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Cartografia Natureza dos dados espaciais 2
Natureza dos dados espaciais
n Introdução
n Conceitos de Geodésia
n Sistemas de coordenadas
n Projeções cartográficas
n Transformações geométricas
n Conhecimento da incerteza
Cartografia Natureza dos dados espaciais 3
Introdução
n Geoprocessamento e áreas afins
(fonte: Maguire, Goodchild, Rhind, 1991)
Cartografia Natureza dos dados espaciais 4
Introdução
n Geoprocessamento é a área doconhecimento que usa técnicasmatemáticas e computacionais paratratar os processos que ocorrem noespaço geográfico.
n Cartografia apresenta um modelo derepresentação de dados para osprocessos que ocorrem no espaçogeográfico.
Cartografia Natureza dos dados espaciais 5
Introdução
n A primeira aplicação
(fonte: John Snow, 1855)
Cartografia Natureza dos dados espaciais 6
Introdução
n O que faz especiais os dados espaciais?– Localização: onde está…?
– Condição: como está…?
– Tendência: o que mudou…?
– Roteamento: por onde deve passar…?
– Padrões: qual é a distribuição…?
– Modelos: o que acontece se…?
Cartografia Natureza dos dados espaciais 7
Conceitos de Geodésia
n Determinação da forma e das dimensõesda Terra
n Geóide– campo da gravidade
– nível médio dos mares
n Terra cartográfica ou superfície dereferência– elipsóide de revolução
– esfera
Cartografia Natureza dos dados espaciais 8
Conceitos de Geodésia
n Datum planimétrico ou horizontal– superfície de referência posicionada em
relação à Terra real
– conceito mal entendido pela comunidade deusuários de SIG
– causa a variação das coordenadasgeodésicas
n E o que são coordenadas geodésicas?– geodésicas ou geográficas?
Cartografia Natureza dos dados espaciais 9
Conceitos de Geodésia
n Latitude geodésica– ângulo entre a normal à superfície de
referência (elipsóide ou esfera), no pontoem questão, e o plano do equador.
n Longitude geodésica– ângulo entre o meridiano que passa pelo
ponto e o meridiano origem (Greenwich,por convenção).
Cartografia Natureza dos dados espaciais 10
Conceitos de Geodésia
n SAD-69– atual datum planimétrico brasileiro– 6.378.160m de raio equatorial– 1/298,25 de achatamento
n Córrego Alegre– antigo datum planimétrico brasileiro– 6.378.388m de raio equatorial– 1/297 de achatamento
n Na prática ambos são atuais!
Cartografia Natureza dos dados espaciais 11
Conceitos de Geodésia
n Datum planimétrico local– SAD-69, Córrego Alegre, NAD-83, NAD-27
n Datum planimétrico global– WGS-84
n As coordenadas geográficas, naverdade, geodésicas, variam...– menos que 60m entre SAD-69 e Córrego
Alegre;– menos que 100m entre SAD-69 e WGS-84,
no território brasileiro.
Cartografia Natureza dos dados espaciais 12
Conceitos de Geodésia
n Conclusões:– lembre que a variação das coordenadas
geográficas pode afetar a exatidão de suabase de dados;
– use um SIG que saiba levar em conta essavariação de coordenadas;
– saiba o que está medindo com um receptorGPS;
– tenha cuidado com a documentação dedados compartilhados (importação eexportação).
Cartografia Natureza dos dados espaciais 13
Conceitos de Geodésia
n Datum altimétrico ou vertical– superfície de referência para a contagem
das altitudes (geóide).
– rede de marégrafos faz medições contínuaspara a determinação do nível médio dosmares.
– adota-se um dos marégrafos como ponto dereferência do datum vertical.
– No Brasil usa-se o marégrafo de Imbituba,em Santa Catarina.
Cartografia Natureza dos dados espaciais 14
Sistemas de coordenadas
n Algumas razões para estudá-los:– O apontamento de um pixel na tela do
computador devolve ao usuário do SIG ascoordenadas geográficas do ponto.
– A entrada de um mapa via mesadigitalizadora requer uma relação entrecoordenadas de mesa e de mapa.
– Uma imagem geo-referenciada temcoordenadas geográficas associadas àscoordenadas linha e coluna.
Cartografia Natureza dos dados espaciais 15
Sistemas de coordenadas
(fonte: Maguire, Goodchild, Rhind, 1991)
Cartografia Natureza dos dados espaciais 16
Sistemas de coordenadas
n Coordenadas geodésicas (geográficas?)– figura de referência: esfera ou elipsóide
n Coordenadas geocêntricas terrestres X = R.cos φ.cos λ φ = arcsen (Z/R)Y = R.cos φ.sen λ λ = arctan (Y/X)Z = R.sen φ
(assumindo o modelo esférico)
Cartografia Natureza dos dados espaciais 17
Sistemas de coordenadas
n Coordenadas polares– desenvolvimento de projeções cônicas
n Coordenadas cartesianas– coordenadas de projeção
x = ρ.cosθ θ = arctg (y/x)y = ρ.senθ ρ = (x2 + y2) 0.5
Cartografia Natureza dos dados espaciais 18
Projeções cartográficas
n Sistemas de projeção
x = f1(φ,λ) y = f2 (φ,λ)
λ = g1(x,y) φ = g2(x,y)
n Propriedades– conformidade, equivalência, equidistância
n Escolha da projeção– localização, tamanho, forma
Cartografia Natureza dos dados espaciais 19
Projeções cartográficas
n Superfície ou figura de referência– esfera, elipsóide
n Superfície de projeção– plano, cone, cilindro, poliedro
n Posição da superfície de projeção– normal ou equatorial, oblíqua, transversa
n Método de construção– projetivo, analítico, convencional
Cartografia Natureza dos dados espaciais 20
Projeções cartográficas
n Projeções planas ou azimutais– plano tangente ou secante
n estereográfica polar, azimutal de Lambert
n Projeções cônicas– cone tangente ou secante
n cônica de Lambert, cônica de Albers
n Projeções cilíndricas– cilindro tangente ou secante
n UTM, Mercator, Miller
Cartografia Natureza dos dados espaciais 21
Projeções cartográficas
n Projeções conformes ou isogonais– preservam ângulos
n UTM, Mercator, cônica conforme de Lambert
n Projeções equivalentes ou isométricas– preservam áreas
n cônica equivalente de Albers
n Projeções equidistantes– representam distâncias em verdadeira
grandeza ao longo de certas direçõesn cilíndrica equidistante
Cartografia Natureza dos dados espaciais 22
Projeções cartográficas
n Parâmetros das projeções– figura de referência (elipsóide ou esfera)
n datum planimétrico
– paralelo padrão (latitude reduzida)n deformações nulas … verdadeira grandeza
– longitude origem (meridiano central)n posição do eixo Y das coordenadas planas
– latitude origemn posição do eixo X das coordenadas planas
– escala
Cartografia Natureza dos dados espaciais 24
Projeções cartográficas
n Principais projeções no Brasil– UTM (Universal Transverse Mercator)
n cartas topográficas
– Mercatorn cartas náuticas
– Cônica conforme de Lambertn cartas ao milionésimon cartas aeronáuticas
– Policônican mapas temáticosn mapas políticos
Cartografia Natureza dos dados espaciais 25
Projeções cartográficas
n Outras projeções importantes– Cilíndrica equidistante
n apresentação de dados em SIG
n mapas mundi
– Estereográfica polarn substitui a UTM nas regiões polares
– Cônica conforme bipolar oblíquan mapa político das Américas
– Cônica equivalente de Albersn cálculo de área em SIG
Cartografia Natureza dos dados espaciais 26
Transformações geométricas
n Importância em Geoprocessamento– relações entre os diversos sistemas de
coordenadasn calibração da mesa digitalizadora
n registro de imagens
n registro de dados vetoriais
– suporte geométrico básico às questões demodelagem matemática em SIG
Cartografia Natureza dos dados espaciais 27
Transformações geométricas
identidade escala
rotação
rotação residual
quebra do paralelismo
Cartografia Natureza dos dados espaciais 28
Transformações geométricas
n Ortogonal - 3 parâmetrosn rotação, translações
n Similaridade - 4 parâmetrosn rotação, escala, translações
n Afim ortogonal - 5 parâmetrosn rotação, duas escalas, translações
n Afinidade - 6 parâmetrosn rotação, rotação residual, duas escalas, translações
n Polinomiais - ≥ 6 parâmetros
Cartografia Natureza dos dados espaciais 29
Transformações geométricas
n Transformações geométricas complexassó fazem sentido quando cada um dosseus parâmetros desempenha um certopapel em termos de modelagem.
n Conhecer o que se pretende modelar éfundamental para a escolha adequadade uma transformação geométrica.
Cartografia Natureza dos dados espaciais 30
Conhecimento da Incerteza
n Exatidão de posicionamento– erro na posição de pontos bem definidos
n Exatidão de atributos– campos (relevo) … valor numérico
– categorias (solo) … certo ou errado
n Consistência lógica e completeza– linhas omitidas ou polígonos não rotulados
– base de dados contém o que deve?
Cartografia Aspectos funcionais 2
Aspectos funcionais
n Introdução
n Modelagem cartográfican álgebra de mapas
n Integração de dados
n Integração com Sensoriamento Remoton correção geométrica de imagens
n Generalização cartográfica
Cartografia Aspectos funcionais 3
Introdução
n Cartografia vista como um conjunto deferramentas para análise, integração eapresentação de dados.
n Quais processos eminentementecartográficos têm sido incorporados àtecnologia de SIG?
n Quais processos eminentementecartográficos têm sido repensados porcausa da tecnologia de SIG?
Cartografia Aspectos funcionais 4
Introdução
n Cartografia digital e SIG
– esforços iniciais de automação da produçãocartográfica são anteriores aos primeirosSIG;
– a herança de ferramentas ou processoscartográficos justifica a importância dosmapas em SIG;
– e a influência dos SIG na Cartografia?
n somos todos cartógrafos?
Cartografia Aspectos funcionais 5
Modelagem cartográfica
n Decomposição de processamentos em
componentes elementares tendo em
vista facilitar e padronizar o uso de SIG.
n Modelos + representações cartográficas
(mapas) = álgebra de mapas = álgebra
geográfica
n Preocupação com o uso dos dados.
Cartografia Aspectos funcionais 6
Modelagem cartográfica
n Estrutura básica composta por planosde informação ou mapas– característica específica da área de estudo– identificador– resolução espacial– orientação– zonas ou regiões
n rótulon valorn posições
Cartografia Aspectos funcionais 7
Modelagem cartográfica
n Álgebra geográfica– caracterização das operações de
Geoprocessamento
– base conceitual para entendimento de SIG
– linguagem de manipulação e análise
n Propriedades– extensibilidade
– operações sobre objetos complexos
– formalização de operadores?
Cartografia Aspectos funcionais 8
Álgebra geográfica
Geo-campos Geo-objetos
Álgebra de campos
Álgebra de objetos
objetos = op (campos)
campos = op (objetos)
Propriedades
Cartografia Aspectos funcionais 9
Álgebra geográfica
n Operações sobre campos– Pontuais
n reclassificação, fatiamento, classificação
n operações booleanas e aritméticas
– Locaisn função das variações locais da superfície
n filtragem em imagens, declividade em MNT
– Zonaisn função de uma zona delimitada por outro mapa
n altitude média de cada município do Ceará
Cartografia Aspectos funcionais 10
Álgebra geográfica
n Operações sobre objetos– Restrições sobre atributos
n seleção das cidades de Alagoas com mortalidadeacima de 100%
– Restrições espaciais (relacionamentos)n topológicas
– escolas municipais do bairro Jardim Satélite
n direção– bairros a leste do rio Paraíba
n métricas– hospitais a menos de 2km da via Dutra
Cartografia Aspectos funcionais 11
Integração de dados
n Sistemas de referência– fusos ou zonas UTM
n criação de vários projetosn extensão de uma zona UTM
– faixas da cônica deLambert 1:1.000.000
n criação de vários projetosn extensão de uma faixa
Lambert
– como proceder no SIG?(fonte: Maguire, Goodchild, Rhind, 1991)
Cartografia Aspectos funcionais 12
Integração de dados
n Cobertura dos dados– divisão por folhas do
mapeamento
– divisão por distrito,município ou estado
– divisão por imagem desatélite
– SIG deve ser flexível epermitir várias opções(fonte: Maguire, Goodchild, Rhind, 1991)
Cartografia Aspectos funcionais 13
Integração de dados
n Erros inerentes aospróprios dados– polígonos espúrios
n operação de “overlay”n detecção automática?
– ajuste de linhasn erros de digitalizaçãon como digitalização é um
pé no saco a importacãode dados digitais sempreé bem-vinda?(fonte: Maguire, Goodchild, Rhind, 1991)
Cartografia Aspectos funcionais 14
Integração com SR
n Sensoriamento Remoto representa umafonte única de informação atualizadapara um SIG.
n A união da tecnologia e dos conceitos eteorias de Sensoriamento Remoto e SIGpossibilita a criação de sistemas deinformação mais ricos e sofisticados.
Cartografia Aspectos funcionais 15
Integração com SR
n A não ser em atividades de carátereminentemente emergencial, não fazmais sentido pensar em SensoriamentoRemoto quando se faz uso exclusivo deimagens de satélite.
n A integração de imagens de satélite oufotografias digitais à base de dados deum SIG depende fundamentalmente deuma etapa de correção geométrica.
Cartografia Aspectos funcionais 16
Correção geométrica
n Importância– eliminação de distorções sistemáticas
– estudos multi-temporais
– integração de dados em SIG
n Requerimentos– conhecimento das distorções existentes
– escolha do modelo matemático adequado
– avaliação e validação de resultados
Cartografia Aspectos funcionais 17
Correção geométrica
n Fontes de distorções geométricas (MSS,TM, HRV, AVHRR, WFI)– rotação da Terra (skew)
– distorções panorâmicas (compressão)
– curvatura da Terra (compressão)
– arrastamento da imagem durante umavarredura
– variações de altitude, atitude e velocidadedo satélite
Cartografia Aspectos funcionais 18
Correção geométrica
n Transformação geométrica– modelo de correções independentes
– modelo fotogramétrico
– modelo polinomial (registro de imagens)
n Mapeamento inverson Reamostragem (interpolação)
– vizinho mais próximo
– bilinear
– convolução cúbica
Cartografia Aspectos funcionais 19
Registro de imagens
n Acredita-se que uma transformaçãogeométrica simples possa resolver aquestão de se vincular uma imagem aosistema de referência da base de dadosdo SIG.
n Os parâmetros da transformaçãogeométrica são calculados a partir damedição das coordenadas de pontos decontrole.
Cartografia Aspectos funcionais 20
Registro de imagens
n A escolha da transformação geométricaapropriada depende basicamente doconhecimento que o usuário tem sobreo nível de correção geométrica da suaimagem.
n A quantidade e a distribuição dospontos de controle sobre a imagem sãofatores preponderantes para um bomregistro.
Cartografia Aspectos funcionais 21
Generalização cartográfica
n Universalização do conteúdo de umabase de dados espaciais com uma certafinalidade– redução da complexidade
– retenção da exatidão espacial e de atributos
– função da escala ou da resolução espacial?
– modelagem em níveis de abstraçãodiferentes
– comunicação mais eficiente
Cartografia Aspectos funcionais 23
Motivações da generalização
n Seleção e representação simplificada deobjetos através de transformaçõesespaciais e de atributos– construção de bases de dados
– otimização computacional
– aumento de robustez
– derivação de bases de dados
– otimização da comunicação visual
Cartografia Aspectos funcionais 24
Tipos de generalização
n Sequência de operações de modelagem– generalização de objetos
n seleção de objetos
n conteúdo da base de dados
– generalização orientada à modelagemn simplificação da base de dados
– generalização cartográfican representação gráfica da base de dados
simplificada
Cartografia Aspectos funcionais 25
Estratégias de generalização
n Orientação por processos– deduções a partir de uma base de dados
detalhada
– explicitação de semântica e contexto
n Orientação por representações– representações múltiplas, multi-escala
– ênfase na eficiência de extração deinformação