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SUMÁRIO Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade Distinção qualitativa do prazer e do sofrimento (dor) Ideal moral: a felicidade global Uma teoria consequencialista: a ética utilitarista de Stuart Mill

FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL 2 (de acordo com Manual "Pensar Azul")

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SUMÁRIO Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade Distinção qualitativa do prazer e do sofrimento (dor) Ideal moral: a felicidade global

Uma teoria consequencialista:

a ética utilitarista de Stuart Mill

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PROBLEMA

O que é que, segundo Stuart Mill, torna as acções boas ou más?

Qual o critério para as avaliar?

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O utilitarismo moderno,

associado aos ideais

liberais e democráticos, foi

fundado por Jeremy

Bentham (1748-1832) e

Stuart Mill (1806-1873) e

tornou-se uma das teorias

morais e políticas mais

importantes do século XIX Stuart Mill (1806-1873)

História

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Texto de Stuart Mill

O credo que aceita a Utilidade ou o Princípio da Maior Felicidade como fundamento da moral sustenta que:

• As acções são justas na proporção em que tendem a promover a felicidade e injustas enquanto tendem a produzir o contrário da felicidade.

• Entende-se por felicidade o prazer e a ausência de dor; por infelicidade a dor e a ausência do prazer.

• O prazer e a ausência de dor são as únicas coisas desejáveis como fins; e todas as coisas desejáveis são-no pelo prazer inerente a elas mesmas, ou como meios para a promoção do prazer e a prevenção da dor.

Stuart Mill, O Utilitarismo

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Utilitarismo

O princípio princípio moral em que se baseia o utilitarismo é o princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade

Chama-se hedonismo (grego hédonê, prazer) a este tipo de concepção

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Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade

Uma acção é boa quando promove a felicidade

A felicidade é “única coisa desejável como fim” e,

por isso, boa em si mesma

A felicidade é um estado de bem-estar, de prazer

e ausência de dor ou sofrimento

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Mas o que é que causa maior felicidade ou prazer?

Stuart Mill distingue:

. prazeres físicos . prazeres espirituais

Distinção qualitativa do prazer e do sofrimento (dor)

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Prazeres físicos / prazeres espirituais

Ligados a necessidades intelectuais, sociais, morais estéticas

(ex.: apreciar um pôr-do-sol, uma obra de arte, descobrir e criar, partilhar afectos ou conhecimentos, ajudar os outros)

Os prazeres sensoriais ligados às necessidades somáticas, como beber,

comer, sexo.

Prazeres espirituaisPrazeres físicos

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Refutação das críticas: o Utilitarismo

a) Propõe um ideal moral: a felicidade de todos os Homens, e não apenas a própria

b) Identifica o imperativo moral utilitarista com o mandamento cristão não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti e ama o teu próximo como a ti mesmo

c) Indica um ideal jurídico-político: o bem comum ou a felicidade global

d) Sugere um ideal pedagógico: a formação de indivíduos solidários, empenhados em promover o bem comum e a felicidade de todos

É preferível um Homem insatisfeito a um porco satisfeito

É melhor um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito

Tábua de valores de Stuart Mill

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• A finalidade da moralidade é a felicidade

• O critério de moralidade das acções (o que torna uma acção boa) é a sua utilidade, o seu contributo para criar a maior felicidade

• Fazer uma opção moral exige inventariação e avaliação das consequências possíveis para se poder escolher a que previsivelmente produzirá mais felicidade ou bem-estar

Conclusão do utilitarismo de Stuart Mill

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O utilitarismo e as democracias liberais

O utilitarismo foi a tentativa mais coerente de traduzir racionalmente o mandamento ama o próximo como a ti mesmo, a tentativa mais forte de dar uma definição racional de altruísmo e continua a ser um dos modelos fundamentais na construção do moderno estado do bem-estar.

F. Alberoni, O altruísmo e a moral

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Acção moral ou boaé a acção que traz mais felicidade ao maior número de pessoas

Critério de moralidadeas consequências previsíveis da acção

Imperativo moralage sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas

ter em conta a felicidade própria e a de todos os outros

prazeres sensoriais ligados ao corpo

prazeres espirituaisligados à inteligênciae ao conhecimento

Princípio da imparcialidadeConcepção qualitativa do prazer

Princípio da Utilidade ou Princípio da Maior FelicidadeÉ boa a acção que trouxer maior felicidade para o maior númeroA felicidade é o prazer e a ausência de dor, os únicos fins desejáveis

Uma teoria consequencialistaA ética utilitarista de Stuart Mill

Organograma conceptual

Page 13: FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL 2 (de acordo com Manual "Pensar Azul")

Organograma conceptual Duas teorias: Kant e Stuart

Mill

a felicidade global

a autonomia (a opção pela lei que a razão dá a si mesma): transformação da vontade numa vontade boa

Fim damoralidade

as consequênciasprevisíveis: acção boa éa que traz mais felicidadeglobal

o cumprimento do dever ou auniversalização da máxima como regra da acção

Critério de avaliação da moralidade

a utilidade ou o Princípioda Maior Felicidade

a lei moral e o dever pelo dever (a vontade boa)

Fundamentoda moralidade

Teoria consequencialista: S. MILL

o valor das acções depende dasconsequências

Teoria deontológica: KANTo valor moral das acções depende do respeito pelos princípios, não das consequências

>>>

regra com carácter de objectividade universal e necessária. Toma a forma do Imperativo Categórico

é relativa, não exige fidelidade a um conjunto de andamentos ou regras inflexíveis

por valorizar os princípiosmorais não faz depender a moralidade de circunstânciasparticulares; opõe-se à instrumentalização da pessoa

defende a imparcialidade, o altruísmo e a felicidade globalcomo ideal moral e político.Valoriza os efeitos práticosda acção

por prescrever o respeitoabsoluto pela normal, podelegitimar consequências funestas para o indivíduo

por subordinar a moralidade ao critério da utilidade, pode pôr em causa os direitos individuais e legitimar a instrumentalização dos indivíduos

Lei moral

Vantagens

Objecções

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Ser moral (pessoa)

Dimensão ética do agiro domínio da acção voluntária e intencional

orientada por princípios, visando a dignificação e o aperfeiçoamento dos seres

humanos

Ser social (cidadão)

Éticareflexão sobre os princípios e valores que legitimam os códigos

morais

↓ Moralcódigos e regras morais estabelecidos por um grupo, sociedade

ou cultura

↓Intenção

Julgamento íntimo de cada um sobre o que é permitido

ou proibido

Consciência moralCapacidade interior de orientaçãoe avaliação da acção com base emprincípios. Dimensão autónoma de

determinação da acção

Normaregras

estabelecidas socialmente

Dimensão ética do Ser Humano

>>>

←←

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Decisão – AcçãoA consciência opta e o indivíduo age

Fundamentos da moralJustificação e critério de moralidade

↓ ↓Uma teoria deontologicaÉtica Racional de Kant

Uma teoria consequencialistaUtilitarismo de Stuart Mill

Fundamento da moralidadeA lei moral e o dever como fim em si mesmo (a vontade boa)

Fundamento da moralidadePrincípio da Utilidade ou da Maior Felicidade

Critério da moralidade das acçõesO cumprimento do dever por dever(o respeito absoluto pela lei universal)

Critério da moralidade das acçõesAs consequências da acção: felicidade ou infelicidade para o maior número

>>> Dimensão ética do Ser Humano