Resumo de Fundamentos Da Economia

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    RESUMO DE FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

    (1) FUNDAMENTOS DA CINCIA ECONMICA.

    (1.1)CONCEITO, OBJETO E MTODO DA CINCIA ECONMICA.

    A palavra economia pode ser generalizada como administrao da coisa

    pblica. A economia pode ser definida como a cincia social que estuda

    a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a

    fim de produzir diferentes bens e servios e atender s necessidades de

    consumo.

    Pode-se dizer que o objeto de estudo da cincia econmica a questo

    da escassez, ou seja, como economizar recursos.

    A escassez surge devido s necessidades biolgicas humanas ilimitadas

    e restrio fsica de recursos.

    As sociedades so obrigadas a fazer escolhas sobre O QUE e QUANTO,

    COMO e PARA QUEM PRODUZIR.

    1. O que e quanto produzir a sociedade deve decidir se produzem

    mais bens de consumo ou bens de capital. Em economias de

    mercado, o que e quanto produzir sinalizado pelos consumidores

    (o que chamado desoberania do consumidor).

    2. Como produzir trata-se de uma questo de eficincia produtiva:

    sero utilizados mtodos de produo capital intensivos? Ou de

    mo-de-obra intensivos? Ou de terra intensivos? Isso depende da

    disponibilidade de recursos de cada pas.

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    3. Para quem produzir a sociedade deve decidir quais setores que

    sero beneficiados na distribuio do produto, ou seja, trata-se de

    decidir como ser distribuda a renda gerada pela atividade

    econmica.

    A macroeconomia trata da evoluo da economia como um todo,

    analisando a determinao e o comportamento dos grandes agregados,

    como renda e produto nacionais, investimento, poupana e consumo

    agregados, nvel geral de preos, emprego e desemprego, estoque de

    moeda e taxas de juros,balano de pagamentos e taxa de cmbio. A

    macroeconomia trata os mercados de forma global, o mercado de

    trabalho no se preocupa com diferenas na qualificao, sexo, idade,

    origem da fora de trabalho, mas que muitas vezes so importantes.

    Na macroeconomia, estuda-se o nvel geral de preos, ignorando as

    mudanas de preos relativos de bens das diferentes indstrias.

    A teoria macroeconmica preocupa-se mais com questes conjunturais,de curto prazo.

    A parte da teoria econmica que estuda o comportamento dos grandes

    agregados ao longo do tempo denominada teoria do crescimento

    econmico, preocupando-se com questes como progresso tecnolgico

    e poltica industrial, que envolvem polticas de longo prazo.

    MTODO NA CINCIA ECONMICA

    Quanto ao mtodo em economia, trs aspectos devem ser levados em

    considerao:

    1. Como a anlise dos fenmenos decorrentes do comportamento

    humano complexa, a economia utiliza hipteses simplificadoraspara explicar os fenmenos que estuda;

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    2. A cincia econmica preferencialmente relaciona duas variveis

    para explicar um fato econmico;

    3. Busca relacionar as variveis segundo o seu incremento(crescimento, aumento) relacionado a um aumento unitrio de

    outra varivel.

    Ainda sobre a metodologia prpria da cincia econmica e sobre os seus

    mtodos de investigao, necessrio distinguir dois grandes

    compartimentos da economia: a economia positiva e a economia

    normativa.

    A economia positiva se ocupa de analisar os atos e os fatos sociais tais

    quais eles ocorrem, sem utilizar juzos de valor, estuda os fatos sociais,

    observa-os sistematicamente, e a partir dessa anlise e descrio

    cientificamente elaborada so formulados os princpios gerais, as leis da

    economia, as teorias e os modelos econmicos.

    A economia normativa se ocupa de utilizar princpios, leis e teorias para

    produzir modificaes e propor um direcionamento ao curso natural da

    economia: so as polticas econmicas. A economia normativa est

    fortemente vinculada poltica, ideologia e ao sistema de valores.

    (1.2) SNTESE DO PENSAMENTO ECONMICO

    FISIOCRACIA

    Com os fisiocratas, iniciado o desenvolvimento das explicaes para os

    fenmenos econmicos. Para eles, somente a terra e tudo que viesse da

    natureza era considerado fator econmico produtivo.

    Pode-se dizer que a fisiocracia foi uma doutrina organicista e naturalista,que recebeu influncia do racionalismo do sculo XVIII. Em Quesnay, se

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    formula os princpios da filosofia social utilitarista (hedonismo), que se

    destaca com o quadro econmico, uma representao simplificada do

    fluxo de despesas e dos bens entre as diferentes classes sociais.

    ESCOLA CLSSICA

    O marco da escola clssica est relacionado a Adam Smith e David

    Ricardo, para eles as leis naturais da vida econmica tem como princpio

    regulador a livre concorrncia exercida pelos agentes econmicos. O

    corpo analtico da escola clssica tem quatro princpios dominantes;

    liberdade de empresa, existncia da propriedade privada, liberdade deconjunto e liberdade de troca. Nesse princpio repousa e se fundamenta

    a lei da oferta de mercado.

    ADAM SMITH (1723-1790)

    No acreditava na ordem natural dos negcios. Confiava no egosmo

    natural dos homens e na harmonia de seus interesses. Afirmava quetodo esforo individual na procura do melhor leva naturalmente

    preferncia pelo emprego mais vantajoso para a sociedade. Adam Smith

    enfatizava o mercado como regulador da diviso do trabalho, fazia

    distino entre valor de uso e valor de troca e admitia que s neste ltimo

    h interesse econmico. Ele analisou a distribuio da renda entre

    salrio, lucro e renda da terra. Smith acreditava que a concorrncia

    levaria ao desenvolvimento econmico e que os benefcios dele

    decorrentes seriam partilhados por todos.

    THOMAS ROBERT MALTHUS (1766-1834)

    Ele ficou famoso com a lei da populao. Mostrou, atravs dessa lei, que

    a populao fora de controle cresce as taxas geomtricas, enquanto os

    meios de subsistncia crescem a taxas aritmticas. Seu pessimismo

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    criticado por no ter vislumbrado o progresso tcnico e as tcnicas de

    controle de natalidade.

    DAVID RICARDO (1722-1823)

    Esse autor desenvolveu um importante estudo sobre a renda diferencial

    da terra e sobre o futuro do sistema capitalista.

    Ocorrem grandes transformaes sociais, econmicas e polticas:

    1. Intelectuais: renascimento artstico;

    2. Religiosas: reforma da Calvino e dos anglo-saxes, dando grande

    nfase ao individualismo; o trabalho era enaltecido, o juro era

    aceito e o lucro encorajado;

    3. Polticas: aparecimento do Estado moderno;

    4. Geogrficas: grandes descobertas Cabral, Colombo, Magalhes

    e outros navegadores;

    5. Econmicas: todos os conceitos referentes ao balano comercial,

    s importaes e a exportaes de bens, bem como s transaes

    com ouro e prata e todos os conceitos econmicos ligados s

    transaes externas.

    ESCOLA SOCIALISTA KARL MARX (1818-1883)

    Os socialistas pretendiam substituir a ordem social baseada na liberdade

    individual, na propriedade privada e na liberdade contratual por uma

    outra, fundamentada na propriedade coletivizada dos meios de produo,

    pretendiam corrigir as desigualdades econmicas, dentro de formulaes

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    igualitrias, em funo das necessidades comuns. Os movimentos e as

    teorias socialistas que se opuseram ao individualismo e desenvolveram-

    se com doutrinas e programas de reformas bem diferentes. Podemos

    destacar as seguintes correntes:

    Socialismo de ctedra (1872)

    Surgiu na Alemanha e pretendia regulara distribuio de riqueza e

    promover reformas de carter econmico e social.

    Socialismos cientficos, histricos ou marxismo.

    Karl Marx foi o fundador do socialismo cientfico e se ops a Malthus.

    Marx alterou a anlise de valor. Com Marx apareceram os conceitos:

    mais-valia, capital, capital varivel, capital constante, exrcito de reserva,

    o processo de decrescimento da taxa de lucro decorrente da acumulao

    do capital, da distribuio da renda e das crises do sistema capitalista.

    Bases filosficas do socialismo cientfico.

    Hegel no a conscincia que determina a vida, mas a vida que

    determina a conscincia.

    Dizia Marx, que o homem retome para si o que lhe pertence, ele estuda o

    homem total e faz dele o rei do universo, como negao de todatranscendncia.

    Materialismo histrico e a luta de classes.

    Marx distingue na histria a infra-estrutura, que a tcnica, as condies

    materiais de produo, a realidade econmica; e a superestrutura, que

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    a idia, a cultura, o direito, a moral, a religio. A superestrutura comanda

    a infra-estrutura.

    O valor do trabalho e a mais-valia.

    a teoria das mercadorias, isto , dos objetos produzidos pelo trabalho

    pra a venda:

    1. O valor dos produtos determinado pela quantidade de trabalho

    de qualidade mdia necessrio para produzi-las;

    2. O valor da fora de trabalho determinado pela quantidade desde

    necessria para produzir alimentos e outros itens necessrios

    subsistncia do operrio, durante uma jornada de seis horas de

    trabalho;

    3. O empregador pagar um salrio equivalente a seis horas de

    trabalho;

    4. Venda de mercadorias, equivalente a oito horas de trabalho;

    5. O operrio forneceu duas horas de trabalho no-pagas, que so

    apropriadas pelo empregador, constituindo um produto lquido que

    Karl Marx chamou de mais-valia;

    6. Essa mais-valia constitui a explorao capitalista. O proletariado

    recebe um salrio menor que o valor das mercadorias produzidas;

    esse salrio insuficiente para compr-las;

    7. Considerando ser a classe trabalhadora o mais importante

    conjunto de consumidores, apareceriam, inevitavelmente, as crises

    de superproduo ou de subconsumo.

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    A proletarizao e a tese catastrfica da subverso.

    Segundo as idias de Marx, o avano do capitalismo provocar a

    transformao fatal que o arruinar. Nesse processo, o nmero deproletrios crescer continuamente, e as empresas se tornaro cada vez

    maiores e menos numerosas, ele aconselhava no s que se ficasse

    espera do desenlace, como concitava a que os trabalhadores se

    antecipem, o que atestado pelo seu brado: proletrios de todos os

    pases, uni-vos.

    O revolucionrios Marx estruturou as bases do pensamento socialista dosculo XIX. A legislao trabalhista e os sindicatos, entre outros, foram

    contribuies ps-marxistas.

    Escola marginalista ou neoclssica

    Conforme a anlise do marginalismo, o homem econmico racional,

    isto , suas aes so intencionais e sistemticas; e calculador e estempenhado em comparar seus gastos marginais com seus benefcios.

    Escola Keynesiana ou revoluo Keynesiana

    A anlise de Keynes voltou-se, principalmente, para problemas da

    estabilidade a curto prazo; nesse sentido, procurou determinar as causas

    das flutuaes econmicas dadas pelos nveis da renda nacional e doemprego nos pases industrializados. Dizia que um capitalismo no-

    regulado, sem interveno, mostra-se incompatvel com a manutenodo

    pleno emprego e da estabilidade econmica.

    Keynes, dizia que a economia estava em recesso porque a renda era

    insuficiente para comprar a produo nacional.

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    A anlise de Keynes criticada por ser parcial e no geral, pois limitava

    anlise o subemprego de curto prazo, faltando integrar sua anlise

    complexidade da microeconomia; alm disso, no aplicou sua teoria

    explicao do funcionamento das economias dos pases desenvolvidos.

    Mas teve importante papel no desenvolvimento da aferio e da medida

    das atividades econmicas em seu conjunto, de modo agregado como

    as contas nacionais ou contabilidade nacional e na explicao para os

    modelos agregados e suas verificaes empricas atravs da

    econometria, que faz interao entre a teoria econmica, a matemtica e

    a estatstica.

    Em sntese, as teorias desenvolvidas durante o sculo XVIII cuidaram da

    explicao da formao da riqueza; as do sculo XIX da distribuio da

    riqueza e, modernamente, esto se desenvolvendo teorias com um duplo

    objetivo: de um lado explicar as flutuaes da atividade econmica, seu

    desenvolvimento dentro de um quadro de estabilidade e, de outro,

    investigar a repartio da riqueza ou o problema de eqidade.

    (2) A DEMANDA, A OFERTA, O MERCADO A AS SUAS ESTRUTURAS.

    (2.1) DEMANDA, OFERTA E EQUILBRIO DE MERCADO.

    Demanda

    Demanda ou procura a quantidade de bens ou servios que os agentes

    econmicos estariam dispostos e aptos a consumir num determinado

    momento, num determinado mercado por diferentes fatores

    determinantes.

    Bens: podem ser estocados;

    Agentes econmicos: famlias, empresas e governo;

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    Requisitos bsicos da demanda:

    1. Dispostos: ter vontade, querer;

    2. Aptos: ter aptido de compra, poder comprar. Se esses dois

    requisitos estiverem presentes (disposio e aptido), temos

    uma demanda real ou efetiva. Se, no mximo, um desses

    requisitos estiver presente, temos, ento, uma demanda

    potencial (pode no ter nenhum desses requisitos).

    Num determinado momento, num determinado mercado: em cadamomento, nossas vontades mudam nosso comportamento.

    Fatores determinantes da demanda:

    Preo do prprio bem/servio;

    Preo de outros bens/servios;

    Gosto;

    Preferncia;

    Renda;

    Nmero de consumidores.

    Lei da demanda

    As quantidades demandadas sero tanto maior quanto menores forem

    os preos ou vice-versa. Quanto mais caro, menos se compra.

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    Oferta

    Oferta a quantidade de bens e servios que um ou mais agentes

    econmicos estariam habilitados e interessados em colocar num certomomento, num certo mercado, por diferentes fatores determinantes.

    Fatores determinantes da oferta:

    O preo do prprio bem;

    A tecnologia;

    Impostos;

    Taxa de juros;

    Fatores da natureza (tudo que pode ocorrer, em termosclimticos).

    (2.2) O MERCADO E AS SUAS ESTRUTURAS

    O que mercado? Rosseti afirma que em sua acepo primitiva, a

    palavra mercado dizia respeito a um lugar determinado onde os agentes

    econmicos realizavam suas transaes. Para Passos e Nogami,mercado um local onde ou contexto em que compradores e

    vendedores de bens, servios ou recursos estabelecem contato e

    realizam transaes. nesse mercado que funcionam as duas leis mais

    conhecidas da cincia econmica: a lei da procura e a lei da oferta.

    Formao de preos

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    Preo a expresso monetria do valor de bens e servios que

    utilizamos para satisfazer s nossas necessidades. O que determina o

    preo no o que determina o valor. A explicao do valor de troca das

    mercadorias tem duas grandes correntes dentro da cincia econmica: ateoria clssica do valor-trabalho e a teoria neoclssica do valor-unidade.

    De acorde com Marshall, o valor de troca determinado, a curto prazo,

    subjetivamente pela escassez relativa e, a longo prazo, pelos custos de

    produo.

    Demanda sinnimo de procura. O papel dos preos orientar aalocao dos recursos de produo, funcionando como indicador ou

    ndice de escassez. Os preos so mecanismo de orientao das

    atividades econmicas, isto , dos fluxos da produo e da renda, ou

    como ndice de converso de um fluxo real em nominal.

    Importncia do mercado no sistema econmico

    Sistema de preos: o conjunto de preos dos bens, servios e

    fatores de produo de um sistema de preos.

    Padro de vida: o nvel de satisfao alcanado pelas pessoas

    que fazem parte de um sistema econmico, quando consomem os

    bens e servios por ele produzidos.

    Alocao de recursos: a forma como os fatores de produo so

    organizados pelo mercado, para que produzam bens e servios

    que atendam s necessidades das pessoas.

    Equilbrio de mercado

    Quando se transfere essa noo de equilbrio para a anlise do mercado,o balanceamento de foras ocorre entre as foras bsicas do mercado, a

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    oferta e a procura. Esse equilbrio definido pelo ponto A, determinado

    pela interseo das duas curvas.

    (2.3) ESTRUTURAS DE MERCADO

    As diferentes estruturas de mercado esto aliceradas em trs variveis

    principais:

    1. Nmero de empresas produtoras que atuam no mercado;

    2. Diferenciao do produto ou servio;

    3. Existncia ou de barreiras como forma de limitar a entrada de

    novas empresas.

    As estruturas de mercado classificam-se basicamente em: concorrncia

    perfeita, monoplio, oligoplio e concorrncia perfeita.

    Concorrncia pura ou concorrncia perfeita

    um mercado com vrios vendedores e compradores de forma

    que cada agente econmico isolado no tem condies de afetar o

    preo de mercado;

    O produto homogneo em todas as empresas. No h diferenas

    de embalagem e qualidade;

    Mercado em que no h barreiras entrada e sada, tanto de

    compradores como de vendedores;

    Princpio da racionalidade: os agentes agem racionalmente ( ochamado princpio da racionalidade ou do homo economicus). As

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    organizaes sempre maximizam seu lucro e os consumidores

    maximizam sua satisfao;

    Transparncia de mercado. Compradores e vendedores temacesso a toda informao relevante, sem custos, isto , conhecem

    os preos, a qualidade e os custos.

    Monoplio

    Uma nica empresa produz um bem ou um servio sem substitutos

    prximos;

    Apresenta barreiras entrada de empresas concorrentes;

    O produto ou o servio no idntico. No h possibilidade de ser

    substitudo por outros.

    Oligoplio

    Reduzido nmero de firmas que operam no setor;

    Os bens ou os servios so substitudos perfeitos entre si;

    O consumidor sabe perfeitamente quem produziu;

    Apresenta barreiras entrada e sada de novas empresas.

    Concorrncia monopolstica

    Vrias empresas produzem dado bem ou servio;

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    Cada uma produz um bem ou servio diferenciado, mas com

    substitutos prximos. A diferenciao nos produtos pode se dar

    via:

    1. Caractersticas fsicas, como composio qumica;

    2. Promoo de vendas, propaganda, atendimento, brindes;

    3. Manuteno;

    1. Embalagem.

    Cada empresa tem um relativo poder sobre os preos, visto que os

    produtos ou servios so diferenciados.

    Outras formas de organizao das empresas no mercado

    Cartel

    Associao entre empresas do mesmo ramo de produo com o objetivo

    de dominar o mercado e disciplinar a concorrncia. Os cartis prejudicam

    a economia por impedir o acesso do consumidor livre concorrncia e

    beneficiar empresas no-rentveis. Tendem a durar devido ao conflito de

    interesses.

    Duping

    uma prtica comercial, que consiste em vender sues produtos por

    preos extraordinariamente baixos, por um tempo, visando prejudicar e

    eliminar a concorrncia local.

    Monopsnio

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    Situao de mercado em que h um comprador de um produto,

    geralmente matria-prima.

    Oligopsnio

    Tipo de estrutura de mercado em que poucas empresas de grande porte

    so compradoras de determinados produtos, geralmente matria-prima

    ou produtos primrios.

    Truste

    O truste consiste num acordo entre diversas empresas que passam a ser

    administrada por uma nova empresa ou grupo financeiro. Dessa forma, o

    truste passa a ser o nico produtor e vendedor de um determinado bem

    no mercado.

    Joint venture

    Basicamente, uma joint venture representa a associao de duas ou

    mais empresas a fim de criar ou desenvolver uma atividade econmica.

    Holding

    uma forma de oligoplio no qual criada uma empresa para

    administrar um grupo delas que se uniu com o intuito de promover o

    domnio de determinada oferta de produtos e/ou servios.

    (3) TEORIA DA PRODUO E DOS CUSTOS DE PRODUO

    (3.1) TEORIA DA PRODUO

    Uma empresa a unidade bsica de produo em sistema econmico.

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    Produo o processo pelo qual uma empresa transforma os fatores de

    produo adquiridos em produtos ou servios para a venda no mercado.

    A produo pode ser classificada como:

    1. Produo de bens econmicos (alimentos, remdios, mquinas);

    2. Produo de servios (transporte, diverso, etc.).

    A escolha do processo de produo depende de sua eficincia. Ela pode

    ser:

    1. Eficincia tcnica: mais eficiente tecnicamente aquele que utilizar

    menores quantidades de fatores de produo;

    2. Eficincia econmica: mais eficiente economicamente aquele

    que o realizar com menor custo.

    Se especificarmos as diversas quantidades de cada fator que a empresa

    utiliza para alcanar determinadas quantidades de produto, teremos a

    funo de produo.

    Os primeiros so os fatores de produo fixos (cujas quantidades no

    mudam) e os segundos so os fatores de produo variveis (cujas

    quantidades mudam).

    medida que se aumenta a quantidade de utilizao de um fator

    varivel, aumenta a quantidade de produto total que se obtm. Podemos

    concluir dois conceitos importantes: a produtividade mdia e a

    produtividade marginal do fator varivel. A produtividade mdia do fator

    varivel o quociente da quantidade total produzida pela quantidade

    utilizada do fator varivel. A produtividade marginal do fator varivel a

    variao do produto total decorrente da variao de uma unidade no fatorvarivel. Esses fatores servem para saber se cada fator (insumo) que se

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    utiliza na produo est trazendo um resultado satisfatrio. Servem para

    saber se o ltimo fator utilizado (produtividade marginal) tambm est

    produzindo resultado satisfatrio para o produto especfico que

    analisamos.

    Lei dos rendimentos decrescentes.

    Essa lei pode ser assim explicada:

    Mantendo-se inalterada a quantidade de fatores fixos e incrementando

    um fator varivel em iguais quantidades, o nvel de produto total obtidoaumentar, mas a partir de certo ponto os acrscimos no produto total

    sero cada vez menores. Se insistirmos no incremento do valor varivel,

    o produto aps alcanar um valor mximo poder at decrescer.

    (3.2) TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUO

    Os custos totais de produo de uma empresa, no curto prazo, podemser classificados em dois tipos: custos fixos totais (CFT) e custos

    variveis totais (CVT).

    Os custos fixos totais so aqueles representados pelos insumos que

    independem das quantidades produzidas.

    Os custos variveis totais so aqueles representados pelos insumos(fatores) variveis, cujo nvel de utilizao depende das quantidades

    produzidas.

    Alm do conceito de custo total temos tambm o custo mdio, que o

    quociente do custo total pela quantidade total produzida e o custo

    marginal que a variao do custo total decorrente da variao de uma

    unidade na produo.

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    Como calculamos:

    Os custos fixos e variveis so enunciados do problema (so os

    resultados da observao do processe produtivo);

    O custo total a soma do custo fixo e do custo varivel;

    O custo mdio diviso do custo total pela respectiva quantidade

    produzida;

    Custo margina l= dividindo a diferena de custo total pela diferena

    da quantidade produzida, a cada intervalo de produo.

    O lucro total atingir o ponto mximo quando o acrscimo de custo de

    uma unidade adicional produzida for igual ao acrscimo de receita que

    decorre da venda dessa mesma unidade. A maximizao dos lucros

    ocorre quando a receita marginal igual ao custo marginal.

    Em longo prazo, a teoria da produo considera que todos os custos so

    variveis, inexistindo custos fixos.

    Os custos contbeis, ou explcitos, so aqueles que ocorrem mediante

    dispndio monetrio e so registrados na contabilidade.

    Os custos considerados na anlise econmica incluem, alm daqueles

    considerados pelos contadores, os custos implcitos ou de oportunidade.

    Externalidades

    Estas so os custos ou as receitas obtidas ou imputadas pela empresa

    sociedade ou a outras empresas. As externalidades podem ser positivas

    ou negativas. Sero positivas quando uma empresa gera benefcios a

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    outra, sem receber pagamentos em troca. As externalidades sero

    negativas quando a atividade de uma empresa gerar custos para outras

    empresas, sem que aquelas paguem a estas o custo proporcionado.

    Para voc ler, reler e pensar:

    1. Ao vender bens ou servios, a empresa obter um certo volume de

    receitas. A diferena entre os custos e as receitas se

    denomina lucro econmico.

    2. A funo de produo de uma empresa a relao dasquantidades fixas e variveis de fatores que so utilizados no

    decorrer do processo produtivo.

    A lei dos rendimentos decrescentes indica que o aumento na utilizao

    de um fator de produo implica acrscimos cada vez menores nos

    rendimentos gerados por essa mesma produo.

    (4) MACROECONOMIA

    FUNDAMENTOS DA MACROECONOMIA

    A teoria microeconmica explica a composio e a alocao da produo

    total, a teoria macroeconmica busca explicar as flutuaes do nvel de

    atividade econmica, do nvel da produo global. O termo micro indicaapenas a decomposio de variveis macroeconmicas, como consumo,

    poupana e o investimento.

    A macroeconomia estuda a economia em seu conjunto, analisando as

    variveis de maneira agregada, e no de maneira isolada, como a

    microeconomia.

  • 7/29/2019 Resumo de Fundamentos Da Economia

    21/59

    A macroeconomia no leva em considerao o comportamento das

    unidades econmicas individuais e de mercados especficos, anlise

    tpica da microeconomia. A macroeconomia no se ocupa da formao

    dos preos de um produto especificamente. Ao analisar o mercadoocupa-se do seu conjunto, omitindo aspectos particulares de um setor ou

    uma indstria. A macroeconomia ocupa-se de analisar o curto prazo;

    quando estuda questes de longo prazo, a anlise macroeconmica

    denomina-se teoria do desenvolvimento e crescimento econmico.

    Os mtodos de anlise bsicos, no estudo da determinao de preos e

    quantidades so:

    1. Anlise do equilbrio parcial: estuda-se um mercado isoladamente,

    no levando em considerao as possveis interferncias dos

    demais mercados;

    2. Anlise do equilbrio geral: considera-se a interdependncia de

    todos os mercados. Os preos dos bens se formam em ummercado influenciados pelo conjunto dos bens desse e dos demais

    mercados e pelos preos de todos os insumos da economia.

    Metas de poltica macroeconmicas

    Polticas macroeconmicas tm como meta alcanar um ou mais dos

    seguintes objetivos:

    1. Alto nvel de emprego;

    2. Estabilidade de preos inflao;

    3. Distribuio eqitativa da renda;

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    4. Crescimento econmico per capita ou produto nacionalper

    capita.

    Instrumentos de poltica macroeconmica

    1. As polticas fiscais, que diz respeito ao oramento dos diversos

    nveis de governo, ou seja, so os gastos e as receitas dos

    governos;

    2. As polticas monetrias, que se refere ao controle do governo

    sobre a oferta monetria, ou seja, sobre a quantidade de moeda ede ttulos pblicos em circulao no mercado;

    3. A poltica cambial, que diz respeito ao controle e taxa de cmbio;

    4. As polticas de rendas, que se referem interveno do governo

    na formao da renda dos agentes econmicos.

    Estrutura de anlise macroeconmica

    Ela se compe de cinco mercados. So eles:

    Mercado de bens e servios - reflete o nvel de atividades dessa

    economia, a qual representada pelos quatro agentes

    macroeconmicos: consumidores, empresas, governo e setor

    externo;

    Mercados de trabalho so relevantes, nesse mercado, a taxa

    salarial e o nvel de desemprego;

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    Mercado monetrio O Banco Central ocupa-se de equilibrar a

    oferta e a demanda desse mercado, de modo a no prejudicar as

    transaes nem desvalorizar a moeda;

    Mercado de ttulos Os agentes superavitrios (gastam menos do

    que sua renda) emprestam moeda para os agentes deficitrios e,

    assim, se constitui o mercado de ttulos;

    Mercado de divisas h necessidade de moedas distintas,

    constituindo-se o mercado de divisas.

    (4.2) CONTABILIDADE NACIONAL

    Contabilidade nacional o registro contbil da atividade produtiva de um

    pas em um dado perodo de tempo.

    Conceitos bsicos

    VALOR ADICIONADO a soma dos pecos dos bens e servios finais

    produzidos numa economia em certo perodo.

    PRODUTO NACIONAL a medida dos valores adicionados pelas

    empresas aos bens elaborados e aos servios prestados, em toda a

    economia nacional.

    RENDA NACIONAL a soma das remuneraes pagas aos fatores de

    produo utilizados pelas empresas.

    As principais medidas da atividade econmica

    Entre as variveis macroeconmicas mais significativas esto:

  • 7/29/2019 Resumo de Fundamentos Da Economia

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    O VALOR BRUTO DA PRODUO (VBP) a soma dos preos de bens

    e servios produzidos numa economia em determinado perodo

    preos versus quantidades produzidas;

    OS BENS INTERMEDIRIOS so aqueles destinados utilizao

    intermediria, que entram na composio de outros bens, enquanto os

    bens de utilizao final se destinam ao consumo final e desaparecem

    com a sua utilizao;

    O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) a soma dos preos dos bens e

    servios finais produzidos numa economia em certo perodo preos versus quantidades produzidas;

    A RENDA NACIONAL (RN) a soma das remuneraes de fatores

    empregados nas atividades produtivas, inclusive os fluxos de

    pagamentos aos fatores de propriedade de no-residentes no pas, tais

    como salrios, lucros, juros..

    A DEMANDA INTERNA BRUTA (DIB) a soma dos gastos em consumo

    interno dos setores pblico e privado e das despesas de investimento

    interno bruto fixo das empresas e da variao dos estoques;

    A OFERTA FINAL TOTAL (OFT) a soma do produto interno bruto da

    economia e das importaes no perodo.

    As preocupaes na elaborao do clculo do produto

    Evitar a dupla contagem;

    Desconsiderar as variaes que os preos sofrem devido

    inflao; obs: deflacionar o produto significa transformar valores

    reais, ou a preos constantes, enquanto inflacionar o produto

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    significa transformar valores reais, ou a preos constantes, em

    valores nominais, ou a preos concorrentes;

    Desconsiderar as transaes de mercadorias produzidas emexerccio anteriores. Tambm devem ser desconsideradas as

    transaes do governo ao setor privado da economia, pois so

    transaes no produtivas.

    (5) INTRODUO ECONOMIA MONETRIA

    (5.1) MOEDA CONCEITOS, FUNES E SUA CIRCULAO NAECONOMIA.

    As principais funes da moeda so as seguintes:

    1. MEIO OU INSTRUMENTO DE TROCA a moeda permite que as

    trocas sejam indiretas e supera dificuldades;

    2. UNIDADE DE MEDIDA (OU UNIDADE DE CONTA) a moeda

    serve para comparar e agregar o valor de mercadorias diferentes;

    3. RESERVA DE VALOR a moeda serve de reserva de valor para

    uma empresa, mas no para a sociedade como um todo.

    Hoje temos a Moeda Fiduciria, sem lastro, e sua aceitao garantida

    por lei.

    Oferta de moeda

    A oferta da moeda sinnimo de meios de pagamentos, que representa

    o estoque de moeda disponvel para uso da coletividade.

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    Os depsitos vista ou em conta corrente tambm so chamados de

    moeda escritural, moeda bancria ou, ainda, moeda contbil.

    M1 = M2 + ttulos federais, estaduais e municipais em poder do pblico,fundos do mercado monetrio (fundos de aplicaes financeiras e de

    renda fixa de curto prazo, e depsitos especiais remunerados).

    M3 = M2 + depsitos em cadernetas de poupana.

    M4 = M3 + depsitos a prazo e ttulos privados (letras de cmbio e

    imobilirias).

    Esses ativos que rendem juros so tambm chamados de haveres no

    monetrios ou quase moeda, sendo que M1 so chamados de haveres

    monetrios. Quando a inflao diminui, a relao entre M1 e M4 aumenta

    (monetizao). O cheque apenas uma ordem de transferncia. Os

    depsitos vista no devem ser confundidos com o caixa dos bancos

    comerciais.

    Criao e destruio de moeda

    Ocorre criao ou destruio de moeda quando se altera o saldo dos

    meios de pagamentos, no conceito M1 (moeda com o pblico +

    depsitos vista). Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de

    moeda disponvel.

    A oferta de moeda pode ser dividida em oferta de moeda pelo Banco

    Central e oferta de moeda pelos bancos comerciais. Os chamados

    de intermedirios financeiros no bancrios, no so autorizados a

    manter depsitos e apenas transferem dinheiro dos emprestadores para

    os tomadores, no criando moeda.

    Oferta de moeda pelo Banco Central

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    O objetivo do Banco Central regular a moeda e o crdito em nveis

    compatveis com o crescimento do produto, ou seja, manter a liquidez do

    sistema econmico.

    As funes do Banco Central so:

    1. Banco emissor: o responsvel e tem o monoplio das emisses

    de moeda;

    2. Banco dos bancos: o rgo em que os bancos depositam e

    transferem fundos de um banco para outro, alm disso, o BancoCentral tambm empresta aos bancos;

    3. Banco do governo: o canal que o governo tem para implementar

    a poltica monetria;

    4. Banco depositrio das reservas internacionais.

    O Banco Central um rgo normativo (sujeito ao Conselho Monetrio

    Nacional) e o Banco do Brasil um rgo executivo.

    Instrumentos de poltica monetria

    A principal funo do Banco Central controlar a oferta de moeda. Para

    tanto, ele dispe dos seguintes instrumentos de poltica monetria:

    1. Emisses possuem o monoplio das emisses

    2. Reservas obrigatrias dos bancos comerciais o Banco Central

    obriga os bancos comerciais a reterem uma parcela dos depsitos

    como depsitos obrigatrios, que no podero ser utilizados pelos

    bancos para emprstimos ou outras aplicaes.

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    3. Operaes de mercado aberto essas operaes consistem em

    vendas ou compras, por parte do Banco Central, de ttulos

    governamentais no mercado de capitais.

    4. Polticas de redescontos o redesconto de liquidez, ou normal,

    visa apenas socorrer os bancos em um eventual saldo negativo na

    conta de depsitos voluntrios. O redesconto especial, ou seletivo,

    aquele utilizado pelas autoridades monetrias para incentivar

    alguns setores especficos da economia. O Banco Central cobra

    taxas de juros sobre esses emprstimos, chamada de taxa de

    juros do redesconto.

    5. Regulamentao e controle do crdito o Banco Central tambm

    afeta o sistema financeiro via regulamentao e controle do

    crdito, que se d atravs da poltica de juros, controle de prazos,

    regras para o financiamento aos consumidores...

    Oferta de moeda pelos bancos comerciais

    Os bancos comerciais tambm podem alterar a oferta de moeda por

    terem uma carta patente que lhes permite emprestar mais do que tem em

    depsitos.

    Mecanismo multiplicador da oferta de moeda

    Quanto menor o recolhimento compulsrio, maior o poder de

    multiplicao dos bancos, portanto, a determinao do nvel de depsitos

    compulsrios dos bancos uma forma de o Bacen controlar a oferta de

    moeda bancria.

    O valor do multiplicador depende tambm, alm da taxa de reservas dos

    bancos, da taxa de reteno do pblico, que a razo entre a moedaque fica nas mos do pblico (e no depositada nos bancos) e o saldo

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    dos depsitos vista. O multiplicador mais geral, entretanto,

    chamado multiplicador da base monetria.

    Por base monetria entende-se o total de moeda com o pblico (PP)mais as reservas dos bancos comerciais.

    Essas reservas so o caixa dos bancos comerciais, os depsitos

    voluntrios e os depsitos obrigatrios. A base monetria representa o

    estoque de moeda primria, tambm chamada moeda de alta potncia,

    ou ainda,passivo monetrio das autoridades monetrias.

    As expanses e contraes dos meios de pagamento dependem de trs

    parmetros bsicos:

    1. De variaes na base monetria;

    2. De variaes na taxa de reteno do pblico;

    3. De variaes na taxa de reservas bancrias.

    A atuao das autoridades d-se sobre a taxa de reservas bancrias e

    sobre a base monetria.

    Demanda de moeda

    Existem trs motivos para demandar moeda, isto , para reter encaixes

    monetrios:

    Motivo transao;

    Motivo precauo;

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    Motivo especulao.

    (6.1) INFLAO

    A inflao pode ser conceituada como um aumento contnuo e

    generalizado no nvel geral de preos. Ou seja, os movimentos

    inflacionrios so dinmicos e no podem ser confundidos com altas

    espordicas de preos.

    Distores provocadas por altas taxas de inflao

    Os principais efeitos da inflao:

    1. Efeito sobre a distribuio de renda percebe-se que a inflao

    um imposto cobre os mais pobres.

    2. Efeito sobre o balano de pagamentos na tentativa de minimizar

    o dficit, so obrigadas a permitir desvalorizao cambial, as quais

    depreciam a moeda nacional e estimulam as exportaes e

    desestimulam as importaes.

    3. Efeito sobre as expectativas a prpria capacidade de produo

    futura e, conseqentemente, o nvel de emprego afetado pelo

    processo inflacionrio.

    4. Efeito sobre o mercado de capitais ocorre desestmulo

    aplicao de recursos no mercado de capitais financeiros; a

    inflao estimula a aplicao de recursos em bens de raiz, como

    terras e imveis.

    Causas da inflao

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    A inflao de demanda pode ser definida como o excesso de demanda

    agregada em relao produo disponvel de bens e servios.

    Inflao de custos

    A inflao de custos pode estar relacionada estrutura de produo, ou

    seja, o nvel de demanda permanece inalterado, mas os custos de certos

    insumos importantes utilizados na produo de um bem aumentam e so

    repassados aos preos finais dos produtos.

    O aumento da taxa de salrios provoca inflao, se existir alguma causaautnoma.

    A inflao de custos tambm est associada ao fato de que algumas

    empresas com elevado poder de monoplio ou oligoplio tm condies

    de elevar seus lucros acima da elevao dos custos de produo.

    Estagflao estagnao econmica com inflao. Ela ocorre quandoh, paralelamente, taxas significativas de inflao e recesso econmica,

    com desemprego.

    O que caracteriza, na realidade, a expresso inflao de custos o

    aumento de preos devido a presses autnomas; essas presses so

    causadas pela circunstncia de que alguns preos de matrias-primas

    bsicas, os chamadoschoques de matrias-primas.

    De acordo com a VISO INERCIALISTA, os mecanismos de indexao

    formal e informal provocam a perpetuao das taxas de inflao

    anteriores, que so sempre repassadas aos preos correntes.

    Nos planos antiinflacionrios adotados depois de 1986 no Brasil, as

    autoridades aderiram ao congelamento de preos e salrios para tentareliminar a chamada memria inflacionria, ou seja, desindexar a

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    economia. Outro recurso foi a troca da unidade monetria, quando

    durante algum tempo, coexistiram um moeda inflacionada (como o

    cruzeiro real) e uma moeda teoricamente sem inflao (como o real),

    indexada ao dlar ou a uma cesta de moedas estrangeiras.

    A INFLAO DE EXPECTATIVAS est associada aos aumentos de

    preo provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflao

    futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de

    lucro.

    A CORRENTE ESTRUTURALISTA pressupe que a inflao nocontinente est associada estreitamente a tenses de custos, causados

    por deficincias na estrutura econmica. A inflao seria explicada

    principalmente pela estrutura agrria, estrutura oligopolista de mercado e

    estrutura do comrcio internacional e, finalmente, a inflao seria

    provocada pelas desvalorizaes cambiais que os pases

    subdesenvolvidos so obrigados a promover, para compensar o dficit

    crnico da balana comercial.

    No fundo, segundo essa viso, as causas de inflao esto associadas

    aos CONFLITOS DISTRIBUTIVOS, que se resumem na tentativa dos

    agentes manterem ou aumentarem sua posio na distribuio do bolo

    econmico.

    A inflao no Brasil

    Costuma-se associar a corrente estruturalista Comisso Econmica

    para a Amrica Latina (CEPAL), influenciada pelas idias do economista

    Argentina Raul Prebisch, e a corrente monetarista poltica preconizada

    pelo Fundo Monetrio Internacional (FMI), baseada, em grande parte,

    nas idias de Milton Friedman, da Universidade de Chicago.

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    O processo inflacionrio em pases subdesenvolvidos pressupe que a

    inflao est associada estreitamente a tenses de custos, a saber:

    estrutura agrria, a estrutura oligopolista de mercado e a estrutura do

    comrcio internacional.

    Na viso monetarista, a necessidade de financiar a dvida pblica leva

    ao aumento das emisses e ao excesso de moeda, acima das

    necessidades reais da economia, levando s elevaes de preos.

    A terceira corrente a inercialista, segundo a qual a inflao no Brasil

    est associada aos mecanismos de indexao, que acabam perpetuandoa inflao passada, numa espcie de inrcia inflacionria.

    Para que se possam identificar as causas da inflao necessrio

    primeiramente medi-la. Essa medio se d atravs de uma ferramenta

    da Estatstica chamada nmero de ndice.

    (6.2) MEDIDA DA INFLAO NMEROS NDICE

    Um nmero ndice um nmero abstrato que sintetiza grandezas de

    diferentes espcies em um nico valor, que permite fazer comparao no

    tempo e no espao. Mediante o emprego do nmero ndice, podemos

    comparar os custos de alimentao ou de vida em uma determinada

    regio num dado perodo de tempo com os de uma poca anterior ou,

    ainda, a produo de determinado produto durante um determinado anoem uma dada regio.

    A construo de um nmero ndice exige a considerao dos seguintes

    pontos:

    1. Definio da base consiste em especificar se o ndice a ser

    elaborado para preo, quantidade ou valor, em delimitar a reageogrfica qual se refere, em estabelecer a sua periodicidade,

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    em selecionar a frmula, em identificar os dados necessrios e

    suficientes para a construo.

    2. Fixao da base a fixao da base no tempo e no espaodepende da finalidade do ndice. Entretanto, como regra geral,

    aconselha-se que a escolha deva recair sobre um perodo ou

    espao geogrfico que possa ser encarado como normal.

    3. Obteno de informaes a maneira pela qual os dados devem

    ser coletados (senso ou amostragem); ser determinado tendo em

    vista o menor custo, a maior preciso e a mxima oportunidade.

    Um ndice de preos pode ser de trs tipos. So eles:

    ndice relativo de preos: quando queremos analisar a variao do preo

    de um s bem, basta expressar tal variao em termos percentuais.

    Notao utilizada:

    I - ndice

    P - preo

    O - poca base, bsica ou poca de referncia;

    T - poca atual, poca dada, poca a ser comparada;

    Pt preo do artigo na poca atual (dada);

    P preo do artigo na poca base.

    Frmula utilizada: P,t = Pt . 100-100

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    Po

    ndice relativo de quantidade: quando desejamos analisar a variao na

    quantidade de um produto em termos percentuais.

    Notao utilizada:

    Qt quantidade de um produto na poca atual;

    Q0 quantidade desse mesmo produto na poca base;

    Frmula utilizada: q0,t = Qt . 100-100

    Qo

    ndice relativo de valor: quando pretendemos analisar a variao no valor

    de um nico bem, basta expressar a variao em percentuais, obtendo oque denominamos relativo valor.

    Notao utilizada:

    Pt preo do artigo na poca atual

    Po preo do artigo na poca base

    Qt quantidade de um produto na poca atual

    Qo quantidade desse mesmo produto na poca base

    Vt valor do artigo na poca atual

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    Vt valor do artigo na poca base

    Frmula utilizada: Vo,t = Vt .100-100

    Vo

    (7) O MERCADO DE CMBIO

    (7.1) O COMRCIO INTERNACIONAL E O MERCADO DE DIVISAS

    A principal diferena entre o comrcio nacional e o internacional que,

    dentro de um pas, o intercmbio se realiza com a mesma moeda,

    enquanto no comrcio internacional cada pas tem sua prpria moeda.

    Um pas desenvolvido de comrcio internacional somente pode funcionar

    se existe um mercado em que uma moeda pode ser trocada por outra.

    Esse o papel atribudo ao mercado de divisas ou de cmbio.

    A taxa de cmbio o preo de uma moeda expresso em outra. Ela se

    expressa como o nmero de unidades da moeda nacional por unidade de

    moeda estrangeira.

    Uma desvalorizao da moeda nacional faz com que nossos bens sejam

    mais baratos no exterior e com que os bens estrangeiros fiquem mais

    caros no mercado nacional.

    (7.2) O SISTEMA DE TAXAS DE CMBIO

    Os sistemas de taxas de cmbio classificam-se de duas formas:

    1. Taxas de cmbio flexveis ou livremente flutuantes;

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    2. Taxas de cmbio fixas.

    As taxas de cmbio flexveis ou livremente flutuantes

    Em um mercado livre, a taxa de cmbio ser determinada pelas foras

    da oferta e da demanda. Nessas circunstncias, diz-se que a taxa de

    cmbio flexvel ou flutuante.

    No mercado de divisas, a demanda de dlares, derivada das importaes

    nacionais e dos investimentos brasileiros no exterior, e a oferta de

    dlares procedente das exportaes brasileiras e dos investimentosestrangeiros no Brasil determinam, conjuntamente, a taxa de cmbio.

    Uma taxa de cmbio totalmente flexvel ajusta, o balano de pagamentos

    automaticamente, igualando a demanda e a oferta de divisas por

    operaes autnomas com o exterior, tornando desnecessria a

    interveno do Banco Central para restabelecer o equilbrio externo.

    As vantagens do sistema de taxas de cmbio flexveis

    Teoricamente, o sistema de taxas de cmbio flexveis corrigir

    automaticamente qualquer tendncia de gerar dficit ou supervit no

    balano de pagamentos.

    Limitaes do sistema de taxas de cmbio flexveis

    Na prtica, o mecanismo pode no funcionar; se o balano de

    pagamentos apresenta um dficit e o real se desvaloriza, as exportaes

    podem no aumentar o suficiente e as importaes no se reduzirem de

    maneira aprecivel.

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    Outro inconveniente do sistema de taxa de cmbio flexvel que se gera

    uma grande incerteza nas relaes internacionais. A presena de

    especuladores tambm pode dificultar o processo de ajuste.

    Os sistemas de taxas de cmbio fixas; o padro ouro

    Sob o sistema de cmbio fixo, a taxa de cmbio cai ligada a uma

    determinada mercadoria (historicamente o ouro) ou a uma determinada

    moeda.

    Para aderir a esse sistema, todo pas tinha de aceitar as seguintesregras:

    1. Estabelecer uma relao fixa entre a sua moeda e o ouro. Tal

    relao denominava-se valor paritrio ou preooficial.

    2. As autoridades econmicas deveriam manter a convertibilidade do

    ouro, comprando e vendendo a moeda nacional em troca de ouroao preo oficial.

    3. O governo deveria seguir uma poltica respaldada no valor do ouro,

    cobrindo 100%.

    O mecanismo de ajuste

    O sistema de padro ouro clssico no s se encarrega de manter

    estveis as taxas de cmbio, mas tambm equilibradas as relaes

    comerciais internacionais.

    O padro ouro clssico um regime de taxa de cmbio fixa. O valor da

    moeda nacional define-se em relao ao ouro e o banco central compra-

    o e vende quantidades ilimitadas a esse preo.

  • 7/29/2019 Resumo de Fundamentos Da Economia

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    Mantendo fixa a taxa de cmbio, elimina-se o desequilbrio nas relaes

    internacionais. Para isso, s se exigia que as importaes e as

    exportaes fossem sensveis s variaes dos preos e que o banco

    central estivesse disposto a aumentar ou a diminuir a quantidade dedinheiro, quando esta aumentasse ou diminusse.

    Inconvenientes do padro ouro

    O padro ouro clssico apresentava uma srie de inconvenientes, entre

    eles cabe destacar os seguintes:

    1. Tendia a formar fortes oscilaes na atividade econmica e no

    nvel de preos;

    2. Os pases com supervit, em suas relaes econmicas com o

    exterior, podiam tomar medidas que tendiam a cancelar o efeito do

    fluxo de ouro sobre a quantidade de dinheiro, isto , o banco

    central tem capacidade de esterilizar seus fluxos de ouro e,assim, combater os aumentos no nvel de preos, impedindo,

    desse modo, o funcionamento do mecanismo de ajuste;

    3. Um banco central esteriliza os efeitos produzidos pelas perdas

    (ganhos) de ouro na oferta monetria quando realiza operaes de

    mercado aberto que compensem as variaes d quantidade de

    ouro;

    4. Sistema era muito sensvel a uma crise de confiana.

    Valorizao cambial e inflao

    Com uma valorizao (apreciao) cambial, a moeda nacional (real) fica

    mais forte relativamente s moedas estrangeiras, ou seja, a valorizao

  • 7/29/2019 Resumo de Fundamentos Da Economia

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    cambial permite ancorar os preos internos e reduzir a taxa de inflao

    (da deriva o termo ncora cambial).

    Vantagens:

    1. Controle da inflao;

    2. Elevao dos ndices de produtividade;

    3. Reduo de bens de capital;

    4. Reduo de custos de produo;

    5. Reduo de preos;

    6. Benefcio aos consumidores.

    Desvantagens:

    1. Reduo de vendas;

    2. Aumento de desemprego;

    3. Exportadores so prejudicados

    4. Possibilidade de dficit;

    5. Dependncia ou vulnerabilidade externa.

    Desvalorizao cambial e inflao

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    A desvalorizao cambial tem efeito contrrio ao descrito anteriormente:

    os produtos importados ficam mais caros, em ternos de reais.

    Evidentemente, diminuiro as importaes de muitos produtos, mas os

    bens essenciais, como petrleo, trigo, que o Brasil importa muito, teroseu preo aumentado (em reais, no em dlar), provocando aumento dos

    custos de produo, que sero repassados aos preos dos produtos

    finais, gerando inflao a chamada inflao de custos.

    O efeito da desvalorizao cambial sobre a taxa de inflao

    denominadopassthrough.

    (8) ECONOMIA INTERNACIONAL

    (8.1) TEORIAS DE COMERCIO INTERNACIONAL

    Mercantilismo

    O mercantilismo aparece como o primeiro conjunto de idias queprocurava explicar o funcionamento do comrcio entre os pases,

    segundo o mercantilismo, os Estados nacionais deveriam:

    1. Possuir um exrcito numeroso;

    2. Intensificar a atividades de comrcio;

    3. Acumular divisas, ou seja, buscar o metalismo;

    4. Defender interesses internos;

    5. Conquistar maior participao no comrcio internacional;

    6. Enfatizar as atividades de comrcio e manufatura.

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    Teoria das vantagens absolutas

    necessrio ter condies de produo mais favorveis que as do pas

    para o qual se pretenda exportar.

    O valor das mercadorias determinado pelo tempo de trabalho

    necessrio para produzi-las. Considera-se, nesse caso, o coeficiente

    tcnico, ou seja , a relao entre o nmero de horas de trabalho em

    funo da quantidade produzida.

    Teoria das vantagens comparativas

    O princpio das vantagens comparativas explica o motivo pelo qual dois

    pases comercializam entre se, mesmo quando um deles detm

    vantagem absoluta na produo de dois bens.

    A teoria das vantagens comparativas foi formulada por David Ricardo,

    em 1817, como uma evoluo da teoria das vantagens absolutas. Damesma forma como aquela teoria recomenda que cada pas produza os

    bens e os servios em que tem vantagem comparativa e os exporte,

    deixando de produzir bens e servios em que relativamente menos

    eficiente. Como resultado, a produo global ser maior do que se cada

    pas for auto-suficiente, aumentando as possibilidades de consumo e de

    bem-estar do conjunto dos residentes em ambos os pases.

    Escola neoclssica

    O processo de troca entre duas naes deve observar o fato de que os

    pases sempre tendem a exportar mercadorias provenientes de seus

    recursos produtivos mais abundantes e a importar bens cujos recursos

    sejam mais escassos.

    Teoria da cepalina

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    Segundo essa teoria, nas trocas entre os pases do centro e os da

    periferia tende a ocorrer uma deteriorao dos termos de trocas. Os

    preos dos produtos primrios tendem a desvalorizar em relao aos

    pecos dos produtos secundrios, fazendo com que os pases perifricosprecisem exportar quantidades cada vez maiores para que possam

    manter sua capacidade de importao.

    (8.2) RELAES ECONMICAS INTERNACIONAIS

    As relaes econmicas internacionais tm posio ao fundamental para

    a maioria dos pases, inclusive o Brasil, ou seja, crescente a parcela daproduo mundial que no consumida no pas de origem.

    Fatores que determinam as trocas internacionais:

    1. Diferenas de dotao de recursos naturais;

    2. Assimetria em atributos construdos;

    3. Qualificao dos fatores de produo;

    4. Relaes entre fatores de produo.

    E quais as vantagens do intercmbio internacional?

    Os consumidores, com a ampliao da oferta tm a oportunidade de

    dispor de maior diversidade de produtos. Os produtores, por sua vez,

    tero possibilidades de ampliao do mercado.

    O processo de globalizao

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    O processo de globalizao a conseqncia do incremento das

    relaes econmicas internacionais. Os pases se organizam em blocos

    de integrao, para facilitar o comrcio entre si e para enfrentar a

    concorrncia internacional de forma mais competitiva.

    Condies para ingressarem nesse clube de negociantes

    internacionais, a globalizao. A primeira delas integrar-se econmica

    e politicamente; a integrao implica em negociaes permanentes,

    participao nos tratados e acordos mundiais. Outra condio a

    abertura s empresas transnacionais, precisam ainda, eliminar barreiras

    comerciais protecionistas e liberar suas economias.

    As conseqncias da integrao so:

    1. A convergncia das relaes jurdica internas;

    2. Reduo de atributos de soberania nacional.

    Do ponto de vista macroeconmico, a integrao produzir:

    1. Um aumento do comrcio internacional;

    2. Provocar a homogeneizao crescente dos fatores de produo e

    dos produtos;

    3. A influncia dos investimentos externos aumentar;

    4. As naes se tornaro menos autnomas no campo econmico,

    dependendo de fluxos financeiros internacionais de controle

    reduzido;

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    Do ponto de vista microeconmico, as empresas tendero a ter escalas

    maiores, podendo operar com custos mais reduzidos e com maiores

    condies de competir.

    Nveis de integrao

    Existem diversas classificaes de nveis de integrao entre pases. A

    que apresentaremos das mais tradicionais e, como as demais, indica

    nveis crescentes de integrao.

    1. Zona ou rea de livre comrcio (Nafta, Alca) busca a eliminaode tarifas no comrcio entre os signatrios.

    2. Unio tarifria ou aduaneira (Mercosul) eliminao de tarifas;

    mesma poltica tarifria para com o resto do mundo.

    3. Mercado comum: caractersticas anteriores, busca obter a

    coordenao de polticas monetria, cambial, fiscal, previdenciriae tributria, alm de harmonizao de legislao, liberdade de

    circulao de produtos de produo, devero inexistir fronteiras

    alfandegrias. A nica diferena entre os mercados dos diversos

    pases ser a distncia e o conseqente custo do transporte.

    4. Unio econmica e monetria (Unio Europia) os pases ficam

    quase sem autonomia, adotam o uso de moeda nica, tmpolticas macroeconmicas comuns e banco central nico. As

    polticas so regionais, e no mais nacionais.

    Blocos econmicos

    Alca rea de Livre Comrcio das Amricas

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    Com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegrias entre os 34 pases

    americanos, exceto Cuba, e formar uma rea de livre comrcio para as

    Amricas.

    So pases da Alca: Antigua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados,

    Belize, Bolvia, Brasil, Canad, Chile, Colmbia, Costa Rica, Dominica, El

    Salvador, Equador, Estados Unidos da Amrica, Granada, Guatemala,

    Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, Mxico, Nicargua, Panam,

    Paraguai, Peru, Repblica Dominicana, Santa Lcia, So Cristvo e

    Neves, So Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai

    e Venezuela.

    Mercosul Mercado Comum do Sul

    formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, alm dos pases

    associados Bolvia e Chile, estando em fase de discusso o ingresso da

    Venezuela. O Mercosul tem como princpios bsicos estabelecer uma

    unio aduaneira rea de livre circulao de bens, mos-de-obra ecapital -, assim como a liberao gradativa de tarifas alfandegrias e

    restries tarifrias.

    Nafta Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte

    Seus membros: Estados Unidos, Mxico e Canad. O acordo prev

    apenas a eliminao das barreiras legais e das tarifas alfandegrias.

    EU Unio Europia

    o mais elevado estgio da integrao econmica entre naes.

    Membros da EU: Alemanha, ustria, Blgica, Chipre, Dinamarca,

    Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia,

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    Holanda, Hungria, Irlanda, Itlia, Letnia, Litunia, Luxemburgo, Malta,

    Polnia, Portugal, Reino Unido, Repblica Checa e Sucia.

    Aladi Associao Latino-Americana de Integrao

    A Aladi substitui a Alac Associao Latino-Americana de Livre

    Comrcio, com objetivo de criar um mercado comum latino-americano.

    No conflita com o Mercosul por pretender ter alcance regional e ser

    praticado atravs de acordos parciais, celebrados em prazo longo.

    So pases-membro da Aladi: Argentina, Bolvia, Brasil, Chile, Colmbia,Cuba, Equador, Mxico, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

    (9) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONMICO

    (9.1) CONCEITOS FUNDAMENTAIS

    O desenvolvimento corresponde participao social no resultado do

    crescimento. Crescimento econmico um fator quantitativo e

    desenvolvimento econmico qualitativo.

    O desenvolvimento econmico um processo de mudana estrutural de

    longo prazo num sistema econmico. a soma de crescimento,

    industrializao com mudanas estruturais, e com melhoria na

    distribuio da renda pessoal e regional acompanhada do aumento donvel de emprego.

    Fatores que influenciam o desenvolvimento econmico

    1. A qualidade e a quantidade dos recursos produtivos disponveis,

    includos nesse conjunto especialmente a fora de trabalho e o

    estoque de capital a qualificao desses recursos representa os

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    nveis de formao escolar da mo-de-obra, determinados pela

    mdia de anos freqentados nas escolas, a capacidade

    tecnolgica do capital existente, se formao interna ou externa e

    diversidade e quantidade e qualidade das matrias-primasexistentes num sistema econmico.

    2. As condies polticas e sociais: a estabilidade poltica e

    institucional a populao conquistar melhorias na estrutura

    social e poltica devido a maior policiamento do comportamento de

    seus legisladores eleitos.

    3. Dinamismo dos agentes econmicos, que proporcionam eficincia

    organizacional estar presente sempre que a estrutura das

    organizaes que estimulam o funcionamento das atividades

    produtivas possuir dinmica e agilidade no seu processo.

    Possibilitar que mais unidades produtivas surjam no mercado,

    aumentando os nveis de emprego e qualidade de vida.

    Conseqncias do desenvolvimento

    1. Alterao no processo produtivo com essa mudana no processo

    produtivo promove em cadeia o estmulo ao investimento no capital

    produtivo, desencadeando mais investimentos em formao de

    capital e assim sucessivamente.

    2. Alteraes na estrutura do consumo da sociedade melhorias do

    processo distributivo da renda total gerada no sistema econmico.

    3. Crescente interdependncia setorial na economia decorrente do

    desenvolvimento da economia e motivada por avano tecnolgico

    e melhorias na formao de mo-de-obra, economia passa a

    possuir maiores dependncia dos setores entre si, isto ,

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    atividades produtivas que inicialmente no existiam internamente

    passam a existir a partir do desenvolvimento.

    4. Em relao ao setor externo o desenvolvimento permite ganhosde escala, aumenta a capacidade de importar e possui um efeito

    multiplicador sobre a economia. Em conseqncia disso, sero

    obtidos mais recursos de exportao, o que significa, na realidade,

    importao de empregos e mais reservas cambiais, possibilitando

    a importao de bens de capital ou promovendo o

    desenvolvimento tecnolgico interno.

    Principais indicadores de desenvolvimento

    Como estamos tratando de anlises comparativas entre regies de um

    pas, entre pases ou blocos econmicos, ser necessrio usar padres

    universais de medida. Podemos citar: uma mesma moeda universal, o

    mesmo perodo temporal, os mesmo parmetros e ndices.

    Indicadores econmicos

    1. Renda Per Capita significa renda por pessoa ou habitante,

    obtida pela diviso do produto interno bruto pela populao, da

    qual obteremos a renda mdia por habitante de um pas. Se a

    rendaper capita aumenta, significa que a riqueza produzida num

    sistema econmico cresce em velocidade superior ao crescimentoeconmico, mas no significa desenvolvimento, para ocorrer

    desenvolvimento preciso haver participao da populao na

    renda gerada e acesso aquisio e evoluo na estrutura de

    consumo.

    2. Pauta de importaes e de exportaes para sabermos o grau

    de desenvolvimento de um pas basta analisar a estrutura dos

    produtos de suas importaes. Quanto mais elaborados forem os

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    produtos, menos desenvolvidos ele e vice-versa. medida que

    um sistema se desenvolve, acontece uma evoluo tecnolgica do

    parque produtivo interno e melhorias na qualificao da mo-de-

    obra. Em conseqncia, obtm ganhos de produtividade ecompetitividade no mercado globalizado, passando, portanto, a

    exportar produtos elaborados (com mais valor agregado) e,

    conseqentemente, a importar produtos em sua forma, mas bruta

    (matria-prima), a preos menores com menos valor agregado,

    decorrendo disso a modificao da pauta das importaes de

    produtos acabados para forma bruta, bem como as exportaes da

    forma bruta modificando-a e para a forma elaborada.

    3. Estrutura da produo e do emprego nesse indicador,

    demonstrado o padro da estrutura de produo e do emprego.

    Podemos, ento, afirmar que um pas subdesenvolvido a estrutura

    de produo est direcionada atividade primria, com baixa

    utilizao de tecnologia, indo ao desenvolvimento com larga

    utilizao de tecnologia. Quanto menos desenvolvido for um

    sistema econmico, mais a estrutura de produo e empregoestar fundamentada na atividade primria e, ao contrrio, com o

    desenvolvimento evoluindo ocorrer o direcionamento para a

    industrializao.

    Indicadores demogrficos

    1. Taxa de crescimento demogrfico com esse indicador,saberemos que o grau de desenvolvimento de uma nao

    corresponde, numa razo inversa, taxa de crescimento

    populacional, ou seja, quanto maior for a taxa de crescimento

    demogrfico, menos desenvolvido ser o pas.

    2. Estrutura etria da populao o aumento da expectativa de vida

    da populao decorrente do crescimento da qualidade de vida

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    obtida atravs de melhorias no acesso ao sistema de sade,

    alimentao e saneamento.

    3. Expectativa de vida pergunta-se: quais fatores contriburam paraesse ganho de vida mdia conquistado pelo brasileiro? A resposta

    est no desenvolvimento e significa o crescimento econmico

    aumentando com ganhos da participao da populao. A

    decorrncia dessas conquistas foi o aumento do tempo de vida

    mdia da populao.

    4. Taxa de mortalidade infantil a quantidade de bitos para cadamil nascimentos. Esse um indicador de desenvolvimento, pois

    indiretamente representa o acesso da populao ao

    acompanhamento pr-natal e obstetrcia; quanto menor for essa

    taxa, mais desenvolvido ser o pas.

    Indicadores sociais

    1. Taxa de analfabetismo esse indicador considerado social

    porque nos mostra em termos mdios qual a quantidade de

    indivduos no alfabetizados em relao ao total da populao.

    Quanto maior ela for, menor tender a ser o desenvolvimento do

    pas e vice-versa.

    2. Participao da mulher na sociedade medida que odesenvolvimento ocorre, a sociedade como um todo passa a

    usufruir do processo participativo at o decisrio.

    3. Incluso social o acesso aos benefcios obtidos via crescimento

    econmico, a reduo de desigualdades sociais e a participao

    de todos no processo poltico so fatores que indicaro o grau de

    desenvolvimento.

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    4. ndice de desenvolvimento humano (IDH) foi criado para medir o

    grau de acesso da populao aos benefcios obtidos pelo

    crescimento econmico, ou seja, somente haver desenvolvimento

    se a populao tiver acessos a estes benefcios.

    5. Acesso educao como indicador de desenvolvimento,

    podemos avaliar o grau de acesso da populao aos bancos

    escolares e o tempo de permanncia anual mdia da populao na

    formao escolar.

    6. Longevidade quanto maior for essa expectativa, melhorqualidade de vida tem a populao.

    7. Distribuio de renda para obter o indicador da renda mdia

    dessa economia, basta dividir o PIB pelo total da populao que

    obteremos a renda per capita. Porm, esse indicador no nos da

    as informaes concretas do acesso dessa populao, renda,

    visto que se trata de um valor mdio.

    (10) SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E MERCADO DE CAPITAIS

    (10.1) SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)

    o sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o

    desenvolvimento equilibrado do pas e a servir aos interesses dacoletividade. Est estruturado em dois subsistemas o normativo e o de

    intermediao.

    O subsistema normativo

    constitudo pelas autoridades monetrias vinculadas ao Conselho

    Monetrio Nacional, que regulamentam atravs da normalizao dofuncionamento do SFN de acordo com a poltica monetria do governo.

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    Fazem parte do subsistema normativo; Conselho Monetrio Nacional,

    Banco Central e Comisso de valores Mobilirios.

    Conselho Monetrio Nacional (CMN)

    rgo mximo do SFN, cuja responsabilidade a elaborao da poltica

    monetria do Brasil e possui como atribuies:

    1. Adaptar o volume dos meios de pagamento s reais necessidades

    da economia nacional e ao ser processo de desenvolvimento;

    2. Regula o valor interno da moeda;

    3. Regular o valor externo da moeda e o equilbrio no balano de

    pagamentos do pas;

    4. Orientar a aplicao dos recursos das instituies financeiras

    pblicas e privadas;

    5. Propiciar o aperfeioamento das instituies e dos instrumentos

    financeiros;

    6. Zelar pela liquidez e solvncia das instituies financeira;

    7. Coordenar as polticas monetrias, de crdito, oramentria, fiscal

    e da dvida pblica, interna e externa.

    Banco Central (BC)

    O Bacen o rgo fiscalizador e executor da poltica monetria que

    estabelece o elo de ligao o governo (CMN) e o mercado, zelando pelo

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    perfeito funcionamento das instituies integrantes do SFN. Das duas

    atribuies podemos citar:

    1. Emisso monetria conforme autorizao do Conselho MonetrioNacional;

    2. Controlar ou regular o meio circulante do Brasil;

    3. Receber e controlar os depsitos compulsrios dos bancos

    comerciais

    4. Fiscalizar as instituies financeiras e administradoras de

    consrcios;

    5. Realizar as operaes de redesconto dos bancos comerciais;

    6. Executar a poltica monetria definida pelo CMN;

    7. Controlar e administrar o fluxo de capitais estrangeiros no Brasil;

    8. o banco dos bancos;

    9. o banqueiro do governo.

    O subsistema de intermediao

    constitudo pelas instituies financeiras auxiliares que do forma ao

    funcionamento do SFN e das operaes financeiras das instituies

    pblicas e privadas, pessoas fsicas ou jurdicas de um sistema

    econmico. As instituies que compem o subsistema de intermediao

    so: bancos comerciais, Banco do Brasil, Caixas Econmicas, Banco deDesenvolvimento, cooperativas de crdito, bancos de investimentos,

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    sociedades de crdito, bancos de investimentos, sociedade de

    arrendamentos mercantil, Sistema Financeiro da Habitao, bancos

    mltiplos, Bolsa de Valores e sociedades seguradoras.

    Bancos comerciais

    As operaes bsicas so: receber depsitos e conceder emprstimos

    nas suas funes comerciais.

    Banco do Brasil

    Desenvolve as atividades de banco comercial, alm de ser o executor da

    poltica de crdito rural e industrial do governo federal e administrar a

    cmara de compensao de cheques nacionais, bem como o comrcio

    exterior do Brasil.

    Caixas Econmicas

    Possuem a funo principal de atendimento s pessoas fsicas e tm

    atribuio de:

    1. Captar economias populares sob a garantia da Unio;

    2. Conceder emprstimos e financiamentos de carter assistencial;

    3. Operar no setor de habitao como sociedade de crdito

    imobilirio e principal agente do sistema financeiro da habitao

    Bancos de desenvolvimento

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    So instituies financeiras controladas pelos governos estaduais que

    utilizam repasses pblicos para concesso de crdito para mdio e longo

    prazo. Atualmente so quatro:

    1. Banco do Nordeste (BNB);

    2. Banco da Amaznia (BASA);

    3. Banco Regional de Desenvolvimento do extremo Sul (BRDE);

    4. Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e social (BNDES),

    empresa pblica com responsabilidade de crdito no longo prazo,

    tendo como atribuies:

    Impulsionar o desenvolvimento econmico e social do Brasil;

    Fortalecer o setor empresarial do Pas;

    Atenuar os desequilbrios regionais

    Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrcolas,

    industriais e servios;

    Estimular o crescimento e a diversificao das exportaes.

    Cooperativas de crdito

    Com a funo de auxiliar via concesso de crdito, protegendo os

    cooperados nas suas atividades de produo, safra comercializao e

    escoamento da produo.

    Bancos de investimentos

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    Os bancos de investimentos so instituies que possuem objeto de

    captar depsitos a prazo e so especializados em operaes financeiras

    de mdio e longo prazo.

    Sociedades de arrendamento mercantil (leasing)

    A vantagem para o mercado em operar com arrendamento tributria.

    Sistema Financeiro da Habitao (SFH)

    Foi criado com o objetivo de promover o desenvolvimento da construo

    de habitaes no Brasil na dcada de 1960; aps a extino do Banco

    Nacional da Habitao, a gesto desse sistema foi transferida para a

    Caixa Econmica Federal.

    Bancos mltiplos

    Permitiu-se que bancos comerciais e outras constituam uma nica

    empresa atravs do processo de fuso.

    Sociedades seguradoras

    Possuem a finalidade de manter o funcionamento das unidades

    produtivas diante das adversidades que possam ocorrer.

    (10.2) O MERCADO DE CAPITAIS E A BOLSA DE VALORES

    A expanso da capacidade de uma unidade produtiva pode ocorrer de

    vrias formas, entre elas podemos citar:

    1. Utilizar recursos financeiros prprios;

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    2. Utilizar recursos de terceiros;

    3. Obter recursos atravs da venda de parte da empresa.

    A expanso da capacidade produtiva tem como resultado do produto

    interno bruto de uma economia.

    Esse fracionamento possvel devido subdiviso do capital total de

    uma empresa em partes iguais, que denominaremos aes, sendo

    conhecida como abertura de capital.

    Esse mercado denominado mercado de capitais e se constitui por um

    complexo inter-relacionamento de instituies subordinadas direta ou

    indiretamente ao Conselho Monetrio Nacional e que daro liquidez e

    facilidades para a comercializao dos ttulos que esto no mercado.

    Avaliaes importantes na economia como um todo podemos citar:

    1. Captao de recursos de terceiros;

    2. Possibilidade de disponibilizar no mercado o acesso dos

    poupadores participao nos resultados das empresas com

    aes lanadas no mercado;

    3. A possibilidade de canalizar recursos de poupana (investidores)

    do mercado financeiro para a atividade produtiva da economia.

    Bolsa de valores

    A Bolsa de Valores constitui-se em uma sociedade civil criada com fins

    de facilitar a convergncia entre vendedores e compradores de aes.

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    As negociaes de aes podem ocorrer de diversas formas, mas aqui

    vamos citar s trs:

    1. Mercado vista a comercializao que ocorre com opagamento das aes compradas no ato da operao;

    2. Mercado a termo a comercializao de aes com a

    modalidade de pagamento em prazo futura conforma acordo entre

    comprador e vendedor e desde que respeitando a legislao

    vigente, podendo esse prazo se antecipado, se acordado entre as

    partes;

    3. Mercado de opes essa modalidade de comercializao

    corresponde alternativa de venda ou de compra de uma

    promessa, antes do tempo definido entre as partes.