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FACULDADE AÇÃO SISTEMA DE ENSINO ENERGIA – RIO DO SUL PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIA FUNDAMENTOS DE ECONOMIA Prof. Márcio B. Miranda www.profmarcio.com.br [email protected]

Fundamentos de Economia

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FACULDADE AÇÃOSISTEMA DE ENSINO ENERGIA – RIO DO SUL

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIA

FUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Prof. Márcio B. Mirandawww.profmarcio.com.br

[email protected]

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PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

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DE E

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INO

Curso Pós-Graduação em Finanças e Controladoria

Disciplina Fundamentos de Economia

Carga Horária 12 horas

Cronograma 18/05 – 19h00 às 23h00

19/05 – 08h00 às 14h00

Professor Márcio Batista de Miranda

E-mail [email protected]

Fone 48 9964-6737

DADOS DA DISCIPLINA

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A Economia é a base dos estudos para as ciências sociais aplicadas. O conhecimento dos Fundamentos de Economia possibilita o entendimento sobre a atuação dos agentes econômicos, bem como de suas finalidades específicas.

A Economia ainda se apresenta como um mistério à maioria destes profissionais. Isto porque seu contexto atual decorre do somatório teórico de diversas correntes de pensamento que se desenvolveram ao longo do tempo.

APRESENTAÇÃO

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A disciplina de Fundamentos de Economia tem por objetivo munir os participantes de conhecimento capaz de possibilitar a compreensão do papel da economia nas finanças empresariais.

OBJETIVOS

Microeconomia; objeto de estudo da microeconomia; lei da demanda; elasticidade da demanda; lei da oferta; equilíbrio de mercado: a lei da oferta e da demanda; teoria da empresa; estruturas de mercado; estratégia de negócios; economia empresarial.

EMENTA

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A disciplina será ministrada através de aula expositivo-dialogada, com ilustrações e apresentação de cases sobre microeconomia nas organizações. Serão também desenvolvidas atividades em grupo com apresentação em seminário.

METODOLOGIA

A avaliação do desempenho dos participantes da disciplina dar-se-á:

Grupo - pela apresentação e participação no seminário de economia;

Indivíduo - pelo questionário de avaliação a ser preenchido e enviado por e-mail em prazo determinado no próprio documento.

AVALIAÇÃO

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EC

ON

OM

IA

CONTEXTO HISTÓRICO 1. MERCANTILISMO Transformações de ordem intelectual, política e geográfica que assinalam o início dos tempos modernos. Destaque para o renascimento; a ideia metalista; inflação (1ª vez); domínio europeu; grandes monopólios.

2. FISIOCRACIA Originada na França, a Fisiocracia constitui a primeira manifestação científica do pensamento econômico - é a primeira Escola Econômica. Fisiocracia significa “regra da natureza”. Para os Fisiocratas, a agricultura é a única força produtiva. Seu objetivo é o livre comércio, admitindo-se que o preço de mercado livre é o da ordem natural, ou seja, determinado pela concorrência. Destaques para o nascimento do capitalismo e para o pensamento de que excedentes eram quantidades e não valor.

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3. ESCOLA CLÁSSICATendo como expoentes Adam Smith (A Riqueza das Nações), David Ricardo (Princípios de Economia Política e Taxação), John Stuart Mill (Princípios de Economia Política), Jean-Baptiste Say e Thomas Malthus; a Escola Clássica pregava que mercado era guiado por uma “mão invisível”, a partir da livre iniciativa (laissez-faire), onde toda oferta cria sua própria demanda (Lei de Say) e a partir também do trabalho humano, levando em conta a produtividade e a proteção à sociedade. Esta escola era contra a intervenção da economia, pois acreditava que o Intervencionismo era prejudicial ao equilíbrio da economia. Por este motivo eram também chamados de liberais. Para eles os custos se reduzem a custos de trabalho e a elevação da renda está relacionada à acumulação de capital e aos aumentos populacionais. Desenvolveram a ideia do controle populacional, desenvolvendo a teoria dos salários de subsistência. Destaques para a revolução agrícola e industrial; a divisão do trabalho; a produção em série; a especialização; o aumento de produção a baixo custo; o aumento da riqueza; a teoria do crescimento econômico; a mão invisível; princípio dos rendimentos decrescentes, a teoria das vantagens comparativas; o Estado Mínimo.

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4. MARXISMOA corrente marxista decorre dos estudos de Karl Marx (O Capital) que numa crítica à abordagem pragmática da economia propõe outro enfoque analítico. A base da teoria marxista se constitui na análise social e econômica fundamentada no materialismo histórico dialético. Para Marx a produção e o comércio representam a base da ordem social. De acordo com a concepção marxista as formas de produção e troca determinam a divisão de classes e as mudanças sociais . Em outras palavras a estrutura econômica é a força determinante dos padrões vigentes na sociedade. Alguns dos importantes conceitos derivados desta corrente são os da mais valia, do valor-trabalho e, também, o aspecto político da economia. Marx desenvolveu um modelo econômico para demonstrar que o capitalismo explorava necessariamente a classe trabalhadora e como essa exploração levaria à sua destruição.

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5. ESCOLA NEOCLÁSSICA

Os neoclássicos estabeleceram os métodos para a explicação da realidade social e econômica a partir do raciocínio matemático. Alfred Marshall (Princípios de Economia) foi a base do pensamento neoclássico, que trouxe como contribuição para a economia, a formalização da análise econômica, principalmente a microeconomia já que acreditavam que a economia se auto-regula. Com a Escola Neoclássica, o comportamento do consumidor passa a ser analisado com maior profundidade. A partir dos estudos desta Escola, o desejo de consumidor de maximizar sua utilidade e do produtor de maximizar seu lucro tornam-se as bases para a elaboração de um sofisticado aparato teórico.

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6. KEYNESIANISMOJohn Maynard Keynes (Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda), formulou as bases da teoria que, mais tarde, seria chamada de Keynesiana ou Keynesianismo. Keynes discordou da Lei de Say e defendeu o papel regulatório do Estado na economia, através de medidas de política monetária e fiscal, para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms econômicos. A Escola Keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como pensavam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" dos empresários. Para os keynesianos existe, por parte do sistema capitalista, uma ineficiência em empregar todos os que querem trabalhar. Contudo, consideram o capitalismo é o sistema mais eficiente que a humanidade já conheceu. Desta forma, propõem a intervenção do Estado com a intenção de preservá-lo e aperfeiçoá-lo. A Escola Keynesiana trabalha a questão da demanda como agente propulsor da economia e da moeda como agente de viabilização do sistema. Keynes é considerado um dos pais da moderna teoria macroeconômica.

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7. PÓS-KEYNESIANOSEnfatizam o papel da especulação financeira e estabelecem a teoria monetária da produção. Assim como Keynes, os pós-keynesianos defendem um papel ativo do Estado na condução da atividade econômica. Destaque para contribuições deste período são as teorias sobre a não-neutralidade da moeda, a demanda por moeda e o grau de liquidez .

Neste ínterim, críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais vem sendo impetradas por pensadores como John Kenneth Galbraith (A Era da Incerteza) que resgatam também pensamentos instituicionalistas como os de Thorstein Veblen (1857–1929; A Teoria da Classe Ociosa).

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8. ECONOMIA GLOBALIZADA

Cenário mundial marcado pela integração econômica, social, financeira e cultural. Da mesma forma, ocorre a maior interação dos fatores de produção com reservas não reprodutíveis, solo e clima, capital, trabalho e tecnologia. Neste cenário coexistem várias escolas teóricas da economia na busca pelo equilíbrio econômico global. Destaque para as empresas multinacionais, que se instalam em diversos países em busca de tecnologia e redução de seus custos e para as empresas transnacionais que superam o sistema nacional, mantendo o capital e instalações no país, mas atuando no mercado global.

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EC

ON

OM

IA

ECONOMIA = Oikos + Nomos = LEI DA CASA

A economia pode ser compreendida como o estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. (Mankiw, 1999)

A economia se constitui numa ciência social que tem como função o estudo do comportamento do indivíduo e da sociedade na utilização de recursos produtivos escassos e na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre várias pessoas e grupos da sociedade, tendo como objetivo final a satisfação das necessidades humanas. (Vasconcellos, 2000)

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MERCADO

FAMÍLIAS

GOVERNOEMPRESAS

Interação Econômica

EscassezEsc

olha

Agentes Econômicos

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NECESSIDADES HUMANAS primárias ou básicas – são essenciais, isto é, indispensáveis

à sobrevivência humana. São limitadas e dizem respeito às exigências do organismo humano. Por isso, são também denominadas necessidades fundamentais próprias do físico ou fisiológicas. Por exemplo: alimentação, habitação, vestuário, saúde, descanso, etc.

secundárias ou complementares – aquelas das quais o homem não depende para sobreviver. São originárias dos desejos produzidos pela mente humana. São ilimitadas e estão relacionadas ao conforto e bem-estar. Como exemplos, podem ser citadas as necessidades de segurança, sociais, de estima e de auto realização.

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NECESSIDADES HUMANAS

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A renda do consumidor é limitada e que este precisa fazer escolhas (tradeoffs) dos bens a serem consumidos em função da sua escassez de recursos.

DECISÕES DO CONSUMIDOR

Custo de oportunidade de uma escolha é o valor da alternativa descartada, não escolhida. Desta forma, reconhece-se que existe um custo de oportunidade para cada escolha feita pelo consumidor.

Os ganhos comerciais representam melhoria na renda, produção ou satisfação devido à troca de produtos e serviços. Ocorre quando há realocação de bens por meio de um comércio e melhora a vida de ambos, consumidor e produtor.

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DECISÕES DO PRODUTORO produtor detém recursos limitados e, também, precisa fazer escolhas que lhe possibilitem ter maior nível de produção e maiores ganhos comerciais. A combinação ótima dos recursos dependerá muito do setor econômico em que atua.

Setor Primário - onde o produto se encontra da forma natural e não sofreu nenhum processo de transformação. Por exemplo: pesca, agricultura ou extrativismo;

Setor Secundário - onde o produto extraído do setor primário vai passar por um processo de transformação. Por exemplo: indústria ou construção civil;

Setor Terciário - onde ocorre a prestação de serviços. Por exemplo: bancos, comércio ou restaurantes.

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DECISÕES DO PRODUTOR

O que produzir?

Porque produzir?

Para quem produzir?

Onde produzir?

Quando produzir?

Quanto produzir?

Como produzir?

Quais os recursos disponíveis?

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Terra - ou mais genericamente os recursos naturais,

representa a dádiva da natureza para os processos

produtivos: terra para agricultura, habitação, fábricas

e estradas; recursos energéticos utilizados nos

transportes e aquecimento; recursos não energéticos

como o cobre, o ferro e a areia. Atualmente o

conceito de recursos naturais inclui os recursos

ambientais tais como o ar puro e a água potável.

FATORES DE PRODUÇÃO

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Trabalho - consiste no tempo dispendido pelos

indivíduos nos processos de produção. Envolve não

apenas a força empregada no trabalho, mas também

o conhecimento presente no indivíduo e passível de

uso na produção. É o fator de produção mais comum

e mais crucial numa economia avançada. Quanto

mais capacitado o trabalhador, maiores as

possibilidades de geração de valor da economia.

FATORES DE PRODUÇÃO

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Capital - formado pelos

bens duráveis de uma

economia que se destinam à

produção de outros bens. Os

bens de capital incluem

máquinas diversas,

estruturas, tecnologia,

veículos, vias de transporte e

o próprio capital.

FATORES DE PRODUÇÃO

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1º. As pessoas enfrentam tradeoffs. Exemplos de tradeoffs: Tempo de Trabalho x Tempo de Lazer; Poupar x Consumir; Gastos com Armas x Gastos Sociais; Eficiência x Equidade.2º. O custo de alguma coisa é representado pelo que a pessoa desiste para obtê-la. Custo de Oportunidade: qualquer coisa de que se tenha de abrir mão para obter algum item.3º. Pessoas racionais pensam na margem. Alterações marginais: pequenos ajustes incrementais a um plano de ação.4º. Pessoas respondem a incentivos. Como pessoas tomam decisões baseadas em custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando esta relação se altera.5º. O comércio pode melhorar a situação de todos. O comércio permite que cada família (ou cidade, estado ou país) possa especializar-se naquilo que fazem melhor, permitindo-lhe desfrutar de uma maior quantidade de bens e serviços.

PRINCÍPIOS DE ECONOMIA

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6º. Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a atividade econômica. Economia de mercado: economia que aloca recursos através das decisões descentralizadas de muitas empresas e famílias.7º. Os governos podem, às vezes, melhorar os resultados do mercado, pois este não é perfeito. As principais imperfeições do mercado são: falhas de mercado (o mercado fracassa em alocar os recursos de forma eficiente); externalidade (impacto das ações de um indivíduo sobre o bem estar de outro); poder de mercado (capacidade de um único agente econômico influenciar os preços de mercado). 8º. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade em produzir bens e serviços. Produtividade: quantidade de bens e serviços produzida em uma unidade de tempo de trabalho. 9º. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais. Inflação: Aumento no nível geral de preços em uma economia.10º. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego. Este tradeoff surge porque os preços demoram a ajustar-se. São rígidos no curto prazo.

PRINCÍPIOS DE ECONOMIA

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A microeconomia é o ramo da teoria econômica que estuda o

funcionamento do mercado, de um produto ou de grupo de produtos

específicos.

1.

MIC

RO

EC

ON

OM

IA

Estuda o comportamento dos consumidores e produtores de tais bens e o mercado no qual interagem.Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Por este motivo é também conhecida como “Teoria dos Preços”.

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PRESSUPOSTOS DA MICROECONOMIA

A Hipótese coeteris paribus (outras coisas sendo iguais) - para análise de um mercado específico a microeconomia se vale da hipótese de que tudo o mais permanece constante. Supõe-se que ao analisar aquele mercado. Pouco ou nenhuma intervenção há das demais variáveis.

Exemplo: sabe-se que a procura de uma mercadoria é, normalmente, mais afetada por seu preço e pela renda dos consumidores; da mesma forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da mercadoria não varia.

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PRESSUPOSTOS DA MICROECONOMIAPapel dos Preços Relativos - são os preços de um bem em relação aos demais. Preço absoluto é o preço do bem isoladamente.

Exemplo: se o preço do Produto B cair 20%, mas também o preço do Produto A cair em 20% nada deve acontecer com a demanda (procura) dos dois bens (coeteris paribus). Agora, tudo o mais permanecendo constante, se cair apenas o preço do Produto B, permanecendo inalterado o preço do Produto A, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada do Produto B, e uma queda na procura do Produto A, visto que seu preço relativo aumentou quando comparado ao do Produto B.

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PRESSUPOSTOS DA MICROECONOMIA

Objetivos da Empresa - na

análise tradicional supõe-se que exista

o “princípio da racionalidade”,

segundo o qual o empresário sempre

busca a maximização do lucro total,

otimizando a utilização dos recursos

que dispõe.

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APLICAÇÕES DA MICROECONOMIAEmpresas Política EconômicaPolítica de preços;Previsão de demanda e faturamento;Previsão de custos de produção;Decisões ótimas de produção;Avaliação e elaboração de projetos de investimento;Política de propaganda e publicidade;Localização da empresa;Diferenciação de mercados.

Avaliação de projetos de investimento público;Efeitos de impostos sobre mercados específicos;Política de subsídios;Fixação de preços mínimos para a agricultura;Controle de preços;Política salarial;Política de tarifas públicas;Política de preços públicos;Leis antitruste.

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2.

OB

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RO

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Os estudos da teoria microeconômica tiveram início com a análise da demanda de bens e serviços, cujos fundamentos estão alicerçados nos conceitos subjetivos de utilidade e de valor.

Pode-se entender que a Microeconomia ocupa-se da análise do comportamento das famílias e das empresas, com a finalidade de determinar os preços dos bens consumidos.

A Microeconomia estuda o funcionamento da economia em nível de comportamento das unidades, tais como os consumidores e produtores.

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Cada um destes indivíduos toma decisões e demanda recursos em função da utilidade que estes lhes apresentam.

Utilidade é a representação do grau de satisfação que o consumidor atribui aos bens e serviços que pode adquirir no mercado. Em outras palavras, utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas.

A Teoria Valor-Utilidade, por exemplo, pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, ou seja, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Esta teoria permite distinguir o valor de uso do valor de troca de um bem. O valor de uso é a utilidade que ele representa para o consumidor, enquanto o valor de troca se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem.

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Utilidade Total é a tendência ao aumento da utilidade do bem à medida que a quantidade consumida do bem ou serviço aumenta. Utilidade Marginal é a satisfação adicional obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem ou serviço.

Paradoxo da Água e do Diamante

Por que a água, mais necessária, é tão barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado?

Acontece que a água tem grande Utilidade Total e baixa Utilidade Marginal (é abundante), enquanto o diamante, por ser escasso, tem grande Utilidade Marginal.

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Análise da Demanda – onde, a Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço divide-se em Teoria do Consumidor e Teoria da Demanda de Mercado.

Análise da Oferta – onde, a Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta de firma individual e oferta de mercado.

Análise das estruturas de mercado – onde, a partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.

A TEORIA MICROECONÔMICA SE BASEIA EM 3 ASPECTOS

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3.

LEI D

A D

EM

AN

DA

A demanda ou procura pode ser entendida como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.

Variáveis que influenciam a escolha do consumidor: o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e a preferência do consumidor.

a relação entre quantidade demandada e o preço do bem

ofertado é inversamente proporcional, coeteris paribus

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CURVA DA DEMANDA

A Curva da Demanda é negativamente

inclinada devido ao efeito conjunto de

dois fatores: o efeito substituição e o

efeito renda.

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EFEITO SUBSTITUIÇÃO Se um bem A possui um bem substituto B, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o preço do bem A aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto (o bem B), reduzindo assim a demanda do bem A. Exemplo: se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, os consumidores passarão a demandar isqueiros, reduzindo assim sua demanda por fósforos.

EFEITO RENDA Quando aumenta o preço de um bem A, tudo o mais constante (renda do consumidor e preços de outros bens estando constantes), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto (A) diminui. Assim, embora seu salário monetário não tenha nenhuma alteração, seu salário “real”, em termos de poder de compra, foi corroído.

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BENS

Bem Normal - bem cuja demanda cresce quando a renda aumenta e cai quando a renda diminui. Exemplo: automóveis.

Bem Inferior - bem cuja demanda cai quando a renda aumenta e cresce quando a renda diminui. Exemplo: carne de segunda.

Bem de Consumo Saciado - é quando a demanda do bem não é influenciada pela renda dos consumidores. Exemplo: sal.

Bem Substituto - bem que possui muitas características semelhantes às de outro bem e pode ser usado em seu lugar. Exemplo: refrigerantes.

Bem Complementar - bem que, em geral, é consumido ou usado juntamente com outro. Exemplo: gasolina.

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MUDANÇAS NAS VARIÁVEIS QUE DESLOCAM A CURVA DE DEMANDA

Deslocamento para cima e para direita Deslocamento para baixo e para esquerda

O bem é normal e a renda aumentaO bem é inferior e a renda diminuiO preço de um bem substituto aumentaO preço de um bem complementar diminuiA população aumentaAs preferências do consumidor mudam em favor do produtoOs consumidores esperam um preço mais alto no futuro

O bem é normal e a renda diminuiO bem é inferior e a renda aumenta

O preço de um bem substituto diminuiO preço de um bem complementar aumenta

A população diminuiAs preferências do consumidor mudam

Os consumidores esperam um preço mais baixo no futuro.

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Onde: = quantidade demandada do bem i no período t;

= preço do bem i no período t;

= preço dos bens substitutos no período t;

= preço dos bens complementares no período t;

= renda do consumidor no período t;

= gostos, hábitos e preferências do consumidor no período t.

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Qd = f(Pi,Ps, Pc,R, G )

Qd = f(p) coeteris paribus

Demanda do bem i = f (preço de i, preços dos bens substitutos do bem i, preço

dos bens complementares ao bem i, renda dos consumidores, preferências dos

consumidores)

Page 44: Fundamentos de Economia

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AUMENTO NA DEMANDA

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DIMINUIÇÃO NA DEMANDA

Page 46: Fundamentos de Economia

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4.

ELA

STIC

IDA

DE D

A D

EM

AN

DA

Elasticidade é uma medida de

sensibilidade utilizada para mensurar a

variação percentual de uma variável (A),

em relação a uma variação percentual de

outra variável (B), coeteris paribus.

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Demanda Elástica (|Epd| > 1) - significa que uma variação percentual

no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada

em sentido contrário.

Exemplo: |Epd | = 1,5

Significa que, a partir de uma variação percentual de 10%, por

exemplo, no preço, a quantidade demandada varia, em sentido

contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso indica

que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço.

Page 48: Fundamentos de Economia

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Demanda Inelástica (|Epd| < 1) - significa que uma dada variação

percentual no preço leva a uma variação percentual, embora

pequena, na quantidade procurada em sentido contrário.

Exemplo: |Epd| = 0,4

No caso da demanda inelástica, os consumidores são pouco

sensíveis a variações de preço: uma variação de 10%no preço, por

exemplo, pode levar a uma variação na demanda (em sentido

contrário) desse bem de apenas 4%, coeteris paribus.

Page 49: Fundamentos de Economia

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Demanda de Elasticidade Unitária (|Epd| = 1 ou Epd = -1) - neste

caso uma variação percentual no preço, implica na mesma variação

percentual na quantidade demandada em sentido contrário.

Exemplo: |Epd| = 0,4

Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%,

coeteris paribus.

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ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

Mede a relação entre a

variação proporcional

na quantidade

demandada e a

variação proporcional

no preço. |Epd| ponto b > 1 (elástica) |Epd| ponto a = 1 (unitária) |Epd| ponto b < 1 (inelástica)

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Disponibilidade de bens substitutos - quanto mais bens substitutos, mais elástica será a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem;

Essencialidade do bem - neste caso, quanto mais essencial for um bem, mais inelástica será a sua demanda. Geralmente isto se aplica aos bens de consumo saciado, como por exemplo: sal açúcar, passagem de ônibus;

Importância relativa do bem no orçamento do consumidor - quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.

Horizonte de tempo - quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica será a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta.

FATORES QUE AFETAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

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Inclinação acentuada - as compras variam pouco com o aumento dos preços. São, normalmente, insensíveis aos preços, caracterizando uma demanda inelástica.Exemplo: sal.

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Inclinação pequena - as compras variam muito com o aumento dos preços. São sensíveis aos preços, caracterizando uma demanda elástica.Exemplo: DVD.

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CASOS EXTREMOS

Inclinação infinita - as compras não variam com o aumento dos preços. Totalmente insensível à variação de preços, caracterizando uma demanda perfeitamente inelástica, ou seja, Epd = 0.Exemplo: Bens Essenciais.

Page 55: Fundamentos de Economia

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CASOS EXTREMOS

Inclinação zero - as compras variam muito com o aumento dos preços. As compras são sensíveis aos preços, caracterizando uma demanda perfeitamente elástica, ou seja, Epd=.Exemplo: mercados perfeitamente competitivos.

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Relação entre a Receita Total do vendedor (ou gasto

total do consumidor) e elasticidade-preço da demanda

Considerando que a Receita Total é resultante da relação entre o

preço unitário e a quantidade comprada do bem (RT=p*q), o que

acontecer com a receita total (RT), quando ocorre variação no preço

de um bem vai depender da elasticidade-preço da demanda:

a) Se a Epd for elástica: % qd > % p

• se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá;

• se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará.

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b) Se Epd for inelástica: % qd < % p

• se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará.• se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.

c) Se Epd for unitária: % qd = % p

• Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante.

No caso da demanda inelástica é vantajoso aumentar o preço ou diminuir a produção até o limite de Epd = -1. Pois, embora a quantidade

caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta.Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).

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ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA

AB B Apd

A B

p qE

q p

|Epd|AB > 0 A e B são substitutos - o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus.|Epd|AB < 0 A e B são complementares - o aumento do preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus.

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ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA

Rd

R qE

q r

ERd > 1 Bem superior (ou bem de luxo) - dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente.Erd > 0 Bem normal - o consumo aumenta quando a renda aumenta.ERd < 0 Bem inferior - a demanda cai quando a renda aumenta.ERd = 0 Bem de consumo saciado - variações na renda não alteram o consumo do bem.

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ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA

Mede a variação percentual da quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.

Os fatores que afetam a elasticidade-preço da oferta:Disponibilidade de bens substitutosQuanto mais substitutos, mais elástica será a oferta. Se não existe substitutos a oferta é inelástica.Horizonte TemporalQuanto mais tempo (longo prazo), mais elástica será a oferta. Quanto menos tempo (curto prazo), mais inelástica será a oferta.Custos de EstocagemO produtor é muito afetado pelos custos de estocagem. Quanto mais alto o custo de estocagem, mais elástica será a oferta. Baixo custo de estocagem, mais inelástica será a oferta.

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ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA

Epo > 1 Bem de oferta elástica.Epo < 1 Bem de oferta inelástica.Epo = 1 Elasticidade-preço de oferta unitária.

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5.

LEI D

A O

FERTA

A oferta pode ser definida como as várias quantidades de bens que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. A oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, do preço (custo) dos fatores de produção e das metas ou objetivos dos empresários.

a relação entre quantidade ofertada e o preço do bem é diretamente proporcional,

coeteris paribus

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Preço do bem R$

20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00

QuantidadeOfertada

40 47 58 69 80 97 110

De acordo com a Lei da Oferta existe uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. O produtor ofertará quantidades maiores para maiores níveis de preços e, para níveis menores de preços ofertará quantidades menores.

ESCALA DE OFERTA

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CURVA DE OFERTA

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Mudanças nas variáveis que deslocam a curva de ofertaDesloca a curva de oferta para baixo e para direita

Desloca a curva de oferta para cima e para a esquerda

O custo de um insumo diminui

O avanço tecnológico diminui os

custos de produção

O número de empresas aumenta

Os produtores esperam um preço

mais baixo no futuro

Subsídio

O custo de um insumo aumenta

O número de empresas diminui

Os produtores esperam um

preço mais alto no futuro

Imposto

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EQUAÇÃO MATEMÁTICA

Onde: = quantidade ofertada do bem i/t;

= preço do bem i/t;

= preço dos fatores e insumos de produção (mão-de-obra, matérias-primas, impostos);

= preço dos bens relacionados, substitutos ou complementares;

= avanços tecnológicos.

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Qs = f(Pi, pm, Pn, T) Ou seja,

Qs = f(p) ceteris paribus

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AUMENTOS NA OFERTA

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DIMINUIÇÃO NA OFERTA

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6. EQ

UIL

ÍBR

IO D

E M

ER

CA

DO

No mercado, os consumidores estabelecem

os preços máximos que estão dispostos a pagar

por cada quantidade a ser demandada. Essa

avaliação é subjetiva (psicológica) e deriva do

conceito de utilidade que o consumidor procura

maximizar. Assim, a curva de demanda de

mercado delimita o "preço máximo".

De outro lado, os produtores estabelecem

os preços mínimos que estão dispostos a

receber por cada quantidade ofertada, diante da

restrição dos custos incorridos na produção e

de seu objetivo de maximizar lucros. Assim a

curva de oferta representa o limite mínimo.

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Cada alteração na curva de demanda, causará um deslocamento na curva da oferta para que se obtenha um novo ponto de equilíbrio, preço e quantidade necessários ao estabelecimento do equilíbrio de mercado.

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O mesmo se verifica com relação à curva de oferta, causando um deslocamento na curva de demanda, para a obtenção do novo ponto de equilíbrio. Assim, a interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.

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O ponto de equilíbrio das funções oferta e demanda é aquele em que as duas curvas se intersectam, definindo que a quantidade de equilíbrio produzida que será adquirida e vendida ao preço de equilíbrio. Estabelecem-se, então, as possibilidades de equilíbrio com base nos efeitos gerados pelas mudanças simultâneas nas funções de demanda e de oferta.

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7.

TE

OR

IA D

A F

IRM

A

Conjunto formado pela Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) e pela Teoria dos Custos de Produção (inclui os preços dos insumos). Sua finalidade é a tomada de decisões empresariais com relação à:

(1) Tecnologia de produção - como transformar insumos (capital, trabalho, matéria-prima) em produto final (geladeira, carro). Escolha da combinação de fatores produtivos para atingir determinado nível de produto;

(2) Restrições de custos - importância do preço do fator de produção. No caso do capital, os juros; no caso da mão-de-obra, o salário; e no caso da terra, o aluguel. A viabilidade da produção está baseia-se na relação de diminuição de custos para a maximização do lucro, ou seja, quanto menor o custo, maior o lucro;

(3) Escolha da combinação de fatores - possibilidade de escolha da combinação de fatores produtivos com o objetivo de maximizar a produção e os lucros.

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TEORIA DA PRODUÇÃOProdução é o processo através do qual uma firma transforma os fatores

de produção disponíveis em sua planta em produtos ou serviços para a venda no mercado. A empresa adquire os fatores de produção (matérias-primas, tecnologia, estrutura e insumos), aloca-os segundo uma planta de produção escolhida, e vende o produto final no mercado. Empresa é uma unidade econômica que organiza e administra a produção de bens e serviços.

A escolha do processo de produção depende de sua eficiência. A eficiência pode ser:

Eficiência técnica - entre dois ou mais processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto, utilizando menor quantidade física de fatores de produção.

Eficiência econômica - entre dois ou mais processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto, com menor custo de produção.

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CURTO PRAZOÉ o período de tempo na qual existe pelo menos um fator de produção fixo (exemplo: edifício industrial e maquinaria) e um fator variável (exemplo: trabalho e matéria-prima).Conceitos:

Produto Total (PT) - quantidade total produzida utilizando-se uma dada quantidade de fatores de produção;Produtividade Média (PMe) - relação entre o nível de produto (PT) e a quantidade do fator de produção variável (X), ou seja: PMe = PT / X;Produtividade Marginal (PMg) - variação absoluta do produto (ΔPT), dada uma variação absoluta na quantidade do fator de produção variável (ΔX), ou seja, PMg = ΔPT / ΔX. O formato das curvas de PMg e PMe é devido a Lei dos Rendimentos Decrescentes;Lei dos Rendimentos Decrescentes - aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa a produção, inicialmente, crescerá a taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes; continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção decrescerá até tornar-se negativa.

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LONGO PRAZOPeríodo em que todos os fatores de produção variam. Em longo prazo interessa analisar as vantagens e desvantagens de a empresa aumentar sua dimensão (tamanho), o que implica demandar mais fatores de produção. Isto introduz os seguintes conceitos:

Rendimentos Crescentes de Escala - quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção e a produção cresce numa proporção maior;Rendimentos Decrescentes de Escala - quando todos os fatores de produção crescem na mesma proporção e a produção cresce numa proporção menor;Rendimentos Constantes de Escala - quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção e a produção cresce na mesma proporção.

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PRODUÇÃO

Ressaltando que produção é o processo de transformação implementado pela empresa para a geração de produtos ou serviços para a venda no mercado, estabelece-se a necessidade de eficiência produtiva, onde:

Eficiência técnica - é o processo que produz uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo frente aos outros diferentes processos de produção estabelecidos;

Eficiência econômica - é o processo que permite produzir uma mesma quantidade de produto, porém com o menor custo de produção, se comparado aos outros diferentes processos de produção estabelecidos;

Função de produção: Relaciona as quantidades empregadas de insumos (N, K, M, T) com o produto máximo (q) que pode ser obtido em determinado período de tempo.

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Onde, N= mão-de-obra utilizada / tempo

K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo

M = matéria-prima utilizada / tempo

, ,q f N K M

Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. Exemplo: o capital físico e as instalações da empresa;

Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. Exemplo: mão de obra e matérias-primas utilizadas.

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PRODUÇÃO: PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL

PT qProduto Total (PT) é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo.

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Produtividade Média (PMe) é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo.

(produtividade média da mdo)

(produtividade média do capital)

N

K

PTPMe NPTPMe K

Produtividade Marginal (PMg) é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo.

= ou (produtividade marginal da mdo)

= ou (produtividade marginal do capital)

N

K

PT q dqPMg

N N dNPT q dq

PMeK K dK

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K N PT PMe N PMg N101010101010101010

012345678

038

121517171613

-3,04,04,03,83,42,82,31,6

-354320-1-3

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O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes.

Lei dos Rendimentos Decrescentes: ao aumentar a variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg o fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.” Um exemplo disso pode ser a atividade agrícola tendo como fator fixo a área cultivada. Observa-se, também, que essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo).

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PRODUÇÃO: ISOQUANTA DE PRODUÇÃO

Isoquanta significa de igual quantidade. Pode ser definida como uma linha na qual todos os pontos presentes representam as infinitas combinações dos fatores, que indicam a mesma quantidade produzida. Uma empresa pode apresentar diversas isoquantas de produção (mapa ou planta de produção). A escolha de uma isoquanta corresponde à escolha que o fornecedor deseja produzir, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto.

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PRODUÇÃO: RENDIMENTOS DE ESCALA OU ECONOMIA DE ESCALA

A Economia de Escala representa a análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, em longo prazo, ao

aumentar sua dimensão produtiva, seu tamanho ou capacidade, demandando mais fatores de produção. Pode

ser entendida, portanto, como o ritmo da variação da produção, respeitada certa proporção de combinação

entre os fatores.

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Rendimentos crescentes de escala - neste caso um aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção. Estes rendimentos acontecem quando a variação percentual da quantidade do produto total é mais do que proporcional à variação percentual da quantidade utilizada dos fatores de produção.Rendimentos decrescentes de escala - ocorre quando os fatores de produção crescem na mesma proporção e a produção cresce numa proporção menor. Os rendimentos decrescentes de escala ocorrem quando a variação percentual do produto é menos do que proporcional à variação percentual da utilização dos fatores.Rendimentos constantes de escala - se todos os fatores de produção aumentarem numa dada proporção, a produção cresce na mesma proporção. Neste caso, a produtividade média dos fatores de produção é constante. Estes rendimentos ocorrem quando a variação percentual do produto total é proporcional à variação percentual da quantidade utilizada dos fatores de produção.

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TEORIA DOS CUSTOS

Na Teoria da Firma, podem-se considerar custos os gastos financeiros oriundos da produção de bens ou serviços. lucro.

O entendimento dos custos possibilita a melhor compreensão da questão da alocação dos recursos produtivos e dos rendimentos, uma vez que quanto menores os custos e maior a receita, maior será o lucro.

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Custo Econômico é o somatório dos Custos Privados e dos Custos Externos;

Custos Privados são todos os custos necessários para se produzir uma mercadoria, ou seja, são os fatores internos que alteram os custos das empresas. Exemplo: matéria-prima e trabalho;

Custos Externos são os custos que surgem por necessidade externa à produção, pelas interferências exógenas, e que devem ser pagas devido ao processo social. Exemplo: fábrica de papel no reflorestamento e curtumes no tratamento dos resíduos.

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Custo Econômico pode representar, ainda, o somatório dos Custos Contábeis, considerados custos explícitos, e dos Custos de Oportunidade, considerados custos implícitos. Custos Contábeis representam o conjunto de valores que a

empresa desembolsa na aquisição dos fatores de produção, tais como matérias-primas, trabalho, tecnologia, estrutura e insumos. Exemplo: matéria-prima e tratamento de resíduos.

Custos de Oportunidade, por sua vez, representam o conjunto de valores que se perdem com os recursos em seu melhor uso alternativo. De outra forma, o custo de oportunidade de um fator de produção corresponde ao melhor ganho que se poderia obter empregando-se esse fator em outra atividade que não a produção da firma. Portanto, esses valores são estimados a partir do que poderia ser ganho, no melhor uso alternativo.

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CURTO PRAZOO curto prazo é período de tempo em que existem custos fixos e custos variáveis. Custos Fixos (CF) são custos que independem da quantidade produzida (aluguéis e máquinas, por exemplo), enquanto os Custos Variáveis (CV) representam os custos que dependem da quantidade produzida (salários, matérias-primas, etc.). O conjunto destes custos forma o Custo Total (CT = CF + CV). Da reflexão sobre a totalidade dos custos decorre a existência de sua média, onde o Custo Médio (CMe) é o quociente entre o custo total e a quantidade produzida (CMe = CT / Q). E assim, surgem também, o Custo Fixo Médio (CFM = CF / Q), o Custo Variável Médio (CVM = CV / Q) e, por fim, o Custo Marginal (CMg). Este último resultante da relação entre a variação absoluta do custo total decorrente da variação, também absoluta, na quantidade produzida, ou seja, CMg = ΔCT / ΔQ.

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LONGO PRAZO

Representa o período de tempo em que todos os custos variam. Custo total é o conjunto dos custos variáveis de longo prazo. Considera-se o objetivo da empresa como sendo atingir o seu tamanho ótimo, ou seja, custo médio mínimo de longo prazo. Considera-se, ainda, que em longo prazo não existem fatores fixos. Desta forma, o custo médio de longo prazo é determinado pelas economias ou deseconomias de escala. Inicialmente, com a produção em níveis muito baixos os rendimentos crescentes de escala causam o declínio dos custos médios de longo prazo. Mas, na medida em que a produção cresce, as deseconomias de escala tendem a prevalecer, provocando o crescimento da curva. A produção do tamanho ótimo não representa apenas uma produção ótima para uma dada dimensão de planta escolhida, mas revela também a melhor dimensão de planta escolhida, isto é, aquela que iguala nos respectivos pontos de mínimos o custo médio de curto e longo prazo. As empresas vão tentar manter rendimentos constantes de escala no Tamanho Ótimo de Firma.

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Nesse caso as economias de escala se devem à indivisibilidade de equipamentos e da própria planta (tamanho mínimo de plantas), à indivisibilidade de financiamentos, indivisibilidade de pesquisa e operações mercadológicas, preços reduzidos dos fatores (aquisições de matérias-primas em grandes quantidades), eficiência crescente da gerência e especialização do trabalho.

Já as deseconomias de escala se devem à perda de eficiência da gerência em assumir crescentes atividades complexas, custos crescentes dos fatores não reprodutivos (aperfeiçoamento da mão-de-obra) e desenvolvimento de funções subsidiárias.

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CUSTOS DE PRODUÇÃO: AVALIAÇÃO PRIVADA E AVALIAÇÃO SOCIAL

Avaliação privada - avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel);

Avaliação social - custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).

Externalidades - alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. As externalidades podem ser positivas ou negativas.

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CUSTOS DE PRODUÇÃO: CUSTOS EM CURTO PRAZO

Custo Fixo Total (CFT) - mantém-se fixa, quando a produção varia.Exemplo: aluguéis, depreciação, etc.

Custo Variável Total (CVT) - varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. Exemplo: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.

CVT f q

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Custo Total (CT) - soma do custo variável total com o custo fixo total.

CT CVT CFT

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Rendimentos Decrescentes são iguais aos Custos Crescentes.

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Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de produção para uma unidade a mais de produto.

ou CT dCT

CMg CMgq dq

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Os custos marginais não sofrem influência dos custos fixos, já que estes são invariáveis no curto prazo. Quando o custo marginal superar o custo médio, seja ele total ou variável, significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, sendo o custo marginal inferior ao custo médio, este último só poderá cair. Quando, entretanto, o custo marginal for igual ao custo médio, total ou variável, o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.

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CUSTOS DE PRODUÇÃO: CUSTOS EM LONGO PRAZO

No longo prazo inexistem custos fixos, pois neste período de tempo todos os custos são variáveis. Sendo assim, um agente econômico precisa operar no curto prazo e planejar no longo prazo. Os empresários têm, então, uma gama de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes tamanhos de estrutura de produção para escolher.

Como exemplo, num modelo hipotético, supõem-se três escalas de produção, sendo o modelo I com 10 máquinas, o modelo II com 15 máquinas e o modelo III com 20 máquinas.

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Neste caso, as curvas de custo médio de longo prazo serão:I. Produção de q1 CMeC1 < CMeC2 e CMeC3

II. Produção de q3 CMeC2 < CMeC1 e CMeC3

III. Produzir em: q2 CMeC2 = CMeC1 e q4 CMeC2 = CMeC3

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A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP, também chamada de Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo. Esta curva explicita o menor custo unitário.

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Surge, então, a questão do isocusto, um conjunto de todas as combinações possíveis de fatores de produção que mantém constante o custo ou orçamento total da empresa. Dados os preços dos fatores, se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se desejar manter constante o orçamento gasto. A curva de isocusto tem inclinação negativa.

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TEORIA DOS RENDIMENTOS

Esta teoria diz respeito aos resultados auferidos pela firma e baseia-se tanto na Teoria da Produção quanto na Teoria dos Custos. Os rendimentos auferidos por uma firma constituem o resultado da multiplicação da quantidade vendida do produto (Q) pelo seu respectivo preço (P) de venda, ou seja, RT = P x Q. Desta forma, entende-se que o rendimento da firma é resultante da venda, como receita da comercialização do produto. Mas, se por um lado a Receita Total (RT) ou rendimento expressa a relação entre preço e quantidade vendida de um dado produto, por outro lado verifica-se a necessidade de planejar e prever, tanto a Receita Total (RT) quanto o lucro da empresa (LT).

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Neste caso algumas definições se fazem necessárias: Receita Média (RMe) - o quociente entre a receita total

e a quantidade vendida, ou seja, RMe = RT / Q. Verifica-se, portanto, que RMe = preço;

Receita Marginal (RMg) – expressa pela relação existente entre a variação absoluta da receita total decorrente da variação absoluta da quantidade vendida, ou seja, RMg = ΔRT / ΔQ;

Lucro Total (LT) - a diferença entre a receita total e o custo total, sendo expressa por LT = RT – CT.

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É preciso observar, também, a existência da Lei dos Rendimentos Decrescentes, que expressa a relação econômica decrescente na utilização de unidades adicionais de trabalho. Segundo a lei, coeteris paribus, o produto marginal de um fator de produção se reduzirá conforme o aumento da quantidade utilizada desse fator. Isso equivale a dizer que quando são utilizadas unidades adicionais de trabalho, ou seja, mão-obra-adicional, a produção total tende a aumentar, mas a partir de certo ponto a produção marginal tende a decrescer. Isto se deve à utilização de fatores menos produtivos (eficientes) para atender uma demanda crescente.

Entende-se, ao estudar esta lei que o produto marginal de um insumo de produção diminuirá na medida em que a utilização deste insumo aumentar, quando a quantidade de todos os demais fatores de produção (insumos) se mantém constantes.

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Pode-se entender, ainda, que quanto mais unidades de um insumo são utilizadas, num período de tempo específico, com quantidades fixas de outro insumo, mais o produto marginal do insumo variável passará a declinar, após certo ponto. Por este motivo, a lei dos rendimentos decrescentes é também conhecida por lei das proporções variáveis ou lei da produtividade marginal decrescente.

Sua dinâmica preconiza que se aumentando a quantidade de um fator variável, coeteris paribus, inicialmente a produção cresce à taxas crescentes; após certa quantidade utilizada do fator variável, passa a crescer a taxas decrescentes; continuando o aumento da utilização do fator variável, a produção decresce. Um exemplo da aplicação desta lei é o aumento do numero de trabalhadores em certa extensão de terra. Num primeiro momento a produção aumenta, mas logo se chega a um estado de nenhum aumento na produção, devido ao excesso de trabalhadores em relação a extensão de terra, que se manteve constante.

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RENDIMENTOS DE ESCALA

O conceito de rendimentos de escala está relacionado à forma como a quantidade produzida aumenta à medida que vão sendo agregados mais fatores de produção. Os rendimentos (ou retornos) de escala podem assumir três formas diferentes: Retornos constantes de escala - ao se aumentar n vezes os fatores

de produção, a quantidade produzida também aumenta n vezes; Retornos crescentes de escala - quando multiplicamos os fatores

de produção por n, a quantidade produzida aumenta mais do que n vezes;

Retornos decrescentes de escala - ao multiplicarmos os fatores de produção por n, a quantidade produzida aumentara menos do que n vezes.

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A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO DA FIRMA

A maximização do lucro da firma é o objetivo da Teoria da Firma e sua equação fundamental de maximização dos lucros é assim demonstrada por LT = RT – CT onde:

LT = Lucro total

RT = Receita Total

CT = Custo Total

Para se achar o ponto de máximo lucro, em relação ao volume Q, tem-se LT/Q = RMg – CMg = 0 onde

RMg = Receita Marginal

CMg = Custo Marginal

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No ponto em que a receita marginal for igual ao custo marginal tem-se o máximo lucro. Também de forma gráfica esta conclusão pode ser demonstrada. O diagrama abaixo mostra para a firma o ponto de equilíbrio e o ponto de lucro máximo em função do volume de produção.

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Ressalta-se que o cálculo do “ponto de equilíbrio” é uma das melhores formas de verificar a situação de lucratividade da empresa. Constitui-se num teste de seu mercado (preços) em confronto com sua estrutura (custos). Esta é uma forma usual e simples de se mostrar a interação de preços e custos de uma determinada firma.

Quando se considera apenas um produto a análise é bastante simplificada, pois tem-se a visualização do efeito de variações de volume (deste produto) no lucro total da firma. Esta técnica é também chamada de análise custo - volume – lucro (CVL) ou Ponto de Equilíbrio.

O problema aparece quando a empresa possui vários produtos. Nesse caso o uso de análise em função não do volume, mas em função da receita total, ou seja, o “ponto de equilíbrio” em relação ao faturamento da firma. Observa-se que, neste caso, todos os produtos serão considerados no cálculo. Então, não se tem o “ponto de equilíbrio” da receita em função da variação de quantidades de um produto, mas sim, a variação dos lucros em função da receita total.

Page 111: Fundamentos de Economia

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8. ES

TR

UTU

RA

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DO O estudo das estruturas de mercado possibilita o

entendimento do comportamento das empresas na organização de sua planta produtiva, portanto, a melhor aplicação da Teoria da Firma. São variadas as formas ou estruturas de mercado e dependem fundamentalmente de três características: Número de empresas que compõem esse mercado; Tipo do produto (se as firmas fabricam produtos

idênticos ou diferenciados); Se existem ou não barreiras ao acesso de novas

empresas nesse mercado.

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Estrutura Objetivo da Empresa Número de FirmasTipo de Produto

Entrada de Novas Empresas

Lucros a LP

Concorrência PerfeitaMaximização de Lucros

(RMg=CMg )Infinitas Homogêneo

Não existem barreiras

Lucros Normais

MonopólioMaximização de Lucros

(RMg=CMg )Uma Único Barreiras

Lucros Extraordinários

Concorrência MonopolísticaMaximização de Lucros

(RMg=CMg )Muitas Diferenciado

Não existem barreiras

Lucros Normais

Modelo ClássicoMaximização de Lucros

(RMg=CMg )

Oligopólio Concentrado: poucas

empresas

Modelo de Mark-upMaximização Mark-up =

Rec. Vendas - Custos Dir.

Oligopólio Competitivo: poucas dominam o

setor

Oligopópilo

Homogêneo ou diferenciado

BarreirasLucros

Extraordinários

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1. CONCORRÊNCIA PERFEITA OU PURA

Há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte

que, por apresentar dimensão inexpressiva, uma empresa

isoladamente não afeta os níveis de oferta do mercado e,

consequentemente, o preço de equilíbrio. Suas principais

características são:

Mercado atomizado

Produtos homogêneos

Mobilidade de firmas

Racionalidade

Transparência do mercado

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MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS NO CURTO PRAZOA firma tem como objetivo principal a maximização dos lucros, seja no curto

ou no longo prazo. Neste caso devem escolher o nível de produção para qual a diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível (máxima).

Considerando que a Receita Marginal (RMg) como sendo o acréscimo da receita total da venda de uma unidade adicional de um produto e que o Custo Marginal (CMg) como o acréscimo do custo total pela produção de uma unidade adicional do produto; verifica-se que a maximização do lucro no mercado de Concorrência Perfeita ocorre, em um nível de produção tal que a receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo marginal desta última unidade produzida.

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Observa-se que:

RMg > CMg há interesse de aumentar a produção, pois cada

unidade adicional fabricada aumenta o lucro;

RMg < CMg há interesse de diminuir a produção, pois cada

unidade adicional não fabricada aumenta o lucro;

RMg = CMg há maximização do lucro, sendo CMg

crescente.

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A firma estará maximizando o lucro no ponto onde a taxa de intercâmbio dos fatores permitida pela tecnologia for igual à taxa de intercâmbio permitida pelo mercado (preços dos fatores).

Essa combinação ótima de fatores é, ao mesmo tempo, a que minimiza o custo e maximiza a receita, caracterizando uma dualidade, como mostra o gráfico abaixo:

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2. MONOPÓLIOUma estrutura de mercado caracterizada pela existência de uma única firma produtora do bem ou serviço, o qual não possui substituto próximo, num mercado em que existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: Monopólio puro ou natural - devido à alta escala de produção requerida,

exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estruturada em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista;

Patentes - direito único de produzir o bem; Controle de matérias-primas chave – pode-se citar como exemplo o controle das

minas de bauxita pelas empresas que produzem alumínio; Monopólio estatal ou institucional – mercado protegido pela legislação.

Normalmente acontece em setores estratégicos ou de infraestrutura;

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Como existem barreiras à entrada de novas empresas, diferentemente da concorrência perfeita, as empresas em mercados monopolizados auferem lucros extraordinários. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde RMg = CMg, como mostra o gráfico:

Page 119: Fundamentos de Economia

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3. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA

A Concorrência Monopolística é uma estrutura de mercado caracterizada pela presença de muitas empresas produzindo um dado bem ou serviço, sendo que cada empresa produz um produto diferenciado, o qual substitutos próximos. Entretanto, cada uma destas empresas tem certo poder sobre os preços, uma vez que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem alternativas de escolha, de acordo com sua preferência.

Como não existem barreiras para a entrada de firmas, no longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários no curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando, assim, a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.

Page 120: Fundamentos de Economia

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4. OLIGOPÓLIOO Oligopólio é uma estrutura de mercado que possui duas configurações distintas. Na primeira, encontra-se o Oligopólio Concentrado onde um pequeno número de empresas compõe o setor produtivo. Um exemplo deste tipo de Oligopólio é a Indústria automobilística. A segunda configuração é o Oligopólio Competitivo, onde um pequeno número de empresas domina um segmento produtivo composto por muitas empresas. Um exemplo de Oligopólio Competitivo são as marcas Brahma, Skol e Antártica no mercado de cervejas.De modo geral, os Oligopólios caracterizam pelo poder de fixar os preços em seus próprios termos, num mercado com demandas relativamente inelásticas, no qual os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços. Isso acontece devido ao fato de que estas empresas são dominantes no mercado. Outra caraterística básica reside na existência de barreiras para a entrada de novas empresas no setor.Todavia, ressalta-se que os Oligopólios podem diferir em sua tipologia, em função do produto, sendo então: homogêneos quando o produto é homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); e diferenciados quando tratar-se de um produto heterogêneo (por exemplo, automóveis).

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Observa-se que no longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirem. Ainda sobre a forma de atuação neste mercado destaca-se que:

as empresas concorrem entre si via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco frequente);

as empresas formam cartéis (conluios, trustes), estabelecendo uma organização (formal ou informal), dentro de um setor, capaz de determinar a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas.

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Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito diferentes entre si. O modelo mais comum parte da maximização dos lucros pelo empresário e, neste caso, a RMg = CMg. Um outro modelo que merece destaque é o modelo de mark-up, onde:

Mark-Up = Receita Total de Vendas – Custos Diretos de ProduçãoNeste caso o preço é calculado: p = c x m onde:p = preço do produtoc = custo unitário direto ou variávelm = taxa (%) de mark-up

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FATORES DE PRODUÇÃO NAS ESTRUTURAS DE MERCADO

Os fatores de produção tem forte influência na estruturação de um mercado, podendo definir sua configuração como ocorre em:

Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de produção, como por exemplo, a mão-de-obra não especializada. Isto torna o preço desse fator constante.

Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos.

Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Pode-se citar como exemplo a indústria de laticínios.

Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator.

Page 124: Fundamentos de Economia

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9.

ES

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ATÉG

IAS D

E N

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IOS

O uso da estratégia vem da idade antiga, mas o termo tornou-se popular e comum no meio empresarial nos últimos anos, devido à competitividade, à necessidade de sobrevivência e de obtenção de resultados.

No contexto empresarial, a estratégia pode ser entendida como a soma de todas as ações necessárias a maximização do lucro da firma, sendo apresentadas em forma de jogo competitivo. Neste sentido, as estratégias podem ser definidas em termos de gestão de pessoas, produtos, tecnologias, fornecedores e mercados. Estas estratégias, quando adequadamente agrupadas possibilitam auferir vantagens competitivas.

O estabelecimento de estratégias passa pelo conjunto de processos administrativos que preconiza o planejamento, a organização, a liderança e o controle. Em administração, a estratégia pode ser vista também como pensar o futuro, o que requer foco no processo decisório e nos cenários econômicos possíveis. No âmbito econômico, contudo, não apenas os cenários como, também, a aplicação de conceitos e princípios da economia tem possibilitado ganhos significativos. Estudos como os de Porter (2004) têm apontado melhores direcionamentos para as empresas no mercado.

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VANTAGEM COMPETITIVA

Na visão de Porter, Vantagem Competitiva está na essência do pensamento estratégico, pois na busca pela participação de mercado, a competição se estabelece em toda a cadeia de relações da organização.

Apesar de complexa, essencialmente a Vantagem Competitiva pode ser obtida na busca pelo posicionamento diferenciado na competição de mercado, quando a empresa adota a estratégia competitiva acertada. Desta forma, Vantagem Competitiva se estabelece como uma maneira de lidar com a competição, ainda na fase de planejamento estratégico, observando a capacidade dos clientes, o poder dos fornecedores, a competitividade dos concorrentes, a estrutura de mercado e, ainda, as competências essenciais da própria organização.

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Mercados competitivos tem sua lucratividade reduzida, em função da facilidade de acesso por novos entrantes. A estrutura conceitual de Porter identifica as fontes de vantagem competitiva nestes mercados. Para ele as estratégias competitivas representam melhores possibilidades de lucro para empresas em um setor específico ou em um ramo de atuação que não estejam sujeitos a controles. A partir de um modelo estratégico centrado em cinco forças competitivas, Porter sugere a busca pela possibilidade de lucros sustentáveis.

Page 127: Fundamentos de Economia

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Modelo Estratégico das Cinco Forças de Porter

Produtos substitutos - a existência de substitutos que

desempenham as mesmas funções que os produtos ou serviços da

organização representam uma limitação à criação de valor. Isto

ocorre porque os substitutos reduzem o retorno potencial da

empresa, estabelecendo um teto de preços no qual a empresa pode

atuar com lucro, tanto em períodos normais quanto em períodos de

prosperidade. Seu efeito no mercado corresponde ao da elasticidade

da demanda do setor específico ou do mercado como um todo.

Page 128: Fundamentos de Economia

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Modelo Estratégico das Cinco Forças de Porter

Barreiras à entrada de concorrentes - novos entrantes, como são

chamadas as empresas que entram para uma indústria, segmento

ou mercado, trazem consigo capacidade produtiva, recursos e

objetivos de participação no mercado. Representam, portanto,

ameaças se não houver barreiras de entrada existentes, bem como

a consideração da reação competitiva de sua entrada por parte dos

concorrentes já existentes. Com barreiras altas, o novo entrante

enfrenta retaliação acirrada dos concorrentes. Exemplos de barreira

a novos entrantes podem ser: economias de escala, diferenciação

do produto, capital necessário, acesso aos canais de distribuição,

política governamental, entre outras.

Page 129: Fundamentos de Economia

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Modelo Estratégico das Cinco Forças de Porter

Poder dos compradores – a força demonstrada pelos consumidores

na negociação de compra de produtos ou serviços representa uma

força competitiva significativa, uma vez que os compradores

competem com a indústria forçando os preços para baixo, exigindo

melhor qualidade ou mais serviços e jogando os concorrentes uns

contra os outros. Os custos desta negociação e da competição

estabelecida refletem na rentabilidade da indústria como um todo.

Page 130: Fundamentos de Economia

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Modelo Estratégico das Cinco Forças de Porter

Poder dos fornecedores – representa a força demonstrada pelos

fornecedores ao negociar com produtores, ameaçando elevar

preços ou reduzir a qualidade de seus serviços. Fornecedores

poderosos podem sugar a rentabilidade de uma indústria, caso ela

seja incapaz de repassar os aumentos de custos em seus próprios

preços. Da mesma forma uma indústria pode sugar a rentabilidade

dos fornecedores, caso estes lhe sejam cativos.

Page 131: Fundamentos de Economia

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Modelo Estratégico das Cinco Forças de Porter

Rivalidade entre os concorrentes – a determinação do valor criado

por uma indústria em função da concorrência direta. Representa a

rivalidade existente em função da pressão sofrida por um ou mais

concorrentes de mercado ou, ainda, de sua busca por um melhor

posicionamento neste mercado. Na disputa por posição, as

empresas tornam-se mutuamente dependentes, ao mesmo tempo

em que criam valor, devido ao padrão de concorrência direta. Neste

caso a atividade, a agressividade e o uso de ferramentas de

competição para a conquista de mercados se tornam elementos

importantes para a utilização no mercado.

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ALAVANCAGEM EMPRESARIALA alavancagem empresarial resulta do uso de ativos ou recursos de custo fixo para

maximizar os retornos aos proprietários da empresa. Existem três tipos básicos de

alavancagem: a operacional, a financeira e a total.

Alavancagem Operacional – toma-se como base o uso potencial de custos fixos

operacionais, com vistas à elevação dos efeitos das mudanças nas vendas sobre os

lucros antes dos juros e do imposto de renda.

Alavancagem Financeira – baseia-se no uso de custos fixos financeiros para

maximizar os efeitos de variações em lucros antes de juros e imposto de renda nos

lucros por ação da empresa.

Alavancagem Total - potencial para usar custos fixos tanto operacionais quanto

financeiros para maximizar o efeito de variações nas vendas sobre o lucro por ação

da empresa.

Page 133: Fundamentos de Economia

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MERCADO RELEVANTE, ECONOMIA DE ESCALA E DE ESCOPOEm tempos de competição global, as estratégias mudam. As vantagens competitivas se mantêm, mas seu alcance, outrora auferido e mantido através da produção em larga escala, hoje se dá em função da adoção de novas infraestruturas e tecnologias de comunicação que possibilitam a coordenação de tarefas complexas e a customização da produção.

Com isso considera-se a existência do mercado relevante, onde os agentes econômicos interagem entre si, estabelecendo um relacionamento comprador-vendedor em grupos estratégicos de negócios. Assim, dentro de um padrão global de competitividade, encontram-se produtos que podem ter abrangência mundial, como por exemplo, sistemas operacionais de computadores; como também podem ser encontrados produtos com abrangência limitada, como livros em português, por exemplo.

Page 134: Fundamentos de Economia

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Verifica-se, então, que as estratégias ótimas de produção acompanham as condições de negócios impostas pela competitividade do mercado. Todavia, os níveis de rendimento ainda constituem fator decisivo para o sucesso de uma estratégia empresarial. Desta forma, as economias de escala, bem como as economias de escopo representam estratégias de mercado a serem adotadas para maximização do lucro em um dado mercado.

Vale ressaltar que a economias de escala ocorrem quando o custo marginal é menor do que o custo médio. Um fator chave para as economias de escala, portanto, é o custo médio, o qual diminui à medida que os custos fixos são diluídos e aumenta quando existem limitações na capacidade produtiva. A escala de eficiência mínima se dá a partir do momento em que o custo médio se apresenta de maneira uniforme ou com leve crescimento.

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As economias de escopo, por sua vez, explicitam-se pela existência de ganhos na diversificação de produtos. Um exemplo disso são os ganhos diferenciados como a indústria de papel: supondo que a empresa A produza folhas de papel do tipo 1 e do tipo 2; seu concorrente direto, a empresa B, produz apenas papel do tipo 2; todavia, a empresa A possui um custo menor em produzir o papel do tipo 2. Com isto, o papel do tipo 2 reduz o custo incremental de produção e estes ganhos caracterizam a economia de escopo. As economias de escopo são oriundas da aplicação e aprimoramento know how produtivo ou P&D, considerado por Sveiby (1997) ativos intangíveis.

Page 136: Fundamentos de Economia

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Mas, tanto as economias de escala quanto as economias de escopo são caracterizadas pelo controle e redução de custos e de estoques, pelo investimento em propaganda e pelos investimentos em P&D. Embora a economia de escala possa ser alcançada no curto prazo pelo volume de produção, em longo prazo as escalas são obtidas através de fatores tecnológicos. Mas, à medida que o mercado relevante se expande, as economias de escala possibilitam a especialização e, com isso, as economias de escopo. A publicidade e a capacidade de abrangência da marca também somam para a conquista e manutenção destas economias, tanto com a conquista e manutenção de clientes como com o endosso e proteção de uma marca forte.

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É preciso considerar, contudo, que a partir de certo ponto o crescimento da empresa leva à deseconomias de escala. Alguns dos fatores que originam estas deseconomias estão ligados aos custos, sobretudo os do trabalho; mas, pode-se encontrar também na burocracia e na escassez de recursos, explicações para esta situação.

A determinação da estratégia de preços que maximiza o lucro da empresa deve observar estas condições, no mercado e na própria organização, uma vez que variáveis como prazo, tecnologia, potencial para mudanças, custos, consumidores e concorrências representam mais do que apenas elementos de mercado, representam fatores que integram forças competitivas capazes de alavancar o sucesso da organização.

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TEORIA DOS JOGOSEm concorrência imperfeita a firma tem consciência de que pode afetar o preço de seu produto, como também percebe que este é afetado pelas decisões de seus concorrentes. Ocorre um comportamento estratégico.

Interação estratégica : situação na qual cada empresa ou agente reconhece que as suas ações tem efeito sobre o bem-estar das demais empresas e agentes, o que levará estes a reagir as ações tomadas pelo primeiro.

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TIPOS DE JOGOS

Jogos cooperativos - situação na qual os jogadores podem negociar contratos entre si, permitindo o planejamento conjunto das estratégias.

Jogos não-cooperativo - situação na qual os jogadores não podem negociar e implementar contratos, fazendo com que as decisões tenham que ser tomadas de forma independente pelos jogadores, os quais são obrigados a fazer conjecturas sobre o provável comportamento dos demais.

Jogos sequenciais - jogos nos quais um jogador escolhe a sua estratégia antes do outro

Jogos não sequenciais - jogos nos quais um jogador escolhe a sua estratégia simultaneamente

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ESTRATÉGIA DOMINANTE

“Uma estratégia dominante é aquela que é a melhor estratégia para um jogador, independente da estratégia adotada pelo outro.” (Vasconcellos)

Cada empresa buscará o que é melhor para si, gerando uma falha de coordenação, situação na qual o bem-estar coletivo é menor do que o máximo.

Page 141: Fundamentos de Economia

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Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro. A questão que o dilema propõe é: o que vai acontecer? Como o prisioneiro vai reagir?

B CONFESSA B NÃO CONFESSA

A CONFESSA Ambos são condenados a 5 anos

A sai livre e B é condenado a 10 anos

A NÃO CONFESSA A é condenado a 10 anos e B sai livre

Ambos são condenados a 6 meses

DILEMA DO PRISIONEIRO

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Equilíbrio de NashA solução do jogo passa por se determinar se existe algum conjunto de estratégias tal que cada jogador está fazendo o melhor que pode em função da estratégia adotada pelo outro jogador.O conceito de equilíbrio de Nash se apoia na racionalidade individual. A estratégia escolhida pelo jogador depende não só da sua própria racionalidade como também da racionalidade de seu oponente. Jogos SequenciaisAté agora consideramos apenas os jogos nos quais ambos os participantes fazemos seus movimentos ao mesmo tempo. Iremos agora analisar jogos sequenciais, ou seja, jogos nos quais um jogador escolhe a sua estratégia antes do outro (exemplo: investimento em expansão de capacidade para desestimular a entrada de novos competidores).Jogos sequenciais são mais bem visualizados na forma extensiva, também conhecida como árvore de decisão.

Page 143: Fundamentos de Economia

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

10.

EC

ON

OM

IA E

MPR

ES

AR

IAL A Economia de Empresas, como área do conhecimento, é um ramo

aplicado da microeconomia na alocação eficiente de recursos escassos, no planejamento da estratégia corporativa e na execução de táticas eficazes.

A Economia de Empresas preocupa-se com a alocação de recursos e com as decisões estratégicas e táticas feitas por analistas, gerentes e consultores nos setores público e privado e nas entidades sem fins lucrativos da economia. Utiliza-se, para tanto, de instrumentos e modelos que viabilizem o conhecimento das características de uma economia de mercado possibilitando a percepção gerencial essencial para a análise e solução de problemas que possuem consequências econômicas significativas, tanto para a empresa quanto para a sociedade.

Page 144: Fundamentos de Economia

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Cabe verificar antecipadamente o que as empresas esperam quando atuam no mercado, uma vez que todas as decisões decorrentes da análise econômica se estabelecem no sentido de atender aos objetivos e metas estabelecidos pela empresa.

O objetivo dos proprietários que consiste em maximizar os lucros. Num sentido mais específico este objetivo consiste em maximizar o valor da empresa para os seus proprietários, ou seja, maximizar a riqueza dos acionistas. A riqueza dos acionistas, por sua vez, é medida pelo preço de mercado das ações ordinárias de uma empresa.

Tomando a meta de maximização da riqueza dos acionistas percebe-se que os dirigentes de uma empresa precisam maximizar o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados para os proprietários (acionistas).

Page 145: Fundamentos de Economia

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Pois, o valor da ação de uma empresa é igual ao valor presente de todos os lucros futuros esperados, descontados à taxa de retorno exigida pelos acionistas. Desta forma, os dirigentes tomam decisões sobre os diversos aspectos inerentes à produção e comercialização dos produtos e serviços da empresa com a qual atuam. Algumas das principais decisões sob controle dos dirigentes dizem respeito à:

Produtos e serviços oferecidos para venda; Tecnologia da produção; Marketing e rede de distribuição; Estratégias de investimento; Políticas de emprego e esquemas de remuneração para gerentes e

outros empregados; Forma jurídica da empresa – sociedade limitada ou sociedade

anônima; Estrutura de capital – uso de capital de terceiros e capital próprio para

financiar a empresa.

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MODELO DE TOMADA DE DECISÃOA fim de buscar as soluções, determinando a maximização do lucro

econômico, observa-se a importância da atuação do decisor no modelo de tomada de decisão, como segue:

o decisor deve estabelecer ou identificar os objetivos da organização; o decisor deve identificar o problema que requer uma solução; identificada(s) a(s) fonte(s) do problema, passa-se a examinar as

soluções potenciais. A escolha depende dos custos e benefícios relativos;

após todas as alternativas terem sido identificadas e avaliadas e a melhor alternativa escolhida, constitui a implementação da decisão.

Page 147: Fundamentos de Economia

PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS E CONTROLADORIAFUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Percebe-se já na introdução deste tópico que a maximização do Lucro Econômico se estabelece como o objetivo do processo decisório. Lucro Econômico é a diferença entre a receita total e o custo econômico total. A receita total como apresentado anteriormente representa o conjunto dos recebimentos de uma empresa, ou seja, RT = P x Q. O custo econômico de qualquer atividade pode ser considerado como a oportunidade alternativa de maior valor da qual se abre mão. Os custos econômicos podem ser aqui também considerados como custos de oportunidade ou os custos para atrair um recurso de sua próxima melhor alternativa de uso. Em um sentido geral, o lucro econômico pode ser definido como a diferença entre a receita total (RT) e o custo econômico total (CeT).

Page 148: Fundamentos de Economia

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Ainda com relação ao Lucro verifica-se uma série de teorias que servem de base para as decisões econômicas: Lucro Associado ao Risco - os lucros normais para uma empresa de risco elevado

devem ser maiores que os lucros normais de empresas que possuem risco menor. -> risco relativo de investimentos alternativos.

Lucro Baseado no Equilíbrio Dinâmico - em qualquer ocasião, uma empresa específica ou as empresas de um determinado setor podem auferir uma taxa de retorno maior ou menor do que o nível de retorno normal em longo prazo. -> movimentações temporárias (choques) em setores da economia

Lucro Associado ao Monopólio - uma empresa pode ser efetivamente capaz de dominar o mercado e obter potencialmente taxas de retorno acima do normal durante um longo período. -> economias de escala, controle dos recursos naturais , controle de patentes ou restrições governamentais .

Lucro Associado à Inovação - lucros acima do normal constituem a recompensa por inovações bem-sucedidas.

Lucro Associado à Eficiência Gerencial - aptidões gerenciais excepcionais de empresas bem dirigidas.

Lucros versus Fluxos de Caixas - , os dirigentes que procuram maximizar a riqueza dos acionistas concentram-se na maximização do valor presente dos fluxos de caixa disponíveis aos proprietários da empresa.

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ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO E CUSTOS DA EMPRESAO objetivo do dirigente empresarial consiste em combinar os recursos

disponíveis da maneira mais eficiente possível, sobretudo em relação aos custos, a fim de alcançar a meta de maximizar a riqueza do acionista.

Neste caso, deve considerar o custo econômico, o qual se refere ao sacrifício feito, sempre que ocorre uma troca ou transformação de recursos, como visto anteriormente. Os custos econômicos são avaliados como custos de oportunidade. Os custos de oportunidade de um recurso representam o custo para atrair esse recurso de sua melhor forma e alternativa.

As relações custo-produto de curto prazo auxiliam os dirigentes e tomadores de decisão a planejar o nível mais lucrativo de produção, dados os recursos de capital imediatamente disponíveis. As relações custo-produto de longo prazo são fatores importantes para a decisão de aumentar ou diminuir o tamanho da empresa. Portanto, para tomar decisões de maximização da riqueza baseadas nos custos da operação, um decisor deve ter boas estimativas da estrutura de custos da empresa.

Page 150: Fundamentos de Economia

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PRODUÇÃO DA EMPRESAEm termos gerais, produção é definida como a criação de qualquer bem ou

serviço que tem valor para consumidores ou outros produtores. Uma função de produção relaciona a quantidade factível máxima de produto, que pode ser fabricada a partir de quantidades específicas de diversos insumos para uma dada tecnologia. Esta função pode ser expressa na forma de um modelo matemático, uma tabela ou um gráfico.

INSUMOS FIXOS E VARIÁVEISO insumo fixo se define como aquele necessário ao processo de produção,

mas cuja quantidade empregada no processo é constante ao longo de um período determinado, independentemente da quantidade de produto fabricada. Já o insumo variável pode ser definido como aquele cuja quantidade empregada no processo varia, dependendo da quantidade desejada de produto a ser fabricado. Esta condição do insumo define também a condição do prazo. O curto prazo corresponde ao período no qual um ou mais insumos permanece fixo, enquanto o longo prazo corresponde ao período no qual todos os insumos da função de produção são variáveis

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CUSTOS CONTÁBEIS VERSUS CUSTOS ECONÔMICOSCusto contábil - desembolso histórico de fundos que ocorre na troca ou transformação de um recurso. A finalidade deste custo é integrar o relatório financeiro;Custo econômico (ou custo de oportunidade) - é uma função do valor de um recurso em sua melhor aplicação alternativa. A finalidade deste custo é possibilitar a tomada de decisão.

CUSTO RELEVANTEÉ o custo que deve ser usado em um determinado problema de tomada de decisão. O conceito de custo relevante é composto pelos custos de: estoques, depreciação, instalações não utilizadas e a medida da rentabilidade.Estes custos podem ser avaliados de várias maneiras, dependendo da finalidade à qual os valores relativos ao custo se aplicam. O custo relevante na tomada de decisão econômica representa o custo de oportunidade dos recursos utilizados, e não o custo de aquisição destes recursos. O custo de oportunidade, em alguns casos pode assumir um caráter subjetivo. Com isso, pode acontecer de as estimativas do Custo Contábil assumir um caráter mais arbitrário. Não são contudo custos irrecuperáveis, visto que estes ocorrem independentemente da ação escolhida, não devendo, por este motivo, ser considerados na tomada de decisão.

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ANÁLISE E ESTIMATIVA DA DEMANDA DA EMPRESA

A análise da demanda atende a dois objetivos gerenciais básicos. Em primeiro lugar fornece o entendimento necessário para lidar eficazmente com a demanda. Em segundo lugar, ajuda a prever vendas e receitas. RELAÇÕES DE DEMANDAA função de demanda considera tanto as decisões sobre gastos tomadas por um indivíduo (demanda individual) quanto a soma destas demandas (demanda de mercado). Apesar disso, a demanda de mercado, normalmente, é de maior interesse do que as relações de demanda individual para os gerentes da empresa, porque a curva de demanda de mercado serve como uma base para tomar muitas decisões de preço e produção.

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FATORES QUE PODEM ALTERAR A DEMANDA

Alguns fatores possibilitam a alteração da demanda. Neste sentido, ressalta-se que o indivíduo é sensível não apenas ao preço, mas que também sofre influência de suas preferências pessoais, tendo sua escolha influenciada por:

Design e a embalagem de produtos; O montante e a distribuição do orçamento de propaganda da

empresa; O tamanho da equipe de vendas; Os gastos promocionais; O período de tempo de ajuste para quaisquer alterações de preço; Os impostos ou subsídios.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDA

Cabe, então, estabelecer estratégias para a demanda considerando que existe uma elevação crescente na concorrência, que atualmente o comércio se dá em âmbito global e que com a complexidade do novo cenário o risco para os negócios aumenta.

A estratégia da demanda deve incluir um conjunto de passos específicos que as empresas possam seguir, no sentido de identificar as forças e fatores que influenciam a demanda nos segmentos mais lucrativos. A aplicação de uma estratégia da demanda adequada proporciona à empresa quatro vantagens distintas que corroboram para o aumento dos lucros:

Vender os produtos ou serviços que os consumidores realmente desejam; Estabelecer, em relação aos concorrentes, diferenciais para a empresa e para

seus produtos; Reduzir os custos de eliminação de produtos para os quais a demanda se

apresenta limitada; Vender os bens ou serviços pelo maior preço possível, uma vez que o produto

diferenciado que estabelecer maior demanda pode usar uma política de preços inelásticos.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDAETAPA 1 - Analisar as forças de demanda e os fatores do setor que influenciam a empresa - os fatores a serem considerados inicialmente dizem respeito às dimensões da empresa e sua relação com o mercado:

novos concorrentes; novas tecnologias; canais adicionais de distribuição ou fornecimento; mudanças na estrutura do setor. As forças de demanda, todavia, são externas à empresa,

incluindo necessariamente: nova legislação; alterações na economia; desenvolvimentos nas esferas social e cultural.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDA

ETAPA 2 - Selecionar os segmentos de demanda (clientes) mais

lucrativos - para tanto se faz necessário: diferenciar os produtos ou serviços para a obtenção da maior

lucratividade; considerar os canais de distribuição da empresa,

concorrentes, pontos de preço, design do produto,

competências organizacionais e qualquer outro item que

contribua para o máximo alinhamento da empresa com a

demanda do cliente; verificar que os clientes mais lucrativos podem estar fora da

esfera competitiva da empresa.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDA

ETAPA 3 - Elaborar propostas de valor duradouras para

diferenciar as ofertas – neste caso, a combinação das etapas

1 e 2 permite à empresa que usa a Estratégia da Demanda

relacionar três importantes pontos, os clientes, o segmento

e a própria empresa. Assinala-se, com relação aos clientes

que, se deve não apenas determinar a melhor maneira de

atender à demanda atual, como também se preparar-se,

antes dos concorrentes, para atender à demanda

emergente, antes que os concorrentes.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDA

ETAPA 4 - Identificar as melhores estratégias, táticas e

operações necessárias ao atendimento da demanda –

considera-se que nenhuma estratégia pode obter êxito

quando mal executada. Ao mesmo tempo necessita-se de

um sistema de negócios (conjunto de estratégias, táticas e

operações) bem afinado. Em muitos casos, o sistema de

negócios oferece a oportunidade de orientar, tanto a

diferenciação quanto a vantagem competitiva.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDA

ETAPA 5 - Alocar recursos - uma das maiores responsabilidades no

mundo empresarial reside na adequada alocação de recursos. Da

alocação depende a boa execução das estratégias ou planejamento

de negócios da empresa. A alta administração avalia as

necessidades e aloca os recursos, onde obtenham maior eficiência

na conquista e fidelização do consumidor. Na maior parte das

vezes, os dirigentes acreditam que o concorrente possui um status

de mercado superior ao seu. Como resposta, lançam mão de

variadas linhas de negócios, cada uma utilizando e tornando mais

limitados os recursos da empresa.

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ESTRATÉGIA DA DEMANDAETAPA 6 - Colocar em prática sua estratégia da demanda - a demanda, como forma da economia (economia da demanda) é um fenômeno duradouro. Por isso as empresas precisam considerar a maneira como se posicionam no mercado nesta nova realidade econômica. Por outro lado, a primeira coisa a identificar e conhecer é qual a demanda existente e, por consequência, criar uma oferta diferenciada que satisfaça o consumidor em detrimento das ofertas dos concorrentes. Desta forma, o poder de definição de preços pode ser devolvido ao produtor. O estrategista da demanda tenta compreender a demanda em sua totalidade, antes de proceder a oferta. O entendimento da demanda permite o planejamento e a produção de produtos ou serviços diferenciados ou escassos, possibilitando maiores preços e lucros. Novos canais de distribuição e a Internet aumentaram a complexidade na gestão de empresas. Some-se a isso o fato de que os produtos hoje têm ciclos de vida mais curtos, com a obsolescência programada, e a comunicação é praticamente instantânea (tempo real). É essencial que o estrategista da demanda atente para as ações e estratégias dos concorrentes. É preciso dispor de recursos suficientes para responder de forma imediata e decisiva aos possíveis ataques.

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SEM

INÁ

RIO

Pensar economia – elaborar em grupo uma apresentação com no máximo 10 slides sobre o papel das temáticas apresentadas abaixo na economia empresarial.Temáticas – as temáticas são apresentadas por grupo de elaboração. Cada grupo deve estabelecer a relação de sua temática com a economia empresarial. Os grupos e temas respectivamente: Grupo A – Lei da Demanda Grupo B – Elasticidade da Demanda Grupo C – Lei da Oferta Grupo D – Equilíbrio de Mercado Grupo E – Teoria da Firma Grupo F – Estruturas de Mercado Grupo G – Estratégias de NegóciosEstilo da apresentação – as apresentações devem ser feitas em estilo bricolagem com a reunião de figuras, pensamentos e reflexões que expressem a relação da economia com as organizações empresariais.Tempo de exposição – 10 minutos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASMANKIW, N. G. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 1999.MOCHON, F. e TROSTER, R. L. Introdução à economia. São Paulo: Makron Books, 1994.MULLER, A. Manual de economia básica. Rio de Janeiro: Vozes, 2004. PINDYCK, R. e RUBINFELD, D. Microeconomia. 5ª ed. São Paulo: Makron, 2002.PINHO, D. B. Manual de economia. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004.PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.SAMUELSON, P. A. e NORDHAUS, W. D. Economia. 14a ed. Lisboa: McGraw-Hill, 1997.STONIER, A. W. e HAGUE, D. C. Teoria econômica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.SVEIBY, K. E. A nova riqueza das organizações – gerando e avaliando patrimônios de conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1997.VARIAN, M. H. Teoria microeconômica: princípios básicos. Rio de Janeiro: Campus, 1999.VASCONCELLOS, M.A .S. e OLIVEIRA, R. G. Manual de microeconomia. 2a ed. São Paulo: Atlas, 2000.VASCONCELLOS, M.A .S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2000.