Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
MEIO AMBIENTE
ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA CIDADE DE PORTO VELHO POR MEIO
DE UMA CESTA DE INDICADORES
ISAAC COSTA ARAÚJO FILHO
Porto Velho (RO)
2018
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
MEIO AMBIENTE
ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA CIDADE DE PORTO VELHO
ATRAVÉS DE UMA CESTA DE INDICADORES
ISAAC COSTA ARAÚJO FILHO
Orientador: Dr. Artur de Souza Moret
Porto Velho (RO)
2018
Dissertação de Mestrado apresentada junto ao
Programa de Pós-Graduação em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente,
Área de Concentração em Desenvolvimento
Sustentável e Diagnóstico Ambiental para
obtenção de título de Mestre em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
RESUMO
A sustentabilidade é um tema que está na agenda das cidades quando se discute o
desenvolvimento municipal. Esta pesquisa adota a metodologia desenvolvida por Vasconcelos
e Souza (2010) que constrói o Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal Participativo
(IDSMP) e nesta pesquisa se calcula o IDSMP para a cidade de Porto Velho, estado de
Rondônia. Trata-se de um instrumento já utilizado em vários locais, citando-se como
exemplos os municípios de Cabaceiras e Guarabira, no estado da Paraíba. Tal índice é
importante para que gestores públicos e privados possam tomar decisões sobre os rumos da
sustentabilidade local. Trata-se de um estudo qualitativo e explicativo. Na fase de coleta de
dados, foram extraídos os resultados de 38 indicadores de sustentabilidade, sendo 7 sobre a
dimensão cultural, 12 acerca da dimensão social, 05 sobre a dimensão demográfica, 04 tratam
da dimensão política institucional, 04 tratam da dimensão ambiental e 06 da dimensão
econômica. Como resultado, pode-se apresentar que o munícipio obteve o resultado de 1
sobre a dimensão cultural, 0,6860 para a dimensão social, 0,5159 para a dimensão
demográfica, 0,7392 para a dimensão político institucional, 0,4237 para a dimensão ambiental
e 0,7713 para a dimensão econômica, o que acabou gerando um IDSMP de 0,6893 para a
municipalidade e, segundo o método, a localidade está em um patamar aceitável de
sustentabilidade. Vale salientar que o parâmetro de interpretação do resultado deste índice
está compreendido entre os números 0 e 1, sendo que o menor nível de sustentabilidade
encontra-se no resultado 0 e o maior está em 1.
Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Indicadores de Sustentabilidade. IDSMP.
9
ABSTRACT
Sustainability is a theme that is on the agenda of cities when discussing municipal
development. This research adopts the methodology developed by Vasconcelos and Souza
(2010) that builds the Participatory Municipal Sustainable Development Index (IDSMP) and
in this research the IDSMP is calculated for the city of Porto Velho, state of Rondônia. It is an
instrument already used in several places, citing as examples the municipalities of Cabaceiras
and Guarabira, in the state of Paraíba. This index is important so that public and private
managers can make decisions about the directions of local sustainability. This is a qualitative
and explanatory study. In the data collection phase, the results of 38 sustainability indicators
were extracted, 7 of which were cultural, 12 were social, 05 were demographic, 04 were
institutional policies, 04 were environmental, and 06 of the economic dimension. As a result it
can be shown that the municipality obtained the result of 1 on the cultural dimension, 0.6860
for the social dimension, 0.5159 for the demographic dimension, 0.7392 for the institutional
political dimension, 0.4237 for the dimension environmental and 0.7713 for the economic
dimension, which resulted in an IDSMP of 0.6893 for the municipality and according to the
method the locality is at an acceptable level of sustainability. It is worth noting that the
parameter of interpretation of the result of this index is comprised between the numbers 0 and
1, the lowest level of sustainability being in result 0 and the largest is in 1.
Key words: Sustainable Development. Sustainability Indicators. IDSMP.
DEDICATÓRIA
Consagro este trabalho inteiramente a Deus, a Ele toda Honra e toda Glória!
Dedico à minha esposa Juliana, minhas filhas Valentina e Gabriela, por todo apoio
mesmo nos momentos difíceis, e também ao meu professor orientador Dr. Artur de Souza
Moret, por confiar em meu trabalho e por toda a dedicação, paciência, apoio e incentivo
despendidos durante esses 2 anos de curso.
Aos meus pais Isaac Costa Araújo e Maria Lina Braga Dias Araújo, que me
educaram e me fizeram entender de forma definitiva e irrefutável, a importância da formação
acadêmica para o desenvolvimento do meu futuro profissional e pessoal.
Finalmente, a todas as pessoas que participaram direta ou indiretamente da
construção da presente vitória.
“Experiência não é o que acontece com o homem. E sim, o que
o homem faz com aquilo que lhe acontece.”
(Aldous Huxley)
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Dimensões e variáveis e a relação positiva ou negativa............................. 29
Quadro 2- Classificação em níveis de sustentabilidade ....................................................... 31
Quadro 3- Resultados dos Pesos atribuídos pelos especialistas ................................. 33
Quadro 4- Dimensões e variáveis com suas respectivas fontes .................................. 35
Quadro 5- Dados secundários coletados e utilizados no IDSMP .............................. 37
Quadro 6- Resultados e cálculo do IDC ..................................................................... 39
Quadro 7- Níveis de Sustentabilidade de cada Indicador ........................................... 40
Quadro 8- Resultados e cálculo do IDS ...................................................................... 41
Quadro 9- Resultados da Dimensão Social e os níveis de sustentabilidade................ 42
Quadro 10- Comparativo com resultados mínimos e máximos ................................... 43
Quadro 11- Resultados da Dimensão Demográfica ..................................................... 44
Quadro 12- Dimensão Demográfica e os níveis de sustentabilidade ........................... 44
Quadro 13- Resultados da Dimensão Político-Institucional ......................................... 45
Quadro 14- Dimensão Político-Institucional e os níveis de sustentabilidade .............. 46
Quadro 15- Comparativo com resultados mínimos e máximos ................................... 46
Quadro 16- Resultados da Dimensão Ambiental ......................................................... 47
Quadro 17- Dimensão ambiental e os níveis de sustentabilidade ................................ 48
Quadro 18- Comparativo com resultados mínimos e máximos ................................... 48
Quadro 19- Resultados da Dimensão Econômica ........................................................ 49
Quadro 20- Dimensão Econômica e os Níveis de sustentabilidade ............................. 49
Quadro 21- Comparativo com resultados mínimos e máximos ................................... 51
Quadro 22- Resultado simulado do Índice Gini ........................................................... 53
Quadro 23- Resultado simulado do Indicador de Analfabetismo Funcional ................ 53
Quadro 24- Resultado simulado do Indicador de Adequação de Moradias ................. 54
Quadro 25- Resultados e cálculo dos IDS Simulados .................................................. 54
Quadro 26- Nível de Sustentabilidade - Razão - população urbana/rural simulado ..... 56
Quadro 27- Nível de Sustentabilidade dos IDD Simulados ......................................... 56
Quadro 28- Nível de Sustentabilidade - Acesso a Serviço de Telefonia Fixa .............. 57
Quadro 29- Nível de Sustentabilidade do Indicador Participação nas eleições ............ 58
Quadro 30- Nível de Sustentabilidade do IDPI ............................................................ 58
Quadro 31- Nível de Sustentabilidade – Acesso a esgotamento sanitário ................... 59
Quadro 32- Nível de Sustentabilidade - Acesso a Abastecimento de Água …………. 60
Quadro 33- Nível de Sustentabilidade – Consumo médio per capita .......................... 60
Quadro 34- Resultados do IDA Simulados .................................................................. 61
Quadro 35- Simulação da Participação da Agropecuária no PIB ................................. 61
Quadro 36- Nível de Sustentabilidade do IDE simulado ............................................. 62
Quadro 37- Quadro Geral Comparativo de Resultados ................................................ 63
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 8
2.1 O Desenvolvimento Sustentável ........................................................................... 8
2.2 Sistema de Indicadores .......................................................................................... 13
2.3 As Dimensões da Sustentabilidade ....................................................................... 15
2.4 Desenvolvimento Regional Sustentável ………………………………………... 21
3 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA ………………….………………………. 25
3.1 Tipo da pesquisa ……………………………………........…………………..….. 25
3.2 Referencial Metodológico ..................................................................................... 25
3.3 Fases da pesquisa ………………………………………………........………..…. 27
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ................................................. 32
4.1 Caracterização do Município ............................................................................... 32
4.2 Ponderação dos Indicadores ............................................................................... 33
4.3 Coleta de Dados Secundários ............................................................................. 35
4.4 Construção do IDSMP ........................................................................................ 38
4.4.1 O IDSMP da Dimensão Cultural ........................................................................... 38
4.4.2 O IDSMP da Dimensão Social .............................................................................. 40
4.4.3 O IDSMP da Dimensão Demográfica ................................................................... 44
4.4.4 O IDSMP da Dimensão Político Institucional ....................................................... 45
4.4.5 O IDSMP da Dimensão Ambiental ....................................................................... 47
4.4.6 O IDSMP da Dimensão Econômica ...................................................................... 49
5 SIMULAÇÕES PARA MELHORAR OS INDICADORES ........................... 53
5.1 Dimensão Social ................................................................................................... 53
5.1.1 Índice GINI da Distribuição do Rendimento ..................................................... 53
5.1.2 Indicador de Analfabetismo Funcional ................................................................. 54
5.1.3 Indicador Adequação de Moradias ........................................................................ 54
5.2 Dimensão Demográfica ....................................................................................... 56
5.2.1 Indicador Razão entre População Urbana/População Rural .................................. 56
5.3 Dimensão Político – Institucional ....................................................................... 57
5.3.1 Indicador Acesso a Serviços de Telefonia ............................................................. 58
5.3.2 Indicador de Participação nas Eleições ................................................................. 59
5.4 Dimensão Ambiental ........................................................................................... 60
5.4.1 Indicador Acesso a Esgotamento Sanitário ........................................................... 60
5.4.2 Indicador Acesso Sistema de Abastecimento de Água ......................................... 60
5.4.3 Indicador de Consumo médio per capita de água ................................................. 61
5.5 Dimensão Econômica .......................................................................................... 62
5.5.1 Indicador de Participação da Agropecuária no PIB .............................................. 62
5.6 O IDSMP Simulado ............................................................................................. 63
5.7 Quadro Geral Comparativo de Resultados ………………………………….. 64
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 69
APENDICE A – Formulário aplicado aos Especialistas .................................. 75
5
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento sustentável é um tópico bastante discutido pela Ciência e pela
sociedade em geral. Isso ocorre devido à importância que os indicadores de sustentabilidade
apresentam quando se deseja obter um retrato lógico e racional do impacto dos resultados
econômicos. Esses indicadores ajudam a apontar os caminhos a serem trilhados visando ao
desenvolvimento sustentável. Assim, considerando isso, a proposta desta pesquisa é, por meio
da agregação de 38 indicadores de sustentabilidade, construir um Índice de Desenvolvimento
Sustentável Participativo do Município (IDSMP) para a cidade de Porto Velho, estado de
Rondônia.
Para a definição dos indicadores de sustentabilidade a serem utilizados, tomou-se por
base a pesquisa de Martins e Cândico (2008), que utiliza 48 indicadores, porém, tendo em
vista a ausência de alguns dados, especialmente no que se refere aos municípios do interior do
Estado, houve a impossibilidade de se construir 10. Assim, os 38 indicadores eleitos são os
seguintes: Bibliotecas, Museus, Centro Cultural, Unidades de ensino superior, Ginásio de
esportes e Estádios, Cinema, Teatros ou salas de espetáculos, Índice de Gini da Distribuição
do Rendimento, Rendimento familiar per capita (% até 1/2 Salário Mínimo), Famílias
atendidas por benefícios sociais, Razão de renda entre população masculina e feminina,
Esperança de vida ao nascer, Taxa de mortalidade infantil, Taxa de escolarização, Taxa de
alfabetização, Analfabetismo funcional, Morte por acidente de transporte, Adequação de
moradias, Densidade demográfica, Razão entre a população masculina e feminina,
Distribuição de Rendimento por Faixa Etária, Taxa de Crescimento da População, Razão
entre População Urbana/Rural, Acesso a Serviços de Telefonia, Comparecimento nas
Eleições, Despesa por Função, Transferências Intergovernamentais da União, Acesso a
Esgotamento Sanitário, Acesso a Serviço de Coleta de Lixo Doméstico, Acesso a Sistema de
Abastecimento de Água, Consumo Médio per capita de Água, Produto Interno Bruto,
Participação da Agropecuária no Produto Interno Bruto, Participação da Administração
Pública no Produto Interno Bruto, Participação de Comércio/Serviços no Produto Interno
Bruto, Produto Interno Bruto per capita (R$1,0) e % Renda proveniente do trabalho.
A ferramenta a ser utilizada na cesta de indicadores é o Índice de Desenvolvimento
Sustentável Municipal Participativo - IDSMP, desenvolvida por Vasconcelos e Souza (2010),
que agrega os indicadores apresentados pelo município, demonstrando-se, ao final, por meio
de uma correlação, o índice de sustentabilidade atingido pela localidade em estudo. Trata-se
de um instrumento bastante utilizado, citando-se, como exemplos, os municípios de
6
Cabaceiras e Guarabira, no estado da Paraíba.
A pesquisa realizada tem duas fases: na primeira, foi utilizado um questionário com
os professores dos programas de pós-graduação que possuem relação com o tema
sustentabilidade, e este levantamento foi universal nos cursos de pós-graduação na
Universidade Federal de Rondônia, especificamente nos cursos a seguir: Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente, Administração, Ciências Biológicas e Geografia da Unir.
Entretanto, os respondentes foram apenas 31%, 22 repondentes. Na segunda fase da
pesquisa, se trabalhou com dados secundários obtidos em documentos oficiais.
Quanto ao problema de pesquisa, salienta-se o desafio que é o desenvolvimento
sustentável para as cidades, principalmente, aquelas que estão na Amazônia. De fato, várias
cidades amazônicas possuem uma biodiversidade exuberante, mas estão ameaçadas pela
ocupação recente da região, que tem sido conduzida de modo predatório para o meio
ambiente. Por sua vez, acerca da pergunta de pesquisa temos: Qual o nível do
desenvolvimento sustentável da cidade de Porto Velho quando analisada à luz de múltiplos
indicadores (cesta de 38 indicadores)?
Como Hipótese de Pesquisa a ser confirmada ou negada tem-se: A sustentabilidade
do município de Porto Velho encontra-se em um patamar aceitável, devido ao fato de ter
alguns resultados de indicadores melhores do que o restante dos municípios do Estado,
mesmo porque houve na última década empreendimentos importantes e que a questão
econômica foi importante, entretanto, nas outras variáveis os resultados não sejam muito
bons.
Sobre a justificativa, inicia-se citando a ideia de Quiroga (2001), que defende que
“tecnicamente, um indicador pode ser definido como a função de uma ou mais variáveis, que
conjuntamente medem uma característica ou atributo de indivíduos em um estudo”. Por sua
vez, Bellen (2005) afirma que as principais funções dos indicadores passam por “avaliar as
condições e tendências de um fenômeno observado com relação às metas e objetivos
pretendidos podendo alertar previamente e antecipar futuras condições”.
Partindo desta premissa, entende-se que o indicador aplicado a qualquer
municipalidade pode demonstrar um fenômeno ou característica para aquele lugar, inclusive,
em casos de utilização em vários períodos, possibilitando a criação de informações históricas
para aquela área de atuação naquele município, porém, demonstrando apenas as informações
contidas naqueles dados.
Dentro desse contexto, a utilização de uma cesta de indicadores, em vez de analisá-
los de forma individual, traz como principal benefício a possibilidade de uma correlação entre
7
os dados, o que gera informações mais precisas, aproximando o gestor da tomada de decisões
de uma forma mais realista e compatível com a problemática da localidade. Isso possibilita
resultados mais eficientes e eficazes para a população.
Portanto, a construção de um IDSMP para o Município de Porto Velho contribuiu,
sobremaneira, quando possibilitou a correlação entre os indicadores o que, segundo
Vasconcelos e Souza (2010), corrobora com a principal função do IDSMP, a de influenciar os
gestores, especialmente os públicos, a utilizarem os indicadores de sustentabilidade como
critérios para a tomada de decisões, uma vez que cada indicador reflete um aspecto da cidade
e, se implantado, poderá elevar o espaço urbano ao status de “espaço sustentável”.
Como objetivo geral do trabalho foi definido: Construir o IDMSP para a cidade de
Porto Velho, por meio de uma cesta composta por 38 indicadores, visando produzir
informações norteadoras do desenvolvimento sustentável da cidade, bem como analisar a
influência de cada indicador com relação à sustentabilidade do município.
Dentro deste contexto, foram definidos como objetivos específicos os que seguem:
Estudar e explorar conceitos e referencial teórico acerca de indicadores de sustentabilidade
incluídos no IDSMP e dos Sistemas de Indicadores; Construir o IDSMP para as Dimensões
Cultural, Social, Demográfica, Político-Institucional, Ambiental e Econômica; Construir o
IDMSP para o município de Porto Velho e analisar o comportamento de cada indicador em
contraposição ao comportamento da cesta de indicadores; Identificar e analisar como os
resultados podem interferir na gestão da cidade para melhorar a sustentabilidade.
Por sua vez, os resultados desta pesquisa trarão uma reflexão importante, sob o ponto
de vista acadêmico, acerca a sustentabilidade do município de Porto Velho, onde poderá
fornecer informações para futuras pesquisas, principalmente, no que se refere à metodologia
adotada, que pode ser perfeitamente utilizada em qualquer município do Estado.
A presente pesquisa foi dividida em seis partes: a Introdução; na segunda parte serão
tratados alguns referenciais teóricos que estudam a sustentabilidade, bem como os
instrumentos de sua mensuração, e, por sua vez, a parte três apresentou toda a questão
metodológica da pesquisa. Enquanto isso, a quatro apresentou os resultados e suas respectivas
análises; a cinco apresentou algumas simulações de resultados para que possam ser majorados
os níveis de sustentabilidade do município e, por fim, apresentou-se a conclusão.
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O Desenvolvimento Sustentável
A história relata que o alicerce para construção e solidificação do princípio do
desenvolvimento sustentável foi a necessidade de avanços econômicos para os países
subdesenvolvidos, inclusive com a apropriação de novas tecnologias dos países
desenvolvidos, sem ultrapassar, entretanto, os limites necessários para manter o equilíbrio
ecológico. Nessa via, Saeta (2012) nos informa que a expressão sustentabilidade é originada
do latim sustento: “a palavra sustentar origina-se do latim suportar, proteger, manter, cuidar,
conservar. Logo, a sustentabilidade é a característica ou condição de manter, conservar um
conjunto de elementos necessários à manutenção de vida.”
Deste modo, a expressão ou termo “desenvolvimento sustentável” começou a ser
gestado e debatido, no cenário internacional, com a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente Humano, ocorrida em 1972 e mundialmente conhecida como Conferência de
Estocolmo, que foi organizada pelas Nações Unidas – ONU. O evento reuniu autoridades,
organizações governamentais e não governamentais, pesquisadores e estudiosos de várias
partes do mundo com o objetivo de discutir a reação do homem com o meio ambiente, mais
especificamente a questão da degradação ambiental e as possibilidades de se encontrar o
equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente (LAGO,
2007).
Os autores Rosa e Staffen (2012) mencionam que a principal inquietação presente na
Conferência de Estocolmo era a necessidade de aliar o desenvolvimento com a preservação
dos recursos naturais. Tanto é verdade, alegam os autores, que, no primeiro princípio dessa
convenção, se fez constar que o homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade, ao
gozo de condições de vida adequadas num meio ambiente de tal qualidade que lhe permita
levar uma vida digna e gozar do bem-estar, e, ainda, tem solene obrigação de proteger e
melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras.
O encontro, acima mencionado, deu origem ao documento intitulado Declaração da
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (ONU, 1972) no qual se
reconheceu o direito humano a um meio ambiente de qualidade e capaz de permitir uma vida
digna; ainda que o termo “desenvolvimento sustentável” não conste expressamente no aludido
9
documento político, a temática abriu caminho para uma sequência de debates no cenário
global.
No ano de 1987, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
– CMMAD criou o Relatório de Brundtland (CMMAD, 1991) – também denominado como
Relatório Nosso Futuro Comum – e definiu o Desenvolvimento Sustentável “como um
processo que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de suprir suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991, p. 46), para além disso. O
relatório, em questão, estipulou metas que deveriam ser observadas por todos os países com o
propósito de estagnar a marcha das depredações ambientais e alcançar um ponto de equilíbrio
e conscientização na relação homem versus meio ambiente, perpassando a compreensão de
que desenvolvimento sustentável é também um processo de transformação pulsante em que se
verifica uma harmonização entre a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a
orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional. Tudo isso potencializa
e reforça o presente e o futuro, a fim de atender as necessidades e aspirações humanas
(CMMAD, 1991).
Santana et al (2014) elucidam que as batalhas constantes para diligência e atenção às
questões sociais e ambientais exigiram um novo comportamento de países, a fim de garantir a
sustentabilidade.
Ainda a respeito do Relatório de Brundtland, Freitas (2016, p. 48-49) realça sua
relevância histórico-social e assevera que a definição de sustentabilidade reclama uma visão
mais holística do conceito, como segue:
(...) sustentável é a política que insere, de modo homeostático, todos os seres
vivos, de algum modo, neste futuro comum (sob pena de se tornar abstração
pouco útil), sem que haja apego excessivo a determinado padrão material de
vida. Considerar a satisfação das necessidades das gerações atuais e futuras
foi e é importante, mas diz muito pouco sobre o caráter da sustentabilidade,
em termos axiológicos e valorativos. A sustentabilidade faz assumir,
ativamente, as demandas propriamente relacionadas ao bem-estar físico,
psíquico e espiritual, a longo prazo.
A discussão acerca do desenvolvimento sustentável foi intensificada no ano de 1992,
quando a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento –
CNUMAD promoveu, na cidade do Rio de Janeiro, um dos mais significativos eventos
históricos: a Rio-92, ou Eco-92, ou ainda, Cúpula da Terra. Desse contexto, surgiu a Agenda
21 (CNUMAD, 1992), documento que consubstancia relevante plano de ação e metas para o
10
alcance do desenvolvimento sustentável, primando-se pela diminuição das desigualdades
sociais e erradicação da pobreza.
Jacobi (2003) pondera que foi com a Agenda 21 que o desenvolvimento sustentável
foi apreendido em múltiplas dimensões e ressalva que, não obstante as inúmeras críticas a que
tem sido sujeito, o conceito de desenvolvimento sustentável representa um importante avanço,
na medida em que a Agenda 21 global, como plano abrangente de ação para o
desenvolvimento sustentável no século XXI, considera complexa a relação entre o
desenvolvimento e o meio ambiente numa variedade de áreas, destacando a sua pluralidade,
diversidade, multiplicidade e heterogeneidade.
A história registra outros eventos que sucederam a Eco 92, como exemplo, a Rio+10,
na qual se amadureceu uma concepção mais abrangente de sustentabilidade. Bodnar e Freitas
(2016) confirmam que foi somente na Rio+10, realizada em Johanesburgo no ano de 2002,
que houve a consagração de um conceito de sustentabilidade em uma dimensão global, para
além das perspectivas ecológica, social e econômica, como qualificadoras de qualquer projeto
de desenvolvimento. Nessa perspectiva, os autores reforçam que, sem justiça social, não é
possível alcançar um meio ambiente sadio e equilibrado na sua perspectiva ampla, nessa
seara. É a partir de 2002 que passa a ser adequado utilizar a expressão ‘sustentabilidade’, ao
invés de desenvolvimento com o qualificativo ‘sustentável’.
E a Rio+20 (ONU, 2012), que legou o documento ‘O Futuro que Queremos’, é
apelidado de ‘Transformando Nosso Mundo’. Seu maior legado consiste no
comprometimento de 193 nações em alcançar, até o ano de 2030, os objetivos e metas
propostos para concretização do desenvolvimento sustentável.
Ante esse contexto histórico-evolutivo, é notório que o debate acerca do
desenvolvimento sustentável vem, cada vez mais, alargando sua relevância e expressão
jurídica no âmbito internacional, nacional e local. No que concerne ao desenvolvimento
sustentável de dada localidade, evidencia-se a necessidade de envolvimento de vários atores
sociais locais visto que “a eficácia da sustentabilidade está em envolver todos os atores
envolvidos num mesmo processo” (RANAURO, 2004).
Para Ferrer (2012), alcançar uma sociedade sustentável supõe, também, formalizar
um pacto com a terra, de modo a haver compromisso com a possibilidade de manter os
ecossistemas essenciais que fazem possível a subsistência humana como espécie em uma
condição ambiental aceitável. O autor defende que é imprescindível reduzir drasticamente as
demandas de consumo de capital natural para alcançar níveis razoáveis de reposição.
11
Nessa perspectiva, o estudo ou pesquisa acerca do desenvolvimento sustentável de
uma região ou localidade específica requer um conjunto de ações que devem ser observadas
pelo Poder Público local em parceria com a sociedade civil organizada, posto que “não há
como pensar em sustentabilidade sem a contribuição equitativa das comunidades e seus
saberes” (RANAURO, 2004). Nesse contexto, surge a necessidade de se eleger indicadores
capazes de revelar o índice de desenvolvimento sustentável de dada municipalidade.
Neste cenário, a sustentabilidade se propaga em muitos níveis: global, regional e
local. O que é considerado sustentável em nível regional não é, necessariamente, em nível
nacional. Referida discrepância é devido aos mecanismos de transferência geográfica por
meio das consequências negativas de um país ou região para outros países ou regiões
(SLIMANE, 2012). As regiões não usam os mesmos indicadores para o mesmo tema, os
dados não são coletados uniformemente (VAN ZEIJL-ROZEMA et al., 2011). Nessa linha
compreensiva, toda e qualquer decisão, que não observar as características de cada região,
tende a ser ineficaz ou mesmo contraproducente;
Antes de se fixarem as dimensões e indicadores de sustentabilidade de qualquer
localidade, faz-se necessário ter como parâmetro a amplitude do desenvolvimento sustentável
que se persegue. Nessa linha, Cruz e Bodnar (2011) definem sustentabilidade como um
conceito integrador e unificante capaz de assentar a relação do homem com o meio ambiente
em um mesmo patamar, sem nenhuma hierarquia, eles reforçam que a sustentabilidade, para
além de implicar em transformação social é também conceito integrador e unificante que
sugere a celebração da unidade homem/natureza, na origem e no destino comum, o que
pressupõe um novo paradigma, portanto. Embora o conteúdo do princípio da sustentabilidade
esteja historicamente direcionado às bases da produção nos modelos capitalistas liberais, esta
noção deve ser ampliada para que os beneficiários do desenvolvimento sejam todos aqueles
componentes bióticos e abióticos que garantirão a vida em plenitude, inclusive para as futuras
gerações.
Juarez Freitas (2013) concebe o Desenvolvimento Sustentável como um princípio
constitucional que confere a todos, Estado e Sociedade, o dever de promover um meio
ambiente saudável, capaz de legar dignidade à vida humana. E pontua que o referido dever é
certamente um princípio constitucional que determina com eficácia direta e imediata, a
responsabilidade do Estado e da sociedade pela concretização solidária do desenvolvimento
material e imaterial, socialmente inclusivo, durável e equânime, ambientalmente limpo,
inovador, ético e eficiente, no intuito de assegurar, preferencialmente de modo preventivo e
precavido, no presente e no futuro, o direito ao bem-estar.
12
Emery (2016) entende que o desenvolvimento viável às sociedades humanas é
somente aquele que não prescinde da noção de sustentabilidade, em suas múltiplas dimensões.
Para ele, sustentabilidade é um conceito profundo, complexo, multivetorial que atinge uma
miríade de interesses multidisciplinares que abarcam inúmeras áreas do conhecimento que lhe
lega uma conotação de equilíbrio, manutenção de uma situação, perpetuidade. Implica ações
com reflexo em vários campos da atividade humana que têm que ser coerentes entre si, e,
embora atividades diferentes impliquem dar uma ênfase maior a um ou outro aspecto, há um
substrato comum que permite a formulação de um conceito único para dar suporte à ideia de
desenvolvimento sustentável.
A percepção de desenvolvimento sustentável presente na literatura e em voga no
painel internacional cobra do Poder Público e da sociedade uma movimentação ativa em prol
de se conquistar o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o necessário e
indispensável desenvolvimento sustentável. Referida compatibilização do desenvolvimento
econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente é quem promove o
desenvolvimento sustentável e a exploração equilibrada dos recursos naturais (SILVA, 2013).
Dessa visão, Gomes (2014) conclui que atrair a atenção da sociedade para as
questões ambientais é muito mais relevante que o esforço literário para se definir
conceitualmente o termo ou expressão desenvolvimento sustentável, assim, segundo o autor,
deve haver urgência em se tornar os processos de desenvolvimento e os instrumentos
econômicos promotores de “igualdade social e erradicação da pobreza, com respeito aos
direitos humanos e sociais e conservação e uso sustentável dos recursos naturais.”
Nesse universo, para que o debate não seja apenas retórico, é preciso que a
sustentabilidade seja aferível de forma concreta e objetiva, assim, “o desenvolvimento local
não está relacionado unicamente com crescimento econômico, mas também com a melhoria
da qualidade de vida das pessoas e com a conservação do meio ambiente” (PETITINGA,
2006).
Nesse diapasão, a avaliação que atesta o índice de sustentabilidade de um município,
por exemplo, deve levar em conta as particularidades que caracterizam determinada
localidade para assim oferecer aportes que possam, efetivamente, favorecer políticas públicas
hábeis a concretizar o desenvolvimento local porque este pressupõe uma transformação
consciente da realidade local (MILANI, 2005).
13
2.2 Sistema de Indicadores
O Sistema de indicadores, em especial os indicadores ambientais, teve seu marco
histórico nas décadas de 70 e 80 e esses indicadores são resultantes dos Relatórios sobre o
Estado do Ambiente, originados dos esforços governamentais e de organismos internacionais
(FRANCA, 2001), ficando, com a Holanda, o registro de primeiro país a implementar
referidos indicadores ambientais no ano de 1989, par avaliação dos resultados da
implementação do Plano de Política Ambiental Nacional (HAMMOND et al, 1995).
Desde então, o surgimento de novos índices de sustentabilidade ambiental vem
crescendo sobremaneira, em especial por parte dos organismos governamentais, não-
governamentais, pesquisadores e cientistas de várias partes do mundo. (MARZALL;
ALMEIDA, 2000).
A Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Rio-92) também aprofundou essa
temática e registrou essa matéria na Agenda 21 com a proposta de definir padrões sustentáveis
de desenvolvimento que levassem em conta esses aspectos ambientais, econômicos, sociais,
éticos e culturais. A partir de então, foi dado um relevante impulso na definição de
indicadores capazes de mensurar, monitorar e avaliar a sustentabilidade.
Frisa-se, a título de ênfase, que a Agenda 21 Global (CNUMAD, 1992)
consubstanciou em seus capítulos 8 e 40 a necessidade de se criar métodos que possam aferir
o índice de sustentabilidade do desenvolvimento:
Os órgãos e as organizações pertinentes do sistema das Nações Unidas, em
cooperação com outras organizações internacionais governamentais,
intergovernamentais e não-governamentais, devem utilizar um conjunto
apropriado de indicadores do desenvolvimento sustentável e indicadores
relacionados com áreas que se encontram fora da jurisdição nacional, como o
alto mar, a atmosfera superior e o espaço exterior. Os órgãos e as
organizações do sistema das Nações Unidas, em coordenação com outras
organizações internacionais pertinentes, poderiam prover recomendações
para o desenvolvimento harmônico de indicadores nos planos nacional,
regional e global e para a incorporação de um conjunto apropriado desses
indicadores a relatórios e bancos de dados comuns de acesso amplo, para
utilização no plano internacional, sujeitas a considerações de soberania
nacional (CNUMAD, 1992).
Nesse sentido, várias são as propostas metodológicas com a missão de definir e
alcançar indicadores que revelem os níveis de sustentabilidade. Nesse universo, Louette
(2009) lista um rol, não exaustivo, de vinte e cinco indicadores utilizados pelas nações do
mundo, a saber: (1) Os Princípios de Bellagio; (2) Índice de Desenvolvimento Humano
14
(IDH); Índice de Pobreza Humana (IPH); Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Gênero
(IDG); Medida de Participação segundo o Gênero (MPG); (3) GNH - Gross National
Happiness; (4) BIP 40 –Baromêtre dês Inegalités et de La Pauvreté; (5) BCN – Balanço
Contábil das Nações; (6) BS –Barometerof Sustainability; (7) Calvert-Henderson Quality of
Life Indicators; (8) DNA Brasil; (9) DS – Dashboard of Sustainability; (10) EF – Ecologica
Footprint; (11) EPI – Environmental Performance Index; (12) ESI – Environmental
Sustainability Index; (13) EVI – Environmental Vulnerability Index (14) GPI – Genuine
Progress Indicator (IPR); (15) GSI – World Bank’s Genuine Saving Indicator; (16) HPI –
Happy Planet Index; (17) IDS – Indicadores de Desenvolvimento Sustentável IBGE; (18)
IEWB – Index of Economic Well-being; (19) IPRS – Índice Paulista de RS; (20) ISEW –
Index of Sustainable Economic Welfare; (21) ISH – Index Social Health; (22) LPI – Living
Planet Index; (23) RCI – Responsible Competitiveness Index; (24) SF – Social Footprint; e
(25) WN – The Well-being of Nations.
Nessa linha, tem-se que os indicadores de sustentabilidade surgiram como
instrumentos hábeis a aferir e mensurar os processos de desenvolvimento. Os sistemas de
indicadores de sustentabilidade, de forma científica e como metodologia própria, nesse
sentido. Foi exatamente a carência com relação a um conjunto de indicadores padrão, que
possibilite medir o nível de sustentabilidade de uma localidade, o ponto nevrálgico que
motivou Martins e Cândido (2008) a se lançarem, na criação de um sistema de indicadores
que suprissem dada carência, fazendo surgir, dessa forma, o IDSM - Índice de
Desenvolvimento Sustentável para Municípios.
Atualmente, existe significativo rol de indicadores à disposição dos pesquisadores,
fazendo emergir a necessidade de um maior número de sistemas que possam alocar outros
indicadores, inclusive de forma mais abrangente, o que justificaria a existência de um
indicador que fosse mundialmente conhecido e com diversas lentes de abordagens
(MARTINS; CÂNDIDO, 2008). Nessa perspectiva, o IDSM criado por Martins e Cândido e
que surgiu a partir da fusão de outras ferramentas como o IDS Brasil, criado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e o Índice de Desenvolvimento Sustentável para
Territórios Rurais desenvolvida por Sepúlveda (2005), no Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura (IICA), para a mensuração do nível de desenvolvimento
sustentável, em alguns países da América Latina.
15
2.3 As Dimensões da Sustentabilidade
As dimensões plurais da sustentabilidade, contemporaneamente, são percebidas e
discutidas por inúmeros autores. Em Cruz e Glasenapp (2014), temos que “a sustentabilidade
tornou-se uma noção positiva e altamente prospectiva que supõe a introdução de mudanças
necessárias para que a sociedade planetária, que deverá ser constituída por toda humanidade,
seja capaz de perpetuar-se, indefinidamente, no tempo e no espaço”, forjando, dessa forma,
um paradigma novo, capaz de induzir pautas axiológicas voltadas para a transposição desse
debate do plano meramente local ou nacional para o plano transnacional, sem fronteiras.
Reforçando essa matéria, Cruz e Bodnar (2011) ensinam que a sustentabilidade, para
ser melhor entendida, precisa ser compreendida como um conceito de base integradora e
unificante que desencadeia relevante transformação social. Isso implica a celebração da
unidade homem/natureza, na origem e no destino comum, o que pressupõe um novo
paradigma, portanto. Embora o conteúdo do princípio da sustentabilidade esteja
historicamente direcionado às bases da produção nos modelos capitalistas liberais, esta noção
deve ser ampliada para que os beneficiários do desenvolvimento sejam todos aqueles
componentes bióticos e abióticos que garantirão a vida em plenitude, inclusive para as futuras
gerações.
Canotilho (2015) traz à tona que a sustentabilidade foi alicerçada, historicamente, a
partir do tripé dimensional econômico, ecológico e social, por ele intitulado de dimensão
tridimensional, com grande influência da Declaração do Milênio, realizada no ano de 2000,
responsável pela proclamação da ‘Declaração e Objetivos do Milênio para o
Desenvolvimento’. O aludido evento serviu de fonte inspiradora para significativo rol de
autores e pesquisadores dessa temática que, por meio dos seus estudos, findaram por
enrobustecer o leque de dimensões da sustentabilidade, até então conhecidos; mencionado
debate, segundo Capra, aprofundou-se no cenário mundial, ganhando destaque a urgência de
se refletir as questões que envolvem a problemática da sustentabilidade e do desenvolvimento
sustentável com a prioridade que eles reclamam, assim, para o autor, o maior desafio deste
século “será a construção de comunidades ecologicamente sustentáveis, organizadas de tal
modo que suas tecnologias e instituições sociais – suas estruturas materiais e sociais – não
prejudiquem a capacidade intrínseca da natureza de sustentar a vida.
Juarez Freitas (2016) também leciona que as dimensões da sustentabilidade
extrapolam o clássico tripé dimensional e acolhem, necessariamente, outras redefinições em
sua escala, prospectados a partir da interpretação dos comandos constitucionais que, por sua
16
vez, perpassam um pluridimensionalidade de valores. São elas: as dimensões ética, jurídico-
política, ambiental, social e econômica. Todas elas, segundo Freitas, entrelaçam-se e
constituem-se, mutuamente, numa dialética da sustentabilidade, que não pode, sob pena de
irremediável prejuízo, ser rompida porque, como explica o autor, a sustentabilidade é um
valor supremo, que se desdobra no princípio constitucional que determina, com eficácia
direita e imediata, a responsabilidade do Estado e da sociedade pela concretização solidária do
desenvolvimento material e imaterial, socialmente incluso, durável e equânime,
ambientalmente limpo, inovador, ético e eficiente, no intuito de assegurar, preferencialmente,
de modo preventivo e precavido, no presente e no futuro, o direito ao bem-estar.
Sachs (2008), em literatura voltada para essa temática, identifica oito dimensões para
a sustentabilidade, quais sejam, social, cultural, ecológica, ambiental, territorial, econômica,
política-nacional e política-internacional, cada uma delas, em apertada síntese, anota que a
dimensão social almeja a homogeneidade social; a cultura vislumbra resignificar o conceito
de eco desenvolvimento; a ecológica busca o equilíbrio e preservação na exploração do meio
ambiente; a ambiental pretende o respeito aos ecossistemas naturais; a territorial deseja o
desenvolvimento ambientalmente seguro para áreas ecologicamente frágeis; a econômica
vislumbra desenvolvimento econômico intersetorial equilibrado; a Política (Nacional) anseia
um nível razoável de coesão social; a Política (Internacional) fundamenta-se em um sistema
efetivo de cooperação científica e tecnológica internacional para herança comum da
humanidade.
Nessa linha compreensiva, ressalva-se que as múltiplas dimensões da
sustentabilidade, como demonstrado acima e também observado por Martins e Cândido
(2008), possuem vasta conceituação na literatura sobre o tema, cada uma delas revela um
aspecto ou face da sustentabilidade que precisa ser ponderado quando da análise dos índices
de desenvolvimento sustentável. Em estudo da literatura pertinente à temática, tem-se que a
dimensão ambiental ou ecológica, segundo Foladori (2002), tem em mira proteger o meio
ambiente da mão humana.
Para Garcia (2016), a pluralidade dimensional é aquela em que se observa a
importância da proteção do meio ambiente e, como via reflexa, também se espraia pelo
Direito Ambiental. Este, por sua vez, passa a ter como escopo maior a finalidade de garantir a
sobrevivência do planeta mediante a preservação e a melhora dos elementos físicos e
químicos que a tornam concreta e tangível para, dessa forma, amealhar uma melhor qualidade
de vida.
Juarez Freitas (2016) concebe a sustentabilidade ambiental como uma dimensão
17
primordial à vida planetária e assevera que “não pode haver qualidade de vida e longevidade
digna em ambiente degradado (...) não pode sequer haver vida humana sem o zeloso
resguardo da sustentabilidade ambiental (...) ou se protege a qualidade ambiental ou,
simplesmente, não haverá futuro para a nossa espécie. ”
No mesmo segmento, Demarchi, Costa e Monte (2016), em suas considerações sobre
a Sustentabilidade ambiental, entendem que no mundo contemporâneo ela não pode ser
estudada de forma isolada, pelo contrário, o ponto inicial deve ser exatamente o caráter plural
de suas dimensões, indo-se para muito além do atrelamento ao universo da natureza, voltado
apenas para a qualidade do ar que se respira, para abarcar os aspectos sociais, culturais e
econômicos, pois, falar em sustentabilidade é agregar, obrigatoriamente suas várias
dimensões.
A dimensão econômica da sustentabilidade reclama atenção às necessidades básicas
da existência humana, Juarez Freitas (2016) menciona que não pode haver desenvolvimento
econômico sem recursos materiais mínimos destinados à erradicação da pobreza e da miséria.
Para entender essa relação, Schroeder e Margarida (2015) sustentam que é inviável
qualquer proposta de sustentabilidade na qual não seja possível mensurar a forma em que se
deu sua operacionalização. Isso se dá porque a característica primeira desse instituto está
relacionada com a elaboração de mecanismos de mercado para que possa ser viabilizada a
produção de maneira mais equilibrada, constante e estável, deixando para traz o sistema
consumista atualmente implementado.
Sen (2010), nesse ponto, anota que referida dimensão torna-se impraticável se
arredada das dimensões ambiental e social e afirma que todo desenvolvimento implica a
expansão das liberdades substantivas, pois, a liberdade não é apenas uma base de avaliação de
êxito e fracasso, antes disso é um determinante principal da iniciativa individual e da eficácia
social. Nesse norte, depreende-se das lições do autor que uma dose maior de liberdade para os
indivíduos é capaz de lhes propiciar mais tempo para elas mesmas e, consequentemente, para
se preocuparem com as questões centrais do mundo para o processo de desenvolvimento.
Branco e Celant (2015), nesse sentido, também arrematam que as práticas
sustentáveis ensejam uma evolução no seio social e uma condição financeira favorável, e isto
somente é possível, sustentam os autores, quando já existe uma maior garantia e tutela de
direitos que são condição básica à existência humana, como condições de higiene, educação,
saúde, entre outras.
A dimensão social é aquela que não comporta exclusão ou qualquer forma de
aceitação de miserabilidade humana. Garcia e Garcia (2014) asseveram que a dimensão social
18
consiste no aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, por essa linha
compreensiva é também denominada de capital humano que está lastrado em um processo de
melhoria na qualidade de vida da sociedade por meio da redução das discrepâncias entre a
opulência e a miséria com o nivelamento do padrão de renda, o acesso à educação, à moradia,
à alimentação. Estando, então, intimamente ligada à garantia dos Direitos Sociais.
Nessa mesma linha, Emery (2016) alerta que a sustentabilidade deve ser inclusiva,
seu propósito precisar ser o de resgatar as pessoas em situação de pobreza extrema para que
disponham de um mínimo aceitável dentro dos padrões de dignidade atuais, em síntese, o
autor pondera que esse olhar é um imperativo para que a dignidade humana não se perca. Para
isso, a disponibilização de serviços essenciais é vital. O autor é veemente ao sustentar que não
devemos mais suportar a total indisponibilidade de água, educação, serviços médicos,
disponibilidade de energia ou mesmo a carência alimentar que leva à desnutrição aguda e
crônica porque essas questões vão de encontro à dignidade humana, mas, em alguns casos,
vão além, pondo em risco a própria capacidade de sobrevivência.
No olhar de Sachs (2007), a sustentabilidade social é, portanto, aquela que almeja
atingir um grau aceitável de homogeneidade social com distribuição de renda justa e a
promoção da igualdade no acesso aos recursos e serviços sociais. Referido traçado deve ser
perseguido, segundo Guimarães (1997), por meio de medidas de discriminação positiva e de
inserção no mundo do trabalho.
A dimensão político-institucional da sustentabilidade, conforme Silva, Cheaz e
Romero, é definida como um:
(...) conjunto de todas as regras formais e informais que moldam a natureza
de sua identidade, influenciam a intensidade e qualidade de sua dinâmica e
direcionam os compromissos associados ao seu propósito. Entre estas regras
do jogo se encontram as leis, políticas, premissas, enfoques, planos,
prioridades, estratégias, normas, mecanismos institucionais, etc. (2001, p. 6)
Oliveira e Martins (2009, p.2) sintetizam que a sustentabilidade político-institucional
“corresponde à existência, em um país, região, estado ou município, do arcabouço referente a
políticas públicas de meio ambiente, para fazer face a planejamento, estratégias e ações
específicas para a gestão que garanta a qualidade ambiental no território respectivo. ”
A dimensão demográfica da sustentabilidade é definida por Guimarães (1997) como
uma especificidade da dimensão ambiental na qual se considera a capacidade da natureza em
suportar os impactos causados pela dinâmica demográfica, assim, é preciso que o crescimento
populacional contenha parâmetros que comportem uma sustentabilidade alinhada à dimensão
ecológica da sustentabilidade.
19
A dimensão Cultural, trazendo mais uma vez os ensinos de Sachs (2007), refere-se à
busca das raízes endógenas presentes nos padrões de modernização e sistemas rurais
integrados de produção (equilíbrio entre respeito à tradição e inovação), capacidade de
sublimar processos de mudança no seio da continuidade cultural resignificando o conceito de
eco desenvolvimento em uma plêiade de soluções particulares que respeitam o ecossistema e
as particularidades de casa cultura e local.
Jacobi (2003, p. 95) define a dimensão cultural da sustentabilidade como um
processo que leva em conta práticas educativas aliadas a valores éticos:
(...) a ideia de sustentabilidade implica a prevalência da premissa de que é
preciso definir limites às possibilidades de crescimento e delinear um
conjunto de iniciativas que levem em conta a existência de interlocutores e
participantes sociais relevantes e ativos por meio de práticas educativas e de
um processo de diálogo informado, o que reforça um sentimento de co-
responsabilidade e de constituição de valores éticos. Isto também implica
que uma política de desenvolvimento para uma sociedade sustentável não
pode ignorar nem as dimensões culturais, nem as relações de poder
existentes e muito menos o reconhecimento das limitações ecológicas, sob
pena de apenas manter um padrão predatório de desenvolvimento.
Zhouri, Laschefski e Siano (2005), igualmente, relevam que a heterogeneidade
cultural de nossa sociedade é matizada por parâmetros plurais de sustentabilidade que
apontam para múltiplas formas de vida que se traduzem em diversificação do espaço e
inspiram uma visão de sustentabilidade que, segundo os autores, deve necessariamente
pronunciar as dimensões da equidade, da igualdade, da distribuição, assim como da
universalidade do direito de viver na singularidade.
As dimensões, acima cotejadas, conduzem a um caminho que, ao menos em
perspectiva, são capazes de materializar um desenvolvimento que seja sustentável. Para
incorporar as concepções contemporâneas de desenvolvimento sustentável nas localidades.
Buarque (2008, p. 43), nessa questão, pontua que as análises sobre o tema devem tratar a
realidade de forma multidisciplinar, procurando observar e confrontar os componentes ou
dimensões econômica, sociocultural, ambiental e político-institucional, no sentido de
identificar os entraves que estão prejudicando o desenvolvimento, e assevera:
O desenvolvimento local sustentável é o processo de mudança social e
elevação das oportunidades da sociedade, compatibilizando, no tempo e no
espaço, o crescimento e a eficiência econômicos, a conservação ambiental, a
qualidade de vida e a equidade social, partindo de um claro compromisso
com o futuro e a solidariedade entre gerações. Este conceito contém três
20
grandes conjuntos interligados e com características e papéis diferentes no
processo do desenvolvimento:
a) a elevação da qualidade de vida e a equidade social constituem objetivos
centrais do modelo de desenvolvimento, orientação e propósito final de todo
esforço de desenvolvimento no curto, médio e longo prazos.
b) a eficiência e o crescimento econômicos constituem pré-requisitos
fundamentais, sem os quais não é possível elevar a qualidade de vida com
equidade – de forma sustentável e continuada - representando uma condição
necessária, embora não suficiente, do desenvolvimento sustentável.
c) a conservação ambiental é um condicionante decisivo da sustentabilidade
do desenvolvimento e da manutenção no longo prazo, sem a qual não é
possível assegurar qualidade de vida para as gerações futuras e a equidade
social de forma sustentável e contínua no tempo e no espaço.
Para Sepúlveda (2005), a escolha dos índices de desenvolvimento sustentável deve
ser definida pela relação que cada uma delas exerce com o seu entorno geral, viabilizando,
assim, avaliar se ela favorece (positivamente ou negativamente) o processo e
desenvolvimento sustentável.
O IDMS, em específico, foi criado com o escopo primordial de medir e avaliar os
níveis de sustentabilidade local, com esse propósito, ele agrega inúmeros dados sobre o
patamar de sustentabilidade da localidade pesquisada e viabiliza, com o resultado dos seus
estudos, não só a avaliação das políticas públicas implantadas, mas também servem de aportes
aos gestores da Administração Pública, favorecendo a redefinição, manutenção ou criação de
políticas públicas tendentes a observar as dimensões da sustentabilidade. (MARTINS;
CÂNDIDO, 2011).
Quanto à forma de transformação de indicadores em índices, Martins e Cândido
(2008) prelecionam que, após a eleição das dimensões e todas as possíveis variáveis inerentes
a cada uma das seis dimensões da sustentabilidade, alhures transcritas, o passo seguinte deve
ser o cálculo dos indicadores que revelarão os índices de desenvolvimento sustentável,
podendo variar em uma escala de zero a um, construída por meio de fórmula criada
especialmente para esse fim. A aplicação do procedimento metodológico em questão é
ensinada pelos autores da seguinte forma:
A variável apresenta uma relação positiva quando verificado que, quanto maior o
indicador melhor será índice e quanto menor o indicador pior será o índice. A
variável apresenta uma relação negativa quando verificado que, quanto maior o
indicador pior será o índice; quanto menor o indicador, melhor será o índice. Após
identificar a relação positiva ou negativa da variável com o processo de
desenvolvimento sustentável, a operacionalização para o cálculo do índice é feita a
partir de fórmulas que reconhecem essas relações e permitem a análise da
sustentabilidade através da agregação de todos os índices. (MARTINS E
CÂNDIDO, 2011, p. 12)
21
Assim, por meio da metodologia do IDMS torna-se possível construir o índice de
sustentabilidade – pelo viés das seis dimensões concebidas - no âmbito das municipalidades e,
dessa forma, identificar as fragilidades e pontos positivos de cada uma das localidades
pesquisadas, servindo, dessa forma, como alerta à sociedade e ao Poder Público, podendo
ainda culminar em novas políticas públicas orientadas por bases sustentáveis.
2.4 Desenvolvimento Regional Sustentável
O desenvolvimento regional no Brasil é fortemente marcado, em seu contexto
histórico-estrutural, por elevado índice de desigualdade social que se revela em inúmeras
regiões do território nacional, muito provavelmente em decorrência do caótico processo de
ocupação e povoamento das terras brasileiras, aliado a centralização das bases produtivas do
nosso país. Em mencionado cenário exsurge o paradigma de que o Estado deveria ser o agente
catalizador de políticas públicas voltadas para a integração nacional e sustentabilidade do
crescimento brasileiro visto que, referidas políticas, não são capazes de amenizar ou eliminar
as desigualdades sociais por meio do livre movimento do mercado. (COSTA; CUNHA,
2002).
Os autores acima, nessa perspectiva, asseveram que o Estado brasileiro, nos idos do
início do século XX, centralizou no governo central os planos e projetos de expansão da
produção interna com o propósito de alcançar, dessa forma, maior geração de renda e
emprego, diminuindo os impactos negativos da desigualdade social, para tanto, as regiões do
Norte, Nordeste e também Centro-Oeste, foram alvos de programas que visavam avivar o
crescimento dos seus produtos industrial.
Depreende-se, do panorama descrito, que o Estado tentava impor, de cima para
baixo, de forma macro, políticas públicas gestadas pelo governo nacional, com o desiderato
de alcançar as mais diversas realidades sócio-político-econômica brasileiras, que por sua
própria essência, é extremamente marcada por uma diversidade de questões inerente a cada
uma das cinco regiões que estruturam a nação brasileira, dessarte, qualquer política pública
que não desconsidere as peculiaridades que caracterizam mencionadas regiões, está fadada ao
fracasso, nessa esteira, Ferreira (2002) alerta que o desenvolvimento regional eleito pelo
Governo brasileiro no século XX, permeado de desejo de integração nacional, reduziu-se e
esgotou-se no relevante desafio do mundo globalizado.
Ferreira (2002) pontua ainda, que questões como a superexploração de recursos
naturais ou ainda a concentração do planejamento pelo governo nacional, passam agora a
22
abrir espaço para novos paradigmas como o desenvolvimento mundial focado na
sustentabilidade em suas múltiplas dimensões, fato que enalteceu as políticas supranacionais e
enfraqueceu sobremaneira os Estados nacionais e o consequente empoderamento das regiões e
cidades brasileiras.
Dessa sorte, o processo de desenvolvimento regional precisa delimitar e fixar uma
estratégia que seja capaz de capacitar os atores locais e regionais e dessa forma transmutar a
realidade adversa em um protótipo de desenvolvimento que absorva eficaz e efetivamente as
oportunidades que possam ser revertidas em prol do seu território. No caso de municípios
periféricos, torna-se ide império perquirir o caráter do poder local, as competências e
mecanismos organizados para decidir e processar os relacionamentos e desordens entre
classes e os diferentes atores sociais. Destarte, cunha-se uma nova institucionalidade local,
conectada em microrregiões que se revolvem apropriadas para inspirar e comandar o processo
de desenvolvimento endógeno (SANTOS, 2003).
Como aduzido, o novel modelo impôs ao Estado o papel de agente regulador,
fomentador do desenvolvimento endógeno das sociedades regionais e locais com o escopo de
se atingir maior equidade e qualidade de vida à sociedade, o crescimento da produção
nacional e o aumento da renda per capita perdeu o posto de objetivo único para se equiparar,
harmonicamente, com a imperiosa necessidade de proteger o meio ambiente e enrijecer a
democracia e cidadania do povo brasileiro (COSTA; CUNHA, 2002), com propostas que
ponderem e viabilizem a integração de atores locais, com inclusão das entidades econômicas
que possam colaborar para a internalização da renda e o fortalecimento de pré-requisitos para
a afirmação de padrões de competitividade sistêmica (FERREIRA, 2002).
Desse norte, tem-se que as bases que sustentam a nova proposta de desenvolvimento
regional estão fortemente marcadas pelas transformações trazidas pelo processo de
globalização que desencadearam, ao menos no que se refere às políticas voltadas para o
desenvolvimento regional, uma força exógena e impulsionadora oriunda das regiões centrais,
dotada de capacidade de entusiasmar os demais setores econômicas, estabelecendo conexões
ou pontes de comunicação preocupadas com a ampliação da subjetividade dos moradores
locais, exponenciando, assim, as capacidades humanas de cada regionalidade ou localidade
(OLIVEIRA; LIMA, 2003).
Bandeira (1999) pontua que, contemporaneamente, exige-se, cada vez mais, a
participação da sociedade civil na formulação, acompanhamento e implementação das
políticas públicas; referido contexto é produto do avanço da democratização brasileira e
justifica-se pela necessidade de consulta aos segmentos sociais diretamente afetados quando
23
da concepção, elaboração, implementação e avaliação de programas e projetos de
desenvolvimento, como forma de garantir sua eficiência, sustentabilidade, bem como induzir
maior transparência nos atos da Administração Pública e, via reflexa, maior combate a
corrupção.
Buarque (2008, p. 15), discorrendo acerca do melhor planejamento para promoção do
desenvolvimento regional sustentável, elenca como base, as estratégias adiante descritas:
(....) organização da sociedade, contribuindo para a formação de capital
social local (entendido como capacidade de organização e cooperação da
sociedade local) combinado com a formação de espaços institucionais de
negociação e gestão, agregação de valor na cadeia produtiva, com a
articulação e aumento da competitividade das atividades econômicas com
vantagens locais, e reestruturação e modernização do setor público local,
como forma de descentralização das decisões e elevação de eficiência e
eficácia da gestão pública local.
Infere-se, portanto, que o desenvolvimento local sustentável é produto da conexão e
sinergia entre a qualidade de vida da população (redução da pobreza), geração de riqueza e
distribuição de ativos e uma gestão pública eficiente. Indigitados elementos, em Buarque
(2008), sustentam a coluna vertebral do processo de desenvolvimento local, formando uma
combinação de fatores que pode originar a reorganização da economia e da sociedade local,
sob o manto da tutela ambiental.
Nesse sentido, na confecção do planejamento estratégico deve-se primar pela
seletividade e priorização de ações que abranjam os elementos dorsais do desenvolvimento
sustentável, numa visão de médio e longo prazo que possa ser sentido pelas presentes e
futuras gerações. É visível, pela complexidade dos processos e mecanismos que erigem o
planejamento governamental, o ultimato de práticas de gestão eficiente, eficazes e efetiva por
parte daqueles que dão vida à Administração Pública, o que requer, via reflexa, a seleção de
instrumentos gerenciais estratégicos harmonizados com o sustentável desenvolvimento
regional.
Desse modo, depreende-se da literatura eleita para a presente pesquisa acadêmica que
a temática do desenvolvimento regional está calçada em base indubitavelmente voltada para a
pluralidade das dimensões que contornam a sustentabilidade e que reclamam a constante e
permanente tutela do Estado e de toda a sociedade, como aduzido no art. 225 da CRFB/1988.
Referida tutela, importa na implementação de novos modelos de gestão que valorizem
aspectos atinentes à parceria, articulação, participação de comunidades locais e inclusão
social.
24
Giza-se, como consignado acima, que a participação da sociedade – como fiscal dos
interesses sociais e agente diretamente interessado - nos espaços públicos que objetivem o
debate da temática em voga, convola-se em genuína concretização do desejável exercício da
cidadania que lega relevante higidez aos regimes democráticos.
25
3 PROCEDIMENTOS DA PESQUISA
3.1 Tipo da pesquisa
Segundo Lakatos e Marconi (2009), “o método é o conjunto das atividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo”.
Para Silva e Menezes (2001), “a pesquisa explicativa [...] tem a preocupação de explicar a
razão e o porquê dos acontecimentos”. Assim, pode se afirmar ainda que, quanto à sua forma
de abordagem do problema e aos objetivos, a pesquisa classifica-se de forma quantitativa, de
natureza exploratória e descritiva (HAIR JR; BABIN; MONEY; SAMOUEL, 2003;
SAMPIERI; COLLADO; LUCIO; 2013).
3.2 Referencial Metodológico
Vasconcelos e Souza (2010), tomando por fundamento os trabalhos desencadeados
por Martins e Cândido (2008), e também com arrimo nas pesquisas de Silva (2008), inovaram
e criaram o Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal Participativo – IDMSP.
Referido índice viabiliza o encontro do IDS de dado município a partir da inclusão de atores
sociais na mensuração e hierarquização de indicadores de sustentabilidade, tudo com o escopo
de se especificar as demandas e principais necessidades da localidade pesquisada.
Para que a análise e a avaliação dos índices de desenvolvimento sustentável de um
município possam ser quantificadas, uma via possível é a eleição de uma cesta de indicadores
denominada Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal- IDSM, que foi desenvolvida
por Martins e Cândido (2008) para suprir a carência de ferramentas ou instrumentos capazes
de identificar o índice de desenvolvimento sustentável em âmbito local ou municipal.
Referida cesta de indicadores se destaca por apresentar seis dimensões de sustentabilidade e
vasto rol de indicadores que, ao menos em tese, podem levantar e produzir uma gama
significativa de informações de uma municipalidade.
Criado para suprir a lacuna, acima mencionada, o IDMS contempla seis dimensões
da sustentabilidade, são elas: a Ambiental, Econômica, Social, Político-Institucional,
Demográfica e Cultural, cada uma delas vinculada ou congregada a um rol de indicadores que
potencializam, sistemicamente, uma maior quantidade de variáveis referentes ao
desenvolvimento sustentável (MARTINS; CÂNDIDO, 2008).
É nesse panorama que se materializa a persecução da eficácia do desenvolvimento
26
sustentável local e a verificação se estas devem realçar exatamente as propostas que permitam
a verdadeira inserção dos atores da comunidade, abrangidos em um mesmo processo com a
determinação e capacidade para realizá-las (MARTÍNEZ; HIRABAYASHI, 2003).
Quanto ao cálculo do índice de desenvolvimento sustentável para os municípios -
após a eleição dos indicadores da pesquisa e do seu conjunto de variáveis - não obstante as
diferentes unidades de medida - privilegiaram-se índices que permitem a junção em cada uma
das dimensões da sustentabilidade para, depois, se aferir o IDSM. Posteriormente a estas
etapas, este pesquisador parte para a classificação ou tipificação da forma como referidas
variáveis se apresentam (se negativas ou positivas), e, por fim, em um terceiro momento, após
análise dos dados e seus índices de negatividade ou positividade e sua relação com o processo
de desenvolvimento sustentável, operacionaliza-se o cálculo do índice, com suporte nas
fórmulas que viabilizam sobredita análise da sustentabilidade.
O valor mínimo e o valor máximo de cada variável, nessa pesquisa, serão definidos,
portando, levando-se em conta o cálculo, acima demonstrado, e a ponderação dos valores
mínimos e máximos coletados.
Esclarece-se, que o cálculo do índice de cada uma das dimensões da sustentabilidade
é fruto da média aritmética dos índices de cada temática que integra a dimensão pesquisada,
proveniente da adaptação feita por Cândido, Vasconcelos e Souza (2010) da proposição feita
na ocasião do IDLS de Silva (2008). Em mencionado IDLS, Silva (2008) revela que inseria a
ponderação dada a cada dimensão pelos atores excluídos do IDSMP posto que os pesos já
foram inseridos na etapa anterior, vinculando os pesos aos seus indicadores respectivos.
A fórmula utilizada para o cálculo do IDSMP é adaptada do IDLS. Silva (2008)
utilizou no IDLS a agregação ponderada aditiva dos seus índices temáticos e, para obtenção
do IDSMP, utiliza-se apenas a média dos índices ponderados das dimensões.
Pontua-se que o índice de desenvolvimento encontrado é operacionalizado com
vistas a promover a análise do padrão de desenvolvimento do município pesquisado, levando-
se em conta ou tendo-se como referência norteadora os indicadores escolhidos e legitimados
pelos atores que participaram da pesquisa.
Em relação ao cálculo para transformação dos indicadores em índices, esclarece-se
que é preciso que se encontre um número que varie entre 0 e 1, onde quanto mais próximo de
1, melhor se apresenta o município em relação às questões que envolvem a sustentabilidade.
Nessa senda, a escala de valores de mínimo e máximo corresponde a 1 (sustentabilidade) e 0
(insustentabilidade).
No que se refere à análise quantitativa e qualitativa dos dados, Cândido, Vasconcelos
27
e Souza (2008) orientam que a sobredita etapa deve ter como aporte todas as etapas
anteriormente descritas, a qual permitirá se obter o índice de sustentabilidade do município, a
partir dos temas e dimensões, legitimadas e hierarquizadas de acordo com as especificidades e
necessidades identificadas pelos atores sociais.
É exatamente o índice encontrado e a sua representação, segundo os autores acima
citados, que promoverão a revelação da realidade factual de um dado município, com lastro
nos indicadores avaliados, permitindo a sua evolução por meio do estigma do
desenvolvimento sustentável. A partir da vivência e do conhecimento que será adquirido junto
ao município e aos atores sociais, será possível uma análise qualitativa mais aprofundada
deste índice.
Cândido, Vasconcelos e Souza (2008) registram, ainda, a importância da elaboração
de um relatório final, consignando uma espécie de diagnóstico do nível ou grau de
sustentabilidade do município pesquisado, bem como, das prioridades de melhoria apontadas
pelos atores sociais participantes da pesquisa. É nesse contexto que os autores em questão irão
afirmar se este relatório servirá de subsídio para o planejamento e a condução de políticas
públicas, por parte das instituições em parceria com a sociedade civil, que mais se alinham
com o desenvolvimento sustentável.
Frisa-se, nesse contexto, com o intuito de elucidar ainda mais acerca da eleição da
ferramenta configurada no IDMSP para este trabalho acadêmico, que apesar da existência de
diversos sistemas de indicadores, ainda existem lacunas na literatura, quando o foco é análise
de desenvolvimento sustentável de municípios. Não obstante, Cândido, Vasconcelos e Souza
(2010) nos informa que, no Brasil, o IDMSP pode ser percebido como um verdadeiro avanço
que se firmou em dois pilares basiladores para sua construção, o IDSM e o IDLS.
O Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal – IDSM, proposto por Martins
e Cândido, permite a obtenção de um índice de desenvolvimento sustentável municipal, a
partir de informações organizadas em dimensões nos âmbitos social, demográfico,
econômico, político-institucional, ambiental e cultural. Já o Índice de Desenvolvimento Local
Sustentável – IDLS, desenvolvido por Silva (2008), tem como foco o índice de
desenvolvimento sustentável municipal a partir de técnicas de análise multivariada para
ponderar as dimensões e indicadores.
3.3 Fases da pesquisa
Para a realização deste trabalho, dividiu-se a pesquisa em duas fases:
28
Fase 1: Ponderação dos indicadores
Na cesta, será ponderada a importância de cada indicador, atribuída por meio de
pesos, determinados em pesquisas com especialistas, por meio de questionários, utilizando-
se a escala Likert. Os especialistas serão os professores dos programas de pós-graduação em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Administração, Ciências Biológicas e
Geografia, todos da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Os entrevistados deverão
apresentar ligação/adesão à temática do desenvolvimento e sustentabilidade.
“Ponderar” é sinônimo de pesar e, neste tipo de cálculo, multiplicamos cada valor
por seu “peso”, ou seja, por sua importância relativa. Assim, a média aritmética
ponderada p de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn onde o seu peso é respectivamente
p1, p2, p3, ..., pn, é calculada da seguinte maneira:
Fase 2: Coleta dos Dados Secundários
Foram levantados os dados para a criação de um banco com informações sobre os
38 indicadores utilizados nesta pesquisa nos 52 municípios do estado de Rondônia.
Por sua vez, para a efetiva construção do IDSMP, as variáveis foram transformadas
em índices, estes calculados em duas fases: primeiro, por meio da metodologia desenvolvida
pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que ajusta os valores
das variáveis numa escala de 0 (zero) a 1 (um), havendo ainda a necessidade de se identificar
o tipo de relação daquela variável nas dimensões de sustentabilidade do município de Porto
Velho, sendo que, segundo o referido método, uma variável apresenta uma relação positiva
quando o indicador melhorar com o aumento do indicador e uma relação negativa quando o
indicador piorar com o aumento do indicador, conforme o Quadro 1 a seguir, que demonstra
as dimensões, variáveis e sua respectiva relação positiva ou negativa:
29
Quadro 1 – Dimensões e variáveis e a relação positiva ou negativa.
Dimensão Indicador Relação Positiva /
Negativa
Dimensão
Cultural
Bibliotecas Positiva
Museus Positiva
Centro cultural Positiva
Unidade de ensino superior Positiva
Ginásio de esportes e estádios Positiva
Cinema Positiva Teatros ou salas de espetáculos Positiva
Dimensão
Social
Índice de Gini da dist. do rendimento Negativa
Rendi. familiar per capita (% até 1/2 SM) Negativa
Famílias atendidas p/transf. de Benef. Soc. Negativa
Razão rend. Masculino/feminino Positiva
Esperança de vida ao nascer Positiva
Oferta de serviços básicos de saúde Positiva
Taxa de mortalidade infantil Negativa
Prevalência de desnutrição total Negativa
Imunização contra doenças infec. Infantis Positiva
Taxa de escolarização Positiva
Taxa de alfabetização Positiva
Analfabetismo funcional Negativa Mort. por acidente de transporte Negativa
Mort. por homicídios Negativa
Adequação de moradias Positiva
Dimensão
Demográfica
Densidade demográfica Negativa Razão entre a população masculina e Feminine Positiva
Distribuição de rendimento por faixa etária Positiva
Taxa de crescimento da população Negativa
Razão entre pop. Urbana/Rural Positiva
Dimensão
Político-
institucional
Acesso público à Internet Positiva
Acesso a serviços de telefonia Positiva
Acessos à justiça Positiva
Comparecimento nas eleições Positiva
Despesa por função Positiva
Transferências intergovernamentais da união Negativa
Número de Conselhos Municipais Positiva
Dimensão
Ambiental
Acesso a esgotamento sanitário Positiva
Acesso a serviço de coleta de lixo doméstico Positiva
Acesso a sistema de abastecimento de água Positiva
Consumo médio per capita de água Negativa
Volume da água tratada (%) Positiva
Qualidade das águas Positiva
Pastagens e lavouras Negativa
30
Matas e florestas Positiva
Dimensão
Econômica
Participação da indústria no PIB Positiva
Participação da Agropecuária no PIB Positiva
Participação da Administração Pública no PIB Negativa
Participação de Comércio/Serviços no PIB Positiva
PIB per capita Positiva
% Renda proveniente do trabalho Positiva
Fonte: Adaptado de Vasconcelos e Souza (2010)
Depois de descoberta a relação (positiva ou negativa) dos indicadores e sua relação
com o processo de desenvolvimento sustentável, operacionaliza-se o cálculo do índice para
cada dimensão estudada, com suporte nas fórmulas que viabilizam sobredita análise da
sustentabilidade, como demonstrado adiante:
Quando a relação é positiva:
Eq. 02 mM
mxI
−
−=+
Quando a relação é negativa:
Eq. 03 mM
xMI
−
−=−
Onde:
I+ = índice calculado para cada Estado e municípios analisados para relação positiva;
I-= índice calculado para cada Estado e municípios analisados para relação negativa;
x = valor de cada variável em cada Estado ou Município;
m = valor mínimo identificado nessas localidades;
M = valor máximo identificado nessas localidades.
Por sua vez, os valores mínimos e máximos de cada variável, serão coletados,
portanto, levando-se em conta o cálculo, acima demonstrado, e a ponderação dos valores
mínimos e máximos coletados.
Por fim, depois de descobrir o IDSMP para cada dimensão, baseando-se em fórmula
elaborada por Silva (2008), passou-se calcular a média dos índices ponderados das dimensões
para se medir o IDSMP da municipalidade, conforme expressão adiante demonstrada:
Continuação do Quadro 1...
31
Eq. 04 n
IDEIDAIDPIDDIDSIDCIDSMP
+++++=
Onde:
IDSMP–índice de desenvolvimento sustentável municipal Participativo
IDC–índice da dimensão cultural
IDS–índice da dimensão social
IDD–índice da dimensão demográfico
IDP–índice da dimensão político-institucional
IDA–índice da dimensão ambiental
IDE–índice da dimensão econômico
n–número de dimensões
Pontua-se que o índice de desenvolvimento encontrado é operacionalizado com
vistas a promover a análise do padrão de desenvolvimento do município pesquisado, levando-
se em conta ou tendo-se como referência norteadora os indicadores escolhidos e legitimados
pelos atores que participaram da pesquisa, por meio da ponderação de cada indicador com
relação à sustentabilidade, sendo ainda, que este resultado possui sua representação entre os
níveis crítico, alerta, aceitável e ideal, conforme o quadro 2, abaixo apresentado:
Quadro 2 – Classificação em níveis de sustentabilidade. ÍNDICE (0 – 1) NÍVEL DE SUSTENTABILIDADE
0,0000 – 0,2500 Crítico
0,2501 – 0,5000 Alerta
0,5001 – 0,7500 Aceitável
0,7501 – 1,0000 Ideal
Fonte: Martins e Cândido (2008).
32
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
A partir desta parte da pesquisa, serão apresentados a caracterização do município e
os dados coletados na pesquisa, bem como os resultados de cada indicador construído e o
cálculo do IDSMP em suas respectivas dimensões e, por fim, o nível de sustentabilidade da
municipalidade.
4.1 Caracterização do Município
A localidade objeto de estudo da presente pesquisa foi o Município de Porto Velho,
estado de Rondônia, que foi criado em virtude do tratado de Petrópolis em 1903, porém teve
seu povoamento realizado por desbravadores por volta de 1907, no período em que foi
construída a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, tendo em vista a necessidade de se superar o
trecho encachoeirado do Rio Madeira, objetivando possibilitar o transporte da produção de
borracha realizada na Bolívia e na região de Guajará Mirim.
Diante dessa necessidade, e em decorrência do Decreto-lei nº. 5.024, da lavra do
imperador Pedro II, que autorizou os navios mercantis de todas as nacionalidades a
navegarem pelo Rio Madeira, construiu-se um pequeno porto amazônico localizado a 7 km
de distância, porém, em local mais favorável, conhecido como “Porto Velho dos Militares”.
Após a conclusão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, em 1912, ali residiam os
barbadianos, trabalhadores negros oriundos das Ilhas Britânicas do Caribe, a população
naquela época girava em torno de 1.000 habitantes, em sua maioria, moravam em áreas de
concessão da ferrovia, o que juntamente com outros moradores de diversas nacionalidades
que vieram em busca de trabalho, em 2 de outubro de 1914, acabaram por fundar a cidade de
Porto Velho, salientando-se que a região pertencia, à época, ao Estado do Amazonas.
Por volta de 1914, o povoado desmembrou-se do Município amazonense de
Humaitá, porém, continuando a fazer parte do Estado do Amazonas. Em 1919, foi elevado a
categoria de cidade, e, posteriormente, em 1943, passou a ser a Capital do Território Federal
do Guaporé, este, que por sua vez, mais tarde tornou-se Território Federal de Rondônia.
Pelo Decreto-Lei nº. 6.550, de 1943, que dispõe sobre a administração dos
Territórios Federais, o município de Porto Velho passou a ser capital do Território.
Posteriormente, em decorrência da sanção da Lei Complementar nº. 41, de 1981,
elevou-se o Território de Rondônia a categoria de Estado, mantendo-se o município de Porto
33
Velho como capital.
Em virtude de divisão territorial do ano de 2001, o município de Porto Velho é
constituído de 12 distritos: Porto Velho, Abunã, Calama, Demarcação, Extrema, Fortaleza do
Abunã, Jaci-Paraná, Mutum Paraná, Nazaré, Nova Califórnia, São Carlos e Vista Alegre do
Abunã.
Sobre a questão geográfica, o município localiza-se na parte oeste da Região Norte
do Brasil, mais especificamente na área abrangida pela Amazônia Ocidental no Planalto Sul-
Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central Brasileiro.
Por sua vez, em termos econômicos, o município possui o quarto maior PIB da
região norte, que em 2010 foi estimado em torno de R$ 7,5 bilhões.
A municipalidade possuiu ainda um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
- IDH, em 2010, de 0,736, segundo o SEBRAE (2010).
4.2 Ponderação dos Indicadores
Nesta primeira fase, foi aplicado um questionário junto aos especialistas/professores
dos programas de pós-graduação em Ciências Biológicas, Administração, Desenvolvimento
Regional e Geografia, onde se ponderou, segundo a opinião deles, o grau de importância de
cada indicador com relação à sustentabilidade do município, conforme quadro abaixo:
Quadro 3 – Resultados dos Pesos atribuídos pelos especialistas.
Indicadores Peso
Dimensão Cultural
Bibliotecas 3
Museus 3
Centro cultural 3
Unidade de ensino superior 3
Ginásio de esportes e estádios 2
Cinema 2
Teatros ou salas de espetáculos 3
Dimensão Social
Índice de Gini da dist. do rendimento 3
Rend. familiar per capita (% até 1/2 SM) 3
Famílias atendidas p/transf. de Benef. Soc. 2
Razão de renda entre população masculina e feminina 1
Esperança de vida ao nascer 3
34
Oferta de serviços básicos de saúde 3
Taxa de mortalidade infantil 3
Prevalência de desnutrição total 3
Imunização contra doenças infec. Infantis 3
Taxa de escolarização 3
Taxa de alfabetização 3
Analfabetismo funcional 3
Morte por acidente de transporte 1
Morte por homicídios 2
Adequação de moradias 3
Dimensão Demográfica
Densidade demográfica 3
Razão entre a população masculina e feminina 2
Distribuição de rendimento por faixa etária 2
Taxa de crescimento da população 3
Razão entre pop. Urbana/Rural 2
Dimensão Política e
Institucional
Acesso público à Internet 2
Acesso a serviços de telefonia 2
Acessos à justiça 3
Comparecimento nas eleições 2
Despesa por função 3
Transferências intergovernamentais da união 2
Número de Conselhos Municipais 2
Dimensão Ambiental
Acesso a esgotamento sanitário 3
Acesso a serviço de coleta de lixo doméstico 3
Acesso a sistema de abastecimento de água 3
Consumo médio per capita de água 2
Volume da água tratada (%) 3
Qualidade das águas 3
Pastagens e lavouras 2
Matas e florestas 3
Dimensão Econômica
PIB (1000) 3
Participação da Agropecuária no PIB 2
Participação da Administração Pública no PIB 2
Continuação do Quadro 3...
35
Participação de Comércio/Serviços no PIB 2
PIB per capita (R$1,0) 3
% Renda proveniente do trabalho 3
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de questionário aplicado à Especialistas (2018).
Diante do exposto, observou-se que, sobre a Dimensão Cultural, os indicadores de
Ginásios de Esporte e estádios, juntamente com o número de cinemas, obtiveram menos grau
de importância dos que os outros dentro da mesma dimensão.
Quanto à Dimensão Social, Razão de renda entre população masculina e feminina e
Morte por acidente de transporte foram o que obtiveram ponderações menores, o que de certa
forma surpreendeu, tendo em vista que se trata de um indicador de resultado ruim na
municipalidade.
4.3 Coleta de Dados Secundários
Em sua segunda fase, buscaram-se dados de fontes secundárias com objetivo de
construir os indicadores que servirão de base para o cálculo dos Índices de cada dimensão,
ambos do exercício de 2010, e, posteriormente, construir-se o Índice de Desenvolvimento
Sustentável Participativo do Município de Porto Velho, conforme fontes descritas no quadro
abaixo:
Quadro 4 – Dimensões e variáveis com suas respectivas fontes
Indicadores Fonte
Dimensão
Cultural
Bibliotecas IBGE-MUNIC
Museus IBGE-MUNIC
Centro cultural IBGE-MUNIC
Unidade de ensino superior INEP - MEC
Ginásio de esportes e estádios IBGE-MUNIC
Cinema IBGE-MUNIC
Teatros ou salas de espetáculos IBGE-MUNIC
Dimensão Social
Índice de Gini da distribuição do rendimento IBGE-CENSO
Rendimento familiar per capita (% até 1/2 SM) IBGE-CENSO
Famílias atendidas por benefícios sociais MDS
Razão de renda entre população masculina e
feminina IBGE-CENSO
Esperança de vida ao nascer IBGE-CENSO
Continuação do Quadro 3...
36
Taxa de mortalidade infantil IBGE-CENSO
Taxa de escolarização IBGE-CENSO
Taxa de alfabetização IBGE-CENSO
Analfabetismo funcional IBGE-CENSO
Mortalidade por acidente de transporte IBGE
Mortalidade por homicídios MS - DATASUS
Adequação de moradias IBGE-CENSO
Dimensão
Demográfica
Densidade demográfica IBGE-CENSO
Razão entre a população masculina e feminina IBGE-CENSO
Distribuição da população por faixa etária IBGE-CENSO
Taxa de crescimento da população IBGE-CENSO
Razão entre pop. Urbana/Rural IBGE-CENSO
Dimensão Pol e
Inst
Acesso a serviços de telefonia IBGE-CENSO
Comparecimento nas eleições TER/RO
Despesa por função Secretaria do Tesouro
Nacional
Transferências intergovernamentais da união Secretaria do Tesouro
Nacional
Dimensão
Ambiental
Acesso a esgotamento sanitário IBGE-CENSO
Acesso a serviço de coleta de lixo doméstico IBGE-CENSO
Acesso a sistema de abastecimento de água Minstério da Saúde -
DATASUS
Consumo médio per capita de água Ministério das
Cidades - SNIS
Dim Econômica
PIB IBGE - Sistema de
Contas Nacionais
Participação da Agropecuária no PIB IBGE - Sistema de
Contas Nacionais
Participação da Administração Pública no PIB IBGE - Sistema de
Contas Nacionais
Participação de Comércio/Serviços no PIB IBGE - Sistema de
Contas Nacionais
PIB per capita (R$1,0) IBGE - Sistema de
Contas Nacionais
% Renda proveniente do trabalho IBGE - Sistema de
Contas Nacionais Fonte: Adaptado de Vasconcelos e Souza (2010).
Vale salientar, porém, que diante da extrema dificuldade de acesso a dados,
especialmente, acerca dos municípios do interior, pelo fato de não serem disponibilizados
pelo IBGE no período de estudo, e também pela ausência de informações arquivadas em cada
Continuação do Quadro 4...
37
local, dos 48 indicadores utilizados no método adotado nesta pesquisa, foram localizadas
apenas 38 informações, razão pela qual no cálculo das dimensões criou-se a obrigação de
calcularem-se os resultados prováveis mínimos e máximos para se calcular a influência desta
ausência de indicadores sobre o resultado final do IDSMP.
Assim, após a devida ressalva, apresenta-se o quadro que descreve os dados
coletados em órgãos oficiais, utilizados para calcular os Índices de Desenvolvimento
Sustentável Participativo de cada Dimensão, e, posteriormente, o IDSMP geral do Município,
conforme segue:
Quadro 5 – Dados Secundários Coletados e utilizados no IDSMP
Indicadores Melhor Pior Porto Velho
Dimensão
Cultural
Bibliotecas 1 0 1
Museus 2 0 2
Centro cultural 1 0 1
Unidade de ensino superior 14 0 14
Ginásio de esportes e estádios 4 0 4
Cinema 3 0 3
Teatros ou salas de espetáculos 1 0 1
Dimensão
Social
Índice de Gini da dist. do rendimento 0,43 0,67 0,57
Rend. familiar per capita (% até 1/2 SM) 31,1 46,9 34
Famílias Atendidas por transf. Benef.
Socais 13,32% 48,90% 20,22%
Razão de renda entre população
masculina e feminina 0,997 0,844 0,975
Esperança de vida ao nascer 74,5 70 74,1
Taxa de mortalidade infantil 14,3 25,8 15,5
Taxa de escolarização 38,80% 26,14% 34,95%
Taxa de alfabetização 95,20% 86,50% 95,20%
Analfabetismo funcional 8,87% 17,93% 13,74%
Morte por acidente de transporte 0 85,13 27,07
Morte por homicídios 0 120,63 49,94
Adequação de moradias 62,31% 0% 13,74%
Dimensão
Demográfica
Densidade demográfica 0,38 34,62 12,46
Razão entre a população masculina e
feminina 0,9998 0,8536 0,9692
Distribuição da população por faixa 68% 61% 68%
38
etária
Taxa de crescimento da população -23,40% 142,60
% 28%
Razão entre pop. Urbana/Rural 0,9182 0,0552 0,0967
Dimensão
Pol e Inst
Acesso a serviços de telefonia 1,89% 0% 0,94%
Comparecimento nas eleições 69,96% 39,40% 50,56%
Despesa por função 27,60% 0,17% 27,60%
Transferências intergovernamentais da
união 22,39% 93,99% 24,99%
Dimensão
Ambiental
Acesso a esgotamento sanitário 40,10% 0% 10,08%
Acesso a serviço de coleta de lixo
doméstico 99,75% 75,33% 95,58%
Acesso a sistema de abastecimento de
água 99,97% 96,91% 97,99%
Consumo médio per capita de água 10,5 146,6 122,1
Dimensão
Econômica
PIB (1000)
9.093.824
35.105 9.093.824
Participação da Agropecuária no PIB 52,60% 2,02% 2,02%
Participação da Administração Pública
no PIB 17,79% 47,48% 17,79%
Participação de Comércio/Serviços no
PIB 45,69% 9,19% 36,70%
PIB per capita (R$1,0)
21.319,08
7.852,78 21.319,08
% Renda proveniente do trabalho 51,40% 38,06% 47,23%
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Com base no quadro 4, observou-se que a municipalidade possui nível de
sustentabilidade ideal, segundo o método adotado, portanto, com o resultado 1, o que
provavelmente pode ser explicado pelo fato de se tratar de uma capital e se ter,
consequentemente, maiores investimentos do Estado na localidade.
4.4 Construção do Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal Participativo
Para a efetiva Construção do Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal
Participativo para a cidade de Porto Velho, faz-se necessário calcularem-se os Índices em
cada dimensão, conforme abaixo segue:
4.4.1 O Índice de Desenvolvimento Cultural
A Dimensão Cultural envolve a capacidade e até mesmo o interesse dos entes
Continuação do Quadro 5...
39
públicos em investir no desenvolvimento intelectual dos moradores da localidade,
demonstrando, também, o grau de identificação dos munícipes com relação a sua história, e
ainda ao interesse por parte dos moradores em buscar conhecimentos universitários.
Nesta Dimensão, utilizaram-se os indicadores de Bibliotecas, Museus, Centro
cultural, Unidade de ensino superior, Ginásio de esportes e estádios, Cinema e Teatros ou
salas de espetáculos.
Assim, conforme resultados expostos no quadro 6, abaixo descrito, apresentam-se os
respectivos resultados obtidos:
Quadro 6 - Resultados e cálculo o IDC
Indicadores Melhor Pior Porto Velho Resultados Peso
Bibliotecas 1 0 1 1,0000 3
Museus 2 0 2 1,0000 3
Centro cultural 1 0 1 1,0000 3
Unidade de
ensino superior 14 0 14 1,0000 3
Ginásio de
esportes e
estádios
4 0 4 1,0000 2
Cinema 3 0 3 1,0000 2
Teatros ou salas
de espetáculos 1 0 1 1,0000 3
IDC 1
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Sobre o indicador responsável por medir o número de bibliotecas existentes na
municipalidade, observou-se que Porto Velho possui 1 biblioteca pública, enquanto há
alguns municípios do estado que não dispõem desta ferramenta de desenvolvimento
intelectual.
No que se refere ao número de museus, o município estudado possui 2, portanto,
bem melhor do que outros locais no estado que não possuem acervo histórico.
Continuando, um resultado bastante expressivo sobre esta dimensão é o número de
Unidades de Ensino Superior, neste caso, 14, contra 0 de alguns municípios do estado, isto,
talvez, explicado pelo fato de se tratar de capital, onde possuem maior número de habitantes
e também maior investimento por parte do Estado.
Aplicando-se, portanto, a equação 01 anteriormente apresentada, constatou-se que
40
com a relação à Dimensão Cultural a cidade de Porto Velho possui o IDC 1, ou seja, o nível
máximo, destacando-se, neste caso, o indicador “Unidades de Ensino Superior” que obteve
como resultado 14, portanto, alto, quando considerado que existem municípios que não
possuem Instituições de Ensino Superior.
Outra questão interessante é o menor grau de importância dado pelos especialistas,
consultados nesta pesquisa, em sede de questionário aplicado, acerca dos indicadores
denominados ginásios de esportes e estádios e também o de cinemas, que, segundo a opinião
deles, merece apenas peso “2”, dos “3” possíveis.
A seguir, apresento o resultado do IDC com os indicadores e seus respectivos níveis
de sustentabilidade, de acordo com o Quadro 07 desta pesquisa:
Quadro 7 - Níveis de Sustentabilidade de cada Indicador – Dimensão Cultural
Indicadores Porto Velho Resultados* Nível de Sustentabilidade**
Bibliotecas 1 1
Ideal
Museus 2 1 Ideal
Centro cultural 1 1 Ideal
Unidade de ensino superior 14 1 Ideal
Ginásio de esportes e
estádios 4 1 Ideal
Cinema 3 1 Ideal
Teatros ou salas de
espetáculos 1 1 Ideal
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda:
* Resultados de cada indicador, considerando os pesos atribuídos pelos especialistas;
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Observou-se que acerca da dimensão cultural, a cidade de Porto Velho encontra-se
no nível Ideal, tendo e vista que todos os indicadores construídos obtiveram um resultado
“1”, portanto, o máximo possível, o que pode ser explicado se considerado que se trata de
uma capital, onde possui maior número de habitantes, e que, em decorrência disto, recebe
maiores investimentos por parte dos órgãos estatais.
4.4.2 O Índice de Desenvolvimento Social
Os Indicadores da Dimensão Social foram calculados com base nas mesmas fórmulas
utilizadas no item anterior, salientando-se que as respectivas relações positivas ou negativas
41
estão descritas no quadro 1, obtendo-se seus resultados conforme tabela abaixo:
Quadro 8. Resultados e cálculo do IDS
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado Peso
Índice de Gini da
distribuição do rendimento 0,43 0,67 0,57 0,4167 3
Rendimento familiar per
capita (% até 1/2 SM) 31,1 46,9 34 0,8165 3
Famílias Atendidas por
transferência Benefícios
Socais
13,32% 48,90% 20,22% 0,8061 2
Razão de renda entre
população masculina e
feminina
0,997 0,844 0,975 0,8562 1
Esperança de vida ao nascer 74,5 70 74,1 0,9111 3
Taxa de mortalidade infantil 14,3 25,8 15,5 0,8957 3
Taxa de escolarização 38,80% 26,14% 34,95% 0,6959 3
Taxa de alfabetização 95,20% 86,50% 95,20% 1,0000 3
Analfabetismo funcional 8,87% 17,93% 13,74% 0,4625 3
Morte por acidente de
transporte 0 85,13 27,07 0,6820 1
Morte por homicídios 0 120,63 49,94 0,5860 2
Adequação de moradias 62,31% 0% 13,74% 0,2205 3
IDS 0,6860
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Primeiramente, deve-se analisar os pesos atribuídos pelos especialistas a cada
indicador construído que, neste caso, Razão de Renda entre população masculina e feminina e
Morte por acidente de transporte tiveram grau de importância “1”, contra o indicador de
Morte por Homicídios e Famílias atendidas por Benefícios Sociais que obtiveram o grau “2”,
e os restantes dos indicadores foram ponderados como grau “3”, ou seja, o máximo de
importância.
Com base ainda no quadro acima, observou-se que alguns indicadores tiveram seus
resultados muito ruins, como o Índice Gini, Analfabetismo Funcional e Adequação de
moradias, que obtiveram 0,4167, 0,4625 e 0,2205, respectivamente, salientando-se que o
resultado “1” é o máximo possível.
Verificou-se, portanto, que a municipalidade de Porto Velho, obteve o IDS de
42
0,6860, destacando como pontos negativos a adequação de moradias e como resultados
positivos a melhor taxa de alfabetização do Estado, 95,20% e o Indicador de Esperança de
vida ao Nascer, com 0,9111 de resultado.
A seguir apresenta-se cada resultado de indicadores com seus respectivos níveis de
sustentabilidade:
Quadro 9 – Resultados da Dimensão Social e os níveis de sustentabilidade
Indicadores Porto
Velho Resultados* Níveis de Sustentabilidade**
Índice de Gini da distribuição do
rendimento 0,57 0,4167 Alerta
Rendimento familiar per capita
(% até 1/2 SM) 34 0,8165 Ideal
Famílias Atendidas por
transferências Benefícios Socais 20,22% 0,8061 Ideal
Razão de renda entre população
masculina e feminina 0,975 0,8562 Ideal
Esperança de vida ao nascer 74,1 0,9111 Ideal
Taxa de mortalidade infantil 15,5 0,8957 Ideal
Taxa de escolarização 34,95% 0,6959 Aceitável
Taxa de alfabetização 95,20% 1,0000 Ideal
Analfabetismo funcional 13,74% 0,4625 Alerta
Morte por acidente de transporte 27,07 0,6820 Aceitável
Morte por homicídios 49,94 0,5860 Aceitável
Adequação de moradias 13,74% 0,2205 Critico
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados de cada indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Diante dos cálculos realizados, observou-se que a cidade de Porto Velho se encontra
com o seu IDS em 0,6860, alcançando, segundo a metodologia do IDSMP, adotado neste
trabalho, o nível de sustentabilidade social considerado como aceitável.
Destacando-se como preocupantes o nível de sustentabilidade dos indicadores Índice
Gini, Analfabetismo Funcional, ambos com níveis de alerta, e ainda, o indicador de
Adequação de moradias, que está em estado “Crítico de Sustentabilidade”.
43
4.4.2.a Limitação da Pesquisa: a ausência de dados e o impacto no resultado da dimensão
Conforme mencionado, encontrou-se dificuldade em levantar os dados para a
construção de alguns indicadores, em virtude disto, como uma solução plausível para o
problema, foram feitos 2 cálculos distintos: no primeiro, consideraram-se todos os indicadores
ausentes com o resultado 0, tendo assim, um valor mínimo a ser alcançado pela dimensão; no
segundo momento, foram feitos cálculos considerando o valor de 1 para os dados ausentes,
simulando, portanto, um valor máximo a ser alcançado como resultado.
Adiante, apresento a tabela de resultados com os valores mínimos e máximos,
comparando-os com os resultados atingidos quando considerados somente os dados coletados,
conforme segue:
Quadro 10 – Comparativo com resultados mínimos e máximos
Indicadores Resultados
Mínimos *
Resultados
Máximos**
Resultados
Obtidos***
Índice de Gini da dist. do rendimento 0,4167 0,4167 0,4167
Rend. familiar per capita (% até 1/2 SM) 0,8165 0,8165 0,8165
Famílias Atendidas por transf. Benef.
Socais 0,8061 0,8061
Razão de renda entre população masculina
e feminina 0,8562 0,8562 0,8562
Esperança de vida ao nascer 0,9111 0,9111 0,9111
Oferta de Serviços de Saúde**** 0,0000 1,0000
Taxa de mortalidade infantil 0,8957 0,8957 0,8957
Prevalência de Desnutrição Total**** 0,0000 1,0000
Imunização contras doenças infec.
Infantis**** 0,0000 1,0000
Taxa de escolarização 0,6959 0,6959 0,6959
Taxa de alfabetização 1,0000 1,0000 1,0000
Analfabetismo funcional 0,4625 0,4625 0,4625
Morte por acidente de transporte 0,6820 0,6820 0,6820
Morte por homicídios 0,5860 0,5860 0,5860
Adequação de moradias 0,2205 0,2205 0,2205
IDS 0,5566 0,7566 0,6820 Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultado quando atribuído o número 0 aos indicadores ausentes.
** Resultado quando atribuído o número 1 aos indicadores ausentes.
*** Resultado quando calculado o IDS com os dados coletados.
****Indicadores com dados ausentes.
44
Considerando, portanto, os indicadores ausentes, percebe-se que a diferença menor
está quando se adota o número 1, ou seja, os resultados do município estão mais próximos do
valor máximo do que do mínimo.
4.4.3 O Índice de Desenvolvimento Demográfico
O IDD possui, como principal função, a análise da sustentabilidade do município
estudado com relação ao controle populacional, razão entre moradores do sexo masculino e
feminino, distribuição da população por faixa etária, crescimento da população e a Razão
entre população Urbana e Rural, com seus respectivos resultados, abaixo descritos:
Quadro 11 – Resultados da Dimensão Demográfica
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado Peso
Densidade demográfica hab/km2 0,38 34,62 12,46 0,6472 3
Razão entre a população masculina e
feminina 0,9998 0,8536 0,9692 0,7905 2
Distribuição da população por faixa
etária 68% 61% 68% 1,0000 2
Taxa de crescimento da população -23,40% 142,60
% 28% 0,6904 3
Razão entre população Urbana/Rural 0,9182 0,0552 0,0967 0,0482 3
IDD 0,5159
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Com base na tabela anterior, observa-se que o IDD da municipalidade se encontra no
patamar de 0,5159, destacando negativamente o indicador de “Razão entre População
Urbana/Rural” e positivamente a “Distribuição da população por faixa etária”, que, na
verdade, demonstra o percentual de pessoas que podem ser consideradas como
economicamente ativas.
A seguir, apresento cada resultado de indicadores com seus respectivos níveis de
sustentabilidade:
Quadro 12 – Dimensão Demográfica e os níveis de sustentabilidade
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Densidade demográfica hab/km2 12,46 0,6472 Aceitável
45
Razão entre a população masculina e
feminina 0,9692 0,7905 Ideal
Distribuição da população por faixa
etária 68% 1,0000 Ideal
Taxa de crescimento da população 28% 0,6904 Aceitável
Razão entre pop. Urbana/Rural 0,0967 0,0482 Crítico
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados de cada indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Diante do exposto, acerca do nível de sustentabilidade nesta dimensão, conclui-se
que essa medida se encontra no patamar de 0,5159, portanto, em nível aceitável, o que
entende-se indicar algo que ainda pode ser melhorado, especialmente, no que se refere ao
indicador que mede a Razão entre população Urbana e Rural.
4.4.4 O Índice de Desenvolvimento Político-Institucional
A Dimensão Político-Institucional torna-se importante dentro do contexto desta
pesquisa, quando considerado que ela evidencia, de forma racional, numérica e, portanto,
mensurável, a preocupação do gestor público com relação ao investimento público visando
disponibilizar acesso da população a serviços de telefonia, ao comparecimento nas eleições,
bem como os gastos públicos direcionados à cultura, urbanismo, gestão ambiental, ciências e
tecnologia, e ainda com desporto e lazer, destacando-se que os 5 últimos gastos mencionados,
encontram-se inclusos na rubrica denominada Despesas por Função, que representa, em
última análise, o esforço financeiro do ente público para fins de desenvolvimento da
municipalidade nas áreas contempladas por este investimento, conforme quadro abaixo:
Quadro 13 - Resultados da Dimensão Político-Institucional
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado Peso
Acesso a serviços de telefonia 1,89% 0% 0,94% 0,4974 2
Comparecimento nas eleições 69,96% 39,40% 50,56% 0,3654 2
Despesa por função 27,60% 0,17% 27,60% 1,0000 3
Transferências intergovernamentais
da união 22,39% 93,99% 24,99% 0,9637 2
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Observando-se o quadro acima e utilizando-se a fórmula que considera a importância
Continuação do Quadro 12...
46
de cada indicador para o IDSPI e multiplicando cada resultado do indicador pelo seu
respectivo ponderador e dividindo-se este resultado pela soma dos pesos, chegou-se ao
resultado de IDSPI de 0,7392.
A seguir, apresento cada resultado de indicadores com seus respectivos níveis de
sustentabilidade:
Quadro 14 - Dimensão Político-Institucional e os níveis de sustentabilidade
Indicadores Porto
Velho
Resultados
*
Níveis de
Sustentabilidade**
Acesso a serviços de telefonia 0,94% 0,4974 Alerta
Comparecimento nas eleições 50,56% 0,3654 Alerta
Despesa por função 27,60% 1,0000 Ideal
Transferências intergovernamentais
da união 24,99% 0,9637 Ideal
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados de cada indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
4.4.4.a A ausência de dados e o impacto no resultado da dimensão
Assim como na Dimensão Social, encontrou-se dificuldade em levantar os dados
para a construção de alguns indicadores, precisando-se utilizar o mesmo método para se
avaliar o impacto da ausência desses dados para o resultado geral, atribuindo, assim, o
resultado 0 e posteriormente o número 1 aos dados ausentes. Adiante, apresento a tabela de
resultados com os valores mínimos e máximos, comparando-os com os resultados atingidos
quando considerados somente os dados coletados, conforme segue:
Quadro 15 - Comparativo com resultados mínimos e máximos
Indicadores Res. Mínimo * Resultado
Máximo**
Resultado
Real***
Acesso Público a Internet**** 0,0000 1,0000
Acesso a serviços de telefonia 0,4974 0,4974 0,4974
Acesso a Justiça**** 0,0000 1,0000
Comparecimento nas eleições 0,3654 0,3654 0,3654
Despesa por função 1,0000 1,0000 1,0000
47
Transferências intergovernamentais
da união 0,9637 0,9637 0,9637
Número de Conselhos
Municipais**** 0,0000 1,0000
IDPI 0,4158 0,8533 0,7392
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultado quando atribuído o número 0 aos indicadores ausentes.
** Resultado quando atribuído o número 1 aos indicadores ausentes.
*** Resultado quando calculado o IDPI com os dados coletados.
****Indicadores com dados ausentes.
Considerando, portanto, os indicadores ausentes, percebe-se que a diferença menor
está quando se adota o número 1, ou seja, os resultados do município estão mais próximos do
valor máximo do que do mínimo.
4.4.5 O Índice de Desenvolvimento Ambiental
O meio ambiente vem sendo considerado como uma das grandes preocupações do
mundo, destacando-se na discussão entre grandes pesquisadores, cientistas e a população,
em geral, tornando-se importante a inclusão dos dados ambientais para fins de tomada de
decisão, por entender que não se pode desenvolver uma região de forma linear, sem
preocupar-se com os cuidados ao meio ambiente e com sua eventual degradação, além de
verificar a participação do Estado nos cuidados da população com relação coleta de lixos,
acesso a esgotamento sanitário, acesso a um sistema de abastecimento de água e o consumo
per capta de água.
O Quadro 16 apresenta os resultados da dimensão Ambiental:
Quadro 16 - Resultados da Dimensão Ambiental
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado Peso
Acesso a esgotamento sanitário 40,10% 0% 10,08% 0,2514 3
Acesso a serviço de coleta de lixo
doméstico 99,75% 75,33% 95,58% 0,8292 3
Acesso a sistema de abastecimento de
água 99,97% 96,91% 97,99% 0,3529 3
Consumo médio per capita de água 10,5 146,6 122,1 0,1800 2
IDA 0,4237
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Continuação do Quadro 15...
48
Assim, determinou-se o resultado do Índice de Sustentabilidade Ambiental do
Município - IDA em 0,4237.
Quadro 17 – Dimensão ambiental e os níveis de sustentabilidade
Indicadores Porto
Velho
Resultados
*
Níveis de
Sustentabilidade**
Acesso a esgotamento sanitário 10,08% 0,2514 Alerta
Acesso a serviço de coleta de lixo
doméstico 95,58% 0,8292 Ideal
Acesso a sistema de abastecimento de
água 97,99% 0,3529 Alerta
Consumo médio per capita de água 122,1 0,1800 Crítico
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados de cada indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Observa-se, portanto, que a Dimensão Ambiental da municipalidade se encontra em
estado de alerta, com 0,4237, causado, principalmente, pelo alto consumo médio per capita de
água, que se encontra em estado crítico, e acabou por reduzir o nível de sustentabilidade de
toda a dimensão ambiental.
4.4.5.a A ausência de dados e o impacto no resultado da dimensão
Devido a ausência de dados, simulou-se os resultados máximos e mínimos para cada
indicador, objetivando-se criar um parâmetro para a análise das dimensões, conforme Quadro
18, onde são apresentados os comparativos da presente dimensão:
Quadro 18 – Comparativo com resultados mínimos e máximos
Indicadores Res. Mínimo
*
Resultado
Máximo** Resultado Real***
Acesso a esgotamento sanitário 0,2514 0,2514 0,2514
Acesso a serviço de coleta de lixo
doméstico 0,8292 0,8292 0,8292
Acesso a sistema de abastecimento de
água 0,3529 0,3529 0,3529
Consumo médio per capita de água 0,1800 0,1800 0,1800
Volume da Água Tratada (%)**** 0,0000 1,0000
Qualidade das Águas (rios e 0,0000 1,0000
49
igarapés)****
Pastagens e Lavouras
(Percentual)**** 0,0000 1,0000
Matas e Florestas (Percentual)**** 0,0000 1,0000
IDA 0,2118 0,7118 0,4237
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultado quando atribuído o número 0 aos indicadores ausentes.** Resultado quando atribuído o
número 1 aos indicadores ausentes.*** Resultado quando calculado o IDA com os dados coletados.
****Indicadores com dados ausentes.
Os indicadores de Sustentabilidade Ambiental, com base no Quadro 18, formaram o
Índice de Desenvolvimento Ambiental, que resultou 0,2118 como resultado mínimo e 0,7118
como resultado possível máximo, enquanto o resultado real calculado foi 0,4237.
4.4.6 O Índice de Desenvolvimento Econômico
Por sua vez, esta dimensão apresenta os resultados econômicos da região,
especialmente, voltados para o produto Interno Bruto e a respectiva participação do setor
Agropecuário, da Administração Pública, do Comércio e Serviços na formação deste PIB,
bem como o PIB per capita de cada município e o percentual de renda proveniente do
Trabalho. O quadro abaixo apresenta os resultados:
Quadro 19 - Resultados da Dimensão Econômica
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado Peso
PIB 9.093.824 35.105 9.093.824 1,0000 3
Participação da Agropecuária
no PIB 52,60% 2,02% 2,02% 0,0000 2
Participação da Administração
Pública no PIB 17,79% 47,48% 17,79% 1,0000 2
Participação de
Comércio/Serviços no PIB 45,69% 9,19% 36,70% 0,7537 2
PIB per capita (R$1,0) 21.319,08 7.852,78 21.319,08 1,0000 3
% Renda proveniente do
trabalho 51,40% 38,06% 47,23% 0,6874 3
IDE 0,7713 Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Diante do exposto, com base na fórmula que considera a importância de cada
indicador para o IDE e multiplicando cada resultado do indicador pelo seu respectivo
ponderador e dividindo-se este resultado pela soma dos pesos, chegou-se ao resultado de IDE
Continuação do Quadro 18...
50
de 0,7713.
O Quadro 20 apresenta cada resultado de indicadores com seus respectivos níveis de
sustentabilidade:
Quadro 20 – Dimensão Econômica e os Níveis de sustentabilidade
Indicadores Porto
Velho Resultado Níveis de Sustentabilidade
PIB 9.093.824 1,0000 Ideal
Participação da Agropecuária
no PIB 2,02% 0,0000 Crítico
Participação da Administração
Pública no PIB 17,79% 1,0000 Ideal
Participação de
Comércio/Serviços no PIB 36,70% 0,7537 Ideal
PIB per capita (R$1,0) 21.319,08 1,0000 Ideal
% Renda proveniente do
trabalho 47,23% 0,6874 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados de cada indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Observa-se, portanto, que, como resultado de 0,7713 em seu IDE, esta dimensão
encontra-se em um patamar ideal de sustentabilidade.
Após calcular o Índice de Desenvolvimento de cada dimensão, por meio da Equação
4, calcula-se o IDSMP do município.
Eq. 04 n
IDEIDAIDPIDDIDSIDCIDSMP
+++++=
Onde:
IDSMP–índice de desenvolvimento sustentável municipal participativo
IDC–índice da dimensão cultural
IDS–índice da dimensão social
IDD–índice da dimensão demográfico
IDP–índice da dimensão político-institucional
IDA–índice da dimensão ambiental
IDE–índice da dimensão econômico
n–número de dimensões
51
Eq. 04 = IDSMP = 0,6893
Observa-se, então, que a municipalidade de Porto Velho se encontra no patamar de
0,6893 de sustentabilidade, portanto, em um nível aceitável de sustentabilidade, confirmando-
se a hipótese da pesquisa.
A seguir, utiliza-se a equação para calcular o valor mínimo do IDSMP:
Eq. 04 6
7713,02118,04158,05159,04800,01 +++++=IDSMP
IDSMP = 0,5658
Abaixo, utiliza-se a mesma equação para calcular o valor máximo do IDSMP:
Eq. 04 6
7713,07118,08533,05159,07108,01 +++++=IDSMP
IDSMP = 0,7606
Tendo em vista a necessidade de se compararem os resultados obtidos com seus
respectivos valores máximos e mínimos, e, principalmente, calcular-se o impacto da ausência
de resultados, diante dos indicadores não calculados, sobre os IDSMP da localidade, a seguir,
descreve-se o Quadro comparativo de resultados:
Quadro 21 – Comparativo com resultados mínimos e máximos
IDSMP MÁXIMO 0,7606
IDSMP MÍNIMO 0,5658
IDSMP COM OS INDICADORES EXISTENTES 0,6893
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Observa-se, portanto, que os valores máximos e mínimos do IDSMP, oscilaram de
0,7606 a 0,5658, respectivamente.
Diante disto, quando comparado ao resultado calculado com os indicadores
existentes que foi de 0,6893, o IDSMP Máximo, no patamar de 0,7606, encontra-se bem
próximo do resultado encontrado para a municipalidade, apresentando apenas 0,07 de
52
diferença, demonstrando, portanto, que os resultados da sustentabilidade do município de
Porto Velho encontram-se bem próximo do máximo calculado.
53
5 SIMULAÇÕES PARA MELHORAR OS INDICADORES
Este parte da pesquisa foi dedicada a fazer algumas simulações objetivando que os
indicadores que apresentarem níveis críticos ou em estado de alerta sejam melhorados para o
nível aceitável de sustentabilidade.
Para isso, buscou-se simular alguns dados até então tidos como negativos, separados
por suas respectivas dimensões, para que ao final da construção de cada indicador, possa se
atingir a melhoria geral da sustentabilidade do município.
Com base nessas simulações, os gestores poderão, por exemplo, traçar metas de curto
e de longo prazo para atingir os resultados traçados nesta pesquisa, colaborando,
sobremaneira, com a sustentabilidade do município.
Abaixo, inicia-se todo esse processo pela Dimensão Social, tendo em vista que a
Dimensão Cultural encontra-se no patamar de “Ideal” em seu nível de sustentabilidade 1,
portanto, o máximo.
5.1 Dimensão Social
Então, considerando que os dados reais dessa dimensão acabaram por construir um
resultado que apresentou os indicadores “Índice Gini da Distribuição do Rendimento”, “Taxa
de Escolarização” e “Analfabetismo Funcional”, em estado de alerta, enquanto o indicador de
“Adequação de Moradias” encontra-se no nível Crítico de Sustentabilidade, passa-se a
simular os resultados necessários para as transformações dos níveis de sustentabilidade para
“aceitável”.
5.1.1 O Índice Gini da Distribuição do Rendimento
Criado pelo matemático Conrado Gini, o Índice Gini é utilizado para calcular a
concentração de renda em determinada população, no caso do município objeto desta
pesquisa, o resultado foi de 0,57 que, quando calculado por meio do método adotado, obteve o
resultado de 0,4167, portanto, em nível de sustentabilidade em estado de Alerta.
Diante disso, observou-se que caso a municipalidade obtivesse o resultado de 0,55 de
Índice Gini, quando comparado aos resultados de 0,43 e 0,67, respectivamente, os melhores e
piores do Estado de Rondônia, o Município de Porto Velho atingia 0,5000 de sustentabilidade
passando, assim, para o nível aceitável pretendido, conforme quadro 22, a seguir:
54
Quadro 22 - Resultado simulado do Índice Gini
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado Sustentabilidade
Índice de Gini da dist. do
rendimento 0,43 0,67 0,55 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
5.1.2 Indicador de Analfabetismo Funcional
Segundo o IBGE (2010), este indicador mede o percentual de população com idade
superior a 15 anos e que possui até 3 anos de escolaridade, deste modo, bom baixo grau de
investimento em educação, o que justifica seu estudo quando considerado que, para serem
inseridas no mercado de trabalho, as pessoas precisam ter domínio da língua falada e escrita,
e, neste caso, obteve resultado de 13,74%.
Este indicador utiliza os 02 (dois) dados como base para cálculo: população acima de
14 anos que possui até 3 anos de estudos e população acima de 14 anos.
Após os devidos cálculos, observou-se que a municipalidade deve trabalhar para
atingir o percentual de 13,40% como taxa de analfabetismo funcional. Assim, quando
comparado com os percentuais de 8,87% e 17,93%, respectivamente, o melhor e pior
resultados do Estado, o nível de sustentabilidade de Porto Velho migraria para o nível
“aceitável”, conforme quadro 23, a seguir:
Quadro 23 - Resultado simulado do Indicador de Analfabetismo Funcional
Indicadores Melhor Pior Porto Velho Resultado Sustentabilidade
Analfabetismo Funcional 8,87% 17,93% 13,40% 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
5.1.3 Indicador Adequação de Moradias
O presente indicador é muito importante para medir a qualidade de vida dos
moradores da localidade, tendo em vista que mede as condições em que as residências foram
ocupadas, bem como os serviços de coleta de lixo, energia elétrica, abastecimento de água e
também de esgotamento sanitário.
55
Com base no Quadro 09, observou-se que o nível de sustentabilidade deste indicador
encontra-se em estado crítico, com resultado de 0,2205, sendo 1 o máximo possível, dessa
maneira, percebe-se que esta é uma área em que a Prefeitura do Município, os Governos
Estadual e até o Federal, bem como a sociedade em geral, terão que investir de financeira,
estratégia e operacionalmente, visando melhorar a qualidade de vida dos munícipes.
Assim, objetivando simular o resultado que elevaria o seu nível de sustentabilidade
para “aceitável”, após alguns cálculos, descobriu-se que se a municipalidade precisaria
alcançar o percentual de 31,16% de residências consideradas adequadas ao bem estar dos
munícipes, conforme Quadro 24, a seguir:
Quadro 24 - Resultado simulado do Indicador de Adequação de Moradias
Indicadores Melhor Pior Porto Velho Resultado Sustentabilidade
Adequação de Moradias 62,31% 0% 31,16% 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Diante disso, imperioso torna-se salientar que ao melhorar os indicadores até então
com níveis de sustentabilidade em Crítico e Alerta, nesta dimensão, especificamente, foram
simulados os Indicadores de Índice Gini da Dist. do Rendimento, Analfabetismo Funcional e
Adequação de Moradias, acaba-se por majorar também o próprio Índice de Sustentabilidade
Social, que antes era de 0,6860, e posterior às simulações passou a ter o resultado de 0,7260,
continuando, assim, em nível aceitável de sustentabilidade, conforme Quadro 25, a seguir:
Quadro 25 - Resultados e cálculo dos IDS Simulados
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado
Níveis de
Sustentabilidade
Índice de Gini da
distribuição do rendimento 0,43 0,67 0,55 0,5000 Aceitável
Rendimento familiar per
capita (% até 1/2 SM) 31,1 46,9 34 0,8165 Ideal
Famílias Atendidas por
transferência Benefícios
Socais
13,32% 48,90% 20,22% 0,8061 Ideal
Razão de renda entre
população masculina e
feminina
0,997 0,844 0,975 0,8562 Ideal
Esperança de vida ao nascer 74,5 70 74,1 0,9111 Ideal
Taxa de mortalidade infantil 14,3 25,8 15,5 0,8957 Ideal
56
Taxa de escolarização 38,80% 26,14% 34,95% 0,6959 Aceitável
Taxa de alfabetização 95,20% 86,50% 95,20% 1,0000 Ideal
Analfabetismo funcional 8,87% 17,93% 13,40% 0,5000 Aceitável
Morte por acidente de
transporte 0 85,13 27,07 0,6820 Aceitável
Morte por homicídios 0 120,63 49,94 0,5860 Aceitável
Adequação de moradias 62,31% 0% 31,16% 0,5000 Aceitável
IDS 0,7260
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados dos indicadores, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Diante do Quadro 25, entende-se, portanto, que ao simular a melhora dos
indicadores o resultado da Dimensão Social também melhoria, passando de 0,6860, para
0,7260.
5.2 Dimensão Demográfica
Nesta dimensão, o único indicador que obteve um resultado ruim foi o que mede a
proporção de habitantes que residem em área urbana com relação aos habitantes de áreas
rurais, que, neste caso, foi de 0,0482, estando, portanto, em estado “crítico” de
sustentabilidade, o que demonstra que a população da municipalidade encontra-se
extremamente concentrada na região urbana. Assim, busca-se a simulação do resultado que
faria esse nível de sustentabilidade aumentar para “Aceitável”.
5.2.1 O Indicador Razão entre População Urbana/População Rural
Este indicador mede o equilíbrio entra a população Urbana e a Rural dentro de uma
determinada localidade. Torna-se importante se considerado que uma grande migração dos
moradores do campo pode causar um crescimento descontrolado e desorganizado da
municipalidade, além de enfraquecer a produção rural, o que prejudica, sobremaneira, toda a
humanidade.
Este indicador, de acordo com dados coletados junto ao IBGE e com base nas
fórmulas adotadas pelo método, apresentou um nível de sustentabilidade crítico, apenas
0,0482, devido ao fato do Município de Porto Velho possuir uma proporção de 0,0967 de
Continuação do Quadro 25...
57
moradores do campo, em relação aos moradores da cidade, um dos piores do Estado de
Rondônia, lembrando que o número ideal é de 1.
Em simulação de resultados acerca deste indicador, descobriu-se que a
municipalidade precisa atingir um número de 0,4667 para se chegar ao desejado nível de
sustentabilidade considerado como “Aceitável”, conforme quadro 25, a seguir:
Quadro 26 – Nível de Sustentabilidade - Razão entre população urbana/rural
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Razão entre pop. Urbana/Rural 0,4867 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Observa-se, ainda, que ao melhorar o Indicador de Razão entre População
Urbana/Rural, o município melhoraria também o Índice de Sustentabilidade Demográfica, que
anteriormente era de 0,5159, passaria para 0,7256, quase que majorando, logo, o nível de
sustentabilidade da Dimensão Demográfica de “Aceitável” para Ideal, conforma Quadro 26, a
seguir:
Quadro 27 – Nível de Sustentabilidade dos IDD Simulados
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado
Níveis de
Sustentabilidade
Densidade demográfica
hab/km2 0,38 34,62 12,46 0,6472 Aceitável
Razão entre a população
masculina e feminina 0,9998 0,8536 0,9692 0,7905 Ideal
Distribuição da população
por faixa etária 68% 61% 68% 1,0000 Ideal
Taxa de crescimento da
população -23,40% 142,60% 28% 0,6904 Aceitável
Razão entre população
Urbana/Rural 0,9182 0,0552 0,4867 0,5000 Aceitável
IDD 0,7256
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
5.3 Dimensão Político-Institucional
Esta dimensão demonstra o interesse dos gestores públicos, atores sociais e
população em geral no desenvolvimento sustentável da localidade, especialmente no que se
58
refere a participação nos munícipes em eleições, o que demonstra senso crítico e interesse na
atuação estatal junto às políticas públicas, bem como a facilitação ou não, de acesso a
telefonia, os gastos efetivos com a estruturação do município, no âmbito desta pesquisa,
denominado como Despesas por função, e ainda, o grau de dependência, em percentuais, dos
recursos pertinentes ao orçamento geral do Município, proveniente do governo federal.
Abaixo, conforme proposta do presente capítulo, separa-se cada indicador que possui
nível de sustentabilidade considerado como “crítico” ou “alerta”, onde busca-se simular o
resultado necessário para torná-lo no mínimo “aceitável”, conforme tópicos seguintes:
5.3.1 Indicador Acesso a Serviços de Telefonia
O presente indicador visa mensurar o interesse dos gestores públicos em resolver
questões básicas, porém, que geram melhorias na qualidade de vida da população, bem como
economia, especialmente com transporte e comunicação, para empresas, governo e outras
entidades, e neste caso obteve um resultado ruim, atingindo o patamar de 0,4974.
Dentro deste contexto e com base em simulações feitas junto ao banco de dados,
determinou-se que se a municipalidade aumente apenas 0,01 ponto percentual neste quesito,
passando, portanto, seus resultado de 0,94% para 0,95%, atingiria o objetivo traçado de
aumentar seu nível de sustentabilidade para “aceitável”, conforme quadro abaixo:
Quadro 28 – Nível de Sustentabilidade - Acesso a Serviço de Telefonia Fixa
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Acesso a serviço de telefonia fixa 0,95% 0,5026 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Neste caso em especial, vale salientar que este indicador, em que pese, ter um
percentual baixo, acabou por possuir um nível de sustentabilidade, tendo em vista que o
método adotado, consiste em comparar os resultados bom e ruim de cada município com o
resultado do local estudado e, neste caso, a melhor localidade apresentou 1,89% da população
que possuía telefones fixos.
59
5.3.2 Indicador de Participação nas eleições
Este indicador torna-se importante se considerado que trata, em tese, do interesse dos
munícipes da localidade, acerca da escolha de seus governantes. Neste caso, seu resultado real
foi de 0,3654, portanto, em nível de “alerta” de sustentabilidade, tendo em vista que possui
50,56% de participações em eleições.
Em análise do presente caso, foi descoberto que ao simular o resultado de 54,68%
para o presente indicador, ele seria majorado para 0,5001, portanto, em nível “aceitável” de
sustentabilidade, lembrando que o valor está compreendido entre 0 e 1, conforme Quadro 28,
a seguir:
Quadro 29 – Nível de Sustentabilidade do Indicador Participação em Eleições
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Indicador Participação em Eleições 54,68% 0,5001 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Vale salientar que ao simular a majoração do Indicador de Acesso a Telefonia Fixa e
Participação nas eleições, ocorreria também a majoração do resultado do Índice de
Sustentabilidade Político Institucional, de 0,7392 para 0,7416, estando, por isso, tanto em
valores originais, quanto no caso da simulação em nível de sustentabilidade considerado como
“Aceitável”, conforme o quadro a seguir:
Quadro 30 – Nível de Sustentabilidade do IDPI
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado
Níveis de
Sustentabilidad
e
Acesso a serviços de telefonia 1,89% 0% 0,95% 0,5026 Aceitável
Comparecimento nas eleições 69,96% 39,40% 54,68% 0,5001 Aceitável
Despesa por função 27,60% 0,17% 27,60% 1,0000 Ideal
Transferências
intergovernamentais da união 22,39% 93,99% 24,99% 0,9637 Ideal
IDPI 0,7416
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
60
5.4 Dimensão Ambiental
Por sua vez, chega-se na dimensão de sustentabilidade dentro do âmbito do
município, a qual representa o pior resultado dentre todas as áreas e, portanto, merece atenção
especial por parte dos gestores públicos, atores sociais, ambientalistas e sociedade em geral.
5.4.1 Indicador Acesso a Esgotamento Sanitário
Trata-se de Indicador de extrema importância para a sustentabilidade do município,
tanto que recebeu grau máximo por parte dos especialistas, em sede de pesquisa realizada na
segunda fase deste trabalho, e também pelo fato de mensurar o percentual de domicílios que
possuem esgotamento sanitário na localidade, que ajuda, sobremaneira, a proteção à saúde dos
munícipes, principalmente, de forma preventiva.
Porém, neste quesito, o município de Porto Velho possui apenas 10,08% da
população atendida por esse tão importante serviço oferecido pela gestão público, o que gerou
um resultado de 0,2514, estando, portanto, em estado de “alerta” quando se refere à
sustentabilidade, apenas 0,0014 acima do estado “crítico”.
Em sede de simulação, descobriu-se que para majorar o grau de sustentabilidade no
presente quesito, o município precisaria atingir 20,05% de domicílios atendidos pelo sistema
de esgotamento sanitário, o que aumentaria seu resultado para 0,5000, passando-o, assim, para
o nível “aceitável” de sustentabilidade, conforme Quadro 31, a seguir:
Quadro 31 – Nível de Sustentabilidade - Indicador Acesso a Esgotamento Sanitário
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Acesso a Esgotamento Sanitário 20,05% 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
5.4.2 Indicador Acesso Sistema de Abastecimento de Água
O presente indicador possui importância bastante considerada pelos especialistas,
principalmente quando considerado que se refere à prevenção da saúde da população, pois
fornece aos munícipes água tratada e, em tese, livre de bactérias ou germes altamente
prejudiciais à saúde.
61
Neste caso, o resultado também foi ruim, pois, acabou por apresentar que 97,99% da
população possui água tratada, demonstrando, portanto, que existem munícipes consumindo
água sem o devido tratamento.
Quadro 32 – Nível de Sustentabilidade - Acesso a Abastecimento de Água
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Acesso a Abastecimento de Água 98,44% 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Em cálculo simulado, descobriu-se que, migrar o nível “aceitável” de
sustentabilidade, o município precisaria majorar esse percentual para 98,44%, atingindo o
resultado de 0,5000, conforme o Quadro 32, acima descrito.
5.4.3 Indicador de Consumo médio per capita de água
Este indicador mede o Consumo Médio per capita de água por parte dos munícipes e
acabou por representar um dos piores resultados dos indicadores estudados nesta pesquisa,
122,10 cúbicos de água consumidos por habitante, o que apresentou um resultado de 0,1800,
estando, dessa forma, em estado crítico de sustentabilidade.
Em simulação, determinou-se que se este resultado diminuísse para 78,50 metros
cúbicos por habitante, o município majoraria o grau de sustentabilidade para 0,5005,
conforme quadro 33, a seguir:
Quadro 33 – Nível de Sustentabilidade – Consumo médio per capita
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Consumo médio per capita de água 78,50% 0,5005 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Vale salientar, que, logicamente, a alteração dos presentes indicadores majoraria os
resultados do Índice de Desenvolvimento Ambiental, neste caso, seria alterado para 0,5824, o
que alteraria, inclusive, o nível de sustentabilidade da dimensão, para “aceitável”, conforme
Quadro 34.
62
Quadro 34 - Resultados do IDA Simulados
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado
Níveis de
Sustentabilidade**
Acesso a esgotamento
sanitário 40,10% 0% 20,05% 0,5000 Aceitável
Acesso a serviço de coleta
de lixo doméstico 99,75% 75,33% 95,58% 0,8292 Ideal
Acesso a sistema de
abastecimento de água 99,97% 96,91% 98,44% 0,5000 Aceitável
Consumo médio per
capita de água 10,5 146,6 78,50 0,5005 Aceitável
IDA 0,5824
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
5.5 Dimensão Econômica
A dimensão econômica demonstra os resultados econômicos da região. Neste caso, o
único Indicador que apresentou o resultado ruim foi a participação da Agropecuária no PIB,
que foi de 2,02%, contra 52,60% do município com o melhor resultado do Estado.
5.5.1 Indicador de Participação da Agropecuária no PIB
Este indicador é muito importante, tendo em vista que mensura o grau de
dependência da municipalidade com relação ao incremento no PIB, gerados pela aplicação
dos recursos provenientes do governo.
Neste caso, para que atingisse o nível “aceitável”, o município precisaria aumentar
esse indicador para pelo menos 27,31% do PIB, conforme quadro 33 abaixo:
Quadro 35 – Simulação da Participação da Agropecuária no PIB
Indicadores Porto
Velho Resultados*
Níveis de
Sustentabilidade**
Participação da Agropecuária no PIB 27,31% 0,5000 Aceitável
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
63
Por fim, a Dimensão Econômica também sofreria alteração, pois passaria de 0,7713
que é o resultado real, para 0,8235, bem próximo, então, do nível “Ideal” de sustentabilidade.
Quadro 36 – Nível de Sustentabilidade do IDE simulado
Indicadores Melhor Pior Porto
Velho Resultado
Níveis de
Sustentabilidade**
PIB 9.093.824 35.105 9.093.824 1,0000 Ideal
Participação da
Agropecuária no PIB 52,60% 2,02% 27,31% 0,5000 Aceitável
Participação da
Administração
Pública no PIB
17,79% 47,48% 17,79% 1,0000 Ideal
Participação de
Comércio/Serviços no
PIB
45,69% 9,19% 36,70% 0,7537 Ideal
PIB per capita
(R$1,0) 21.319,08 7.852,78 21.319,08 1,0000 Ideal
% Renda proveniente
do trabalho 51,40% 38,06% 47,23% 0,6874 Aceitável
IDE 0,8235 Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
5.6 O IDSMP Simulado
Com base em todas as simulações apresentadas anteriormente, apresenta-se, abaixo,
o resultado do IDSMP simulado, conforme Equação 4, abaixo descrita:
Eq. 04 n
IDEIDAIDPIDDIDSIDCIDSMP
+++++=
Onde:
IDSMP–índice de desenvolvimento sustentável municipal participativo
IDC–índice da dimensão cultural
IDS–índice da dimensão social
IDD–índice da dimensão demográfico
IDP–índice da dimensão político-institucional
IDA–índice da dimensão ambiental
IDE–índice da dimensão econômico
n–número de dimensões
64
Eq. 04 6
8235,05824,07416,07256,00,72601 +++++=IDSMP
IDSMP = 0,7665
Então, observa-se que, após as devidas simulações, o IDSMP do município
aumentaria de 0,6893 para 0,7665, isto é, do estado “aceitável” de sustentabilidade, para o
grau “Ideal”.
5.7 Quadro Geral Comparativo de Resultados
Abaixo, apresenta-se um quadro comparativo objetivando-se, demonstrar, de forma
organizada e visual, os principais resultados da presente pesquisa:
Quadro 37 – Quadro Geral Comparativo de Resultados
Dimensão Resultado
Determinado
Máximo
Possível
Mínimo
Possível
Resultado
Simulado
Dimensão Cultural 1 1 1 1
Dimensão Social 0,6860 0,7566 0,5566 0,7260
Dimensão Demográfica 0,5159 0,5159 0,5159 0,7256
Dimensão Político-Institucional 0,7392 0,8533 0,4158 0,7416
Dimensão Ambiental 0,4237 0,7118 0,2118 0,5824
Dimensão Econômica 0,7713 0,7713 0,7713 0,8235
IDSMP 0,6893 0,7606 0,5658 0,7665
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados coletados na pesquisa (2018)
Legenda: * Resultados simulados do indicador, calculados com base nos dados secundários.
**Esquema de cores: Crítico Alerta Aceitável Ideal
Diante do Quadro 37, observa-se que o resultado mais preocupante do município que
é a sobre a dimensão ambiental, que apresentou 0,4237.
Porto outro lado, o melhor resultado apresentado foi o Índice de Desenvolvimento
cultura, que teve nota máxima em todos os indicadores, acabando, consequentemente, tendo
seu resultado final de 1,ou seja, o maior possível, segundo a metodologia apresentada na
pesquisa.
65
Observa-se, também, que o Índice de Sustentabilidade Econômico se encontra em
um patamar “ideal” de sustentabilidade, tendo como base os critérios adotados pela
metodologia da presente pesquisa.
A ausência de dados para construção de alguns indicadores foi realmente um fator
limitador da pesquisa, porém, acabou por contribuir, sobremaneira, com futuras pesquisas,
tendo em vista que se adotou o critério de simular os valores máximos e mínimos possíveis
para os resultados, criando, portanto, um parâmetro de avaliação de possibilidades, o que irá
oportunizar outros autores a resolver eventuais problemas de ausência de dados em suas
pesquisas.
Finalmente, torna-se imperioso destacar que as simulações feitas na presente
pesquisa objetivam sugerir aos gestores públicos ou sociedade geral, quais os indicadores em
suas respectivas dimensões que necessitam de maiores cuidados.
Diante disso, tendo em vista a função constitucional dos Poderes Executivo e
Legislativo do Município de Porto Velho, salienta-se que se trata de simulações mas que para
que sejam realmente realizadas, necessitam de programas de governo voltados para cada área
medida pelos indicadores, para que, posteriormente, essas melhoras reflitam nas dimensões e
consequentemente no IDSMP da municipalidade.
66
6 CONCLUSÃO
A sustentabilidade do município de Porto Velho, apresentou-se em um patamar
Aceitável, tendo em vista que o Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal
Participativo - IDSMP alcançou o resultado de 0,6893, lembrando-se, mais uma vez, que o
valor de referência varia entre o número 0, como menor e 1, como maior nível.
O método adotado mostrou-se eficaz para a busca dos resultados da pesquisa,
possibilitando a análise numérica, dessa maneira, racional do nível de sustentabilidade do
munícipio, que, por meio de equação matemática, agregou vários indicadores em sua
respectiva dimensão, correspondendo, em última análise, à média aritmética das seis áreas
estudadas, o que se passa a descrever abaixo:
Sobre a Dimensão Cultural, todos os seus indicadores tiveram nível máximo de
sustentabilidade, talvez, pelo fato de se tratar de uma capital e ter, em decorrência disso,
maiores investimentos por parte do Estado, o que acabou por aumentar, consideravelmente, o
resultado final do IDSMP da municipalidade.
Acerca da Dimensão Social, apresentaram-se seis indicadores em estado Ideal, entre
eles, a taxa de alfabetização com resultado máximo (1), enquanto construíram-se três em
estado Aceitável, destacando-se, ainda, o Índice Gini (0,4167), Analfabetismo Funcional
(0,4625) e Adequação de Moradias (0,2205), sendo que os dois primeiros em estado de alerta
e o último em estado Crítico, respectivamente, o que ocasionou um resultado para o Índice de
Desenvolvimento Social de 0,6860.
A Dimensão demográfica, por sua vez, apresentou dois indicadores em estado Ideal.
Destaque para a Distribuição da população por faixa etária, com resultado (1), e tiveram ainda
dois em nível Aceitável e a Razão entre população urbana/rural, que ficou com 0,0482, logo,
em um patamar crítico, o que representa uma grande preocupação no resultado da presente
pesquisa, a grande concentração de moradores em área urbana do município, e que acabou por
contribuir para que o Índice de Desenvolvimento Demográfico alcançasse o nível de 0,5159,
portanto, em Estado Aceitável.
A Dimensão Político-Institucional apresentou dois indicadores em estado de Alerta e
dois em estado Ideal, o que ocasionou o resultado do Índice de Desenvolvimento Político-
Institucional de 0,7392, assim, em estado Aceitável de Sustentabilidade.
Acerca da Dimensão Ambiental, destacaram-se, negativamente, três indicadores:
Acesso a esgotamento sanitário, Acesso a sistema de abastecimento de água e Consumo
médio per capita de água, com 0,2514, 0,3529 e 0,1800, respectivamente, enquanto o Acesso
67
a coleta de lixo doméstico apresentou resultado de 0,8292, resultando em um Índice de
Desenvolvimento Ambiental de 0,4237, portanto, em grau de alerta de sustentabilidade.
E, por último, determinou-se o resultado do Índice de Desenvolvimento Econômico
no patamar de 0,7713, dessa forma, em grau Ideal de Sustentabilidade, isso ocasionado por
três resultados excelentes, segundo a metodologia adotada: PIB, Participação da
Administração Pública no PIB e PIB per capita, com resultado de 1, portanto, em estado
máximo.
Acerca dos objetivos geral e específicos, bem como o problema da pesquisa
consideram-se todos atendidos e respondidos, tendo em vista que foi determinado o Índice de
Desenvolvimento Municipal Sustentável Participativo para o município de Porto Velho, com
resultado de 0,6893, estando, desta forma, em Estado Aceitável de Sustentabilidade.
Com base nessas informações, possibilita-se de forma, clara, matemática e, portanto,
racional, não só o Índice de Sustentabilidade do município, mas, a possibilidade de se
verificar em quais indicadores o poder público e sociedade em geral deverão se dedicar para
buscar melhorias necessárias ao bem estar dos munícipes.
Dentro deste contexto, o capítulo 5 dedicou-se a simular os resultados necessários
para tornar todos os indicadores que estivessem em estado crítico e alerta em nível aceitável
de sustentabilidade.
Desta maneira, pretende fomentar a reflexão da necessidade, na prática, por meio de
ações integradas público-privados para a melhoria dos resultados, de se atender a alguns
anseios da municipalidade, promovendo assim, o desenvolvimento sustentável do município,
entendido como a melhoria nas seis dimensões analisadas pelo método adotado, atendendo a
último objetivo específico adotado na presente pesquisa.
Confirmada a hipótese adotada na pesquisa que indicou a sustentabilidade do
município de Porto Velho como em um patamar Aceitável, segundo o método adotado,
devido ao fato de ter alguns resultados de indicadores melhores do que o restante dos
municípios do Estado, mesmo porque houve na última década empreendimentos importantes,
entretanto, encontrando-se as outras variáveis com seus resultados não tão bons.
Pode-se apresentar, como limitação da pesquisa, o fato de inexistir dados importantes
para a construção de 10 indicadores, o que gerou a necessidade de se excluir essas variáveis
do cálculo geral do Índice. Logo, das 48 variáveis adotadas no método, utilizou-se uma cesta
com 38, limitação esta que foi sanada por meio da criação de parâmetros máximos e mínimos
para cada indicador.
68
Esta limitação, por sua vez, acabou por contribuir, sobremaneira, com futuras
pesquisas, tendo em vista que se adotou o critério de simular os valores máximos e mínimos
possíveis para os resultados, criando, portanto, um parâmetro de avaliação de possibilidades,
o que irá oportunizar outros autores a resolver eventuais problemas de ausência de dados em
suas pesquisas.
As variáveis inexistentes foram, assim, simuladas com valor máximo (1) e valor
mínimo (0), para se obter o resultado melhor ou pior que cada indicador, cada dimensão e,
consequentemente, o Índice do município poderia atingir se os dados existissem.
69
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, R. A. M. Arranjo Produtivo Local e Desenvolvimento Sustentável: uma
relação Sinética no Município de Marco-CE. 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
69712013000500002&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 31 ago. 2016.
BANDEIRA, Pedro. Participação, Articulação de Atores Sociais e Desenvolvimento
Regional. Texto para discussão n. 630 - IPEA, Brasília, fev. 1999, p. 4. Disponível
em:http://teste.unc.br/mestrado/mestrado_materiais/texto_pedro_bandeira_n.630.pdf. Acesso
em 01.11.2018.
BELLEN, H. M. V. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de
Janeiro: FGV, 2005.
BENETTI, L. B. Avaliação do índice de desenvolvimento sustentável (IDS) do município
de Lages/SC através do método do painel de sustentabilidade. 2006. 203 f. Tese
(Doutorado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2006.
BODNAR, Z.; FREITAS, V. P.; SILVA, K. C. Aportes Interdisciplinares para alcance da
sustentabilidade. Direito ambiental e urbanismo. Disponível em <
file:///C:/Users/user/Desktop/Free_ac7550d7-2f02-4807-a59a-0621f77e876c.pdf: Acesso em:
19 jul. 2017.
BRAGA, T. M.; BUARQUE, S. Construindo o desenvolvimento local sustentável. Rio de
Janeiro: Garamond, 2006.
BRANCO, M. A.; CELANT, J. H. Considerações acerca da realização da ideia de liberdade
por meio do conflito e sua relação com o desenvolvimento sustentável. Debates
Sustentáveis: análise multidimensional e governança ambiental/ Denise Schmitt Siqueira
Garcia, organizadora. Denise Scmitt Siqueira Garcia. Itajaí: UNIVALI, 2015.
BRASIL. Agenda 21 brasileira: ações prioritárias. Brasília: Ministério do Meio Ambiente,
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2002.
BRUNTLAND, G. H. Our Common Future: The Wordl Commission on Environment and
Development. Oxford University Press, 1987.
BUARQUE, S. C. Construindo o Desenvolvimento Local Sustentável. Editora Garamond,
4ª Ed., Rio de Janeiro, 2008.
CÂNDIDO, G. A. Índices de desenvolvimento sustentável para localidades: uma
proposta metodológica de construção e análise. 2012. Disponível em:
<http://www.spell.org.br/documentos/ver/8048/indices-de-desenvolvimento-sustentavel-para-
localidades--uma-proposta-metodologica-de-construcao-e-analise>. Acesso em: 27 ago. 2016.
CANOTILHO, J. J. G. O princípio da sustentabilidade como princípio estruturante do
Direito Constitucional. Revista de Estudos Politécnicos Polytechinical Studies Review, vol.
70
VIII, n. 13, 2010. Disponível em:< www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/tek/n13/n13a02>. Acesso
em 29 de abril de 2018.
CAPRA, F. As Conexões Ocultas: Ciência para uma vida sustentável. Tradução de
Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Cultrex, 2005.
CLARO, P. B.; CLARO, D. P. Entendo o conceito de sustentabilidade nas organizações.
Revista de Administração, 2008, vol. 43, n.º 4.
CMMAD, COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO,
Nosso Futuro Comum. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1991.
CNUMAD (CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO) Agenda 21 global: Capítulo 8 - Integração entre meio ambiente
e desenvolvimento na tomada de decisões, 1992. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/cap08.pdf Acesso em: 15.08. 2017.
COSTA, F. L. & CUNHA, A. P. G. Pensar o desenvolvimento a partir do local: novo
desafio para os gestores públicos. VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma
del Estado y de la Administración Pública, Lisboa, Portugal, 2002.
CRUZ, P. M. BODNAR, Z. O novo paradigma do Direito. Porto Alegre
RECHTD/UNISINOS. RECHTD. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e
Teoria do Direito, v. 3, p. 75-83, 2011, p. 81
CRUZ, P. M.; GLASENAPP, M. C. Governança e sustentabilidade: constituindo novos
paradigmas na pós-modernidade. Revista Direito e Liberdade, Natal, v. 16, n. 2, pp. 163-
186, maio/ago. 2014. Quadrimestral, p. 173.
DEMARCHI, C.; COSTA, I. G.; MONTE, W. R. A Sustentabilidade Ambiental e a
Dignidade da Pessoa Humana: Catadores de material reciclável como exemplo de sua
efetivação. Direito ambiental e urbanismo. – Itajaí, SC: Ed. da Univali, 2016. – (Coleção
estado transnacionalidade e sustentabilidade), p. 47. ISBN 978-85-7696-184-0 (e- book).
Disponível em: file:///C:/Users/user/Desktop/Free_ac7550d7-2f02-4807-a59a-
0621f77e876c.pdf: Acesso em: 25 abr.018.
EMERY, E. B. Desenvolvimento sustentável: Princípio da Eficiência em procedimentos
licitatórios. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
FERNANDES, P. A. CÂNDIDO, G. A. Da Sustentabilidade à competitividade: um
caminho viável? Revista Gestão e sustentabilidade ambiental, Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 55 -
76, abr./set.2015.
FERREIRA, H.V.C. Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de
Mesorregiões: uma experiência inovadora de desenvolvimento regional do governo
brasileiro. In Anais do VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y
de la Administración Pública. Lisboa, Portugal, 8-11 Oct. 2002.
FERRER, Gabriel Real. Sostenibilidad, transnacionalidad y transformaciones del derecho.
Revista de Derecho Ambiental: Doctrina, Jurisprudencia, Legislación
71
Práctica, Buenos Aires, n. 32, p. 65-82, out./dez. 2012.
FOLADORI, G. Avances y límites de la sustentabilidad social. Economía, Sociedad y
Territorio, vol. III, núm. 12, julio-dici, El Colegio Mexiquense, A.C. - Toluca, México, 2002.
FRANCA, L. P. Indicadores ambientais urbanos: revisão da literatura. Parceria 21, 2001.
FREITAS, J.. O Controle dos Atos Administrativos e os Princípios Fundamentais. 5. ed.
rev. e amp. São Paulo: Malheiros Editores, 2013.
FREITAS, J. Sustentabilidade: Direito ao futuro. 3. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
GARCIA, D. S. S. Dimensão Econômica da Sustentabilidade: uma análise com base na
economia verde e a teoria do decrescimento. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v.13,
n.25, p.133-153. Janeiro/Abril de 2016.
GARCIA, D. S. S.; GARCIA, H. S. Dimensão social do princípio da sustentabilidade:
Uma análise do mínimo existencial ecológico. In. SOUZA, Maria Claudia da Silva Antunes
de; GARCIA, Heloise Siqueira. (orgs.). Lineamentos sobre sustentabilidade segundo Gabriel
Real Ferrer. Dados eletrônicos. Itajaí: UNIVALI, 2014.
GOMES, Claudino. Estratégia de Desenvolvimento Capitalista, Economia Verde e
Garantia de Sustentabilidade.(Dissertação de mestrado). 2014. PUC, GOIAS.
GOMES, M. A. S. Parques Urbanos, Políticas Públicas e Sustentabilidade. Mercator
(Fortaleza). 2014, vol.13, n.º 2, p.79-90. ISSN 1984-2201.
GUIMARÃES, R. P. Desenvolvimento sustentável: da retórica à formulação de políticas
públicas. In: BECKER, Bertha K.; MIRANDA, Mariana (org.). A geografia política do
desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
HAMMOND, A.; ADRIAANSE, A.; RODENBURG, E.; BRYANT, D.; WOODWARD, R.
Environmental indicators: a systematic approach to measuring and reporting on
environmental policy performance in the context of sustainable development.
Washington: World Resources Institute, 1995.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores de
desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro, 2015.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Senso 2010. Rio
de Janeiro, 2010.
JACOBI, P. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n.
118, março/ 2003, p. 95. Disponível em:< http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-
content/uploads/2014/09/cidadaniaesustobriga.pdf>. Acesso em: 25 set. 2017.
LAGO, A. C.. Estocolmo, Rio e Joanesburgo: o Brasil e as três conferências ambientais
das Nações Unidas. Brasília: FUNAG, 2007.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2009.
72
LOUETTE, A. Indicadores de nações: uma contribuição ao diálogo da sustentabilidade.
São Paulo: Antakarana/Willis HarmanHouse, 2009.
MARCO, Cristhian Magnus De; MEZZAROBA, Orides. O Direito Humano ao
Desenvolvimento Sustentável: Contornos Históricos e Conceituais. Veredas do Direito,
Belo Horizonte, v. 14, n. 29, p. 232-349, mai./ago. 2017. Disponível em:
file:///C:/Users/nancy/Downloads/1066-3951-2-PB%20(1).pdf . Acesso em: 15 maio. 2018.
MARTÍNEZ, A. J. J.; HIRABAYASHI, Y. De la teoría a la práctica em La sustentabilidad
y La participación comunitaria: na propuesta metodológica. In: NIEVES, S.G. Desarrollo
turístico y sustentabilidad. Zapopan, Jalisco: Universidad de Guadalajara, 2003.
MARTINS, M. F.; CÂNDIDO, G. A. Índice de desenvolvimento sustentável para
municípios – metodologia para cálculo e análise do IDSM e classificação dos níveis de
sustentabilidade para espaços geográficos. 1. ed. João Pessoa: SEBRAE, 2008.
MARTINS, M. F.; CÂNDIDO, G. A. Índices de desenvolvimento sustentável para
municípios: uma proposta metodológica de construção e análise. IN: IX Encontro da
sociedade brasileira de economia ecológica. Brasília– DF, 2011.
MILANI, C. Teorias do Capital Social e Desenvolvimento Local: lições a partir da
experiência de Pintadas (Bahia, Brasil). Salvador: Escola de Administração da UFBA
(NPGA/NEPOL/PDGS), 2005.
OLIVEIRA, G. B. & LIMA, J. E. S. Elementos endógenos do desenvolvimento regional:
considerações sobre o papel da sociedade local no processo de desenvolvimento
sustentável. Rev. FAE, Curitiba, v.6, n.2, p.29-37, maio/dez. 2003.
OLIVEIRA, N. G.; MARTINS, C. H. B.. Dimensão institucional da sustentabilidade:
gestão ambiental em municípios gaúchos. Revista Indicadores Econômicos – FEE, v. 37, n.
1, ISSN 1806-8987, 2009.
ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Final da Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20). Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/61AA3835/OFuturo-que-queremos1.pdf>.
Acesso em: 10 out. 2017.
ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Conferencia de Las Naciones Unidas
sobre el médio humano: Estocolmo, 5 – 16 de junho, 1972. A/CONF. 48/14/Rev. 1.
ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Final da Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20). Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/61AA3835/OFuturo-que-queremos1.pdf>.
Acesso em: 10 out. 2017.
PETITINGA, C. S. Desenvolvimento Local. In: ALMEIDA, M. C. F. Mais definições em
trânsito. Salvador: Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Disponível em:
73
<http://www.cult.ufba.br/maisdefinicoes/DESENVOLVIMENTOLOCAL.pdf>. Acesso
em: 22 set. 2008.
QUIROGA, R. M. Indicadores de sostenibilidad ambiental y de desarrollo sostenible:
estado Del arte y perspectivas. Santiago, Chile: CEPAL/ECLAC, 2001.
RANAURO, M. L. Sustentabilidade numa perspectiva endógena: contribuição das
“comunidades” no plano simbólico do desenvolvimento sustentável. Caderno Virtual de
Turismo, Rio de Janeiro, n. 14., p. 21-28, dez. 2004.
ROSA, A. M.; STAFFEN, M. R. Ensaios sobre o discurso constitucional e da
sustentabilidade – Dados eletrônicos. – Itajaí: UNIVALI, 2012. – Coleção Osvaldo Ferreira
de Melo, v.1, p. 48. Disponível em:<http://www.univali.br/ppcj/ebook>. Acesso em: 15 set.
2016.
SACHS, Jeffrey. The age of sustainable development. New York: Columbia University Press,
2015.
SAETA, Fernanda Pereira. Sustentabilidade urbana: o desafio da construção de
indicadores de sustentabilidade urbana.2012. 198 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura
e urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.
SANTANA, N. B.; REBELATTOA, D. A. do N.; PÉRICO, A. E.; MARIANO, E. B.
Sustainable development in the BRICS countries: an efficiency analysis by data envelopment.
International Journal of Sustainable Development & World Ecology, v. 21, n.3, 2014.
SANTOS, A. Q. Inclusão digital e desenvolvimento local no Brasil. In: Congresso
Internacional del Clad Sobre la Reforma del Estado y de la AdministraciónPública, 8, 2003,
Panamá. Anais.Caracas: CLAD, 2003.
SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Garamond, 2008.
SACHS, I. Rumo à Ecossocioeconomia. Org. Paulo Freire Vieira. Teoria e Prática do
Desenvolvimento. Ed. Cortez: São Paulo, 2007.
SCHROEDER, E. A.; MARGARIDA, O. G.. Os princípios da solidariedade e da dignidade
da pessoa humana como potencializadores de uma sociedade mais sustentável. Debates
Sustentáveis: análise multidimensional e governança ambiental– Dados Eletrônicos.
Itajaí: UNIVALI, 2015, p. 67.
SEN, A. Desenvolvimento como Liberdade. Tradução de Lura Teixeira Mota. São Paulo:
Editora Companhia das Letras, 2010.
SEPÚLVEDA, S. Desenvolvimento microrregional sustentável: métodos para
planejamento local. Brasília: IICA, 2005.
SICHE, R. Índices versus indicadores: precisões conceituais na discussão da
sustentabilidade de países. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/asoc/v10n2/a09v10n2>. Acesso em 28 ago. 2016.
74
SIENA, O. Método para avaliar progresso em direção ao desenvolvimento sustentável.
Florianópolis: 2002. 234 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), Centro Tecnológico (CTC), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção (PPGEP), 2002.
SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. 10ª Ed. São Paulo, Malheiros, 2013.
SILVA, C. L.; MENDES, J. T. G. Reflexões sobre o desenvolvimento sustentável: agentes
e interações sob a ótica multidisciplinar. Petrópolis: Vozes, 2005.
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.
Florianópolis: Laboratório de ensino à distância da UFSC, 2001.
SILVA, J. S.; CHEAZ, J.; ROMERO, J. La dimensión institucional del desarrollo
sostenible. São José (Costa Rica); Isnar, 2001. Proyecto Nuevo Paradigma; Servicio
Internacional para la Investigación Agrícola Nacional/ISNAR. (Mimeo).
SLIMANE, M. Role and relationship between leadership and sustainable development to
release social, human, and cultural dimension. Social and Behavioral Sciences, v. 41, p.92-99,
2012.
SOUZA, C. B. Meio ambiente e Desenvolvimento. Belo Horizonte. R. Adm. Faces Journal
Belo Horizonte, v. 8, n.º 4, p. 137-159, out./dez. 2009.
STEGER, U. The business of sustainability: building industry cases for corporate
sustainability. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000318&pid=S1678-
6971201300050000200078&lng=en.> Acesso em: 28 ago. 2016.
TAYRA, F.; RIBEIRO, H. Modelos de indicadores de sustentabilidade: síntese e
avaliação crítica das principais experiências Saúde e Sociedade , 2006, v.15, n.1, p.
84 -95, jan-abr.
TENÓRIO, F. G.; ROZENBERG, J. E. Gestão pública e cidadania: metodologias
participativas em ação. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, v. 1, n. 7, p. 1-37, 1997.
URGAL, M. A. L. Indicadores e Índices do Município de Porto Velho. 2006. 125 f.
Dissertação (Mestrado em Administração), Universidade Federal de Rondônia, 2011.
VAN ZEIJL-ROZEMA, A.; FERRAGUTO, L.; CARATTI, P. Comparing region-specific
sustainability assessments through indicator systems: Feasible or not? Ecological
Economics, v.70, n.3, p.475-486, 2011.
ZHOURI, A L. M.; LASCHEFSKI, K; SIANO, D. B. P. A Insustentável Leveza da Política
Ambiental: Desenvolvimento e conflitos socioambientais. Belo Horizonte, 2005.
75
APÊNDICES
76
APÊNDICE 1 – FORMULÁRIO APLICADO COM ESPECIALISTAS
Pesquisa: ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA CIDADE DE PORTO
VELHO ATRAVÉS DE UMA CESTA DE INDICADORES.
Autor da pesquisa: Isaac Costa Araújo Filho – Mestrando em Desenvolvimento Regional e
Meio Ambiente – UNIR/RO
Data:_____/_____/_________
Informações sobre o especialista:
Nome (Opcional):
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Formação Acadêmica:
______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________
Experiência Profissional:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________
77
INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
Olá! Obrigado por participar de nossa pesquisa! Serão necessários até 10 minutos para o
preenchimento das respostas e qualquer dúvida, pergunte ao responsável pela pesquisa pelo
Telefone (69) 98423-2061 ou via e-mail [email protected].
Instruções para preenchimento:
Atribua grau de importância aos indicadores abaixo relacionados:
DIMENSÃO CULTURAL
Indicadores Grau de importância
Bibliotecas ( ) 1 2 3
Museus ( ) 1 2 3
Centro Cultural ( ) 1 2 3
Unidade de Ensino Superior ( ) 1 2 3
Ginásio de Esportes e Estádios ( ) 1 2 3
Cinemas ( ) 1 2 3
Teatros ou Salas de Espetáculos ( ) 1 2 3
Fonte: Martins e Cândico (2008)
DIMENSÃO SOCIAL
Indicadores Grau de importância
Índice de Gini da Distribuição do Rendimento ( ) 1 2 3
Rendimento Familiar Per Capita (% até 1/2 SM) ( ) 1 2 3
Famílias Atendidas por Transferências de Benefícios
Sociais
( ) 1 2 3
Esperança de Vida ao Nascer ( ) 1 2 3
1 - Pouco importante 2 - Importante 3 - Muito importante
78
Razão de Renda entre População Masculina e
Feminina
( ) 1 2 3
Oferta de Serviços Básicos de Saúde ( ) 1 2 3
Taxa de Mortalidade Infantil ( ) 1 2 3
Prevalência de Desnutrição Total ( ) 1 2 3
Imunização Contra Doenças Infecciosas Infantis ( ) 1 2 3
Taxa de Escolarização ( ) 1 2 3
Taxa de Alfabetização ( ) 1 2 3
Analfabetismo Funcional ( ) 1 2 3
Mortalidade por Acidente de Transporte ( ) 1 2 3
Mortalidade por Homicídios ( ) 1 2 3
Adequação de Moradias ( ) 1 2 3
Fonte: Martins e Cândico (2008)
DIMENSÃO DEMOGRÁFICA
Indicadores Grau de importância
Densidade Demográfica ( ) 1 2 3
Razão entre a População Masculina e Feminina ( ) 1 2 3
Distribuição da População por Faixa Etária ( ) 1 2 3
Taxa de Crescimento da População ( ) 1 2 3
Razão entre População Urbana/Rural ( ) 1 2 3
Fonte: Martins e Cândico (2008)
DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL
Indicadores Grau de importância
Acesso Público à Internet ( ) 1 2 3
Acesso a Serviços de Telefonia ( ) 1 2 3
Acessos à Justiça ( ) 1 2 3
Comparecimento nas Eleições ( ) 1 2 3
79
Despesa por Função - Investimento em
Desenvolvimento ( ) 1 2 3
Transferências Intergovernamentais da União ( ) 1 2 3
Número de Conselhos Municipais ( ) 1 2 3
Fonte: Martins e Cândico (2008)
DIMENSÃO AMBIENTAL
Indicadores Grau de importância
Acesso a Esgotamento Sanitário ( ) 1 2 3
Acesso a Serviço de Coleta de Lixo Doméstico ( ) 1 2 3
Acesso a Sistema de Abastecimento de Água ( ) 1 2 3
Consumo Médio per Cápita de Água ( ) 1 2 3
Volume da Água Tratada (%) ( ) 1 2 3
Qualidade das Águas (rios e igarapés) ( ) 1 2 3
Pastagens e Lavouras (Percentual) ( ) 1 2 3
Matas e Florestas (Percentual) ( ) 1 2 3
Fonte: Martins e Cândico (2008)
DIMENSÃO ECONÔMICA
Indicadores Grau de importância
PIB ( ) 1 2 3
Participação da Agropecuária no PIB ( ) 1 2 3
Participação da Administração Pública no PIB ( ) 1 2 3
Participação de Comércio/Serviços no PIB ( ) 1 2 3
PIB per capita ( ) 1 2 3
% Renda proveniente do trabalho ( ) 1 2 3
Fonte: Martins e Cândico (2008)