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Todo o mercado possui dois lados: oferta e procura (demanda). O preço e a quantidade de equilíbrio nos mercados é resultado da interação da oferta e da demanda. Definição As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como os mercados estão organizados. A estrutura de mercado de um ramo de atividades descreve as características de um ramo, em especial o número e dimensão das empresas vendedoras, a dimensão da concentração empresarial e o grau de homogeneidade de seus produtos. I Classificação: Estruturas clássicas básicas (Mercado Transparente: Informação Perfeita e os agentes são maximizadores de lucros) : a) monopólio; b) concorrência perfeita; Outras estruturas clássicas: a) concorrência monopolística; b) monopsônio; c) monopólio bilateral; Modelos marginalistas de oligopólio: a) modelo de Cournot; b) modelos de Sweezy, c) Cartel; Estruturas de Mercado

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Fundamentos da economia

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Todo o mercado possui dois lados: oferta e procura (demanda). O preço e a quantidade de equilíbrio nos mercados é resultado da interação da oferta e da demanda.

Definição As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como os mercados estão organizados. A estrutura de mercado de um ramo de atividades descreve as características de um ramo, em especial o número e dimensão das empresas vendedoras, a dimensão da concentração empresarial e o grau de homogeneidade de seus produtos.

I Classificação:Estruturas clássicas básicas (Mercado Transparente: Informação Perfeita e os agentes são maximizadores de lucros) : a) monopólio; b) concorrência perfeita;Outras estruturas clássicas: a) concorrência monopolística; b) monopsônio; c) monopólio bilateral; Modelos marginalistas de oligopólio: a) modelo de Cournot; b) modelos de Sweezy, c) Cartel;

Estruturas de Mercado

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II Classificação

Concorrência perfeita: número elevado de pequenas empresas produzem e vendem um produto padronizado.

Concorrência imperfeita: vendedores individuais que detêm alguma parcela de controlo sobre o preço da produção:

a) Monopóliob) Oligopólioc) Concorrência monopolística.

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P

Q

P

Q

d d

d

d

Demanda de empresa em Concorrência Perfeita

Demanda de empresa em Concorrência Imperfeita

Ilustração gráfica

Análise do gráfico :

• A empresa perfeitamente concorrente pode vender tudo o que pretender ao longo da sua curva horizontal dd sem reduzir o preço de mercado.

• Mas o concorrente imperfeito concluirá que a sua curva de demanda é inclinada negativamente quando um maior volume de vendas forçar uma queda no seu preço.

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Monopólio Conceitos para determinar o Preço (P) e Quantidade (Q) de equilíbrioReceita Total (RT): obtém-se multiplicando os preços pelas quantidades. A RT atinge o seu máximo no ponto central da curva, além do qual a demanda é inelástica.

Receita marginal (RMg): é o aumento na receita total que ocorre quando a produção aumenta em uma unidade. A RMg pode ser positiva ou negativa.

P

Q

D

RMg

RMe

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Quantidade q

Preço P = RMe = RT/q

Receita Total

RT = P x q

Receita Media RT/q

Receita Marginal RMg

012345678910

200180160140120100806040200

0180320420480500480420320180

0

0180160140120100806040200

1801601006020-20-60

-100-140-180

A RMg negativa significa que, para vender mais unidades adicionais, a empresa tem de diminuir tanto o seu preço, que as receitas totais se reduzem.

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Hipóteses: O setor é constituído de uma única firma; Firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo; Existe concorrência entre os consumidores; e A curva de receita média é a curva de demanda do mercado (DD) indica os diferentes preços por quantidades que serão recebidos quando o monopolista decidir vender quantidades diferentes do produto.

Monopólio

PDemanda de monopólio

d

d

RMgQ

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O PONTO DO LUCRO MÁXIMO

CONDIÇÃO: RMg = CMg

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Barreiras de entrada Dimensão reduzida do mercado Existências de patentesProteção oferecida por leis governamentais Controle das fontes de suprimento de matérias primas para a produção de seu produto.

Maximização do Lucro Encontrar o P* e Q* de equilíbrio, que permitem o maior lucro, ou a maior diferença entre RT e CT. Uma importante conclusão é que o lucro máximo ocorrerá quando a produção se encontra ao nível em que a RMg é igual ao seu custo marginal.

Em razão das vantagens, o monopólio pode apresentar lucro maior que outros setores. É interessante distinguir entre lucro normal e lucro extraordinário. O lucro normal inclui a remuneração do empresário, seu custo de oportunidade; o lucro extraordinária é resultado dos fatores que criariam a situação de monopólio, e que permitem ao monopolista auferir um lucro acima do normal.

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P P

Q Q

Demanda da firma Demanda do mercado

O concorrente perfeito tem uma parte tão insignificante do mercado que a demanda lhe parece completamente horizontal (perfeitamente elástica). O concorrente perfeito pode vender todo o que quiser ao preço de mercado. Preço é uma variável exógena neste caso, pois não é determinado pela firma.

O preço de mercado é a receita adicional que a empresa obtém por cada unidade vendida.

P = RMg = RMe = D

DO

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Maximização de lucro em concorrência perfeita:

-Condições:

• p ≥ CVM

• CMg = RMg

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Outras estruturas clássicas

Concorrência monopolística Também chamada de concorrência imperfeita, caracteriza-se fato de que as empresas produzem produtos diferenciados, embora substituídos próximos. Ex: diferentes marcas de refrigerante.Cada firma tem determinado poder sobre a fixação de preços, ou seja, a curva de demanda é negativamente inclinada, embora bastante elástica, pois a existência de substitutos próximos permite aos consumidores alternativas para fugirem de aumentos de preços.Não existe barreiras á entrada de firmas, o que significa, a longo prazo, uma tendência para a existência de lucros normais.

OligopólioCaracteriza-se pela existência de reduzido número de produtores e vendedores fabricando bens que são substitutos próximos entre si. Estrutura de mercado que prevalece no mundo ocidental, na indústria e no transporte aéreo e rodoviário, nos setores químicos, siderúrgicos e outros. A decisão de um vendedor influencia o comportamento econômico de outros vendedores.

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Monopsônio e oligopsônio O monopsônio é caracterizado pela existência de muitos vendedores e um único comprador. É uma estrutura que pode permanecer no mercado de trabalho. Ex.: Um empresa que se instala no interior e demanda toda a mão-de-obra da cidade.

O oligopsônio é o mercado em que existem poucos compradores, que dominam o mercado, e muitos vendedores.

Monopólio bilateralDefrontam-se um monopsonista e um monopolista. Tipicamente, o monopolista deseja vender dada quantidade de produto por um preço, e o monopsonista deseja obter a mesma quantidade por um preço diferente daquele pretendido pelo monopolista. Como ambas as posições são conflitantes, somente a negociação recíproca permite a definição do preço.

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Estrutura com poucos vendedores com poder de fixar os preços e muitos compradores.

Modelo de CournotModelo de duopólio (duas empresas produtoras no mercado), mostra como as empresas são dependentes da ação de outras. A característica básica desse modelo é que os empresários não reconhecem a interdependência que tem entre si.

Modelo de Sweezy ou demanda quebradaBusca explicar por que os preços dos oligopólios são relativamente estáveis. O modelo supõe que cada oligopolista tenha uma curva de demanda “quebrada”. A dd é elástica para preços acima do preço de equilíbrio e inelástica para preços abaixo de P*. Explicação parte elástica: se um oligopolista aumentasse P não seria acompanhado pelos demais perdendo parte do mercado. Se um deles baixasse os P para aumentar a fatia de mercado provocaria reação idêntica á dos demais, diminuindo o lucro de todos.

Modelos marginalistas de oligopólio

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O cartel perfeito Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política de preços para todas as empresas que o compõem. Ex.: OPEP.

No cartel perfeito os oligopolistas, reconhecendo a interdependência que têm entre si, procuram se unir e maximizar o lucro do cartel. Fixando-se o preço, a questão é como dividir as quantidades entre os diferentes membros do cartel (capacidade de negociação).

Os cartéis são instáveis: grande incentivo a burlar.

O cartel imperfeito ou modelos de liderança-preçoConstituem uma coalizão imperfeita em que as firmas de um setor oligopolista decidem tacitamente estabelecer o mesmo preço, aceitando a liderança de uma firma da indústria. A líder forma o preço e é seguida

pelas demais.

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Aspectos alocativos O exame desses modelos mostra que, dada uma estrutura particular, é possível determinar o preço e a quantidade de equilíbrio.Questão: comparando-se os modelos entre si, quais seriam as respectivas vantagens e desvantagens? Conceito de eficiência: uma economia é eficiente se está organizada de maneira que proporciona aos seus consumidores o mais amplo leque de bens e serviços, dados os recursos e tecnologia dessa economia. Ocorre quando nenhuma possível reorganização da produção pode melhorar a situação de alguém sem piorar a de outrem. Sob as condições da afetação eficiente, a satisfação, ou utilidade, de uma pessoa pode ser aumentada apenas com a diminuição da de outra. Eficiência de Pareto. Eficiência econômica: quando o preço do produto é igual ao custo total mínimo. Na concorrência perfeita é máxima. A eficiência econômica sob o monopólio não é máxima. Em muitos mercados existem ineficiências.

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MACROECONOMIAIntrodução Escola neoclássica: tem como principio o método de análise dos agentes econômicos, ou seja, perante uma série de opções, os indivíduos, escolhem a que consideram a mais vantajosa. Dois métodos pela determinação de Preços e Quantidades: Equilíbrio parcial: analisa determinado mercado sem considerar os efeitos que este possa ocasionar sobre os demais existentes na economia; Equilíbrio geral: tudo depende de tudo, isto é, nas demandas e ofertas de cada um dos bens, todos os preços dos demais bens são importantes;Surge a necessidade de um tratamento mais agregativo e empírico a analise econômica de responder a perguntas diferentes: como se comporto o nível de produção ao longo dos últimos anos, como tem evoluído o nível de emprego.Objetivo da macroeconomia: analisar como são determinadas as variáveis econômicas de maneira agregada. Discussão da economia em termos agregados.

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Economia fechada Mercado de bens e serviços: efetua-se agregação de todos os bens produzidos pela economia durante certo período de tempo e define-se o chamado produto nacional, cujo preço é chamado nível geral dos preços. (entidades abstratas) Mercado de trabalho: no qual se realizam a compra e venda de serviços de mão-de-obra, se estabelecem salários e o nível de emprego. Mercado monetário: economia cujas trocas são efetuadas utilizando sempre um elemento comum, a moeda. Mercado de títulos: no qual os agentes superavitários emprestam para os deficitários.

Economia aberta Mercados de divisas: ou de moeda estrangeira. Oferta de divisa depende das exportações e da entrada de capitais estrangeiros, a demanda por divisas é determinada pelo volume de importações e pelas saídas de capital financeiro. Taxa de câmbio é a variável determinada neste mercado, que é o preço da divisa, em termos de moeda nacional.

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Evolução da teoria macroeconômica Keynes, 1930 As economias de mercado tinham capacidade de, sem a interferência do governo, utilizar de maneira eficiente todos os recursos disponíveis, ou seja produzir esses recursos com pleno emprego. Produto e emprego já estariam determinados representando a efetiva disponibilidade de recursos. Insatisfação da tendência automática ao pleno emprego, que considerava inexistência de desemprego dos trabalhadores. Keynes, Teoria geral do emprego, juros e moeda (1936), mostra que as economias capitalistas não tinham a capacidade de promover automaticamente o pleno emprego. O governo tinha a necessidade de orientar sua política econômica no sentido de promover a plena utilização dos recursos disponíveis na economia. Quatro escolas principais no pensamento macroeconômico: Keynesianos, neoclássicos (monetaristas), novos neoclássicos e pos-keynesianos.

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Medidas da atividade econômicaEstudo dos agregados econômicos, de seus comportamentos e das relações que guardam entre si. Agregados econômicos: produto nacional, o nível de emprego e a taxa de crescimento dos preços Produto nacional: (tenta) avaliar o desempenho da economia no sentido de satisfazer as necessidade da sociedade. (Valor total de transações com bens finais durante um certo período).

Mercado de fatores

Mercado de produtos

Empresas Individuos

Fluxo de bens e servicos Fluxo monetario

Fluxo circular da renda

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Renda e ProdutoComo medir a atividade de uma economia? Períodos de referência homogêneos (comparação temporal e espacial) – geralmente utilizado 1 ano.Produto nacional: valor monetário de todos os bens finais produzidos na economia em determinado período.Renda nacional: total de pagamentos feitos aos fatores de produção que foram utilizados para a obtenção desse produto.

Produção Renda

Valor total da produção de soja 600.000 Total dos pagamentos de salários 800.000

Valor total da produção de trigo 400.000 Aluguel da terra 80.000

1.000.000Juros pagos 20.000Lucros (residual) 100.000

----------1.000.000

Não está incorporado os insumo intermediários no processo de produção.

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Valor adicionadoCálculo do que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. Ex. Economia único bem final livros (papel tinta, madeira e corantes).

Estágio de Produção

Vendas no período (1)

Custo das matérias-primas produzidas no

período (2)

Valor adicionado no período (3)= (2) – (1)

Madeira 60.000 0 60.000

Papel 80.000 60.000 20.000

Corantes 50.000 0 50.000

Tintas 100.000 50.000 50.000

Livros 200.000 180.000 20.000

Total 490.000 290.000 200.000

R$ 490.000 valor total vendas da economia, R$ 290.000 transações entre empresas, R$ 200.000 Valor das transações realizadas no mercado de bens finais. Bens finais: os que são vendidos para consumo ou utilização final.

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Despesa nacional

Mede o resultado da atividade econômica de um país.É o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Revela quem são os setores compradores do produto nacional. Apresenta o mesmo valor do produto nacional, porém medido pela ótica de quem comprou o produto, não quem vendeu. Refere-se apenas as despensas com bens e serviços finais, excluindo as transações intermediárias.

Identidade básica das contas nacionais:

Produto nacional = renda nacional = despesa nacional

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Formação de capital : Poupança e InvestimentoSuponhamos que as famílias poupam:As empresas produzem bens de consumo e de capital (que aumentam a capacidade produtiva da economia)Poupança agregada:É a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida.

S = RN – C , onde: C – consumo agregado e S - poupança

Investimento agregado (I):

É o gasto com bens que foram produzidos, mas não consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva. É composto pelo investimento em bens do capital e pela variação de estoques de produtos que não foram consumidos. Bens de capital: formação bruta de capital fixo (utilizados na fabricação de outros bens, não se desgastam totalmente).

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Investimento total = investimento em bens de capital + variação de estoquesInvestimento agregado: aumento da capacidade produtiva da economia, num dado período.

Produto nacional bruto (PNB) = renda que pertence efetivamente aos nacionais, ou seja, o PIB mais a renda líquida do exterior.Produto nacional líquido (PNL): produto nacional bruto menos a depreciação.Depreciação: consumo do estoque de capital físico em determinado período.

PNB = PNL + depreciação

Produto interno bruto (PIB) : renda devido à produção, dentro dos limites territoriais do país.

PI = PN + renda liquida enviada ao exterior (RLEE)PIB = PNB + renda liquida enviada ao exterior

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Renda disponível: quanto o setor privado da economia teve a seu dispor como resultado da atividade econômica em um determinado período.

Valores nominais e valores reais:Problema de separar crescimento de preços de crescimentos reais. Ex.: Se observarmos em dois períodos de tempo que o produto medido a preços correntes cresceu de $22.950,00 para $32.900,00. Será que não foi somente os preços que subiram?

Anos 1 2

Produtos Qtd. Preço Valor Qtd. Preço Valor

Automóveis (und.) 10 2.000 20.000 10 3.000 30.000

Liquidificadores 30 20 600 30 40 1200

Batatas (t) 10 200 2.000 10 100 1.000

Tecidos (m²) 30 5 150 30 10 300

Bebidas (l) 20 10 200 20 20 400

TOTAL - - 22.950 - - 32.900

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Alguma forma de separar, dentro de variações de valor, as variações de quantidade das variações de preços.

Fórmula de Laspeyres: média aritmética ponderada do relativo de preços, com base de ponderação no período inicial.

Fórmula de Paasche: média harmônica ponderada do relativo de preços, com base de ponderação no período de referência.

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Sistema de contabilidade social: contas nacionais no Brasil

Contabilidade nacional: registro contábil da atividade econômica de um país, num dado período (um ano). É uma técnica que se preocupa com a definição e os métodos de quantificação dos principais agregados macroeconômicos, como produto nacional, consumo global, investimentos etc.

Sistema de contas nacionais (Richard Stone, ONU) : considera apenas as transações com bens e serviços finais. Método contábil da partida dobrada e consiste em quatro contas básicas e uma conta complementar.

Matriz insumo-produto ou relações intersetoriais (Leontief): mostra todas as transações agregadas de bens intermediários e bens finais da economia, em determinado período.

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Conta produto interno bruto (produção): transações das unidades produtoras;

Conta renda nacional disponível liquida (apropriação): transações das famílias e governo, como apropriadores de renda. Saldo = Poupança interna (poupança do setor privado e a do governo).

Conta transações correntes com o resto do mundo. Saldo = saldo em conta corrente, pois representa o saldo do balanço de transações correntes do balanço de pagamentos. Conta de capital (acumulação): transações que representam acumulação de renda para o futuro;conta corrente das administrações públicas

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Balança de transações correntes: parte do balanço de pagamentos relativa a soma da balança comercial ao balanço de serviços e as transferências unilaterais.

Balanço de pagamentos: registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Envolve transações com mercadorias serviços e capitais monetários e físicos.

Balança comercial: item do balanço de pagamentos em que são lançadas as exportações e importações de mercadorias.

Balança de serviços: item do balanço de pagamentos em que são lançadas as transações com serviços, como fretes, seguros e outros, realizadas entre um pais e os demais países.

Transferências unilaterais: item do balanço de pagamentos em que são lançados os financeiros. Donativos.

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Teoria de determinação da Renda O estudo dos elementos que determinam o nível de produção, de emprego e o de

preços, numa situação de curto prazo, em que são ignorados os efeitos sobre a distribuição da renda nacional.

RENDA x DESPESA

• Renda mede o fluxo de pagamento dos fatores de produção: salário, juros, lucro e aluguel;

• Despesa mede o fluxo dos gastos em bens e serviços de consumo e investimento na economia.

• Renda nacional de equilíbrio é aquela em que a remuneração dos fatores coincide com os gastos desejados em bens e serviços de consumo e investimento.

• Despesa Demanda Agregada e Produção Oferta Agregada = Renda Nacional

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• As empresas respondem aos acréscimos de demanda via aumento de produção física, ou simplesmente elevando os preços ou via combinação de ambos.

Produção – corresponde a uma situação de desemprego de fatores de produção, de forma que, produto ↑ em resposta ao ↑ de fatores sem variar o nível de preços da economia.

Preços – situação de pleno emprego (fatores de produção) pela utilização eficiente de todos os recursos disponíveis para empregar o produto não pode ↑ em reposta aos estímulos da demanda, mas apenas o nível geral de preços ↑.

Oferta agregada, Desemprego e Nível Geral de Preços

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INFLAÇÃOTendência contínua e sustentada de elevação de todos os preços de bens e serviços da economia;

Renda nacional real

PNível geral de preços

y

Estabilidade de preços

InflaçãoOferta agregada (y0)

Renda de pleno emprego

y0

Desemprego

y

Hipóteses da análise macroeconômica de curto prazo:

-nenhuma mudança tecnológica

-estoque físico produtivo do fator capital é constante; e apenas o fator trabalho pode variar.

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Demanda Agregada

Constitui-se nas despesas da coletividade em bens e serviços de Consumo (C), Investimento (I), Despesas Governamentais (G) e Exportações (X). Para obter a renda nacional, é necessário subtrair o montante total das importações do País (M).

Podemos escrever a Demanda nacional agregada ( yd) :

MXGICyd −+++=

Consumo Nacional Privado (C)Decisão tomada por agentes econômicos diferentes dos que decidem sobre o volume de produção.Fatores que determinam o consumo das famílias:A renda é o fator que, isoladamente, tem maior influencia na determinação do consumo. A relação entre consumo e renda: função estável e monotonicamente crescente.

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Podemos adotar a seguinte função linear : byaC +=

b=propensão marginal a consumir (PMgC)

Renda nacional real

CConsumo nacional privado

y

a

byaC +=

b

b

y2y1

C2

C1

C∆

y∆

Condiciona-se que: 0 < PMgC < 1a – consumo autônomo, necessário, mesmo se a renda for igual a zero (y = 0).

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O equilíbrio : O equilíbrio entre oferta agregada ou renda nacional e a despesa agregada ocorre sempre sobre a reta de 450, conforme o ponto E.

Cyd =

C2

C1

Ce

C=yd

y=yo

ybaC .+=

y2y1

do yyy ==

ye

450

E

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Solução algébrica :

Condição de equilíbrio......................................

Função consumo...............................................

do yyy ==

byaC +=

(1)

(2)

Substituindo (1) em (2), temos:

Exemplo numérico :

Condição de equilíbrio....................................

Função consumo.............................................

do yyy ==yC 8,010 +=

Modelo

Solução algébrica

Condição de equilíbrio............

Função consumo...........................

5010*5108,01

1 ==•−

=ey

504010)50(8,010 =+=+=C

ab

ye •−

=1

1

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Investimento Privado Nacional(C)A poupança (S)

A poupança nacional corresponde à parcela da renda nacional não gasta em bens e serviços de consumo produzidos na economia.

Fatores que determinam o consumo das famílias:

)( byayCyS +−=−= ybaS )1( −+−=

syaS +−= s Propensão marginal a poupar (PMgS)

Então: PMgC + PMgS = 1

C2

C1

Ce

C=yd

y=yo

ybaC .+=

y2y1

do yyy ==

ye

a

-a

S2

ybaS )1( −+−=

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O investimento (I)Uma das mais importantes variáveis macroeconômicas, tanto no modelo keynesiano, devido à influência das expectativas, tipicamente de curto de prazo, como nos modelos de crescimento e desenvolvimentos econômico, em que é o principal determinante do produto e do emprego.

É a parcela do produto nacional não consumida.

O investimento bruto: corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital (máquinas e equipamentos) e formação de estoques.O investimento líquido : exclui as despesas com manutenção e reposição de peças, equipamentos, e instalações desgastadas pelo uso.

CyIS −==

pp IS =

Esta é a posição de equilíbrio estável da renda nacional . Isto porque a poupança e o investimento programados (ex ante) forem exatamente iguais aos realizados (ex post).

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Decisões de investir- Investimentos autônomos: os empresários planejam realizar seus programas de investimento independentemente de qualquer nível de renda ou do custo dos recursos para financiá-los (juros).- Investimentos não programado (In) é a diferença entre investimento o realizado total (Ir) e o programado (Ip )

prn III −=

pr II >

pr II <

Aumento nos estoques invendáveis

Diminuição nos estoques invendáveis

prp SII ==

Logo:

Pois,rr SI = 39

Exemplo: as indústrias de automóveis estão vendendo carros, para períodos de até 6 meses de espera. Os pátios estão vazios.

Exemplo: quando uma empresa tem a expectativa de que vai vender toda sua produção, e decide expandir seus investimentos acima do planejado

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O multiplicador de investimentosÉ um coeficiente (número) associado á variação dos investimentos que determina a magnitude de variação no nível de renda nacional.

bk

−=

1

1

PMgCk

−=

1

1

PMgSk

1=

(3)

(4)

(5)

(6)

Demanda Agregada..........................................

Renda Nacional.................................................

Equilíbrio da Renda Nacional.................

Função Poupança.................................

ICyd +=SCy +=

ybaS )1( −+−=ISyyy do =→==

Iab

ye +•−

=1

1

40

Modelo

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Empresa

$100.000

Galpão

Madeira e Carpinteiros

Novos empregados

$80.000Renda adicionalPMgC=0,8

Gastos adicionais $64.000

O processo se repete, na ordem de 0,8...até se esgotar41

Exemplo: uma empresa resolve construir um galpão para depósito.

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As despesas de investimento do governo, tais como construir estradas, portos, esgotos, irrigação, parques, ruas, bibliotecas públicas, entre outras, constituem-se no terceiro elemento da demanda agregada. Acréscimos nestes gastos governamentais possuem o mesmo efeito multiplicador do investimentos privados, expandindo o nível de renda nacional pela expansão da demanda secundária em bens e serviços de consumo.

FinanciamentoOs gastos do governo (G) são, predominantemente, financiados pela arrecadação de tributos (T).

Gastos do Governo (G)

)( TybaC −+=Função consumo

Função poupança ))(1( tybaS −−+−=dbyaC +=

Renda disponível (yd)

Os indivíduos da coletividade farão suas escalas de consumo baseadas somente no montante de renda disponível, ou seja, sua renda após pagamento de tributos governamentais.

GITS +=+Condição de equilíbrio

42

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A Demanda de Exportação e de Importação (X e M)

As exportações têm um efeito positivo sobre o nível de renda interna, pois, para atender à demanda dos estrangeiros pelos nossos produtos, os empresários devem aumentar a produção e o emprego de fatores disponíveis do país. Fenômeno contrário se verifica quando importamos produtos do exterior, pois o efeito multiplicador de renda ocorre nos países de origem das exportações.

Demanda Agregada..............

Renda Nacional.....................

Equilíbrio da Renda Nacional.................

)( MXGICyd −+++=TSCy ++=Modelo

)( MXGITSy −++=+→

(7)

(8)

(9)

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Os Hiatos Inflacionários e Deflacionários

Na teoria da determinação do equilíbrio da renda nacional e do emprego, a despesa agregada (yd) pode ser maior, igual ou menor que o nível de oferta agregada ((yO).

Hiato inflacionárioO montante pelo qual a despesa agregada excede a oferta agregada ao nível de pleno emprego

MXGICyd −+++=

y

)( MXGIC −+++

y

yd

y

450

Hiato inflacionário

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As políticas fiscais do governo se constituem nas suas despesas (G) e no seu sistema tributário (T), e seriam utilizadas com o objetivo de conduzir a demanda agregada ao nível de renda de pleno emprego (y).No caso do hiato inflacionário, cabe ao governo adotar algumas políticas que pode ser tomadas de forma simultânea:- Reduzir o montante de seus gastos (G);Aumentar os tributos (T)

O que comprimiria a renda disponível dos indivíduos e, conseqüentemente, o nível de consumo (C); aumentar a tributação sobre a rentabilidade dos investimentos, o que acabaria por desestimulá-los, reduzindo (I); elevar tributos sobre as exportações (X) ou mesmo isentar das importações (M) os tributos.

A economia poderia ser conduzida a manter um certo grau de estabilidade desejável ao funcionamento do sistema econômico. Nesse caso, pode-se citar algumas como: políticas de preços mínimos na agricultura, salário-desemprego, imposto de renda entre outros.

Política Fiscal e o Nível de Renda

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Introdução à Teoria MonetáriaA moeda tem um papel fundamental em nossa sociedade, e é um dos tópicos mas interessantes abordados no estudo econômico. Aborda seus impactos na economia, e abrange um conjunto de instituições e instrumentos que cumprem funções importantes:

transferência de recursos entre unidades superavitárias e uni. deficitárias;Promoção do desenvolvimento;Aumento da liquidez de ativos reais;Mudança de características dos ativos financeiros;Negociação da propriedade das firmas;Ajuste do preço dos ativos de risco;Aumento da eficiência produtiva dos recursos reais da economia; eExistência de um canal para a condução.

Instituições: Banco Central, os Bancos Comerciais e Múltiplos, as Corretoras e outras. Instrumentos:Financeiros – papel-moeda, depósitos à vista, letras de câmbio, opções, futuros, entre outros.

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De Política econômica – taxa de redesconto, operações de mercado aberto, alíquota dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais, entre outras.

MOEDA

– Não existe uma definição aceita universalmente sobre moeda, por isso se delimita a moeda por suas três funções: a) meio de troca; b) unidade de conta e c) reserva de valor.

Funções da moeda:

Unidade de conta – a moeda serve para comparar o valor de diversas mercadorias. Com a moeda como denominador comum, é possível somar um trator mais uma caneta e também achar sua equivalência em valor. Esta função da moeda suscita a distinção entre preço absoluto e preço relativo.

Unidade de conta – a moeda serve para comparar o valor de diversas mercadorias. Com a moeda como denominador comum, é possível somar um trator mais uma caneta e também achar sua equivalência em valor. Esta função da moeda suscita a distinção entre preço absoluto e preço relativo.

Meio ou Instrumento de troca – sem moeda, todas as trocas deveriam ser diretas, ou seja, trocar-se-iam mercadorias (economia de escambo). A moeda é o instrumento intermediário de aceitação geral, para ser recebido em contrapartida da cessão de um bem e entregue na aquisição de outro bem (troca indireta em vez de troca direta).

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Reserva de Valor – Para que a moeda possa ser aceita em troca de mercadorias, é preciso que ela seja aceita na compra de outros bens e serviços (direito do possuidor sobre a mercadoria). O indivíduo que recebe moeda não precisa gastá-la imediatamente, podendo guardá-la para uso posterior. A moeda pode ser utilizada como uma acumulação de poder aquisitivo, a usar no futuro.

História da MoedaHistória da Moeda Corresponde a poucas trocas esparsas e esporádicas, em que as trocas são diretas e a atividade produtiva não está voltada para o mercado. “Coincidência de desejos”

As trocas são indiretas, existe uma venda e depois uma compra. Ex.: Gado, sal, conchas, metais.

Troca realizada pelo uso de moeda cunhada, em que o soberano garante o valor do metal.

Transação na qual instituições depositárias recebiam os depósitos.

É basicamente um conjunto de registros eletrônicos que representam um diversidade de ativos.

Escambo

Moeda mercadoria

Moeda simbólica

Moeda escritural

Moeda sofisticada

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Os Agregados Monetários

– Existem muitos ativos que, apesar de não serem considerados moeda em sentido estrito, apresentam algumas características da moeda no sentido amplo (quase-moeda).

Agregados monetários (meios de pagamento)

M0 Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas) – Não rendem juros

M1 M0 + depósitos à vista nos bancos comerciais (conta-corrente) – “moeda escritural ou moeda bancária”

M2 M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias

M3M2+ quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic

M4 M3+ títulos públicos de alta liquidez

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Política Monetária

– Se refere aos processos de oferta de moeda, aos instrumentos utilizados e aos mecanismos de transmissão de seus efeitos.

Oferta de Moeda

– Criação (destruição) de moeda - aumento (diminuição) do volume da soma de moeda manual (papel moeda em poder do público) e escritural (depósitos à vista).

- Exemplos: • um indivíduo efetua um depósito à vista – não nem criação nem destruição de moeda, e sim transferência de manual para escritural.

• um indivíduo efetua um depósito a prazo – existe destruição de meios de pagamentos, pois depósitos a prazo não são considerados meios de pagamentos (M1).

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DEMANDA POR MOEDA

-Assim como existe uma oferta de moeda pelo BC e pelos bancos comerciais, podemos definir uma demanda por moeda por parte das firmas e das famílias.

Três razões pelas quais se retém moeda:

-Demanda por moeda para transações

- Demanda por moeda por precaução

- Demanda por moeda por especulação

- Teoria Quantitativa da Moeda (TQM)

MV = PY

M = quantidade de moeda na economia;

V = Velocidade-renda da moeda;

P = Nível geral de preços;

y = nível de renda nacional real (PIB real).

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Instrumentos de Política Monetária– As autoridades monetárias podem fornecer ao sistema econômico uma oferta de moeda suficiente para o desenvolvimento das atividades econômicas e manter a liquidez do sistema.

Reservas obrigatórias (Depósito Compulsório ) – os bancos comerciais guardam uma parcela dos depósitos como reservas com a finalidade de atender ao movimento de caixa. É uma taxa fixada pelo Banco Central, que determina que uma parte dos depósitos à vista feita pela população nos bancos comerciais vai para o caixa do Banco Central.

Operações de Mercado Aberto ( Open market ) – estas operações consistem em vendas ou compras, por parte do Banco Central, de títulos governamentais no mercado de capitais ( via SELIC ).

Política de Redesconto (Taxa de redesconto ) – Uma das mais usadas nas economias modernas. A taxa de redesconto é a taxa de juros cobrada pelo Banco Central nos empréstimos aos bancos comerciais. Muitas vezes os bancos comerciais necessitam de empréstimos de curto prazo para cumprir alguns compromissos que, por falta de liquidez no período, não teriam como cumprir.

Page 53: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

INFLAÇÃODefinição:Aumento continuo e generalizado no nível de preços. Fenômeno monetário: ↑ preços monetários – valor real da moeda é

depreciado Representa um conflito distributivo pela repartição do produto não

adequadamente administradoCausas:• Elevações dos custos de produção• Pressões na demanda agregada Efeitos:• Redistribuição de renda. A) Desvantagem: renda fixo, credores, ↓

poupança; b) vantagem: renda variável, devedores;• Perda de competitividade internacional (desavanço da balança

comercial) • Efeito sobre mercados de capitais: desestimulo á aplicações de

recursos no mercado de capitais financeiros (correção monetária)

• Formação expectativas sobre o futuro: o processo inflacionário afeita a capacidade de produção futura e o nível de emprego

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Conflito pela distribuição ...• Conflito entre setor publico e privado inflação provocada

pela excesso de demanda agregada• Conflito entre salários e preços inflação causada por

elevações dos custos

Inflação demanda: Excesso de demanda agregada em relação á produção

disponível de bens e serviços (Dinheiro de mais em busca de poucos bens).

Aumenta quanto mais a economia estiver próxima de um ponto de pleno emprego dos recursos.

Pleno emprego ↑ Demanda Agregada ↑ Inflação

Desemprego ↑ Demanda Agregada ↑ Inflação

Page 55: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Ação do Governo• Direta: redução dos próprios gastos do governo• Indireta: ações que desencorajam o consumo e o investimento

privado (política monetária e/ou fiscal) Monetaristas: corrente que enfatiza o papel da política monetária, que

seria menos intervencionista do que a política fiscal (liberais). Fiscalistas: corrente que defende a atuação ativa do governo, por

meio de política econômica (Keynesianos)

Inflação de custos

• Inflação tipicamente de oferta, mesmo nível da demandaa) Provocada por aumentos de custos, ↓ oferta agregadaSe ↑ taxa salário = aumento produtividade → mesmos custos b) Poder de monopólio de algumas firma (inflação de lucros) – Elevam seus lucros acima do aumento dos custos.

Estagflação: Taxas significativas de inflação e recessão econômica com desemprego. Manter mark-up (faturamento sobre os custos diretos de produção) aumentando os preços O nível de produto e de emprego está caindo e os preços subindo

Page 56: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

C) Choque de oferta: Crise do petróleo 1973 ↑ preços matérias primas e insumo básicos

Inflação de custo induzida: aumento de custos, devido ao aumento de salários, que, em ultima instancia, foi induzido pela inflação de demanda preexistente.

Inflação de custos autônoma: aumento de preços devido a pressões autônomas, causadas por alguns grupos econômicos, como sindicatos e firmas oligopolistas.

Dilema política econômica As autoridades podem ser obrigadas a sancionar novas

elevações de preços, para impedir uma queda de atividade econômica.

Inflação de custos esta ligada a uma insuficiência de produção agregada (baixo do nível potencial de pleno emprego). Se as autoridades quer manter um nível de Maximo emprego possível, estimulo a demanda agregada. preços.

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DA2

DA1

A

BOA2

COA1

Renda Real Y1 = y2´y2

P1

P2

P3

Com inflação de custos OA1 ↓ para OA2. Se o governo optar por uma politica antinflacionária, a economia será mantida em B, com desemprego (Y1-Y2). Se a opção do governo é manter o emprego, política expansionista, DA1 ↑ DA2 , ponto C, mesmo emprego e com ↑ preços. Inflação inercial: decorrente dos reajustes de preços e salários e pela indexação ou correção monetária.

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Principais indicadores

Os índices mais importantes para os agente econômicos são: IPCA, INPC, IPC-

Fipe, IGPs.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor restrito - INPC

É calculado com base em índices elaborados para nove regiões metropolitanas

mais os municípios de Brasília e Goiânia. Refere-se às famílias cuja fonte de

rendimento é o trabalho assalariado e cujo rendimento monetário familiar

disponível esteja entre 1 e 8 salários mínimos.

100,0Geral

1,99Comunicação

2,88Educação

7,12Despesas Pessoais

10,05Saúde e Cuidados pessoais

15,44Transportes

6,91Vestuário

17,62Habitação

30,38Alimentação e Bebidas

Peso %Cesta

100,0Geral

1,99Comunicação

2,88Educação

7,12Despesas Pessoais

10,05Saúde e Cuidados pessoais

15,44Transportes

6,91Vestuário

17,62Habitação

30,38Alimentação e Bebidas

Peso %Cesta

Page 59: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo- IPCA

É calculado com base em uma cesta de itens representativos do consumo de

famílias com renda entre 1 e 40 pisos salariais, sem distinção quanto a fonte de

renda.

Cesta Peso %

Alimentação e Bebidas 23,27

Habitação 14,81

Artigos de Residência 5,89

Vestuário 6,15

Transportes 19,42

Saúde e Cuidados pessoais 11,45

Serviços Pessoais 9,79

Educação 5,22

Comunicação 4,00

Geral 100,0

Page 60: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Índice de Preços ao Consumidor – IPC- FIPE

É calculado para famílias com renda entre 1 e 20 salários mínimos.

Cesta Peso %

Habitação 32,79

Alimentação 22,73

Transportes 16,03

Despesas Pessoais 12,30

Saúde 7,08

Vestuário 5,29

Educação 3,78

Geral 100,0

O sistema IGP e IGP-M da FGV

O Índice Geral de Preço (IGP) é obtido pela média dos índices de preços no

atacado e no varejo.

IPA = Índice de Preço no Atacado INCC = Índice Nacional de Custo de Construção

INCCIPCIPAIGP 1,03,06,0 ++=

Page 61: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Índice de Preços no Atacado – IPA

É um indicador de abrangência nacional, em que o peso de cada mercadoria

corresponde à sua parcela no valor adicionado total, calculada com base nos

coeficientes.

Índice Nacional de Custo de Construção– INCC

Índice que afere a evolução dos custos da construção habitacional.

Índice Geral de Preços de Mercado – IGP-M

Índice voltado predominante à comunidade financeira. Baseiam-se nas variações

de preços coletados, sistematicamente, durante o mês de referência, com três

apurações.

Page 62: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

MODELO DE INTERLIGAÇÃO ENTRE O LADO REAL E O MONETÁRIO: ANÁLISE IS-LM

Este modelo é mais completo que o modelo keynesiano simples de determinação da renda, sintetiza algumas das principais hipóteses das teorias clássica e keynesiana – síntese neoclássica (HICKS e HANSEN).

Os pressupostos básicos permanecem: a demanda agregada determina o produto nacional (princípio da demanda efetiva), sendo o nível de preços constante. O que vai ser englobado agora é o mercado de ativos e, conseqüentemente a taxa de juros.

Page 63: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

A CURVA IS: O EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS

IS (investment-saving). Despesa agregada é igual a renda agregada;

Mesma estrutura do modelo keynesiano com a inserção da taxa de juros para explicar investimentos;

Considera-se uma relação inversa entre investimentos e taxa de juros;

Com isso, o modelo expandido é escrito da seguinte maneira:

Y = C (Yd) + I (r) + G, onde:

Y = nível de renda;

C = consumo agregado;

Yd = renda disponível – Yd = Y – T;

I = investimento agregado;

r = taxa de juros;

G = gastos públicos.

Page 64: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Taxa de juros agora é endógena ao modelo, logo podemos determinar investimentos pelo próprio modelo – I (r);

Percebe-se através do gráfico abaixo que reduções na taxa de juros levam a aumento no investimento;

Para cada taxa de juros existe uma renda correspondente que equilibra o mercado de bens ( Y = C + I + G). Combinando cada ponto desse chega-se a curva IS. Se ↑ r → ↓ I → ↓ Y.

Qualquer ponto em cima da curva IS é de equilíbrio no mercado de bens. Despesa agregada é igual a renda agregada.

Page 65: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

INCLINAÇÃO DA CURVA IS

A inclinação da curva IS reflete a resposta da renda a variações na taxa de juros;

Dois fatores influenciam a inclinação: sensibilidade (elasticidade) do investimento em relação à taxa de juros e a PMgc.

Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal (elástica) será a curva IS, i.e., menor sua inclinação, pois uma pequena variação na taxa de juros induzirá a uma grande variação no investimento e, portanto, na renda agregada;

O oposto, quando as variações nas taxas de juros produzirem um pequeno impacto sobre o investimento e a renda, levando a IS próxima da vertical (inelástica).

Se a PMgc for grande, variações no investimento gerarão grandes expansões na renda – menor inclinação da IS.

Page 66: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

FATORES DE DESLOCAMENTO DA CURVA IS

A posição da curva IS depende dos gastos autônomos, os quais incluem consumo e investimentos autônomos e gastos públicos;

Quanto maior for estas despesas, mais para a direita se localizará a curva IS. Portanto, mudanças nas despesas deslocam a curva IS.

Logo, uma expansão dos gastos do governo desloca a IS para cima. Já uma redução nestes gastos, a deslocam para baixo,

Page 67: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

A CURVA LM: O EQUILÍBRIO NO MERCADO MONETÁRIO

A curva LM (liquidity-money) representa o equilíbrio no mercado de ativos – moeda e títulos públicos.

A moeda tem liquidez absoluta, mas não rende juros. Já os títulos tem menor liquidez, mas rendem juros.

Dado um estoque inicial de riqueza (moeda e títulos), se um dos dois estiver em equilíbrio, o mesmo valerá para o outro. Se houver excesso de demanda por moeda, haverá excesso de oferta de títulos e vice-versa.

Lei de Walras no mercado de ativos – basta saber o que acontece em um dos mercados para saber o que ocorre no outro.

Page 68: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Quanto maior o nível de produto, maior o volume de transações e, portanto, maior será a quantidade de moeda requerida (demandada) para realizá-las. Logo, a demanda por moeda aumenta conforme aumenta a renda.

Os títulos rende juros, dada uma taxa existente. Portanto, a taxa de juros corresponde ao custo de oportunidade de reter moeda e a demanda por moeda diminui conforme aumenta a taxa de juros.

A demanda por moeda varia inversamente com o preço e diretamente com a renda.

• Quando a renda se amplia de Yo para Y1, a demanda por moeda desloca-se L(Yo) para L(Y1)

Page 69: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando a demanda por moeda é igual a oferta de moeda.

• M/P = L

• M/P = Ly + Li

Para que isso aconteça, como a demanda por moeda responde positivamente à renda e negativamente à taxa de juros, elevações na renda devem ser acompanhadas por aumentos nas taxas de juros, de modo a compensar o impacto expansivo sobre a demanda por moeda decorrente do maior nível de renda.

Page 70: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

INCLINAÇÃO DA CURVA LM

A inclinação da LM é positiva, pois, dada a oferta de moeda, quando um dos componentes da demanda por moeda (transação ou portfólio) se eleva, o outro deve se reduzir.

Caso a renda aumente, o que leva ao aumento da demanda por moeda por transação, a taxa de juros deve aumentar, para reduzir a demanda por moeda via portfólio.

Com isso, a inclinação da LM mostra qual deve ser a variação nos juros para compensar uma determinada variação na renda.

Quanto maior a sensibilidade da demanda por moeda em relação a renda, maior será a inclinação da curva LM, já que uma pequena variação na renda, ocasionará uma grande expansão na demanda por moeda, exigindo uma elevação nos juros para compensá-la.

Já uma maior elasticidade de demanda por moeda em relação à taxa de juros, menor será a inclinação. Qualquer variação nos juros exigirá uma mudança significativa na renda para compensá-la, ou inversamente, qualquer alteração no nível de renda exigirá uma pequena mudança na taxa de juros para manter o mercado monetário em equilíbrio.

Page 71: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

FATORES DE DESLOCAMENTO DA CURVA LM

A posição da curva LM é determinada pela oferta real de moeda (P é constante), essa oferta é afetada basicamente pela política monetária.

Expansões na oferta de moeda deslocam a LM para direita (para baixo) e contração de oferta de moeda deslocam a LM para esquerda (para cima).

Um aumento de oferta de moeda (dado um nível de renda inicial) ocasiona uma queda na taxa de juros – deslocamento para baixo da LM.

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EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO NO MERCADO DE BENS E DE ATIVOS

O nível de renda e a taxa de juros que equilibram o mercado de bens e ativos é o ponto de intersecção entre IS-LM.

No ponto E não há nem excesso de demanda nem de oferta por bens e serviços. O mercado monetário também está em equilíbrio no ponto E, não havendo pressão para mudança na taxa de juros.

Page 73: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

EFEITOS DE POLÍTICAS ECONÔMICAS NO MODELO IS-LM

A curva IS é traçada considerando-se uma política fiscal (nível de G e T). Da mesma forma, a LM admite uma oferta de moeda fixa. Alterações no ponto de equilíbrio da economia (em relação a taxa de juros e nível de renda), deslocam a curva IS, LM, ou ambas.

POLÍTICA MONETÁRIA

Ação do BC em alterar a oferta de moeda.

Política monetária expansionista – aumento de oferta de moeda. Contracionista – diminuição da oferta de moeda.

A mudança na oferta de moeda deve gerar um desequilíbrio de portfólio, de modo a alterar a taxa de juros e;

A mudança na taxa de juros deve alterar investimentos e, com isso, a demanda agregada.

Page 74: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

POLÍTICA FISCAL

Atuação do governo definindo nível de gastos públicos e volume de tributos.

Quanto maior G, maior será a renda de equilíbrio.

Os impostos afetam indiretamente a demanda, pois incide na renda disponível e conseqüentemente, o consumo.

Política fiscal expansionista – aumento dos gastos públicos ou redução dos impostos. Contracionista – redução dos gastos públicos e aumento dos impostos.

Impacto inicial do aumento nos gastos é o deslocamento da IS, já que para qualquer nível de juros a demanda por bens será maior.

Conforme a renda se amplia em decorrência do aumento nos gastos, aumenta a demanda por moeda, logo a taxa de juros é aumentada para equilibrar o mercado monetário.

A elevação na taxa de juros faz com que o investimento se reduza, amenizando o impacto desta política. Impacto positivo na renda, mas redução no investimento privado.

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Comércio InternacionalEntender a dinâmica da produção dos países, das mudanças constantes das taxas de câmbio, dos incentivos às exportações, do sistema financeiro internacional, da globalização dos mercados, da formação dos blocos regionais de comércio são de cunho da teoria do comércio internacional.

Taxas de Câmbio – se dois países pretendem comerciar entre si, é necessário que exista alguma forma de conversão de moedas. A taxa de câmbio é a medida pela a qual a moeda de um país pode ser convertida em moeda de outro país. Assim, por exemplo, se o dólar custar R$1,10, a libra R$1,55 e o yen R$0,01. Como qualquer preço, a taxa de câmbio também é influenciada pela oferta e demanda.

Ofertantes (divisas ou moeda estrangeira) – são exportadores que receberam, em troca de suas vendas, moedas estrangeiras que não podem ser utilizadas no país e que necessitam, portanto, ser trocadas por moeda nacional e as firmas que obtiveram empréstimos em moeda estrangeira e precisam convertê-las em reais.

Demandante (divisas) – importadores que necessitam de moedas estrangeiras para efetuar suas compras em outras nações e pelos devedores em moeda estrangeira que precisam de divisas para saldarem as suas dívidas.

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Taxa de câmbio R$/US$ Preço do café em US$ Preço do café em R$ Exportações

2,00 4,00 8,00 Exportar mais

1,00 4,00 4,00 Exportar menos

Taxa de câmbio R$/US$ Preço da gasolina em US$

Preço da gasolina em R$

Importações

2,00 4,00 8,00 Importar menos

1,00 4,00 4,00 Importar mais

Taxa de câmbio

Quantidade de divisas

P0

Oferta

Demanda

Q0 =Qd

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Efeitos de um aumentos nas exportações ou nas importações nacionais

Oferta (0)Taxa de câmbio

Quantidade de divisas

P0

Demanda

Q0

P1

Q1

Oferta (1)

Instante (1) ↑ Exportações ↓ taxa de câmbio.

Instante (2) ↑ importações ↑ taxa de câmbio.

Demanda (2)

Taxa de câmbio

Quantidade de divisas

P0

Demanda

Q0

P2

Q2

Oferta (0)

77

Page 78: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Fatores que influenciam na taxa de câmbio

Renda Externa – ↑ renda externa (mundial) ↑ demanda por produtos nacionais ↑ Exportações ↑ Oferta de divisas ↓ taxa de câmbio. Caso contrário as setas têm direções contrárias.

Renda Interna – ↑ renda interna, ↑ demanda por produtos estrangeiros ↑ Importações ↓ Oferta de divisas ↑ taxa de câmbio. Caso contrário as setas têm direções contrárias

Inflação – ↑ nível geral de preços nacionais tornam nossos produtos mais caros no mercado externo ↓ Oferta de divisas ↑ taxa de câmbio.

Conseqüências das oscilações na taxa de câmbio

↑ Taxa de Câmbio – Para os Exportadores é uma situação benéfica, uma que ↑ seu lucro (relativo), dado que os preços nacionais tornam-se mais baratos no mercado internacional. Já para os Importadores a situação é inversa. Seus custos se elevam, dado que os preços dos produtos importados se tornam mais caros redução do lucro (relativo).

↓ Taxa de Câmbio – Exportadores, ↑ preço dos produtos nacionais ↓ lucro; Importadores- ↓ dos custos ↑ do lucro

Page 79: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Modalidade de taxas de câmbio

Taxa de câmbio

Quantidade de divisas

P0

Oferta

Demanda

Q0 =Qd

Taxa de câmbio fixo

Taxa de câmbio fixo – O valor da taxa de câmbio é determinado pelo Banco Central (BC), que se compromete a comprar e vender divisas à taxa estipulada, além de intervir no mercado para manter em equilíbrio o mercado de divisas (reservas internacionais).

O BC deve possuir moeda estrangeira em quantidade suficiente para atender a uma situação de excesso de demanda, bem como deve adquirir qualquer excesso de oferta de moeda estrangeira.

Page 80: 28106966 aulas-de-fundamentos-de-economia

Modalidade de taxas de câmbio

Taxa de câmbio flutuante – a taxa deve ajustar-se de modo a equilibrar o mercado de divisas. O Banco Central não intervém na taxa de câmbio.

Taxa de câmbio

Quantidade de divisas

P0

Oferta

Demanda

Q0 =Qd

Elevada volatilidade da taxa de câmbio. As flutuações das taxas podem desestabilizar os fluxos comerciais, causando incertezas, o que pode ocasionar em redução nos investimentos.

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Balanço de Pagamentos - É o registro contábil de todas as transações de um país com outros países do mundo. Assim, estão registradas todas as importações, exportações, fretes pagos a navios estrangeiros, os empréstimos em moeda estrangeira, o capital das firmas estrangeiras e nacionais.

Balança Comercial – É registrada todas as exportações de mercadorias nacionais e todas importações de mercadorias do resto do mundo.

Balança de Serviços – Registra o montante pago pelo País por serviços prestados por estrangeiros, como serviços de transportes, serviços de assistência técnica, os juros que o País pelos empréstimos fornecidos por outras nações do mundo, bem como os lucros remetidos pelas multinacionais. Registra também os recebimentos do País por serviços prestados a estrangeiros.c

Balança de Transações Correntes – registro contábil de todas as transações de um País com o resto do mundo. Envolve transações com mercadorias, serviços e capitais (monetários e físicos).Balança de Capitais – são registrados o capital das firmas estrangeiras que ingressam no País, o capital sob a forma de empréstimos, os empréstimos de outros governos, os empréstimos do FMI, entre outros.

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Balança de Pagamentos

1. Balança de Transações Correntes

1.1 Balança Comercial (BC)

Importações (M) Exportações (X)

Saldo (BC)= X-M

1.2 - Balança de Serviços (BS)

1.2.1 - Transportes e seguros 1.2.3 - Rendas de capital (lucros/juros)

1.2.2 - Viagens internacionais e turismo 1.2.4 - Diversos

Saldo (Superávit ou Déficit)

1.3 Transações Unilaterais

=Saldo (BC)+Saldo (BS)+Transferências Unilaterais

2. Balança de Capitais (BK)

Ingresso de Capitais (K) Diminuição de reservas (R)

Empréstimos do exterior (E) Empréstimos FMI

2.1 Saldo da Balança de Capitais Saldo = K+E+R+FMI

3. Erros e Omissões

Saldo do Balanço de Pagamentos Saldo= 1+2+3

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Taxa de Câmbio Real e Nominal

Taxa de câmbio nominal – o preço de uma moeda em relação a outra.

$

$RE =

Se a taxa de câmbio for de R$1,60, significa que $1,0 equivale 1,6 da moeda nacional. Exemplo: Nos EUA uma TV custa US$ 600. Para um brasileiro essa mesma TV vai custar R$ 960 ( R$ 1,6 x 600).

Taxa de câmbio real – corresponde ao relativo de preços entre o produto nacional e estrangeiro.Taxa de câmbio real – corresponde ao relativo de preços entre o produto nacional e estrangeiro.

nac

ext

P

PE

*

ε Taxa de câmbio real E Taxa de câmbio nominal

*extP Preço do produto estrangeiro em $

nacP Preço do produto nacional em R$

Exemplo: Um automóvel produzido no Brasil custa R$ 30.000, e o mesmo nos Estados Unidos custe US$12.000. Se a taxa de câmbio nominal no Brasil for R$2/US$, teremos:

8,0000.30$

000.12$.2 ==

R

USε 83

nac

ext

P

PE

*

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Lei do Preço Único

$$$ USEUA

REUA

RBR PEPP ∗==

$RBRP

$REUAP

$USEUAP

E Taxa de câmbio nominal

Preço de um produto nos Estados Unidos expresso em reais;

Preço de um produto no Brasil expresso em reais;

Preço de um produto nos Estados Unidos expresso em dólar;

Exemplo: o Big Mac custa em Salvador R$ 5 e em Nova York, $ 3, pela lei do preço único a taxa de câmbio R$/$ tem de ser de R$1,66/$, de tal modo a igualar o preço dos produtos quando expressos na mesma moeda:

$

$

USEUA

RBR

P

PE = 84

Conhecida também como teoria da paridade do poder de compra, de acordo com a qual produtos homogêneos devem custar a mesma coisa nos diferentes mercados, quando expressos na mesma moeda. Exemplo: o Big Mac, que é um produto homogêneo seja em Nova York, em Salvador, em Paris, em Tóquio, Moscou ou onde quer que seja, deve custar a mesma coisa. Assim: