
anteriores, a alienação ao Município só acontece pela inelegibilidade da Freguesia aos fundos
comunitários, porque se assim não fosse não teríamos qualquer problema em assumir a
responsabilidade da construção do polo industrial.
Lembrou que mantém as preocupações já referidas e relativas à capacidade financeira dos
pequenos industriais em mudarem-se para o polo. Entende que a Câmara Municipal deve fazer
o investimento total no polo e construir os atelieres para os canteiros, para que o valor desse
investimento seja incluído na renda que irão pagar pelo lote. A renda deve refletir o
investimento feito por metro quadrado e retirando desse investimento o valor da
comparticipação comunitária, ficando apenas a pesar no custo a pagar os valores
efectivamente gastos do orçamento municipal. A amortização desses montantes deve ser feita
em 30 ou 40 anos, sem juros para que as rendas possam ser assumidas pelos canteiros.
Terminou dizendo que a Câmara Municipal não pode querer obter lucro deste investimento,
porque ele é decisivo para a indústria do granito de Arcozelo que é a maior indústria do
concelho.
Entende que a proposta apresentada é aceitável e a Junta de Freguesia tudo fará para poder
chegar aos dois euros por metro quadrado em vez dos um e meio euros agora propostos. Esta
pretensão inclui também a perda de rendimento que vai decorrer da implantação da faixa de
gestão de combustíveis, que é de cem metros ao longo de todo o perímetro do polo.
Após a conclusão desta infra-estrutura ficam as empresas em condições de se transferirem
para uma unidade nova e moderna, melhorando significativamente as suas condições de
trabalho, pois se não o fizerem irão ser fiscalizados de forma persistente, nomeadamente pela
ACT e ASAE.
As outras correções, de pequena relevância estão assinaladas nos comentários feitos na
própria acta.
Acta da Assembleia de Freguesia de 2014-09-29
Correções à acta:
Alínea a) do ponto 1. Do período de Antes da Ordem do Dia – Leitura do expediente.
… O Presidente da Junta de Freguesia iniciou a sua intervenção dizendo que antes de entrar
na resposta às questões levantadas tinha que repudiar a forma como esta questão deu entrada
nesta reunião da Assembleia, ao arrepio da Junta de Freguesia. Não aceita a forma como a
questão foi introduzida pela Sr.ª Presidente da Assembleia, porque os requerimentos a que
aludiu na introdução da proposta, só são admitidos pelo regimento para tratamento de
questões entre os membros da Assembleia e a Mesa e nunca para apreciar e votar qualquer
tipo de requerimento apresentado por um qualquer cidadão. Se a Sr.ª Presidente mantiver a
votação da proposta vai solicitar uma certidão da deliberação, se ela for aprovada, e vai
recorrer ao Ministério Público para solicitar a impugnação da deliberação. Passou em seguida
às respostas às questões levantadas pelos membros da Assembleia, dizendo em relação ao
questionado pelo António Fiúza é seu entendimento que a Junta de Freguesia tem, tal e qual
como fez para a construção de habitações, legalizar todas as situações relativas a construções
industriais edificadas em terrenos baldios, discordando em absoluto que o preço a pagar seja o
mesmo que vai ser praticado para a Câmara Municipal e não corresponde à verdade que a
Câmara Municipal tenha vendido terrenos no polo industrial da Gemieira a um euro. É tanto
verdade que a Junta de Freguesia tem preocupações sobre estas questões que está inscrita na
ordem de trabalhos a discussão de uma proposta sua para a alienação de terrenos industriais.
Na resposta ao membro Acácio Fernandes relembrou que a Assembleia não pode confundir o
regimento que é um instrumento de regulação do funcionamento da Assembleia com um
qualquer requerimento apresentado por quem quer que seja. À Assembleia compete apreciar
propostas apresentadas pela Junta de Freguesia que é o órgão executivo e só estas. Os
requerimentos referidos só têm enquadramento quando apresentados pelos membros da
Assembleia e sobre assuntos de funcionamento da mesma. A empresa Feliciano Soares se
pretendia adquirir o terreno onde tem instalada a fábrica devia ter apresentado um pedido
nesse sentido à Junta de Freguesia que o apreciaria e se entendesse ser viável traria uma
proposta de alienação à Assembleia para ser discutida e aprovada. Este é o procedimento
correcto. Em relação às questões levantadas pelo membro João Carlos Araújo Oliveira, pensa
que as respostas dadas anteriormente esclarecem as dúvidas por ele suscitadas.
Alínea c) do ponto 1. – Assuntos de interesse para a Freguesia.
… Tomou a palavra o Sr. Presidente da Junta de Freguesia … Em resposta ao 1.º elemento Sr.
João Carlos Oliveira, o Sr. Presidente informou o seguinte:
2 - Sobre o muro que ruiu informou que os proprietários se dirigiram à Junta de Freguesia
para avaliarem da disponibilidade de esta estar disponível para proceder ao alargamento da
vcia e à construção do muro. Foi-lhes transmitido que essa possibilidade existe mas tem
que ser equacionada, até porque, existe um proprietário de um muro contíguo que tem que
se pronunciar sobre o assunto, pois a obra tem que abranger toda a extensão. Ficaram os
proprietários de avaliar a situação e voltarem à Junta de Freguesia o que ainda não
aconteceu.
… Seguiram-se as respostas ao 2.º elemento inscrito …
1 - Está totalmente de acordo de que não é aquele o local próprio para a "estátua" e deve
ser deslocalizada, por exemplo, para o início do caminho no Arquinho, ou em alternativa
junto ao albergue dos peregrinos no Largo da Alegria. Trocou impressões com o autor no
sentido de colocar a cocha de Santiago nas costas da escultura, pois poderia minimizar o
impacto da mesma. Se existe uma proposta e ela for aprovada pela Assembleia, a Junta de
Freguesia fará chegar a mesma â Câmara Municipal e dará também a sua opinião no
sentido da mudança. Entende mesmo que a proposta deveria ser transformada em
recomendação a enviar à Assembleia Municipal.
Por último e em resposta ao 3.º elemento inscrito …
1 - Sobre as descargas no rio Labruja é fácil constatar que elas existem, sendo umas
provocadas naturalmente pelos arrastamentos das chuvas e enxurradas e outras que são
ilegais, sendo que estas não são fáceis de controlar. Se visitarmos uma pedreira no verão
verificamos que existe no solo uma camada de poeira que tem mais de cinquenta
centímetros de altura, camada essa que é arrastada pelas chuvas para os cursos de água e
o Labruja é o que está mais perto.
3 - A limpeza dos caminhos configura uma realidade complicada pois temos uma
quantidade muito grande de vias vicinais e municipais para limpar e o pessoal é escasso
para assegurar uma limpeza tão eficaz como desejaríamos. No entanto estamos satisfeitos
com o trabalho realizado e o pessoal de dispomos é competente e diligente. Aproveito para
informar que a zona de Tendeiros vai ser toda requalificada e as pedreiras aí existentes vão
passar para o a Portela. Está a ser elaborado pela Câmara Municipal um projecto de
requalificação de toda a área, com um loteamento para moradias e um Parque Temático da
Floresta Portuguesa que abrange a encosta de S. Ovídio.
7 – Relativamente ao Plano de Urbanização das Oficinas de Cantaria das Pedras Finas, ele
foi apresentado pela Câmara Municipal na sede da Junta de Freguesia durante a discussão
pública do mesmo, por solicitação da própria Junta de Freguesia. A Junta de Freguesia
apresentou as reclamações que entendia fazerem sentido e solicitou que as mesmas
fossem atendidas, designadamente, entre outras, a manutenção de espaços marginais e ao
longo da E.N. 201 para poderem ser utilizados como locais de exposição e venda de
artesanato de granito e outros tipos de artesanato. Pelo conhecimento que tenho as
reclamações da Junta de Freguesia vão ser atendidas pela equipa que está a elaborar o
plano.
8 – Sobre os herbicidas afirmou que a Junta de Freguesia só utiliza herbicidas ecológicos
para não afectar as culturas e os animais. Quanto às reclamações de proprietários o que
posso dizer é que esses são "pobres e mal agradecidos" porque a Junta de Freguesia não é
responsável por limpar os muros dos particulares.
Alínea d) do ponto 1. da Ordem do Dia – Intervenção do Público.
… Em resposta ao Sr. Álvaro Sá, o Sr. Presidente informou o seguinte:
1 - Arcozelo tem ainda alguns locais não abrangidos pelo saneamento básico. Estão nesta
situação o lugar do Outeiro no arruamento que liga o largo à estrada de Val-de-Pereiras, o
caminho que liga a estrada da escola em Faldejães ao caminho em Brandara de acesso à
EN 202, um aglomerado de casas no lugar da Presa, junto à Mariana, Eliseu e outros e
ainda o lugar de Riba-Rio. O lugar de Riba-Rio só será servido quando se instalar a rede de
Calheiros (Carvalho do Mouco) se esta vier a ser construída. Quanto aos outros locais
espera que a Câmara Municipal os contemple nos projectos que está a elaborar para
candidatar ao Portugal 2020.
3 - No que diz respeito ao Caminho do Fulão acha perfeitamente dispensável que as
pessoas (utilizadores) venham a todas as Assembleias perguntar o mesmo, porque todos
eles têm conhecimento perfeito do que se está a passar. Como a D. Rosa é usufrutuária
plena dos bens a providência cautelar a interpor pela Junta de Freguesia teria que ser
contra ela, o que não fazia sentido porque ela era e é a favor da abertura do caminho.
Tendo isto em conta foi delineada uma estratégia na qual a D. Rosa cedia por contrato de
comodato a casa e os terenos adjacentes ao caminho para a Junta de Freguesia fazer
acção social, o que pressupunha que logo que tal fosse aceite pelo Juiz, a Junta de
Freguesia tomava posse dos prédios e procedia de imediato à abertura do caminho. É isto
que está a ser discutido no Tribunal, tendo por isso que aguardarmos todos pelo desfecho.
Se a decisão não for favorável teremos que partir para a discussão da natureza do caminho.
Passando à resposta ao 2.º elemento Sr.ª Sandra Fernandes, o Sr. Presidente informou o
seguinte:
1 - Se a Sandra Fernandes acompanhasse verdadeiramente as assembleias da freguesia
saberia bem que os terrenos baldios cuja alteração da classificação do uso do solo passou
de agro-silvo-pastoril para industrial e que vão constituir os polos industrial do granito e
empresarial da Presa, foram adquiridos pela Junta de Freguesia de acordo com a lei dos
baldios, ou seja com a autorização da Assembleia de Compartes. Desses terrenos aqueles
que constituem o futuro polo industrial do granito, com excepção dos lotes para a empresa
João Guerra & Filhos e aqueles onde está implantada a antiga Fábrica da Cerâmica, pois
estes ficam para a Freguesia. Os terrenos do polo empresarial da Presa são pertença da
Freguesia que irá promover, logo que tal seja possível a operação de loteamento
indispensável, sendo depois decidido por esta Assembleia qual o destino, arrendamentos ou
alienação de lotes.
A venda dos terrenos à Câmara Municipal é obrigatória porque a Junta de Freguesia não é
elegível nas candidaturas a fundos comunitários e o investimento a fazer nas infraestruturas
(água, electricidade, arruamentos, tratamento de efluentes, etc.), tem uma estimativa
municipal de mais de 4 milhões de euros, fora o dinheiro gasto com a modulação do terreno
que rondou o milhão e meio de euros. Temos a convicção, porque também é uma
preocupação nossa, que relativamente aos canteiros, a Câmara Municipal proceda à
construção dos ateliers de cantaria, com tratamento e efluentes e ar comprimido integrados
para utilização comum, sendo que será desejável que estes custos sejam incorporados nas
rendas e indexados a uma amortização em 30 a 40 anos, para serem rendas acessíveis a
estas pequenas empresas.
Seguiu-se a resposta ao 3.º elemento Sr. Carlos Sousa, ao qual o Sr. Presidente informou o
seguinte:
1 - Em relação a esta situação entendia que estava resolvida. Assim não sendo vai resolvê-
la na mesma altura em que forem resolvidas outras situações em Riba-Rio e em Lousados,
pois é competência do empreiteiro que procedeu às pavimentações e à instalação do
saneamento porque as obras estão ainda dentro da garantia.
2 - Sobre o terreno adjacente ao cemitério Paroquial da Igreja Matriz, é inegável o interesse
da Junta de Freguesia na sua aquisição para alargamento do cemitério, alargamento esse
que é urgente começar a preparar. A Junta de Freguesia fez uma proposta à Diocese
através do Padre Manuel Miranda e recebeu uma resposta na qual se declarava a anuência
na venda por um preço de 30,00 € por metro quadrado. A Junta de Freguesia aceitou o
preço e mandou fazer o levantamento topográfico da área que pretendia adquirir e que
ronda os 820,00 metros quadrados. A Diocese informou que no seu entendimento a área
seria de 1.400,00 metros quadrados. Com a saída do Padre Miranda voltamos à conversa
sobre o assunto com o Padre Passos, ficando este de esclarecer esta discrepância de área.
Tal não aconteceu e agora que o pároco de Arcozelo é o Padre Ricardo Barbosa, estamos
novamente a conversar para resolver este assunto em definitivo.
Dando continuidade às respostas ao 4.º elemento Sr.ª D.ª Gracinda, o Sr. Presidente informou
o seguinte:
2 - As lamas são arrastadas para o caminho pelas enxurradas e ainda pelas descargas de
águas pluviais provenientes dos aquedutos das rotundas dos nós da A27 e IC28. Para além
destes arrastamentos que provocam estragos nos caminhos existem outras situações que
contribuem para que isso aconteça, designadamente a ausência de limpeza dos regos de rega
pelos consortes respectivos.
… Por último …
2 - Sobre a pavimentação da estrada municipal do Ribeiro e do caminho que termina no
antigo posto do leite posso dizer que estava tudo acordado com a Câmara Municipal para a
pavimentação, até que apareceu a empresa Estradas de Portugal a propor-se proceder à
pavimentação para que este acesso constituísse alternativa ao encerramento da EN 202
para alargamento da ponte de Ferreira. A Junta de Freguesia após contacto pela Câmara
Municipal elaborou um caderno de encargos a cumprir pela empresa Estradas de Portugal,
para aceitar a proposta. Até ao momento não obtivemos qualquer tipo de resposta à nossa
posição, mas em conversa com a Câmara Municipal foi-me transmitido que ela assumirá a
pavimentação se não houver acordo com a Estradas de Portugal. É minha expectativa que
esta obra se concretize antes do Inverno.
3 - Quanto ao caminho do Chumbo, verifica-se que ele não foi pavimentado, tal como
consta do compromisso da Câmara Municipal assumido para todos os caminhos onde foi
instalada a conduta de saneamento básico. Tal não aconteceu por falta de verba para o
efeito, por se terem esgotado os plafonds constantes da candidatura financiada pela UE.
Estamos esperançados que numa nova candidatura no novo quadro comunitário essa obra
será incluída.
5 - A Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Rio Labruja foi constituída e a
Freguesia é um dos sócios fundadores. Está a funcionar ainda com uma Comissão
Instaladora e tem como finalidade colaborar com a Câmara Municipal no projecto de
implementação de um sistema de criação de porcos de raça bísara ao ar livre, para garantir
a qualidade da matéria-prima para o prato "Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima".
Já foram realizadas reuniões com a Câmara Municipal, a Escola Profissional de Agricultura
e Desenvolvimento Rural e com a Escola Superior Agrária para dar início ao lançamento do
projecto.
Alínea a) do ponto 2. – Assuntos de interesse para a Freguesia.
… Interveio a Senhora Presidente da Assembleia, sugerindo ao Sr. Presidente da Junta de
Freguesia, que tomasse a palavra para prestar os devidos esclarecimentos às questões
levantadas pelo elemento Acácio João Fernandes, por este foi explicado:
1 - A análise do membro Acácio Fernandes é feita de forma presunçosa porque se limita a
ler os números constantes da situação financeira. É claro que as receitas e as despesas
que ocorrem num determinado período de tempo, aquele que medeia entre reuniões da
Assembleia de Freguesia, não são iguais e o que realmente interessa são as
disponibilidades provenientes das receitas próprias da freguesia e das transferências
municipais para se avaliar se existe ou não consistência financeira e essa existe. Quanto ao
pedido de adiantamento das verbas provenientes do Acordo de Execução para o ano de
2014, ele foi feito nos termos previstos pelo Município e teve como motivo maior a
notificação da AT para pagamento de IMI da criação dos artigos referentes aos terrenos
baldios do polo industrial do granito e do polo empresarial da Presa. Já pagamos cerca de
9.00,00 euros e estão a solicitar o pagamento de mais cerca de 50.00,00 euros. Foi essa a
principal razão para esse pedido de adiantamento.
2 - Tal como já foi explicado anteriormente a verba referida resulta da aquisição dos
terrenos baldios pela Junta de Freguesia. A não referência na conta de gerência resulta das
normas contabilísticas do POCAL e da compatibilização delas com a lei dos compromissos.
Trata-se de um assunto que é completamente claro e tem as respectivas deliberações de
suporte da Assembleia de Compartes e da Assembleia de Freguesia.
3 - Mais uma vez o senhor Acácio Fernandes confunde as coisas. Tal como faz o Município
com a Associação Feiras Novas, a Junta de Freguesia de Arcozelo face às novas
competências derivadas da lei, entendeu delegar na ACRA a competência da gestão do
terrado da freguesia para a realização dos eventos no espaço de Arcozelo. Tão simples
como isso. Quanto à cerveja Sagres não existe nenhum contrato nem compromisso, apenas
não estamos de acordo que o compromisso que a associação Feiras Novas tem com a
Superbock se estenda à nossa freguesia.
Quanto à observação do António Fiúza apenas se me oferece dizer que o entendimento
existente decorre de um protocolo aprovado pela Junta de Freguesia e pela Assembleia de
Freguesia.
Alínea c) do ponto 2. …
… Interveio a Senhora Presidente da Assembleia, dando a palavra ao Sr. Presidente da Junta
de Freguesia, no sentido de dar inicio aos esclarecimentos relativos às questões levantadas
pelo elemento Acácio João Fernandes, por este foi explicado:
1 - Os locais de recolha dos alunos estão devidamente sinalizados junto dos
estabelecimentos de ensino. Recebeu uma queixa relativamente à recolha em S. Ovídio
mas pensa que tudo está agora a funcionar normalmente.
Quanto às queixas de que o motorista fuma no autocarro tem a dizer que de facto elas
existiram e o obrigaram a ter uma conversa com o motorista sobre o assunto e a declarar
que tal era absolutamente proibido. Julga que o problema está sanado.
Alínea d) do ponto 2. …
… Tomou a palavra a Senhora Presidente da Assembleia, sugerindo ao Sr. Presidente da
Junta de Freguesia, que tomasse a palavra no sentido de dar inicio aos esclarecimentos
relativos às questões levantadas pelos elementos inscritos, por este foi explicado que
relativamente a este assunto o contrato que existe é com o Álvaro Rodrigues Fernandes. Mais
informou que efetivamente o Domingos Matos há cerca de quatro anos veio ter com a Junta de
Freguesia informando que tinha ganho o processo em Tribunal e como tal, foi-lhe transmitido
que para a Junta de Freguesia levar em consideração a sua integração de direito na sociedade
com o detentor do contrato seria necessário que o Tribunal lhe entregasse uma certidão da
sentença e essa fosse entregue na Junta de Freguesia para depois ser solicitado ao notário o
averbamento desse facto na escritura pública.
A Sr.ª Presidente da Assembleia tomou novamente a palavra dando seguimento ao tratamento
dos assuntos relativos ao período da Ordem do Dia, e em resposta à alínea d) do ponto 2,
nomeadamente, sobre a alínea ii. A Sr.ª Presidente da Assembleia tomou novamente a palavra
dando seguimento ao tratamento dos assuntos relativos ao período da Ordem do Dia, e em
resposta à alínea d) do ponto 2, nomeadamente, sobre o item ii.
… Tomou a palavra a Senhora Presidente da Assembleia, sugerindo ao Sr. Presidente da
Junta de Freguesia, que tomasse a palavra no sentido de dar inicio aos esclarecimentos
relativos às questões levantadas pelos elementos inscritos, por este foi explicado que a
empresa em questão não é operadora de telecomunicações mas sim gestora de torres de
difusão de sinal. A Junta de Freguesia intercedeu junto da NOS no sentido de ser estabelecido
um contrato entre ambas as partes que poderia abranger até a alteração ou mesmo anulação
da renda, desde que a empresa se disponibilizasse a fornecer o sinal de wireless que
abrangesse a totalidade da área da freguesia. Não obtivemos qualquer resposta positiva.
Fizemos entretanto diligências junto do mercado da especialidade no sentido de obtermos
propostas para a instalação de uma rede wireless na freguesia. tendo contactado várias
empresas estando a aguardar as propostas delas.
A Sr.ª Presidente da Assembleia tomou novamente a palavra dando seguimento ao tratamento
dos assuntos relativos ao período da Ordem do Dia, e em resposta à alínea d) do ponto 2,
nomeadamente, sobre o item iii.
… Tomou a palavra a Senhora Presidente da Assembleia, sugerindo ao Sr. Presidente da
Junta de Freguesia, que tomasse a palavra no sentido de dar inicio aos esclarecimentos
relativos às questões levantadas pelos elementos inscritos, sendo que por este foi explicado
que:
1. O preço de alienação para os terrenos para os industriais não pode ser o mesmo que
para a Câmara Municipal pois esta vai fazer um investimento muito significativo para os
preparar com as infraestruturas necessárias (cerca de 4,5 M€);
2. O regulamento apresentado visa regular a disponibilização de terrenos industriais para
os interessados, fixando preços e regras para acolher as candidaturas aos mesmos.
Entende-se indispensável regular todos estes procedimentos para que as regras sejam
claras e transparentes e iguais para todos sem excepção e sem recurso a hastas
públicas que podem não defender a equidade da alienação e, sobretudo, os interesses
da freguesia.
As outras correções, de pequena relevância estão assinaladas nos comentários feitos na
própria acta.
Assembleia de Freguesia de 2015-04-23
Correções à acta:
Introdução à acta …
… realizou-se a Sessão Ordinária relativa ao mês de abril de 2015, deste órgão deliberativo da
Freguesia da Vila de Arcozelo.
Atendendo a que … (A substituição de um qualquer membro da Mesa, Presidente incluído, não
necessita de concordância, está plasmado na lei o procedimento a seguir. O que é preciso e
falta nesta acta é a indigitação de um membro para completar a constituição da Mesa).
… o Sr. Presidente da Assembleia relativamente a este ponto questionou sobre o interesse por
parte dos presentes em fazer algum comentário ou intervenção.
O Presidente da Junta de Freguesia solicitou a palavra e reiterou, para ficar em acta, o teor de
todas as intervenções que tem feito sobre as actas. Ou existe má-fé do 1.º Secretário da Mesa
da Assembleia, ou o Presidente da Junta não consegue explicar-se. Mas se é assim, basta
pedir para que eu possa voltar a dizer. As actas da Assembleia de Freguesia de Arcozelo, até
hoje, não existem. Diga o Sr. Acácio o que disser, as actas que estão na página da Freguesia
são as que vão ser submetidas à aprovação. Depois de aprovadas, com as alterações
introduzidas pelos membros e pelo Presidente da Junta, são aprovadas e assinadas, tendo que
ser entregues na sede da Junta para serem arquivadas. Aquando deste arquivamento são
dogitalizadas e são colocadas na página da freguesia do item referente às actas.
Nada disto está feito até hoje. há que resolver esta questão. As minutas das actas não são
entregues à Junta de Freguesia no final da sessão, como deveriam.
Alínea c) do ponto 1. – Assuntos de interesse para a Freguesia.
… Foi por si falado na Assembleia de 26 de Dezembro de 2014 … “que de burro tem muito
pouco”.
Apesar de o assunto não ter cabimento na Ordem de Trabalhos, por se tratar de um assunto
particular, não posso deixar de comentar que o assunto a que alude, foi tratado, no quadro
legal da discussão pública do Plano de Urbanização das Pedras Finas, promovido pela Câmara
Municipal. A Junta de Freguesia só interveio no pedido que fez ao Presidente da Câmara para
que no âmbito dessa discussão pública, fosse integrada uma sessão de esclarecimento na
sede da Freguesia, o que aconteceu. Se o Acácio Fernandes não esteve presente, o problema
é dele exclusivamente. Quanto aos requerimentos que mostrou na Assembleia, eles só dizem
respeito à análise pela Câmara Municipal em sede de reclamações. O que a Junta de
Freguesia recebeu foram as respostas aprovadas a essas reclamações e que, por deferência,
foram transmitidas ao Sr. Acácio.
Em resposta ao 1.º elemento inscrito, Srª Sílvia Pereira, o Sr. Presidente informou o seguinte:
A estrada da Presa é uma preocupação, o problema ainda não está resolvido, porque há
dificuldade de alargamentos, no entanto está praticamente resolvido. Subsistem problemas
adicionais que se prendem com a recolocação/substituição de postes de iluminação pública e
com a substituição e enterramento das "mangueiras" de águas particulares.
Após resolvida esta situação será encarada a consolidação da plataforma e a sua
pavimentação com tapete betuminoso.
Sobre o Centro Comunitário, afirmou que a Junta de Freguesia comparticipou com a cedência
do terreno onde o Centro está instalado, cuja escritura contempla as obrigações da Santa
Casa: obrigatoriedade de ele funcionar no quadro da Segurança Social, sem nenhuma
actividade privada durante cem anos e a obrigatoriedade de a prioridade na admissão dos
utentes seja para os arcozelenses. No que respeita às admissões de pessoal, não está nada
comprometido pela natureza das admissões ser por concurso público, existindo sim um "acordo
de cavalheiros" para que em igualdade de circunstâncias a residência em Arcozelo seja um
critério de admissão.
Em resposta ao 2.º elemento inscrito, Sr. Vítor Oliveira, o Sr. Presidente informou que não foi
possível resolver o problema de os autocarros darem a volta no campo adjacente à via por
indisponibilidade do proprietário em vendê-lo. A necessidade dos autocarros fazerem a
manobra de inversão de marcha na EN306 prende-se com a impossibilidade de poderem sair
normalmente para um lado e para o outro da estrada municipal. Em reunião no local com o
Vice-presidente da Câmara e um técnico, foi acordado que após o encerramento das aulas em
Julho, será iniciada a obra de rebaixamento da plataforma e da sua inserção na EN306, por
forma a permitir a saída directa para os dois lados.
Sobre o Caminho do Posto do Leite referiu que a obra já estaria concluída pela Câmara
Municipal se não tivesse havido a intervenção da Estradas de Portugal no sentido de poderem
usar aquela via como alternativa para poderem fechar o trânsito na totalidade enquanto
durarem as obras de alargamento da ponte de Ferreira, propondo-se proceder à pavimentação.
A Câmara Municipal oficiou à Junta de Freguesia no sentido de esta se pronunciar sobre o
assunto, tendo a Junta de Freguesia exigido o seguinte: Vistoria da zona do traçado da nova
avenida para avaliar das condições de circulação de grandes camiões; assunção pelas
Estradas de Portugal dos prejuízos que possam acontecer e passar a jurisdição da via para
aquela entidade enquanto durarem as obras; a pavimentação da via teria de ter uma camada
de desgaste de pelo menos 0,14m e teriam de ser construídas valetas e um passeio para
peões frente às moradias ali existentes; seria igualmente obrigatório que a Estradas de
Portugal assegurasse a construção de pelo menos um passeio entre a rotunda de Faldejães e
a rotunda de Sabadão. Acordadas estas exigências a Junta de Freguesia autorizaria a
utilização da via em alternativa à EN202. Não havendo acordo a Câmara Municipal vai
proceder à pavimentação a expensas suas.
Em resposta ao 3.º elemento inscrito, Sr. António Fiúza, o Sr. Presidente informou que, tanto
quanto sabe, a Câmara Municipal intentou uma acção judicial contra a Irmandade de S.
António porque esta procedeu a um registo de uma parcela de terreno que abrange a antiga
estrada nacional n.º 203 sem qualquer justificação plausível. Tal como a Irmandade de S.
António, a Câmara Municipal também registou uma parcela de terreno no Arnado usando a
figura do usucapião, terreno esse que no entender é da Freguesia de Arcozelo. Estamos a
aguardar o desenrolar da situação para tomarmos posição sobre o assunto e, porventura,
intentarmos acções contra a Irmandade e Câmara Municipal.
Sobre as Marchas de S. João Informou que a Freguesia de Arcozelo vai participar nas Marchas
de S. João. Apela aos membros da Assembleia a participarem e mobilizarem a população para
dar o seu contributo, sobretudo com a inscrição de homens. Existe, desde sempre, uma
dificuldade tremenda da participação dos arcozelenses nas iniciativas levadas a cabo quer pela
Junta de Freguesia, quer pelas associações locais. Não faz sentido a dificuldade que temos e
depois vermos gente de Arcozelo a participar nos cortejos integrados nas iniciativas
promovidas por Ponte de Lima. Há uma falta de bairrismo incompreensível.
(Em relação ao sintético …). Sobre a construção de um parque desportivo em Arcozelo, que
englobe um campo sintético, a Junta de Freguesia fez as diligências necessárias para
encontrar pessoas disponíveis a vender os terrenos e informou a Câmara Municipal para ela
proceder às negociações. O parque desportivo tem que cumprir as exigências da Câmara
Municipal, ou seja, ficar próximo do Agrupamento de Escolas para poder ser utilizado por ele, o
que não é fácil pois condiciona a escolha. Para além desta questão, a Junta de Freguesia
entende que não deve ser posta de lado a ideia de colocar um relvado sintético no actual
Campo de Jogos, pois, para além da excelente localização que tem e a Freguesia detém um
arrendamento que não pode ser posto em causa pois não tem prazo, este recinto permitirá ser
uma alternativa excelente ao parque a construir e possibilitar a criação de escolas de futebol
para os jovens, que hoje estão integrados nas escolas da Associação Desportiva "Os Limianos"
porque não existem condições na freguesia. Já iniciamos o dialogo com a proprietária do
campo no sentido da sua aquisição.
(Relativamente aos eventuais apoios ao Centro Social …). No que respeita aos apoios dados
ao Centro Social e Paroquial de Arcozelo, apenas temos um protocolo para podermos utilizar
em benefício de ambos, as candidaturas aos programas de inserção e inserção + promovidos
pelo IEFP. Estamos atentos a esta realidade que serve Arcozelo e que pode ser posta em
causa com a abertura do Centro Comunitário. Não temos dúvidas sobre a necessidade de
promover a alteração da vocação e abrir em Arcozelo o recurso a outras valências de apoio
social nas quais somos carenciados, designadamente nas áreas da violência doméstica, das
famílias monoparentais, dos jovens em situação de risco, nas situações de exclusão social.
Estamos disponíveis para contribuir e protocolar uma parceria nestes âmbitos.
(Relativamente à internet …). No que à cobertura da freguesia por internet sem fios (wireless),
dispomos já de uma proposta para o efeito. Pedimos à Câmara Municipal, através do Eng.º
David Delgado, um parecer sobre a proposta. Não vamos descurar a possibilidade de
apresentarmos uma candidatura nesta área ao próximo quadro comunitário, o Portugal 2020,
na área da modernização administrativa. Trata-se de um investimento que tem uma área de
grandeza da ordem dos quinze mil euros mais IVA e que só é equacionável com recurso a
fundos comunitários.
(Por último gostaria de fazer um comentário ao 25 de Abril …). Por último, não quero deixar de
comentar aquilo que se passou na Assembleia anterior sobre o 25 de Abril. Ninguém se pode
arrogar dono do 25 de Abril, pois ele é de todos nós. Apesar de todos os percalços estamos
todos nós imbuídos do espírito que promoveu a revolução de Abril. Pessoalmente ajo sempre
com esse espírito, todos os dias e, se a moção apresentada não estivesse eivada de um
sentimento sectário e político-partidário eu votaria a favor, se tal fosse possível.
Alínea d) do ponto 1. de AOD – Intervenção do Público.
… Em resposta ao 1.º elemento do público inscrito, Sr. Álvaro Sá … informou que, tal como já o
havia afirmado em assembleia anterior, está à espera que a Câmara Municipal se pronuncie
sobre os pedidos que fez, porque situações de saneamento em falta não só no lugar do
Outeiro.
Sobre o Caminho do Fulão em resposta às várias situações informou que há que esperar pelas
decisões do Tribunal. Esteve presente no tribunal com o advogado da Junta de Freguesia, para
ser ouvido no processo e apenas espera que a sentença seja rápida.
Em resposta ao 2.º elemento inscrito … Respondendo ao Sr. Manuel Gaspar, o Presidente da
Junta de Freguesia afirmou que quanto à toponímia não abdica do que foi aprovado pela
Assembleia de Freguesia em 2008. Se a Câmara Municipal não quiser assim, porque a decisão
é dela por competência própria, que faça ela a toponímia de Arcozelo, quanto mais não seja,
utilizando numeração, ou seja, rua n.º 1, 2, e por assim adiante. Depois a freguesia cá estará
para reagir.
É verdade que o Caminho do Chumbo precisa de ser arranjado, mas o dinheiro é escasso.
Desde que faço parte da Junta de Freguesia fizeram-se mais investimentos (e estou a falar em
oito anos) do que nos últimos 20 anos. É fácil de comprovar pelas contas de gerência.
O caminho em calçada não está no plano de actividades, mas pode-se sempre avaliar a
situação, mas nunca me foi colocado esse problema por aqueles que são directamente
interessados.
Alínea a) do ponto 1. da OD – Assuntos de interesse para a Freguesia.
… sugerindo ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia, que tomasse a palavra no sentido de
dar inicio aos esclarecimentos relativos às questões levantadas pelos membros inscritos, por
este foi explicado em relação as questões do Sr. António Fiúza que os valores da venda
entraram, como não podia deixar de ser, nos cofres da Junta de Freguesia. Números redondos,
são cerca de duzentos e quarenta e seis mil euros. Naturalmente que o dinheiro entra e sai da
Junta de Freguesia. Este ano a Junta de Freguesia tem alguma pressão no que a
investimentos diz respeito, sendo exemplo disso o Caminho de Santiago e a Casa da Cultura
porque têm comparticipação comunitária e nós temos que pagar primeiro para depois pedirmos
o reembolso.
Sobre o IMI informou que a Autoridade Tributária (AT), reclamou o pagamento de cerca de
55.000,00, por IMI devido desde 2010 e relativo aos terrenos baldios adquiridos pela Junta de
Freguesia. Naturalmente que não concordamos e constituímos procurador para este caso o Dr.
Fernando Fontes que apresentou a respectiva reclamação graciosa no sentido de refutarmos a
dívida. Como é que vamos pagar IMI desde 2010 se adquirimos os terrenos em Dezembro de
2013 e antes eles eram baldios, isentos de pagamento de IMI. Estamos a aguardar o desfecho
do processo.
… Passando às respostas do 2.º elemento inscrito o Sr. Presidente informou que os saldos
bancários são os saldos bancários, sobem e descem ao longo de todo o ano, não entendendo
por isso as preocupações manifestadas. Quanto ao Fundo de Financiamento de Freguesias ele
é anualmente publicado no Orçamento Geral do Estado e, lamentavelmente este ano diminui.
O FFF é transferido para as freguesias através da DGAL, em quatro tranches: Abril, Julho,
Outubro e Janeiro do ano seguinte.
Alínea c) do ponto 2. – Conta de Gerência.
… Tomou a palavra o Sr. Presidente da Junta de Freguesia e em resposta ao 1.º elemento
inscrito, Acácio João Fernandes informou que a contabilidade espelha a actividade económica
da Junta de Freguesia. Ela é elaborada por um serviço contratado para o efeito, não tendo a
Junta de Freguesia nenhuma intervenção no tratamento dos números. Como já disse
anteriormente, questões específicas nesta área, que eu não domino, devem ser formuladas e
terão as respostas adequadas prestadas por aquele serviço após a reunião da Assembleia.
Sobre a alienação dos terrenos baldios à freguesia tratou-se de um processo aprovado pela
Assembleia de Compartes e decorreu normalmente dentro do preceituado pela Lei.
No que aos documentos diz respeito e após a clarificação sobre quem faz o pedido, está a
preparar toda a documentação que enviará à Presidente da Assembleia de Freguesia para que
ela a possa enviar ao membro que a solicitou. Naturalmente que não haverá qualquer
pagamento a fazer por isso.
Em resposta ao 2.º elemento inscrito, Sr. António Fiúza, referiu que a inscrição, ou melhor a
não inscrição da verba referente à aquisição dos terrenos baldios por parte da Junta de
Freguesia, acontece por razões contabilísticas e outras decorrentes da lei dos compromissos.
Naturalmente que as verbas dos baldios são contabilizadas na contabilidade da Junta de
Freguesia e têm o mesmo tratamento que outras verbas quaisquer. Estamos a preparar uma
informação para que tudo isto fique claro no espírito dos membros António Fiúza e Acácio
Fernandes. Nada temos a esconder neste domínio, aliás, como em nenhum outro.
(Sobre a despesa corrente …). Sobre a referência feita ao aumento das despesas correntes,
isso acontece pela dinâmica imprimida pela Junta de Freguesia no apoio à Acção Social, à
Educação e aos Transportes Escolares. Temos a colaborar na educação técnicos superiores
que assistem os alunos em áreas tão dispares como a Educação Física (Jardim-de-Infância,
Centro Educativo e Centro Social e Paroquial); Psicomotricidade (Jardim-de-Infância, Centro
Educativo e Centro Social e Paroquial); Serviço Social (Centro Educativo, Centro Social e
Paroquial e Bairro Social da Poça Grande). Entendemos que esta despesa é um investimento
nos jovens e nos mais velhos e carenciados e não abdicamos dela.
Alínea c) do ponto 2. da OD.
… (A Junta de Freguesia aproveita …). O Presidente da Junta de Freguesia tomou a palavra
para esclarecer que após o lamentável episódio em assembleia anterior onde se pretendeu
vender pela Assembleia aquilo que só pode ser feito através de proposta da Junta de
Freguesia, a Junta de Freguesia estudou a proposta apresentada pelo Sr. Feliciano Soares e
entendeu que havia de ser encarada a possibilidade de venda, não só a ele mas também a
outros industriais que têm construções industriais em terrenos baldios. Considerando este
aspecto foi pela Junta de Freguesia aprovada uma proposta que engloba todas estas
situações, na qual se propõe o preço a pagar e que será referência para o futuro e dentro
desse preço uma descriminação positiva para a indústria do granito, com uma redução do
preço em função do número de trabalhadores das empresas, inscritos na folha de salários que
é apresentada mensalmente à Segurança Social. Tudo isto está bem claro na proposta da
Junta de Freguesia. Acrescentou ainda que se a Assembleia de Freguesia não aprovar a
alienação, a empresa pode, ao abrigo da nova lei dos baldios, propor-se para a adquirir através
da acessão industrial imobiliária, o que pode ser prejudicial para a Freguesia pois o preço a
pagar será determinado por peritos nomeados pelo Tribunal. Disse ainda que a proposta agora
em causa apresenta um preço de venda de cerca de cento e noventa mil euros quando a
proposta do Sr. Feliciano Soares é apenas de cinquenta mil.
As outras correções, de pequena relevância estão assinaladas nos comentários feitos na
própria acta.
Assembleia de Freguesia de 2015-06-29
Correcções à acta:
Alínea b) do ponto 1. de AOD – Aprovação da acta da sessão anterior …
(… Por parte do Sr. Presidente …). Apresentou requerimento à Mesa da Assembleia sobre
este assunto para ser levado em linha de conta até à próxima reunião.
Alínea c) do ponto 1. – Assuntos de interesse para a Freguesia.
… Em resposta ao 1.º elemento inscrito, Sr. João Carlos Oliveira, o Sr. Presidente informou o
seguinte: Sobre o Bairro Social da Poça Grande, a Junta de Freguesia, face à degradação do
espaço, viu-se na necessidade de intervir e promover a respectiva limpeza, apesar desta
responsabilidade ser municipal. Vai solicitar a devida comparticipação financeira para o efeito.
Sobre a GNR no Bairro, a situação não é nova. A Junta de Freguesia fez já há cerca de dois
anos e meio um alerta sobre esta situação. Mais, a Junta de Freguesia fez um esforço de
sensibilização junto dos moradores do Bairro para constituir uma associação de moradores,
situação que foi conseguida. Acontece porém que a Câmara Municipal não tem dado
seguimento ao processo, parecendo mesmo que tem medo de ver a associação a funcionar.
Foi prometido ceder o espaço que estava ocupado pelo Rancho Danças e Cantares, para ser
utilizado pela associação de moradores mas até agora nada aconteceu. Vai continuar a insistir
nesta situação. A associação de moradores tem direitos face à legislação que devem ser
levados em consideração. No Bairro existe gente muito boa e não podemos rotulá-los todos
como delinquentes.
Quanto à passadeira em Faldejães afirmou que já comunicou à Câmara Municipal para tomar
providências. Se é legítimo que o agora proprietário possa ter um acesso da via pública para a
propriedade que agora lhe pertence por partilha, esse acesso tem que cumprir o que nessa
matéria está regulamentado.
Respondendo ao António Fiúza, disse:
- A Junta de Freguesia não tomou posição pública porque está à espera de esclarecimentos
quanto aos procedimentos a promover para cumprir a Lei. Chama à atenção que aquando da
reunião sobre a acta da última Assembleia de Compartes, onde o Sr. António Fiúza esteve
presente, o Presidente da Junta de Freguesia entregou um documento no qual estavam
expressas as preocupações da Junta de Freguesia sobre a matéria. É intenção da Junta de
Freguesia, na qualidade de administrador do baldio de Arcozelo, solicitar a marcação de uma
Assembleia de Compartes para abordar este assunto e outros que devem ser analisados pela
Assembleia.
Todo este processo resulta do não cumprimento da lei pelas Juntas de Freguesia anteriores e
pela acção judicial que o procurador do ministério público intentou contra a Freguesia por
incumprimento da lei. A Junta de Freguesia aprovou um conjunto de procedimentos e
promoveu todos os mecanismos para proceder à legalização de todas as situações que
apareceram na hasta pública realizada para o efeito. Foram feitas mais de cento e cinquenta
escrituras e emitidas dezenas de certidões de aquisição para aqueles que tinham escrituras
celebradas ao abrigo de justificações por usucapião. Estamos a pensar, para estas,
acautelando a possibilidade de poderem extraviar-se os documentos na Junta de Freguesia,
promover a celebração de escritura de pública forma, na qual fica salvaguardada a aquisição,
evitando assim que os proprietários gastem cerca de 500 euros numa nova escritura e registo,
pois esta forma de procedimento apenas custará cerca de 20 euros.
Respondendo ao Acácio Fernandes, afirmou que o caminho na Presa que foi mencionado está
dentro do plano municipal que prevê a colocação de infraestruturas de saneamento básico,
pelo que aguarda que tal aconteça. A Junta de Freguesia anterior promoveu a alteração da
cota do caminho e o seu alargamento para que tal seja possível. Está em contacto com a
Câmara Municipal para que esse trabalho se faça mas há que atender também às alterações
que vão ser feitas nos acessos à EN 201, por causa dos pólos industriais e da construção da
rotunda. A empresa Estradas de Portugal, hoje integrada na Infraestruturas de Portugal, não
permite o acesso directo à estrada nacional sem ser através da rotunda a construir, o que vai
provocar alterações nos acessos municipais agora existentes e que envolvem esse caminho.
No que diz respeito à contratação do motorista é evidente que a Junta de Freguesia não pode
promover nenhum concurso de admissão sem que primeiro seja alterado por esta assembleia o
mapa de pessoal. O motorista contratado está enquadrado nos programas promovidos pelo
IEFP. Naturalmente esta contratação será feita através de uma associação apoiada pela Junta
de Freguesia. Aproveito a oportunidade para lamentar a forma como o IEFP trata estes
processos, pois não permite a contratação renovável e obriga a estes "ilusionismos" para que
se possa atingir os objectivos. Claro que estes mecanismos são uma forma de poupar dinheiro
pois a contratação é apoiada pelo instituto.
Em resposta à outra questão colocada pelo 3.º elemento inscrito, Sr.ª Natália Rodrigues, o Sr.
Presidente informou o seguinte: A empresa INERBRITAS solicitou autorização à Junta de
Freguesia para abrir um acesso que permita ser mais fácil chegar ao local onde extrai pedra,
tendo a Junta de Freguesia de imediato solicitado a competente autorização ao ICNF, pedido
esse que ainda não teve resposta. No entretanto a empresa avançou e deu início ao corte do
acesso e ao abate de algumas pequenas árvores. Houve uma denúncia e apareceu a Guarda
Florestal da área do Ambiente, que levantou um auto. Após esta ocorrência, entrei em contacto
com o Eng.º responsável pelo ICNF de Viana do Castelo e ficou acertado que vai ser avaliada
e vendida a madeira necessária cuja receita será como é de lei repartida pela Junta de
Freguesia e pelo ICNF (60% e 40%). Se houver coimas por causa do acesso serão da
responsabilidade da Inerbritas.
Alínea d) do ponto 1. – Intervenção do Público.
… (Em resposta ao 1.º elemento do público …). Em resposta ao primeiro elemento do público,
Sandra Fernandes, o Presidente da Junta de Freguesia referiu que está solidário com ela face
às ameaças pessoais que lhe foram feitas. Estamos num país democrático e coisas destas são
inadmissíveis. É terceiro mundo a funcionar.
Relativamente à sua intervenção na Assembleia Municipal e a ter afirmado que a CDU faz
terrorismo político, mantém o afirmado e justifica dizendo que a CDU, apenas por razões
político-partidárias tomou esta posição. Como é possível que uma força política que tem agora
assento na Assembleia de Freguesia possa vir por em causa todo um trabalho de mais de oito
anos e que tem só como objectivo promover o bem-estar das empresas do granito, colocando-
as no pólo industrial. Só por razões mesquinhas é que isso pode suceder. Quanto à pergunta
de "onde está o dinheiro", só se admite por ignorância. Toda a contabilidade da Junta de
Freguesia está entregue a pessoas muito competentes, exteriores à Junta de Freguesia. Se a
Sandra Fernandes tinha dúvidas bastava solicitar esclarecimentos à Junta de Freguesia. A
atitude tomada pela CDU de Arcozelo junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, sem
ter procurado os esclarecimentos devidos, é uma irresponsabilidade. Vamos serenamente dar
cumprimento ao solicitado pelo Tribunal para que no final fique tudo muito bem esclarecido.
Quanto ao Centro Comunitário de Arcozelo, afirmou que a obra está pronta, devidamente
equipado, faltando apenas a contratualização com a Segurança Social para o Lar de Idosos,
pois todas as restantes valências têm já os apoios sociais garantidos.
Em resposta ao Manuel Gaspar disse.
- Só vou responder àquilo que tem razão de ser porque esta Assembleia de Freguesia não
preenche os requisitos para que quem quer que seja venha para aqui fazer comícios políticos,
sem nexo e perfeitamente descontextualizados. Respondendo ao que é importante quero dizer
que a nova lei dos baldios, apesar do pedido de inconstitucionalidade, está em vigor e, por
isso, para cumprir. Quanto às associações existentes na freguesia, designadamente para este
caso, a Associação de Moradores do Bairro Social da Poça Grande, a Associação de Pais do
Jardim-de-Infância e Centro Educativo de Arcozelo e a Associação de Desenvolvimento Local
do Vale do Rio Labruja, são associações muito importantes para ajudarem ao
desenvolvimento. A Junta de Freguesia não pode fazer tudo e a contribuição das associações
é decisiva para atingirmos os nossos objectivos. Mais a mais estas associações permitem a
celebração de protocolos com a Junta de Freguesia e assim contornarmos situações,
designadamente aquelas que visam candidaturas aos programas do IEFP, que de outra
maneira seriam impossíveis de contornar, com prejuízo para o normal funcionamento da
freguesia.
Relativamente às questões colocadas por José Manuel Lima Monteiro, o Presidente da Junta
de Freguesia afirmou que é, pessoalmente, contra a venda de património sem contrapartidas.
As atoardas da CDU de Arcozelo quanto à alienação de terrenos baldios é uma falácia, senão
vejamos a quantidade de terrenos que foram "dados", alguns a vários membros da mesma
família, sem critério e sem justiça, sem procurar qualquer tipo de equidade nessa "doação",
feita apenas a troco de votos, de apoio político, sendo preciso eu chegar à Junta de Freguesia
para legalizar todas essas situações e as pessoas passarem a poder chamar de seu aos
terrenos e às casas que neles construíram.
No caso presente, reiterando o afirmado já, a Junta de Freguesia aliou-se com a Câmara
Municipal para defender toda a indústria do granito de Arcozelo, seja dos "grandes" seja dos
"pequenos". É imperativo manter este projecto e, rapidamente, deslocalizar as empresas para o
local certo, dando-lhes dignidade, condições de higiene, saúde e segurança no trabalho e
evitando o pagamento de coimas por irregularidades. Tenho a certeza sobre a qualidade do
trabalho que estamos a fazer e não nos desviaremos um milimetro desse nosso propósito.
O investimento municipal no pólo industrial do granito e na requalificação ambiental e
paisagística de S. Ovídio, estimado em mais de 11 milhões de euros, vai igualmente permitir às
empresas disporem, para as suas candidaturas para a modernização das suas empresas, três
euros por cada euro que a Câmara Municipal invista, ou seja, existe uma verba superior a 33
milhões de euros para as empresas que pretendam candidatar-se. Isto sim, é uma boa notícia.
Quanto à venda de terrenos a privados, entendo que na situação que se verifica, ela é
desejável no quadro do normativo aprovado pela Assembleia de Freguesia e não corrermos o
risco de aqueles que têm fábricas construídas em terrenos baldios, recorram ao abrigo da nova
lei, à acessão industrial imobiliária, podendo o preço a determinar pelo Tribunal ser inferior
àquele que a Assembleia de Freguesia determinou.
… (Em resposta ao 5.º elemento …). Em resposta ao Sr. José Silva disse lamentar a
intervenção da empresa Estradas de Portugal que pretendem promover por ali o desvio do
trânsito por causa do encerramento da EN202 com o alargamento da ponte de Ferreira.
Propõem-se fazer a pavimentação. A Câmara Municipal recebeu o pedido da EP e pediu
parecer à Junta de Freguesia que elaborou um documento onde pede uma vistoria ao local
para garantir que não vai ser estragado o pavimento da Av. da Igreja e reivindica ainda outras
coisas, como uma pavimentação segura com caixa e tapete com pelo menos 14,00 centímetros
de espessura, valetas e passeios em frente às casas e ainda que a EP faça pelo menos um
passeio entre a rotunda de Sabadão e a de Faldejães, com todos os negativos para colocação
de candeeiros de iluminação pública, pois aquele troço da estrada praticamente não tem
iluminação e os poucos postes que tem estão no meio dos campos. Até agora não obtivemos
qualquer resposta.
Em resposta ao 6.º elemento do público inscrito, Sr. João Fernandes, o Sr. Presidente informou
que a estrada da Presa é municipal e é para além disso um eixo viário importantíssimo para o
centro da freguesia. Estamos a resolver os problemas dos alargamentos e a pavimentação que
poderia já ser realizada não o pode ser pois existem questões de saneamento que têm que ser
resolvidas primeiro. Existem ainda problemas com a mudança dos postes de iluminação
pública que estão velhos e com a colocação de condutas novas pelos particulares que têm
água privada a passar nos caminhos públicos. É fácil de dizer faça-se mas o problema está no
dinheiro que a Junta de Freguesia não tem para poder fazer.
Alínea a) do ponto 2. – Actividades da Junta de Freguesia.
… Em resposta ao 1.º elemento do público inscrito, Sr. António Fiúza o Sr. Presidente da Junta
de Freguesia informou que as obras em Santo Ovídio foram feitas pelo pessoal da Junta de
Freguesia e tiveram acolhimento por ela em virtude de haver paredes na capela que
ameaçavam ruir, tendo por esse facto sido necessário proceder ao levantamento de toda a
caliça acumulada nas paredes ao longo dos anos, cheia de fungos, para podermos recuperar
as paredes. Interviemos também no exterior para criar melhores condições à zona envolvente.
Quanto à Casa da Cultura estamos na fase final de consolidação do processo administrativo de
encerramento de contas com a ADRIL, para recebermos o dinheiro da comparticipação.
Em relação à queixa da CDU remete para a resposta que deu À Sandra Fernandes e
acrescenta que já em Assembleias anteriores deu as explicações que considerou suficientes
para que deixem de existir estas perguntas.
… (Sobre a queixa da CDU …). No que toca às perguntas colocadas pelo membro Acácio
Fernandes, reitera tudo o que já disse anteriormente sobre a aquisição dos terrenos baldios.
Acha de muito mau gosto que se ponha em causa a entrada de dinheiro da venda dos terrenos
à Câmara Municipal. Só por má-fé ou ignorância se pode brincar com estas coisas.
Alínea b) do ponto 2. – Revisão do Orçamento
… Tomou a palavra o Sr. Presidente da Junta de Freguesia dando início aos esclarecimentos
relativos às questões levantadas pelos elementos inscritos.
(A verba não aparece no plano …).
É inqualificável a forma como a oposição à Junta de Freguesia procura denegrir a imagem do
Executivo e tentar insinuar a existência de ilegalidades e até falcatruas, num processo que é
completamente transparente, senão vejamos:
1. De acordo com a deliberação da Assembleia de Compartes do Baldio de Arcozelo,
datada de 29 de Junho de 2013, a Junta de Freguesia de Arcozelo, adquiriu, na hasta
pública realizada no dia 09 de Setembro de 2013, pelo valor de um euro por metro
quadrado, as parcelas constantes da proposta apresentada, tendo procedido à
escrituração das mesmas no dia 10 de Dezembro de 2013;
2. Por deliberação da Assembleia de Freguesia de 28 de Abril de 2014, foi aprovada a
proposta de alienação ao Município de Ponte de Lima da parcela de terreno para a
implantação do Pólo Industrial do Granito, cuja escritura foi realizada em 10 de Março
de 2015;
3. Por deliberação da Assembleia de Freguesia de 23 de Abril de 2015, foi aprovada a
proposta da Junta de Freguesia para alienação de terrenos industriais,
designadamente à empresa Feliciano Soares – Granitos de Ponte de Lima, Lda., cuja
escritura se realizou em 29 de Maio de 2015;
De acordo com o Serviço de Contabilidade:
4. A contabilidade do Baldio da Freguesia de Arcozelo, por força da delegação da gestão
na Junta de Freguesia, desde 1995, está agregada à contabilidade da própria Junta de
Freguesia, no POCAL.
5. As parcelas referidas em 1., foram escrituradas em 10 de Dezembro de 2013, mas a
sua contabilização foi feita em Junho de 2015 atendendo a:
a. A escritura efetuada não produziu efeitos financeiros porque o valor das
entradas e saídas nas duas instituições são de igual valor e, a contabilidade do
Baldio de Arcozelo está incorporada na contabilidade da Junta de Freguesia
(conforme o afirmado no ponto 4.);
b. Em 2015, após o recebimento das verbas resultantes das alienações ao
Município de Ponte de Lima e à empresa Feliciano Soares – Granitos de Ponte
de Lima, Lda., procedeu-se ao registo e contabilização, por se traduzirem em
fundos disponíveis suficientes à contabilização dos seus valores nas rubricas
de receita e despesa respetivas;
Desta forma, foram elaborados os documentos abaixo enumerados:
a. Ordem de pagamento nº 566 no valor de 290 909 euros em contrapartida da
guia de recebimento de operações de tesouraria nº 46 de igual valor;
b. Revisão do Orçamento aprovada em 28 de Setembro de 2015 pela Assembleia
de Freguesia;
c. Pela autorização da gestão do Baldio de Arcozelo na Junta de Freguesia, dos
valores dos baldios elaboraram-se os seguintes documentos:
i. Ordem de pagamento de operações de tesouraria nº 32 de 290 909
euros e guia de receita nº 693 de igual valor a transferir a verba dos
baldios para a Freguesia de Arcozelo.
Os valores recebidos do Município e da empresa Feliciano Soares – Granitos de Ponte de
Lima, Lda., correspondem à venda parcial dos lotes adquiridos pela escritura de Dezembro de
2013.
É lamentável a atitude do PS e da CDU. Nunca se dignaram procurar os esclarecimentos junto
do Executivo da Freguesia. Apenas se preocupam com as entrevistas para a comunicação
social, acrescendo as queixas apresentadas pela CDU em toda a parte. Estamos, com muito
trabalho e perda de tempo, a dar os esclarecimentos necessários para reduzir a um monte de
lixo os papéis de denúncia da CDU e, brevemente, teremos o resultado destas denúncias.
Alínea e) do ponto 2. – Proposta da Junta de Freguesia …
… (Tomou a palavra o Sr. Presidente da Junta de Freguesia …). Intervindo nestas matérias o
Presidente da Junta de Freguesia disse:
1. O Sr. Acácio Fernandes não sabe o que diz e é pena. A intervenção que o Presidente
da Junta de Freguesia fez na Assembleia Municipal fê-la nessa qualidade e como
membro da mesma. A CDU, com o seu sensacionalismo habitual é que levou para a
Assembleia Municipal um assunto que deveria ser tratado na Assembleia de Freguesia
e não o contrário. Mas não vou perder mais tempo com este assunto.
2. Quanto ao Caminho do Fulão e à intervenção do Sr. Manuel Gaspar, lamenta a posição
por ele assumida hoje, porque a intenção da Junta de Freguesia, inicialmente, era de
colocar uma acção pela natureza do caminho, só que ela tinha que ser colocada contra
a D. Rosa, que é usufrutuária e é igualmente de acordo que o caminho seja público.
Era uma incoerência e uma atitude pouco ortodoxa contra a D. Rosa. Foi por isso que
se acordou seguir pela estratégia do comodato e da cedência da casa e terrenos à
Junta de Freguesia, tudo com o acordo da D. Rosa e do Sr. Manuel Gaspar. Agora que
a Sr.ª Juíza não atendeu a nossa pretensão, o Sr. Manuel Gaspar virou o bico ao
prego. Mas o recurso à sentença vai dar entrada e vamos ver o que dá. Naturalmente
que depois de ser apreciado o recurso se necessário for intentamos uma acção para a
classificação do caminho como público e, nesse caso é que eu tenho medo que
demore muitos anos.
A ata referente a 20 de Novembro de 2015 está devidamente corrigida no
corpo da mesma pois foi enviada pela Presidente da Assembleia em formato
WORD.
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